ESPECIAL Sim à Motocicleta 2025

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SIM À MOTOCICLETA MOSTROU PARA VOCÊ !

SUMÁRIO

Sim à motocicleta!

Os cuidados com a moto e a sua importância para uma pilotagem segura ...................... 08

A moto e a qualidade de vida ..... 12

Tirei minha carta para pilotar moto! E agora? ........................... 18

Paz no trânsito começa por você 22

Um mês dedicado à segurança no trânsito ................. 26

Vamos comemorar o dia do motociclista 30

Para rodar com mais segurança com sua moto 34

Sim à motocicleta debate a faixa azul .................................. 38

Polo de duas rodas em manaus reúne o melhor da indústria mundial de motocicletas ............ 42

Vá além do obrigatório; utilize o que é necessário ........... 46

A segurança do motociclista vai muito além do capacete 50

Assumir riscos para quê? 54

COLUNAS ABRACICLO

O Brasil em duas rodas 07 Made in Manaus 17

A motocicleta e sua contribuição ao meio ambiente 21

Um sinal de alerta pela vida 25

O que move a indústria de motocicletas do Brasil? 29

Motocicleta e sustentabilidade: das fábricas da Amazônia até as ruas dos grandes centros ............. 33

Motocicleta é mais que uma paixão, é um estilo de vida 37

Polo de duas rodas em Manaus r eúne o melhor da indústria mundial de motocicletas ................... 41

Uma semana em prol da segurança viária ........................... 45

De Manaus para o mundo ................. 49

Uma viagem tranquila começa por uma manutenção preventiva 53

Uma indústria movida a desafios 57

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Com atualização diária de notícias, tem sempre a motocicleta como tema, além de matérias de serviços e mercado.

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A Revista

MOTOCICLISMO com o apoio da Abraciclo quer inspirar os motociclistas a fazer o uso da motocicleta com segurança

É preciso agir

Que a motocicleta é o melhor, mais ágil, econômico e divertido meio de transporte nós da redação da Revista MOTOCICLISMO temos certeza, e se você está lendo este especial, deve concordar conosco. Cada vez mais a motocicleta é protagonista no trânsito brasileiro, seja como meio de transporte, ferramenta de trabalho ou para o lazer, a frota de motos cresce a cada ano e, segundo a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), o país já conta com mais de 33,58 milhões de motos pelas ruas, avenidas e rodovias.

O número de habilitados também vem crescendo em proporção semelhante à da frota. De 2014 para cá o número de mulheres habilitadas saltou de 5,5 milhões para 9 milhões, um crescimento de quase 70%. Entre os homens a quantidade é ainda maior, hoje são 29 milhões de motociclistas habilitados. Logicamente esses números são reflexo do expressivo crescimento da frota de motos no Brasil. Em 2024 foram emplacadas mais de 1,87

Ismael Baubeta - Editor ismael.baubeta@motociclismoteam.com.br

milhão de motocicletas, um aumento de 18,61% em relação a 2023. Esses números maravilhosos para o setor de duas rodas também carrega um lado escuro, no qual a campanha Sim à Motocicleta quer jogar luz, que é o aumento do número de acidentes com vítimas envolvendo motos.

A campanha da revista MOTOCICLISMO, Sim à Motocicleta, que tem o apoio da Abraciclo quer mais do que educar, quer inspirar os motociclistas a utilizar a motocicleta de forma responsável e segura, valorizando o respeito mútuo, o uso adequado de equipamentos de proteção e a manutenção preventiva, contribuindo para um trânsito mais seguro e harmonioso para todos. Nós da revista MOTOCICLISMO acreditamos que só com o uso consciente da moto, da pilotagem preventiva e do uso dos equipamentos de segurança corretos conseguiremos, se não apagar, amenizar a sombra dos acidentes com motocicletas. Motociclista, abrace essa ideia você também!

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Isabel Reis - MTB 17311 Motociclismo Magazine ISSN 1415-1863. Publicação mensal da Motor Mídia © Direitos reservados.

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SIM À MOTOCICLETA!

É com alegria que completamos um ano do programa Sim à Motocicleta, feito pela revista MOTOCICLISMO, com apoio da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e SimilaresAbraciclo. E tem sido um grande sucesso. Em 2025 vamos trabalhar ainda mais para divulgar e melhorar o uso da motocicleta, mostrando como esse veículo pode ser seguro, econômico e muito prazeroso de se utilizar.

texto: Isabel Reis | fotos: iStock Photos

Oprograma Sim à Motocicleta reúne uma serie de ações, como reportagens, coberturas de ações importantes de entidades, realiza debates, tudo voltado para o uso da motocicleta no dia a dia. O conceito é mostrar todos os aspectos que auxiliam o motociclista, mostrando porque esse meio de transporte é um dos mais lógicos para aliviar o trânsito caótico, que atormenta a vida da sociedade.

Usufruindo das vantagens

No automóvel, no ônibus, até mesmo no metrô, quantas horas uma pessoa perde por dia indo e voltando do trabalho? Em grandes cidades, é comum o trabalhador levar duas horas para ir e duas para voltar. Essas quatro horas poderiam ter sido mais bem utilizadas para ir à academia, para estudar, para ficar mais tempo com os filhos em casa, e por aí vai! Ou seja, quatro horas desperdiçadas por dia. Com a moto, o tempo utilizado na locomoção reduz facilmente para um terço.

Praticando a segurança

O uso vantajoso da moto está ligado a uma serie de fatores, que envolvem a sua manutenção e o uso de equipamentos de segurança pelo motociclista. O uso indevido pode resultar em acidentes, como aqueles que infelizmente vemos todos os dias.

O prazer de rodar

A motocicleta representa liberdade, mas com responsabilidade. Não é simplesmente ter o prazer de ligar o motor e sair acelerando. São muitos os aspectos envolvendo o fato de rodar de moto.

FAIXA AZUL

Iniciativas como a Faixa Azul são extremamente importantes para que a motocicleta siga se consolidando como a melhor forma de ir e vir, não só do ponto de vista de rapidez e agilidade, mas também como um veículo mais “limpo”

E todos devem ser conhecidos pelos motociclistas, em primeiro lugar. Só depois de analisar com consciência o ato de pilotar, de saber sobre as leis, do respeito pelo veículo ao lado, de estar equipado, é que um motociclista pode ligar a partida e rodar!

Promovendo a consciência

É essa discussão que o Sim à Motocicleta procura divulgar, envolvendo cada vez mais o nosso público, além dos órgãos governamentais, e das associações, dos fabricantes. Para que muitas ações somadas resultem em questões práticas, que melhorem as condições do motociclista no seu dia a dia.

A dinâmica do programa

Para este ano de 2025 o Sim à Motocicleta continuará tendo reportagens mensais com vários temas relacionados à moto e ao motociclista. Esses conteúdos são divulgados no site da Motociclismo, com chamadas nas mídias sociais e publicados nas edições impressas e digitais. Também estão previstos debates com especialistas do setor, avaliando temas relevantes. Tudo será divulgado pela internet.

A importante parceria com Abraciclo

Contamos com o apoio da Abraciclo para 2025, com a intenção de ampliar as ações e divulgações Sim à Motocicleta, pois essa entidade vem desenvolvendo há anos um trabalho voltado também para a paz no trânsito. “A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo tem como missão a promoção do desenvolvimento e competitividade do Setor de Duas Rodas, apoiando e defendendo a indústria nacional estabelecida na Zona Franca de Manaus – ZFM, por meio dos pilares Política Industrial, Segurança Viária e Técnico.”

Acompanhe o nosso trabalho do SIM À MOTOCICLETA pelo site da Motociclismo: https://motociclismoonline.com.br/ E mande sugestões para redacao@motociclismoteam.com.br.

DELIVERY

Com a pandemia os serviços de entrega foram fundamentais para que muitos desempregados pudessem sustentar suas famílias

SEGURANÇA

Os motociclistas dependem dos equipamentos de proteção para minimizar lesões em caso de acidente; a segurança é uma preocupação da nossa campanha Sim à Motocicleta

O Brasil em duas rodas

O Brasil tem o maior polo de fabricação de motocicletas fora do eixo asiático e é referência em tecnologia e qualidade

Você já notou que a motocicleta está cada vez mais presente nas ruas e estradas brasileiras? Usada como meio de transporte, seja para os deslocamentos urbanos, seja como fonte de renda ou ainda para o lazer, as motocicletas ocupam, cada vez mais, um importante espaço no cotidiano da vida das pessoas.

P ara atender aos milhões de motociclistas – os que adquiriram recentemente a CNH na categoria A ou aqueles com muitos quilômetros rodados –, as fabricantes de motocicletas têm trabalhado em ritmo acelerado. Em 2023, foram produzidas 1,57 milhão de unidades, volume 11,3% superior ao registrado no ano anterior, superando inclusive a expectativa da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares ( Abraciclo ) de alcançar 1,56 milhão de unidades produzidas. Esse foi também o melhor resultado anual alcançado desde 2013.

A tendência é de que o segmento continue em alta. Este ano, deverão ser produzidas 1,69 milhão de motocicletas, uma alta de 7,4% em relação ao registrado em 2023. “Nossa meta é seguir crescendo de forma sustentável e retornar ao patamar de produção de dois milhões de motocicletas nos próximos anos”, afirma o presidente da Abraciclo, Marcos Bento.

C om frota estimada em mais de 33 milhões de motocicletas, o Brasil em duas rodas é

majoritariamente formado por modelos de baixa cilindrada. No ano passado, foram emplacadas 1,58 milhão de motocicletas e , desse total, 82% eram equipadas com motor de até 160 cilindradas.

E m comum, os compradores das motocicletas zero - quilômetro “são pessoas que desejam um veículo com preço mais acessível, baixo custo de manutenção, agilidade nos deslocamentos, maior economia de combustível e facilidade para estacionar”, explica Bento.

U ma análise mais minuciosa desse mercado, no entanto, revela que os licenciamentos de modelos de média cilindrada subiram 21,3% e alcançaram o maior crescimento porcentual. É um movimento natural do consumidor: são pessoas que, depois de adquirir um modelo de entrada, agora desejam outro com maior potência e recursos tecnológicos.

S étimo mercado mundial e contando com o maior polo de fabricação de motocicletas fora do eixo asiático, o Brasil é hoje referência mundial de qualidade, inovação, segurança e respeito ao meio ambiente.

E sta coluna abordará, mensalmente, temas relativos ao segmento de motocicletas e à indústria nacional.

Coluna produzida pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo)

OS CUIDADOS COM A MOTO E A SUA IMPORTÂNCIA PARA UMA PILOTAGEM SEGURA

O bom estado do veículo é fundamental quando estamos falando de motos. Lembre-se também que a única segurança passiva que temos ao pilotar é o equipamento que vestimos

texto: Redação | fotos: iStock Photos

Sempre que um piloto do Mundial de Motovelocidade vai correr com a sua moto pela primeira vez, ele passa um bom tempo com os seus mecânicos regulando os comandos da motocicleta para adaptá-la ao seu biotipo. Você também pode (e deve) fazer isso com a sua moto. Comece pelos manetes, quando possível, não somente na distância, mas principalmente na altura. Muita gente pilota forçando o punho sem perceber, e, por não ter se atentado a esse detalhe, inevitavelmente sofrerá com dores em pouco tempo. Basta uma simples ferramenta e alguns minutos para regular a posição do manete e acabar com esse problema. Em algumas motos é possível regular a altura dos manetes de acordo com o tamanho de suas mãos e dedos.

Isso também acontece com os pedais de câmbio e do freio traseiro, em particular o último que, se utilizado fora da posição normal (permitindo que o pé direito do motociclista encontre o pedal de forma rápida e natural), pode prejudicar a velocidade de reação e a sensibilidade do piloto com o pedal, podendo fazer a roda traseira bloquear facilmente e perder a estabilidade da moto no caso de uma frenagem de emergência, além de forçar o tornozelo. As suspensões devem estar adaptadas ao peso do piloto.

A pré-carga da mola do amortecedor traseiro, geralmente presente, e muitas vezes na suspensão dianteira, serve para controlar quanto as suspensões vão afundar quando montamos na moto. Elas não devem afundar mais que poucos centímetros, nem ficar sem afundar, mesmo que o piloto seja leve, assim você deve amolecer ou endurecer a pré-carga de acordo com o que foi observado. Quando você for carregar mais peso (bagagens, garupa ou ambos), é muito importante ajustar a regulagem novamente para não prejudicar o comportamento da moto, nem perder muita distância livre em relação ao solo.

SEGURANÇA É TUDO

Você já deve ter ouvido falar de segurança ativa e segurança passiva. A primeira é aquela que evita acidentes, como os freios ABS, controle de tração e outras tecnologias embarcadas nas motos, a segunda é aquela que, quando o acidente é inevitável ou está acontecendo, minimiza suas consequências. Nesse caso, estamos usando como exemplos o cinto de segurança e o airbag de um automóvel. Na moto, não temos nem cinto de segurança nem airbag, portanto a nossa única segurança passiva é a que o nosso equipamento de segurança oferece, ou seja: capacete, jaqueta, luvas, calça, botas etc.

NÚMEROS QUE

NÃO DEVEM SAIR DA SUA CABEÇA

72% das falhas mecânicas que causaram acidentes estavam relacionadas ao estado dos pneus

39% das motos que se envolveram em acidentes fatais tinham menos de 2 anos

200% a mais é a probabilidade de morrer em um acidente de moto se não estivermos usando capacete

Dados do Departamento Geral de Trânsito (DGT) da Espanha, estudo Maids. Comissão formada pela União Europeia e pelos fabricantes de motocicletas para estudo de acidentes de motocicleta e ciclomotores

Mas é importante saber que, além de proteção, se sofremos um acidente o equipamento terá também a função de segurança ativa. Cores chamativas, por exemplo, permitem que os outros nos vejam de longe, evitando colisões. Conforto é outro elemento de segurança ativa. Estar bem aquecido no inverno evita que o piloto se desconcentre, permanecendo mais atento ao trânsito e à pilotagem. Por isso, você já sabe: não deixe um centímetro de pele descoberto mesmo que você acredite que não vai cair, porque isso ninguém realmente pode afirmar.

SEM SURPRESAS COM FALHAS MECÂNICAS

As estatísticas de acidentes mostram que a falha mecânica é uma minoria, mas isso apenas quando se tratam de motos novas. Quase sempre que uma falha mecânica causa um acidente é por problemas nos pneus, seja por estar murcho ou em mau estado. Não calibrar os pneus da moto é um erro brutal. Com apenas cinco libras a menos no pneu dianteiro, por exemplo, na primeira curva em que se apoie a frente da moto com um pouco mais de ímpeto, provavelmente você irá cair.

Não tente alongar a vida útil do pneu, que é a coisa mais importante da motocicleta, nem economizar na hora da compra. Talvez valha mais a pena comprar uma moto menos esportiva e que ofereça mais durabilidade, do que adquirir uma e ter que conviver com pneus gastos em pouco tempo.

Outros componentes da moto também têm grande valor para a nossa segurança: os freios, por exemplo, são cruciais. Se a sua motocicleta freia mal, se você não se sente confortável quando deve frear forte, pense em aprimorar o sistema para que se torne mais confiável. Pastinhas e fluido de freio melhores e mangueiras do tipo aeroquipe podem mudar totalmente sua confiança no sistema de freio. É um investimento tão bom quanto adquirir pneus de qualidade e assim você terá um aumento considerável na segurança.

Outro fator primordial: as suspensões são responsáveis por garantir um bom contato dos pneus com o asfalto, portanto também são importantes para a segurança. Não se esqueça do óleo das bengalas e cuidado com os rolamentos da direção, responsáveis por uma boa estabilidade em velocidades elevadas.

ERROS MAIS FREQUENTES

◗ Trafegar com os pneus da moto descalibrados

◗ Utilizar pneus inapropriados, muito desgastados ou velhos e ressecados

◗ Trafegar com lâmpadas queimadas ou sem buzina

◗ Descuido com as suspensões, sem regulagem adequada ou sem revisão há muito tempo. Isso pode afetar a estabilidade da moto

◗ Falta de verificação dos componentes do sistema de freio (pastinhas, lonas e fluido)

◗ Relação de corrente, coroa e pinhão desgastados

◗ Rolamentos da direção em mau estado de conservação

◗ Não utilizar capacete integral e luvas sempre que sair com a mot o

FIQUE LIGADO NESTAS DICAS:

CALIBRAR OS PNEUS – Deve-se verificar a calibragem dos pneus com frequência (uma vez por semana, no máximo, a cada 15 dias), ou antes de uma saída importante (viagem). Lembre-se de fazer a calibragem com os pneus frios. Se o manômetro não é confiável, é preferível deixar o pneu mais cheio do que murcho.

PRÉ-CARGA – Tanto motos esportivas como um simples scooter têm esse sistema na suspensão traseira. Regule-a de acordo com a carga que for levar (seu peso, passageiro, bagagens), para evitar o mau funcionamento das suspensões, como ficar muito mole ou que afunde demais.

OS FREIOS – Parece óbvio que sem freios temos pouca segurança na condução, mesmo assim, muitos utilizam as pastilhas de freio muito além da sua vida útil, arranhando o disco e sobreaquecendo o fluido de freio. Verifique-as e, se for necessário, substitua-as por outras de marcas confiáveis.

ÓLEO – Perdemos poucos segundos para verificar o óleo e, dessa forma, evitamos que o motor fique seco e trave. Nos scooter, isso é ainda mais importante, porque o seu cárter geralmente contém menos óleo.

PEDAIS – Da mesma forma que os manetes, pedais de freio e de embreagem não vêm personalizados de fábrica. Por isso verifique se a postura está confortável e se você não está apoiando nele com a ponta da bota, o que pode desgastar as pastilhas do freio traseiro ou ainda dificultar a mudança de marcha.

MANETES – Sente-se sobre a moto e, na sua posição normal de pilotagem, estique os braços e os dedos por cima dos manetes: eles devem ficar na linha dos antebraços na sua posição natural de pilotagem, de forma que seja somente necessário dobrar os dedos para acionar o manete, sem mexer o pulso. As motos não são feitas nas medidas de todos e é normal que os manetes venham um pouco mais altos ou baixos, forçando o pulso. Isso se resolve em um minuto: com uma simples ferramenta (depende do parafuso) você deverá afrouxar o encaixe do manete no guidão (ou do reservatório de fluido de freio), gire suavemente e posicione o manete na posição certa. Pronto, agora basta apertar novamente o parafuso de encaixe.

ENTENDA O QUE A MOTO NECESSITA

A MELHOR DICA: O CAPACETE INTEGRAL

A importância do capacete quando pilotamos não é nenhuma novidade e a esta altura ninguém pode duvidar disso. Quem não usa dobra as suas chances de ter um ferimento que pode ser fatal em um acidente. Mas usar capacetes abertos (embora sejam homologados e permitidos) também é arriscado, uma vez que não protegem o rosto e também podem causar lesões na nuca.

◗ Defeito: quando eu freio forte, a bengala afunda demais e bate muito – O óleo que as bengalas levam também se deteriora, perdendo eficácia e deixando a suspensão com pouca retenção (mais mole): ao frear, ela se comprime rapidamente até chegar na parte mais baixa, causando um repentino endurecimento e a batida de final de curso. Troque o óleo por um mais denso.

◗ Defeito: quando freio sinto uma folga, e a moto não é estável na reta - Os rolamentos da caixa de direção estão ruins, seja pela alta quilometragem ou por uso indevido. Quando essas peças se desgastam, os primeiros sintomas são essas folgas e trancos no guidão. O “calo” que se forma no centro dos rolamentos pode desestabilizar a moto na reta por não deixar a direção girar livre para movimentá-la suavemente e manter o controle da direção da moto.

◗ Defeito: por mais que eu lubrifique, a corrente faz muito barulho - A transmissão por corrente é muito eficiente e rápida, mas precisa de manutenção frequente: limpeza, lubrificação e esticá-la fazem parte do dia a dia do motociclista. Ao esticar a corrente, se você não consegue fazê-lo, ela teima em ficar muito ou pouco esticada, está na hora de trocar a relação, senão ela vai fazer barulho, podendo até estourar e causar um grave acidente. Lembre-se, quando for trocar, você deve substituir todo o conjunto: corrente, coroa e pinhão.

A MOTO E A QUALIDADE DE VIDA

O SIM À MOTOCICLETA

mostrou como a moto pode ser muito mais vantajosa em economia de tempo e de dinheiro, especialmente nos grandes centros urbanos

texto: Redação | fotos: Gustavo Epifanio

Oque você faria rodando durante uma hora de carro, poderia muito bem ser feito na metade do tempo, se estivesse pilotando uma moto - e sem desrespeitar nenhuma regra de trânsito. O deslocamento de até 20 quilômetros por São Paulo, SP, por exemplo, pode chegar a quase duas horas indo de ônibus e metrô. Ou seja, você pode estar perdendo até três horas do seu valioso dia, apenas preso no deslocamento de casa para o trabalho, ou para a escola, e por aí vai.

Para se ter uma ideia mais precisa de como rodar de moto pode ser um grande benefício na vida das pessoas e o quanto isso pode representar em horas economizadas, o SIM À MOTOCICLETA fez esta reportagem, rodando por várias importantes avenidas e ruas de São Paulo. Em horário de rush, claro.

Vale lembrar que além da economia de horas, a motocicleta gastou cerca de 60% do custo de um litro de gasolina nesses trechos de no máximo 22 quilômetros pela cidade de São Paulo.

O primeiro roteiro foi da zona sul para a zona leste, em uma quinta-feira. Por sinal, a quinta se tornou a nova “sexta”, em função de muitas pessoas optarem pelo trabalho em home office na sexta ou na segunda. O segundo roteiro, da zona sul até a zona oeste, aconteceu em uma terça-feira, também logo cedo, horário de rush. Nossa equipe foi composta por três jornalistas da MOTOCICLISMO: Ismael Baubeta, William Teixeira e Alexandre Nogueira.

ROTEIROS

DO ISMAEL BAUBETA

PRIMEIRO DIA:

BAIRRO DE SANTO AMARO ATÉ O SHOPPING ANÁLIA FRANCO, ZONA LESTE

“Por ser motociclista e utilizar motos há um bom tempo, eu nunca ando em transporte público, e confesso que sair de casa na zona sul de São Paulo para atravessar a cidade e chegar à zona leste de ônibus e metrô não me animou muito. Era um trajeto de 22 quilômetros.

O ônibus que me levou até a estação de metrô era moderno, com ar-condicionado e trafegando por faixa exclusiva. Ele seguiu pela Avenida Rubem Berta até a Avenida Brigadeiro Luís Antônio e parei na Praça da Sé, no centro. Uns minutos caminhando entrei na estação de metrô, o qual me levou até o Tatuapé, na zona leste. De lá ainda tive que pegar outro ônibus para chegar ao shopping Anália Franco. Mas devido a falta de experiencia, perdi uns 15 minutos até pegar o ônibus correto para chegar ao shopping. Como não tenho bilhete único, paguei R$ 9,8 de ônibus (duas conduções) e mais R$ 5 de metrô (total R$ 14,80)”.

GASTEI 1H40

PARA CHEGAR AO DESTINO!

SEGUNDO DIA DO ISMA: SANTO AMARO, ZONA SUL, ATÉ POMPEIA, ZONA OESTE

“No segundo dia troquei o modal de transporte e fui de motocicleta, uma Yamaha FZ15, até a Pompeia. Só

quem anda de moto e fez um trajeto longo de transporte público vai saber qual é a maravilhosa sensação de ver o trânsito carregado e não ficar parado na fila.

O trajeto de nossos veículos foi pela Avenida Vicente Rao, seguindo pela Marginal Pinheiros até a Praça Panamericana. De lá, cheguei à Av. Heitor Penteado e entrei na Rua Apinajés até o ponto de encontro na esquina da Avenida Afonso Bovero. Foi tudo muito rápido e cheguei ao destino em apenas 25 minutos.

Não podia parar de pensar no tempo que grande parte da população perde no simples ir e vir através do transporte público. Nesse trajeto de 16,7 quilômetros mantive as velocidades máximas permitidas. Incrível: não gastei mais do que 600 ml de gasolina com a Yamaha FZ15. Ou seja, se de ônibus, no outro trajeto, eu paguei R$ 14,80, neste dia o custo foi de aproximadamente R$ 3,30 de gasolina”.

GASTEI 25 MINUTOS PARA CHEGAR AO DESTINO!

A Yamaha FZ15 foi pilotada pelo Willian (à esquerda), o Alexandr e (à direita) foi de carro e o Ismael (ao centro) utilizou o transporte público

O Honda HR-V, cedido gentilmente pela fábrica, fez o trajeto para a zona Oeste oferecendo muito silêncio e conforto

De moto no primeiro trajeto, Willian gastou menos da metade do tempo do que se gastou no transporte público

No destino final do primeiro trajeto.

A moto, como sempre, foi a mais rápida, seguida do carro e, uma hora depois, do transporte público

AS EXPERIÊNCIAS DE WILLIAN TEIXEIRA

PRIMEIRO DIA:

DE YAMAHA FZ1

ATÉ A ZONA LESTE!

“O ponto de partida da nossa equipe foi da Rua Ângelo Luís Salto, na Chácara Monte Alegre, até o shopping Anália Franco. Indico a Yamaha FZ15 que pilotei para motociclistas iniciantes ou para aqueles que buscam uma boa motocicleta para o dia a dia.

No caminho até o shopping Anália Franco passei por avenidas importantes, como a Washington Luís e a dos Bandeirantes (que tem uma ótima e necessária Faixa Azul em praticamente toda a sua extensão). Ao longo desse caminho vi muitas coisas erradas:

• Motociclistas, motoristas e caminhoneiros conduzindo seus veículos de forma agressiva, sem sinalizar mudança de faixa e em velocidade acima da permitida nas vias;

• Uso desenfreado do celular. Traz comodidade, mas as pessoas se distraem muito com os aparelhos, fazendo uso de aplicativos de mensagem e outras coisas não pertinentes ao ambiente do trânsito;

• Caminhões dominando todas as pistas da Avendia Anhaia Mello,

prejudicando a fluidez do trânsito;

• Motociclistas trafegando sem os equipamentos de segurança.

O trajeto de 22 quilômetros foi cumprido em 35 minutos, mesmo seguindo o trânsito com muito respeito à legislação. Quero dizer que, além da economia de tempo, tive um enorme prazer na pilotagem. A moto é uma importante aliada nos deslocamentos urbanos. Nos permite trafegar com agilidade, proporcionando horas livres, que podem ser aproveitadas de maneira bem mais agradavel.

De moto, o gasto sequer foi de um litro de gasolina. Onde abasteço o litro está a R$ 5,50. Com certeza, gastei menos de R$ 4,00”.

GASTEI 35 MINUTOS

PARA CHEGAR AO DESTINO!

SEGUNDO DIA DO WILL: DE TRANSPORTE PUBLICO ATÉ A ZONA OESTE!

“No segundo roteiro, para a zona oeste, usei ônibus e metrô, sendo duas linhas de ônibus até a estação Faria Lima da linha 4 – Amarela do Metrô, onde fui até a Paulista. Fiz a baldeação até a Avenida da Consolação, peguei a linha Verde do metrô e desembarquei na estação Sumaré.

Caminhei alguns minutos até um novo ponto de ônibus e peguei mais um busão, agora até o destino final. Para fazer este trajeto de cerca de 16 quilômetros eu levei algo em torno de 1h50min, tendo como responsáveis uma interminável obra da Avenida Santo Amaro e uma “vaciladinha” que dei, passando reto no ponto que me deixaria na estação Faria Lima. Os ônibus que utilizei nestas linhas, que circulavam em bairros “relativamente nobres” de São Paulo (Santo Amaro, Pinheiros, Vila Olímpia), eram todos grandes. O primeiro foi o pior de todos, mais velho, quente, com mais passageiros. O segundo, que peguei para ir até o metrô, estava com uma lotação razoável, mas como tinha ar condicionado a viagem foi mais aprazível. Já o metrô funcionou muito bem, apesar de estar relativamente cheio para o horário. Já o último ônibus, da estação Sumaré até o destino final, pode ser considerado o melhor de todos. Mais vazio, com lugar para sentar, tomadas USB para carregar o celular, ar-condicionado funcionando bem e sem pegar trânsito. Foi uma viagem tranquila, embora demorada.

Transporte público ou moto? Sem dúvidas a moto. Além de agilidade nos deslocamentos, nos dá a autonomia

ideal para mudanças rápidas de trajeto, assim como o carro. Esse último quesito acaba sendo meio caótico quando se está de transporte público.

Tenho a integração do bilhete único, que deixa o custo bem mais barato do que pagar cada trecho em separado. No final, o custo foi de R$ 8,20”.

GASTEI 1H50

PARA CHEGAR AO DESTINO!

ALEXANDRE NOGUEIRA FEZ OS DOIS ROTEIROS DE CARRO

PRIMEIRO DIA:

BAIRRO DE SANTO AMARO ATÉ O SHOPPING ANÁLIA FRANCO

“Sou um grande adepto das motocicletas, comecei a andar de moto muito cedo e desde então nunca mais consegui viver sem elas. Realmente não gosto de andar de carro quando tenho que fazer qualquer deslocamento pela cidade, inclusive nos dias de chuva, quando o trânsito fica pior ainda.

Usar o transporte público não é nada usual para mim, principalmente pelo fato de ter a motocicleta como meu veículo, já nem lembro o que é esperar um ônibus para me levar

a qualquer destino. Logicamente, se não tiver outro meio, iria de ônibus. Mas coube a mim, nesta reportagem, fazer os percursos de carro. Para ir da zona sul até a zona leste, logo pensei nas avenidas 23 de maio e Radial Leste, mas o GPS me orientou e seguir o caminho mais rápido e me sugeriu um percurso pelas avenidas Tancredo Neves e Salim Farah Maluf. Me surpreendi com a fluidez do trânsito. Eu imaginava um percurso por volta de 30 quilômetros pela Radial Leste, mas fiquei contente quando o GPS mostrou apenas 17 quilômetros pela Salim, e melhor ainda, levaria apenas meia hora.

O trânsito fluiu perfeitamente e sem engasgos e só gastei 10 minutos a mais do previsto porque errei uma entrada pela Salim e acabei entrando na Avenida do Estado. Assim que cheguei já avisei meus dois companheiros desta saga: o Will, piloto da moto, já havia chegado 20 minutos antes, mas o Ismael, que foi de ônibus, ainda estava no metrô Sé, mais ou menos pelo meio do caminho.

Então fiquei bem contente por ter levado apenas 55 minutos para atravessar a cidade de carro, com uma média de 8 km/l de consumo de combustível, mostrados no computador de bordo. Com o combustível a R$ 5,39

No ponto de ônibus onde começou a saga da zona Sul até a zona Leste

no posto onde abasteci, gastei por volta de quatro litros, ou seja, R$ 36”.

GASTEI 55 MINUTOS PARA CHEGAR AO DESTINO!

SEGUNDO DIA DO ALEXANDRE: SANTO AMARO, POMPEIA

“No segundo roteiro, fui até o bairro da Pompéia. Eu continuei de carro, mas desta vez troquei o meu VW Voyage 1.6 por um Honda HR-V 2024, belíssimo carro, cedido pela Honda.

O trajeto fluiu bem, iniciando pela Avenida Vicente Rao e depois pela Marginal do Pinheiros, onde tive o trecho de maior lentidão até a praça Panamericana. Daí subi a rua Dona Elisa até a Cerro Corá e fui percorrendo pequenas ruas do bairro até chegar na Av. Heitor Penteado e bem próximo da Rua Apinajés e do ponto de encontro na esquina da Afonso Bovero.

Pensei que gastaria bem mais, indo de carro, mas dei sorte nesse dia. E, sem dúvida, os aplicativos de trânsito ajudam demais na locomoção pela cidade. Mas não troco rodar de moto por nenhum outro meio de transporte deste mundo!”

GASTEI 40 MINUTOS PARA CHEGAR AO DESTINO!

Made in Manaus

Em 1976, começaram a ser produzidas as primeiras motos em Manaus, hoje o polo manauara é o maior produtor de motos fora do eixo asiático

Você sabia que as dez fabricantes instaladas no polo de duas rodas em Manaus produzem hoje 96% das motocicletas vendidas no País? E que o Brasil é o sétimo produtor mundial? E tem mais: que a qualidade do produto nacional ultrapassou nossas fronteiras: a motocicleta “made in Brazil” é exportada para mais de 30 países e, entre os principais destinos, estão os Estados Unidos, Canadá e França, mercados altamente exigentes?

Esses números impressionantes fazem da operação brasileira a maior fora do eixo asiático. Mas, para atingir esse “status”, a indústria brasileira de motocicletas percorreu um longo caminho. Embora produzida de forma artesanal por pequenos produtores durante a primeira metade do século passado, foi somente a partir de 1976 que a indústria de duas rodas recebeu seu grande impulso, com o início de produção de motocicletas no Polo Industrial de Manaus (PIM)

Este ano marca também o ano de criação da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), uma associação que nasceu com a proposta de mostrar para a população brasileira que os veículos de duas rodas eram “uma eficiente e excelente opção de mobilidade”. Outra importante missão assumida naquela época – e que é mantida até hoje – era avançar rapidamente em temas como legislação de trânsito, regulamentação, segurança viária e infraestrutura urbana.

E, felizmente, para todos os usuários e amantes das duas rodas, esse esforço foi reconhecido. O brasileiro adotou a motocicleta. Das 13 mil motocicletas produzidas no primeiro ano de

de duas rodas em Manaus concentra 96% da produção nacional

produção (1976), o volume fabricado saltou para mais de 1,57 milhão de unidades no ano passado. Para atingir esse resultado, as fabricantes realizaram amplos e contínuos investimentos no aumento de produtividade de seus centros de produção, assim como na introdução de novas tecnologias, na formação de capital humano, na busca por soluções de sustentabilidade e no lançamento de novos produtos.

Para se ter ideia do potencial do mercado de motocicletas, em 1999, o Brasil apresentava uma relação de uma motocicleta para cada 50 habitantes. Em 2011, esse número diminuiu para uma motocicleta para cada dez habitantes e, em 2023, alcançamos o patamar de uma motocicleta para cada seis habitantes.

Da primeira motocicleta que saiu da linha de montagem de Manaus até hoje, já se passaram 47 anos. Ao longo desse período, a indústria de duas rodas foi e é protagonista de inúmeras iniciativas que contribuíram para o desenvolvimento socioeconômico nacional.

As lições do passado contribuíram significativamente para o desenvolvimento e a consolidação do setor, que segue confiante rumo ao futuro e à produção de dois milhões de motocicletas. Para a Abraciclo, rever o caminho trilhado é fundamental para planejar o presente e projetar para onde se quer chegar.

Coluna produzida pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo)

Polo

TIREI MINHA CARTA PARA PILOTAR MOTO! E AGORA?

É só o começo, pois o verdadeiro aprendizado está apenas começando. Agora é a hora de continuar dizendo Sim à Motocicleta e absorver muito conhecimento e experiências atrás do guidão

texto: Redação | fotos: Gustavo Epifanio

Écada vez mais nítido que as motos estão tomando conta das ruas brasileiras, seja como ferramenta de trabalho, seja como meio de transporte ágil, econômico e divertido. Entre as mulheres, o total de habilitadas para pilotar motocicletas no Brasil avançou de 5,5 milhões em 2014 para mais de 9 milhões nos dias de hoje, um crescimento próximo de 70% em dez anos. Já entre os homens esse número é ainda mais expressivo, são 29 milhões de habilitados na categoria A.

Apesar dessa alta de brasileiros aptos a pilotar moto, muitos ainda têm receio de adotá-la definitivamente em suas rotinas. Para isso contribuem fatores como a insegurança em pilotar no trânsito diário, pois uma coisa é estar em uma autoescola, com o professor junto. Outra si-

Muitas empresas que empregam motociclistas os estão treinando para diminuir os afastamentos por acidente de trânsito

tuação é encarar esse caos das ruas e estradas do nosso dia a dia, sozinho.

“Nosso sistema de formação de condutores é o mesmo desde 1966, ou seja, há quase 50 anos. O trânsito, em compensação, mudou muito nesse tempo”, diz Geraldo “Tite” Simões, jornalista especializado em motos e instrutor de pilotagem com 35 anos de experiência.

O que os novos motociclistas podem fazer para perder – ou pelo menos para encarar – esse receio de sair pelas ruas no seu dia a dia em uma moto? Só há uma solução: praticar e continuar a desenvolver sua pilotagem para ganhar confiança e perder o medo.

Preenchendo essa lacuna, quase todas as grandes marcas de motocicletas têm programas de treinamento para ajudar os motociclistas a melhorar sua pilotagem com cur-

sos, palestras, workshops e passeios, que, além da prática, também agregam convívio e troca de experiências com outros motociclistas.

INVESTIMENTO DAS MARCAS

Exemplos não faltam. A Honda tem o programa Harmonia no Trânsito em que, através de cursos (on-line e presenciais) e palestras, fomenta a melhoria do trânsito e a redução de acidentes. A marca da asa também organiza experiências com passeios, viagens e expedições através do programa Red Rider.

Já o Yamaha Riding Academy é o centro de treinamento da marca que treina e capacita motociclistas diretamente e através de sua rede de concessionários.

Outras marcas como Bajaj, BMW, Ducati, Kawasaki e Triumph também organizam palestras nas

concessionárias, passeios e viagens para fomentar o uso e treinamento de motociclistas por todo o Brasil.

O Riding Experience (RE) é a nomenclatura da ferramenta de experimentação que BMW, Ducati e Triumph utilizam para ministrar cursos para todos os níveis de pilotagem, e que promovem a segurança e correta utilização da motocicleta no dia a dia, viagens e track days. Todos esses cursos acontecem em locais fechados e são ministrados por instrutores profissionais treinados para ajudar os motociclistas a desenvolver suas técnicas de pilotagem em qualquer cenário (cidade, estrada, fora de estrada ou em pista).

Há outros cursos também, particulares, como o da empresa Abtrans, que é especializado em motociclistas iniciantes ou que têm medo de andar de moto.

PRIMEIRA MOTO

Para os iniciantes, a escolha da moto é importante e deve levar em consideração fatores como: estatura e biotipo do motociclista, principal utilização da moto e de preferência motos de pequena e média cilindrada, pelo menos até adquirir mais experiência.

Os scooter podem ser uma boa pedida para se acostumar ao trânsito já que, por serem automáticos, não exigem mudanças de marcha e isso pode ajudar na sua atenção ao trânsito. E ainda têm a praticidade do espaço sob o banco para levar seus apetrechos.

SEU MELHOR INVESTIMENTO

É importante todo iniciante no motociclismo ter em mente que os equipamentos são fundamentais para a segurança na pilotagem. Capacete,

Depois de obter a habilitação é essencial fazer um curso para evoluir e pilotar com mais segurança

calça e jaqueta com proteções, luvas e botas adequadas e no tamanho correto vão oferecer mais confiança e conforto na pilotagem de sua moto e protegê-lo em caso de queda.

Confira a experiência de nosso colaborador, Willian Teixeira, que se tornou oficialmente um motociclista em 2020.

MINHA EXPERIÊNCIA

Eu, Willian, deixo meu relato para comprovar as informações presentes neste artigo. Sou motociclista desde o início de 2020, tendo feito boa parte do processo de habilitação no final de 2019.

Escolhi uma motoescola renomada da região onde moro, e as aulas eram no próprio pátio da instituição. Como todos em minha situação, treinei vários dias no circuito igual ao que seria aplicado no teste da habilitação.

No primeiro dia comecei aprendendo a colocar a moto em movimento, no segundo dia, com o motor da moto em aceleração constante, comecei a fazer o trajeto igual ao que faria a avaliação. Treinei vários dias até que, na véspera de minha avaliação, fui até a pista do parque do Ibirapuera, em São Paulo, SP, para conhecer o circuito – bem maior do que o pátio da motoescola.

Nesse contato, peguei a moto da instituição e pude dar duas voltas nesse circuito, fazendo o “simulado” de forma bem tranquila. Porém, em minha primeira tentativa para valer, tive a infelicidade de colocar o pé no

As motoescolas preparam os alunos para passar no exame da habilitação. Se você é recém-habilitado e tem receio de sair de moto para enfrentar o trânsito, saiba que várias marcas oferecem cursos, palestras, workshops e passeios, que, além da prática na pilotagem, também agregam convívio e troca de experiências com outros motociclistas

chão, o que é considerado uma falta eliminatória no exame de obtenção de carteira de habilitação. Fui informado disso apenas no encerramento do circuito, e, segundo um dos examinadores, se não tivesse cometido essa falta, eu teria sido aprovado.

De certo modo, essa observação me animou para uma nova tentativa, que realizei semanas depois. O fato de já ser habilitado para automóveis desde 2004 e ter experiência no trânsito certamente ajudou.

Até que, no dia 20 de janeiro de 2020, realizei o sonho de tirar minha CNH de moto. Eu também sofri com o medo, pensei em desistir e nunca pilotar uma moto. Por isso pesquisei e me inscrevi no curso da Abtrans, que foi fundamental para que eu conseguisse sair conduzindo uma moto na rua com mais tranquilidade.

Lá, consegui aprender a fazer curvas de forma correta, em condições iguais às encontradas no trânsito do dia a dia, e o principal, a usar a moto em uma velocidade maior do que os 10, 15 km/h que circulamos na prova da habilitação. Em suma: em pou-

co mais de cinco horas no curso de pilotagem, aprendi muito e fiquei muito mais confiante. Não parei por aí, já realizei outros cursos, sempre buscando melhor me capacitar na pilotagem das motocicletas.

ONDE PROCURAR CURSOS

◗ https://www.abtrans.com.br/direcaodefensiva/

◗ https://www.bmwriderexperience.com.br/

◗ https://www.ducati.com/br/pt/home/ riding-academy

◗ https://www.honda.com.br/motos/ harmonia-no-transito

◗ https://www.triumphexperience.com.br/

◗ https://yra.yamaha-motor.com.br/home

Os cursos de pilotagem e reciclagem são um investimento importante para o constante desenvolvimento dos motociclistas.

A motocicleta e sua contribuição ao meio ambiente

De 2003 para cá, as fábricas de motocicletas no Brasil reduziram em 92% o nível de emissões de CO

Amotocicleta produzida no Polo Industrial de Manaus (PIM) pode rodar em qualquer lugar do nosso planeta. Essa “permissão” é garantida porque a legislação ambiental brasileira é uma das mais rigorosas do mundo e está alinhada aos níveis de emissões dos mercados mais avançados, como os da União Europeia.

E os números comprovam isso. Em 2003, uma motocicleta produzida em Manaus emitia cerca de 390 kg/ano de CO (monóxido de carbono) e para neutralizá-lo eram necessárias 54 árvores. No ano passado, esse índice caiu para 30 kg/ano, diminuindo essa neutralização para cinco árvores.

A redução de 92% no nível de emissões de CO é resultado dos investimentos realizados pelas fabricantes ao longo dos anos para atender ao Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares (Promot). Criado em 2003 pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o programa impulsionou o desenvolvimento de uma série de tecnologias, tornando as motocicletas mais modernas e mais amigáveis com o meio ambiente.

Desde janeiro de 2023, quando teve início sua quinta fase (Promot M5), todos os modelos fabricados no Brasil passaram a contar com o OBD (On Board Diagnosis), equipamento de diagnose que emite avisos no painel de instrumentos no caso de uma eventual falha no sistema de emissões, alertando o motociclista da necessidade de manutenção em sua motocicleta.

Outras novidades foram a adoção do cânister (que absorve e reaproveita os gases liberados no tanque), novos catalisadores (que têm maior capacidade para converter os gases tóxicos em gases que não fazem mal à saúde) e às evoluções na calibração dos sistemas de injeção eletrônica (para garantir maior precisão e eficiência no controle da mistura ar/combustível).

Além da redução dos limites de emissões,

FASES DO PROMOT – RESULTADOS ALCANÇADOS

o Promot M5 introduziu o controle de novos gases, como o de aldeídos, gerado principalmente pela queima de combustível em veículos movidos a etanol, e de NMHC (hidrocarbonetos não metano), além de ampliar os ensaios de durabilidade das emissões.

O próximo ano também terá novas exigências. Os novos modelos deverão estar equipados com a versão mais avançada do OBD. Já a partir de 2027, todos os veículos motorizados de duas rodas precisarão contar com esse sistema.

Para atender a essas e outras exigências, as associadas da Abraciclo investem continuamente em suas linhas de produção e na implementação de novas tecnologias. O objetivo vai além de garantir ao consumidor um produto com os mais altos índices de qualidade, segurança e confiabilidade.

É sempre importante destacar o pioneirismo da indústria de duas rodas brasileira na área ambiental, por meio da produção, em 1981, da primeira motocicleta movida a álcool no mundo. Outro destaque foi o lançamento da primeira motocicleta bicombustível em 2009.

As fabricantes querem, dessa forma, proteger o meio ambiente e garantir o futuro das novas gerações

Coluna produzida pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo)

PAZ NO TRÂNSITO COMEÇA POR VOCÊ

De dentro para fora, é assim que as grandes mudanças ocorrem. Só mudando alguns comportamentos que nos fazem sair da linha, não importa o por que, vamos civilizar o convívio no trânsito e preservar a vida

texto: Redação | fotos: Divulgação

Será que você acredita mesmo nesta frase: “Paz no trânsito começa por mim”? Você respeita o trânsito? Respeita outros motociclistas, ciclistas, pedestres, motoristas? Segue direitinho as orientações das leis de trânsito? Respeita as velocidades máximas indicadas para cada local? Usa capacete e equipamentos de proteção?

Poderia colocar aqui dezenas de perguntas para realmente avaliar se a “paz no trânsito começa por você”. Rodar de moto parece simples, mas não é: são inúmeras as responsabilidades que se assume ao ligar o motor da máquina e acelerar. Nós, da MOTOCICLISMO, estamos aqui com a nossa campanha do Sim à Motocicleta justamente para alertar sobre todos esses temas de trânsito, que acabam se refletindo na nossa sociedade.

O MAIO AMARELO JOGA LUZ SOBRE O TRÂNSITO

Agora em maio acontece a campanha Maio Amarelo, que já completa 11 anos. Portanto, você e a sua motocicleta vêm sendo vistos através de uma lupa e discutidos por várias entidades preocupadas com a segurança no trânsito. É um momento de reflexão, de pensar se realmente você é o cara da paz.

Paulo Guimarães, CEO do Observatório do Trânsito, entidade que organiza o Maio Amarelo, explica: “Este ano, além desse chamamento de conscientização individual, promovido pela campanha, estamos avançando com o movimento além das fronteiras. Teremos o lançamento Internacional do programa na Tríplice Fronteira, em Foz do Iguaçu, com a participação de representantes dos governos da Argentina, Brasil, Paraguai, Bolívia e Chile.

O Sim à Motocicleta, feito em conjunto com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), apoia o Maio Amarelo. Este mês, além desta reportagem, mostraremos inúmeros acontecimentos envolvendo você, os seus companheiros das ruas e as suas motos!

AINDA TEM MUITO

CAMINHO PELA FRENTE

Os dados do Sistema de Informações de Mortes (SIM) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSus) mostram que a quantidade de óbitos anuais no trânsito brasileiro cresce, ainda que pouco. Em 2022, o Brasil teve 33.894 óbitos no total do trânsito, um aumento de 81 óbitos em comparação com os dados de 2021, o que representa uma varia -

ção percentual de 0,24%. A motocicleta vem em terceiro lugar no fatídico ranking de aumentos percentuais de mortes. Os modais que mais cresceram entre 2021 e 2022 foram: automóvel (3,50%); ônibus (1,61%); motocicleta (0,97%); e pedestre (0,71%).

Os modais que apresentaram reduções foram: bicicleta (-2,53%); caminhão, ocupantes de transporte pesado (-4,84%).

Em 2022 as vítimas do sexo masculino foram a maioria do total de mortos no trânsito, com todos os modais, representando 83% dos óbitos. A faixa etária com a maior quantidade de mortes no trânsito naquele período foi de jovens entre 20 e 24 anos. Considerando apenas o sexo feminino, a faixa etária com um maior aumento de mortes entre 2021 e 2022 foi a de 75 a 79 anos, com uma variação de 46%.

A campanha nacional do Maio Amarelo terá peças publicitárias com foco em todos os participantes do trânsito: pedestres, ciclistas, motociclistas e motoristas dos demais veículos, e o mote da campanha é justamente “Paz no trânsito começa por você!”

Cada um deve saber o que fazer!

istockphoto

Todos os envolvidos no cenário do trânsito têm sua responsabilidade para criar uma convivência mais harmoniosa e amigável em nome da vida

OS NÚMEROS NÃO MENTEM!

Entre as inúmeras ações promovidas pelo Maio Amarelo, aconteceu a palestra do Instituto de Radiologia da Universidade de São Paulo (USP).

O Dr. Jorge dos Santos Silva, diretor do corpo clínico, trouxe dados impressionantes da Organização Mundial de Saúde que mostram o problema global.

Ele usou como exemplo os números de óbitos do ano de 2015, em todo o planeta: 1.250 milhão de pessoas morreram por conta de acidentes de trânsito. Além da questão social, isso gerou um custo para os países de US$ 100 bilhões de dólares nesse ano, por conta das despesas que um acidente causa. Em países de média e baixa renda, esse custo chegou a representar de 1% a 2% do PIB. Daria para acabar com a fome de muita gente nesse mundo!

Os acidentes de trânsito estão na 12ª posição no ranking de óbitos

de todas as idades. Tudo entra nesse ranking, como óbitos por guerras ou por doenças. Quando a faixa etária se restringe dos 5 aos 29 anos, os acidentes de trânsito pulam para o primeiro lugar desse lamentável ranking de mortes globais.

E NO BRASIL? COMO ESTAMOS?

O Dr. Jorge dos Santos Silva falou também sobre números gerados no Brasil. Veja que houve um crescimento de 83,9% da frota nacional de todos os veículos em circulação. Passamos de 64.817.974 em 2010 para 119.227.657 em 2023, segundo dados do Ministério do Transporte. Considerando só automóveis, o crescimento da frota foi de 66,2%. Mas as motos tiveram um crescimento recorde de 93% nesses 13 anos (de 2010 para 2023). Até o ano passado, a frota de motos no Brasil era de quase 27 milhões de veículos (26.928.037).

A boa notícia é que houve uma di-

minuição no número de óbitos no mesmo período: de 42.844 em 2010 para 33.894 em 2022, redução de 20,89%, considerando todos os modais.

Tem muita gente falando mal dos motociclistas e suas motos, que são perigosas, um problema para o trânsito e por aí vai. Mas veja que os números não mentem. O mercado de motos brasileiro mais que dobrou em pouco mais de uma década. Já o número de acidentes com duas rodas aumentou apenas 35,57% de 2010 para 2022.

Não é motivo para comemorar, mas vamos dizer que a situação poderia ser bem pior. No Brasil, as fabricantes de motos, as entidades como a Abraciclo, os órgãos do governo estão empenhados, trabalhando arduamente, em busca de menos acidentes, de mais civilidade e de mais gentileza no trânsito.

Adote o tema do Maio Amarelo como seu objetivo pessoal! Afinal, a paz no trânsito começa por você.

Um sinal de alerta pela vida

Responda rápido: você conhece o movimento Maio Amarelo?

Criado em 2011, essa iniciativa tem como objetivo chamar atenção de toda a sociedade para a importância e a necessidade do respeito às leis, à sinalização e às pessoas que trafegam pelas vias públicas. Cada cidadão tem responsabilidade para garantir a segurança e preservar a vida de todos. Como diz a campanha deste ano, a “paz no trânsito começa por você”.

N o caso de você, motociclista, é fundamental pensar e refletir sobre suas atitudes quando está conduzindo uma moto. Vários estudos comprovaram que o comportamento humano é a principal causa dos sinistros. A lista de negligências é grande: vai da falta de atenção, do excesso de velocidade, do desrespeito à sinalização e a ingestão de bebidas alcoólicas antes da pilotagem, só para citar alguns exemplos.

A indústria de duas rodas tem investido constantemente em tecnologias para garantir a segurança ativa e passiva dos condutores de motocicletas, como sistemas de iluminação (LED) e frenagem mais eficientes (CBS e ABS), entre outros dispositivos, como o controle de tração, que já equipa alguns modelos. Além

disso, as fabricantes adotam novos materiais, mais leves e resistentes, seguindo rígidos critérios construtivos. A motocicleta evolui a cada geração, oferecendo melhor desempenho e condições de pilotagem para o condutor.

A gora que você , leitor, já sabe o que é o Maio Amarelo e tudo que a indústria faz para garantir a sua segurança, colabore para promover mais tranquilidade nas ruas e avenidas, pacificando as relações com os demais atores do trânsito. Pense que isso pode representar a diferença entre garantir a sua segurança e integridade física ou o risco de acontecer algo mais grave, com consequências que podem ser bem sérias.

E aproveite o engajamento do Maio Amarelo: crie uma corrente do bem. Espalhe essa nova postura para seus amigos, familiares e outras pessoas ao seu redor. Isso vale para pedestres, motoristas, motociclistas e ciclistas.

O movimento Maio Amarelo não pode ficar restrito a 31 dias. O trânsito faz parte do cotidiano de todos. Por isso, o melhor caminho para iniciar um ciclo de paz no trânsito é conscientizar as pessoas que uma atitude segura adotada nas vias pode salvar vidas.

Coluna produzida pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo)

UM MÊS DEDICADO À SEGURANÇA NO TRÂNSITO

O mês de maio virou símbolo para as ações voltadas para a segurança viária e luta pela vida no trânsito. O movimento Maio

Amarelo fomenta a paz no trânsito para todos

texto: Redação | fotos: Gustavo Epifanio

Acampanha Sim à Motocicleta, com apoio da Abraciclo , tem como objetivo o fomento do uso da motocicleta, mas sempre com foco na boa utilização da moto, no respeito às leis de trânsito, na manutenção preventiva, na utilização de equipamentos de segurança e no constante aperfeiçoamento da pilotagem. A campanha converge com o movimento Maio Amarelo, também apoiado pela Abraciclo , mês escolhido para fazer a maior mobilização social de conscientização pública em prol de um trânsito mais seguro.

Por todo o Brasil foram realizadas ações educativas com todos os protagonistas do tráfego urbano,

pedestres, ciclistas, motociclist as e motoristas. O slogan da campanha, “Paz no trânsito depende de você,” serviu para mostrar nesses eventos os problemas enfrentados no trânsito por todos. Nos detivemos nas ações para motociclistas feitas pela Abraciclo e por algumas fabricantes de motos, durante o mês de maio.

No final do mês passdo, por sinal, foi feita uma blitz na zona norte da cidade de São Paulo onde os motociclistas foram direcionados para tendas montadas no clube Tietê. Lá, eles passaram por uma imersão de informações e atividades com o intuito de ajudar na conscientização de um dos personagens mais vulneráveis do trânsito, os motociclistas.

Assim que os motociclistas entraram no espaço do evento, foram encaminhados para a primeira tenda, onde puderam conhecer números estatísticos e os principais motivos de acidentes envolvendo motos, além de informações sobre equipamentos de segurança e comportamento, necessários para preservar a vida no trânsito.

DEMONSTRAÇÕES

A Honda estava demonstrando os vícios e mau uso do freio dianteiro, com o famoso dedo no manete durante a pilotagem, onde um instrutor mostrava que esse hábito pode prejudicar uma frenagem de emergência, já que esse posicionamento po -

de manter a moto acelerada, “empurrando-a” ao mesmo tempo em que o freio é acionado.

Outro experimento que a Honda levou para os motociclistas foram óculos que embaralham a visão, simulando o estado de embriaguez. Tudo para mostrar o quanto o álcool pode ser perigoso para rodar no trânsito, ainda mais sobre uma motocicleta.

A Yamaha, por sua vez, trabalhou a questão do ponto cego. E montou um cenário com um carro e três motos, todas colocadas onde os motoristas não conseguem enxergá-las. Seria necessário, no mínimo, um movimento do corpo para se aproximar do espelho retrovisor para chegar aos pontos cegos do veículo.

Palestras com dados estatísticos e sobre a correta utilização de equipamentos de segurança são alguns dos assuntos abordados pelos profissionais que têm o compromisso de ensinar

Parte do grupo que apoia e participa do evento, representates da Abraciclo, Polícia Militar, CET e Honda

A Polícia Militar realiza blitz na Avenida Santos Dumont, zona norte de São Paulo, e faz os motociclistas parar, como de costume. Só que dessa vez os direciona para a ação do Maio Amarelo. A PM não tem o intuito de fiscalizar as condições ou documentos da moto, pois a missão é educar e tentar coscientizar os motociclistas

Policial Militar explica e mostra, em diferentes tipos de pneus, onde achar o limite de uso e quando trocar o pneu. O óculos que simula embriaguês comprova que álcool não combina com o trânsito

Um exercício importante para conscientizar sobre o perigo dessas posições quase invisíveis para os motoristas.

POLÍCIA MILITAR

Um dos maiores motivos de apreensão de motos pela Polícia Militar de São Paulo, assim como os documentos em atraso, é o mau estado dos pneus. Por isso, a instituição colocou alguns policiais para explicar e demonstrar como identificar o momento certo para a troca dos pneus, com várias amostras de diferentes tipos e estados de pneus. A ação foi muito esclarecedora para todos que passaram por ali.

CORPO DE BOMBEIROS

O corpo de bombeiros levou algumas motocicletas utilizadas pelos paramédicos nos resgates a acidentados e convidou os motociclistas presentes a conhecer o ambiente virtual de aprendizagem da instituição, onde são ministrados cursos de primeiros socorros gratuitos. Esse ambiente podia ser acessado imediatamente através de um QR code.

AÇÕES COM FROTISTAS

Ainda no fim de maio, a Yamaha também realizou um evento para os entregadores do iFood com foco na conscientização para segurança viária. A capacitação foi voltada para cerca de 80 entregadores da plataforma de entrega. A ação contou com um simulador, da Younder, especialista em educação para mobilidade, onde nele os participantes puderam vivenciar situações reais vividas diariamente no tráfego urbano. Os entregadores também puderam pilotar suas motos recebendo dicas dos instrutores da Yamaha.

No mês de maio as ações com motociclistas se intensificam, mas a maioria das marcas faz ações como essas durante o ano, com treinamentos, palestras e demonstrações com foco na segurança dos motociclistas, o que promove o aumento de conhecimento e de consciência de quem pilota motos.

Se você é motociclista, faça a sua parte para tornar o trânsito mais seguro e amigável. Pilote sempre com precaução e bem equipado.

O que move a indústria de motocicletas do Brasil?

A utilização da motocicleta como meio de transporte eficiente e econômico ou como instrumento de trabalho são alguns dos fatores do crescente aumento da frota nacional

Aindústria instalada no Polo Industrial de Manaus ( PIM ) fechou o primeiro quadrimestre de 2024 com mais de 600 mil motocicletas produzidas. De acordo com dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares ( Abraciclo ) , o volume foi 16,9% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, sendo esse o melhor desempenho do setor para os quatro primeiros meses do ano desde 2012.

Co mo chegar a números tão positivos? O que explica a motocicleta como o modal de mobilidade que mais cresce no p aís?

As resposta s para es s as questões são bem simples: o atual cenário macroeconômico e a utilização da motocicleta como meio de transporte eficiente e econômico nos deslocamentos urbanos e como instrumento de trabalho.

P or isso, a indústria nacional acelera seu ritmo de produção não só para atender aos novos consumidores, mas também à queles que querem trocar suas motocicletas atuais por modelos com mais recursos tecnológicos e maior potência.

O s números comprovam isso. Os emplacamentos de motocicletas de média cilindrada cresceram 40,8% nos quatro meses deste ano na comparação com o mesmo período de 2023. Já os licenciamentos de modelos de alta cilindrada tiveram alta de 23,7%.

E sse é um movimento natural do mercado: quem tem uma motocicleta pequena deseja adquirir uma média na próxima compra. O motociclista passa a utilizá-la não apenas para os deslocamentos diários, mas também para passeios e viagens de fina l de semana. De meio de transporte, a motocicleta também passa a ser

Brasil - Produção de Motocicletas (em milhares de unidades)

um hobby. Por isso, muitas fabricantes estão investindo nesses nichos, aumentando as opções para os consumidores.

A pesar do aumento da procura pelas motocicletas equipadas com motores mais potentes, a liderança do mercado é dos modelos de baixa cilindrada, bastante utilizados nos serviços de entrega e com 80% de participação. Além disso, muitos consumidores buscam alternativas mais econômicas devido ao preço dos combustíveis e ao custo de manutenção.

O Brasil vem se transformando em um país movido pelas duas rodas. Dados divulgados pela Secretaria Nacional do Trânsito (S enatran ), em setembro do ano passado, mostraram que uma em cada três cidades brasileiras tem mais motocicletas registradas do que qualquer outro tipo de veículo motorizado. A tendência é que cada vez mais elas estejam presentes nas ruas e estradas.

A tentas a isso, as fabricantes investem constantemente na modernização de suas unidades produtivas, operando com os mais avançados recursos tecnológicos. Dessa forma garantem ao consumidor a entrega de produtos com os mais altos níveis de qualidade, segurança e tecnologia. Afinal, superar as expectativas dos consumidores é um dos principais objetivos da indústria nacional.

Coluna produzida pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo)

VAMOS COMEMORAR O DIA DO MOTOCICLISTA

O crescente número de motociclistas e de motocicletas emplacadas comprovam que a moto é, sem dúvida, o melhor veículo para a mobilidade

texto: Redação fotos: istockphoto

No dia 27 de julho se comemora o dia do motociclista. Mas para quem pilota motos no dia a dia, a comemoração deve ser diária, não só pelo prazer que ela promove, mas também pelos benefícios e economia de tempo e dinheiro que a moto oferece. Não é à toa que a motocicleta vem se fortalecendo como o mais ágil e prático meio de mobilidade. Prova disso é o aumento de habilitados e motos emplacadas ano a ano.

BATALHÃO DE MOTOCICLISTAS

Veja a comparação: segundo o Senatran, em 2015 a frota circulante no Brasil era de pouco mais de 24 milhões de motos com um total de 28 milhões de habilitados. Hoje essa frota registra quase 40 milhões (exatos 39.964.116 motos), e a quantidade de pessoas habilitadas saltou para mais de 39 milhões, incluídas habilitações A, AB, AC, AD e AE, segundo o

próprio Senatran. Esse já é um motivo de comemoração. Para que o propósito da motocicleta como meio de transporte mais ágil, prático, econômico, prazeroso e seguro seja 100% efetivo é preciso que esse batalhão de motociclistas seja preparado. Não para uma batalha, mas para defender suas fronteiras com mais habilidade e equilíbrio na pilotagem, de forma que possa propagar a harmonia e o bom convívio no trânsito, diminuindo os acidentes. Daí a importância das ações promovidas pela Abraciclo e seus associados e apoiadas pela Revista MOTOCICLISMO com a campanha Sim à Motocicleta.

MAIS MULHERES MOTOCICLISTAS

É crescente também o número de mulheres habilitadas no universo da motocicleta. Conhecidas por serem mais prudentes ao guidão, elas escolheram as motos para locomoção, diversão e para o trabalho de entregas, além de assumir um estilo de vida de motociclista. Em 2015 eram 6.045.589 mulheres habilitadas, até maio deste ano já são 9.667.524 as mulheres com o documento. Ou seja, um aumento de 59,9% no período, enquanto os homens tiveram uma variação de “apenas” 33,3%, totalizando hoje 29.518.847 homens documentados para pilotar motos.

A FAMÍLIA SEGUE CRESCENDO

Em 2023 foram emplacadas mais 1.518.526 motocicletas, segundo o relatório da Fenabrave.

Ao final deste ano devem ter começado a rodar em nossas ruas e avenidas algo em torno 2 milhões de motos, se o ritmo de vendas e emplacamentos se mantiver.

Com o crescimento do número de motociclistas novos, é natural que também cresça o número de acidentes. Algo que poucos consideram quando falam NÃO à motocicleta. É notório que os acidentes aumentam porque também o número de vendas mantém um grande crescimento.

Por esses mesmos motivos que as campanhas para educação, conscientização e treinamentos são tão importantes, sempre visando a diminuição dos números estatísticos do trânsito, em que o motociclista é um dos mais vulneráveis protagonistas.

TECNOLOGIA A

FAVOR DA SEGURANÇA

As fábricas cada vez mais investem em materiais e tecnologias para aumentar a segurança dos motociclistas. Dos pneus cada vez mais seguros na pilotagem em piso seco ou molhado, passando pelos poderosos sistemas de freios com assistência de

ABS, às últimas atualizações da eletrônica para ajudar na pilotagem, como modos de entrega de potência, controle de tração e até radar para evitar colisões. Tudo isso já está disponível para que o motociclista possa pilotar cada vez mais tranquilo e seguro. Mais motivos para celebrar.

É PRECISO EDUCAR

Toda essa tecnologia, agilidade e praticidade das motos não tem sentido se elas forem mal utilizadas, afinal a irresponsabilidade e a imperícia podem ultrapassar a capacidade da tecnologia ajudar o piloto.

É fundamental que cada motociclista seja consciente de que precisa fazer bom uso da motocicleta, além de utilizar equipamentos de proteção adequados.

A campanha Sim à Motocicleta encampada pela revista MOTOCICLISMO e com o apoio da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) apoia e fomenta a utilização consciente da moto, assim como de equipamentos de proteção e o respeito ao

próximo no convívio do trânsito. Esses valores convergem com a política e as ações da Abraciclo, que faz importantes ações itinerantes pelas ruas das capitais do Brasil, como pit stops educativos e palestras. As associadas da entidade também oferecem importantes ações com os motociclistas durante o ano, como palestras educativas e de conscientização, cursos e treinamentos in loco e através de suas plataformas.

Uma coisa é certa, todo novo motociclista acaba se tornando um aficionado pela motocicleta e, geralmente, vai seguir sua “carreira” subindo de cilindrada assim que conseguir.

Temos que comemorar também pelas entidades, como a Abraciclo e seus associados, que estão empenhados em diminuir os acidentes de trânsito e melhorar a convivência entre todos os envolvidos no dia a dia do tráfego.

A responsabilidade de melhorar o convívio e assim diminuir os acidentes compete a cada um de nós. Afinal, o slogan da campanha do Maio Amarelo diz tudo: paz no trânsito começa por você, certo?

Motocicleta e sustentabilidade: das fábricas da Amazônia até as ruas dos grandes centros

As

fábricas de motos instaladas em Manaus não só investem em tecnologia para produzir motocicletas altamente eficientes, mas para proteger o bioma também

Por trás da história da indústria de motocicletas instalada no Polo Industrial de Manaus ( PIM ) existe uma grande preocupação com a preservação ambiental. Mesmo antes do termo sustentabilidade ganhar destaque no cenário mundial por volta de 1990, o assunto já fazia parte da agenda das fabricantes – não com esse nome, mas já havia a conscientização de que era necessário reduzir os impactos ambientais para preservar e manter a floresta amazônica em pé.

D esde o início das operações em 1976 até agora, as fabricantes investem cada vez mais no uso consciente dos recursos naturais, na implantação de iniciativas baseadas na economia circular, no desenvolvimento de ações de reciclagem para tratar os resíduos gerados, além da adoção de políticas de baixo consumo de água e energia – es t a última cada vez mais proveniente de fontes renováveis, assegurando a redução significativa das emissões de C O 2.

A lgumas delas já adquiriram o status de empresa aterro zero. Isto é, todo material originado no processo produtivo é cuidadosamente segregado e direcionado para a reutilização, reciclagem ou tratamento.

A liás, uma prova de que na indústria nacional de motocicletas a sustentabilidade permeia toda a cadeia de produção é a obtenção por todas as fabricantes de certificações ISO 14.001, atestando a implementação de sistemas de gestão ambiental e o desenvolvimento de práticas sustentáveis em seus negócios. Assim como a adoção de políticas ESG, que, em seu pilar a mbiental, orienta a implantação de iniciativas que possam contribuir para o desenvolvimento sustentável.

M as a preocupação ambiental não se resume somente aos ciclos de produção. Ele abrange também o conceito de descarbonização, por meio

da oferta ao consumidor de produtos que gerem menor impacto ao meio ambiente. Não é por acaso que a primeira motocicleta bicombustível do mundo foi lançada no Brasil em 2008. Atualmente, 65% da produção de motocicletas conta com essa tecnologia.

E por falar em inovação tecnológica, o produto nacional conta com diversos sistemas que permitem o seu alinhamento aos níveis de emissões de poluentes dos mais exigentes mercados, como Estados Unidos, Canadá e países da Europa.

O resultado dessa constante evolução pode ser comprovado em números: uma motocicleta produzida em 2003 emitia cerca de 390 k g/ano de CO2 (gás carbônico). Em 2023, esse índice caiu para 30 k g/ano, o que representa uma redução de 92%.

C om isso, as associadas da Abraciclo cumprem o seu papel de promover o desenvolvimento sustentável, gerando emprego e renda para a população da região amazônica, além de oferecer ao consumidor brasileiro um produto que causa menor impacto ao meio ambiente.

Coluna produzida pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo)

PARA RODAR COM MAIS SEGURANÇA COM SUA MOTO

Todo bom motociclista deve pilotar com precaução e utilizar algumas técnicas para não passar perrengues. Aqui trazemos algumas boas práticas e dicas para você aplicar na pilotagem

Pensando na grande quantidade de novos motociclistas, a campanha da revista MOTOCICLISMO, Sim à Motocicleta, com o apoio da Abraciclo, que fomenta a segurança, o bom uso da moto e a consciência na utilização dos equipamentos de proteção, desta vez traz algumas dicas de pilotagem que podem ajudar você a evitar ser pego de surpresa na hora de fazer uma curva.

As curvas para a maioria dos motociclistas é o momento mais prazeroso na pilotagem de uma motocicleta e é um ponto que exige muita atenção para executá-las com eficiência e segurança.

PREVISÃO E CAUTELA

A melhor base para a pilotagem segura de uma moto, sem dúvida é a prudência e a previsão, ou seja, andar sempre atento e com o olhar mais adiante com o intuito de prevenir situações de risco e assim ter tempo de evitá-las. Essa precaução lhe dará tempo de agir com antecedência e escapar de situações perigosas que possam ocorrer em qualquer situação.

As dicas são apenas algumas simples precauções e cuidados que exigem basicamente atenção e, independentemente de seu nível de pilotagem, você pode tomar.

AS CURVAS

Se você já é motociclista há mais tempo provavelmente já deve utilizar algumas dessas técnicas e boas práticas na pilotagem, mas se você é um novato ou menos experiente, fique atento a esses toques que vão ajudar você a melhorar sua pilotagem e andar de forma mais segura com sua moto.

Embora no dia a dia do trânsito urbano as curvas se resumam a esquinas e ao traçado de algumas avenidas, todas elas com velocidades limitadas, ainda assim é necessário ter cautela e utilizar o bom senso como precaução.

Diferente de como é na estrada, onde você tem a imprevisibilidade dos traçados das curvas (quando você não conhece o caminho), das condições do asfalto, nas esquinas e avenidas esses atributos também estão presentes e neles ainda é agregado o convívio com pedestres, ciclistas e demais veículos.

PREPARAÇÃO PARA A CURVA

Embora a velocidade permitida para rodar por ruas e avenidas nas cidades seja limitada, é primordial você sinalizar e preparar os movimentos para entrar numa curva, seja na esquina entre ruas ou para sair pela transversal de uma avenida.

Como a velocidade permitida nas avenidas e vias expressas é mais alta, o primeiro passo é andar dentro do limite legal, depois, sinalizar sua intenção de mudança de direção e, finalmente, ir para a faixa da direita para fazer a conversão. Incline a moto com suavidade para não invadir a mão contrária e reacelere gradualmente.

NAS AVENIDAS

O tráfego de motos nas avenidas é pelo corredor entre os carros ou na faixa azul, a faixa exclusiva para motos da cidade de São Paulo. Nesse ambiente as curvas são um desafio e podem ser um risco se você se ex-

puser a algumas situações que podem, mas não devem passar desapercebidas. Por isso em primeiro lugar evite andar ladeado por dois carros nas curvas, independentemente do seu raio.

Nessa situação, se um dos carros fizer um desvio ou simplesmente sair da linha e invadir o corredor, você pode ficar sem espaço para se livrar e sobre uma moto nunca é bom depender da sorte.

Também não faça ultrapassagens entre os carros nas curvas, pois com a moto inclinada seu guidão se aproxima do espelho retrovisor do carro do lado interno da curva e suas rodas ficam mais próximas do carro do outro lado.

Já em caso de tráfego mais intenso, mantenha distância da moto da sua frente de modo a ter tempo e espaço para uma reação.

ULTRAPASSAGENS ANTES DA CURVA

Até aqui não há segredos, certo? Pois é, mas é preciso manter a atenção e evitar acelerar para tentar fazer uma ultrapassagem perto do ponto para onde você quer virar.

Isso pode se transformar em perigo se você chegar rápido demais na esquina, pois terá que fazer uma frenagem mais forte para tentar fazer a curva e entrar na rua. Nessa situação sua motocicleta vai chegar com a suspensão dianteira comprimida, dificultando o direcionamento da moto, facilitando também a perda de aderência do pneu dianteiro, que estará sobrecarregado com a força da frenagem, e, uma simples diferença no nível de aderência do asfalto pode te levar para o chão.

Caso sua moto não tenha ABS a frenagem será mais crítica, pois essa situação pode ocasionar o travamento das rodas e a perda da direção.

Lembre-se! Logo depois da esquina você vai encontrar a faixa de

NAS ESQUINAS PRESTE ATENÇÃO

◗ Velocidade de aproximação: sempre que você estiver se aproximando de uma esquina, diminua a velocidade para evitar frear mais forte com a moto inclinada. Leve em consideração que pode haver pedestres, ciclistas ou outro obstáculo próximo à faixa.

◗ Pavimento: evite as zonas mais próximas do meio-fio, pois é ali que se acumula a sujeira da rua (areia, pedriscos etc) e passar pela sujeira inclinado ou frear sobre esses detritos pode causar perda de aderência e queda.

◗ Chuva: o início da chuva é quando o asfalto fica mais escorregadio, pois é o momento em que toda a sujeira começa a subir e vira um verdadeiro sabão até que seja “lavada” pela água da chuva. Lembre-se de pilotar mais devagar e de forma mais suave sob chuva.

◗ Manchas de óleo: fique atento a manchas mais escuras no asfalto, elas podem ser de óleo. Na chuva as manchas geralmente brilham e ficam coloridas, as vezes são azuladas, outras vezes é possível ver uma espécie de arco-íris, evite passar sobre elas.

pedestres, a qual tem menor aderência que o asfalto e, em condição de chuva, é necessário redobrar a atenção. Outro cuidado que você deve ter para fazer curvas é nas descidas, já que o declive é uma condição dinâmica onde há maior transferência de peso para a roda dianteira o que merece atenção para não perder a aderên-

cia da roda dianteira, principalmente sob chuva. Esperamos que essas dicas possam ser muito úteis para você que vai pilotar sua moto, mas lembre-se: elas de nada servirão se você não pilotar com prudência e respeitando as leis de trânsito. Divirta-se com sua moto. Aproveite o que ela tem de melhor!

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Motocicleta é mais que uma paixão, é um estilo de vida

A moto sem dúvida é o meio de transporte que pode transformar a vida de uma pessoa, seja pela mobilidade, seja pela economia.

O final é sempre o mesmo, a paixão pela liberdade que ela oferece

Amotocicleta vem ganhando cada vez mais protagonismo e contribuindo para a mobilidade de muitos brasileiros. Para os motociclistas apaixonados, ela é mais que um simples meio de locomoção. Não é por acaso que o número de pessoas habilitadas a conduzir veículos motorizados de duas ou três rodas cresceu 39% em dez anos. Segundo levantamento da Senatran (Secretaria Nacional do Trânsito), analisados pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares –Abraciclo, até maio deste ano, mais de 39 milhões de pessoas possuíam a CNH (Carteira Nacional Habilitação), na categoria A.

A motocicleta tem grande presença nos centros urbanos, onde é utilizada como meio de transporte para os deslocamentos, instrumento de trabalho para os serviços de entrega ou lazer. Sua agilidade a transforma no instrumento perfeito nos atendimentos de urgência e emergência. Não é por acaso que o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e o Corpo de Bombeiros utilizam o veículo para encarar o trânsito caótico e prestar socorro de forma mais ágil. E tem mais: a Polícia Militar conta com a Rocam (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas) para reforçar o policiamento e combater a criminalidade.

As motocicletas também representam um hobby para milhares de pessoas apaixonadas. Um passeio proporciona experiências únicas, com maior conexão com a natureza e a sensação de liberdade.

Saindo das grandes cidades, a motocicleta também pode ser vista no campo. Por serem mais acessíveis e eficientes, é comum ver agricultores usando o veículo de duas rodas nas atividades rurais ou até mesmo em seus deslocamentos. Existem ainda os amantes por aventura que adoram pegar uma estrada para fazer trilhas com os amigos.

Por conta desses atributos, a motocicleta se tornou um estilo de vida para muitos de seus usuários, atraindo um público cada vez maior, entre eles as mulheres. Hoje,

existem aproximadamente 9,7 milhões de pessoas do gênero feminino habilitadas com a CNH na categoria A, o que corresponde a 24,7% dos motociclistas. Em dez anos, o crescimento foi de 60%. Entre os homens, o aumento nesse mesmo período foi de 33,3%, atingindo o número de 29,5 milhões de habilitados. Mas por onde rodam esses motociclistas? Até maio, a frota nacional era formada por 34 milhões de unidades, o que corresponde a 28% dos veículos que circulam pelo País. Em dez anos, o crescimento foi de 40%. A Região Norte, onde estão instaladas as 15 associadas da Abraciclo, registrou o maior crescimento porcentual, de 52,5% nesse mesmo período. Hoje, 3,4 milhões de motocicletas circulam pelos estados do Amazonas, Acre, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

Em números absolutos, a Região Sudeste possui a maior frota, com 12,8 milhões de unidades. Em segundo lugar, está o Nordeste, com 9,8 milhões de motocicletas, seguido pelo Sul, com 4,6 milhões de unidades. O Centro-Oeste, que tem uma frota de 3,4 milhões de motocicletas, ocupa a quinta posição. Esses números comprovam que não é exagero dizer que o motociclismo movimenta e tem o poder de transformar a vida das pessoas. No guidão, muitos descobrem novas habilidades e potenciais. Por isso, a Abraciclo te convida a fazer parte desse grupo! Essa mudança, com certeza, vai marcar sua vida.

Coluna produzida pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo)

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SIM À MOTOCICLETA DEBATE A FAIXA AZUL

Planejadas para aumentar a segurança dos motociclistas no trânsito urbano de São Paulo, as faixas compartilhadas, batizadas de Faixa Azul, estão fazendo sucesso entre os motociclistas. E o melhor, reduzindo acidentes com feridos

AFaixa Azul da cidade de São Paulo já alcançou 130 quilômetros de implantação, beneficiando os motociclistas que se arriscavam em meio a automóveis, caminhões, ônibus, bicicletas e pedestres. A iniciativa está sendo um sucesso, já mostrando números de reduções de sinistros e especialmente de óbitos nessas faixas compartilhadas, quando comparadas com as vias de circulação normal.

Ao contrário de anos atrás, quando não deram muito certo as faixas exclusivas, com a mesma medida para os automóveis e demais, agora a Faixa Azul tem a medida certa para que possa rodar um scooter ou uma moto de maior porte. Mas ela ocupa apenas um pequeno espaço nas principais vias da cidade.

Para fazer um balanço dos resultados da Faixa Azul, a revista MOTOCICLISMO e o seu programa do Sim à Motocicleta, apoiado pela Abraciclo, fez um debate envolvendo um representante da Companhia de Engenharia de Tráfego da Cidade de São Paulo (CET), mais o presidente do Sindi-

cato, SindimotoSP, além da participação de uma usuária de motos que roda bastante pela Faixa Azul.

O debate foi mediado pelo jornalista Ismael Baubeta, editor-chefe da Motociclismo, e gravado em estúdio na Casa Box, coordenado por Thomas Bento, diretor da Motociclismo.

Queremos agradecer a Abraciclo, representante brasileira das fabricantes de motocicletas e bicicletas instaladas no Polo Industrial de Manaus. A Abraciclo é apoiadora do Sim à Motocicleta e é uma entidade muito atuante em várias atividades em prol da conscientização e educação para o uso dos veículos de duas rodas.

◗ ALEXANDRA MORGILLI, DA CET Começamos o debate com Alexandra Morgilli, gerente de segurança de tráfego da Companhia de Engenharia de Tráfego – (CET).

O debate sobre a Faixa Azul foi extremamente positivo, ouvimos a voz dos responsáveis pelo projeto (CET) e dos usuários das faixas compartilhadas. Da esquerda para a direita:

Ismael Baubeta – Como a CET está conseguindo implantar a Faixa Azul na cidade de São Paulo?

Alexandra Morgilli – Tivemos uma experiência anterior com faixas exclusivas para motos na cidade de São Paulo. Esse projeto de agora não é uma faixa exclusiva. O que faz com que seja um sucesso é exatamente não ser exclusiva. Naquele momento o CET acreditava que seria possível reservar um espaço para o motociclista, que foi uma experiência bastante longa, mas não deu certo. Em um trânsito como o de São Paulo, onde o espaço nas ruas é tão disputado, não conseguimos garantir exclusividade. O motociclista acabou ganhando confiança em excesso por ter uma faixa grande só para ele e aí surgiram problemas de falta de segurança. Tivemos aumento de acidentes naquela época na ordem de 300%.

A Faixa Azul já nasceu com um sentido diferente, usando o compartilhamento do espaço e da responsabilidade. Os demais veículos cederam um pouco de espaço para o motociclista, entre a faixa 1 e a faixa 2, e em troca ele cede a vez quando o motorista sinalizar que quer trocar de faixa e passar por ali. O motociclista precisa ficar sempre atento, porque alguém pode entrar na frente dele, uma vez que não é exclusiva.

IB – Quais são as principais dificuldades na implantação de uma Faixa Azul?

A.M. – É necessário um projeto de convencimento, inclusive dos outros veículos, porque precisamos mostrar que a faixa não irá tirar espaço dos ônibus, por exemplo. Como o dinheiro público é escasso, procuramos criar a faixa sem grandes obras. Tudo é aprovado por Brasília. Esse é o primeiro passo. Depois de aprovado, criamos a Faixa Azul e vamos acompanhando para verificar se está realmente sendo funcional naqueles trechos. Todas as faixas ainda fazem parte de um grande projeto piloto que está sendo acompanhado pelo órgão federal de regulamentação.

IB – E já existe alguma estatística sobre os resultados da Faixa Azul?

A.M. – Sim. O principal objetivo é a redução de sinistros. Estamos em um momento de alta nos casos de sinistros com motos em todo o Brasil. Tivemos uma variação de cerca de 40% de 2022 para 2023. Nesse mesmo período as vias com Faixa Azul ficaram estáveis em relação aos acidentes com feridos ou tiveram queda. As faixas mais antigas são as da Avenida 23 de Maio e da Bandeirantes. Na 23 de Maio só implantamos a Faixa Azul em um sen-

tido e agora estamos comparando os dois sistemas. O sentido da Faixa Azul está sem nenhum óbito desde a sua inauguração. No sentido sem implantação houve três óbitos.

◗ GILBERTO ALMEIDA DOS SANTOS, DO SINDIMOTOSP Depois escutamos Gilberto Almeida dos Santos, presidente do Sindicato dos Mensageiros Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas (SindimotoSP).

IB – Qual foi a percepção do sindicato com relação à Faixa Azul? Gilberto Almeida dos Santos – O nosso ambiente de trabalho é o trânsito. A Faixa Azul foi a realização de um sonho. No início alguns falavam que era uma simples pintura, mas não é isso. Trata-se de um projeto que já deu certo e achamos que não vai ficar só em São Paulo, será exportado para demais regiões do país e do mundo. Há um entendimento de que se trata de um espaço que precisa ser utilizado com responsabilidade, disciplina e com baixa velocidade, para que o resultado seja alcançado.

Tati Paze, Gilberto A. dos Santos, Ismael Baubeta, Alexandra Morgilli e Rogério Franco.

IB – Quais foram os maiores impactos para os seus associados nesse início de implantação?

Gil – O impacto foi positivo. Havia benefícios para vários modais, como as ciclovias, as faixas de ônibus, mas as motos haviam sido deixadas de lado. Aí surgiu esse projeto que só organizava o espaço onde nós já rodávamos. Foi uma tranquilidade para todos, inclusive para os usuários dos carros, porque melhorou demais a convivência entre motociclistas e motoristas. Existem os desafios, como os de ainda melhorar mais o comportamento dos motociclistas dentro da faixa. Para nós é um projeto que já deu certo e que deixa a cidade mais organizada.

◗ TATI PAZE, JORNALISTA

Escutamos também a Tati Paze, instrutora de pilotagem, influencer e jornalista.

IB – Você utiliza a Faixa Azul no seu dia a dia?

Tati Paze – Ando de moto há mais de 20 anos e desisti de rodar com carros há muito tempo, usando apenas a moto diariamente. O meu tra-

balho não tem um local específico, sempre rodo por muitos locais e cidades. Depois que foi implementada a Faixa Azul, a diferença fou absurda. Trouxe muita segurança, visibilidade e até a responsabilidade do pessoal que está com outros veículos, de entender que aquele espaço precisa de atenção. Nós temos aquela sensação de que ao entrar na Faixa Azul seremos vistos e respeitados. Eu rodo com diversos tipos de motos, dos mais variados tamanhos, algumas com guidões mais amplos, e a largura da faixa é perfeita. Você consegue acelerar dentro do limite previsto na faixa e sem aquela sensação de que a qualquer momento vai entrar um carro na sua frente, obrigando você a frear.

IB – Qual o maior problema que você teve em uma Faixa Azul, como usuária?

Tati Paze – A única vez que eu tive um problema foi quando um caminhão estava invadindo um pouco a Faixa Azul, como se não tivesse noção do tamanho dele. Dei uma buzinada, ele saiu para o lado e ainda buzinou de volta pedindo desculpas. Fora isso, nunca me aconteceu mais nada na Faixa Azul. Acho que deveríamos ter mais dessas faixas para motocicletas pela cidade.

◗ ROGÉRIO FRANCO, DA ABRACICLO

Por último, quem falou foi Rogério Franco, gerente de relações públicas e de comunicação da Abraciclo.

IB – Para a Abraciclo, que representa todas as marcas de motos e bicicletas que produzem em Manaus, AM, qual a importância desse projeto? Rogério Franco – O primeiro ponto é agradecer a iniciativa da MOTOCICLISMO por trazer um tema tão relevante para a sociedade. A segurança viária é um pilar muito importante para a Abraciclo. Temos inúmeras ações durante todo o ano para a conscientização e educação de motociclistas e motofretistas. A Faixa Azul é muito importante, trazendo resultados concretos e contribuindo diretamente para a redução de sinistros, com um potencial muito grande de ser expandida no Brasil para outros municípios e capitais. A Abraciclo acredita que esse projeto terá uma longa vida. Parabéns à CET e à Prefeitura de São Paulo, e que venham mais ações como essa, com uma contribuição efetiva para o trânsito.

Divulgação/

Polo de duas rodas em Manaus reúne o melhor da indústria mundial de motocicletas

Ampla infraestrutura industrial e ciclo tecnológico alinhado ao dos maiores mercados mundiais caracterizam o Polo de Duas Rodas em Manaus

Manaus, 4 de novembro de 1976. Essa data marca o início de uma nova era da indústria de motocicletas no Brasil. Foi nesse dia que a primeira motocicleta saiu de uma linha de montagem localizada no Polo Industrial de Manaus (PIM), mais precisamente da Moto Honda da Amazônia. Um dia emblemático para o setor e para o Brasil, já que iria representar a mudança dos rumos da mobilidade urbana nacional, introduzindo novos hábitos, democratizando e oferecendo novas alternativas ao transporte individual.

Coube a Yamaha, que já produzia no Brasil desde 1974, a inauguração em 1985 de seu centro de produção, assim como o lançamento de seu primeiro modelo Made In Manaus.

Na sequência, o PIM registrou a chegada e o início de produção de outros grandes fabricantes mundiais, como a Suzuki (1993), a Harley-Davidson (1999), a Dafra (2007), a Kawasaki (2008), a BMW (2009), a Triumph (2012), a Ducati (2012), a JTZ (2017) e, mais recentemente, a Bajaj (2024).

O tempo passou e hoje essas fabricantes, responsáveis por quase 95% do mercado nacional, colocam nosso país em posição de destaque, sendo o PIM o maior polo mundial de produção fora do eixo asiático.

O Brasil, sexto produtor mundial, também conta com um dos mais avançados parques industriais, com alta capacidade tecnológica e linhas de produção equipadas com os mais modernos processos de manufatura. E tem mais: todos os sistemas produtivos foram planejados para que os processos sejam capazes de aliar altos níveis de qualidade e tecnologia à sustentabilidade do planeta.

Não é por acaso que o polo de duas rodas, formado também pelas fabricantes de bicicletas, é apontado como um exemplo de que sustentabilidade e desenvolvimento socioeconômico podem caminhar juntos. Afinal, a instalação de empresas no PIM gera emprego, desenvolvimento regional e nacional, além de manter a floresta em pé. É fato comprovado

PIM se tornou referência mundial na produção de motocicletas. É o maior polo produtor depois do asiático

que a industrialização ajudou a evitar a degradação ambiental causada por atividades ilegais.

A história mostra que o polo de duas rodas em Manaus deu grande impulso e foi fundamental para o desenvolvimento da indústria de motocicletas. Manaus até pode ser chamada de capital brasileira das motos. Afinal, é dali que elas partem para outros cantos do Brasil e embarcam para mais de 57 países. De novembro de 1976 até julho de 2024, mais de 30 milhões de unidades saíram das linhas de montagem do Polo de Manaus. Esse período foi marcado por muitos lançamentos e investimentos para entregar ao consumidor o produto que ele deseja, com mais tecnologia, recursos que garantam a segurança e sistemas que reduzam a emissão de poluentes.

A motocicleta produzida em Manaus está cada vez mais presente nas ruas brasileiras e na vida das pessoas, podendo ser utilizada como veículo principal ou alternativo nos deslocamentos, como instrumento de trabalho para os serviços de entrega/delivery, no lazer e nas viagens, assim como nas competições esportivas. Uma jornada percorrida, enfim, que muito nos orgulha, por sua grande contribuição ao Brasil.

Coluna produzida pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo)

Fotos: divulgação
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SIM À MOTOCICLETA: NÓS SOMOS O TRÂNSITO

É preciso que todos nós que vivemos no trânsito sejamos conscientes de que a segurança depende de cada um de nós. Por isso o mote da campanha é “Paz no trânsito começa por você”

texto: Redação | fotos: Abraciclo

Você já parou para pensar no significado de trânsito? De acordo com o Código Brasileiro de Trânsito (CTB), a utilização das vias por pessoas, veículos, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga é considerada trânsito.

E o que isso quer dizer? Que o trânsito vai além das normas ligadas à mobilidade urbana. A ocupação dos lugares públicos como ruas e avenidas é o que constitui o trânsito. Eu, você, seu vizinho, seus parentes, seus conhecidos e desconhecidos. Quando nos deslocamos, seja de motocicleta, à pé, transporte pú-

blico ou carro, estamos fazendo parte deste universo chamado trânsito.

Como tudo que envolve muitas pessoas, com cultura e valores diferentes, compartilhando o mesmo ambiente, o trânsito tende a ser desordenado. Por isso, para manter a ordem, é imperativo disseminar as boas práticas para educar e despertar a conscientização de todos os envolvidos no trânsito das cidades brasileiras.

CAMPANHA A PAZ NO TRÂNSITO COMEÇA POR VOCÊ

A Semana Nacional do Trânsito, que acontece por todo o Brasil anualmente entre os dias 18 e 25 de setembro, é uma das ações mais importantes para fomentar a paz e o respeito no trânsito

em nome da vida. Este ano o seu moto foi “Paz no trânsito começa por você”. Sua realização consta no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), mais precisamente no artigo 326, e visa educar motoristas, ciclistas, motociclistas e pedestres sobre a importância de seguir as regras de trânsito, respeitar limites de velocidade e adotar comportamentos responsáveis.

Em outras palavras, o seu principal objetivo é promover a conscientização sobre a segurança no trânsito. Em sua agenda, a campanha envolve ações educativas, palestras, blitzes e outras atividades voltadas à prevenção de acidentes e à promoção de um trânsito mais seguro.

Uma das principais lições que a Se-

mana Nacional do Trânsito passa é que a segurança nada mais é do que uma responsabilidade compartilhada. Esteja você em uma moto, um carro ou a pé, também é sua obrigação zelar pelo próximo e contribuir para a criação de um ambiente mais seguro. Atitudes como respeitar os limites de velocidade, praticar a pilotagem defensiva, não dirigir sob efeito de álcool e ter atenção ao entorno são comportamentos que certamente fazem a diferença por um trânsito mais seguro para todos.

AÇÕES POSITIVAS DA SEMANA NACIONAL DO TRÂNSITO

Parceira da revista MOTOCICLISMO no Sim à Motocicleta, a Abraciclo fez a sua parte e realizou, durante a Semana

O pit stop educativo, realizado em várias cidades do país, envolve os motociclistas em um ambiente de aprendizado e informação, com experiências significativas para conscientizá-los da importância da atitude positiva de todos

As palestras informam e ensinam boas práticas para que os motociclistas evitem situações de risco e andem equipados

A brigada dos bombeiros comparece com suas motocicletas de atendimento a ocorrências e faz demonstrações de primeiros socorros

A Polícia Militar demonstra algumas características de desgaste dos pneus e ajuda os motociclistas a identificar se estão dentro do limite máximo de desgaste

Nacional do Trânsito, pit stops educativos para motociclistas e ações exclusivas para ciclistas. As atividades ocorreram nas cidades de Manaus (AM) e São Paulo (SP) e na cidade-satélite de Santa Maria (DF) e reuniram mais de 3 mil pessoas.

Nos eventos dedicados aos motociclistas foram ministradas palestras educativas, workshops de pilotagem defensiva, noções básicas de primeiros socorros e posicionamento no trânsito para evitar os chamados pontos cegos. Também puderam utilizar um par de óculos com lentes que simulam a embriaguês para reforçar que misturar álcool e direção é uma combinação perigosa.

“Ações como essas são muito importantes, pois chamam a atenção para a necessidade da mudança de comportamento, por meio da adoção de uma condução mais segura e preventiva”, ressaltou o presidente da Abraciclo, Marcos Bento.

COMO DIZER SIM À

MOTOCICLETA E MANTER

UMA POSTURA MAIS

SEGURA NO TRÂNSITO?

CAPACITE-SE: vá além dos ensinamentos transmitidos pela moto-escola. Procure um curso de pilotagem para aprimorar suas habilidades sobre a motocicleta. Desse modo, você poderá praticar em ambiente controlado e ganhar confiança na condução de sua moto para transitar no tráfego urbano com mais segurança. Lembre-se: encare isso como um importante investimento.

EQUIPE-SE: é importante que todo motociclista reconheça que os equipamentos são fundamentais para a segurança na pilotagem. Ter um bom capacete, uma jaqueta no tamanho correto e usar calçado fechado para conduzir motos vão oferecer mais segurança e conferir maior proteção em caso de um acidente.

MANUTENÇÃO PREVENTIVA: deixar a manutenção da sua moto em dia também é essencial. Faça as revisões periódicas, troque o óleo regularmente, verifique a relação de corrente, coroa e pinhão, os freios e a parte elétrica da moto constantemente. Acompanhe o desgaste dos pneus e sua calibragem. Se necessário, troque-os.

Uma semana em prol da segurança viária

A conscientização e a educação, promovidas pela Abraciclo e as entidades do trânsito, são a melhor maneira de preservar a vida das pessoas no tráfego

AAssociação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) desenvolve e participa de diversas ações e campanhas para que o Brasil avance na construção de uma cultura de segurança no trânsito, onde todos os cidadãos, sejam motoristas ou motociclistas, sejam ciclistas ou pedestres, assumam seu compromisso de adotar atitudes para preservar a vida.

Na Semana Nacional de Trânsito, comemorada de 18 a 25 de setembro, as ações foram intensificadas e baseadas no tema “Paz no trânsito começa por você”. Durante esse período, a associação promoveu dois pit stops educativos e uma atividade de conscientização exclusiva para ciclistas, além de participar da Ação Integrada de Fiscalização e Educação para o Trânsito, promovido pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran).

Nesse período, o principal objetivo foi conscientizar as pessoas de que a segurança no trânsito vai muito além do respeito às leis. É preciso mudar o comportamento e adotar atitudes baseadas no respeito e na gentileza para reduzir os índices de sinistros e garantir a paz no trânsito. Mudar a atitude das pessoas não é tarefa fácil. É preciso educar e conscientizar, por meio de exemplos práticos de que cada um pode – e deve – contribuir para o bem-estar geral. Foi o que aconteceu nos pit stops educativos realizados nas cidades de São Paulo (SP), Manaus (AM) e na cidade-satélite de Santa Maria (DF).

Nos eventos, mais de três mil motociclistas participaram de palestras educativas, tiveram acesso a técnicas de pilotagem defensiva (como demonstrações de frenagem), aprenderam noções básicas de primeiros socorros e como se posicionar para não ficar no ponto cego de outros veículos. Também puderam constatar os efeitos da bebida alcoólica, por meio do uso de óculos simuladores de embriaguez, para reforçar que a mistura de álcool e direção nunca dá bons resultados.

Na ação realizada pela Senatran, além da Abraciclo, participaram a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), o Detran-DF (Departamento Estadual de Trânsito-DF) e o DER-DF (Departamento de Estradas de Rodagem-DF).

Os pit stops educativos, promovem a conscientização de ciclistas e motociclistas para as boas práticas e atitudes em prol da vida

Os parceiros da Abraciclo no pit stop de Manaus, foram Departamento Estadual de Trânsito (Detran-AM) o Serviço Social do Transporte e o Serviço Nacional de Trânsito. Em São Paulo, a ação teve apoio do Comando de Policiamento de Trânsito do Estado de São Paulo (CPTran), do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU-SP).

Os ciclistas também foram contemplados pela Abraciclo. Quem passou pelo bicicletário de Mauá, localizado na região metropolitana de São Paulo e apontado como o maior da América Latina, recebeu um folheto com o QR code para baixar o Guia do Ciclista Seguro (https://abraciclo.com.br/guia-do-ciclista-seguro/), um adesivo refletivo e um kit de sinalização contendo um jogo de luzes dianteiro e traseiro para instalação na bicicleta. A ideia, que envolveu mais de mil ciclistas, foi reforçar o conceito de segurança “veja e seja visto”. Essas quatro ações estão baseadas na segurança viária, um dos três pilares que direcionam as ações da Abraciclo – os outros dois são a política industrial e o técnico. Ao trilhar esse caminho, a associação pretende criar um pacto pela paz no trânsito com a sociedade. Todos estão convocados para transformar o trânsito em algo mais seguro e harmonioso e com menos sinistros. Também já convidados para ajudar a colocar em prática o slogan do próximo ano: “Desacelere. Seu bem maior é a vida.”

Coluna produzida pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo)

Fotos:
divulgação

EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA - PARTE 1

VÁ ALÉM DO OBRIGATÓRIO; UTILIZE O QUE É NECESSÁRIO

Embora o código de trânsito só obrigue a utilização do capacete como equipamento de segurança, você, como bom motociclista, deve utilizar todos os itens necessários para garantir a sua segurança física em caso de acidente

texto: Redação | fotos: Divulgação

Este primeiro capítulo sobre os equipamentos de proteção tem o foco no capacete, que é o item obrigatório por lei para o motociclista utilizar na pilotagem.Talvez você já saiba, mas é bom relembrar que há dois tipos de segurança na condução de veículos, a ativa e a passiva. No caso das motos, a segurança ativa está ligada à habilidade e cautela na pilotagem e aos componentes que a moto oferece que podem evitar acidentes, tais como o ABS e controle de tração. Podemos acrescentar aqui também a manutenção preventiva da motocicleta. Os equipamentos de proteção fazem parte da segurança passiva do motociclista, ou seja, em caso de acidente, são eles que protegem a vítima. Aqui entende-se por que o bom motociclista anda totalmente equipado. O código de trânsito brasileiro exige apenas o capacete como equipamento de segurança obrigatório, embora haja uma série de ressalvas como a obrigatoriedade de viseira ou óculos de pro-

teção específico, no caso de capacetes do tipo off-road ou aberto, caso este não tenha viseira. Vale lembrar outra ressalva, as viseiras do tipo fumê não podem ser utilizadas à noite.

NÃO OBRIGATÓRIO, MAS NECESSÁRIO

Embora a legislação brasileira exija “apenas” o capacete como equipamento de segurança obrigatório, o motociclista consciente deve utilizar também luvas, botas, jaqueta e calça para completar o seu kit de proteção. Só assim, em caso de queda ou acidente, o motociclista estará mais protegido contra ferimentos.

A escolha desses equipamentos de proteção deve seguir alguns cuidados essenciais para que funcionem com eficácia na sua proteção. É importante salientar que equipamentos de material inadequado para a utilização, tamanho errado e de baixa qualidade podem causar lesões aos motociclistas. Por isso trazemos uma série de cuidados que você deve tomar

na escolha de seus equipamentos de acordo com seu orçamento.

O DESENVOLVIMENTO E A TECNOLOGIA NOS CAPACETES

Sem dúvida o capacete é o mais importante equipamento de segurança do motociclista e, sem excessão deve ser testado e aprovado pelo Inmetro. Esse teste comprova que os capacetes testados atendem às exigências mínimas de proteção e segurança para serem comercializados no Brasil e utilizados pelos motociclistas.

Você pode se perguntar porque há tanta diferença de preços entre os capacetes que há no mercado.

Há uma variedade enorme de tecnologias e materiais utilizados no desenvolvimento e na fabricação de capacetes que justificam essa diferença. Estudos de design e eficiência aerodinâmica em túnel de vento, novos compostos e soluções para ventilação e diminuição de ruído são alguns exemplos desse trabalho.

fotos: istockphoto

Os capacetes também podem ser fabricados em diversos tipos de materiais, do ABS (que é um tipo de plástico injetado), material do qual a grande maioria é fabricada, passando pela fibra tricomposta e a fibra de carbono, muito utilizados para as competições, pela maior capacidade de absorção de impactos e pela leveza do material.

A qualidade das viseiras também varia, e elas podem ser mais espessas e resistentes a perfurações. Canais de ventilação, forros internos removíveis e laváveis e diferentes tipos de fechos compõem a equação de preço versus qualidade.

Esses são alguns dos fatores que diferenciam os capacetes que atendem os requisitos mínimos para aprovação dos bons e excelentes, fazendo com que haja uma diferença enorme nos preços. Por isso os mais sofisticados podem custar até dez vezes mais do que os de entrada.

COMO ESCOLHER

CORRETAMENTE O CAPACETE

Para saber qual é o tamanho correto do capacete, pegue uma fita métrica e meça a circunferência de sua cabeça assim: posicione a fita um dedo acima das sobrancelhas e contorne a cabeça passando pela parte de trás mais saliente do crânio. Essa medida é o número do capacete (as medidas mais comuns são 56, 58 e 60 centímetros, embora haja capacetes ainda maiores como 62 e 64).

O tamanho correto é crucial para que o capacete cumpra sua função

com eficácia, pois um capacete grande pode, com uma pancada em caso de queda, causar mais lesões ósseas e inclusive no cérebro.

Para você escolher o capacete correto é muito importante que, ao provar o capacete, ele fique justo em seu rosto (pressionando as bochechas, sem que você as morda). O capacete não deve ter nenhum ponto de pressão além desse, embora tenha que estar justo, pois isso pode gerar desconforto e até dor insuportável depois de algumas horas de uso.

Dê preferência aos capacetes fechados, pois eles protegem o rosto também, coisa que os abertos (ape sar de permitidos e aprovados), não o fazem. Ainda assim, se você prefe rir, outra boa opção são os capace tes escamoteáveis, que dão a liberda de de abrir a queixeira enquanto você está com a moto parada ou quando desce dela, mas eles costumam ser maiores e mais pesados.

A variedade de modelos e marcas no mercado é enorme, por isso pes quise e prove o capacete que caiba em seu orçamento e que seja confor tável e justo para o formato e tama nho de sua cabeça, mas lembre-se de que ele deve ter o selo do Inmetro para comprovar que foi aprovado nos testes de segurança, caso contrário é passível de multa.

 O capacete escamoteável é prático

 De estilo off-road com viseira escura interna

 O capacete fechado é o mais seguro

 A viseira fumê não pode ser usada à noite

Na próxima edição falaremos dos demais equipamentos de segurança, que, apesar de não serem obrigató rios, são muito necessários: jaquetas, luvas, botas e calças de proteção.

 É proibido andar com o capacete aberto

De Manaus para o mundo

O Brasil, através do Polo Industrial de Manaus (PIM), exporta motos para os mais diversos países do mundo, como Estados Unidos, Canadá,

Argentina e Chile

Da próxima vez que você assistir ou acompanhar matérias sobre os campeonatos de motocross disputados pelo globo, preste atenção: uma motocicleta produzida no Polo Industrial de Manaus (PIM) pode ser a vencedora da competição. O produto Made in Manaus é cada vez mais reconhecido por sua robustez para encarar – e superar – competições e percursos desafiadores, repletos de obstáculos.

Nos últimos dez anos, o Brasil exportou para mais de 57 países, inclusive para mercados altamente exigentes como Estados Unidos, Canadá, França e Japão. Atualmente os principais destinos são, pela ordem, Argentina, Estados Unidos, Colômbia, Peru, Canadá, Guatemala, Austrália, Costa Rica, Honduras e Chile. As categorias mais exportadas são off-road, trail e scooter.

Mais do que o sucesso nas competições, é preciso comemorar o reconhecimento conquistado. A indústria brasileira possui um dos mais modernos ciclos tecnológicos, permitindo que uma mesma linha produza produtos para diferentes mercados. O processo e a tecnologia aplicada são os mesmos. O que pode mudar são as particularidades de cada mercado: a lanterna, por exemplo, deve ser aquela que foi homologada pela legislação do país de destino.

A qualidade das motos fabricadas em Manaus atende aos mais exigentes mercados mundiais

Para encarar a viagem e evitar avarias, algumas partes das motocicletas, como guidão e motor, ganham proteções reforçadas com plástico ou espuma. Depois, são acondicionadas em caixas fechadas. Das fábricas de Manaus, seguem em balsas rumo a Belém (PA). O transporte utilizado é o marítimo e pode levar algumas semanas. Afinal, as motocicletas podem ter como destino o outro lado do mundo, como, por exemplo, a Austrália e o Japão.

Perceberam um detalhe? As motocicletas seguem prontas para rodar nas ruas de outros países. O processo utilizado não é o CKD (Completely KnockDown), sigla em inglês utilizada pela indústria para veículos embalados e transportados em kits ou em partes. A motocicleta brasileira chega em perfeitas condições de uso, com qualidade, inovação e segurança máximos. Além disso, está alinhada aos níveis de emissões dos mercados mais avançados, como os da União Europeia (Euro 5).

Sexto maior produtor mundial e contando com o maior polo fora do eixo asiático, o Brasil é sinônimo de eficiência, e as motocicletas produzidas em Manaus garantem segurança, confiabilidade, respeito ao meio ambiente e alto desempenho para todos os tipos de condução.

EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA - PARTE 2

A SEGURANÇA DO MOTOCICLISTA VAI MUITO ALÉM DO CAPACETE

Sem entrar no mérito da consciência na pilotagem e da manutenção preventiva da moto, os equipamentos de segurança são a única ferramenta para diminuir quaisquer que sejam os danos físicos em caso de acidente

texto: Redação | fotos: Divulgação

Na primeira parte deste artigo falamos da importância do capacete, obrigatório por lei, mas o bom motociclista deve ir além dele e se equipar por completo. Afinal, são esses equipamentos que vão minimizar os danos físicos em caso de acidente e, por isso, mesmo não sendo obrigatórios por lei, devem ser bem escolhidos e usados constantemente.Veja a seguir algumas dicas para escolher bem seus equipamentos de proteção para pilotar segura e confortavelmente.

LUVAS

O que mais se ouve dos motociclistas sobre as luvas é que elas tiram a sensibilidade ou que atrapa-

lham na pilotagem, mas isso é relativo e a sensação é temporária, pois é preciso se acostumar ao uso e saber que elas também precisam lacear para melhorar a sensibilidade das mãos. Como nos capacetes, há diversos tipos de luvas e você deve utilizar um modelo de acordo com o ambiente em que vai pilotar. Ao contrário dos capacetes, as luvas não podem ser apertadas, ao contrário, é preferível que sejam levemente folgadas para não limitar os movimentos do punho ou dos dedos no acionamento dos manetes de freio e embreagem. No entanto elas não podem ser muito largas, pois, se na ponta dos dedos ficarem muito folgadas, também podem atrapalhar na empunhadura do guidão e no acionamento dos comandos, podendo até causar acidente.

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 As luvas impermeáveis em geral são sintéticas

 Luvas de couro e cano curto para a cidade

As luvas mais confortáveis e flexíveis são as de off-road, fabricadas em tecido leve e elástico; elas são mais moles e seus reforços e fecho, apesar de resistentes, não são projetados para o asfalto. A velocidade no fora de estrada é menor e o pavimento menos abrasivo, por isso as quedas nessa situação exigem menor resistência à abrasão do que as específicas para o asfalto, portanto não são próprias para utilização na cidade ou na estrada, apesar de muito confortáveis.

O capacete tipo off-road deve ser usado com óculos específico

As botas casuais também podem ser muito resistentes

 As botas esportivas são boas para trackday e estrada

As luvas para o dia a dia na cidade podem ser curtas (com fecho em velcro no punho) e de material combinado, onde as partes menos suscetíveis à abrasão podem ser confeccionadas em material mais flexível para aumentar o conforto (como na lateral entre os dedos), mas a palma da mão deve ter reforços (duplos e até triplos, em geral feitos em couro). Na parte superior da luva é primordial que haja proteções rígidas nas articulações dos dedos, uma parte da mão muito sensível e se ferida, pode causar importantes sequelas com limitação dos movimentos dos dedos.

Alguns motociclistas optam por luvas sem as pontas dos dedos para facilitar o toque nas telas de seus equipamentos (celular, máquinas de cartão de crédito), mas essas luvas são vulneráveis e deixam os dedos desprotegidos e expostos a ferimentos em caso de queda.

BOTAS

Outro item que os motociclistas devem dar muita atenção são as botas, já que grande parte dos ferimentos em acidentes de moto ocorre na região dos pés e tornozelo, por isso esse equipamento é tão importante. As botas não são tão confortáveis quanto um par de tênis ou um chinelo, mas são imprescindíveis para a proteção na pilotagem de uma moto. Há vários tipos de botas específicos para o motociclismo veja:

 Há botas que servem para pista e para a estrada

Se você gosta de pegar a estrada, as luvas mais apropriadas são as de cano longo (que têm o fecho no começo do antebraço), fabricadas em couro e com os devidos reforços na palma da mão e nas articulações dos dedos. É bom lembrar que nas estradas a velocidade de rodagem é mais alta do que nas cidades, portanto, em caso de queda, a abrasão feita pelo asfalto pode durar mais tempo, exigindo mais de suas luvas. O fecho no punho evita que ela saia das mãos, e os reforços extras vão segurar a bronca do asfalto. Para frio e chuva você tem opções de luvas térmicas e impermeáveis, geralmente fabricadas em material sintético, com forro, e por isso são bem mais grossas que as demais, exigindo maior cuidado na pilotagem.

 Botas de off-road - são muito rígidas e parrudas pelo uso extremo e pela dinâmica de uso para proteção contra pancadas inclusive com elementos como troncos e pedras;

 Botas esportivas - têm maior nível de proteção contra pancadas, torções e abrasão, devido ao uso em alta velocidade;

 Botas de touring e sport touring - são mais confortáveis e versáteis que as anteriores, podem ser impermeáveis e ainda ter perfil mais esportivo ou aventureiro, sem chegar ao extremo das duas anteriores;

 Botas casuais e de uso urbano - são botas mais discretas e em geral contam com proteções no bico, calcanhar e tornozelo, mas não têm o nível de proteção das demais. Hoje também existem os tênis para pilotagem, que podem facilmente ser confundidos com calçados casuais, mas que também têm reforços para andar de moto. Esses não são os ideiais, mas ainda assim são melhores do que qualquer tênis normal.

Para fazer a melhor escolha, leve em conta o tipo de moto que você pilota e o uso que dá à sua moto. Se você gosta de fazer incursões pela terra, é bom que escolha as de perfil off-road. Este tipo de bota também tem uma variedade grande de modelos, e é bom pesquisar e experimentar para ver qual se adapta ao seu uso e estilo. Se você costuma fazer track day, escolha uma bota de perfil esportivo, já se você gosta de pegar estrada, as botas touring são a melhor opção. Se a cidade é seu habitat na pilotagem, um par de botas casuais já ajuda na proteção de seus pés.

JAQUETA E CALÇA

Para vestir você também encontra uma gama enorme de jaquetas e calças com proteções para andar de moto. Há opções de inverno, de verão, com forro térmico ou impermeável e diferentes tipos de material. Por isso é preciso atenção na escolha de suas vestes, seja pela quantidade de proteções que ela oferece, seja pelas características do clima de sua região ou do destino aonde você pretende chegar. Sabendo disso, prove a que você mais gostou e que cabe no seu orçamento. É importante que ela também fique justa, sem limitar seus movimentos. Dessa forma as proteções, em caso de queda, ficam em seus devidos lugares, protegendo as áreas a que se destinam contra os possíveis impactos e abrasão. Se a jaqueta estiver folgada, as proteções podem se mexer e com isso machucar você. Uma boa opção são as jaquetas com

 As calças de cordura são resistentes, mas não indicadas para o dia a dia

janelas de ventilação e forros internos térmico e impermeável, pois são as mais versáteis, já que atendem no frio, no calor e ainda aguentam chuva.

Você pode utilizar o mesmo critério para escolher uma calça para pilotagem. Andar de calça de cordura no dia a dia não é muito fácil nem confortável, mas hoje é possível comprar jeans super-resistente e com as devidas proteções nos joelhos e quadril. Também há deles com forro interno em Kevlar, mais resistente à abrasão e que podem fazer frente às calças de cordura; vale uma pesquisa.

Estas são algumas dicas que você pode usar para escolher os melhores equipamentos de segurança para você, independentemente de seu bolso. Lembre-se, andar de moto equipado não é opcional, é obrigatório para sua segurança.

 Jaquetas ventiladas são aliadas no calor

As capas de chuva também são importantes

 As jaquetas fechadas são ótimas no frio

Há calças jeans com proteção em Kevlar

Uma viagem tranquila começa por uma manutenção preventiva

A empolgação para fazer uma viagem não pode ofuscar a razão de verificar todos os itens de segurança da motocicleta. É essencial fazer a revisão de sua moto para aproveitar as férias com segurança e tranquilidade

Amanutenção da sua motocicleta está diretamente relacionada à segurança do condutor. Cuidar da manutenção ajuda a prevenir imprevistos e prejuízos com eventuais consertos inesperados. Nessa época do ano, em que muitos pegam a estrada para curtir as festas de fim de ano e as férias, além de escolher o destino, é preciso fazer a revisão preventiva para garantir uma viagem tranquila e segura.

S e as revisões periódicas foram feitas de acordo com o manual do proprietário já é um excelente começo. Afinal, revisar periodicamente itens como os sistemas de freios, transmissão, iluminação e pneus garante o bom funcionamento da motocicleta. Aquele carimbo da rede de concessionárias é semelhante a um atestado, que certifica que a “saúde” do veículo está bem e ele está em “plena forma”, assegurando o melhor desempenho, durabilidade e economia do produto. Isso sem falar na tranquilidade de poder contar com uma mão de obra qualificada, a utilização de peças genuínas e a manutenção da garantia oferecida pela fabricante.

P or isso, antes partir para sua viagem, o mais indicado é levar a motocicleta para a realização de uma checagem que assegure que tudo está “OK”, dos pneus, óleo do motor, incluindo as luzes de sinalização. Vale lembrar que qualquer falha nas luzes do freio, farol ou lanterna pode afetar a sua segurança, além de ser considerada infração média e que pode render multa de R$ 130,16, de acordo com o CTB (Código de Trânsito Brasileiro).

O utra dica importante, é planejar a viagem. Pesquise o trajeto, programe as paradas, principalmente para o abastecimento (seu e o da motocicleta). Hidrate-se bem e aproveite para descansar. O cansaço é o inimigo número um, pois diminui o nível de atenção e pode retardar os reflexos.

A o viajar de moto, vale a regra “menos é mais”. Leve apenas o necessário, para não carregar peso desnecessário e sobrecarregar a moto.

F eito isso, a última e não menos importante recomendação é: respeite a sinalização, os limites de velocidade e a legislação de trânsito. Boa viagem e bons ventos!

Coluna produzida pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo)

ASSUMIR RISCOS PARA QUÊ?

As estatísticas mostram que o maior risco no trânsito é o próprio motociclista. O abuso da velocidade e o desrespeito à sinalização e às normas de trânsito são as principais causas de acidente. A falta de equipamentos de proteção agrava a situação

texto: Redação | fotos: iStock

Ninguém gosta de pensar em acidentes de trânsito, situação que é mais crítica para os motociclistas, por isso, como tal, é importante se engajar para saber evitá-los, afinal isso depende quase exclusivamente de si mesmo.

As infrações mais graves envolvendo motocicletas, segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), não só acarretam multas e penalidades, mas também colocam vidas em risco.

Segundo o Observatório Nacional de Segurança Viária, o uso de álcool ou substâncias psicoativas foi o principal fator de risco nos sinistros envolvendo motocicletas em pesquisa entre os anos de 2012 e 2021.

Dos casos analisados, em cerca de 27,5% algum dos envolvidos havia consumido bebida alcoólica ou utilizado drogas. Ainda segundo a entidade, outros fatores que contribuem para sinistros com motocicletas são: a perda de controle do veículo, o excesso de velocidade, utilizar o celular enquanto dirige, desrespeitar as sinalizações, não utilizar setas e não manter uma distância segura do veículo à frente.

A seguir, apresentamos as dez infrações mais graves cometidas pelos motociclistas. Se você se reconhecer na prática de alguma delas, reveja seus conceitos, afinal a moto é tão bacana que não vale a pena se machucar por imprudência ou imperícia.

A imprudência é uma das pricipais causas de acidentes com motos, por isso respeitar a velocidade da via e obedecer à sinalização são essenciais para sua segurança e para a de todos que vivem no trânsito

1

EXCEDER OS LIMITES DE VELOCIDADE

Penalidade: multa gravíssima, podendo ser multiplicada por até três vezes (art. 218 do CTB).

Riscos: maior dificuldade para frenagens de emergência, perda de controle da moto e aumento da gravidade em caso de acidente.

2 TRANSITAR ENTRE VEÍCULOS EM MOVIMENTO (CORREDOR) DE FORMA IMPRUDENTE

Penalidade: multa grave e suspensão da habilitação em casos de manobras perigosas (art. 192 e 244).

Riscos: colisões laterais, batidas na traseira de outras motos, possibilidade de atropelamentos em faixas de pedestres e risco de acidentes graves.

3

CONDUZIR SEM CAPACETE OU COM CAPACETE IRREGULAR

Penalidade: multa gravíssima, suspensão do direito de dirigir e retenção do veículo (art. 244, I).

Riscos: aumento da gravidade de lesões na cabeça em caso de queda com risco de morte.

4 TRANSPORTAR

GARUPA SEM CAPACETE OU COM CAPACETE IRREGULAR

Penalidade: multa gravíssima, suspensão do direito de dirigir e retenção do veículo (art. 244, I).

Riscos: aumento da gravidade de lesões na cabeça em caso de queda com risco de morte.

5

REALIZAR MANOBRAS PERIGOSAS, COMO EMPINAR A MOTO

Penalidade: multa gravíssima e suspensão da habilitação (art. 244, III).

Riscos: perda de controle e possibilidade de acidentes graves.

6

ULTRAPASSAGENS PROIBIDAS

Penalidade: multa gravíssima com fator multiplicador, dependendo da situação (art. 203).

Riscos: colisões frontais e laterais.

7

DIRIGIR SOB EFEITO DE ÁLCOOL OU DROGAS

Penalidade: multa gravíssima, supensão do direito de dirigir e processo criminal (art. 165).

Riscos: comprometimento dos reflexos na pilotagem que pode causar acidentes.

8

DESRESPEITAR SEMÁFOROS

VERMELHOS OU PARAR EM FAIXA DE PEDESTRES

Penalidade: multa gravíssima (art. 208 e 183).

Riscos: atropelamentos e colisões.

9

CONDUZIR MOTOCICLETA SEM HABILITAÇÃO OU COM HABILITAÇÃO SUSPENSA

Penalidade: multa gravíssima e apreensão do veículo (art. 162, I e 163).

Riscos: falta de preparo técnico para situações adversas no trânsito podem causar acidentes.

10 VEÍCULO COM PLACA IRREGULAR, SUPRIMIDA OU INEXISTENTE

Penalidade: multa gravíssima, retenção do veículo e prisão em casos previstos no Código Penal (art. 230).

Riscos: dificuldades na identificação e agravamento de problemas legais.

Para continuar curtindo sua motocicleta e não correr riscos de aciden-

te, o melhor a fazer, apesar de parecer óbvio, é seguir as seguintes dicas:

Pilotar de acordo com a velocidade máxima permitida e das condições da via e do trânsito. Isso dá mais tempo de reação e evita colisões.

Transitar no corredor é permitido, mas é preciso cautela. Pilote sempre na velocidade da via (ou mais baixa), mas sempre com atenção redobrada.

Certifique-se de andar com equipamento completo, com capacete bem ajustado e aprovado pelo Inmetro. Garanta a segurança do passageiro, oriente sobre a postura correta e a obrigatoriedade do uso do capacete e demais equipamentos

Não faça manobras arriscadas, mas conduza de forma previsível para não surpreender os outros motoristas. Ultrapasse com segurança. Faça isso apenas em locais permitidos e com ampla visibilidade da pista. Nunca dirija sob efeito de álcool ou substâncias psicoativas. Se beber, opte por transporte alternativo. Obedeça à sinalização de trânsito, respeite semáforos, faixas de pedestres e a sinalização, pois isso contribui para a segurança de todos no trânsito.

Mantenha a manutenção da moto em dia e verifique regularmente os documentos da moto, incluindo a placa.

Invista em cursos práticos de pilotagem defensiva para melhorar suas habilidades ao guidão, pois isso vai ajudar a aprender e a antecipar riscos, evitando acidentes.

Lembre-se, a moto é o melhor e mais divertido meio de transporte que existe, mas, se você não pilotar de forma consciente, acaba assumindo riscos desnecessários.

Não coloque sua vida em risco e não arrisque a vida alheia, afinal sua vida vale tanto quanto a de qualquer ser humano.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As infrações de trânsito são mais do que simples violações de regras; elas representam riscos reais à vida. Cada um de nós, como condutores, têm a responsabilidade de adotar práticas seguras e respeitar as normas de trânsito. Com atitudes conscientes e preventivas, podemos reduzir o número de acidentes e promover um trânsito mais harmonioso.

A segurança no trânsito começa com cada um de nós!

Uma indústria movida a desafios

Cada vez mais presente no dia a dia do brasileiro, resultado da indústria em 2024 comprova o grande potencial de desenvolvimento e crescimento do setor de duas rodas no país

CAPÍTULO 1 – janeiro de 2024 – Abraciclo

anuncia a projeção de produção de 1.690.000 motocicletas, aumento de 7,4% em relação ao registrado em 2023.

CAPÍTULO 2 – outubro de 2024 – Abraciclo anuncia a revisão das projeções de produção para 1.720.000 unidades, 30 mil a mais do que o previsto no início do ano.

CAPÍTULO 3 – dezembro de 2024 – números da Abraciclo apontam que foram fabricadas 1.624.373 motocicletas nos onze primeiros meses do ano, volume que já supera o total registrado em 2023.

E sses três capítulos recentes da história da indústria de duas rodas, instalada no Polo Industrial de Manaus, mostram que o setor de motocicletas é movido a desafios, e as associadas da Abraciclo não medem esforços para atender à demanda do mercado

Ultrapassar a marca de 1,6 milhão de motocicletas

produzidas em 11 meses foi resultado de muito trabalho. Os desafios foram muitos, desde a necessidade de antecipar o planejamento para enfrentar uma rigorosa estiagem, superada apenas no final do ano, até atender às exigências do consumidor.

Um exemplo é o crescimento de quase 54% na procura por motocicletas de média cilindrada. Esse é um movimento natural do mercado. Na maioria das vezes, o motociclista compra primeiro um modelo de entrada e depois quer outro com mais recursos tecnológicos. Para atender esse consumidor, este ano foram lançados 11 modelos nesse segmento.

A maior demanda, no entanto, continua sendo por motocicletas de baixa cilindrada, que representam 78% do mercado. Elas são amplamente utilizadas nos deslocamentos diários e nos serviços de entrega.

A Abraciclo e suas associadas também estão atentas ao público feminino, que hoje representa 31% dos consumidores de motocicletas. A presença das mulheres na condução de uma motocicleta cresce a cada dia. Atualmente mais de 9,4 milhões de pessoas do gênero feminino possuem habilitação na categoria A.

Mais exigentes, são criteriosas na hora da compra: querem um modelo que ofereça segurança, alto nível tecnológico e conforto, mas sem perder em design e praticidade.

Assim como você, motociclista, movido pela paixão pelas duas rodas, a indústria é movida a desafios: entregar o produto que você deseja e atenda suas necessidades. Fique certo de que todos os esforços estão concentrados para isso.

Coluna produzida pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo)
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