HARLEY-DAVIDSON STREET GLIDE 2024
IMPRESSÕES
Honda Elite 125
O scooter de entrada da marca da asa recebeu muitas mudanças que o deixaram mais esperto ... 32
TESTE
Ducati Multistrada V4
Rally Adv.
Uma moto trail que promove sensações incríveis em qualquer terreno que você quiser 40
Harley-Davidson Street Glide
Conheça a Grand American
Touring que seduz pelo design e cativa pelo excelente desempenho devorando o asfalto 48
SEÇÕES
HONDA ELITE 125
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“Temos motivos para comemorar muito além do dia do motociclista”
Semestre do motociclista
Dia 2 7 de julho foi o D ia do M otociclista e vimos comemorações e homenagens aos homens e mulheres que pilotam m otos por todo o Brasil. A revista MOTOCICLISMO, como não poderia deixar de ser, com a campanha Sim à Motocicleta, fomenta o bom uso da motocicleta, assim como a pilotagem segura e a correta utilização de equipamentos de proteção. Seguimos com a campanha com o apoio da Abraciclo e este mês vamos falar sobre curvas, destrinchando técnicas e cuidados que o motociclista deve tomar para curtir uma das mais incríveis sensações que só uma moto pode oferecer, a inclinação em movimento. Temos que comemorar também os números nos emplacamentos de junho, que mostram o fechamento do primeiro semestre como o segundo melhor da história, o que você pode conferir na seção Mercado. Outro motivo de alegria são os lançamentos que não param de acontecer por aqui. A Honda
reformulou seu scooter de 125 cm³ e o Willian Teixeira foi até Campinas, no interior de São Paulo, para conferir tudo que mudou nesse belo scooter. Outra moto recém-chegada que está nos testes em nossas páginas é a Ducati Multistrada V4 Rally Adventure, que poderia parecer um contrassenso pela capacidade do motor, mas mostrou que tem muito a oferecer e é realmente uma moto muito versátil e divertidíssima. Finalizando os testes, você vai conferir outro lançamento, este da norteamericana Harley-Davidson, a Street Glide 2024. Ela também recebeu inúmeras alterações que a deixaram muito mais confortável e prazerosa para encarar a estrada dos sonhos de qualquer amante das motos touring. Como você pode ver, nós trabalhamos bastante para esta edição, mas sobretudo nos divertimos muitíssimo para produzir este conteúdo. Na sequência você acompanha, depois da seção Mercado, a tabela de preços das motos e a coluna do Raul Fernandes. Espero que goste. Um abraço e boa leitura!
Ismael Baubeta - Editor ismael baubeta@motociclismoteam.com.br
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Notícias e curiosidades do mundo motociclístico
Honda XR 300L
Tornado: nas lojas a partir de agosto
A versão mais aventureira, que tem boa parte da mecânica de sua congênere Sahara, é mais magrinha e menos cheia de badulaques para ajudar no off-road
Onome Tornado está oficialmente de volta ao line-up da Honda, batizando a nova XR 300L Tornado. Ela é mais uma opção trail de 300 cm³ da Honda, tendo como uma de suas premissas “colocar os clientes de volta ao caminho das aventuras”.
Dentre os elementos compartilhados com a Sahara 300 temos o chassi e o motor monocilíndrico de 293,5 cm³ de tecnologia flex. Com gasolina, ele entrega 24,3 cv e 2,70 kgf.m de potência e torque, números que sobem para 24,8 cv e 2,74 kgf.m no etanol.
O câmbio é de seis marchas com embreagem assistida e deslizante. Uma diferença sobre a XRE 300 Sahara está na relação final: para oferecer melhor desempenho na utilização off-road, a Tornado usa coroa/pinhão 14/39, contra 14/40 em sua irmã.
Os aros são da marca D.I.D. e já estão preparados para usar pneus com travas de aro. Eles medem 21 polegadas na frente e 18 atrás. Já os freios usam discos nas duas rodas, com 256 mm na dianteira e 220 mm na traseira e ABS de canal duplo.
A Honda XR 300L Tornado chega às lojas em agosto com preço público sugerido partindo de R$ 27.690, base São Paulo com frete incluso. Ela está disponível apenas na cor vermelha, e a garantia é de três anos sem limite de quilometragem.
A Harley-Davidson ‘em clima de rock and roll’ está no Brasil
A Low Rider ST Enthusiast Tobacco Fade será oferecida no Brasil. O modelo terá 12 unidades comercializadas por aqui custando R$ 147.148. Seu principal diferencial está na pintura especial, remetendo ao clássico acabamento em madeira Sunburst, muito usado nas guitarras das bandas de rock dos anos 1960.
No mais, é igual a Low Rider ST: motor Milwaukee-Eight 117 de 1.923 cm³, controle de tração e freios ABS.
Avante: Bajaj cresce 140%
A Bajaj finalizou o 1º semestre com crescimento de mais de 140% nas vendas em relação ao mesmo período de 2023. Desde 2022, a gigante indiana comercializou 3.617 unidades dos modelos Dominar 160, 200 e 400 nos seis primeiros meses de 2024, contra 1.478 no mesmo período de 2023.
Em 2024, a média mensal está em 602 motos comercializadas, enquanto em 2023 foram 316 motos por mês, diz a marca. Ainda segundo a marca, o resultado do primeiro semestre é 46% superior ao obtido no mesmo período do ano passado.
PLANETA
Notícias e curiosidades do mundo motociclístico
MV Agusta tem nova esportiva de 208 cv em tiragem limitadíssima
A moto italiana de estilo clássico traz componentes diferenciados como bielas de titânio, freios Brembo e suspensões Öhlins
ASuperveloce 1000 Serie Oro acaba de ser apresentada pela MV Agusta na Europa. A máquina, feita sob a base da Superveloce 1000, terá apenas 500 unidades produzidas para o mundo inteiro. Ela é a sexta motocicleta da MV Agusta a carregar o exclusivo rótulo Serie Oro, seguindo a estrada percorrida por F4, Brutale 750, F3, Brutale 1000 e Superveloce 800.
A nova Superveloce 1000 Serie Oro traz o visual inspirado na MV 500 que competiu em 1972. Seu motor é um invocado quatro em linha com 998 cm³ de capacidade. A marca declara que ele entrega 208 cv de potência a 13.000 rpm e 11,8 kgf.m de torque a 11.000 giros. Apesar disso, ele tem bielas em titânio, permitindo que este motor atinja incríveis 14.000 rpm.
Na eletrônica, ela traz controle de tração com oito níveis e quatro modos de pilotagem. As suspensões de alta performance são fornecidas pela Öhlins, enquanto os freios ficam a cargo da Brembo. O sistema dispõe de discos de 320 mm na dianteira e 220 mm na traseira, além de um sofisticado sistema ABS.
Câmbio ASA e tanque de 30 litros
A BMW apresentou a R 1300 GS Adventure na Europa. O modelo, topo de linha da família GS, é o primeiro da marca alemã a contar com o ASA, novo sistema de trocas automatizadas de marchas. A tecnologia dispensa o acionamento da alavanca de embreagem, permitindo que as trocas ocorram apenas apertando o pedal do câmbio ou de maneira totalmente automática.
Outro de seus diferenciais é o tanque maior, com capacidade para 30 litros de combustível. Além disso, ele permite a instalação de suportes extras de bagagens. Nesse sentido, o modelo também recebeu algumas modificações sutis na sua estrutura, visando abrigar mais peso e favorecendo o uso em longas viagens.
N o r d e n 9 0 1 Expedition
alcance paisagens épicas e distantes e descubra diversas culturas. Apoiada por 240 mm de suspensão wp xplor de alta qualidade, a nova norden 901 expedition tem todos os recursos de que você precisa para viajar mais longe. basta girar as rodas e mundos totalmente novos estarão ao seu alcance.
*equipada com os acessórios de fábrica, como: punhos e banco do condutor aquecidos, Protetor de motor e cárter mais robusto, Pára-brisa Touring e malas laterais.
DESEMPENHO DESBLOQUEANDO COM BAJAJ
PLANETA
Notícias e curiosidades do mundo motociclístico
A nova roadster clássica da Royal Enfield
A marca indiana amplia seu line-up com a base da nova Himalayan 450. O conjunto ciclístico recebeu os ajustes necessários para deixá-la bem enquadrada ao seu estilo
AGuerrilla 450 é a nova roadster clássica da Royal Enfield com o conjunto mecânico da Himalayan 450. Ela é movida pelo motor Sherpa 450, que possui 452 cm³ de capacidade e refrigeração líquida, entregando 40 cv de potência e 4,07 kgf.m de torque. A transmissão é de seis marchas, com embreagem assistida e deslizante.
Sua estrutura conta com um chassi perimetral no estilo da Royal Enfield Himalayan 450, ou seja, o motor é parte estrutural da Guerrilla 450. Já as suspensões contam com garfo telescópico dianteiro com 43 mm de diâmetro e 140 mm de curso, enquanto atrás há monoamortecedor com 150 mm de curso.
Os freios trazem ABS de dois canais, com disco de 310 mm na frente e 270 mm na traseira. Enquanto isso, as rodas da Guerrilla 450 são de 17 polegadas e calçam pneus CEAT sem câmara nas medidas 120/70 e 160/60, respectivamente.
Os preços da Guerrilla 450 na Índia partem de 239.000 rúpias, algo em torno de R$ 15.500 em conversão direta. Vale lembrar que o valor para a Índia não considera despesas adicionais e nem outras taxas. O modelo deve vir ao Brasil, assim como a Himalayan 450, porém em data a ser definida pela Royal Enfield.
Shineray
atinge
‘maioridade’ no Brasil com mais
lançamentos
A Shineray completou 18 anos de operações no Brasil. Famosa no país por suas cinquentinhas e modelos de menor cilindrada, a Shineray vem trabalhando um reposicionamento no Brasil.
Ao longo do ano a empresa já lançou dois modelos, a street Free 150 EFI e o scooter Urban 150 EFI.
A marca trabalha na estreia de modelos maiores, na faixa de 250 cm³. São eles: a crossover Titanium 250, a custom Iron 250 e a trail SHI 250 – esta última uma derivada da SHI 175, que acaba de ganhar injeção eletrônica.
Yamaha entra na onda das trocas automatizadas
Com o Y-AMT, a Yamaha também passa a contar com o seu sistema automatizado de marchas. Ele opera por meio de dois atuadores elétricos que substituem o funcionamento do manete de embreagem e do pedal do câmbio, ou seja, as motos equipadas com o novo recurso não terão estes itens instalados.
Com o Y-AMT, o usuário poderá optar por realizar as trocas de marchas manualmente, ou deixar que o sistema execute o procedimento. A Yamaha não anunciou em quais modelos o recurso será adotado.
PLANETA
Notícias e curiosidades do mundo motociclístico
Tributo ao motor
Superquadro
Provavelmente essa versão especial do motor V2 da Ducati é para fechar seu ciclo com a descontinuidade
ADucati revelou uma nova edição de colecionador da Panigale V2. Batizada de Superquadro Final Edition, ela terá somente 555 unidades produzidas globalmente e, ao que tudo indica, celebra a despedida do motor V2 Superquadro.
A Ducati criou um pacote bastante exclusivo para a nova Panigale V2 Superquadro Final Edition. A pintura foi elaborada pelo Ducati Center Style em conjunto com a Drudi Performance, com grafismos nas cores características da marca italiana: branco, vermelho, preto e cinza.
A base técnica da Panigale V2 traz chassi monocoque, suspensões e amortecedor de direção Öhlins, pedaleiras ajustáveis Rizoma, além de itens em fibra de carbono, como para-lamas, protetores e tampa do escapamento. Seu pacote eletrônico inclui ABS Cornering EVO, o Ducati Traction Control (DTC) EVO 2, o Ducati Wheelie Control (DWC) EVO, o Ducati Quick Shift up/ down (DQS) EVO 2 e Engine Brake Control (EBC) EVO.
A esportiva é oferecida em configuração monoposto, com manoplas esportivas. Também há kit para remoção de placa, retrovisores e tampa do tanque em alumínio, tudo entregue junto com a moto. Os exemplares também serão numerados e entregues com certificado de autenticidade.
VISÃO DA INDÚSTRIA
Por ORLANDO CESAR LEONE presidente da Anfamoto
O barato sai caro
A“As peças falsificadas que entram no país não só causam prejuízo, mas principalmente colocam a vida dos motociclistas em risco”
s peças da sua motocicleta são itens que não podem ser negligenciados. Peças de boa qualidade e procedência fidedigna garantem um melhor desempenho da moto e menor frequência de manutenção, sinônimo de economia de tempo e dinheiro. Peças de procedência e qualidades duvidosas têm durabilidade muito inferior, e ainda causam um enorme risco de acidentes que podem ser fatais. Você, leitor, deve estar se perguntando: como fazer para saber se a peça tem boa procedência? Adquira sempre marcas com boa reputação e que sejam reconhecidas pela qualidade. Outra dica que pode ajudar a reconhecer uma peça de procedência duvidosa são os preços muito baixos. Há ainda o aspecto visual, tanto na qualidade do papel e impressão da embalagem, como se o produto tem certificado de qualidade, etiqueta com dados do importador e canal de contato de atendimento ao consumidor (SAC) para esclarecer todas as dúvidas e prestar o atendimento adequado ao consumidor. Vale lembrar ainda que algumas peças têm que ter obrigatoriamente o selo de qualidade do Inmetro, que garante que a peça é certificada dentro dos padrões de qualidade exigidas por normas técnicas brasileiras. O capacete é um acessório fundamental para a segurança do condutor e é um dos itens que mais sofre com cópias e fabricação pirata, fora dos requisitos de qualidade e conformidade. É um item fundamental para a segurança do motociclista em caso de acidentes. Apesar de imitar os produtos originais, essas réplicas são de baixíssima qualidade e não estão de acordo com a legislação brasileira, e o Código de Trânsito que exige o selo de certificação do Inmetro. Para que essa verificação esteja na palma da mão do consumidor, o Inmetro está adotando ferramentas para garantir um papel importante no combate à pirataria. O setor de capacetes será o projeto piloto do órgão para essa verificação. Estamos muito felizes e orgulhosos com essa iniciativa que vai garantir principalmente mais segurança para o motociclista. Outro item que sofre com a pirataria e má qualidade são os kits de transmissão (corrente, coroa e pinhão). Recentemente uma operação de fiscalização da Receita Federal no porto de Pecém apreendeu 12 mil kits sem a devida certificação do Inmetro. Esses kits iriam abastecer o mercado paralelo de peças de reposição falsificadas. Esse é um alerta para que você, motociclista, não ponha sua vida em risco, pois, como diz o ditado popular, “o barato, sai caro”.
* A opinião dos colunistas não reflete necessariamente a opinião da revista
PARA RODAR COM MAIS SEGURANÇA COM SUA MOTO
Todo bom motociclista deve pilotar com precaução e utilizar algumas técnicas para não passar perrengues. Aqui trazemos algumas boas práticas e dicas para você aplicar na pilotagem
Pensando na grande quantidade de novos motociclistas, a campanha da revista MOTOCICLISMO, Sim à Motocicleta, com o apoio da Abraciclo, que fomenta a segurança, o bom uso da moto e a consciência na utilização dos equipamentos de proteção, desta vez traz algumas dicas de pilotagem que podem ajudar você a evitar ser pego de surpresa na hora de fazer uma curva.
As curvas para a maioria dos motociclistas é o momento mais prazeroso na pilotagem de uma motocicleta e é um ponto que exige muita atenção para executá-las com eficiência e segurança.
PREVISÃO E CAUTELA
A melhor base para a pilotagem segura de uma moto, sem dúvida é a prudência e a previsão, ou seja, andar sempre atento e com o olhar mais adiante com o intuito de prevenir situações de risco e assim ter tempo de evitá-las. Essa precaução lhe dará tempo de agir com antecedência e escapar de situações perigosas que possam ocorrer em qualquer situação.
As dicas são apenas algumas simples precauções e cuidados que exigem basicamente atenção e, independentemente de seu nível de pilotagem, você pode tomar.
AS CURVAS
Se você já é motociclista há mais tempo provavelmente já deve utilizar algumas dessas técnicas e boas práticas na pilotagem, mas se você é um novato ou menos experiente, fique atento a esses toques que vão ajudar você a melhorar sua pilotagem e andar de forma mais segura com sua moto.
Embora no dia a dia do trânsito urbano as curvas se resumam a esquinas e ao traçado de algumas avenidas, todas elas com velocidades limitadas, ainda assim é necessário ter cautela e utilizar o bom senso como precaução.
Diferente de como é na estrada, onde você tem a imprevisibilidade dos traçados das curvas (quando você não conhece o caminho), das condições do asfalto, nas esquinas e avenidas esses atributos também estão presentes e neles ainda é agregado o convívio com pedestres, ciclistas e demais veículos.
PREPARAÇÃO PARA A CURVA
Embora a velocidade permitida para rodar por ruas e avenidas nas cidades seja limitada, é primordial você sinalizar e preparar os movimentos para entrar numa curva, seja na esquina entre ruas ou para sair pela transversal de uma avenida.
Como a velocidade permitida nas avenidas e vias expressas é mais alta, o primeiro passo é andar dentro do limite legal, depois, sinalizar sua intenção de mudança de direção e, finalmente, ir para a faixa da direita para fazer a conversão. Incline a moto com suavidade para não invadir a mão contrária e reacelere gradualmente.
NAS AVENIDAS
O tráfego de motos nas avenidas é pelo corredor entre os carros ou na faixa azul, a faixa exclusiva para motos da cidade de São Paulo. Nesse ambiente as curvas são um desafio e podem ser um risco se você se ex-
puser a algumas situações que podem, mas não devem passar desapercebidas. Por isso em primeiro lugar evite andar ladeado por dois carros nas curvas, independentemente do seu raio.
Nessa situação, se um dos carros fizer um desvio ou simplesmente sair da linha e invadir o corredor, você pode ficar sem espaço para se livrar e sobre uma moto nunca é bom depender da sorte. Também não faça ultrapassagens entre os carros nas curvas, pois com a moto inclinada seu guidão se aproxima do espelho retrovisor do carro do lado interno da curva e suas rodas ficam mais próximas do carro do outro lado.
Já em caso de tráfego mais intenso, mantenha distância da moto da sua frente de modo a ter tempo e espaço para uma reação.
ULTRAPASSAGENS ANTES DA CURVA
Até aqui não há segredos, certo? Pois é, mas é preciso manter a atenção e evitar acelerar para tentar fazer uma ultrapassagem perto do ponto para onde você quer virar.
Isso pode se transformar em perigo se você chegar rápido demais na esquina, pois terá que fazer uma frenagem mais forte para tentar fazer a curva e entrar na rua. Nessa situação sua motocicleta vai chegar com a suspensão dianteira comprimida, dificultando o direcionamento da moto, facilitando também a perda de aderência do pneu dianteiro, que estará sobrecarregado com a força da frenagem, e, uma simples diferença no nível de aderência do asfalto pode te levar para o chão.
Caso sua moto não tenha ABS a frenagem será mais crítica, pois essa situação pode ocasionar o travamento das rodas e a perda da direção.
Lembre-se! Logo depois da esquina você vai encontrar a faixa de pe-
NAS ESQUINAS PRESTE ATENÇÃO
◗ Velocidade de aproximação: sempre que você estiver se aproximando de uma esquina, diminua a velocidade para evitar frear mais forte com a moto inclinada. Leve em consideração que pode haver pedestres, ciclistas ou outro obstáculo próximo à faixa.
◗ Pavimento: evite as zonas mais próximas do meio-fio, pois é ali que se acumula a sujeira da rua (areia, pedriscos etc) e passar pela sujeira inclinado ou frear sobre esses detritos pode causar perda de aderência e queda.
◗ Chuva: o início da chuva é quando o asfalto fica mais escorregadio, pois é o momento em que toda a sujeira começa a subir e vira um verdadeiro sabão até que seja “lavada” pela água da chuva. Lembre-se de pilotar mais devagar e de forma mais suave sob chuva.
◗ Manchas de óleo: fique atento a manchas mais escuras no asfalto, elas podem ser de óleo. Na chuva as manchas geralmente brilham e ficam coloridas, as vezes são azuladas, outras vezes é possível ver uma espécie de arco-íris, evite passar sobre elas.
destres, a qual tem menor aderência que o asfalto e, em condição de chuva, é necessário redobrar a atenção. Outro cuidado que você deve ter para fazer curvas é nas descidas, já que o declive é uma condição dinâmica onde há maior transferência de peso para a roda dianteira o que merece atenção para não perder a aderên-
cia da roda dianteira, principalmente sob chuva. Esperamos que essas dicas possam ser muito úteis para você que vai pilotar sua moto, mas lembre-se: elas de nada servirão se você não pilotar com prudência e respeitando as leis de trânsito. Divirta-se com sua moto. Aproveite o que ela tem de melhor!
Motocicleta é mais que uma paixão, é um estilo de vida
A moto sem dúvida é o meio de transporte que pode transformar a vida de uma pessoa, seja pela mobilidade, seja pela economia. O final é sempre o mesmo, a paixão pela liberdade que ela oferece
Amotocicleta vem ganhando cada vez mais protagonismo e contribuindo para a mobilidade de muitos brasileiros. Para os motociclistas apaixonados, ela é mais que um simples meio de locomoção. Não é por acaso que o número de pessoas habilitadas a conduzir veículos motorizados de duas ou três rodas cresceu 39% em dez anos. Segundo levantamento da Senatran (Secretaria Nacional do Trânsito), analisados pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares –Abraciclo, até maio deste ano, mais de 39 milhões de pessoas possuíam a CNH (Carteira Nacional Habilitação), na categoria A.
A motocicleta tem grande presença nos centros urbanos, onde é utilizada como meio de transporte para os deslocamentos, instrumento de trabalho para os serviços de entrega ou lazer. Sua agilidade a transforma no instrumento perfeito nos atendimentos de urgência e emergência. Não é por acaso que o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e o Corpo de Bombeiros utilizam o veículo para encarar o trânsito caótico e prestar socorro de forma mais ágil. E tem mais: a Polícia Militar conta com a Rocam (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas) para reforçar o policiamento e combater a criminalidade.
As motocicletas também representam um hobby para milhares de pessoas apaixonadas. Um passeio proporciona experiências únicas, com maior conexão com a natureza e a sensação de liberdade.
Saindo das grandes cidades, a motocicleta também pode ser vista no campo. Por serem mais acessíveis e eficientes, é comum ver agricultores usando o veículo de duas rodas nas atividades rurais ou até mesmo em seus deslocamentos. Existem ainda os amantes por aventura que adoram pegar uma estrada para fazer trilhas com os amigos.
Por conta desses atributos, a motocicleta se tornou um estilo de vida para muitos de seus usuários, atraindo um público cada vez maior, entre eles as mulheres. Hoje,
existem aproximadamente 9,7 milhões de pessoas do gênero feminino habilitadas com a CNH na categoria A, o que corresponde a 24,7% dos motociclistas. Em dez anos, o crescimento foi de 60%. Entre os homens, o aumento nesse mesmo período foi de 33,3%, atingindo o número de 29,5 milhões de habilitados.
Mas por onde rodam esses motociclistas? Até maio, a frota nacional era formada por 34 milhões de unidades, o que corresponde a 28% dos veículos que circulam pelo País. Em dez anos, o crescimento foi de 40%. A Região Norte, onde estão instaladas as 15 associadas da Abraciclo, registrou o maior crescimento porcentual, de 52,5% nesse mesmo período. Hoje, 3,4 milhões de motocicletas circulam pelos estados do Amazonas, Acre, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Em números absolutos, a Região Sudeste possui a maior frota, com 12,8 milhões de unidades. Em segundo lugar, está o Nordeste, com 9,8 milhões de motocicletas, seguido pelo Sul, com 4,6 milhões de unidades. O Centro-Oeste, que tem uma frota de 3,4 milhões de motocicletas, ocupa a quinta posição.
Esses números comprovam que não é exagero dizer que o motociclismo movimenta e tem o poder de transformar a vida das pessoas. No guidão, muitos descobrem novas habilidades e potenciais. Por isso, a Abraciclo te convida a fazer parte desse grupo! Essa mudança, com certeza, vai marcar sua vida.
Coluna produzida pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo)
A LINHA DE LUBRIFICANTES QUE TRANSFORMA SUA MOTO
A Super Meteor 650 é a essência das motocicletas Cruiser, construída para novas descobertas em estradas inesquecíveis. Cada acelerada e cada curva são promessas de uma jornada sem limites de quilometragem.
Surpreenda-se com a nova Super Meteor 650.
Mais estilo e agilidade na mobilidade urbana
Fácil de pilotar, o scooter de entrada da Honda foi completamente repaginado e segue atendendo com competência os iniciantes no mundo das motos
Em sua primeira reformulação o Elite recebeu várias melhorias. Ele ganhou espaço e o motor está mais eficiente
OElite 125 foi lançado em 2018 como nova opção para o segmento de entrada, juntando-se ao PCX no line-up de scooter da Honda. Desde então, já são mais de 110 mil unidades comercializadas. Para a linha 2025 o modelo passou por sua primeira reformulação, recebendo novo visual, mudanças no chassi e um pacote com mais itens de série – sem perder a simplicidade na tocada.
Mapa dos usuários do Elite 125
Segundo a marca, o modelo é a primeira moto de 62% de seus clientes. Deste total de compradores, 60% são mulheres e 62% possuem entre 30 e 49 anos. Isso se traduz em novos motociclistas buscando facilidade na pilotagem com custo acessível.
Como é pilotar o Elite 125
Estivemos em Campinas (SP) para acelerar o Elite 125 e verificar o comportamento deste novo conjunto e sentir todas as suas virtudes. Percorremos cerca de 50 quilômetros por ruas e avenidas da cidade, além de rodarmos em alguns trechos curtos de rodovias nos arredores do município.
A facilidade na pilotagem é uma característica marcante no Honda Elite 125, afinal, para sair do lugar é só ligar e acelerar. A posição de pilotagem ficou melhor graças a muitas mudanças, como no assoalho plano, que ficou ligeiramente maior, ganhando espaço para os pés do piloto. As pedaleiras da garupa agora são retráteis, substituindo o recuo na carenagem presente no antigo Elite, ponto positivo para o conforto da garupa.
O painel mudou. Ele foi dividido em dois, um com velocímetro e conta-giros, o outro com as demais informações
Sob o banco. 1,5 litro a mais de capacidade, suficiente para guardar um capacete aberto. Atrás do banco, o tanque
A
ergonomia também foi revista. O guidão ficou mais distante das pernas e o banco está 7 mm mais baixo, dando mais conforto
A posição do guidão mudou, agora ele está um pouco mais distante das pernas do condutor. Isso permite uma pilotagem mais ereta, evitando as batidas nos joelhos nos condutores mais altos. O assento está 7 mm mais baixo, privilegiando a ergonomia dos mais baixinhos. Já o conforto do banco está dentro do esperado para sua proposta nos deslocamentos curtos na cidade.
A leveza sempre foi um dos pontos altos no Elite, e esse aspecto ficou ainda mais evidente, seu peso é quatro quilos mais leve que a versão anterior, totalizando 100 quilos (peso seco). Essa virtude é mais evidente na dianteira do scooter, o que facilita muito a utilização na cidade, principalmente nas mudanças de direção rápida, como em desvios de obstáculos do dia a dia, com uma tocada bem dinâmica.
A distância entre-eixos e altura em relação ao solo também aumentaram na comparação com o anterior, contribuindo na estabilidade e na transposição de obstáculos. As rodas permanecem com aro de 12 polegadas na dianteira e 10 na traseira, por isso ainda é preciso ter cuidado com buracos mais fundos, corriqueiros nas grandes cidades.
Agilidade
e economia
O Elite 125 2025 tem novo motor monocilíndrico com a tecnologia eSP (Enhanced Smart Power), que utiliza componentes com menor índice de atrito para obter melhor desempenho e economizar combustível. São 123,9 cm³ de capacidade capazes de entregar 8,2 cv de potência a 6.250 rpm e 1,06 kgf.m de torque a 5.000 rpm, ou seja, os picos são atingidos em menor rotação. Vale lembrar que ele já está adequado ao Promot5, que entra em vigor ano que vem. O câmbio é o tradicional automático tipo CVT. Segundo a Honda o novo Elite atinge 89 km/h de velocidade máxima e é capaz de fazer até 49,9 km/l de consumo médio. No teste dinâmico cheguei a bater os 92 km/l no painel e o consumo bateu os 42 km/l. Como sou pesado (125 quilos), a diferença no consumo é justificada. Comigo nas subidas ele perdia embalo e eu ficava para trás do pelotão.
Outro recurso que colabora com a economia de combustível é o Idling Stop, que desliga o motor em paradas breves, religando-o com um leve toque no acelerador. O novo painel trocou o mostrador único por um com duas telas em LCD, com indicador de pilotagem econômica. Mais uma novidade bacana para o novo Elite é o lampejador do farol, item importante para aumentar a segurança.
Mudanças nos freios e suspensões
O freio ganhou disco tipo wave na dianteira, e atrás o tambor foi mantido. O sistema é combinado e está bem dimensionado para as prestações do Elite. Vale destacar que seu principal concorrente, o Fluo da Yamaha tem ABS na roda dianteira.
As suspensões, por sua vez, deram conta do recado, copiando bem as irregularidades do asfalto proporcionando estabilidade ao scooter. A dianteira segue com o mesmo padrão do anterior, já a traseira recebeu os amortecedores em posição mais vertical com três níveis de ajustes na pré-carga da mola.
Os amortecedores foram reposicionados, e agora os pneus Pirelli Angel Scooter ficam a cargo da boa aderência
O disco de freio dianteiro é do tipo wave para dar ar mais esportivo. O sistema é combinado com o freio traseiro
MELHORADA
A Honda Elite 125 já é minha moto do dia a dia e por isso tenho excelente ponto de comparação. Achei que as mudanças na versão 2025 foram positivas. O espaço que o cockpit ganhou, para mim que sou grandalhão, foi muito bom. As demais mudanças técnicas também foram importantes com o ganho no desempenho, assim os R$ 386 de aumento no preço me parecem bastante justos.
As rodas também preservaram as medidas da geração anterior, mas agora calçam os pneus Pirelli Angel Scooter nas medidas 90/90-12 e 100/90-10 respectivamente, macios, de boa aderência e um desenho que promete bom desempenho em piso molhado.
Tanque e transporte de bagagens
O espaço sob o assento do Elite 125 ficou mais largo, agora tem E15,2 litros de capacidade, suficiente para um capacete aberto. A forma de acessar o compartimento também mudou: antes o destravamento era através de pressão na chave, agora é através de um botão instalado ao lado do contato.
O mesmo procedimento também é usado para abrir o tanque de combustível, que teve o bocal reposicionado, agora instalado sobre a lanterna traseira. Posição que facilita o acesso, já que não é preciso levantar o banco, mas inviabiliza a instalação de um bauleto. A Honda afirma que está trabalhando em uma solução em conjunto com a Givi, e que em breve ela chegará ao mercado.
O frontal interno ganhou um segundo gancho na parte da frente sob o banco, o que lhe dá maior capacidade para transporte de volumes. Além deles, o Elite ainda traz um porta-luvas sob o guidão para pequenos objetos, porém sem tampas.
Cores e preços
São quatro opções de cores, as tradicionais branca e vermelha, além da bonita pintura prata e da moderna azul metálica, a utilizada nesse teste. O modelo teve um aumento de R$ 386 sobre a geração anterior, o que é pouco se você considerar a quantidade de melhorias. Seu preço sugerido é de R$ 12.966 mais o frete de sua região, o que faz do Elite um scooter bastante acessível e sua configuração confere economia de combustível e muito estilo.
Dados de fábrica
MOTOR
Tipo Monocilíndrico
Arrefecimento A ar
Válvulas 2 OHC
Alimentação Injeção eletrônica
Cilindrada 123,9 cm³
Diâmetro x curso do pistão 50,3 x 63,1 mm
Taxa de compressão 10:1
Potência máxima 8,2 cv a 6.250 rpm
Torque máximo 1,06 kgf.m a 5.000 rpm
TRANSMISSÃO
Embreagem Centrífuga
Câmbio Automático tipo CVT
CHASSI
Tipo Monobloco underbone
Balança Motor-balanaça
Cáster/trail n.d. / n.d.
SUSPENSÃO
Dianteira Garfo telescópico
Curso 90 mm
Regulagens Sem ajustes
Traseira Biamortecida
Curso 70 mm
Regulagens Pré-carga de mola
FREIOS
Dianteiro Disco wave de 190 mm
Pinça De 1 pistão e ABS
Traseiro Tambor de 130 mm
Pinça Não há
PNEUS
Modelo Michelin Angel Scooter
Dianteiro 90/90-12
Traseiro 100/90-10
MEDIDAS
Comprimento 1.830 mm
mm
Entre-eixos 1.260 mm
Altura do assento 765 mm
Distância mínima do solo 171 mm
Capacidade do tanque 5,3 litros
Peso aprox. (seco) 100 kg
Capacidade máxima de carga 175 kg
DADOS DE FÁBRICA
Potência específica 66,18 cv/l
Relação peso-potência 12,19 kg/cv
Relação peso-torque 97,08 kg/kgf.m
Consumo/autonomia média 42 km/l/222 km
PARA CAUSAR EMOÇÃO POR ONDE QUER QUE VÁ
A nova Ducati V4 Rally Adventure tem todos os atributos para seduzir e conquistar os motociclistas que buscam alto desempenho tanto no asfalto quanto na terra. A eletrônica de última geração é responsável por sua grande versatilidade
texto: Alexandre Nogueira fotos: Gustavo Epifanio
ADucati Multistrada V4 Rally é a mais nova representante de moto aventureira da casa de Bolonha.
A aventureira é certamente a moto mais multiúso que a Ducati já construiu, e entra no lugar da extinta Multistrada 1260 Enduro, adicionando aros de alumínio, suspensão elevada, um tanque de combustível de 30 litros (é de 22 litros na Multistrada V4) e um conjunto de malas.
Muita potência e torque
A motocicleta usa uma versão ligeiramente ajustada do motor Granturismo de 1.158 cm³, a qual rende 170 cv de potência a 10.750 rpm e 12,7 kgf.m de torque a 8.750rpm. Esse motor também apresenta uma versão aprimorada do sistema de desativação de cilindros.
Enquanto os outros V4 da Ducati desligam os dois cilindros traseiros quando a moto está totalmente parada para melhorar a economia e evitar o calor, a versão do V4 Rally permite que você rode com o banco de cilindros traseiro desativado.
A potência máxima é reduzida pa-
ra 114 cv quando em modo de condução Enduro ou Urbano, enquanto os modos Sport e Touring entregam a potência total. Um destaque desse motor é a entrega de potência suave e linear em baixas rotações, tornando a tocada muito mais fácil em meio ao trânsito ou no fora de estrada. O câmbio é de seis marchas com quickshifter bidirecional e a transmissão final é por corrente.
Suspensões e peso
O chassi tipo monocoque de liga leve (tecnologia da Panigale) da V4 Rally é o mesmo das demais Multistrada V4, mas a suspensão e as rodas são novas. Ela vem equipada com aros de alumínio raiados de 19 polegadas na frente e de 17 atrás.
A Multistrada V4 Rally utiliza uma suspensão Marzocchi mais alta e de curso mais longo e vem equipada com o sistema de controle de amortecimento semiativo Skyhook Evolution da Ducati. O garfo tem 30 mm a mais de curso, enquanto a traseira ganha 20 mm, chegando a um total de 200 mm de curso em cada roda, enquanto a distância ao solo foi aumentada para 230 mm.
A Multistrada V4 Rally é uma moto grande, mas a altura já não é empecilho, pois a suspensão permite baixar sua altura eletronicamente
O espaço para levar bagagem é generoso e o conforto dos bancos e punhos aquecidos permitem levar mais longe piloto e garupa
Em sã consciência seria impensável utilizar um motor V4 de 170 cv em uma moto trail, mas a eletrônica “inteligente” permite excelente uso
Sistema de freios
A V4 Rally é mais encorpada fisicamente e maior por conta do tanque de combustível de maior capacidade, além da carenagem mais alta e larga. Também é uma máquina mais pesada, são 260 quilos totalmente abastecida, 20 a mais do que a Multi V4 padrão. Mas ela carrega esse peso enganosamente bem, pois ela não parece ser tão pesada nas manobras de baixa velocidade e nem ao montar. No corre-corre urbano ou no fora de estrada ela é ágil e essa virtude se comprova na fácil pilotagem, sem necessidade de fazer força. A Multistrada V4 Rally permite ser conduzida primorosamente graças ao bom conjunto eletrônico e pelas suspensões tecnicamente avançadas.
Uma legítima Ducati não poderia deixar de usar um sistema de freios da também italiana Brembo, com pinças de montagem radial Stylema de quatro pistões na frente com discos de 330 mm e uma pinça traseira de dois pistões mordendo um disco de 265 mm, ambos com ABS em curva de série. Os freios também podem ser aplicados automaticamente, de forma limitada, pelo con -
trole de cruzeiro assistido por radar para maior segurança.
Veredicto
Preparada para grandes percursos, com conforto e economia, a Multistrada V4 Rally tem tanque de 30 litros e também maior alcance e aptidão off-road. O resultado é uma motocicleta que está em seu melhor desempenho tanto em estradas de terra quanto no asfalto ou nas ruas da cidade. É uma excelente escolha para quem quer chegar a qualquer destino com o máximo de conforto e segurança. E sem sacrificar as emoções típicas de pilotar uma Ducati.
Para ampliar ainda mais o conforto, a Multistrada Rally Adventure vem equipada com manoplas e assentos aquecidos, além do sistema de radar dianteiro e traseiro para suportar o Adaptive Cruise Control (ACC), que torna a pilotagem menos cansativa em trechos longos de estrada. Também há o Blind Spot Detection (BSD), que sinaliza a presença de veículos que se aproximam no canto cego dos espelhos. O novo modelo está à venda nas concessionárias Ducati pelo preço público sugerido de R$ 149.990.
Dados de fábrica
MOTOR
Tipo Tetracilíndrico em V a 90°
Arrefecimento A líquido
Válvulas 16 DOHC
Alimentação Injeção eletrônica
Cilindrada 1.158 cm³
Diâmetro x curso do pistão 83 x 53,3 mm
Taxa de compressão 14:1
Potência máxima 170 cv a 10.750 rpm
Torque máximo 12,3 kgf.m a 8.750 rpm
TRANSMISSÃO
Embreagem Multidisco banhada a óleo
Câmbio 6 marchas
Secundária Corrente
CHASSI
Tipo Monocoque em alumínio
Balança Simétrica em alumínio
Cáster/trail 24,7/105,5 mm
SUSPENSÃO
Dianteira Bengalas de 50 mm de diâmetro
Curso 200 mm
Regulagens Totalmente ajustável
eletronicamente
Traseira Monoamortecida
Curso 200 mm
Regulagens Totalmente ajustável eletronicamente
FREIOS
Dianteiro Disco de 330 mm
Pinças Radiais de 4 pistões e ABS
Traseiro Disco de 265 mm
Pinça 2 pistões e ABS
PNEUS
Modelo Pirelli Scorpion Trail ll
Dianteiro 120/70-19
Traseiro 170/60-17
MEDIDAS
Comprimento 2.316 mm
Largura 1.020 mm
Entre-eixos 1.572 mm
Altura do assento 870/890 mm
Distância mínima do solo 233 mm
Capacidade do tanque 30 litros
Peso aprox. (em ordem de marcha) 238 kg
Capacidade máxima de carga 252 kg
DADOS DE FÁBRICA
Potência específica 146,8 cv/l
Relação peso-potência 1,4 kg/cv
Relação peso-torque 19,34 kg/kgf.m
Consumo/autonomia média 13,5 km/l /405 km
CORES
A Mulitstrada V4 Rally é uma moto completa e extremamente versátil. É incrível o poder de aceleração desse motor, que aparece cada vez mais em diferentes modelos de moto da Ducati. Apesar da fúria que ele é capaz de demonstrar no modo mais permissivo, a eletrônica também o torna altamente gerenciável e permite que o piloto se divirta em qualquer condição. Apesar do porte e do peso, a V4 Rally não transparece aquilo que os números absolutos apontam. Realmente é uma moto capaz de despertar os instintos mais selvagens do motociclista, ainda mais se ele curtir ir além do fim do asfalto. Ela certamente teria vaga na minha garagem.
USUÁRIO
Uma Harley com muito mais apetite de asfalto
A nova Harley-Davidson Street Glide é excitante. Com as muitas melhorias e aprimoramentos eletrônicos que recebeu, ficou muito mais prazerosa de pilotar, mas os R$ 175.500 restringem um bocado de motociclistas apaixonados
texto: Ismael Baubeta fotos: Gustavo Epifanio
AHarley Davidson Street Glide é uma moto de corpo e espírito exuberantes. Basta se aproximar dela para sentir a essência da marca norte-americana que é um ícone internacional para quem quer conquistar as estradas, e, além disso, a Street Glide chama a atenção de todo o universo de aficionados por motos.
Desenho chamativo
O design é bastante moderno e teve a eficiência aerodinâmica melhorada através de túnel de vento, aperfeiçoando assim a proteção e penetração aerodinâmica. A carenagem frontal recebeu dois enormes LED horizontais ladeando o farol por quase toda sua extensão, e eles funcionam como DRL e assinam a frente da motocicleta. Ela também recebeu uma pequena moldura em LED na base do farol valorizando a motocicleta com esse detalhe. Atrás as lanternas são verticais e as duas estão entre o para-lama e os alforges, os quais tiveram sua capacidade aumentada, ficando mais largos na parte da frente.
O nível de acabamento foi cuidado nos mínimos detalhes e estão por toda a motocicleta, dos punhos ao bocal do tanque, passando pela pin-
tura, que nesta versão em preto ficou extremamente sóbria.
Subir na Street Glide é fácil e a posição de pilotagem também foi revista, tornando-a ainda mais confortável para pilotar por muitos quilômetros. Os mais baixos talvez tenham dificuldade nas manobras de esterço total do guidão, mas a prática é a melhor forma para se acostumar aos 386 quilos da moto. Peso que, por sinal, só é percebido nas manobras em baixa velocidade e de estacionamento, porque, uma vez em movimento, colocá-la nas curvas é muito natural e não exige esforço.
Muitas mudanças
A versão 2024 da Street Glide teve muitas modificações, o chassi recebeu novas suspensões (mais parrudas). A aerodinâmica e o peso também melhoraram. Os engenheiros norte-americanos conseguiram reduzir oito quilos no peso total.
O seu coração também foi melhorado, o motor de 1.923 cm³, dois cilindros em V e refrigeração líquida nos cabeçotes é o célebre Milwaukee-Eight 117. Esse motor é derivado da linha CVO 2023, porém foi melhorado e ficou ainda mais instigante, potente e torcudo, graças aos novos cabeçotes, caixa de ar 50% maior e a taxa de compressão aumentada.
O porte avantajado e o peso de 368 quilos contradizem a agilidade da Steet Glide, principalmente na estrada
O painel de 12,3 polegadas é touch, configurável e pareia com celular. Os punhos comandam tudo por botões
O banco é confortável para o piloto. Como em outros modelos a garupa tende a escorregar para trás
A pulsação continua brutal se você assim se dispuser a pilotar, já que os 18,05 kgf.m de torque máximo estão disponíveis a 3.300 rpm, e basta ameaçar o acelerador para você sentir a patada. É só ligar o motor para você sentir a pulsação dos pistões. Ao acionar a embreagem, que no trânsito urbano chega a ser cansativa pela força que exige, e ao engatar a primeira marcha, ouve-se o “clank” do engate. Ao sair, a vibração da marcha lenta diminui muito e a suavidade toma conta.
A eletrônica contempla três modos de pilotagem, Rain, Road e Sport, os quais têm predeterminados os parâmetros do controle de tração, freio-motor, ABS (combinado e aprimorado para curvas) e controle de arrasto de torque para curvas de acordo com o modo selecionado.
Se no modo Rain o motor acelera com parcimônia para aumentar a segurança em situação de baixa aderência, ficando quase dócil demais, no modo Road ele se entusiasma mais e, sem dúvida, entrega as melhores respostas para pilotar no trânsito urbano. O modo Sport deixa a sensibilidade do acelerador tão imediata que até parece que você é braço duro de tantas cabeçadas nas
acelerações e reacelerações, mas, se você estiver com pista livre adiante e espaço para sentir a patada, aí sim dá para descolar uma capa do asfalto, pois ele empurra muito e as retomadas são fortes e decididas!
Consumo
Esse motorzão de quase dois litros de capacidade é beberrão; na cidade o painel de consumo marcou entre 13 e 15 km/l, rodando numa boa sem fazer aquelas arrancadas que o motor sugere, mas se você fizer questão de fazer, certamente vai ver o consumo ficar na casa de um dígito. De todos os modos, com os 22,7 litros de capacidade do tanque, sua autonomia, segundo a fábrica, pode passar dos 370 quilômetros, certamente em condições de temperamento e emoção controladas.
Suspensões e freios
A ciclística desta Harley da família Grand American Touring merece elogios, mas também alguma crítica. Elogio pelo bom funcionamento na estrada onde mantém a moto nos trilhos nas curvas e frenagens; a crítica fica por conta da rodagem na cidade, onde os buracos e solavancos, tão comuns na cidade de São Paulo, castigam o piloto.
Os alforjes estão um pouco maiores e as lanternas traseiras mudaram o visual
Esta versão totalmente preta chama a atenção em todos os detalhes
Depois de atingir várias vezes o final de curso na traseira, ajustei a pré-carga da mola pelo manípulo e a situação melhorou, mas não 100%, depois disso ainda senti algumas pancadas, porém menos frequentes. Embora a dianteira também tenha sofrido com algumas pancadas, não foi recorrente, pois as bengalas de 49 mm de diâmetro suportam bem os 368 quilos mais o peso do piloto no pavimento ruim.
O sistema de freios funciona muito bem. O ABS tem função combinada eletronicamente entre os dois canais a partir dos 40 km/h, com o ajuste do modo de pilotagem no modo Sport, e assim como o acelerador, os freios também respondem de forma bastante abrupta; ao menor toque do pedal de freio traseiro a instantaneidade da pegada chama a atenção, principalmente no trânsito urbano em média e baixa velocidade.
Outro componente que ajuda na agilidade da Steet Glide são as rodas de 19 polegadas na dianteira e 18 na traseira com pneus de largura normal, sendo 130/60 e 180/55 respectivamente. Essas gomas Dunlop
transmitem bastante segurança na pilotagem e permitem excelente nível de diversão nas curvas. A etiqueta de preço da Harley Street Glide é de R$ 175.500 (mais frete), o que não é pouco, mas pelo que a moto oferece e pelo que a marca significa para muitos motociclistas pode valer a pena. Há cinco opções de cores para seduzir quem pretende viver a estrada com muito estilo e desempenho sobre uma dessas.
Opinião!
Não é de hoje que a Harley-Davidson está focada em modelos mais elaborados, exclusivos e mais caros também, uma política que começou com o projeto Rushmore, em que as motocicletas touring da marca começaram a receber melhorias em todos os quesitos, design mais moderno, mais potência e torque, freios melhores, e até o pacote do infoentretenimento mais abrangente. Isso tornou a família Grand American Touring muito melhor dinamicamente e também mais cara. Isso não parece ser um problema, já que a politica que a Harley vem adotando é mesmo de exclusividade.
INTERCEPTOR 650 2024
MOTOR
Tipo Bicilíndrico em V a 45°
Arrefecimento A líquido e a ar
Válvulas 8 SOHC
Alimentação Injeção eletrônica
Cilindrada 1.923 cm³
Diâmetro x curso do pistão 103,5 x 114,3 mm
Taxa de compressão 10,3:1
Potência máxima 107 cv a 5.020 rpm
Torque máximo 18,05 kgf.m a 3.500 rpm
TRANSMISSÃO
Embreagem Multidisco banhada a óleo
Câmbio 6 marchas
Secundária Correia dentada
CHASSI
Tipo Berço duplo em aço
Balança Simétrica em aço
Cáster/trail 24°/ n.d.
SUSPENSÃO
Dianteira Bengalas de 49 mm de diâmetro
Curso 117 mm
Regulagens Sem ajustes
Traseira Biamortecida
Curso 76 mm
Regulagens Ajustável na pré-carga da mola
FREIOS
Dianteiro Discos de 320 mm
Pinças 4 pistões e ABS
Traseiro Disco de 300 mm
Pinça 4 pistões e ABS
PNEUS
Modelo Dunlop
Dianteiro D408F 130/60-19 61H
Traseiro D407T 180/55-18 80H
MEDIDAS
Comprimento 2.410 mm
Largura 975 mm
Entre-eixos 1.625 mm
Altura do assento 664 mm
Distância mínima do solo 140 mm
Capacidade do tanque 22,7 litros
Peso aprox. (em ordem de marcha) 368 kg
Capacidade máxima de carga 249 kg
DADOS DE FÁBRICA
Potência específica 55,64 cv/l
Relação peso-potência 3,43 kg/cv
Relação peso-torque 20,38 kg/kgf.m
Consumo/autonomia média 14 km/l /317,8 km
CORES
PURO PRAZER NA ESTRADA
Quem compra uma Street Glide provavelmente não vai utilizá-la no dia a dia, para ir à padaria ou passear no shopping, afinal ela é uma moto grande e pesada para os afazeres diários. Embora em nosso teste nós a tenhamos usado bastante no tráfego urbano e ela tenha se comportado com muita desenvoltura, seu habitat são as estradas, de preferência para rodar muitos quilômetros e fazer essas viagens confortavelmente. As melhorias introduzidas nesta Harley realmente a deixaram mais interessante de pilotar e todo esse apelo tecnológico e de desempenho melhorado tem seu preço, que não é baixo, afinal os R$ 175.500 da etiqueta realmente são para quem pode. A Street Glide é o modelo mais vendido da Harley ao redor do mundo e sua dinâmica, agora ainda melhor, justifica esse sucesso. Certamente no Brasil a Street Glide também terá êxito entre os aficionados das motos touring, pena que não vejamos mais dessas motos na rua por causa da excessiva exclusividade.
Nossa avaliação
USUÁRIO
VITRINE
por Willian Teixeira
AS NOVIDADES DA LINHA POWERSPORT DA MOTUL
AMotul anunciou melhorias para sua linha Powersport. Os lubrificantes 3000+, 5000+, NGEN 5, NGEN 7 e o 300V foram atualizados de acordo com as novas especificações, passando da classificação JASO 4T para JASO T 903:2023. Segundo a marca, os benefícios incluem maior proteção contra o desgaste em correntes de comando e no motor, controle de depósitos, maior proteção contra corrosão e estabilidade à oxidação, entre outros.
Parte da atualização da JASO também ocorreu para incorporar a nova API SP, que trouxe diversas inovações em forma de testes, exigindo um desempenho mínimo do lubrificante sob diversos aspectos quando aplicados na maioria dos motores em condições de uso severo.
A LINHA DE LUBRIFICANTES DA MOTUL GANHA MAIS SUSTENTABILIDADE
“Cada produto foi desenvolvido para uma aplicação específica, levando em conta a condição de uso e o estilo de pilotagem, além da aprovação de órgãos normativos. Essas atualizações antecipam as expectativas e regulamentações de montadoras e governos em relação a produtos mais sustentáveis”, informa Rafael Recio, gerente de produtos da Motul.
Compromisso com a sustentabilidade
A Motul lembra que a gama NGEN utiliza óleos básicos de rerrefino, reforçando o comprometimento com desempenho e qualidade ao mesmo tempo em que mantém sua sustentabilidade, passando a ser o único produto sustentável com API SP e JASO MA2 2023 no mercado.
LINHA GRIPP XL: modelo de fábrica da Royal Enfield. Disponível para as marcas Honda e Yamaha.
*Todos os modelos TT possuem Câmara inclusa
LINHA SECURA: Disponível para as marcas Honda, Yamaha e Suzuki.
Consulte os preços em nosso site: ceatpneus.2wmotors.com.br
A CEAT é a única empresa fora do Japão a ganhar o prêmio Deming, além de possuir um faturamento de US$1,1 bilhões. Uma das líderes de vendas na Índia com mais de 65 anos de mercado.
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MERCADO • RANKING
SEGUIMOS COM VENTO A FAVOR
Em junho os emplacamentos seguiram
em alta. O mês já é o segundo no ranking e o acumulado do ano sobe para a mesma posição
LICENCIAMENTOS POR MOTO
CITY
1º
SCOOTER
2º
3º
4º
ACITY + 160 cm
3
motocicleta vem ganhando espaço e relevância no dia a dia por todo o Brasil. Vários são os fatores que contribuem para o bom desempenho nos emplacamentos de moto; ganho de mobilidade, economia (de tempo e dinheiro), como fonte de renda e, claro, para o lazer também. Foram 165.855 licenciamentos no mês, apenas 9.112 motos a menos que o melhor junho de todos em 2008. No acumulado, os 932.940 emplacamentos mantêm o período na mesma colocação, com 18.158 motos a menos que o melhor ano, também 2008. Com a oferta de motos aumentando, devemos seguir em alta. —
ISMAEL BAUBETA
PARTICIPAÇÃO DE MERCADO EM %
Em junho, enquanto Honda e Yamaha tiveram decréscimo nas participações de 2,64 e 0,81 pontos percentuais respectivamente, Shineray e Kawasaki ampliaram as suas em 0,5 e 0,09 p.p.
TRAIL
MAXITRAIL + 600 cm 3
MERCADO
DESTAQUES EM JUNHO
Este ano tivemos vários lançamentos e, depois do sucesso das novas
Royal Enfield Super Meteor, a Kawasaki Eliminator 500, sua concorrente, mostra que agradou e emplacou 47 unidades
JUNHO
LICENCIAMENTOS POR MARCA
RANKING DAS CIDADES
As regiões que tiveram as maiores variações nos emplacamentos foram a Sul, com crescimento de 1,93 ponto percentual, e a Nordeste, que decresceu 3,06 p.p.
CROSSOVER
NAKED
CUSTOM
CLÁSSICAS/RETRÔ
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ROYAL ENFIELD
SHINERAY
SUZUKI
COLUNA
POR RAUL FERNANDES JR.
RAUL FERNANDES JR.
Ex-diretor de redação da MOTOCICLISMO, é especialista em mercado de motocicletas
Se você tem sugestões para esta coluna, envie para : redacao@motociclismoteam.com.br
Europa segue estável
O volume de vendas, nos cinco maiores mercados europeus, segue praticamente igual ao primeiro semestre de 2023, o destaque foi a Itália que subiu 6,1%
Os emplacamentos de motocicletas nos cinco maiores mercados europeus (França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido) atingiram 610.757 unidades durante o primeiro semestre de 2024. Isso representa um aumento de aproximadamente 1,7% em comparação ao mesmo período em 2023 (600.810 unidades).
O volume de licenciamentos de motocicletas na Itália cresceu 6,1% (204.189 unidades), na Espanha 1,4% (104.055 unidades) , os únicos países que mostraram crescimento. Os volumes caíram ligeiramente na Alemanha (2,2%), com 126.803 unidades e na França (1,4%) com 114.645 unidades. Já no Reino Unido permaneceram estáveis, com queda baixa (0,6%) e 59.383 motos licenciadas.
O s registros de ciclomotores atingiram um volume total de 84.666 unidades nos seis mercados europeus de ciclomotores monitorados pela Associação Europeia de Fabricantes de Motocicletas (Bélgica, França, Alemanha, Itália, Holanda e Espanha). Esse volume de registros representa uma redução de 15% em comparação ao ano passado
(99.772 unidades). A redução foi generalizada nos países monitorados.
S egundo Antonio Perlot, diretor da Associação Europeia de Fabricantes de Motocicletas, os dados do primeiro semestre de 2024 confirmam tendências de longo prazo, com crescimento para motocicletas. Comparado a 2019 são 22% (610.757 contra 500.252). No segmento de ciclomotores o volume aponta o contrário, uma redução 29% em relação a 2019 (118.958 contra 84.666), isso em parte devido a uma migração de motociclistas para motocicletas leves em detrimento aos ciclomotores. No geral, os registros refletem o interesse cada vez maior dos cidadãos europeus na mobilidade motorizada de duas rodas, para uso urbano, interurbano e de lazer. Fazendo uma breve comparação com o mercado brasileiro, a produção de motocicletas em Manaus registrou 868.076 unidades no primeiro semestre de 2024, alta de 13,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com a Abraciclo, esse foi o melhor desempenho para os seis primeiros meses do ano desde 2012.