Motociclismo 315

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LEIA TAMBÉM! ROYAL ENFIELD HUNTER 350 SIM À MOTOCICLETA

BAJAJ DOMINAR 400 A MOTO QUE SE TRANSFORMOU NA MAIS QUERIDA DA MARCA NO BRASIL COMPROVA QUE, ALÉM DE ACESSÍVEL, É EMPOLGANTE E MUITO DIVERTIDA

Nº 315 • Ano 26 MARÇO 2024

ISSN ISSN 1415-1863 1415-1863 R$ 17,90 00315

E MAIS! COMPARATIVO: VERSYS 650 TOURER VS. TIGER 660

9 771415 186009




SUMÁRIO

Nº 315 | MARÇO 2024

34

50

BAJAJ DOMINAR 400

VERSYS 650 X TIGER 660

42

R. E. HUNTER 350

TESTE

SEÇÕES

Bajaj Dominar 400

10

Aceleramos a moto mais vendida da marca indiana e comprovamos que o sucesso não é à toa. Ela tem virtudes de sobra para agradar os motociclistas...............................34

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PLANETA

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Royal Enfield Hunter 350 A pequena naked da Royal é dócil e competente, basta entendê-la para curtir sua vibe, inclusive para levar garupa................................42

conteúdo exclusivo: EDITORIAL................................ 6

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PLANETA MOTO..................... 10

Com atualização diária de notícias, tem sempre a motocicleta como tema, além de matérias de serviços e mercado.

COMPARATIVO

SIM À MOTOCICLETA............. 26

Versys 650 x Tiger 660

MOTOTERAPIA....................... 60

Duas motos bem distintas, que entregam prazer na pilotagem, tanto na cidade quanto na estrada. O nível dos equipamentos e as características de desempenho podem definir sua escolha........... 50

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MERCADO............................... 62 TABELA DE PREÇOS ............. 64

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COLUNA................................

66

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EDITORIAL “A moto, se não apaixona, seduz pela praticidade e economia. Alguém duvida?”

www.motociclismoonline.com.br motociclismomagazine @motociclismo_br motociclismoonline @motociclismo_br DIRETORIA ISABEL REIS

As motos são o máximo

S

e você está lendo este editorial é porque deve compartilhar da mesma paixão: as motocicletas. É redundante falar que para mim (e muito provavelmente para muitos aficionados das motos) nosso trabalho é dos sonhos, e é! Mas na verdade ser motociclista é sensacional, explico: andar de moto, seja para se locomover, seja para trabalhar ou apenas para se divertir é muito bom e faz bem. Neste mês, em nossa campanha Sim à Motocicleta, três de nós da redação fizemos dois trajetos longos dentro da cidade de São Paulo, um de carro, um de moto e o outro de transporte público. Eu fiz um dos trajetos de ônibus e metrô e, apesar do transporte em si ter qualidade, como arcondicionado e poder viajar sentado em alguns trechos do trajeto, foi quando fiz o segundo trajeto de moto que reafirmei minha aptidão para que meu veículo seja uma moto, embora o carro tenha ficado mais perto do tempo da moto e ser mais confortável nessa comparação, ainda assim sou mais a moto, sentimento compartilhado pelo Alexandre Nogueira e pelo Willian Teixeira, que me acompanharam no desafio. E para não perder o costume, recheamos esta edição de motos interessantes. Testamos

Ismael Baubeta - Editor

ismael baubeta@motociclismoteam.com.br 6 motociclismo | MARÇO 2024

a Bajaj Dominar 400, a moto mais vendida da marca no Brasil, que comprovou que é um excelente negócio. O segundo teste é com a Royal Enfield Hunter 350, uma moto dócil, estilosa e fácil de pilotar que pode ser uma ótima parceira para você andar sozinho ou com garupa, basta entrar em sua onda. Na sequência, você vai ler um comparativo da Kawasaki Versys 650 Tourer com a Triumph Tiger 660, duas motos de concepções diferentes que empolgam, cada qual com sua personalidade, vale a pena conferir. Depois, na seção mercado, você vai conferir os números de emplacamentos que confirmam que o ano começou forte e, se continuar nessa pegada, pode ser um ano histórico. Por fim, depois de se atualizar na tabela de preços, o Raul Fernandes, em sua coluna, mostra que o aumento da frota de motos elétricas da Índia, um dos maiores mercados de moto do mundo, pode ser uma tendência mundial, mas a infraestrutura dos países têm que acompanhar esse crescimento para não haver um colapso no abastecimento elétrico. Na Índia, 25% dos compradores dessas motos têm telhados com painéis solares elétricos, coisa que não se vê no Brasil ainda. Espero que goste! Boa leitura.

REDAÇÃO Ismael Baubeta Guilherme Derrico Willian Teixeira redacao@motociclismoteam.com.br COLABORADORES Leda Silva COMERCIAL Marcelo Cervantes marcelo.cervantes@motormidiateam.com.br MARKETING Thomas Bento thomas@helloweventos.com.br ASSINATURAS assinaturas@motociclismoteam.com.br GRÁFICA Hawaii Gráfica e Editora Ltda. Rua Augusto Piacentini, 454 - Jd. Independência São Paulo/SP - CEP 03223-190 www.hawaiigrafica.com.br DISTRIBUIÇÃO AR Distribuidora Avenida Nova São Paulo, 270 Nova Itapevi – São Paulo - SP REVISÃO Ok Linguística atendimento@oklinguistica.com.br JORNALISTA RESPONSÁVEL Isabel Reis - MTB 17311 Motociclismo Magazine ISSN 1415-1863. Pu­bli­ca­ção men­­­­­­­sal da Motor Mídia © Direitos reservados. MOTOR MÍDIA Empresa de conteúdos, soluções digitais e eventos ❙ PRODUTOS MOTOR MÍDIA ❙

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SETEMBRO 2022 | motociclismo 7




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Futuro apenas nas pistas

Twins Blacked-Out chegam ao Brasil A plataforma com motor de dois cilindros paralelos e 47 cv de potência máxima que já equipa as novas Interceptor e Continantal GT é a mesma da Super Meteor 650 e da Shotgun, que devem chegar em breve ao Brasil

A

Royal Enfield anunciou que as versões Blacked-Out da Continental GT e da Interceptor estão disponíveis no Brasil. Além das novas pinturas e detalhes em tons escurecidos, elas contam com atualizações para as clássicas bicilíndricas da fabricante indiana, como rodas em liga leve, pneus sem câmara, além de assento revisado e mais confortável, farol em LED e tomada USB para recarga de dispositivos móveis. No mais, tudo preservado. Continental GT e Interceptor 650 seguem com o motor bicilíndrico de 648 cm³ que entrega 47 cv de potência a 7.100 rpm e 5,3 kgf.m de torque a 4.000 giros. Vale salientar que essa motorização também equipa Super Meteor 650 e Shotgun,

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modelos que estreiam aqui nos próximos meses. A Continental GT pode ser encomendada nas pinturas Slipstream Blue e Apex Grey, enquanto a Interceptor 650 está disponível nas opções Black Ray, Barcelona Blue, Cali Green e Black Pearl. Os preços da primeira partem de R$ 30.990, enquanto a segunda fica R$ 2.000 mais barata.

A superbike Yamaha R1 deve deixar de ser produzida em versões para as ruas a partir do ano que vem. A notícia foi publicada pela divisão britânica da marca dos diapasões, que antecipou que a moto não terá seu motor atualizado para as normas Euro5+. A empresa destaca que sua superbike continuará disponível no mercado europeu, tendo versões para as pistas e equipadas com acessórios da GYTR, nos mesmos moldes que já são realizados com a R6 em alguns mercados, ou seja, não homologadas para as ruas.

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Uma suprema Ducati Streetfighter V4 S A Ducati Streetifighter V4 ganhou uma edição especial em parceria com a Supreme, grife norte-americana especializada em streetwear. A moto não tem mudanças na parte mecânica, e traz como diferencial a pintura exclusiva em vermelho e branco, em alusão às cores do logo da Supreme. Ela serve como inspiração para a criação de uma coleção de peças da marca dedicadas ao mundo do motociclismo, como luvas em couro e um capacete Arai RX-7V EVO assinado por Aldo Drudi.



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Novos scooter Kymco estão a caminho

Fotos: divulgação

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Grupo JTZ, que representa, entre outras marcas, Suzuki, Kymco e Zontes, mantém o interesse no segmento dos scooter

A

JTZ Motos anunciou que dois novos scooter Kymco serão lançados em breve no Brasil: os modelos AK 550 Premium e Downtown 350. A data oficial da estreia de ambos ainda não foi informada, mas, segundo a empresa, será divulgada em breve. O Kymco AK 550 Premium leva o conceito “thrills of touring” (“emoção de viajar”) a outro nível. Entre os pontos altos do maxiscooter estão a estrutura de suspensão exclusiva, para-brisa elétrico multiposicional e sistema de luzes diurnas atualizado. Seu pacote inclui o AIBS, sistema que eleva a segurança nas curvas, além de controle de tração, controle de cruzeiro e dois modos de condução. Já o Downtown 350 é a evolução do Kymco Downtown 300, descontinuado no Brasil pela JTZ Motos. O modelo é empurrado por um motor monocilíndrico de 321 cm³ que entrega uma potência de 29 cv a 7.500 rpm e um torque de 3,1 kgf.m a 6.000 rpm. Sob o banco há espaço suficiente para abrigar até dois capacetes. Já os freios são a disco, com ABS nas duas rodas.

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A moto (ou scooter) com menor desvalorização no Brasil em 2023 Scooter mais vendido do Brasil, o Honda PCX recebeu pela segunda vez o Selo Maior Valor de Revenda. O levantamento é realizado desde 2016 pela Agência Autoinforme e apura a depreciação dos modelos negociados no mercado brasilero após um ano de uso. O modelo, que segundo a Fenabrave somou 38.766 unidades emplacadas no ano passado, apresentou uma depreciação de 3,1%, o menor percentual entre as motos. Em 2016, ano em que a pesquisa foi realizada pela primeira vez no segmento, o scooter desvalorizou 8,9%.


3ª TEMPORADA

SÉRIE EM 7 EPISÓDIOS YOUTUBE.COM/@YAMAHARACINGBRASIL

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Yamaha investe em startup indiana de motos elétricas

R 1300 GS estreia no Brasil no segundo trimestre, diz BMW

A Yamaha anunciou investimento na River, startup indiana de motos elétricas. A marca dos diapasões foi uma das participantes de um aporte de US$ 40 milhões na empresa, seguindo sua estratégia pela meta de reduzir em 90% as emissões de CO2 até o ano de 2050. A River é conhecida na Índia por oferecer scooter elétricos com design e qualidade diferenciados. Seu principal modelo é o Indie, que tem visual moderno, caracterizado por seus faróis duplos em LED e opções de cores descoladas.

Marca alemã iniciou em março a pré-venda de sua maior aventureira, a R 1300 GS, que foi recentemente lançada no exterior e deve debutar aqui no segundo trimestre. A expectativa no segmento maxitrail é grande

A

BMW Motorrad anuncia que as primeiras unidades da R 1300 GS já estão em produção na fábrica de Manaus, a única fora da Alemanha 100% dedicada a motocicletas. O modelo é quarto dos sete lançamentos prometidos pela marca alemã para o Brasil até 2025, todos produzidos na planta manauara. Já estão entre nós a roadster F 900 R, a nova superbike S 1000 RR e o scooter C 400 X. Pesando 12 quilos a menos do que a R 1250 GS, a R 1300 GS destaca-se por sua capacidade de manobra

18 motociclismo | MARÇO 2024

e pelo motor boxer bicilíndrico de 1.300 cm³, o mais potente já produzido em série pela marca, capaz de entregar 145 cv de potência máxima a 7.750 rpm e desenvolvendo um torque máximo de 15,1 kgf.m a 6.500 rpm. Segundo a marca, a nova geração de sua maxitrail será lançada no Brasil no segundo trimestre de 2024, e vem em cinco variantes: Standard, Plus, GS Trophy, Triple Black e Option 719. Mais informações sobre a moto serão divulgadas quando sua estreia no Brasil estiver mais próxima, diz a fabricante.

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Uma KTM pronta para competições A KTM 450 SX-F Factory Brasil é a mais recente novidade da marca para os fãs de motocross. Nacionalizada, ela tem preço sugerido em R$ 89.990, mas traz de fábrica acessórios que somam um valor de aproximadamente R$ 25 mil. Pronta para as competições, a moto – que será usada pela equipe KTM na temporada 2024 do motocross – recebeu mais de 20 itens exclusivos, como escapamento Akrapovic, freios Brembo, rodas Factory D.I.D, kit plástico protetor de quadro e coroa Renthal GP, entre outros.


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A marca inglesa reforça sua artilharia com mudanças significativas na Tiger 1200 para combater a renovada BMW R 1300 GS

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Triumph Tiger 1200 é atualizada na Europa mirando BMW R 1300 GS

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A

Triumph revelou a linha 2024 da Tiger 1200 na Europa trazendo melhorias que visam deixar a maxitrail mais refinada, mirando sua principal concorrente, a BMW R 1300 GS, lançada ano passado no exterior e que desembarca no Brasil nos próximos meses. Ela passou por mudanças no motor, além de ter recebido alterações na ergonomia que oferecem mais conforto na pilotagem. A embreagem também foi modificada, agora conta com uma nova e mais longa alavanca, além de apresentar engates mais suaves e leves. Os modelos GT Pro e GT Explorer agora contam com apoios para os pés mais recuados, permitindo maior distância ao solo nas inclinações e evitando contato com o asfalto. Já nas suspensões, a função Active Preload Reduction passa a ser de série em todos os modelos. Ela reduz em até 20 mm a altura do assento – que também foi redesenhado nesta virada de ano para uma versão mais plana e que oferece mais liberdade de movimentos para o piloto.

20 motociclismo | MARÇO 2024

O caminho das Índias da Kawasaki Z650RS A Kawasaki apresentou a linha 2024 da Z650RS na Índia, incorporando controle de tração como item de série, além de uma nova opção de cor, a Ebony Metallic Matte Carbon Gray – mistura de cinza escuro com detalhes em preto brilhante. A Kawasaki Z650RS é empurrada pelo mesmo motor de dois cilindros em linha que empurra Ninja 650 e Z650, com 648 cm³, potência de 68 cv e torque de 6,5 kgf.m. O propulsor é acoplado a um quadro de treliça emprestado da Z650, mas com pequenas modificações.


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VISÃO DA INDÚSTRIA

Foto: divulgação

Por ORLANDO CESAR LEONE presidente da Anfamoto

Eric Granado volta ao SuperBike Brasil

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A Honda anunciou a volta de Eric Granado às pistas brasileiras para a temporada 2024 da motovelocidade nacional. O piloto, que também vai correr mais uma vez pela MotoE – classe de motos elétricas do Mundial de Motovelocidade – retorna ao país para competir no SuperBike Brasil. Granado dividirá os boxes com os jovens Guilherme Brito e João Carneiro. O paulista, que nos últimos anos disputou o espanhol e o mundial de superbike com apoio da Honda, mais uma vez usará a CBR 1000 RR-R Fireblade SP.

Kawasaki anuncia Jorge Negretti e reforça presença no off-road A Kawasaki fechou parceria com Jorge Negretti, renomado piloto de motocross, motocross freestyle e supermoto, como parte de sua nova estratégia para o cenário off-road. Além de sua participação em eventos da marca e lançamentos, Negretti realizará apresentações de freestyle nas cidades que abrigam concessionárias Kawasaki. A marca diz que essa iniciativa visa aproximar ainda mais os entusiastas do motocross, proporcionando experiências Veja mais aqui! emocionantes e inovadoras. 22 motociclismo | MARÇO 2024

NÃO AOS PNEUS REMOLD PARA MOTOS

R

ecebemos com muita surpresa uma matéria veiculada na mídia recentemente que o Inmetro pretende reabrir a discussão sobre os pneus remold. A Associação Nacional dos “Desde 2004 Fabricantes e Atacadistas de Motopeças (Anfamoto) reforça sua posição é proibida contrária a essa utilização. O pneu da a utilização motocicleta não foi projetado para ser reformado, são projetados com o obde pneus jetivo de garantir a segurança e a boa remoldados” dirigibilidade, se forem reformados certamente não preservarão suas características originais e a segurança. A falta de uniformidade da banda de rodagem com certeza compromete a segurança do motociclista. Outra preocupação dos fabricantes é com o desgaste dos pneus, durante a vida útil as condições de rodagem são diferentes e as carcaças se desgastam diferentemente. Sendo assim, cada carcaça deve passar por uma avaliação específica para verificar as condições de uma possibilidade de reforma. Não é possível avaliar adequadamente essas condições através de uma inspeção visual, mesmo que detalhada, ela não seria capaz de detectar problemas estruturais. Estudos técnicos do próprio Inmetro demonstram que não é possível nem seguro utilizar esse tipo de pneu. Devido a seriedade e gravidade desse assunto, esse estudo técnico foi apresentado em audiência pública, na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados, em setembro de 2019. Na ocasião, o assunto foi amplamente debatido e o Inmetro permaneceu com a proibição. Desde abril de 2004, a resolução Contran 158 proíbe o uso de pneus reformados em motocicletas, seja por processo de recapagem, recauchutagem ou remoldagem. Em 2015, a portaria Inmetro 554, determinou a proibição do serviço de reforma de pneus destinados ao uso em vias públicas para motocicletas, ciclomotores, motonetas e triciclos. Por diversas vezes foi solicitado ao Inmetro, por dirigente de associações que representam empresas de recapeamento, a revogação do artigo 6º da portaria n. 554 o que somos radicalmente contra, principalmente por se tratar de um item tão importante para a segurança quanto o pneu. O argumento é comercial: o pneu remoldado é mais “barato” e ecologicamente correto, mas não se avalia o risco para a segurança na pilotagem. Façamos somente uma pergunta: quanto vale uma vida? O pneu não pode falhar e os estudos comprovaram o perigo dos pneus remold. Devemos combater sua utilização pela segurança do motociclista. * A opinião dos colunistas não reflete necessariamente a opinião da revista

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A MOTO E A QUALIDADE DE VIDA O SIM À MOTOCICLETA mostrou como a moto pode ser muito mais vantajosa em economia de tempo e de dinheiro, especialmente nos grandes centros urbanos texto: Redação | fotos: Gustavo Epifanio

26 motociclismo | MARÇO 2024

O

que você faria rodando durante uma hora de carro, poderia muito bem ser feito na metade do tempo, se estivesse pilotando uma moto - e sem desrespeitar nenhuma regra de trânsito. O deslocamento de até 20 quilômetros por São Paulo, SP, por exemplo, pode chegar a quase duas horas indo de ônibus e metrô. Ou seja, você pode estar perdendo até três horas do seu valioso dia, apenas preso no deslocamento de casa para o trabalho, ou para a escola, e por aí vai. Para se ter uma ideia mais precisa de como rodar de moto pode ser um grande benefício na vida das pessoas e o quanto isso pode representar em horas economizadas, o SIM À MOTOCICLETA fez esta reportagem, rodando por várias importantes avenidas e ruas de São Paulo. Em horário de rush, claro. Vale lembrar que além da economia de horas, a motocicleta gastou cerca de 60% do custo de um litro de gasolina nesses trechos de no máximo 22 quilômetros pela cidade de São Paulo.

O primeiro roteiro foi da zona sul para a zona leste, em uma quinta-feira. Por sinal, a quinta se tornou a nova “sexta”, em função de muitas pessoas optarem pelo trabalho em home office na sexta ou na segunda. O segundo roteiro, da zona sul até a zona oeste, aconteceu em uma terça-feira, também logo cedo, horário de rush. Nossa equipe foi composta por três jornalistas da MOTOCICLISMO: Ismael Baubeta, William Teixeira e Alexandre Nogueira.

ROTEIROS DO ISMAEL BAUBETA PRIMEIRO DIA: BAIRRO DE SANTO AMARO ATÉ O SHOPPING ANÁLIA FRANCO, ZONA LESTE “Por ser motociclista e utilizar motos há um bom tempo, eu nunca ando em transporte público, e confesso que sair de casa na zona sul de São Paulo para atravessar a cidade e chegar à zona leste de ônibus e metrô não me animou muito. Era um trajeto de 22 quilômetros.


O ônibus que me levou até a estação de metrô era moderno, com ar-condicionado e trafegando por faixa exclusiva. Ele seguiu pela Avenida Rubem Berta até a Avenida Brigadeiro Luís Antônio e parei na Praça da Sé, no centro. Uns minutos caminhando entrei na estação de metrô, o qual me levou até o Tatuapé, na zona leste. De lá ainda tive que pegar outro ônibus para chegar ao shopping Anália Franco. Mas devido a falta de experiencia, perdi uns 15 minutos até pegar o ônibus correto para chegar ao shopping. Como não tenho bilhete único, paguei R$ 9,8 de ônibus (duas conduções) e mais R$ 5 de metrô (total R$ 14,80)”. GASTEI 1H40 PARA CHEGAR AO DESTINO! SEGUNDO DIA DO ISMA: SANTO AMARO, ZONA SUL, ATÉ POMPEIA, ZONA OESTE “No segundo dia troquei o modal de transporte e fui de motocicleta, uma Yamaha FZ15, até a Pompeia. Só

quem anda de moto e fez um trajeto longo de transporte público vai saber qual é a maravilhosa sensação de ver o trânsito carregado e não ficar parado na fila. O trajeto de nossos veículos foi pela Avenida Vicente Rao, seguindo pela Marginal Pinheiros até a Praça Panamericana. De lá, cheguei à Av. Heitor Penteado e entrei na Rua Apinajés até o ponto de encontro na esquina da Avenida Afonso Bovero. Foi tudo muito rápido e cheguei ao destino em apenas 25 minutos. Não podia parar de pensar no tempo que grande parte da população perde no simples ir e vir através do transporte público. Nesse trajeto de 16,7 quilômetros mantive as velocidades máximas permitidas. Incrível: não gastei mais do que 600 ml de gasolina com a Yamaha FZ15. Ou seja, se de ônibus, no outro trajeto, eu paguei R$ 14,80, neste dia o custo foi de aproximadamente R$ 3,30 de gasolina”. GASTEI 25 MINUTOS PARA CHEGAR AO DESTINO!

No ponto de ônibus onde começou a saga da zona Sul até a zona Leste

A Yamaha FZ15 foi pilotada pelo Willian (à esquerda), o Alexandre (à direita) foi de carro e o Ismael (ao centro) utilizou o transporte público

O Honda HR-V, cedido gentilmente pela fábrica, fez o trajeto para a zona Oeste oferecendo muito silêncio e conforto

MARÇO 2024 | motociclismo 27


De moto no primeiro trajeto, Willian gastou menos da metade do tempo do que se gastou no transporte público

AS EXPERIÊNCIAS DE WILLIAN TEIXEIRA PRIMEIRO DIA: DE YAMAHA FZ1 ATÉ A ZONA LESTE! “O ponto de partida da nossa equipe foi da Rua Ângelo Luís Salto, na Chácara Monte Alegre, até o shopping Anália Franco. Indico a Yamaha FZ15 que pilotei para motociclistas iniciantes ou para aqueles que buscam uma boa motocicleta para o dia a dia. No caminho até o shopping Anália Franco passei por avenidas importantes, como a Washington Luís e a dos Bandeirantes (que tem uma ótima e necessária Faixa Azul em praticamente toda a sua extensão). Ao longo desse caminho vi muitas coisas erradas: • Motociclistas, motoristas e caminhoneiros conduzindo seus veículos de forma agressiva, sem sinalizar mudança de faixa e em velocidade acima da permitida nas vias; • Uso desenfreado do celular. Traz comodidade, mas as pessoas se distraem muito com os aparelhos, fazendo uso de aplicativos de mensagem e outras coisas não pertinentes ao ambiente do trânsito; • Caminhões dominando todas as

28 motociclismo | MARÇO 2024

pistas da Avendia Anhaia Mello, prejudicando a fluidez do trânsito; • Motociclistas trafegando sem os equipamentos de segurança. O trajeto de 22 quilômetros foi cumprido em 35 minutos, mesmo seguindo o trânsito com muito respeito à legislação. Quero dizer que, além da economia de tempo, tive um enorme prazer na pilotagem. A moto é uma importante aliada nos deslocamentos urbanos. Nos permite trafegar com agilidade, proporcionando horas livres, que podem ser aproveitadas de maneira bem mais agradavel. De moto, o gasto sequer foi de um litro de gasolina. Onde abasteço o litro está a R$ 5,50. Com certeza, gastei menos de R$ 4,00”. GASTEI 35 MINUTOS PARA CHEGAR AO DESTINO! SEGUNDO DIA DO WILL: DE TRANSPORTE PUBLICO ATÉ A ZONA OESTE! “No segundo roteiro, para a zona oeste, usei ônibus e metrô, sendo duas linhas de ônibus até a estação Faria Lima da linha 4 – Amarela do Metrô, onde fui até a Paulista. Fiz a baldeação até a Avenida da Consolação, peguei

a linha Verde do metrô e desembarquei na estação Sumaré. Caminhei alguns minutos até um novo ponto de ônibus e peguei mais um busão, agora até o destino final. Para fazer este trajeto de cerca de 16 quilômetros eu levei algo em torno de 1h50min, tendo como responsáveis uma interminável obra da Avenida Santo Amaro e uma “vaciladinha” que dei, passando reto no ponto que me deixaria na estação Faria Lima. Os ônibus que utilizei nestas linhas, que circulavam em bairros “relativamente nobres” de São Paulo (Santo Amaro, Pinheiros, Vila Olímpia), eram todos grandes. O primeiro foi o pior de todos, mais velho, quente, com mais passageiros. O segundo, que peguei para ir até o metrô, estava com uma lotação razoável, mas como tinha ar condicionado a viagem foi mais aprazível. Já o metrô funcionou muito bem, apesar de estar relativamente cheio para o horário. Já o último ônibus, da estação Sumaré até o destino final, pode ser considerado o melhor de todos. Mais vazio, com lugar para sentar, tomadas USB para carregar o celular, ar-condicionado funcionando bem e sem pegar trânsito. Foi uma viagem tranquila, embora demorada.


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JANEIRO 2024 | motociclismo 29


No destino final do primeiro trajeto. A moto, como sempre, foi a mais rápida, seguida do carro e, uma hora depois, do transporte público

Transporte público ou moto? Sem dúvidas a moto. Além de agilidade nos deslocamentos, nos dá a autonomia ideal para mudanças rápidas de trajeto, assim como o carro. Esse último quesito acaba sendo meio caótico quando se está de transporte público. Tenho a integração do bilhete único, que deixa o custo bem mais barato do que pagar cada trecho em separado. No final, o custo foi de R$ 8,20”. GASTEI 1H50 PARA CHEGAR AO DESTINO!

ALEXANDRE NOGUEIRA FEZ OS DOIS ROTEIROS DE CARRO PRIMEIRO DIA: BAIRRO DE SANTO AMARO ATÉ O SHOPPING ANÁLIA FRANCO “Sou um grande adepto das motocicletas, comecei a andar de moto muito cedo e desde então nunca mais consegui viver sem elas. Realmente não gosto de andar de carro quando tenho que fazer qualquer deslocamento pela cidade, inclusive nos dias de chuva, quando o trânsito fica pior ainda. Usar o transporte público não é nada usual para mim, principalmente pelo fato de ter a motocicleta co-

30 motociclismo | MARÇO 2024

mo meu veículo, já nem lembro o que é esperar um ônibus para me levar a qualquer destino. Logicamente, se não tiver outro meio, iria de ônibus. Mas coube a mim, nesta reportagem, fazer os percursos de carro. Para ir da zona sul até a zona leste, logo pensei nas avenidas 23 de maio e Radial Leste, mas o GPS me orientou e seguir o caminho mais rápido e me sugeriu um percurso pelas avenidas Tancredo Neves e Salim Farah Maluf. Me surpreendi com a fluidez do trânsito. Eu imaginava um percurso por volta de 30 quilômetros pela Radial Leste, mas fiquei contente quando o GPS mostrou apenas 17 quilômetros pela Salim, e melhor ainda, levaria apenas meia hora. O trânsito fluiu perfeitamente e sem engasgos e só gastei 10 minutos a mais do previsto porque errei uma entrada pela Salim e acabei entrando na Avenida do Estado. Assim que cheguei já avisei meus dois companheiros desta saga: o Will, piloto da moto, já havia chegado 20 minutos antes, mas o Ismael, que foi de ônibus, ainda estava no metrô Sé, mais ou menos pelo meio do caminho. Então fiquei bem contente por ter levado apenas 55 minutos para atravessar a cidade de carro, com uma média de 8 km/l de consumo de combustível, mostrados no computador de

bordo. Com o combustível a R$ 5,39 no posto onde abasteci, gastei por volta de quatro litros, ou seja, R$ 36”. GASTEI 55 MINUTOS PARA CHEGAR AO DESTINO! SEGUNDO DIA DO ALEXANDRE: SANTO AMARO, POMPEIA “No segundo roteiro, fui até o bairro da Pompéia. Eu continuei de carro, mas desta vez troquei o meu VW Voyage 1.6 por um Honda HR-V 2024, belíssimo carro, cedido pela Honda. O trajeto fluiu bem, iniciando pela Avenida Vicente Rao e depois pela Marginal do Pinheiros, onde tive o trecho de maior lentidão até a praça Panamericana. Daí subi a rua Dona Elisa até a Cerro Corá e fui percorrendo pequenas ruas do bairro até chegar na Av. Heitor Penteado e bem próximo da Rua Apinajés e do ponto de encontro na esquina da Afonso Bovero. Pensei que gastaria bem mais, indo de carro, mas dei sorte nesse dia. E, sem dúvida, os aplicativos de trânsito ajudam demais na locomoção pela cidade. Mas não troco rodar de moto por nenhum outro meio de transporte deste mundo!” GASTEI 40 MINUTOS PARA CHEGAR AO DESTINO!


JANEIRO 2024 | motociclismo 31


Made in Manaus Em 1976, começaram a ser produzidas as primeiras motos em Manaus, hoje o polo manauara é o maior produtor de motos fora do eixo asiático

V

ocê sabia que as dez fabricantes instaladas no polo de duas rodas em Manaus produzem hoje 96% das motocicletas vendidas no País? E que o Brasil é o sétimo produtor mundial? E tem mais: que a qualidade do produto nacional ultrapassou nossas fronteiras: a motocicleta “made in Brazil” é exportada para mais de 30 países e, entre os principais destinos, estão os Estados Unidos, Canadá e França, mercados altamente exigentes? Esses números impressionantes fazem da operação brasileira a maior fora do eixo asiático. Mas, para atingir esse “status”, a indústria brasileira de motocicletas percorreu um longo caminho. Embora produzida de forma artesanal por pequenos produtores durante a primeira metade do século passado, foi somente a partir de 1976 que a indústria de duas rodas recebeu seu grande impulso, com o início de produção de motocicletas no Polo Industrial de Manaus (PIM). Este ano marca também o ano de criação da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), uma associação que nasceu com a proposta de mostrar para a população brasileira que os veículos de duas rodas eram “uma eficiente e excelente opção de mobilidade”. Outra importante missão assumida naquela época – e que é mantida até hoje – era avançar rapidamente em temas como legislação de trânsito, regulamentação, segurança viária e infraestrutura urbana. E, felizmente, para todos os usuários e amantes das duas rodas, esse esforço foi reconhecido. O brasileiro adotou a motocicleta. Das 13 mil motocicletas produzidas no primeiro ano de

32 motociclismo | MARÇO 2024

Polo de duas rodas em Manaus concentra 96% da produção nacional

produção (1976), o volume fabricado saltou para mais de 1,57 milhão de unidades no ano passado. Para atingir esse resultado, as fabricantes realizaram amplos e contínuos investimentos no aumento de produtividade de seus centros de produção, assim como na introdução de novas tecnologias, na formação de capital humano, na busca por soluções de sustentabilidade e no lançamento de novos produtos. Para se ter ideia do potencial do mercado de motocicletas, em 1999, o Brasil apresentava uma relação de uma motocicleta para cada 50 habitantes. Em 2011, esse número diminuiu para uma motocicleta para cada dez habitantes e, em 2023, alcançamos o patamar de uma motocicleta para cada seis habitantes. Da primeira motocicleta que saiu da linha de montagem de Manaus até hoje, já se passaram 47 anos. Ao longo desse período, a indústria de duas rodas foi e é protagonista de inúmeras iniciativas que contribuíram para o desenvolvimento socioeconômico nacional. As lições do passado contribuíram significativamente para o desenvolvimento e a consolidação do setor, que segue confiante rumo ao futuro e à produção de dois milhões de motocicletas. Para a Abraciclo, rever o caminho trilhado é fundamental para planejar o presente e projetar para onde se quer chegar.

Coluna produzida pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo)


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TESTE • BAJAJ DOMINAR 400 Veja mais aqui!

34 motociclismo | MARÇO 2024


Bajaj Dominar 400: desempenho e custo-benefício excelentes A moto que já é a mais querida da marca indiana no Brasil vem carregada de acessórios, tem desempenho para ninguém botar defeito e ainda por cima é extremamente acessível. O que mais poderíamos querer? texto: Alexandre Nogueira fotos: Gustavo Epifanio MARÇO 2024 | motociclismo 35


TESTE • BAJAJ DOMINAR 400 No primeiro ano de operação, a Bajaj já emplacou quase 4 mil motos, das quais 2.675 foram da Dominar 400. Justo sucesso!

A

Bajaj começou suas operações no país em 2023 e já mostra que veio para ficar. A Bajaj é uma das maiores fabricantes de motocicletas do mundo e já está presente em mais de 90 países. Com operação própria no Brasil, monta suas motos na unidade fabril da Dafra, em Manaus, e já anunciou que terá linha de montagem própria em 2024, onde pretende fabricar pelo menos 20 mil motos por ano. Pelas terras tupiniquins a Bajaj está em crescimento saudável, já conta com dez concessionárias, e tem planos de abrir pelo menos mais dez em 2024. A Bajaj Dominar 400 é o modelo que mais desperta a curiosidade dos motociclistas no país, por isso apresentamos este teste urbano e de estrada para colocar à prova o modelo mais desejado da nova marca indiana. A Bajaj Dominar 400 já impressiona pelo porte e a cilindrada é pouco comum por aqui, tendo como concorrentes da categoria de 400 cilindradas apenas as também indianas Royal Enfield Hymalaian e Scram 411, e as japonesas Kawasaki Z 400 e Ninja 400. Mas o grande atrativo da Dominar 400 é o custo-benefício, pois ela entrega um pacote bastante completo por R$ 24.990, uma ótima pedida para quem procura uma moto zero-quilômetro e quer subir de categoria com boa dose de desempenho e tecnologia.

Motor consagrado

O motor monocilíndrico DOHC com quatro válvulas e refrigeração líquida com injeção eletrônica de combustível e 373 cm³ de cilindrada é capaz de entregar 40 cv de potência a 8.800 rpm e 3,5 kgf.m de torque máximo a 6.500 rpm. O motor deriva da KTM 390 Duke, mas tem números mais comportados e que correspondem à proposta mais urbana da moto, apesar dos seus dotes evidentes para as estradas. Com câmbio de seis marchas muito bem escalonadas, a tocada 36 motociclismo | MARÇO 2024

pede trocas de marchas bem rapidinho na cidade, onde é possível rodar a baixas velocidades em quarta ou quinta marcha, com o consumo acima de 30 km/l. Na estrada a Dominar 400 cravou 178 km/h, uma marca bastante interessante, mas o consumo caiu para 12 km/l. De fato, a Dominar 400 é uma moto grande e encorpada, com 2,15 m de comprimento, 1,45 m de entre-eixos, 86,3 cm de largura e 1,24 m de altura máxima. A distância do solo é de 1,57 cm e o tanque comporta apenas 13 litros de combustível, o que é bom para rodar economicamente na cidade, mas é preciso ficar atento em altas velocidades na estrada, pois o consumo aumenta bastante.

Motor consagrado

A posição de pilotagem é bem neutra, com o corpo levemente inclinado à frente e as pernas levemente dobradas para trás. O guidão tem ótima empunhadura com os comandos e botões com fácil acesso, e o painel em LCD é bem legível e fácil de consultar. São dois painéis, um principal posicionado no lugar padrão sobre a mesa e que conta com velocímetro, conta-giros em barra, nível de combustível e computador de bordo, e, mais abaixo, na frente do tanque, um pequeno visor mostra a marcha engatada, um relógio e os hodômetros total e parcial. Você também pode mostrar a marcha engatada no painel superior fazendo as alterações nos botões do próprio painel. O banco é bem confortável e garante horas a fio na jornada de trabalho ou de estrada sem cansaço. O cockpit é amplo e permite passeios urbanos confortáveis, além de espaço para pendular na tocada mais agressiva. As suspensões mantêm a Dominar 400 grudada no chão e tem bom equilíbrio com o conforto. O garfo dianteiro é do tipo invertido com tubos de 43 mm de diâmetro e o monoamortecedor traseiro conta


O design é atraente, o painel é completo e os punhos retroiluminados dão um toque de sofisticação a esta Dominar. O banco bipartido é bastante confortável, tanto para o piloto quanto para a garupa, que ainda conta com sissy bar MARÇO 2024 | motociclismo 37


TESTE • BAJAJ NONONONO DOMINAR 400

A Dominar 400 chama a atenção em qualquer uma das opções de cor. A preta é para os mais discretos

A ponteira dupla é muito bonita e parruda. O sistema de freio, apesar de contar com pinças radiais de quatro pistões na dianteira, poderia ter uma pegada mais imediata ao acionamento do manete 38 motociclismo | MARÇO 2024

com reservatório de gás, por isso o conjunto fornece um ótimo desempenho, mantendo a Dominar 400 sempre no trilho e sem quaisquer balanços nas curvas, tanto mais fechadas, como as de alta velocidade naquela estrada sossegada de final de semana, onde a gente procura por um pouquinho mais de adrenalina. Um item muito importante e que a Bajaj não economizou são os ótimos pneus Pirelli Diablo Rosso nas medidas 110/70 R17 na frente e 150/60 R17 atrás, e por conta deles senti muita confiança para encarar todos os tipos de curvas e em diversas situações diferentes, serpenteando a sinuosa estrada na porta de casa. Na hora de manobrar, a Dominar 400 pode parecer um pouco pesada, afinal são 192 kg totalmente abastecida, mas ao rodar ela é obediente e fácil de colocar em qualquer lugar e se mostra bastante ágil

para enfrentar os corredores do trânsito pesado. O sistema de freios conta com ABS nas duas rodas, na dianteira um enorme disco de 320 mm e na traseira um disco de 230 mm, ambos mordidos por pinças Bybre. A pegada inicial do freio dianteiro é bem suave e as frenagens são bem satisfatórias para rodar numa boa na cidade ou nas estradas, mas na tocada mais vigorosa é preciso bastante força na alavanca para conseguir maior poder de frenagem. Valorizando o pacote, a Dominar 400 vem equipada com acessórios dignos de motos premium, como iluminação total LED, punhos retroiluminados, para-brisa, protetores de mãos, de motor e de cárter, trava de capacete, banco bipartido, bagageiro com suporte para baú e um pequeno encosto para garupa, além de embreagem deslizante e assistida. Sinceramente acho os R$ 24.990 muito bem pagos pelo pacote recheado que a Dominar 400 entrega, juntamente com muita performance e um visual incrível com as cores verde metálico ou preto fosco metálico. Posso garantir que ao fazer um test drive com a nova Bajaj Dominar 400 você vai se surpreender bastante, e se você vem pensando em comprar uma moto, é bem provável que você leve uma para casa.


MARÇO 2023 | motociclismo 39


TESTE • BAJAJ DOMINAR 400

!

Dados de fábrica MOTOR Tipo Monocilíndrico Arrefecimento A líquido Válvulas 4 Alimentação Injeção eletrônica Cilindrada 373 cm³ Diâmetro x curso do pistão 89 x 60 mm Taxa de compressão 12,2:1 Potência máxima 40 cv a 8.800 rpm Torque máximo 3,57 kgf.m a 6.500 rpm TRANSMISSÃO Embreagem Câmbio Secundária

Multidisco banhada a óleo 6 marchas Corrente

CHASSI Tipo Balança Cáster/trail

Multitubular em aço Balança de aço n.d.

SUSPENSÃO Dianteira Curso Regulagens Traseira Curso Regulagens

Garfo telescópico inv. de 43 mm 135 mm sem ajustes Monoamortecida 110 mm Ajuste de pré-carga de mola

FREIOS Dianteiro Pinças Traseiro Pinça

Disco de 320 mm Radial de 4 pistões e ABS Disco de 230 mm Um pistão e ABS

PNEUS Modelo Dianteiro Traseiro

Pirelli Diablo Rosso ll 110/70-17 M/C 54W 150/60-17 M/C 64W

MEDIDAS Comprimento Largura Entre-eixos Altura do assento Distância mínima do solo Capacidade do tanque Peso aprox. (em ordem de marcha) Capacidade máxima de carga DADOS DE FÁBRICA Potência específica Relação peso-potência Relação peso-torque Consumo/autonomia média CORES

2.156 mm 863 mm 1.453 mm 800 mm 157 mm 13 litros 192 kg 152 kg

107,23 cv/l 4,8 kg/cv 53,78 kg/kgf.m 25 km/l /325 km

OPINIÃO: UMA EXCELENTE OPÇÃO

Quando surge uma marca de motos nova é natural que o consumidor desconfie, ainda mais no Brasil, onde não foram poucos os exemplos em que, de uma hora para outra, os clientes ficaram na mão. A Bajaj demorou para chegar ao Brasil, mas veio para conquistar seu espaço definitivamente. Em um ano de operação, a Bajaj inaugurou dez concessionárias, já está construindo sua própria fábrica em Manaus e, até o final de 2024, pretende inaugurar mais 20 lojas. Isso não seria possível se suas motos não tivessem virtudes para seduzir os motociclistas. A Dominar 400 é um ótimo exemplo, pois é uma moto excelente e acessível, sendo a mais vendida pela marca.

Nossa avaliação MOTOR Rendimento

10%

Velocidade máxima Aceleração Retomada

9 8,75 8,5

Motor

15%

Entrega de potência Resposta ao acelerador Nível de vibração Aspereza

8,25 8,5 8,25 8,5

Transmissão

5%

Tato e precisão do câmbio Relação de marchas

8,5 9

CHASSI Comportamento

20%

Estabilidade em retas Estabilidade em curvas Precisão da direção Agilidade Suspensões

9 8,5 8,5 8,5 8,5

Média final técnica Preço 40 motociclismo | MARÇO 2024

Suspensões com garupa Distância livre do solo Comportamento frenagem

8,75 8,5 8,75

Freios 10% 8 8,25

Potência Dosagem

USUÁRIO Uso diário

20%

Facilidade para manobrar Posição de pilotagem Conforto do piloto Conforto do garupa Sensação de qualidade Prazer ao pilotar Autonomia Equipamentos Acabamento

8,75 9 9 9 9 9 8,75 9 9

Economia

20%

Preço de aquisição Garantia Consumo médio

9,5 9 9

8,73 R$ 24.990


MARÇO 2024 | motociclismo 41


TESTE • ROYAL ENFIELD HUNTER 350

Tudo depende da compreensão e da sua companhia A Hunter 350 é uma excelente moto. Muita gente ainda não entendeu a sua pegada, principalmente por ter um motor com essa cilindrada que não ultrapassa os 120 km/h, mas o bom torque é sua principal característica. É preciso compreendê-la para poder curti-la

J

texto: Ismael Baubeta fotos: Gustavo Epifanio

á faz tempo que eu havia acelerado a Hunter 350, foi no lançamento mundial, em Bangcoc na Tailândia. Na ocasião fizemos um rolé noturno muito legal pela metrópole tailandesa. Mais de um ano depois, e já lançada no Brasil, peguei a moto para fazer um rolé com minha esposa, a dra. Lícia, para lhe apresentar alguns dos locais que utilizamos em nosso dia a dia para produzir as imagens que publicamos em nossas plataformas da revista MOTOCICLISMO.

Compacta

A Hunter é bastante compacta e baixa, o acesso ao banco é feito sem esforço algum, tanto o piloto quanto a garupa montam facilmente na moto, e colocar os pés no chão é tarefa fácil até para os mais baixinhos. A posição de pilotagem é neutra e a ergonomia oferece postura de pilotagem ereta. O banco tem boa camada de espuma e oferece conforto para os dois ocupantes. A garupa vai com as pernas confortavelmente flexionadas permitindo rodar muitos quilômetros sem causar cansaço. 42 motociclismo | MARÇO 2024

A garupa é confortável?

Foi a primeira pergunta que fiz para minha esposa quando chegamos em casa. Ela gostou e disse que a garupa é muito confortável, mesmo estando várias horas sobre o banco. Posso dizer o mesmo do banco do piloto e da posição de pilotagem, porém nas frenagens em descidas o corpo da garupa escorrega para a frente, forçando o quadril do piloto no mesmo sentido.

Estilo

A Hunter 350 é uma naked clássica bonita e chamativa, do farol redondo às linhas do tanque, das laterais, do para-lama e da lanterna traseira, as formas arredondadas nos fazem viajar no tempo, fazendo parecer que é uma moto dos anos 1960. A qualidade no acabamento também é notada na pintura do motor e demais partes coloridas, e as soluções simples, como o painel redondo com ponteiro de velocímetro e demais informações em display LCD, também são bastante funcionais. O segundo mostrador menor presente na versão testada é o Tripper,


Veja mais aqui!

MARÇO 2024 | motociclismo 43


TESTE • ROYAL ENFIELD HUNTER 350

sistema que através do app da Royal Enfield permite seguir o caminho de seu mapa através de flechas indicativas de direção e da distância até a indicação; ele é um acessório útil, mas não imprescindível.

Desempenho

O painel é retrô, com velocímetro analógico e demais informações digitais no LCD central. O banco é confortável para os dois ocupantes

Os punhos também lembram alguns punhos de antigamente, simples e funcionais 44 motociclismo | MARÇO 2024

A Hunter 350 é uma moto dócil, acessível e fácil de pilotar. Seu motor monocilíndrico de 349 cm³ não é uma usina de potência e força, mas seus 20,2 cv de potência e os 2,8 kgf.m de toque são suficientes para acelerações honestas. Sua pegada é suave e permite pilotar numa boa com respostas certeiras, o que facilita a pilotagem para iniciantes e pilotos que querem subir de categoria, saindo dos scooter ou de motos menores. Se você busca um motor de pegada mais esportiva e exige que a moto acelere rápido e alcance velocidades mais altas (acima de 120 km/h), certamente a Hunter não vai atender você. Muitos caem no erro de querer compará-la (pelo preço) a outros modelos de concepção mais moderna, como por exemplo a CG 160, que tem proposta bem diferente.

No caso da Royal Enfield, a Hunter foi criada, assim como outros modelos da marca, para aqueles que querem viver a experiência de uma moto clássica em sua essência, o motopurismo como a própria marca proclama em seu marketing, e é isso mesmo. O que significa dizer que o prazer de pilotar uma moto clássica, seja pela cidade, seja pela estrada, depende do espírito e da personalidade de quem vai pilotá-la. Se você for ansioso e precisa sentir a velocidade e ver o velocímetro acima de 140 km/h, é melhor procurar outra opção. A Hunter tem velocidade final de 120 km/h em pilotagem solo, com minha esposa na garupa alcançamos 110 km/h, chegando aos 120 km/h nas descidas. Pelas nossas redes sociais alguns seguidores perguntaram se é seguro viajar de Hunter com garupa, e eu como motociclista com alguns anos de experiência, posso confirmar que sim, basta ter os mesmos cuidados que você teria ao colocar uma moto de baixa cilindrada para rodar na estrada. Na viagem que fizemos até Itu, no interior de São Paulo, com minha esposa na garupa, em algumas subidas


Sobra estilo na Hunter 350. A qualidade no acabamento e pintura também chama a atenção

MARÇO 2024 | motociclismo 45


TESTE • ROYAL ENFIELD HUNTER 350

Farol redondo não tem LED, mas faz uma composição elegante com os piscas

A posição de pilotagem é ereta e neutra, oferecendo bastante conforto para rodar muitos quilômetros mais longas precisei reduzir uma marcha para não perder muita velocidade, o que é natural, afinal eram aproximadamente 140 quilos no lombo da Hunter.

Suspensões e freios A lanterna traseira é bem pequena e nela a iluminação é por LED; o conjunto é minimalista

A pequena ponteira de escapamento emite som característico Royal Enfield 46 motociclismo | MARÇO 2024

Outro ponto positivo foi o comportamento das suspensões da Hunter, pois, mesmo com os 140 quilos de nós dois sobre ela, nem as bengalas dianteiras nem o amortecedor chegaram ao final de curso. Carregada e um pouco mais baixa pelo peso, as suspensões ainda tinham curso para absorver impactos, mantendo o conforto no trajeto. Paramos em um retorno no qual em nossas sessões de fotos fazemos as imagens das motos em curva e a Hunter contornou o zerinho

com bastante estabilidade até que, raspando a pedaleira no chão, minha esposa assustou e chacoalhou na garupa, desestabilizando a moto me obrigando a corrigir a trajetória, que a Hunter permitiu com facilidade. O sistema de freios da Hunter 350 conta com dois discos e ABS em ambos. Embora o funcione bem, o sistema exige um pouco de força para frenagens mais fortes, e com o peso extra da garupa a pegada é um pouco “borrachuda”. Eu particularmente prefiro freios com pegada mais imediata; para isso seria preciso instalar mangueiras do tipo aeroquipe e um jogo de pastilhas mais esportivas. A Hunter 350 é uma moto bonita, chama a atenção e sua proposta é proporcionar passeios e deslocamentos tranquilos e, por que não, mais contemplativos. É uma moto que tem seus admiradores e os grupos já vão se formando naturalmente; assim, sair para curtir um passeio com pessoas com a mesma vibe é mais divertido. Além disso, os R$ 19.900 pedidos pela versão standard são justos para a proposta e qualidade geral da motocicleta.


MARÇO 2024 | motociclismo 47


TESTE • ROYAL ENFIELD HUNTER 350

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Dados de fábrica MOTOR Tipo Monocilíndrico Arrefecimento A ar e óleo Válvulas 2 OHC Alimentação Injeção eletrônica Cilindrada 349,3 cm³ Diâmetro x curso do pistão 72 x 85,8 mm Taxa de compressão 9,5:1 Potência máxima 20,2 cv a 6100 rpm Torque máximo 2,75 kgf.m a 4.000 rpm TRANSMISSÃO Embreagem Câmbio Secundária

Multidisco banhada a óleo 5 marchas Corrente

CHASSI Tipo Balança Cáster/trail

Tubular dulpo em aço Aço n.d.

SUSPENSÃO Dianteira Curso Regulagens Traseira Curso Regulagens

Garfo telescópico de 41 mm 130 mm Sem regulagens Biamortecida a gás 90 mm Ajustável na pré-carga da mola

FREIOS Dianteiro Pinças Traseiro Pinça

Disco de 300 mm Axial de 2 pistões e ABS Disco de 270 mm 1 pistão e ABS

PNEUS Modelo Dianteiro Traseiro

CEAT 110/70-17 54P 140/70-17 66P

MEDIDAS Comprimento Largura Entre-eixos Altura do assento Distância mínima do solo Capacidade do tanque Peso aprox. (em ordem de marcha) Capacidade máxima de carga DADOS DE FÁBRICA Potência específica Relação peso-potência Relação peso-torque Consumo/autonomia média CORES

2.100 mm 800 mm 1.370 mm 790 mm 150,5 mm 13 litros 181 kg 180 kg

57,88 cv/l 8,96 kg/cv 65,81 kg/kgf.m 35 km/l /455 km

ENTENDENDO A PEGADA

A Hunter 350 é uma moto dócil, fácil de pilotar e prazerosa. Recebemos algumas mensagens de motociclistas mostrando indignação por se tratar de uma 350 cm3 que não ultrapassa os 120 km/h. É verdade que em certos momentos pode faltar um pouco de velocidade final, mas é preciso entrar na vibe da moto e rodar com ela da melhor forma que ela permite. Sim, é preciso ter cautela na estrada e ficar esperto nas ultrapassagens, mas o nível de conforto que ela oferece e o prazer de uma tocada mais contemplativa suplantam a falta de velocidade. Agora, se você é daqueles que têm que ver o velocimetro ultrapassar os 140 km/h onde a via permite 120km/h, ela não é para você. O preço da Hunter a partir de R$ 19.990 é outro bom atrativo.

Nossa avaliação MOTOR Rendimento

10%

Velocidade máxima Aceleração Retomada

8 8,1 8

Motor

15%

Entrega de potência Resposta ao acelerador Nível de vibração Aspereza

8 8,75 8,5 9

Transmissão

5%

Tato e precisão do câmbio Relação de marchas

8,9 9

CHASSI Comportamento

20%

Estabilidade em retas Estabilidade em curvas Precisão da direção Agilidade Suspensões

9 8,5 8,5 8,75 8,6

Média final técnica Preço 48 motociclismo | MARÇO 2024

Suspensões com garupa Distância livre do solo Comportamento frenagem

8,8 8,5 8,75

Freios 10% Potência Dosagem

8 8,25

USUÁRIO Uso diário

20%

Facilidade para manobrar Posição de pilotagem Conforto do piloto Conforto da garupa Sensação de qualidade Prazer ao pilotar Autonomia Equipamentos Acabamento

9 9 9 9 9,5 9 9,25 8,75 9,5

Economia

20%

Preço de aquisição Garantia Consumo médio

9,5 8 9,5

8,70 a partir de R$ 19.990 + frete


MARÇO 2024 | motociclismo 49


COMPARATIVO • VERSYS 650 VS. TIGER 660

Universos diferentes na categoria crossover A Triumph Tiger Sport 660 é o novo modelo médio com espírito de aventura que chega para encarar a já consagrada Kawasaki Versys 650 no segmento das motos crossover texto: Alexandre Nogueira | fotos: Gustavo Epifanio

D

esde seu lançamento em 2007, a japonesa Kawasaki Versys 650 tem servido como referência para uma motocicleta acessível e versátil, muito capaz, confortável e despretensiosa, pronta para encarar qualquer parada. Com preços a partir de R$ 51.990, dirigibilidade inesperadamente esportiva, empolgante motor gêmeo paralelo de 649 cm³ de 67 cavalos de potência e alto conforto nas viagens, a Versys 650 se tornou a favorita entre muitos pilotos. A Versys 650 recebeu sua quarta atualização em 2022, incluindo recursos modernizantes como carenagem frontal totalmente nova, painel TFT, controle de tração de três níveis e iluminação total LED. A inglesa Triumph Tiger Sport 660 mira a Versys 650 com seu motor de três cilindros em linha de 81 cv de potência derivado da Trident 660, encaixado em um pacote mais refinado e esportivo, e com um corpo mais atlético. Ela vem equipada com tela TFT, para-brisa facilmente ajustável, controle de tração, ABS, iluminação total LED e um desempenho mais apimentado, com preços a partir de R$ 56.990. O caráter do motor é o foco principal para a maioria das motos. O gêmeo paralelo da Versys 650 é muito eficiente e divertido, com uma forte

50 motociclismo | MARÇO 2024

pegada em médias rotações e muito ânimo acima de 6.500 rpm, com um ronco que mais parece uma fera a urrar. A caixa de câmbio é muito bem escalonada, proporcionando respostas de aceleração um tanto abruptas para um gêmeo paralelo. A famoso motor de três cilindros paralelos da Triumph entrega 30% mais potência do que a Versys e o conjunto pesa 22 quilos a menos, por isso a Kawasaki mantém o ritmo da Triumph até cerca de 170 km/h, mas depois disso a moto inglesa leva vantagem. Grosso modo, fazer mais com menos é o forte da Versys 650. Mesmo que não seja tão potente ou suave quanto gostaríamos, o motor 660 da Tiger Sport ainda é um propulsor com caráter esportivo, certamente mais refinado do que o gêmeo paralelo japonês, com excelente resposta do acelerador e uma caixa de câmbio agradável com engates muito precisos. Quando se trata de qualidade de condução e manuseio, a Versys 650 estabelece um alto nível. A estabilidade em inclinação e sua disposição nas saídas de curvas sempre impressionaram até mesmo os pilotos mais experientes. A Versys 650 acomoda o piloto em uma posição mais vertical, com guidão mais alto e pedaleiras um pouco à frente, enquanto a Tiger 660 tem um guidão com curvatura mais esportiva e pedaleiras mais recuadas.


MARÇO 2024 | motociclismo 51


COMPARATIVO • VERSYS 650 VS. TIGER 660

A Kawasaki Versys 650 encara com maestria as estradas, enquanto a Triumph Tiger 660 se sobresai melhor na cidade

Os dois modelos se destacam pela proposta aventureira com um toque de esportividade

O painel da Versys 650 é de fácil leitura e conta com luz de alerta ECO para melhor autonomia O punho esquerdo da Versys 650 acessa e controla todas as funções do painel. Na carenagem frontal há tomada 12 V e o botão para ligar os faróis auxiliares 52 motociclismo | MARÇO 2024

A suspensão Showa da Kawasaki não é altamente sofisticada, mas é bem acertada, pois não precisa lidar com alta potência ou freios ferozes, por isso garante ótima performance. O ajustador hidráulico de pré-carga da mola do amortecedor traseiro operado à mão facilita o acerto nas viagens para acomodar a bagagem ou um passageiro, e você também pode ajustar a pré-carga da mola e a velocidade do retorno do garfo, se desejar. A Tiger Sport 660 da Triumph também vem com um ajustador hidráulico de pré-carga da mola traseira, mas ela não conta com nenhum ajuste no garfo dianteiro. Mas o garfo e o amortecedor Sho-

wa da Tiger Sport 660 também são bem configurados e excepcionalmente funcionais, permitindo que o piloto aproveite a direção mais agressiva da moto, o peso mais leve e o motor mais robusto para abraçar os dotes esportivos desta legítima sport touring. Os freios não têm mordida particularmente forte mesmo com os grandes discos de 310 mm, mas há muita potência de frenagem quando você aperta com mais força a alavanca. Ambas utilizam duas pinças Nissin de dois pistões na dianteira e uma pinça de pistão simples na traseira, todas com ABS. A Tiger 660 Sport é certamente mais rápida e agradável em uma estrada sinuosa, graças aos ótimos pneus Michelin Road 5 de aro 17, 120/70 na dianteira e 180/55 na traseira. A Versys 650 também vem equipada com rodas de aro 17, com pneus Dunlop Sportmax 120/70 na dianteira e 160/60 na traseira A Tiger Sport 660 usa o mesmo painel da Trident 660, com uma tela TFT colorida multifuncional e personalizável, comandada facilmente pelo punho esquerdo.


O assento em peça única da Versys 650 é muito macio e confortável e permite horas a fio em cima da moto sem cansaço. As malas têm ótima capacidade e fácil acesso, enquanto o baú tem tamanho suficiente para acomodar dois capacetes.

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COMPARATIVO • VERSYS 650 VS. TIGER 660

A Versys 650 tem melhor ergonomia para enfrentar longas jornadas, enquanto a Tiger 660 tem uma posição levemente mais esportiva

Pelo tamanho mais compacto, a Tiger 660 se sobressai com leveza e agilidade para enfrentar o trânsito urbano

O painel da Tiger 660 é compacto e tem diferentes modos de visualização

O punho esquerdo comanda facilmente as funções de painel multifuncional da Tiger 660. O acabamento da máquina inglesa é refinado 54 motociclismo | MARÇO 2024

A tela TFT de 4,3 polegadas da Versys é mais fácil de ler graças ao estilo e tamanho da fonte e brilho, e ainda conta com o indicador ECO para a melhor faixa de aproveitamento de economia de combustível. A tecnologia continua com vários aplicativos que permitem que seu smartphone se comunique com a moto; a Versys 650 oferece o aplicativo Rideology, e a Tiger Sport 660 tem o aplicativo My Triumph. O sistema de bagagem da Triumph combina bem com a moto, mas ainda acho que o kit KQR da Kawasaki é mais bem desenhado e casa melhor com o visual da moto, e com maior capacidade de carga.

Ao iniciar este teste, imaginava que a Tiger Sport 660 tivesse uma boa chance de destronar a Versys 650 como moto mais econômica, mas, no final, a Kawasaki conseguiu resistir ao golpe entregando médias de 20 km/l contra 17 km/l da Triumph. Particularmente, eu gostei demais da Triumph Tiger Sport 660 e a considero perfeita para pilotos que preferem uma moto menor e mais leve para a rotina urbana, ou para aqueles que normalmente fazem viagens mais curtas e animadas. Como uma moto de turismo, ela fica em segundo plano frente a Kawasaki Versys 650 devido ao seu tanque menor, motor mais agitado, suspensão mais rígida e assento mais fino. Em velocidade de cruzeiro nas viagens, a Versys 650 vai lisa e com quase nenhuma vibração no guidão, enquanto a Tiger Sport 660 tem uma vibração pouco perceptível, mas que existe, principalmente acima de 120 km/h. A carenagem da Versys 650 também é maior e protege mais na estrada, proporcionando conforto extra.


O banco em peça única da Tiger 660 é mais rígido e com menor espaço para a garupa, por isso cansa mais na estrada. As alças traseiras para a garupa acompanham o visual esportivo da máquina que tem iluminação totalmente em LED

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COMPARATIVO • VERSYS 650 VS. TIGER 660

São duas crossover com muitos dotes e virtudes, muito capazes de seduzir. A escolha fica por conta do uso Já a carenagem da Tiger Sport 660 é menor e mais lapidada, mas deixa a desejar quando se trata de enfrentar grandes intempéries nas estradas. Ambas são motos voltadas para o asfalto, com toques de aventura, mas a Kawasaki Versys 650 oferece uma posição de pilotagem mais relaxada e confortável para o dia a dia e para encarar longas jornadas, enquanto a Triumph Tiger 660 tem um caráter mais esportivo e uma tocada mais divertida, obviamente menos prazerosa para longas horas em cima da máquina. Em resumo, as duas motos são excelentes opções na categoria crossover, que conta ainda com a Honda NC 750X que é precificada em R$ 52.680, por isso a escolha deve levar em conta as preferências pessoais de cada piloto quanto à paixão pela marca, bem como a usabilidade e o estilo de pilotagem desejado. 56 motociclismo | MARÇO 2024

!

KAWASAKI VERSYS 650 OU TRIUMPH TIGER SPORT 660

A nova categoria das motos crossover que a grosso modo, são motos aventureiras calçadas com rodas de 17 polegadas com pneus esportivos, bastante vistosas e bonitas, ágeis, divertidas de se pilotar, econômicas e transmitem bastante segurança na pilotagem. Cada uma delas apresenta peculiaridades e características distintas, e elas são excelentes opções para quem procura uma moto para o dia a dia nos deslocamentos na cidade, mas também quer uma máquina competente para encarar as estradas nos finais de semana. A Versys 650 sempre me agradou por conta do seu motor responsivo e divertido e pelo extremo conforto, sendo uma excelente opção de moto para viagens. A Tiger 660 é uma moto nova e certamente foi concebida com uma proposta diferente, com foco maior no dia a dia e com muita vontade para encarar estradas com esportividade.


MARÇO 2024 | motociclismo 57


FICHA TÉCNICA • VERSYS 650 X TIGER 660 Dados de fábrica

Kawasaki Versys 650

Triumph Tiger 660

MOTOR Tipo Arrefecimento Válvulas Alimentação Cilindrada Diâmetro x curso do pistão Taxa de compressão Potência máxima Torque máximo

Bicilíndrico paralelo A líquido 8 Injeção eletrônica 649 cm³ 83 x 60 mm 10,8:1 67 cv a 8.500 rpm 6,2 kgf.m a 7.000 rpm

Tricilíndrico em linha A líquido 12 Injeção eletrônica 660 cm³ 74,04 X 51,1 mm 11,95:1 81 cv a 10.250 rpm 6,5 kgf.m a 6.250 rpm

TRANSMISSÃO Embreagem Câmbio

Multidisco a óleo 6 marchas

Deslizante assistida 6 marchas

CHASSI Tipo Balança Cáster/trail

Tipo diamond em aço Bilateral em alumínio 25,0º/108 mm

Perimetral tubular em aço Bilateral em aço 23,1º/97,1 mm

SUSPENSÃO Dianteira Curso Regulagens Traseira Curso Regulagens

Showa invertida de 41 mm 150 mm Pré-carga da mola e retorno Monoamortecedor 145 mm Pré-carga da mola

Showa invertida de 41mm 150 mm Sem ajustes Showa monoshock RSU 150 mm Pré-carga da mola e retorno

FREIOS Dianteiro Pinça Traseiro Pinça

Dois discos 300 mm De 2 pistões e ABS Disco de 250 mm De um pistão e ABS

Dois discos 310 mm Nissin de 2 pistões e ABS Disco 255 mm Nissin de um pistão e ABS

PNEUS Modelo Dianteiro Traseiro

Dunlop 120/70 ZR 17 160/60 ZR 17

Michelin Pilot 5 120/70 ZR 17 180/55 ZR 17

2.165 mm 840 mm 1.415 mm 845 mm 170 mm 21 litros 219 kg n.d.

2.070 mm 834 mm 1.418 mm 835 mm n.d. 17,2 litros 206 kg n.d.

103 cv/l 3,26 kg/cv 35,3 kg/kgf.m 20 km/l / 420 km

122 cv/l 2,54 kg/cv 31,6 kg/kgf.m 17 km/l / 292,4 km

MEDIDAS Comprimento Largura Entre-eixos Altura do assento Distância mínima do solo Capacidade do tanque Peso aprox. (em ordem de marcha) Capacidade máxima de carga DADOS DE FÁBRICA Potência específica Relação peso-potência Relação peso-torque Consumo/autonomia média CORES

Nossa Avaliação MOTOR Rendimento

10%

10%

Velocidade máxima Aceleração Retomada

8,5 8,5 8,5

9 9 8,5

Motor

15%

10%

Entrega de potência Resposta ao acelerador Nível de vibração Aspereza

9 9 8,5 8,5

9 9 8,5 8,5

Transmissão

10%

10%

Tato e precisão do câmbio Relação de marchas

7,5 9

8,5 9

Comportamento

20%

10%

Estabilidade em retas Estabilidade em curvas Precisão da direção Agilidade Suspensões Suspensões com garupa Distância livre do solo Comportamento frenagem

9 9 8,5 8,5 8,5 8,5 9 8,5

9 9,5 9 9 8 8,5 8,5 9

9 9

9 9

Uso diário

20%

10%

Facilidade para manobrar Posição de pilotagem Conforto do piloto Conforto do garupa Sensação de qualidade Prazer ao pilotar Autonomia Equipamentos Acabamento

8 9,5 9,5 9 9 9,5 9 9 9

9 8,5 8,5 8 9 9,5 8,5 9 9

Economia

20%

10%

9

8,5

9

8,5

Média final técnica

9,15

9,19

Preço (R$)

51.900

56.990

CHASSI

Freios 10% Potência Dosagem

USUÁRIO

Preço de aquisição Garantia Consumo médio

58 motociclismo | MARÇO 2024

KAWASAKI TRIUMPH VERSYS 650 TIGER 660


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MARÇO 2024 | motociclismo 59


MOTOTERAPIA por Coluna da Ju Corguinha

DESAFIO DAS SETE SERRAS

O

Desafio das Sete Serras é uma aventura emocionante que atrai pilotas e pilotos de diversos lugares para explorar as estradas sinuosas e cênicas do estado do Rio de Janeiro. Esse desafio foi lançado em fevereiro de 2023, pelo Éverson Baraldo, criador do projeto e fundador do Caminho de Motos. Ele promove o meio motociclista pela internet, compartilhando experiências e ótimas dicas de roteiros. Geralmente, os roteiros divulgados são circulares, permitindo que os motociclistas desfrutem de diferentes paisagens e estradas. Ele diz que essa é uma forma de evitar o “tédio” de percorrer o mesmo caminho na ida e na volta. Ele não só inspira outros motociclistas a explorarem a região, mas também constrói uma comunidade de entusiastas da motocicleta, incentivando o intercâmbio de dicas, histórias e informações úteis. O desafio consiste em percorrer sete das principais serras do RJ: Miguel Pereira, Araras, Petrópolis, Hortênsias, Órgãos/Teresópolis, Cachoeira de Macacu/Serra de Friburgo e Serramar, proporcionando aos participantes uma experiência única de pilotagem e de contato com a natureza. O trajeto total é de aproximadamente 580 km e deve ser percorrido no período de 24 horas. Se ilude quem acredita que este é um desafio fácil, afinal, durante a jornada, os motociclistas enfrentam curvas desafiadoras, com média ou baixa velocidade e variações de altitude e de temperatura. É preciso estar preparado para cumprir as regras do desafio e se tornar um motociclista verdadeiramente vencedor.

VEJA MAIS INFORMAÇÕES SOBRE O DESAFIO DAS SETE SERRAS NA COLUNA DA JU CORGUINHA NO SITE DA MOTOCICLISMO. ACESSE PELO QR CODE!

60 motociclismo | MARÇO 2024

Veja mais aqui!

O desafio das dete serras deve ser percorrido em 24 horas, mas se ilude quem pensa que é fácil, os trajetos são repletos de curvas e a velocidade média é baixa. É possível vencer o desafio, que só pelos cenários, vale a viagem

E QUEM É JU CORGUINHA? Motociclista desde novinha, Ju Corguinha é uma apaixonada por motociclismo, motoclubismo e mototurismo. Integrante do motoclube Guardiões do Raul MC desde 2007, ocupando atualmente a vice-presidência do clube, tornou-se a primeira mulher a ocupar uma função na diretoria. Compõe a liderança do Motogirls, movimento motociclista feminino, desde 2016.


JANEIRO 2023 | motociclismo 61


MERCADO • RANKING

O

O ANO COMEÇOU MUITO BEM

ano de 2024 começou muito bem e impressionou, não só pelo número absoluto de emplacamentos, mas por ter chegado muito próximo ao patamar de 2008, quando foram emplacadas 145.529 motocicletas, o recorde de janeiro. Comparando o desempenho deste janeiro ao do ano passado, o crescimento foi de 29,66%, o que significa 32.786 motos a mais; já em comparação a dezembro, o aumento foi bem menor, 7,97%. Mantendo-se o ritmo, podemos imaginar que 2024 feche melhor que 2023, e se seguir no ritmo de 2008, poderemos chegar próximo a 1,9 milhão de emplacamentos. — ISMAEL BAUBETA

Foram 143.327 motos emplacadas em janeiro, o segundo melhor primeiro mês do ano; 2008 foi o melhor, com 145.529 lacrações LICENCIAMENTOS POR MOTO POS.

MODELO

1º Honda CG 160 Fan / Start 2º Honda Biz 125i 3º Honda Pop / 110i 4º Honda NXR 160 Bros 5º Honda Biz 110i 6º Honda CG 160 Titan 7º Honda PCX 160 8º Honda CB 300F Twister 9º Yamaha Fazer FZ25 10º Yamaha YBR 150 Factor 11º Yamaha FZ15 12º Yamaha XTZ 250 Lander 13º Honda Elite 125 14º Yamaha XTZ 150 Crosser 15º SHINERAY/XY125-6A 16º Honda XRE 190 17º Honda XRE 300 Sahara 18º Yamaha Neo 125 19º Yamaha Fazer 150 20º Honda ADV

JAN./24

DEZ./23

Variação %

Acum. 2024

Acum. 2023

26.011 15.965 12.676 12.202 8.741 7.286 4.567 3.968 3.441 3.350 3.175 3.138 2.800 2.695 1.974 1.914 1.849 1.459 1.345 1.279

28.498 14.615 13.930 12.646 7.563 7.357 4.281 4.588 1.791 2.295 2.023 2.044 2.726 3.350 1.607 2.266 75 603 1.016 1.317

- 8,72 9,23 - 9,00 - 3,51 15,57 - 0,96 6,68 - 13,51 92,12 45,96 56,94 53,52 2,71 - 19,55 22,83 - 15,53 2.465,3 241,90 32,38 - 2,88

26.011 15.965 12.676 12.202 8.741 7.286 4.567 3.968 3.441 3.350 3.175 3.138 2.800 2.695 1.974 1.914 1.849 1.459 1.345 1.279

305.692 143.783 149.588 149.433 72.289 100.973 38.073 48.977 41.010 43.399 32.672 41.221 29.556 35.337 12.683 38.094 75 11.104 20.031 16.838

CUB/CICLOMOTOR POS. MODELO

1º Honda Biz 125i 2º Honda Pop 110i 3º Honda Biz 110i 4º Mottu Sport 110i 5º Shineray 50 Q 6º Bull KRC F5 7º Haojue Nex 115 8º Dafra Zig 50 9º Haojue VR 150 10º Traxx Star 50 (q9)

1º Honda PCX 160 2º Honda Elite 125 3º Yamaha Neo 125 4º Honda ADV 5º Yamaha NMax 6º Yamaha Fluo ABS 7º Yamaha Xmax 8º Dafra Cruisym 150 9º Dafra Cruisym 300 10º BMW C400 X

62 motociclismo | MARÇO 2024

Em janeiro a participação da Honda caiu 6,68 pontos percentuais, enquanto a Yamaha recuperou 3,98 p.p. A Mottu, que não apareceu em dezembro, ficou na terceira posição com 3,79 p.p. Janeiro 2024

JANEIRO/2024

2024

POS. MODELO

15.965 12.676 8.741 5.427 1.105 100 23 22 16 15

15.965 12.676 8.741 5.427 1.105 100 23 22 16 91

1º Honda CG 160 Fan / Start 2º Honda CG 160 Titan 3º Yamaha YBR 150 Factor 4º Yamaha FZ15 Fazer ABS 5º Yamaha Fazer 150 6º Honda CG Cargo 7º Haojue DR 160 8º Haojue DK 150 9º Haojue Master Ride 150 10º Yamaha YBR 125 Factor

78,51 71,65 11,86 15,84

YAMAHA MOTTU

0,01 3,78

SHINERAY

1,99 2,78 1,01

HAOJUE 1,09

5,46 4,86

OUTRAS

TRAIL até 600 cm3

JANEIRO/2024

2024

POS. MODELO

26.011 7.286 3.350 3.175 1.345 980 423 309 241 204

26.011 7.286 3.350 3.175 1.345 980 423 309 241 204

1º Honda NXR 160 Bros 2º Yamaha XTZ 250 Lander 3º Yamaha XTZ 150 Crosser 4º Honda XRE 190 5º Honda XRE 300 Sahara 6° BMW G 310 GS 7º Haojue NK 150 8º Dafra NH 190 9º Royal Enfield Scram 411 10º Dafra NH 300

CITY + 160 cm3 JANEIRO/2024

2024

POS. MODELO

4.567 2.800 1.459 1.279 927 838 611 133 93 84

4.567 2.800 1.459 1.279 927 838 611 133 93 84

1º Honda CB 300F Twister 2º Yamaha Fazer FZ25 3º Yamaha MT-03 4º Royal Enfield Hunter 350 5º Bajaj Dominar 400 6º Bajaj Dominar 200 7º Yamaha YZF-R3 8º Dafra Apache 200 9º Kawasaki Ninja 400 10º Kawasaki Z400

Dezembro 2023

HONDA

CITY até 160 cm3

SCOOTER POS. MODELO

PARTICIPAÇÃO DE MERCADO EM %

JANEIRO/2024

2024

12.202 3.138 2.695 1.914 1.849 480 206 149 144 61

12.202 3.138 2.695 1.914 1.849 480 206 149 144 61

JANEIRO/2024

2024

468 264 104 100 59 37 16 13 7 6

468 264 104 100 59 37 16 13 7 6

MAXITRAIL + 600 cm3 JANEIRO/2024

2024

POS. MODELO

3.968 3.441 670 280 185 118 102 100 62 59

3.968 3.441 670 280 185 118 102 100 62 59

1º BMW R 1250 GS 2º Triumph Tiger 900 3º BMW F 850 GS 4º Honda Africa Twin 5º Suzuki V-Strom 650 6º Triumph Tiger 1200 7º H-D Pan America 8º BMW F 750 GS 9º Ducati DesertX 10º Suzuki V-Strom 1050


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LICENCIAMENTOS POR MARCA POS. Marca

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º

A Honda NC 750X foi muito bem em janeiro, emplacou mais que a campeã CB 500X; foram 262 unidades contra 141 da CB. Foi um bom começo

JANEIRO

Honda

JAN./24 Fecham. 2024 102.696 102.696

RANKING DAS CIDADES 2023 1.146.194

Yamaha Mottu Shineray Haojue BMW Royal Enfield Avelloz Dafra Kawasaki Triumph Bajaj Bull Suzuki Harley-Davidson GCX Ducati Rotom Zontes Super Soco

22.706 5.427 3.989 1.565 1.258 1.205 1.100 678 657 507 376 169 146 144 106 59 43 32 17

22.706 5.427 3.989 1.565 1.258 1.205 1.100 678 657 507 376 169 146 144 106 59 43 32 17

TOTAL GERAL

132.217

132.217 1.573.554

284.228 26.447 31.447 15.993 13.995 12.432 9.361 6.114 8.297 6.472 3.958 939 2.002 1.979 1.034 1.210 442 731 279

O primeiro mês do ano teve recuperação das regiões Sul e Sudeste com crescimento de 0,44% e 4,05%, respectivamente em suas participações. A maior queda foi na região Nordeste, com 2,07 p.p.

CENTRO-OESTE NORDESTE 11,78 NORTE SUDESTE 9,16 SUL

9,89 30,88 38,28

NAKED

CROSSOVER POS. MODELO

1º Honda NC 750X 2º Honda CB 500X 3° Kawasaki Versys 650 4º Triumph Tiger Sport 660 5º Yamaha Tracer 900 GT 6º Kawasaki Versys 1000/GT 7º Ducati Multistrada V4S 8º Ducati Multistrada V2S 9° 10º -

JANEIRO/2024

2024

POS. MODELO

262 141 67 58 41 29 15 2 -

262 141 67 58 41 29 15 2 -

1º Honda CB 500F 2º Yamaha MT-07 3º Kawasaki Z900 4º Yamaha MT-09 5º Honda CB 1000R 6º Triumph Street Triple RS 7° Honda CB 650R 8º Suzuki GSX-S750A 9° Kawasaki Z1000 10° Triumph Trident

JANEIRO/2024

2024

58 48 18 15 12 11 11 10 6 -

58 48 18 15 12 11 11 10 6 -

ESPORTIVA POS. MODELO

1º Honda CBR 650R 2º BMW S 1000 RR 3º Kawasaki Ninja 650 4° Kawasaki ZX-6R 5º Kawasaki ZX-4R 6º Kawasaki ZX-10R 7° Ducati Panigale V4S 8º Suzuki GSX 1300RA 9° Honda CBR 1000RR-R 10º -

1º Royal Enfield Meteor 350 2º Royal Enfield Classic 350 3º Royal Enfield Intercep 650 4º Royal Enfield Cont. GT 650 5º Triumph Bonneville T120B 6º Triumph Speed Twin 1200 7º Triumph Scrambler 900 8° Kawasaki Z650 RS 9º Triumph Speed Master 10º Triumph Scrambler 1200XE

CIDADE

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º

São Paulo Rio de Janeiro Manaus Belo Horizonte Brasília Belém Fortaleza Recife Salvador Teresina Goiânia Curitiba Campo Grande Maceió São Luís Cuiabá João Pessoa Guarulhos

19º 20º 21º 22º 23º 24º 25º 26º 27º 28º 29º 30º 31º 32º

Feira de Santana Ananindeua Duque de Caxias São Gonçalo Campinas Parauapebas Natal Sorocaba Jaboatão dos Guararapes Nova Iguaçu Aparecida de Goiânia Caruaru Ribeirão Preto Várzea Grande

JENEIRO

DEZEMBRO

10.883 4.567 2.244 2.197 2.005 1.709 1.682 1.681 1.307 1.295 1.246 1079 983 935 875 874 801 719

5.764 3.742 2.763 1.965 2.393 1.572 1.923 1.410 1.329 1.009 1.287 740 917 761 794 755 824 659

718 705 674 664 650 650 572 554 543 519 504 502 490 489

666 666 508 566 633 604 546 481 505 495 451 500 496 343

CUSTOM JANEIRO/2024

2024

POS. MODELO

184 146 108 106 85 39 36 35 23 21

184 146 108 106 85 39 36 35 23 21

1º Kawasaki Vulcan S 2º Harley-Davidson Fat Boy 3º BMW R 18 Pure 4º H-D Nightster Special 5º Harley-Davidson Breakout 6º H-D Heritage Classic 114 7º H-D Sportster 1250 S 8º Harley-Davidson Low Rider S 9º Harley-Davidson Fat Bob 10º Triumph/Rocket 3 R

JANEIRO/2024

2024

POS. MODELO

340 118 55 24 19 14 13 10 9 9

340 118 55 24 19 14 13 10 9 9

1º H-D Road Glide Spec./CVO 2º H-D Street Glide/CVO 3º H-D Ultra Limited/CVO 4º H-D Road King Special 5° Honda Gold Wing GL1800 6º Suzuki GSX-S1000 GT 7º BMW K 1600 GTL 8º BMW K 1600 Bagger 9º BMW R 1250 RT 10° -

CLÁSSICAS/RETRÔ POS. MODELO

POS.

FONTE: FENABRAVE JANEIRO/2024 - FOTOS DIVULGAÇÃO

DESTAQUES EM JANEIRO

JANEIRO/2024

2024

118 19 15 13 11 11 8 5 5 4

1.033 155 255 247 148 133 159 111 77 174

JANEIRO/2024

2024

11 9 9 9 3 3 2 1 0 -

11 9 9 9 3 3 2 1 0 -

TOURING

MARÇO 2024 | motociclismo 63


TABELA DE PREÇOS

1

160

17

DIAVEL 1260 S

132.990

CUSTOM

2

1 262

162

1

199,5

24,5

DESERTX

97.990

MAXITRAIL

2

937

111

DOMINAR 400

24.990 CROSSOVER

1

373,3

40

XDIAVEL S

132.990

CUSTOM

2

1 262

152

MONSTER

86.990

NAKED

2

937

111

MULTISTRADA V2 S

98.990

CROSSOVER

2

937

113

MULTISTRADA V4S

144.990

CROSSOVER

4

1.158

170

PANIGALE V4 S

162.990

SPORT

4

1.103

217

SCRAMBLER ICON

68.990

NAKED

2

803

75

STREETFIGHTER V4 S

157.990

NAKED

4

1.103

208

SCOOTER

1

350

34

G 310 R

35.500

CITY

1

313

34

G 310 GS

38.500

TRAIL

1

313

34

F 750 GS PREMIUM KIT BAIXO

69.500 MAXITRAIL

2

853

77

F 850 GS PREMIUM

74.500 MAXITRAIL

2

853

80

F 850 GS PREMIUM TFT

82.500 MAXITRAIL

2

853

80

F 850 GS ADV. PREMIUM

84.500 MAXITRAIL

2

853

80

HARLEY-DAVIDSON

CATEGORIA

sugerido (R$)

54,8

2

471

50,4

998

141,4

1.000

216,2

BREAKOUT 114

126.900

CUSTOM

2

1.868

N/D

GOLDWING TOUR

304.450

TOURING

6

1.832

126

HERITAGE CLASSIC 114

127.500

CUSTOM

2

1.868

N/D 150 89 N/D

S 1000 RR M

149.900

SPORT

4

999

210

STREET GLIDE SPECIAL

159.600

TOURING

2

1.868

N/D

S 1000 RR M CARBON

169.900

SPORT

4

999

210

ROAD GLIDE SPECIAL

159.500

TOURING

2

1.868

N/D

64 motociclismo | MARÇO 2024

745

4

1.868

160

ROAD GLIDE LIMITED

166.900

TOURING

2

1.868

N/D

160

ULTRA LIMITED

169.100

TOURING

2

1.868

N/D

CVO LIMITED

299.000

TOURING

2

1.923

N/D

HUSQVARNA 701 SUPERMOTO

110.000 SUPERMOTO

1

693

701 ENDURO

110.000 MAXITRAIL

1

693

74

NORDEN 901 EXPEDITION

159.900 MAXITRAIL

2

889

105

NORDEN 901

131.900 MAXITRAIL

2

889

105

74

JTZ KYMCO / HAOJUE

HONDA

1

745

2

4

2

1

2

58.346 CROSSOVER

SPORT

TOURING

TRAIL

52.680 CROSSOVER

NC 750X ABS DCT

NAKED

140.900

TRAIL

54,8

NC 750X ABS

78.870

ROAD KING SPECIAL

17.990

50,4

193.500

210

23.990

90,2

471

CBR 1000RR-R SP

999

NH 300

1100

2

43.260 CROSSOVER

CB 1000R

4

NH 190

2

CB 500X

122

SPORT

149

CRF 1100L AFRICA TWIN DCT 109.130 MAXITRAIL

N/D

129.900

278

90,2

1.868

S 1000 RR PREMIUM

1

24,5

1100

1.255

975

1

293,5

2

1.250

SCOOTER

1 2

2

2

SCOOTER

TRAIL

88.100 MAXITRAIL

CUSTOM

2

32.490

28.650

CRF 1100L AFRICA TWIN

CUSTOM

CUSTOM

16.490

SAHARA 300 ADV

125.500

MAXITRAIL

CRUISYM 300

24,5

125.900

111.900

CRUISYM 150

293,5

SPORTSTER S

149.900

21

1

FAT BOY 114

NIGHTSTER SPECIAL

198

TRAIL

87

PAN AMERICA

1

27.090

87

91

CITY

13,6

SAHARA 300

649

136

19.490

184

649

1.254

APACHE RTR 200 ABS

1

4

1.802

33

TRAIL

4

2

399

20.360

SPORT

2

1

14,6

XRE 190

NAKED

CUSTOM

SCOOTER

24,5

163

55.360

TOURING

36.990

293,5

1

52.590

154.500

MAXSYM 400I

1

TRAIL

CBR 650R

209.500

28

CITY

19.060

CB 650R

R 18

278

23.330

NXR 160 BROS ESDD

105

R 1250 RT PREMIUM

1

CB 300F TWISTER ABS

105

125

SCOOTER

24,5

1.923

125

27.490

293,5

1.923

1.170

CITYCOM HD 300

1

2

1.170

28

CITY

2

2

278

22.370

CUSTOM

2

1

14,9

CB 300F TWISTER CBS

CUSTOM

129.500 MAXITRAIL

SCOOTER

163

137.900

134.500 MAXITRAIL

25.990

1

116.400

R 1250 GS ADV TRIPLE B

CITYCOM 300 CBS

CITY

LOW RIDER ST

R 1250 GS A PREMIUM BR

DAFRA

17.100

LOW RIDER S

85

1.649

14,9

CG 160 TITAN

NAKED

125

6

163

40.660

895

TOURING

1

CB 500F

1.170

329.500

CITY

N/D

2

K 1600 BAGGER METEORIC

15.750

1.868

2

1.649

14,9

CG 160 FAN

2

94.500 MAXITRAIL

6

14,9

163

CUSTOM

64.900 MAXITRAIL

TOURING

163

1

123.900

R 1250 GS SPORT

309.500

1

CITY

FAT BOB 114

F 900 R SPORT

K 1600 BAGGER

CITY

14.360

PREÇO

POTÊNCIA

CILINDRADA

CILINDROS

CATEGORIA

sugerido (R$)

PREÇO

DUCATI

CITY

59.900

15.660

CG 160 START

MODELO

18.990

C 400 X SPORT

CG 160 CARGO

MARCA

DOMINAR 200

BMW

POTÊNCIA

CITY

MODELO

CILINDRADA

17.420

MARCA

CILINDROS

BAJAJ DOMINAR 160

ESPECIFICAÇÕES

ESPECIFICAÇÕES

POTÊNCIA

CILINDRADA

CILINDROS

CATEGORIA

MODELO

PREÇO

MARCA

sugerido (R$)

ESPECIFICAÇÕES

POP 110I

9.570

CITY

1

109

8

AK 550I

74.896

SCOOTER

1

163

BIZ 110I

11.670

CUB

1

109

8,3

PEOPLE GT 300I

25.950

SCOOTER

1

299

28

13.936

CITY

1

149

11,3

12,5

BIZ 125

14.610

CUB

1

125

9,1

CHOPPER ROAD CBS

FORZA 350

50.300

CUB

1

330

29,2

DK 150S FI

14.398

CITY

1

149

11,3

ELITE 125

12.580

SCOOTER

1

125

9,3

MASTER RIDE 150

16.405

CITY

1

149

12,1

12,5

PCX CBS

16.800

SCOOTER

1

149

13,2

LINDY 125

13.734

SCOOTER

1

125

8,4

27

PCX DLX

18.910

SCOOTER

1

149

13,2

VR 150

16.027

SCOOTER

1

150

10,8

183

18

ADV 150

23.060

SCOOTER

1

149

13,2

NK 150

17.847

TRAIL

1

150

12

278

25,2

X-ADV 750

91.780

SCOOTER

2

745

54,8

DR 160 FI

19.246

CITY

1

125

15


saiba mais sobre mercado em

motociclismoonline.com.br

CILINDRADA

24,5

TIGER 900 RALLY

76.590 MAXITRAIL

3

888

9

648

47

TIGER 900 RALLY PRO

78.990 MAXITRAIL

3

888

95

PREÇO

PREÇO

POTÊNCIA

CILINDROS

411

2

MODELO

CATEGORIA

1

NAKED

MARCA

sugerido (R$)

POTÊNCIA

TRAIL

28.900

CILINDROS

22.490

INTERCEPTOR 650

MODELO

CATEGORIA

SCRAM 411

MARCA

sugerido (R$)

CILINDRADA

KAWASAKI

CROSSOV. • crossover I MAXITR. • maxitrail I CICLOM. • ciclomotor I ESPORT. • esportiva I Preços e dados fornecidos pelos fabricantes

ESPECIFICAÇÕES

ESPECIFICAÇÕES

POTÊNCIA

CILINDRADA

CILINDROS

CATEGORIA

MODELO

PREÇO

MARCA

sugerido (R$)

ESPECIFICAÇÕES

METEOR 350 SUPER NOVA

23.790

CUSTOM

1

349

20,5

TIGER 1200 GT EXPLORER

114.490 MAXITRAIL

3

1.160

150

Z 4O0 ABS

33.490

CITY

2

399

48

CLASSIC 350

23.290

CUSTOM

1

349

20,5

TIGER 1200 RALLY EXPLORER 120.390 MAXITRAIL

3

1.160

150

Z 650 SE

45.990

NAKED

4

649

68

HUNTER 350 DAPPER

19.990

CUSTOM

1

349

20,5

TIGER SPORT 660

56.990 CROSSOVER

3

660

81

Z 650 RS

49.530

NAKED

4

649

68

TRIDENT 660

49.990

NAKED

3

660

81

NINJA 300

29.990

CITY

2

296

39

123.490

3

2.500

167

35.810

ROCKET 3 R

CUSTOM

NINJA 400

CITY

2

399

48

NINJA 400 KRT

35.990

CITY

2

399

48

NINJA 650

47.990

SPORT

4

649

68

NINJA ZX-6R KRT

72.990

SPORT

4

636

136

NINJA ZX-10R KRT

115.990

SPORT

4

998

200

NINJA ZX-4R

55.990

SPORT

4

398

80

VERSYS-X 300

33.990

TRAIL

2

296

40

VERSYS-X 300 TOURER

37.990

TRAIL

2

296

40

VERSYS 650

51.990 CROSSOVER

2

649

64

VERSYS 650 TOURER

58.990 CROSSOVER

2

649

64

VERSYS 1000

72.990 CROSSOVER

4

1.043

120

VERSYS 1000 GT

93.990 CROSSOVER

4

1.043

120

VULCAN S

49.990

CUSTOM

2

649

61

VULCAN S CAFE

50.990

CUSTOM

2

649

61

Z 900

60.490

NAKED

4

948

125

Z 900 RS

64.990

NAKED

4

948

109

Z 900 RS R EDITION

70.990

NAKED

4

948

109

SHINERAY JET 50

8.790 CICLOMOTOR

1

48

2,7

VOLTZ

WORKER 150

8.990

TRAIL

1

145

8,5

EV1 SPORT

15.890

SCOOTER

-

-

4.500 W

JET 125 SS EFI

10.790

CUB

1

120

7,2

EVS

21.490

CITY

-

-

7.000 W

JEF 150 S

12.990

CITY

1

150

12

EVS WORK

19.290

CITY

-

-

7.000 W

SHI 175

13.990

TRAIL

1

175

14

YAMAHA

SUZUKI

NEO 125 UBS

12.490

SCOOTER

1

125

9,8

GSX-R1000R

117.900

SPORT

4

999

202

FLUO ABS

14.990

SCOOTER

1

125

9,5

V-STROM 650 XT

55.905 MAXITRAIL

2

645

71

NMAX 160 ABS

21.290

SCOOTER

1

155

15

V-STROM 650 XT ADV

61.905 MAXITRAIL

2

645

71

FACTOR 125I UBS

15.090

CITY

1

124

11

V-STROM 1050

82.600 MAXITRAIL

2

1.037

101

FACTOR 150 ED UBS

16.090

CITY

1

149

12,2

V-STROM 1000 XT ADVENTURE

86.950 MAXITRAIL

2

1.037

101

FAZER 150 UBS

17.190

CITY

1

149

12,2

GSX-S750

54.950

NAKED

4

749

114

FZ15 ABS

19.190

CITY

1

149

12,2

GSX-S1000

79.600

SPORT

4

999

145

FAZER FZ25 ABS

22.790

CITY

1

249

21,3

GSX-S1000 GT

92.600

SPORT

4

999

145

YZF-R3 ABS

33.590

CITY

2

321

42

HAYABUSA

124.500

SPORT

4

1.340

197

YZF-R15

18.990

CITY

1

155

18,8

KTM

MT-03

32.090

CITY

2

321

42

390 DUKE

36.990

CITY

1

373

44

MT-07

47.990

NAKED

2

689

74,8

890 SMT

124.900

SUPERMOTO

2

889

105

TRIUMPH

890 R

147.900 MAXITRAIL

2

889

105

BONNEVILLE T100 BLACK

890 S

137.900 MAXITRAIL

2

889

105

BONNEVILLE T120 BLACK

Z 1000 Z 1000 R EDITION

75.990 81.990

NAKED NAKED

4 4

1.043

142

1.043

142

MT-09

60.8 90

NAKED

3

847

115

NAKED

2

900

55

TRACER 900 GT

68.590 CROSSOVER

3

847

115

61.490

NAKED

2

1.200

80

XMAX ABS 250

31.990

SCOOTER

1

250

28,2

65.490

CUSTOM

2

1.200

77

XTZ CROSSER 150 S ABS

20.190

TRAIL

1

149

12,2

56.490

1290 SUPERDUKE R

172.900

NAKED

2

1.301

180

BONNEVILLE BOBBER

1290 SUPERADV S

185.900 MAXITRAIL

2

1.301

160

SPEED 400

29.990

NAKED

1

398

40

XTZ CROSSER 150 Z ABS

20.390

TRAIL

1

149

12,2

1290 SUPERADV R

192.900 MAXITRAIL

2

1.301

160

SCRAMBLER 400 X

33.990

NAKED

1

398

40

LANDER 250

25.790

TRAIL

1

249

20,7

SPEED TWIN 1200

63.490

NAKED

2

1.200

97

STREET SCRAMBLER

55.890

NAKED

2

900

55

SCRAMBLER 1200 XE

72.990

NAKED

2

1.200

90

ZONTES

STREET TRIPLE 765 RS

68.990

NAKED

3

765

123

ROYAL ENFIELD

R 310

28.990

NAKED

1

312

34,8

CONTINENTAL GT 650

29.990

NAKED

2

648

47

TIGER 900 GT

74.590 MAXITRAIL

3

888

95

T 310

31.490

TRAIL

1

312

34,8

HIMALAYAN

24.290

TRAIL

1

411

24,5

TIGER 900 GT PRO

76.990 MAXITRAIL

3

888

95

V 310

29.990

CUSTOM

1

312

34,8

MARÇO 2024 | motociclismo 65


COLUNA POR RAUL FERNANDES JR.

Elétricos em alta na Índia Com média mensal de mais de 73 mil unidades nos emplacamentos de scooter elétricos, a Índia comprova tendência mundial que aprova as motos elétricas RAUL FERNANDES JR. Ex-diretor de redação da MOTOCICLISMO, é especialista em mercado de motocicletas

istockphoto

O

Se você tem sugestões para esta coluna, ENVIE PARA: redacao@motociclismoteam.com.br 66 motociclismo | FEVEREIRO 2024

s licenciamentos de veículos elétricos de duas rodas, em fevereiro de 2024, totalizaram 81.963 unidades, exibindo um status diferenciado considerando os números mês a mês. Um ponto digno de nota é o dia a mais neste mês de fevereiro, o que pode também ter contribuído para esse crescimento. Entretanto, a taxa média de venda mensal acumulada no ano ficou em 73.190 unidades, apresentando um aumento anual de 21% em comparação com a média do ano fiscal anterior, de 60.500 unidades. Esses dados provenientes da Índia, o maior mercado mundial de motos, revelam um retrato do mercado elétrico de duas rodas, com fabricantes importantes fazendo proezas no setor de e-scooter que está em plena evolução. As motos elétricas em fevereiro deste ano representaram 5,7% do total de motos emplacadas, pouco mais que os 5,6% de janeiro, sublinhando o impulso sustentado dos E2W (Eletric 2 Wheeler) no mercado. A marca Ola Electric continua dominando as vendas e mantém o primeiro lugar com 33.722 unidades registradas em fevereiro de 2024. A empresa não apenas garantiu os registros mais altos, mas também comandou uma impressionante participação de mercado de 41,1%. Essa conquista foi reforçada por uma redução estratégica de preços nos últimos 15 dias do mês. Seguem a líder Ola Electric a TVS Motors com 17,7%, a Bajaj Auto, com 14,2%, e a Ather Energy, com 11%. A Greaves Electric, anteriormente conhecida como Ampere, conquistou 3,2% da participação de mercado.

Outro dado bastante interessante para esse crescimento dos produtos elétricos é que 25% dos compradores desses veículos têm sistemas solares nos telhados de suas casas, segundo Shailesh Chandra, diretor geral da Tata Motors Passenger Vehicles Limited e Tata Passenger Electric Mobility Limited. Em recente entrevista, Shailesh Chandra, comentou a participação atual da energia renovável no carregamento de veículos elétricos, algo em torno de 44%. Ele explicou que alcançar uma penetração de 70% na infraestrutura solar em telhados, nos próximos três anos, poderia elevar o mix de energia renovável para carregamento de veículos elétricos para 90%. Tal transformação tem o potencial de enfrentar os desafios do país para alcançar a neutralidade de carbono, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis e ainda melhorar o índice de qualidade do ar. Esperamos que isso possa se concretizar o mais breve possível, pois infelizmente a infraestrutura mundial ainda não está preparada para que a maioria da frota dos veículos em circulação seja elétrica. No caso dos e-scooter, como as baterias são menores, o impacto é menos relevante, especialmente na capacidade de fornecimento de eletricidade das companhias de energia. No Brasil, as vendas ainda são pequenas, se comparadas às de motos a combustão, mas a seguir o caminho das vendas dos carros elétricos e híbridos, deve faltar infraestrutura para atender uma demanda maior, como a da Índia.



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