CRÓNICA: MIGUEL OLIVEIRA PILOTO OFICIAL KTM | ENTREVISTA: CASEY STONER
#12
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ÍNDICE
EDITORIAL
4
Notícias
8
Mercado de pilotos na KTM
revista Motorcycle Sports nunca parou mesmo em tempo de pandemia com a inatividade do motociclismo ao longo dos últimos meses, mas esta é uma edição de retoma. De retoma porque pode ler nas próximas páginas sobre o regresso da competição ao longo do mês de junho em várias frentes – Campeonato Nacional de Velocidade, AMA Supercross e MotoAmerica. Também prestes a retomar estão os Mundiais MotoGP, com as duas primeiras rondas no fim de julho em Jerez. Por isso mesmo, fazemos o relançamento de uma temporada que promete ser empolgante para os adeptos e extenuante para os pilotos nas três categorias – MotoGP, Moto2 e Moto3. O que não parou nos últimos meses foi o mercado de pilotos de MotoGP, e em especial julho foi um mês agitado. Passamos em revista as movimentações na Ducati e na KTM, com destaque para Miguel Oliveira. O motociclismo português tem mais uma página de ouro na sua história, com o piloto de Almada a passar para uma equipa de fábrica em 2021 – neste caso, da KTM. Como é habitual, as motas que estão ao dispor de todos os clientes para o uso nas estradas não foram esquecidas. Destacamos, nesta edição, dois testes a modelos cujos detalhes lhe apresentamos, além do concurso Honda Garage Dreams que teve vitória portuguesa na sua segunda edição. Em suma, oferecemos-lhe uma leitura de verão para ‘abrir o apetite’ para os próximos meses de intensa atividade do motociclismo – num ano muito particular em que mesmo nesta altura em que o exterior é convidativo o apelo continua a ser no sentido de ficar em casa tanto quanto possível.
As principais notícias do motociclismo de competição.
14 18 26 34 38 42 46 50 54 58
A KTM agitou o mercado de pilotos de MotoGP, com a confirmação das duplas da Red Bull KTM – com Miguel Oliveira – e da Red Bull KTM Tech3 para 2021.
Crónica Uma crónica que reflete sobre o novo passo de Miguel Oliveira na sua carreira, agora que chegará a uma equipa de fábrica.
Equipas e pilotos de MotoGP Conheça o essencial do pelotão do MotoGP para 2020, entre as equipas e pilotos.
AMA Supercross O principal campeonato de supercross do mundo – o AMA Supercross – chegou ao fim entre maio e junho com as últimas sete rondas que consagraram os campeões.
MotoAmerica Nos Estados Unidos da América, o AMA MotoAmerica teve o tiro de partida com as duas primeiras rondas.
Campeonato Nacional de Velocidade Portugal tornou-se no primeiro país da Europa a promover a retoma do motociclismo de competição, com as duas rondas inaugurais do CNV.
FIM CEV Os campeonatos FIM CEV arrancaram em Portugal, tornandose o FIM CEV Moto3 o primeiro campeonato do mundo a iniciar após a pandemia.
Revisão do início de época de Moto2 e de Moto3 Antes da retoma dos Mundiais de Moto2 e de Moto3 reavivamos a memória com os acontecimentos do Qatar no passado mês de março.
O reatar dos Mundiais de motociclismo em tempo de pandemia
A partir de uma entrevista ao diretor de equipa da Sepang Racing Team, Johan Stigefelt, fique a saber como será o motociclismo de velocidade no ‘novo normal’.
Entrevista a Casey Stoner Casey Stoner falou com as redes sociais do GP da Austrália de MotoGP e passamos em revista o essencial das declarações do bicampeão de MotoGP.
Comércio e indústria As novidades das motas que estão e vão chegar aos stands para todos os clientes, incluindo os testes à Yamaha Tricity e à Indian Scout.
FICHA TÉCNICA Proprietário - Full Fixtures Unipessoal Lda Sede - Rua do Rebolar n3 3dt 2770-148 Paço de Arcos Director - Diogo de Soure Director Adjunto - Rodrigo Fialho Jornalista - Simon Patterson Colaboradores - Bernardo Matias / Gonçalo Viegas / Fábio Fialho Departamento Gráfico - Rodrigues da Silva Director de Arte - Rodrigues da Silva Impressão - GRAFISOL - EDIÇÕES E PAPELARIAS, LDA. Distribuição - Online Tiragem - 10.000 ex. Periodicidade - Mensal Estatuto editorial em MotorcycleSports.net Preço - (IVA inc.): 8.90€ ERC: N.º 127278 Depósito Legal: 455729/19
A
Gonçalo Viegas e Bernardo Miguel Matias | MOTORCYCLE SPORTS | -3-
Novas cores para a Ducati Panigale V2 A Ducati Panigale V2 está de cara lavada, com um novo
©Studio GDS
NOTÍCIAS esquema de cores juntando-se ao que foi apresentado em novembro passado. A sua base é o branco conjugado com o vermelho – White Rosso sendo o branco Star White Silk a cor principal. Esta decoração tem o branco em estaque, sendo o vermelho Rosso Ducati aplicado às jantes, entradas de admissão de ar frontais e defletores na parte superior das carnagens. O logótipo Panigale V2 de grandes dimensões nas carenagens inferiores completa a decoração, sendo inspirado no grafismo das motas Ducati Corse. De recordar que a Ducati Panigale V2 dispõe de um motor de dois cilindros dispostos em V, com 955 centímetros cúbicos de cilindrada, capaz de debitar 155cv de potência e 104Nm de binário. É cumpridor das normas de emissões Euro 5.
BMW tem novo controlo de cruzeiro ativo A BMW tem um novo sistema de controlo de velocidade de cruzeiro
distância ao veículo que segue à frente – que pode ser variada em três
ativo, que promete revolucionar nas motas. Se nos carros já há muito
fases.
tempo é possível usufruir de controlo de velocidade de cruzeiro sem o
Em curva, a velocidade é reduzida automaticamente se necessário,
ter de adaptar manualmente à velocidade do veículo da frente, agora a
procurando um ângulo de inclinação confortável. Em ângulos de incli-
mesma possibilidade chegará às motas.
nação maiores a dinâmica de travagem e de aceleração são limitadas
Trata-se do novo BMW Motorrad Active Cruise Control (ACC),
para conservar uma manobrabilidade estável. O condutor pode sem-
apresentado recentemente. É desenvolvido em parceria com a Bosch,
pre intervir, sendo que o ACC é um sistema de auxílio à condução que
garantindo máximo conforto para os condutores de turismo exigen-
só responde a veículos em movimento – sendo inviável para situações
tes. Regula automaticamente a velocidade definida pelo condutor e a
de trânsito intenso ou paragem em semáforos.
-4- | MOTORCYCLE SPORTS |
Grupo Piaggio contraiu empréstimo de 60 milhões de euros O grupo Piaggio assinou um empréstimo de 60 milhões de euros com a Banca Monte dei Paschi di Siena e a Cassa Depositi e Prestiti em proporções iguais. Este financiamento através de crédito destina-se a apoiar os próximos investimentos em pesquisa e desenvolvimento planeados. Em causa estão áreas como
KTM lançou a gama de supercross para 2021 A KTM apresentou recentemente a sua gama
amortecedores traseiros WP XACT e pneus
de supercross para 2021, que chega com a
Dunlop Geomax MX-33. A KTM 450 SX-F
a segurança ativa e passiva,
promessa de novos níveis de tecnologia e
tem modificações ao nível do motor e pode
com o intuito de reforçar
rendimento. Segundo a marca de Mattighofen,
ser ligada com a app myKTM – tal como as
a gama de scooters, motas
trata-se da gama mais vasta e avançada
350SX-F e 250SX-F.
e viaturas comerciais das
tecnicamente já disponível na sua oferta.
A KTM 125 SX de 2021 – com motor a
marcas do grupo. Desta
As indicações obtidas na competição
dois tempos – tem um novo pistão e partes
forma, o grupo Piaggio
ajudaram a aprimorar os diversos modelos
internas da embraiagem. A 85 SX tem maior
espera poder continuar o
com o objetivo de os tornar mais leves,
potencial de travagem com discos maiores e
trabalho de consolidação e
potentes e mais manobráveis e equipados.
um novo sistema de travagem à frente e atrás,
expansão da sua posição no
As melhorias são essencialmente ao nível
sendo que as 50 SX e 50 SX MINI continuam
setor da mobilidade – além
de suspensão e chassis, com forquilha e
com um novo guiador.
de reforçar a sua estrutura financeira.
| MOTORCYCLE SPORTS | -5-
Rudi Schedl
NOTÍCIAS
A família de motocross da Husqvarna para 2021 A Husqvarna anunciou as suas nove motas da gama de motocross para o
Quanto aos miniciclos – TC 85, TC 65 e TC 50 – têm nova forquilha WP
próximo ano – com melhorias estéticas, na ergonomia, tecnologia e design.
XACT com tecnologia AER, nova cobertura do assento de elevada aderên-
O foco residiu nas suspensões e na manobragem.
cia, novas pinças de travão no caso da TC 85 e um novo guiador NEKEN
Assim, os engenheiros do construtor dotaram as novas Husqvarna de um
em alumínio no caso das TC 65 e TC 50.
novo sistema de amortecimento das forquilhas WP XACT com tecnologia
No caso dos modelos de quatro tempos, os motores modernos e compac-
AER – o que confere maior conforto. Há igualmente um novo amortecedor
tos têm mudanças ao nível do eixo interno e eletrónica moderna, incluindo
WP XACT atrás. O assento tem uma nova textura a revesti-lo, havendo
controlo de arranque. Para os modelos de quatro tempos, além da FC 450
igualmente novidades ao nível do design de sub-quadro em duas peças
Rockstar Edition de 2020, a partir do dia 25 de julho está disponível a
de compósito. A Husqvarna adotou novos gráficos amarelo elétrico e azul
aplicação móvel Husqvarna Motorcycles, que funciona em conjunto com a
escuro.
unidade de conectividade que terá de estar instalada na mota.
-6- | MOTORCYCLE SPORTS |
Créditos: PSP/Lukasz Swiderek
Créditos: Honda Racing Corporation
Pol Espargaró na Repsol Honda, Álex Márquez na LCR Honda… e Crutchlow de saída
Um dos assuntos recorrentes do início do verão em torno do mercado
Para Pol Espargaró entrar na Repsol Honda, teve de sair Álex Márquez.
de MotoGP envolveu o lugar ao lado de Marc Márquez na Repsol Hon-
Este foi confirmado na LCR Honda, tendo contrato direto com a HRC
da Team. Pol Espargaró foi apontado insistentemente à vaga – mesmo
até ao fim de 2022 e apoio de fábrica do construtor japonês – podendo
antes de Álex Márquez ter a chance de mostrar os seus dotes em corri-
assim evoluir sem a pressão de representar uma equipa oficial. Em co-
da na categoria rainha.
municado, o espanhol afirmou: ‘A HRC deu-me a oportunidade de chegar
A especulação subiu de tom depois da confirmação da saída de Espar-
ao MotoGP e eu estou satisfeito por me juntar à LCR Honda Team no fim de
garó da Red Bull KTM, mas só surgiu a 13 de julho – na semana que
2020 e por competir numa grande equipa com experiência no MotoGP. […]
levou à primeira ronda da época. O #44 vai representar a Repsol Honda
Trabalharei no duro para provar a confiança deles com resultados’.
Team até ao final de 2022, com um contrato de duas épocas que o
Da LCR Honda sai Cal Crutchlow, ao fim de vários anos de colaboração.
coloca frente a frente com Marc Márquez.
O futuro do britânico ainda está envolto em incerteza na hora de fecho
No site oficial do MotoGP, Espargaró comentou: ‘Vou tentar mostrar o
desta edição. À imprensa, o piloto tinha admitido que uma mudança
que sou capaz de fazer com muito esforço e sacrifício nesta nova etapa da
para a Aprilia Racing Team Gresini seria uma forte probabilidade – em
minha vida que promete ser ainda mais intensa. Mas ainda tenho uma tem-
Noale, não se sabe como será o futuro de Andrea Iannone, uma vez que
porada inteira junto da KTM e onde, como sempre, vou tentar estar ao nível
está à espera do resultado do apelo à suspensão de 18 meses devido à
que esta grande fábrica merece’.
análise de doping positiva em novembro passado.
DIOGO VENTURA É CAMPEÃO NACIONAL DE ENDURO O enduro retomou em Portugal no início de julho – a dia 5 – e com campeão definido. Diogo Ventura (Beta) selou o triunfo na ronda de Souselas que deu por encerrada a temporada e assim renovou o título nacional – o terceiro absoluto do piloto de Góis. Em Souselas, Ventura comandou desde a primeira especial, somando um total de oito vitórias em especial para triunfar à geral com grande à-vontade. O piloto da Alves Bandeira comentou em comunicado da Federação de Motociclismo de Portugal: ‘Foi o que fiz e graças à minha fantástica equipa que conquistámos o campeonato que fica em Góis e regressa à Beta’
Stefan Klupiec/© 2020 Federação Motociclismo Portugal
Pol Espargaró (direita) e Álex Márquez (esquerda) no epicentro das mudanças no seio da estrutura Honda no MotoGP.
MERCADO
-8- | MOTORCYCLE SPORTS |
© KTM Images/Polarity Photo
Simon Patterson
Honda e KTM
foram as protagonistas do mercado de pilotos para 2021 com Oliveira a subir à equipa de fábrica A temporada de 2020 pode ter um calendário mais reduzido, mas em compensação o mercado de pilotos trouxe algumas surpresas. Tanto a Honda como a KTM foram as marcas que maior impacto fizeram nesta ‘dança de cadeiras’; dança essa que influenciou diversas equipas do paddock.
Oliveira é o primeiro português de sempre a chegar a uma equipa de fábrica de MotoGP
Até há algumas semanas, o mer-
de Jerez – Angel Nieto é o palco
cado de pilotos previa possíveis
do primeiro Grande Prémio da
renovações e continuações de
temporada, mas desde o Qatar al-
pilotos nas respetivas equipas. A
gumas coisas mudaram quando o
pandemia de COVID-19 veio mu-
tema é o mercado de pilotos para
dar as rotinas de meio mundo e o
os próximos dois anos.
MotoGP não foi exceção. O mun-
Pol Espargaró chegou à KTM na
dial de Moto2 e Moto3 ainda viu
pré-epoca de 2017 e este ano
a primeira corrida do calendário
tudo indicava que o espanhol fos-
acontecer, no Qatar, mas o mes-
se renovar contrato. O #44 foi o
mo não se sucedeu com o piná-
pilar da marca Mattighofen duran-
culo do motociclismo. Antes da
te três temporada completas mas
corrida de MotoGP – que nunca
o ano de 2020 foi (e continuará a
acabou por acontecer – os pilo-
ser) diferente para a relação entre
tos ainda estiveram no traçado de
as partes. Onde há fumo, há fogo
Doha a testar tendo uma noção
e durante as últimas semanas Es-
relativa da competitividade das
pargaró foi ligado à Honda sem
suas máquinas.
haver qualquer tipo de oficializa-
Nos meses seguintes, a quarente-
ção de ambas as partes ao longo
na foi a palavra de ordem e, mais
de semanas. Dias antes do GP de
tarde, as fábricas começaram por
Espanha, a Honda anunciou que
retomar os trabalhos. O Circuito
Pol Espargaró iria assumir o lugar | MOTORCYCLE SPORTS | -9-
de Álex Márquez até 2022. Ocupando o lugar de fábrica, Es-
© KTM Images/Philip Platzer
MERCADO
pargaró remeteu Álex Márquez à equipa satélite numa altura em que já existia a possibilidade de Cal Crutchlow sair da estrutura de Lucio Cecchinello. Com os anúncios da Honda (incluindo o futuro do irmão de Marc Márquez que fica na LCR em 2021), Cal Crutchlow não estava oficialmente retirado da estrutura da marca nipónica mas em comunicado a Honda caracterizou o britânico
Saída de Pol Espargaró ‘agitou as águas’ do mercado de pilotos
como ‘um ativo valioso dentro e o #35 poderá ocupar o lugar de Andrea Iannone até porque a saída de Takaaki Nakagami é pouco provável já que este conta com o
Box Repsol/Flickr
fora de pista’. Apontado à Aprilia,
Descida para a LCR em 2021 foi realidade para Álex Márquez
apoio da própria Honda e da empresa japonesa Idemitsu. Mas o mercado de piloto não se fez apenas de Pol Espargaró. Os rumores da mudança do #44 vieram mexer com o restante mercado , nomeadamente com a estrutura da própria KTM que perdeu o seu ‘ponta de lança’. Com o lugar vazio na equipa de fábrica, a marca austríaca ficou com várias hipóteses para o sucessor do espanhol. Miguel Oliveira era um dos fortes candidatos, uma vez que era o segundo piloto que mais andamento tinha em cima da RC16. Simultaneamente, Danilo Petrucci também foi apontado como colega de equipa de Brad Binder. Contudo, no mesmo dia, a KTM confirmou a subida de Miguel Oliveira à equipa de fábrica colocando Petrucci ao
andamento para os demais fez
ano sabático, procurando novo as-
em manter o seu line-up para o
lado de Iker Lecuona com as cores
com que a Ducati decidisse não
sento para a temporada de 2022;
futuro, assim como a Yamaha fez
da Tech 3.
renovar o contrato de um ano que
ano esse que terá a maioria dos
com Maverick Viñales e Fabio
A possibilidade de Petrucci dei-
tinha com o #9, preferindo dar
lugares definidos com contratos
Quartararo. O francês que foi
xar a Ducati não era surpresa. Em
oportunidade a Jack Miller sem
de dois anos (2021/2022).
Rookie do Ano (passado) ascen-
2019, o italiano venceu o GP de
renovar a ligação com o seu prin-
Existem ainda outras incógnitas
deu à equipa de fábrica, ocupan-
Itália – sendo esse o ponto alto
cipal piloto: Andrea Dovizioso. A
e confirmações. Já assegurados
do o lugar de Valentino Rossi. Já o
da temporada – mas na segunda
permanência do ‘DesmoDovi’ está
estão os pilotos da Suzuki: Alex
‘The Doctor’ ainda está por tomar
metade do ano o piloto não con-
a ser algo atribulada e existe a
Rins e Joan Mir. A estrutura de
uma decisão dado que o italiano
seguiu ser competitivo. A falta de
possibilidade de o piloto fazer um
Hamamatsu não teve problemas
sempre disse que só se compro-
-10- | MOTORCYCLE SPORTS |
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meteria em renovar ‘votos’ depois de ver o (bom) rendimento da M1 deste ano. Com a pandemia de
LCR Honda MotoGP Team / Flickr
MERCADO
COVID-19, o piloto manteve-se fiel à sua palavra mas, em contrapartida, a marca do diapasão não esperou uma resposta do #46 e apresentou Quartararo como ‘arma’ para atacar o domínio de Marc Márquez. Quanto ao futuro de Valentino Rossi existem três caminhos em cima da mesa. A mudança para a
Cal Crutchlow pode estar de saída rumo à Aprilia
Petronas Yamaha SRT é a possibilidade mais certa para o nove vezes campeão mundial. Mesmo numa
antes do arranque do campeona-
equipa satélite, Rossi terá à sua
to, ficou anunciado a renovação
disposição uma M1 de fábrica ao
de votos entre Franco Morbidelli e
mesmo tempo que não corre com
a Petronas Yamaha SRT com o ita-
pressões normais de quem defen-
liano a garantir presença no Mo-
de uma equipa oficial de MotoGP.
toGP até 2022. Iker Lecuona foi a
Além disso, foi anunciado que
aposta de Hervé Poncharal para
Michael van der Mark irá deixar
a Tech 3 e o piloto poderá se dar
a equipa da Yamaha no Mundial
bem na RC16, tal como aconteceu
de Superbike, pelo que ficou uma
no GP da Comunidade Valenciana
vaga vazia para o piloto de Urbino.
de 2019. Takaaki Nakagami não
Além destas duas opções, a refor-
está ainda confirmado como pilo-
ma de Valentino não deve ser des-
to da LCR Honda, ao contrário de
cartada de todo dada a ausência
Aleix Espargaró que já garantiu a
de vitórias nos últimos anos… No
renovação e, possivelmente, o seu
entanto, a o pouco menos de duas
Danilo Petrucci rende Oliveira na Red Bull KTM Tech 3
semanas do arranque do campeo-
último contrato com a Aprilia e o MotoGP. Por fim, não existem razões para Brad Binder sair da KTM
internacional vieram dar mais for-
assim como Tito Rabat e Marc
ça aos rumores de Rossi se mu-
Márquez que já garantiram o seu
dar para a estrutura da Petronas SRT, apesar do patrão da equipa
© KTM Images
nato, os meios de comunicação
futuro a médio e longo prazo com o campeão a assegurar mais qua-
ter desmentido a existência de um
tro anos aos comandos da Honda.
acordo entre as duas partes.
Sendo este um ano extremamen-
Em relação aos restantes pilotos,
te singular, e sem corridas de
Johann Zarco corre este ano com
MotoGP até meados de julho, o
as cores da Reale Avintia Racing
mercado de pilotos teve bastante
com um olho na equipa oficial da
animação mesmo sem qualquer
Ducati. Caso o francês se dê bem
prestação em pista. No entanto,
com a Desmosedici, e na eventua-
as equipas pensam no futuro, e
lidade de Dovizioso não continuar
com base no passado, algumas
na fábrica de Borgo Panigale, Zar-
estruturas arriscam e tomam as
co poderá ter uma porta aberta assim como Francesco Bagnaia que está com as cores da Pramac. Dias -12- | MOTORCYCLE SPORTS |
Miguel Oliveira e Brad Binder voltarão a ser colegas de equipa
respetivas decisões. Apenas é uma questão de tempo para ver o resultado destas decisões.
CRÓNICA
com as cores O que Miguel Oliveira pode fazer em 2021
oficiais da KTM? foco continua em 2020 para um campeonato com uma calenda-
futuro de Miguel Oliveira no MotoGP. Segundo foi divulgado
rização diferente do habitual.
pela própria KTM, o piloto português assinou um contrato com
Até à chegada anunciada do #88 à equipa de fábrica da KTM,
a marca de Mattighofen para assumir o lugar de Pol Espargaró
Pol Espargaró era o ponto de referência para a marca austríaca.
que, nessa altura, tudo indicava uma mudança do espanhol para
Desde 2017, inclusive, o #44 conseguiu terminar os três campeo-
uma moto Honda. Com a celebração do contrato e a respetiva
natos sempre a subir na classificação geral sendo 17.º (55 pontos
oficialização, Miguel Oliveira garantiu novamente lugar ao lado
- 2017), 14.º (51 pontos – 2018) e 11.º classificado (100 pontos
de Brad Binder depois da dupla de pilotos ter partilhado garagem
– 2019). A RC16 evoluiu naturalmente e, em condições espe-
nas categorias de Moto3 e Moto2. De acordo com Oliveira, esta
ciais, este casamento deu um terceiro lugar no Grande Prémio
subida à equipa de fábrica foi um exemplo de como a KTM confia
da Comunidade Valenciana de 2018. Com a ascensão de Miguel
no #88 para assegurar o desenvolvimento da RC16 ao mesmo
Oliveira para o campeonato de 2021, é natural que o foco seja o
tempo que admitiu que esta mudança também o vai fazer ‘crescer
desenvolvimento da moto austríaca, mas é do conhecimento de
como piloto’.
todos que a KTM está no MotoGP para ganhar. Contudo, seria
Mesmo com uma moto igual, Miguel Oliveira terá no próximo
imprudente colocar já pódios e vitórias como objetivos a atingir
ano maiores responsabilidades já que irá correr com a equipa de
numa perspetiva de curto prazo.
fábrica; em boa verdade, e tendo em conta a mudança de Pol
A KTM já conhece (e reconhece publicamente) a capacidade de
Espargaró, é possível que o piloto de Almada venha a começar
Miguel Oliveira em desenvolver protótipos de competição. A re-
a trabalhar com a mente focada na próxima temporada. Até lá, o
lação entre as duas partes já vem de outros tempos e esta aposta
© KTM Images
Foi no final do passado mês de junho que se tornou público o
-14- | MOTORCYCLE SPORTS |
TEXTO: Simon Patterson
@photopsp_lukasz_swiderek/Michelin
CRÓNICA
no português não foi um tiro no escuro. De um lado, a RC16 precisa de
concerne ao processo de desenvolvimento.
continuar a ser desenvolvida ao mesmo tempo que a marca austríaca
Um bom presságio do que poderá acontecer no futuro foi demonstra-
tem à sua disposição um profissional capaz de ser o responsável por
do no segundo (de três) dia(s) de testes em Misano. Na manhã de 24
esse mesmo desenvolvimento. Além disso, Oliveira já mostrou a todos
de junho de 2020, Miguel Oliveira fez o melhor tempo, segundo o
que é capaz de lutar por um campeonato do mundo caso tenha uma
GPOne.com, sendo mesmo o único a conseguir rodar abaixo do 1m33s.
moto desenhada e pensada nas suas características. Tanto no Moto3
A volta de 1m32,9s esteve no topo da tabela de tempos durante toda a
como no Moto2, o português discutiu o título com as cores da KTM,
tarde e por lá permaneceu. Este não é o único exemplo que Oliveira já
pelo que é expectável que Oliveira venha a lutar por pódios (e possi-
deu aos comandos de uma RC16. No GP da Áustria do ano passado – o
velmente algo mais) a médio prazo. Até isso acontecer, é preciso tem-
primeiro com a mesma moto igual aos pilotos de fábrica - o português
po para trabalhar, recolher dados e tomar as decisões (corretas) no que
cruzou a linha de meta num oitavo lugar, numa corrida para o qual ar-
-16- | MOTORCYCLE SPORTS |
Um bom presságio do que poderá acontecer no futuro foi demonstrado no segundo (de três) dia(s) de testes em Misano. Na manhã de 24 de junho de 2020, Miguel Oliveira fez o melhor tempo, segundo o GPOne.com, sendo mesmo o único a conseguir rodar abaixo do 1m33s.
rancou na 13.ª posição. Foi nessa prova que ficou mais do que demons-
so de desenvolvimento que, a prazo, irá dar os devidos frutos.
trado as ‘reais’ capacidades do português quando este tem as mesmas
Não é de todo lógico já pensar em pódios a partir de 2021, mas a ten-
ferramentas que os seus colegas de marca.
dência é crescente tanto para a marca como para o próprio Oliveira.
Em 2020, a KTM tem ainda Pol Espargaró mas o espanhol está de saída
Nesse sentido, é de esperar que o piloto consiga alcançar diversos top
da equipa. Do outro lado, Oliveira e os dois rookies (Brad Binder e Iker
10 já no primeiro ano com uma certa consistência, mas, ainda assim, não
Lecuona) têm este ano menos tempo para se adaptarem para a próxima
se deve descartar a possibilidade em conseguir terminar entre os cinco
temporada. No entanto, e além do apoio de Dani Pedrosa e Mika Kallio,
primeiros num ou outro Grande Prémio. Para este primeiro ano de con-
a marca laranja irá contar também com Danilo Petrucci, que se mudará
trato, a incógnita passa mais pela consistência até porque no MotoGP
para a Tech 3, depois do último Grande Prémio do ano. Com seis pilotos
nem tudo é técnica e talento; também existe momentos onde a sorte ou
debruçados numa moto, Miguel Oliveira terá bastante apoio no proces-
o azar podem ditar o destino de algumas situações em pista. | MOTORCYCLE SPORTS | -17-
MOTOGP
Perfil das Equipas e pilotos @photopsp_lukasz_swiderek/Michelin
TEXTO: Simon Patterson
Os recém chegados ao Motogp: Álex Márquez, Iker Lecuona e Brad Binder
Campeonato de 2020 promete em
diferentes perspetivas para cada uma das equipas
A temporada de 2020 promete ser singular em muitos sentidos. O campeonato teve início em pleno verão, no Circuito de Jerez, com um calendário um pouco mais reduzido face ao que normalmente acontece. Por ser tudo mais compacto e intenso, os pilotos terão menor margem de erro onde um azar terá consequências mais significativas. REPSOL HONDA TEAM
do #99: Álex Márquez. Após se
a ‘despromoção’ do #73 para a
mesma o total apoio da Honda.
– A DUPLA DE CAMPEÕES
ter coroado campeão de Moto2,
equipa satélite da Honda. O es-
Ao mesmo tempo, irá estar numa
QUE PROMETE MARCAR A
a fabricante nipónica deu o seu
treante vai, assim, dar início a
estrutura secundária sem as pres-
TEMPORADA
voto de confiança ao irmão de
uma nova fase da sua carreira já
sões de correr numa equipa de
Depois de Jorge Lorenzo ter
Marc Márquez assinando com ele
sabendo que terá de dar o seu
fábrica.
anunciado a sua retirada enquan-
um contrato de apenas um ano.
lugar a Pol Espargaró. No entan-
Independentemente do anúncio,
to piloto profissional a tempo in-
Mesmo sem ter feito uma única
to, esta mudança permitirá a Álex
Álex Márquez entrava-se bas-
teiro, a fábrica da Honda não es-
corrida, dias antes do arranque
Márquez correr no próximo ano
tante animado para o arranque
perou para contratar o sucessor
do campeonato foi anunciada
numa equipa
do campeonato. No comunicado
-18- | MOTORCYCLE SPORTS |
privada tendo na
é um circuito que conheço bem e
ano, o espanhol quer manter a
o teste na quarta-feira será impor-
calma e o raciocínio para uma es-
tante porque embora tenhamos po-
treia que há muito estava deseja-
dido pilotar em motocross e manter
da: ‘É claro que estou muito empol-
a nossa forma, não há nada como
gado por ver a equipa novamente
uma moto de MotoGP. Precisamos
e finalmente fazer a minha estreia
de adaptar a forma como traba-
no MotoGP, é algo com que todos
lhamos para permanecer seguros e
sonham. Vai ser um fim de sema-
saudáveis, mas estou mesmo em-
na diferente, mas creio que quando
polgado por ver de novo a equipa e
começarmos a trabalhar em pista o
desfrutar a pilotar a Honda’, disse
nosso foco mudará e podemos pro-
oficialmente.
@photopsp_lukasz_swiderek
que antecede o primeiro GP do
gredir de boa forma. A chave é levar este fim de semana com calma
DUCATI TEAM
e manter-nos realistas, mas é claro
– ARRANQUE DE
que estou empolgado, sonhei em
CAMPEONATO SEM ESCOLHA
alinhar na grelha do MotoGP desde
DE PILOTOS TOTALMENTE
criança’.
DEFINIDA PARA 2021
Do outro lado da garagem não
Ao contrário da principais con-
havia mudanças de maior até
correntes, a Ducati chegou a
porque Marc Márquez assinou
Jerez com apenas um piloto de-
um contrato de longa data, dei-
finido para a temporada seguin-
xando de canto toda e qualquer
te: Jack Miller. O australiano
pressão desnecessária no futuro.
mostrou resultados na Pramac e,
Totalmente focado em renovar o
como consequência, a fábrica de
título de campeão, o #93 tinha
Borgo Panigale assinou contrato
como prioridade inicial os testes
com o piloto deixando de canto
de Jerez que antecederam dias
Danilo Petrucci. No que respei-
antes do GP de Espanha. ‘Jerez
ta a Andrea Dovizioso, as partes
Marc Márquez é o alvo a abater
Andrea Dovizioso lidera ataque da Ducati ao título em 2020
não tinham chegado a acordo
não sei quais são as minhas reais
com o futuro o ‘DesmoDovi’ ain-
condições. Teremos de nos habituar
da incerto antes da primeira cor-
ao calor de Jerez e, tendo em conta
rida do ano. A juntar a toda esta
o calendário curto, será ainda mais
problemática, o #04 fraturou uma
importante não cometer erros. Em
clavícula antes do GP de Espanha
qualquer caso, poder ver a equipa e
depois de ter sofrido uma queda
competir é o que mais quero agora!
numa corrida de Motocross - com
Que a ação comece!’.
a devida autorização da Ducati. felicidade
MONSTER ENERGY YAMAHA
sentida de voltar a competir, o
MOTOGP – EQUIPA COMEÇA
italiano deixou claro que só ha-
CAMPEONATO COM SAÍDA DE
verá uma real noção do seu de-
ROSSI OFICIALIZADA
sempenho a partir do momento
Depois de ter anunciado a re-
que estiver em pista: ‘Por fim é
novação de Maverick Viñales, a
o momento que todos nós, pilo-
Yamaha não perdeu muito tempo
tos, estivemos à espera durante
para anunciar o seu novo compa-
meses. O Mundial começa e uma
nheiro de equipa: Fabio Quarta-
ótima notícia para todos! Depois
raro. Desta forma, Valentino Ros-
da cirurgia à clavícula continuei a
si ficou de fora da equipa oficial
trabalhar no duro para tentar ficar
depois do #46 ter dito inúmeras
o mais preparado possível para o
vezes que só renovaria contrato
GP de Espanha. Sinto-me bem, as
depois de completar algumas cor-
minhas sensações são positivas,
ridas.
mas até estar na Desmosedici GP
Desta forma, a fábrica de Iwata
Robert Gray/Box Repsol
Autonomamente
da
| MOTORCYCLE SPORTS | -19-
Perfil das Equipas e pilotos Lukasz Swiderek/photoPSP.com/Michelin
MOTOGP Maverick Viñales perspetiva ano positivo para a Yamaha
com maior facilidade dado que
na obrigatória. Mesmo com todas
estavam
pressões
as condicionantes, Mir continuou
sobre a continuidade de algum
descartadas
os treinos e esta pausa deu-lhe
dos pilotos no projeto da fabri-
mais tempo para trabalhar devi-
cante nipónica.
damente a sua preparação física:
Assim como os restantes piloto
‘Fisicamente sinto-me mesmo bem;
de MotoGP, Rins estava mais do
ter este tempo adicional permitiu-
que entusiasmado e preparado
-me treinar mais e participar numa
para voltar a correr. O #42 asse-
das minhas paixões, que é o moto-
gurou que o foco inicial foi voltar
cross. Pude treinar mais do que o
a ter as melhores sensações pos-
habitual e aumentar o meu nível, o
síveis e, depois disso, direcionar
que melhorou a minha forma por-
a sua atenção para a afinação da
que o motocross é muito duro para
sua moto: ‘Sinto-me bem, mais
o corpo. Também passei tempo no
preparado do que nunca. Treinei ao
ginásio e a construir a minha força’
pronto para começar. Estou mesmo
RED BULL KTM FACTORY
entusiasmado e ansioso. O dese-
RACING – OBJETIVOS NÃO
nho de Jerez é espetacular, com
MUDAM APESAR DA SAÍDA DE
muitas curvas rápidas, e sinto-me
P. ESPARGARÓ
sempre bem a pilotar lá. Há muito
O ‘adeus’ de Pol Espargaró dei-
tempo que não piloto uma moto de
xou marcas no mercado de pilo-
MotoGP, embora tenha treinado
tos deste ano. A saída do espa-
com a minha GSX-R1000, portan-
nhol não aparentava fazer parte
preferiu arriscar e garantir Quar-
rência na moto foi fantástica e não
to vejamos como corre. Durante o
dos planos no início da tempora-
tararo sob a sua alçada evitando
tive problemas. Estou muito feliz
dia de testes tentar restabelecer
da mas em altura de quarentena
que o jovem francês fosse para
e confiante para o fim de semana.
a sensação e depois trabalhar na
os rumores começaram a surgir.
outra equipa. Os rumores de um
Tenho de dizer que aqui a moto do
configuração.’
De um momento para o outro, o
possível salto para a Petronas
ano passado funcionou muito bem
Do outro lado da garagem, Joan
que não estava confirmado cer-
Yamaha SRT começaram a ganhar
porque temos muitas curvas, mas
Mir afirmou estar fisicamente bem
to se tornou e esta será mesmo
força ao mesmo tempo que a es-
este ano consigo atacar as curvas
num primeiro semestre de 2020
a última temporada do #44 com
trutura malaia garantia o futuro
de forma diferente, especialmente
caracterizado por uma quarente-
as cores da KTM. Do outro lado
de Franco Morbidelli até 2022.
travando muito forte – o que me
Antes de todas estas negocia-
dará alguma vantagem se precisar
ções, os pilotos da Yamaha esti-
de ultrapassar. Mas ainda temos
veram em pista para completar os
tempo para trabalhar, ver se pode-
testes de pré-temporada. O sal-
mos fazer a moto virar um pouco
do foi positivo e Viñales chegou
mais e fazer melhores tempos por
a Jerez confiante de que poderia
volta’.
sonhar com voos mais altos. Em comunicado oficial, o #12 parti-
TEAM SUZUKI ECSTAR –
lhou a existência de razões para
RENOVAÇÃO DE PILOTOS
a fábrica japonesa sorrir já na pri-
PERMITE MAIS FOCO EM
meira corrida: ‘Seguramente estou
TEMPORADA ENCURTADA
muito confiante, porque senti que a
A equipa oficial da Suzuki entrou
moto está a funcionar muito bem e
para este campeonato com Álex
temos uma sensação especial com
Rins e Joan Mir assegurados para
a equipa. O calor foi muito alto
o futuro a médio prazo. Com esta
hoje e a moto esteve a funcionar
certeza em cima da mesa, a dupla
normalmente, e, regra geral, temos
de espanhóis conseguia focar-se
mais algumas dificuldades. A ade-
no desenvolvimento da GSX-RR
-20- | MOTORCYCLE SPORTS |
Rins e Suzuki procuram ir além dos três pódios de 2019
@photopsp_lukasz_swiderek/Michelin
longo do confinamento e sinto-me
SHARK HELMETS | A escolha de campeões
As escolhas
de MIGUEL OLIVEIRA RACE·R PRO O capacete da categoria RACING esteve presente nos podios em mais de 200 grandes competições*, O capacete RACE-R PRO tem um invólucro composto de fibra de carbono/aramida, com 2 tamanhos de casco para um ajuste morfológico ideal e possui EPS multi-densidade. Aerodinâmica optimizada gerada por CFD (Computational Fkuid Dynamics) potenciando a ventilação. A viseira tem um viso ótico de classe 1 com espessuras variáveis sem distorção visual, é antirriscos e evita o embaciamento. Sistema Easy Fit patenteado pela Shark: conforto ideal para as pessoas que usa óculos. Forro interior amovível, lavável. Compartimento para Sharktooth®. *Estudo interno realizado entre 2012 e 2017 nas categorias de competição do Grande prémio MotoGP, Moto2, Moto3, WSBK e WSSP.
SKWAL 2 O capacete SKWAL2 distingue-se dos demais, graças ao sistema de iluminação que contribui para uma maior segurança em condução noturna ou em situações de visibilidade reduzida. Capacete com sistema LED integrado que proporciona maior visibilidade. O sistema é alimentado por uma bateria incorporada que é carregada através de tomada USB! Pode ainda ser desligado se o condutor assim o desejar. Aerodinâmica otimizada gerada por CFD (Computational Fluid Dynamics) potenciando a ventilação. A viseira solar interna é de classe UV380. Possui ainda um tratamento antirriscos e tem um sistema de remoção rápido e prático. Fornecido com Pinlock Maxvision® que evita o embaciamento da viseira. Sistema Easy FIT patenteado pela Shark: conforto ideal para as pessoas que usam óculos. Forro interior amovível, lavável. Compartimento para Sharktooth®.
Perfil das Equipas e pilotos @photopsp_lukasz_swiderek/Michelin
MOTOGP
Pol Espargaró continua totalmente comprometido com KTM apesar de acordo com a Honda
vez que já renovou contrato com
é uma pista de que gosto e onde
Aleix Espargaró. O piloto irá con-
no ano passado consegui a minha
tinuar na fabricante italiana mais
primeira pole position, por isso vou
um par de anos, mas segundo o
dar o meu melhor para ter o melhor
próprio, este poderá ser o seu
resultado possível, mas temos de
último contrato. Do outro lado
fazer as coisas passo a passo e vol-
da garagem, Smith não tem nada
tar a ter boas sensações antes de
certo até porque existem rumo-
darmos tudo na qualificação. Tenho
res que ligam Cal Crutchlow à
feito muito treino cardio durante a
equipa de MotoGP.
quarentena e nas últimas semanas nem me treinei muito na moto por-
PETRONAS YAMAHA SRT –
que não quero correr demasiados
PÓDIOS CONTINUAM A SER
riscos.’
POSSIBILIDADE NO SEGUNDO
E continuou: ‘Ainda assim estou
ANO DE MOTOGP
preparado e lembro-me que a úl-
A equipa satélite da Yamaha tem
tima vez que estive na YZR-M1 foi
bons indicadores para conse-
no teste no Qatar, numa simulação
guir bons resultados em 2020.
de corrida e senti-me confiante.
Depois de no ano passado ter
Mal posso esperar para voltar a ter
conseguido ser a melhor equipa
essa sensação. O objetivo para o
da garagem continua Brad Binder
desenvolvimento da RS-GP da
independente, com Quartararo
teste será o de voltar à moto, vol-
para um 2020 que será o seu ano
Aprilia. O espanhol correu no ano
a ser Rookie do Ano, a estrutu-
tar a ter essas sensações positivas
de estreia na categoria rainha.
passado com Andrea Iannone;
ra de Razlan Razali espera, pelo
e preparar-me para competir de
Ambos os pilotos se encontram
dupla esta que começou a dar os
menos, igualar as poles position e
novo. Vai saber tão bem regressar à
focados em dar um bom resulta-
devidos frutos mas, no entanto,
os pódios registados. Nesse sen-
moto tanto tempo depois da última
do à fábrica de Mattighofen, mes-
o italiano foi temporariamente
tido, renovou com Franco Morbi-
vez’, disse oficialmente o piloto no
mo Espargaró que está de saída
banido do MotoGP por doping.
delli ao mesmo tempo que havia
dia anterior ao teste de Jerez.
para a Honda. ‘Estou muito feliz,
Desta forma, a fábrica de Noale
possibilidades de assinar contrato
vai ser uma mudança empolgante
teve de arrancar um piloto subs-
com Valentino Rossi.
PRAMAC RACING – LINEUP
na minha carreira, com uma equi-
tituto para esta temporada com
Os testes de pré-temporada tam-
NÃO ESTÁ CONFIRMADO;
pa campeã do mundo. Mas temos
a decisão a recair sobre Bradley
bém foram proveitosos para a
BAGNAIA SEM ASSENTO
muitas corridas este ano. É uma es-
Smith.
equipa malaia. Quem assegura
GARANTIDO
pécie de sensação estranha anun-
A situação está temporariamente
isso mesmo é Quartararo que re-
A equipa de Paolo Campinoti
ciar o futuro sabendo que temos
resolvida mas o futuro é parcial-
lembrou os bons momentos sen-
arranca para o campeonato des-
muitas corridas de agora em dian-
mente incerto para a Aprilia, uma
tidos dos testes do Qatar: ‘Jerez
te ano com a mesma dupla que
te. Então penso que a melhor forma de o enfrentar é fazer um bom ano com a KTM – creio que eles merecem o meu respeito, então vou dar tudo até à última corrida em Valência. Acho que vamos desfrutar deste ano juntos e bons resultados
correu em 2019: Jack Miller e
Aleix Espargaró seriamente animado com perspetivas para a RS-GP de 2020
esperam-nos até ao fim’, disse .
Francesco Bagnaia. No entanto, a equipa italiana é a única que ainda não confirmou nenhum dos seus pilotos para 2020 porque existem mais candidatos do que motos em garagem. A renovação de Bagnaia ainda não é dada como certa e tanto Johann Zarco
APRILIA RACING TEAM
como Jorge Martín são aponta-
GRESINI – CRESCIMENTO
dos como possibilidades.
FOI PALAVRA DE ORDEM EM
Independentemente desta névoa
PRÉ-EPOCA
que paira na garagem da Pramac
Assim como Pol Espargaró tem
Racing, a dupla Miller/Bagnaia
sido o pilar da KTM, Aleix Espargaró tem sido a peça principal do -22- | MOTORCYCLE SPORTS |
está determinada em melhorar @photopsp_lukasz_swiderek/Michelin
os resultados do ano passado.
O Repsol Move chegou ao seu telemóvel
Todos os cartões de parceiro no seu telemóvel Descarregue a App e ganhe 500 pontos extra Vantagens que não param repsolmove.com
MOTOGP
Perfil das Equipas e pilotos
Se por um lado a equipa satéli-
co poderá ter na equipa satélite a
bém sem contrato assinado antes
batida pela Reale Avintia Racing
te da Ducati perdeu a luta pelo
possibilidade de chegar à equipa
da primeira corrida do ano, estava
mas agora a situação é um pouco
campeonato das equipa inde-
oficial da Ducati, pelo que é na-
Takaaki Nakagami. O japonês vai
diferente.
pendentes, por outro também
turalmente um dos candidatos ao
para a sua terceira temporada no
A KTM chegou a Jerez de la Fron-
foi derrotada quando se tratou
lugar de Andrea Dovizioso.
MotoGP focado em continuar a
tera com mais experiência e o
da disputa de título de Rookie do
desenvolver-se, assim como levar
mesmo se aplica à equipa fran-
Ano. Bagnaia não teve um arran-
LCR HONDA – LUTA PELO
a sua moto mais longe na classifi-
cesa que este ano conta efetiva-
que de temporada perfeito e isso
TÍTULO DE MELHOR PILOTO
cação, dado que foi 13.º classifi-
mente com duas motos iguais às
deixou o italiano um passo atrás
E EQUIPA INDEPENDENTES
cado na temporada passada.
da equipa de fábrica. Com este
da concorrência direta, na altura.
SERÁ NOVAMENTE META
Agora, com mais experiência,
Takaaki Nakagami e Cal Crut-
RED BULL KTM TECH
poderá sonhar um pouco mais
Bagnaia terá de demonstrar re-
chlow são as armas da LCR para
3 – SEGUNDO ANO COM
alto face a alguns dos resultados
sultados se quiser permanecer
a temporada de 2020. A equipa
KTM PODE DAR DIREITO A
conseguidos na sua temporada
na equipa e, quiçá, sonhar com
de Lucio Cecchinello é a equipa
SURPRESAS ANIMADAS
de estreia. Do outro lado da gara-
a possibilidade de ser o sucessor
satélite da Honda e ambiciona
A equipa de Hervé Poncharal
gem, Iker Lecuona já tem alguns
de Andrea Dovizioso na equipa
voltar a lutar pelo campeonato de
teve em 2019 a sua primeira ex-
quilómetros adicionais em sua
oficial da Ducati. Não esquecer
pilotos e equipas independentes
periência com outra fabricante
posse depois de ter feito a sua
que também existem candidatos
depois de em 2019 ter perdido
que não a Yamaha. A estrutura
estreia no MotoGP no Grande
às Desmosedici da Pramac e é
para Fabio Quartararo e para a
francesa passou a ter motos KTM
Prémio da Comunidade Valencia-
neste limbo que o pupilo de Va-
Petronas Yamaha SRT.
em que Miguel Oliveira e Hafizh
na, em novembro passado. Ain-
lentino Rossi chega a Jerez de la
Crutchlow terminou a temporada
Syahrin foram os responsáveis
da assim, a adaptação continua
Frontera.
passada no nono lugar da geral
por levar as novas cores o mais
e essa será o foco do espanhol
esperando ser melhor no seu últi-
acima possível na classificação fi-
enquanto que Oliveira poderá
REALE AVINTIA RACING
mo ano com as cores da LCR. Do
nal. Do lado da classificação por
trabalhar no desenvolvimento da
– A CHEGADA DE ZARCO
lado oposto da garagem, e tam-
equipas, a Tech 3 apenas não foi
RC16.
fator na variável, Miguel Oliveira
AUMENTOU A FASQUIA A equipa espanhola tem em 2020 o virar da página. No ano passado fez o campeonato com Tito Rabat e Karel Abraham, mas as circunstâncias não foram de acordo com os desejos do checo e Abraham
Desenvolvimento da RC16 é o foco de Miguel Oliveira para voos oficiais no próximo ano |
teve de sair da equipa para dar lugar a Johann Zarco. A chegada do francês foi muito benéfica para uma das estruturas mais fracas do campeonato que passou, de um ano para o outro, a garantir o estatuto de equipa satélite em detrimento da posição de equipa cliente. Esta mudança trouxe maior apoio por parte da Ducati que terá na sua garagem dois campeões de Moto2. O próprio Tito Rabat já afirmou que a chegada de Johann Zarco irá fazer com que o espanhol dê mais de si, pelo que a Avintia será uma equipa a se
@photopsp_lukasz_swiderek/Michelin
tomar atenção já a partir deste ano. De salientar ainda que Zar© KTM Images/Polarity Photo/Robert Gray
-24- | MOTORCYCLE SPORTS |
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AMA
Supercross
O primeiro título
O AMA Supercross – principal campeonato global de supercross – chegou ao fim em junho, depois de um programa intenso das sete rondas finais em menos de um mês. A temporada terminou com Eli Tomac (450 SX), Chase Sexton (250 SX East) e Dylan Ferrandis (250 SX West) como campeões. A temporada do AMA Supercross
250 SX, a vantagem de Chase Sex-
ficou em suspenso no passado mês
ton (GEICO Honda) era um pouco
de março ao cabo de dez rondas das
mais ampla – estava dez pontos
17 previstas devido à pandemia da
acima de Shane McElrath (Monster
Covid-19. Este foi um dos vários
Energy STAR Racing Yamaha), ao
campeonatos afetados pela situação
passo que RJ Hampshire (Rockstar
de exceção que o mundo atravessa
Energy Husqvarna) seguia no tercei-
atualmente, e até já tinha mais de
ro lugar já a 18 pontos de distância
metade do calendário completo.
– pelo que se antevia uma luta a dois
Porém, descartar o regresso para
com quatro rondas por disputar.
a conclusão digna do campeonato
No que concerne à divisão Oeste
conseguiu ser evitado. A solução foi
do 250 SX, Dylan Ferrandis (Mons-
única e obrigou a uma extensão no
ter Energy STAR Racing Yamaha)
tempo – o fim de época seria ori-
era o comandante da classificação
ginalmente a 25 de abril, mas estes
com mais sete pontos do que o co-
motivos de força maior justificaram
lega Justin Cooper. Austin Forkner
o término apenas a 21 de junho. To-
(Monster Energy Pro Circuit Kawa-
das as sete jornadas finais foram no
saki) era terceiro a 13 pontos, es-
mesmo palco, o Rice-Eccles Stadium
tando por isso tudo em aberto no
em Salta Lake City com uma confi-
campeonato que estava em pausa
guração de pista destinada a cada
desde fevereiro.
ronda. No momento de interrupção, o AMA
RONDA 11: TOMAC
Supercross estava completamente
E MCELRATH IMPUSERAM-SE
em aberto nas suas três categorias.
NO RECOMEÇO
Na principal, 450, Eli Tomac (Kawa-
A retoma do AMA Supercross acon-
saki) tinha apenas três pontos de
teceu a 31 de maio com a 12.ª jorna-
avanço face a Ken Roczen (Team
da, primeira das sete no Rice-Eccle
HRC Honda), sendo o campeão em
Stadium. Em competição estiveram
título Cooper Webb (Red Bull KTM)
o AMA 450 SX e o AMA 250 SX
o terceiro classificado a 29 pontos.
East.
Quanto à divisão regional Este do
O AMA 450 SX começou com Dean
-26- | MOTORCYCLE SPORTS |
Michael Brigida
TEXTO: Bernardo Matias
Supercross
Yamaha Motor Europe
AMA
McElrath mais forte no reatar do AMA 250 SX East.
Wilson (Rockstar Energy Husqvar-
o segundo lugar quando Brayton
Honda) por claros 8,001s, enquanto
margem face a McElrath encurtar
na) e Roczen a liderarem as quali-
começou a quebrar. Na liderança
que no heat 2 foi McElrath o mais
para sete pontos.
ficações do grupo A, sendo o ale-
continuava Baggett, mas por pouco
forte – ficou 2,102s acima do colega
mão o mais rápido em absoluto no
tempo. Na 12.ª volta, Tomac passou
Colt Nichols.
RONDA 12: COOPER WEBB
cômputo geral das duas sessões ao
para a dianteira e começou a distan-
Seguiu-se a prova principal, na qual
REENTROU NA LUTA E
ter rodado em 41,666s. Na heat 1,
ciar-se.
McElrath rubricou o holeshot levan-
MCELRATH SOMOU NOVO
a primeira corrida do programa, foi
No fim, ganhou com 3,771s de
do Sexton e Martin atrás. Este últi-
TRIUNFO
Tomac a impor-se, batendo Cooper
avanço face a Cooper Webb. Roczen
mo havia de perder o terceiro posto
Com apenas dois dias de intervalo,
Webb por 1,756s numa luta que
foi terceiro após uma boa recupera-
para Garrett Marchbanks (Monster
o AMA Supercross regressou a 3 de
foi a dois. Pelo contrário, Roczen foi
ção na fase final, enquanto Jason
Energy Pro Circuit Kawasaki) e, daí
junho para a 12.ª jornada da época,
o mais forte na heat 2, ao derrotar
Anderson e Zach Osborne levaram
em diante, as mexidas foram pou-
segunda desta fase final de época
Adam Cianciarulo (Monster Energy
a Rockstar Energy Husqvarna aos
cas. McElrath conseguiu construir
em Salt Lake City.
Kawasaki) por 2,789s.
quarto e quinto lugares, respetiva-
uma margem curta, mas sólida, face
O 450 SX começou com Anderson a
O ponto alto do dia foi a corrida
mente. Baggett acabou por não con-
a Sexton – acabou 2,949s na frente.
ser o mais rápido do grupo principal
do AMA Supercross 450 SX. O ho-
seguir manter o ímpeto na fase final
Marchbanks não teve ritmo para os
da qualificação 1, enquanto Baggett
leshot foi de Blake Baggett (Team
da corrida e acabou num modesto
rivais, acabando num distante tercei-
reagiu na qualificação 2 com o me-
Rocky Mountain/KTM), que ganhou
sétimo lugar.
ro posto a 28,628s do topo. Martin
lhor tempo absoluto entre as duas
a vantagem inicial passando a con-
Quanto ao 250 SX East, McElrath
acabou no quarto lugar, sendo Pier-
sessões – 44,770s.
tar com Cianciarulo e Justin Brayton
mostrou desde o grupo A de quali-
ce Brown (Troy Lee Designs Red Bull
No heat 1, as coisas foram diferen-
(Honda HRC) na perseguição. Cian-
ficação que chegava a Salt Lake City
KTM) quinto a uma volta de McEl-
tes: houve um intenso duelo pela
ciarulo acabou por sofrer uma que-
determinado em anular a desvanta-
rath.
vitória, com Malcolm Stewart (Smar-
da, enquanto Tomac ia ganhando
gem face a Sexton no campeonato:
Depois da 11.ª ronda, no 450 SX
top Bullfrong Spas Motoconcept
posições.
o homem de Murrieta foi o mais
Tomac estava oito pontos à frente
Honda) a impor-se perante Cooper
O líder do campeonato chegou à
rápido das duas sessões de qualifi-
de Roczen no campeonato e deixara
Webb por 0,990s. Anderson, tercei-
vice-liderança na décima volta que
cação logo na frente do principal ri-
Cooper Webb a distantes 32 pon-
ro classificado, ficou a 1,812s. Nas
se percorreu, deixando para trás
val. No primeiro heat, Sexton reagiu
tos. Já no 250 SX East, com cinco
contas do heat 1, Roczen venceu
Cooper Webb – que tinha herdado
superando Jeremy Martin (GEICO
provas disputadas, Sexton via a sua
com autoridade batendo Tomac por
-28- | MOTORCYCLE SPORTS |
Simon Cudby
Cooper Webb mais forte na 12.ª ronda.
6,752s – este, por seu turno, ainda
tante da luta pelo título.
East prometendo uma fase final de
qvarna na heat 2 com 13,120s de
teve de suar para garantir que ficava
Tal como fizera na primeira ronda
época empolgante.
avanço para Osborne, sendo Tomac
na frente de Zach Osborne (Rocks-
depois do reatar da competição,
tar Energy Husqvarna).
McElrath começou forte, com os
RONDA 13: TOMAC FICOU MAIS
A chuva voltou a sentir-se na corrida
Osborne entrou mais forte na corri-
melhores tempos em ambas as qua-
PERTO DO TÍTULO E SEXTON
principal, mas não foi suficiente para
da principal, graças ao holeshot que
lificações do grupo A – sendo mes-
VOLTOU A DISTANCIAR-SE
esfriar o calor da batalha que existiu
lhe valeu a liderança. Menos posi-
mo o único a entrar nos 44s. Sexton
Depois da 12.ª jornada da tempora-
em pista. Osborne assinou o melhor
tivas foram as partidas de Tomac e
ditou a lei nas nove voltas do heat
da, Adam Cianciarulo avaliou a sua
arranque, mas não foi o suficiente
Roczen, que saíram mesmo do top
1 ao ser 10,109s mais forte do que
condição física que não era a ideal e
para impedir Cooper Webb e Tomac
dez. Webb assumiu a perseguição
Marchbanks, enquanto no heat 2
os exames concluíram o pior – teria
de assumirem as duas primeiras po-
a Osborne e Justin Barcia (Monster
McElrath dominou e bateu Martin
de parar para concluir a recuperação
sições pouco depois. Webb ainda
Energy Yamaha) colocou-se em ter-
por 10,948s.
a tempo da época do AMA Pro Mo-
ganhou uma vantagem que chegou
ceiro. Enquanto Tomac e Roczen fa-
A corrida principal teve Nichols a fa-
tocross. Assim, o piloto da Kawasaki
a rondar os dois segundos.
ziam o que podiam para subirem na
zer o holeshot para liderar durante as
teve de se resignar com o fim de
Sem embargo, Tomac não facilitou
classificação, Cooper Webb assumiu
primeiras quatro voltas. Porém, não
participação no AMA Motocross fa-
e houve uma intensa luta entre
o comando deixando Osborne para
evitou ser ultrapassado pelo colega
lhando as últimas cinco provas.
ambos, com trocas de posição, ao
trás.
McElrath, que da quinta volta em
Tomac entrou mais forte nesta jor-
longo da corrida. Ambos estiveram
Mas o homem da Husqvarna não
diante não mais perdeu o comando
nada, ao impor-se na qualificação do
a digladiar-se durante a prova, per-
conseguiu dar sequência ao bom ar-
– mesmo sem se distanciar significa-
grupo A perante Dean Wilson (Ro-
manecendo a incerteza até ao fim.
ranque, e não teve argumentos para
tivamente. No final, McElrath cortou
ckstar Energy Husqvarna) sendo o
A vitória sorriu mesmo a Tomac,
acompanhar Cooper Webb, nem
a meta 1,846s na frente de Nichols.
único a rodar dentro dos 57s. Com
que superou Cooper Webb por
para resistir às investidas de Tomac
Martin foi terceiro e Sexton o quarto
condições de chuva fraca, Cooper
1,281s. Anderson levou a melhor
– que recuperou até ao segundo
cedendo terreno.
Webb entrou em ação na heat 1 e
sobre Osborne e concluiu a terceiro
posto, ficando a 1,908s de Cooper
Tomac alargara a vantagem no co-
ao longo das oito voltas assinou uma
a 43,995s – sendo o último na vol-
Webb no final. Anderson foi quarto
mando do 450 SX para 13 pontos
prestação dominadora que o levou a
ta dos vencedores. O décimo lugar
e Roczen conseguiu um quinto pos-
face a Roczen, enquanto McElrath
superar Roczen por 12,768s. Ander-
deixava Roczen mais distante da luta
to agridoce que o deixava mais dis-
igualou Sexton no topo do 250 SX
son liderou uma dobradinha Hus-
pelo título.
terceiro.
| MOTORCYCLE SPORTS | -29-
Supercross
A antepenúltima ronda do AMA 250
tou e assumiu rapidamente o co-
SX East arrancou com Sexton a su-
mando para nunca mais o largar – no
perar McElrath por pouco menos de
final contava com 8,023s de avanço
duas décimas de segundo na qua-
face a McElrath, que não teve pro-
lificação do grupo A. McElrath, por
blemas de maior para segurar o se-
seu turno, venceu a corrida do heat
gundo posto. Nichols encerrou o top
1 superando Marchbanks por se-
três.
guros 7,902s, ao passo que Sexton
Faltavam quatro rondas para o fim
impôs-se face a Nichols por 9,688s
do 450 SX e Tomac continuava a
no heat 2. A chuva ligeira marcou
distanciar-se no topo – já tinha mais
ambas as provas.
26 pontos do que Roczen, que por
O cenário meteorológico não se al-
seu turno via Cooper Webb cada
terou na corrida principal. Sexton
vez mais próximo – a seis pontos
fez o holeshot adquirindo a van-
nesta fase. Já o AMA 250 SX East
tagem inicial, mas McElrath reagiu
ia para as duas últimas jornadas com
para liderar as primeiras cinco vol-
tudo em aberto – Sexton seguia três
tas enquanto Sexton sofreu uma
pontos à frente de McElrath.
queda. Entretanto, uma queda de Marchbanks motivou bandeira ver-
RONDA 14: COOPER WEBB
melha. No reatamento, McElrath
E FORKNER DOMINADORES
partiu melhor e manteve Sexton em
A 14.ª jornada da época do AMA
segundo.
Supercross marcou o regresso da
Porém, o líder do campeonato ripos-
divisão Oeste do 250 SX, em que
Honda Racing Corporation
Tomac ficou mais perto do título e Sexton voltou a distanciar-se"
-30- | MOTORCYCLE SPORTS |
Yamaha Motor Europe
AMA
Ferrandis seguia no topo tentando
A época do 250 SX West reatou
defender a liderança nesta reta final
com as qualificações, sendo que no
do campeonato.
grupo A Justin Cooper foi mais forte
No cômputo geral das duas qualifi-
de ambas as sessões à frente do líder
cações de grupo A do 450 SX, Ba-
do campeonato e colega de equipa
ggett rubricou a melhor marca ao
Ferrandis. No heat 1, Christian Craig
rodar em 44,704s na qualificação 2
(GEICO Honda) ganhou com 2,216s
para ficar à frente de Roczen. Segui-
de avanço face a Michael Mosiman
ram-se os heats, com Cooper Webb
(Rockstar Energy Husqvarna) sendo
a superar Roczen por apenas 0,621s
Ferrandis quinto. Já no heat 2 Austin
no heat 1, antes de Tomac se impor
Forkner (Monster Energy Pro Circuit
a Baggett por 2,880s no heat 2.
Kawasaki) levou a melhor sobre Jett
A corrida principal desta jornada re-
Lawrence (GEICO Honda).
sultou em novo alento para Cooper
A corrida principal do AMA 250 SX
Webb na luta pelo título. O piloto da
West teve 20 voltas completadas e a
Red Bull KTM dominou a prova, e
liderança pertenceu sempre a Fork-
mesmo se o holeshot foi de Roczen
ner – ainda que o holeshot tenha
a liderança pertenceu-lhe no fim de
sido de Justin Cooper. O principal
cada uma das 26 voltas percorridas.
rival de Forkner foi Ferrandis, que
Atrás de Cooper Webb ficou Os-
com o segundo lugar final a 3,109s
borne, a 5,091s – ele que depois de
de distância fez o suficiente para
uma boa partida conseguiu chegar à
conservar a liderança do campeo-
segunda posição final. Tomac teve
nato. Cameron McAdoo (Monster
de recuperar depois de um arranque
Energy Pro Circuit Kawasaki) conse-
menos conseguido, quedando-se
guiu um positivo terceiro posto na
em terceiro. Baggett e Roczen fe-
frente de Justin Cooper, sendo Mo-
charam o top cinco – algo que custa-
siman o quinto classificado.
ria a vice-liderança do campeonato
Volvidas 14 jornadas, Tomac estava
a Roczen.
no topo do AMA 450 SX com mais
Ferrandis viu o título de 250 SX West adiado.
Simon Cudby
Cooper Webb levou a luta do AMA 450 SX até ao fim
27 pontos do que Cooper Webb,
Na corrida principal, o holeshot teve
CO Honda) venceram as corridas de
ronda com a chance de fechar as
que por seu turno tinha superado
a assinatura de Cooper Webb, que
heat depois de liderarem durante
contas do título do 450 SX, e feita
Roczen por dois pontos para chegar
uma vez na frente teve Roczen no
praticamente toda a distância das
só precisava de somar mais três pon-
a segundo. O 250 SX West iria para
seu encalço. Entretanto, a luta pelo
mesmas.
tos do que Roczen e bater Cooper
as últimas duas provas com Ferran-
pódio foi intensa, com Tomac, Os-
Na prova decisiva desta penúltima
Webb independentemente do resul-
dis dez pontos na frente de Forkner.
borne e Malcolm Stewart (Smartop
jornada da época, Ferrandis fez o
tado. O 250SX East voltava para a
Bullfrog Spas Motoconcept Honda)
holeshot e liderou durante várias
penúltima jornada do ano com Sex-
RONDA 15: ELI TOMAC
entre os protagonistas numa fase
voltas. Enquanto isso, Forkner recu-
ton em perseguição do título.
E FERRANDIS FALHARAM
inicial.
perou rapidamente de um arranque
Tomac não queria perder a chance
PRIMEIRO ‘MATCH POINT’
Roczen assumiu a liderança na volta
mal conseguido adotando um ritmo
de celebrar e demonstrou-o logo
Na 15.ª jornada da época, Eli Tomac
quatro e nunca mais permitiu Coo-
mais forte e regular. Na 15.ª volta,
de início fazendo o melhor tempo
(450 SX) e Dylan Ferrandis (250
per Webb ter uma chance – cortou
conseguiu mesmo superar Ferrandis
da qualificação 1 do grupo A, antes
SX West) tinham as suas primeiras
a meta 3,140s na frente do adversá-
para assumir a liderança da corrida
de Jason Anderson se impor na qua-
chances de selarem os títulos. As
rio. Tomac acabou por ganhar uma
que não mais largou. Ferrandis deu
lificação 2 e no cômputo geral das
contas não eram fáceis – sobretu-
vantagem considerável em terceiro,
réplica, mas cortou a meta a 1,751s.
duas sessões. Dean Wilson superou
do no caso de Tomac, que precisava
mas concluiu a 17,844s da frente
Jett Lawrence bateu McAdoo na
Tomac na empolgante heat 1 por
que o principal rival não pontuasse,
– ele que nem precisava de correr
luta pelo lugar mais baixo do pódio.
0,566s e na heat 2 Jason Anderson
algo que não acontecera até então.
grandes riscos na defesa da lideran-
A duas rondas do fim, Tomac estava
ficou no topo 4,392s acima de Coo-
O mais forte do grupo A de quali-
ça do campeonato. Osborne impôs-
24 pontos acima de Roczen no 450
per Webb.
ficação do AMA 450 SX foi Tomac,
-se a Stewart na disputa do quarto
SX, sendo que o germânico ultra-
Apesar de estar discreto até então,
cujo melhor registo surgiu na segun-
posto final.
passara Cooper Webb no segundo
Cooper Webb estava naturalmen-
da sessão depois de Dean Wilson se
O mais rápido das qualificações de
lugar por um ponto. Ferrandis via a
te determinado em adiar a festa de
impor na qualificação 1. Nos heats,
grupo A do AMA 250 SX West foi
sua margem face a Forkner cair para
Tomac o mais possível, em defesa
Benny Bloss (Rocky Mountain WPS
Ferrandis, cujo melhor tempo foi
sete pontos a uma jornada do fim
do seu título. O holeshot na corrida
KTM) surpreendeu ao vencer na
estabelecido na qualificação 1 – Jett
do 250 SX West.
principal foi de Osborne, com Coo-
frente de Wilson no heat 1, ao pas-
Lawrence foi mais forte na qualifica-
so que Roczen foi mais forte do que
ção 2, mas mesmo assim mais lento
RONDA 16: TÍTULOS
persegui-lo enquanto Tomac baixava
Tomac por 1,345s no heat 2 – em
do que o líder do campeonato. Jus-
EM DISPUTA ATÉ AO FIM
ao último lugar e teve de correr atrás
que Cooper Webb foi quinto.
tin Cooper e Christian Craig (GEI-
Mais uma vez, Tomac abordava uma
do prejuízo.
per Webb e Roczen a passarem a
| MOTORCYCLE SPORTS | -31-
Supercross
Ryne Swanberg/Octopi Media
AMA
Coopeer Webb assumiu a persegui-
passo que Sexton venceu o heat 2
A uma jornada do final, Tomac ti-
última ronda contou com o ‘show-
ção a Osborne volvidas cinco voltas,
sendo 1,790s mais rápido do que
nha mais 22 pontos do que Cooper
down’ East/West em 250 SX,
com Roczen e Tomac a juntarem-se-
Nichols a completar as dez voltas
Webb no 450 SX, pelo que o título
numa corrida conjunta das duas
-lhe mais tarde. Só a sete voltas do
percorridas.
estava praticamente selado. Quan-
divisões.
fim é que houve mudança de líder,
Darian Sanayei (Monster Energy/
to ao 250 SX East, Sexton ia para a
Cooper Webb foi o mais rápido do
quando Osborne cedeu perante
Kawasaki) assinou o holeshot da
última com mais seis pontos do que
grupo A na qualificação 1, mas To-
Cooper Webb e Tomac. A luta pas-
corrida principal do 250 SX East,
McElrath, pelo que estava tudo em
mac reagiu para terminar no topo
sou a ser entre estes dois, e no fim
mas McElrath liderou desde o iní-
aberto.
da qualificação 2 e do cômputo
o homem da KTM bateu o rival da
cio. Porém, este nunca conseguiu
Kawasaki por 2,214s para lhe adiar a
ganhar uma distância considerável e
RONDA 17: TOMAC, SEXTON
vou a melhor sobre Cooper Webb
conquista do título. Osborne travou
na quinta volta foi ultrapassado por
E FERRANDIS CONSAGRADOS
por 3,096s na corrida do heat 2, ao
um duelo com Roczen pelo lugar
Sexton.
CAMPEÕES
passo que no heat 2, Roczen suou
mais baixo do pódio e levou a me-
O homem da GEICO Honda partiu
No dia 21 de junho, a tempora-
para levar de vencida – Osborne
lhor por menos de seis décimas.
então para uma exibição domina-
da de 2020 do AMA Supercross
ficou a 0,453s e Tomac a 1,548s.
No 250 SX East, Sexton foi o mais
dora – chegou a ter mais de cinco
chegou ao fim. As lideranças esta-
A temporada do AMA 450 SX che-
rápido de ambas as qualificações do
segundos e meio de avanço, embora
vam na posse de Tomac (450 SX),
gou ao fim com a corrida principal
grupo A, sendo o mesmo o único a
tenha cortado a meta com ‘apenas’
Sexton (250 SX East) e Ferrandis
da ronda 17. O holeshot perten-
rodar nos 43s. McElrath liderou a
3,427s de avanço face a McElrath.
(250 SX West) antes da derradeira
ceu a Osborne, enquanto Wilson
heat 1 com 9,651s de avanço para
Nichols foi terceiro, não tendo ritmo
ronda, que procuravam assim selar
assumiu o comando nas primeiras
Jo Shimoda (GEICO Honda), ao
para acompanhar os dois primeiros.
os títulos. Como habitualmente, a
voltas. Tomac e Cooper Webb ro-
-32- | MOTORCYCLE SPORTS |
geral de ambas. Jason Anderson le-
as sessões. Forkner abriu o AMA
e segundo na sua divisão regional.
cimeiros, com Tomac sempre acima
250 SX West na frente da qualifica-
O seu único rival na luta pelo títu-
do rival na luta pelo título.
ção 1, mas o seu tempo foi batido
lo, Forkner, sofreu uma queda que
Nas contas da corrida, a disputa
por Ferrandis na qualificação 2.
lhe valeu múltiplas lesões – sema-
pela vitória foi uma questão entre
Na heat do 250 SX East, McElra-
nas depois revelou que os médicos
as Husqvarna – Osborne, Ander-
th impôs-se de forma clara – fi-
tiveram de lhe remover o baço e
son e Wilson digladiaram-se pelo
cou 14,429s na frente de Sexton,
parte do pâncreas, apesar de não
triunfo, que sorriu a Osborne com
a quem ainda procurava roubar o
ter fraturas ósseas.
3,063s de avanço face a Ander-
título na corrida principal. Justin
Sexton foi campeão do AMA 250
son. Wilson completou um ‘1-2-
Cooper teve de se empenhar um
SX East ao bater McElrath por
3’ numa corrida de sonho para a
pouco mais no heat do 250 SX
apenas nove pontos, enquanto no
marca sueca no encerramento da
West, levando de vencida com
AMA 250 SX West Ferrandis selou
época. O quinto lugar foi o possível
3,485s de avanço face a Craig.
o título com mais 20 pontos do
para Tomac, que fez mais do que
A temporada das categorias 250
que Justin Cooper. Forkner caiu
suficiente para se sagrar campeão
SX chegou ao fim com o ‘show-
para o terceiro lugar depois do aci-
– até porque Cooper Webb esta-
down’ que juntou as divisões re-
dente que o vitimou nesta corrida
va obrigado a ganhar e foi apenas
gionais East e West numa mega-
final.
oitavo.
-corrida final. A luta pela vitória foi
No comentário ao título do 250
Tomac encerrou o campeonato com
entre dois homens do East – Sex-
SX East, Sexton referiu: ‘Todos dis-
384 pontos, mais 25 do que Coo-
ton e McElrath – mas até foi Jett
seram que tive sorte no ano passado
per Webb, sendo Roczen o terceiro
Lawrence a liderar nas primeiras
e isso animou-me para esta época.
no AMA 450 SX a cinco pontos do
três voltas depois de Jalek Swoll
Esta é uma boa sensação. Ganhei
segundo lugar. Na reação ao título,
(Rockstar Energy Husqvarna) fazer
cinco corridas principais. Sou só um
Tomac afirmou em conferência de
o holeshot.
rapaz do Illinois, de uma cidade de
imprensa: ‘É estranho e é uma pena
No final, a vitória sorriu a Sexton,
800 pessoas. É uma sensação tão
a multidão os adeptos não estarem
que bateu McElrath por 4,275s
boa’.
lá – mas não há nada que se possa
para selar o título sem contes-
Estas foram as declarações de Fer-
fazer quanto a isso. É uma conquis-
tação, sendo Mosiman o melhor
randis após a conquista do 250 SX
ta para toda a vida’.
West em terceiro a 7,487s. Na luta
West: ‘Assegurei o meu campeonato
No AMA 250 SX East, McElrath
pelo título do AMA 250 SX West,
na corrida principal para conquistar
comandou a qualificação 1, mas
Ferrandis consagrou-se como cam-
títulos consecutivos do 250 SX West.
Sexton fez o melhor tempo da qua-
peão – o homem da Yamaha não
É mais do que um sonho tornado
lificação 2 e do somatório de ambas
foi além do quarto lugar absoluto
realidade’.
Honda Racing Corporation
Yamaha Motor Europe
Tomac campeão do AMA Supercross pela primeira vez.
daram sempre longe dos lugares
Os campeões AMA Supercross 250 SX em 2020 – Dylan Ferrandis (esquerda, 250 SX West) e Chase Sexton (direita, 250 SX East ). | MOTORCYCLE SPORTS | -33-
MOTOAMERICA
2020
Cameron Beaubier não perdoou e venceu
três das quatro corridas O MotoAmerica foi dos primeiros campeonatos a voltar ao ativo após meses de quarentena. Nesse regresso, Cameron Beaubier colocou-se como o mais forte piloto em pista, sendo, após quatro corridas, o principal candidato ao título. No entanto, nem tudo foi um mar de rosas para o piloto da Yamaha. Devido à pandemia Covid-19, o
numa base diária e estamos a traba-
de 2020 do MotoAmerica arrancou
MotoAmerica, Cameron Beaubier
calendário de MotoAmerica foi so-
lhar para ter um MotoAmerica de dez
com todas as cinco classes em pis-
(Monster Energy Attack Performan-
frendo constantes alterações. Para
rondas em 2020.’
ta: Twins Cup, Stock 1000, Junior
ce Yamaha) dominou a ronda de
já, o campeonato consiste em dez
O circuito Road America, em Wins-
Cup, Supersport e Superbike.
abertura do campeonato. O piloto
jornadas, sendo este o número que
consin, acolheu a primeira jornada
o presidente da competição, Way-
ainda que à porta fechada entre os
ROAD AMERICA 1 (29-31 DE
as suas intenções conquistando a
ne Rainey, quer assegurar para este
dias 29 e 31 de maio. A segunda
MAIO): BEAUBIER DOMINA
pole position e batendo o recorde
ano: ‘Sabíamos que com a situação
ronda teve lugar no mesmo circuito
ARRANQUE DE CAMPEONATO
de volta do circuito de Elkhart Lake.
atual do coronavírus podíamos ter
cerca de um mês depois entre 26 e
SEM DÓ NEM PIEDADE
Beaubier mostrou também con-
mais mudanças. As coisas mudam
28 de junho. De referir que a edição
Iniciando a edição de 2020 do
fiança liderando a primeira prova
-34- | MOTORCYCLE SPORTS |
da Yamaha mostrou desde cedo
TEXTO: Gonçalo Viegas
Beaubier foi rei e senhor em Road America1 por sair muito bem. Sabe muito bem
tão é que me deu muita confiança.
de abertura do MotoAmerica. Tive-
conseguir esta vitória para eles. Têm
Quando me coloquei na pista para a
mos grandes audiências televisivas
trabalhado muito, muito no duro. Não
corrida estava pronto a seguir, mesmo
e o evento decorreu sem quaisquer
quero ficar entusiasmado demais,
com um limite de voltas. Isso mostra o
problemas graças aos esforços dos
apenas quero que as coisas conti-
quanto os rapazes estão a trabalhar.
pilotos, dos voluntários e de todo o
nuem a andar’.
Foi muito bom. Tal como disse, não
staff. Agora podemos competir diante
À semelhança do que aconteceu,
quero ficar entusiasmado demais. Vou
dos nossos fãs em Wisconsin. A pan-
Beaubier - campeão em título – foi
para casa e vou continuar a trabalhar
demia afetou-nos a todos de alguma
mais dominante na segunda prova,
e tentar manter o andamento’, disse
forma e agora queremos dar aos nos-
tendo vencido com uma vantagem
em comunicado oficial de equipa.
sos adeptos a possibilidade de verem
ainda maior sobre a concorrên-
triunfou com uma diferença de 7,8s partilhando o pódio com Mathew Scholtz (Westby Racing) e Jake
ROAD AMERICA 2 (26-28 DE
linha com todos os guias de seguran-
Yamaha congratulou a equipa pelo
JUNHO): BEAUBIER E FONG
ça a pensar no Covid-19’, disse o ex-
trabalho desenvolvido, frisando de
DIVIDEM TRIUNFOS
-piloto Wayne Rainey.
novo que prefere manter os pés no
Após o regresso ao ativo à porta
No que respeita a segunda ronda
chão. ‘Foi um fim-de-semana incrí-
fechada, o MotoAmerica iniciou
do AMA MotoAmerica Superbikes
vel. Não começava uma época desta
os preparativos para receber pú-
estiveram presentes a categoria
forma desde que estive nas 600. Te-
blico nas bancadas. O presidente
rainha do campeonato assim como
nho mesmo de o dedicar à equipa. A
do campeonato partilhou a sua
as classes de Supersport, Stock
minha moto esteve tão bem durante
satisfação pela maior aproximação
1000, Twins Cup e Junior Cup.
o fim-de-semana inteiro. Tivemos al-
à normalidade mas sem esquecer
Decorrido um mês da jornada inau-
guns pequenos problemas aqui e ali
a importância de manter as boas
gural, em que Beaubier não deu
nos treinos, onde não fizemos tantas
práticas de saúde pública: ‘Esta-
hipótese à concorrência, as contas
voltas como gostaríamos, mas a ques-
mos muito satisfeitos com a ronda
de campeonato apresentam-se da
Facebook/@MonsterAttackYamahaRacing
desde o momento inicial. No final,
corridas de nível mundial, sempre em
cia. Finalizada a prova, o piloto da
Gagne (Monster Energy Attack Performance Yamaha). Já finalizado o arranque oficial da temporada, e apesar das dúvidas quanto ao desempenho da nova equipa, Beaubier mostrou-se naturalmente satisfeito como de resto explicou embora sem grandes euforias: ‘Assim que subi à moto, senti-me logo bem para este fim-de-semana. Consegui bater o recorde de pista sexta-feira, tenho-me sentido muito forte. A Yamaha e a Attack Performance juntaram os cérebros e saíram-se com este grande pacote. Penso que de início ninguém estava certo de como a
Jake Gagne fechou Road America 2 no segundo posto do campeonato
nova equipa se iria sair, mas acabou | MOTORCYCLE SPORTS | -35-
2020
www.suzuki-racing.com
MOTOAMERICA
Bobby Fong segura terceira posição no campeonato com 17 pontos para Beaubier
seguinte forma: o #1 somou 50
ferença para o seu companheiro de
Apesar de ter ganho a corrida no
tou muito o andamento e deixou-me
pontos com as duas vitórias ficando
equipa e detentor da pole.
sábado, o profissional sentiu alguns
preocupado na corrida. Ontem tinha
com 14 pontos de vantagem face ao
No decorrer da terceira corrida do
problemas como a tração da moto.
uma margem confortável mas hoje
colega de equipa Jake Gagne. Quan-
campeonato, e primeira desta se-
Em microfones do MotoAmerica, o
isso não aconteceu. Vamos tentar ver
to a Josh Herrin (Scheibe Racing
gunda ronda, o piloto da Monster
Beaubier comentou a sua presta-
o que podemos melhorar na moto.
BMW) o mesmo estava em terceiro
Energy Attack Performance Yamaha
ção: ‘Para ser sincero, nas primeiras
Apesar de tudo, a minha R1 está a
lugar a 24 pontos do atual líder.
cruzou novamente a linha de meta
voltas estava a tentar aguentar-me e
trabalhar muito bem agora’.
Após o início da sessão, no Super-
no topo da classificação deixando
a tentar conseguir alguma vantagem,
A segunda manga do Road Ame-
pole, o líder do campeonato con-
Bobby Fong (M4 ECSTAR Suzuki)
não estava confortável. Não tive nem
rica2 viu como vencedor Bobby
quistou de novo a pole position
a 6,325s de diferença. Kyle Wyman
de perto a aderência, tanto na frente
Fong que se estreou a vencer numa
depois de já ter mostrado domínio
(KATO
Duca-
como na traseira, que tive nos treinos.
Superbike no MotoAmerica. O pi-
nas sessões de treino. Com um
ti Team) não foi além do terceiro
Penso que a temperatura da pista es-
loto da Suzuki aproveitou a queda
tempo de 2m10,623s, Beaubier
posto registando um diferencial de
tava muito alta e ficou algo gorduro-
de Beaubier numa pequena lomba
partilhou as melhores posições de
9,78s para o #1.
sa. Por isso não fui capaz de estar nas
aguentando posteriormente a pres-
partida com Bobby Font (M4 Ecstar
Vencendo esta prova, Beaubier tor-
curvas como gostaria. Uma vez que
são de Gagne até ao fim da corrida
Suzuki) que, por sua vez, foi 0,617s
nou-se o piloto com o maior núme-
vi que a vantagem estava a começar
conquistando o primeiro lugar com
mais lento. Quanto ao último lugar
ro de vitórias no Road America (10)
a abrir, tentei chegar aos meus obje-
uma vantagem de quase meio se-
do top três, o mesmo ficou a cargo
ao mesmo tempo que registou ao
tivos e pilotar de forma consistente’.
gundo. O pódio foi encerrado por
de Jake Gagne, vice-líder do cam-
todo 41 vitórias na sua carreira com
Beaubier disse ainda: ‘Tiro o chapéu
Kyle Wyman que não conquistava
peonato, que ficou a 1,009s de di-
Superbikes.
aos rapazes. O Bob [Fong] aumen-
um top três há 1022 dias. Finali-
-36- | MOTORCYCLE SPORTS |
Fastening/KWR
Brian J. Nelson / kylewyman.com
zada a corrida, e no que concerne contas finais, Beaubier lidera o campeonato com 75 pontos, mais nove do que o segundo classificado Gagne (66 pontos). Em terceiro está Fong com 58 pontos. Wyman tem 56 e o top cinco é fechado por Josh Herrin com 46 pontos. Com a estreia de Bobby Fong a vencer na classe principal do AMA MotoAmerica, o piloto contou que após a queda de Beaubier tentou logo perceber quem seria o seu principal perseguidor para agir em conformidade: ‘Vi o Cameron cair e soube imediatamente que ia haver pressão sobre mim. Sabia que o Gagne tinha motivação extra, perto de uma vitória. Não sabia quem estava atrás de mim. Simplesmente vi +1 no meu quadro e então olhei para o
Kyle Wyman é o melhor numa Ducati sendo quarto na classificação global
ecrã gigante para ver quem era. Dependendo de quem fosse, sabia o quão agressivo era e o quão defensique era o Gagne, ele pilota muito bem e corre riscos para obter essa vitória’. Fong afirmou ainda ao site oficial do campeonato: ‘Simplesmente tentei manter um ritmo constante a meio da corrida, não atacar demasiado e pelo menos não tentar dar tudo no meio da corrida. Sabia que ele ia estar lá no fim da corrida. Simplesmente acelerei ao máximo’. Apesar da vitória, o piloto não se deixou deslumbrar: ‘Felizmente obtivemos a vitória, mas temos algum trabalho a fazer para bater o Cameron, mas estamos a fazer grandes progressos e estou orgulhoso do trabalho que fizemos este fim de semana’. MOTOAMERICA > após duas rondas
Pos. 1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º
Piloto Cameron Beaubier Jake Gagne Bobby Fong Kyle Wyman Josh Herrin Mathew Scholtz David Anthony PJ Jacobsen Cameron Petersen Max Flinders
Pontos 75 66 58 56 46 44 36 27 24 23
Facebook/@joshherrin2
vamente precisava de pilotar. Soube
Josh Herrin é o quinto mais forte após as duas rondas
CNV
Estoril/Portimão
Miguel Oliveira e Ivo Lopes
DOMINADORES no arranque do CNV
O Campeonato Nacional de Velocidade de motociclismo voltou em junho no Estoril e no Algarve, com duas rondas plenas de ação em que o denominador comum foi um claro dominador na principal categoria entre os regulares – Miguel Oliveira no Estoril e Ivo Lopes em Portimão. -38- | MOTORCYCLE SPORTS |
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TEXTO: Bernardo Matias
No início de junho, Portugal foi pio-
MIGUEL OLIVEIRA NA RONDA
E desde cedo que Oliveira mostrou
Os demais participantes ficaram
neiro: foi o primeiro país da Europa
INAUGURAL… PARA DOMINAR
que estava noutro patamar – o que
distantes destes dois, que mos-
a promover o regresso do motoci-
O arranque do CNV aconteceu a
acaba por ser natural considerando
traram argumentos superiores à
clismo de velocidade e do desporto
6 e 7 de junho no Autódromo Fer-
que é o único que compete regu-
concorrência. Pedro Nuno (Team
motorizado desde que a pandemia
nanda Pires da Silva, no Estoril, e
larmente num campeonato inter-
Target Yamaha) assinou a terceira
parou todas as atividades. O Cam-
contou com uma presença especial.
nacional e logo no topo, o MotoGP.
marca, já a 1,890s do topo. Entre as
peonato Nacional de Velocidade
Necessitado de ganhar ritmo em
Nos treinos cronometrados, o pilo-
Stock600 a liderança foi de Jaime
(CNV) teve de começar com atraso
pista para o reatar do Mundial de
to de Almada foi o único a rodar em
Coelho (Kawasaki) – ele que rodou
e com ajustes não só de calendário,
MotoGP, Miguel Oliveira marcou
1m39s – 1m39,985s – o que lhe
em 1m48,001s, por oposição dos
como também de medidas para ga-
presença nas provas de Superbike,
permitiu ficar 0,136s à frente de Ivo
1m50,239s do principal rival, Dani
rantir um ambiente seguro do pon-
mesmo não disputando a tempo in-
Lopes (BWM Motorrad Portugal
Trelles (Yamaha). A época não co-
to de vista sanitário.
teiro o campeonato.
ENI).
meçou de forma satisfatória para | MOTORCYCLE SPORTS | -39-
Estoril/Portimão
Tiago Magalhães (ENI-Aprilia Portugal Racing Team), que não rubricou qualquer tempo. MIGUEL OLIVEIRA ARRASOU NA
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CNV
nheceu a superioridade de Oliveira neste arranque: ‘O Miguel pagou inscrição e tem a sua licença desportiva como nós, por isso tem todo o direito de andar e participar onde bem entender! Quero agradecer-lhe pela chance que tive de melhorar,
No dia 6 de junho aconteceu a pri-
desfrutando das oportunidades para
meira prova da temporada do CNV
o seguir em pista. Evolui bastante e
em Superbike. Oliveira foi um claro
nós, se queremos ser bons pilotos e
dominador. Depois de partir da pole
mais rápidos, então temos de apro-
position, o piloto de MotoGP não
veitar e evoluir com os melhores. O
cedeu um milímetro, com a oposição
que eu tirei destes dias, foi isso mes-
impotente perante o seu domínio.
mo. Consegui ter a capacidade de
Volvida uma volta, Oliveira já tinha
rodar várias voltas com ele, algo que
mais de duas décimas de avanço.
não é fácil e só está ao alcance de
A margem foi-se alargando paulati-
quem consegue. Por isso, quero dar
namente, até que no fim se cifrou
os parabéns ao Miguel pelas duas
nos 46,752s. Depois de na fase ini-
vitórias e uma vez mais agradecer
cial ser o principal perseguidor de
pelo fim-de-semana que me propor-
Oliveira, Lopes não evitou o abando-
cionou, de poder aprender e evoluir’.
no na terceira volta. Assim, durante
No que concerne às demais clas-
grande parte da prova a perseguição
ses, a competitividade foi maior.
ao líder esteve a cargo de Pedro
Em Pré-Moto3 e Supersport 300,
Nuno, que não teve grandes obstá-
Iván Hernández trouxe a sua Beon
culos rumo ao segundo lugar final –
ao Estoril e impôs-se perante Daniel
ficou praticamente 12 segundos aci-
Bento (Beon) por 6,090s na corrida
ma de André Pires (Yamaha 1000).
conjunta das duas classes. Estes fo-
No que concerne às Stock600,
ram os dois únicos de Pré-Moto3 a
Coelho superiorizou-se a Trelles por praticamente 55 segundos. SEGUNDA CORRIDA E OLIVEIRA NOVAMENTE DESTACADO A situação não se alterou muito na
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PRIMEIRA CORRIDA DA ÉPOCA
chegarem ao fim da prova. OS OUTROS VENCEDORES DO ESTORIL Entre as Supersport 300, Pedro Fragoso (Stand Os Putos Racing Team/ Yamaha) bateu Dinis Borges (Kawa-
segunda corrida do CNV em Super-
saki) por claros 12,490s. Este, por
bike. Mais uma vez, Oliveira arran-
seu turno, teve de se empenhar a
cou da pole position para rubricar
fundo para garantir a segunda posi-
uma prestação dominadora. Ao cabo
ção final da classe – ficou apenas 36
de uma volta seguia já com mais dois
milésimas acima de Tomás Alonso
segundos de avanço, tendo Pedro
(Kawasaki).
Nuno atrás de si e Lopes em terceiro.
Na Copa Dunlop Motoval, Chris-
Nas primeiras voltas ainda houve
tophe Lajouanie (BMW) venceu
alguma disputa pela vice-liderança,
a primeira corrida com 1,022s de
mas a certo ponto Lopes distanciou-
avanço face a António Geirinhas
-se de Pedro Nuno. No fim, termi-
(Kawasaki). A mesma dupla travou
nou a 8,032s de Oliveira, mas com
novo duelo intenso pelo triunfo na
mais de cinco segundos de avanço
segunda prova, com Lajouanie a
face a Pedro Nuno. Coelho voltou
levar novamente de vencida – des-
a levar claramente a melhor sobre
ta feita com 1,028s de avanço. No
Trelles no duelo das Stock600.
Troféu TLC, João Curva levou a me-
No fim das corridas, Lopes reco-
lhor nas duas corridas, assim como
-40- | MOTORCYCLE SPORTS |
fizeram Miguel Vilares na Tuono
IVO LOPES
circuito da Mexilhoeira Grande não
minados em conseguir a liderança,
Cup e Paulo Vicente na Kawasaki Z
DOMINADOR EM PORTIMÃO
foi muito diferente. Lopes e Nuno
lutando ao máximo pelos títulos na-
Cup. A corrida que juntou as 85 GP,
As duas corridas de Superbike do
estiveram destacados do restante
cionais, uma vez mais’.
Moto4 + MIR Moto5 foi dominada
CNV no Autódromo Internacional
pelotão, com domínio especialmen-
por Afonso Almeida, que bateu por
do Algarve tiveram um domínio
te acentuado de Lopes. Desta feita,
O RESUMO
35,842s Naama Rosa em 85 GP. Em
claro de Ivo Lopes. A partir da pole
o piloto da BMW foi 10,120s mais
DAS OUTRAS CLASSES
Moto5, Martim Marco foi 46,138s
position, na primeira corrida o pilo-
forte do que o rival do Team Target
Tal como sucedera no Estoril, Porti-
mais forte do que Manuel Branqui-
to rapidamente se distanciou, tendo
Yamaha ao cabo das 15 voltas de
mão recebeu as diversas classes em
nho.
quase sempre Pedro Nuno na sua
prova. Magalhães voltou a fechar o
competição no CNV. Em Pré-Moto3,
perseguição direta. Porém, as dife-
pódio de forma tranquila, mas longe
Gonçalo Ribeiro (Beon) foi 10,717s
ALGARVE RECEBEU
renças foram substanciais – no fim,
dos adversários – a 25,881s do ven-
mais forte do que Iván Hernández
SEGUNDA RONDA DO CNV
Lopes tinha uma margem de 7,504s.
cedor. Trelles levou a melhor sobre
(Beon) na corrida única, dividida em
Depois do arranque no Estoril, o
Quanto a Nuno, ainda passou as
Coelho nas Stock600, deixando os
dois depois de uma neutralização. A
Campeonato Nacional de Velo-
primeiras voltas atrás de Magalhães,
dois igualados ao cabo das duas pri-
prova juntou também o campeonato
cidade seguiu para o Autódromo
mas à terceira superou o rival e dis-
meiras rondas.
nacional de Supersport 300, em que
Internacional do Algarve. Conside-
tanciou-se – o homem da Aprilia
Ivo Lopes fez o rescaldo do fim de
o triunfo foi discutido à milésima: To-
rado um dos autódromos de topo
Portugal acabou a corrida a 25,454s
semana nas redes sociais, ao escre-
más Alonso impôs-se perante Pedro
ao nível mundial e habitual casa da
do topo. Nas Stock600, a vitória sor-
ver: ‘Reunimos pontos importantes
Fragoso quase ao photo-finish, uma
ronda portuguesa do Mundial de
riu a Trelles, que dominou de forma
para o campeonato, reduzimos a
vez que terminaram separados por
Superbike, teve um primeiro gosto
clara perante Coelho.
nossa desvantagem para seis pon-
apenas 0,002s.
da competição neste ano civil com
A história da segunda corrida no
tos e partimos para o Estoril deter-
Na Copa Dunlop Motoval registou-
a presença dos melhores pilotos na-
-se duplo triunfo de Ricardo Silva –
cionais.
CNV > SUPERBIKES > após duas rondas
A presença em terras algarvias co-
Pos. 1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º 11.º 12.º 13.º 14.º
meçou da melhor forma para Ivo Lopes. Nos treinos cronometrados, o piloto que compete com as cores da BMW Motorrad Portugal selou a pole position com uma volta em 1m46,374s que lhe permitiu bater Pedro Nuno por 0,759s. O terceiro classificado, Tiago Magalhães, ficou a distantes 2,350s, mostrando que a luta naquele fim de semana deveria
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ser a dois.
Piloto Pedro Nuno Ivo Lopes Miguel Oliveira Romeu Leite André Pires Tiago Cleto Ricardo Lopes Tiago Magalhães João Diogo Silva Mário Alves Tiago Morgado Fernando Freitas Tiago Dias Filipe Lourenço
Equipa Team Target Yamaha BMW Motorrad Portugal ENI
Team Motor 7/Yamaha RL58 Racing School ENI Aprilia Portugal Racing Team ENI Aprilia Portugal Racing Team
ENI Aprilia Portugal Racing Team
na primeira corrida foi 9,687s mais Moto Yamaha BMW Yamaha Yamaha Yamaha Yamaha Kawasaki Aprilia Aprilia BMW Kawasaki Honda Yamaha Aprilia
Pontos 76 70 50 44 42 36 34 32 27 26 25 21 18 13
forte do que Christophe Lajouanie, mas na segunda prova não exibiu um domínio tão acentuado batendo o francês por meros 2,024s. Miguel Vilares impôs-se em ambas as corridas da Kawasaki ZCup, assim como fez Paulo Vicente na Tuono Cup, enquanto no Troféu TLC impôs-se João Curva. Afonso Almeida superiorizou-se nas Moto4, Naama Rosa ganhou nas 85 GP e nas Moto5 foi Martim Marco o mais forte de todos.
FIM CEV
Moto3
REGRESSO DOS MUNDIAIS passou por Portugal com o FIM CEV O FIM CEV Moto3 foi o primeiro campeonato mundial de motociclismo de velocidade e a regressar à ação depois do início da pandemia. O programa, que também incluiu a European Talent Cup e o Europeu de Moto2, teve duas rondas em Portugal para o começo de época.
Menos de duas semanas antes do
motivos óbvios, foram realizadas em
FIM CEV MOTO3 ESTORIL:
Corse) e Adrián Fernández (Laglisse
arranque dos Mundiais MotoGP,
dias de semana, com os fins de se-
VITÓRIA MILIMÉTRICA DE
Academy).
Portugal teve honras de abertura
mana reservados a sessões de tes-
ARTIGAS
Seguiram-se as duas sessões de qua-
do FIM CEV – os campeonatos com
tes.
A 6 de julho, o Autódromo Fernan-
lificação. Na primeira, Salvador rubri-
base em Espanha que são autentica-
De qualquer forma, o mais impor-
da Pires da Silva acolheu o come-
cou o melhor tempo – 1m44,591s
mente internacionais, até porque o
tante a reter foi o reatar da ação
ço do Mundial de Moto3 Júnior, e
na sua 13.ª volta e não mais viria a
de Moto3 é designado como Mun-
com o arranque das temporadas do
desde início houve um nome em
ser batido. Pedro Acosta (MT-Foun-
dial Júnior.
Mundial de Moto3 Júnior, Europeu
destaque – David Salvador (Cuna
dation 77) foi quem mais próximo fi-
Foram duas rondas repletas de par-
de Moto2 e European Talent Cup –
de Campeones), mais rápido no pri-
cou, a 0,106s, enquanto Diogo Mo-
ticipantes, mas em condições muito
com provas interessantes de seguir
meiro treino livre, antes de rubricar
reira (Estrella Galicia 0,0 Junior Team)
particulares – para além da inexis-
no Autódromo do Estoril e no Autó-
o terceiro registo do FP2 atrás de
rubricou a terceira marca a 0,213s.
tência de público nas bancadas por
dromo Internacional de Portimão.
José Julián García (SIC58 Squadra
Apenas sete pilotos melhoraram en-
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Repsol Media
TEXTO: Simon Patterson
tre a qualificação 1 e a qualificação
antes de a perder na segunda volta
Acosta parecia bem encaminhado
cebeu que havia um claro candidato
2 – o melhor deles Gerard Riu (AGR
para Salvador.
para o triunfo, mas na derradeira
aos triunfos – Yari Montella. O jovem
Team), conquistando o sexto posto à
A prova foi emotiva, com vários pi-
volta Xavi Artigas (MT-Foundation
da Team Ciatti – Speed Up liderou os
partida.
lotos a passarem pela frente num
77) reagiu e passou para a frente,
dois treinos livres da categoria com
Depois da velocidade demonstrada
extenso grupo a lutar pelas posições
vencendo por escassos 0,003s. Fer-
alguma margem, antes de fazer o
nos treinos e na qualificação, Salva-
dianteiras. Um dos que chegou a co-
nández fechou o oódio, enquanto
mesmo na primeira qualificação. Aí,
dor era natural candidato forte ao
mandar foi Riu, que acabou por se
Salvador não foi além de sexto de-
uma marca de 1m40,627s foi sufi-
triunfo na corrida, mas a verdade é
ver envolvido numa queda com mais
pois de ter rubricado a pole position.
ciente para deixar Montella na pole
que os acontecimentos seguiram
pilotos que o afastou das posições
um rumo diferente. Pedro Acosta
cimeiras. Com menos de um segun-
EUROPEU DE MOTO2 ESTORIL:
2 Niki Tuuli (Team Stylobike) tenha
(Leopard Impala Junior Team) arran-
do a separar os sete primeiros, as
YARI MONTELLA SUPERIOR
reagido, o finlandês quedou-se a
cou melhor para assumir a liderança,
últimas voltas foram empolgantes.
No Europeu de Moto2, cedo se per-
0,306s de distância.
position – embora na qualificação
| MOTORCYCLE SPORTS | -43-
Repsol Media
Moto3 Repsol Media
FIM CEV
Seguiram-se as corridas, que con-
volta. Tuuli esteve sempre na perse-
taram com Montella em destaque
guição, concluindo uma corrida com
apesar da boa competitividade que
pouca história na luta pelo triunfo
existiu. Na corrida inaugural, Monte-
num seguro segundo lugar a 3,698s.
lla perdeu a pole position para Tuuli
Zaccone reagiu da melhor forma ao
na sequência de uma penalização.
pódio perdido na primeira corrida e
Alessandro Zaccone (Promoracing)
ficou em terceiro – o italiano este-
partiu de segundo e conseguiu as-
ve distante dos dois primeiros, mas
sumir a liderança no fim da primeira
conseguiu o terceiro posto com pra-
volta, com Tuuli no encalço – sendo
ticamente quatro segundos de avan-
que o nórdico passou para a frente
ço face a Alejandro Medina (Apex –
na segunda volta.
Cardoso Racing),
David Alonso com duplo triunfo na European Talent Cup no Estoril.
racingvisual.com/Repsol Media
Artigas entrou a vencer no FIM CEV Moto3.
Entretanto, Montella encetou uma recuperação notável até se envolver
EUROPEAN TALENT CUP ESTORIL:
na luta pelo terceiro posto – ao qual
DAVID ALONSO A DOBRAR
chegou quando faltavam 13 voltas
A época da European Talent Cup
para o fim. Cinco voltas mais tarde, o
começou com uma dobradinha da
espanhol conseguiu mesmo assumir
Openbank Aspar Team no FP1 – Da-
o comando depois de superar Zac-
vid Alonso na frente de Iván Ortolá.
guma distância que continuou a
mericano nunca vergou perante a
cone e Tuuli. Este, por seu turno, não
Ángel Piqueras (Estrella Galicia 0,0
crescer. O colombiano exerceu um
oposição e no fim superou Piqueras
deixou fugir Montella, com os dois
TT) foi o mais rápido do FP2, mas
domínio tal que a sua vitória nunca
por 0,888s – Alberto Fernández cor-
separados por uma curta distân-
não o suficiente para superar a mar-
esteve em dúvida, cortando a meta
tou a meta em segundo, mas uma
cia até que Montella cortou a meta
ca de Alonso na primeira sessão – a
com 6,019s de avanço face a Ortolá.
penalização de um lugar relegou-o
como vencedor 1,048s na frente
única no 1m47s. Nas qualificações,
Este, por seu turno, teve de enfren-
para o terceiro posto final. Zonta
de Tuuli. Zaccone viu-se batido por
Alonso foi o mais rápido da primeira
tar uma luta animada pelo pódio,
van der Goorbergh (Team Superb) e
Lukas Tulovic (Kiefer), com o alemão
e fez ainda melhor na segunda – ao
acabando por levar a melhor sobre
Daijiro Sako (Cuna de Campeones)
a garantir o lugar mais baixo do pó-
contrário dos rivais – conquistando
Alberto Fernández (Cuna de Cam-
fecharam o top cinco.
dio por apenas 0,052s.
a pole position 0,492s na frente de
peones) e Marco Morelli (Estrella
A segunda corrida voltou a ter Mon-
Piqueras.
Galicia 0,0 TT).
FIM MOTO3 PORTIMÃO: ACOSTA
tella em destaque. A capitalizar a
A primeira corrida da European Ta-
A história da segunda corrida não
VENCEDOR POR 0,017S
pole position, o homem da Team
lent Cup foi também a primeira da
foi muito diferente no que toca ao
Artigas entrou em melhor plano na
Ciatti – Speed Up ganhou rapida-
época dos campeonatos FIM CEV.
topo. Alonso voltou a largar da pole
ronda do FIM CEV Moto3 no Au-
mente uma margem sólida que se
Alonso foi o mais forte desde a pole
position. Apesar da luta e da pressão
tódromo Internacional do Algarve,
acentuou sobretudo a partir da 12.ª
position e rapidamente ganhou al-
intensa ao longo da prova, o sul-a-
com o registo mais rápido do FP1
-44- | MOTORCYCLE SPORTS |
Montella avassalador nas duas primeiras rondas do Europeu de Moto2.
na frente de Acosta – sendo os dois
ril, Montella chegou a Portimão
pelo lugar mais baixo do pódio –
van der Goorbergh por 0,208s.
únicos no 1m49s. No FP2, Kazuki
como líder destacado do Europeu
desta feita com uma margem bem
Na corrida, Alonso deu seguimento
Masaki (Laglisse Academy) rubricou
de Moto2. E não demorou muito a
mais confortável de praticamente
à prestação superior. O piloto da
a melhor marca na frente de Arti-
demonstrar que seria novamente a
quatro segundos.
Openbank Aspar liderou no fim de
gas, mas não conseguiu baixar do
referência em terras algarvias – no
1m50s. No cômputo geral das qua-
FP1 foi Zaccone a rubricar a melhor
EUROPEAN TALENT CUP
curta – mas preciosa – margem so-
lificações, Acosta foi o mais rápido
marca, mas no FP2 Monteela não
PORTIMÃO: VITÓRIA SÓLIDA DE
bre um extenso grupo que esteve
de ambas, mas só conseguiu superar
deu chances com o melhor registo
ALONSO
em luta constante até ao fim. Alon-
Lorenzo Fellon (Estrella Galicia 0,0
absoluto dos treinos livres. Na qua-
O programa da European Talent
so cortou a meta 2,272s à frente
Junior Team) por escassas 86 milé-
lificação, Montella foi um dos dois a
Cup no Autódromo Internacional do
de Alberto Fernández. O espanhol,
simas. Artigas ficou relegado ao ter-
entrar no 1m45s e conseguiu a pole
Algarve começou da mesma forma
por seu turno, teve de suar para se-
ceiro posto na grelha.
position com convincentes 0,424s
como terminara a de Portimão –
lar o segundo posto – no fim ficou
Na corrida, houve indecisão até ao
de vantagem para Tuuli.
com Alonso na liderança, neste caso
apenas 0,018s na frente de Morelli,
fim, numa prova renhida e empol-
Na primeira corrida, Montella ca-
sendo o mais rápido dos dois treinos
sendo que o grupo entre o segundo
gante como é hábito na categoria.
pitalizou a pole position para fugir
livres. Sendo um dos dois a entrar
e o sétimo classificados ficou sepa-
Ao longo da corrida foram várias as
à concorrência desde cedo. Nunca
no 1m52s, o colombiano também
rado por menos de sete décimas
trocas de líder, com Artigas, Acosta
teve a sua liderança em perigo pe-
foi o mais forte no cômputo geral
de segundo – sendo encerrado por
e Adrián Fernández a passarem pelo
rante o principal opositor – Tuuli – e
das duas qualificações, derrotando
Ruda.
topo. O final foi quase ao photo fi-
cortou a meta com claros 7,264s de
nish – Acosta cortou a meta com
vantagem. Já o finlandês não teve
apenas 17 milésimas de avanço face
adversários rumo ao segundo posto
a Artigas, uma margem muito curta
final, ficando mais de cinco segun-
que tornou a prova especialmente
dos acima de Zaccone – que levou a
empolgante. Os sete primeiros cou-
melhor sobre Medina na disputa do
Pos. 1.º 2.º 3.º 4.º 5.º
beram em menos de um segundo, o
lugar mais baixo do pódio por menos
EUROPEU MOTO2
que evidencia bem o equilíbrio exis-
de meio segundo.
tente. Salvador fechou o pódio em
A vantagem de Montella na segunda
terceiro lugar com dez milésimas de
corrida nunca foi tão pronunciada
avanço face a Daniel Holgado Miral
em termos de tempo na segun-
(Openbank Aspar).
da corrida. Sem embargo, o piloto espanhol consolidou facilmente a liderança perante o perseguidor ao
PORTIMÃO: NINGUÉM PARA
longo da prova – Tuuli, que cortou a
MONTELLA
meta a 4,897s de distância. Zaccone
Depois da supremacia no Esto-
voltou a superar Medina na disputa
FIM CEV MOTO3
Pos. 1.º 2.º 3.º 4.º 5.º
Piloto Xavi Artigas Pedro Acosta Adrián Fernández José Julián García Daniel Holgado Miral Piloto Yari Montella Niki Tuuli Alessandro Zaccone Alejandro Medina Taigo Hada
EUROPEAN TALENT Pos. 1.º 2.º 3.º 4.º 5.º
Piloto David Alonso Alberto Fernández Iván Ortolá Ángel Piqueras Marco Morelli
Equipa Leopard Impala Junior Team MT-Foundation 77 Laglisse Academy SIC58 Squadra Corse Openbank Aspar Team
Moto Honda KTM Husqvarna Honda KTM
Pontos 45 45 26 24 24
Equipa Team Ciatti - Speed Up Team Stylobike Promoracing Apex - Cardoso Racing AGR Team
Moto Speed Up Kalex Kalex Kalex Kalex
Pontos 100 80 61 49 37
Equipa Openbank Aspar Team Cuna de Campeones Estrella Galicia 0,0 TT Apex - Cardoso Racing Estrella Galicia 0,0 TT
Moto Honda Honda Honda Honda Honda
Pontos 75 52 37 33 32
racingvisual.com/Repsol Media
EUROPEU DE MOTO2
todas as voltas, conseguindo uma
David Alonso superior na prova da ETC no Algarve
| MOTORCYCLE SPORTS | -45-
GP QATAR
Moto3 e Moto2
Nagashima e Arenas ditam as
primeiras vitórias do campeonato
Após longos meses de espera, as categorias de Moto2 e Moto3 ligaram os motores para a disputa da primeira ronda do campeonato. Numa ronda onde a categoria rainha não esteve presente, os fãs de motociclismo continuaram a assistir a boas corridas protagonizadas pelos próximos pilotos de MotoGP. Depois de uma pré-temporada a
os pilotos de Moto2 e Moto3 de-
daria a pole position a Roberts. Na
menos um piloto no top quatro. Por
treinar para ser o mais competitivo
ram espetáculo. Na categoria mais
corrida, a vitória foi surpreendente-
sua vez, a dois minutos da bandeira
possível na primeira ronda, os pilo-
fraca em termos de potência, veri-
mente conseguida por Tetsuta Na-
de xadrez, os pilotos começaram a
tos de Moto2 e Moto3 chegaram
ficou-se constantes lutas de poder
gashima que arrancou da 5ª linha,
‘apertar’ com os seus tempos, o que
ao Qatar para um fim de semana
logo a partir do primeiro treino livre.
provando que nem sempre vence
fez com que a tabela explodisse
singular. Fruto da pandemia por
No entanto, a vitória acabou por ser
aquele que sai nas melhores posi-
com múltiplos tempos ‘no verme-
COVID-19, a categoria máxima do
conquistada por Albert Arenas que
ções da grelha de partida.
lho’.
motociclismo mundial não marcou
cruzou a linha de meta numa luta
presença. Por outro lado, as cate-
direta com John McPhee.
MOTO3, TREINOS LIVRES: RAUL
versos pilotos terem passado pelo
gorias de ascensão tiveram o seu
Já na classe de Moto2, os treinos
FERNANDEZ DITA REGRAS COM
topo da tabela, foi Garcia quem
momento de glória fazendo esque-
livres foram bastante bem disputa-
MELHOR TEMPO NO FP2
conseguiu o melhor registo com
cer, por pouco, a ausência de no-
dos mas Joe Roberts extraiu uma
Dando início ao FP1, Darryn Bin-
uma volta em 2m05,407s. A en-
mes como Marc Márquez, Andrea
volta recorde da sua Kalex. Não
der (CIP Green Power) e Maximilian
cerrar o top cinco seguiram-se Tat-
Dovizioso, Maverick Viñales, Álex
sendo o único candidato à pole po-
Kofler (CIP Green Power) foram os
suki Suzuki (SIC58 Squadra Corse)
Rins, Fabio Quartararo e até mesmo
sition, o americano também teve de
primeiros a atacar o asfalto. A onze
e Alonso Lopez (Sterilgarda Max
Valentino Rossi.
contar com a dupla da VR46 onde
minutos do fim quer a Honda como
Racing Team) - ambos a menos de
Mesmo com estas baixas de peso,
Luca Marini igualou a volta que
a KTM e a Husqvarna tinham pelo
quatro décimas para o registo de
Twitter/@AlbertArenas75
David Goldman/Gold and Goose Photography
Finalizada a sessão, e apesar de di-
Albert Arenas foi o primeiro a vencer em 2020
-46- | MOTORCYCLE SPORTS |
John McPhee matou fome de pódios que durou deste Misano (2019
Créditos: Gareth Harford/Gold and Goose
TEXTO: Simon Patterson
Garcia. Ai Ogura (Honda Team Asia)
Squadra Corse/Honda) conseguiram
e Riccardo Rossi (BOE Skull Rider
melhorar os seus tempos face ao
Facile Energy) fecharam o top cinco.
FP2, embora nenhum tivesse ficado
Durante a segunda sessão de trei-
apurado diretamente para o Q2 por
nos, os fãs foram presenteados com
terem ocupado na tabela posições
bons momentos em pista, desde
abaixo do 14.º lugar. O último apu-
ultrapassagens mútuas a pequenos
rado diretamente para o Q2 foi Car-
duelos. A 18 minutos do fim, Kaito
los Tatay (Reale Avintia Racing/KTM)
Toba (Red Bull KTM Ajo) e Raul Fer-
ao conquistar a 14.º posição a oito
nandez (Red Bull KTM Ajo) estavam
milésimas acima de Susuki.
na liderança, sendo Toba o único pi-
Fonte: Twitter/@honda_team_asia
Nagashima conquista primeira vitória em corrida de recuperação
Ai Ogura foi terceiro no deserto
loto a rodar na casa do segundo 04.
MOTO3, QUALIFICAÇÃO: TATSUKI
A dupla da KTM era seguida por Fe-
SUZUKI PRECISOU DE DIFERENÇA
nati que encerrava o top três numa
MÍNIMA PARA IMPEDIR POLE DE
mota francamente semelhante à
FERNANDEZ
KTM, não fosse a Husqvarna parte
No Q1 foi Gabriel Rodrigo (Köm-
integrante da marca. Aquando da
merling Gresini Moto3) quem ru-
troca de pneus para as últimas voltas
bricou a melhor volta (2m05,254s)
o top três ficou a cargo de Fernan-
apurando-se automaticamente para
dez (2m04,577s), que bateu Binder
o Q2. O argentino foi 22 milésimos
e Garcia a segurar a terceira posição.
de segundo mais rápido do que Su-
Não fugindo ao padrão, Fernandez
suki. O top três ficaria encerrado
ditou novamente o ritmo na última
com Jeremy Alcobá (Kömmerling
sessão de treinos livros do GP do
Gresini/Honda) onde Albert Arenas
Qatar de Moto3. Com auxílio das
(Aspar Team Gaviota) foi o último a
condições de pista e vento que se fi-
ser apurado para a segunda ronda
zeram sentir viu-se um aumento sig-
de qualificação.
nificativo dos tempos em compara-
Na derradeira sessão de qualificação,
ção com o FP2. No entanto, o piloto
Tatsuki Suzuki foi o responsável por
da Red Bull KTM Ajo voltou a brilhar
conquistar a primeira pole position
sendo novamente o mais rápido na
da temporada. O piloto liderou toda
terceira e última sessão de treinos.
a Q2 estabelecendo uma nova volta
O espanhol rodou em 2m05,465s
recorde (2m04,815s) para a catego-
partilhando o top três com Dennis
ria, destronando Raúl Fernandez por
Foggia (Leopard Racing/Honda) e
um diferencial de apenas 0,008s.
Tatsuki Suzuki.
Fernandez, tendo sido o melhor pilo-
No final dos treinos livres de Moto3
to na sessão de treinos livres, apro-
no GP do Qatar foi Raúl Fernan-
veitou um cone de ar do colega Kai-
dez quem terminou com o tempo
to Toba no decorrer da última volta,
combinado mais rápido. O referido
tendo ficado perigosamente perto
piloto estabeleceu a melhor volta
de conquistar a pole position. No
em 2m04,557s superando assim
entanto não conseguiu bater Susuki
Darryn Binder por 0,121s. Garcia,
e ficou relegado a segundo lugar da
Ogura e Toba que encerrou o top
grelha de partida. Encerrando o top
cinco. Dadas as condições da pista
três ficou Albert Arenas (Aspar Team
no FP3 apenas Dennis Foggia, Ryu-
Gaviota/KTM), seguido de Binder,
sei Yamanaka (Estrella Galicia 0,0/
Ogura e Masiá que cessaram os
Honda) e José Julián García (SIC58
acessos à segunda linha de partida. | MOTORCYCLE SPORTS | -47-
GP QATAR
Moto3 e Moto2
Moto3, corrida: Arenas abre hostili-
Numa outra perspetiva, Fenati de-
tado: ‘Estou muito contente, é uma
American Racing) definiu o melhor
dades com vitória na última volta
cecionava os presentes ao ocupar o
sensação incrível conseguir a vitória e
registo em pista e era, provisoria-
A corrida teve início com o holeshot
19.º lugar após ter-se provado veloz
ainda mais desta forma. Trabalhámos
mente, o mais rápido nos tempos
para Susuki sendo este seguido por
nos treinos livres. Dentro da equipa
arduamente durante o inverno, volta a
combinados. Aos comandos de
Fernandez e Arenas. Ao fim de seis
Husqvarma, Alonso Lopez era o me-
volta, treino a treino, e agora sou líder
uma Kalex, o americano impôs-se a
das 18 voltas, o top três era ocupa-
lhor piloto em pista.
do Mundial. Quero agradecer à equipa
Marco Bezzecchi (SKY Racing Team
dos por pilotos da KTM. Continuada
Já na última volta, McPhee confiou
por todo o trabalho que fez e à minha
VR46) e Luca Marini (SKY Racing
a corrida, Masiá aproveitou um cone
no cone de aspiração da reta de
nova equipa técnica por me ajudar a
Team VR46) marcando na tabela de
de aspiração na reta da meta e con-
meta não pressionando assim ne-
dar um passo em frente como piloto.
tempos uma volta em 1m58,421s.
seguiu ascender ao lugar mais baixo
nhuma ultrapassagem perante Are-
Na corrida, quando estava atrás do
Já na reta final, Canet foi o verdadei-
do pódio depois de ter ultrapassado
nas que liderava a prova. Contudo o
grupo, vi que tinha um pouco mais do
ro e derradeiro líder. Apesar da últi-
Darryn Binder.
piloto da KTM saiu brilhantemente
que os outros e tentei. Não fiquei ner-
ma sessão não ter visto melhorias no
No grupo dianteiro, Susuki e Tony
da última curva evitando o ataque
voso, tentei atacar e aproveitar ao má-
registo, ficou claro que os primeiros
Arbolino (Rivacold Snipers Team/
de McPhee e conquistando os pri-
ximo. É, além disso, a centésima vitória
três classificados ficaram separa-
Honda) atacaram e passaram a lide-
meiros 25 pontos da temporada.
para a KTM e significa muito para eles
dos por menos de uma décima de
rar a corrida no começo das últimas
Apesar de Masiá ter ultrapassado a
depois de todo o inverno’.
segundo. Assim o piloto da Aspar
nove voltas. Após cometer um erro,
meta em terceiro lugar soube poste-
Fernandez viria a sua posição passar
riormente que havia ultrapassado os
MOTO2, TREINOS LIVRES: JOE
dos falhando por pouco o segundo
do grupo de líder para 15.º. Arenas
limites de pista. Desta forma, foi Ai
ROBERTS FOI AUTOR DE VOLTA
58 (1m59,019s). Fabio Di Giannan-
era agora líder na corrida.
Ogura quem encerrou o top três. De
RECORDE
tonio foi o segundo mais rápido e
Quanto a Celestino Vietti (SKY
ressalvar que Masiá não foi o único
Na primeira sessão de treinos livres,
também ele com uma Speed Up
Racing Team VR46) o mesmo en-
piloto a ser sancionado, tendo a ta-
Tom Luthi (Liqui Moly Intact GP) foi
conseguiu superar todo o exército
contrava-se a recuperar posições
bela final sido revista após o térmi-
o mais veloz em pista, ainda que o
de Kalex em pista, assegurando uma
na tabela, aproximando-se do top
nus da corrida.
segundo, Jorge Martín (Red Bull
diferença de 0,033s para o líder da
dez, quando sofreu uma queda sem
Em comunicado oficial, Arenas parti-
KTM Ajo), tenha ficado a apenas 17
sessão. Enea Bastianini foi terceiro.
complicações retomando à corrida.
lhou a sua visão do triunfo conquis-
milésimas. Arón Canet (Aspar Team)
Finalizados os treinos livres verifi-
mostrou-se capaz de estabelecer
cou-se que a maioria dos pilotos
uma volta bastante competente fi-
não conseguiu melhorar os tempos
cando a meia décima da dianteira
combinados no FP3 mantendo-se
numa sessão onde o melhor tempo
o top quatro combinado igual ao
foi de 1m59,168s.
existente no final do FP2. Assim, Joe
Já no FP2, Joe Roberts (Tennor
Roberts deteve o novo recorde no
Pos. 1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º 11.º 12.º 13.º 14.º 15.º 16.º 17.º 18.º 19.º 20.º 21.º 22.º 23.º 24.º 25.º 26.º 27.º 28.º 29.º Ret. Ret.
Piloto Albert Arenas John McPhee Ai Ogura Jaume Masiá Tatsuki Suzuki Gabriel Rodrigo Jeremy Alcoba Filip Salac Dennis Foggia Raúl Fernández Sergio García Deniz Öncu Alonso López Kaito Toba Tony Arbolino Andrea Migno Romano Fenati Yuki Kunii Ayumu Sasaki Ryusei Yamanaka Carlos Tatay Stefano Nepa Davide Pizzoli Riccardo Rossi Jason Dupasquier Khairul Idham Pawi Maximilian Kofler Celestino Vietti Dirk Geiger Darryn Binder Jose Julián García
Equipa Aspar Team Gaviota Petronas Sprinta Racing Honda Team Asia Leopard Racing SIC58 Squadra Corse Kömmerling Gresini Moto3 Kömmerling Gresini Moto3 Rivacold Snipers Team Leopard Racing Red Bull KTM Ajo Estrella Galicia 0,0 Red Bull KTM Tech 3 Sterilgarda Max Racing Team Red Bull KTM Ajo Rivacold Snipers Team Sky Racing Team VR46 Sterilgarda Max Racing Team Honda Team Asia Red Bull KTM Tech 3 Estrella Galicia 0,0 Reale Avintia Racing Aspar Team Gaviota BOE Skull Rider Facile Energy BOE Skull Rider Facile Energy CarXpert PrüstelGP Petronas Sprinta Racing CIP Green Power Sky Racing Team VR46 CarXpert PrüstelGP CIP Green Power SIC58 Squadra Corse
-48- | MOTORCYCLE SPORTS |
Moto KTM Honda Honda Honda Honda Honda Honda Honda Honda KTM Honda KTM Husqvarna KTM Honda KTM Husqvarna Honda KTM Honda KTM KTM KTM KTM KTM Honda KTM KTM KTM KTM Honda
Tempo/18 voltas 38m08,941s + 0,053s + 0,344s + 0,247s + 0,789s + 0,426s + 0,559s + 0,823s + 0,964s + 0,834s + 1,261s + 1,485s + 1,602s + 2,790s + 2,575s + 3,180s + 5,802s + 5,829s + 6,109s + 8,457s + 8,480s + 16,240s + 21,450s + 26,209s + 26,412s + 28,189s + 28,517s + 32,106s + 41,931s 17 voltas 13 voltas
David Goldman/Gold and Goose Photography
GP DO QATAR - MOTO3
Team conseguiu destacar-se de to-
Nagashima colocou novamente KTM no topo
Fonte: Twitter/@alpinestars
Fonte: Twitter/@7balda
Lorenzo Baldassarri
Bastianini faz terceiro no arranque do seu segundo ano em Moto2
traçado de Losail (1m58,421s) com
MOTO2, CORRIDA: TETSUTA
sumir a liderança da corrida.
ma não esqueceu a sua equipa numa
a dupla da Sky Racing Team a mais
NAGASHIMA VENCE CORRIDA
A pouco tempo do fim, Nagashima
altura tão especial: ‘Ainda não acre-
de 0.250s de diferença.
PARTINDO DO 14.º LUGAR
passou para a dianteira da corrida e
dito nisto, sinto que estou a sonhar.
Foi na prova de Moto2 que Tetsuta
desde aí não mais facilitou, conquis-
Quero agradecer à equipa, porque eles
MOTO2, QUALIFICAÇÃO: POLE É
Nagashima (Red Bull KTM Ajo) ven-
tando a primeira vitória na sua carrei-
confiaram em mim desde o primeiro
ENTREGUE A JOE ROBERTS APÓS
ceu a primeira corrida do ano com as
ra. Baldassarri e Bastianini encerram
momento em que juntámos forças, e
CRITÉRIO DE DESEMPATE
novas cores da KTM. De notar que
os acessos ao top três completando
trabalhámos muito arduamente para
No decorrer do Q1 foi Marcel
se sinalizava também o décimo ani-
o primeiro pódio da temporada. Ro-
tornar isto possível. Estou muito feliz
Schrötter (Liqui Moly Intact GP)
versário da criação da classe, com o
berts ficou em quarto lugar. A desta-
porque esta é a minha primeira vitória
quem delineou a melhor volta
seu falecido compatriota Shoya To-
car a prestação de Marini que lide-
no Moto2. Desde a primeira sessão
garantindo acesso direto ao Q2.
mizawa a vencer a primeira corrida
rando quase toda a corrida denotou
trabalhámos para nos prepararmos
Após o final da sessão, e sem alte-
de sempre da categoria.
perda de fôlego acabando por cair
para a corrida e no fim o esforço re-
rações de relevo na tabela, as três
Com o apagar das luzes de partida,
na derradeira volta.
compensou. Foi um fim de semana
vagas restantes que davam acesso
o holeshot foi parar às mãos de Luca
Emocionado com a vitória, Nagashi-
perfeito’.
ao Q2 ficaram destinadas a Loren-
Marini com Bastianini e Roberts no
zo Baldassarri (Flexbox HP 40), Jor-
top três. Jorge Martín e Remy Gar-
ge Navarro (Beta Tools Speed Up)
dner juntavam-se por esta altura
e Edgar Pons (Federal Oil Gresini
ao grupo da frente. Ao terminar da
Moto2).
terceira volta, Nagashima rodava
Já no derradeiro momento de qua-
no melhor tempo da corrida, altura
lificação, o Q2 foi diferente dos
coincidente com a passagem de Au-
demais já que Joe Roberts e Luca
gusto Fernandez pelas boxes fruto
Marini fizeram os mesmos tempo
de uma queda.
(1m58,136s) por volta. Dado que o
A dez voltas do fim, Baldassarri ten-
americano fez a sua volta primei-
tou um ‘assalto’ ao terceiro lugar
ro que Marini, a pole acabou por
tendo sido bem sucedido. Nesta
ser oficialmente entregue ao piloto
fase, Marini e Roberts lideravam e
da American Racing. Marini ficou,
Martin ripostava regressando ao lu-
assim, com o segundo lugar da gre-
gar que Baldassarri havia há pouco
lha enquanto que Enea Bastianini
conquistado. Apesar das tentativas
garantiu o último lugar da primei-
de fuga de Marini para com Roberts
ra linha com um atraso de 0.107s
já era notório o desgaste de pneus
para a dupla dianteira. Jorge Na-
pelo que não se observavam gran-
varro, Bo Bendsneyder (NTS RW
des diferenças. Contudo a seis vol-
Racing GP) e Remy Gardner (One-
tas do fim, Marini alargou trajetória e
xox TKKR SAG Team) ocuparam as
permitiu a ultrapassagem de Roberts
posições da segunda linha.
e Baldassarri, com o americano a as-
GP DO QATAR - MOTO2 Pos. 1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º 11.º 12.º 13.º 14.º 15.º 16.º 17.º 18.º 19.º 20.º 21.º 22.º 23.º 24.º 25.º Ret. Ret. Ret. Ret.
Piloto Tetsuta Nagashima Lorenzo Baldassarri Enea Bastianini Joe Roberts Remy Gardner Jorge Navarro Marcel Schrötter Arón Canet Xavi Vierge Tom Lüthi Bo Bendsneyder Marco Bezzecchi Fabio Giannantonio Jake Dixon Stefano Manzi Edgar Pons Hector Garzó Nicolò Bulega Hafizh Syahrin Jorge Martín Simone Corsi Andi Farid Izdihar Jesko Raffin Lorenzo Dalla Porta Somkiat Chantra Luca Marini Kasma Daniel Augusto Fernández Marcos Ramírez
Equipa Red Bull KTM Ajo Flexbox HP 40 Italtrans Racing Team American Racing Onexox TKKR SAG Team Beta Tools Speed Up Liqui Moly Intact GP Aspar Team Petronas Sprinta Racing Liqui Moly Intact GP NTS RW Racing GP Sky Racing Team VR46 Beta Tools Speed Up Petronas Sprinta Racing MV Agusta Forward Racing Federal Oil Gresini Moto2 Flexbox HP 40 Federal Oil Gresini Moto2 Aspar Team Red Bull KTM Ajo MV Agusta Forward Racing Idemitsu Honda Team Asia NTS RW Racing GP Italtrans Racing Team Idemitsu Honda Team Asia Sky Racing Team VR46 Onexox TKKR SAG Team EG 0,0 Marc VDS American Racing
Moto Kalex Kalex Kalex Kalex Kalex Speed Up Kalex Speed Up Kalex Kalex NTS Kalex Speed Up Kalex MV Agusta Kalex Kalex Kalex Speed Up Kalex MV Agusta Kalex NTS Kalex Kalex Kalex Kalex Kalex Kalex
Tempo/20 voltas 40m00,192s) + 1,347s + 1,428s + 1,559s + 1,901s + 2,381s + 4,490s + 4,703s + 7,118s + 8,904s + 9,730s + 11,410s + 12,701s + 12,717s + 16,208s + 16,256s + 16,869s + 16,932s + 19,639s + 20,662s + 27,291s + 34,514s + 34,664s + 45,850s + 1 volta 19 voltas 13 voltas 2 voltas 1 volta
| MOTORCYCLE SPORTS | -49-
ENTREVISTA
SEPANG RACING TEAM
O reatar dos Mundiais de motociclismo em tempo de pandemia Os Mundiais de motociclismo estão prestes a retomar depois do interregno forçado devido à pandemia. Porém, as diferenças face ao habitual são muitas e não passam apenas pelo calendário reformulado. Na perspetiva de um diretor de equipa há muitos desafios adicionais e particulares a gerir, mas também confiança na estrutura e nos pilotos.
Quartararo foi figura de proa da SRT em 2019
-50- | MOTORCYCLE SPORTS |
PSP/Lukasz Swiderek
TEXTO: Simon Patterson
A Sepang Racing Team avança em
do mês de fevereiro.
seio da Petronas Yamaha SRT o
2020 para o seu segundo ano no
A retoma traz, por isso, expec-
ambiente seja de entusiasmo pe-
Mundial de MotoGP. Em paralelo
tativa para a equipa malaia, que
rante o regresso – referiu Stigefelt
gere os projetos já implementados
procura solidificar o seu projeto
na entrevista:
há alguns anos nas duas catego-
de MotoGP e dar continuidade ao
– Os membros da nossa equipa es-
rias de acesso – Moto2 e Moto3.
trabalho de desenvolvimento de
tão ansiosos por começar e compe-
No caso das classes baixas já se
pilotos nos Mundiais de Moto2 e
tir novamente. Foi complicado para
deu o arranque da época no GP do
de Moto3. Johan Stigefelt, diretor
todos, com a incerteza sobre o que
Qatar em março passado, enquan-
de equipa, deu uma entrevista ao
esperar, mas quando a Dorna divul-
to no MotoGP o início será em
site oficial da mesma sobre o rea-
gou o novo calendário foi um grande
Jerez de la Frontera a 19 de julho.
tar e os novos moldes dos GP pe-
alívio para todos. Todos queremos
Recém-formada em 2019, a Pe-
rante a pandemia, numa conversa
voltar à competição e vai ser estra-
tronas Yamaha SRT deixou desde
de que lhe trazemos o principal.
nho em alguns aspetos, mas todos
logo boa impressão – Fabio Quar-
queremos ver o que somos capazes
tararo surpreendeu tudo e todos
ENTUSIASMO
no ano passado, com múltiplos
COM O REGRESSO
pódios e pole positions na tempo-
A pausa foi grande – para o Moto-
UM NOVO NORMAL
rada de estreia na categoria máxi-
GP durou desde o fim de fevereiro
As restrições de deslocações e
ma. Tanto que mereceu o lugar na
e para o Moto2 e para o Moto3
das atividades, bem como o dis-
Monster Energy Yamaha em 2021
prolongou-se desde março. Assim
tanciamento social, ainda ditam o
mesmo antes dos testes do passa-
sendo, não é de estranhar que no
novo normal nesta fase. De qual-
de fazer em pista.
| MOTORCYCLE SPORTS | -51-
ENTREVISTA
SEPANG RACING TEAM
quer forma, as equipas precisam
nosso gestor de equipa do MotoGP,
tadores e a presença muito limita-
Paralelamente, o responsável não
de fazer a sua preparação depois
Wilco Zeelenberg, esteve a falar com
da de jornalistas, como também a
espera desafios de maior do ponto
de tantos meses de interregno.
os membros da equipa de MotoGP,
redução do número de elementos
de vista logístico: ‘Na verdade, não
Stigefelt contou como é que se
eu estive a falar com o pessoal do
das equipas a máximos de 25 no
creio que vão existir vários desafios
processa essa preparação: ‘Temos
Moto2 e do Moto3 e a discutir tudo
caso das satélites de MotoGP. Sti-
logísticos. Existirão algumas coisas
implementado os protocolos de saú-
entre o Razlan [Razali], o Wilco e eu
gefelt disse que a mudança será
em que precisamos de trabalhar para
de e de segurança que podem ser
mesmo. Além disso, temos o lado das
considerável face à estrutura habi-
nos adaptarmos à situação. Sem em-
implementados quando chegarmos
comunicações e das parcerias onde
tual: ‘A estrutura da equipa irá mudar
bargo, garantiremos que as coisas es-
a Jerez. Isso é mesmo importante. A
estamos a discutir os planos com
um pouco porque não levamos todo
tão bem planeadas e implementadas
maior parte das nossas motos e ca-
os parceiros todas as semanas. Há
o nosso pessoal a Jerez, pelo menos
para ajudar a mitigar esses desafios’.
miões já estão em Espanha, o que é
muito trabalho nos bastidores para
nas primeiras corridas teremos um
No que concerne às medidas de
uma grande ajuda. […]. Também no
garantir que estamos todos prepa-
mínimo de pessoal. A maior parte do
segurança sanitária no contexto
lado administrativo estamos ainda a
rados’.
pessoal que levaremos será do lado
da pandemia da Covid-19, haverá
trabalhar sempre no duro, uma vez
Como é sabido, os Grandes Pré-
técnico, para nos podermos focar na
o habitual que tem sido recomen-
que há muito planeamento e prepa-
mios terão limites nos números de
configuração e cuidar dos nossos pi-
dado à sociedade em geral – dis-
ração a fazer’.
pessoas no paddock – não só com
lotos. Não haverá imprensa, hospita-
tanciamento social tanto quanto
O responsável detalhou depois: ‘O
as portas fechadas para os espec-
lidade, parceiros, etc.’.
possível, uso de máscaras e equi-
-52- | MOTORCYCLE SPORTS |
será um final de ano muito intenso,
atacar tanto quanto possível e extrair
to, além da introdução das máscaras
mas queremos apoiar o campeonato
o melhor deste calendário’.
faciais, desinfetante de mãos e luvas.
tanto quanto pudermos’.
Para definir os novos moldes da
Estes são apenas alguns exemplos,
Numa época tão invulgar com um
época foi essencial um trabalho
há várias coisas em que estamos a
calendário tão apertado, o respon-
conjunto e esforços concertados
trabalhar para implementar e tere-
sável da Sepang Racing Team não
por parte da promotora Dorna, da
mos um membro do staff responsá-
deixa de esperar outro tipo de
associação de equipas IRTA e das
vel por supervisionar esta área’.
problemas para os pilotos – que
equipas no geral. No caso da Se-
acredita que estão preparados:
pang Racing Team, Stigefelt asse-
CALENDÁRIO
‘Creio que existirão novos desafios,
gurou que há gratidão pelo apoio
CONDENSADO E NO VERÃO
seguramente. Na primeira corrida, as
prestado que possibilitou ultrapas-
O calendário reformulado divulga-
temperaturas de pista elevadas es-
sar tão bem quanto possível a si-
do pela Dorna dificilmente poderia
peradas em Jerez serão exigentes. O
tuação complicada:
ser mais intenso, com 13 provas
calendário agitado e o agendamento
– A relação com a Dorna e a IRTA
num espaço de pouco mais de qua-
de rondas consecutivas será muito
é ótima! O nosso chefe de equipa
tro meses entre julho e novembro.
difícil, mas creio que os pilotos estão
Razlan Razali e eu estivemos em
Há alguns circuitos que repetem
preparados para isto. Eles estão to-
contacto constante com a Dorna e
Grandes Prémios em semanas con-
dos aptos, querem pilotar e voltar ao
com a IRTA, e também estivemos a
secutivas. Stigefelt comentou as-
que fazem para viver – competir. Co-
discutir coisas com outras equipas. É
sim o calendário: ‘Penso que é mais
nhecemos o calendário, então todos
difícil porque todos estão em situa-
ou menos o máximo que podemos
estão mentalmente preparados, e to-
ções diferentes, algumas equipas são
fazer neste espaço de tempo curto.
dos os nossos pilotos estarão aptos
maiores e outras são mais pequenas,
Começar a meio de julho e fazer 13
e prontos’.
mas o apoio da Dorna e da IRTA foi
GP europeus com várias rondas du-
Algo a evitar com um programa tão
ótimo. Sem ele não creio que tives-
plas, algumas vezes com três provas
condensado são as lesões, realçou
se sido possível passar por isto sem
consecutivas, será muito exigente
Stigefelt: ‘Não queremos ter quais-
fazer mudanças drásticas, que não é
para todos. Vai ser decididamente
quer lesões em nenhuma das corri-
algo que alguém queira fazer. Graças
duro, mas fá-lo-emos, estamos todos
das, uma vez que isso poderia ter um
a eles passámos por isto de boa ma-
no mesmo barco e faremos o melhor
impacto negativo para duas ou três
neira. Não foi o melhor cenário, mas
que conseguirmos. Se tivermos três
corridas. É importante pilotar de for-
conseguimos e estou muito feliz com
rondas fora da Europa além disto
ma segura e inteligente, mas também
o apoio que tivemos. PSP/Lukasz Swiderek
PSP/Lukasz Swiderek
forma como trabalhamos em conjun-
pamentos de proteção individual, higienização das mãos regular e testagem intensiva para deteção e isolamento de eventuais casos positivos. Stigefelt adiantou alguns pormenores sobre os protocolos a implementar pela Dorna e pela própria Sepang Racing Team – que terá um responsável por supervisionar esses procedimentos sanitários: ‘A Dorna já implementou alguns protocolos, mas vamos implementar muitas medidas, mas nós vamos implementar também muitas medidas do nosso lado. Vamos restringir a forma como nos movemos na garagem e na | MOTORCYCLE SPORTS | -53-
ENTREVISTA
Casey Stoner
‘Ainda continua a não existir ninguém neste desporto que se compare ao que o
‘Mick’ Doohan fez’ - Stoner
Talento é a palavra que melhor caracteriza Casey Stoner. O australiano abandonou a competição no final de 2012 mas ainda hoje é relembrado como um profissional com uma qualidade superior. Foi também aquele (e o único até aos dias de hoje) que conseguiu ser campeão aos comandos de uma Ducati Desmosedici. Caracterizado como um dos melho-
o principal tema abordado, assim
dos, transporta-me para os meus
res pilotos de MotoGP, Casey Stoner
como o seu abandono prematuro.
dias de dirt track, onde tinha de
marcou presença no pináculo do
Stoner falou também sobre a possi-
encontrar tração e gerir bem o ace-
motociclismo entre as temporadas
bilidade de regressar ao MotoGP e
lerador. Por isso quando lá fui numa
de 2006 e 2012. Entrou na cate-
partilhou a sua perspetiva sobre a
MotoGP foi quando encontrei um
goria rainha através da LCR Honda
contratação de Jack Miller pela Du-
novo amor pela pista, digamos. Con-
e juntou-se à Ducati na temporada
cati, entre outros assuntos.
segui encontrar algumas diferenças
seguinte numa relação que durou
Chris Vermeulen (CV): Vou
em zonas da pista mais assustadoras
até 2010. Nos dois anos seguintes
falar sobre o Grande Prémio da
mas onde consegui, com o mínimo
regressou a uma moto Honda, desta
Austrália em Phillip Island. O que
de erros possível, ganhar tempo. Pa-
feita com as cores da equipa oficial,
houve com Casey Stoner e aquele
rece que encontrei algo nessa pista e
onde conseguiu o seu segundo títu-
lugar onde não perdeu uma corrida
onde os outros tinham mais proble-
lo de MotoGP.
entre 2007 e 2012?
mas em encontrar. Foi bom ter algo
Com uma retirada prematura, Ca-
Casey Stoner: Nos meus primeiros
mais que os outros numa pista onde
sey Stoner ainda hoje é reconheci-
anos, para ser sincero, não gostava
todos querem ganhar.
do como um piloto extremamente
da pista. Tinha ouvido muitas coisas
CV: Bem, exatamente, eu queria
talentoso e profissional. Depois de
boas mas nunca tinha lá pilotado
vencer e nunca o fiz como tu, mas
ter conseguido fechar a tempora-
desde que tinha deixado a Austrá-
acho que em 2007, voltando a
da de 2012, o australiano foi piloto
lia. Estreei-me lá num wildcard em
esse ano, foi onde conseguiste
de testes pela Honda e, em 2016,
2001 e não correu muito mal, mas
a tua primeira vitória lá. Penso
ocupou a mesma posição na Ducati
nos anos seguintes… se competir-
que no fim de semana anterior
mostrando por diversas vezes que
mos lá numa moto nas classes infe-
conquistaste o teu primeiro
a sua capacidade de voar rente ao
riores, por ser tanto tempo a acelerar
campeonato, e o único da Ducati,
asfalto nunca chegou a desaparecer.
ao máximo numa 125cc, não me di-
no Japão. Qual foi a sensação de
Ao todo foi campeão um par de ve-
vertia e tinha problemas porque não
correr em casa enquanto campeão
zes em MotoGP e registou 45 vitó-
havia muitos elementos a que me
mundial e, finalmente, naquele
rias em toda a sua carreira, no qual
pudesse agarrar para tirar vantagem.
fim de semana seres o primeiro
38 foram conseguidas na categoria
Mas depois estreei-me lá numa Mo-
australiano a ganhar em casa
máxima do motociclismo.
toGP e as coisas começam a ser mais
desde o McDougall? Deve ter sido
Numa entrevista para a página de
divertidas. Tentas encontrar tração
uma sensação incrível.
Youtube
Motorcycle
em todo o lado e podes arriscar em
CS: Realmente, não esperávamos
Grand Prix’, Casey Stoner foi entre-
toda a pista, menos na última meta-
vencer o campeonato no Japão. O
vistado pelo comentador da FOX
de da reta principal. Tentar encontrar
fim de semana foi de luta para nós
Motorsport e ex-piloto de MotoGP
aderência na pista, especialmente
e simplesmente não estávamos a fa-
Chris Vermeulen. A sua carreira foi
com os pneus a ficarem desgasta-
zer o trabalho. Esperávamos ter de ir
‘Australian
-54- | MOTORCYCLE SPORTS |
Copyright © 2017 Ducati Motor Holding spa
TEXTO: Simon Patterson TEXT
| MOTORCYCLE SPORTS | -55-
ENTREVISTA
Casey Stoner
a Phillip Island e fazer um bom tra-
cheirar as rosas (risos). Não conse-
não voltaste até Phillip Island e
xima corrida. Tudo começou em Mu-
balho lá, mas ter pressão em Phillip
gues apreciar a ilha, a beleza dela
venceste a corrida. Sei que tiveste
gello mas foi na Catalunha que me
Island foi muito bom. A conquista
e mesmo do circuito, mas ir para lá
alguns problemas com a tua saúde,
atacou mais, como em Assen. Nes-
do campeonato não me atingiu real-
com um pouco menos de pressão e
mas quão confiante estavas no
sas corridas estava basicamente a
mente, porque sempre senti que ha-
conseguir aquele resultado [a vitória]
regresso ao fim de semana onde
tentar aguentar-me. Basicamente só
via trabalho a fazer, então nunca tive
foi muito bom. Aproveitei todo o fim
ainda conseguiste vencer aquela
em Portugal soubemos que o que se
a ideia de ‘vamos comemorar’. Eu
de semana, que foi provavelmente
prova?
estava a passar era intolerância à lac-
ainda queria sair [para a pista] e, para
um dos primeiros fins de semana de
CS: A temporada de 2009 foi com-
tose. Foi preciso todo aquele tempo
mim, era uma corrida de cada vez
MotoGP no qual eu tirei prazer. Tive
plicada para nós, tivemos alguns
de fora para perceber qual era o pro-
até ao final da temporada, com ou
um apoio fantástico. Tínhamos tudo,
problemas logo no início da época.
blema. Portugal para mim foi espeta-
sem conquista de campeonato, mas
foi simplesmente inacreditável.
Acho que não me treinei durante
cular porque a cada dia me fui sen-
foi bom vir a Phillip Island e isso meio
CV: Passados alguns anos, em
meses antes da corrida em Phillip
tindo cada vez melhor em cima da
que abriu os meus olhos para toda
2009 se estou certo, fizeste
Island [ronda a seguir ao GP de Por-
moto e já não estava esgotado como
uma área e um lugar que eu… Quer
uma pausa no meio daquele
tugal]. Fazia as corridas e não fazia
antes. A cada dia que passava sen-
dizer, quando vais para lá com muita
ano, provavelmente no final do
mais nada entre elas, tentava recu-
ti-me mais forte. Ainda me lembro
pressão digamos que não consegues
Grande Prémio da Grã-Bretanha,
perar e preparar o corpo para a pró-
da sensação de surpresa e de sentir
-56- | MOTORCYCLE SPORTS |
Copyright © 2017 Ducati Motor Holding spa
me complicou a vida. Falando com
sentiste?
quem está no topo destes campeo-
CS: Mais uma vez, não foi uma óti-
natos dá para perceber que ninguém
ma temporada para nós. Sentia real-
quer ganhar um campeonato assim
mente que tínhamos uma hipótese
[sem a oposição do grande rival],
de lutar pelo campeonato. Infeliz-
mas mesmo assim estávamos em
mente, um deslize na qualificação,
boa forma para fazer o que quería-
em Indianápolis, meio que destruiu
mos fazer. Parecia que não ia acon-
o meu tornozelo e tivemos de dar a
tecer nesse dia mas o Jorge teve
temporada por encerrada fazendo
um acidente onde perdeu parte do
uma cirurgia logo de imediato para
dedo e abandonou. Acho que não
conseguirmos regressar a tempo de
competiu mais nesse ano, também
Phillip Island. Disseram-me que não
já tinha o segundo lugar assegurado.
deveria voltar a correr o resto da
Nunca queremos ganhar assim… se
temporada, porque se tivesse mais
o Jorge lá estivesse eu tinha a pres-
alguma queda poderia haver hipóte-
são de ganhar a corrida na mesma, a
ses de destruir por completo o meu
meta era somar o máximo de pontos
tornozelo e de não conseguir andar
possível para que as últimas corri-
sobre ele novamente. Foi muito
das fossem mais tranquilas. Quando
complicado, mas voltámos algumas
soube o que se tinha passado pen-
corridas antes de Phillip Island ape-
sei que tinha apenas de ficar no top
nas para tentar voltar à velocidade.
quatro pelo que não podia fazer por-
Antes disso, estávamos a melhorar
caria, até porque toda a gente queria
lentamente. Não quero que isto
que eu ganhasse o mundial nesse
pareça arrogante, mas ainda podia
dia. Mas Phillip Island, como se sabe,
ser rápido o suficiente, podia pilo-
costuma ter condições meteoroló-
tar com segurança e com bastante
gicas mutáveis e sabíamos que ia
ritmo. Então, esta questão do meu
ser sempre complicado. Tínhamos a
tornozelo ajudou-me um pouco du-
velocidade para ganhar mas chover
rante o fim de semana e isso deu
e ter de pilotar com pneus slick di-
velocidade que precisávamos para a
gamos que não é divertido. Foi uma
corrida, porque se tivesse que puxar
corrida horrível, a pista esteve seca
teria sempre aquela voz na cabeça
em 80 ou 90% mas na curva 12
‘não podes cair aqui, não podes le-
era como se estivesse uma parede
sionar o tornozelo; estás prestes a
de água. Muitos caíram aí. Quando
retirar-te e não podes ter uma lesão
vamos lançados e apanhamos tanta
permanente’. Foi um fim de semana
água de repente não há muito que
duro, garantidamente, mas também
possamos fazer. Já perto do fim qua-
emocionante enquanto pensava que
se deitei tudo a perder nessa zona.
essa seria a minha última vez neste
que afinal podia continuar a fazer
2010 poderia ter condições para
Consegui manter-me na moto e
circuito. Houve muita coisa a passar-
disto uma carreira no futuro. Antes
voltar a lutar pelo título depois de
ganhar o mundial. Ter tanta coisa a
-me na cabeça naquele fim de sema-
de saber o que era a minha carreira
meses com a carreira em risco.
alinhar-se no mesmo dia…era o meu
na; mais do que o normal, mas, ainda
estava acabada, não teria qualquer
CV: Em 2011, acho que no teu
aniversário, a quinta vitória seguida
assim, conseguimos levar para casa
hipótese de ter continuado a pilotar.
26.º aniversário, desafiaste Jorge
nessa pista, estava no meu país e
a sexta vitória consecutiva. Foi algo
Quando chegámos a Phillip Island
Lorenzo pelo campeonato do
acabei por ganhar. Foi especial, acho
verdadeiramente especial.
não estava propriamente confiante,
mundo. Penso que estiveram
que poucas pessoas podem dizer
CV: Falando em aposentadoria, a
pois não me tinha treinado muito
bastante renhidos em Phillip Island
que ganharam um campeonato do
conversa que surge regularmente.
nem estava fisicamente bem prepa-
e, entretanto, o Jorge se lesionou.
mundo no seu dia de anos.
O que aconteceria se Casey Stoner
rado para a corrida. Estive mais tem-
Qual foi a tua reação? Ficou mais
CV: Em 2012 anunciaste que te
não se tivesse reformado tão
po de fora sem me treinar do que a
fácil para ti por veres a pressão
irias retirar. Imagino que houve
cedo? Já pensaste sobre isso?
duração da pré-época, por exemplo.
diminuir ou foi mais difícil porque
bastante pressão para conseguires
CS: Sim e não. Não tanto no que po-
Tinha passado muito tempo fora da
tinhas de terminar o trabalho?
a sexta vitória consecutiva em
deria ou não ter acontecido. Penso
moto e não estava à vontade com
CS: Para ser sincero o facto de ele
casa. Regressas a Phillip Island para
que sem dúvidas teria desafiado [os
o ter de competir. Pelo menos foi
ter de abandonar a participação nes-
a tua última ronda caseira e fazes
adversários] por mais campeonatos,
uma boa sensação perceber que em
se Grande Prémio provavelmente só
uma prova fantástica. Como te
se teria ganho outro ou não isso | MOTORCYCLE SPORTS | -57-
ENTREVISTA
Casey Stoner
não sei, isso fica por discutir, isso é
bém tentei com a Ducati, mas não
algo que nunca vamos saber. Houve
consegui acordar os termos e tive-
vezes em que tive alguns pequenos
mos de sair desse cargo. Não senti
desejos de voltar, não tanto pela
ter dado à equipa o que eu queria.
parte de corrida mas adoro trabalhar
Sabia o que os pilotos queriam, tra-
com a minha equipa. Sei que parece
balhámos muito bem juntos, mas
estúpido mas adoro as sessões de
infelizmente os pilotos nem sempre
treinos quando o tempo estava ok,
sentiram o mesmo. Alguns constru-
a moto estava bem. Adoro as ses-
tores veem os dados e vêm aquela
sões de qualificações, a pressão de
que acreditam ser a direção certa. E
ter tudo certo para uma volta, adoro
nem sempre se convencem com os
quando conseguia espremer o máxi-
pilotos. Foi sempre uma luta cons-
mo da moto, era divertido. A corrida
tante tentando mudar as coisas cer-
não era necessariamente a parte de
tas na moto para progredir. Era um
que mais desfrutava, porque colocas
trabalho árduo, estando na Austrália,
todo o esforço em cerca de 20 vol-
sem poder estar lá, ter mais reuniões
tas e não podes cometer um erro. E
e discussões e puxar por eles era um
é tão fácil cometer um erro naque-
pouco difícil.
las motos, especialmente quando
CV: Primeiro que tudo queremos
puxas tanto. Uma pequena contra-
ver-te saudável mas adoraríamos
ção do dedo no travão dianteiro no
de te ver mais envolvido no
momento errado e cais; atinges um
MotoGP. Seria bom para todos.
ressalto e afundas a forquilha no
Jack Miller foi anunciado e assinou
momento errado e cais. Há tantos
pela Ducati. Qual foi a tua reação
aspetos difíceis no jogo, falhando o
inicial a esta notícia? Tens algum
ponto de travagem por pouco, sais
conselho para ele?
largo e a corrida está acabada. Há
CS: Não sei se tenho algum conse-
tantas coisas e tanta pressão que
lho. Ele tem amadurecido ao longo
era como uma libertação para mim
destes últimos anos e tenho ficado
quando acabava a corrida – ganhas-
impressionado com a forma como
se, perdesse, tivesse uma ótima cor-
ele se estruturou e seguiu em fren-
rida ou mesmo se acabasse fora do
te. Vês os resultados, vês a forma
pódio e estivesse feliz com a minha
como ele trabalha, como se foca e a
corrida, era um grande alívio para
sua motivação. Tudo parece estar a
mim. Não senti tanta falta desse
crescer ano após ano e os resultados
aspeto, mas senti falta de trabalhar
dele têm sido realmente consisten-
com a equipa, da qualificação e de
tes. Ainda gostaria de ver ele a traba-
fazer tempos por volta que pareciam
lhar melhor em pneus duros, porque
tão bons quanto podias fazer; era
às vezes é bom saber usar o pneu
uma sensação fantástica.
mais duro e trabalhar com os enge-
que. De qualquer das formas, acho
diferente é o apoio que ele vai ter.
CV: Concordo plenamente!
nheiros para que a moto funcione
fantástico o Jack ter a sua oportuni-
Estarão com ele a ouvir cada palavra
Falando sobre o futuro, já pensaste
um pouco melhor com estes pneus.
dade, ele merece e tem trabalhado
e o desenvolvimento irá mover-se
em te envolver no MotoGP ou
É bom saber que podes participar
arduamente. Os resultados falam
numa direção que talvez seja do seu
estares no desporto motorizado
numa corrida e que não precisas de
por si espero que ele consiga aquilo
agrado. Estou muito contente pelo
mas numa posição diferente,
te preocupar com a queda de rendi-
que deseja , mas uma coisa que ele
Jack e pela Austrália por haver outro
sendo um gestor de equipa ou
mento no final da prova. Então, acho
precisa de entender é que uma moto
piloto numa moto de fábrica.
assumir o papel de um mentor, por
que ele vai fazer um grande traba-
de fábrica não será um passo gigante
CV: Quando começaste a correr
exemplo?
lho, acho que a Ducati fez a escolha
face à moto que ele já utilizava; esta
em motos e quem te inspirou a
CS: Tive um cargo na Ducati, testei
certa mas a questão agora é sobre o
é uma coisa própria da Ducati, não
fazê-lo?
com a Honda no início, mas fiquei
seu companheiro de equipa. A esco-
existem enormes diferenças entre
CS: Penso que comecei com três ou
um pouco apertado pelos jovens a
lha poderá ser obvia para alguns mas
as motos da equipa satélite e as mo-
quatro anos e creio que foi numa ida-
chegarem, não me quiseram. Tam-
também poderá ser um grande cho-
tos da equipa de fábrica. O que será
de muito prematura. ‘Mick’ Doohan
-58- | MOTORCYCLE SPORTS |
Créditos: Jaime Olivares Camps GGPP2011/Box Repsol
começou pelos cinco ou seis anos,
mas é difícil. Fazer o que fez após
da, a Honda de 2012 com a primeira
a melhor moto que alguma vez já ti-
ele tem sido o meu ídolo desde que
aquelas lesões, na minha opinião,
versão dos pneus Bridgestone antes
nha pilotado. Em termos de motos
tinha essa idade e antes de todos os
ninguém compete com isso.
deles os terem trocado no início da
de rua, tenho uma Desmosedici que
acidentes e operações, para mim,
CV: Qual foi a tua primeira moto?
temporada. Foi, provavelmente, a
é uma peça fantástica. Ainda não a
ainda continua a não existir ninguém
CS: Yamaha PV50! Penso que foi o
derradeira moto e era ótima sob
levei para a estrada – acho que vai
neste desporto que se compare ao
modelo de 1978 ou 1979, algo pró-
aqueles travões fantásticos. Ficava
ficar lá em baixo - mas existem al-
que ele fez. Ninguém pensa em re-
ximo. Era uma pequena moto fan-
feliz com a forma como ela virava e
gumas motos bonitas do qual nunca
gressar daquelas lesões e ter uma
tástica. É ainda hoje a melhor moto
tinha aderência. Tudo o que sentia
conseguirei ter. Além disso, há tam-
jornada de sucesso como ele teve
para se aprender a pilotar.
era realmente confortável e, depois
bém a [Honda] CR250 de 1996. O
e sem o segundo mau acidente que
CV: Se pudesses ter qualquer moto
do teste, eles mudaram as opções
[Jeremy] McGrath era um grande
lhe pôs fim à carreira, quem sabe o
do mundo, qual seria a tua moto
de pneus e isso acabou com tudo.
herói meu e sentia-me apaixonado
quanto ele mais poderia ter conse-
de sonho? Já a tiveste?
Lutámos com isso de uma forma
por aquela moto, por isso é difícil de
guido. Gostaria de ver ele continuar
CS: Em termos de motos de corri-
que não acreditas. Antes disso, era
a conseguir ter para ser honesto. | MOTORCYCLE SPORTS | -59-
YAMAHA
TÉNÉRÉ 700 RALLY EDITION
UMA HOMENAGEM
À HISTÓRIA - A NOVA YAMAHA TÉNÉRÉ 700 RALLY EDITION
A Yamaha decidiu homenagear a sua história na competição todo-o-terreno e os seus heróis do Dakar com a edição especial Rally Edition da Ténéré 700. Enverga cores emblemáticas e tem uma série de características únicas face à versão ‘standard’. A Ténéré foi originalmente introdu-
para a história e são replicadas na
tas de aventura de média cilindra-
zida em 1983 e é precisamente ao
nova Ténéré 700 Rally Edition –
da, a Yamaha Ténéré 700 tem sido
Dakar desse ano que esta mota faz
amarelo, azul, preto e branco.
uma das referências no continen-
referência. Foi uma edição dura em
te europeu. Agora, tem uma nova
que 75 por cento dos pilotos não
MOTOR E CHASSIS
edição muito única que promete
conseguiram chegar ao final. Dois
No centro da mota está um motor
ser igualmente bem-sucedida. Fa-
deles foram da Yamaha, e com
CP2 de 689 centímetros cúbicos
lamos da Yamaha Ténéré 700 Rally
classificações respeitosas – Serge
debitando 54kW de potência má-
Edition, que constitui uma home-
Bacou em quinto e Jean-Claude
xima às 9.000 rotações por minuto
nagem aos feitos do construtor no
Olivier em sétimo. As suas motas
e um binário que atinge os 68Nm
Dakar e aos seus heróis.
envergaram cores que entraram
às 6.500 rotações por minuto. Está
Yamaha Motor Europe N.V.
No que toca ao segmento das mo-
-60- | MOTORCYCLE SPORTS |
Yamaha Ténéré 700 Rally Edition (esq.) e Yamaha XT600Z (dir.)
Marco Campelli
TEXTO: Bernardo Matias
| MOTORCYCLE SPORTS | -61-
YAMAHA
TÉNÉRÉ 700 RALLY EDITION
associado a uma embraiagem hú-
antiderrapante pesada fabricada
mida multidisco. A caixa é de seis
em alumínio melhora a proteção
velocidades, com a transmissão fi-
do motor e dos tubos do quadro
nal por corrente.
localizados mais abaixo. O radia-
Ao nível do chassis, o quatro é
dor está protegido por um painel
duplo berço em aço tubular. À
em alumínio pintado a negro que
frente encontra-se uma forquilha
o deixa mais resguardado de pe-
telescópica invertida a assegurar
quenos paus ou pedras. A corrente
a suspensão, ao passo que atrás é
tem uma proteção em alumínio.
um braço oscilante. Ao nível de tra-
Por outro lado, o cárter possui uma
vões o dianteiro consiste em duplo
placa de proteção em alumínio,
disco hidráulico e o traseiro num
podendo ser incluída uma caixa de
único disco hidráulico. No geral, as
ferramentas opcional que usa os
especificações são idênticas à ver-
pontos de montagem na proteção
são de base da Ténéré 700.
do cárter. A Yamaha dotou esta mota de
AS NOVIDADES EXCLUSIVAS
um assento Rally Seat fabricado
DA TÉNÉRÉ 700 RALLY EDITION
numa única peça. A sua posição
A nova Yamaha é uma homenagem
de condução está numa altura de
à história competitiva da marca e,
895 milímetros – 20 milímetros
como não podia deixar de ser, tem
mais acima do que a Ténéré 700
características únicas. Uma placa
padrão. O condutor pode, assim,
-62- | MOTORCYCLE SPORTS |
YAMAHA
TÉNÉRÉ 700 RALLY EDITION
estar numa posição corporal mais
de 21 polegadas e a traseira de 18
direta e baixa, movendo-se com
polegadas – ambas com raios. O
maior facilidade entre estar senta-
sistema de travagem está dotado
ACESSÓRIOS GENUÍNOS
bém uma gama de vestuário com
do e erguido com os pés assentes
de ABS comutável. Ambas as ro-
E APPS MYGARAGE E MYRIDE
aprovação CE, incluindo casacos e
nos poisa-pés. O acabamento do
das ‘calçam’ pneus Pirelli Scorpion
Como não podia deixar de ser, a
calças de condução, tshirts, bonés,
banco conta com dois materiais,
Rally STR. O peso total da mota é
Yamaha disponibiliza aos clientes
entre outros.
havendo ainda o logótipo da Ya-
de 204kg, incluindo o depósito de
da Ténéré 700 Rally Edition uma
A aplicação MyGarage é grátis e
maha em branco.
combustível com capacidade para
panóplia vasta de acessórios ge-
permite a cada um criar a sua pró-
A ponteira de escape da Akrapo-
16 litros cheio. A distância ao solo
nuínos – que permitem tornar a
pria Yamaha única online. No caso
mínima fica-se nos 240 milímetros.
te os gostos de cada um. Há tam-
vic garante uma sonoridade ímpar vinda do motor CP2 sem ruído em excesso – o equipamento está homologado para a circulação na via
mota mais personalizada consoan-
da Ténéré 700 Rally, qualquer um
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS Motor: Quatro tempos, dois cilindros
pode criar a sua versão de sonho de forma instantânea através desta aplicação. A lista final de acessórios
pública, incluindo proteção térmica
Cilindrada: 689 centímetros cúbicos
em carbono e grampo silenciador.
Potência máxima: 54kW às 9.000 rotações por minuto
a um concessionário Yamaha que
A mota dispõe de ‘flashers’ LED
Binário máximo: 68Nm às 6.500 rotações por minuto
depois os fornecerá.
na iluminação frontal, indicadores
Embraiagem: Húmida, multidisco
Por outro lado, a aplicação MyRide
de mudança de direção em LED à frente e atrás e de proteções laterais do depósito em borracha especial conferindo maior prote-
Transmissão: Caixa sincronizada de seis velocidades Quadro: Berço duplo, aço tubular Suspensão dianteira: Forquilha telescópica invertida
eleitos pode ser enviada por email
permite que os condutores registem qualquer viagem, com diversos dados – ângulo de inclinação, aceleração, velocidade de ponta,
ção aos joelhos e maior aderên-
Suspensão traseira: Braço oscilante, tipo link
cia interior na fase de aceleração.
Travão dianteiro: Hidráulico, dois discos
percorrida. Podem ser acrescen-
Desta maneira, o condutor – que
Travão traseiro: Hidráulico, um disco
tadas imagens a esses dados, com
pega em punhos offroad – tem um
Capacidade do depósito de combustível: 16 litros
posterior partilha nas redes sociais.
maior nível de controlo. No que toca às rodas, a dianteira é
mudanças de elevação e distância
O utilizador pode guardar a informação na sua conta de cliente.
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TROFÉU
HONDA GARAGE DREAMS
VITÓRIA PORTUGUESA
NO TROFÉU HONDA GARAGE DREAMS Realizou-se em junho a segunda edição do Troféu Honda Garage Dreams, que reuniu as melhores Honda CB650R personalizadas da Península Ibérica. A vitória sorriu à portuguesa MotoTrofa, com um projeto de muito significado. Chegou ao fim em junho a segunda edição do Concurso Honda Garage Dreams. Este contou com a participação de 36 concessionários Honda de Portugal (dez) e de Espanha (26), que apresentaram as suas criações com base na CB650R – um modelo Neo Sports Café da marca nipónica. A MotoTrofa ganhou o troféu com a Fénix. Foi um concurso exigente, em que as propostas finalistas e a vencedora foram decididas depois de diversos processos de votação. Os fãs puderam voltar online e, no Revival Café em Madrid houve uma exposição das motas personalizadas a
-66- | MOTORCYCLE SPORTS |
TEXTO: Bernardo Matias
A criação vencedora da MotoTrofa
TROFÉU
HONDA GARAGE DREAMS
concurso com os utilizadores a po-
minado limite de orçamento para
voltar a viver e serviu de nome à
à obra para recuperarem, num
derem votar ao vivo para elegerem
peças e acessórios, tendo ainda
criação da MotoTrofa que concor-
verdadeiro regresso das cinzas –
a segunda finalista. Houve também
um valor adicional para a pintura.
reu a esta edição do Honda Gara-
e fortalecida. A mota tem o nú-
um júri de especialistas e profissio-
O objetivo destas medidas foi con-
ge Dreams. Não foi ao acaso – no
mero #93 nas suas carenagens
nais da customização que avaliou
trolar os custos deste troféu.
ano passado, o concessionário foi
por dois motivos – 1993 foi o
ao vivo. Numa última etapa, os fãs
severamente afetado por um in-
ano de fundação da MotoTrofa
votaram online na vencedora.
MOTOTROFA RENASCEU DAS
cêndio que deixou a sua oficina
e é aquele que o hexacampeão
Houve regras essenciais neste
CINZAS PARA VENCER
destruída por completo.
mundial de MotoGP, Marc Már-
concurso – os concessionários fo-
A Fénix é um animal mitológico
Nos meses seguintes os respon-
quez, usa na sua Honda.
ram obrigados a cumprir um deter-
que se reergue das cinzas para
sáveis trofenses colocaram mãos
A
CB650R
apresentada
concessionário
português
pelo re-
cebeu um monobraço oscilante novo, assim como o é o escape completamente em carbono. A roda traseira veio de uma Honda VFR750F, enquanto a roda frontal e os discos de travão são de uma Honda CBR900RR. O assento inclui luz de presença de LED e o quadro foi pintado em vermelho. Para vencer, a MotoTrofa teve de contar com a concorrência de duas adversárias espanholas na fase final – a Autoferro e a Impala, que ficaram em segundo e terceiro, respetivamente. Do lado da Autoferro, a aposta
Autoferro segunda classificada com esta criação.
foi numa CB650R inspirada na personagem Eric Brooks/Blade do filme Blade, protagonizada por Wesley Snipes. Trata-se de uma mota de caráter agressivo e o concessionário acredita que se o guião o indicasse seria o modelo escolhido por Blade. Quanto à Impala, primou pela simplicidade: quis adotar uma estética mais desportiva, tendo avanços no lugar do guiador e os poisa-pés em posição mais recuada. O esquema cromático deriva das cores da Honda CB da década de 1970. Embora não tivessem chegado à final, houve mais concessionários portugueses a concurso – a Angel Pilot, Garonda, Linhaway, Lopes e Lopes, Motodiana, Moto-
A proposta da Impala que ficou em terceiro lugar.
-68- | MOTORCYCLE SPORTS |
boxe, Mototur, Motorway Lisboa e ainda a Wingmotor.
| MOTORCYCLE SPORTS | -69-
Marco Campelli
DUCATI
-70- | MOTORCYCLE SPORTS |
HYPERMOTARD 950 RVE
Giovanni De Sandre
TEXTO: Bernardo Matias
Fun-bike inspirada pela arte urbana
A Ducati acrescentou um novo membro à família Hypermotard – a 950 RVE. Esta conta com uma decoração muito única, inspirada pela arte urbana, e enriquece a gama do construtor de Borgo Panigale ainda este ano. Este é mais um modelo da famí-
DECORAÇÃO COMPLEXA
Este não foi um trabalho fácil: a
lia das fun-bike da Ducati – eis a
INSPIRADA PELA ARTE
Ducati quis dotar a mota da mes-
Hypermotard 950 RVE, que se po-
URBANA
ma qualidade de construção da
siciona entre a Hypermotard 950
A nova Hypermotard 950 RVE sur-
versão concetual da qual deriva, o
de entrada de gama e a Hyper-
ge na sequência do sucesso que a
que requereu trabalho especializa-
motard 950 SP do topo da gama.
Hypermotard 950 Concept teve
do, uso de autocolantes de espes-
As suas características são únicas,
no ano passado ao ser apresentada
sura muito reduzida e um processo
destacando-se visualmente a de-
no Concorso d’Eleganza Villa d’Es-
longo e complexo.
coração especial. A mota chegará
te. A refleti-lo está a decoração
aos vendedores autorizados da
‘Graffiti’ inspirada pela arte urbana,
ELEMENTOS COMUNS
marca em setembro.
que dá um toque único ao modelo.
A base da Ducati Hypermotard | MOTORCYCLE SPORTS | -71-
HYPERMOTARD 950 RVE
Giovanni De Sandre
Marco Campelli
DUCATI
950 RVE é a mesma dos outros
parte do equipamento de série à
superestruturas que deixam vis-
dois elementos da gama. O motor
semelhança das demais Hypermo-
lumbrar os componentes mecâni-
bicilíndrico em L é uma unidade
tard 950, assim como a luz diurna,
cos.
com 937 centímetros cúbicos de
os poisa-pés do passageiro removí-
O assento plano com dois lugares
cilindrada capaz de debitar 114cv
veis e a entrada USB. O condutor
e altura de 870 milímetros está al-
de potência às 9.000 rotações por
encontra um painel de instrumen-
mofadado de forma a garantir um
minuto e 96Nm de binário às 7.250
tos baseado num ecrã Full TFT a
movimento amplo e a permitir que
rotações por minuto. A caixa, por
cores.
o condutor chegue ao chão com
seu turno, é de seis velocidades e a
facilidade. O depósito de com-
embraiagem é multidisco.
ATUALIZAÇÕES NA
bustível alberga, no máximo, 14,5
No que toca ao quadro, encontra-
HYPERMOTARD 950 RVE
litros.
-se uma unidade do tipo treliça em
A Ducati Hypermotard 950 RVE
tubos de aço. A forquilha invertida
não se distingue só pela decoração
Marzocchi dianteira é totalmente
única. Em termos de equipamento
regulável, enquanto o amortece-
de série há uma série de atuali-
dor progressivo Sachs traseiro é
zações. O conjunto de eletrónica
Cilindrada: 937 centímetros cúbicos
regulável em pré-carga e extensão.
recebe o Ducati Quick Shift (DQS)
Potência máxima: 114cv às 9.000 rotações por minuto
O conjunto de suspensão posterior
Up & Down de mudanças rápidas,
Binário máximo: 96Nm às 7.250 rotações por minuto
fica completo pelo monobraço em
que se junta ao ABS com função
alumínio.
Slide by Brake, ao Ducati Traction
Embraiagem: Multidisco
No que toca aos travões, na roda
Control EVO (DCT EVO) e ao Du-
da frente encontram-se dois discos
cati Wheelie Control (DCW) EVO.
semiflutuantes, pinças monobloco
Sendo uma fun-bike, a Hypermo-
Brembo de quatro pistões e fixa-
tard 950 RVE foi concebida no
Suspensão dianteira: Forquilha invertida Marzocchi
ção radial, além de bomba radial
sentido de garantir um elevado
Suspensão traseira: Amortecedor progressivo Sachs;
com manete ajustável. Atrás foi
nível de diversão, mas também
monobraço em alumínio
colocado um disco e dois pistões,
de controlo durante a condução.
sendo que em ambos os casos está
A inspiração do seu desenho vem
Travão dianteiro: Dois discos semiflutuantes, pinças Brembo
incluído o sistema de ABS em cur-
do look supermotard, tendo como
va ABS Cornering EVO.
elementos essenciais o silenciador
Os modos de condução fazem
debaixo do assento e as reduzidas
-72- | MOTORCYCLE SPORTS |
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS Motor: Dois cilindros em L
Transmissão: Caixa de seis velocidades com sistema Quick Shift Up/Down EVO Quadro: Tipo treliça, em tubos de aço
monobloco de quatro pistões Travão traseiro: Disco, dois pistões Capacidade do depósito de combustível: 14,5 litros
Marco Campelli
| MOTORCYCLE SPORTS | -73-
YAMAHA
TRICITY 300
UM NOVO NÍVEL DA MOBILIDADE URBANA - A YAMAHA TRICITY 300
Este ano, chega a nova Yamaha Tricity 300 e o Motorcycle Sports testou-a. Trazemos-lhe agora a apresentação deste modelo de mobilidade urbana, cuja edição original remonta a 2014 e agora conheceu uma nova geração.
Posicionando-se entre as líderes
TECNOLOGIA DE INCLINAÇÃO
globais no que toca à mobilidade
EM VÁRIAS RODAS
urbana, a Yamaha não deixou de
Sendo um veículo de três rodas, a
apostar em novidades para a sua
Yamaha Tricity 300 possui a tecno-
gama de 2020 neste segmento. A
logia de inclinação em várias rodas
nova Tricity 300 chega com a pro-
(LMW) exclusiva da marca de Iwata.
messa de ser a solução ideal para as
Esta já teve o sucesso comprovado
deslocações em ambiente urbano,
anteriormente na Tricity 125 e na
com a particularidade das três ro-
Niken – os dois modelos de três
das – que já caracterizam a Tricity
rodas do construtor lançados nos
125 e a Niken.
últimos anos.
A Tricity 300 promete elevar a mo-
Trata-se de um sistema de sus-
bilidade urbana a um novo nível.
pensão/direção LMW Ackerman
Destina-se a clientes que procuram
altamente avançado, com ligação
uma viatura para o uso diário em
em paralelogramo e uma suspen-
contexto urbano, com um estilo
são frontal no braço com os tubos
distinto. Foi concebida com base
da forquilha duplos montados na
no conhecimento da Yamaha sobre
superfície interior das duas rodas
a inclinação em várias rodas, sendo
dianteiras. Isto resulta numa condu-
uma scooter com especificações
ção desportiva e ágil e numa melhor
topo de gama a um preço compe-
sensação de estabilidade em pisos
titivo.
irregulares ou escorregadios.
Apesar de não ser um carro, a Tricity
O ângulo de direção de 72º tor-
300 está apta para os condutores
na a Tricity 300 muito manobrável
com carta de condução de catego-
nas estradas e ruas congestionadas
ria B (com eventuais restrições con-
pelo habitual tráfego intenso citadi-
soante o país), para quem o carro e
no. Trata-se de um modelo versátil
os transportes públicos possam ter
graças igualmente à sua distância
deixado de ser uma opção para as
total ao solo – 130 milímetros – que
deslocações diárias.
pode passar por pisos irregulares e
-74- | MOTORCYCLE SPORTS |
TEXTO: Bernardo Matias
| MOTORCYCLE SPORTS | -75-
YAMAHA
TRICITY 300
evitar ficar presa quando empurrada
da marca. Trata-se de um propul-
tente. As definições de mapeamen-
única e o termóstato do tipo recir-
para cima de passeios ao estacionar.
sor quatro tempos SOHC de um
to do injetor de combustível foram
culação são outros dos elementos
Com duas rodas dianteiras, a tração
só cilindro com 300 centímetros
melhoradas – o que ajuda a garantir
caracterizadores do conjunto pro-
e travagem no eixo frontal saem
cúbicos de cilindrada. A sua base
uma aceleração forte mantendo a
pulsor da nova Tricity 300. Esse ter-
igualmente favorecidas – o que re-
é o motor usado pela scooter des-
eficiência ecológica e de consumo
móstato ajuda a que o motor aque-
sulta em maior estabilidade, segu-
portiva da Yamaha – a XMAX 300
de combustível. Ao mesmo tempo,
ça mais rápido e a que exista uma
rança e confiança na condução. Por
– tendo sido adaptado aos requisi-
existe um injetor de 12 orifícios
maior eficiência de combustível.
outro lado, o eixo tem uma largura
tos particulares de um veículo com
com ângulo de pulverização otimi-
O veículo anuncia um consumo de
ampla (470 milímetros) contribuindo
três rodas. Debita um máximo de
zado aumentando a eficiência da
combustível de 3,3 litros por cada
para um comportamento equilibra-
20,6kW de potência às 7.250 ro-
combustão resultando num binário
100 quilómetros, ao passo que as
do e estável até em curva – o que
tações por minuto e o binário ele-
potente em baixas e médias rota-
emissões de dióxido de carbono
faz com que a Tricity esteja adaptada
va-se aos 29Nm às 5.750 rotações
ções.
são de 77 gramas por cada quiló-
a novos condutores.
por minuto.
Um sistema de lubrificação de cár-
metro percorrido. A caixa é automática com correia trapezoidal.
A forma da câmara de combustão e
ter semisseco – usado também nas
MOTOR QUATRO TEMPOS
da porta de admissão foi otimizada,
motos de MotoGP da Yamaha – ga-
A ‘alma’ da nova Yamaha Tricity 300
enquanto os cilindros descentrados
rante a redução das perdas de po-
CHASSIS
é o mais recente motor Blue Core
DiASil têm um pistão forjado resis-
tência. A cambota forjada de peça
Ao nível de chassis, a nova Yamaha
-76- | MOTORCYCLE SPORTS |
Tricity 300 conta com um novo
incrementa o conforto.
ma do tipo braço com um curso de
novo veículo, garantindo uma força
quadro leve que, ao mesmo tem-
A distância entre eixos de 1.590
84 milímetros.
de travagem equilibrada às três ro-
po, inspira confiança e proporciona
milímetros e a geometria de direção
agilidade – ou não fosse o mode-
otimizada, assim como a largura de
TRAVÕES COM SISTEMA DE
parte do condutor.
lo pensado para atrair condutores
eixo de 470 milímetros, unem-se
TRAVAGEM UNIFICADO
Se for acionado só o travão traseiro
escassos em experiência com duas
para assegurar uma manobrabilida-
A Yamaha apresenta o sistema de
(no manípulo do guiador ou no pe-
ou três rodas.
de fácil e estabilidade ideal. A distri-
travagem da Tricity 300 como ‘o me-
dal do travão), o sinal passa por um
Trata-se de um quadro com novo
buição do peso na dianteira/traseira
lhor da sua classe’. Este consiste em
equalizador que vai aplicar a força
design, construído com tubos de
ronda os 50/50 já com o condutor
discos de 267 milímetros nas três
de travagem não só à roda traseira,
diâmetro reduzido que conferem o
em cima do veículo – o que faz com
rodas de forma a proporcionar maior
como também às duas frontais. Por
equilíbrio otimizado entre resistên-
que o quadro tenha um equilíbrio
controlo de travagem em vários pi-
outro lado, se forem acionados em
cia e rigidez. As placas aplicadas em
ideal e, consequentemente, propor-
sos distintos. Está equipada com
simultâneo os travões dianteiro e
torno da área do tubo do coletor
ciona uma condução fácil.
ABS, o que previne o bloqueio aci-
traseiro, a força de travagem que é
proporcionam a sensação de preci-
Ao nível de suspensões, à frente en-
dental das rodas quando o piso está
aplicada às rodas frontais consiste
são e de confiança no exercício da
contra-se uma forquilha telescópica
escorregadio ou é irregular.
numa combinação de sinais de en-
condução. Um sistema do tipo link
dupla com um curso de 100 milíme-
O Sistema de Travagem Unificado
trada das duas manetes. No caso de
conecta o motor ao quadro – o que
tros, ao passo que atrás é um siste-
da Yamaha marca presença neste
só ser acionado o travão dianteiro, o
das – o que favorece o controlo por
| MOTORCYCLE SPORTS | -77-
YAMAHA
TRICITY 300
sistema ativa apenas esses travões.
rador, permitindo retomar a marcha
são de menores dimensões, com as
estilo simultaneamente moderno
Com as forças de travagem equili-
sem necessidade de mais procedi-
três rodas a contarem com jantes de
e ativo. Tem linhas dinâmicas que
bradas nos três travões e a aplicação
mentos por parte de quem conduz.
14 polegadas
representam o evoluir do design
de demasiada força só no travão tra-
Este sistema de bloqueio assistido
Estas estão equipadas com pneus
da gama para um nível superior, ao
seiro prevenida, o sistema assegura
da inclinação é independente das
desenvolvidos em conjunto com a
mesmo tempo que possui caracte-
uma condução suave.
funções da suspensão. Desta ma-
Bridgestone com o mesmo padrão
rísticas das MAX e da Niken.
neira, é mais fácil empurrar o veículo
de piso do pneu Battlax, mas otimi-
A carenagem dianteira marca a di-
SISTEMA DE BLOQUEIO
quando se estaciona. Por outro lado,
zado em termos de rigidez – graças
ferença nesta nova Tricity. É com-
ASSISTIDO DA INCLINAÇÃO
o sistema ajuda a colocar a Tricity
a um novo composto desenvolvido
pacta e aerodinâmica, mais estreita
A nova Yamaha Tricity 300 tem uma
300 no descanso central ao manter
em específico para a Tricity 300.
e elevada do que a de outros veí-
característica relevante que torna
temporariamente a posição vertical.
As jantes de 14 polegadas com peso
culos da mesma categoria. Há um
mais fácil a tarefa de a manter direi-
A Yamaha dotou a Tricity 300 de três
reduzido e os pneus de secção larga
espaço aberto entre as duas rodas
ta quando está parada – trata-se do
rodas de estabilidade e confiança
proporcionam vantagens do ponto
fontais que sublinha a agilidade e
sistema de bloqueio assistido da in-
adicional graças ao sistema de con-
de vista do rendimento – a tração,
caráter desportivo do modelo.
clinação, que recorre a uma pinça e
trolo de tração. Este junta-se ao ABS
durabilidade e rendimento mantêm-
As linhas da carenagem vistas a
disco do travão montados no braço
e ao Sistema de Travagem Unificado
-se em bons níveis mesmo com chu-
partir da frente têm um aspeto
do paralelogramo superior do meca-
por forma a garantir níveis de con-
va e o condutor pode estar sempre
esculpido em camadas. Os guarda-
nismo de inclinação em várias rodas.
trolo ainda maiores ao condutor.
confiante na aderência.
-lamas dianteiros têm cores a con-
elétrico da pinça empurra as pasti-
RODAS (E PNEUS) DE 14''
ESTILO
ras. Em termos cromáticos há três
lhas para o disco e fixa a ligação do
A Yamaha fez uma aposta diferente
Como veículo de mobilidade ur-
variantes disponíveis – Tech Kamo,
paralelogramo no lugar. A ação do
do que se verifica em grande parte
bana de alta qualidade que quer
cinzento Icon Grey e cinzento
sistema é anulada automaticamente
dos modelos de três rodas com a
ser, a Yamaha Tricity 300 garante
Gunmetal Grey.
quando o condutor aciona o acele-
Tricity 300 – as rodas frontais não
especificações líder de classe e um
Para além do visual, a Yamaha apre-
Quando ativa o sistema, o atuador
-78- | MOTORCYCLE SPORTS |
duzir, envolvendo as rodas diantei-
dor, assento e tampa do depósito
não só os fornece, como também
de combustível.
os instala. Entre os artigos genuínos da
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS Motor: Monocilíndrico quatro tempos Cilindrada: 300 centímetros cúbicos Potência máxima: 20,6kW às 7.250 rotações por minuto Binário máximo: 29Nm às 5.750 rotações por minuto Caixa de velocidades: Automática com correia trapezoidal Suspensão dianteira: Forquilha telescópica dupla Suspensão traseira: Braço Travão dianteiro: Um disco de travão hidráulico em cada roda Travão traseiro: Um disco hidráulico Consumo de combustível: 3,3 litros/100km Emissões de dióxido de carbono: 77g/km
PAINEL DE INSTRUMENTOS LCD
Yamaha disponíveis encontram-se
O painel de instrumentos da nova
aquecedores de punhos, capas e
Yamaha Tricity 300 é uma unidade
encostos para os passageiros, ma-
LCD concebido de modo a dispo-
las, vidros altos e suportes para
nibilizar as informações de forma
dispositivos GPS. Há ainda uma li-
clara e simples. Inclui um velocí-
nha de vestuário Yamaha que inclui
metro digital, conta-rotações de
casacos, luvas de condução, t-shir-
barras, relógio, conta-quilómetros
ts, bonés, camisolas e não só.
parcial e não só.
A nova Yamaha Tricity 300 já tem
Nos rebordos exteriores do painel
preço em Portugal, estando dispo-
é possível ver as luzes indicadoras
nível a partir dos 8.195 euros.
sobre o estado do ABS, bloqueio assistido da inclinação, TCS e tem-
TESTE REALIZADO POR
peratura ambiente – dos 3ºC para
MARGARIDA SALGADO
baixo acende-se uma luz de aviso
A Yamaha, na tentativa de liderar
para baixa temperatura.
o segmento da mobilidade urbana
O condutor pode dispor da aplica-
com uma scooter desportiva lança
ção MyRide. Esta permite monito-
agora a tão esperada Tricity 300.
rizar todas as viagens, registando
O seu design elegante, contempo-
diversos dados – como a veloci-
râneo e desportivo não deixa qual-
dade máxima, distância percorri-
quer um indiferente.
da, aceleração, tempos de viagem
O equilíbrio entre performance e
ou ângulo de inclinação. Tudo isto
consumo do motor faz dela uma
pode ser guardado e armazenado
excelente aposta, onde as perdas
na conta própria do cliente, adicio-
de potência são colmatadas pela
nando fotografias aos dados para
lubrificação do cárter (design origi-
senta a Tricity 300 como um dos
to de combustível e do banco po-
posterior partilha nas redes sociais.
nário do MotoGP).
modelos ‘mais práticos’ entre os
dem ser facilmente destrancados
Outra aplicação disponível é a My-
As duas rodas frontais trazem a
de três rodas. Debaixo do assento
através de um botão. O condutor
Garage. Com esta, o cliente pode
esta moto uma maior sensação de
há um espaço de armazenamento
pode carregar dispositivos móveis
tornar a Tricity 300 mais exclusi-
estabilidade e tração, não perden-
com grande capacidade iluminado
na tomada de 12V situada no pai-
va, permitindo comparar as várias
do a sua agilidade e maneabilidade.
internamente em LED – cabem lá,
nel dianteiro.
combinações de acessórios ge-
Arriscaria a recomendá-la àqueles
por exemplo, dois capacetes in-
Igualmente prático é o sistema
nuínos. Qualquer um pode criar a
com algum receio das duas rodas.
tegrais ou um capacete integral e
Smart Key. Se tiver o dispositivo na
sua versão ideal do veículo, com
Finalmente, a maior vantagem des-
uma pasta de tamanho A4.
sua posse, o condutor pode reali-
a aplicação a dispensar a necessi-
ta moto é a larga distância entre
Por outro lado, existe um travão
zar todas as operações principais
dade de adivinhar as peças certas.
eixos frontal, colocando-a na ca-
de estacionamento que imobiliza o
no interruptor principal – ligar ou
Depois, a lista final de acessórios
tegoria dos triciclos, ou seja, com
veículo quando não está a ser con-
desligar a alimentação do motor ou
pode ser enviada por email para
carta de condução B (carro) pode
duzido. Já os bloqueios do depósi-
destrancar os bloqueios do guia-
um concessionário Yamaha que
ter uma 300cc ao seu dispor.
As três variantes cromáticas da Yamaha Tricity 300.
| MOTORCYCLE SPORTS | -79-
INDIAN
SCOUT
NOVA INDIAN SCOUT,
UM SÉCULO DEPOIS A Indian atualizou a Scout para 2020, acrescentando igualmente novas variantes à família. É uma mota ágil e potente, destinada a quem quer desfrutar das viagens em cima de duas rodas, que promete colocar a Indian em competição com alguns modelos de outros construtores. O Motorcycle Sports testou a Scout e traz-lhe o essencial.
-80- | MOTORCYCLE SPORTS |
TEXTO: Bernardo Matias e Margarida Salgado
Em 2020, a Indian Scout comemora o
samente um século, o propulsor e as
Associada ao motor está uma embraia-
proporciona uma mota que transmite
seu centésimo aniversário, tendo por
linhas continuam a fazer referência à
gem húmida multi-disco, enquanto a
confiança ao condutor, independente-
isso uma nova versão. Originalmente,
Scout original.
caixa é de seis velocidades. O sistema
mente da velocidade.
de escape é duplo, com as suas duas
Ágil, a Scout de 2020 dispõe de uma forquilha dianteira de cartucho selado com um curso de 120 milímetros,
o modelo foi fabricado entre 1920 e 1949 nas suas mais diversas variantes,
MOTOR BICILÍNDRICO EM V
saídas no lado direito da mota em po-
sendo então um dos mais importantes
A nova versão da mota dispõe de um
sição paralela uma por cima da outra.
elementos da gama da marca.
motor de dois cilindros na disposição
Introduzida em outubro de 1919, a In-
de V. Tem 1.133 centímetros cúbicos,
AGILIDADE
cedores ajustáveis sendo o curso de
dian Scout foi concebida por Charles
debitando 100cv de potência máxima
Segundo a Indian Motorcycle, a reno-
76 milímetros. As rodas em alumínio
B. Franklin em torno de um motor de
às 8.100 rotações por minuto., Quan-
vada Scout surge com um quadro leve
medem 16 polegadas e calçam pneus
dois cilindros em V, chegando ao mer-
to ao binário atinge os 97Nm às 5.600
associado a um assento em posição
Night Dragon.
cado em 1920. Agora, volvido preci-
rotações por minuto.
baixa – 650 a 675 milímetros – o que
Ao nível dos travões, o sistema é
Pedro Messias
enquanto atrás existem dois amorte-
| MOTORCYCLE SPORTS | -81-
INDIAN
SCOUT
independente em cada uma das rodas, embora seja muito semelhante na sua composição – ambas as rodas dispõem de um único disco flutuante de 298 milímetros, mas a pinça dianteira é de dois pistões e a traseira de apenas um pistão. O sistema ABS equipa a mota de série.
DESIGN O condutor segue num assento concebido para se integrar na perfeição com os demais elementos da mota. Com revestimento em pele genuína castanha clara, possui uma saliência em que se pode ler o nome da marca. Também alberga um passageiro, que dispõe dos poisa-pés correspondentes. Uma entrada USB permite carregar os dispositivos móveis. O depósito de combustível alberga 12,5 litros de combustível, sendo recomendado o uso de gasolina de 91 octanas. As linhas da Indian Scout estão inspiradas diretamente pelo modelo original – o que é visível através do farol dianteiro redondo, o guiador, as jantes e os para-lamas – sendo que o traseiro acaba por se fundir visualmente com a estrutura do assento servindo também de local para a luz traseira e suporte dos indicadores de mudança de direção. Há vários acabamentos cromados, que sublinham o visual desta mota. Enquanto faz muitas referências ao passado, a Scout não deixa de pensar no presente e no futuro, através à tecnologia que lhe foi empregue. A injeção eletrónica ou o sistema ABS de série são exemplo disso, assim como a já referida entrada USB ou o conta-rotações digital.
TESTE REALIZADO
Molas e amortecedores a trabalharem
com 100 cavalos, não há dúvidas da
Existem cinco variantes cromáticas:
POR MARGARIDA SALGADO
em equilíbrio de forma que qualquer
sua força/potência em qualquer subi-
preto Thunder Black, azul Deepwater
Quase quase que compro uma Indian
buraquinho ou lomba sejam suaviza-
da. Em ultrapassagem, a aceleração é
Metallic; branco White Smoke; jade
Scout! Viajar numa Scout é voltar ao
dos. A posição corporal para o seg-
ótima, não vai deixá-lo mal.
Mettalic Jade sobre preto Thunder
passado de uma forma contemporâ-
mento está perfeita. Em curva, não
O seu ponto de gravidade baixo e o
Black; e vermelho Indian Motorcycle
nea.
há reclamações a fazer, a condução
seu quadro leve faz com que o manu-
Red em cima de creme Ivory Cream. A
Basta esta minha frase para o saldo
torna-se desportiva. e vem com ABS
seamento seja fácil, e deixo sempre
Indian Scout está no mercado portu-
ser positivo. A mota é extremamente
de série.
aqui o “alerta” às senhoras que esta
guês com um preço de 14.490 euros.
confortável e de facto surpreendeu.
Sendo uma quase 1200cc “suave”
pode ser A SOLUÇÃO.
Pedro Messias
Para os cavalheiros, sem hesitações, a
A minha crítica é sempre simples para
o centésimo aniversário do lançamen-
do motor de dois cilindros em V com
moto tem mesmo muita pinta. O de-
que o comum dos mortais perceba,
to da Scout original.
1.133 centímetros cúbicos cuja potên-
sign é intemporal, a Indian inspira-se
deixando as especificidades técnicas
na original Scout de 1920. Tudo isto
para o Bernardo Matias.
sobressai quando aliamos a tecnologia
cia ascende aos 100cv. Associada está
INDIAN SCOUT
uma caixa de seis velocidades.
100TH ANNIVERSARY EDITION
Os travões incluem sistema ABS – à
de ponta.
A FAMÍLIA INDIAN SCOUT
Na comemoração dos 100 anos do
frente há disco e pinça de dois pistões
Os acabamentos são de alta qualidade,
Para além da Indian Scout renovada,
lançamento da Scout original, a Indian
e atrás um disco e pinça de um pistão.
banco em pele verdadeira, cromados
a família Scout tem outras novidades
lançou a 100th Anniversary Edition. É
Uma forquilha telescópica garante a
que não deixam ninguém indiferente.
para 2020, comemorando em grande
uma mota especial, assente na base
suspensão no eixo dianteiro, enquanto
INDIAN
SCOUT
Indian Scout 100th Anniversary Edition
Indian Scout Bobber Twenty
Indian Scout Bobber
no traseiro há dois amortecedores.
venda em Portugal por 16.590 euros.
O assento tem capacidade apenas para uma pessoa e está revestido em
INDIAN SCOUT BOBBER
pele genuína castanha. A suspensão
Homenageando o estilo bobber, a
traseira rebaixada e o guiador ‘bea-
Scout Bobber confere-lhe também
ch bar’ conferem à mota um aspeto
uma interpretação moderna, adotando
simples. Esse guiador, assim como o
linhas limpas e simples, mas também
assento, são dois dos elementos inspi-
uma postura agressiva.
rados na Scout de 1920.
O motor é comum a grande parte das
Em termos de design, destacam-se
demais Scout – o bicilíndrico em V com
também as jantes de raios pretas, os
1.133 centímetros cúbicos e 100cv
acabamentos cromados – incluindo no
de potência. A suspensão traseira foi
guiador – e o depósito de combustível
rebaixada e o guiador também está
com gráficos alusivos à decoração da
numa posição baixa – o que propor-
mota original. Há inclusive uma placa
ciona um estilo baixo e alongado. O
na parte lateral que faz referência à In-
condutor segue num assento em pele
dian Scout 100th Anniversary. O ver-
genuína numa posição mais desporti-
melho Indian Red domina a decoração
va, mas confortável.
da mota, conjugando-se com linhas
Nas extremidades do guiador estão os
em dourado que prestam homenagem
espelhos retrovisores. O negro domina
à Indian Scout original. Tudo isto está à
a decoração da Scout Bobber da In-
-84- | MOTORCYCLE SPORTS |
Indian Scout Bobber Sixty
Indian Scout Sixty
dian, cujo depósito de combustível inclui as letras carregadas em cor branca – Indian Scout. Há uma tomada USB para carregar dispositivos móveis, caixa de seis velocidades, forquilha telescópica na suspensão dianteira e dois amortecedores na suspensão traseira. Indian Scout Bobber Twenty A Scout Bobber Twenty inclui um selim flutuante ao estilo bobber e uma combinação de acabamentos cromados e ergonomia melhorada. O motor é o bicilíndrico em V com 1.133 centímetros cúbicos de cilindrada que debita
Pedro Messias
em preto mate, guiador Ape Hanger e
100cv de potência. O estilo da mota assume-se como inspirado no modelo original, com aspeto rebelde. Há jantes de raios, sendo que o escape de dupla saída se localiza do lado direito. O sistema de travagem inclui um disco dianteiro e pinça de dois pistões à frente, e um disco e pinça de um pistão atrás. Já ao nível de suspensão, a roda frontal tem forquilha telescópica e atrás há amortecedores. São três as variantes cromáticas – todas com sistema ABS de origem: preto Thunder Black, verde Smoke Sagebrush com gráfico preto Black Fade no depósito e vermelho Burnished Metallic com gráfico preto Black Fade no depósito.
INDIAN SCOUT BOBBER SIXTY A Indian Scout Bobber Sixty é uma das novas apostas da Indian para 2020.
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS Motor: Dois cilindros em V, refrigerado por água Cilindrada: 1.133 centímetros cúbicos Potência máxima: 100cv às 8.100 rotações por minuto Binário máximo: 97Nm às 5.600 rotações por minuto Embraiagem: Discos em banho de óleo: Transmissão: Caixa de seis velocidades Suspensão dianteira: Forquilha telescópica Suspensão traseira: Dois amortecedores Travão dianteiro: Disco de 298 milímetros e pinça de dois pistões Travão traseiro: Disco de 298 milímetros e pinça de um pistão Capacidade do depósito de combustível: 12,5 litros
INDIAN SCOUT SIXTY Para o fim desta passagem pela família Indian Scout deixamos a Scout Sixty. Partilha o motor com a Scout Bobber Sixty – bicilíndrico em V, 999 centímetros cúbicos de cilindrada e 78cv de potência máxima. Possui um quadro leve em alumínio que garante uma condução fácil. O motor, bem como as luzes, o para-lamas e as jantes têm a sua inspiração na Indian Scout original de 1920. O ABS é de série, equipando o sistema de travagem – um disco e pinça de dois pistões à frente, um disco e pinça de um pistão atrás. A caixa é de cinco velocidades.
Surge com uma versão mais leve do motor de dois cilindros em V – com
amortecedores. As duas rodas incluem
mina o espetro cromático da Indian
Ao nível de suspensões, há uma
999 centímetros cúbicos de cilindra-
ABS na travagem – à frente existe um
Scout Bobber Sixty, que se apresenta
forquilha telescópica à frente e dois
da, refrigerado por água, cuja potência
disco de 298 milímetros e pinça de
com um estilo moderno.
amortecedores atrás. A Indian Scout
máxima é de 78cv. O binário situa-se
dois pistões; atrás o disco é comple-
Os guarda-lamas foram recortados. As
Sixty segue o sistema de escape de
nos 88Nm. Associada está uma em-
mentado por uma pinça de um pistão.
luzes traseiras são em LED, integradas
dupla saída com as duas ponteiras
braiagem húmida multidisco e uma
As rodas são de alumínio fundido,
numa mesma unidade – incluindo os
do lado direito. Há três esquemas
caixa de cinco velocidades.
sendo que quer à frente, quer atrás
indicadores de mudança de direção.
cromáticos: preto Thunder Black;
O escape tem as duas saídas do lado
com a dimensão de 16 polegadas.
Os poisa-pés estão mais perto do con-
vermeho Burgundy Metallic; e bran-
direito da mota. Em termos de suspen-
Calçam pneus Pirelli Night Dra-
dutor, enquanto o guiador está colo-
co Pearl White em cima de cinzento
são, a frontal consiste numa forqui-
gon – 130/90BI6 67H à frente e
cado de forma a que o condutor possa
Titanium Metallic com tiras em ver-
lha invertida, enquanto atrás há dois
150/80BI16 77H atrás. O preto do-
mover o tronco para a frente.
melho.
| MOTORCYCLE SPORTS | -85-
MOTO GUZZI
V7 III RACER
MOTO GUZZI V7 III RACER
CELEBRA DEZ ANOS
COM EDIÇÃO COMEMORATIVA A bem-sucedida Moto Guzzi V7 III renovou-se para 2020 e uma das novidades é a Moto Guzzi V7 III Racer 10th Anniversary. É uma edição comemorativa do décimo aniversário da linhagem que poderá ficar a conhecer melhor nas próximas páginas.
-86- | MOTORCYCLE SPORTS |
Studio Pointer
TEXTO: Bernardo Matias
| MOTORCYCLE SPORTS | -87-
MOTO GUZZI
V7 III RACER
Passou-se uma década desde o lança-
tornar a mota fácil de conduzir e do-
nio foram renovados na edição para
a mota a cumprir as normas de emis-
mento original da primeira café racer
tá-la de um caráter forte e simultanea-
2019 e transitam para a V7 III deste
sões de dióxido de carbono Euro 4. O
V7 da Moto Guzzi e a ocasião foi as-
mente autêntico.
ano. A temporização é controlada por
consumo anunciado é de 5,7 litros por
sinalada pela marca italiana com uma
É um motor de dois cilindros em V,
um sistema disposto em posição incli-
cada 100km no caso da V7 III Racer, ao
nova versão – a 10th Anniversary. Esta
uma configuração transversal única. O
nada por forma a ter maior eficiência.
passo que as emissões de dióxido de
é uma das seis variantes da V7 III lan-
motor tem um cárter em alumínio que
Já o sistema de combustível tem uma
carbono são de 132 gramas por cada
çadas para este ano e uma das mais
foi enrijecido nos seus pontos centrais,
injeção eletrónica Marelli gerida por
quilómetro.
especiais em termos de significado.
tendo uma cambota com inércia calcu-
uma unidade de controlo de eletróni-
A embraiagem é de disco único e seca,
lada de maneira a garantir um travão
ca.
ganhando em robustez e fiabilidade
MOTOR BICILÍNDRICO
de motor adequado. O sistema de
No que concerne ao sistema de esca-
além de diminuir a carga na manete
No centro da Moto Guzzi V7 III está
ventilação proporciona menores per-
pe, este tem dois tubos que ajudam
localizada no guiador. A caixa de seis
um motor de 744 centímetros cúbi-
da de potência devido à bombagem
a melhorar a insulação térmica. Nas
velocidades não teve quaisquer alte-
cos que debita um máximo de 52cv às
interna das câmaras o cárter. O duto
ponteiras há um sistema de admissão
rações para 2020, mas tem um rácio
6.200 rotações por minuto. O binário
de admissão da bomba de óleo é novo.
auxiliar que, a par do conversor catalíti-
diferente para as primeira e sexta ve-
ascende aos 60Nm às 4.900 rotações
As novas cabeças de cilindros, os pis-
co de três vias, as duas sondas lambda
locidades – ligeiramente alongadas. A
por minuto. Este propulsor promete
tões e os próprios cilindros em alumí-
e o próprio design do motor ajudam
Moto Guzzi V7 III não esquece os con-
-88- | MOTORCYCLE SPORTS |
dutores que possuem apenas a carta
todas as situações – isto graças à incli-
SEGURANÇA INCREMENTADA
É possível recalibrar a circunferência
de condução A2, tendo por isso uma
nação no ponto de fixação ao quadro
PELO ABS E PELO MGCT
do pneu traseiro para compensar o
versão de potência limitada disponível.
e à sua qualidade. À frente encontra-se
A Moto Guzzi assume-se numa posi-
desgaste ou um pneu com perfil dife-
uma forquilha telescópica hidráulica.
ção dianteira em termos de seguran-
rente do original, o que permite que
CHASSIS
No que concerne aos travões, a roda
ça, o que se reflete nas escolhas fei-
o controlo de tração proporcionado
A Moto Guzzi quer fazer jus à sua re-
dianteira está equipada com dois dis-
tas para todas as variantes da V7 III.
pelo MGTC esteja sempre em níveis
putação ao nível do design de chas-
cos flutuantes em aço inoxidável e
Os travões surgem com um sistema
ideais independentemente das con-
sis, e por isso empenhou-se também
pinças Brembo com quatro pistões de
ABS e controlo de tração Moto Guzzi
dições da mota.
nesta área. Todas as variantes da V7
tamanhos diferentes e opostos. Atrás
Traction Control (MGCT) possível de
III têm em comum um quadro do tipo
encontra-se um disco em aço inoxi-
desativar.
MOTO GUZZI V7 III RACER
berço em aço tubular com a distribui-
dável e uma pinça flutuante com dois
O ABS da Continental impede as
10TH ANNIVERSARY, UMA
ção de peso 46 por cento na frente e
pistões.
rodas de bloquearem em travagens
COMEMORAÇÃO
54 por cento atrás – em linha com o
As medidas das rodas são díspares –
fortes e o MGCT previne a patina-
A Moto Guzzi V7 Racer foi lançada
que tem sido habitual na história re-
a roda frontal mede 18 polegadas e a
ção da roda traseira em aceleração.
originalmente no ano de 2010, rece-
roda traseira tem um diâmetro de 17
É ajustável em dois níveis de sensi-
bendo posteriormente duas atualiza-
cente da Moto Guzzi.
polegadas. Em ambos os casos são
bilidade – para condições de menor
ções – a V7 II Racer em 2015, se-
amortecedores
fabricadas em liga leve de alumínio,
aderência ou piso molhado há uma
guida da terceira geração em 2017.
ajustável
A suspensão traseira consiste dois
em
sendo que no caso da Moto Guzzi V7
configuração
conservadora,
Agora chega uma V7 III Racer rein-
pré-carga da mola,
III Racer 10th Anniversary Edition têm
enquanto a outra configuração está
ventada, numa autêntica celebração
possuindo uma res-
um aspeto diferente – são com raios.
pensada para proporcionar todas as
do seu décimo aniversário.
posta progressiva
Os pneus são os novos Dunlop Ar-
emoções em piso seco sem esquecer
Tecnicamente, a plataforma é co-
rowmax Streetsmart.
a segurança.
mum com as demais V7 III atualiza-
Kayaba
e controlada em
mais
das da Moto Guzzi, sendo que a V7 III Racer 10th Anniversary marca pela diferença a vários níveis. Desde logo, a carenagem de topo é nova, incluindo para-brisas incorporado que se destaca. As suas linhas desportivas seguem os traços de uma verdadeira café racer. Gráficos em vermelho enriquecem a carenagem de topo e estão também na corcunda que protege o assento, surgindo o detalhe 10h Anniversary inscrito. A mota inclui um novo farol dianteiro full LED – a mesma tecnologia que marca presença nos indicadores de mudança de direção e na luz traseira. O guarda-lamas de trás é novo, mais fino e mais elegante. Os espelhos retrovisores montados das extremidades do guiador são igualmente novos. Os detalhes de estilo comemorativos da V7 III Racer não param aqui, com a Moto Guzzi a prestar uma verdadeira Studio Pointer
em
homenagem à década de história da linhagem. O depósito de combustível é rematado com uma cinta de couro clássica em cima, tendo uma pintura cromada tal como a que caracteriza-
| MOTORCYCLE SPORTS | -89-
MOTO GUZZI
V7 III RACER
va o modelo de 2010.
movida se necessário. As jantes das
MOTO GUZZI MIA OPCIONAL
que ajuda a limitar o consumo de
As placas de número ao estilo das
rodas com raios têm canais pretos e
A gama V7 III da Moto Guzzi conta
combustível e a manter uma condu-
motas de competição – neste caso,
autocolantes vermelhos Moto Guzzi
com o novo sistema de multimédia
ta de condução ecológica. Para tal,
apropriadamente o número 7 ou não
à semelhança de outras motas des-
MIA como acessório opcional. Este
fornece uma avaliação rápida dos re-
fosse a gama V7 – e as cores da ban-
portivas da marca de Mandello.
permite ligar a mota a um smartpho-
sultados obtidos durante a viagem. A
ne, através de uma aplicação dedica-
informação de cada viagem pode ser
deira italiana marcam igualmente presença na mota. As características
EDIÇÃO NUMERADA E COM
da gratuita que pode ser descarre-
gravada e vista no computador ou no
essenciais da Moto Guzzi V7 Racer
COMPONENTES PRESTIGIADOS
gada gratuitamente nas plataformas
smartphone – o que permite analisar
conservam-se nesta edição come-
Uma particularidade da Moto Guzzi
App Store e Google Play.
a rota seguida e ver os parâmetros de
morativa.
V7 III Racer é o facto de ser uma edi-
Através dela o smartphone passa a
operação da Moto Guzzi V7 III Racer
O quadro e o braço oscilante estão
ção numerada. Uma placa junto da
comportar-se como um computador
10th Anniversary.
pintados em vermelho Rosso Corsa
mesa de direção exibe o número de
de bordo multifunções, ligando a
Outra funcionalidade deste sistema
– em referência à V7 Sport de 1971
série da mota respetiva. Da mesma
mota à rede. Graças à ligação Blue-
consiste na localização fácil da mota
cujo quadro em vermelho lhe valeu
maneira, tem um conjunto de com-
tooth, o condutor pode ver cinco
quando esta se encontra estaciona-
a alcunha telaio rosso. Os semi-guia-
ponentes prestigiados que a tornam
parâmetros diferentes em simultâneo
da num local estranho ou complexo.
dores, assim como o selim em forma
ainda mais especial.
– parâmetros esse à escolha entre
Para tal, a posição onde a mota foi
de corcunda com costura em verme-
São disso exemplo o ‘rear-set’ maqui-
um vasto menu. Incluem velocímetro,
desligada é guardada automatica-
lho são outros destaques de estilo
nado a partir dos poisa-pés ajustá-
conta-rotações, potência instantâ-
mente.
em destaque.
veis sólidos, a haste de direção mais
nea, binário instantâneo, consumo de
Igualmente integrante do Moto Guz-
Apesar de haver apenas um banco,
leve e o protetor do garfo de direção.
combustível (médio e instantâneo),
zi MIA é a função Grip Warning. Esta
a Moto Guzzi V7 III Racer está apro-
A Moto Guzzi usou extensivamente
velocidade média, voltagem da bate-
replica as indicações da operação do
vada para ser ocupada por condutor
o alumínio anodizado em preto – um
ria, aceleração longitudinal e compu-
controlo de tração para máxima visi-
e passageiro, como demonstram os
tratamento artesanal que caracteriza
tador de viagem alargado.
bilidade e alerta o condutor no caso
poisa-pés e o facto de a cobertura
as carenagens laterais e as proteções
Há uma característica pensada em
de o controlo de tração estar a ser
do assento poder ser facilmente re-
do corpo do acelerador da mota.
prol do meio-ambiente – o Eco Ride,
usado em excesso.
-90- | MOTORCYCLE SPORTS |
Moto Guzzi V7 III Racer 10th Anniversary (dir.) vs. Moto Guzzi V7 III Racer (esq.)
VASTA GAMA
A carenagem de topo em alumínio
DE ACESSÓRIOS ORIGINAIS A Moto Guzzi não deixa de disponibilizar diversos acessórios de personalização – equipamento original do construtor, seguindo a filosofia de personalização da Moto Guzzi Garage. Assim, as possibilidades de tornar a mota ainda mais única de cada proprietário são amplas. A gama V7 III tem mais de 80 itens dedicados. Entre estes inclui-se um escape do tipo 2-em-1 feito em colaboração com a Arrow proporcionando um aspeto mais desportivo; amortecedores
Öhlins
ajustáveis
em pré-carga de mola e em ressalto e compressão hidráulica; molas do
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS Motor: Dois cilindros em V Cilindrada: 744 centímetros cúbicos Potência máxima: 52cv às 6.200 rotações por minuto Binário máximo: 60Nm às 4.900 rotações por minuto Quadro: Tipo berço, aço tubular Suspensão dianteira: Forquilha telescópica hidráulica Suspensão traseira: Dois amortecedores Kayaba Travão dianteiro: Dois discos flutuantes, pinças Brembo com quatro pistões de tamanhos opostos Travão traseiro: Disco e pinça flutuante com quatro pistões Capacidade do depósito de combustível: 21 litros (incluindo quatro litros de reserva)
com a placa de número dianteira em acabamento acetinado é outro detalhe opcional, assim como um para-brisas concebido para maior proteção aerodinâmica. Se o condutor quiser transportar bagagem, pode recorrer aos sacos laterais em couro, mas não só – há uma prateleira de bagagem pintada em preto e um saco top box à prova de água em couro genuíno. Pensando mais uma vez no conforto, há mais de dez versões do selim da Moto Guzzi V7 III disponíveis – o que permite tornar a mota mais adaptada ao conforto e necessidades de cada um. Todos são à prova
amortecedor padrão em vermelho;
de água e fabricados em materiais
pinça do travão dianteiro em ver-
premium.
melho, assim como as coberturas da
ou em fibra de carbono – neste caso,
mota para combinar estilo e funcio-
Para a proteção da mota quando não
cabeça do cilindro do motor.
contribuem para um peso mais leve
nalidade. O cliente pode incluir duas
está a ser utilizada existe uma capa
Ao nível das carenagens há também
– tal como acontece com os guarda-
proteções de borracha do depósito
fabricada em material à prova de ris-
diversos acessórios originais. Os pai-
-lamas. Já a proteção do motor pode
de combustível, aplicadas às laterais
cos com o logótipo da Moto Guzzi
néis laterais podem ser em alumínio
ser tubular, seguindo as linhas da
onde os joelhos do condutor batem.
em ambos os lados.
| MOTORCYCLE SPORTS | -91-
DUCATI
MULTISTRADA 950
DUCATI MULTISTRADA 950
MAIS SEGURA E CONFORTÁVEL
Mila Tino Martino/Milagro gro
A Ducati Multistrada 950 recebeu a sua mais recente geração em 2019 e trazemos-lhe aqui as suas principais características, bem como as melhores imagens de um modelo com várias novidades.
-92- | MOTORCYCLE SPORTS |
TEXTO: Bernardo Matias
A atual geração da Ducati Multis-
sendo fabricado em alumínio fundi-
trada 950 apresenta-se como uma
do, e tem uma pintura em preto. Na
mota que ‘eleva a fasquia das suas
dianteira, a suspensão é assegurada
qualidades a um outro patamar’.
por uma forquilha invertida total-
Foram efetuadas diversas melho-
mente regulável em compressão,
rias na mota, que surge com a pro-
extensão e pré-carga da mola. Já
messa de ser ‘mais segura e ainda
atrás, um amortecedor ajustável em
mais agradável de conduzir’.
pré-carga da mola, compressão e extensão liga o braço oscilante ao ele-
MOTOR TESTASTRETTA
mento esquerdo do sub-quadro. A
A dar ‘alma’ à nova Ducati Multis-
mola é progressiva – o que aumenta
trada 950 está um motor de dois
o conforto na condução.
cilindros 937 centímetros cúbicos
No caso da versão 950 S há Duca-
com distribuição desmodrómica.
ti Skyhook Suspension Evo (DSS)
Tem a homologação Euro 4 e refri-
em que a forquilha e o amortece-
geração líquida. Debita um máximo
dor traseiro são eletrónicos. Neste
de 113cv de potência às 9.000 ro-
caso, a compressão e a extensão são
tações por minuto, sendo o binário
ajustadas de forma contínua, com
de 96Nm às 7.750 rotações por
a abordagem semiativa a garantir o
minuto.
equilíbrio ideal da mota. O sistema
Os corpos de injeção de secção
mantém a atitude da máquina cons-
contínua são comandados por um
tante independentemente do piso –
sistema ride-by-wire avançado. No
o que reduz as oscilações resultando
que toca ao sistema de escape, é
num aumento de conforto e de se-
do tipo 2-1-2 com silenciador late-
gurança.
ral. A embraiagem servo-assistida e
O sistema DSS Evolution permite
deslizante em banho de óleo tem
eliminar grande parte dos efeitos
um novo comando hidráulico que
negativos de uma regulação muito
exige menos esforço na opera-
suave ou muito rija das suspensões.
ção da manete. A caixa é de
Analisa os dados de vários sensores
seis velocidades – contan-
de forma a calcular e implementar os
do com Ducati Quick Shift
ajustes necessários em conformida-
up/down nas versões 950
de – tornando a condução tão suave
S.
quanto possível. O DSS Evolution recorre ao sensor
CHASSIS
do acelerómetro longitudinal inte-
No que concerne ao
grado no controlo de tração Ducati
chassis, a Ducati Multis-
Traction Control (DTC), detetores de
trada 950 dispõe de um
pressão do sistema ABS e aos dados
quadro em treliça com tu-
fornecidos pela unidade de medição
bos de diâmetro largo e es-
inercial (IMU) para suavizar a trans-
pessura reduzida, para além
ferência de massas associada à ace-
de dois sub-quadros laterais.
leração e desaceleração.
Estes estão unidos na traseira
Graças ao sistema DSS Evolution é
por um elemento portante fabri-
possível ajustar de forma fácil e in-
cado em tecnopolímero reforçado
tuitiva as definições da mota através
com fibra de vidro – de maneira a
do interface HMI novo da Multistra-
incrementar a rigidez torsional.
da 950 S. Para tal, o condutor só
O braço oscilante novo é mais leve,
precisa de selecionar o modo de
| MOTORCYCLE SPORTS | -93-
DUCATI
MULTISTRADA 950
condução desejado e a configura-
opções
demais
los de inclinação da mota conside-
de forma ideal entre as duas rodas.
ção de carga (só condutor, condu-
gama Multistrada. Na roda dian-
ráveis. Interage com os modos de
A função do ABS de monitorizar a
tor com bagagem, condutor com
teira, esta mota está equipada com
condução de maneira a atuar de
elevação da roda traseira está to-
passageiro ou condutor com pas-
dois discos semiflutuantes e pinças
forma ideal em todas as situações
talmente disponível nos modos de
sageiro e bagagem). É ainda pos-
radiais monobloco Brembo de qua-
ou condições de condução.
condução Urban e Touring, mas
sível atuar independentemente na
tro pistões, enquanto atrás existe
A mota usa um sistema eletróni-
desativada em Sport e Enduro. Já
forquilha e no amortecedor, o que
um disco e uma pinça flutuante de
co de travagem combinada – que
no caso do modo Enduro a atuação
possibilita uma afinação mais deta-
dois pistões.
combina as travagens dianteira e
do ABS pode limitar-se ao travão
lhada das suspensões de cada um
Há ABS em curva 9.1ME da Bosch
traseira – otimizado para os modos
dianteiro. O sistema tem três ní-
dos eixos.
integrante do Ducati Safety Pack
de condução Urban e Touring. Este
veis de intervenção diferentes – o
(DSP). O sistema de ABS em cur-
recurso permite aumentar a estabi-
1 elimina a deteção de elevação da
SISTEMA DE TRAVAGEM
va recorre à IMU para otimizar as
lidade em travagem ao usar os qua-
roda traseira, o 2 garante no modo
Em termos de travagem, a nova
travagens dianteira e traseira até
tro sensores de pressão de forma
Sport o equilíbrio entre a frente e a
Ducati Multistrada 950 surge com
em condições críticas e em ângu-
a distribuir a potência de travagem
traseira com função em curva ati-
-94- | MOTORCYCLE SPORTS |
semelhantes
à
vada e o 3 otmiza a ação da trava-
gue-se com a ótica prolongada na
Ducati e outra com o quadro em
que os seus dois ocupantes cabem
gem combinada nos modos Touring
horizontal, o ‘bico’ característico,
vermelho e as carenagens em cin-
sem problemas, inclusive quando
e Urban.
para-brisas regulável, asas laterais
zento escuro.
estão montadas a top case e as
DESIGN
e o depósito que – mais uma vez
Para o mototurismo de longo curso
malas laterais. Os poisa-pés estão
Ao nível estético, a nova Ducati
– lembra a Multistrada 1260. O as-
Esta Ducati está pensada para os
revestidos com inserções em bor-
Multistrada 950 mantém-se fiel
sento pode levar o condutor e um
utilizadores em programas de mo-
racha, de modo a minimizar as vi-
aos volumes dianteiro e trasei-
passageiro, havendo as respetivas
toturismo de longo curso. Por isso
brações.
ro contrastantes típicos da gama.
pegas associadas. Foi um elemen-
mesmo, está concebida de maneira
O assento foi colocado a uma al-
Uma das grandes novidades são as
to inspirado na Multistrada 1260
a assegurar um conforto ideal até
tura ao solo de 840 milímetros – e
novas ‘asas’ laterais – já presentes
Enduro, bem como o desenho do
com carga transportada. O triân-
não é um acaso: estas medidas fa-
na Multistrada 1260 – que tornam
escape e do braço oscilante e as
gulo ergonómico garante conforto
vorecem a sensação de conforto.
a parte dianteira mais limpa e aero-
medidas das rodas.
e controlo ao condutor e ao passa-
Se o condutor preferir, pode optar
dinâmica.
Há duas variantes cromáticas –
geiro.
por uma versão do assento com
A parte dianteira da mota distin-
uma que veste a mota de vermelho
Trata-se de uma mota espaçosa, em
820 milímetros de altura ao solo,
Painel de instrumentos com interface revisto e evoluído, o ecrã LCD de grandes dimensões facilita a leitura da informação disponibilizada. Na travagem, destaque para o ABS em curva 9.1ME da Bosch integrante do Ducati Safety Pack (DSP).
| MOTORCYCLE SPORTS | -95-
DUCATI
MULTISTRADA 950 As duas opções cromáticas da Ducati Multistrada 950.
que permite colocar os pés no chão
smartphones.
combinação ideal das capacidades
lo de tração, que deteta e controla
mais facilmente. Por outro lado,
Os utilizadores desta mota podem
offroad e em estrada.
as derrapagens da roda traseira – o
está disponível uma variante cuja
transportar muita bagagem com
Há uma opção de incluir jantes em
que favorece não só as prestações,
altura ao solo é de 860 milímetros.
eles. Além da top case e das malas
alumínio para pneus tubeless – na
como também a segurança. Há oito
O para-brisas da nova Ducati Mul-
laterais, há uma espaçosa área de
Ducati Multistrada 950 S – que
perfis diferentes, calibrados para
tistrada tem várias opções de ajus-
armazenamento debaixo do banco
têm 40 raios cruzados e cubos em
permitir tolerâncias diferentes pe-
te vertical – numa amplitude de 60
do passageiro.
fundição por gravidade. Neste caso,
rante o derrapar da roda traseira.
os pneus escolhidos pelo constru-
O ABS integra o sistema Vehicle
milímetros com o simples usar de uma mão. Entre os acessórios há
RODAS
tor de Borgo Panigale são os Pirelli
Hold Control (VHC). Ao estar ativa-
um para-brisas mais baixo. O con-
Esta nova Ducati Multistrada 950
Scorpion Rally – mais adaptados ao
do, mantém a mota parada ativan-
dutor tem uma tomada de 12 V na
está equipada com jantes rede-
offroad.
do o travão traseiro quando a mota
zona do painel de instrumentos,
senhadas que permitem reduzir o
enquanto o passageiro dispõe de
peso total em 500 gramas face à
ELETRÓNICA
e o condutor aplica elevada pressão
uma debaixo do assento – recursos
geração anterior. A jante da frente
Em termos de eletrónica, a nova
nos comandos de um dos travões.
ideais para carregar aparelhos como
mede 19 polegadas e a de trás 17
Ducati Multistrada 950 conta com
telemóveis. Há ainda uma tomada
polegadas. Ambas têm pneus Pirel-
diversos sistemas de ajuda. O Duca-
MODOS DE CONDUÇÃO
USB sob o assento para carregar
li Scorpion Traill II, que oferecem a
ti Traction Control (DTC) é o contro-
A gama Multistrada tem modos de
está parada e o descanso recolhido
condução – Ducati Riding Modes – desde 2010 e mantém-nos na Multistrada 950. São quatro modos distintos – Sport, Touring, Urban e Enduro, programados para agir sobre o sistema eletrónico ride-by-wire de comando do motor e nos níveis de intervenção do ABS e do controlo de tração. É possível ajustar os modos de condução em andamento. No modo Touring, a mota tem a potência máxima de 113cv com resposta do acelerador progressiva. O controlo de tração e o ABS estão em níveis mais elevados de forma a garantirem estabilidade em travagem e impedir o levantamento da roda traseira. Por seu lado, o modo Sport torna a mota mais vinculada à adrenalina.
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EM BREVE
NA SUA TV
DUCATI
MULTISTRADA 950
A potência máxima mantém-se, mas o
Há ainda o modo de condução Enduro.
gia, com um farolim traseiro em LED.
primária e secundária de forma fácil.
acelerador fica com uma resposta dire-
Tal como em Urban limita a potência a
No caso da versão S, a iluminação é
Na versão S há um ecrã TFT de alta
ta, ao passo que o ABS e o controlo de
75cv e dota o acelerador de uma res-
totalmente em LED e integra o sistema
resolução com interface intuitivo e co-
tração têm baixas intervenções – não
posta progressiva. Porém, o ABS tem
Ducati Cornering Lights (DCL) que oti-
mutadores retroiluminados para gerir o
contam com a prevenção da elevação
uma regulação baixa com prevenção
miza a iluminação em curva consoante
novo HMI.
da roda traseira.
de elevação da roda traseira desativa-
o ângulo de inclinação da mota. Uma
Exclusivo à Ducati Multistrada 950 S é
Em modo Urban, a potência é reduzida
da e o controlo de tração intervém em
nova função desliga automaticamente
o sistema de mãos livres Hands Free,
para 75cv e o acelerador ride-by-wire
níveis adaptados ao uso em offroad.
os indicadores de mudança de direção
que aumenta os padrões de segurança.
contando com o ângulo de inclinação.
Com o condutor a estar num raio de dois metros da mota, o código da cha-
responde de forma progressiva. O controlo de tração e o ABS têm um nível
LUZES E PAINEL DE
O condutor encontra à sua frente um
de intervenção mais elevado – o que
painel de instrumentos com interface
ve é reconhecido e a ignição é ativada.
Ao nível de iluminação, a Ducati Mul-
revisto e evoluído. Este consiste num
Depois, só é preciso premir o botão de
a prevenção de elevação da roda tra-
tistrada 950 surge com uma ótica de
ecrã LCD de grandes dimensões, atra-
ignição para ligar o painel de instru-
seira.
aspeto desportivo e elevada tecnolo-
vés do qual é possível ler a informação
mentos e arrancar o motor. Milagro
INSTRUMENTOS
maximiza a estabilidade em travagem e
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS Motor: Ducati Testastretta, dois cilindros em L Cilindrada: 937 centímetros cúbicos Potência máxima: 113cv às 9.000 rotações por minuto Binário máximo: 96Nm às 7.750 rotações por minuto Embraiagem: Servo-assistida e deslizante em banho de óleo Transmissão: Caixa de seis velocidades Quadro: Tipo treliça em aço tubular Suspensão dianteira: Forquilha totalmente ajustável Suspensão dianteira versão S: Forquilha totalmente ajustável com Ducati Skyhook Suspension Evo Suspensão traseira: Amortecedor totalmente ajustável; braço oscilante de alumínio Suspensão traseira versão S: Amortecedor totalmente ajustável; braço oscilante de alumínio com Ducati Skyhook Suspension Evo Travão dianteiro: Dois discos semiflutuantes, pinça radial de quatro pistões Brembo Travão traseiro: Disco, pinça flutuante de dois pistões Capacidade do depósito de combustível: 20 litros
-98- | MOTORCYCLE SPORTS |