#5
Jul 2015 | Ed 05 momen.com.br
Selfiegrafia.com.br
S O T O F
s a s s e r p im via
g a t h s a h
s o t n e em ev s virtuais.
os momento l, captada d
A nostalgia do real, captada dos momentos virtuais. A nostalgia
do rea
S O T FO
Selfiegrafia.com.br
s a s s e impr
g a t h s via ha
s o t n e em ev
S O T O F
s a s s e r p im via
g a t h s a h
s o t n e em ev s virtuais.
do rea
os momento l, captada d
selfiegrafia.com.br A nostalgia
O canal do homem moderno
Viemos na toada colorida embalada pelo O Boticário, seguida por manifestações (positivas e negativas, é claro) virtuais. Logo depois, nossa timeline ficou menos azul do que nunca e as cores simbolizaram um mundo mais tolerante às diversidades. Meu perfil esteve bem 'divertido' e um lado muito interessante dessa história toda foi ver muitos amigos e artistas heterossexuais aderindo à ferramenta sugerida pelo inspirador Mark Zuckerberg (fundador do Face). É bem certo que, no passado, se você fosse visto lendo muitas de nossas matérias, seria taxado de 'frutinha', mas hoje estamos num mundo em que o homem, independente da sexualidade, procura se informar, se cuidar e que muitas vezes já trocou de papel com o antigo lugar destinado às Amélias (aquela que não tinha a menor vaidade – trecho de música composta por Mário Lago). Atualmente, não é porque o cara colocou sua foto com a marca d'água do arco-íris no Facebook que o sujeito é tido como gay, ele na verdade será visto como um homem bem resolvido e que não se importa com detalhes medievais. Foi pensando neste homem que resolvemos colocar tanta cor em uma revista intitulada como a 'revista do homem moderno'. Mas o lado triste da história existe, pois as estatísticas não mentem em relação aos transexuais de nosso país, não é mesmo? Outro acontecimento que não poderia deixar de citar foi o atentado racista que a
Editor Chefe Cadu M Ferreira Conteúdo e Revisão Leticia Flores
Colaboradores Fernando Aguzzoli Renan Vericondo
gabaritada e carismática Maria Júlia Coutinho teve na página do Jornal Nacional. Espero que o fato seja visto como um marco na internet brasileira e que os idiotas sejam punidos. O melhor é saber que os comentários maldosos foram uma minoria e que a linda Majú foi Top Trend no Twitter com a hashtag #SomosTodosMaju. “Os preconceituosos ladram, mas a Majuzinha passa”, disse ela. As cores de nossa capa simbolizam a hashtag que acompanhou o movimento do Facebook, #LoveWins, ou seja, O AMOR VENCE. Assim, desejamos mais amor na sua vida, no seu trabalho e aonde quer que você vá. No momento em que nos colocamos no lugar do próximo, temos mais compaixão e um mundo melhor. E neste mundo em que vivemos, onde o homem assiste à novela, pensa antes de colocar qualquer trapo para sair e pode até chorar, vale expressar mais amor, por favor.
Boa leitura.
Diagramação Cadu M Ferreira
Contato contato@momen.com.br
Artes vetoriais Freepik
www.momen.com.br
NESTA EDIÇÃO
O canal do homem moderno
NESTA EDIÇÃO CAPA
10 Heróis das cifras
12
Gisele Bündchen
16
SALVE, DETOX!
18 Casa Branca colorida 20
Tendências retrôs e uma pergunta: onde foi parar a família do futuro?
24 Lemann e seu lema: “crise não é motivo de desespero”.
26 32 DIFICULDADES FINANCEIRAS 34
Quem, eu no presídio?
MomenOficial
NESTA EDIÇÃO NESTA
EDIÇÃO
O canal do homem moderno
36o futebol brasileiro em decadência
38TV Globo 50 anos 40DE OLHO NA 'BOTICA' 42 CONTEÚDO TRANSPARENTE
45Compre agora e ano que vem
46 PAULO COELHO e os literatos:
uma relação de amor e ódio.
50CIRURGIA PLÁSTICA
o que avaliar antes de fazer.
54
MICHAEL JACKSON
56 PULSEIRISMO MomenOficial
A revista do homem moderno
DIRETOR GERAL
COLABORADORES
CADU M FERREIRA
FERNANDO AGUZZOLI
Foi sócio da PB Character Entretenimento, viajou alguns países como ator com o musical Lazy Town e é consultor financeiro da AD Produções. Gosta de bons vinhos, boas cervejas, viagens e comidas diferentes. Para ele, o equilíbrio da mente reflete-se na estética pessoal.
Comunicador por nascença, jornalista por acidente, aspirante a filósofo de formação, autor de um livro só, futuro escritor de outros títulos, intolerante a lactose, ciumento, chato, filho dos melhores pais, neto e pai da mais incrível avó desse mundo. Bem-vindo aos devaneios de um Peter Pan na Terra do Sempre, jovem adulto apaixonado por política, cinema, música... mas que recusa o fardo de um dia ter que
CONTEÚDO E REVISÃO LETÍCIA FLORES Redatora, professora e admiradora dos pequenos detalhes, acredita que uma pessoa interessante é aquela que se informa, se cuida e se sente bem consigo mesma. É apaixonada por literatura contemporânea, adora uma boa cerveja e é fascinada pela língua e cultura italianas.
RENAN VERICONDO
A tecnologia trouxe mudanças nas formas de agir e de pensar. O homem moderno está cada vez mais integrado ao contexto das novas concepções e a estética tem um papel fundamental para sua inserção nos âmbitos pessoal e profissional. O conceito de que cuidados com beleza e moda são restritos às mulheres não tem mais espaço na sociedade moderna, que busca um homem antenado às tendências e que exercite a criatividade a partir da sua realidade. Nós, do Momen, queremos auxiliar nossos leitores a aproveitar ao máximo os recursos que lhes estão disponíveis e a tomar decisões cruciais, do ponto de vista estético, em ocasiões importantes como festas, reuniões, entrevistas de trabalho entre tantos outros eventos, em que a aparência e a atitude podem fazer toda a diferença.
Consultor em Nutrição, Renan acredita que grandes mudanças ocorrem a partir de pequenas iniciativas, sendo o bem-estar reflexo do grau de autoconhecimento de cada indivíduo. Tem interesse em saúde, educação, cultura oriental, música, seriados e é fascinado pela teoria do caos.
por Letícia Flores
Heróis das cifras dos quadrinhos às telonas, o movimento promissor e lucrativo dos super heróis nos cinemas.
C
ampeões de bilheterias em todo o mundo, os super heróis saltaram dos quadrinhos para as telas de cinema sem data prevista para as deixarem. Muito pelo contrário, pelo menos até 2020 já é possível acessar estreias de novos longametragens cujo tema principal são as aventuras de um herói, encarnado sob uma roupa especial para controlar perfeitamente seus próprios poderes. A exemplo do impacto lucrativo que esse estilo de personagem e enredo têm provocado nos estúdios temos a tríade de Homem-Aranha 3 (2007), Batman – O Cavaleiro das Trevas (2008), Vingadores (2012) e Guardiões da Galáxia (2014) como implacadores de bilheterias até o ano passado (2014). Muitos atores, inclusive, em virtude do sucesso dos filmes interpretados, acabam sendo mais reconhecidos pelo herói representado do que por outros papéis talvez de maior ou igual importância. Isso porquê a magia dos poderes desses seres especiais, fadados a salvarem a humanidade de algum vilão perverso nos encanta desde à época em que eles só apareciam nos quadrinhos. Ao chegarem às telonas, eles revestem nosso imaginário de possibilidades, fazendo um uso extremamente eficaz dos efeitos especiais – sejam eles 3D ou não. Crianças, adultos, homens e mulheres correm para a fila dos cinemas a fim de ter uma experiência cinematográfica ainda melhor do que anterior, casada a um enredo que os motive a ficar ali sentadinhos nas confortáveis cadeiras das sessões por até 3 horas e meia!
Um desafio de (re)criação O desafio de roteiristas e diretores é, portanto, muito maior do que implementar efeitos diversos às cenas do filme. É preciso sempre ter a capacidade de inovar, adaptando os enredos dos quadrinhos ao cinema de maneira fidedigna, sem subestimar a capacidade cognitiva do espectador cuja expectativa é sempre ver algo mais incrível e especial. A Marvel Comics é um exemplo de linha e d i t o r i a l , pertencente à Walt Disney desde 2009 (quando a comprou por U$ 4 bi), que tem cumprido seu papel d e m a n e i r a extraordinária, juntamente aos e s t ú d i o s D i s n e y. Efeito da parceria de sucesso são filmes famosíssimos e de produções grandiosas como Iron Man, Thor, Capitão América, Hulk, Vingadores, Guardiões da Galáxia, entre outros. E, por ser uma linha editorial em primeiro plano, a Marvel consegue também produzir linhas de produtos que agradem tanto aos amantes dos antigos quadrinhos quanto aos novos admiradores Momen #05 Jul 2015
Heróis das cifras dos quadrinhos às telonas, o movimento promissor e lucrativo dos super heróis nos cinemas.
da era de super heróis do cinema. Mas Hollywood não sucumbiu apenas à Marvel. Muitos outros filmes têm se destacado em bilheterias e downloads pelo mundo todo, como os filmes Super Man, Batman e The Flash, da DC Comics, produzidos pelos estúdios Warner Bros. X-Men, Quarteto Fantástico e Spider Man também são grandes sucessos da Marvel que, na ocasião, foram produzidos não só pelos estúdios Disney, mas também pela Fox e Sony, antes de a empresa ter sido arrebatada pela 'produtora-pica-das-galáxias'. Um calendário recheado de estreias Com uma expectativa de cerca de 27 estreias com a temática de super heróis programada para até o ano de 2020, os estúdios e linhas editoriais contam também com o lucro vindo dos produtos comercializados em sites e lojas especializadas, como broches, camisetas, fantasias, relógios, miniaturas de super heróis, filmes em DVD, bolsas, mochilas e até mesmo calçados, como este tênis sensacional que a nossa redação recebeu de presente da Sugar Shoes/Marvel. Depois de “Os Vingadores – 2”, que estreou no Brasil em 30 de abril deste ano (2015), a próxima grande estreia virá no mês de férias das crianças, com um personagem nem tão conhecido quanto “O Homem de Ferro” ou o “Super Man”; é o “Homem Formiga”. Seus poderes se resumem a aumentar e diminuir de tamanho quando lhe é conveniente e promete levar muitos curiosos ao escurinho do cinema. Prova disso é que a própria Marvel já provou conseguir levar multidões às bilheterias com um nome desconhecido, como o que aconteceu com “Guardiões da
Galáxia”, que conquistou os espectadores com um enredo repleto de encantos e surpresas! Já para 2016, podemos esperar por mais surpresas inovadoras, como o controverso personagem “Deadpool”, da Marvel, que promete trazer um bocado de polêmica com um possível anti-herói do humor negro, e também com grandes sucessos comprovados nas telonas, como “X-Men: Apocalypse”, produzido pela Fox e “Capitão América – Guerra Civil”, também da Marvel. Qual foi o último filme de super herói que te levou às telonas? Conte pra gente como foi sua última experiência com esse tipo de enredo nos cinemas. Você curtiu pra valer ou saiu da sessão decepcionado? O que você espera de uma produção grandiosa da Disney, Fox ou Warner Bros? Você costuma usar produtos de linhas do seu super herói favorito? Compartilhe com a gente e acompanhe futuramente dicas de como “se vestir de super herói” no seu dia-a-dia sem parecer cafona!
por Letícia Flores
Gisele Bündchen 20 anos de uma história fascinante – dentro e fora das passarelas da moda!
D
epois de 20 anos de uma carreira batalhada com muito esforço, a top model brasileira Gisele Caroline Bündchen despediu-se das passarelas no dia 15 de abril de 2015, deixando muitos fãs e admiradores desolados. Isso porquê, no auge de seus 34 anos, Gisele conquistou não apenas uma fortuna admirável, mas também foi capaz de construir uma carreira sólida e sempre engajada em questões sociais. Modelo de personalidade marcante, ela arrastou os olhares do mundo inteiro para o seu próprio estilo de desfilar e encarar o público e as câmeras, além de se portar como uma personalidade que não abre a boca pra falar besteira. Uma carreira precoce Mas, apesar de parecer ter sido muito fácil, não foi do dia para a noite que a top alcançou títulos como a de modelo mais bonita do mundo (Revista Rolling Stones, 2000) e a mais bem paga (Revista Forbes, 2004 e 2010). Poderosa, linda e rica, ela saiu do noroeste do Rio Grande do Sul aos 14 anos para alçar seus primeiros vôos como profissional, tendo sido descoberta por olheiros de uma agência de modelos, enquanto fazia um desfile para debutantes da cidade de Horizontina (RS), onde nasceu. Descendente de alemães, Gisele herdou não só a beleza da raça, mas também a finesse que lhe cabe. É claro que não precisamos enfatizar que ela nunca precisou se escorar em ninguém famoso para conquistar o lugar que conquistou, mas vale lembrar das muitas manchetes e fofocas
que surgiram entre 2001 e 2005, época em que namorou o ator americano Leonardo Di Caprio, conhecido por inúmeras atuações brilhantes em filmes como “Titanic”(1997), “Pegue-me se for capaz” (2002), “O Foto: Getty Images Grande Gatsby” (2013), entre outros... Atualmente, ela é casada com o jogador Tom Brady, com quem tem um lindo filho chamado Benjamin e a mocinha Vivian, ambos nascido no final dos anos de 2009 e 2012, respectivamente.
“
UMA FORTUNA AVALIADA EM MAIS DE 150 MILHÕES DE DÓLARES
A mulher multitarefa, como muitas brasileiras por aí!
”
Além de mãe, modelo e atriz “nas horas vagas”, Gisele ainda tem forte atuação no ramo empresarial, fazendo circular sua fortuna avaliada em mais de 150 milhões de dólares (marca que a levou ao Guiness Book como a modelo mais rica do mundo, em 2007). Não bastassem todas as atividades desempenhadas pela profissional Momen #05 Jul 2015
ao longo desses 20 anos de carreira, a top dá total apoio a campanhas sociais como a “I am Africa” e já doou seu salário da edição do SPFW (São Paulo Fashion Week) 2003 ao programa “Fome Zero”, instaurado pelo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela também apoia causas em prol da Floresta Amazônica, revertendo o lucro da venda de suas sandálias “Ipanema Gisele Bündchen” a projetos como “Nascentes do Brasil” e “De olho nos manaciais”. Tantas ações em prol do ativismo social levaram seu nome à Embaixada da Boa Vontade, cuja responsabilidade foi concebida por ela em 2009 por meio de nomeação do “Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente”; foi eleita a “heroína nacional brasileira” em prol das causas ambientais e foi considerada uma das pessoas mais influentes no País pela Revista Época, também em 2009. (Uau! Parece que 2009 foi realmente 'O' ano top da top!).
Momen #05 Jul 2015
A caçula, Vivian provando os sapatos da mãe. Reprodução Facebook
Reprodução Instagram. Reprodução Instagram.
Família em primeiro lugar Apesar do furor nas redes sociais, sites informativos, jornais e revistas por causa do anúncio do seu afastamento das passarelas, Gisele deixou claro que a decisão foi tomada com muita responsabilidade e racionalidade com o objetivo de dedicar mais tempo da sua vida à família. Por isso, foi apoiada publicamente pela irmã e temos certeza de que o maridão, os filhos e os pais da moça ficaram muito contentes com a notícia! (Quem não quer mais tempo com a Embaixadora da Boa Vontade, hein?) Além disso, a top não descarta a possibilidade de fazer desfiles avulsos e até mesmo trabalhar em outras áreas. Uma mulher que começou a carreira tão cedo não ficaria longe do batente no auge dos seus 34 Foto: Getty Images anos, não é mesmo? Então, vamos ficar ligados às novidades na imprensa, pois provavelmente Gisele voltará com ótimos projetos sociais para dar brilho e orgulho aos olhos e corações brasileiros! Nós, do Momen, desejamos boa sorte nessa nova fase e que a escolha da modelo seja positiva não apenas para ela, mas para todos nós que também somos envolvidos pelas boas ações que ela proporcionou e continuará proporcionando para o Brasil e o mundo. Parabéns, Gisele. Você arrasa! A origem.
Momen #05 Jul 2015
www.mudeumavida.org.br 0300 789 8525
por Renan Vericondo
SALVE, DETOX! Medidas que vão muito além de um suco
A
tualmente é bem comum encontrarmos receitas, dietas, sucos e alimentos “Detox”. Diariamente aparecem diversas celebridades na TV, ou capa de revista, expondo suas belas silhuetas e exibindo um corpo de dar inveja para muitas pessoas, principalmente para o público feminino, fazendo propaganda da dieta da desintoxicação. Mas o que é o Dieta Detox? Realmente funciona? Continue lendo e confira a verdade por trás dessa dieta que virou moda.
O Detox é uma intervenção alimentar a curto prazo com o objetivo de eliminar toxinas do organismo, promovendo saúde, bem-estar e auxiliando na perda de peso. Esse tipo de dieta pode variar da ausência completa de ingestão de alimentos (jejum total) para ingestão apenas de líquidos ou modificação alimentar radical, e geralmente envolve uso de produtos laxativos, diuréticos, vitaminas, minerais e/ou “alimentos que fazem uma faxina no organismo”. Essa dieta virou mania para limpar o organismo. Com a promessa de eliminar desde os agrotóxicos dos vegetais até hormônios e antibióticos utilizados na produção de aves, esta estratégia dietética se resume em comer frutas, verduras e legumes na maior parte do tempo, e evitar proteína a n i m a l ( a p e n a s o v o) , l e i t e s e d e r i v a d o s , a l i m e n t o s ultraprocessados, corantes e aditivos alimentares, açúcar, farinha branca
refinada (sim, o glúten!), sal e temperos industrializados (como o glutamato monossódico daquele saquinho do pacote de miojo). Apesar do Detox ser bem difundido, o termo “toxina” apresenta-se mal definido. Na medicina convencional, toxina refere-se a álcool e drogas, e a desintoxicação corresponde ao processo de recuperação e retirada dessas substâncias do paciente dependente. No entanto, na medicina alternativa e no contexto comercial, Detox adquiriu um significado muito diferente. Aqui há o sentido de eliminar toxinas (que agora abrangem poluentes, substâncias químicas, metais pesados, agroquímicos, alimentos processados e outros produtos danosos na vida moderna) de um indivíduo saudável que alega estar “intoxicado” por produtos de seu próprio metabolismo, toxinas ambientais ou - e mais importante - pelo seu próprio estilo de vida não saudável. O termo Detox se tornou tão popular que parece que a maioria das pessoas conhecem apenas esta última versão. Uma Momen #05 Jul 2015
Salve, detox! Medidas que vão muito além de um suco
simples busca pelo Google, por exemplo, resulta em 70 milhões de resultados, a maioria com esta versão alternativa e com pesquisas relacionadas “suco detox”, “regime detox”, “dieta detox”, “detox suco verde”. Apesar do BOOM industrial do Detox, a característica mais comum é que ele não é embasado cientificamente, além raramente identificar quais toxinas específicas serão retiradas do organismo ou qual o mecanismo de eliminação. Então a pergunta que não quer calar: por que o Detox é tão popular? A resposta é simples: BIG BUSSINESS. Para iludir as pessoas, os princípios desta dieta parecem que fazem sentido, e em muitos de nós, o desejo de purificação é mais forte! O problema é que as pessoas compram essa ideia para poder compensar um final de semana cheio de fast-food.
de conservantes, sódio e gordura, essa mudança radical resulta em emagrecimento. Mas e depois, quando a dieta acabar? Será que ao adotarmos uma dieta Detox, estamos eliminando toxinas do organismo que realmente está intoxicado ou simplesmente equilibrando a alimentação decorrente de um estilo de vida não saudável? O Detox é por um período determinado, assim como todas as outras dietas da moda. Depois, é necessário entrar com uma (re)educação alimentar. Como não existe dieta mágica, a saída é fazer uso da autodisciplina. O Detox não deve ser feito para perder peso. O emagrecimento é consequência da mudança dos hábitos alimentares, e os resultados vão muito além dos números na balança. Este é mais um rótulo de dieta que traz consigo um dos lemas mais famosos do Templo de Delfos: “nada em excesso”. Equilíbrio é a palavra de ordem. Pense bem. Não faça dietas. Crie hábitos.
Mas vamos pensar com um pouco mais de cautela nisto tudo. Para um indivíduo que tem o hábito de comer ao menos duas pizzas grandes acompanhado de 1 litro de refrigerante por dia, e quase nenhuma fruta ou hortaliça, o Detox, além de reduzir drasticamente a ingestão calórica diária, ofertará nutrientes que seu organismo jamais tinha acesso. É esperado que apareça, então, o bem-estar, saúde e disposição. E realmente, para quem tem hábito de consumir produtos industrializados abarrotados
“
Mas e depois, quando a dieta acabar? Será que ao adotarmos uma dieta Detox, estamos eliminando toxinas do organismo que realmente está intoxicado ou simplesmente equilibrando a alimentação decorrente de um estilo de vida não saudável?
”
por Letícia Flores
Casa Branca colorida o que a legalização do casamento gay nos EUA diz sobre o brasileiro.
O
s arco-íris invadiram o mundo por meio de uma ferramenta disponibilizada pelo Facebook no dia 29 de junho de 2015, data em que o casamento gay foi legalizado nos Estados Unidos da América. A data tornou-se épica não só pelo ato em si, mas sobretudo pela repercussão colorida que alcançou as redes sociais não só dos nossos perfis pessoais como também de grandes empresas e órgãos brasileiros. Além da própria Casa Branca, que se viu colorida nesta sexta-feira de muita alegria, comemoração e orgulho gays, o já citado Facebook, Google e Twitter também entraram na onda do arco-íris. Aqui no Brasil, por exemplo, o MIS (Museu da Imagem e Som) [imagem ao lado], a Companhia das Letras, a Companhia Metropolitana de São Paulo e até o Palácio do Planalto adotaram o colorido em suas imagens das redes sociais. Atores, atrizes e também políticos brasileiros aderiram ao movimento
comemorativo que acabou surpreendendo em vários aspectos – positivos e negativos – já que houve quem concordasse, quem discordasse e quem não falasse nada sobre o assunto no meio virtual. Como toda boa polêmica, o assunto se estendeu às rodas de amigos e aos grupos do WhatsApp: “você viu as hostilidades que fulano compartilhou?”, “Fulana também mudou a foto, que legal”, “ah, eu não vou mudar a minha!”, “já mudou sua foto?” etc, etc, etc e tal. Mas, afinal de contas o quê tudo isso diz sobre nós, diante da legalização, das manifestações e da liberdade de expressão? O que sua foto colorida diz sobre você? Se você resolveu aderir à onda geral e passou pelo filtro colorido do Facebook, ninguém precisa perguntar: você é definitivamente a favor da legalização do casamento gay (não só nos EUA, mas como em qualquer lugar do mundo)! Você comemora por si ou pelos outros a conquista alcançada. Você acredita na
Momen #05 Jul 2015
Casa Branca colorida o que a legalização do casamento gay nos EUA diz sobre o brasileiro.
equidade dos direitos humanos e sabe que qualquer ser, independentemente de sua orientação sexual, cor, religião ou qualquer tipo de diferença (visível ou não) é merecedor do respeito de qualquer outro ser da sociedade. Você sabe que não existem motivos que justifiquem a violência, o crime, as ofensas ou qualquer outro ato que afete negativamente o outro. E o mais importante: você sabe que o seu umbigo não é o único que existe no mundo. Por outro lado, isso não significa que você seja gay e (me perdoem a reprodução de tamanha ignorância:) “tem que dar a bunda”. Isso também não significa que você acha tudo isso muito bonito até o seu filho ou sua filha admitirem sua homossexualidade (você e eu sabemos que o respeito ao outro inclui os familiares, né?). A escolha pelo filtro colorido só diz que você optou por mostrar ao mundo a sua opinião intrínseca; ou seja: se você não mudou sua foto de perfil, isso também não significa que você não apoie a causa, significa simplesmente que você não mudou sua foto do perfil! A única coisa que pode dizer algo a seu respeito são as barbaridades que porventura você compartilhe na sua timeline. Mas se você é desses, pode parar a leitura por aqui, pois você não é um leitor Momen.
Três exemplos de empresas e órgãos que adotaram a campanha #LoveWins
O que a adesão das empresas brasileiras diz sobre o Brasil? Ver as empresas brasileiras se posicionando em favor da legalização do casamento gay, mesmo que o fato não tenha acontecido aqui no Brasil, nos dá um misto de orgulho e satisfação com a esperança de termos dado mais um passo para alcançar uma sociedade mais tolerante, libertária e fraternal. A terra dos tupiniquins é muito grande e sofreu influência de diversas culturas, por isso é uma grande ilusão acreditarmos que temos uma massa populacional com a mente aberta. Mas estamos caminhando, certo? E ver as empresas e a imprensa tendo culhões para se posicionar frente a causas como esta mostra que, no mínimo, o departamento de criação e marketing de grandes corporações está sendo dirigido por cabeças
visionárias que entendem que a omissão, no caso das empresas, só as levará ao anonimato e esquecimento. “Ah, é tudo comercial isso daí!”. Olha, cara, pode até ser... mas vai dizer que não é bonito de se ver? Vai dizer que não influencia positivamente os cidadãos? Vai dizer que não coloca uma pulga atrás da orelha dos 'anti-boticarianos', por exemplo? É bonito, sim; influencia positivamente, sim; e coloca várias pulguinhas coloridas atrás da orelha, sim!
Há pote de ouro no fim desse arco-íris? O arco-íris acabou de nascer. Fisicamente, ele é apenas um fenômeno óptico e temporário, mas diante dos nossos olhos, ele veio para ficar e colorir mais do que as maravilhosas paradas GLS, ele veio para colorir as nossas vidas. Se haverá o pote de ouro no final deste arco colorido, como reza a lenda dos duendes, eu não sei. Mas, com certeza, a luta está longe de terminar e temos um longo caminho de manifestações, batalhas e comemorações para percorrer. Infelizmente, enquanto comemoramos uma vitória internacional, jovens homossexuais e transsexuais são brutalmente violentados e assassinados nas ruas das cidades mais populosas do País. Não podemos simplesmente fechar os olhos para a nossa realidade enquanto comemoramos uma das muitas vitórias que ainda estão por vir – e precisam vir o mais rápido possível! Não podemos aceitar a ignorância do outro que agora acha que todo gay será obrigado a se casar, por exemplo. Oi? É, meus amigos, faltar das aulas de interpretação de texto dá nisso! Ninguém entende mais nada nem se esforça para tal. O que nos resta é empreender força na luta pela liberdade de expressão do amor e acreditar verdadeiramente que, com pote ou sem pote de ouro no final do arco-íris, suas cores nunca mais deixarão de brilhar em nossas vidas! E tenho dito.
#LoveWins
#OamorVence Momen #05 Jul 2015
Tendências retrôs e uma pergunta: onde foi parar a família do futuro? por Letícia Flores
C
omo você imaginava o futuro há vinte anos? Bem, em 1960, os criadores do desenho “The Jetsons” já satirizavam muitas coisas as quais alguns de nós sonhávamos que hoje, em 2015, seriam reais. Deixemos os robôs, os carros flutuantes e as casas hiper tecnológicas de lado (até porquê tudo isso realmente existe para quem tem poder aquisitivo) e vamos a uma característica bem mais simples e palpável para nós, réles humanos: estilo, design, decoração e lifestyle. Onde foram parar os óculos de raio laser e as roupas simétricas que imaginávamos no futuro? Por que nem todas as casas são imbuídas daquela decoração toda clean e envidraçada? E, finalmente, de onde surgiu o desejo incontrolável pelo passado por meio do estilo vintage?
valorize a longa duração da TV preto e branco chiada, do radinho a pilhas e daquele sapato engraxado que seu pai guarda até hoje de recordação. Pois é, antes de comprar um novo sapato, as pessoas os engraxavam. Antes de trocar o chapéu ou comprar um novo paletó, levávamos à costureira para reformá-los. Os seus avós não têm dificuldade de trocar o primeiro celular ou a estante de madeira maciça da sala porque são menos inteligentes e espertos que você, mas sim porque eles têm o precioso valor da conservação. As coisas não eram feitas para durar pouco, para estragarem e serem descartadas (isso vale inclusive para os relacionamentos, hein?) – elas eram compradas depois de muita escolha com o objetivo de durar anos, décadas e transpassar gerações. Artista espanhol com a invenção de roupa em spray.
A moda também acompanha a tendência vintage.
Reprodução do filme Elysium
Reprodução Jetson
Vintage: é de comer? Quando esta definição começou a circular pela internet, eu não fazia ideia do que isso significava e fiz a ignorante pergunta que faço sempre quando não sei do que se trata algo: é de comer? No entanto, mesmo sem saber, eu já era uma das pessoas super apaixonadas pelos tons pastéis e degradês marrons que começaram a invadir casas, cenários, cortes de cabelo, sapatos, roupas, armações de óculos, enfim... uma onda anos 1960 que invadiu as nossas timelines e (felizmente) nossas vidas em pleno 2015. Para quem ainda está por fora, o vintage veio para dar vida ao retrô e permitir que você tire sua alma hippie, hippie chique, rock'n'roll ou pop do armário sem peso na consciência. O que antes era visto como velharia, hoje tem valor de tesouro em brechós e casas de antiguidade. Para se ter uma ideia, inventaram até um novo toca-discos (este tem até entrada USB, cara) para ouvirmos novamente aquelas músicas nostálgicas dos nossos anos de ouro (os meus são os 1990, mas vale para todos antes disso: 1980, 1970, 1960...) com a qualidade que só um bom vinil conservado sem nenhum risquinho pode proporcionar!
O poder desse valor vintage é tão poderoso, que hoje vemos tantos jovens amantes do retrô – uma geração que simplesmente disse “não” à 'família do futuro' e resolveu embarcar nessa nova (? rs) tendência que tem tudo pra ficar.
Ao lado, a robô Rosie, empregada doméstica da família Jetson. Abaixo, o humanóide Asimo, produzido pela Honda, faz tarefas domésticas.
Mas... por quê retroceder se precisamos evoluir? O sentido de evolução é muito peculiar, meu caro Watson. Se por um lado há pessoas que apostam na tecnologia massiva que nos invade e nos obriga a comprar e comprar e comprar anualmente aparelhos, equipamentos e até roupas cuja qualidade é já préestabelecida para durar menos e te instigar a fazer novas compras, por outro há quem ainda Momen #05 Jul 2015
por Letícia Flores
Tendências retrôs e uma pergunta: onde foi parar a família do futuro?
Ainda não sacou o quê é vintage ou já resolveu embarcar na onda e não sabe por onde começar? A internet pode te ajudar, brow. Além de e-commerces que estão bombando na rede com produtos vintage, você ainda pode procurar por brechós e aproveitar uma visita a São Paulo para vasculhar antiquários e lojas especializadas em retrô. Fique ligado, porque a tendência tem tudo para se tornar (se é que já não se tornou) um lifestyle válido para homens e mulheres e que além de nos deixar muito mais charmosos, permite que nos conectemos aos valores das gerações passadas, contribuindo para uma maior circulação de produtos de qualidade (já que eram feitos para durar mais) e para o meio ambiente! Só fique atento para não comprar nada estragado. Não é porque os produtos eram feitos para durar mais que os seus antigos donos levarão o prestígio – se não tiver boa conservação, estraga também. Além disso, já há fabricação de novos produtos com a carinha retrô, para aqueles que não curtem muito a ideia de usar produtos ou decorar sua casa com peças que já foram utilizadas por outras pessoas (energia pega, né gente?). Esperamos que você tenha gostado deste artigo e se tiver alguma observação, comentário, dúvida e até mesmo sugestão para acrescentarmos aqui, basta entrar em contato com a gente pelas nossas redes sociais!
A empresa Selfiegrafia realiza o serviço de foto impressa em eventos. O slogan da empresa é “A nostalgia do real, captada dos momentos virtuais”.
Momen #05 Jul 2015
por Letícia Flores
Lemann e seu lema: “crise não é motivo de desespero”. Conheça um pouco da história de recentes feitos do grande empresário Jorge Paulo Lemann, o homem mais rico do Brasil.
A
pai xonado por surf e tênis, nascido no início da 1ª Guerra Mundial, filho de pais suíços e estudante de uma escola estrangeira – coisa rara àquela época. Estas são características simples sobre a personalidade da qual iremos falar neste artigo, o grande e todo poderoso Jorge Paulo Lemann – o homem mais rico do Brasil. Apesar de ter perdido o pai aos 13 anos, Lemann contou com a força da personalidade da sua mãe que o ajudou muito em cada fase da sua vida, sendo sua maior influência. Já aos 17, ele estava em Harvard – um sonho para poucos – tocando o terror (por incrível que pareça) mas já colocando em prática muitas das coisas aprendidas no decorrer da sua vida, principalmente no esporte. Aos 21 ele era trainee de um banco suíço e ainda participou de (e venceu) vários campeonatos de tênis por lá. Mas ser um jovem apaixonado por tênis e pela praia do Arpoador, no Rio de Janeiro (RJ), onde se reunia com os amigos para surfar, bater papo e curtir a vida, não é nem o começo da história deste grande homem, que hoje arrasta uma plateia gigantesca de admiradores pelo mundo todo em função dos seus feitos, da sua preocupação constante e marcante com a qualidade da educação (em especial no Brasil, seu País do coração) e, é claro, por conta do seu jeito simples e humilde de falar de si mesmo e dos seus tantos projetos que sustentam a fortuna mais poderosa do País.
Vai-se o atleta, fica o empresário. Felizmente, Lemann desistiu do tênis como profissão e colocou a mão na massa dos negócios com o objetivo de se tornar quem é hoje: um dos homens mais influentes do mundo, que arrasta seguidores e admiradores por onde passa, com carisma e muita simplicidade! Uma das qualidades mais marcantes deste homem importantíssimo é, como já mencionamos, a humildade, por meio da qual ele conseguiu criar uma cultura empresarial baseada no respeito e na dedicação à educação de qualidade. Por conta do seu antigo sonho de poder, como ele mesmo diz “fazer a diferença na educação do país”, Lemann recentemente comprou o Colégio Bandeirantes, uma das escolas mais conceituadas da cidade de São Paulo (apesar de não ser um negócio comum no seu ramo de atuação, já que o empresário tem origens na área bancária, de investimentos e é dono da maior cervejaria do mundo, a AB InBev, responsável pelas marcas Stela Artois, Budweiser, Corona, Skol, entre muitas outras; e recente comandante da Heinz, fundida ao grupo brasileiro Kraft Food, com produtos como Lacta, Trident, Royal etc). No entanto, engana-se quem pensa que só de louros da vitória viveu o empresário. Em 1966, Lemann viu a primeira empresa na qual tinha participação societária, a Invesco, ir por água abaixo junto com seus 2% de ações. E sabe quantos anos ele tinha na época? 27! Com menos de 30 anos ele já vivia uma situação completamente assustadora que, segundo ele mesmo, ajudou-o muito a amadurecer como profissional.
Momen #05 Jul 2015
Lemann e seu lema: “crise não é motivo de desespero”. Lemann ajuda quem cedo madruga (a não ser que seu sobrenome também seja Lemann!) Isso porque o próprio acorda às 5h da manhã para ir trabalhar. Ele mesmo confessou o hábito em uma das muitas palestras ministradas em universidades e grandes corporações do país. Sua disposição para os negócios sempre foi visível, desde o tempo em que ele pulava cedo da cama apenas para ir surfar ou praticar seu esporte do coração (que pratica até hoje, inclusive): o tênis. Uma outra curiosidade sobre Lemann é que ele não apoia a “glamouralização” de nada. Prova disso é que ele demite qualquer um de seus executivos que comprem carros importados. Apesar de ter sangue estrangeiro e morar atualmente em Zurique, na Suíça, Lemann honra suas raízes brasileiras até o último fio de cabelo e é por isso que seus negócios sempre tendem a impulsionar a economia nacional de alguma maneira – direta ou indiretamente. Não bastasse tudo isso, ele ainda é publicamente contra todo e qualquer tipo de nepotismo. Na sua empresa não entram na cúpula de decisões e ações societárias nenhum de seus parentes. Os seus próprios filhos, Marcel e Beto, só podem atuar na Ambev como trainees. Além disso, se algum funcionário se casasse com outro dentro da empresa, um dos dois era obrigado a pedir demissão. E sabe o que é mais engraçado? Ao descobrir que sua fortuna havia “ultrapassado” a de Eike Batista na lista dos homens mais ricos do Brasil, Lemann comemorou... trabalhando! Segundo ele, nada há a comemorar, já que listas são apenas pedaços de papéis e, na prática, é preciso colocar a mão na massa todos os dias para não apenas sustentar um capital de giro gigantesco, mas principalmente garantir que seus colaboradores vivam em harmonia e felizes, e que seus projetos estejam sempre caminhando bem!
Lemann, uma inspiração para todos! Aos 75 anos, o empresário sonhador, meio-gringo, meiobrasileiro, certamente tem muita história para contar. E, claro, com todo o bom humor que lhe é cabível. Com uma Fan Page no Facebook seguida por mais de 46mil pessoas e o cabeça de tantos grupos, negócios, projetos e fundações, Lemann ainda tem muito a nos ensinar – não só por meio das palavras, mas pela sua própria história de vida, vivida com teimosia e contada por ele mesmo com uma tranquilidade imensurável. Hoje, Lemann é tema de inúmeras entrevistas e matérias de revistas conceituadas no ramo dos negócios, como a Forbes, a Examen, a InfoMoney; além de palestrar em diversos eventos voltados ao empreendedorismo e negócios, em empresas, corporações e universidades, no Brasil e no mundo. Ele também é considerado um dos melhores caça-talentos da área, já que é muito rigoroso na contratação de seus colaboradores e investe fortemente numa cultura baseada no compartilhamento de ideias e ações positivas e não na imposição de qualquer coisa. Selecionamos, aqui, algumas frases que ele semeou na sua trajetória, retiradas de uma palestra publicada pela Endeavor: “Formar gente boa é o melhor negócio” “Sonhar grande e sonhar pequeno dá o mesmo trabalho” “Crise não é motivo de desespero” “Cultura não se impõe, cria-se em conjunto” E aí? Concorda ou não? Já conhecia um pouco da trajetória desse fera? Teve a oportunidade de participar de alguma palestra ou conhecê-lo pessoalmente? Conta pra gente! E se tiver gostado do artigo, dê uma espiadinha nesta entrevista concedida para a organização “Na Prática” que serviu de inspiração para escrevermos sobre o 26º homem mais rico do mundo: bit.ly/MomenLemann
Lemann e a educação. Como já comentamos, Lemann recentemente adquiriu o Colégio Bandeirantes, em São Paulo, a fim de contribuir para um sonho muito particular e admirável de “fazer a diferença na educação brasileira”. Mas muito antes disso o empresário já mexe seus pauzinhos em prol de um dos bens mais sagrados que o ser humano pode adquirir: a educação e o conhecimento. Ele é patrocinador das fundações Lemann e Estudar, a primeira cujo objetivo é contribuir para que o país possa oferecer uma educação de qualidade para todos por meio de inúmeros projetos desenvolvidos anualmente pela fundação. Já a segunda visa criar projetos que permitam que estudantes brasileiros talentosos consigam bolsas de estudos em diversas universidades do Brasil, dos Estados Unidos, entre outros países.
Momen #05 Jul 2015
por Letícia Flores
da magia sem picadeiro ao sucesso de bilheterias que rende mais de 600 milhões de dólares ao ano!
V
endido recentemente a investidores americanos e chineses, o Cirque Du Soleil é uma das maiores e mais conhecidas companhias circenses, conhecida mundialmente pelo encantamento causado na plateia que tem a oportunidade de viver uma seção mágica do circo em seu país (ou até mesmo no exterior). Composto por artistas de várias partes do globo terrestre, o “circo do sol” tem suas bases fixadas no Quebec (onde foi fundado, em 1984), em Montreal e no Canadá, e corre pelas capitais do mundo todo levando suas apresentações brilhantemente maravilhosas para pessoas de diferentes nacionalidades e culturas, que se unem com um só objetivo: apreciar a arte circense!
Momen #05 Jul 2015
da magia sem picadeiro ao sucesso de bilheterias que rende mais de 600 milhões de dólares ao ano!
Do surgimento à expansão O motim para seu surgimento foi uma resposta dos dois artistas de rua Guy Laliberté e Daniel Gauthier à doação de US$ 1,5 milhão para que eles e Gilles Ste-Croix organizassem uma produção no ano de 1984, como parte das comemorações do 450º aniversário de Quebec, no Canadá. Laliberté denominou a sua criação de 'Le Grand Tour du Cirque du Soleil'. O trio apresentou-se em onze cidades do país, em uma turnê que durou pouco mais de três meses, sendo que sua primeira apresentação só pode acontecer por meio do empréstimo de uma tenda. Laliberté lidou com muito jogo de cintura com a insatisfação inicial dos artistas europeus em função da inexperiência do circo da cidade. Com US$ 60 mil no banco e muita coragem nos pulsos, Laliberté pediu ajuda ao governo canadense para fornecer fundos para um segundo ano de apresentação, que só cedeu ao pedido mediante a intervenção do premier de Quebec, René Lévesque. A partir de então, nasce um novo fazer artístico-circense, baseado na constante inovação de figurinos, trilhas sonoras, iluminação e enredos em cujas histórias entre uma apresentação e outra ficam interligadas. Com duas cabeças extremamente criativas e motivadoras pensando junto, não foi difícil ver a magia do Cirque de Soleil se expandir para todo o mundo. De 1990 a 2000, o Cirque saiu da marca de um show com 73 artistas para 15 espetáculos ocorridos simultaneamente, contando com uma equipe de mais de 4.000 funcionários, sendo estes mais de 1.300 artistas de 50 nacionalidades diferentes, que se comunicam por meio de 25 línguas diversas. O resultado disso, obviamente, é a adoração
tanto do público artista quanto do leigo pelos incríveis shows da companhia. Quanto ao resultado numérico? Bom, em cifras, podemos pensar em um lucro anual estimado em cerca de 600 milhões de dólares, promovido por um público de mais de 150 milhões de pessoas que já apreciaram seus shows contagiantes e encantadores! Não é à toa que, atualmente, o circo é classificado pela consultoria Interbrand como o 22º nome de maior impacto global, levando desde o seu surgimento até os dias de hoje, milhares de pessoas a se emocionarem com cada um de seus espetáculos. Bambi, Rose d'Or, Gemini e Emmy são apenas alguns dos prêmios mundiais que o enorme e organizado grupo conquistou nesses mais de 30 anos de sucesso! Da ajuda governamental nasce uma grande empresa! Apesar de ter tido seu impulsionamento financeiro graças às ajudas do governo canadense, o Cirque Du Soleil já não recebe
Foto divulgação. Espetáculo Totem
da magia sem picadeiro ao sucesso de bilheterias que rende mais de 600 milhões de dólares ao ano!
mais incentivos públicos e privados desde 1992. Tendo se expandido rapidamente na década de 1990, a companhia passou a andar com as próprias pernas depois de muitas dificuldades financeiras em função da falta de verba, principalmente em 1986, quando uma de suas apresentações em Toronto foi realizada com apenas 25% da capacidade de público esperado. No entanto, graças à árdua perseverança de Laliberté, que teve como braço direito diversos profissionais renomados da área artística, como o seu diretor artístico Guy Caron; o instrutor italiano Franco Dragone; e o incentivo privado do grupo francês Desjardins, instituição financeira sem fins lucrativos, que cobriu US$ 200.000 em Foto divulgação. Espetáculo Ovo cheques do circo no ano de suas maiores apreensões, bem como a ajuda do financista Daniel Lamarre. Além disso, o governo do Quebec foi imprescidível para a sobrevivência da companhia.
Foto divulgação. Espetáculo Zarkana
A magia curiosa do Cirque Du Soleil Quem já teve a oportunidade de assistir a um dos emocionantes e envolventes espetáculos do Cirque sabe que ele é composto por uma trilha sonora forte do início ao fim; bem como de uma mega produção artística desde a iluminação até a maquiagem e figurino dos artistas, que completam toda a “dança” com um show circenses sem picadeiro, cujo objetivo é aproximar o espectador das performances. Apreciar ao vivo e em cores a arte estonteante do “gran” Cirque é ficar de cara com uma 'chuva' de maravilhosos contorcionistas, malabaristas, palhaços e trapezistas que se comunicam por meio do dialeto da companhia nomeado “cirquish”, fazendo estremecer as pernas e acelerar o coração de qualquer um através da música ao vivo que embala o enredo das apresentações. Sob a influência do teatro mambembe, do rock, da ópera e do balé, o Cirque Du Soleil fincou raízes com seus espetáculos fixos em Las Vegas e Orlando e gira o mundo em busca de olhares sedentos pela sua arte miscigenada pelas muitas nacionalidades dos artistas que ali trabalham e vivem. Uma grande companhia de circo, uma fábrica de artistas talentosíssimos e uma empresa resistente e muito valiosa! O Cirque Du Soleil consegue reunir todas essas características e, vencendo as dificuldades iniciais, é hoje o maior nome de arte circense mundial! Nós, do Momen, somos espectadores ansiosos da arte do Cirque e admiramos imensamente sua trajetória e seu trabalho.
ARTE TEXTO: ARTHUR TORNELLI
ALEX D’ARC PRODUÇÕES No dia mais feliz da sua vida!
FOTO: MAYARA MENDES
P
ela manhã, um sol ainda mais brilhante. Depois de horas no telefone com quem não esteja ao lado, é hora de ir ao salão. Já vestida, o difícil é não chorar para manter a maquiagem intacta. O caminho até a igreja, encurtado pela ansiedade, tem cheiro de vida nova. Música ao fundo, daminha com flores e o grande amor à espera no altar. Com a benção dada, o esperado “ACEITO” vem seguido de um demorado beijo de novela. E então, o “Felizes para Sempre”. Fim...FIM?? Nem de longe seria. Acha mesmo que esse dia tão esperado acabaria assim tão rápido? Não, nada disso! Dentre os 365 dias que possa haver em um ano, que tal falar daquele inesquecível, sonhado e (re) sonhado tantas vezes e de inúmeras formas. Um dia pensado somente a dois, ou arquitetado com carinho por duas famílias. A data do trocar das alianças, unir de bagunças e da nova vida. E com o título de “O mais feliz da sua vida”, esse não poderia ser um dia qualquer, não é mesmo? Depois das lágrimas de felicidade na cerimonia religiosa, o que mais seria
FOTO: DEVALCIR MORENO
esperado para a hora da Festa? Muito Encanto e Sensibilidade! E para realizar a missão de transformar esse momento em pura poesia, essa é a Alex D’arc Produções, empresa de Entretenimento e Produções Artísticas. A empresa paulista atua em diversos estados e já transformou em realidade o sonho de muitos casais. “Como funciona esse trabalho?”, ”Em que momento do evento eles participariam?”, “Qual personagem escolho?”, “Tem entrada com os noivos?”, “Quanto tempo de performance?”. Fácil de explicar! O trabalho da AD Produções tem como objetivo dar continuidade ao ambiente de sensibilidade, poesia e lirismo encontrados na cerimonia religiosa, tornandose uma extensão deste momento. Então, ao chegarem à festa, seus convidados desfrutarão de diversas formas de expressão artística, seja por meio da dança, do canto, da expressão corporal ou das artes circenses. Sob uma estética diferenciada e refinada, a AD Produções oferece números artísticos com interação direta com o público (clowns noivos, clowns garçons,
FOTO: DEVALCIR MORENO
pernas-de-pau, skyrunner, casais de época, entre outros) ou oferece números artísticos com função contemplativa, em que o convidado poderá assistir e se encantar com a performance (casal anjo e bailarina, das vitrines contemporâneas, das vitrines vivas, dos acrobatas de solo, dos acrobatas aéreos, dos pirofagistas, dos seres místicos, dos cantores, entre outros). O trabalho tem duração média de duas horas e pode ser reestudada dependendo da estrutura de seu evento. E não é só isso. Podem, também, abrilhantar aquela tradicional entrada dos noivos. Isso mesmo. Seguida de uma coreografia realizada pelos artistas na pista de dança, essa é a “cereja do bolo” no evento e um presente nosso para todos os presentes. Depois de tanta emoção, depois da valsa e das homenagens, o que resta para marcar a festa é a diversão e muita alegria na pista de dança. “Mas tem como colocar performance nesse momento?”. Tem sim! Para dar aquela sacudida na galera e garantir a animação, seus Gogo Dancers, Gogo Clowns e Acrobatas Aéreos são opção certa para finalizar a noite com pés cansados e alma rejuvenescida! Pronto, agora é só aproveitar a lua-de-mel e esperar para se emocionar novamente quando o vídeo do casamento chegar. Até às bodas de papel!
FOTO: ESSÊNCIA FOTOGRAFIA E CINEMA
FOTOS: MAYARA MENDES
Alex D’arc Produções 17 3216.7935 | 17 9.9723.3772 | 11 9.6434.5440 contato@alexdarcproducoes.com.br www.alexdarcproducoes.com.br
FOTO: RUDI SILVA | MONTAGEM: HALINE ARANTES
por Letícia Flores
DIFICULDADES FINANCEIRAS Não sucumba às dificuldades financeiras! Mostre a 2015 que quem manda no seu bolso (e na sua mente) é você!
2015 está com tudo: um Brasil dividido entre bandeiras vermelhas e azuis, levantando seus motins e abaixando suas... carteiras! Isso porquê a crise mundial financeira chegou ao Brasil de maneira ferrenha, alcançando não só os impostos mais escondidos entre as pequenas taxas dos extratos do banco, mas também despesas diárias bem visíveis como o preço do combustível, a alta do dólar e a especulação sobre um possível arrocho salarial.
N
o entanto, apesar da grande bolha de apreensão que se foi criada diante de tantas notícias ingratas, como o aumento da conta de energia e a possibilidade de ficar sem água a qualquer momento, é preciso manter a calma, ajustar as velas e procurar a melhor direção para seguir viagem o mais tranquilamente possível – mesmo que a tempestade lá fora pareça forte. Nós não vamos ilustrar aqui nenhuma fórmula mágica para se livrar das dificuldades, apenas daremos alguns conselhos para não sucumbir a elas, convivendo de maneira pacífica com a atual situação financeira do país sem comprometer seu orçamento e muito menos sua família! E não é preciso ser nenhum consultor financeiro para fazer isso. 1 Evite viagens internacionais. Casou este ano e vai viajar para comemorar a lua de mel? A não ser que as passagens já estejam compradas e tudo já esteja muito bem programado dentro do seu orçamento e da(o) sua(seu) parceira(o), opte por viagens nacionais ou a países da América Latina que não exijam o câmbio do real para dólar. A dica parece óbvia, mas com a moeda norte americana a mais de R$ 3,00 fica bem difícil aproveitar bem uma viagem a passeio sem se preocupar com cada centavo que está sendo investido nele. Além do mais, o Brasil tem uma infinidade de l u g a r e s maravilhosos – desde aos que preferem o calor da praia quanto os que são mais dados ao frio da montanha – para curtir muito e tirar inúmeras fotografias de lembrança. Prestigiar a economia nacional em tempos de crise é ponto super positivo pra você, para o turismo e para o País.
2 Tome muito cuidado ao comprar produtos em ecommerces. Pelo mesmo motivo da dica anterior. Muitas pessoas costumam comprar em e-commerces internacionais e, animados com o valor supostamente baixo das ofertas, acabam adquirindo produtos no valor do dólar e na hora de fazer o câmbio: “vish! Danou-se!”. Então, procure as melhores ofertas e fique sempre atento a quantas anda o tal do dólar ao fazer qualquer tipo de compra internacional. Lembrando, ainda, que o molho pode sair mais caro do que o peixe quando você tiver de retirar uma mercadoria nos correios e dar de cara com a maravilhosa taxa da alfândega (uma surpresa nada agradável aos marinheiros de primeira viagem!). 3 Tenha apenas um cartão de crédito – ou não tenha. Masterplatinumouroblastersupermaravilhoso! São muitos os nomes, cores e vantagens para adquirirmos um novo cartão de crédito e sairmos por aí gastando seu limite sem medo de ser feliz, não é mesmo? No entanto, muitas também são as taxas, os impostos (principalmente dos cartões internacionais) e, o que é mais importante: de nada adianta termos limite no banco se não tivermos como quitar o débito quando a fatura chegar! Ter um único cartão de crédito ajuda bastante a controlar seus próprios gastos e a se focar no limite daquilo que você realmente pode gastar. Mesmo que você tenha mais de uma conta bancária, procure escolher aquela que lhe dá mais vantagens (menos prejuízos, na verdade) e tente sempre pagar a fatura completa – parcelar o que já foi parcelado Momen #05 Jul 2015
por Letícia Flores DIFICULDADES FINANCEIRAS Não sucumba às dificuldades financeiras! Mostre a 2015 que quem manda no seu bolso (e na sua mente) é você!
uma vez só vai lhe trazer mais e mais taxas e juros. E se você for bastante desapegado e controlado, corte seus cartões de crédito e compre apenas no débito e dinheiro. Pode parecer impossível em um mundo repleto de tentações em 10x sem juros, mas é muito viável e não te traz surpresas no início do mês. Eu, por exemplo, nem tenho o crédito liberado no meu cartão e nem por isso deixo de adquirir aquilo de que gosto! Tendo paciência, foco e equilíbrio financeiro é possível poupar o suficiente para comprar qualquer coisa que você quiser à vista.
7 Pesquise antes de abastecer. É fato que a gasolina está absurdamente cara, chegando à casa dos R$ 3,50 em muitas cidades do País. No entanto, procure fazer uma pesquisa pelas redondezas antes de entregar sua chave para o frentista e pedir para encher o tanque. Se o seu carro for flex, então, este é um ótimo momento para abastecer com álcool ao invés de gasolina.
4 Não gaste mais do que ganha! Óbvio, não? Mas ainda há milhares de pessoas que têm uma dificuldade imensa em evitar o uso do cheque especial e limite da conta bancária. Lembra-se de quando você não tinha nada disso e tinha de se virar com o que tinha no bolso? Pois, então, mude seu modelo mental de gastos e volte à estaca zero! Se for preciso, deixe de ir ao shopping e a qualquer outro lugar que te induza a comprar coisas e serviços os quais você sabe que
8 Pesquise muito bem antes de comprar qualquer coisa! Nem preciso dizer o porquê, né? Em tempos de crise, há muitas lojas fazendo liquidação para vender mais produtos a um preço mais atrativo. Invista um pouco do seu tempo em pesquisas pela internet e nunca compre nada por impulso (mesmo que a oferta pareça imperdível). Coloque na balança a importância da aquisição daquele produto e, se ele realmente for necessário, compre pelo melhor custo-benefício! Comprar o que é mais caro nunca significou levar o que é de mais qualidade, necessariamente. Então, livre-se das amarras das grifes e dos status e seja inteligente na hora de fazer suas compras.
5 Cozinhe/coma mais em casa. Um dos setores curiosamente bastante afetados na atual crise financeira é o de alimentos. Não é preciso estar no supermercado todos os dias para sentir a diferença do volume de produtos que hoje cabem no nosso carrinho. E se você for do tipo que come muito fora, piorou! Aquilo que já está mais caro nos mercados fica ainda mais salgado na mesa do bar ou restaurante e os 10% do garçom podem custar bem mais quando o voucher da conta chegar à ponta da mesa! Além disso, cozinhar e/ou comer mais em casa do que nos estabelecimentos pode proporcionar mais conforto, mais intimidade entre você e sua família, proporcionando momentos de alegria e proximidade entre você e as pessoas com quem você mora. Sem contar na economia do combustível para se deslocar da sua humilde residência até o restaurante, né?
9 Recicle! Hoje em dia, só não sabe separar o próprio lixo e fazer um descarte consciente quem não quer! É claro que o Brasil ainda carece de muita infraestrutura para dar conta da coleta seletiva dos nossos descartes, mas fazer a nossa parte no condomínio, na nossa empresa e até na escola dos nossos filhos é fundamental! Dar a desculpa de que o governo precisa agir para nos ajudar só faz com que a realidade de produtos sustentáveis e a do consumo consciente torne-se ainda mais longíquas. Então, pare de reclamar do Brasil e gritar aos quatro ventos que gostaria de morar na Suíça e comece a agir com a responsabilidade social com a qual a maioria dos suíços age!
não precisa.
6 Faça uma lista de compras antes de ir ao mercado. Aproveitando o assunto “comida”, vale também a dica de fazer uma lista de tudo aquilo que precisa antes de ir ao mercado e só abrir exceções para novos produtos caso a oferta seja realmente muito compensadora (e não tentadora!). Ir ao mercado sem fome também é aconselhável, já que quando estamos famintos temos a tendência de comprar mais do que realmente precisamos para aquele momento. Procure, ainda, fazer uma única compra mensal e congelar os alimentos perecíveis para serem consumidos aos poucos ao longo do mês. Idas frequentes ao supermercado são como idas frequentes ao shopping: quando vemos, enchemos o carrinho de novo e quem chora é o nosso bolso!
10 E, principalmente, tenha autocontrole! “Eu pre-ci-so disto!” é uma frase que parece inofensiva e engraçada, mas pode acarretar em consequências muito graves para o seu balanço financeiro mensal. Tenha autocontrole, gaste apenas aquilo que pode, compre apenas aquilo de que precisa, economize água e energia sempre que possível (porque além de gastar menos dinheiro você também contribui para o meioambiente) e separe sempre um valor mensal para investir na poupança. Tenha planejamento e esta crise de 2015 vai passar quaaaase despercebida pela sua carteira! Esperamos que nossas dicas sejam de grande valia para você! Como pode ver, não há nenhuma novidade por aqui, mas são esses pequenos detalhes que acabam nos levando ao aperto no final do mês sem que sequer percebamos. Vamos, então, não apenas ter consciência da crise financeira pela qual o País está passando, mas também plantar bons hábitos de consumo para que nossas riquezas naturais e matérias-primas não se esgotem antes de nossos netos (e, quiçá, nossos próprios filhos) nasçam.
Momen #05 Jul 2015
por Fernando Aguzzoli
Quem, eu no presídio? T
udo começou no início do ano quando uma menina entrou em contato comigo falando sobre o livro "Quem, eu?". No e-mail ela relatava o quanto a história havia tocado suas emoções e falava um pouco de si e de suas próprias experiências. A Daiani é aluna de psicologia de uma cidade no interior do Espírito Santo, e me contou que era voluntária em uma penitenciária. Na época eu havia recém visto um filme em que uma professora resolvera mudar a vida de sua turma em uma colégio na periferia norte-americana - pelo menos no filme aquele lugar parecia assustar mais do que um presídio. O nome do filme é "Escritores da Liberdade". Me chamou atenção a quão obstinada ela era, mesmo recebendo em troca o desinteresse de seus alunos e virando a chacota entre professores. No entanto ela atinge muito mais do que seu objetivo inicial. De uma turma cheia de preconceitos raciais, drogas e criminalidade ela extraiu uma família unida! A professora Erin propõe a escrita de suas próprias histórias - todas muito dramáticas - e transforma suas vidas...inclusive a dela própria. Foi aí que tive uma ideia: que tal ir até o presídio e falar sobre nossa história? De cara enviei uma resposta falando sobre minha ideia, e o retorno foi muito positivo. No mês seguinte quarenta livros "Quem, eu?" chegavam ao presídio para as alas feminina e masculina, e no mês seguinte eu chegaria pessoalmente para um bate-papo. Mas aí me defrontei com outras muitas questões: eles querem mesmo ouvir sobre a história de uma velhinha com Alzheimer? Querem saber o que é Alzheimer? O que eles entendem de bom humor ou afetividade? Mal sabia que o pré-conceito estava entranhado em mim, que sem nunca ter entrada em uma cadeia já tinha um arquétipo negativo construído... É claro que não temos uma boa imagem de presídios, sabemos das rebeliões, assassinatos, estupros...comecei a ficar inseguro com a proposta que havia feito. Não tinha mais certeza se realmente gostaria de estar em um lugar destes. Comecei a importunar a Daiani com questionamentos do tipo: quantos guardas? é seguro mesmo? quantos detentos e como será o espaço da palestra? A resposta dela foi de dois guardas para QUARENTA detentos em uma sala. Logo pensei: TO FORA! Se der rebelião eu fico do lado mais forte, brinquei, imobilizo o policial e grito: EU TO COM VOCÊS GALERA! UHUL! E foi com esse clima de insegurança que entrei no avião e viajei por 4 horas
até capital Vitória e mais 3h30min de carro até a cidade de São Mateus. Durante a noite tudo me passou pela cabeça: vão rir de mim é óbvio, sei lá quantos lá dentro mataram suas avós ou a do vizinho...pensamento idiota! No dia seguinte entramos em uma estrada de chão batido e lá no fundo estavam grandes paredões com cães de guarda correndo em volta e muitas telas e câmeras. Tremi na base com todo aquele clima. Depois de falar com o diretor da penitenciária e saber que ele entraria junto comigo fiquei mais tranquilo. Fiz o cadastro, passei pela revista com detectores e soube que a palestra na ala masculina havia sido cancelada, só falaríamos com as mulheres. Passei pelos diversos portões e grades e cheguei até uma sala onde estavam pelo menos 30 detentas sentadas me aguardando. Momen #05 Jul 2015
Quem, eu Na mesa alguns livros dispostos ao lado de vasos de flores e tudo muito delicado na medida do possível. Comecei a falar observando cada um dos rostos uniformizados e sérios sentados a minha frente, imaginando suas próprias histórias, afinal de contas, o que as havia colocado ali? Sem qualquer guarda visivelmente armado segui minha fala ainda apreensivo. Falei, falei e falei. Enquanto isso via sorrisos, algumas lágrimas tímidas e, pra minha surpresa, muito interesse. Quando perguntei quantas haviam lido o livro me surpreendi, não tiveram a leitura imposta por professores, como em uma escola fundamental, mas optaram por lê-lo. Uma por uma foram falando sobre o que na história chamou atenção delas. Algumas frases que gostaria de compartilhar: «Minha mãe também está doente, depois de ler teu livro tudo o que quero é sair logo daqui para cuidar dela.» «Eu amo muito minha avó, ela está la fora me esperando.» "A vovó Nilva é um pouco minha avó, já amo ela!» "Teu livro me deu esperança...» «Quero ter uma família assim um dia.» «Todos esquecem de nós lá fora, você lembrou!» Dentre outras muitas que ouvi. Enquanto eu falava elas me interrompiam: lembra aquela vez que tua avó fez tal coisa? Eu ri muito nessa parte do livro! Quando uma detenta me perguntou o dia em que minha avó morreu a colega dela se atravessou e disse: DIA 19 DE DEZEMBRO DE 2013! Antes que eu abrisse a boca, sorrindo e me mandando um coração de volta. Depois disso cantaram três músicas que haviam preparado para
no presídio?
mim e fiquei surpreso com os talentos que haviam sido esquecidos lá dentro. Esperava hostilidade e fui tomado por carinho. Esperava por agressões e levei uma surra de sorrisos. Esperava atitudes arrogantes mas vi simplicidade e vulnerabilidade. Esperava desinteresse e só vi sede por cada palavra. Esperava ódio e vi redenção. Acreditavam que minha avó estava em um lugar bom, disseram rezar por ela e me encheram de atitudes que não esperava. Entrei lá curioso para saber os motivos pelos quais haviam sido presas, e saí sem ligar para as diferenças da razão, me apegando apenas às semelhanças da emoção! Não interessa o motivo. Terminei a palestra entre abraços carinhosos - eu havia dito para o diretor que não queria contato físico, mas não resisti! - muitos sorrisos e promessas. Então disse a elas: "Eu errei muitas vezes com minha avó, sei que vocês erraram lá fora também, do contrário não estariam aqui dentro. Ninguém é capaz de medir que erro foi maior ou mais importante, o meu ou o de vocês. Erro é erro! O importante é que aproveitei a lacuna na memória de minha avó e busquei acertar no dia seguinte. Essa é a chance de vocês!» Saí de lá com as energias renovadas, com um medo desconstruído e com outra visão sobre um mundo que não conhecia, mas que julgava como íntimo. Tenho orgulho das trinta novas integrantes da família "Quem, eu?" da penitenciária regional de São Mateus. Obrigado pelo carinho e paciência, e obrigado vó por me proporcionar mais essa grande experiência.
Momen #05 Jul 2015
por Letícia Flores
o futebol brasileiro
em decadência:
será que ainda temos solução?
I
nspirados nos anos de ouro do futebol brasileiro, centenas de jovens atletas tinham como sonho de infância tornarem-se jogadores de futebol. Hoje, no entanto, vemos um cenário um pouco diferente, em que outros esportes vêm tomando conta da cena esportiva no Brasil, como o tênis – que teve seu auge principalmente na década de 2000, com revelações como Guga Kuerten e Fernando Meligeni – e o surf, que vive seu auge atualmente com o título de campeão mundial conquistado pelo jovem brasileiro Gabriel Medina. Mas, se por um lado essa mudança de foco pode ser muito vantajosa não só para esportes individuais, como também para o vôlei, o basquete e os tantos esportes olímpicos pelos quais muitos atletas brilhantes se dedicam no nosso País, fica uma pergunta no ar: em que momento da história deixamos de ser o país do futebol? Fizemos uma pesquisa rápida para levantar alguns pontos que podem ser relevantes para esta discussão. A corrupção “O futebol brasileiro já foi um império, com muralhas erguidas por grandes jogadores ao longo de décadas. Éramos a nação do futebol, não porque o marketing ditava isso, simplesmente porque a paixão por este esporte brotava em cada esquina.” – essas palavras, escritas pelo ex-jogador Romário (o camisa
10 da seleção de 1994) em uma de suas páginas oficiais nas redes sociais, expressam a indignação de um atleta que assistiu e viveu o auge e o declínio do esporte no Brasil. É sabido que o futebol é um dos esportes mais lucrativos, principalmente por ser um dos mais populares e cuja população dedica mais sua paixão. No entanto, ações de marketing, empresários e contratos têm ditado as regras dentro e fora de campo, e, ao invés de fomentar a descoberta de novos talentos e focar nas ações esportivas dentro de campo, o lucro tem falado mais alto e temos, cada vez mais, sustentado um mercado de estrelas futebolísticas cujo objetivo é fazer carreira no Brasil e 'pular fora' o mais rápido possível – diga-se de passagem, assim que um clube europeu fizer sua primeira oferta. É possível que o fator “corrupção” seja o maior responsável pela atual situação do futebol brasileiro e, consequentemente, o mais triste. O imediatismo Por conta do fato de os jogadores recém-contratados terem como objetivo 'profissional' ascender em um clube internacional, acabamos ficando sem foco no trabalho a longo prazo e, em consequência disso, a torcida logo “emburra” quando o seu time cai para a segunda divisão de algum campeonato ou passa por alguma dificuldade – seja financeira, seja esportiva. Como resultado, ao invés de torcedores natos, que choram junto ao clube e emanam energias positivas em qualquer ocasião: na alegria e na dor, temos uma torcida raivosa, imediatista e descontente, que muitas vezes vai aos jogos com a intenção de prejudicar o time oposto, denegrindo estádios, patrimônios e até promovendo verdadeiras guerras entre torcidas. Momen #05 Jul 2015
o futebol brasileiro
em decadência:
será que ainda temos solução?
As estrelas O repatriamento de jogadores tidos como estrelas de outrora bem como a supervalorização de atletas e treinadores têm sido motivos para vários questionamentos no futebol. Na esperança de reerguer alguns clubes, muitas vezes afundados em dívidas, a equipe de marketing e, principalmente os empresários, mancomunados com a CBF, veem no brilho dos nomes das estrelas uma solução imediata para a fase ruim do time. O problema é o que acabamos vendo – com bastante insatisfação – na fatídica atuação da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2014: um time formado por muitas estrelas que, juntas, não formam um time. Estrelas que, acabado o campeonato mundial, tiram suas camisas verde amarelas sem nenhuma paixão, jogam no fundo do cesto de roupas sujas e colocam a mala no avião para voltar às suas rotinas europeias. O futebol trouxe uma possibilidade tão tentadora de oferecer o glamour que muitos não alcançariam sem o esporte que, no final das contas, a paixão ficou literalmente de lado. O descontentamento geral Não é de hoje que observamos brasileiros descontentes com o papel do futebol no nosso País. Esse questionamento remonta outras Copas e outros campeonatos – não é recente. No entanto, ver declarações abertas e indignadas como a de Romário, um eterno ídolo do nosso futebol, é, de fato, uma situação que coloca em cheque também a nossa posição como torcedores: agora, além de servir como política de Pão e Circo pelos governantes, o futebol tem sido ferramenta de desvio de milhões de reais, sonegação de impostos e acúmulo de riquezas. Tendo a CBF “vendido” a seleção brasileira como expõe a matéria.
muitas prorrogações que nos fazem acreditar em um futebol mais limpo e honesto, pelo menos da parte dos atletas – sejam os novos, sejam os grandes experientes. Enquanto isso, a gente vai se contentando com as migalhas de profissionalismo expressas por meio de figuras como o ex-atleta e atual deputado federal Romário, mas não para que o passado volte, e sim para que o futuro desse esporte responsável por tanta emoção dentro e fora dos estádios continue sendo o de contagiar multidões com as boas energias do sorriso do nosso povo brasileiro!
O brasileiro Kaká é a aposta do Orlando City.
...matéria [linkar: http://esportes.estadao.com
Há esperança? Sempre há. Como diria o poeta Fernando Pessoa “Tudo vale a pena se a alma não é pequena”, e nós acreditamos, sim, na imensidão da alma do brasileiro. Ainda há muita bola para rolar e
O rei Pelé em ação.
Momen #05 Jul 2015
por Letícia Flores
Direto do túnel do tempo: um passeio rápido pelos 50 anos de história da TV Globo.
U
ni Duni Tê, salamê, minguê! Muitas crianças de hoje podem conhecer a tradicional cantiga, regravada nos anos 1990 pela apresentadora infantil Angélica, caso seus pais a cantem de vez em quando ou coloquem a música no Youtube para tocar. Mas poucas são as pessoas que se lembram da primeira transmissão do programa “Uni Duni Tê”, no dia 26 de abril de 1965, realizada pela então recém-nascida Rede Globo! Foi também neste mesmo dia 26 em que ia ao ar a primeiríssima novela da global. “Ilusões Perdidas” trazia em seu elenco jovens atores e atrizes que se tornariam estrelas memoráveis não somente na história da emissora, mas também no enredo da arte televisiva e teatral do Brasil. Osmar Prado, Reginaldo Faria, Norma Blum, Leila Diniz, Myriam Muniz, Ítalo Rossi e tantos outros nomes que até hoje ecoam pelos corredores do Projac por conta de seus talentos! Já o Jornal Nacional, criado inicialmente como Jornal da Globo, entrou ao ar também nos primeiros dias de transmissão, noticiando os fatos relevantes da sociedade em meio a uma
época imersa em uma atmosfera de tensão pós-ditadura. Mas foi com a concessão do governo Juscelino Kubitschek à Rádio Globo que o canal 4 foi liberado para a emissora, sendo transmitida primordialmente no Rio de Janeiro. Direto do túnel do tempo... Tendo sua expansão alcançada por meio de acordos e do bom relacionamento de Roberto Marinho com o governo e organizações detentoras de poder aquisitivo, em 1970 a Globo transmitia a primeira Copa do Mundo em que o Brasil seria campeão. Foi ainda nessa década em que a emissora alcançou espaço em cidades importantes como Brasília, São Paulo e Recife; iniciando matérias importantes não só no país, mas também na Espanha e em Portugal. Já na década seguinte, nasciam programas que vivem até hoje agradando a seus públicos específicos, como o Globo Rural, o Tela Quente, o Jornal Hoje e o Bom Dia Brasil. E são os jovens de 1980 que tiveram o prazer de prestigiar novelas célebres como “Roque Momen #05 Jul 2015
Especial do Jornal Nacional aos 50 anos
Santeiro”, “Vale Tudo”, “Que Rei Sou Eu”; os programas de comédia “Armação Ilimitada” e “Viva o Gordo” e a série que até hoje causa nostalgia em nossos corações, “Anos Dourados”, trazendo à tona o talento estonteante de Malu Mader e suas sobrancelhas marcantes. Foi ainda em 1986 que foi ao ar a primeira edição do “Criança Esperança”, em comemoração aos 20 anos de “Os Trapalhões”, tendo já como protagonista e apresentador o comediante Renato Aragão – o famigerado Didi. Já na década de 1990, a programação estava mais do que recheada de grandes sucessos nos horários nobres com as novelas e remakes, como “Mulheres de Areia”, “Quatro por Quatro”, “O Rei do Gado” (que está no ar em “Vale a Pena Ver de Novo” pela segunda vez), “Terra Nostra” e a polêmica “A Próxima Vítima”; além do programa de comédia “Casseta e Planeta” (que deixa saudades até hoje) e da queridíssima série adolescente, que conquista o público desta faixa etária até hoje: Malhação. Incontáveis foram as matérias interessantes e coberturas nacionais e internacionais importantíssimas realizadas pela emissora. Nenhuma Copa do Mundo passaria mais em branco (e nesta década, nem mesmo em “preto e branco”), e os telespectadores sempre podiam contar com uma programação de novelas, séries, minisséries e programas diversificados e alternativos, trazendo não apenas informações relevantes, mas também um pouco de descanso para as mentes trabalhadoras. A partir de 2000, novelas escritas por Manuel Carlos e suas Helenas começam a ter ainda mais destaque, como “Mulheres Apaixonadas”, e roteiristas como Gilberto Braga, Glória Peres e Walcir Carrasco ganham renome e credibilidade. “O Clone”, “Chocolate com Pimenta”, “Esperança”, “Kubanacan” são apenas algumas das muitas novelas que marcaram nossas noites em frente à telinha, deitados no sofá de casa, enquanto o cheirinho do arroz refogado invadia a cozinha. Muitos foram os talentos, as tendências de moda e as trilhas sonoras que ditaram os embalos da nossa juventude desde 50 anos atrás. E, hoje, mesmo com tantas novidades tecnológicas e com a rapidez com que tudo acontece na internet, a TV Globo continua estando presente nas vidas da grande maioria da população brasileira, sendo reconhecida e premiada internacionalmente e tendo, sempre, o primeiro lugar no ranking de audiência desde o seu nascimento. Personagens marcantes É claro que é impossível detalhar aqui todos os grandes sucessos transmitidos pela Rede Globo, bem como elencar quais personagens foram os mais marcantes. Cada um a sua maneira foram especiais para cada telespectador, cada público e cada família brasileira. Por isso, se você sentir falta de algum, não se preocupe! Cada um dos personagens, desde os protagonistas até o elenco de apoio, tem sua importância e relevância para cada um de nós. Maria do Carmo Pereira (Regina Duarte) – em Rainha da Sucata;
Direto do túnel do tempo: um passeio rápido pelos 50 anos de história da TV Globo.
Helena (Vera Fischer) – em Laços de Família; Bruno Mezenga (Antônio Fagundes) – em O Rei do Gado; Flora (Patrícia Pillar) – em A Favorita; Félix (Mateus Solano) – em Amor à Vida; Carminha (Adriana Esteves) – em Avenida Brasil; Mel (Débora Falabella) – em O Clone; Bárbara (Giovanna Antonelli) – em Da Cor do Pecado; Ellen (Thaís Araújo) – em Cobras e Lagartos; José Alfredo (Alexandre Nero) – em Império; Nazareth Tedesco (Renata Sorrah) – em Senhora do Destino; Griselda “Pereirão” (Lilia Cabral) – em Fina Estampa.
Ajude a gente a acrescentar esta lista! Mande uma mensagem dizendo qual é o seu personagem preferido na história da TV Globo e porquê. Eu, pessoalmente, adorei a personagem vivida pela Lilia Cabral, em Fina Estampa, porque mostra uma perspectiva pouco explorada sobre a vida de uma mulher simples, humilde e muito trabalhadora, que ganha a vida trabalhando em um ramo em que pouquíssimas mulheres se arriscam a trabalhar. É bacana pensar em como seu personagem favorito pode refletir sua própria personalidade, não acha? Então, conta pra gente logo qual é o seu personagem global preferido!
por Letícia Flores
DE OLHO NA 'BOTICA':
o que O Boticário nos ensinou sobre 'o perfume do amor'.
A
polêmica se instaurou no ar: no ar, na TV, nos computadores e nas redes sociais. E quando a polêmica se instaura, a gente entra para analisar os fatos. Principalmente, quando o assunto tem a ver com algo no qual acreditamos ou uma ideologia a qual pregamos. Neste caso, a campanha de O Boticário para o Dia dos Namorados 2015 foi a famigerada da vez pelo simples motivo de pregar o amor livre. Livre de padrões, de rótulos e, sobretudo, de preconceitos. Muito já se foi comentado sobre o assunto e, em breve, ele estará no fundo de uma gaveta marketeira, empoeirado e obsoleto. Isso porque a tendência, agora, é que mais grandes empresas se posicionem de maneira aberta e sem medo sobre a liberdade de expressão, de amar e de ser homossexual. O Boticário puxou a fila e logo, logo o que era polêmica vai se tornar corriqueiro. No entanto, o que fica é sempre uma questão difícil de digerir: o que passa na cabeça das pessoas que continuam disseminando o discurso de ódio e preconceito ignorante (se é que existe algum preconceito que não o seja) em nome do conservadorismo pudico e hipócrita brasileiro? Feito pra vender É fato que toda propaganda tem como principal objetivo a venda (direta ou indireta) de seus produtos. Mesmo que o motim seja diferente, como um novo posicionamento de marca e o trabalho
de relacionamento dela com seu cliente, no final das contas, o resultado torna-se palpável em números. Dito isto, podemos observar que a grande maioria das empresas – cujo objetivo é vender – costuma evitar questões polêmicas, preferindo manterse neutra diante de questionamentos sociais como drogas, sexo, religião, sexualidade etecétera e tal. Por outro lado, há as empresas que, juntamente com suas agências de comunicação, optam por um posicionamento agressivo (em propaganda, este não é um adjetivo pejorativo, ok?), forte e, por vezes, polêmico. É sempre um risco, mas a partir do momento que a empresa mostra-se disposta a corrê-lo, ainda que o grande público rejeite a expressão da marca, ela será fortemente comentada e vai se tornar cada vez mais presente na mente do consumidor (seja ele um futuro 'boicotador' ou um futuro fã). Com O Boticário não foi diferente. É claro que não estamos falando de uma marca qualquer que precise aparecer na mídia a qualquer custo, mas falando de um ano extremamente turbulento econômica e financeiramente falando, em que muitos consumidores têm cortado gastos e evitado exageros, a amistosa 'botica' saiu em disparado na frente de suas possíveis concorrências e, inevitavelmente, além de acelerar as vendas para a data comemorativa do Dia dos Namorados, aproveitou o ensejo para estreitar ainda mais o relacionamento com o seu cliente. Convenhamos que dificilmente veríamos tantos compartilhamentos, comentários e #OBoticário por aí caso a campanha fosse tradicional – aquele arroz com feijão sem graça que todas as marcas fazem todos os anos: o moço, a moça, sorrisos, beijos e corações. Houve quem quis afrontar os indignados, houve quem quis apoiar a campanha e houve quem iria postar o presente do(a) namorado(a) de qualquer jeito. Houve, ainda, até quem quis boicotar a empresa mas, no final das contas, o tiro saiu pela culatra e O Boticário conseguiu repercutir ainda mais! Ora, você não pensou que eles não soubessem que tudo isso poderia acontecer, né? De ingênuos, só os boicotes mesmo! Momen #05 Jul 2015
DE OLHO NA 'BOTICA': A ousadia De ousado, ousado, O Boticário não fez nada. O grande barato da coisa foi que, finalmente, uma grande empresa declarou sua opinião a respeito da homossexualidade, gritando para todo mundo ouvir: ISSO É LINDO E NATURAL! Ela foi pioneira, mas nem abusou tanto assim da criatividade. E você pode ter certeza de que na mesa em que o briefing desta campanha nasceu, muitos ficaram inseguros com a escolha. Houve votação, houve argumentos e alguém persuadiu todo mundo, ficando muito feliz com os resultados depois! A verdade mesmo é que não importa de quem foi a ideia nem mesmo qual foi a empresa. Para a população, este é o primeiro passo de um longo caminho que a sociedade hipócrita brasileira ainda precisa percorrer para chegar a algo parecido com “liberté, egualité, fraternité” (do francês: “liberdade, igualdade, fraternidade”). Enquanto os franceses pregam esse slogan desde 1789 (data em que a Revolução Francesa começou), nós, aqui, ainda precisamos de muita paciência para lidar com o “jeitinho brasileiro”.
O posicionamento da marca frente ao preconceito Como você deve ter visto, a onda de boicote a O Boticário começou lá no Reclame Aqui, site que tem como objetivo auxiliar o consumidor em suas reclamações não-atendidas e facilitar o contato com a empresa “reclamada”. Isso vale para produtos que chegam com defeito, atraso na entrega de produtos, mal atendimento etc. No entanto, infelizmente, alguém achou de bom tom usar a ferramenta para dizer a sua humilde opinião sobre uma propaganda que não fere ninguém, não agride ninguém, não machuca ninguém e que não fala nenhuma mentira! Em contrapartida, a equipe de Comunicação da marca entrou em ação com agilidade, perspicácia e, vamos ser sinceros, com muuuuuuuita paciência: "Olá, Fulana de Tal. O Boticário acredita na beleza das relações, presente em toda sua comunicação. A proposta da campanha "Casais", que estreou em TV aberta no dia 24 de maio, é abordar, com respeito e sensibilidade, a ressonância atual sobre as mais diferentes formas de amor, independentemente de idade, raça, gênero ou orientação sexual - representadas pelo prazer de presentear a pessoa amada no Dia dos Namorados. O Boticário reitera, ainda, que valoriza a tolerância e respeita a diversidade de escolhas e pontos de vista". Fala a verdade, cara, ter de copiar e colar esta mensagem para milhares de cidadãos com tempo demasiado livre em suas agendas é pra f*der com a vida de qualquer Central de Relacionamento, né?
o que O Boticário nos ensinou sobre 'o perfume do amor'.
O moral da história No final das contas, a querida 'botica' chegou chutando o balde e, como já foi dito anteriormente, puxando a fila que já deveria ter sido puxado há muito tempo por alguma empresa brasileira. Para quem já teve a perspicácia de olhar ao seu redor e perceber a realidade cheia de amor e luz na qual estamos inseridos, O Boticário não ensinou nada – apenas encheu nossos corações brasileiros de orgulho. Até mesmo porquê, já que é para fazer a propaganda e já que é pra vender, que seja por meio de discursos de amor e liberdade. Já para quem ainda acredita que a saída para este 'mundo-cão' é investir seu precioso tempo em campanhas de boicote ao discurso que apoia a diversidade de cores, gostos e amores, será preciso muito mais do que discussões virtuais e milhares de compartilhamentos nas redes sociais para fazê-lo entender que a sua redoma de vidro quebrou há muito, muito tempo!
Agora, gostaríamos de saber o que você, leitor Momen, acrescentaria ao assunto! Afinal de contas, um assunto como este nunca se esgota e sempre há diversas perspectivas sob as quais podemos analisar as coisas. E continuemos de olho 'na botica' dela, dele e de todo mundo que só faz o bem, assim como a Momen!
Momen #05 Jul 2015
por Letícia Flores
CONTEÚDO TRANSPARENTE A era do conteúdo on-line e a ilusão de que todo mundo pode escrever qualquer coisa!
V
ivemos a era do conteúdo. Sim, isso porque, apesar de a rede social do momento (o Instagram) ser baseada em imagens, não se conquista mais fãs apenas com um rostinho bonito. Os textos deixaram de ser o pesadelo dos novos empreendedores e muitos jovens da chamada “GeraçãoY” têm-se destacado com canais no Youtube, páginas no Facebook e perfis lotados de seguidores no Instagram (os 'instafamosos'). No entanto, ainda que pareça muito simples produzir conteúdo para um público diversificado e aparentemente pouco exigente, é preciso tomar muito cuidado antes de tornar público um texto, uma frase e, principalmente, uma opinião.
A gramática perdeu sua função? De maneira nenhuma! A gramática continua sendo válida e deve se fazer presente em qualquer tipo de conteúdo. A diferença é que, com a popularização de textos através de meios de comunicação em massa on-line, foi preciso fazer uma grande adaptação. Esta adaptação é chamada de “variação linguística” pelos estudiosos. Na prática, nada mais é do que saber utilizar o tipo de linguagem certa para determinado público. Por exemplo: se meu público é masculino, é interessante evitar diminutivos como “fofinho”, “bonitinho”, “legalzinho”. Já para um público de faixa etária por volta dos 50 anos e de classe média, podemos lançar mão de um vocabulário mais elaborado e com menos gírias. Momen #05 Jul 2015
AFINAL DE CONTAS, O QUE É UM CONTEÚDO DE QUALIDADE? Isso não significa em nenhum momento que temos carta branca para nos descuidar da gramática. Sua função não é nos complicar, muito pelo contrário: seu conjunto de regras é um meio facilitador, que padroniza nossa linguagem e permite que todos nós, falantes da língua portuguesa, possamos nos entender, independentemente de onde estivermos. Então, se você pretende se lançar na mídia como um produtor de conteúdo – ainda que seja um blogueiro de tecnologia ou o responsável por um canal sobre games –, é bom se inteirar sobre a nova regra ortográfica (que já está em vigor desde 2009) e prestar bastante atenção aos detalhes para não criar duplos sentidos, ambiguidades e, no final das contas, passar vergonha ao invés de passar informação!
UMA VÍRGULA FAZ TODA A DIFERENÇA Você já viu uma comunidade no (falecido) Orkut chamada “Comer, meus amigos” cuja descrição era “uma vírgula faz toda a diferença”? Pois é. Não só o uso indevido de vírgulas, como também o emprego errado de crases, acentos e plurais podem dar um aspecto tenebroso ao seu conteúdo. E, olha, sendo esta nossa era a do conteúdo, ele é o seu cartão de visitas que pode te abrir portas... ou te jogar pela
Costumo de dizer que “conteúdo de qualidade é conteúdo transparente”. Sabe por quê? O principal objetivo de um texto deve ser o de passar uma mensagem clara e verdadeira. Não existe uma forma de apresentar o seu produto, o seu serviço, sua empresa e até você mesmo sem ser exatamente fiel àquilo que se pretende oferecer ao seu leitor e/ou cliente. É por isso que, além de conteúdos cujas construções gramaticais favoreçam a compreensão do seu público, é preciso que eles tenham a capacidade de transparecer de maneira objetiva e certeira o que se pretende informar. Todo mundo sabe que o português de grande parte das pessoas é sofrível. No entanto, quando você precisa apresentar seu produto ou sua empresa é totalmente inadmissível que algo passe despercebido. Para isso, agências de publicidade, assessorias de imprensa e empresas do ramo mantêm equipes capacitadas para cuidar da revisão de seus conteúdos com exclusividade. Muitas empresas também têm apostado na contratação de profissionais terceirizados, assim como eu, para cuidar da produção de conteúdo on e off do seu negócio e deixar de expor sua marca por meio de textos confusos e que não transparecem de maneira fidedigna os seus benefícios.
COMO PRODUSIR UM CONTEÚDO DE QUALIDADE? Ao contrário do que a internet nos faz pensar, não é nada fácil produzir conteúdo de qualidade. Além de anos de estudo, prática e constante atualização – já que as regras de português vivem mudando, não é mesmo? – é preciso muita atenção, pesquisa e paixão pelo que se faz. Muitas vezes, só você mesmo pode transparecer a paixão por aquilo com que trabalha mas, com certeza, só um profissional poderá avaliar se o seu público final vai compreender tudo o que você quis dizer. Agora, confesse, você também sentiu aquela dor aguda no fundo do peito ao ler o verbo “produzir” grafado com 's' no título deste tópico, né? Pois é, mas esse tipo de erro – o ortográfico – nem é o mais perigoso; ele é o mais feio. Os mais perigosos são aqueles causados em função de uma oração mal escrita que causa ambiguidade ou duplo sentido. Quer ver só? “O modelo de celular X vem com um cabo USB e um carregador de bateria. Sempre que for sair por longos períodos, é aconselhável levá-lo junto”. Levá-lo quem, caboclo? O cabo, o carregador ou o celular? Você pode até inferir que é o carregador por motivos externos, mas não pode assegurar que a informação passada foi a que você interpretou. Por outro lado, quem escreve uma frase assim corre o sério risco de permitir interpretações diferentes, levando o leitor, um futuro comprador e até o próprio cliente a realizar ações erradas, danificar o produto e até reclamar da sua consultoria depois. E aí, de quem é a culpa?
Leticia Flores Montalvão Produtora de Conteúdo | Licenciada em Letras | MBA em Comunicação e Marketing Conteúdo Transparente conteudotransparente.com.br facebook.com.br/ConteudoTransparente Momen #05 Jul 2015
por Fernando Aguzzoli
O que a música pode fazer por nós?
Q
uando fecho os olhos e paro para lembrar de algum momento da minha vida, logo surge uma trilha sonora por trás. Muitas vezes a música que ouço me desperta lembranças que sem ela eu não teria, até sinto sensações das mais diversas, tudo proporcionado por um som em particular. Minha história com a vovó Nilva passa por essa incrível experiência musical. Vovó sempre foi louca por óperas e grandes orquestras, quando nova cantava maravilhosamente bem para camuflar o barulho da tecelagem onde trabalhava. Das óperas italianas, alemãs e espanholas, nada foi esquecido, todas estavam muito bem guardadas na memória musical, bastava algo que as despertasse. Sentado com a vovó em uma tarde de chuva coloquei na TV um músico que gosto muito, André Rieu, e de imediato ele ganhou a atenção da vovó. Seus olhos brilharam de uma forma diferente e intensa, com a boca aberta e o olhar focado eu via que por ali estava passando mais do que apenas uma música de entretenimento, mas lembranças e sensações quase indescritíveis para alguém que não lembra da sua própria idade. Reprodução Facebook
Ela mexia as mãos e os pés, a cabeça acompanhava cada nota e os olhos não desgrudavam da tela. De vez em quando ela enxugava uma lágrima com as mãos, virava pra mim e dizia: "Que coisa mais linda!". Como disse em um texto anterior, o documentário Alive Inside (https://goo.gl/RV53kR) a música funciona como uma porta de entrada para nossa identidade ocultada pelo Alzheimer. Ninguém está dizendo para substituir medicamentos e outros tratamentos médicos, mas a música é uma intervenção complementar. Música é emoção, lembrança e vivência. Tenho na memória muitas tardes em que coloquei um CD de bolero e dancei por horas e mais horas com a mais linda bailarina de todas, vovó! Sorrisos e gargalhadas acompanhavam a emoção de quem não se reconhecia com 80 anos, mas como uma debutante em um baile às escondidas. Quantas foram as noites em que eu cantava o início de uma marchinha de carnaval e logo era acompanhado pela mais dedicada das cantoras. Ou então quantas foram as vezes em que dona Nilva cantou Roberto Carlos do início ao fim, sem fraquejar a memória. Das cantigas de ninar e grandes hinos do samba, aos grandes salões de orquestra e os palcos de jazz. Dizem que nossa vida é como um filme, mas mesmo os filmes mudos tinham uma belíssima trilha sonora. Qual é a sua?
Musico André Rieu
Momen #05 Jul 2015
por Letícia Flores
Compre agora e ano que vem – você é um amante da tecnologia ou um refém dela?
S
e algum dia você já desconfiou da possibilidade de as indústrias – principalmente de eletrônicos – estarem fabricando produtos pré-programados para serem inutilizados com pouco tempo de uso, prepare-se para a notícia: você está certo. A chamada obsolescência programada nada mais é que a prática de grandes empresas fabricarem produtos com validade menor a fim de estimular o consumismo das novas linhas de produtos que serão lançados por ela. Em alguns casos, a manutenção é propositadamente cara, para que o consumidor se veja obrigado a adquirir o novo produto ao invés de consertá-lo. O benefício para a economia é o prejuízo para a natureza Pensando pelo lado comercial, a economia mundial vibra. Sem dúvidas, isso movimenta o mercado e mantém a economia superativa. Por outro lado, como a grande maioria das cidades – do Brasil, em especial – ainda não estão preparadas para realizar a coleta seletiva dos resíduos que são descartados, mas deveriam ser reciclados, o meio ambiente sofre consequências catastróficas. Se hoje nós achamos um absurdo consertar um celular, por exemplo, nossos pais e avós acham desnecessário comprar novos. Saímos da era da “construção e reconstrução” e mergulhamos na geração do descarte. A blusa rasgou? É lixo. O sapato furou? Lixo. A bola murchou? Lixo. O celular travou? Lixo. Remendar a piscina de fibra do fundo do quintal com massinha de argila é coisa do passado. A evolução tecnológica Que a evolução tecnológica e as grandiosas estratégias de
marketing revolucionam nosso cotidiano em muitos pontos para melhor, não há duvida. No entanto, para acompanhar o “boom” de novidades e a euforia do descarte é preciso que estejamos preparados para reaproveitar algo muito mais peculiar do que aquilo que ainda usamos, aquilo que não pretendemos usar mais (pelo menos com a mesma função): o lixo. É preciso mais do que o apego social que foi criado em torno da “troca anual” dos aparelhos de celulares e outras tecnologias. Precisamos ter em mente as consequências que vão além do nosso umbigo. Quando tomamos a consciência de que não existe “fora”, cada vez que descartamos algo pelo simples desejo de se ter em mãos uma tecnologia mais avançada ou um design mais bonito, passamos a pensar duas, três e até quatro vezes antes de realizar essas trocas. Você realmente precisa ostentar a última versão do Iphone? Ora, antes de abrir a boca para vomitar suas desculpas fúteis, lembre-se que o importante são as funções internas do aparelho e, a não ser que você necessite das novas configurações do novo celular para o seu trabalho, nenhuma justificativa é válida para trocar seu celular semi-novo, em ótimas condições e engavetá-lo ou descartá-lo em algum lugar impróprio! Se, na última hipótese você realmente precisar trocálo e não puder revendê-lo, pelo menos procure um local apropriado para fazer o descarte. Afinal de contas, Marte ainda é muito longe para buscarmos a matéria-prima de que precisamos para sustentar o nosso estilo de vida burguês, não é mesmo? (Sim, até os celulares precisam de matéria-prima rústica para serem fabricados – fica a dica)!
Momen #05 Jul 2015
por Letícia Flores
PAULO COELHO e os literatos:
uma relação de amor e ódio.
E
xiste uma grande possibilidade de você já ter ouvido sua professora de Português debochar de Paulo Coelho. Isso, claro, se você era um daqueles alunos que, assim como eu, não podia ouvir um “Era uma vez...” e já caía nos braços da disciplina imaginativa da literatura, que, infelizmente no método educacional tradicional, impede que muitos de nós sejamos realmente criativos. Mas deixemos a discussão do modelo educacional vigente para outro bate-papo. A questão agora é outra: por que cargas d'água boa parte dos amantes da literatura detestam Paulo Coelho? A linguagem simples Coelho, ao contrário de Machado, não é mulato nem está morto. Muito pelo contrário: está vivíssimo, escreve para jornais nacionais e internacionais, tem suas principais obras, como “O Alquimista”, traduzido em várias línguas e é um dos autores brasileiros mais lidos no mundo. Ele é contemporâneo e escreve em uma linguagem simples, leve e, por vezes, superficial. E é nesta suposta superficialidade que muitos dos meus colegas de faculdade (formei-me em Letras) se embasavam para criticá-lo. “Coelho é raso”. “Coelho não presta”. “Coelho não é literatura”. “Coelho escreve mal”. E blá, blá, blá. De fato, por ser contemporâneo, a estilística empregada em seus textos passa bem longe do linguajar rebuscado de Machado de Assis – não
vamos entrar em comparações, fique tranquilo – e, consequentemente, sua obra torna-se muito mais acessível. Mas o problema não é “gostar” ou “desgostar” de Paulo Coelho. O problema é a falta de argumentos de muitos para criticá-lo, só porque está acostumado a ouvir o professor do Ensino Médio fazer o mesmo. Todo mundo tem o direito de odiar uma obra ou um escritor. Se não nos identificamos com a leitura, mudamos de livro, de texto, de poesia, de jornal, de autor e até de agência de publicidade. O “gostar” está intimamente ligado com a identificação que sentimos quando lemos determinado conteúdo. Por isso, é muito triste ouvir por aí pessoas debochando e desprezando determinado autor sem nem ao menos ter lido um trecho de sua obra, não é mesmo? A autoajuda Um outro motivo para o autor ser alvo de críticas dos leitores (e dos não-leitores também) é o fato de suas histórias aproximarem-se à escrita da autoajuda, de um modo indireto, claro. Sabemos que, desde que o termo foi criado, há sempre alguém torcendo o nariz para este tipo de literatura – inclusive eu, tempos atrás. Afinal de contas, ser pego lendo um livro intitulado “autoajuda” é algo humilhante para muitas pessoas, principalmente para aquela leva de seres humanos que ainda acreditam que doenças psicossomáticas, como a depressão, são Momen #05 Jul 2015
PAULO COELHO e os literatos:
uma relação de amor e ódio.
O desprezo nacional É muito bonito amar a literatura estrangeira. Ler livros em inglês ou francês, ou até mesmo em português, mas de um autor que não seja brasileiro. Temos essa mania besta de glorificar o que vem de fora e desprezar o que é daqui. Unindo isso ao famoso saudosismo e respeito inquebrantável pelos autores e artistas que já morreram, Coelho – apesar de morar em Genebra, na Suíça – é brasileiríssimo e bastante jovem para tornar-se memoriam. Ainda existe o fato de os leitores estarem mais acostumados a apreciar autores de romances e novelas que só se tornaram populares após sua morte. Será que talvez seja uma pontinha de recalque dos outros autores que não alcançaram a popularidade do senhor Paulo? Independentemente do motivo ser pessoal ou social, o interessante de ser ressaltado é que, mais uma vez, as leituras devem ser escolhidas com base naquilo que nos identificamos e para isso é preciso ler antes de criticar. Além disso, não se julga o autor por uma obra, apenas. Muito menos pela sua biografia. Talvez seja esse o motivo de a literatura ser toda desconstruída na universidade de Letras, obrigando os estudiosos a se desapegarem da história do autor e analisar a obra pela obra – pura e simples, livre de tempo, espaço e preconceito. E, falando em preconceito, vamos à questão que me parece mais polêmica e, ironicamente, a menos comentad a:
em que o movimento hippie explodiu no mundo. E Paulo, que desde 1960 já estava imerso no contexto teatral, mergulhou com um salto triplo na época que lhe proporcionou o contato com um universo completamente novo: o das drogas, do ocultismo e, claro, da Sociedade Alternativa do amigo Raul Seixas. Parece uma bobagem citar isso como preconceito em pleno século XXI. Mas se calcularmos que, hoje, Paulo Coelho conta com seus 67 anos, fica mais claro imaginar a nossos avós e nossos pais refutando a ideia de ler a obra de um “maluco-doidão” que, além de usar drogas e ter depressão, participava de ordens que saudavam o ocultismo e muitas práticas espirituais desconhecidas pela grande maioria da população. É difícil aceitar aquilo que é diferente da gente, né? Enfim, no final das contas, podemos dizer que as obras populares de Coelho, como “O Alquimista”, “O Diário de um Mago” e “As Valkírias” podem retratar muito da capacidade criativa do autor e terem lá seu aspecto superficial. No entanto, seu poder de envolvimento pode ser muito bem aproveitado para que o leitor se aprofunde em leituras mais complexas, ou que simplesmente possa finalmente dizer “eu não gosto do que Paulo Coelho escreve”, sem ser simplesmente influenciado por fatores externos e questionáveis. Não temos aqui intenção alguma de defender nem atacar o autor. Apenas aproveitamos nosso momento “have a break” para aconselharmos que nossos leitores busquem sempre fazer interpretações críticas e formem suas próprias opiniões. Afinal, ser Momen é isso!
Reprodução paulocoelhoblog.com
“frescura de gente rica”. Por outro lado – o de quem escreve –, pode parecer arrogante você ser o responsável por sugerir um caminho para uma pessoa que você não conhece. Principalmente se esse não é o seu foco de escrita, como no caso de Paulo Coelho, que é mundialmente conhecido por seus enredos fantásticos e não tem formação em Psicologia. Mais uma vez, acabamos caindo na questão da superficialidade, principalmente quando os experts em rotular as coisas sentem dificuldade em taxar qual é o estilo real do autor. Paulo Coelho confunde. E, convenhamos, ninguém gosta de se sentir confuso.
O preconceito Para quem está caindo de paraquedas no assunto e não faz ideia de quem realmente é Paulo Coelho – além do escritor brasileiro mais famoso no mundo – vou contar uma parte da sua biografia bastante intrigante: a passagem da década de 1970 pela sua vida. Como muitos sabemos, 1970 foi a década Momen #05 Jul 2015
por Letícia Flores
CIRURGIA PLÁSTICA o que avaliar antes de fazer.
P
oucas pessoas ainda não sabem que o Brasil lidera o ranking mundial de quantidades de cirurgias plásticas realizadas no território nacional. Se você não sabia, agora já sabe: nós somos o País mais vaidoso do globo, fazendo o pecado capital da vaidade parecer um mero detalhe no check-list de homens e mulheres que, por algum motivo, estavam infelizes com algo em seu próprio corpo. Uma levantadinha aqui, um preenchimento ali, uma lipoaspirada acolá – desde as pequenas e simples intervenções, como o implante de silicone nas mamas, até os procedimentos que também envolvem questões de saúde, é no Brasil que a moçada paga pra 'entrar na faca' e ainda sai da maca roxa e feliz! A questão é que, antes de decidir que você realmente precisa passar por esse procedimento – e porquê não dizer 'experiência'? – há uma série de fatores que precisam ser avaliados com muito cuidado e eles não são físicos – são psicológicos. Isso porque o que nos leva à palavra final sobre “passar ou não pela cirurgia” não são o que as outras pessoas veem e sim o que o futuro plastificado sente quando se vê diante do e s p e l h o . Po r i s s o , a c i r u r g i a p l á s t i c a é u m procedimento muito especial e que precisa ser pensado e repensado com muito cuidado e carinho. Então, por onde começar? Antes de mais nada, se você está cogitando a possibilidade de mudar o corpo por meio de cirurgia, pense sobre os motivos que te fazem sentir-se 'feio' ou 'diferente'. Isso realmente é significativo pra você?
Você realmente acredita que essa intervenção cirúrgica pode mudar a sua vida e o modo como você se sente diante do espelho? Você vai se amar mais apenas em função do alcance daquela forma física ideal ou por conta da sua coragem e segurança em realizar o procedimento? Você vai sentir orgulho de contar para os outros sobre a sua mudança ou vai ficar tentando escondê-la? Vai falar sobre o assunto sem neura? Momen #05 Jul 2015
Todas as perguntas acima têm um simples objetivo: avaliar se você está preparado psicologicamente para a mudança. Mas o resultado deste “questionário” deve ser analisado por você, o único e onipotente tomador de decisões da sua vida; o dono do seu nariz; a última bolacha do seu pacote! É que não adianta entrar na mesa de cirurgia com o coração repleto de expectativas e inseguranças: as chances de frustração são enormes. Cirurgia plástica não é uma brincadeira muito menos uma modificação simples como cortar o cabelo. Ela envolve riscos imediatos e permanentes: desde a mesa de cirurgia até o resultado final. Por mais cauteloso, bem recomendado e profissional que seja o médico cirurgião escolhido por você, toda intervenção cirúrgica tem uma porcentagem de risco que não pode ser ignorada. Você está disposto a correr este risco? Sua (qualidade de) vida vale a
plásticas, não é difícil você conhecer alguém próximo que já tenha feito alguma cirurgia plástica. Além de analisar o resultado do próprio amigo, o mais importante é você se sentir à vontade e seguro com o seu médico. A questão da indicação funciona muito bem principalmente pelo fato de a maioria das cirurgias plásticas não terem cobertura dos planos médicos e ficar pulando de galho em galho, sem rumo, até encontrar o profissional ideal é desgastante e sai bem caro (quando fiz minha plástica, por exemplo, as consultas custavam em torno de R$ 250 – em 2011! Faça as contas, some os juros, acrescente a inflação... não é nada barato, né?) Mas, como já disse no tópico anterior, de nada adianta tomar uma decisão antes da outra: se você ainda não está seguro se quer ou não fazer a cirurgia, ir ao médico pode te deixar ainda mais confuso. Então, primeiro decida-se sozinho para depois começar a enfrentar os gastos e expectativas pré-operação. Já quanto ao valor da cirurgia no total, isso é totalmente variável. Depende do médico, do tipo de intervenção, se será necessária alguma prótese e muitos outros etecéteras.
Reprodução probecure.com
mudança estética que você tanto deseja? Passada a fase da decisão, é chegada a hora de escolher o médico. Como saber quem é o profissional ideal para fazer a minha cirurgia plástica? Por experiência própria, eu recomendaria a indicação. Como vivemos em um país Top Of Mind no ranking de cirurgias
Pós-cirurgia Tudo lindo, maravilhoso e... dolorido! A maioria das cirurgias plásticas envolvem um período de recuperação que pode variar de uma semana até um ano (ou mais!). Esteja muito atento antes da operação a todas as recomendações do seu médico para não se frustrar depois! Ele sabe o que faz, ok? Não adianta ficar perguntando para o seus amigos que fizeram o mesmo procedimento e tiveram uma recuperação diferente – cada caso é um caso. Então, se você escolheu um profissional da sua confiança: confie. Se você seguir tudo certinho e estiver realmente com o psicológico preparado para a mudança, seu corpo e seu ego serão gratos pela sua escolha eternamente! E se você for uma pessoa mais tímida ou discreta que prefere não falar sobre o assunto, ok; mas nunca sinta-se constrangido ou ridicularizado por ter feito uma cirurgia plástica: lembre-se sempre dos motivos que te levaram a esta escolha, de como a intervenção cirúrgica mudou a maneira como você se sente e sinta muito orgulho pela sua coragem! Não é porque os estereótipos dizem que cirurgia plástica é futilidade que a carapuça vai te servir, a plástica – para quem pode e tem coragem – é um recurso que pode mudar sua vida inteira para melhor (assim como a minha!). Momen #05 Jul 2015
MOMEN INDICA
O canal do homem moderno
A Sugar Shoes desenvolve diversos calçados licenciados da Marvel. Uma excelente opção de presente para os fãs dos quadrinhos. Adoramos, simplesmente.
A parceria com a Swarovski é um sucesso sem precedentes. O modelo que ganhamos é de muuito style, muito!
Estamos em fase de teste a já aprovamos. Volume Perfume O shampoo (e loção) Esperança fortalece os fios, elimina a oleosidade e é uma boa aposta contra a queda capilar. Destaque: produto unissex! Vale a pena testar.
FOTOS
impressas via hashtag
em eventos
Visite Selfiegrafia.com.br
por Letícia Flores
MICHAEL JACKSON O Rei do POP(pular), dentro e fora dos palcos.
‘Cause this is thriller... Não, não, o assunto não é um terror, mas sim a forma inusitada e mágica como você acabou de ler a frase acima na melodia da música “Thriller”, do querido e p o l ê m i c o R e i d o P O P, Michael Jackson. Um dos maiores ídolos de todos os t em p o s , M i ch a el l ev o u consigo, da infância até a morte, uma história carregada de aprendizado, lutas, dificuldades e muito, muuuuito talento. Suas habilidades artísticas – além da própria voz, a criatividade para compor letras de sucesso, a famosa 'dancinha' e a corajosa iniciativa de inovação – fazem dele uma das figuras que, mesmo após sua morte, continua vendendo milhares de produtos e a ser ouvido e descoberto por uma infinidade de fãs. O propulsor dos vídeo-clipes Hoje é muito comum vermos inúmeros vídeo-clipes serem lançados até por artistas nem tão famosos. No entanto, a iniciativa de se gravar um “micro-filme” em forma de música,
com toda uma produção especial, partiu de Michael Jackson, com o clipe da música já citada “Thriller”. O que parecia loucura virou febre e incontáveis de versões da coreografia principal já foram produzidas, desde cenas teatrais, flash mobs, apresentações escolares etc. Isso porque Michael, além de um músico de altíssima qualidade, marcou sua passagem de 50 anos pela terra exercendo os papéis de produtor, empresário, arranjador vocal, coreógrafo, filantropo, ativista e pacifista. Não estamos falando apenas do “criador dos clipes” ou do “autor da dança mais famosa do mundo”. Estamos falando de um artista nato, com a arte nas veias e no coração! Talvez venha daí a origem de um sucesso tão perene. O filantropo Filantropia também é arte e uma das mais bonitas de se ver e fazer. Assim como muitos artistas e empresários, nosso rei não deu adeus antes de fazer suas boas ações: a criação da sua própria fundação – a Heal The World – que ajuda mais de 39 centros de caridade e as doações de milhares de dólares a causas beneficentes, como a “Dangerous World Tour”. Infelizmente, devido a algumas polêmicas de sua vida pessoal, muitas pessoas não levam em consideração as boas causas que Michael defendeu.
Momen #05 Jul 2015
MICHAEL JACKSON O polêmico Sua excentricidade faz parte do seu show até hoje. Além dos boatos de que as doenças vitiligo e lúpus eram apenas uma desculpas para um clareamento de pele forçado – fato que sempre gerou polêmica, já que isso faria dele um negro que nega a própria raça –, a figura pública de Michael sempre esteve envolvida em alguma fofoca. Há quem diga que ele guardava uma parte de seu nariz em uma jarra e que dormia em uma câmara hiperbárica para retardar o envelhecimento. Foi casado durante curtos dois anos com Lisa Presley, mas foi com Debbie Rowe com quem teve seus três filhos: Michael Joseph Jackson Jr, Prince Michael Jackson II e Paris Jackson. Nem precisamos comentar que o nome do segundo (conhecido como Blanket) gerou falatório também, né? Há matérias que afirmam que apenas Blanket é seu filho biológico, mas Michael e seu grande coração nunca demonstraram se importar com esse detalhe, até porque ele 'adotou' um “Rancho Neverland” inteirinho só pra ele. O Neverland é uma gigantesca propriedade do cantor onde se encontram, além de uma mansão, um parque temático infantil e um zoológico. É dela também que surgiram vários comentários e investigações a respeito de denúncias sobre pedofilia contra o cantor. No entanto, apesar da má fase pela qual Michael passou, o que ficou foram castelos de fortuna que sua carreira proporcionou até depois do final da sua vida e, principalmente, as canções que embalaram muitas momentos especiais das nossas vidas e continuarão embalando para sempre. Uma vez, li uma frase que dizia que um artista se imortaliza por meio de sua obra. Não me lembro quem a escreveu ou falou, mas uma coisa é certa: Michael Jackson não morreu!
Momen #05 Jul 2015
por Letícia Flores
PULSEIRISMO Embarque na tendência que está deixando os homens de pulsos cerrados: o pulseirismo.
A
moda que vem ganhando força nas tendências de acessórios masculinos é o pulseirismo. Característico pelo uso de várias pulseiras em ambos os braços, o pulseirismo começou a tomar conta dos braços masculinos há um bom tempo. Começou conquistando os amantes do couro, que investem nas pulseiras do material, desde as mais finas às mais largas, dando um visual totalmente despojado e autêntico aos adeptos! Mas não pense que apenas o couro entrou na dança. Além das próprias pulseiras de couro diferenciarem-se entre si por meio de tamanhos e tipos de fecho, que podem ser afivelados, amarrados e até com botões, pulseiras de metal, de tecido e até as de miçanga entraram na dança. De Jhonny Depp a Neymar, vários artistas, cantores, atletas e personalidades têm curtido a tendência do pulseirismo. Isso porque além de ser muito estiloso é uma forma de quebrar preconceitos! Quem disse que pulseira e pulseirismo é coisa de mulher, hein? Se desde as grossas pulseiras de ouro já eram usadas pelos homens, agora a própria moda assina embaixo do seu estilo – seja ele qual for. Uma outra vantagem da moda das pulseiras é a possibilidade de disfarçar o comprimento do antebraço, caso ele seja muito longo e fino. Invista em pulseiras mais largas ou em uma quantidade maior delas e será criado um efeito de “encurtamento” do braço. Isso quer dizer que se você tiver os braços curtos é bom tomar bastante cuidado na escolha e na quantidade das pulseiras. Qual pulseira é melhor pra mim? A escolha das pulseiras depende muito do seu gosto pessoal, mas caso você esteja indeciso, seguem algumas dicas: - As pulseiras coloridas são ideais para homens alegres, despojados e sem medo de serem felizes! Procure apenas equilibrar as cores com as roupas e outros acessórios. Não precisa
necessariamente combinar as peças, mas um jogo de pulseiras coloridas pode ser muita informação com um boné alaranjado fluorescente, sacou? - O couro é um material que passa seriedade, charme e segurança. Quanto mais larga a pulseira, mais você impõe a sua personalidade. Mas se optar por usar em ambos os braços, tome cuidado para não ficar parecendo um Power Ranger. Equilibre pulseiras mais largas com algumas mais finas e até mesmo trançadas. Tudo vai depender do que você curte mais! - As miçangas geralmente são usadas pelos mais supersticiosos, já que algumas vezes têm ligação com alguma crença religiosa. Elas ficam bem intercaladas com um relógio de pulso descolado e até mesmo misturadas entre outras pulseiras fininhas de outros materiais. Momen #05 Jul 2015
PULSEIRISMO Embarque na tendência que está deixando os homens de pulsos cerrados: o pulseirismo.
as entre outras pulseiras fininhas de outros materiais. - Já as pulseiras de metal e até mesmo as de ouro geralmente ficam melhores se combinadas com outras pulseiras do mesmo material ou até mesmo usadas isoladamente. É bom sempre ter várias opções para escolher no dia-a-dia. E o restante do look, como fica? Apesar de não existirem regras para o uso de pulseiras e outros acessórios, vemos com mais frequência o pulseirismo combinado a camisas com as mangas arregaçadas até a altura dos cotovelos. Além de sensual e despojado, ao mesmo tempo pode cair muito bem com uma calça jeans escura, um sapatênis e ser a sua roupa da balada desta semana! Se você é do tipo que curte regata, não se iniba! Elas também caem muito bem com essa tendência masculina e podem até valorizar os músculos do seu braço. Só não aconselhamos usar pulseiras de couro com look de academia – nem tanto pelo look em si, mas porque as atividades físicas nos fazem produzir mais suor que o normal, o que pode danificar sua pulseira e esquentar muito seu pulso. É importante sentir-se à vontade e não só estiloso, não é mesmo? As camisetas também caem muito bem com o pulseirismo e você pode combiná-las tanto com calça jeans quanto com bermudas. Já se a sua ocasião for formal, com direto a terno, gravata e tudo mais, é melhor tentar se mais discreto e usar apenas uma ou duas pulseiras de prata e/ou ouro, pois outros materiais podem ficar muito grosseiros com esse combinação de look, além do que o terno geralmente cobre as pulseiras no início da festa: elas só vão aparecer quando você se libertar do paletó quente e deixá-lo descansando na cadeira enquanto vai curtir a festa e exercitar os pulsos com aquele famoso “levantamento de copos”. E aí, man? O que achou dessa tendência? Vai embarcar na nova onda do pulseirismo masculino?
Selfiegrafia.com.br
S O T O F
s a s s e r p im via
g a t h s a h
s o t n e em ev s virtuais.
A nostalgia
do rea
os momento l, captada d