O diálogo
Muitas vezes conversamos com nossos filhos, cheio de nós mesmos, de nossas histórias, do que achamos certo e errado, do que nossos pais nos passaram e com isso a conversa pode passar a ser um monólogo, um sermão, berros na tentativa de firmar o que achamos ser o certo ou o silêncio e a condescendência, escondendo o fato de não sabermos como agir.
Acabamos focando no comportamento de nossos filhos e esquecendo que este comportamento vem de um sentimento que ele não está sabendo lidar e que não tem no momento recursos internos suficientes para agir de outra forma. Esquecemos de ouvir o que eles estão tentando nos comunicar, muitas vezes por atitudes e comportamentos, nos esquecemos de nos colocar no lugar deles e na idade deles. Quando respondemos a estes comportamentos, não estamos também conseguindo lidar com as nossas emoções que o comportamento de nossos filhos está despertando na gente. Agora imaginem, se está difícil lidar com nossos próprios sentimentos e reagimos com berro,
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sermão, monólogo, silêncio ou condescendência imagina como é difícil para nossos filhos que não possuem os recursos internos que nós supostamente já desenvolvemos? Percebem que essa conversa cheia de nós mesmos, acaba vindo como uma reação ao que o comportamento dos nossos filhos desperta na gente, cheia de conteúdos que muitas vezes não queremos passar e com condutas que não queremos ter como o berro, mas que deixamos transbordar por estarmos cheios demais e mesmo não querendo deixam marcas nas pessoas que mais amamos? Por isso, que o parar e o respirar são importantes, para que você perceba a situação e perceba o seu filho, possa acolher seu sentimento e perceber a emoção que está fazendo ele reagir de determinada forma e assim, sem reagir possa agir. Esse escutar desperta o diálogo, pois o diálogo é troca e é um agir eficaz. Quando nos posicionamos de forma empática, percebendo cada filho em toda sua individualidade, percebendo seu perfil comportamental, o