Terra Magazine edição 11 ano 2

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arquiteto

andrÉ carÍcIo singular e Plural

SOUZA LEÃO TRADIÇÃO EM PERNAMBUCO TALENTOS DA ARQUITETURA PERNAMBUCANA CAFÉ, O GRÃO MAIS AMADO DO BRASIL


Muito mais que academia, a Santé é um complexo de saúde dedicado ao corpo e à beleza.


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COLABORADORES armando artonI Fotografo, 19 anos atuando no mercado de moda, gastronomia, assessoria de imprensa, eventos corporativos de grandes marcas, fotojornalismo e publicidade.

cecÍlIa macÊdo Publicitária com MBA em Gestão Empresarial, empresária e blogueira, dona do blog dicas de cosméticos. Apaixonda pelo universo da moda e beleza. Claudio Barreto Meus queridos seguidores, hoje me sinto à vontade para falar assim depois de ultrapassar 22 edições, onde cada dia que passa consigo ter ao meu lado pessoas “Felizes” felizes pelos resultados alcançados com a nossa parceria, com o nosso trabalho sério e dedicado ao sucesso de cada um que acreditou na “ TERRA MAGAZinE “ Esta edição dá um passo ousado, vai a São Paulo e faz um trabalho de busca no passado de grandes pernambucanos, entrevista o Grande Leôncio Pedrosa “um mestre na sustentabilidade, no trabalho com a espiritualidade e cores, falando do lançamento da coleção 2013 do seus “Tapetes Espirituais”. Tive a honra de conhecer Edson Macedo, que nos mostra seu lindo refugio, e nos fala um pouco dos seus sonhos realizados. Finalizei com chave de ouro fazendo a cobertura do casamento da filha de Tânia Silveira, pessoa queridíssima em Recife, onde encontrei grandes nomes da nossa sociedade. nesta edição, teremos como destaque especial as Mães, e o nosso talentoso arquiteto André caricio como capa, onde fala de sua experiência em participar como único pernambucano da casa cor São Paulo 2013. Muito obrigada a toda a equipe que me dá apoio e acredita que podemos ser melhor cada edição, tudo dependerá do nosso trabalho e talento em fazer cada dia o melhor “ SEMPRE “. Cl�u�i� B���et� Editor

cHef leandro rIcardo Um alquimista não só dos sabores, desenha, pinta, escreve, expert em perfumes e também faz produção de comida para a fotografia.

IzaBelle rIno Administradora de Empresas, gerente da empresa A carneiro Home, colunista Social da Revista Terra Magazine.

mÁrcIo montarazzo Personal Beuaty, 13 anos desenvolvendo um talento já consolidado no mercado da beleza, expressando todo seu talento e sensibilidade através da arte da maquiagem e penteados.

Paulo azul designer interiores “A senilidade de criar está no sentido de ter harmonia entre o simples sofisticado para chegar ao bárbaro”.




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ÍNDICE HOMENAGEM ARQUITETURA

MODA

SOCIAL

15 Pernambuco passa por aqui 16 Homenagem as Mães 26 Vitrine Luxo por Paulo Azul 30 Capa - Arquiteto André Carício 38 Designer | Leôncio Pedrosa 39 Talentos da Arquitetura Pernambucana 46 Green House Móveis aposta no Nordeste 53 Dicas de blogueiras 54 Moda por Cecília Macedo 56 Especial Noivas 62 Moda Fitness 64 Terra Social por Izabelle Rino

23ª EDIÇÃO MARÇO/ABRIL DE 2013 CAPA | André Carício FOTOS | Armando Artoni BELEZA | Márcio Montarazzo

EXPEDIENTE EDITOR

Claudio Barreto DRT/PE - 5254 editor@revistaterramagazine.com.br revistaterramagazine@gmail.com

REVISÃO DE CONTEÚDO Prof. Sófocles Me​deiros

EditorIal | Mães Make Hair | Márcio Montarazzo Fotos | Armando Artoni Apoio | A. Carneiro Home Lubella - Jóias Alternativas

FOTOGRAFIA Armando Artoni Claudio Barreto Gleyson Ramos Lulu Pinheiro REDAÇÃO/CONTÉUDO DA EDIÇÃO Ana Paula Bernardes Anna Katia Cavalcanti Claudio Barreto Izabelle Rino Por Ivelise Buarque Leandro Ricardo Patríca Cox

revistaterramagazine@gmail.com (81) 8529.1136 / 9504 7550 www.revistaterramagazine.com.br e-mail: editor@revistaterramagazine.com.br facebook.com/revistaterramagazine IMPRESSÃO: GRÁFICA MXM DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA IMPRESSÃO: 3 mil exemplares ENDEREÇO: Av. Dr. José Augusto Moreira, 1735 Casa Caiada - Olinda - PE - CEP 53.130-410

SAÚDE ENTRETENIMENTO TEST DRIVE GASTRONOMIA BELEZA CINEMA

70 Tradição da família Souza Leão 78 História da família Oliveira Silveira 82 Atendimento voluntariado 84 Estilo de Vida em São Paulo 89 show gospel 90 Jazz e Blues 92 Jaguar XJ 96 Chef, Douglas Van Der Ley 98 Com palavra, o chef Douglas Vand Der Ley 101 Café, o grão mais amado do Brasil 106 Fernanda Mossumez 107 Mega Hair 108 Cinema 110 artigo - Sófocles Medeiros


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PERNAMBUCO

PASSA POR AQUI

Abracomp entrega prêmios aos melhores da propaganda do Norte e Nordeste 2012 A Associação Brasileira dos Colunistas de Propaganda e Marketing – Abracomp fez a entrega em solenidade realizada no restaurante Gio, no Recife, a entrega dos diplomas aos vencedores dos Prêmios Colunistas Propaganda, Promo e Design 2012. Na festa foram premiadas 46 agências de oito estados da região com destaque para a Ampla Propaganda (PE) que obteve os Grand-Prix de Agência do Ano e Empresa de Marketing Promocional do Ano.

Projeto de acessibilidade PRAIA SEM BARREIRAS é lançado em Pernambuco Um passeio na praia e um banho de mar. O que para muitos são momentos de lazer comuns, para outros, mais especificamente para pessoas portadoras de deficiência física ou mobilidade reduzida, são situações difíceis de acontecer. Pensando nisso, a Setur-PE, através da Empetur, criou o projeto Praia Sem Barreiras, que tem como objetivo disponibilizar em algumas praias do Estado esteiras de acesso ao mar, cadeiras de rodas anfíbias e profissionais qualificados para o banho assistido. A Praia do Sueste, em Fernando de Noronha, foi o primeiro destino turístico a receber o Praia Sem Barreiras. O projeto foi lançado no mês de janeiro no arquipélago e proporciona aos turistas uma esteira de acesso ao mar de 30 metros e quatro cadeiras de rodas anfíbias. O local ainda conta com um Posto de Informação e Controle, recém inaugurado pela Eco Noronha. Na praia, os visitantes são acompanhados por oito profissionais qualificados para o banho assistido, que acontece todos os dias, das 8h às 18h. Já no mês de março foi a vez de a praia de Boa Viagem, no Recife, ser contemplada com o projeto. Localizada em frente ao Internacional Palace Hotel, a Setur-PE e a Empetur, em parceria com a Prefeitura do Recife e com a Universidade Maurício de Nassau (UNINASSAU), montaram no local a arena de acessibilidade Praia Sem Barreiras. A ação foi implantada em uma área com cerca de 200 metros quadrados (m²), que está sendo montada e desmontada de quinta a domingo, no horário de 8h às 12h, próximo ao novo posto do Corpo de Bombeiros.

Confraria Mulheres & Vinho O 1º Encontro da Confraria Mulheres & Vinho contou com a palestra do enófilo e sommelier José Luiz Spencer, que abordou o tema Mulheres e Vinho, enaltecendo mulheres que desempenharam papéis determinantes na história da humanidade, destacando nuances e situações pitorescas dessas protagonistas relacionadas com a mais nobre das bebidas. A Confraria Mulheres & Vinho é a primeira do gênero em Pernambuco, com encontros marcados nos melhores restaurantes da cidade, para mulheres que apreciam degustar um bom vinho, de forma moderada, descontraída, com aprendizado e facultando a possibilidade de novas parcerias, novos negócios, bons contatos e amizades. Facebook: ConfrariaMulheresEVinhos 15


HOMENAGEM AS MÃES

QUem disse QUe a mUlHer nasceU Para a maternidade? Célia Labanca Nós, homens e mulheres, somos feitos de átomos e também de histórias. A história da mulher sempre foi maior. Muito mais que a da mulher somente mãe. De deusas a escravas. – Esta foi a trajetória feminina. No meu livro “A HISTÓRIA COMUM DE UMA MULHER QUALQUER”, eu digo que para o matriarcado o que não faltam são teorias. Todas elas com características polêmicas pelo tempo de existência do machismo instalado no planeta, pelo inusitado do tema para o universo masculino e para a ciência, e porque ele envolve os mistérios das energias cíclicas femininas.

Durante os períodos das transformações, e até enquanto os homens não tinham conhecimento de sua participação no grandioso mistério da procriação fomos consideradas deusas. Exclusivamente nós tínhamos o poder da vida, até que nos agrupamos, e começamos a parar, seres nômades que éramos, consentindo a ideia de posse, e o desenvolvimento do sentimento de ambição. De patrimônio. – Foi quando se instalou o machismo que vai fazer de todas nós parte dos “bens” de cada grupo. Assim também, deixamos que se dilatassem os demais sentimentos. Entre eles o de descompromisso com o coletivo, o que fez gerar a cobiça, que desmedida, passou a ser praticada pelos homens e seus instintos gladiadores, primeiro em busca de alimentação, depois, por mais terra, maiores poderes, prestígio, mais e maiores bens materiais. – Nós as mulheres fomos confinadas definitivamente aos afazeres domésticos, e à ausência permanente dos nossos homens por suas variadas lutas. No ostracismo, rejeitadas, admitimos o surgimento do chamado sentimento maternal; só para preencher uma lacuna que se estabelecia no íntimo de cada uma. – Sentimento cultural, este. Não natural. A dor cala. A história, não. Mas, a vida continuou. Continua. – Ser mãe, é indiscutivelmente, um dos maiores prazeres da vida de uma mulher. É o que lhe confere o elo com o seu passado divino, e com deidade. É sua porção criativa e

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Foto: Claudio Barreto

Uma delas é a de que desde os primórdios do planeta terra, logo após o grande boom que deu início a tudo, enquanto ainda não se contavam os tempos, quando éramos seres transparentes, iluminados, invisíveis aos nossos olhos de hoje, e nós, as mulheres, criamos uma civilização entre esses seres de origem cósmica porque somente nós detínhamos o conhecimento da evolução do processo, e tínhamos como tarefa criar os sistemas orgânico e biológico. - Milhões e milhões de anos se passaram. Milhões de catástrofes naturais também. Perdemos então, a sutileza energética, e tomamos formas.

criadora. Mas, nenhuma mulher é somente mãe. Portanto, que sejamos o que somos, tenhamos prazer com isto, todavia é preciso ter cuidados com os significados que tem a palavra mãe, e a ação da maternidade. – Reconhecermo-nos como tal, em poder e legitimidade, está certo, mas sem as conotações moralistas que tentam nos impedir de sermos cidadãs, fêmeas, mulheres que dizem sim a si mesmas antes de apenas sermos mães, com nossos trunfos, e diante de todas as possibilidades. – Inclusive a de acordar que o ato de maternar tem limites, e fim. Parabéns, então, aos nossos filhos pelas mães que tem, e pelas mães que não lhes cobram presentes porque também não se deixam dominar pelo consumismo no dia que deveria ser permanente, ao longo de todos os dias do ano. – As deusas que somos, mesmo em nossas inconsciências, não se restringem, nem se deixam domar.


Foto: Claudio Barreto

MulHeres da sociedade FalaM da eMoÇÃo de ser MÃe.

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HOMENAGEM AS MÃES

Ser mãe...

“Muito já foi dito e escrito em prosa e verso sobre Mães. Há portanto quase nada a acrescentar. Diferentes em idades, etnias, credos, culturas e posses, essas mulheres têm em comum a inesgotável capacidade de amar, proteger, perdoar, cuidar e acalentar seus filhos, mesmo em condições as mais adversas. Como mãe, agradeço sensibilizada esta homenagem, a qual compartilho com todas, e de modo especial com as mais sofridas e carentes. Salve Mães!”. Fana Mendonça 18

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Ser mãe...

Sou mãe - Vi minha barriga crescer, cuidei, criei e eduquei sempre fazendo o melhor para os meus filhos. Sou mãe - dou, recebo, perdoo e esqueço, meu amor é incondicional. Sinto o universo em forma de Diego e Clarissa.

Branca Góes 19


HOMENAGEM AS MÃES

Ser mãe...

“Ser mãe é se entregar sem esperar nada em troca, é aprender a amar alguém mais do que a si mesma. É a plenitude da MULHER!”. Maria Digna Pessoa de Queiroz 20

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Ser mãe...

“Ser mãe: Ter um amor incondicional; É reviver tudo sob uma nova perspectiva; É usar a intuição e ter certeza; Um aprendizado constante”. Paula Queiroz Pessoa 21


HOMENAGEM AS MÃES

Ser mãe...

“Ser MÃE é experimentar um amor profundo e ter a missão de preparar para a vida!” Daniela Gusmão

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CAPA

Foto Armando Artoni 30

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Arquiteto

André carício Singular e plural

Por Paula Imperiano

Este ano a Casa Cor São Paulo terá um temperinho a mais. O arquiteto pernambucano André Carício assina, junto com a colega paulistana Beatriz Dutra, um dos 73 disputados ambientes da edição mais concorrida da mostra no Brasil. A escolha do seu nome deu-se por vários motivos. Porém, certamente, entre eles está o lastro de três premiações da Casa Cor Pernambuco 2012: “Melhor projeto”, “Projeto mais original” e “Melhor projeto de uso público”. Integrante do time de arquitetos comemorados no Estado, ele tem sido um pernambucano frequente nas páginas da “Casa Vogue”. Agora, em 2013, esteve em todas as edições da revista. Aliando firmeza e leveza, faz tudo fluir. Lida com assuntos, pessoas e ideias diversas e até divergentes, tranquilamente. Uma facilidade de viver sem precisar definir bandeiras e estilos. Ele, por exemplo, adora malhar em academia, sem precisar se aventurar por esportes radicais ou modismos. “É o que gosto”, assume, mansamente.

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CAPA

DESTAQUE NACIONAL DA CASA VOGUE EDIÇÃO JANEIRO/2013.

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Colecionador de taças de cristal e murano

Por traz do profissional aplaudido, a simplicidade incondicional.

“Esta foto mostra a integração do interior de uma residÊncia com o exterior. por ser casa de campo, criamos aberturas de vidro no projeto da casa com vista para o verde e Iluminação e ventilação natural”.

Neste mesmo viés, participa de mostras de arquitetura, longe de tabus: “Não entendo o questionamento de alguns a esses eventos”, define, indagando: “Por que não apresentar o trabalho ao mercado, qual o problema disso? O mercado é a vida de um profissional”, considera. Do mesmo jeito, encara a imprensa, quando procurado para fotos ou editoriais de arquitetura: distante de temores. Não que ele seja um poço de valentia – apenas enxerga com um olhar tão sossegado que desarma. Uma característica rara e cativante a todos – clientes ou não. E talvez tenha sido isso que chamou a atenção de alguns desses clientes famosos, entre os quais o ex-prefeito do Recife, João Paulo, adepto da yoga e da astrologia, sempre buscando a harmonia – como ele. Há algum tempo André Carício convive com a ponte aérea Recife-São Paulo, iniciada por conta de alguns clientes e hoje mais frequente por um motivo também pessoal, com nome e sobrenome, que faz seu sorriso abrir, ao falar. Alegria parece ser palavra forte nesse namoro. “A vida deve ser dedicada a relações saudáveis”, reproduz, filosofando e dizendo que aprendeu muito nos quatro anos de psicanálise: “É preciso não rejeitar nem a si, nem ao outro para ser feliz”. Assim, ele transformou a relação com suas manias – de organização e pontualidade - em algo também saudável. Por conta dessa organização, consegue trabalhar no Recife, em São Paulo, participar de mostras, malhar quase todos os dias, correr no calçadão, 33


CAPA

cozinhar, namorar e manter a calma. “Dá para fazer tudo”, confirma, rindo. A organização ele procura levar aos ambientes que cria: tudo no seu lugar, com facilidades para transitar, manter e viver com conforto, funcionalidade, aconchego e beleza. Viver com isso tudo é mesmo bom demais.

Sem gibi - O jeito afável esconde uma figura de muitas

certezas, entre elas a de que queria ser arquiteto, desde sempre. “Quando meu pai saía, eu pedia que ele me trouxesse revistas de arquitetura”, conta. A decisão pela profissão veio quando ele deu por si que poderia fazer daquela curiosidade

ALIANDO FIRMEZA E LEVEZA, FAZ TUDO FLUIR.

Casa em Aldeia - PE

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pelas páginas de revistas a sua vida profissional. E foi cedo – aos 11 anos, quando ele ainda era um bom atacante do time de futebol da sua rua, cheia de árvores, em Jaboatão Antigo, onde seu avô era reverenciado e toda a família também vivia. A inspiração de hoje vem da arquitetura contemporânea – em especial a de Berlim, embora ele não negue a afinidade com o traço italiano, que lhe soa familiar. Frisa, porém, que a inspiração é diversa, na verdade, fruto de muitas viagens pelo País e pelo exterior, sempre muito importantes.


Nessas andanças percebe tendências de comportamento, de formas de viver, de novos padrões estéticos, novos materiais, novas ideias. No entanto o cliente é a base de tudo: “Muitos querem aproveitar objetos de família, de viagens, e respeito muito isso”, destaca.” Mas não é só o que vejo que me inspira – tudo se soma, a exemplo da música”, diz. Ouve atualmente, além de ídolos como Chico Buarque, Tom Jobim e Roberto Carlos – “um ser iluminado”, considera – também Lykke Li, Lana Del Rey e James Blunt. Por traz do profissional aplaudido, a simplicidade incondicional. A figura sangue bom, transparente, leve, fácil, sem excessos. Traços também claros nos projetos arquitetônicos dele, de linhas limpas, retas, tirando o maior proveito possível do que é nato em cada ambiente: a luz e ventilação naturais, a “conversa” entre ambientes e, em especial, o que está fora dele, a vista: “Às vezes o mais importante é valorizar o exterior”, diz.

brincando. E revela, rindo: “Minha única compulsão é por peças de arte – aí, sim, é complicado me conter”. Nesse ponto, acaba deixando pelos ambientes que cria, algumas peças de designeres famosos – poltronas confortáveis na sala, a luz aconchegante de um abajour no quarto... Convites ao desfrute do bem estar. Sobre sua boa forma: “Treino cinco vezes por semana; corro, há 15 anos, meia hora por dia; não como fritura nem sobremesa - opto por um cafezinho depois do almoço - ; mas, de resto, como bastante, tomo meu vinhozinho e, quando vejo uma peixada, o estrago é grande”, confessa, divertindo-se.

Beleza é sempre encontrada, seja no seu pensamentou ou na sua obra. Mas sempre lá, quando ele passa. Essa beleza é algo que ele cultua, mas não tanto quanto pode parecer. “Detesto comprar roupas e não vivo passando creme”, conta,

“O papel do arquiteto na elaboração de um projeto de arquitetura, é fundamental para se ter um excelente resultado final. Procuro sempre ouvir as necessidades do cliente e adaptá-las da maneira mais coerente possível do ponto de vista estético e funcional, tendo um resultado final mais acessível”. 35




DESIGNER | Leôncio Pedrosa

sustentabilidade e espiritualidade

Leôncio Spencer Pedrosa, Consultor de Qualidade de Vida e Meio Ambiente Designer e Conselheiro do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável.

“Hoje nós prestamos assessoria e consultoria de sustentabilidade e espiritualidade a várias empresas, dentre elas, 5 grandes empresas e fabricas de São Paulo”.

Lançamento em São Paulo, coleção 2013 Tapetes Espirituais Foto: by Studio Carlos Torres

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Há um ano começamos uma consultoria na A.Carneiro Home, por conta dessa consultoria, sentimos a necessidade de fazermos os Tapetes Espirituais. Tapetes que levassem para o cliente não só decoração, mas sim uma proteção maior ao ambiente. Onde o mesmo contasse uma história, onde o ambiente tivesse mais do que um objeto, um tapete , e sim uma essência, e em cima dessa essência, foi criada essa linha de Tapetes Espirituais. A pessoa ao levar o tapete com o nome SUCESSO, ela vai gerar SUCESSO em sua casa, se levar o tapete FELICIDADE, ela vai ter FELICIDADE na casa dela, se o tapete for AMOR, ele vai ter que ter AMOR. Então, cada tapete tem uma história, e com uma frase que representa este sentimento. Ele não é só um tapete, ele é uma essência de vida para a pessoa que o vai adquirir. Quando somos contratados pelos escritórios para olharmos as residências, e analisarmos a energia de cada uma, sentimos que em algumas delas existem energias um pouco conturbadas, confusas, negativas, e foi daí que começamos a estudar toda uma simbologia que pudesse transformar cada ambiente onde fosse colocado os Tapetes Espirituais. As energias do local poderão se transformar, os Tapetes Espirituais vão levar uma nova emoção, vão levar a felicidade para as casas, vão levar uma calma maravilhosa. Os escritórios de arquitetura já nos contrataram para fazer essa harmonização, deixar o equilíbrio dentro do lar, levar para o chão de cada ambiente as palavras que forem escolhidas, usando o sentimento e a necessidade de cada um. Os tapetes da A.Carneiro Home são tapetes feitos com qualidade e muita emoção, cada artesão, ao cortar e harmonizar cada peça, deixa uma energia sem igual, captada pelo sol, pelos ventos que embalam os coqueiros e a brisa que vem do mar.


TALENTOS DA ARQUITETURA PERNAMBUCANA

Ana Cristina Cunha

Kika Baptista

www.acarneirohome.com.br acarneiro home


TALENTOS DA ARQUITETURA PERNAMBUCANA

Ana Cristina Cunha foto: Wilson Júnior

Formada em arquitetura e urbanismo pela Universidade Federal de Pernambuco há 18 anos, Ana Cristina Cunha focou seu trabalho em arquitetura civil e de interiores. Hoje pilota um escritório ao lado de mais dois colaboradores e quatro estagiários. Ano passado participou da Casa Cor pela primeira vez assinando o Living e ganhou com este projeto, o prêmio de melhor projeto residencial. Que a deixou muito feliz!

O que simboliza para você arquitetura em geral?

Representa toda a forma de experiência de vida da pessoa e a sua forma de ser. Eu sempre digo que a casa tem que ter a alma do cliente e o arquiteto tem que captar isto.

“Recebo grande influência em meus projetos do habitat do nordeste e seus elementos marcantes”.

Qual o principal desafio de um projeto?

O principal desafio é satisfazer plenamente o cliente. O resultado final tem que ter boa estética, ser funcional e o cliente também deve se sentir bem no espaço que foi projetado para ele, seja residencial ou comercial.

Qual projeto marcou sua trajetória?

Um trabalho que me marcou foi exatamente o meu primeiro projeto, uma Galeria de Arte; quando eu o fiz estava ainda na faculdade. Como eu não sabia detalhar, foi todo feito em perspectiva e trabalhei com madeira de demolição e dormentes de estação de ferrovia. Ficou perfeito!

Quais são as maiores influências que recebeu em sua carreira? Como eu trabalhei com Carlos Augusto Lira, para mim ele sempre foi e será um mestre. Ele é um profissional que eu admiro muito e seu 40

terra magazine


Foto: Ivaldo Régis

trabalho me inspira. Outra influência é viver o habitat do Nordeste que, com seus elementos marcantes, podemos juntar às referências dos clientes para chegarmos ao projeto ideal de cada um.

inovar. Assim como as lojas devem também aproveitar esta mudança para oferecerem produtos que possam seguir uma linha de inovação, tanto esteticamente quanto tecnologicamente e sustentável.

O Nordeste se tornou a “menina dos olhos” do resto do País, e Pernambuco em especial por conta de todos os seus projetos estruturadores, dando outros ares à arquitetura. Como você vê isto?

Com dezoito anos de profissão você já carrega uma bagagem considerável. Mas o que ainda falta projetar?

É um desafio para o arquiteto em dois sentidos. Tanto na questão do dimensionamento dos espaços, que ficaram menores, quanto no aumento das informações graças à globalização. Antes o trabalho do arquiteto ficava muito restrito, mas hoje o cliente tem noção do que quer e com isso exige mais do profissional. Acho que nós devemos aproveitar este momento para estarmos nos reciclando para podermos

Falta muita coisa ainda (risos). Tudo que a gente recebe é coisa nova. É sempre um desafio.

O que representa a A.Carneiro Home para seu trabalho?

Eu gosto muito do atendimento personalizado que a loja tem com os seus clientes e arquitetos. Eles estão sempre trazendo novidades em pisos, tecidos, carpetes e outra coisa fundamental é a pronta entrega que ajuda e muito nosso trabalho.

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TALENTOS DA ARQUITETURA PERNAMBUCANA

Kika Baptista Formada em arquitetura e urbanismo pela FAUPE, há 10 anos Kika explora os seus sentidos, aguçados pela sua criatividade e pelo seu dom de projetar. A arquiteta conta que desde cedo já sabia que queria ter o seu próprio escritório. Essa é Kika, determinada e cheia de vontade de ir sempre além.

O que simboliza a arquitetura para você?

“Meu forte maior é trabalhar com minha criatividade!”

Acho que é você tentar colocar as necessidades do cliente de uma forma agradável e harmônica, sempre pensando em passar toda a necessidade do cliente para o projeto, sempre pensando no bem estar e, principalmente, na funcionalidade.

Qual o principal desafio de um projeto?

O desafio é exatamente fazer um projeto que atenda a tudo o que o cliente solicitou e que seja bem a cara dele, mostrando exatamente o que ele passou como ideia para você.

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terra magazine


Qual projeto marcou sua trajetória?

Um projeto que me marcou foi a Suíte dos Gêmeos, que fiz para a Casa Cor em 2010, que recebeu o prêmio de projeto mais original. Eu consegui ali fazer um projeto com o nível de detalhamento que eu gosto e consegui chamar a atenção para um trabalho lúdico e personalizado. Depois dele surgiram vários projetos infantis. Para mim foi muito importante !

Quais são as maiores influências hoje no seu trabalho?

Meu forte maior é trabalhar com minha criatividade. Ninguém me influenciou. Uso um estilo próprio, explorando ao máximo minha ideias em cada projeto. O Nordeste se tornou a menina dos olhos do resto do País,

principalmente Pernambuco, com todos os seus projetos estruturadores e fábricas se instalando na região, isso também deu outros ares à arquitetura local. Como você vê isto?

com isso o cliente precisa do profissional de arquitetura para orientálo. É uma fase de muita transformação e de muito trabalho para todos nós.

E por fim, mesmo com uma carreira de tanto sucesso, existe algo que Baptista ainda gostaria de projetar?

Eu gostaria de projetar algo na área de gastronomia, pois foi algo que ainda não realizei. Na verdade eu fiz um modelo de um restaurante para uma edição da Equipotel que ficou muito legal. Como eu gosto muito de cozinhar, gostaria de concretizar algo nesta área.

O que representa a A. Carneiro Home no seu trabalho ?

É uma empresa que está sempre pronta a nos dar apoio e respaldo junto aos clientes. Encontramos todos os itens de decoração na loja, onde podemos concluir o projeto nos mínimos detalhes. Para não falar no excelente atendimento por parte da área de vendas.

Com essas mudanças, vejo que o arquiteto está cada vez mais valorizado. As cidades estão inchando e os espaços estão diminuindo e

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DESIGN

Instalações na cidade de Indaiatuba, Região Metropolitana de Campinas (SP).

green HoUse mÓveis aPosta no nordeste Green House Móveis, referência em móveis de área externa em todo o Brasil e alguns países da América do Sul, adota medidas estratégicas para ampliar sua atuação no Nordeste.

José Tonin Jr

“Uma região promissora que investe cada vez mais em decoração de áreas externas oferecendo conforto e bem-estar”.

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terra magazine

Para o Grupo Green House o Nordeste é uma região promissora para o segmento de decoração de espaços abertos. “Observamos um desenvolvimento constante no setor desta região. Já há alguns anos temos grandes parceiros por aqui comercializando nossos produtos e, pretendemos aumentar ainda mais esta participação”, afirma José Tonin Jr – CEO do Grupo Green House. No mês de março passado, dias 21 e 23, a empresa promoveu a visita de profissionais do Setor de Decoração do Recife, em parceria com a loja Art Garden, em suas instalações na cidade de Indaiatuba, Região Metropolitana de Campinas (SP). Anexo à unidade fabril, está o showroom da empresa, o maior do País, que ocupa um espaço de 1.600 metros quadrados, abrigando as principais coleções de móveis, tecidos, ombrellones e coberturas retráteis. Integrado ao showroom funciona um espaço para a realização de eventos semanais dos quais participam arquitetos, designers, decoradores, paisagistas, entre outros.


O showroom da empresa, o maior do País, ocupa um espaço de 1.600 metros quadrados.

Outra iniciativa de se firmar ainda mais na região é a participação do Grupo na Feira Equipotel Nordeste, que aconteceu entre os dias 7 e 10 de maio, no Centro de Exposições Pernambuco, em Olinda. Para esta edição da Feira, o Grupo preparou uma série de lançamentos, como as coberturas retráteis da marca italiana Corradi, inéditas no País, os ombrellones gigantes da Suíça Glat`z, com sistemas inteligentes de manuseio e tecidos poliéster 100% recicláveis, além dos móveis em fibra sintética, alumínio, tela sling, aço inox, madeira Teka, entre outros acabamentos. Outra novidade da Green House são as variações de cores em algumas linhas de móveis, como a Braga, composta por mesas e cadeiras. A Green House vem, ao longo de seus 14 anos de atividades, se consolidando como um grupo que oferece ao mercado o conceito outdoor solution, ou seja, o melhor em móveis, ombrellones, coberturas retráteis, tecidos, enfim, um pacote para que os espaços ao ar livre possam ser melhores aproveitados, gerando ainda mais rentabilidade e novas possibilidades de atendimento. “Buscamos as tendências no mercado mundial através de móveis que trazem conforto, durabilidade e design diferenciado, tudo isto a preços compatíveis com o mercado nacional e prazo de entrega reduzido”, ressalta José Tonin Júnior.

Profissionais do Setor de Decoração do Recife, em parceria com a loja Art Garden, em suas instalações na cidade de Indaiatuba, Região Metropolitana de Campinas (SP).

“Buscamos as tendências no mercado mundial através de móveis que trazem conforto, durabilidade e design diferenciado, tudo isto a preços compatíveis com o mercado nacional e prazo de entrega reduzido”. Os móveis para ambientes externos evoluíram muito em relação à funcionalidade, composição de diferentes materiais e, claro, o design, que hoje vai do rústico ao contemporâneo. O mix de materiais como o alumínio, tela sling, madeira e aço inox vem ganhando espaço no mercado mundial; móveis coloridos também estão em alta e tecidos listrados dão vida às peças, além de resistirem às agressões das intempéries. Tudo isso passa por constante avaliação do Grupo Green House, que acompanha as tendências dos mercados nacional e internacional, participando de eventos como o Salão Internacional de Moveis de Milão.

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DICAS DE BLOGUEIRAS

É tendÊncIa: looks all red! As produções na cor vermelha é febre no exterior e aqui no Brasil já estão bombando! Aposte em looks monocromáticos vermelhos e quebre com acessórios em animal print e estampas das mais variadas, o novo preto do momento é o vermelho! Se não se sentir tão a vontade com a produção completamente vermelha, mescle com cores neutras como o branco, preto ou até mesmo o cinza! O importante é sair arrasando e a cara da mulher moderna! APOSTE!

tendência: ray-Ban espelhado colorido Tem que ter ousadia para se render, pois acaba deixando muita gente em dúvida e com receio de usar. Eu acho incrível e me rendi facinho a eles... Algumas Marcas lançaram também, como a Absurda e em vários modelos, mas eu prefiro o clássico Aviador da Ray-Ban, que é um modelo atemporal. Gosto da sua armação delicada. Sou muito fã do trabalho da Prima Santa – vivo por aí com minhas folhinhas de couro penduradas no pescoço e sempre alguém me pergunta onde comprei. Bianca e Teresa Branco fazem esse trabalho com couro super delicado e expõem nos principais bazares que acontecem na cidade. Essas peças fotografei no bazar da AACD que rolou na segunda e terça, mas elas sempre estão no Cabine Fashion – é só ficar ligado nas datas das próximas edições e se esbaldar comprando os mais variados pingentes. Inclusive existem muitos outros modelinhos como cupcakes, frutinhas, bebês e outros temas. Mas o meu preferido mesmo são as folhas.

Se você vai ousar e se jogar nessa tendência dos coloridinhos, então, procure usar cores mais neutras nas roupas,pois, as lentes já chamam atenção. Roupas sem brilhos e com pouca ou nenhuma estampa, peças básicas, vão deixar o look incrível com esse modelo de óculos. Com Jeans também fica perfeito. Agora se você quer ficar com a cara do verão e brincar com as cores, vale também a composição com o tradicional Animal print! A tendência também tá valendo para o inverno, então pode arriscar e ter um pra chamar de seu!


MODA por

Cecília Macêdo

As tendências barroca e militar chegam fortes na estação. FOTOS INTERNET

O mundo dos brocados, dourado, veludo, rendas, bordados e pedrarias está de volta na estação fria, assim como o militarismo, abusando do verde oliva, do Khaki, das tachas das parkas.

Vestido Club Noir

Depois do minimalismo recente, o excesso de dourado, materiais chamativos e brilhantes, arabescos e bordados, são must have da estação

Bota Shutz

Não é de hoje que a moda se inspira na arte, o barroco, estilo próprio dó século XVII, surgido inicialmente na Itália, que destingiu-se exatamente pelo poder exuberante da época do absolutismo, volta à moda com força total. A arte barroca da época, mostrava um mundo de contrastes, exuberância e um alto grau de dramaticidade. A moda barroca de hoje, por assim dizer, traduz exatamente todo esse estilo artístico e decorativo da época. As marcas Balmain, Dolce&Gabanna, Prada e Moschino, deram o ponta pé inicial na tendência e foram os primeiros a traduzirem nas suas coleções todo o exagero e o luxo do movimento barroco. Depois do minimalismo recente, o excesso de dourado, materiais chamativos e brilhantes, arabescos e bordados, são must have da estação, e chegam forte também nas coleções de várias marcas nacionais como Animale, Patrícia Bonaldi, Mixed, Le Lis Blanc, Club Noir, Arezzo, Shutz, e até as grandes magazines, como C&A, Renner e Riachuelo por exemplo. As peças hit da tendência barroca vão desde os acessórios, sapatos e bolsas, até as roupas casuais e mais arrumadas, são maxicolares e brincos, óculos escuros, ankle boots bordadas, plataformas de madeira, casaquetos e conjuntos bordados com pedrarias, vestidinhos estruturados


Moda Colar Le Lis Blanc

Óculos Dolce�Gabanna

Jaqueta Versace

em preto e dourado, peças de veludo, crucifixos chamativos e várias outras peças desejo, estão enchendo as vitrines e os olhos da mulherada. Mas como usar uma tendência nem tão democrática assim, sem parecer caricata ou enfeitada demais? Para as mais discretas, a dica é usar com parcimônia, deixar as peças mais chamativas com veludos e muitos bordados para a noite, caso vá optar por uma roupa no estilo barroco, optar por acessórios mais discretos, dá para usar o estilo sem muito exagero, as mais ousadas podem abusar uma pouco mais, afinal não existem muitas regras para essa tendência.

Vestido Maria Filó

FOTOS INTERNET

Outra Trend que veio com tudo para o inverno 2013 foi o militarismo, um dos primeiros a “lançar” a tendência para esse ano, foi o estilista Jean Paul Gaultier. O Militarismo foi Hit nos anos 90, apareceu remodelado em meados de 2009, com um visual meio “punk militar”, que logo saiu de cena e deu lugar a um estilo mais “lady like”. O estilo militar aparece repaginado em 2013, surge agora de forma mais feminina, com aplicações de strass e lantejoulas e bordados por exemplo. O Trench Coat é uma das peças mais aclamadas desse inverno, pois agrega, conforto, elegância e praticidade, para as mais descoladas, as parkas também estão em quase todas as vitrines. É claro que nem todas as peças com inspiração militar possuem estampas camufladadas, spikes, etc. Em 2013, o estilo foge do óbvio: Aplicação nos ombros, abotoamentos duplos, golas amplas, e paetês, sempre predominando os tons de verde Oliva, Marrom, Khaki, e os Beges. Essa versão mais Chique do estilo Army, vem fazendo a cabeça da mulherada e de muitas celebridades. Para usar e abusar desse estilo sem parecer caricata, o ideal é eleger uma peça conceito, e combiná-la com outras de estilos e tecidos diferentes, dá para misturar por exemplo com renda, para um look mais feminino e com o couro, para um look mais Hype.

Bolsa Arezzo

Vestido Patrícia Bonaldi 55


ESPECIAL NOIVAS

noivas contemPorÂneas Uma equipe antenada e de visibilidade nacional, o STUd1UM Blz Recife, traz o cabeleireiro das BLondiES, João coscardo, e o maquiador das cELEBRidAdES, Henrique Mello, com uma proposta de LooKs para noivas, revisitando o classico “coQUE”, e a maquiagem sofisticada, com perfume de modernidade únicos, para as mais antenadas pernambucanas! As inspirações são formas e volumes, equilibrando penteados clássicos, com um novo olhar e adereços modernos e únicos! novas versões do “coque” ora banana, ora baixo ou alto, e até com uma trama étnica, eles se completam com makes sofisticados de olhos esfumados, blushes frutais e bocas naturais em cores sobressalentes, dando leveza e frescor as noiVAS conTEMPoRÂnEAS!

Sabrina Holanda coque duplo, presos no alto da cabeça com olhos iluminados e concavo esfumado em marron, blushe ocre e boca nude

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terra magazine


Zárcia Mendes Base étnica,numa trama até o centro no alto e meio da cabeça com flores tb numa trama de ouro e perolas! Nos olhos um esfumado classico de preto e marron com boca e blushe rosa-bêbe.

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ESPECIAL NOIVAS

nayara Berenguer coque banana atĂŠ o alto da testa, olhos esfumados, blushe pessego bronzeado e boca pessego 58

terra magazine


Créditos: Concepção: Henrique Mello e João Coscardo Cabelos: João Coscardo Makeup: Henrique Mello Fotografia: Renato Filho Tratamento de imagens: Felipe Ribeiro Vestidos: Jan Souza Adereços cabeças: Cintia Versoza e Bio Jóias Produção: Ivonalda Gaião Assistente: Raphael Ramos Alan Fontes do Agradecimentos: Amazing Models Stud1um Beleza Recife

Bruna Gadelha Coque baixo transpassado com arremate prata com olhos de fumê de canto, blushe e boca rosa seco


SCALASEMCOSTURA.COM.BR ESTILOSCALA.COM.BR /ESTILOSCALA /ESTILO_SCALA


OUTONO INVERNO 2013

SCALA SHOPPING RIOMAR

81 3327 0617


MODA FITNESS

Pratadacasa athletic lança coleção de inverno 2013 figurinos atléticos luxuosos remetem ao universo dos picadeiros. Por Andrea Albuquerque

Inspirada no universo lúdico circense, a nova coleção de inverno 2013 da Prata da Casa Athletic, intitulada Acrobatas, traz em suas peças uma releitura do mundo mágico e irreal aliado à ideia dos movimentos precisos que ultrapassam limites. Com base nesse conceito, a marca pernambucana de fitness e sportwear apresenta figurinos atléticos luxuosos, cheios de bossa e muitas pinceladas de roxo pump e pink, além da suavidade de tons pasteis que se unem às cores sóbrias da estação do frio. A ideia do contraste é fazer uma alusão às luzes dos holofotes, que fixos apenas nos acrobatas, deixam o restante do picadeiro completamente escuro. De acordo com Andréa Albuquerque, sócia-fundadora da marca, “é aquele inverno com a sensação de que o sol ainda não saiu de cena”. Por meio desta coleção, a prática de esportes ganha um enredo contagiante. Através de tecidos tecnológicos, malharia parcialmente estampada e modelagens elaboradas, é possível garantir efeitos visuais marcantes, sem deixar de lado a funcionalidade dos looks: característica inerente às peças da marca.

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terra magazine


Efeitos vinilizados prometem ser a “acrobacia” chave da coleção. Leggings em cirrê (tipo de tecido) com cores e texturas estilo “chuva de glitter”, bem como casacos curtos com efeito couro, matelassê (procedimento de costura que produz relevo e textura sobre tecidos) e toques em peles sintéticas são as apostas para compor looks ousados tanto na prática de atividades no dia a dia, quanto nas baladas.

Para o público masculino, a coleção é marcada pelo minimalismo e leveza: camisetas, mangas longas, calças, shorts e casacos adaptados para o inverno tipicamente brasileiro. Bolsos embutidos e zíperes em recortes garantem o efeito high tech, para deixar a produção mais moderna e dinâmica. Estampas em t-shirts leves remetem à casualidade com elegância para uma rotina agitada e cheia de movimentos.

Boa Viagem – Avenida Domingos Ferreira, 2312 (Academia Santé Club) RioMar Shopping – Companhia Athlética e Piso 02 Facebook.com/pratadacasa 63


Por Izabelle Rino

Terra

SOCIAL

Pocket show com naná vasconcelos na festa da terra Magazine

Em março aconteceu o evento de lançamento da 22ª edição da revista Terra Magazine, que trouxe na capa o brilhante e talentoso músico Naná Vasconcelos. A noite maravilhosa teve como cenário o restaurante Kisῡ, com sua deliciosa culinária japonesa, e tem como proprietário Beto Mergulhão, uma pessoa muito querida e admirada no meio empresarial e social de Pernambuco. Tivemos também a presença de convidados muito especiais, que abrilhantaram ainda mais nosso já tradicional e aguardado evento bimestral.

izabelle rino e naná 64

TERRA MAGAZINE

beto mergulhão e janguiÊ diniz

MARCELO SANTOS E ANDRÉ CARÍCIO


Terra SOCIAL

valdécia nunes, alfredo fraga e renata mendonça

LEANDRO RICARDO, ROBERTA E PAULA QUEIROZ

José Maria, Naná e Socorro Vilaça

JACIRA, ADRIANA, CECÍLIA macedo E IZABELLA salles

JOSÉ AUGUSTO E SHEILA CARNEIRO, ANDREA CALÁBRIA e FLÁVIO MELLO

CÉLIA LOURETTE E RAMON VIEIRA

CLAUDIO BARETO E NICOLA SULTANUM

Paulo azul e Andréa Albuquerque

ADRIANA MAIAH E ANDERSON ARAGÃO

carmo e claudio barreto, patrícia dantas

GERLANE LOPES E ANDRÉ RIO

PRISCILA MARQUES E BETO FILHO

LOURDINHA OLIVEIRA, NANÁ E ROBERTO NÓBREGA

raissa e thais Sulzbach, Célia dourado

lEOPOLDO pERES, ANGITA CAVALCANTI E WALDELITA TENÓRIO

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Terra

SOCIAL

POR IZABELLE RINO

Dona Santa promove coquetel da Harper’s Bazaar Brasil

MARIA BRAGA E JULIANA SANTOS Juliana Santos promoveu na sua Dona Santa, um coquetel de lançamento local da edição de abril da revista Harper’s Bazaar Brasil. No número deste mês, uma matéria de quatro páginas repercute os 18 anos de pioneirismo da multimarcas pernambucana. Uma parte do staff da revista veio prestigiar o evento, incluindo a diretora de redação Maria Prata, a editora de beleza Vânia Goy, a redatora chefe Camila Garcia e a assistente de jornalismo Gabriella Paschoal.

KAROL NOGUEIRA E LUCIANA RIBEIRO

Coquetel lança nova coleção de outono/ inverno da Colcci DENISE MAIA, RAYLANE MAIA, CAMILA COUTINHO, SOFIA PETRUSCHKY E THAIS GUALTER

No Dia da Mulher, a Colcci aproveitou para lançar nova coleção de outono/inverno da marca. Apresentando as novas peças da temporada. Entres os destaques, o plissado em vestidos e saias acima dos joelhos. A blogueira Camila Coutinho foi parceira da ação.

THAIS GUALTER E PRISCILLA LUNA CAMILA COUTINHO 66

TERRA MAGAZINE

THAIS GUALTER, DENISE MAIA E FABRICIO MEDEIROS

Fotos: Gleyson Ramos

MARIA BRAGA, VANIA GOY , CAMILA GARCIA E GABRIELA PASCOAL


Terra SOCIAL

Carol Buffara veio ao Recife para o #schutzgetfit A Schutz lotou de convidadas sua loja no RioMar, para ouvir a palestra de Carol Buffara (@carolbuffara), a carioca que dá dicas de lifestyle saudável no instagram, utilizando a hashtag #projetocarolbuffara. A nova queridinha das it girls do país, bateu um papo sobre práticas saudáveis, alimentação correta, exercícios, perseverança e os desafios de manter a barriga chapada.

Fotos: Paloma Amorim

C AROL BUFFARA BUFFAR A

Karol Nogueira

PAULA E ANDRÉA ACCIOLY MANU TENÓRIO, CARLA SÁ LEITÃO, HENRIQUETA PETRIBU FORTES E VYVYAN LIMA CAROL SÁ LEITÃO

JULIETA E JOSÉ RANULFO QUEIROZ

IvaNOSKA

ESPERIA E JOSIAS GOMES

Dinner Preview Jaguar reúne vips da sociedade paraibana

MARTA, ROBERTA E PAULA QUEIROZ

M�NICA PAIVA E SANDRA MOURA

Bia e PAULINO TEIXEIRA

A concessionária Land Rover da Paraíba, do Grupo Rota Premium, realizou um preview para apresentar os modelos Jaguar, para um seleto grupo de convidados. Os modelos que já estão disponíveis para venda na concessionária paraibana, ficaram expostos no hall do restaurante Gulliver Mar. Os convidados puderam conhecer um pouco mais da história do Grupo Rota Premium.

JEAN

E CARMELITA CHANG

VILMAR COSTA E CLAUDIO BARRETO 67


Terra

SOCIAL

POR IZABELLE RINO

Inauguração da OD Collections em Boa Viagem

SERGIO BRAGA, LEONARDO BRAGA E IZABELLE RINO

MARCOS PITANGA E MARCELO SIQUEIRA Fotos: Atila Lemos

Os empresários Leonardo e Sérgio Braga promoveram, coquetel de inauguração da OD Collections, nova multimarcas de móveis e artigos de decoração que a partir de agora funciona em um luxuoso show room, com nada menos que 480m², na Domingos Ferreira, em Boa Viagem. Entre as apostas do novo espaço, o atendimento inovador, todo feito através de tablets e um show room delivery, no qual o cliente pode montar toda ambientação em sua casa para ver como fica. Em tempo, o coquetel de inauguração ficou sob a batuta de Leo Coutinho, leia-se Blu’nelle. Registrados por lá, muitos nomes de peso do cenário da arquitetura, decoração, além de formadores de opinião, tais como: Ana Cláudia Thorpe, André Carício, Adriana Cavendish, Tony Pinho, Wellington Pedro, Tábata Sá, entre outros. A Terra Magazine tem o registro desse momento.

KIKA BAPTISTA E CLAUDIO BARRETO

BARBARA CEREJA, MARCOS GUERRA E FABIOLA HAZIN

GRAÇA GIBSON E ANA CLAUDIA THORPE

Lançamento do premiadíssimo SUV Range Rover Vogue 2013.

ROBERTA, JOSÉ RANUNFO, JULIETA, PAULA, MARCELO E MARTA QUEIROZ

Foi ao som da banda 4 Blues, o lançamento do premiadíssimo SUV Range Rover Vogue 2013. A festa aconteceu no showroom da Rota Premium, em Boa Viagem. Com buffet da Porto Fino, os convidados conheceram de perto um dos carros mais luxuosos e potentes do momento. Os convidados receberam o CD “The Sound of Meridian”, com 11 faixas, para testar o ultramoderno sistema de som do novo modelo. Os mimos para os presentes contemplaram, ainda, uma requintada latinha personalizada da Chocolat du Jour. No CD “The Sound of Meridian”, inclusive, a primeira faixa, “The Mallen Streak Orchestra – Walk ant my side”, foi composta exclusivamente para o lançamento do modelo.

PAULO FIGUEIREDO E JOSÉ RANULFO QUEIROZ Fotos: Lulu Pinheiro

EDUARDO PESSOA, PAULA QUEIROZ E JAIRO PIMENTA 68

TERRA MAGAZINE

SILVIO ALBUQUERQIE E WALDEMIR CARVALHO


Terra SOCIAL

Casa Ofício Inaugura em Recife Loja de alto padrão traz a cidade um novo conceito em loja de móveis de escritório. Vista como a região que mais cresce no consumo de móveis do país, de acordo com o Sindicato das Indústrias de Móveis de Pernambuco (Sindimóveis –PE), o Nordeste se destaca pela procura por inovação e altos padrões no quesito design e conforto. É o caso do empresário Jairo Pimenta, que há mais de 45 anos no mercado de negócios, se destaca no segmento de mobiliário corporativo, poltronas e cadeiras no Estado de Pernambuco e passa a ser ainda um distribuidor exclusivo da Flexform, em sua recém inaugurada Casa Oficio, em Boa Viagem. “Para nós, a parceria com a Flexform representa a oportunidade de continuar prestando um bom serviço de consultoria aos nossos clientes. “ afirma Jairo Pimenta.

JAIRO PIMENTA, JOSÉ MARTINHÃO E FERNANDO ALENCAR

Variedade, qualidade e novidade são algumas das diretrizes da Casa Oficio, a loja conta com um mix de marcas conceituadas nacionalmente como FlexForm, Securit e Design on. O showroom de 900 m² foi projetado pelo arquiteto Fernando Alencar , que deu preferência a espaços limpos para melhor distribuição das peças .

DENISE E JOÃO VICENTE GOUVEIA JAIRO PIMENTA, LORENZO E CRISTINA MAGUINELI

Fotos: Lulu Pinheiro

RONALD E ELANI CAVALCANTI

Nova coleção Jorge Bischoff Uma noite de puro glamour e exclusividade. Assim foi o lançamento da coleção outono-inverno da grife Jorge Bischoff, comandada pelos sócios Patrícia, Renato e Tânia Pessoa de Melo. Marcada por um estilo rebuscado, repleto de pedrarias e metais, a coleção denominada “Arrebatador” destaca bolsas e sapatos, assim como sapatilhas e saltos médios, que vem com força nesta temporada. Na ocasião, o designer da marca, o próprio Jorge Bischoff, esteve presente pela primeira vez na loja e recebeu as finas da cidade.

BRUNA MONTEIRO, MARIA EDUARDA MONTENEGRO, DULCE GAYOSO, RENATA BARROCA, SIMON E BERNARDO CARRAZZONE RENATO, TÂNIA E PATRÍCIA PESSOA DE MELO

JORGE BISCHOFF 69


FAMÍLIA PERNAMBUCANA

souza leão tradição que conta histórias Fotos Claudio Barreto

Por Ivelise Buarque

A riqueza do homem pode e deve, em muitas situações, ser definida pela história de sua família e o caminho que é traçado ao passar do tempo. E diante deste conceito que é perpetuado por muitos escritores e teóricos é que é traçada a tradição da família Souza Leão, cujo sobrenome carrega em si participação no desenvolvimento da região e do estado de Pernambuco. Um percurso traçado ao longo de mais de mais de quatro séculos quando da chegada à terras brasileiras de Domingos de Souza Leão, que se estabeleceu na época em Santo Amaro de Jaboatão, onde se dedicou a lavoura de cana de açúcar. No século XVII, esses primeiros engenhos da colonização ainda estavam em desenvolvimento, mas esta cultura e economia canavieira floresciam e transformaram Pernambuco no maior produtor mundial de açúcar. É nesta época que acontece os primeiros passos para o desenvolvimento desta rica memória. Em meados de 1600, Domingos de Souza Leão se casou com Isabel de Souza Ferreira com quem teve o filho Domingos, cujos descendentes de sua união com Isabel da Silva Ribeiro se dedicaram ao cultivo da terra. No começo do século XIX, a família já comandava a administração de diversas propriedades como o Engenho Santo Antônio das Matas, Gurjahú de Cima, Entre Rios, Floresta de Jaboatão dos Guararapes e Maranhão, quando o cel. Manoel Tomas de Souza Leão, neto de Domingos, casa-se com a viúva Rosa Maria Barbosa Cavalcanti de Lacerda, moradora do sítio Cavaco, que passa a se chamar de Engenho da Conceição. A sede foi ampliada por volta de 1853 para ser a residência do então comendador Manoel de Souza Leão, genro 70

terra magazine Parte da Coleção de prataria Sagra


de Manoel Tomas, casado com uma de suas filhas, Francisca Severina e passa a ser conhecido como Engenho Novo da Conceição. O prédio da casa-grande, que conserva a mobília antiga em jacarandá dos Souza Leão, é todo circulado por uma varanda e composto de salões, oito quartos, dez salas (salas e saleteas) e cozinha. Na segunda metade do século XIX, a irmã de Rosa Maria Cavalcanti, D. Francisca Severina Cavalcanti de Lacerda, deixou o Engenho Gurjahú de Cima para seus sobrinhos netos, filhos de Francisca Severina (Manoel, José, Francisca e Jerônimo). A aquisição desta propriedade amplia os negócios deste lado da família. O engenho, que mantém até hoje a antiga fábrica, foi adquirido

Esposa do Comentador Manuel de Souza Leão Francisca Severina de Souza Leão

Barão de GURJAHU José de Souza Leão

após a compra da parte dos irmãos pelo filho José de Souza Leão (futuro Barão de Gurjhau), que instalou o engenho a vapor no final do século XIX. E este o deixou para o sobrinho, afilhado e filho adotivo Euclides José de Souza Leão, coronel da guarda-nacional e primeiro prefeito do Moreno, que cumpriu dois anos de mandato com a emancipação da antiga Villa de Morenos, metrópole dos eucaliptos. O trabalho árduo dos descendentes ao longo desses quatrocentos anos ajudou a moldar uma nova paisagem na zona da mata sul e contribui para a construção de um patrimônio histórico e cultural preservado até hoje que ressaltam a tradição, a importância histórica e a nobreza da família, detentora de sete de títulos de nobreza concebidos pelo Império Brasileiro. Há muito a se contar, muito mais

Baroneza de Gurjahú Lilia Hermelinda de Souza Leão

Primeiro Prefeito de Moreno Euclides José de Souza Leão

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FAMÍLIA PERNAMBUCANA

do que o olhar possa admirar nas lavouras de cana do terreno do Engenho Novo da Conceição, um das propriedades mais características da riqueza da família. E, além da casa-grande, o imóvel da zona canavieira preserva a memória deste nobre nome que passará a ser conhecido e reconhecido pelas grandes contribuições com o Instituto Maria José e Antônio de Souza Leão, que ainda presta uma grande homenagem ao casal que comemorou recentemente suas bodas de diamante. Mas, diferente do que se imagina esta história não será contada em nenhum casarão em terras do litoral, mas sim em um sobrado de número 245 na Rua Aurora, um dos mais emblemáticos cartões postais da capital pernambucana. Sediado em propriedade que figurou como residência da família no final do século XIX, o Instituto Cultural não virá carregado das recordações da infância do Sr. Antônio de Souza Leão, pai do empresário Luiz Paulo de Souza Leão, que lá morou até 1952 quando se casou com Maria José Esteves Laranjeira, filha de imigrante português e que contribuiu enormemente para o enriquecimento do acervo da família. E também não carregará as lembranças que o seu criador, Luiz Paulo, cresceu ouvindo, entretanto, o acervo particular resgatará muito dos costumes, hábitos, modo de vida e pequenos detalhes sociais, econômicos e culturais que traduzem a realidade de vida deste ciclo da cana de açúcar. Um glamour que marcou época e que será colocado à visitação pelo herdeiro do Barão de Gurjahú ao público e que servirá de referência histórica para pesquisadores e estudantes, através de milhares de objetos, documentos, prataria, arte sacra, telas e quadros. 72

terra magazine

CENÁRIO jardim frontal do casarão


Bodas de Diamante Maria José e Antônio de Souza Leão comemoraram suas bodas de diamante, no Engenho Novo da Conceição, com uma festa prestigiada por 200 convidados, entre familiares e amigos. A festa marcou uma nova fase da vida do casal cuja vida será imortalizada no centro cultural em desenvolvimento. Confira os cliques deste momento.

MARIA JOSÉ E ANTÔNIO DE SOUZA LEÃO

SALÃO BORDEAUX ARMANDO E CHIQUITA BRITO

Festa - Bodas de diamante

FLÁVIA GALVÃO E GEORGE CABRAL

LUIZ ANTONIO DOURADO, LÚCIA DE SOUZA LEÃO DOURADO E ENEIDA DOURADO.

Mesa de doces

LÚCIA E ANA MARIA MEIRA LINS


FAMÍLIA PERNAMBUCANA

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Maria José e seu filho João Paulo Souza Leão


ANA KARINA GURGEL, ADRIANA GOMES, ALÉXIA TONON, GEÓRGIA ANDRADE E ALDENI LIMA.

LUIZ PAULO, ANA JULIA FERREIRA, GERALDO AZEVEDO, SANDRA COUTINHO, BRUNO VASCONCELOS, NITA SPERD E FILHOS

MÔNICA E LILIAN BANDEIRA DE MELO, LUIZ PAULO E ANA DE SOUZA LEÃO LEMOS

SERGIO PINTO, ANDREA COUTINHO, LUIZ PAULO, TÂMARA E BRUNO OCCENSTEIN

JAIR E ANA CLAUDIA MEIRELES, ALICE COM OS AVÓS CAROLINA E ILVO MEIRELES

MARIA EUGENIA MEIRA LINS E MARINA DE S SANTOS

RENATO PESSOA, ZITAH E PAULO ANDRADE

V ANDA DANTAS E PAULO DE SOUZA LEÃO

FLÁVIA GALVÃO E LEILA QUEIROZ MARIA JOSÉ E ANTÔNIO DE SOUZA LEÃO

GERSON CARNEIRO LEÃO E MARCO ANTÔNIO DOURADO

CAROLINA BEZERRA DE MEIRELES, VERA QUEIROZ DOURADO, ANA CLAUDIA E ALICE FIGUEIRA MEIRELES

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Muito mais que academia, a Santé é um complexo de saúde dedicado ao corpo e à beleza.

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FAMÍLIA PERNAMBUCANA

A TRIUNFANTE HISTÓRIA DA FAMÍLIA OLIVEIRA SILVEIRA

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Por Ana Paula Bernardes

No mês de março, a Igreja de São José em São Paulo foi sede um casamento que tinha um pouco de uma tradicional família pernambucana, Oliveira Silveira. A matriarca, Tânia Maria Oliveira, em meio a emoção de casar sua filha caçula, Vanessa, relembrou um pouco da trajetória do seu pai e da união de sua família. O berço de tudo, segundo Tânia, estaria na cidade de Caruaru, com a figura de José Mixto de Oliveira. Filho de fazendeiros, sabia que precisaria de muito esforço para ir atrás de seus sonhos. Custeou seus próprios estudos e formou-se em Direito pela Faculdade de Direito do Recife, tornando-se um exemplo para a família, principalmente pela sua intenção de atender às causas humanitárias. Atuou como jurista na cidade de Vitória de Santo Antão. Também nesta cidade casou-se com Raquel de Holanda Cavalcanti e teve quatro filhos: Tânia, Taciana Maria de Oliveira, José Tauro de Oliveira e José Tacito de OIiveira. Em seguida abraçou a política, sendo Deputado por 10 anos, como líder da bancada da UDN. Ajudou seu reduto eleitoral, principalmente na construção do hospital daquela cidade, Hospital João Murilo. Com isso, estimulou a filha Tânia a seguir a carreira de medicina. Tanto que ela abraçou a profissão por 25 anos, espelhando-se no seu genitor. Tânia conta que, depois de cursar medicina no Recife, seguiu para São Paulo para atuar no Hospital das Clínicas. “Foi uma chegada difícil. Porém, como uma autêntica nordestina, vencer não foi difícil. Eu lembro de uma frase de Euclides da Cunha que papai sempre falava que era o Nordestino é antes de tudo, um forte”, relembrou . Lá conheceu o pai dos seus filhos, Vandyck, médico residente em cirurgia. O namoro durou cinco anos e o casamento aconteceu em Recife, na Catedral de São Pedro dos Clérigos, numa 79


cerimônia que unindo Tânia e Vandyck, reunia também, em perfeita comunhão, nordestinos e paulistas, congregando os primeiros amigos do casal. Desta união, vieram três filhos, Vandyck Filho , Vladmir e a Vanessa. O filho mais velho, PhD em economia, morou 16 anos nos Estados Unidos e na Inglaterra. Amava o avô e participou de várias viagens ao Recife para passar férias. Ocupou vários cargos em bancos no exterior, mas atualmente é Presidente do grupo IBMEC, em São Paulo.

TÂNIA OLIVEIRA SILVEIRA

MARIS ROCASOLANO E LATINA FREIRE DE OLIVIERA 80

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Vladmir também conheceu o avô e herdou dele o amor pelo Direito. Profissão que abraçou, formando-se pela PUC de São Paulo. Atualmente tem 12 livros publicados na área, é professor de Direito na PUC, USP e Uninove e é palestrante do segmento em várias cidades. Já Vanessa, herdou o lado humanitário da mãe e formouse em medicina. É oftalmologista e tem um consultório junto com o pai que é gastroenterologista. Outro ponto em comum com a mãe são os laços afetivos que manteve com o Nordeste. Por sinal,

MAURIS ROSSIE, ANTONIO CARLOAD, ADRIANO BORGES E ROGERIO PETERLE

VANDYCK, TÂNIA E VLADMIR SILVEIRA

GIOVANNA LAMASTRA PACHECO E VANDYCK SILVEIRA


foi em solos nordestinos que conheceu seu marido, Alexandre. “ Os dois se conheceram num Reveillon de Porto Seguro”, relembra Tânia. A festa de casamento da filha foi a prova do destino triunfal desta família. Uma cerimônia que reuniu 800 convidados e na Igreja que fez parte da infância dos filhos de Tânia. A recepção foi no mesmo local que a filha fez 15 anos. A noiva usava um vestido feito na Rex Rendas em Miami. A coroa feita em pérolas cultivadas, ouro branco e brilhantes. Os

brincos em brilhantes foram ofertados pela avó, já falecida. A trilha sonora da festa foi da Banda Prime, composta por 11 músicos e com experiência de 10 anos, a banda tentou customizar o gosto musical dos noivos. “O casamento foi feito com muito amor, mostrando o amor que temos uns pelos outros na nossa família. Além disso, foi uma grande oportunidade de reunir nossos amigos, que soubemos construir ao longo da história desta família. Os meus amigos, são eternos e meus filhos aprenderam isto. O nosso sentimento, foi coletivo”, ressalta Tânia.

VANDYCK NEVES DA SILVEIRA, TANIA E VANESSA SILVEIRA, ALEXANDRE , MARIA MERCEDES E ANTONIO CARLOS PETERLE

MARIA MERCEDES E ALEXANDRE PETERLE Fotos: Claudio Barreto

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SAÚDE

aÇÃo social atendimento volUntário devolve esPeranÇa a crianÇas com sÍndromes genÉticas

Por Ana Paula Bernardes Um cantinho bem especial, localizado no bairro de Casa Amarela, no Recife, é referência no Estado de Pernambuco, no atendimento de bebês e crianças, com idades de 0 a 12 anos, portadores de síndromes genéticas diversas. A Associação Novo Rumo, como é conhecida, desenvolve um trabalho de assistência voluntária e hoje atende cerca de 200 crianças com ou sem retardo mental, onde 60% deste público é portador de Síndrome de Down.

de Déficit de Atenção– TDAH e quadros de psicoses onde esses pequeninos são tratados com medicamentos e através de sessões de fonoaudiologia, terapia ocupacional, musicoterapia, recreação, PETterapia com cachorro labrador e capoeira. “O trabalho é feito conjuntamente. Não existem crianças difíceis ou impossíveis de cuidar, existe apenas um desafio diário que é a nossa capacidade de amá-las e de entendê-las”, ressalta Paula Arruda.

A entidade, sem fins lucrativos, foi fundada em agosto de 2006 e seus serviços de reabilitação são desenvolvidos através de um modelo assistencial que consiste em várias etapas. São elas: o acolhimento mãe+bebê, diagnóstico clínico, aconselhamento genético para pais e familiares interessados, estímulo ao aleitamento materno e ao aconchego, apoio psicológico e fraterno, além de estimulação global como proposta de tratamento para o bebê. “Vivenciamos em nossa prática diária o sonho de reabilitar bebês diferentes e o desafio de reconstruir dentro de uma perspectiva otimista, sujeitos capazes de serem incluídos socialmente”, ressalta a Dra. Paula Arruda, médica geneticista e diretora executiva da Associação.

O trabalho tem ajudado a dar brilho nos olhos e esperança na vida das famílias dessas crianças. No entanto, a Instituição hoje não recebe qualquer tipo de auxílio empresarial, municipal, estadual ou federal. “Acredito que o apoio da sociedade pode ajudar a fortalecer ainda mais o nosso trabalho, pois hoje a Novo Rumo sobrevive graças à ajuda financeira de pessoas amigas e dos familiares das crianças aqui acolhidas”, explica a geneticista.

Hoje a Associação Novo Rumo é uma grande família, com uma equipe de profissionais voluntários formada por uma médica geneticista, uma enfermeira, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, recreadoras, um professor de música e um professor de capoeira. “A atividade é laboriosa e muitas vezes demorada. Costumamos compará-la à confecção de uma enorme colcha de retalhos que requer ajustes perfeitos em suas cores e matizes”, destaca Paula Arruda. Nos últimos 4 anos a entidade também vem sendo referência no atendimento de crianças de 2 a 11 anos portadoras de transtornos psiquíatricos da infância, como autismo , hiperatividade , Transtorno 82

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Por isso, toda ajuda é bem vinda para que este trabalho continue existindo. “Para aqueles que queiram nos ajudar, achamos de fundamental importância que venham nos visitar primeiramente, a fim de que possam conhecer a casa e nossas crianças, entendendo que tudo aquilo que nosso carinho e aconchego construíram é real”, convida Paula Arruda. Serviço: Associação Novo Rumo Rua Marcionilo Pedroza n° 52 – Casa Amarela Fones: 81 3267-0163 ou 9698-8015 Dra. Paula Arruda – Diretora Executiva Luciana Dias – Diretora Financeira e-mail: associaçãonovorumo@yahoo.com.br Facebook - novorumo.associacao Para doações: Banco do Brasil Agência: 1509-1 C/C: 27337-6



ESTILO DE VIDA em SÃO PAULO

a

casa dos cantos e dos recantos

Pertencente a um banqueiro de investimentos, situada numa região de montanha nos arredores de São Paulo, erguida no alto de uma colina diante do qual se abre um vale,esta propriedade denominada de Quinta das Palmeiras tem características singulares, como ter em seu entorno uma mata de preservação das mais ricas e no seu interior moveis extremamente diferenciados, além de peças fantasticas de arte que foram trazidas para a sua decoração, contando toda uma trajetória de vida de seu proprietário. Adquirida em 2004, a casa principal foi totalmente reformada pelo arquiteto Marlos Frederico Aguiar e o decorador Ibero Farelli, ambos amigos de longa data do dono do imóvel. “No instante em que 84

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Por Claudio Barreto vi a casa, liguei para o Marlos e o Ibero e pedi que viessem ao meu encontro, pois apenas eles, pela nossa amizade e por me conhecerem muito, saberiam transformar a casa original naquilo que eu pretendia que ela fosse, um lugar para reunir os amigos, a família e para descansar do cotidiano cada vez mais atribulado de São Paulo”, disse o proprietário. Basicamente, a reforma consistiu naquilo que o proprietário chamou de “abrir a casa para a Mata Atlântica preservada que nos rodeia”. Grandes janelas foram abertas para propiciar vistas da mata de todos os cômodos , principalmente dos quartos e das salas. Deitado nas camas dos quartos dos andares superiores temos vistas


deslumbrantes da Mata Atlântica. Uma área de piscina foi transformda pelo arquiteto numa sala de estar de inverno com grandes portas de vidro que se abrem para os jardins, com churrasqueira e forno de pizza contíguos a uma sala de jogos e uma pequena varanda, que se chama Varanda do Pôr do Sol, de onde se pode ver ao cair da tarde deitados em lindas espreguiçadeiras pernambucanas, que são verdadeiras esculturas, o sol descer sobre uma figueira centenária. E por que Quinta das Palmeiras? “Isso é uma brincadeira!

leitoa mineira comprada no mercado municipal de Conceição do Rio Verde sobre a qual eram vendidas leitoas. Ao fundo, no aparador, misturam-se sem restrições uma belíssima escultura queniana em argila, presente da irmã do proprietário que vive no exterior e dois castiçais de murano, presente de uma tia muito querida durante uma viagem a Paris. “Tudo que tenho aqui, tem uma historia à contar. Elas não têm valor econômico, têm o valor sentimental profundo do carinho e da amizade”. Emocionado, aponta para os santos barrocos que lhes foram dados por sua mãe , heranças de família, que ficam num aparador na sala da lareira sobre o qual, está um belíssimo Cuzqueño do século XVIII.

Como a propriedade não é grande para ser chamada de sitio nem pequena para ser uma chácara, resolvi batiza-la de Quinta, porque venho para cá toda quinta-feira e porque acho bonitas as quintas portuguesas. E as palmeiras homenageiam minhas raízes nordestinas. São a versão montanhesa dos coqueirais lindos do nordeste da minha infância. Existem 27 palmeiras na propriedade, todas de tipos e idades diferentes, desde imperiais até as famosas e raras “palmeiras azuis”.

No verão, a piscina em formato de 8 vira o ponto principal da casa. Diante dela, uma varanda com muitos sofás, poltronas, cadeiras e uma mesa central misturam-se sem preocupação com “estar tudo certinho no lugar”, como diz o proprietário sorrindo. “Esta casa significa descanso, conforto e despreocupação.

A Quinta das Palmeiras é pura ousadia e histórias, muitas histórias! A mesa de centro do living, coberta com peças de Francisco Brennand e livros de arte é, na realidade, uma centenária mesa de

Discreto, diz: “Sou low profile demais. Vivo para o meu trabalho e para viajar, comer bem e curtir esta casa com a minha família e os meus amigos. Convivo muito bem comigo mesmo e sou


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Diante dessa varanda, a beleza do jardim se apresenta inteira com as palmeiras, as quaresmeiras, os ipês e o pau-brasil para encantar os amigos estrangeiros. São 8 lindos pinheiros que um dia foram a árvore de natal de cada um dos natais passados neste casa desde que o proprietário comprou a mesma. “Eles são o relógio natural do tempo”, diz com uma pontinha de melancolia. “Não tive paisagista, fiz este jardim com o meu braço direito, Luciano, que plantou todas as árvores, arbustos, canteiros e vasos que estão aqui”.

feliz fora do spotlight”, afirma, demonstrando muita sinceridade nas suas palavras. No fundo do jardim existe uma árvore de tipo desconhecido, típica da Mata Atlântica e que foi preservada pelo proprietário como exemplo da mata original que se localizava onde hoje são os jardins da casa. Embaixo dessa árvore, um novo recanto muito especial: uma varanda com cadeiras de balanço fundas e muitos confortáveis postas em torno de uma mesa de alvenaria feita com as mesmas lajotas de tijolos sobre a qual há um tampo de madeira de 2m, onde, no verão, ficam os copos dos papos longos e iluminados por tocheiros de bambu e, no inverno, sem o tampo, transformase numa espetacular lareira externa, o famoso fireplace que se encontra no sul dos Estados Unidos. Num pequeno baú de madeira, mantas azuis e verdes de lã muito finas ajudam a aquecer enquanto se fala sobre tudo em torno do fogo amigo da lareira e os copos de vinho tinto desenham auroras boreais com os azuis e dourados do fogo. 86

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No jardim, descobrimos uma outra faceta da casa e de seu proprietário. Muitas árvores são dedicadas aos amigos. “Temos o Maple Leaf do Zelio, a Quaresmeira do Penna, a Palmeira Imperial do João, o Fícus da Tina”. Na parte mais alta do talude, uma capelinha dedicada ao Sagrado Coração de Jesus, Nossa Senhora de Fátima e Nossa Senhora Aparecida domina toda a propriedade . Um Cristo Crucificado, cópia daquele do altar da Catedral da Almudena, em Madrid, dá solenidade ao espaço. Terminamos nosso tour por essa casa incrível em outro recanto, uma varanda que se debruça sobre o pomar, da qual se vê, a Mata Atlântica preservada na qual vivem livres e preservados jacus, macacos bugios, saguis, jaracambevas, gambás, tatus e porcos-espinhos. Ao lado do pomar, uma pequena casa amarela com venezianas verdes, perfeita imitação da Casa-Grande foi construída para os caseiros. “Eliana e o Luciano estão comigo há 17 anos e esta casa, feita pelo arquiteto, é uma forma de agradecer a eles por tanta dedicação a mim e a esta propriedade”. Esta casa com tantos detalhes e tantas histórias faz dela a Casa dos Cantos e Recantos. Para todo lugar que se olha, o que se vê é simplicidade, conforto e sobretudo muito bom gosto, porque a casa traz a vida do seu dono. E isso é o que faz dela uma propriedade tão especial.


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receita do filé da Quinta das Palmeiras ou filé do Papai Edson Macedo Ingredientes 1 filet mignon limpo e inteiro de aproximadamente 1,5Kgs Ingredientes para o tempero do filet 3 dentes de alho picados; Sal a gosto; Pimenta do Reino em pó; Pimenta verde em grãos; 1 cálice de vinho do Porto de whisky; Oleo de cozinha; Molho Ingles Ingredientes para o molho do filet 1 pimentao verde cortado em rodelas sem o miolo; 1 pimentao amarelo cortado em rodelas sem o miolo; 1 pimentao vermelho cortado em rodelas sem o miolo; 1 cebola grande cortada em rodelas sem o miolo; 2 tomates grandes cortados em rodelas sem o miolo; 1 folha de louro; Pimenta verde em grãos; Azeite de oliva; Sal; Pimenta do Reino em pó; 1 calice de vinho do Porto de whisky; 1 lata de creme de leite sem soro; Molho Ingles; 1 tablete de caldo de carne.

Preparo do Filé Tempere o filé limpo inteiro com alho picado, pimenta do reino e sal a gosto, 3 colheres de sopa de molho ingles, despeje 1 cálice de whisky e deixe descansar por duas horas, virando de vez em quando para que o tempero fique uniforme. Numa frigideira funda, despeje uma quantidade de óleo suficiente para assar o file por inteiro como se faz rosbife. Despeje o filé na frigideira e deixe fritar. Ele precisa ficar frito por inteiro, sem sangue por dentro e escuro por fora. Faça ligeiros cortes não profundos na diagonal para que o tempero penetre durante a fritura. Quando ele estiver quase frito, despeje um cálice de whisky e deixe flambar ligeiramente. Após fritar, reserve, inclusive a gordura da fritura coada num outro recipiente. Preparo do Molho Numa outra frigideira também funda, despeje um pouco da gordura da fritura do filé coada e complete com uma porção generosa de azeite e deixe aquecer. Com a gordura bem quente, despeje os pimentões vermelhos, depois os amarelos e finalmente os verdes. Mexa com uma colher de pau para eles irem fritando naquela gordura ate que eles comecem a amolecer. Dissolva o tablete de caldo de carne numa xícara de chá cheia com água morna e despeje sobre os pimentões. Na sequencia, despeje a cebola cortada em rodelas e coloque 5 colheres de sopa de molho inglês. Não esqueça de ficar mexendo o tempo todo e fique atento para a água não secar. Quando a cebola amolecer,

“Este prato era feito pelo meu amado pai que já nos deixou, mas ficaram conosco as lembranças dos almoços de domingo com este prato que compartilho com todos”.

despeje os dois tomates e mais um pouco de água junto com a folha de louro. Coloque pimenta do reino em pó e sal a gosto. Baixe um pouco o fogo de alto para médio e continue mexendo sempre. Coloque uns 10 grãos de pimenta verde e continue mexendo, agora passando para fogo brando. Os pimentões, a cebola e os tomates precisam ficar bem amolecidos e o molho não pode secar. Despeje o cálice de vinho do Porto com whisky, mexa bastante e coloque uma tampa para o sabor do whisky se misturar ao molho por alguns minutos em fogo baixo. Deixe preferencialmente tampado e deixe esfriar um pouco, pois na sequencia você vai despejar o creme de leite e ele não pode talhar com o calor. Se o melho tiver ficado consistente demais, coloque meia lata do creme de leite de água e mexa novamente. Aqueça o file no forno, corte em fatias de aproximadamente 10 cms de espessura e coloque na travessa em que servirá, preferencialmente forma do tipo pirex com réchaud. Aqueça o molho em fogo baixo, mexendo sempre e despeje quente sobre o filé já na travessa. Sirva com arroz branco e batatas sautés! Bon appetit! 87



ENTRETENIMENTO

i anJolUz gosPel fest Evento anuncia primeiro filme longa metragem evangélico gravado no Brasil

Show realizado no Clube Português pela ANJOLUZ FILMES reúne evangélicos e públicos de todos os credos religiosos para assistir show dos cantores Regis Danese, Sergio Lopes e Esteves Jacinto. O Show foi um misto de alegria, fé, renovação, contou com a presença dos patrocinadores do filme A PALAVRA , longa metragem evangélico produzido no Brasil, filmado com atores brasileiros e dirigido pelo grande cineasta Guilherme de Almeida Prado. Público eclético, gente bonita e elegante, personalidades do mundo gospel pernambucano e de outros estados prestigiaram o Show.

ZITAH OLIVEIRA E SERGIO LOPES

A produtora Zitah Oliveira declarou que foi mais do que ela esperava, muito feliz, esbanjou alegria e junto com o ator global TUCA ANDRADA, protagonista do filme A PALAVRA, recepcionou o público com muita simpatia e amabilidade. O Show anunciou em primeira ordem a produção do filme A PALAVRA, totalmente gravado, em fase de finalização que estreará em cinema nacional com elenco composto por Tuca Andrada, Regina Remencius, Luciano Szafir, Oscar Magrini, Ana Miranda, Carlos Casagrande, Karina Barun, nosso inesquecível Jones Melo, além de atores pernambucanos como José Arilson, Arthur canavarro, tadheu Borba, davi Reis, Thiago França e outros talentos do cinema nacional.

TUCA ANDRADA E PASTOR ESTEVES

O filme foi gravado em Pernambuco, inicialmente previsto para ser um média, cresceu em todos os sentidos e se transformou numa verdadeira obra cinematográfica, baseada numa passagem bíblica do livro de Reis I e Reis II, mostra um profeta Elias no mundo contemporâneo. O filme foi gravado em Recife, Nova Jerusalém e finalmente em Petrolândia, onde mostra as obras do Rio são Francisco e a abundância das aguas.

REGIS DANESE

RICARDO, ZITAH E TUCA ANDRADA

ANA LUIZA, SERGIO LOPES E ZITAH OLIVEIRA

A Agua é o símbolo de abundância na Bíblia e no Nordeste brasileiro também. A transposição é mostrada no filme como o milagre da abundância, a minimização da miséria e o cumprimento da promessa: de Deus, na PALAVRA e na atualidade nas propostas políticas, direcionadas a um povo sofrido, que sonha com terra irrigada...e espera o milagre das aguas. SERGIO LOPES

ZITAH OLIVEIRA, TUCA ANDRADA E SOCORRO VILAÇA

TUCA ANDRADA, LOURDINHA OLIVEIRA E ROBERTO NOBREGA

RENATO, ILKA E LUIZ PAULO SOUZA LEÃO

TUCA ANDRADA, ZITAH OLIVEIRA E REGIS DANESE 89


ENTRETENIMENTO

Jazz e Blues 11ª edição do Oi Blues by Night

Por Anna Katia Cavalcanti Os amantes da boa música podem se preparar! Em julho, terá início a 11ª temporada do Oi Blues by Night, um projeto pioneiro que mantém e desenvolve a cena do jazz e do blues no Nordeste. A edição 2013 do festival seguirá até novembro. Dentro desse período, serão realizados mais de uma dúzia de shows, a serem recebidos recebidos por várias cidades nordestinas, todos com a participação de grandes artistas nacionais e internacionais. E há novidades para esta temporada. Uma das preocupações de Giovanni Papaléo, músico e produtor do evento, ao lado da Mono Produções Artísticas, é disseminar o estilo musical entre os habitantes da região, criando novos conceitos e tendências musicais. Por isso, além dos shows

realizados em casas de espetáculo, o Oi Blues promoverá workshows gratuitos em estações de metrô. A iniciativa já acontecia na capital pernambucana e a recepção do público foi tão positiva que, nesta edição, o projeto passará por outras cidades. “As apresentações são sempre um sucesso. Nossa ideia é fazer com que o blues e o jazz alcancem todas as camadas da sociedade, sem distinção”, afirma Papaléo. Pelos palcos do Oi Blues já passaram grandes nomes. Artistas locais, nacionais, internacionais e até astros especialistas em outros estilos, como o pop. São exemplos: Magic Slim, Joe Louis Walker, Willie Big Eyes Smith, Andreas Kisser, Nasi, Sandra de Sá, entre outros... Talvez por isso o festival faça tanto sucesso, por promover a mistura e o

“O Oi Blues by Night tem uma ótima repercussão no Nordeste. Por isso, o time de marketing da regional Pernambuco e Ceará sempre se empenha para gerar uma boa experiência em degustação com alguns dos produtos da companhia e aumentar a consideração pela marca.”

fotos divulgação

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harmonica hinds intercâmbio cultural e musical entre os artistas e o público. Uma ousadia que levou a mídia especializada a consagrar o Oi Blues como o principal projeto do gênero no Brasil. E este ano não poderia ser diferente. Artistas de peso são anunciados como algumas das possíveis atrações do festival. São eles: George Israel (Kid Abelha) e Rodrigo Santos (Barão Vermelho), homenageando o blues de Cazuza, Tico Santa Cruz (Detonautas), prestando tributo a Celso Blues Boy; além dos americanos Warren Atiba Taylor, Tia Carroll e Mud Morganfield, que apresentará seu mais novo CD.

Com shows e artistas sempre destacados pela mídia espontânea, através da divulgação da Verbo Assessoria de Comunicação, a estimativa é que este ano o festival alcance mais de 16.000 pessoas, um recorde. Agora é aguardar ansiosamente pelas atrações dos próximos meses. E que venha o Oi Blues by Night 2013!

De acordo com a empresa de telecomunicações Oi, que apoia o projeto desde o início, o festival é um evento muito importante para a marca. “O Oi Blues by Night tem uma ótima repercussão no Nordeste. Por isso, o time de marketing das regionais Pernambuco e Ceará sempre se empenha para gerar uma boa experiência em degustação com alguns dos produtos da companhia e aumentar a consideração pela marca.”

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TEST DRIVE | JAGUAR XJ

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Paixão por adrenalina

Respeito à primeira vista. acelerando vem a paixão.

Foto: Claudio Barreto

Por Claudio Barreto fotos Vilmar costa

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TEST DRIVE

Para a Jaguar o luxo não é apenas um ato de compra, é uma forma de vida. A revista Terra Magazine esteve na cidade de João Pessoa, Paraíba, na primeira concessionária Jaguar do nordeste, Rota Premium - Jaguar Land Rover do Brasil, para test drive no Jaguar XJ, modelo usado no filme “Skyfall” de James Bond. Assim que entrei na cabine, observei o botão de partida, iluminado por uma luz vermelha, pulsando no ritmo das batidas do coração. TUM-TUM, TUM-TUM. A campanha da marca Intitulada “How alive are you”, visa a instigar o consumidor a conhecer o poder dos seus novos carros e a buscar uma sensação que realmente o faça sentir vivo. Com seu visual elegante e moderno, chama muita atenção por onde passa, design interno contemporâneo com couro e madeira de luxo, painel de instrumentos virtuais, um sistema de som de alta definição e teto solar panorâmico. Pilotamos nas ruas da cidade, cada vez mais impressionados com a velocidade indicada no velocímetro, qualquer leve toque no freio faz o carro parar na hora e com segurança. Lembrando que o motor V8 não foi feito para ser silencioso. Como diz em seus prospectos: “Uma piloereção, sensação de milhares de JAGUARDRIVE SELECTOR™ E JAGUARDRIVE CONTROL™

A caixa de velocidades automática é controlada pelo JaguarDrive Selector™, um comando com design soberbo que se eleva até à mão do condutor quando é premido o botão “Start”. O condutor roda simplesmente o selector para seleccionar a configuração da caixa de velocidades ou mudar do modo Drive para o modo Sport. O JaguarDrive Control™ disponibiliza outros modos de condução. O modo Dynamic proporciona maior capacidade de resposta às solicitações no pedal do acelerador, altera a cor Painel de Instrumentos Virtual para vermelho e incorpora um indicador da velocidade selecionada. 94

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pequenos músculos por baixo da sua pele fazendo com que cada pelo no seu corpo fique de pé, algo também conhecido como ficar arrepiado”. Com poucos minutos de pilotagem, rapidamente o condutor fica mais confiante e sentindo uma prazerosa sensação de conforto. Bancos da frente com aquecimento e resfriamento e um excelente massageador. Essa supermáquina projetada para acelerar, utiliza uma arquitetura de carroceria em alumínio de peso reduzido que o torna o veículo de luxo mais eficiente e mais leve do seu segmento, além de mais econômico e gerando menos emissões do que um veiculo equivalente com chassis em aço. Desempenho, conforto e sofisticação honrando os melhores tempos da marca e com direito a tecnologia dos novos tempos. Todos esses detalhes fazem com que este grande carro seja uma boa opção para o dia a dia, melhor ainda pegar a estrada para uma excelente viagem. SISTEMA DINÂMICO ADAPTATIVO

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GASTRONOMIA - DOUGLAS VAN DER LEY

doUglas van der leY Por trás das Panelas Por Ivelise Buarque

“O prazer da mesa é de todas as idades, de todas as condições, de todos os países e de todos os dias; pode se associar a todos os outros prazeres e sobra como último para consolar-nos da perda dos outros”, disse Jean Anthelme Brillat-Savarin (advogado, político e cozinheiro francês), um dos mais famosos gastrónomos de todos os tempos que é considerado o fundador da crítica gastronômica na França. Este prazer embriaga a humanidade ao longo dos séculos e se traduz numa arte contagia diversas culturas mundo afora. Mais do que um regalo aos olhos, a comida é mensagem indecifrável entre aqueles que a partilham, independente de como se apresente. Seja na banca de um boteco, no balcão de uma delicatessen, na mesa de um restaurante, ela reúne as pessoas num momento singular. E é esta mesma experiência que o Chef Douglas Van Der Ley promete recriar para os gourmets no novo Empório Central, estabelecimento recémcriado no Shopping Recife, que traz para a capital pernambucana projeto de sucesso em São Paulo, originariamente do famoso Cidade Jardim, do Morumbi. Localizado na quinta etapa do mall, o Empório Central é um restaurante com ambientação charmosa e atraente mantém um salão amplo, rodeado por varanda, que comporta mesinhas de fórmica para acomodar 120 clientes, que podem degustar o cardápio em lousas com sugestões que praticam a comida saborosa e saudável. Pratos, em sua maioria, sem glúten e de baixa caloria, como frango sem hormônio e outros produtos fornecidos por pequenos produtores. Uma proposta que resgata não só uma tradição realmente familiar de Douglas, que foi criado em fazenda, assim como reforça seu conhecimento sobre ingredientes. “Meu pai tinha fazenda e usina, então, isto me ajudou a entender o que era e como funcionava aquilo e eu sabia quando plantava feijão, por exemplo, milho e tudo mais. E tudo isto repercute no nosso trabalho. Nós tínhamos açude e criávamos abelhas, então, eu tenho toda esta vivência e sei que tudo isto não cai do céu porque eu sei desta coisa toda e isto tudo me deu entusiasmo”, lembra ele. Os ingredientes são criteriosos e tratados com cuidado e criatividade por Douglas, que se esmerou neste novo conceito do premiado chef, conhecido pela sua cozinha contemporânea. É a própria tradução de quem ele é. Neto de holandeses, ele já estudou marketing e trabalhou na aviação, mas é na gastronomia que sua carreira se sobressaiu como chef. “Eu aproveitei o momento e usei a aviação para 96

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Empório Central, ambientação charmosa e atraente

conhecer o mundo, novos horizontes, novos temperos, novos sabores. Eu gostava muito de cozinha e, com isto, uni o meu conhecimento em marketing para investir no meu trabalho, e concretizar o que eu queria mesmo que era cozinhar. Então o que eu fiz. Viajei, conheci o mundo e fui criando o meu estilo, fazendo uma cozinha de garimbo, desenvolvendo uma coisa que seria minha, uma coisa autoral”, diz Douglas Van Der Ley. TRADIÇÃO DE FAZENDA - O hábito de cozinhar era um costume comum na casa de fazenda da sua família. “Eu devo esta questão de ser chef a toda oportunidade que eu tive sensorial, acima de tudo, mas ter convivido e ter tido a oportunidade de morar em fazenda, de conhecer elementos como açúcar. E isto tudo eu devo ao meu pai, Raul Bandeira, e a minha mãe e avó, Maria Eugênia. Tem uma coisa que é interessante é que todo mundo sempre gostou muito de comer bem, receber bem. E isto foi me despertando para esta veia da gastronomia”, destaca ele que, pela criação, teve contato direto com os produtos como poucos. “Na fazenda, nós não comprávamos carne fora de casa. Matávamos o boi que criávamos. O queijo manteiga era feito lá na parte de queijos. Tomávamos leite direto da teta da vaca. Então, tínhamos esta relação toda direto com o produto. Este contato direto com os elementos, os ingredientes é uma coisa que eu sempre tive. Uma coisa que sempre esteve presente no meu dia a dia”. O conhecimento minucioso das etapas de criação e plantio, além dos cuidados com os ingredientes no cotidiano foram essenciais, mas o contato com pessoas na fazendo também ajudou a criar esta relação direta com a cozinha. Os primeiros passos profissionais em vôos possibilitavam percorrer mercadinhos e feiras populares nas viagens mundo a fora em busca de temperos diferentes, até enveredar de vez neste universo. E depois de fazer marketing e se aventurar


foto: Armando Artoni

mundo afora, despertou o desejo transformar o prazer em uma aqui em Pernambuco, eu estou para o mundo e eu não precisei sair carreira, uma vez que o mercado estava mostrando uma inclinação daqui para fazer tanto sucesso. E parto do É para um outro trabalho, positiva para a gastronomia no estado. “Fui observando que o mercado que é também autoral, e este trabalho autoral é diferenciado”, diz. se posicionava e eu percebi que a tendência era que ser chef seria uma profissão para o futuro. Vi que podia aprimorar aquilo e adotei Nesta busca pelo inusitado, intensificou seus conhecimentos o lado do empreendedorismo”, lembra ele, que adquiriu educação e desenvolveu projetos que demonstram este seu caráter irrequieto clássica com estudos e pesquisas, e estagiou com nomes renomados como o projeto Vatel, que realizou nos últimos dois anos e que trouxe onde aperfeiçoou muito sua técnica, mas não o ponto de moldar sua um caráter arrojado à paixão gastronômica no Recife. “O Vatel é uma marca. “O forte da minha carreira é, sobretudo, no lado autodidata ópera gastronômica. Mas antes de tudo é o compartilhar da sabedoria porque tudo que eu faço é baseado no porque eu acho que cada um tem que passa que eu aprendi na minha vida inteira para o próximo conhecimento. Então, tem “Fui observando que o mercado com as minhas pesquisas, com as toda uma filosofia em torno do evento. Eu se posicionava e eu percebi que a minhas realizações. Não está pautado crio o enredo, faço a produção e, então, a por nenhuma escola que eu tenha feito, tendência era que ser chef seria uma ideia é que todo mundo compartilhe dos é muito mais voltado ao meu trabalho profissão para o futuro. Vi que podia seus conhecimentos, que saiam ensino de pesquisa. E por isto que o meu e interagindo a arte entre todos eles, e aprimorar aquilo e adotei o lado do discutindo tendência, vendo o que cada um trabalho é diferente, porque é meu. Eu sempre soube o que eu queria fazer e o faz”, pontua ele que acredita que a grande empreendedorismo”. que eu não queria fazer. E eu queria ser arte da gastronomia é a educação. diferente e foi a partir disto que eu fui vendo num curso que fazia isto ou aquilo, e era exatamente o que não queria, mas sim pegar aquilo e Hoje, com nova aposta e nova proposta, Douglas tem orgulho fazer diferente”, ressalta. de ver que seu trabalho é uma referência para o país e para o mundo, e acredita estar contribuindo para uma mudança de paradigmas. “Venho Com isso, tomou como uma técnica especial a composição de ajudando o pernambucano a comer diferente, tendo harmonia no que gostos variados e renovação de hábitos, apostando na criação de novos eu faço, porque eu não estou preocupado apenas em ser ousado. Mas sabores, a partir de ingredientes inusitados e curiosidades. E esta eu me preocupo em ser ousado, harmônico e coerente. Eu faço uma necessidade de brincar com os sentidos e descobrir novas sensações coisa e uno isto com outra, mas tudo baseada em algum fundamento, resultaram em sua maior investida, o restaurante É, criado em 2004. num elemento fundamental que é o sabor. Então, não busco criar e “O restaurante É era minha linha boutique, minha linha assinada, que inovar de qualquer jeito”, para ele que acha que uma marca da sua é uma referencia nacional mesmo estando em Recife. E com isto meu carreira é a ousadia e a credibilidade que vem ganhando por ser trabalho é referencia para muitos outros. Então, independente de estar ousado e que o ajuda a buscar cada vez mais novos horizontes. 97


COM A PALAVRA, O CHEF LEANDRO RICARDO

frutos do mar

Pequeno tratado sobre os frutos do mar

De uma maneira geral, nenhum fruto do mar deve ser cozido em demasia (excetuando o polvo). O ponto ideal de um fruto do mar é quando se sente alguma resistência ao morder. O camarão tem que estar crocante, a lagosta macia, mas ambos devem estar úmidos, da mesma forma que um bom corte de carne deve ser suculento. Sobre molhos: Sempre aproveite a casca, cabeças, espinhas ou carapaças para fazer molhos. Aromatize com ervas, cebola, cenoura e pouco alho. Obs.: Deve-se ter cuidado com o alho porque ele é de gosto muito forte. É preciso fazer o contrário do que muita gente faz quando prepara pratos ao “alho e óleo”, em que se sente somente o gosto do alho e, o que é pior ainda, muitas vezes nem está frito e sim cru. Só existe uma vantagem sobre isso, deixam a quilômetros de distância qualquer namorado ou vampiro remanescente. Quando fizer um molho de coco ou qualquer outro, deixe-o reduzir bastante para só então colocar o camarão, que já deve ter passado por uma frigideira ou panela bem aquecida com um pouco de azeite, só para dourá-lo por fora. Depois, coloque no molho fervente e apague imediatamente o fogo se for servir em seguida. Isso vale também para peixes e carnes delicadas. O procedimento de submeter um alimento a alta temperatura é chamado de selamento (fechar os por os para que não escape sua “alma”, o suco). Lembre-se sempre desse conselho útil e geral: “o 98

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molho deve apenas valorizar a peça principal e nunca mascarar ou se sobrepor”. Alcaparras, azeitonas, tomates e azeite fazem um casamento perfeito. Já o limão é imperdoável. O uso dele para temperar enquanto cru, a não ser que se queira fazer uma “ceviche” (prato peruano similar ao sashimi só que temperado principalmente com limão). Mas se quiser fazer um molho com ele, ok! Um truque legal é usar sua casca ralada também. Tempero básico de qualquer coisa é sal e pimenta. O cozinhar (cocção): Se for preciso eliminar calorias, teflon e pouco azeite, forno e papel alumínio, cuscuzeira e vapor aromatizado com ervas, etc. Fuja de frituras como o diabo foge da cruz. Se não tiver jeito, óleo abundante para imersão e uma temperatura inversamente proporcional ao tamanho da peça a ser frita. Também é importante bastante papel absorvente e nada daquele enfadonho e gorduroso molho rosé. Molhinhos devem ser leves com iogurte, creme fresco, etc. O raciocínio é muito lógico e redundante: gordura para fritar e gordura para acompanhar, não há coração que aguente!


Dicas sobre Frutos do mar Mexilhão e vôngole

Compre-os sempre frescos ou ainda vivos. Guarde na geladeira por até 24 horas, em sua própria concha. Na hora de limpar, esfregue bem as conchas com uma escova sob água corrente. Um jeito fácil de abri-los é cozinhando com pouca água - as conchas abrem com o calor. Se elas não abrirem mesmo com o cozimento, significa que não estão frescas. Você pode servi-los crus, cozidos em água e sal, no vapor e também com vinho e temperos aromáticos.

Ostras

Compre-as sempre vivas, guardando no gelo ou na geladeira por até 24 horas. Sua carne deve estar firme, úmida e brilhante. Antes de servir, escove bem as conchas, lavando em água corrente, para depois abrir a ostra com uma faca curta, de lâmina dura. Você pode servir as ostras in natura, apenas com gotas de limão e pimenta, ou então em versões empanadas, fritas ou gratinadas.

Lagosta, cavaquinha e lagostim

Assim como os caranguejos e siris, as lagostas devem ser compradas vivas e escaldadas em água fervente com sal. Na hora de comprar lagostas e cavaquinhas, sempre escolha as maiores, entre 500 g e 1 kg, pois sua carne é mais macia, e seu sabor, mais delicado. Suas caudas também podem ser encontradas congeladas - e aí, neste caso, use a técnica do descongelamento dentro da geladeira, por 24 horas. Tanto lagostins quanto lagostas e cavaquinhas podem ser cozidas, grelhados com a casca, em risotos, massas, saladas e salteados com temperos.

Polvo e lula

Na hora de comprar, é importante prestar atenção no cheiro, que deve ser neutro e agradável. Aquela ideia geral de que é normal peixes e frutos do mar terem cheiro forte é um grande mito. No caso do polvo, o “pulo do gato” é comprar os menorzinhos, de até 1 kg, pois são mais macios. Na hora de guardar na geladeira, embale o polvo em recipientes plásticos, entre camadas de gelo. Na hora de preparar, fique de olho no tempo do cozimento: entre 5 e 25 minutos, a carne fica muito dura, então o ideal é cozinhá-la até 5 minutos, ou então, deixar passar dos 25 minutos, para que ela volte a ficar macia.

Acompanhamentos: Leve em consideração aquela máxima dos molhos. O que você escolher como acompanhamento para o seu fruto do mar deve se harmonizar e compor com ele e jamais ser muito mais gostoso. Lembre-se sempre quem é a estrela: o camarão e a lagosta caríssimos, ou aquela inocente e diária batata? Massas fazem um casamento perfeito e é o mais economicamente viável para festas e jantares maiores. Risotos devem ter um tempero leve. Pode ser aquele suquinho de limão que você ficou tentado a derramar sobre aquele fresquíssimo peixe. Lembre-se de que você pode encontrar a utilidade perfeita para aquela casquinha ralada antes que, por reflexo, a jogue no lixo. Ponto final: Ao contrário do que muita gente pensa, o polvo fica melhor se cozido depois de alguns dias de freezer. E nada de porradas nele! Reserve a pancadaria para os invejosos. O polvo deve ser tratado com carinho. Depois de limpo e congelado, cozinhe em água abundante e fervente, até que se introduza um garfo e esteja macio, mas não se desintegrando. Ao resto dos frutos do mar, pouquíssimo cozimento e muito frescor!

Você pode cozinhar, grelhar ou saltear o polvo, seguindo essa recomendação de tempo. No caso de servir o polvo grelhado numa salada, o preparo mais rápido terá um resultado melhor. Mas se você quiser fazer um ensopado ou molho, o melhor é deixar ultrapassar os 25 minutos para que o polvo absorva melhor os temperos e transfira seu sabor para o molho. Já para as lulas, além do cheiro também ser neutro, a pele não pode estar viscosa. Na geladeira, também é importante que elas fiquem acondicionadas num recipiente plástico, entre camadas de gelo assim como o polvo. Na preparo, as lulas podem ser empanadas, grelhadas ou fritas, assadas com ou sem recheio, cozidas em líquido ou no vapor. O tempo de cozimento tem o mesmo macete do polvo: ou é bem curto (5 minutos) ou longo (mais de 25 minutos).

Caranguejos e siris

Eles estragam tão rápido que geralmente as pessoas os compram ainda vivos, e os preparam jogando-os diretamente numa panela de água fervente. Se você está longe da praia, o jeito é comprá-los congelados. A carne se concentra quase que totalmente nas patas do caranguejo. Depois de retirar a carne, você pode usá-la como recheio para tortas, suflês e saladas. No caso dos siris, para saber o ponto de cozimento, basta ver a cor da carcaça - ela muda de azul para vermelho. 99



GASTRONOMIA

café

o grÃo mais amado do Brasil Moka Café com calda de chocolate e chantilly Por Ana Paula Bernardes

Quentinho e com seu cheiro inconfundível, o café tem o poder de despertar as pessoas no desjejum , entre as refeições ou mesmo de agregar amigos durante uma reunião. Esta preciosa companhia tem hoje uma data dedicada nacionalmente à ela, comemorada no dia 24 de Abril. Além disso, o café já ostenta o título de bebida mais consumida no mundo e ficou ainda mais grato aos brasileiros, visto que hoje somos o segundo maior consumidor do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café- ABIC. Como se não bastasse seu sabor inigualável, a história do café também tem todo o seu louvor. Reza a lenda que há mais de 1300 anos, no território onde fica a atual Etiópia, um jovem pastor árabe chamado Kaldi viu que suas cabras, após ingerir pequenos frutos vermelhos, ficavam correndo e dando saltos sem parar. Intrigado com aquela situação, Kaldi levou alguns desses frutos para o mosteiro e os colocou em infusão. Com a queima, o aroma exalado, o deixou fascinado e juntamente com os demais monges que ali habitavam, eles perceberam que aquela mistura os deixava acordados para fazer as orações noturnas. Dali o café passaria a ganhar o mundo, saindo da África para os árabes, que foram os responsáveis pelo seu comércio até a Europa.

No Brasil, a propagação do grão é bem aquela contada em livros de história com o ciclo do café, apelidada pelo escritor Monteiro Lobato de “a marcha do café”, quando o grão passou a invadir os solos paulistas e cariocas. Hoje o Brasil é o país que produz as mais variadas frutas de café do mundo, e por isso podemos dizer com muito orgulho que somos a nação mais rica em diferentes aromas e sabores de café do planeta. Outro dado fornecido pela ABIC revela um crescimento que irá ultrapassar 592 mil sacas registradas no ano passado, ocasionado pelo aumento do consumo também dentro dos lares, com a adição de leite ao café filtrado e até mesmo outras combinações. Segundo a Associação, apenas um brasileiro é responsável pelo consumo de mais de 1200 xícaras ao ano. Já o comércio, impulsionado pelas expectativas de retomada do vigor da economia brasileira e pelo crescimento do poder de compra, tem assistido a um verdadeiro boom das cafeterias, tornandose hoje um dos melhores negócios para se investir. No Nordeste, atuando nos estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, a Coffee Center, centro especializado em soluções para café, atesta este crescimento. “ O consumidor final hoje 101


GASTRonoMiA está bem conhecedor da bebida e por isso tem se preocupado em fazer cursos, conhecer bem os grãos e fazem esforço em conhecer as novas cafeterias e isto tem impulsionado esta abertura do mercado”, destaca Sérgio Ferreira, diretor do Coffee Center. No entanto, mesmo com a entrada no mercado de produtos inovadores e a melhoria da qualidade da torrefação, este nicho ainda pode ser melhor aproveitado. “ Há sem dúvida uma mudança cultural, mas os empresários devem saber aproveitar melhor e explorar a venda de produtos diferenciados, já que houve um crescimento conjunto das cafeterias, mas também desse consumidor antenado com a cultura do café”, ressalta o empresário Sergio Ferreira. Com esta ampliação, cresceu também o número de profissionais interessados na técnica do Barismo. Teoricamente o barista seria responsável por servir bebidas com café, mas, segundo Jonathan Silva, que é o primeiro barista do País, o ofício não é apenas este. “ Um bom profissional deve saber não só as diversas espécies de café, grãos, fases do cultivo, regiões produtoras e suas características, mas acima de tudo, precisa ter carisma e saber encantar o cliente com mecanismos que estimulem o consumo e a sua volta ao estabelecimento”, ressalta.

Coffee Shake Café gelado com chantilly e grãos de café

Jonathan acredita na mudança de percepção dos consumidores também dentro dos lares. “ É possível beber um café de qualidade dentro de casa. O método da French Press já está muito difundido.

O mercado de eventos com café também está aquecido. O estado de Pernambuco, por exemplo, sediou uma etapa do Campeonato Brasileiro de Barista ano passado, além de competições de drinks com café que acontece frequentemente nas Faculdades de Gastronomia do Recife, sempre com a coordenação do Coffee Center. Recentemente o Estado também passou a sediar o TNT, evento que já existe no mundo todo, onde os baristas disputam unicamente pela beleza de cada latte-art produzido ( desenho na espuma dos cappuccinos). O TNT está sendo coordenado pelo próprio Jonathan Silva e já teve duas edições. A rede de docerias Dalena é uma marca que hoje também possui um conceito diferenciado de café, trabalhando com os grãos gourmets da fazenda Pessegueiro e o Illy, considerado o melhor café do mundo. Por isso, a empresa vem investindo constantemente na melhoria do seu atendimento, formando toda a sua equipe com o curso de barismo e estimulando todos os seus profissionais na participação de várias competições locais e até nacionais do segmento de café. A carta de cafés da casa possui 24 bebidas quentes entre Espressos, Cappuccinos, Mocha, Latte além de bebidas com chocolate , leite condensado, Chá, Chai e Irish Coffee.

curiosidades sobre o café Em 1554 abriu-se a primeira casa de café em Istambul na Turquia. Aliás, lá na Turquia, no passado, o noivo e a noiva tinham de prometer um ao outro nunca deixar de providenciar café nas suas vidas. O Kopi Luwak (ou Civet Coffee) é considerado o café mais caro do mundo e custa 600 dólares, por meio quilo. Os grãos são obtidos após serem processados pelo sistema gastrointestinal dos pequenos felinos e expelidos em suas fezes. No Brasil, temos o Jacu Bird Coffee, conseguido nas fezes da ave jacu, que custa até R$ 272 o quilo. O Café é o produto agrícola mais complexo do mercado nos dias de hoje e possui mais de 900 componentes aromáticos e de sabor. O Brasil é o país que produz as mais variadas frutas de café do mundo, o que nos torna a nação mais rica em diferentes aromas e sabores de café do planeta. Primeiro barista do País - Jonathan Silva

“Um bom profissional deve saber não só as diversas espécies de café, grãos, fases do cultivo, regiões produtoras e suas características, mas acima de tudo, precisa ter carisma e saber encantar o cliente com mecanismos que estimulem o consumo e a sua volta ao estabelecimento”. 102

terra magazine

O Brasil participa com cerca de 30% da produção mundial de café. Depois do petróleo, o café é a segunda mercadoria mais importante para a economia do mundo. Existem mais de 25 tipos de plantas de café, mas apenas 2 são populares: a Robusta e a Arábica. Diz-se que o filósofo Voltaire bebia cerca de 50 xícaras de café por dia. Em 1675 Charles II, rei de Inglaterra baniu as casas de café. Ele afirmou que estas casas eram locais onde as pessoas se juntavam para conspirar contra ele.




Terra SOCIAL

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BELEZA | Drª Fernanda Mossumez

e a BarrigUinHa Sabia que você pode estar desnutrido? Com a proximidade de grandes eventos esportivos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas em nosso país, a conversa sobre o tema tende a ficar mais constante. No entanto, o preparo de atletas é especifico para cada prova. Existe um apoio de vários profissionais envolvidos, desde médicos, nutricionistas a fisioterapeutas.

para o fato da palavra carboHIDRATO, vamos entender porque na segunda existe a famosa história do: “nossa como inchei no final de semana”. Hidratamos o organismo. Assim, algumas pessoas fazem uso de forma indiscriminada de diuréticos. Desincham, mas levam a complicações como taquicardia, entre tantas reações em cascata abrandadas com outras medicações.

Já para a grande maioria da população, a prática de atividade física faz parte da rotina de bem-estar e higiene mental, um momento de descontração e relaxamento. Há possibilidade de melhora no perfil corporal, mas sem extremos.

Bom, doutora! Sabe como é, né? Sei. Sei também das consequências a curto e longo prazo as quais infelizmente não conseguem ser detectadas pelo paciente. O treino não tem a mesma eficiência, o regime fica cada vez mais difícil, assim como o controle metabólico do colesterol, açúcar, pressão e os hormônios responsáveis vão indo cada vez de mal a pior. As crianças são vitimas cada vez mais precoces deste processo. Desregulando tudo. O raciocínio, a atenção, as relações de afeto e trabalho também se deterioram.

Disciplina é importante, porém muitas vezes o lazer torna-se um martírio. Pessoas se cobrando, pois se comprometeram a praticar algum tipo de exercício incompatível com o cotidiano. Então quando conseguem cumprir o horário, cometem exageros, para compensar a falta anterior, resultando em lesões e impossibilitando uma nova prática com regularidade. As dismorfias (alterações da percepção de realidade em relação à aparência) são assustadoras. Moças passam mais de uma hora treinando, comendo de forma balanceada para ficarem esquálidas ou excessivamente musculosas. Fora do padrão natural programado há milhares de anos de sobrevivência sobre a Terra. Aqui entra o aspecto alimentar. A mesma sensação de cobrança e culpa é constante. Ouço relatos diários de privação até a sexta no horário do almoço. Depois até domingo à noite temos uma “zona morta”. Pode tudo. Contudo, o corpo sofreu de inanição a semana inteira, com shakes, grelhados e saladas. Quando apresentado à comida, faz a festa. Vai armazenar tudo. Com o cuidado se atentarmos 106

terra magazine

Existe a possibilidade de mudar este quadro. Os nutrientes adquiridos através dos alimentos nem sempre são suficientes. Por esta razão, é interessante muitas vezes uma complementação com vitaminas específicas e na quantidade adequada, prescritas após uma avaliação médica minuciosa.

Fernanda Mossumez Drª Clinica Médica e Nutrologia Av. Visconde de Jequitinhonha- 1144 - sala 806 Boa Viagem- Recife - PE (81) 9132-0611


BELEZA

mega Hair

O IMPÉRIO DAS LONGAS MADEIXAS Por Ana Paula Bernardes

Cabelos longos definem o mais alto padrão de beleza feminina, como sinônimo de resistência e também de liberdade. Para aquelas que não tiveram o prazer de ver os cabelos crescerem naturalmente, a prática do mega hair promete ser a solução, se feita, é claro, com um profissional que entenda de um assunto um tanto quanto precioso e que faz jus à sua idade: segundo registros históricos a prática remete aos tempos dos antigos egípcios. Naquela época, a utilização do mega hair era uma técnica onde os fios utilizados eram de lã de carneiro ou linho trabalhado e a fixação dos cabelos era feita com uma espécie de cera ou resina. Os apliques masculinos eram os que chamavam mais atenção, referendando força para quem os possuíam.

ANTES

DEPOIS

Com o passar do tempo, as técnicas foram sendo aprimoradas e hoje a que promete um resultado mais eficaz é a que é feita com queratina, que proporciona um melhor acabamento, conferindo ao aplique um aspecto mais natural. A hair stylist Gisele Espírito Santo é uma profissional que vem se dedicando à técnica de mega hair há mais de uma década. Seu diferencial foi ter se dedicado com exclusividade ao procedimento que, segundo ela, requer muito cuidado. Hoje Gisele trabalha com o método com queratina e confirma a naturalidade do resultado final. “ A aplicação fica imperceptível. O cabelo consegue ficar com o movimento natural e a raiz não fica mais alta que o restante do comprimento do cabelo”, explica. A colocação do mega dura em média duas horas, dependendo é claro, do tamanho do cabelo. Já a manutenção do aplique deve ser feita em média a cada três meses. “A questão da manutenção é imprescindível e consiste em retirar todo o cabelo aplicado, preparar nova queratina e colocar novamente cada mecha, alinhando os fios de maneira inteira. Além disso, oriento minhas clientes a fazerem mensalmente uma avaliação para saber como anda a saúde do cabelo e das mechas aplicadas”, explica Gisele. Outro cuidado que Gisele faz questão de ressaltar é com a coloração dos fios. A profissional, que também é especialista em colorimetria, explica que a técnica tem tudo a ver com a aplicação de mega hair.” É super importante entender de colorimetria, para poder alcançar o tom desejado dos fios, sem o risco de parti-los com o excesso de química ou aplicação incorreta”, destaca. Os cabelos que têm feito literalmente a cabeça da mulherada são os indianos, que segundo Gisele, são mais resistentes e livres de qualquer tratamento químico. “Eu só trabalho com esse tipo de cabelo. São mais fortes, muito bem cuidados e vêm trançados, o que facilita o trabalho de colocação das mechas”, ressalta a profissional. Além disso, esses fios possuem o lado sagrado já que, segundo a tradição daquele povo, os cabelos indianos são obtidos a partir de um ritual feito nos templos e onde através do sacrifício com a entrega das madeixas, haverá a purificação das mulheres que têm o seu cabelo cortado. Em seguida esse cabelo é trançado, guardado, para mais tarde ser vendido em leilões. Atualmente o Brasil é um dos maiores importadores e exportadores de cabelos indianos no mundo. Serviço: Gisele Espírito Santo- Hair Stylist Fones: 81 9696.1035/9255.0027 hairstylistgisele@hotmail.com e espiritosanto1973@ hotmail.com facebook: Gisele Espírito Santo

Imagem Internet


CINEMA

GIOVANNI IMPROTTA é o primeiro longa-metragem dirigido por José Wilker. O personagem, criado pelo escritor Aguinaldo Silva, sai finalmente das páginas impressas e da tela da TV para ganhar a tela grande do cinema. Improtta surgiu como um bicheiro nos anos 70, no livro O Homem que Comprou o Rio. Em 2005 reapareceu em outro livro do autor, Prendam Giovanni Improtta. Mas foi na novela Senhora do Destino, exibida em 2004 na TV Globo, que fez sua aparição mais famosa e até hoje lembrada, com Wilker interpretando o personagem, já transformado num empresário estabelecido no ramo da construção civil. Entre 28 de junho de 2004 e 12 de março de 2005 Senhora do Destino conseguiu uma das maiores audiências da TV Globo e Wilker recebeu diversos prêmios de melhor ator, como Troféu Imprensa, Prêmio Contigo, Prêmio TV Press e Prêmio Qualidade Brasil RJ e SP. Foi quando terminou de gravar a novela que o ator se deu conta que Giovanni era um personagem cuja vida era maior do que a que se mostrava na TV: “Era um tipo de personagem que na novela era horizontal e que merecia uma certa verticalidade”, explica Wilker. “Ao mesmo tempo, como o personagem na novela fez muito sucesso, muita gente quis se apropriar dele para cinema e teatro. Achei que era injusto comigo e resolvi pedir ao Aguinaldo os direitos para levá-lo ao cinema. Convidei o Cacá para dirigir. Tinha acabado de filmar com ele O Maior Amor do Mundo do Mundo. Depois de umas três semanas o Cacá me chamou para jantar e sugeriu que eu dirigisse. Dizia que eu conhecia muito mais o personagem e a história do que ele”. Para Cacá a sugestão veio naturalmente. Desde que começou a trabalhar com Wilker percebeu que o ator – e agora diretor - é uma pessoa com grande conhecimento de cinema, não só como cinéfilo mas também tecnicamente: “É um dos raros atores que sabe o que está

SINOPSE

GIOVANNI IMPROTTA conta a história de um contraventor que deseja ascender socialmente e se legalizar. Seu desejo em se tornar celebridade, acaba lhe botando em enrascadas com a policia, o jogo do bicho e com sua família. Acaba traído, na mira da mídia e da polícia, sob uma injusta acusação de assassinato, difícil de ser resolvida por vias legais. 108 terra magazine

fazendo, que sabe onde está o olhar da câmera”, afirma. E depois de fazerem cinco filmes juntos, Wilker se tornou muito mais do que um ator: “É um amigo com quem converso sobre cinema, de quem ouço as opiniões, as sugestões. Não é somente uma relação profissional, mas uma relação de amizade, até com uma certa identidade cultural, os mesmos gostos e, se não os mesmos gostos, pelo menos os mesmos desgostos. Isso facilita muito a relação”, diz rindo. Wilker confirma que improvisou seus diálogos no filme. Pediu que a roteirista, sua filha Mariana Vielmond, não se preocupasse com a linguagem dos personagens porque no calor do acontecimentos algumas coisas iriam acontecer: “Isso porque o personagem veio da televisão e aconteceu com ele algo que na TV é muito importante: o telespectador apropriar-se do personagem. Quando estava gravando a novela, ele ia de sua casa até o Projac (onde ficam os estúdios da TV Globo), com a janela do carro aberta, ouvindo no trajeto os flanelinhas, vendedores de abacaxi, de biscoito, ou o que fosse, sugestões sobre o que dizer, diálogos inteiros e como dizer: “Achei que valia a pena usar este mesmo tipo de sistema durante o trabalho do filme. Com os outros atores houve muita liberdade para que eles lessem a personagem do jeito que lhes parecia melhor. Mas isso também foi um exercício que começou durante o processo de ensaio”. O linguajar excêntrico de Giovanni Improtta, a maioria levada para a TV pelo próprio Wilker, caiu na boca do povo, como “felomenal” (fenomenal), “há malas que vêm de trem”, “a vaca vai voar”, “como diria o açougueiro... vamos por partes”, “vou me pirulitar” e tantas outras. A intenção de Wilker foi contar também, na forma de comédia, a história do Rio de Janeiro, um Rio onde, aparentemente, todos são absolutamente livres para ascender na vida mas, na realidade, são prisioneiros de certos preconceitos que os condenam a permanecer sempre no mesmo grupo social. Como explica Wilker: “A gente é o favelado de ouro, o aristocrata de ouro, o intelectual de ouro, mas não transita de um grupo para outro. Herdamos, talvez do império, este comportamento, de certo modo aristocrático, que perdura até hoje. Queria contar na forma de comédia a tentativa de uma pessoa humilde, importante para sua comunidade e para o Rio de Janeiro, de conseguir um lugar ao sol difícil de alcançar”.


CINEMA

Com seus nove minutos e três segundos de duração, “Faroeste caboclo” é uma canção que já nasceu cinematográfica. Lançada em 1987, pela Legião Urbana, no álbum “Que país é este?”, a composição de Renato Russo narra a saga de João de Santo Cristo, da infância no sertão baiano à morte ainda jovem em Brasília. Após 26 anos de sucesso musical, essa história de amor e vingança cumpre seu destino e chega às telas numa grande produção assinada por Gávea Filmes, República Pureza e Fogo Cerrado, distribuída pela Europa Filmes, dirigida por René Sampaio e estrelada por Fabrício Boliveira e Ísis Valverde.

O também premiado roteirista Marcos Bernstein (“Terra estrangeira”, “Central do Brasil”, “O Xangô de Baker Street”) trabalhou ao lado de Victor Atherino. Na ficha técnica ainda estão o diretor de fotografia Gustavo Hadba (“Lula, o filho do Brasil”, “Malu de bicicleta”, “Simonal – Ninguém sabe o duro que eu dei” “Broder”) , O diretor de arte Tiago Marques (Tropa de Elite 1 e 2 ) e Philippe Seabra, com a autoridade de quem, na condição de integrante da banda Plebe Rude, fez o rock de Brasília crescer nos anos 1980 e foi amigo de Renato Russo , assina a trilha em conjunto com Lucas Marcier (Brazov).

Faroeste caboclo, o filme, é fiel à epopeia imaginada por Renato Russo, mas isto não significa cumprir todos os 168 versos da canção. Alguns trechos ficam de fora em nome da fluência da trama, que acompanha o martírio de João: nos momentos em que parece que poderá viver em paz seu amor por Maria Lúcia, filha de senador (Marcos Paulo em seu último trabalho no cinema), os fatos o devolvem ao universo das drogas, da violência, da vingança.

Fabrício Boliveira se tornou conhecido do grande público após estrelar “Subúrbia”, sendo dirigido por Luiz Fernando Carvalho. Já participara de “Tropa de elite 2” e “400 contra 1 – A história do Comando Vermelho”. Ísis Valverde, como já disse em entrevistas, batalhou pelo papel de Maria Lúcia, que amava por causa da música. Seus mais recentes trabalhos na TV Globo, na novela “Avenida Brasil” e na minissérie “O canto da sereia”, comprovaram seu talento e seu carisma.

O ritmo intenso da narrativa é garantido pela experiência de quem está à frente da produção. René Sampaio tem uma longa carreira na publicidade, recebendo, entre muitos prêmios, o Leão de Prata em Cannes, em 2005. Dirige seu primeiro longa-metragem após o curta “Sinistro” (2000) ter conquistado sete troféus Candangos no Festival de Brasília onde nasceu.

Faroeste caboclo reúne estrelas ascendentes e nomes de peso do cinema brasileiro numa realização marcada pela originalidade. Além de se basear numa letra de canção, ponto de partida incomum, é uma história de ação em linguagem e paisagem bem brasileiras, chegando a um resultando emocionante e familiar para o público. Uma experiência inesquecível, como é “Faroeste caboclo”, a canção.

SINOPSE O filme conta a saga de João de Santo Cristo (Fabricio Boliveira) desde sua infância no interior da Bahia até sua ascenção quando vai tentar a sorte em Brasília. Ajudado por Pablo (Cesar Troncoso), um primo distante, peruano, que vende drogas da Bolívia, ele vai trabalhar numa carpintaria, mas também se envolve com o tráfico de drogas. Um dia, por acaso, ele conhece a bela Maria Lúcia (Isis Valverde), filha de um senador (Marcos Paulo). Os dois se apaixonam mas João mergulha cada vez mais numa escalada de crime e violência – até encontrar seu maior inimigo, o playboy e traficante Jeremias (Felipe Abib), rival nos negócios e no coração de Maria Lúcia. Uma história de amor, ódio e vingança livremente inspirada na música “Faroeste Caboclo”, de Renato Russo.

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ARTIGO | PROFESSOR SÓFOCLES MEDEIROS

cinema PernamBUcano CICLOS DE RESISTÊNCIA, SUCESSO E PRESTÍGIO (III)

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o final de 1976, as mercadorias ligadas ao formato Super 8 foram classificadas como produtos supérfluos; a taxação muito elevada, encarecendo demais as filmagens, e o surgimento do vídeo cassete decretaram o final de mais um ciclo no cinema pernambucano. O SEGUNDO INTERVALO Com a redução das realizações em Super 8, a produção cinematográfica pernambucana ficou restrita a alguns curtas e médias, essencialmente documentários, rodados em 16mm e 35mm, graças à dedicação de cineastas como Fernando Monteiro, Fernando Spencer e Kátia Mesel e ao suporte financeiro da Embrafilme e do Concine. O último longa pernambucano antes do surgimento de um novo ciclo na área cinematográfica local foi “O Palavrão”, dirigido por Cleto Mergulhão, em 1978, produção que alcançou apenas uma pequena repercussão local. O NOVO CICLO Alguns realizadores de produções em Super 8 começaram a investir na carreira, imaginando um dia se tornarem cineastas profissionais. Entre eles, destacava-se a figura de Paulo Caldas, que seria um dos principais responsáveis pelo surgimento de um novo ciclo no cinema pernambucano. Caldas realizou, em Super 8, “Frustrações, isto é um super-8”(1981) e “Morte no Capibaribe” (1983), um curta ficcional. Teve vários projetos aprovados pela Embrafilme e pelo Concine e filmou, em 16mm ou 35mm, “Nem Tudo São Flores”(1985), “O Bandido da Sétima Luz”(1986), “Chá”(1987) e ‘”Ópera Cólera”(1992). Destacase na sua obra o lado ficcional, contrariando a tendência documental que prevalecia no cinema pernambucano. Outro nome de relevante importância para o surgimento desse novo ciclo foi o de Lírio Ferreira. Ele já tinha trabalhado como assistente de direção de Paulo Caldas e, junto com outras personalidades significativas para o cenário do cinema pernambucano de então, como Adelina Pontual, Cláudio Assis e Samuel Holanda, entre outros, criaram o “Van-retrô”, um grupo que procurava viabilizar a produção de curtas no estado. Lírio realizou os curtas “O Crime da Imagem”(1994) e “That’s a Lero Lero”(1995), além de dirigir e roteirizar videoclipes. Vale a pena citar que, no final dos anos 80 e início dos anos 90, o cinema brasileiro passava por uma grave crise: vivia-se uma época de inflação desenfreada que, aliada ao tradicional atraso nas liberações de verbas, corroía os orçamentos das produções. A extinção da Embrafilme, em 1990, no Governo Collor, só piorou o quadro. Em Pernambuco, a situação era mais grave ainda devido às dificuldades técnicas observadas. No início da década de 90, o quadro começou a mudar. A popularização do vídeo, com equipamentos acessíveis, permitiu o domínio da linguagem e o exercício da criatividade por uma nova geração de cineastas. O Estado começou a observar a retomada da produção audiovisual e trabalhos diferenciados começaram a surgir. Aproveitado esse contexto, Paulo Caldas e Lírio Ferreira se uniram e começaram a tocar o projeto de um longa ficcional, com uma clara proposta comercial. Surgia a ideia de se produzir “Baile Perfumado”, o filme que traria Pernambuco de volta ao cenário cinematográfico nacional, marcando o surgimento do terceiro ciclo do cinema no Estado.

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terra magazine

O FILME PRECURSOR Caldas e Lírio conseguiram alguns incentivos da Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco para a produção do filme, que só se tornou viável mesmo quando eles tiveram seu projeto contemplado com uma verba federal do MinC concedida pelo prêmio “Resgate do Cinema Brasileiro”, na categoria “Diretores Estreantes”, isso já no Governo Itamar Franco. “Baile Perfumado” serve para exemplificar um dos fatores responsáveis pelo sucesso da retomada do cinema pernambucano como um todo. A colaboração mútua prevalece sobre um possível duelo de vaidades, tornando comum a presença de um cineasta na produção de outro. Cláudio Assis estava na direção de produção, Adelina Pontual e Marcelo Gomes eram diretores assistentes e Hilton Lacerda era o roteirista. Essa prática se tornou comum com todos tendo consciência que faziam parte de um grande projeto comum que era mais importante que os possíveis destaques individuais. O filme tem locações em Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia e narra a odisseia de Benjamin Abrahão, um jovem libanês radicado no Nordeste que tinha como meta capturar com sua câmera imagens do bando do cangaceiro Lampião. Durante a narrativa são apresentadas imagens em preto&branco das filmagens de Abrahão, inclusive de sequencias filmadas pelo próprio Lampião. A trilha sonora conta com a participação de Chico Science, Fred Zero Quatro (do Mundo Livre S/A) e Lúcio Maia (do Nação Zumbi) garantindo o equilíbrio entre a tradição nordestina e a modernidade, propostas pela produção. A abertura traz impressionantes e históricas imagens aéreas de uma área que pouco depois desapareceria quando da inauguração da Usina Hidrelétrica de Xingó. Em 1996, ganhou 3 prêmios no Festival de Brasília: melhor filme, melhor ator coadjuvante (Aramis Trindade) e melhor cenografia. AS RAZÕES DO SUCESSO Pernambuco tem hoje um número significativo de cineastas com potencial reconhecido, levando o Estado a sistematicamente ver suas produções ganhando prêmios nacionais e internacionais nos diversos festivais de cinema em que participam. Entre outros, destacamos os nomes de: Adelina Pontual, Camilo Cavalcante, Cláudio Assis, Daniel Aragão, Daniel Bandeira, Gabriel Mascaro, Hilton Lacerda, Kleber Mendonça Filho, Leonardo Sette, Lírio Ferreira, Marcelo Gomes, Marcelo Lordello, Marcelo Pedroso, Paulo Caldas, Renata Pinheiro e Tião. Essa geração talentosa produz um cinema eminentemente autoral, com ênfase para as questões sociais, sem lugar para concessões de qualquer natureza. Com isso, tem-se a certeza que o cinema pernambucano atual não passa apenas por mais um ciclo. O Estado tem consciência disso e através de incentivos oficiais garante a perenidade do movimento. Desde 2007 um fundo de incentivo do Governo do Estado, o Funcultura, disponibiliza boa parte dos seus recursos (R$ 11,5 milhões, em 2013) para as produções de cinema e TV. Além disso, o Governo de Pernambuco implantou o Cine-Cabeça, um projeto que procura incentivar o surgimento de novos talentos. Nele, professores e alunos da rede estadual de ensino realizam suas próprias produções que são exibidas depois em mostras competitivas.


Foto: Internet



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