EDIÇÃO 7 - ANO 2 - 2012 RECIFE - PE
Filme
A Palavra História bíblica com produção pernambucana
Instituto cultural apresentará acervo da família Souza Leão
Fliporto homenageia Nelson Rodrigues
A beleza e simplicidade do traço de Borsoi
Sustentabilidade nas mãos de Marília Santos
transforme-se Um complexo dedicado ao corpo, à beleza, à saúde e ao fitness
A Santé é um novo jeito de pensar em transformação para o corpo, a saúde e o bem-estar. Um complexo no coração de Boa Viagem com os mais modernos equipamentos de fitness do mundo, espaço para Aeróbica, Step, Power Jump, RPM, Pilates, Alongamento, Yoga, Artes Marciais, Fisioterapia, Osteopatia dentre outras opções.
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24 a 26 de julho 2012 São Paulo - SP
MIX b� Brasil - Inspiramais In�erno 2013 O Instituto Bantu sob o comando da Designer de Jóias Lourdinha Oliveira, participa pela segunda vez do MIX BY BRASIL, espaço coordenado pela consultora de Moda Chiara Gadaleta. O evento aconteceu em julho 2012, em São Paulo, patrocinado pela Assintecal.
Caro leitor da Terra Magazine;
EDITORIAL
Chegamos à 19º edição da nossa revista Terra Magazine, trazendo na capa dois grandes atores, Oscar Magrini e Tuca Andrada, sendo este último, pernambucano. Os dois farão parte do filme “A Palavra”, cuja produção será pernambucana, e por isso, preparamos uma reportagem especial sobre o longa-metragem. Um filme de Guilherme de Almeida Prado, que invade os cinemas e coloca em questão valores, como a fé, a existência de Deus e os diferentes significados de sua “palavra”. Vamos conhecer um pouco sobre cada personagem deste longa, os cenários das gravações, e uma reportagem com a TV Nova, que foi a emissora escolhida para as gravações do filme no estado de Pernambuco. Falamos também com o arquiteto Marco Antonio Borsoi, que mostra a diversidade de suas obras. Ainda no campo da arte, um incrível acervo particular da família Souza Leão estará , em breve, disponível ao público, através do Instituto Maria José e Antonio Souza Leão, sob coordenação de Luiz Paulo Souza Leão. Trazemos ainda para os nossos leitores um aperitivo do que será a 8ª edição da Fliporto, que este ano prestará homenagem ao jornalista e dramaturgo pernambucano Nelson Rodrigues, sem falar da reportagem especial sobre o Mercado de Arte no Brasil, que vem se tornando um bom negócio. A economia do estado também é destaque na reportagem sobre a “invasão” dos produtos chineses no Brasil, pelas portas do estado de Pernambuco, além de matéria sobre a ousadia da marca “Container Ecology Story”. No quadro “Personalidade”, um perfil completo da Ana Karla Gomes, primeira dama de Jaboatão dos Guararapes, onde vamos conhecer um pouco de sua intimidade. Sem falar da reportagem sobre o projeto sustentável da Bandeirantes Outdoor. Desejamos uma boa leitura a todos e até a próxima edição.
C����� EDITOR Claudio Barreto REVISÃO DE CONTEÚDO Prof. Sófocles Medeiros REDAÇÃO/CONTÉUDO ABBC Comunicação e Assessoria de Imprensa Assessoria de comunicação Oficina da Notícia Made Assessoria de Moda e Comunicação JustPress Make Assessoria Amanda Moraes Ana Luiza Melo Andréa Albuquerque Bárbara Dourado Fernando Fagundes Giselle Silvério Gleyson Ramos Ivelise Buarque Luíza Tiné Renata Menezes Rafaela Queiroz Marco Aurelio II IMPRESSÃO: 3 mil exemplares PARA ANUNCIAR: comercial@revistaterramagazine.com.br (81) 8529.1136 / 9504 7550 www.revistaterramagazine.com.br e-mail: imprensa@revistaterramagazine.com.br facebook: TERRA MAGAZINE ENDEREÇO: Av. Dr. José Augusto Moreira, 1735 - Casa Caiada Olinda - PE - CEP 53.130-410
6. Filme: “A Palavra”
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20. Marco Antonio Bosoi - Grandes projetos em mãos
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24. Do engenho para o mundo 26. 8ª edição de Fliporto 28. Quarenta anos de cultura de arte 30. Pedra bruta se trasforma em arte 32. Arte em Olinda
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34. Mercado de arte no Brasil 36. Pernambuco em parceria com a China 38. Ideias da China 40. Boi e Braza: o sucesso continua
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42. Gastronomia no Dorisol
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44. Ana Karla Gomes 46. Concurso Miss Brasil 2012
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50. A moda com Chiara Gadaleta 51. Projeto Bantu Mulher 52. Moda Fitness
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56. Marilia Santos Projeto Social
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58. Vanessa da Mata em Recife
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59 Social Terra
TERRA MAGAZINE
CAPA | FILME “A PALAVRA”
A PALAVRA
A Pala�ra
História bíblica invade o cinema em produção pernambucana Minha religião é o cinema, e eu tenho muita fé numa boa história”. Essa foi a frase com que Guilherme de Almeida Prado, que assina Roteiro e Direção do longa-metragem evangélico “A Palavra”, respondeu ao ser questionado sobre o papel da religiosidade em sua vida. Através de tal resposta, tão sensível e apaixonada, nós, da Terra Magazine, tivemos a certeza de que estávamos, de fato, diante de um homem do mundo, completamente devotado à sétima arte e seus variados gêneros, estilos e linguagens. A bíblia, sem dúvida, está repleta de boas histórias. E foi contando as histórias dos profetas Elias e Eliseu, que o longa - que a princípio seria uma série para ser veiculada na televisão - tomou forma cinematográfica, transformando-se em aproximadamente 80 minutos de belas e tocantes cenas, sob o olhar atento de Zitah Oliveira, idealizadora, produtora e viabilizadora do projeto. No roteiro, Guilherme transporta para os dias atuais do sertão nordestino as passagens bíblicas dos dois profetas, construindo uma trama que consegue emocionar, sem quaisquer amarras, o espectador, independente da religião a que ele pertence. “O tema principal do filme é realmente a questão da fé. E eu não me restrinjo exclusivamente à fé na
bíblia, mas a fé de um modo geral. A fé que temos na bíblia, nós temos que tê-la na vida: fé nas coisas que fazemos; fé nas nossas atitudes; fé nas nossas ideias”, disse o diretor. “A Palavra” tem atores consagrados no elenco, como Tuca Andrada, Luciano Szafir, Oscar Magrini, Karina Barum, Regina Remencius e Rubens Teixeira, todos esbanjando seus reconhecidos talentos. Os pernambucanos Thiago França, José Arilson e Jones Melo também tiveram participação de peso no filme. Os artistas estreantes Arthur Nóbrega, David Dantas e Laís Almeida tiveram desempenho surpreendente. Sobre a escolha desses atores, o diretor contou ter sido um pouco diferente do habitual, pois quando Zitah Oliveira o procurou, ela já tinha alguns nomes dentro do projeto. Guilherme, claro, agregou alguns outros, com os quais ele já havia trabalhado e nos quais os papeis se encaixavam.
TERRA MAGAZINE
Na vida, real ou fictícia, a palavra sempre teve grande valor e influência sobre a humanidade e é, segundo Guilherme de Almeida Prado, a grande criação da comunicação. O diretor
A Pala�ra
O pernambucano Tuca Andrada é quem interpreta o personagem principal, Elias - um homem simples que nasceu com o dom da palavra. Sua fama de profeta atravessa as fronteiras do sertão, despertando o interesse do programa jornalístico da TV Baal. Comandado pelo personagem de Luciano Szafir, o programa envia a cética e insensível jornalista Gesebel (Regina Remencius), e o seu câmera (Thiago França), para conhecer Elias de perto. Gesebel, com seu coração completamente descrente, fará o possível para “desmascarar” o profeta; porém, guiada pelo motorista e amigo de Elias, Abadias (Arilson Lopes), termina por fazer uma inédita viagem por dentro de si mesma.
Regina Remencius
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CAPA | FILME “A PALAVRA”
revelou que foi exatamente por isso que ele fez a Gesebel ser uma ambiciosa jornalista da televisão, alguém que também trabalha com a palavra: “Não é propriamente a palavra de Deus (risos), mas a palavra existe, então termina se dando uma luta entre a palavra de Deus, através de Elias, e a palavra do Diabo, através de Gesebel”, explicou.
A Pala�ra
O filme está nas mãos de uma equipe talentosíssima - Anny Fernandes na Direção de Produção; Fred Jordão no Still; Roberto Yuri na Direção de Fotografia; Rubens Teixeira na Preparação de Elenco; Beto Normal e Ana Cecília Drumont nos Figurinos, mais seus assistentes, Paulo Pinheiro e Carolina Leal; e os assistentes de arte, os pernambucanos Gil Kalife e Márcia Nunes. E trata-se, na verdade, da palavra de Deus, ou do mais profundo e íntimo de cada um de nós. O profeta é nada mais nada menos um alguém que sabe ouvir e sabe falar, como um porta-voz. Em fase de finalização e com estreia prevista para 2013, “A Palavra” é, no mínimo, um filme bastante democrático, voltado a exatamente todos, sem restrições de idade, classe social ou credo. Bem como é a fé: um bem gratuito a qualquer ser humano; necessário, talvez, para vencermos as guerras diárias e seguirmos adiante.
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Guilherme de Almeida Prado Guilherme de Almeida Prado nasceu em Ribeirão Preto, em 06 de novembro de 1954. Formou-se em Engenharia Civil, mas sua paixão pelo cinema o impulsionou a trilhar, paralelamente, o caminho das artes, fazendo filmes na Super 8. Atuou como assistente de direção em produções de nomes como Davi Cardoso e Ody Fraga, formando-se, basicamente, na chamada “Boca do Lixo” paulista. “As Taras de Todos Nós” (1981), filme feito em episódios, garantiu-lhe uma menção honrosa da Associação Paulista dos Críticos de Arte; mas foi em 1984 que ele realizou seu primeiro longa-metragem, chamado “Flor do Desejo”, que conta a história da relação entre um marginal e uma prostituta na zona do porto de Santos. Mais tarde, veio “A Dama do Cine Shangai”(1988), rendendolhe uma premiação no Festival de Gramado. “Perfume de Gardênia” (1992) foi um dos filmes feitos com bastante dificuldade, devido à crise que o cinema brasileiro enfrentou na era Collor. Em 2002, seu roteiro “Onde Andará Dulce Veiga?,” baseado no romance homônimo do escritor Caio Fernando Abreu, foi selecionado para participar do 6ª Laboratório de Roteiro Sudance no Brasil, sendo lançado em 2007.
quando surgiu a oportunidade de fazer ‘A Palavra’, realmente muito diferente de tudo o que eu já havia feito, achei interessante: a gente nunca sabe o que vai acontecer, se a gente ganha ou perde”. A história dos profetas cresceu à medida que a expectativa da equipe era superada. Sobre esse “alargamento”, Guilherme de Almeida Prado confessou: “Seria um média e se transformou em um longa simplesmente porque a primeira parte ficou muito boa. Como eu já havia bolado uma história que continuava, de repente comecei a enxergar que não se tratava de uma série, e, sim, de um filme sobre a busca da fé em Deus - então propus isso à Zitah. No começo, seria ‘A Palavra de Elias’ e em seguida ‘A Palavra de Eliseu’, mas transformamos tudo em uma história única, com começo, meio e fim”.
Hoje, Guilherme dirige “A Palavra”, filme que - embora seja absolutamente livre de imposições religiosas - pretende trazer à tona importantes valores cristãos que parecem ser, a cada dia, esquecidos pelos homens. Perguntado sobre o quão relevante é para ele, enquanto diretor, transitar por cenários tão distintos ao longo de sua carreira, Guilherme afirmou sua personalidade: “Eu sempre gostei muito de fazer filmes diferentes uns dos outros; do contrário, eu me sentiria entediado. Eu sempre busquei um pouco esse desafio, então
Nós, brasileiros, vivemos em um país que, podemos dizer, é marcado também pela mistura de valores religiosos. Perguntado sobre qual mensagem Guilherme acredita estar por trás da trama, que poderá ser captada de forma universal pelo público, o diretor não hesitou: “Eu procurei fazer um filme que fosse muito independente de religião, no sentido estrito de uma determinada religião. Eu tentei contar uma história que não tendesse para uma determinada facção da fé, até porque acredito que toda religião se completa dentro da própria pessoa. A própria palavra tem significados diferentes dentro de cada um, cada expectador vai entender o filme de forma ligeiramente diferente, e isso é o interessante. Eu sempre desconfiei muito da verdade absoluta, a verdade é uma coisa relativa. Então eu gosto muito de fazer histórias das quais as pessoas tirem suas próprias conclusões. Nesta, eu coloco valores em questão, a existência de Deus e Sua palavra”.
A Pala�ra
“A arma mais poderosa que um ator tem é a sua imaginação”.
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CAPA | FILME “A PALAVRA”
Tuca Andrada
Profeta Elias
Em entrevista à Terra Magazine, Tuca Andrada contou que Zitah Oliveira o havia convidado, há mais ou menos dois anos, para fazer um outro filme, sobre a Invasão Francesa, no Rio de Janeiro. Ele aceitou na hora. Um tempo depois, Zitah achou inviável a produção do longa, então surgiu a proposta de Tuca voltar à sua terra natal, Pernambuco, para viver o protagonista Elias. Elias é alguém que consegue realizar graças transformadoras nas vidas das pessoas: um personagem que modifica, de alguma maneira, quem o interpreta e quem o assiste. Mas Tuca é realmente um grande artista, e foi além: “Qualquer personagem ensina e modifica o ator, independente se é anjo ou demônio, independente do seu caráter”. Questionado sobre que tipo de responsabilidade, no melhor sentido da palavra, ele se sente assumindo, ao dar vida a um personagem tão especial, Tuca disse: “Eu sou um ator, não um profeta (risos). Mas se eu puder que, como Elias, eu traga algum tipo de alento a alguém que esteja desesperado, passando por problemas, será gratificante”. A preparação para “A Palavra” se deu, segundo ele, através de sua própria perspectiva do personagem, e ele foi além da história existente na bíblia: “A arma mais poderosa que um ator tem é a sua imaginação”. E é. Tanto, que Tuca consegue exprimir, com perfeição e originalidade, um Elias bem brasileiro, bem nordestino, bem “nosso”; fazendo crer que a fé é familiar e cotidiana.
A Pala�ra
Tuca Andrada nasceu em Recife, no dia 11 de setembro de 1964, e é dono de um extenso currículo na TV, teatro e cinema. O ator já trabalhou em mais de vinte tramas televisivas, entre elas, “Mico-Preto”, sua primeira novela, em 1990. “O Dono do Mundo” (1991), “Fera Ferida “(1993), “As Pupilas do Senhor Reitor” (1994), ‘Suave Veneno” (1999), “abor da Paixão’ (2002) e ‘Da Cor do Pecado” (2004) foram algumas de suas tramas exibidas na telinha. Depois de quatro novelas na Rede Record, Tuca voltou à Rede Globo, em 2010, para atuar em “Insensato Coração”, de Gilberto Braga e Ricardo Linhares. Nos palcos, Tuca atuou em sete espetáculos musicais, provando sua maior identificação com o gênero. ‘O Beijo da Mulher Aranha”, “Rocky Horror Show”, “Crioula’ e “Orlando Silva – O Canto das Multidões” foram alguns deles (neste último, Tuca viveu o personagem-título do espetáculo). Em 2010, o ator estreou a peça musical “O Rei e Eu”, baseado no romance “Anna e o Rei Sião”, de Margareth Landon.
No cinema, curtas e longas recheiam sua história, entre eles, “Quem Matou Pixote?’ (1995), ‘Guerra de Canudos ‘(1996), “Vida e Obra de Ramiro Miguez” (2000), “As Três Marias” (2001) e “Mulheres do Brasil” (2006). Perguntado se filmar no local onde nasceu tem alguma importância emocional para ele, Tuca respondeu: “Sempre que venho a Pernambuco é muito especial, tratase da sensação de voltar à terra mãe, mesmo. A minha mãe inclusive mora aqui (risos). Se venho através do teatro, cada sessão que eu faço é muito emocionada; se venho filmar, fico feliz em ver que, a cada dia, o cinema pernambucano ganha mais força e espaço no mercado. Toda vez que venho trabalhar aqui me sinto muito feliz”.
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Re�ina Remencius Jezabel
A atriz paulista, Regina Remencius, representa o principal personagem feminino do filme. A atriz “incorpora” elementos difíceis e contraditório na figura de Jezabel, onde a mulher independente, inteligente, indiferente aos sentimentos das pessoas se depara com uma situação completamente nova, onde há uma zona de transição entre o pragmatismo urbano que envolve a mídia associada aos interesses comerciais de seu esposo Acabe e os costumes, crenças e mistérios de uma pequena comunidade. A atriz surpreende e assume uma postura de adequação do personagem às mudanças que a trama exige. Regina vive várias “Jezabéis “, desde a repórter incrédula, passando pela mulher arrogante, pela dúvida e por fim experimenta um sentimento humano que vai além do que se pode esperar da atriz, do personagem e da estória.
Karina Barun
Azuba
Karina Barun, atriz gaúcha, que atua no teatro, na televisão e no cinema desde a adolescência. A convite do diretor Guilherme de Almeida Prado veio para o agreste pernambucano viver o personagem Azuba. No papel de uma viúva sofrida, mãe de dois filhos, sente o final de suas vidas cada vez mais próximo devido a escassez de alimentos causada pela seca e o descaso social, comum naquela comunidade. Karina atua com o protagonista do filme, o Tuca, no papel de Elias, e com os atores estreantes, Lays e David partilha o desenrolar de cenas noturnas, difíceis, onde demonstra habilidade para lidar com imprevistos e integrar o personagens a todas situações que seu papel demanda.
Lara C�rdula Atalia
Lara é bailarina, atriz de teatro, TV, iniciou sua carreira artística em São Paulo, onde reside atualmente.
A Pala�ra
Lara Córdula, representa ATALIA no filme “A Palavra”. Atalia irmã de Jezabel, cujo caráter contrabalanceia a ambição e o pragmatismo da irmã, está presente em momentos cruciais vividos por Jezabel, sempre com personalidade forte e tênue. Seu principal papel é vivido ao lado dos atores Luciano Szafir e Lara córdula.
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CAPA | FILME “A PALAVRA”
Lara Córdula, Regina Remencius, Luciano Szafir
Luciano S�a�ir
Acabe
Luciano Szafir nasceu na capital paulista, no último dia de 1968. Pertencente a uma família de conservadores descendentes de árabes, aos 13 anos já trabalhava, ajudando o pai, que atuava no ramo de tecidos.
A Pala�ra
Em Nova Iorque, no meio de uma viagem, Szafir foi finalmente descoberto por olheiros de Moda; a partir daí, trabalhou como modelo em desfiles e fotos de marcas como Calvin Klein e Giorgio Armani. Ainda nos Estados Unidos, recebeu um convite para participar da série “Barrados no Baile”, mas recusou, pelo simples fato de que ele não era (ainda) ator – inclusive, veio a se formar, em 1990, em Administração de Empresas. Quando retornou ao Brasil, uma chuva de convites para trabalhar na televisão - convites esses que foram recusados, até que ele recebeu a irrecusável proposta do diretor Carlos Manga, por quem Szafir tem grande
consideração, para integrar o elenco da novela “Anjo Mau”, na TV Globo, em 1997. A partir daí, não parou mais: em 1998, trabalhou na comédia infantil “Simão, o Fantasma Trapalhão” e na minissérie “Labirinto”; em 2000, veio a novela “Uga-Uga”, além da minissérie “Aquarelas do Brasil”, ambas na Rede Globo; em 2001, também na Globo, Szafir participou das novelas “Um Anjo Caiu do Céu” e “O Clone”; além de vários trabalhos em outras emissoras. No cinema, participou de produções como “Xuxa e os Duendes” (2002), “Nossa Senhora de Caravaggio” (2006), “Mulheres do Brasil” (2006), “Nightmare Man” (2006) e “Ópera do Malandro’ (2007), entre outras. Em “A Palavra”, Luciano Szafir interpreta o Acabe – personagem que na história bíblica é um rei idólatra e cruel; e no filme, o dono de uma emissora de TV, casado com Gesebel. Acabe tem seu interesse voltado, única e exclusivamente, para o poder e os conchavos políticos, até que um profundo acontecimento muda a vida do casal.
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Oscar Ma�rini Ben Hadad
Em “A Palavra”, o galã Oscar Magrini interpreta um deputado corrupto chamado Ben Hadad, o que aproxima ainda mais a história - que no livro sagrado se passa nove séculos antes de Cristo - do nosso dia a dia costumeiro. Oscar, que tem 22 anos de carreira, 26 novelas, 16 longas e 15 peças de teatro em seu histórico, confessou que sempre que vem a Pernambuco, vai a Olinda, mas – sabedor da fama dos bonecos gigantes – quer mesmo é conhecer o carnaval da cidade. O ator também é fã declarado do artesanato nordestino, e destaca o trabalho das mulheres rendeiras como um dos melhores que já viu. Magrini esteve no Recife seis vezes. A última em julho de 2011, com o espetáculo “Escola de Mulheres”, que foi apresentado no Teatro da UFPE. O ator disse que quando pousou na cidade, chovia muito: “Quando eu desci do avião, achei que tinha voltado para São Paulo. Esse lugar não combina com chuva nem com ruas alagadas. Recife é sol quente, gente”. Oscar Magrini nasceu no dia 2 de setembro de 1961, em São Paulo. Formado em Educação Física, deu aulas de ginástica em um clube na cidade de Santos, nos anos 80, até que decidiu investir seriamente na carreira artística: começou a trabalhar como modelo, fez comerciais para a TV e participou do grupo de teatro amador Boi Voador. Em 1990, “Uma Ilha para Três” marcou sua estreia no teatro profissional. Partindo para o cinema e em seguida para a televisão, Oscar contabiliza, hoje, muitos trabalhos importantes. Em 1996, ganhou projeção nacional interpretando o cafajeste Ralf na novela “O Rei do Gado”. Em 2001, devido ao enorme sucesso, foi convidado a integrar o elenco das novelas “Ganância” e “A Senhora das Águas”, ambas em Portugal, onde ficou durante um ano. Seu próximo trabalho será atuar na novela global “Salve Jorge”, de Glória Perez, com estreia prevista para outubro deste ano.
Rubens Teixeira
Posso dizer que a experiência foi gratificante e enriquecedora, deixando saudades e uma grande amizade entre nós, que certamente perdurará. Além disso, representei o personagem Acazias – há 20 anos, clínico geral de um pequeno ambulatório localizado em um vilarejo. Certo dia, o médico atende a cética repórter Gesebel, que não acredita nos milagres do Elias. A jornalista sofre um desmaio e, após examiná-la, Dr. Acazias revela que a moça espera um filho. Gesebel fica desnorteada, pois já é uma mulher de meia idade que nunca havia engravidado. Então acontece o diálogo entre a jornalista e o médico: ‘O senhor acredita nos milagres de Elias?’, Gesebel pergunta. ‘Como médico, não deveria crer em milagres, mas as curas que Elias faz são impressionantes. Algo mais existe. Deus, talvez!’, responde Acazias”.
A Pala�ra
O ator Rubens Teixeira - que atuou em “A Compadecida” (1969), “A Vingança dos Doze” (1970), ‘Faustão” (1971 e “A Marcha” (1972) – interpreta em “A Palavra” um médico: o Doutor Acazias. Além do papel, Rubens também fez a preparação de elenco. Sobre sua participação no projeto, ele conta: “Em abril de 2011, convidado pela produtora cinematográfica AnjoLuz, de Recife, selecionei e preparei atores jovens e mirins para o filme ‘A Palavra’. Durante 20 dias, realizamos exercícios de criatividade e escolhemos quatro atores e figurantes. Entre os candidatos, estavam Michel, Eduardo, Paulo Vitor, Maria Eduarda, João Gabriel, Artur Nóbrega, Lays Almeida, além da menina Júlia, que foi escolhida na locação do longa-metragem.
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CAPA | FILME “A PALAVRA” O pernambucano Jones Melo interpreta um político, mais propriamente o prefeito da cidade de Jericó. O ator nasceu em 24 de junho de 1946 e participa, há mais de 30 anos, do espetáculo “A Paixão de Cristo”, encenada na cidade de Nova Jerusalém (PE). Em seu currículo cinematográfico, filmes como ‘Amarelo Manga”, ‘Baile Perfumado” e “Árido Movie”. Em 2007, compôs o elenco da microssérie “A Pedra do Reino”, exibida na Rede Globo.
Jones Melo
Jones falou um pouco à Terra Magazine sobre o seu personagem em “A Palavra” “O contexto bíblico é passado para a realidade brasileira, nordestina, atual. Então, trata-se de um personagem brasileiro, nordestino, contemporâneo, de modo que pairam sobre ele todos aqueles aspectos que acontecem hoje, aqui – como o problema da possibilidade de corrupção, possibilidade de superfaturamento, as tendências às propostas de propinas, pressões, articulações, onde existe a ‘guerra de interesses’ entre o mundo da política e o mundo da comunicação, onde tudo é feito por dinheiro. A adaptação de Guilherme de Almeida Prado foi muito bem feita, a proposta do filme é interessante e didática, pois traz a questão espiritual dentro de um contexto muito próximo de nós. Meu personagem está bem delineado dentro de um núcleo que serve de referência histórica, que serve de palco para a compreensão do mundo de hoje. Não há uma ligação visceral com o Elias, com o fenômeno da potência espiritual, mas é muito importante também”.
Arilson Lopes, que interpreta o motorista Abadias, falou sobre o seu personagem: “Obadias é um motorista contratado pela TV Baal para servir à jornalista e à equipe de reportagem que vêm ao Nordeste conhecer Elias. Obadias é muito amigo de Elias e, antes de levar os componentes da equipe de jornalismo até o profeta, circula com eles por outros lugares apresentando outras pessoas que conheceram Elias e podem falar sobre a sua palavra”. O ator, que tem “Cinema, Aspirinas e Urubus” “As Três Marias” e “Era Uma Vez Verônica” entre seus trabalhos, mora em Recife desde 1995, atua em teatro e cinema, e foi convidado a participar de um teste de seleção para “A Palavra”, sendo aprovado. Arilson destaca a qualidade da equipe como sendo um dos pontos fortes da produção: “A Zitah reuniu uma equipe brilhante, desde o diretor, Guilherme de Almeida Prado, até todos os outros envolvidos. A harmonia, a qualidade das relações, a força dos profissionais, tudo isso desperta ainda mais vontade de ver o resultado final desse filme, que fala de algo tão bonito, que é a palavra de transformação”. Arilson Lopes O ator pernambucano, Tiago França, foi selecionado para compor o elenco do filme “A PALAVRA” cuja atuação ao lado a atriz principal Regina Remencius representa um câmara que acompanha a repórter durante sua jornada em busca de fatos concretos sobre o enigmático Elias.
A Pala�ra
O personagem vivido pelo ator deixa no ar suas próprias convicções e compartilha a “pesquisa de campo” seguindo as orientações da repórter, onde não há espaço para indagações éticas ou filosóficas, apenas para o empenho desenfreado em busca da verdade. O personagem vivencia os momentos mais belos e emocionantes do filme
Tiago França
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Zitah Oliveira A produtora Anjoluz Filmes, comandada por Zitah Oliveira, surgiu em 2010, com o objetivo específico de produzir trabalhos diretamente ligados aos valores cristãos. Uma empresa evangélica, sim, mas que pretende alçar voos maiores: “Eu encomendei um roteiro onde a palavra alcançasse, principalmente, aqueles que não são evangélicos”, contou Zitah. A produtora, que também atua como advogada e professora universitária, chegou até Guilherme de Almeida Prado através de amigos em comum, e já tinha os nomes de Tuca Andrada, Luciano Szafir e Regina Remencius dentro do projeto. “Guilherme, com sua vasta experiência como cineasta, jogou - o que, sob a minha visão, ficaria restrito - para o mundo. As ideias dele fizeram crescer o projeto”, disse Zitah. Produzido com capital privado - e apoiado pela própria comunidade evangélica - “A Palavra” é a primeira produção cinematográfica evangélica de Pernambuco; e a AnjoLuz, em todo o Nordeste, é a única empresa deste segmento. Filmes, CDs e vídeos, mais evangelizadores do que propriamente evangélicos, são “a especialidade da casa”. A produtora já realizou um documentário sobre Souza Leão; um CD com os salmos da bíblia, voltado para os deficientes visuais; e se prepara para gravar a segunda etapa de “A Palavra”. Em seu segundo ano de atuação, a empresa está construindo seu próprio estúdio de gravação, com 300m² de área.
Lays Fernanda e David Dantas são crianças pernambucanas que participam pela primeira vez de gravações cinematográficas. Os estreantes tiveram um preparador de elenco Sr Rubens Teixeira e atuaram junto a atores consagrados cumprindo suas tarefas com esforço e disciplina surpreendente.
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Na evolução do enredo do filme A PALAVRA o filho da viúva Azuba é entrevistado por Jezabel anos depois. O adolescente que fez esse personagem é o jovem pernambucano Arthur Nóbrega. Estudante de economia e está na Inglaterra fazendo intercâmbio cultural. O jovem se interessa por artes plásticas e integração cultural e econômica da America Latina.
A Pala�ra
APOIO CULTURAL
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CAPA | FILME “A PALAVRA”
TV Nova Nordeste mostra sua força A emissora pernambucana foi escolhida para as gravações de cenas do filme no estado
Por Renata Menezes
A Pala�ra
Jornalista bastante experiente, Pedro Paulo hoje comanda a TV Nova Nordeste com sede em Pernambuco e comemora a escolha da emissora para servir de base durante as gravações de parte das cenas do filme nacional “A Palavra”. “Ficamos honrados quando a produção nos contatou para propor esta parceria. Isso mostra que a nossa infraestrutura dá conta sim de atender a este tipo de demanda. Contamos com três estúdios diferentes com equipamentos de ponta e equipe técnica especializada, camarins, auditórios, suítes, ilhas de edição”, conta ele, que afirma ser presidente de uma das maiores produtoras do Estado com atuação em vários segmentos. “A Palavra” é um filme de longa-metragem e mostrará, numa versão contemporânea, a força da palavra e da fé religiosas. Baseado no texto bíblico sobre o profeta Elias o filme trará uma mensagem atemporal da promessa de Deus para suas criaturas. No elenco, nomes como Oscar Magrini, Tuca Andrada que protagoniza a película, Germano
Hauit e Lara Córdula. O filme dirigido por Guilherme de Almeida Prado precisou filmar parte da produção por aqui e a TV Nova foi a emissora escolhida para gravar cenas em estúdio. “As filmagens foram tão produtivas, que em um dia cerca de seis cenas eram gravadas”, afirma Pedro Paulo. Com o objetivo central de fortalecer a grade produtiva de Pernambuco, a TV Nova contabiliza mais de seis anos de estrada e hoje atinge 46% do território estadual e produz 13 horas de programação local. “Nosso objetivo é expandir a atuação, fomentar o setor de dramaturgia com produção de filmes, vídeos e novelas e ampliar cobertura esportiva e cultural como um todo. Aqui temos profissionais gabaritados e conhecidos do público como Samir Abou Hana e Léo Medrado. A nossa emissora está cada vez mais forte, queremos ampliar também no segmento esportivo com a transmissão de eventos como o Sulamericano Feminino de futebol”, vibra o comunicador.
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Comentário do filme: “A Palavra”, por Cristiano Arcoverde O filme “a Palavra” é uma iniciativa ousada dentro do segmento de produções que vem crescendo no Brasil. Não se trata de um filme bíblico, muito embora em alguns momentos utilize trechos de textos do antigo testamento. Ele é uma peça artística que inclui elementos de ficção que partiram da criação dos autores, fazendo uma leitura de aspectos políticos e sociais da nossa época. Ao assistir esta trama seremos conduzidos a um universo onde o sofrimento pode dar lugar a esperança, onde o contraditório pode dar lugar à fé, onde o óbvio pode dar lugar à manipulação. E despertados a refletir em temas que muitas vezes são pouco discutidos em nossa sociedade tais como: A transposição do Rio São Francisco; os interesses políticos que podem estar envolvidos gigantescas obras; a indústria da seca, o sofrimento do nordestino com a falta d’água; a possibilidade real de manipulação das informações baseada em interesses escusos nos meios de comunicação...
Cristiano Arcoverde, Jornalista, Radialista, Instrutor e Supervisor de Estágios do Senac na área de Comunicação no curso de Rádio e TV. Licenciado em História e pós-graduado em Gestão de Pessoas com ênfase em ambientes de mudança. Pastor do Ministério Verbo da Vida, Professor do Rhema Brasil e Escola de Ministros Rhema.
A trama se passa no Nordeste do Brasil fazendo uso de elementos típicos da cultura nordestina e da vida muitas vezes sofrida de um povo guerreiro que não perde a fé e a esperança de que um dia as coisas irão mudar. Certamente será uma voz que grita por justiça social e que não poderá ser abafada por causa dos interesses de poucos.
Cenário das próximas gravações O filme, em suas gravações finais, utilizará como locação obras dos trabalhos de transposição do Rio São Francisco, que estão em andamento na cidade de Petrolândia/PE. Apesar do tema polêmico da transposição do rio, o assunto hoje é uma realidade que vislumbra um novo horizonte cujo objetivo principal é a minimização da miséria produzida pela seca no nordeste brasileiro.
Portanto o caráter humano, o bom senso e o sentimento de comunidade ainda são os elementos nobres que podem significar o fim das mazelas causadas pela seca ou o benefício de poucos, ou ainda diante de toda boa fé, a incapacidade de implementar projetos que beneficiem a maioria, a partir do respeito às tradições, à cultura e ao
conhecimento popular das pessoas diretamente envolvidas no programa como beneficiárias em potencial. A história bíblica contemporizada coloca o homem como ator principal, para Deus, na história relatada em Reis I e II, a criatura era seu alvo, o Rei tinha por principal meta conduzir o povo de forma a atingir prosperidade e glorificar a Deus. No filme, ambientado no momento atual, o poder político teria a mesma função de conduzir o povo de forma que se cumpra a promessa de Deus em suas vidas, que se tenha vida e vida em abundância. Abundância representada pela a água que simboliza a vida farta.
A Pala�ra
O filme se inicia no cenário de seca e sofrimento onde o homem de Deus, representado pelo profeta Elias, busca o milagre das águas como símbolo de bênçãos. Depois passa, de forma natural, para o cenário moderno, onde a interferência humana na natureza, utilizando estratégias políticas, recursos tecnológicos, conhecimento e experimentos científicos cria uma nova perspectiva de soluções dos problemas seculares causados pela seca.
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NOTAS
Cantora Gospel lança novo CD Keylla Paula é uma jovem cantora e compositora pernambucana que iniciou sua carreira louvando hinos, ainda criança, dentro dos templos assembleianos. Há cinco anos Keylla lançou seu primeiro CD cujo resultado foi bastante positivo no meio evangélico e secular. No momento, o novo CD da cantora está em produção e será lançado nacionalmente pela MW Music Brasil, dirigida pelo Maestro Merewilton Lages.
Poetisa e militante dos Direitos Humanos de Pernambuco Cida Pedrosa é advogada e poeta pernambucana militante dos direitos humanos. Natural de bodocó, Cida trouxe consigo do sertão a poesia de cordel, o conhecimento e a cultura popular contadas de pais para filhos .Poeta revolucionária, clama pelo reconhecimento dos direitos de minorias e vítimas da violência urbana em todas as suas formas. Quando indagada sobre o trabalho da produtora Anjoluz a poeta descreve como um avanço no processo de multiculturalidade e diversidade cultural. Pois acredita que ter uma produção cultural evangélica de qualidade, arejada, pautada nos direitos humanos é inovador, tal conclusão está embasada no seu conhecimento do que será o filme A PALAVRA, onde o diretor Guilherme de Almeida Prado narra “O Profeta de Fogo” de forma atual, cheia de estilo...transforma história de fé em arte.
Pousada Rio da Barra em Brejo da Madre de Deus Cerca de 35 pessoas, entre elenco e equipe técnica da produção cinematográfica “A Palavra”, estiveram hospedadas na Pousada Rio da Barra durante oito dias, em dezembro de 2011, por ocasião da segunda etapa de gravações do filme. Localizada no distrito de Barra do Farias, no município do Brejo, em uma bela propriedade, cuja paisagem lembra os antigos engenhos do século passado, o ambiente possui uma típica casa de fazenda, cômodos amplos e confortáveis para os hóspedes, além de uma área de passeio em seu entorno, dotada de beleza natural, segurança, conforto e um clima bastante agradável. A culinária e o serviço também são de ótima qualidade e receberam elogios unânimes da equipe que participou dessa etapa de filmagens.
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A diretora e proprietária do estabelecimento, Mônica Mendonça, recebeu a equipe durante todo período de hospedagem contribuindo para que tudo ocorresse maravilhosamente bem. O serviço de alimentação no set de filmagem ficou a cargo da própria senhora Mônica que assumiu e cumpriu rigorosamente todas as demandas acertadas. (*) A direção da Anjoluz Flmes parabeniza a Pousada Rio da Barra, agradece a gentileza da senhora Mônica e recomenda também o local para eventos religiosos, educativos, de lazer e corporativos, além de qualquer festividade que demande um ambiente confortável, elegante e com um excelente serviço.
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ARQUITETURA | MARC0 ANTÔNIO BORSOI
Grandes projetos em mãos
Por Ana Luiza Melo
Neto, filho e irmão de arquitetos, Marco Antônio Borsoi marca suas obras com toques da arquitetura contemporânea, onde é possível notar a contraposição a conceitos antigos e conservadores. O arquiteto é o responsável por uma série de obras já construídas na cidade do Recife. Agora, se prepara para lançar projetos privados e públicos de grande porte, um no centro da capital e outros em Abreu e Lima.
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Marco Antônio Borsoi
É um dos arquitetos mais lembrados em Pernambuco e em outros estados. Pelo sobrenome já é até possível entender o porque. Herdou do pai, Acácio Gil Borsoi, o dom de projetar com uma identidade particular. Também não nega as origens ao recordar-se do avô, Antônio Borsoi, desenhista-arquiteto que viveu no Rio de Janeiro. Foi responsável por obras conhecidas, como a Confeitaria Colombo e o Cinema Iris.
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MACCAL Museu Arqueol贸gico e Centro Cultural Abreu e Lima
MACCAL
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ARQUITETURA | MARC0 ANTÔNIO BORSOI
CTA - Centro de Tecnologia Ambiental
CTA Nos projetos atuais, há grande presença de prédios públicos, como o Museu de Arqueologia e Centro Cultural Abreu e Lima – MACCAL, composto por fragmentos de volume, com uso de transparência e opacidade. O espaço está sendo construído junto à Refinaria Abreu e Lima do Nordeste, em Suape. Outra obra é o Centro de Tecnologia Ambiental (CTA), do Complexo de Suape em parceria com a Petrobras. O espaço servirá para integrar as atividades de proteção ambiental às atividades socioeconômicas e educacionais em desenvolvimento pela instituição. “Será um centro de convenções dentro da Mata Zumbi, que tem uma pequena conexão com a PE 28. O prédio principal terá 3.500m², já o complexo inteiro 5.000m²”, explica o arquiteto. É praticamente uma grande estufa, onde há presença de natureza dentro do prédio. Para Marco Antônio
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é uma nova tipologia que cria um edifício em um momento em que o progresso estaria destruindo a natureza. O objetivo é agregar a inteligência humana novamente para defender os interesses de sobrevivência através da natureza. Já entre os projetos de prédios privados, uma novidade é o da igreja da Assembleia de Deus, que será um templo comemorativo aos 100 anos de criação da instituição. Foi inspirado em templos monumentais e a expectativa é que o local tenha espaço para 26.500 pessoas. A inovação no espaço a ser construído coloca-se com ideias, materiais e técnicas que permitem a convivência plena com a atual sociedade. Isso tudo sem negar os valores antigos, respeitando-os.
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CULTURA | LUIZ PAULO SOUZA LEÃO
Do engenho para o mundo O ciclo da cana-de-açúcar será retratado através de acervo particular de uma tradicional família açucareira do século XVI
Estojo de toalete com peças em marfim que pertenceram a baronesa de Gurjahú, Lilia de Souza Leão
Os costumes, os hábitos, as histórias do dia a dia, as curiosidades, o modo de vida, os pequenos detalhes sociais, econômicos e culturais que traduzem a realidade de vida na época do açúcar em breve poderão ser ainda mais conhecidos. Herdeiro de uma tradicional família da aristocracia do açúcar do século XVII de origem portuguesa, Luiz Paulo Souza Leão cresceu ouvindo algumas das lembranças de seus pais Antônio Souza Leão e Maria José, que são proprietários de dois engenhos de cana-de-açúcar no interior do Estado. “Lembro bem que ao invés da minha mãe me levar para um parque de diversões como era normal entre crianças naquele tempo, eu a acompanhava em visitas aos antiquários e foi então que comecei a gostar de objetos antigos”, relembra o administrador de empresas que hoje tem 49 anos e concedeu esta entrevista exclusiva á equipe da Terra Magazine. Filho único, Luiz Paulo tomou gosto pela arte principalmente pela influência dos pais que colecionavam objetos, documentos e utensílios das gerações passadas da família com muito zelo e dedicação. “Quando via meus pais atentos a cada peça, cada quadro, cada botão de roupa, cada documento; com o cuidado de mantê-las e preservá-las, aquilo começou a fazer parte de mim”, fala emocionado.
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Por Renata Menezes Foto | Claudio Barreto
Atualmente, com os pais já idosos, passando da casa dos 80 ela e dos 90 ele, Luiz Paulo sentiu a necessidade de mostrar ao público o acervo pessoal da família através de um Instituto Cultural que será inaugurado no Recife. Batizado com os nomes de seus pais, o antigo casarão da Rua da Aurora que anos atrás serviu de moradia para a família - que se dividia entre o engenho e a ‘casa na cidade’-, será a sede para os milhares de objetos, documentos, prataria, arte sacra, telas, quadros e até uma charrete que remetem à cultura açucareira. “Nossa coleção é muito rica porque além de objetos característicos exclusivos, temos itens que são a prova viva dos costumes das pessoas, como por exemplo, a latinha que vinha da França com pasta de dente, a xícara pintada à mão e de tantos outros titulares do Império, a escova e os objetos que as mulheres usavam para cachear os cabelos, um botão de brilhante que era usado no paletó, o enfeite para o cavalo, e o que considero ainda mais importante são os documentos oficiais do século XVIII”, ressalta. O administrador acredita que o Instituto servirá de base para estudos e pesquisas acadêmicas e históricas e que através da exposição deste material mais e mais gente terá acesso ao que, acontecia séculos atrás, quando a cana-de-açúcar era
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o bem mais precioso do País, sobretudo em Pernambuco. “Uma coisa bacana, por exemplo, é o atestado médico de minha bisavó que até hoje guardamos intacto, assinado pelo médico que fez uma cirurgia de catarata nela em casa. Ninguém poderia imaginar isso em pleno século XIX e ainda mais no meio do canavial! Sem falar nas apólices, seguros e tantos outros documentos que retratam como eram tratados os escravos, como eram separados, como viviam os senhores e senhoras de engenho e suas relações com os negros, os testamentos, a administração de bens. Esse material servirá para responder muitas perguntas e mudar muitas respostas”, conclui. Para ele, nem sempre as histórias contadas sobre o Ciclo do Açúcar no Brasil têm profundidade. De acordo com Luiz, o que ele percebe em escolas, centros culturais e museus é a carência de informações sobre questões daquele tempo e de objetos para serem mostrados; sendo assim, Luiz questiona se hoje lembramos detalhes sobre o tema: “Muita gente se desfez do que tinha. Famílias daquela época venderam muita coisa, não conservaram os objetos. Quem iria guardar um conjunto de botões de pressão ou um ferro de passar de séculos atrás? É assim que vai se perdendo a história.Por isso, eu não poderia deixar de mostrar essa infinidade de coisas que temos e foram preservadas!”, vibra ele. O Instituto será uma realidade depois de cumpridos os trâmites burocráticos necessários. A intenção, segundo Luiz Paulo, é que ele seja um espaço sem fins lucrativos, e que tenha funcionalidade de centro de educação e formação profissional. “Queremos dar oportunidade às pessoas que desejem se tornar guias de turismo, por exemplo, através da realização de seminários e cursos. Queremos envolver o setor acadêmico e civil e formar novos profissionais”.
Luiz Paulo Souza Leão
Pote em porcelana importado de Paris, que continha o pó dentrifício para a escovação dos dentes
No momento, o site do Instituto Maria José e Antônio Souza Leão está sendo desenhado para a web. Luiz Paulo dedica parte do seu tempo, quando não está administrando as usinas em Moreno, para pensar em como antecipar a divulgação de parte do acervo na rede mundial de computadores e nas redes sociais. “Estou analisando, junto com pesquisadores, uma forma de adiantarmos a catalogação e a digitalização de materiais a serem colocados no portal. Queremos possibilitar o acesso desses dados às pessoas interessadas”. A previsão é de que o Instituto seja aberto em 2014.
Lata contendo pó dentrifício para a limpeza dos dentes
Xícara francesa, dita bigodeira, com detalhe para proteção do bigode
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CULTURA
FLIPORTO chega à 8ª edição e celebra o Teatro
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ultura, literatura e arte em um só lugar. Essa é a proposta da Festa Literária Internacional de Pernambuco, a Fliporto, evento consagrado na agenda cultural nacional. Este ano, em sua 8ª edição, o evento presta homenagem ao jornalista e dramaturgo pernambucano Nelson Rodrigues, que completaria 100 anos em agosto deste ano. O tema desse ano será “A vida é um espetáculo”, celebrando, também, o teatro nacional e internacional. A Festa, realizada sob a curadoria do escritor e advogado pernambucano Antônio Campos, acontecerá de 15 a 18 de novembro, na Praça do Carmo, na cidade de Olinda. Além do Congresso Literário, carro-chefe da Festa que leva ao evento conferências com estudiosos e autores sobre a temática em questão, a Fliporto conta, também, com outros polos para públicos mais específicos. Um exemplo é a EcoFliporto, braço do evento que trabalha com a preservação do meio ambiente. Em sincronia com o tema explorado este ano, a Eco, que irá promover um tributo ao paisagista Roberto Burle Marx, irá apresentar peças teatrais relacionadas à
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Antônio Campos
conscientização ambiental. Além disso, levará ao público a 2ª etapa do “Pernambuco, Jardim de Baobás”, idealizado pelo Instituto Maximiano Campos, e que, este ano, lança o selo comemorativo do projeto. Além desse, a Festa literária conta, ainda, com espaços voltados para o público infanto-juvenil, através da Fliporto Criança e Fliporto Nova Geração e, também, para os antenados com as novas tecnologias a partir da realização da 1ª E-Porto Party, a Feira do livro eletrônico, inovação e tecnologia em educação do Nordeste. A 7ª arte também faz parte da Fliporto e leva ao evento exibições de longas e curtas metragens voltadas à temática do ano, concentrando, assim, os cinéfilos no Cine Fliporto. Um evento literário, no entanto, não poderia se distanciar da importância de promover a leitura como uma importante ferramenta de conscientização social e cultural. A realização da 3ª Feira do Livro de Pernambuco, por exemplo, se destina a esse objetivo. E, para atingir todas as idades, este ano, a Festa inaugura a Casa do Livro e da Leitura Infantil, que
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também ficará localizada em Olinda. A Casa será palco de atividades sociais educativas, para crianças e adolescentes, durante todo o ano, o que passa a caracterizar a Fliporto como um movimento de ações contínuas realizadas durante todo o ano, não apenas durante os dias oficiais da Festa. O lançamento da 1ª edição da Revista ArtFliporto, publicação quadrimestral que englobará ensaios e cultura variados, é outra iniciativa da direção do evento afim de torná-lo contínuo. Em 2011, o evento recebeu cerca de 80 mil visitantes durante a sua 7ª Edição. Para esse ano, já estão confirmados para o Congresso Literário, coordenado pelo jornalista Mario Helio Gomes, nomes como Robert Darnton, Betty Milan, Ruy Castro, Mia Couto, entre outros. A abertura do evento contará com um recital poético da cantora Maria Bethânia e o encerramento terá a assinatura do dramaturgo e escritor Ariano Suassuna, que trará ao evento a sua famosa aula-espetáculo.
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CULTURA | MIRO
Miro
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foto: Claudio Barreto
BONEQUEIRO
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CULTURA
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Quarenta anos de cultura e arte Por Bárbara Dourado
Bonequeiro desde os sete anos, Ermírio José da Silva, mais conhecido como Miro dos Bonecos, hoje com 47 anos, é um artista reconhecido em todo o país. Morador da cidade de Carpina, que fica a aproximadamente 60 quilômetros do Recife, foi criado em um sítio. O interesse pelos bonecos nasceu assim que se mudou para a cidade e deu de cara com o Mamulengo de Mestre Solon. “Eu cortei uns cabos de vassoura com uma faca, coloquei uns canos e fiz meus primeiros bonecos. Cada dia era um. No início não ficaram muito bem feitos, pareciam mais caricaturas”, contou Miro. Hoje em dia, ele considera que tem a mente mais aberta e o trabalho é mais bem feito. Com o tempo foi se aperfeiçoando na arte e agora é um sucesso. São usadas madeiras de diversos tipos, até mesmo algumas encontradas na rua. As roupas dos bonecos são feitas em chita, e os movimentos dos braços e pernas se dão a partir de cordas. Começando como uma brincadeira, o bonequeiro começou a expor sua arte na porta de casa e a vender as peças. Às vezes, trocava os brinquedos por algum outro objeto de valor. Miro começou a perceber que aquilo dava dinheiro quando um senhor levou os seus bonecos para a Fenearte. “Eu, a princípio fiquei sem querer deixar ele levar para o Recife, eu disse que só pagando. Mas aí acabei cedendo e ele veio no outro dia pegar mais, porque vendeu tudo”, explicou. O caso aconteceu há mais de 10 anos, tempo que ele participa da feira. Ermírio José, filho de agricultor, foi parar na França, em 2005, para mostrar sua arte. Foi o ano do Brasil no país. Junto com ele, vários outros artesãos levaram o material produzido aqui no estado, para a Europa. O pernambucano viajou não só para o exterior, mas também para vários outros estados brasileiros. Vencedor de diversos prêmios, Miro também recebeu um certificado de reconhecimento pela atuação em prol do desenvolvimento econômico e social do Estado. “Eu gosto muito da minha cidade, e não pretendo sair daqui. Vou vendendo meus bonecos e, com o dinheiro, compro mais material para criar outros. Mas o meu sonho é ter um espaço para a gente repassar essa arte para as crianças. Não só eu, mas todos os bonequeiros daqui”, lamenta o artista. Mesmo vivendo com o dinheiro da venda dos seus bonecos, o artesão tira recursos do próprio bolso para tentar disseminar a cultura entre os mais novos. Ele acredita que ainda falta muito incentivo para superação do problema.
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CULTURA | JOSÉ FAUSTINO
Pedra bruta se transforma em arte Por Bárbara Dourado
Pedras brutas de granito se transformam em obra de arte na mão de escultores no agreste pernambucano. O Parque Nilo Coelho de Esculturas Monumentais, localizado em Fazenda Nova, na cidade de Brejo da Madre de Deus por exemplo, possui 38 exemplares de imagens rústicas que representam santos e figuras populares nordestinas. Um dos artistas que se destaca entre tantos é José Faustino. Numa região onde as pedras são mais comuns que árvores, José Faustino transforma tudo em arte. Antes de tudo, a pedra é marcada e explodida, para depois tomar forma. São mais de mil peças produzidas que estão espalhadas por todo o país. Em 2011, o escultor esculpiu uma estátua gigante de Luiz Gonzaga, que fica localizada na cidade de Gravatá. Ela pesa cerca de 15 toneladas e tem seis metros de altura. Recentemente, o Parque das Esculturas, onde está concentrado um grande número de obras do escultor, foi um dos locais escolhidos para ser cenário do filme “A Palavra”, do cineasta Guilherme de Almeida Prado. A película conta a história de Elias, que no Antigo Testamento, foi um profeta que veio ao mundo para converter o povo samaritano. O Zé Cotó, como é conhecido, trabalha há 40 anos com as pedras. As esculturas que ele produz têm como maior objetivo preservar a memória pernambucana. Até os outros escultores, que trabalham com ele, são usados como modelo para a fabricação das peças. Além do material exposto no Parque, José Faustino também produz esculturas por encomenda.
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JOSÉ FAUSTINO foto: Claudio Barreto
ESCULTOR
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CULTURA | PAULO ANDRADE
Artistas Plasticos e seu legado nas ladeiras de Olinda
Artistas Plasticos e seu legado nas ladeiras de Olinda
Paulo Andrade é artista plástico e design de produtos. Natural do Cabo de Santo agostinho começou sua carreira como escultor de madeiras nas ladeiras de Olinda junto com seu irmão Ricardo Andrade (falecido). Dessa parceria resultou trabalhos de escultura em concreto que estão espalhadas Andrade é artista por diversos pontos da cidade de Recife, OlindaPaulo e Caruaru. Criados em plástico e design de produtos. Natural do Cabo de Santo agostinho Olinda os irmãos Ricardo e Paulo Andrade formaram uma escola informal de começou sua carreira como escultor defartamente madeiras nas ladeiras entalhadores cujos desenho e tecnicas transmitiram e de forma de Olinda junto com seu irmão Ricardo Andrade (falecido). Dessa parceria resultou trabalhos gratuita quando eram jovens e o faziam por diversão, vocação e missão. de escultura em concreto que Ricardo deixou um grande legado cultural, cujas obras estão em ambientesestão espalhadas por diversos pontosdesenvolve da cidadeprodutos de Recife, públicos e privados. Paulo Andrade atualmente paraOlinda e Caruaru. Criados em Olinda os irmãos Ricardo e Paulo exposição de materiais, produtos para filmagem, construção civil, além de Andrade formaram uma escola informal de entalhadores cujos desenho e tecnicas transmitiram esculturas em aço inoxidável e alumínio para prédios e decoração. fartamente e de forma gratuita quando eram jovens e o faziam por diversão, vocação e missão. Ricardo deixou um grande legado cultural, cujas obras estão em ambientes públicos e privados. Paulo Andrade atualmente desenvolve produtos para exposição de materiais, produtos para filmagem, construção civil, além de esculturas em aço inoxidável e alumínio para prédios e decoração.
Paulo Andrade
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MERCADO |ROBERTO NÓBREGA
Mercado de arte no Brasil
foto: Claudio Barreto
Paixão que vem se tornando um bom negócio
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profícuo mercado de arte no Brasil mostra um novo mundo voltado à apreciação cultural, incrementado por colecionadores, que hoje são os principais responsáveis pelo aquecimento deste setor. Os números chegam a US$ 30 bilhões ao ano no mundo e, de acordo com a agência Infomoney (maior portal financeiro independente do Brasil), o segmento pode movimentar até US$ 1 bilhão no país. E, por conta desta força, 10% dos colecionadores colocam o retorno financeiro em primeiro lugar na hora da compra de uma obra, de acordo com pesquisa realizada durante a TEFAF (Feira de arte de Maastricht). E isto tem contribuído para a ascensão de jovens artistas e para a consagração de renomados profissionais na cena artística há anos como Adriana Varejão (artista carioca que é um dos maiores nomes da arte contemporânea) e Vick Muniz (fotógrafo, desenhista, pintor e gravador brasileiro radicado
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Por Ivelise Buarque *
em Nova Iorque, que faz experimentos com novas mídias e materiais). Desta forma, este mercado tem atraído o interesse do empresariado brasileiro e, neste processo, estimulado o surgimento dos fundos de investimentos como o Brazil Golden Art e incrementado cada vez mais os negócios de galerias de arte brasileiras passam a ser referência de centro de investimentos para “fundo de capital futuro”. De acordo com estudo realizado pela Associação Brasileira de Arte Contemporânea (ABACT) e pelo projeto setorial de arte contemporânea da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), os negócios das galerias de arte brasileira cresceram 44% nos últimos dois anos, apresentando o melhor desempenho desde 2009 quando registrou um recorde de 38,5 milhões de dólares. Agora, os efeitos deste boom despontam com exportações de arte que chegam a mais de 60 milhões de dólares, o que
MERCADO
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Artista brasileiro, Getúlio, conhecido pelas obras de materiais reciclados, como embalagens de shampoo, tampas de amaciante e peças de madeira. Roberto Nóbrega
corresponde a cerca de 20% dos negócios das galerias. E a cosmopolita capital paulista representa em grande medida o cerne deste movimento brasileiro com a constante frequência de visitantes estrangeiros em feiras e leilões de arte. “A arte vem do belo, da representação de uma época. Hoje é a arte contemporânea. O Brasil, por exemplo, vem sendo respeitado lá fora. A arte brasileira está em alta. Temos a expectativa do leilão da carioca Beatriz Milhazes onde o quadro pode alcançar cerca de R$ 2 milhões de dólares”, diz Roberto Nóbrega, Marchand e colecionador. Eterno pesquisador e apaixonado pela cultura e produção artística (local, nacional e mundial), Nóbrega se encantou pela arte ainda criança, quando aos nove anos comprou seu primeiro quadro. Tornou-se nesta época frequentador assíduo de galerias e antiquários, sempre acompanhado da sua mãe Daura Nóbrega, também colecionadora. “Desde pequeno visitava e
comprava obras em ateliês. Sempre gostei. Tivemos a Palon Galeria de Arte que depois levou meu nome. Sempre acreditei nesse mercado como um investimento. Na minha opinião é o melhor investimento, porque você desfruta dele, tem o prazer de ter uma obra”, explicou Roberto. Comprador inveterado e vendedor de arte relutante, o especialista - que sempre está bem informado do que acontece no mercado de arte nacional e internacional - detém uma significativa coleção de obras adquiridas em visitas frequentes a exposições, feiras e museus pelo país. E hoje morando no Rio de Janeiro e Recife, divide esta sua paixão e sua aptidão profissional com sua esposa, a design de jóias, Lourdinha Oliveira, também amante da arte, e os três filhos, que já vêm construindo cuidadosamente seus pequenos acervos de arte, em virtude da relação familiar com a cultura artística. * Colaboração: Ana Luiza Melo
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Pernambuco em parceria com a China Em alguns setores da economia, estado se tornou porta de entrada de produtos chineses no Brasil por Nailanna Tenório
Maior economia da Ásia, PIB de maior crescimento do mundo, e mais de 70 bilhões de dólares investidos em vários pontos do globo. Esta é a China de hoje, a China que, atualmente, é o maior parceiro comercial do Brasil, e principalmente de Pernambuco. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a participação da China na pauta de importações brasileiras passou de 2,19% em 2000 para 8,7% em 2006. Nos últimos anos, este número tem aumentado, principalmente em Pernambuco, que tem fechado constantes parceriascom o país asiático. Recentemente o governo de Pernambuco firmou acordo para a abertura de um escritório de representação em Pequim. O anuncio foi feito após após conversa entre o governador Eduardo Campos e o embaixador do Brasil na China, Clodoaldo Hugueney, onde ficou acordada a criação de uma representação de Pernambuco na sede da Associação Brasileira de Promoção às Exportações e Investimentos (Apex - Brasil) que já existe na cidade. A administração será feita pela AD Diper e as operações devem começar até o final do mês de julho. Uma das parcerias vitoriosas entre Pernambuco e a China, foi fechada há cerca de um ano entre o empresário recifense Moacir Veloso, e a indústria de motos chinesas Tailg. Moacir trouxe para o Brasil, as famosas motocicletas elétricas “made in china” que já são um sucesso no Recife, não só porque o preço é acessível, mas também por não utilizar combustíveis fósseis, que poluem o meio ambiente. Pernambuco foi o primeiro estado do Brasil a receber o produto, que agora está em todas as regiões do país, através da pernambucana Ricaom
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Motos, representante exclusiva no Brasil da Tailg, sendo intitulada “Tailg do Brasil”. Segundo o empresário da Ricaom, Moacir Veloso, as vendas deste produto estão superando as expectativas. Somente neste semestre houve um aumento de vendas em torno de 50% a 60% em relação a 2011. ”Acredito que o sucesso do produto se deve a qualidade e economia. As motocicletas elétricas têm um apelo muito forte para a consciência ecológica. Percebo que quem compra gosta e faz a propaganda boca a boca. Muita gente vem aqui com a intenção de comprar porque já conhecem as motos e bicicletas”, explicou. Em relação custo e benefício, as motos e bicicletas da Tailg possuem uma vantagem, pois para a recarga da bateria deste produto fica em torno de R$0,59. Enquanto a gasolina chega a custar mais de R$2,50. A velocidade máxima da motocicleta chega a 35km / por hora e a bicicleta pode chegar até 45km. Cada carga da bateria chega a rodar aproximadamente 50km e podem ser recarregadas rapidamente de duas a seis horas. Além de Pernambuco, a industria chinesa Tailg já possui filiais nos estados da Paraíba, Sergipe, Goiás e Paraná. Outra industria chinesa que recentemente fechou parceira com PE foi a de caminhões Shacman, que terá fabrica no estado, na cidade de Caruaru. Segundo João Comelli, diretor de produto e sócio da empresa, serão investidos US$ 600 milhões para construir um parque industrial, com cinco unidades fabris até o fim de 2013. “O complexo produzirá motores e transmissões da marca Weihai e ainda caminhões e ônibus chineses, além de equipamentos para construção civil”, detalha.
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MERCADO
Container Ecology Store: Literalmente, uma caixinha de surpresas!
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Por Luíza Tiné
magine você andando pela rua e dando de cara com uma caixa imensa, de cor laranja, cheia de roupas, acessórios e sapatos legais. Esta situação, no entanto, é verdadeira em várias cidades do Brasil, como o Recife, onde estão espalhadas as unidades da Container Ecology Store, a única loja ecologicamente correta do país que funciona, realmente, dentro de um container gigante. A ideia para a criação do inusitado (e sustentável) empreendimento se deu através de uma viagem feita pelo empresário gaúcho André Krai para a China, que na cidade de Singapura comprou um tênis em um estabelecimento diferente, que tinha o formato de uma lata. A partir daí, surgiu então a vontade de criar algo parecido em terras tupiniquins. A primeira loja da Container foi aberta em 2008 em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul e desde então, virou integrante da Associação Brasileira de Franquias - ABF - o que possibilitou a abertura de várias filiais em todo o país. E foi dentro desta perspectiva de crescimento que, há cerca de um ano atrás, o administrador de empresas David Batista, até então gerente regional (ou gestor master) do grupo MC Têxtil, passou a fazer parte do time da Container como diretor de franquias no Brasil inteiro. “Quando fui chamado para encabeçar o projeto, achei tudo muito inusitado, mas por ser uma proposta diferente e muito bacana, aceitei” conta o empresário, que já atuava no ramo do varejo de moda há 12 anos - passando por conhecidas marcas como Hering, Ellus, Triton e Colcci. David coordena todo o trabalho de expansão das lojas, desde o planejamento, parcerias com as marcas, gestão comercial até a formatação das franquias, tudo isso, em um trabalho conjunto com quatro gestores fixos nas regiões Nordeste, Centro Oeste, Sul e Sudeste. Atualmente, a rede conta com 70 lojas fechadas e até outubro, mais 52 serão inauguradas. Dentro de um ano, em termos de negócios, o crescimento foi de 70%. E não é só no nome que a Container Ecology Store faz alusão à sustentabilidade. As lojas funcionam realmente dentro
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daquelas caixas enormes, por isso, é um projeto pioneiro e exclusivo no país. Containeres antigos, que tem de 20 a 40 anos de uso que iam virar sucata, são reaproveitados para dar vida ao estabelecimento que preza pela reciclagem. No se interior, as araras são feitas de corrimão de ônibus, os puffs são feitos de latões, todas as lâmpadas são de LED, o piso é totalmente original, o dec interno é feito de casca de arroz ou de madeira de reflorestamento. David conta que repaginar um container usado acaba saindo mais caro do que utilizar um novo, mas que essa não é a proposta que o grupo tem em mente. As grandes caixas vêm dos principais portos do Brasil, como o de Santos, Fortaleza, Rio Grande do Sul, Itajaí e Recife. Desde a abertura da primeira loja no Rio Grande do Sul, a aceitação do público vem sendo a melhor possível e o administrador comemora do sucesso. “A parte mais prazerosa do projeto é ver o consumidor deslumbrado com as lojas. Eles param em frente, querem entrar para conhecer, fazem
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A loja montada dentro de um grande container que poderia virar lixo prende a atenção dos consumidores por seu projeto inusitado e favorável ao meio-ambiente
foto: Claudio Barreto
perguntas, se interessam, é fantástico” comenta David. Ao todo, mais de 70 marcas nacionais e importadas são homologadas à Container, por isso, as pessoas podem encontrar uma intensa variedade de produtos. O público alvo é unissex e as peças são de agradar a todos os estilos, desde os mais baladeiros e descolados até os mais casuais. Para atender o pedido dos consumidores e pensando em agradá-los ainda mais, o nome da loja vai virar, de fato, uma marca no segundo semestre de 2013. Segundo David, não deixarão de ser um estabelecimento que trabalha com multimarcas, mas ainda assim, será criada uma linha de roupas masculina e feminina. “Esse é um desejo das pessoas. Elas pedem produtos com o nome Container, por isso vamos ter as nossas próprias criações autênticas e originais em breve” frisa o administrador. As crianças também serão contempladas com a expansão do empreendimento. Ainda em novembro deste ano, será inaugurada em São Paulo a Container Kids, com uma grife
infantil. A expectativa do grupo é de abrir uma franquia para os pequenos no Recife logo em seguida. Isso vai contribuir para que o nome se afirme ainda mais no Nordeste, que já conta com 8 lojas abertas. Até março de 2013, este número vai subir para 14. David Batista ainda conta que o projeto, genuínamente brasileiro, vai alçar vôos mais altos e aportar em terras europeias. “Nós já temos um franqueado master na Europa, por isso, vamos abrir uma loja em Barcelona ainda em 2012” conta o diretor. A ilha de Ibiza será o segundo lugar no exterior a receber a grande caixa laranja. Em se tratando de crescimento, os containeres, cada dia mais, não estão abrigando somente os estabelecimentos que comercializam roupas, sapatos e acessórios. Já existe em Novo Hamburgo uma temakeria e em breve, serão construídos hoteis em São Paulo e Recife. Tudo isso, dentro daqueles compartimentos gigantes, que por incrível que pareça, são desconhecidos por muita gente. Um projeto pioneiro, exclusivo, que preza pelo bem do meio-ambiente e promete cair nos gostos do público e crescer cada dia mais.
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MERCADO
Boi e Brasa: o sucesso continua O Boi Preto reformula sua marca e torna-se agora Boi e Brasa
Por Rafaela Queiroz
fotos: Claudio Barreto
Depois do sucesso no agreste do Estado com o Boi & Brasa, o empresário Cesar Ongaratto decidiu, há pouco mais de um mês, mudar a logo marca do seu Boi & Preto, para o Boi & Brasa Boa Viagem. O sucesso vem crescendo vertiginosamente, que no final deste mês de setembro, a zona norte do Recife, Caxangá, irá ganhar mais uma unidade do Boi & Brasa. Em Caruaru, a matriz do Boi & Brasa, vem dando o que falar, a casa tem uma rotatividade de mais 300 pessoas por dia. Com um atendimento diferenciado e um rodizio de alta qualidade. A casa já está na boca do povo Caruaruense que ao pensar em carne, se lembra logo do Boi & Brasa. Assim, o Boi & Brasa Caruaru, completou no inicio deste mês um ano de existência.
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MERCADO
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Cesar Ongaratto
Dando continuidade a esse sucesso, o empresário César Ongaratto não pensou duas vezes e trouxe a marca Boi & Brasa, para o seu Boi & Preto, de vista para o mar. A novidade fica por conta da nova unidade na zona norte do Recife, que tem inauguração prevista para o final deste setembro com capacidade para 600 pessoas. Com o perfil empreendedor e amor pelo que faz Ongaratto vem aos poucos dando sua ‘cara’ aos restaurantes, variando o Buffet, trazendo novos cortes de carnes, promovendo festivais, como o mais recente, festival de cordeiro no mês de agosto, fazendo assim com que a rede Boi & Brasa se destaque não só por ser uma churrascaria e sim uma rede de restaurantes completa, com opções para todos os gostos, espaço para criançada, bar com happy hour, uma adega diferenciada e realizações de eventos empresarias e particulares.
Mas as opções do Boi & Brasa não para por aí, se a pessoa quiser contratar o buffet e o rodizio para sua casa, ou empresa, chácara, granja ou fazenda é só agendar com o chef responsável por esse atendimento: Jorge Lima. Vale ressaltar que o Boi & Brasa Boa viagem, possui um espaço climatizado para eventos no seu primeiro andar, onde comporta mais de 400 pessoas confortavelmente. Lá se realiza vários tipos de eventos: casamentos, aniversários e workshop. E asssim, a rede Boi & Brasa celebra bons frutos após dedicação total de seu proprietário que deu uma nova vida à casa que apresenta buffet farto e vigoroso, com mais de 20 opções de saladas, pratos com frutos do mar, massas, comida japonesa, além das tradicionais carnes servidas com seus acompanhamentos. Além de passadores rápidos e solícitos, com um atendimento todo especial feito pelo dono da casa.
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GASTRONOMIA | Chef Giovanni Guedes
Hotel Dorisol Restaurante Acqua
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Beleza e sabor agregados em um só lugar Por Ana Luiza Melo
Com 23 anos de experiência nas artes culinárias, o chef Giovanni Guedes assina o novo cardápio do restaurante Acqua, do Hotel Dorisol. Com uma belíssima vista para o mar, é um ótimo lugar para café da manhã, almoço e jantar. Entre as opções, entradas frias, risotos e cremes. Além de frutos do mar, carnes, aves, sanduíches e pizzas. E ainda cozinha regional com o melhor da comida nordestina. Sem dúvida, o novo menu foi feito para agradar a todos os gostos. De acordo com Giovanni, a diversificação dos pratos oferecidos busca atender a todo tipo de cliente. “As pessoas do sul e sudeste costumam degustar a culinária local. Já os turistas internacionais, costumam pedir muito frutos do mar”, explica o chef. Para mostrar um pouco as novidades, a Terra Magazine traz uma das criações de Giovanni, que é o Badejo com crosta de coco e Risoto de camarão ao curry, que promete ser o carro chefe do restaurante. Para acompanhar, uma taça de vinho branco é uma boa pedida. O badejo é um peixe típico de costões rochosos e recifes de corais, facilmente encontrado no litoral pernambucano. E esta é uma das propostas de Giovanni, utilizar os ingredientes da terra com criatividade. Além de ser chef de cozinha executivo do hotel, ele também atua como supervisor de alimentos e bebidas, o que proporciona essa visão.
foto: Claudio Barreto
O restaurante Acqua é aberto tanto para hóspedes quanto para “au passant”, ou seja, para quem visita o local apenas para refeições. Também é possível contratar o serviço de buffet para eventos. O horário de funcionamento é de 06h às 10h para café da manhã, de 12h às 15h para almoço, a la carte ou Buffet, e das 18h às 23h, para jantar.
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PERSONALIDADE
Ana Karla Gomes: O retrato da mulher conte Por Amanda Moraes
Quem pensa que Ana Karla Gomes é apenas a primeiradama de Jaboatão dos Guararapes, engana-se redondamente. A jovem senhora é dona de uma caminhada cheia de personalidade e projetos guiados, exclusivamente, pela sua vontade própria. Ana Karla Duda de Carvalho Gomes nasceu em 15 de julho de 1980, é casada com o prefeito de Jaboatão, Elias Gomes, e trabalha como Assessora do Desembargador Nivaldo Mulatinho, da 3ª Câmara do Tribunal de Justiça. Formou-se em Direito, com especialização em Processo Civil pela Universidade Católica de Pernambuco e está fazendo Doutorado em Direito Penal, na Universidade de Buenos Aires, Argentina. Numa das suítes do Hotel Dorisol, em Piedade, Ana Karla recebeu a equipe da Revista Terra Magazine para o que seria uma entrevista exclusiva mas que, por sua simplicidade e simpatia, terminou transformando-se em um gostoso bate-papo, onde ela pode falar sobre seus projetos. Ana Karla é, claramente, o retrato da mulher moderna que, além de mulher, tem de excercer também muitas outras funções, como exercer sua profissão e dedicar-se à vida acadêmica, o que ela prioriza. Assim, sobra-lhe pouco tempo para as atividades que as primeiras-damas comuns se dedicam: “Eu não tenho um perfil assistencialista, e por ter uma vida profissional já estabelecida, não me inseri dentro da Assistência Social do município. Isso porque eu acredito que os profissionais que lá existem sejam bastante qualificados e estejam fazendo um bom trabalho”, disse ela. No entanto, Ana Karla abraça, carinhosamente, algumas causas, mas não atua diretamente nelas, a exemplo da Secretaria da Mulher, que desenvolve um trabalho do qual a primeira-dama gosta muito: “Sei o que se passa porque converso, troco informações, elas me mandam o processamento, mas tudo por curiosidade e apreço”. Porém, ao ser apresentada ao Projeto Bantu, desenvolvido em Brasília Teimosa pela historiadora e designer de jóias, Lourdinha Oliveira, Ana Karla Gomes não se conteve e quis participar, efetivamente, levando projeto para Jaboatão dos Guararapes com uma abrangência maior. O Projeto Bantu é um programa social, encabeçado por Lourdinha, a fim de capacitar jovens de escolas públicas, que tenham entre 15 e 25 anos, ensinando-os a a arte de criar e produzir jóias e acompanhando a inserção desses jovens no mercado de trabalho, o que vem mudando positivamente a vida dos moradores do bairro de Brasília Teimosa. Lourdinha Oliveira criou o projeto, estudou-o durante dois anos e viajou o Brasil pesquisando sobre projetos sociais. Ela desejava aliar sua especialidade, o design de jóias, ao sonho de capacitar jovens carentes.
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Conhecendo de perto a escola onde Lourdinha desenvolve o Projeto Bantu, Ana Karla contou ter gostado bastante do que viu: lugar limpo com adolescentes organizados. “O que me chamou a atenção foi a diferença entre os alunos de Lourdinha e os outros alunos da escola, em termos de educação. Então eu fiz esse questionamento e tomei conhecimento de que, além de formar joalheiros, Lourdinha também ensina etiqueta, comportamento e empreendedorismo e isso foi bem visível”, contou a primeira-dama. No projeto, cada aluno tem seu próprio instrumento de trabalho e, ao se formar, o jovem se desvincula de Lourdinha, podendo trilhar seu próprio caminho. “O aluno sai apto ao trabalho mas não estabelece o vínculo de trabalhar exclusivamente para ela, o que normalmente se vê em ONG’s não muito sérias, onde as pessoas usam o jovem para desenvolver a sua atividade. Quando vi a seriedade do trabalho, no plano prático, encantei-me e decidi trazer o projeto para Jaboatão”, disse ela. O projeto sofreu algumas modificações, pois, Jaboatão possui algumas peculiaridades. Então, segundo Ana Karla, a ideia passou bastante tempo sendo estudada pelo setor de projetos da prefeitura, quando foram feitas as adaptações necessárias para que o projeto se adequasse ao modelo da gestão. Em Jaboatão, os alunos, por exemplo, poderão ser estudantes de escolas estaduais ou municipais; e, além da Secretaria de Educação, serão integradas também a Secretaria do Trabalho e a Secretaria da Juventude, o que acarretará na promoção de outras atividades. Na seleção dos alunos, Lourdinha demarca bem: o projeto é voltado para jovens a partir dos 15 anos, que estejam de alguma maneira defasados na escola e não estejam no período de vestibular. Ana Karla destaca, inclusive, a importância de se detectar os jovens que estejam mais vulneráveis, inseridos em algum tipo de situação de risco. Serão 60 crianças, divididas em dois grupos de 30, que morem, de preferência, perto do local onde será implantado o projeto. Sobre o local, Ana Karla contou: “Realmente estávamos com bastante dificuldade quanto a isso, mas agora esta,os fazendo uma parceria com o Ária de Cecília Brennand. Se fôssemos seguir o modelo de Brasília Teimosa, seria dentro de uma escola. Mas, por questões ligadas ao próprio município, optamos por não fazer dessa forma. Então a orientação que recebemos foi a de procurarmos um outro local, que não fosse necessariamente uma escola, que pudesse receber o projeto”. Ainda estamos em fase de conversação, adequando o local ao projeto.
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Sobre mais projetos para o futuro próximo, a primeiradama contou que irá lançar no mês de outubro próximo, uma revista digital voltada para mulheres, mas não só para elas, disse. Será o Observatório Feminino. Segundo Ana Karla, uma revista bem diferente do que costumamos ver na Internet, pois fugirá um pouco do conceito teórico de revista eletrônica, e fugirá também do conceito teórico de blog. “Eu gosto de coisas inovadoras, então vamos fazer diferente”, disse ela. “É um projeto ousado, um blog em formato de revista digital, com notícias, matérias e artigos produzidos e publicados por mulheres dinâmicas, cujo objetivo é estabelecer um ponto de referência para quem busca conteúdo de qualidade na internet. Nela as pessoas irão encontrar colunas sobre saúde e beleza, moda, decoração, literatura e artes plásticas, gastronomia, turismo, comportamento social e etiqueta, cinema, música, decoração, publicações de experiências das leitoras, além de matérias especiais. Isso tudo sem excluir o público masculino. Preferimos chamar de revista digital porque no O. F., como chama carinhosamente sua revista, você vai encontrar notícias curtas e diárias mas também matérias mais densas e colunas, que pelo grau de complexidade, serão semanais. Difere de blog por isso.” A idéia da revista Observatório Feminino nasceu dentro do grupo Entre Amigas, onde Ana Karla costuma reunir mulheres que se destacam pelo que fazem, em campos profissionais diferentes, como juízas, artistas, arquitetas e empresárias. Essas mulheres, inclusive, eventualmente colaborarão escrevendo para a revista. “Estamos preparando matérias que serão voltadas para mulheres a partir dos 25 anos, independentes, inseridas no mercado de trabalho. É claro que isso é apenas uma definição de um público-alvo para a formatação de matérias, mas na rede, o O.F., será um sistema de informação global, com real possibilidade de crescimento contínuo no número de acesso dos internautas”, contou Ana. A primeira-dama adiantou que está preparando uma matéria muito especial, feita com muito carinho, sobre adoção: “É um assunto que interessa bastante às mulheres e, pelo que percebo hoje, aos homens também”. No Observatório Feminino haverá coluna sobre gastronomia que, segundo Ana, virá com outra roupagem, e onde se poderá ler sobre culinária e não se restringir, por exemplo, às habituais indicações de restaurantes. Além disso o leitor poderá encontrar na página dicas de viagem, literatura, artes plásticas e cinema, decoração, moda, etiqueta, decoração e muito mais. Ana Karla Gomes terá a sua coluna, entretanto, por não ser jornalista de formação e por ter grande parte de seu tempo tomado pelo jurídico, convidou uma jornalista, que será responsável por dar um tom jornalístico e profissional às matérias. Ana Karla Gomes se mostra uma mulher “de fibra”, inteligente e segura. A típica “nova mulher” que invade o nosso século, apta a resolver problemas práticos, sem perder a capacidade, tipicamente feminina, de estabelecer profundos vínculos emocionais com seus projetos. Sem dúvida, trata-se de alguém que prova, através do seu talento, que o fato de ser a primeira-dama de uma cidade é meramente um detalhe.
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CONCURSO MISS BRASIL 2012
Beleza pernambucana no Miss Brasil Por Bárbara Dourado
Loira, olhos claros, 20 anos, um metro e oitenta e 58 quilos. Essas são algumas das características da representante de Pernambuco na 58ª edição do Miss Brasil, que acontece no dia 29 de setembro. Paula Luck teve pouco tempo para se preparar para o Miss Pernambuco, mas garante que chegou ao apogeu da sua preparação e não vai decepcionar o estado no concurso que reúne as mulheres mais bonitas do Brasil. Durante três meses a jovem se preparou para o Miss Brasil. “Quando fui convidada para participar do Miss Pernambuco só tive 10 dias para me preparar. Mas nos últimos meses mantive o foco para conseguir chegar onde estou agora”, contou. Quem pensa que a vida de Miss é fácil, está enganado. Paula fez fonoaudiologia para melhorar a oratória, aprendeu a ter uma postura melhor além de perder oito quilos. “Procurei emagrecer da melhor forma que pude. Não parei de comer pizza nos fins de semana, por exemplo, mas sigo uma dieta balanceada”, explicou a Miss. Paula acorda todos os dias às seis da manhã e só dorme depois da meia noite. Ela divide o tempo entre as atividades sociais, musculação, cuidados com o corpo e a vida particular. Por causa da falta de tempo, a representante pernambucana precisou trancar a faculdade. Estudante de moda e jornalismo, ela pretende estar formada até os 24 anos. “Pra mim foi muito ruim trancar a faculdade, porque eu adoro estudar. Mas como meu tempo ficou bastante corrido, achei melhor trancar do que não dar conta de tudo e me prejudicar depois”. A Miss, que pretende ser jornalista na área de moda, não parou de estudar. Mesmo tendo trancado o curso procura ler bastante e estar sempre atualizada com o que acontece ao seu redor. Ela disse ainda que sempre que visita uma instituição procura orientar as crianças a estudar. Quando visitou a Casa de Acolhida de Crianças e Adolescentes, em Jaboatão dos Guararapes, Paula doou o computador que ganhou no concurso de miss Pernambuco. O local, que cuida de cerca de 20 crianças em situação de risco ainda não tinha o equipamento. Paula é uma garota tranquila, que não costuma ir para baladas. Como não bebe, é sempre a ‘amiga da vez’. “Eu não deixo de me divertir porque sou Miss. Saio para dançar normalmente, como qualquer outra garota. A única diferença é que agora tiram mais fotos minhas”, contou entre risos. A maioria das saídas dela são para eventos dos amigos, que ela sempre vai acompanhada do namorado. Isso mesmo rapazes, ela tem namorado e ele a apoia totalmente no concurso. Os pais e o irmão também não ficam de fora do time dos apoiadores. “Meus pais são bem corujas. Eles sempre estiveram do meu lado em tudo, e por isso são eles que eu procuro sempre que preciso conversar”, afirmou.
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Para quem pretende entrar para o mundos das misses, Paula dá as dicas. O primeiro passo é acreditar em si mesma. Ter foco, caráter, ser determinada e segura de si. “A beleza é importante, mas não é o principal. A menina tem que ser confiante e passar isso pro público e para os jurados. Além de tudo, precisa gostar e se dedicar às causas sociais”, disparou. Ser alta, saber desfilar, se cuidar e ter o corpo dentro do padrão pré definido também são requisitos importantes. Exigente foi a palavra utilizada por Paula para definir o mundo Miss, que ela só passou a conhecer depois de ganhar o concurso. A preparação foi e continua sendo um desafio para a jovem. Paula passou por vários tratamentos estéticos na Fisio Energia. A fisioterapeuta e acupunturista, Elba Cesário, fez na Miss a acupuntura estética, drenagem linfática, eletrolipólise, entre outros tratamentos. Ela hidrata o cabelo duas vezes por semana e toma água a cada uma hora, pois tem que se manter sempre hidratada. Os cuidados com a pele também são essenciais. O uso de protetor solar e hidratante é fundamental. A Miss Pernambuco também teve a orientação de uma baiana. Tendo uma das melhores passarelas do concurso Miss Brasil 2011, a segunda colocada, Gabriella Rocha, também ajudou a pernambucana dando dicas. “Ah, a Paula é uma forte candidata e ela já evoluiu bastante. Uma Miss tem que representar bem o estado, ter foco, ser determinada, e ela engloba todas essas características. A Paula não é só um rostinho bonito, tem muito conteúdo”, enfatizou. A jovem Miss acredita estar muito perto da coroa. Caso ela vença, esta será a primeira vez que uma pernambucana é coroada como Miss Brasil. “Eu estou bastante confiante. Me sinto extremamente orgulhosa e feliz de representar o estado e ter a oportunidade de trazer o título. Mas mesmo que eu não ganhe, acredito que qualquer uma das meninas que vencer o concurso vai representar o país muito bem no Miss Universo”, afirmou. Caso ganhe, ela pretende manter o rítimo e se preparar ainda mais para o concurso mundial. Independente do resultado, ela garante que vai manter o reinado e o apoio às causas sociais voltadas para crianças. Sobre o futuro, “o que a vida tiver para me oferecer e eu achar que vale à pena, vou encarar”, arrematou. O traje típico da pernambucana foi escolhido como homenagem ao centenário do Rei do Baião, Luiz Gonzaga. André Paiva desenhou a peça que vai ser utilizada na cidade de Fortaleza, no Ceará, onde o evento vai acontecer. Lá estarão misses escolhidas em todos os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal. A vencedora vai representar o Brasil no Miss Universo, que vai ser realizado em dezembro ainda deste ano.
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FISIO ENERGIA
Centro de Fisioterapia e Terapias Energéticas Ltda
A Fisio Energia é uma empresa referência em Fisioterapia e Acupuntura, fundada em 08 de março de 2004, tem como meta prioritária a qualidade, personalização em prestar o melhor atendimento, modernidade e diversidade nas técnicas de tratamento. Na Fisioterapia como: Técnicas Manipulativas (Quiropraxia, Osteopatia) Kinesiotaping e algumas da MTC - Medicina Tradicional Chinesa: Acupuntura, Moxaterapia, Guasha, Ventosaterapia, Massagem Chinesa, Do-In, Shiatsu, entre outras. A integração da Fisioterapia com a MTC, tem se mostrado bastante eficaz na prevenção, na reabilitação, na reintegração do paciente, em um menor espaço de tempo às suas AVD’s (Atividades da Vida Diária) e AVP’s (Atividades da Vida Profissional). A equipe é formada por profissionais altamente qualificados e com diversas especializações. As atualizações e aprimoramentos das técnicas utilizadas na Fisio Energia, acontecem através de treinamentos intercorrentes e a curto prazo. Convidamos você para visitar nossa página e conhecer um pouco o que a Fisio Energia pode lhe oferecer.
Av. Conselheiro Aguiar, 1555, Salas 13/14 Piso Inferior - Galeria Shop’ Show Boa Viagem - Recife - PE - CEP: 51110-020 (81) 3328-1616 | 9117-6112 fisioenergia@fisioenergia.com.br
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MODA | CHIARA GADALETA
A moda agora é ser sustentável! Chiara Gadaleta Por Ana Luiza Melo
A moda é uma das expressões culturais mais importantes da nossa sociedade. Através dela, podemos difundir novas tendências, disseminar informações e enviar mensagens para muita gente. A consultora de moda Chiara Gadaleta, que nasceu na Itália, estudou e trabalhou em Paris e mora em São Paulo há dez anos, acredita em tudo isso. E é para defender esses pensamentos que ela percorre o país em busca de novidades na área. Quer desvendar, em cada local visitado, uma moda diferente e, principalmente, sustentável.
manuais como produtos de luxo e de prestígio nacional. Juntas, elas organizaram oficinas no Instituto Bantu, nas quais foram escolhidos protótipos de peças que participaram do projeto. Assim, ela consegue diagnosticar a técnica artesanal de cada região e capacitar as pessoas envolvidas nesse processo também. Para Chiara, a sustentabilidade é algo que deve ser casado com a moda. “Existem quatro pilares dentro dessa sustentabilidade: o cultural, o ambiental, o econômico e o social. Eles são essenciais para o desenvolvimento e a valorização dessa nova moda.”, explica Chiara. “A moda pode ter um grande papel na sociedade. Associada a técnicas artesanais e que devem ser valorizadas para não se perderem”, acrescenta a consultora.
“A moda é uma das expressões culturais mais importantes da nossa sociedade”
Aqui no Recife, ela encontrou o Instituto Bantu. A iniciativa transforma materiais orgânicos em biojoias. As peças são desenhadas pela designer pernambucana Lourdinha Oliveira. São sementes, coco, buriti, fibras de coco e prata reciclada que se transformam em lindas joias. O trabalho tem cunho social. É feito com a ajuda de jovens entre 16 e 23 anos do bairro de Brasília Teimosa, na zona sul do Recife.
Chiara e Lourdinha se conheceram em 2010, durante o I Seminário de Moda do Ministério do Turismo, em Salvador. A partir daí, Chiara quis conhecer melhor o trabalho da designer e convidou-a para participar do Projeto Mix By Brasil, para ser exposto durante o INSPIRA MAIS, Salão de Design e Inovação de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos, que aconteceu nos dias 24, 25 e 26 de julho. Todo esse trabalho é realizado em conjunto com a Assintecal (Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos). Foi pensando em valorizar e integrar o trabalho dos artesãos ao mercado de moda, que a Assintecal com o apoio do SEBRAE atribuiu ao INSPIRAMAIS o Espaço Mix by Brasil, que é assinado por Chiara e pela equipe. O objetivo é criar e desenvolver protótipos utilizando técnicas como reciclagem e reaproveitamento de materiais. Além disso, exaltar os trabalhos
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Além de ter esse faro para a moda, Chiara também se envolveu com a escrita. Criou o movimento Ser Sustentável com Estilo, com o blog de mesmo nome. Lá ela compartilha as descobertas, dicas e novidades desse novo olhar sobre a moda. Outra atividade da criativa consultora é a apresentação de Web TV. Em suas viagens está produzindo vídeos que mostram as particularidades de cada região. Ao final das viagens, os vídeos, na forma de documentários, serão lançados no salão de design. Já passou por Birigui (SP), Americanópolis (SP), Paraisópolis (SP), Recife (PE), Braz Pires (MG), Mariana (MG) e Fortaleza (CE). Dessa maneira, Chiara segue na busca de pessoas e coisas inovadoras. Lembrando sempre do conceito de moda sustentável, com a cadeia de quatro pilares. Faça-se o registro de que a cidade do Recife possui uma forte representante desse movimento que é Lourdinha. E para nós, fica o exemplo de que é possível evoluir e acompanhar o desenvolvimento, sem perder as nossas origens e preservando a nossa cultura.
MODA TERRA MAGAZINE
Bantu Mulher
Chiara Gadaleta, Lourdinha Oliveira e Gustavo Silvestre
O
mais novo projeto do Instituto Bantu está voltado exclusivamente para mulheres, intitulado Projeto Bantu Mulher. Serão capacitadas as mulheres mães das crianças do projeto de música e dança do Área Social, as mulheres dos CAPS, Centro de Atenção Psicossocial, mantido pela prefeitura de Jaboatão dos Guararapes e do Centro de Referência da Mulher Maristela Just, espaço onde as mulheres vítimas de violência doméstica recebem o serviço de acolhimento da Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes. Serão criadas oficinas de moda e acessórios onde serão convidados designes de acessórios e estilistas que atuarão também como
voluntários. O projeto será mais uma ação do Instituto Bantu que é coordenado pela designer de jóias Lourdinha Oliveira, que atua no projeto Bantu que capacita jovens na comunidade de Brasília Teimosa. O Projeto Bantu Mulher, terá início em outubro 2012 em parceria com a Prefeitura de Jaboatão atuando como voluntária a primeira dama Ana Karla Gomes, também como parceira Cecília Brennand, que cedeu um espaço no Área Social, onde serão realizadas as oficinas
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MODA FITNESS | PRATA DA CASA
O cuidado com o corpo e a recuperação muscular Por Andréa Albuquerque
Na era contemporânea o cuidado com o corpo vem significando um verdadeiro projeto corporal. É possível observar isso pelas incontáveis práticas esportivas na busca por um ideal da forma. Cada vez mais o corpo vem assumindo papel de vaidade e prazer na vida das pessoas. A imagem da humanidade vem se refletindo na forma do corpo. As habilidades físicas estão cada vez mais presentes num verdadeiro trabalho mobilizado de moldagem. Para tanta perfeição e preservação da forma, os cuidados e atenções devem ser redobrados. A prática correta do exercício e o devido repouso muscular são elementos imprescindíveis que merecem ser respeitados. Assim, nas palavras do professor pós-graduado em Educação Física Felipe Almeida Coutinho sobre o assunto:
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O êxito no processo de treinamento físico depende, em grande parte, da boa administração dos estímulos empregados nas sessões de treinamento com períodos adequados de recuperação. Uma boa relação entre essas duas variáveis deve proporcionar ao organismo uma condição favorável a alterações fisiológicas, fundamentais ao processo adaptativo. As condições do aluno têm a ver com o nível de condicionamento físico em que este se encontra, bem como com as experiências motoras já vivenciadas. Quanto maiores forem suas reservas fisiológicas e motoras, mais rapidamente se tende a recuperar a atividade de um novo estímulo. O tempo de recuperação adequado para cada estímulo deve ser avaliado constantemente pelo professor e o aluno,
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MODA FITNESS | PRATA DA CASA analisando se as adaptações a cada nível de exigência foram satisfatórias ou não. A percepção subjetiva das condições físicas relatada pelo aluno, aliada à interpretação crítica do professor, constitui uma importante arma na determinação de um adequado tempo de recuperação pós-exercício, auxiliando na melhora do desempenho motor. A recuperação pós-exercício consiste em restaurar os sistemas do corpo desenvolvendo-os à sua condição basal, proporcionando equilíbrio e prevenindo a instalação de lesões. Nesse sentido, torna-se aspecto importante de todo programa de condicionamento físico, em quaisquer níveis de desempenho.
“
Ao falar sobre o cuidado com o corpo e a recuperação muscular, não se pode esquecer de que não existe ideal de beleza e nem de forma - são coisas variáveis no tempo e no espaço. O mais importante é que esse ideal seja o mais natural possível e o cuidado com a forma não ultrapasse o exagero e nunca prejudique a saúde da pessoa.
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AÇÃO SOCIAL
Bandeirantes: Projeto sustentável é filosofia de trabalho Por Renata Menezes
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m tempos de importantes discussões sobre questões ambientais, futuro das próximas gerações e economia sustentável, a Terra Magazine conta, para você leitor, um ‘case’ sobre como é possível aliar lucro comercial às iniciativas sociais. Na entrevista exclusiva à nossa equipe de reportagem, a empresária Marília Santos dá detalhes do projeto de sustentabilidade que realiza na Bandeirantes, empresa que pilota junto com seu irmão Marcelo Santos. Tudo começou quando a empresária fez um curso que chamou sua atenção. “O Ação Empresarial teve um importante papel para mim, pois despertou a vontade de fazer alguma coisa na área da sustentabilidade. Em 2009, quando houve uma oportunidade de fazermos uma peça piloto de uma sacola retornável, seguimos adiante fazendo outras peças”, relembra. Hoje, a empresa oferece cerca de 50 modelos de peças em lona, sendo os artigos para eventos, congressos, seminários e datas comemorativas o seu foco principal. Atuando no segmento publicitário há algumas décadas, Marília conta que muitos materiais acabam sobrando nos seus estoques, sobretudo lonas de campanhas; daí surgiu a ideia da reutilização. “As lonas que reaproveitamos correspondem a um insumo que seria descartado de alguma forma, então, descobrimos que transformando as mesmas em produtos teríamos melhores usos, além de retorno financeiro”, explica. “A Bandeirantes é pioneira com este projeto. Procuramos levar a ideia para congressos nacionais do segmento de forma que outras empresas possam fazer o mesmo. Hoje, sabemos que existem poucas ações do tipo, mas também conhecemos algumas empresas que estão se especializando em transformar resíduos da coleta seletiva de indústrias em produtos”, confessa. Localizada no entorno da empresa, a comunidade de Salgadinho é uma das beneficiadas pela iniciativa. Marília explica: “Quando temos pedidos maiores, contamos com o trabalho de outras comunidades parceiras para a produção
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Marília Santos
de bolsas, sacolas, aventais, estojos, porta lápis, pastas e frasqueiras. Um fato que merece destaque é que hoje temos pessoas trabalhando na empresa graças a essa iniciativa junto aos moradores. Temos o cuidado de direcionar as atenções da empresa para o nosso capital humano, gerando oportunidades em desenvolvimento e treinamento, como também em projetos motivacionais”. No mundo globalizado, quem se preocupa com as questões socioambientais, além das econômicas, é visto com outros olhos, inclusive, ganhando pontos na hora de fechar algum negócio, segundo Marília. “Do ponto de vista social, existe uma reação natural positiva das pessoas em saber que prestigiamos a comunidade e fazemos a inclusão social, muito embora, a empresa já tenha este papel de responsabilidade social junto aos seus funcionários. Do ponto de vista financeiro,
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como não temos pontos de vendas externos, os lucros não são muito significativos, e isso, muitas vezes, desestimula o investimento. Hoje, fazemos diversos brindes para os eventos e datas comemorativas das agências, agenciadores e clientes da Bandeirantes, o que já é uma demanda considerável. A própria empresa é uma grande parceira do trabalho”, conclui. Para dar continuidade ao projeto, a Bandeirantes mantém uma loja interna com os produtos fabricados para venda, tanto para os funcionários que além de adquirirem, também podem participar ativamente dando novas sugestões para os artigos, como para os visitantes, parceiros e clientes que circulam na empresa. Embora a iniciativa esteja dando certo, Marília pontua algumas dificuldades encontradas para levar adiante uma ação como esta: a necessidade de disponibilizar funcionários
para cuidar dos serviços e, naturalmente, isso demanda tempo e custo; além do mais, para dar conta de manter o projeto é preciso fazer investimentos e desembolsar recursos. Mas, apesar de qualquer coisa, a empresária aconselha e incentiva o empresariado a investir em projetos sociais e de sustentabilidade. “o valor que se agrega a uma empresa vai muito além do fator financeiro. A visibilidade e o respeito das pessoas vale muito, sobretudo nos tempos atuais. O meu conselho é que, se houver interesse, procure algum órgão que possa assessorar o caminho ideal. Pensar no meio ambiente, na inclusão social e na rede de relacionamentos é importante para se manter no exigente mercado competitivo, onde é preciso se fortalecer para manter-se com vida longa, em plena atividade”.
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ENTRETENIMENTO
VANESSA DA MATA / encantou o público em sua apresentação no Teatro Guararapes
Por Marco Aurelio II
A ganhadora do Grammy Latino e dona de uma das mais belas vozes da musica popular brasileira, Vanessa da Mata, confessou à nossa equipe de reportagem que o show do dia 18 de agosto de 2012, no Teatro Guararapes, foi apoteótico e de uma energia sem igual. A matogrossense trouxe ao Recife o espetáculo que já percorreu boa parte do nosso Brasil e até do exterior, como Irlanda e Portugal. De pés descalços, saia longa e flor nos cabelos, Vanessa não poderia entrar no palco, se não, por ela mesma. A música de abertura foi “Vermelho”, seguida de “Bicicletas, Bolos e outras alegrias”, que dá nome à turnê. Entre grandes, velhos e novos sucessos, a cantora demonstrou bastante intimidade com o publico ao falar das boas lembranças do carnaval de Olinda e Recife e até mesmo do bolo de rolo. Chegou inclusive a arrancar boas gargalhadas do publico ao contar uma piada com sotaque nordestino e uma
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passagem vivenciada com a cantora Nana Caymmi. Um dos pontos fortes do show foi a homenagem feita ao Rei do Baião, Luiz Gonzaga, interpretando “Pagode Russo” e “Olha pro céu”. Finalizando o show, cantou “Baú” e foi pega de surpresa quando, ao sair do palco, escutou a plateia em coro a cantar “Ai ai ai”, o que fez com que ela voltasse à cena e entoasse, junto ao publico, este sucesso que foi o marco do inicio de uma grande estrela. No camarim, Vanessa recebeu a todos carinhosamente. Ela revelou que antes de entrar em cena, gosta de ouvir renomados artistas, como Gal, Caetano e Maria Bethânia. Confessou com exclusividade que já volta ao Recife no começo do ano que vem para o lançamento do próximo disco que, ainda sem nome, já está sendo produzido. Antes, ela sobe aos palcos no final de setembro, com o show “Nova Brasil”, no Anhembi, em São Paulo.
Foto: Claudio Barreto
Vanessa, uma energia sem igual
TERRA MAGAZINE
Terra Social Por Gleyson Ramos
18ª edição da Terra Magazine A sociedade comemorou o lançamento da revista e o aniversário do empresário Marcelo Santos, na boate Iguana.
Foto: Claudio Barreto
Marcelo Santos e Claudio Barreto
Mônica Maciel e Jonas Lucena
Toni Marinho, José Neves e Augusto Coutinho
Gabriela Rocha, Miguel Braga e Luzielle Vasconcelos
Paulo Brol Filho e Izadora
Mário e Dina Gil Rodrigues
Claudio Barreto e Antonio Campos
Jayme Lielson e Cristina Salgues
Hugo Pordeus, Isabel Ribeiro e Halamo Cavalcanti
Carmo, Claudio e Bruno Barreto
Patrícia Fontes e Valéria Sombra
Tereza Coelho, Isabela e Sérgio Salles
André Carício e Thais Sulzbach
Fábio Trindade
Raul Henry e Luiza Nogueira
Silvia Furtado e Isnaldo Santos
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Mônica Sampaio e Xico Pontes
TERRA MAGAZINE
SOCIAL CASATUA
Casa Forte ganha nova referência no quesito presentes de luxo e decoração A Casatua se destaca por oferecer itens sofisticados e maior comodidade e praticidade na hora de presentear Melina Amorim, Lurdes Ferrão, Kátia Ferrão, Carolina Martins, Cecília Pinto Coelho e Ana Maria Pimenta
Basta um primeiro contato com o mercado de decoração para descobrir o quanto a modernidade já chegou a esse segmento. São novos produtos, materiais inteligentes e idéias que casam praticidade, conceitos culturais e ambientais, em uma infinidade de opções para atender diferentes necessidades. Atuando de forma discreta, esse segmento está conquistando um número cada vez maior de consumidores, movimentando bilhões de reais no Brasil. Produtos e serviços nesse ramo vêm ganhando espaço entre os clientes que estão em busca de decorar o apartamento novo, dar mais funcionalidade ao ambiente de trabalho e que precisam de um auxilio na hora de criar sua lista de casamento. Pensando nessa demanda de mercado, as empresárias Ana Maria Pimenta, Melina Amorim e Cecília Pinto Coelho inauguraram, em agosto, a mais nova referência em presentes de luxo e decoração em Casa Forte, a Casatua. São sofisticados produtos de casa como: faqueiros, vasos, louças, prataria, cristais, somando em torno de 33 marcas, entre elas Le Creuset e Riva. Recém- casadas, as sócias fizeram um estudo de mercado e notaram a deficiência desse segmento na zona Norte. A partir daí, resolveram investir em produtos para casa, decoração e lista de casamento.
Graça Brennand, Eduarda Petribú e Melina Amorim
Por Laylla Lyra Fotos | Gleyson Ramos
Projetada pela arquiteta Kátia Ferrão, o espaço, com 343 m², foi criado com um conceito diferenciado. O ambiente se destaca pela sua fachada dourada, fazendo referência a toda a modernidade e sofisticação da loja. Outro ponto forte da Casatua é o atendimento às noivas. Através de um sistema exclusivo de coleta de dados, é possível criar a lista de casamento num curto espaço de tempo. Além disso, também disponibilizam o “espaço noivas”, próprio para atender as futuras recém – casadas, através de um serviço personalizado. “Em um mercado tradicional como o de casamento, temos que apostar nos diferenciais para conquistar nossos clientes. A Casatua é um novo referencial para noivas e convidados que buscam itens sofisticados”, comenta Cecília Pinto Coelho.
Melina Amorim, Ana Maria Pimenta e Cecilia Pinto
Camila Arraes e Bruna Emery
Gustavo Pinto Coelho, Eduardo Pimenta, Bruno Amorim, Victor Cavalheira
Luiza Dias e Paula Guerra
Mayra Menezes, Rafaela Dias e Rafaela Santos
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Bruno Borba e Cecília Monteiro
Germana Carvalheira, Victor Carvalheira e Eduardo CarvalheiraAlmeida
SOCIAL ARTEFACTO
TERRA MAGAZINE
A vitrine inusitada de Leopoldo Peres
Laura Monteiro e Leopoldo Peres
Leopoldo Peres Por Laylla Lyra
O decorador Leopoldo Peres foi bastante prestigiado na noite do dia 26 de julho, na Artefacto Recife. Profissionais da arquitetura e decoração foram conferir a inauguração da vitrine da loja. No ambiente, ele inovou e exibiu sua nova inspiração: um quarto de casal, todo montado com produtos Artefacto. No espaço, as cores azul, branca e amarela predominaram, já que são destaques na nova coleção da loja. O espaço também se destacou por apresentar uma mistura do clássico com moderno, apresentando cadeiras revestidas com tapetes antigos e puffs. Esse é o novo formato de exposições da loja, o “Vitrines Assinadas”, que estão programadas para acontecer durante todo o ano de 2012. Circulou por lá grandes nomes locais como Marina Paiva, André Carício, Alexandre Mesquita, Amelinha Peixoto, Paulinho Sant’ana, Guilherme Eustachio, entre outros.
Verônica Machado, Leopoldo Peres, Patrícia Pessoa De Queiroz e Magnólia Maranhão
Leopoldo Peres e Marina Paiva
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