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magazine digital
www.mulheresaobra.pt
JULHO
número
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EVENTOS EM TEMPO DE COVID DO PRESENCIAL AO VIRTUAL
UMA COMUNIDADE
dentro da comunidade
SELF MADE MADAM C J Walker
A PRECARIEDADE julho 2020
na arte
MISSÃO:
Empreender
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EDITORIAL A vida dá muitas voltas e, por vezes, essas voltas deixam-nos perante obstáculos que parecem ser intransponíveis. O Covid 19 é esse obstáculo para muitos pequenos negócios, incluindo as Mulheres à Obra.
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A Equipa da Mulheres à Obra Magazine O nosso grande evento anual As Vozes do Empreendedorismo Feminino esteve quase para não se realizar, depois de meses de trabalho e investimento na sua preparação. Mas fomos das poucas sortudas que conseguiram passar no intervalo da chuva: o evento realizou-se precisamente no último fim de semana antes deste tipo de ajuntamento ter sido proibido. Muitas outras entidades não tiveram a mesma sorte e viram os seus eventos cair por terra. O stress e a angústia de ver uma iniciativa que construímos com tanto carinho e dedicação ser derrubada por algo totalmente imprevisto, que escapa ao nosso controlo, foi partilhado no nosso grupo por muitas micro-empreendedoras que tiveram que fechar as portas dos seus negócios durante o período de confinamento. As despesas fixas, as obrigações legais, as responsabilidades contratuais representam encargos que se mantêm mesmo nestas condições excecionais em que a faturação deixa de existir. Para quem não tem ainda uma almofada financeira que lhe permita subsistir algum tempo nestas condições, é catastrófico. Para facilitar a rápida adaptação dos
pequenos negócios ao digital, realizámos a Online Summit REAGIR, que juntou especialistas em diversas áreas fundamentais nesta fase, como o marketing digital, o trabalho remoto e o networking. Foi um pequeno passo para ajudar a nossa comunidade a dar a volta por cima a esta crise, mas estamos conscientes que a luta ainda está muito longe de terminar. O Covid veio para ficar e é possível que no próximo ano ocorram novos períodos de confinamento. Por isso, a aposta na presença digital deve ser feita já, de forma consistente e segura, para garantir a sobrevivência dos pequenos negócios. E a presença digital não se limita a ter um site de vendas e uma página no Facebook. É necessário saber comunicar de forma construtiva, trazer valor para a comunidade, apostar consistentemente no networking. Nada se faz no imediato nem a sós. É preciso apostar numa estratégia de médio e longo prazo que tenha em conta o bem comum: a criação de uma comunidade robusta de pequenos negócios que se apoiam mutuamente. É este o caminho que estamos a desbravar. Queres vir connosco?
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editorial
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voluntariado
SUL EM AÇÃO ANGARIOU 10 MIL EUROS E 100 VOLUNTÁRIOS PARA FABRICO DE MATERIAL DE PROTEÇÃO HOSPITALAR Florbela Barão da Silva
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inspiração
“SELF MADE”: 7 ELEMENTOS PARA ENQUADRAR EMPREENDEDORISMO E MERITOCRACIA NOS SEUS DEVIDOS SÍTIOS Renata Netto
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comunicação
COMO COMUNICAR EFICAZMENTE EM REUNIÕES E APRESENTAÇÕES VIRTUAIS Teresa Rosalino
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corpo
MENSTRUAÇÃO MAIS SAUDÁVEL E ECOLÓGICA Marisa Fernandes
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saúde
5 PLANTAS MEDICINAIS QUE DEVEM FAZER PARTE DA TUA ROTINA Lara Prazeres
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crise
ESPECIAL COVID 19: A PRECARIEDADE NA ARTE Maria Duarte
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mulheres à obra
MISSÃO: EMPREENDER
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eventos
DAS VOZES DO EMPREENDEDORISMO FEMININO AO ONLINE SUMMIT REAGIR Camila Rodrigues
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mulheres à obra
UMA COMUNIDADE DENTRO DA COMUNIDADE Renata Netto
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empreendedorismo
QUANDO DAMOS INÍCIO A UM NOVO PROJETO. COMO COMEÇAR? Luísa Fragoso
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agricultura
DA HORTA PARA A MESA Bárbara Xavier
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mulheres à obra
MAO 4 HOME - NOVA TASK FORCE DAS MULHERES À OBRA PROMETE PÔR, LITERALMENTE, AS MÃOS À OBRA Sofia Vaz
A Mulheres à Obra Magazine apresenta artigos de autoras portuguesas, brasileiras e angolanas e mantém sempre a grafia original.
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Directora e Editora: Camila Rodrigues | Directora Adjunta: Carla Lopes | Nº de inscrição na ERC: 127236 | Propriedade: Mulheres à Obra® | Sede: Rua Abel Manta n 3 loja esq., Bairro da Carochia, 2620-263 Ramada, Portugal | Sede da Redacção e da Editora: Rua Abel Manta n 3 loja esq., Bairro da Carochia, 2620-263 Ramada, Portugal | Colaboraram nesta edição Bárbara Xavier, Camila Rodrigues, Florbela Barão da Silva, Lara Prazeres, Luísa Fragoso, Maria Duarte, Marisa Fernandes, Renata Netto, Sofia Vaz, Teresa Rosalino | Design e paginação Isa Silva | Ilustração da capa: Isa Silva | Bancos de Imagens Unsplash | © 2020 Mulheres à Obra Magazine | Todos os direitos reservados. As imagens e textos têm direitos reservados e são propriedade dos seus respectivos donos. Todos os direitos reservados.
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Números & Cardinais Contabilidade e Consultoria de Gestão, Lda. Av. São Miguel, nº249, escritório 42, São Miguel das Encostas 2775-751 Carcavelos 216 063 574 | 966 117 649 cristina.gomes@numerosecardinais.pt www.numerosecardinais.pt Facebook.com/NumerosCardinais
Boneca Kika
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VOLUNTARIADO
Florbela Barão da Silva
REDE DE ENTREAJUDA E VOLUNTARIADO COVID-19
Sul em Ação ANGARIOU 10 MIL EUROS E 100 VOLUNTÁRIOS PARA FABRICO DE MATERIAL DE PROTEÇÃO HOSPITALAR A rede Sul em Ação constituída por pessoas da região de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve, conseguiu angariar, desde o início de abril, mais de 10 mil euros em donativos, que permitiram a aquisição de cerca de 5500 metros de TNT, 2500 metros de elástico e dezenas de cones de linhas. Além da doação em dinheiro, por parte de particulares, foram ainda doados 14 rolos de TNT da Fundação Joana Vasconcelos, Hospital de Santa Maria, Hospital Beatriz Ângelo, UCF Oriente e Hospitais do Grupo Central de Lisboa.
Da união de esforços de um grupo de cidadãos, pequenas empresas e entidades, a trabalhar de forma voluntária no sentido de dar resposta ao problema da escassez de equipamento de proteção individual nos hospitais, surgiu a rede de entreajuda para produção de material hospitalar, Sul em Ação. O núcleo central da Sul em Ação é constituído atualmente por seis pessoas, às quais se juntaram mais de 100 voluntários, para colaborarem nas diferentes fases, tais como
corte das peças em TNT, corte do elástico, separação de lotes, costureiras, logística, comunicação e marketing. Na primeira fase, no núcleo de Lisboa foram cortadas 650 tapa-botas, 150 batas, 2500 cogulas e 100 viseiras. Foram entregues na totalidade aos seguintes hospitais, de acordo com as necessidades identificadas: Hospital Curry Cabral, Maternidade Alfredo da Costa, Hospital São José, Hospital D. Estefânia, Hospital Beatriz Ângelo e USF Oriente.
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A segunda fase de atuação envolveu o corte e confeção de1800 batas, 2700 cogulas, 1800 tapa-botas, materiais distribuídos aos hospitais da região de Lisboa e Alentejo até ao final do mês de maio. A ação da rede continua a ser necessária e, por isso, todo o apoio será bem-vindo. Fazendo jus às palavras da equipa da Fundação Joana Vasconcelos “Pela saúde de todos, junte-se a esta causa”.
Sobre a iniciativa Sul em Ação Este movimento destina-se a todos os cidadãos que possam contribuir na ajuda do fabrico de material hospitalar de proteção – viseiras, máscaras, batas, cogulas, toucas, botas entre
outros, que sejam necessários nos hospitais, centros de saúde e outras entidades da zona Sul do país. Através do grupo no Facebook, que tem mais de 1000 seguidores, e da rede de contactos pessoais do núcleo central da rede Sul em Ação, foram captados voluntários para apoiar a rede, hospitais com escassez de material e doadores, quer de material, quer de dinheiro. O apoio à rede é feito sob a forma de donativo financeiro, material e de mão de obra. Foi desenvolvido um questionário com o objetivo de identificar voluntários disponíveis que saibam costurar, de entidades que necessitam de material de proteção, de doadores de material para produção (TNT, elásticos, viseiras etc.) e
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VOLUNTARIADO
Florbela Barão da Silva
sobretudo de solicitar apoio financeiro para aquisição de material. O Sul em Ação é uma ramificação do grupo Norte em Ação e, mais recentemente, a ABC - Algarve Biomedical Center juntou-se também à rede. Entre todos ocorre uma partilha constante de ideias e conhecimentos técnicos. Fazem-se ainda as pontes entre os que querem ajudar e quem necessita de apoio, nestas regiões do País. O Sul em Ação é uma união de forças dos seguintes cidadãos e empreendedores e makers:
Ana Sargento (Re-Costura) Bernardo Correia (Leanbox Portugal) Catarina Salomé Furtado Rafael Calado (FabLab Lisboa e Repair Café Lisboa) Salomé Areias (FashionRevolution) Sofia Craveiro (Companhia das Agulhas)
Aos quais se juntaram para ajudar: Para o corte de TNT: Atelier Joana Vasconcelos, Grundens, Ana Lisboa e Corkor Na distribuição (entrega e recolha de material das costureiras): a Ana, o Júnior e o André Campos (Xistarca) e o João Catarino (ODAM - Oficina d´Almada e Makerspace) No fabrico de Viseiras - a Fábrica Moderna, a Dohletec, a ODAM e o Buinho Na comunicação e gestão de redes sociais: Florbela Barão (ViewPoint), Marta Furtado (Bora) e Rodrigo Marques Para o corte de elástico estiveram a Inês Palma Pedro, Maria Alexandra Santos Silva, Inês Vicente e a Paula Leitão Na separação de lotes de peças para costureiras: Luísa Lourenço, Maria João Pereira, João Caldas, Sílvia Maurício e Catarina Botica
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E por último, a fechar o ciclo de produção, as costureiras: Amália Godinho, Ana Carolino, Ana Chaves, Ana Góis, Ana Gonçalves, Ana Nogueira, Ana Rito, Bárbara Magalhães, Carla Duarte, Catarina Almeida, Catarina Silva, Cátia Pereira, Clara Vicente, Denise Gonçalves, Elisa Carvalho, Elisabete Ferreiro, Isabel Preto, Joana Alfaia, João Caldas, Laura Amaro, Liliana Santos, Luísa Fontes Neves, Madalena Serafim, Maria da Conceição Cóias, Maria João Pereira, Maria Pinheiro, Paula Gomes, Paula Ribeiro, Rita Cabrita, Sara Nogueira, Sofia Natty, Sofia Rodrigues, Susana Serra, Vera Couto, grupo da Hélia Cóias ( Alentejo), Maria Dias Pinheiro, Jorge Humberto, Ana Catarina Miguel, Sara Alexandra Barreto, Natacha Petrovna Viana, Maria Fernanda Barreto, Inês Dion Ribeiro Morais, Ana Paula Cotrim Ribeiro, Ana Rita Monteiro, Rita Almeida e Silva, Ana Rita Faustino, Alexandra Cunha, Cátia Gomes, Maria Amélia Duarte e Catarina Patrício Botica.
RTES
MAISFO S O M O S S O #JUNT Para mais informação contatar: ViewPoint a way of making PR Florbela Barão da Silva M. 96 412 54 20 florbela.silva@viewpointpr.pt ou sul.em.acao@gmail.com
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INSPIRAÇÃO
ALÉM DO 5W2H E SWOT: PLANO DE NEGÓCIOS COM CONSCIÊNCIA DE CLASSE, GÉNERO E RAÇA
“Self Made”: 7 ELEMENTOS PARA ENQUADRAR EMPREENDEDORISMO E MERITOCRACIA NOS SEUS DEVIDOS SÍTIOS
imagem: Netflix
“If your white you’re fine. If your brown, stick around. If you’re black, get back.”
a atriz Octavia Spencer como CJ Walker
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política, entre outros. Verá também que o enfrentamento de todos esses desafios pela empreendedora Sarah Breedlove mostra que sua trajetória - e a de tantas mulheres empreendedoras - não tem tanto assim de self made. CJ Walker
A vida e obra de Madam CJ Walker revela a jornada de uma mulher nascida “livre” na segunda metade do século XIX, filha de pessoas negras escravizadas nos Estados Unidos, e que constrói um império de cosmética, tornando-se a primeira mulher negra milionária self-made da história norte-americana. Começo por dizer “livre” (entre aspas) porque uma pessoa de pele negra sabe muito bem que a liberdade não é exatamente um direito que a acompanhe tanto e da mesma forma que acompanha uma pessoa de pele branca1. E se essa pessoa nasceu num país escravocrata no auge das lutas abolicionistas2, o ar livre era ainda mais rarefeito... Neste artigo, você verá que as promessas que o empreendedorismo faz de realização pessoal e liberdade financeira são atravessadas e condicionadas de modo quase irresistível por vários fatores: a cor da pele, o sexo, a classe social e a condição econômica, o repertório cultural, o nível de influência e articulação
Quem ganha é também quem faz ganhar. O que vence é também o que faz vencer. “I want you to understand that your first duty is to humanity. I want others to look at us and see that we care not just about ourselves but about others.” Meritocracia é uma noção inseparável de ideias como acesso e rede de apoio. Só se pode estabelecer o mérito individual de uma pessoa em face ao de outra se ambas contaram com condições e oportunidades minimamente semelhantes para o fim a que se propõem. Mas, o que se vê hoje larga e desonestamente propagandeado pela miopia econômica é uma falsa simetria entre pessoas de contextos totalmente diferentes, como por exemplo a comparação entre pessoas formadas pelo ISCTE e que vivem com os pais até os 30 anos e as que se formaram numa licenciatura póslaboral tendo de trabalhar o dia todo para manter o seu sustento e de sua família, muitas vezes sozinhas. Longe de minimizar a bravura, a persistência e a disciplina inabaláveis das inúmeras
1) Não sou uma mulher negra, mas, sim, branca. Qualquer coisa que eu disser nesse texto sobre as dificuldades que uma empreendedora negra enfrenta é apenas e tão somente fruto da minha observação de investigadora, já que esse - o da mulher negra - não é o meu lugar de fala. O intuito do texto é evidenciar, reconhecer e homenagear tantas mulheres que fizeram e fazem história contra todo o preconceito e todo silenciamento através de uma fibra inabalável e demonstrar, além de minha solidariedade e aliança na luta antirracista e pela emancipação feminina, como a filosofia do “self made” não condiz com a construção sustentável de um negócio. 2)A escravidão nos EUA foi abolida em definitivo em 1865, após uma guerra civil que durou 4 anos, matou mais de 600.000 pessoas e reverberou seus efeitos até metade do século seguinte com a luta pelos direitos civis das pessoas negras.
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INSPIRAÇÃO
profissionais e empreendedoras do segundo grupo, que cruzam nosso caminho todos os dias e nos dão imensas lições de superação, é forçoso reconhecer a influência de outras pessoas nas vitórias dessas mulheres, assim como no caso de Madam CJ Walker, e colocar em xeque a ideia equivocada que se tem de meritocracia e de construção individualista de um negócio de sucesso. Se por um lado é verdade que o Sonho Grande dessa mulher moveu adiante todas as suas competências empresariais e a muniu de uma grande inteligência emocional, sobretudo nos momentos mais difíceis do caminho, é igualmente verdade que o apoio de sua família, a lealdade de um grande amigo e a aliança com a comunidade negra de mulheres foram decisivos para edificar e escalar o negócio.
valores e a nossa imagem e os comunicar com consistência, eficácia e para as pessoas certas, apesar de toda uma publicidade que massifica uma ideia diferente daquela promovida pelo nosso produto-serviço. Apenas com muita autenticidade e paixão somos protagonistas da nossa própria história! 2) Ser julgada pelas aparências: não foi uma nem duas vezes que Madam CJ foi discriminada, além de pela cor de sua pele, por ser mulher, por ser uma lavadeira e por estar fora dos padrões de beleza. Esses ou pelo menos um deles é um peso nas costas de praticamente todas as mulheres e somente a consciência cívica e uma atitude firme podem contornar o preconceito! 3) Muitos nãos: à partida, ninguém nos quer comprar nada e ninguém quer investir num negócio que não conhece de lado nenhum. As pessoas querem os benefícios e as soluções, mas nem sempre estão dispostas a ouvir sobre como nosso produto ou serviço lhes atende às necessidades e desejos ou como nosso negócio pode ser um ativo valioso. Por outro lado, às vezes nós não sabemos como comunicar tudo isso… Haja resiliência e prática para chegar aos sim’s! 4) Decepção com pessoas próximas: nem todas a gente que nos rodeia quer o nosso bem e o nosso sucesso nos negócios. Podem até não querer o nosso mal, mas também não querem o nosso bem. Elas têm as suas questões mal resolvidas e projetam frustrações, medos e tristezas sobre quem dizem amar e apoiar e tomam atitudes más contra nós. Somente almas generosas superam desprezo e traição! 5) Concorrência desleal e ardilosa: o mundo não é feito apenas de pessoas justas; há imensos tubarões dispostos às práticas mais predatórias para dominar o mercado. Desde
Empreendedorismo: amor e dor para suprir as demandas “I have built my own factory on my own ground.” Como ela mesma diz, sua fábrica se ergueu no chão de sua própria casa. E esta casa, o seu lar, muitas vezes foi posta como garantia de empréstimos bancários aos quais teve de se submeter para investir e reinvestir na empresa e na melhoria dos produtos, após ouvir muitos nãos de uma data de investidores - todos homens e brancos. Do “chão de sua própria casa” podemos fazer aqui uma extensão metafórica para um rol de sacrifícios pessoais que o empreendedorismo exige e que mostram, pelo percurso da senhora dos “hair grower’, que há muito sangue, suor e lágrimas por detrás de toda a glória e prestígio empresarial: 1) O alto preço do protagonismo: fazer valer a nossa marca, a nossa diferenciação, os nossos
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espionagem industrial até marketing de guerrilha, passando por cartéis econômicos que tentam reduzir a pó os pequenos empreendedores. Apenas quem cria relacionamentos de verdade com as pessoas fideliza clientes e colaboradores! 6) (Spoiler alert!) Escolhas que desafiam nossas próprias contradições: querer expandir o negócio para uma grande rede de retalho versus manter os empregos das representantes de vendas que ajudaram a erguer a empresa do zero. Madam CJ tem uma conversa com ninguém menos que Rockefeller sobre este assunto e o velho magnata diz, sem reservas, que “empregados são irrazoáveis como crianças; é o patrão quem tem de decidir por eles”... Sarah apenas sorri, como quem sente o bloqueio da fronteira racial e volta para a convenção de sua empresa para comunicar oficialmente a quebra do acordo com a rede retalhista e sua decisão de manter a sua força de vendas. Só a integridade pode levar uma pessoa a tomar boas decisões! 7) Por fim, O Sonho Grande: algo forte o suficiente para mobilizar as nossas entranhas e desenvolver competências, uma visão inspiradora para a qual olhamos sempre que um dos seis desafios acima nos sufocam. Madam CJ Walker queria melhorar a
autoestima das mulheres negras e contribuir para a ascensão social das pessoas de sua raça. Levou esse sonho até às últimas consequências para deixar um legado não apenas econômico e corporativo, mas também emocional, idealista e humanitário para as próximas gerações. Nem todas as empreendedoras irão construir grandes empresas, mas todas, sem exceção, que estão a erguer um negócio, um projecto ou mesmo uma carreira autónoma, estão a fazer algo que tem muito delas mesmas e que irá reverberar em várias pessoas, em várias outras mulheres, próximas e distantes, queiram ou não, saibam disto ou não. Por isso, a história de Madam CJ Walker enquadra o devaneio meritocrático no seu devido lugar, mostrando que o esforço pessoal somente é gerador de sucesso quando conjugado com uma data de gente que contribui direta e indiretamente para isso e deixa muito claro que o empreendedorismo - sobretudo o feminino e mais ainda o das mulheres negras - não é um paraíso de euforia nem de garantias de felicidade e liberdade, mas sim um palco onde o protagonismo e a realização pessoal exigem altos níveis de dedicação.
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COMUNICAÇÃO
COMO comunicar eficazmente EM REUNIÕES E APRESENTAÇÕES VIRTUAIS Já deste por ti a pensar: Sinto-me desconfortável sempre que tenho de entrar numa videoconferência. Tenho dúvidas em como comunicar da melhor forma, para que a minha comunicação seja bem entendida.
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foto: Chris Montgomery
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O teletrabalho deixou de ser um luxo que apenas algumas empresas já permitiam aos seus colaboradores e passou a ser um imperativo para muitos de nós, em tempo de pandemia. Por isso, acredito que muitos paradigmas laborais irão mudar a partir de agora. Com os novos tempos que vivemos, se para muitos ter reuniões e fazer apresentações online era já uma prática muito comum, para muitas outras pessoas este tornou-se mais um desafio, que em alguns casos gera alguma ansiedade adicional, que é o que menos necessitamos nesta fase. Partilho contigo 10 dicas para facilitar a tua comunicação no online:
1. POSIÇÃO DO COMPUTADOR: Levanta o teu computador (com uns livros por baixo, ou uma caixa) de modo a que o teu olhar fique ao nível da webcam A maneira como és percecionada pelas outras pessoas, pode mudar significativamente, tendo em conta a forma como te colocas em frente à webcam. Se te colocas numa posição onde olhas de cima para baixo, irás transmitir uma posição de superioridade (ainda que de forma inconsciente). Por outro lado, se ficas numa posição muito inferior, poderás ser percecionada como submissa. O ideal é que o teu olhar fique ao nível da webcam, sendo que ou sobes mais a tua cadeira ou arranjas forma de colocar um apoio por baixo do computador.
2. OLHAR: Muitas pessoas, por falta de prática, enquanto têm comunicações virtuais falam como se estivessem ao telefone, olhando para
diversos lados e muito pouco para os seus interlocutores. Imagina se estiveres numa reunião e raramente olharem para ti. Como te vais sentir? Ignorada, certo! Pois aqui funciona exatamente da mesma forma. O teu olhar deve incidir maioritariamente na webcam, pois fará com que a tua audiência sinta que estás a olhar e a falar de forma personalizada para si.
3. VOZ: A voz também tem um papel fundamental na mensagem a passar. Uma voz muito altiva e agressiva gera um sentimento negativo e, por muita razão que a pessoa tenha, vai rapidamente perder a audiência. Se, por outro lado, a voz for demasiado monocórdica, rapidamente faz com que a audiência “desligue” o foco e se disperse noutros pensamentos, mesmo que fisicamente continue ali. É importante que fales pausadamente para que todas as palavras se percebam melhor e que mantenhas um tom de voz empático. Tem em consideração que todos, sem exceção, estamos a passar por um momento único devido à pandemia, e que transmitir segurança e confiança ajuda a que a tua audiência perceba melhor o que queres transmitir.
4. CENÁRIO: Vejo consecutivamente, em muitos formações e reuniões online, muitas estantes com livros, a servirem de fundo, entre outros elementos. Pessoalmente sou apologista de que menos é mais. Pensa o seguinte: Queres que a tua audiência esteja a tentar perceber quais os livros que
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foto: Andras Vas
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lês, ou mais atenta à mensagem que tens para lhes passar? Um fundo mais neutro, com pequenos elementos decorativos pode ser menos distrativo.
Utiliza auscultadores para minimizares ruídos perturbadores da comunicação, como conversas paralelas, cães a ladrar, crianças a chorar, entre outros. Se não tiveres de falar, e estiveres apenas a assistir, coloca-te em modo de silêncio, mais conhecido por “mute”, e só retira essa opção quando tiveres de voltar a comunicar com o grupo.
5. RUÍDO: A maioria de nós está em teletrabalho e com mais pessoas em casa.
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COMUNICAÇÃO
6. ROUPA ADEQUADA: Mesmo estando em teletrabalho, tem atenção a quem será a tua audiência e mantem a tua imagem de marca pessoal. O visual cuidado não deve ser apenas na parte de cima que está visível no ecrã, ao contrário do que muitos defendem. Usar pijama ou uma peça de roupa menos adequada à ocasião, pode dar-te uma ilusória sensação de conforto. Imagine se por algum motivo tens de te levantar, como te vais sentir?
7. POSTURA CORPORAL: A postura corporal que manténs, mesmo que não sejas o anfitrião da reunião, diz muito sobre o teu nível de atenção, bem como os tipos de expressões não-verbais, em relação ao que está a ser dito. Mantem uma postura direita e utiliza as mãos enquanto falas. Preferencialmente, faz com que as mesmas vão aparecendo no ecrã, pois amplificam o que dizes. Se estiver apenas a assistir, foca-te no presente momento, e mantem também uma postura profissional. Afinal, estar a trabalhar de casa não é o mesmo que estar de férias, ou numa conversa descontraída com amigos.
8. DEFINIÇÃO DE REGRAS: Se fores a anfitriã da reunião, o ideal é estabeleceres claramente se irá haver um tempo para perguntas no final da reunião/ apresentação ou se o grupo poderá participar oralmente ou através do “chat”, ou ainda, sendo uma reunião de brainstorming, de como irá ser feita essa partilha de ideias. Mensagens claras em toda a comunicação geram melhor fidelização e interação. Sabias que o Zoom, por exemplo, tem salas
virtuais onde podem participar grupos mais pequenos para se trabalhar durante um certo período e depois voltarem todos à sala virtual global, para se apresentar as conclusões globais? Mais uma vez aqui a regra do “menos é mais” também se aplica, pois reuniões e apresentações mais curtas, têm por vezes mais impacto e geram melhores resultados.
9. ESCUTA ATIVA: Escutar ativamente foi e sempre será uma ferramenta fundamental seja no offline, seja no online. Só escutando bem o que nos dizem, podemos ajudar a resolver uma situação, um conflito e a criar soluções inovadoras.
10. SORRI, SÊ NATURAL E GENUÍNA Um sorriso vale por mil palavras e é agregador. Para que a tua comunicação seja mais eficaz, utiliza as regras acima descritas, mas acima de tudo sê natural e genuína. Com a prática, tudo ficará mais fácil.
Teresa Rosalino Fundadora da Talk&Shine Site: talkandshine.pt FB: talkandshine Linked In: talkandshine Instagram: talkandshine Youtube: talkandshine
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CORPO
Marisa Fernandes
MENSTRUAÇÃO MAIS saudável E ECOLÓGICA
A menstruação não é um luxo, faz parte da nossa vida, da vida de todas as mulheres, e é fundamental para a saúde feminina. Infelizmente, por todo o mundo, ocorrem situações de desigualdade somente porque as meninas menstruam e não têm acesso a produtos de higiene básicos, como um penso menstrual ou um sabonete.
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Mudar a forma como olhamos para o nosso corpo e a partir daí fazermos as escolhas mais saudáveis e mais sustentáveis, parece-me um bom primeiro passo. Um estudo feito pela Nathional Geografic diz-nos que uma mulher menstrua durante cerca de 40 anos, em média 5 dias por mês, cerca de 2400 dias ao longo da sua vida (cerca de 6 anos e meio). Por norma, todo o fluxo menstrual é recolhido com um tampão ou um penso higiénico, que depois do seu momento de utilidade, acabam no lixo. Considerando um gasto médio de 5 pensos por dia x 5 dias, dá 25 pensos/mês, 300 pensos/ano ou 12000 pensos (40 anos) por vida fértil, que vão parar aos aterros. Considerando que um penso higiénico tradicional demora cerca de 100 anos a decompor-se, começamos logo a ver o impacto negativo (plásticos derivados do petróleo, químicos, celulose) que têm sobre o ambiente
e sobre a nossa saúde. Ainda bem que existem cada vez mais empresas a apresentar soluções alternativas que nos ajudam a menstruar de forma mais confortável, saudável, consciente e económica e a manter a saúde da nossa zona íntima, livres de químicos e hipoalergénicos. Já existem alternativas menstruais mais saudáveis e mais amigas do ambiente: copo menstrual disco menstrual pensos reutilizáveis cueca menstrual tampões reutilizáveis Então, de uma forma geral, porquê usar um produto menstrual reutilizável? Porque: é mais económico é mais confortável é mais conveniente é mais divertido e empoderador
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é mais saudável, sem irritações, infeções ou odor há redução da duração e abundância do fluxo menstrual é mais ecológico, reduzindo o desperdício que vai para o lixo Na Fluffy Organic & Eco apresentamos soluções alternativas que nos ajudam a menstruar de forma mais confortável, saudável, consciente e económica. Temos vindo a desenvolver e apresentar soluções para que as mulheres portuguesas consigam encarar “aqueles dias do mês” de outra forma. Queremos quebrar tabus, queremos colocar as mulheres a falar sobre este tema, sem meios, sem rodeios. Porque a mudança é possível e urgente, e todas podemos contribuir.
www.fluffyorganicandeco.pt Instagram: fluffy_organic_and_eco Facebook.com: FluffyOrganicandEco
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SAÚDE
5 PLANTAS medicinais QUE DEVEM FAZER PARTE DA TUA ROTINA
O que são plantas medicinais? Desde quando existem? Certamente podes pensar em muitas outras perguntas sobre este tema.
Atualmente, não precisamos ir para a floresta para colhermos uma planta com propriedades medicinais. Na realidade, com uma deliciosa infusão, podemos obter o benefício tradicionalmente atribuído a cada uma delas. Assim, hoje mesmo resolvi falar sobre este assunto para esclarecer todas as dúvidas que possas ter. Plantas medicinais: Será que têm impacto para a saúde? O uso de plantas para melhorar a saúde remonta a muitos séculos. Como muitas coisas na história, a descoberta dos benefícios das plantas tem sido frequentemente o resultado do acaso. Para garantir que as plantas fossem comestíveis, os nossos ancestrais testavam-nas. Isto deu-lhes uma ideia de quais plantas eram comestíveis e quais produziam efeitos positivos, negativos ou que produziram efeitos benéficos (alívio da dor, defecação mais fácil, etc.). Assim, podemos dizer que as plantas fazem
parte da nossa rotina desde o início dos tempos. Conhece de seguida algumas plantas que ainda hoje utilizamos frequentemente com excelentes impactos na nossa saúde.
1 - Harpago Esta planta com folhas lisas e dentadas e flores rosadas, tem uma raiz que mergulha profundamente no chão. A partir destas raízes, surgem bulbos, que são geralmente utilizados na preparação de infusões. O Harpago tem sido tradicionalmente usado pelo seu efeito anti-inflamatório como um grande aliado para as articulações, ajudando a mantê-las saudáveis e proporcionando maior flexibilidade aos tendões.
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2 - Guaraná Esta espécie nativa da América do Sul é uma planta trepadora que chega facilmente aos 10 metros de altura. As suas flores são brancas ou amarelas e os seus frutos são vermelhos. Estes frutos sem sementes, quando misturados com água, são conhecidos como “pasta de guaraná”. O sabor é amargo e o seu cheiro tem notas de chocolate. Os benefícios do guaraná são obtidos a partir das sementes. O seu conteúdo de cafeína é o que estimula o sistema nervoso e nos mantém alerta. A ação estimulante que causa é mais duradoura que a do café, pois, ao mesmo tempo, contém outras substâncias que produzem um efeito retardador. Além disso, tem também propriedades que contribuem para o metabolismo e sustentam a perda de peso.
3 - Anis Esta planta é nativa do Médio Oriente e é cultivada em muitas regiões do Mediterrâneo. Os seus frutos são muito perfumados e exalam o aroma típico do anis. É tradicionalmente usada pelas suas propriedades carminativas: reduz a produção de gases. Isso acaba por reduzir o aparecimento de problemas de flatulência e cólicas.
4 - Açafrão A partir desta planta que cresce até um
metro de altura, é usado o seu extrato de raiz, que confere a cor amarela tão característica do curry, a conhecida mistura de especiarias. É uma das especiarias mais utilizadas na gastronomia da Índia como corante para uma grande diversidade de pratos que esta cultura possui. O açafrão é tradicionalmente usado como anti-inflamatório e analgésico.
5 – Gingko Biloba Esta árvore de origem chinesa tem nomes como a árvore da vida ou a árvore dos quarenta escudos. É cultivada no Japão, Coreia e China, no sudoeste da França e nos Estados Unidos. As suas folhas mudam de cor no outono, passando de verde para laranja e amarelo. A parte usada é precisamente a folha que é colhida quando está verde e seca. O uso tradicional que tem sido feito através desta planta consiste no tratamento de problemas que podem afetar a área cognitiva do cérebro, pois ajuda a manter o desempenho cerebral em idosos.
A natureza é sábia e precisamos saber tirar proveito dela. No conforto de casa, é possível desfrutar destas plantas medicinais para beneficiar dos seus efeitos!
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ESPECIAL Covid 19: A PRECARIEDADE NA ARTE
Chamo-me Maria Duarte, sou atriz, cantora, tradutora audiovisual e dou aulas de Teatro Musical (e não só). Já ouviram falar de mim? Ou no meu projeto musical, Miss Mary De, em que viro pin up e canto temas antigos? Aposto que 99% responderá que não. Não sou famosa, não apareço nas revistas nem entro nas vossas casas todos os dias através da televisão.
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imagem: Rob Laughter
grupo de teatro, no qual adaptavam peças de Gil Vicente à atualidade, transformavamnos numa espécie de teatro de revista e apresentavam a toda a escola. Em 1999, completei os três módulos do Workshop de Interpretação para TV e Cinema “Arte em Movimento”, ministrado por Thais de Campos e André Cerqueira, formando-me a seguir no curso de 2 anos de Formação de Atores na escola de Thais, Arte 6 – Academia de Tv e Cinema/Teatro.
Formei-me como atriz em 2002, mas já tinha aulas de Teatro e Expressão Dramática desde os 7 anos e participava em coros desde os 5. Em 1993, ingressei nas aulas de Teatro de António Feio, na Junta de Freguesia de Benfica, e nos Jovens Cantores de Lisboa, de Ana Faria, sendo escolhida para o grupo musical juvenil Onda Choc (o que não durou muito, pois logo a seguir completei 15 anos, a idade limite). Em 1994, na escola, fundei com amigos um
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Em 2002, interpretei Hérmia, uma das protagonistas de “Sonho de Uma Noite de Verão”, de William Shakespeare. No mesmo ano, entrei para a companhia de teatro infantil (musical e itinerante) Animateatro, pela mão da minha colega Anaísa Raquel. Entretanto, desiludida com a falta de oportunidades, desisti, mas o bichinho não me largou. Após um hiato quase total de mais de dez anos, resolvi voltar aos palcos e à musica, chegando mesmo a integrar o célebre Coro de Santo Amaro de Oeiras. Atualmente, canto em eventos, espetáculos, bares, festas, etc, com a minha personagem Miss Mary Dee, uma pin up, com visual a rigor dos anos 50. Também canto em nome próprio e faço adaptações e parodias de músicas nas redes sociais, muitas vezes com personagens criadas por mim. Como atriz, nos últimos anos, participei em musicais como “Lúcia, o Início de Fátima” ou “Clara, Uma Luz na Noite”, na comédia teatral “Ménage - Vais Dizer Que Não Gostas” e em novelas como “A Única Mulher”, “Ouro Verde”, “A Teia”, ou “Amar Depois de Amar”. Atualmente, dou aulas de Teatro, no âmbito das Atividades de Enriquecimento Curricular, e de Teatro Musical, segundo um método estimulante e inovador. Paralelamente, encontro-me ensaiar, como atriz, o musical “Fogo No Coração” (do GTMR) e, como encenadora, os musicais “O Astrónomo” (também do GTMR) e “O Musical de Verão” ( este ultimo desenvolvido nas minhas aulas, na academia Núcleo Inovartístico, na Abrunheira, Sintra).
A luta por um sonho Pois é. Há 5 anos, desisti de um emprego normal e fixo para lutar pelo meu sonho interrompido durante 10 anos de ser atriz e
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cantora. “Que belo exemplo! Nunca devemos deixar de lutar pelos nossos sonhos”, dizem muitos. Mas a que preço? já pensaram nos artistas desconhecidos, tendo em conta a situação que a classe artística está a viver? Já pensaram que, neste momento, não tenho como lutar pelos sonhos, pelos quais desisti de tudo? Aconteceu a Vigília Pela Cultura e Pelas Artes e a cobertura televisiva e da imprensa não falhou. A atriz e audiodescritora Anaísa Raquel, organizadora do movimento (e a pessoa graças a quem eu, há 20 anos, recebi o meu primeiro cachê como atriz), explicanos por escrito o porquê da vigília: “A #VIGILIACULTURAEARTES surgiu de um grupo informal criado para a organização de uma ação de protesto na rua cumprindo as devidas normas de segurança por conta da pandemia Covid-19.
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CRISE
imagem: Kyle Head
Foi uma ação independente, que partiu da iniciativa conjunta de membros da sociedade civil, cujo objetivo primordial foi o de dar visibilidade física às lutas que têm vindo a ser travadas em várias frentes, por diversas estruturas formais e informais do sector da cultura e das artes. Após dois meses em casa, sem qualquer tipo de apoio e muitas promessas por parte do governo, havia a necessidade de dar corpo a todos os profissionais do sector cultural que se estavam a sentir injustiçados, esquecidos e sem soluções palpáveis. Queríamos mostrar que tínhamos de pensar em sair de casa, com ordem e precauções, queríamos mostrar que o sector sabia como protestar na rua sem ser em manifestações criando, assim, aglomerados, que não são ainda permitidos. Queríamos dar visibilidade ao sector cultural que habita os vários polos culturais do país, descentralizando assim a luta. A Vigília Cultura e Artes aconteceu, de forma formal, em 17 cidades tendo, ainda, acontecido sob a forma informal em mais 4 cidades. Nos vários turnos, nas várias cidades, tivemos espelhadas todas as profissões que fazem parte do sector, bem como pessoas que são habitualmente publico. Foi emocionante ver que sabemos bem que é hora de lutar, adaptando-nos à realidade actual, em silêncio, em reflexão, praticando a mise-en-scene da presença: a mise-en-scene comum a todos os profissionais do sector. Foi uma ação de protesto, uma de muitas que virão, quer sejam organizadas por este grupo informal, quer sejam organizadas por todos
os outros movimentos formais e informais que estão já na luta por mais direitos dos profissionais do sector. O mérito desta Vigília deve-se a todos os que fizeram parte dos vários núcleos da organização e participantes das 21 cidades que se juntaram à luta. Obrigada.”
Precariedade nas Artes Sim, a Vigília teve uma cobertura relativamente boa, mas a precariedade dos trabalhadores da arte, cultura e audiovisuais em Portugal não pode cair no esquecimento. É um tema grave e que há muito deveria ser escancarado, pois o público pensa que os artistas são todos como os famosos, ganham rios de dinheiro, não têm de comprar nada, pois a marcas patrocinam-lhes tudo, têm sempre trabalho e, quando não têm, basta “mexerem-se” no Instagram (eu mexo-me, e muito, mas só tenho 2 mil e tal seguidores, não centenas de milhares como o artista que uma certa comentadora citou como exemplo), sem contar com o facto de que diretos no Instagram não dão dinheiro.
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imagem: Samantha Weisburg
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Por falar em internet, sabem quantas tv’s e rádios online existem para o vosso divertimento? Sabem que, na sua maioria, aqueles que lá trabalham não recebem um único tostão? Passo a dar-vos o exemplo de Margarida Vieira Louro, desde sempre apaixonada pelo cinema de Hollywood, os grandes musicais, teatro, bailado, fotografia, literatura e história. Teve formação na área da dança, ginástica rítmica, aos 27 anos faz o seu primeiro casting no teatro São Luís e figuração especial na novela “Os melhores anos 2”. Um ano depois, faz um curso de teatro com a atriz Zita Duarte no Grupo de Teatro de Queluz. No mesmo ano, entra para a banda Pajem, tendo feito estrada e cantado na Festa do Avante, palco alternativo. Foi Vice-Presidente da Associação de Estudantes no Liceu de Queluz, onde organizou desfiles de Moda e café concertos com bandas de Queluz. Aos 33 anos faz a sua primeira sessão
fotográfica profissional para o fotógrafo Sérgio, tendo sido o rosto da exposição patente no Espaço Andrade Corvo durante 6 meses (a exposição mais vista de sempre naquele espaço). Colaborou com a revista Canela e Hortelã durante 7 anos onde fez cobertura de muitos eventos culturais, entrevistas, viagens. Anos depois ressurge com dois projetos inspirados nos anos 50, as Pin UP Dolls Portugal e os Old School Boys Portugal, homenagem aos tempos áureos do cinema, com sessões fotográficas com marcas Nacionais, espetáculos com música e dança, onde a cantora oficial é Maria Duarte (como Miss Mary Dee) e que adequa o espetáculo ao local. Produção de eventos, espetáculos, sessões fotográficas são a paixão de Margarida. Em 2019 lança uma revista online, Flash Trendy Magazine, onde pretende divulgar os criadores, a cultura e a arte em Portugal. No fim do ano inicia uma nova fase com entrevistas e cobertura de eventos culturais. Em 2020, é convidada pela Oásis TV para converter a sua ideia num programa. A ideia, a produção e a equipa são um feito seu. Muitas foram as personalidades convidadas a ser entrevistadas no estúdio, no sentido de divulgar o seu trabalho e a sua arte. Paulo Caetano e Paulo Alcântara tinham uma rubrica no programa denominada Metamorfose onde se assistia a uma transformação incrível a nível de make up e cabelos e foi patrocinada pela Marca SanBride, que vestiu as convidadas. Como podem imaginar, não é um trabalho pago. Margarida é um exemplo de alguém que não desiste dos sonhos e que luta com todas as forças para não deixar morrer a Cultura e a Arte em todas as duas vertentes… e raramente recebe algo por isso. Não é chocante?
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imagem: Alana Harris
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Uma realidade encoberta
vou fazendo, para além de ter a ajuda da família. Mas e quem não tem outra fonte de rendimento a não ser o espetáculo? Não é fácil ver amigos desesperados porque não têm como pagar as contas nem sabem quando voltarão a ter. Aliás, lembremo-nos que Trabalhadores Independentes em geral só têm deveres, mas nada de direitos. Esta é a realidade! Não deixem morrer a arte e a cultura, nem se centrem apenas nos famosos. Sim, estamos todos no mesmo barco, mas uns estão na primeira classe, enquanto outros estão no porão. Quando precisaram de nós (eventos, teatro, concertos, exposições, televisão, cinema, livros…), estávamos lá. Agora, somos nós quem precisa de vocês. Obrigada.
Quantos de vocês conhece a Margarida? Saibam que os famosos (e ainda mais os ricos) são uma pequena minoria. Não acham estranho ver sempre as mesmas caras? Pensam que são os únicos artistas que temos? E já pensaram que, para lá dos artistas, existe toda uma panóplia de profissionais que depende da arte e da cultura para viver? Quantos eventos de solidariedade são feitos em que pedem aos artistas que atuem de borla ou com grandes descontos? E a nós? Quem é que trabalha de borla para nós? Quem é que é solidário para connosco? Ninguém! Os grandes, os famosos, ainda arranjam alguma ajuda, mas a maioria é puramente ignorada. Existem profissionais da área a passar fome! Felizmente, tenho outros trabalhos que
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MISSÃO: empreender
Gerir o nosso próprio negócio por vezes é uma missão solitária. Mas não tem que ser! Conhece outras mulheres que, como tu, decidiram enfrentar este enorme desafio do empreendedorismo com coragem e determinação.
que passavam pela coordenação e relação com pessoas. É a fazer isso que sou feliz! Sonho desde sempre com criar algo de raiz e foi assim que nasceu a Made in Dreams, em Dezembro de 2019.
O que fazes? Sou Dream Maker, conjuntamente com a minha sócia Raquel Margato, na Made in Dreams, uma empresa de organização de eventos, especializada em casamentos e batizados, nos distritos de Lisboa e Setúbal. Estamos behind the scenes e planeamos tudo ao mais ínfimo detalhe, para criar algo realmente único e à imagem de cada cliente. O cliente sonha e nós fazemos! “Planos B, planos B, planos B” é das expressões que mais vezes nos vão ouvir dizer, pois queremos garantir que, se algo não correr como esperado, a solução surge num instante. É também para isso que cá estamos!
Isa Oliveira
Quem és? Sou a Isa Oliveira, tenho 30 anos e vivo no Montijo. Adoro animais e sou voluntária numa associação ligada à causa. Sou Licenciada em Marketing e trabalhei continuamente em áreas
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O que diferencia o teu negócio? Somos uma empresa completamente focada na organização! Não temos qualquer tipo de produção própria, pois somos especializadas no planeamento. Temos uma grande preocupação ambiental e exploramos todos os dias novas formas de tornar os eventos mais verdes e tão ou mais encantadores que os restantes. Além disso, oferecemos serviço em 4 línguas (português, inglês, francês e espanhol), o que nos permite trabalhar com clientes de várias nacionalidades.
Qual o principal desafio que já ultrapassaste enquanto empreendedora? Os desafios são contínuos e a formação e melhoria constante são essenciais para nós. Penso que um dos maiores desafios que tem vindo a ser ultrapassado é a gestão de tempo e priorização de tarefas, entre a própria gestão da empresa e a parte mais operacional de apoio aos clientes. Sendo uma micro empresa é preciso saber equilibrar bem as coisas e estar constantemente a tentar tornar todos os processos mais eficientes. Não há tempo a perder!
Que conselho dás às nossas leitoras que desejam criar o seu próprio negócio? Planear, planear, planear. Antes de avançarmos com a abertura da empresa, estivemos vários meses a desenvolvê-la e, apesar de só estarmos oficialmente abertas desde Dezembro, existem muitos mais meses de trabalho para trás. Muito estudo, muita formação. Quisemos estar preparadas para arrancar a 100% e penso que isso foi uma mais valia para nós. Depois de planeamento, é o momento de dar o salto e arrancar. Dá um friozinho na barriga mas vale muito a pena! madeindreams.pt
Isa Silva
Quem és? Isa Silva, 53 anos e sou muito curiosa com os porquês da vida.
O que fazes? Trabalho em ilustração, design gráfico, pintura, arte urbana e mural, artesanato e muito mais do mundo visual. Pelo meio, faço formações e gosto de pôr pessoas a desenhar.
O que diferencia o teu negócio? A originalidade e constante criatividade que sai da normalidade. Procuro sempre um outro olhar. Não gosto de seguir modas nem tendências e procuro uma abordagem singular.
Qual o principal desafio que já ultrapassaste enquanto empreendedora? O acumular de funções porque, como freelancer, tenho a meu cargo todas as tarefas e, também, a luta constante por um presente e futuro estável devido à precariedade de quem trabalha por contra própria.
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MULHERES À OBRA
Que conselho dás às nossas leitoras que desejam criar o seu próprio negócio? Persistência, organização, auto disciplina, muita dedicação e, acima de tudo, um qb de insatisfação, porque é com ela que se melhora que se procura sempre um melhor caminho e com isso evolui-se. Não esquecer de equilibrar o tempo pessoal/ /familiar com o tempo de trabalho profissional. Precisamos de tempo NOSSO para que a força de levar o negócio em frente não se perca. O cansaço é o pior inimigo da vontade e da dedicação. E não esquecer de pedir ajuda ou delegar sempre que o peso é demasiado para se aguentar sozinha. www.isasilva.com
Luísa Fragoso
Quem és? O meu nome é Luísa Fragoso, tenho 45 anos e vivo no concelho do Seixal. Sou mãe do André e do Diogo.
O que fazes? Sou sócia gerente da RedeVolt. Estou responsável, pelo departamento administrativo e financeiro da empresa. A RedeVolt faz: - Sistemas de Deteção de Incêndio. - Sistemas de vigilância - Rede elétrica - Rede informática - Iluminação LED
Somos especialistas em iluminação LED e estamos certificados para a instalação, assistência e manutenção periódica, de sistemas de deteção de incêndio e sistemas de vigilância, intrusão, controlo de acessos e assiduidade.
Qual o principal desafio que já ultrapassaste enquanto empreendedora? Tive de aprender a abandonar o hábito e a tentação de procrastinar, tornei-me mais proativa e criei rotinas. O grupo de Patrocinadoras MAO teve um papel muito importante na minha mudança de hábitos.
O que diferencia o teu negócio? Gostamos de ir ao encontro do que o cliente deseja, desde que seja técnica e legalmente possível, a nível da eletricidade, iluminação e segurança.
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Que conselho dás às nossas leitoras que desejam criar o seu próprio negócio? Para fazeres crescer e desenvolver o teu negócio/projeto pensa e sente-o na perspetiva do teu cliente. Pensa como te atrairia a comprar os teus produtos ou a contratar os teus serviços. E muito importante para alargares os teus horizontes e cresceres a nível pessoal e profissional, inserires-te num grupo de Networking para que possas dar-te a conhecer e conhecer outros projetos que poderão trazer excelentes parcerias e principalmente clientes. No meu caso as MAO, em especial o grupo de Patrocinadoras MAO, tem-me ajudado a sair da minha zona de conforto e a iniciar parcerias que há algum tempo seriam impensáveis. Sinto que também evolui como pessoa e como mulher, porque todas aprendemos com todas. Facebook: RedeVolt geral@redevol.pt +351 919 015 385
Quem és? Sou a Teresa Rosalino, tenho 51 anos e considero-me uma eterna aprendiz, sempre em busca de mais conhecimento. Adoro viajar e descobrir novas culturais e tradições.
O que fazes? Ajudo pessoas, passo a passo, a transformarem o medo de falar em público em resultados de sucesso e equipas corporativas, a comunicarem mais assertivamente.
O que diferencia o teu negócio? A criação de programas personalizados adequados às necessidades específicas de
Teresa Rosalino
cada cliente e analisar, no final, os resultados alcançados. A minha experiência Internacional e Nacional em Comunicação e Marketing, durante 20 anos, permite-me utilizar ferramentas diferenciadoras. Durante 10 anos fui Diretora de Marketing em Portugal e Espanha da Marca líder mundial Centrum, entre muitas outras, o que me ajuda a ter uma orientação focada para Pessoas e Negócio. A Formação no College of Public Speaking, em Londres, forneceu-me também competências diferenciadoras que utilizo com os meus clientes.
Qual o principal desafio que já ultrapassaste enquanto empreendedora? Ter que desempenhar diferentes funções e colocar “vários chapéus”, pelo facto de agora ser empreendedora por conta própria e já não trabalhar numa grande empresa multinacional, como estive anteriormente.
Que conselho dás às nossas leitoras que desejam criar o seu próprio negócio? Muita resiliência e ter um fundo de maneio para “Respirar”, pois o período inicial traz
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habitualmente investimento e o retorno pode demorar a aparecer. Analisar bem todos os custos associados aos pagamentos de impostos, contabilidade, etc. Ser empreendedora não é o cenário cor-de-rosa que muitos dizem ser, pois nada é certo. No entanto, se tal como eu tem paixão pelo
que faz e consegue efetivamente ajudar os seus clientes na sua área de atuação, os seus clientes vão sentir isso também e querer fazer mais negócio consigo. www.talkandshine.pt 932 789 782
Catarina Araújo Ribeiro é fotógrafa e criou a sua própria marca, a Caracool. Acredita que o olhar de cada fotógrafo é sempre singular e único. Na sua abordagem procura captar emoções e interações que são refletidas pelos olhares, pelos gestos, pelos sorrisos e por todas as expressões corporais e faciais. Trabalha em várias áreas da Fotografia, desde eventos, fotografia de produto, moda e retratos familiares. Facebook: Caracool Instagram: caracool.fotografia catarinaaraujoribeiro@gmail.com 914 625 282
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EVENTOS
EVENTOS EM TEMPOS DE COVID
DAS VOZES DO EMPREENDEDORISMO FEMININO AO ONLINE SUMMIT REAGIR O nosso grande evento anual, a conferência As Vozes do Empreendedorismo Feminino, passou no intervalo da chuva. Realizou-se no Tagus Park, que de forma muito generosa nos acolheu, no último fim de semana em que tais eventos foram permitidos (5, 6 e 7 de Março). Devido à evolução da pandemia do Covid-19, que resultou na sua chegada em força ao nosso país, os eventos desta natureza ficaram suspensos por vários meses e ainda não se sabe quando voltarão a ser possíveis.
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Como a capacidade de improvisação é uma das características das Mulheres à Obra, dois meses após a realização das Vozes do Empreendedorismo Feminino, estávamos a realizar uma nova conferência. O Online Summit ReAGIR surgiu por sugestão da nossa patrocinadora e coordenadora regional das Mulheres à Obra no Algarve, Ana Rosa. As enormes dificuldades que estavam a ser sentidas na nossa comunidade de micro-empreendedoras, na sua adaptação ao Covid-19, foram a grande motivação para esta conferência Online. Reunimos diversos especialistas que ajudaram estas empreendedoras (e alguns empreendedoras que se juntaram a nós) na adaptação dos seus negócios ao Online, uma necessidade que se tornou urgente no contexto atual. Foram dois eventos muito enriquecedores que
mereceram um feed-back muito positivo, por parte dos participantes e parceiros. As imagens das Vozes do Empreendedorismo Feminino falam por si. Quando ao Online Summit ReAGIR, na falta de imagens temos os testemunhos de participantes que revelam como o evento contribuiu para a sua superação de um momento tão desafiante. Olga Costa : Muitos parabéns ! Adorei!!! Excelentes oradores, organização. Correu muito bem. Aprendi muito. Obrigada a todas, sinto-me em dívida com mais participações ativas da minha parte. Defendo sempre o trabalhar em grupo e em parceria. Gosto de aprender e de partilhar conhecimento, competências natas das Mulheres à Obra, sem dúvida que pertenço a esta comunidade! Bjs a todas. Muito e muito obrigada!!!
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EVENTOS desenhos de Isa Silva
Olga Costa: Muitos parabéns ! Adorei!!! Excelentes oradores, organização. Correu muito bem. Aprendi muito. Obrigada a todas, sinto-me em dívida com mais participações ativas da minha parte. Defendo sempre o trabalhar em grupo e em parceria. Gosto de aprender e de partilhar conhecimento, competências natas das Mulheres à Obra, sem dúvida que pertenço a esta comunidade! Bjs a todas. Muito e muito obrigada!!!
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Ana Filipa Silvestre: Gostei muito de tudo Foi uma abordagem em vários pontos, muito actuais Muito conteúdo, muita informação, muita dádiva Muito grata por tudo e a todos os que fizeram este evento, quer os que deram a cara, quer os que ficaram no backstage Grata por tudo
Cristina Maçorano: Parabéns foi muito bom. Adorei estes 3 dias de muito conteúdo. Obrigado a todos os envolvidos
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EVENTOS
fotos de NoMen Photography Yonara Mateus: Muitos parabéns MAO! Tive muita pena de não ter conseguido assistir a todas (pois continuo a trabalhar que nem uma louca) mas do pouco que pude assistir, foram conteúdos muito relevantes. Obrigada!
Marta Pinto: Muitos parabéns a todas e todos. Foi um evento muito bem estruturado, enriquecedor, muito motivador. Parabéns às MAO
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Mafalda Mendes de Almeida: A vossa generosidade, entrega, profissionalismo e a capacidade de fazer acontecer é comovente. Um fenómeno de altruísmo! Muito Obrigada mesmo
fotos de Caracool Fotografia
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Vanda Pinheiro: Olá queridas MAO. Muitos parabéns pela iniciativa. Foram 3 dias de profunda ajuda e posso vos dizer que reAGI neste momento especial da minha vida. A partir de agora serei mais participativa. O Online SUMMIT teve Nota 10. Muitas mulheres necessitam destas iniciativas agora mais do que nunca para quebrar crenças, medos que existe muita Vida dentro e que é possível para qualquer uma. Basta estarem abertas a novas oportunidades. Agradeço de coração a todas que contribuíram para este 1. de muitos eventos On-line. Muito GRATA
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Ana Paula Serrano Fernandes: Muito bom e interessante, para mim que sou novata neste mundo digital mas que estou a tentar agora estudar/dedicar-me a esta área e por isso foi muito proveitoso, aprendi muitas dicas, conheci profissionais e nada como aprender com quem sabe! Parabéns e Muito obrigada por esta oportunidade
Ana Cristina Ramos: Parabéns às organizadoras, à equipa de apoio, aos palestrantes. A oportunidade que nos deram para aprender foi de grande valor. Eu sinto-me muito agradecida, e vou esforçar-me para aplicar este saber-saber na minha área de negócio. É muita informação para processar, é certo, mas agora o desafio está do nosso lado. Saímos desta experiência bem mais fortes. Obrigada
Joana Ferreira: Agradeço a vossa iniciativa! É muito bom ouvir quem sabe do que fala! E como primeira conferência on-line, correu lindamente. Muito pontuais, organizados e uma ótima escolha relativamente aos oradores convidados. Parabéns! As MULHERES fazem acontecer!
Joana Ricardo de Miranda: Muitos Parabéns a todas os intervenientes, excelente iniciativa e organização. Muito bom, não sabia ao que ia e foi todo um mundo novo para mim! Muito obrigada.
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MULHERES À OBRA
EMPREENDEDORA: LOBA SOLITÁRIA OU AGRICULTORA SOLIDÁRIA?
UMA COMUNIDADE DENTRO DA comunidade
Se pudesses pedir clientes para o teu negócio todas as semanas a umas 20 ou 30 pessoas era brutal, pois não? Mas tens disciplina, paciência e coragem de ligar a 20 ou 30 pessoas toda semana para falar do teu projeto e do que precisas para nele avançar? Se não tens, não te sintas em baixo, porque a malta toda é mais ou menos assim também.
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imagem: Hannah Busing
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O facto é que nossos negócios precisam de clientes e parceiros, tal como nós precisamos do oxigênio para sobreviver. Certo? Portanto, minhas amigas, vender faz parte do jogo e o nosso crescimento como empreendedoras obrigatoriamente passará por esta etapa.
VENDER OU SER COMPRADA? CAÇAR OU PLANTAR? Para algumas, que já trazem uma veia comercial natural ou desenvolvida, é mais fácil. Mal entram num elevador e já estão a fazer um pitch, encantando (ou irritando) as almas que lá estão a partilhar aqueles segundos de subida ou descida. Mas há outras a quem custa imenso meter a cara na rua e dizer a que vêm, o que fazem e quem procuram. Só de pensar num telefonema a frio já começam a sentir as extremidades do corpo a congelar e a aflição se instala. Contactar aquele amigo ou parente que conhece meio mundo também não é a coisa mais confortável, pois frequentemente há uma série de crenças em nós e até mesmo um julgamento velado sobre a nossa decisão de deixar uma situação estável para nos jogar no escuro vazio do empreendedorismo. A boa notícia é que não precisamos estar sozinhas na estruturação ou expansão dos nossos projetos e negócios. Empreender não tem de ser uma atividade mais isolada que home office em tempos de pandemia. Não tem de ser insular.
MULHERES (UNIDAS E ORGANIZADAS) À OBRA: O CASE TEAM.MAO Um exemplo disso é a nossa comunidade de Patrocinadoras Mulheres à Obra, que vem crescendo a passos largos, com cada vez mais
mulheres a unir forças, e que recentemente passou a contar com um subgrupo de networking estruturado, sistemático e focado na geração de oportunidades profissionais e de negócios. Inspiradas em vários métodos de dinamização de redes de contactos, criamos o TEAM.MAO, que se reúne toda segunda-feira às 9h30, rigorosamente em ponto, online via Zoom e, durante 1h e 10min, segue uma agenda que contempla momentos de capacitação, pitches de vendas e apresentações alargadas de negócios. Nessas reuniões colectivas, e nas individuais que dela naturalmente decorrem, aprendemos e treinamos a comunicação do nosso negócio de forma efectiva, consistente e autêntica. Criamos e alimentamos um ambiente que favorece a confiança a partir do investimento pessoal em relações sólidas. Daí, vêm os negócios, as parcerias e até as novas amizades (por que não?). Descobrimos que é possível e prazeroso vender sem vender, construindo uma credibilidade e uma autoridade que precedam o nosso nome no segmento em que atuamos. Praticamos o pensamento ganha-ganha, ampliando a perspectiva de prosperidade e fazendo girar a roda da generosidade e da colaboração. Vivenciamos a igualdade que contempla nossas diferenças e singularidades, que são nossos maiores activos. Com cerca de 30 membros activos e esta filosofia de trabalho, em 8 semanas de actividade tivemos 54 oportunidades geradas no grupo e 30 negócios fechados, o que nos dá uma taxa de conversão geral de aproximadamente 55.5%. Houve também 151 participações em formações, tanto no
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MULHERES À OBRA
momento da reunião como extra-reunião. Tendo como base a SOLIDARIEDADE, valor central das Mulheres à Obra, o engajamento das participantes e o desempenho do grupo é medido por um sistema de pontos que resulta em maior visibilidade para aquelas que mais se dedicarem À EQUIPA, além de outros reconhecimentos. Além disso, diante do compromisso radical das Mulheres à Obra com a democracia e com o civismo, a gestão do TEAM.MAO adota um modelo participativo e rotativo, para que todas tenham a chance de conduzir os trabalhos de tempos em tempos e também se beneficiem da visibilidade que é estar à frente do grupo. Não acreditamos em punições, mas protegemos quem está no barco a remar em conjunto para um destino próspero para todas. Portanto, aquelas que jamais aparecem nas reuniões ou que não operam segundo a cultura das MAO e do TEAM, por seleção natural, acabam por afastar-se das reuniões, dando lugar às mulheres efetivamente à obra!
lado, é viva, contínua e abundante. O que oferecemos é o solo fértil e as ferramentas a quem queira cultivar a terra com suas sementes de trabalho e confiança!
PARA QUEM É DA CASA, É SÓ CHEGAR! E porque somos absolutamente inclusivas, qualquer Patrocinadora MAO pode se inscrever e participar das reuniões. Não há restrições nem exclusividade de actividades. Entretanto, uma vez inscrita, assume o compromisso da presença, da pontualidade e da cooperação em favor do Grupo, sem os quais não faz sentido estar connosco. Isto porque, ao fim do dia, o que terá sido importante para nossos negócios e para nós, como pessoas, serão as marcas que deixamos nos outros ao longo do caminho. E só deixamos marca quando estamos animadas por um forte espírito de relação. A caça, por essência, é predatória e opera segundo a escassez. A agricultura, por outro
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EMPREENDEDORISMO
QUANDO DAMOS INÍCIO A UM NOVO PROJETO
Como começar?
Nós, mulheres empreendedoras que desejamos criar o nosso próprio projeto, por vezes nem sabemos por onde começar e tudo parece de mais. No entanto, o que aparenta ser excessivo por vezes é obrigatório.
Criar um projeto em alguns casos implica ter um contabilista certificado, que nos orienta e ajuda na criação e implementação do projeto; nos pode aconselhar se devemos criar ou não empresa, logo no início; se fazemos com contabilidade simplificada ou organizada. Enfim, é uma excelente parceria para o lançamento e crescimento do nosso projeto. Também é importante recorrer a um consultor credenciado em seguros para nos auxiliar a ler as letras pequenas dos seguros obrigatórios para o exercício da nova atividade e nos ajudar a poupar algum dinheiro, incluindo as cláusulas certas, relativamente à nossa área de negócio. Também temos de escolher a entidade bancária com quem vamos trabalhar, tentar encontrar uma agência que nos aloque um gestor de conta que nos orientará e aconselhará como gerir a nossa conta, de forma a ter o menor custo possível. Isto só para começar a nossa atividade numa
área de negócio que nos irá ajudar a realizar um sonho de vida e quem sabe a gerir o nosso próprio tempo e horário de trabalho. Por vezes, o projeto apresenta a possibilidade de trabalhar a partir de casa, em teletrabalho. Há quem possa trabalhar a partir de qualquer local e há quem precise de abrir um espaço comercial ou escritório. Nas duas primeiras opções, basta ter os profissionais, que referi anteriormente, como aliados, de forma a construir e implementar o próprio projeto, tendo apenas o desafio de manter as rotinas e encontrar os seus clientes e fornecedores, para fazer crescer o seu negócio. Na terceira opção existem alguns desafios acrescidos para que a implementação do projeto seja concebida com sucesso. Veja abaixo os requisitos obrigatórios e imprescindíveis, para abrir um espaço comercial ou escritório.
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1 – Segurança Para que o espaço esteja seguro, tem obrigatoriamente de ter instalado um sistema de deteção de incêndio; se o espaço tiver gás deve ser também instalada uma central de deteção de gás. Esta instalação deve ser realizada por entidades certificadas, para que o cliente tenha os certificados e termos de responsabilidade da instalação Também é obrigatória a sua assistência e a manutenção periódica de todo o sistema de deteção de incendio, apenas efetuada por empresas com certificação na ANEPC (Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil). O espaço tem também que estar dotado de extintores, no mínimo com 2 tipos, e respetiva sinalização.
2 - Sinalização de emergência e iluminação de emergência Em caso de incendio ou outro tipo de emergência, as pessoas têm tendência em entrar em pânico. Se ocorrer quebra de energia, esta sinalização é um excelente orientador e a iluminação de emergência também se mantém ligada por algum tempo extra, por ter uma bateria autónoma da energia elétrica. Este tipo de iluminação deve ser complementado com sinaléticas de evacuação fotoluminescentes, conforme as normas em vigor.
3 – Iluminação adequada ao espaço A iluminação certa e adequada ao negócio em questão pode criar uma grande diferença no impacto que o produto terá no cliente. Por essa razão, deve fazer um estudo e projetar a iluminação certa para cada espaço e área. Para além da poupança de uma iluminação certa e adequada, também dará qualidade de
trabalho. Num escritório, se a iluminação se não estiver ajustada irá trazer desconforto, a quem trabalha no local. Ou seja, é muito importante ter a iluminação adequada ao trabalho que irá ser realizado durante longas horas, no mesmo local. Se é uma loja, deve ter atenção aos pontos de luz e iluminação no interior e no exterior. No interior, deve existir um estudo da iluminação adequada ao tipo de produto que irá ser colocado na montra. Deve igualmente ser dada atenção especial ao balcão e ao espaço geral, tendo em consideração quem trabalha no local e como tornará o espaço mais atrativo para o cliente. A iluminação certa fará a conexão desejável entre o cliente e o nosso negócio e produto.
4 – Rede elétrica Antes da iluminação precisamos de energia. É por isso muito importante fazer uma revisão ao estado da rede elétrica do espaço, para evitar que o sistema de incendio dispare. É recomendável contratar um técnico profissional e de confiança. Por vezes temos os “faz tudo” que ligam uma ou outra tomada, no entanto, existem medidas de segurança a ter em conta que são imprescindíveis para a segurança de quem trabalhará no espaço, para a segurança dos clientes, e, acima de tudo, para a segurança do espaço e do negócio. Por vezes, damos importância apenas ao que é visível e esquecemos ou descuramos a importância do que não está à vista, como é o caso da eletricidade. É normal que se queira pintar o espaço, escolher um papel de parede apelativo a condizer com o negócio, escolher os móveis adequados à atividade. Por vezes, o budget não integra o investimento na segurança, que começa
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EMPREENDEDORISMO
no que não se vê, por normalmente estar escondida no interior das paredes ou em calhas. O ponto importante é que a eletricidade será a base do bom funcionamento do negócio e do espaço, para que tenha iluminação adequada, os equipamentos necessários sempre ligados e sem falhas. Por essa razão, é recomendável que todas as remodelações e decorações considerem devidamente um dos pontos mais importantes para o bom funcionamento e sucesso do espaço – a Rede Elétrica.
É importante contratar os serviços de profissionais credenciados, nas áreas de atividade com quem irá criar parceria e fazer o investimento inicial para a abertura do espaço. Este é um investimento no futuro e no sucesso do seu negócio. A RedeVolt – Electricidade e Electrónica: - Estamos certificados para a instalação, assistência e manutenção periódica, de Sistemas de Deteção de Incêndio. - Estamos certificados pelo SIGESP para a instalação, assistência e manutenção de sistemas de vigilância, intrusão, controlo de acessos e assiduidade. - Somos especialistas em iluminação LED. A nível de iluminação, para além da poupança prevista para o cliente, tentamos sempre ir de encontro ao que o cliente deseja como resultado final, desde que tecnicamente possível. Caso seja necessário efetuar alguma alteração ao previsto inicialmente, é sempre falado e tratado previamente com o cliente. O objetivo de uma boa iluminação num espaço é melhorar a parte visual e a qualidade de vida de quem circula no espaço (habitação| escritório | loja |jardins). - Rede elétrica é a base de funcionamento de qualquer espaço, atualmente, seja para lazer ou para trabalho – Estamos sempre ligados. - Rede informática é a forma de estarmos sempre ligados, ligando os equipamentos uns aos outros de forma invisível, quando é tecnicamente possível.
5 – Rede informática Hoje em dia estamos todos ligados e é imprescindível uma rede de dados num espaço, quer seja uma loja ou escritório. E, para que não aconteça como se vê em alguns locais fios espalhados com risco de tropeçar, o melhor é chamar o especialista e criar uma estrutura adequada ao que é necessário para o bom funcionamento informático do negócio.
6 - CCTV A colocação de câmaras de vigilância obedece a regras muito rígidas. Por essa razão, devem ser instaladas apenas e unicamente por técnicos e entidades registadas e certificadas pelo SIGESP (Sistema Integrado de Gestão de Segurança Privada). Existem vários critérios a ter em conta, desde o negócio em questão, ao ângulo de instalação das câmaras. Ou seja, tudo deve ser analisado entre o técnico instalador e a empreendedora.
Conclusão
Com a RedeVolt estamos sempre ligados
Estas são as questões que é obrigatório e imprescindível considerar para abrir um espaço comercial ou escritório. Seguindo estas indicações, evitará coimas e custos desnecessários.
Caso tenha alguma questão para nos colocar poderá contactar: geral@redevol.pt +351 919 015 385 https://www.facebook.com/RedeVolt
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AGRICULTURA
DA HORTA PARA A
Mesa
A agricultura sustenta a humanidade usando a água e o solo, conhecendo e cultivando as plantas que nos vão alimentar. A sua importância é clara na manutenção da vida humana, da biodiversidade e dos ecossistemas. No entanto, a forma como produzimos e distribuímos alimentos de forma intensiva nem sempre é tão transparente.
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imagem: Markus Winkler
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Mas porque não conhecermos quem produz o que comemos? Pretendemos aproximar quem consome de quem produz, fomentando o consumo local e promovendo um comércio mais justo e cada vez mais afastado dos grandes monopólios de produção, distribuição e venda, com consequências directas no impacto ecológico e social. O projeto A CIRCULAR DA HORTA PARA A MESA encontra-se a construir uma plataforma, alojada no portal Interior do Avesso, que permitirá a quem procura produtos alimentares encontrar rapidamente quem os produz, sem interferências, intermediários ou qualquer taxa.
As entregas e vendas ficarão SEMPRE a cargo de quem produz, sem qualquer interferência ou responsabilidade da equipa do Interior do Avesso. Se produz produtos alimentares e quiser fazer parte desta plataforma, deve preencher o seguinte formulário. Caso não seja possível o preenchimento do formulário, a inscrição poderá ser realizada por telefone ou presencialmente, a combinar. Mais Informação: https://interiordoavesso. pt/interior-do-avesso/projeto-quepretende-aproximar-quem-consome-dequem-produz-procura-produtores-quequeiram-integrar-plataforma/
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MULHERES À OBRA
MAO 4 HOME
Nova Task Force
DAS MULHERES À OBRA PROMETE PÔR, LITERALMENTE, AS MÃOS À OBRA
Quando um grupo de mulheres se junta para pensar sobre obras, o que pode sair daí? Se respondeu MAO4home, acertou!
A nova task force das Mulheres à Obra surgiu da necessidade de criar uma solução única em torno dos vários negócios de uma obra, desde projectos e transformação de espaços à decoração de interiores. Um só produto com tudo o que fizer falta. Assim, sempre que precisar de um projecto de design de interiores pronto a montar, de tratar da parte eléctrica da casa ou de fazer a remodelação da casa de banho, contacta um único fornecedor. E tudo à distância de um clique. Sim, leu bem! Com um único clique, tratamos internamente
de assegurar tudo o que for necessário, através de reuniões e projectos remotos. Cobrimos variadas soluções, desde pequenos retoques a projectos de raiz para a sua casa, escritório, empresa ou condomínio, assegurando soluções à medida e que cubram todas as suas necessidades. Desde o projecto de arquitectura a toda a instalação eléctrica e electrónica, passando ainda pela decoração e seguros que façam falta no processo de construção, encontrará no MAO4home tudo o que procura: uma só solução, um só orçamento.
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Elsa Pereira Organização, avaliação, planeamento e implementação de soluções, que visam a organização do seu local familiar e de trabalho. www.facebook.com/Alinhar333
Filomena Estevas intermediação e análise de crédito (Geobak - Mediação Imobiliária, Lda Intermediário de Crédito Vinculado n. 3618 BdP)
filomenaesteves@decisoesesolucoes.com
Isa Silva Personalização de ilustrações para decoração; criação de imagens para decoração de paredes em espaços comerciais e particulares; pintura artística/mural de paredes; criação de grafismos vários para várias aplicações; pintura em tela; artesanato www.isasilva.com
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MULHERES À OBRA
Joana Beirão Space Design - Easydecor & Criação de Novos Conceitos de Negócio; resolução de problemas de adaptação de mobiliário em espaços existentes; avaliação e apoio na alteração e remodelação de áreas existentes; aconselhamento na escolha e aquisição de peças de mobiliario e acessórios; aconselhamento na escolha de equipas e orçamentos de obra www.joanabeirao.pt/easydecor
Luísa Barreto Madeira Artigos variados de decoração; decoração de quartos de criança; molduras variadas; Jarras e peças decorativas de sala; artigos de escritório diversos; ambientadores de diferentes tipos; guarda joias de vários tamanhos; faqueiros www.ourivesariaclassica.pt Restauro de banheiras e loiças sanitárias, azulejos, mobiliário diverso, peças Sanirestauro, Lda decorativas de ferro Est. desde 2007 fundido, lacagem e esmaltagem de portas e de peças decorativas
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www.facebook.com/sanirestauro
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Luísa Fragoso Instalação, remodelação, manutenção e reparação de rede eléctrica, rede de informática, rede de iluminação, CCTV, detecção de incêndio e áudio e vídeo porteiro em habitações, jardins, escritórios, estabelecimentos comercial ou condomínios Facebook.com/RedeVolt
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Mara Lourenço Pinturas em paredes e tetos; elaboração do projeto de licença; licença projeto de ruído, águas, esgotos; consultoria de Arquitetura e paisagismo; consultoria de Engenharia
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Facebook.com/espacosrenovados
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MULHERES À OBRA
Márcia Garcia e Costa Produtos de Iluminação; projectos de Iluminação; consultoria na área de iluminação de interiores www.light-e-store.com
Sandra Veríssimo Consultoria de seguros (analise personalizada, após levantamento das necessidades); seguro acidentes de trabalho; seguro responsabilidade civil; seguro multirriscos Facebook.com/segurosmoderado
Sofia Vaz Artesanato nacional; objetos de decoração; utensílios decorativos; objetos religiosos; cestos artesanais Facebook.com/artesanatodonamadalena Gestão e manutenção de redes sociais; criação e gestão de campanhas de Facebook e Instagram; criação de site responsive com Backoffice em Wordpress com design personalizado; loja online e criação de textos para site com optimização de SEO www.exclamacao.agency
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www.mulheresaobra.pt
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