Ano 3 nº 28 AGOSTO 2009 R$ 8,90
A evolução da flamingo Empresa passou por readequações ao longo de décadas e hoje conta com 10 lojas em Santa Catarina e no Paraná
Ressocialização Empresas apoiam projeto que dá trabalho e gera renda a detentos Jornada de trabalho Líderes empresariais falam sobre a proposta de redução
O empresário Emílio Schramm, filho de um dos fundadores da Flamingo, administra a empresa blumenauense
natal: começa a ganhar corpo projeto para transformar a data em um grande evento turístico
Fácil localização
(47) 3037 8500
Localização estratégica no Médio Vale
Nova Unidade: entre as mais modernas do País
(47) 3281 4000
EDITORIAL
Eraldo Schnaider / Divulga.ção
Oktoberfest é um dos eventos do segundo semestre que ajudam a incrementar as vendas no comércio varejista local
O segundo
semestre
Quem trabalha com o comércio sabe como o segundo semestre promete. A cada novo ano é a mesma expectativa e sempre surgem novos fatos que acabam comprovando esta previsão. Em 2009, não será diferente e as expectativas não poderiam ser mais otimistas, com probabilidades positivas nas vendas dos artigos de Inverno, para o Dia dos Pais, Oktoberfest, Dia das Crianças e para o Natal. Blumenau, no primeiro semestre, além de todo o processo de desenvolvimento, ainda teve o importante incremento nas receitas das famílias com a liberação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) devido às enchentes e desmoronamentos. Com todos os percalços que surgiram, ainda estamos conseguindo reconstruir a nossa cidade, aos poucos, através de obras públicas e privadas. Nesta onda de recomeço, notamos que muitos estabelecimentos sofreram reformas além do esperado, do piso ao teto, novas fachadas foram surgindo. O movimento natural da forte economia da cidade proporcionou estes investimentos, o que nos leva a concluir que teremos novamente um bom segundo semestre. Mas é necessário que todos os lojistas invistam nos preparativos para que este seja um final de ano sem precedentes e o Natal é nosso maior objetivo. Em conjunto com as demais entidades públicas e empresariais, estamos organizando um Natal que pretende repetir as emoções do ano passado com muito mais alegria e sem o peso da destruição em que nos encontrávamos. Por isso, podemos afirmar que é por um conjunto de fatores que os próximos meses prometem ser muito bons, pois temos também a nossa maior festa, a Oktoberfest, fundamental para o desenvolvimento de Blumenau. Estando o País em uma maré de crescimento, certamente seremos novamente agraciados com um ótimo volume de público, gerando para a cidade uma promoção que atraia turistas e visitantes para as lojas. Este movimento nos traz mais alegria e, consequentemente, recursos para toda a nossa economia. Não vamos esperar, vamos fazer deste um ótimo segundo semestre para Blumenau. Marcelino Campos Presidente da CDL 3
SUMÁRIO
Kakau Santos
Fernando Willadino / Divulgação Divulgação
As lutas e os desafios do comércio varejista em Santa Catarina Presidente da FCDL, Sérgio Alexandre Medeiros, fala das bandeiras em favor dos lojistas
06 Grandes grupos investem na região norte de Blumenau
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Empresas aderem a projeto para ressocializar detentos
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Trabalho no Presídio Regional de Blumenau beneficia presos do sistema semiaberto
Almeida Junior e Wal-Mart estão entre as empresas que confirmaram novos empreendimentos
14 SPC garante segurança na hora de vender 16 Natal em Blumenau começa a ganhar força 26 Entidades são contra a redução da jornada 28 Núcleo Setorial de Responsabilidade Social 29 Vitória sedia o Encontro Brasil-Alemanha 30 A obrigatoriedade da contribuição sindical
32 Artigo: Ainda o desperdício... 34 Acib é notícia 36 CDL é notícia 40 Sindilojas é notícia 42 Memória
EDITOR EXECUTIVO Sidnei dos Santos - 1198 JP (MTb/SC) - sidnei@mundieditora.com.br EDITORA Michele Wilke - 01227 JP (MTb/SC) - michele@mundieditora.com.br EDITORA ASSISTENTE Gisele Scopel - 02807 JP (MTb/SC) - gisele@mundieditora.com.br REPÓRTERES Ana Paula Lauth e Kakau Santos (Fotografias); Cristiane Soethe Zimmermann e Juliana Pfau (Institucional) EDITOR DE ARTE Guilherme Faust Moreira - guilherme@mundieditora.com.br FOTO DE CAPA Ivan Schulze COORDENADOR COMERCIAL Eduardo Bellidio - 47 3035.5500 - eduardo.bellidio@mundieditora. com.br DIRETOR EXECUTIVO Niclas Mund - niclas@mundieditora.com.br TIRAGEM 4.000 exemplares
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Ivan Schulze
ESPECIALISTA EM CAMA, MESA E BANHO Após aproveitar o movimento do turismo de compras, Flamingo focou no setor e passou de três para 10 lojas em poucos anos
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Conselho Editorial Acib: Ronaldo Baumgarten Junior, Ricardo Stodieck, Cristiane Soethe Zimmermann, Charles Schwanke, Solange Rejane Schröder e Rubens Olbrisch CDL: Marcelino Campos, José Geraldo Pfau, Paulo César Lopes e Jorge Luiz Caresia Sindilojas: Alexandre Ranieri Peters, Márcio Rodrigues, Marco Aurélio Hirt e Juliana Pfau
Rua Ingo Hering, 20 – 8º andar CEP: 89010-205 Blumenau – SC 47 3326.1230 www.acib.net
Alameda Rio Branco, 165 CEP: 89010-300 Blumenau - SC 47 3221-5735 www.cdlblumenau.com.br
Alameda Rio Branco, 165 CEP: 89010-300 Blumenau-SC 47 3221 5750 www.sindilojasblumenau.com.br
Mundi Editora: Sidnei dos Santos e Eduardo Bellidio
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Entrevista com o presidente da FCDL/SC, Sérgio Alexandre Medeiros
Sérgio Alexandre
Medeiros
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Fernando Willadino / Divulgação
O líder empresarial completou o primeiro ano do mandato frente à Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina (FCDL/SC), em abril. A entidade conta com 168 CDLs associadas, que totalizam 26 mil empresas em todo o Estado. Em entrevista à Revista Empresário, o presidente da FCDL/SC faz um balanço deste período e aponta as metas até o final de 2010.
“há um otimismo no mercado, mas a Nossa meta é crescer 2%” Revista Empresário: O que precisa ser mudado no Cadastro Positivo para que ele seja aprovado no Senado (já foi na Câmara)? Sérgio Alexandre Medeiros: O Cadastro Positivo, que foi aprovado pela Câmara dos Deputados, tem basicamente três pontos bastante complexos. Na verdade, não foi aprovado um cadastro positivo, e sim a regulamentação de todo o setor de informação, que inclui o Cadastro Positivo e o Cadastro Restritivo. Essa lei tratou do Cadastro Restritivo atual, que é a parte de comunicação da pessoa que vai ser registrada, ele coloca como obrigatório o Aviso de Recebimento (AR). Isso é um ponto que prejudica muito a classe mais baixa, porque o correio
não faz esse serviço nos endereços de interior. Também há problemas nos edifícios, em que a pessoa não está lá para receber e tem que ter o AR com a assinatura dela. Outro problema é que o horário que o correio trabalha é o mesmo em que as pessoas estão trabalhando. Isso praticamente inviabiliza o sistema. Santa Catarina já tem uma legislação aprovada e nós conseguimos derrubar porque provamos que seria inviável. Temos também um outro problema que é o de não poder colocar, nem positiva, nem negativamente, contas de luz, água e telefone, serviços que são prestados com constância. Isso gera duas outras questões, uma no cadastro restritivo, que, de certa forma, as empresas que
fornecem esses produtos têm que usar dessa ferramenta para poder cobrar das pessoas e poder continuar fornecendo o serviço. E na parte positiva do cadastro, que nós usaríamos como uma informação em favor das pessoas que não são devedoras; seria uma grande ferramenta para identificarmos a capacidade financeira delas. E o outro, que eu acho o maior absurdo, é a proibição de se registrar qualquer dívida abaixo de R$ 60,00. Eu nem imagino de onde tiraram esse número – poderia ser R$ 70,00, R$ 80,00 ou R$ 20,00. E isso vai prejudicar muito as pessoas de classes mais baixas, porque não vai ter prestação abaixo de R$ 60,00, as lojas farão prestações maiores.
Entrevista com o presidente da FCDL/SC, Sérgio Alexandre Medeiros
Fernando Willadino / Divulgação
Medeiros: crescimento de 2% RE: Quais as principais vantagens do Cadastro Positivo e como ele se distingue do Cadastro Restritivo? Medeiros: Hoje, nós analisamos se uma pessoa está devendo ou não através de uma consulta nas lojas para ver se está cadastrada no banco de dados e, se estiver, provavelmente não terá o crédito oferecido. O cadastro positivo tem muitas outras informações, por exemplo, se a pessoa tem um financiamento de um veículo e está pagando sempre em dia, consta ali. Se ela tem um financiamento de uma casa própria, também está lá no banco de dados. Essas informações podem ser inseridas ali e vão fazer com que quem está concedendo, não só o lojista, mas um banco que vai conceder um financiamento, possa fazer uma análise melhor. Porque do bom pagador a gente quase não tem informação, mas do mau a gente tem muitos registros. A expectativa é que, com esse Cadastro Positivo, tenhamos um crescimento da oferta de crédito em torno de 19%. Hoje, para quem vai fazer um financiamento, é solicitado imposto de renda, comprovante de renda mensal, comprovante de residência e assim por diante. No Cadastro Positivo, a partir do momento 8
em que a pessoa autoriza ser inserida no cadastro, ele vai sendo alimentado com essas informações e elas são tidas como verdadeiras. RE: Quais as principais reivindicações com relação à regulamentação dos cartões de crédito? Medeiros: Nossa principal reivindicação é que haja um controle do setor pelo Banco Central. Que ele possa intervir e tomar as iniciativas quando necessário. Essa regulamentação é um pouco demorada, pois tem que ter muito estudo, ser muito bem feita. Algumas coisas poderiam ser feitas de imediato, então alguns projetos estão no Senado, outros na Câmara. Estamos trabalhando junto da confederação e da Frente Parlamentar do Varejo. Conseguimos aprovar na Câmara a diferenciação entre o preço à vista e a prazo quando se utiliza um cartão. Sabe-se que o cartão tem 30 dias para repassar o valor para o lojista e tem uma taxa de 5% em média que é cobrada sobre o preço. Então, quando o lojista forma o preço de venda à vista, ele sabe que vai ter que vender com 5% de taxa e 30 dias para receber. Se ele quiser antecipar esses 30 dias, terá que pagar a mais em torno de 5% a 6%. Praticamente, de 10% a 11% ele já sabe que tem que colocar a mais porque ele vai vender e alguém tem que pagar por isso. E o consumidor é que paga. A pessoa que vem com o dinheiro está pagando a mais por conta disso. Entendemos que, com a diferenciação, as pessoas que pagam em dinheiro vão ganhar, aí será feita justiça. Com isso, nossa intenção é que as administradoras sofram uma concorrência com o dinheiro e venham negociar, reduzindo o prazo e as taxas. Outra luta muito grande é em relação às máquinas. No Brasil, o custo desses equipamentos é elevadíssimo. Em um estabelecimento que precisa de quatro máquinas, elas custam entre R$ 100,00 a R$ 200,00 por mês cada uma. Queremos que seja usada uma única máquina para todos os cartões, o que vai diminuir o custo do lojista e do preço para o consumidor. Também tem os juros rotativos. Quando vem a fatura do cartão com o valor total e o mínimo, se for pago somente o mínimo, na outra fatura o que ficou sem pagar vem com 12% de juro, mais alto que o juro do cheque especial, que já é um absurdo.
Isso gera inadimplência no mercado e tira a pessoa dos negócios, pois vira uma bola de neve. A justificativa para esse juro ser tão alto é que existem apenas duas empresas operando no Brasil, a Visa e a Mastercard. Com mais de 90% do mercado, elas fazem o que querem. RE: Quais os benefícios para o comércio e para os associados das CDLs com a capacitação das equipes das CDLs pelo Programa de Integração e Desenvolvimento de Gestores? Medeiros: Esse é um programa que se iniciou na nossa federação, no ano passado, e que vem se tornando uma referência nacional. Várias CDLs já vieram ver e as federações do Brasil estão querendo implantar. O objetivo é capacitar os gestores das CDLs para que eles possam atender melhor o associado, esclarecer todas as dúvidas que possam existir, tanto na área financeira, como na trabalhista, judicial e até na parte da comunicação com o lojista. É um trabalho de aperfeiçoamento da entidade para que o lojista possa utilizar nosso sistema na totalidade. Porque não é só o SPC, são inúmeros outros serviços, desde o Cadastro de Oportunidade de Emprego (COE), até consultas de RG, endereço e automóveis. Através dessa especialização do gestor, tudo pode ser melhor utilizado. Inclusive, nós assinamos um protocolo de intenções com as Faculdades Senac e queremos aproveitar essas horas/aula já dadas e fazer que, com mais uma complementação, eles possam ter direito a um diploma de curso superior em gestão. RE: Quais os impactos da medida da redução das alíquotas do IPI para produtos da linha branca? Medeiros: Esse é um setor que depende muito do crédito. Como no final do ano passado e início desse ano o crédito ficou reduzido, tivemos dificuldade. Os juros estavam altos e a desconfiança devido à crise econômica fez as vendas caíram bastante. A redução de IPI fez com que as vendas voltassem ao patamar que estavam antes. Isso é positivo e agora estamos atuando com o setor de material de construção, pedindo uma redução definitiva da alíquota desses produtos, porque esse setor faz girar muito a economia.
RE: Como deve se comportar o comércio varejista nesse segundo semestre? Já é possível avaliar perspectivas e percentuais de crescimento para o ano? Medeiros: No primeiro semestre nós tivemos uma queda de 5,5% nas vendas no Estado. Há alguns mercados que podem não ter sentido tanto, mas essa foi a média. Junho já projetou, em função do Dia dos Namorados, uma retomada no crescimento. Ficamos praticamente com os mesmos números de junho do ano passado. Nossa expectativa é que, especialmente em agosto e setembro, tenhamos uma retomada mais forte e queremos terminar o ano com um crescimento de 2%. Essa é a nossa meta e expectativa, porque estamos vendo uma redução forte dos juros, que é importante para o varejo. O governo está ampliando a redução de IPI e postergando o fim dela. Também há um otimismo no mercado. De certa forma, essa meta é tímida em relação a outros anos, que viemos crescendo 6%, 7% ou 8%.
Nossa principal reivindicação é que haja um controle dos cartões de crédito pelo Banco Central. Que ele possa intervir e tomar as iniciativas quando necessário RE: O senhor completou um ano de gestão à frente da FCDL/SC no primeiro semestre de 2009. Qual a avaliação até aqui e quais são os planos e metas para o restante de seu mandato, no final de 2010? Medeiros: A avaliação foi bastante positiva, com destaque para a grande participação de todo o varejo catarinense, que culminou na nossa convenção estadual em Joinville, no final de maio. Foi a maior convenção já realizada no Brasil por um Estado. Foram mais de 2 mil participantes. Para se ter um comparativo, a convenção do Rio Grande do Sul reuniu cerca de 700 pessoas e eles têm 40 mil associados.
Nós temos 26 mil. Tudo isso aconteceu com o apoio de todos Tivemos grandes vitórias na parte política: junto dos deputados, conseguimos algumas conquistas de alteração de legislações que prejudicavam os lojistas, como a Lei do Cheque, que foi sancionada pelo governador. Daqui para frente, o desafio é o de criar novos serviços para as CDLs, porque o mercado é muito dinâmico. Criar produtos e serviços diferentes é a meta para nossa equipe e, já nos próximos 60 dias, vamos disponibilizar um novo produto, o Score. Com ele, o lojista terá informações mais detalhadas da capacidade de compra do cliente, quando houver o Cadastro Positivo.
Empreendedorismo
Uma história
feita de visão Ivan Schulze
Foco da empresa é ser a melhor loja no segmento de cama, mesa e banho
Quando a Flamingo foi criada, em 1950, pelos sócios Max Altenburg, Margarida Kahrbec e Augustinho Schramm, era mais uma loja de armarinhos, negócio muito comum na época. O que diferenciava esse dos demais comércios era a visão de mercado de Augustinho Schramm, que ficava à frente da empresa, tocando os negócios no dia a dia. Hoje, são 10 lojas, nove em Santa Catarina e uma no Paraná. Depois de um longo período voltada para o turismo, a empresa decidiu voltar a fazer aquilo que realmente a destacava. Há cerca de 20 anos, realizaram um trabalho de reestruturação das lojas e conscientização dos colaboradores para serem os melhores em cama, mesa e banho. “Esse foi e ainda é o nosso objetivo constante: não ser o maior, mas o melhor em artigos do gênero”, afirma Emílio Schramm, 10
que junto do irmão Roberto (filhos de Augustinho), administra a empresa atualmente. Alguns produtos têm a fabricação terceirizada, mas a busca pela excelência exige fornecedores de qualidade. Há oito anos, uma parceria com comerciantes de outras regiões criou uma nova marca, a Domani – amanhã em italiano – com lojas em Florianópolis, São Paulo e Brasília. A ideia da marca é mostrar que, mesmo após quase 60 anos de fundação, ainda se pensa no amanhã, além de ser uma saída para enfrentar a forte concorrência. O foco de serem os melhores no ramo deu tão certo que, de três lojas em 1983, a Flamingo passou para 10 nos anos seguintes. A matriz fica em Blumenau e as filiais em Itapema – a primeira delas, estrategicamente instalada na BR-101 e com mais de 30 anos –, três lojas em Florianópolis – uma delas leva o nome da Domani –, Balneário Cam-
boriú, Itajaí, Joinville, Jaraguá e Curitiba. Ao longo dos anos, a importação também aumentou e, nesse contexto, a China tornou-se uma aliada. “Importamos da China, Índia, Espanha e Portugal. Isso é algo irreversível e não há lei que faça mudar”, destaca Emílio. Independente da oscilação do dólar, a empresa precisa importar para atender à demanda. Segundo o empresário, existem artigos que não valem a pena a indústria brasileira produzir. “Tanto se reclamou da China, mas hoje a maioria dos grandes industriais também está importando. Quer dizer, se a banda está tocando valsa, não adianta querer dançar tango. É preciso adaptar-se ao mercado”, avalia Emílio, que está há mais de 30 anos no negócio. “Aquela fase da China de ter produtos ruins também já acabou, já existem produtos de qualidade, confiáveis. A Índia faz coisas têxteis maravilhosas, assim como o Paquistão”, cita o empresário.
Divulgação
O centro de distribuição sairá da Rua XV de Novembro, onde fica a matriz, e passará para Itapema
Turismo em ebulição Após a fundação, os negócios da Flamingo evoluíram e a década de 1960 trouxe o crescimento do turismo. A empreitada ainda era insipiente, mas Augustinho não demorou a perceber que, com os ônibus cheios de turistas que passavam pela região, vinha também um mercado promissor. A meta do comerciante era vender os produtos feitos aqui, o que levou a empresa a se especializar no ramo de cama, mesa e banho. Com o passar dos anos, o controle acionário da empresa mudou. Augustinho Schramm comprou a parte que pertencia a Margarida e, depois que ele faleceu, os filhos compraram a parte de Max Altenburg. Com o turismo em alta, a loja agregou outros artigos. Vendia cristais – outra referência da região –, artigos em malha e praticamente tornou-se um magazine. “O turismo era tão forte que tudo que se colocava à venda, saía. Era uma loucura. Se colocássemos pneu na vitrine, venderia. Então, aproveitamos o momento”, conta Emílio. O empresário lembra que, entre 1975 e 1980, filas imensas de ônibus de turismo formavam-se na Rua XV de Novembro. A produção das indústrias era colocada nas grandes capitais, com destaque para Belo
Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Esses produtos não eram vistos no interior. Consequentemente, essas pessoas vinham para Blumenau, maravilhavam-se e compravam. Porém, com o passar do tempo, a indústria foi aumentando a produção e tinha que colocar em algum lugar. De 1985 para frente, a indústria se pulverizou de tal maneira que as pessoas poderiam ir aos lugares mais remotos e encontrar os produtos feitos em Blumenau. A região deixou de ser uma atração nesse sentido e o turismo caiu vertiginosamente. Outro motivo para a queda do turismo apontado pelo empresário foi a popularização do transporte aéreo. As cidades que faziam parte do roteiro rodoviário passaram a ficar de fora. Com a queda no turismo, os administradores perceberam que estavam com uma gama muito grande de produtos. Era preciso mudar e ter o foco em algum produto. “Nessas alturas, nós não éramos bons em nada”, recorda Emílio. Era hora de buscar algo em que a empresa se destacasse. “Chegamos à conclusão que, do jeito que estava, nós não iríamos crescer; na verdade, não teria como sobreviver”, conta. Daí a decisão de tornar a Flamingo na melhor loja de cama, mesa e banho.
Empreendedorismo
Fotos Ivan Schulze
Emílio Scharamm: empresa se adequou e seguiu em
Efeitos da crise A crise mais recente pela qual o mundo vem passando foi sentida de várias formas pelas Lojas Flamingo. Em Blumenau, o quadro foi diferente das demais lojas em função do montante de dinheiro injetado com a liberação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), o que aqueceu o comércio. Contudo, segundo Emílio Schramm, as filiais sentiram a freada na economia. Para ele, essa situação é reflexo dos boatos e do receio que a população tem de perder o emprego, o que retrai o consumo. Por outro lado, o empresário já vislumbra uma recuperação, muito por conta da mudança de estação. “O comércio é muito sensível a vários fatores externos, como temperatura, moda e boatos. Por isso, é fundamental estar atento e pronto para se adaptar a todas essas mudanças”, enfatiza Emílio. A troca de informações entre as filiais é diária, o que hoje é muito fácil pela tecnologia da comunicação. “Para se ter ideia, quando tínhamos três lojas, nosso escritório tinha 15 funcionários; hoje, com 10 lojas, são apenas quatro”. Para enfrentar o futuro, a empresa já está fazendo modificações. O centro de distribuição está sendo transferido para Itapema. Hoje, ele fica na Rua XV de Novembro, em Blumenau, para abastecer as 10 lojas, o que tornou-se insustentável. O novo local trará mais agilidade e mais espaço para armazenamento. Das 10 lojas, oito estão na BR-101 e o mais central de todos os endereços é Itapema. O novo dimensionamento vai diminuir erros na distribuição e o endereço mais longe será o de Curitiba, o que pode ser resolvido em uma hora e meia de viagem. Aproveitando a mudança, a Flamingo irá construir uma nova loja em Itapema, no mesmo endereço, porém mais moderna. A administração também será transferida para lá. A loja deve ficar pronta no final de outubro e o depósito tem previsão para o início de agosto. Os planos de expansão giram em torno das lojas já existentes, pois as cidades em que a Flamingo está instalada comportam mais uma loja do grupo, garante o empresário.
Perfil Razão Social: Flamingo Ltda. Fundação: Julho de 1950 Fundadores: Augustinho Schramm, Max Altenburg e Margarida Kahrbeck Ramo de atividade: Comércio de produtos para cama, mesa e banho Número de lojas: 10 Colaboradores diretos: 65
A marca Domani é uma parceria entre a Flamingo e outras empresas 12
Crédito Kakau Santos
Segurança
na hora de vender O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) foi criado com o objetivo de centralizar em um único banco de dados informações de pessoas físicas e jurídicas, auxiliando na tomada de decisão para concessão de crédito pelas empresas. A entidade, representada pelas Câmaras dos Dirigentes Lojistas (CDLs), foi criada em 1955 por empresários gaúchos que sentiram a necessidade de uma aprovação de cadastro no momento de efetivar a venda de produtos e serviços. Hoje, a principal finalidade do SPC é fornecer segurança aos empresários e lojistas na hora de aceitar um cheque ou fazer uma venda a prazo. O sistema reúne informações do comércio nacional desde os pequenos lojistas até os grandes magazines, indústrias, serviços e mercado financeiro. “Nós informamos se a pessoa que está fazendo a compra já está com alguma inadimplência no mercado”, explica o gerente executivo da CDL de Blumenau, Jorge Luiz Caresia. O SPC oferece um mix de informações com mais de 30 opções de consultas para atender todas as linhas do mercado. “Temos consulta específica para as revendas de automóveis, por exemplo, entre tantos outros tipos de estabelecimentos comerciais”. Atualmente, em Blumenau, são 1,5 mil associados nos mais diversos ramos. Para uma empresa ou loja ter acesso ao SPC, é necessário pagar uma taxa de adesão de R$ 50,00 e a mensalidade, que varia entre R$ 25,00 e R$ 65,00. A partir daí, a empresa se torna habilitada, recebendo uma senha de acesso ao sistema para fazer consultas pela internet ou pelo telefone. A consulta varia de acordo com a necessidade. As mais completas têm o custo de R$ 1,62 (no caso de pessoa física) e R$ 7,00 (pessoa jurídica). “O preço é bem acessível, considerando que o SPC não é uma empresa e não visa lucro. A entidade só tem como objetivo cobrir os 14
Jorge Luiz Caresia: SPC de Blumenau recebe cerca de 120 mil consultas/mês custos deste serviço”, diz o gerente executivo da CDL. O SPC também oferece pacotes de consultas para setores específicos, como para supermercados, videolocadoras, postos de combustível e instituições de ensino. “Nós temos um convênio com a Universidade Regional de Blumenau (Furb), que oferece a opção de registrar os inadimplentes da instituição. As escolas particulares também têm a possibilidade de registrar o nome do responsável pelo aluno, ressaltando-se que elas não podem deixar de fazer a matrícula por causa do registro negativo”, explica Caresia. História O SPC foi implantado em Blumenau em 1963, devido à necessidade de proteção aos lojistas e empresários no momento de realizar as vendas. “Naquela época, existia uma sala com uma telefonista que ficava recebendo as ligações. Os controles eram feitos através de fichinhas que apre-
sentavam o nome do devedor, a filiação, a data de nascimento, o nome da loja e o valor do débito. Eram registradas menos de 100 consultas por mês. Hoje, a média é de 120 mil consultas ao mês”. Em 1993, época em que Caresia era presidente da CDL de Blumenau, houve a necessidade de buscar uma solução, já que o volume de fichas era grande e não havia agilidade no serviço. “Nós tínhamos uma sala que acabou virando um arquivo. Era muita gente para procurar os nomes de A a Z, oferecendo informações aos 300 associados que tínhamos”. Outra dificuldade apontada por Caresia é que cada cidade tinha um SPC, mas as informações ficavam restritas aos municípios. “Uma pessoa podia estar inadimplente em Indaial, mas conseguia comprar em Blumenau porque o nome não estava registrado no SPC da nossa cidade”, explica. A partir daí, foram criados nove pólos regionais no Estado que, em seguida, foram integrados através do sistema informatizado, lançado em 1994.
Projeto único de informação Aos poucos, os lojistas começaram a perceber que Santa Catarina recebia muitas pessoas de outros estados e que a consulta deveria ser de abrangência nacional. Em 2001, foi criado o projeto único de informação, com os dados disponíveis aproximadamente uma hora após as informações serem inseridas no sistema. Porém, antes de inserir um nome no sistema, uma carta precisa ser enviada ao inadimplente, avisando que a pessoa está tendo o nome incluso no banco de dados do SPC. O prazo para quitar a dívida, antes de fazer o registro, é de 10 dias. “Durante estes 10 dias, ninguém tem a informação de que esta pessoa está inadimplente. Se no 11° dia a dívida não for quitada, o
nome passa a fazer parte do banco de dados único do SPC nacional”. Algumas informações repassadas às lojas e empresas ainda são compradas pelo SPC, que não vende informações de seu banco de dados para qualquer outro serviço cadastral. “A finalidade é qualificar a informação repassada ao associado, fornecendo-lhe dados confiáveis e de procedência garantida. Para isto, são utilizadas, inclusive, informações de uma empresa multinacional”, detalha Caresia. A receita com o valor das consultas do SPC é revertida a favor dos associados. “Estamos trabalhando na busca de uma nova informação, criando um novo produto. Todo o investimento está sendo
bancado pelo SPC”. Caresia diz que ainda não pode divulgar como funcionará o produto, por ainda estar em fase de desenvolvimento. Ele deve ser lançado até o final deste ano. “A ideia é colocar este serviço no mercado antes do Natal para facilitar a avaliação do cliente pelos associados”, afirma. O desenvolvimento deste serviço estadual conta com a participação da CDL Blumenau, que está sendo representada pelo diretor César José Buschermöhle. Além destes tipos de investimento, o SPC tem custos com eventuais compras de informações da Serasa e do Banco Central do Brasil (Bacen), manutenção de equipamentos, salários e telefonia, entre outros.
O 45° Seminário Estadual do SPC de Santa Catarina e o 12° Simpósio Jurídico Estadual da FCDL/SC reuniram 350 pessoas no Teatro Carlos Gomes, nos dias 17 e 18 de julho. O evento foi promovido pela Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas (FCDL) de Santa Catarina e pelo departamento de Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) do Estado. A abertura do seminário contou com a presença de autoridades e lideranças como o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, o secretário de Estado de Desenvolvimento Regional de Blumenau, Paulo França, o prefeito de Blumenau, João Paulo Kleinübing; o presidente da FCDL/SC, Sérgio Alexandre Medeiros e o presidente do Conselho Diretor do SPC/SC, Ivan Roberto Tauffer, entre outros. Durante dois dias, foram discutidos assuntos relacionados aos serviços prestados pelas CDLs de Santa Catarina, entre eles, o Serviço de Proteção ao Crédito. O encontro permitiu que os participantes tivessem acesso a recentes informações sobre crédito, atividades do SPC, questões que envolvem o relacionamento do consumidor com as empresas, legislação vigente e jurisprudência, entre outros. Os temas foram ilustrados com palestras, debates, apresentações e o intercâmbio com representantes das diversas CDLs de Santa Catarina.
Kakau Santos
Seminário SPC
O governador Luiz Henrique da Silveira participou do seminário em Blumenau 15
Eventos
Um natal O Natal em Blumenau vai ganhar nova roupagem a partir deste ano, com uma programação para encantar crianças e adultos. O projeto do ano passado, o Natal Alles Blau Blumenau, vai ganhar novo nome e novos ares. “Lançamos o Alles Blau no ano passado para elevar a autoestima da população depois da tragédia de novembro, mas a missão agora é resgatar o espírito natalino”, explica o presidente da CDL, Marcelino Campos, que é responsável pela gestão operacional deste evento. O projeto será construído por várias mãos. Por isso, deve haver um envolvimento de todos os segmentos da sociedade, além das entidades de classe. “Essa não é uma obrigação apenas dos lojistas e da administração municipal, é uma obrigação de todos. Precisamos buscar construir um Natal que envolva toda a cidade”. A ideia inicial é lançar um Natal que se transforme em um grande atrativo turístico, nos moldes do Natal de Gramado (RS). Na busca de um projeto que encante os blumenauenses e turistas, a CDL solicitou o planejamento de uma empresa de São Paulo, especializada em grandes eventos natalinos. “Esses profissionais já conhecem Blumenau, a Vila Germânica e os equipamentos disponíveis, já que a empresa paulistana fez alguns trabalhos para a Oktoberfest. Trata-se da mesma empresa que faz as campanhas de Natal da Coca Cola”. Para o Natal deste ano, o Setor 3 da Vila Germânica será decorado a partir de um tema inicial, que é a bola de neve. Um cenário com um circuito lógico irá apresentar um mundo de fantasia. “Em pleno mês de dezembro, irá nevar dentro do pavilhão e haverá uma fábrica de chocolate com degustação”, adianta Marcelino. O presidente da CDL conta, também, que dentro da construção do cenário haverá a utilização de muita tecnologia envolvendo a robótica. “Queremos encantar
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crianças e adultos em um projeto espetacular”. O cenário contará ainda com uma árvore com 15 metros de altura. A partir deste tema, na Vila Germânica, a CDL pretende levar a decoração para as ruas do Centro de Blumenau. “Pretendemos cobrar o ingresso no valor aproximado de R$ 8,00 por pessoa para que este evento se torne autossustentável, já que a proposta para o próximo ano é de ampliar o cenário, utilizando também os outros setores da Vila Germânica. Não temos dúvidas de que esse pode se tornar o maior evento de Blumenau, até mesmo maior que a Oktoberfest”, diz em tom de otimismo. Além do cenário montado na Vila Germânica, que ficará aberto à visitação durante 40 dias, o Natal coordenado pela CDL pretende levar muita música e dança para os pontos turísticos da cidade. “A ideia é dividir as responsabilidades com voluntários e diversas outras entidades para que, em um futuro próximo, todos possam comemorar o sucesso deste projeto”. Outra proposta da CDL é planejar a decoração natalina das principais ruas do Centro da cidade. As árvores da Alameda Rio Branco, Nereu Ramos, Rua XV de Novembro, da Rua 7 de Setembro e BeiraRio, entre outras, foram listadas para que seja feita uma decoração padrão. Uma das parceiras neste projeto é a Taschibra, de Indaial, além de eletricistas que irão fazer a manutenção das luzes. A proposta inicial da CDL é ficar responsável pela instalação, manutenção e desmontagem da iluminação, cobrando dos empresários e lojistas apenas o valor estipulado para a decoração da árvore que contempla os estabelecimentos comerciais. “Cobrando por árvore, nós não estaremos gerando receita, estaremos apenas bancando os custos de iluminação e manutenção”, garante Marcelino. Futuramente, este projeto também será estendido para os bairros, através dos Núcleos de Bairros da CDL, que abrangem as regiões das Itoupavas, Ve-
Kakau Santos
encantado
Marcelino Campos busca tranformar o Natal de Blumenau em evento turístico lha, Garcia e Escola Agrícola. Para o presidente do CDL, a grande missão é dar outra cara para a programação de Natal, transformando este evento em um grande atrativo turístico, já que a CDL prevê uma visitação de, no mínimo, 200 mil pessoas só no cenário que será criado na Vila Germânica. “Queremos profissionalizar o Natal em Blumenau, que é o que acontece em Gramado. Chegamos no momento ideal para colocar este projeto em prática”, acredita Marcelino. Durante o lançamento oficial (a ser definido), serão apresentados todos os aspectos da programação. Os empresários são convidados pelas entidades empresariais de Blumenau e contribuirem com R$ 50,00 ao mês durantes seis meses.
Investimentos
Região norte desponta
para o futuro
Ana Paula Lauth anapaula@mundieditora.com.br
Fotos Kakau Santos
Poucas cidades brasileiras cresceram com planejamento e Blumenau não está entre as exceções. De 1850, ano do início da colonização germânica, até a década de 1970, a infraestrutura do município se desenvolveu basicamente apoiada em necessidades pontuais. O governo municipal busca definir diretrizes e projetos para o desenvolvimen-
Edson Rieder administra o empreendimento que terá 40 lojas 18
to de Blumenau para as próximas décadas. Segundo o Programa de Desenvolvimento Urbano de Blumenau, batizado de Blumenau 2050, a região norte terá a melhor infraestrutura urbana da cidade nos próximos anos. Por este motivo, os bairros do norte de Blumenau tornam-se atraentes para novos empreendimentos. Entre os novos empreendimentos que despontam na região, às margens da BR-470, está o Vale Auto Shopping. Trata-se de um shopping automotivo, um local onde podem ser encontradas várias lojas de veículos novos, seminovos e de serviços, como despachantes, corretoras de seguro, agências bancárias, serviços de para-brisas, escapamentos, som automotivo, baterias, autoelétrica e acessórios diversos. A inauguração do Vale Auto Shopping está agendada para setembro. “O empreendimento vai unir tudo que se refere a automóveis, motocicletas e náutica num só lugar”, afirma o administrador do empreendimento, Edson Riedel. “Este tipo de empreendimento é um processo de cooperativa, o que é uma tendência para o futuro”, prossegue. Além de espaço para 40 lojas de veí-
culos, 15 salas para prestação de serviço e 13 lojas de auto serviço, o Vale Auto Shopping terá 700 vagas de estacionamento e praça de alimentação. Outros 500 metros quadrados foram destinados à realização de exposições de veículos especiais, feiras, promoções e apresentações culturais. Segundo Riedel, até o final de julho, 60% dos espaços já estavam vendidos e o restante em negociação. A expectativa é de que o shopping gere mais de 220 empregos diretos. A obra, iniciada em julho de 2008, conta com um sistema de captação de água da chuva com capacidade para 200 mil litros. A escolha da região norte da cidade para o empreendimento de mais de 14 mil metros quadrados foi estratégica. Os proprietários levaram em consideração o Programa Blumenau 2050 para escolher o terreno na Rua Dr. Pedro Zimmermann, Bairro Salto do Norte. “O futuro está na região norte, porque é a área de maior desenvolvimento no Município. A cidade deve crescer sistematicamente para esta região”, avalia Riedel. O lugar tem acesso facilitado para 58 municípios, o que significa um total de 1,5 milhão de habitantes e um Índice de Potencial de Consumo Total (IPC) de 26% em Santa Catarina.
Wal-Mart faz novo investimento Depois da loja com a bandeira Big, o Wal-Mart garante novo investimento em Blumenau. A localização para construção do empreendimento ainda não foi confirmada, mas deve mesmo ser na região norte da cidade. A expansão do Wal-Mart em Santa Catarina – que hoje conta com nove unidades das bandeiras BIG, Nacional e Maxxi Atacado – será marcada especialmente pela ampliação do número de lojas do formato atacadista. Blumenau, com um Hipermercado BIG, e Joinville, que já conta com outras duas unidades da mesma bandeira, estão entre as cidades que serão contempladas com novas unidades da marca Maxxi Atacado. O Wal-Mart chegou a Santa Catarina em dezembro de 2005, com a aquisição da rede Sonae. O presidente do grupo no Brasil, Héctor Núnez, anunciou em fevereiro o investimento de R$ 132 milhões e geração de 750 novos empregos em Santa Catarina, em 2009. A maior parcela do investimento está sendo destinada à construção de seis novas lojas da rede, em seis diferentes cidades. Mas, parte dessa quantia já foi aplicada em Itajaí, com a reconstrução do Maxxi Atacado, atingido pelas enchentes no ano passado. A rede Wal-Mart possui 75 mil funcionários em todo o Brasil e, em 2008, registrou faturamento de R$ 17 bilhões.
Os números Vale Auto Shopping 40 lojas de veículos 15 salas para prestação de serviço 13 lojas de auto serviço 700 vagas de estacionamento 220 empregos diretos Blumenau Norte Shopping 185 operações R$ 200 milhões em investimentos 52 mil metros quadrados Wal-Mart R$ 132 milhões serão investidos em SC, em 2009 750 novos empregos previstos no Estado 75 mil funcionários no Brasil R$ 17 bilhões de faturamento em 2008
Investimentos
Grupo Almeida Junior terá novo shopping O Grupo Almeida Junior, proprietário do Shopping Neumarkt, confirmou a instalação de um novo shopping na região norte de Blumenau. O Blumenau Norte Shopping será construído em uma área de 120 mil metros quadrados, de frente para a BR-470, nas proximidades do Trevo da Mafisa, no cruzamento da rodovia federal com a Rua Pedro Zimmermann. Segundo o empresário Jaimes Almeida Junior, a localização, próxima aos trevos de acesso a Blumenau, não poderia ser mais estratégica. O empreendimento está na fase de detalhamento do projeto arquitetônico, Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) e obtenção das licenças ambientais. A intenção é protocolar o Projeto Legal até o final de agosto na Prefeitura de Blumenau e, em setembro, apresentar o EIV ao Conselho Municipal de Desenvolvimento. Jaimes Almeida Junior aponta que o Blumenau Norte Shopping será um shopping center regional, edificado horizontalmente, com uma área construída de 52 mil metros quadrados e 42 mil metros quadrados de Área Bruta Locável (ABL). O grupo irá investir mais de R$ 100 milhões no novo shopping. O foco do empreendimento será atender a região norte de Blumenau e as cidades do Vale com grandes ancoragens, como hipermercado, loja de material de construção e vestuário, seis salas de cinemas, operação indoor de entretenimento infantil de 4,5 mil metros quadrados, praça de alimentação, restaurantes, serviços, seis mega-lojas para o segmento de linha branca e móveis e 165 lojas satélites. O empreendimento terá corredores largos com iluminação natural e amplo estacionamento externo, coberto e descoberto. Entre lojas âncoras, alimentação, megalojas, cinemas, entretenimento, serviços e satélites, irá oferecer 185 operações. O shopping terá uma arquitetura contemporânea: somente um pavimento, cobertura zenital, três importantes acessos com cobertura em vidro e corredores largos. O projeto arquitetônico está sendo realizado pelo arquiteto carioca Paulo Baruki, responsável por grandes shoppings centers no Brasil, como Shopping Vila Olímpia e Shopping Morumbi, em São Paulo, Shopping Park Barigui, em Curitiba, e Shopping Barra Sul, em Porto Alegre. 20
Movimento na economia O Blumenau Norte Shopping será o maior investimento na região depois do Shopping Neumarkt Blumenau. Os investimentos totais do Grupo Almeida Junior, lojas âncoras e lojas satélites serão de mais de R$ 200 milhões. Segundo o presidente do grupo, faz parte da filosofia do Almeida Junior aproveitar empresas, profissionais e mão de obra local na construção dos empreendimentos. “Fizemos isto na construção do Balneário Camboriú Shopping e estamos fazendo com o Joinville Garten Shopping”. O Grupo Almeida Júnior é a maior empresa do setor em Santa Catarina. No planejamento está ter sete shoppings centers no Estado, até 2012, e ser a maior empresa regional de shoppings centers do Brasil. “Estamos crescendo 35% ao ano desde 2006. A empresa investe toda geração de caixa em novos empreendimentos e possui tradicionais parcerias bem estruturadas com instituições financeiras e com o mercado mobiliário. Nos últimos quatro anos, investimos R$ 350 milhões na construção do Balneário Camboriú Shopping, na aquisição de participações de fundos de pensão no Shopping Neumarkt e na modernização desse mesmo shopping e na construção do Joinville Garten Shopping”, diz Jaimes Almeida Junior.
Fotos divulgação
Perspectiva do Blumenau Norte Shopping, que terá 52 mil metros quadrados de área construída
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Responsabilidade social
O trabalho como ferramenta
de ressocialização
Kakau Santos
Michele Wilke michele@mundieditora.com.br A situação precária do Presídio Regional de Blumenau e a falta de segurança na cidade são apenas alguns dos assuntos discutidos pela Comissão Pró-Presídio, liderada pela Subseção de Blumenau da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Segundo o presidente da subseção blumenauense da ordem, José Elvas de Aquino Neves, essa comissão foi criada há dois anos quando o juiz da Vara de Execuções Penal e corregedor do Presídio Regional da época, Osmar Tomazoni, baixou uma portaria limitando o número de detentos. “Nesta época, a OAB de Blumenau promoveu uma audiência pública para debater a situação da segurança no Mu22
nicípio com autoridades e entidades associativas da região”, lembra Aquino Neves. Além da OAB, Polícia Civil e Militar e direção do presídio, fazem parte da comissão entidades associativas como a Acib, a CDL e o Sindilojas. “A Acib foi convidada a participar da comissão que trata do Presídio Regional de Blumenau, dando apoio institucional e colaboração para que as proposições cheguem a alguma conclusão efetiva”, explica o advogado que representa a entidade blumenauense, Adélcio Salvalágio. Entre os temas destacados, está o trabalho a favor da Justiça. “O papel da Lei de Execuções Penais é ressocializar os detentos e, através do trabalho dentro do presídio, os detentos estão sendo capacitados”, explica o advogado da Acib. O presidente da OAB de Blumenau ressalta que o trabalho nos presídios é fundamental para a reintegração social dos presos
e muitos empresários da região podem contribuir para a ressocialização concreta dos detentos. Para participar do programa Caminho Entre a Justiça e o Trabalho, as empresas devem entrar diretamente em contato com a direção do Presídio Regional de Blumenau. Hoje, são 680 detentos, entre homens e mulheres, distribuídos entre o regime semiaberto e fechado no Presídio de Blumenau. Um dos problemas apontados pela OAB é que a unidade prisional está fazendo dois papéis distintos. “É importante lembrar que na penitenciária ficam presos que já foram julgados, receberam a sentença e estão cumprindo suas penas. Já no presídio ficam os presos que estão aguardando julgamento, mas, a verdade é que os detentos que já foram julgados permanecem no Presídio de Blumenau porque a região não dispõe de uma penitenciária”, diz o presidente Aquino Neves.
O presidente da OAB em Blumenau afirma que o presídio deveria servir apenas como uma casa de passagem enquanto a pessoa que cometeu o delito aguarda a decisão da Justiça. “Se ela for condenada, deve cumprir a pena em uma penitenciária, mas constatamos, durante as visitas à unidade, que o nosso presídio também está fazendo o papel de penitenciária e, por isso, há superlotação”. Segundo Aquino Neves, a ocupação do Presídio Regional de Blumenau está quase se igualando à capacidade da Penitenciária de Curitibanos, no Meio-Oeste catarinense. Por isso, nas primeiras audiências promovidas pela Comissão Pró-Presídio, as discussões foram dividas em duas. A primeira envolveu as medidas a serem tomadas de imediato e a segunda envolveu medidas em longo prazo. Foi discutida a ampliação do presídio, que prontamente foi aprovada
pelo governador do Estado. Uma nova ala será concluída até o fim de agosto, oferecendo 186 vagas para o regime semiaberto. “Mas é importante lembrar que isso não é suficiente. Os empresários devem oferecer serviço para que os detentos estejam aprendendo um novo ofício, possam suprir as necessidades para que a família não fique desestruturada e para que ele tenha dinheiro para as suas necessidades básicas”, ressalta Aquino Neves. Além disso, o trabalho dentro do presídio evita que os detentos fiquem ociosos. “Se eles ficam sem ocupação, muitos detentos começam a se aperfeiçoar no crime. O mesmo acontece com os detentos que são libertados depois de terem cumprido a pena sem passar por um bom programa de ressocialização. Eles vão voltar a praticar o delito se não tiverem uma oportunidade de trabalho”, afirma.
Kakau Santos
Casa de passagem
Trabalho para detentos do regime semiaberto
Responsabilidade social
A Nini & Bambini é uma das sete empresas que já montaram uma unidade no Presídio Regional de Blumenau, oferecendo 10 vagas na facção. Agora, o empresário Jair Kuhnen pretende investir em maquinário para oferecer mais vagas. “Estamos fazendo um trabalho social porque, se ninguém se preocupar em habilitar essas pessoas, elas voltam para o crime. Eu já avisei para os detentos que prestam serviços para a minha empresa que podem me procurar lá fora, quando forem soltos, porque vou dar uma oportunidade de trabalho pra eles, dependendo da conduta de cada um durante a pena. Estou oferecendo trabalho, mas não abro mão do bom comportamento”, diz Kuhnen. Ele explica que o salário do detento é o mesmo dos funcionários da empresa, reduzindo apenas os custos dos impostos. “Eles acabam recebendo um pouco menos porque 75% são repassados a eles, enquanto 25% do salário é destinado ao Presídio Regional para as despesas com energia, por exemplo”, detalha o empresário. Os detentos não têm Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), férias ou 13º salário, mas, além do salário, têm a vantagem de remir, pelo trabalho, parte do tempo
de execução da pena. A contagem do tempo é de um dia de pena por três jornadas de oito horas de trabalho. “O tempo remido é computado para a concessão de livramento condicional e indulto, mas, se o condenado for punido por falta grave, perderá o direito ao tempo remido, começando o novo período a partir da data da infração disciplinar, de acordo com a lei. Isso contribui para a boa conduta”, explica o diretor do Presídio Regional, Antônio Osmar Alves de Moura. Pelas normas do Presídio Regional de Blumenau, o detento que está em regime fechado não pode trabalhar dentro do presídio por questão de segurança, mas os detentos do regime semiaberto podem exercer uma profissão, a fim de reduzir a pena e aprender um ofício. Hoje, dos 680 detentos, apenas 40 trabalham de forma regular. “Dessa forma, não estamos ressocializando os detentos, afinal, o preso precisa estudar e trabalhar. Sabemos que alguns são irrecuperáveis, mas precisamos tentar”, lembra o presidente da OAB de Blumenau, José Elvas de Aquino Neves. O índice de reincidência em Blumenau é de 70%. Ou seja, de cada 10 detentos, sete voltam a cometer crimes quando colo-
Kakau Santos
Nini & Bambini aposta no projeto
O presidente da OAB, Aquino Neves cados em liberdade. Um dos motivos apontados por Aquino Neves é a falta de ocupação e cursos profissionalizantes dentro do presídio. “Por isso mesmo, devemos reverter esse quadro para que a própria sociedade não sofra com o aumento da criminalidade. A finalidade da pena é que o detento reconheça que errou, que se conscientize desse erro e volte pra sociedade recuperado”, finaliza o advogado.
Penitenciária Industrial Devido a este alto índice de reincidência dos detentos, a comissão PróPresídio está analisando a possibilidade de ser implantada uma penitenciária industrial em Blumenau, semelhante a que existe em Joinville. O diretor do Presídio Regional, Antônio Osmar Alves de Moura, classifica a situação atual do presídio como precária. Devido à superlotação, muitos detentos acabam dormindo nos corredores e galerias. “A segurança também não é ideal, já que são apenas seis agentes para 680 presos”, diz o diretor. Segundo o presidente da subseção da OAB, José Elvas de Aquino Neves, a modalidade onde os detentos são obri-
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gados a trabalhar em tempo integral oferece maiores condições de reabilitação dos apenados e deve ser tratada como prioridade. “Os presidiários têm maiores condições de reabilitação em um modelo de prisão eficiente”, afirma o advogado. Para conhecer melhor este modelo de gestão, alguns representantes da comissão visitarão a Penitenciária Industrial de Joinville, implantada em 2005, que é gerenciada por uma empresa. “Temos que conhecer este perfil de penitenciária terceirizada, observar a distância que fica da cidade, a área necessária. Não adianta o governo agir sem a conscientização da comunidade
para implantação”, diz o Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Paulo França. Segundo ele, o tema foi abordado em reuniões, mas a expectativa é que a penitenciária seja implantada através do Fundo de Segurança do Governo do Estado. O local para instalação da penitenciária industrial é um assunto a ser tratado no futuro, segundo o secretário. Hoje, Santa Catarina possui penitenciárias apenas em cinco municípios: Joinville, São Pedro de Alcântara, Criciúma, Curitibanos e Chapecó. A Penitenciária Industrial de Joinville é uma das 11 unidades terceirizadas existentes no Brasil.
Jornada de trabalho
Líderes empresariais são
contra a redução A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que reduz de 44 para 40 horas semanais a jornada de trabalho no Brasil e aumenta de 50% para 75% a remuneração das horas extras foi aprovada por unanimidade pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados. O projeto deve entrar na pauta da Câmara Federal ainda em agosto e para ser aprovado deverá ter o apoio de, no mínimo, 308 depu-
tados. Se isto ocorrer, na seqüência a PEC segue para votação no Senado. As entidades empresariais veem a proposta como prejudicial à economia. Segundo os líderes empresariais, a redução da jornada de trabalho de 48 horas para 44, garantida pela Constituição de 1988, não foi suficiente para gerar os empregos prometidos e a atual proposta também não será eficaz para estimular a criação de
Respeito às diferenças “A instituição de uma lei que reduz a jornada sem o ajuste correspondente nos salários trará efeitos negativos para a economia e o desenvolvimento do País. Hoje, os defensores desta medida acreditam que haverá geração de emprego, mas, em outros países isso não deu certo. Leis, por si só, não criam empregos. Novos postos de trabalho são gerados a partir de crescimento econômico, investimentos e educação de qualidade. Os acordos entre trabalhadores e empresas levam em conta as peculiaridades de cada atividade, a realidade de cada setor e de cada região. Por isso, a imposição de uma medida pela via constitucional pode prejudicar o relacionamento entre empregadores e empregados, uma vez que não respeitará as diferentes situações. O País já passou pela experiência de redução de jornada de trabalho e não foram criados novos empregos. A Constituição de 1988, que reduziu a jornada de 48 para 44 horas, provocou aumento na taxa de desemprego, que saltou de 5% para 9%. É engano acreditar que esta medida é um indutor de investimentos. Pelo contrário, isso desconsidera o ambiente econômico atual e será um obstáculo ao crescimento da produção, pois acarretará mais custos às empresas e a perda de competitividade em nível de País e de mundo. Assim, perdem os trabalhadores e a sociedade.” Alcantaro Corrêa Presidente do Sistema Fiesc 26
postos de trabalho e o desenvolvimento econômico. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) manifestou-se contrária à PEC através de uma cartilha que traz os mitos e verdades sobre a geração de emprego. No material, a CNI aponta as condições necessárias para a criação de empregos e aponta o que pode ocorrer caso a lei seja aprovada; como os demais países tratam a questão da jornada de trabalho; a livre
Negociações coletivas “A proposta de redução da jornada de trabalho deve elevar o desemprego e a informalidade, já que tende a diminuir a competitividade empresarial e a reduzir os postos de trabalho e o ganho salarial médio. Se aprovada, a PEC 231/95 vai elevar os custos das empresas, que lançarão medidas compensatórias, como a automatização ou alta dos preços. Por isso, defendemos que a redução da jornada seja discutida em negociações coletivas entre empresários e empregados, considerando os níveis de produção e as eventuais adversidades do mercado.” Bruno Breithaupt Presidente da Federação do Comércio de Santa Catarina (Fecomércio)
Repasse de custos “A Facisc é contra a redução da jornada. A sociedade não tem como absorver o impacto que a aprovação desta proposta poderá causar. Estamos passando por uma crise mundial que afetou direta e indiretamente empresas. Convivemos com dificuldades como a alta carga tributária que nos assola, o alto gasto público, as mudanças climáticas e não podemos arcar com os prejuízos que a aprovação da redução da jornada irá trazer para a nossa economia. Ao contrário do que se vem divulgando, a proposta não criará novos empregos. Não poderemos contratar mais pessoas devido a atual conjuntura, isso, inclusive, poderá acarretar em possíveis demissões, queda do poder aquisitivo, redução de produção, além do repasse do aumento de custos das empresas ao consumidor.” Luiz Carlos Furtado Neves Presidente da Federação das Associações Empresariais de SC (Facisc)
Trabalhando no limite
Pequenas empresas
“O que gera emprego no Brasil ou em qualquer lugar do mundo é o crescimento da economia. Querer fazer uma legislação que obriga as empresas a elevar os custos em uma época de crise não vai funcionar. Os estabelecimentos estão trabalhando no limite, com margens pequenas, reduzindo o que é possível em gastos mensais. Reduzir o horário sem reduzir o salário vai gerar um problema, porque, se a pessoa for fazer hora extra, sobe para 75% o valor. Tem que contratar mais, mas como fazer isso e gerar mais despesas em um momento em que está todo mundo com dificuldades? Isso vai gerar desemprego e rotatividade, fazendo com que pessoas que estão há mais tempo em um estabelecimento sejam demitidas para admitir outros. Observando os principais países do mundo, a jornada de trabalho, em média, é de 48 horas semanais. No Brasil, temos 44 horas semanais. Reduzir para 40 horas é ir na contramão do mundo. Existem comentários de que isso geraria 2 milhões de empregos, mas, não é verdade, porque as empresas vão se adaptar de alguma forma para não aumentar os custos. Todos os horários da jornada de trabalho são muito justos nas empresas. Reduzir quatro horas semanais mexe em toda a estrutura.”
“De nossos mais de 800 mil pontos de vendas ligados ao sistema CNDL, 90% são empresas pequenas. Como, aliás, é o modelo do varejo no Brasil, empresas que não possuem condições de manejar seu quadro de colaboradores em jornadas diferentes de trabalho. Por este motivo, irão perder competitividade e fechar suas portas, levando o varejo nacional para as mãos de redes maiores. Será a destruição de um modelo vencedor que garante emprego e distribuição de renda de forma justa. Outro ponto importante a destacar é que tal medida traria somente mais custos, não produzindo sequer uma nova vaga de trabalho. Custos estes que serão repassados aos produtos e que, em última instância, serão pagos pelo consumidor. Aumento de custos com impacto direto no bolso do consumidor. É importante que todos saibam que todo e qualquer custo existente na cadeia produtiva acaba sendo embutido no preço de mercadorias e serviços e pagos pelo consumidor, por todos nós, com consequente redução da atividade econômica.”
Sérgio Alexandre Medeiros Presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina (FCDL/SC)
Roque Pellizzaro Junior Presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL)
Núcleos setoriais
Atuando com
responsabilidade
Para a coordenadora do núcleo, Jerusa Soares Lopes, a iniciativa pode surgir dentro de cada empresa, a partir da identificação de uma demanda própria, seja entre os colaboradores ou da comunidade ao redor. As organizações ainda podem lançar mão de projetos já existentes e estruturados, apoiando-os e dando continuidade. O núcleo busca trazer representantes de algumas empresas que demonstrem exemplos de casos que obtiveram sucesso na implementação de algum projeto. A ideia é incentivar a articulação dos participantes e levantar bandeiras. Uma das metas agora é atrair também as micro e pequenas empresas, que têm papel fundamental no desenvolvimento sustentável da sociedade. “Engana-se quem pensa que só as grandes empresas precisam agir em prol da cidade”, afirma Jerusa. A coordenadora também ressalta que responsabilidade social é pensar nas outras pessoas. “Se cada um arrumar o próprio quintal, o resultado será positivo como um todo”, exemplifica. O núcleo recebe Organizações Não-Governamentais (ONGs) e Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips) para apontar as necessidades pelas quais passam, na tentativa de incentivar a mobilização em prol das pessoas atendidas por essas entidades. Um ponto fundamental observado pela coordenadora é que as ações do núcleo vão além da filantropia. A questão é estimular a sustentabilidade, com foco na 28
cadeia de negócios da empresa, promovendo ações de desenvolvimento regional através de parcerias público-privadas para a geração de emprego e renda. “A responsabilidade social trata diretamente dos negócios da empresa e de como ela os conduz”, diz Jerusa. A busca pela sustentabilidade dos negócios não se dá apenas através do equilíbrio econômico, mas igualmente do equilíbrio social, pela promoção da cidadania e inclusão social, geração de emprego e renda, assim como o ambiental, com a preservação de recursos naturais. Na visão do núcleo, “a empresa que desenvolve atividades com um comportamento ético e socialmente responsável ganha o respeito de seus consumidores e da comunidade, o que gera uma boa imagem corporativa. Ao mesmo tempo, contribui para a construção de uma sociedade mais justa e mais próspera”. Com apoio do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, as empresas podem avaliar o próprio desempenho neste campo e ter um diagnóstico de atuação. Jerusa avalia que as organizações evoluíram muito em relação a esse assunto e se entusiasmam vendo na prática projetos que deram certo. Para ela, a fotografia do mundo hoje mostra que é preciso mudar. Essa preocupação deve ser inerente à gestão da empresa e não algo paralelo. Esperar por ações dos governos também não é uma atitude sábia, pois a demanda é sempre maior do que se pode atender. Por a empresa ter uma visão mais próxima do que acontece ao redor dela, tem a possibilidade de reverter quadros em benefício próprio. Principais ações O núcleo vem realizando ações com o intuito de mobilizar as empresas, colaboradores e toda a comunidade em prol do desenvolvimento sustentável. Visitas a empresas, palestras, oficinas, cafés de ideias e intercâmbio com outros núcleos fazem parte das ações, além do apoio a projetos das empresas. Esse ano, já foram feitos trabalhos como o intercâmbio de projetos entre as empresas do núcleo, foco para estudo
Kakau Santos
Com a missão de promover debates, troca de experiências e desenvolver ações de responsabilidade social com todos os públicos das empresas e a comunidade em volta delas, o Núcleo de Responsabilidade Social da Acib foi criado em 20 de abril de 2005. Com um grupo multissetorial que reúne 18 empresas, o núcleo mantém a visão de fortalecer o capital social nas organizações, contribuindo para a construção de alternativas que promovam o desenvolvimento regional sustentável.
Jerusa Soares Lopes, da Dudalina, coordena o núcleo setorial
Participantes Dudalina Cia. Hering Doce Beijo Chocolates Unimed Blumenau Previne Consultoria de Riscos Teka Coteminas Karsten Electro Aço Altona Sesi Altenburg Instituto Evoluir Orplan Assessoria Empresarial Dicarlo Metalúrgica Ecap Semascri Bom Jesus/FAE Senai Ibegeron
de mestrado da Furb e o Café de Ideias, que abordou a neutralização de carbono. Segundo Jerusa, as ações do núcleo têm despertado a atenção da comunidade acadêmica, sendo tema para três trabalhos de mestrado da Furb.
Brasil-Alemanha
Vitória sedia
o encontro
Presidente prestigiou o encontro realizado em 2007, em Blumenau comerciais entre ambos, propiciando um ambiente favorável para o fechamento de negócios. Simultaneamente, acontecerão homenagens a empresários dos dois países que tiveram papel relevante na aproximação dessas nações. Dados apontam que o encontro de 2007, entre os dias 18 a 20 de novembro, em Blumenau, foi o maior entre as 25 edições, com 1.858 inscritos. A cooperação em áreas como tecnologia, energia renovável, capacitação tecnológica, logística, pesquisa e desenvolvimento, foi amplamente discutida nos três dias de evento.
Divlugação
De acordo com o vice-presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Sergio Rogério de Castro, a expectativa é de receber mil inscrições, sendo 750 brasileiras e 250 alemãs. Entre os participantes estarão empresários, consultores, pesquisadores, lideranças empresariais e autoridades dos dois países. Já estão confirmadas as presenças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro da Economia e Tecnologia da Alemanha, Karl-Theodor Zu Guttenberg, da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, do ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, do ministro dos Esportes, Orlando Silva, do governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, e do prefeito de Vitória, João Coser. “O principal objetivo do encontro é a realização de negócios entre empresas do Brasil e da Alemanha”, enfatiza Castro. Para isso, foram criados dois mecanismos: o agendamento de rodadas de negócios, que poderá ser feito no momento da inscrição, e as discussões e debates nos painéis do evento. O tema do encontro econômico desse ano é Brasil-Alemanha: Cooperação para o crescimento e emprego – Ideias e resultados. Para Castro, esse evento é o mais denso nas relações bilaterais do Brasil e da Alemanha e vai estreitar as relações
Gilberto viegas
Esse ano, o Encontro Econômico Brasil-Alemanha será realizado em Vitória (ES), de 30 de agosto a 1º de setembro. O evento é anual, sendo realizado alternadamente nos dois países. Entre os temas do evento estão a cooperação econômica entre Brasil e Alemanha, infraestrutura, energia renovável e petróleo e gás e a Copa do Mundo de 2014. Nos workshops, os participantes irão debater sobre a indústria automobilística, tecnologia e inovação e inserção internacional de pequenas e médias empresas. Em 2007, o encontro foi realizado em Blumenau, único no País fora de uma capital.
Sergio Rogério de Castro, da Findes
Encontro Brasil-Alemanha Período de Inscrições: até 20 de agosto, somente pelo site www.encontrobrasilalemanha.com.br Local do evento: Centro de Convenções de Vitória Rua Constante Sodré, 157 - Santa Lúcia, Vitória (ES) Valor do investimento: R$ 100,00 Informações: ahkblumenau@ahkbrasil.com, com a gerente regional da Câmara Brasil-Alemanha, em Blumenau, Sofhia Elise Harbs
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Contribuição sindical
Banco de imagens
Tributo é
obrigatório a todos Prevista nos artigos 578 a 591 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), a contribuição sindical possui natureza tributária e é recolhida compulsoriamente pelos empregadores no mês de janeiro e pelos trabalhadores no mês de abril de cada ano. De acordo com o advogado trabalhista especializado em Direito Coletivo do Trabalho, Flávio Obino Filho, a contribuição sindical é devida aos sindicatos por todos aqueles que participam de categoria econômica ou profissional ou das profissões liberais representadas pelas referidas entidades.
Obino esteve em Blumenau em16 de julho para uma palestra promovida pela Intersindical Patronal, em uma iniciativa do Sindilojas. Cerca de 150 participantes puderam sanar dúvidas em relação ao tema. Esta é a principal fonte de custeio das atividades sindicais. “A contribuição patronal é partilhada entre o sindicato (60%), federação (15%), confederação (5%) e União (20%)”, explica o especialista. Sindicato, federação e confederação têm a mesma participação nas contribuições de empregados, mas o governo fica com apenas 10% do total,
Obino alerta que o pagamento em atraso da contribuição implica uma multa bastante alta, de 10% no primeiro mês, e que cresce a razão de 2% por mês em atraso, além de juros de 1% ao mês e correção monetária. As empresas inadimplentes também cometem infração de dispositivo da legislação trabalhista consolidada e poderão ser autuadas com pagamento de multa administrativa pelo Ministério do Trabalho. O advogado ressalta que, por ocasião da renovação do alvará de funcionamento da empresa, a comprovação do pagamento da contribuição sindical é documento essencial que deverá ser exigido pela municipalidade na forma do artigo 608 da CLT. “Os sindicatos têm legitimidade para a cobrança da contribuição sindical em ação própria que tramitará em âmbito da Justiça do Trabalho”, aponta o advogado.
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sendo os outros 10% direcionados para as centrais sindicais de trabalhadores. O tributo é de natureza obrigatória para todas as empresas, independentemente da condição de associada ao sindicato, tendo ou não empregados, esteja ou não enquadrada no Simples. A contribuição é decorrente da representação sindical obrigatória exercida pelo sindicato. Segundo o especialista, para as empresas, o mês do pagamento é janeiro, ou quando da constituição para aquelas que iniciam a operação após este mês. O valor é proporcional ao capital social e as confederações reajustam as faixas de capital, obedecendo a índices setoriais. No caso dos empregados, a contribuição corresponde a um dia de remuneração e será descontada pelos empregadores dos salários em março e repassada ao sindicato operário em abril.
Flávio Obino Filho é especialista em Direito Coletivo do Trabalho
ARTIGO
Ainda o
desperdício... O combate ao desperdício se aprende de forma indireta na infância, quando os pais ensinam aos filhos que não se deve colocar no prato mais do que se vai comer (hoje, a lição é dada pelos restaurantes que servem comida a quilo) ou apagar a luz quando deixam o quarto. Porém, nesses tempos de consumismo exacerbado, produtos descartáveis e pais trabalhando fora do lar, os conselhos se perdem e a criança se faz adulto sem saber o quanto perde e o quanto deixa de ganhar com o (bom) combate ao desperdício. Ontem e ainda hoje, quem vê um canteiro de obra, percebe o quanto se perde em tijolos, pedra e areia para levantar um prédio ou uma casa, sem falar no cimento, sempre preparado além das necessidades da construção. Nas fábricas, ocorre o mesmo, quando o pessoal da limpeza, ao fim do dia, recolhe ao lixo uma infinidade de peças não aproveitadas ou danificadas. Nos escritórios, os cestos de papéis servem de indicador, isso em plena era da informática. No entanto, sabemos que o desperdício maior, em qualquer ramo de atividade, é invisível. Trata-se do tempo, “matéria-prima” jamais recuperada. As reuniões lideram as estatísticas, pois carecem de objetividade. Convoca-se ou convida-se sem informar o porquê da reunião, os objetivos. “Outros assuntos” ocupam um espaço inaceitável em tempos de gestão transparente. Não listam os temas e nem fixam os horários de início e encerramento. Fala-se muito, decide-se pouco. E o tempo, que não cobra honorários no
presente, revela sua conta de perdas no futuro. Desse modo, deve-se estimular permanentemente a cultura do combate ao desperdício, precedido de estudo minucioso do cotidiano das organizações e da sua atividade-fim, desde o chão da fábrica até a sala do presidente, do posto de saúde ao gabinete do ministro. De desperdício, nós brasileiros, somos pósgraduados. Da colheita, no (mal) armazenamento, nas rodovias, nos gastos públicos, nas indústrias, nos shoppings, nos escritórios, nas residências...já ouvimos e vivenciamos. Assim, a orientação deve ser cortar todos os gastos que não alterem ou prejudiquem a produção, os serviços, a comercialização, o atendimento, as pesquisas, a inovação, otimizando as atividades, tornando-as mais ágeis. Por exemplo, qualificando o quadro de funcionários para a execução de tarefas sem perda de tempo ou material, reduzindo os mecanismos de comunicação interna, descentralizando a gestão, delegando tarefas e, em alguns casos, terceirizando-as, quando desvinculadas da atividade-fim. Assegurar as 8 horas de trabalho prazerosas, para quem passará 40 e mais anos ativo, e que já chega e vai sobre as rodas da estupidez do sistema de transporte. Com essas e outras medidas, respeitando as especificidades de cada empresa e as suas metas, é possível desenvolver o processo de combate ininterrupto ao desperdício. Os resultados, em alguns casos, são imediatos e em outros aparecem em médio ou
Antes que seja tarde, é importante localizar o desperdício, com uma grande lupa, e extirpá-lo
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longo prazo. Antes que seja tarde demais, é importante localizar o desperdício, com uma grande lupa, e extirpá-lo, moldando as organizações ao mundo globalizado e competitivo, implacável com o mau trato nas organizações, e abandonar a postura mais irresponsável que é do descarte, das demissões, do enxugar os postos de trabalho. O que mais à frente, é óbvio, diminui o consumo, não como opção, mas pelo desemprego. Tudo isso, é claro, para quem não tem máquina de fabricar dinheiro ou de cobrar impostos. Luiz Affonso Romano Presidente do Instituto Brasileiro de Consultores de Organização (IBCO)
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ACIB É NOTÍCIA
Câmara apresenta relatório de Comissão da Reconstrução Divulgação
A Câmara de Vereadores de Blumenau promoveu uma audiência pública no dia 24 de julho para apresentar as conclusões dos trabalhos da Comissão Especial Temporária de Acompanhamento e Fiscalização dos Investimentos para a Reconstrução do Município, formada em março deste ano. A Comissão foi composta pelos vereadores Fábio Fiedler (DEM), Zeca Bombeiro (PDT), João José Marçal (PP), Napoleão Bernardes (PSDB) e Vanderlei Paulo de Oliveira (PT). Fiedler apresentou um relatório dos recursos investidos para reerguer o município no qual constam os seguintes valores: R$ 7.776.740,00 oriundos da iniciativa privada, R$ 21.347.441,00 do Estado, R$ 28.253.588,28 da Prefeitura e R$ 90.084.956,31 da União. O prefeito de Blumenau e o secretário de Estado do Desenvolvimento Regional fizeram o detalhamento das ações que cada administração realizou. O presidente da Acib, Ronaldo Baumgarten Junior, destacou a preocupação da associação com a qualidade das obras que estão sendo feitas no Vale do Itajaí, por representarem um marco na reconstrução. “A grande reivindicação da iniciativa privada é tornar público o que a iniciativa pública faz com os recursos, pois é um dinheiro do povo e tem que ser bem gasto”, observou.
Autoridades participaram da audiência pública que marcou o fim dos trabalhos da comissão
Cobranças desconhecidas são enviadas a empresas de Blumenau Um boleto bancário da Caixa Econômica Federal emitido pela Associação Comercial e Empresarial do Brasil está chegando a várias empresas de Blumenau. A Acib esclarece que a tal entidade não possui vínculo com a Confederação
das Associações Empresariais do Brasil (CACB) nem com a Facisc. O presidente da Facisc, inclusive, se pronunciou alertando os empresários para não realizarem qualquer pagamento sem falar com a associação empresarial da qual
fazem parte. “Todos os pagamentos provenientes das ACIs filiadas ao Sistema Facisc e CACB são previamente aprovados pelos presidentes, diretorias e executivos das entidades”, explica o presidente da Facisc, Luiz Carlos Furtado Neves.
Mais bombeiros para o aeroporto de Navegantes Aproveitando a visita do governador Luiz Henrique da Silveira a Blumenau, no dia 17 de julho, o presidente da Acib, Ronaldo Baumgarten Junior, intercedeu pelo aumento do efetivo do Corpo de Bombeiros em Navegantes. Ele entregou documento ao secretário de Desenvolvimento Regional, Paulo França, que o fez chegar às mãos do governador. No ofício, Baumgarten alega que o Aeroporto Internacional de Navegantes está pequeno para a demanda de passageiros. “Mas o que freia e inibe a entrada de novas rotas no terminal, por enquanto, é a falta de efetivo do Corpo de Bombeiros. Hoje, o efe-
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tivo é de cinco soldados, quando são exigidos nove pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), de acordo com o porte das aeronaves. O aeroporto teve o nível de segurança rebaixado em março, o que não permite a entrada de mais vôos na escala até a sua adequação”, aponta o documento. Ainda segundo o ofício, o acordo assinado com o Estado de Santa Catarina através de convênio com a Infraero previa a presença diária de nove profissionais. Com o efetivo de cinco soldados, o aeroporto deixou de contemplar o plano de segurança para pouso e decolagem das aeronaves que atualmente uti-
lizam o espaço. “Corremos o risco de termos os vôos transferidos para outros aeroportos por falta da adição de mais quatro profissionais no efetivo do Corpo de Bombeiros. Esta situação é extremamente preocupante, pois as empresas que já operam no Aeroporto de Navegantes estudam inclusive transferir os voos para Florianópolis, prejudicando todas as cidades do Vale do Itajaí”, aponta o presidente da Acib. Diante desses motivos, ele solicitou ao governador a garantia de alocação de mais quatro bombeiros, objetivando adequação às exigências da Anac.
Acib é contra o mínimo regional A Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc) e as 145 associações empresariais no Estado, que representam cerca de 24 mil empresas, estão engajadas contra o projeto de lei que pretende criar em Santa Catarina o salário mínimo regional. O tema foi tratado na última reunião regional da Facisc, com a participação do presidente da entidade blumenauense Ronaldo Baumgarten Junior, do diretor executivo da Acib Charles Schwanke, do diretor financeiro Manfredo Krieck e do vice-presidente da Acib e também da regional da Facisc, Carlos Tavares D’Amaral. O assunto também foi levado à reunião da diretoria da Acib. A Facisc encaminhou ofício ao governador Luiz Henrique da Silveira
Agenda ACIB 2º City Tour – Veja Blumenau com Outros Olhos Quando: 12 de agosto Promoção: Núcleo de Turismo Receptivo da Acib Investimento: R$ 25,00 para almoço típico no Clube de Caça e Tiro Blumenauense Informações: (47) 3326-1230 ou email nucleos3@acib.net, com Carla
solicitando a retirada do Projeto de Lei que cria o piso regional. A Acib, por sua vez, enviou ofício aos 40 deputados da Assembleia Legislativa solicitando a votação contrária ao projeto ou a retirada do mesmo, alegando que as negociações devem ser restritas aos patrões e empregados, sem interferência externa. “Esta interferência acaba com a livre negociação entre sindicatos patronais e laborais”, aponta o documento, assinado por Ronaldo Baumgarten Junior. “Consideramos um entrave ao desenvolvimento econômico do nosso Estado. Não é o momento de se pensar na criação do mínimo regional. Estamos enfrentando uma crise mundial e perderemos competitividade”, diz o presidente da Facisc, Luiz Carlos Furtado Neves.
4º Ciclo de Palestras: Gestão de Segurança Sustentável Quando: 19 de agosto Local: Sede da Acib Horário 19h Promoção: Núcleo de Consultoria e Treinamento da Acib Investimento: gratuito para associados Acib e R$ 5,00 para não associados Informações (47) 3326-1230 ou email nucleos1@acib.net, com Alexandra
Novos associados
Amaral é reconduzido à Regional da Facisc
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O vice-presidente da Acib e representante da região na Facisc, Carlos Tavares D’Amaral (E) e o presidente da Facisc, Luiz Carlos Furtado Neves No dia 15 de julho, o vice-presidente da Acib, Carlos Tavares D’Amaral, foi reconduzido por mais dois anos ao cargo de vice-presidente regional da Facisc no Vale do Itajaí. Amaral representa a região desde 2007. No encontro, realizado em Itajaí, tam-
bém foram discutidos assuntos de interesse da região e do Sistema Facisc. Entre eles, a realização de uma missão à Alemanha e o Congresso Empresarial, programado para ocorrer em Florianópolis entre os dias 4 e 6 de novembro.
Jadlog Fone: 47 3222-2525 www.jadlog.com.br/www.sulexpresslog. com.br Vale Da Web Fone: 47 3035-2650 www.valedaweb.com.br Trade Mídia Fone: 47 3322-8880 www.trademidia.com
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CDL É NOTÍCIA ���
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Novos cursos do CEV em setembro O Centro Educacional Varejista (CEV), dentro de um intenso trabalho de revisão e readequação do portfólio de cursos, lança neste segundo semestre uma série de novos treinamentos. Em agosto, já entram na grade os cursos de Fluxo de Caixa e Promoção e Propaganda no Varejo, mas, a partir de setembro, novos temas farão parte do quadro, como Técnicas de Entrevista; Orçamento Empresarial para 2010; Planejamento Estratégico para 2010; Negociação Empresarial e Cobrança por Telefone. O objetivo desta ação é manter a programação sempre atualizada e atrativa aos lojistas, fazendo com que o CEV firme-se como a escola do varejo de Blumenau. O CEV também está distribuindo, a partir desse mês, um novo calendário de cursos impresso, com uma nova programação visual e informações mais completas aos interessados. Até o final do ano, serão integrados ao portfólio de treinamentos outros cursos. Mais informações pelo telefone (47) 3221-5724 ou pelo e-mail cev@cdl-sc.org.br.
Consumidor está mais confiante, aponta SPC/SC Em junho, o consumidor catarinense mostrou-se menos temeroso com as turbulências econômicas e voltou às compras, comportamento que animou o comércio. Com a população mais confiante, o setor varejista, que amargou números negativos nos primeiros meses do ano, aposta na recuperação nos próximos meses. Segundo o balanço do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), divulgado pela Federação das CDLs de Santa Catarina (FCDL/SC), em junho, o número de consultas caiu 0,62% em relação ao mesmo mês do ano passado. No entanto, o resultado é considerado positivo pela entidade se comparado a maio, quando as consultas à base de dados do SPC tiveram queda de 8,51% frente a 2008. “É uma diferença bastante considerável e sinaliza que, apesar de o número de consultas ter sido 0,62% menor em junho, ainda assim foi melhor que maio. Mostra que o comércio está se recuperando do primeiro semestre e ensaia a retomada do crescimento, esperada a partir de agosto”, enfatiza Ivan Roberto Tauffer, vicepresidente de Serviços da FCDL/SC. Ele completa que o efeito da crise já passou e com isso o comércio ganha força para os próximos seis meses. “Os dias mais frios também têm contribuído para estimular as vendas”, destaca. A recuperação do crédito ao longo de junho registrou alta de 8,16% em relação ao mesmo mês de 2008. Do total de cerca de R$ 54,1 milhões em dívidas contabilizados no mês anterior, foram recuperados R$ 36,4 milhões, 67,22% do total. “Esta reabilitação mostra que as pessoas estão voltando a comprar no crediário, além de mais conscientes e pés no chão no momento da compra. E os lojistas também estão mais cautelosos”, conclui Tauffer. 36
Calendário CEV Setembro Atendimento e Telemarketing Dias 8, 9 e 10 O curso aborda temas como atendimento com qualidade, o uso do telefone como ferramenta de vendas, pós-vendas e pesquisa de satisfação.
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Oratória e Comunicação Persuasiva Dias 15, 16, 17, 21 e 22 Como vender idéias, produtos e serviços de maneira convincente e utilizar a voz, o olhar e a expressão corporal. Atendimento e Recepção a Clientes Dias 23, 24 e 25 Orienta o participante na qualidade total do atendimento, na imagem pessoal e organizacional da loja com a clientela, além de dispor de informações de como atender os clientes. Aperfeiçoamento em Vendas Dias 28, 29, 30/09 e 1º, 5, 6, 7, 8, 9 e 13/10 Desenvolvimento de novas competências para uma eficaz atuação do consultor em vendas, recuperando clientes inativos, corrigindo vícios e deficiências técnico-comportamentais para vender mais e melhor. Técnicas de Entrevista Dias 1º, 3 e 4 Capacita os participantes nos novos conceitos de Recrutamento e Seleção para conduzir entrevistas, identificar e analisar posturas pessoais frequentes na seleção de pessoas. Orçamento Empresarial para 2010 Dias 8, 9, 10 e 11 Um curso prático para entender como preparar, controlar e interpretar corretamente o orçamento empresarial para os próximos anos. Planejamento Estratégico para 2010 Dias 22, 23, 24 e 25 Apresentação de metodologias de elaboração, implantação e acompanhamento de planejamento estratégico para realizar ações e adaptações com base em análises e na leitura dos possíveis cenários político e econômico em 2010. Negociação Empresarial Dias 14, 15 e 16 Instrumentaliza os participantes com técnicas de negociação e estratégias vencedoras que permitam a obtenção de melhores acordos, bem como desenvolver, ampliar e aperfeiçoar habilidades de negociação. Cobrança por Telefone Dias 17, 18 e 21 Apresenta procedimentos de cobrança por telefone e corrigi erros habituais, para aumentar a arrecadação, dando um tom profissional à atividade de cobrança telefônica. Horário: das 19h às 22h Local: Casa do Comércio Inclui certificado, apostila e cofee break Informações e Inscrições (47) 3321-5715 e (47) 3221-5724 secretaria.cev@cdl-sc.org.br
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CDL e Sindilojas promovem campanha de Dia dos Pais
A CDL e o Sindilojas realizam campanha promocional de Dia dos Pais, que será comemorado dia 9 de agosto. A ação tem como objetivo destacar uma das datas mais importantes do calendário varejista, buscando valorizar sempre o comércio de Blume-
nau como uma ótima opção em compras. Com o tema Dia do Super Pai, a campanha procura explorar o fato de todo pai ser como um herói para seus filhos, merecendo então um presente especial nesta data. A previsão de incremento nas vendas é
otimista, cerca de 3% com relação ao ano passado, até pela importância da data, mas também pelo início da temporada de liquidações de Inverno, que devem movimentar ainda mais o comércio neste início de segundo semestre.
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CNDL X processadoras de cartões de crédito Na briga contra as processadoras de cartão de crédito, a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) estuda acionar judicialmente a Visanet e Redecard por abuso de poder econômico. O presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, informa que o processo administrativo aberto pela Secretaria de Direito Econômico (SDE) contra a Redecard pode servir de base para uma ação da entidade e mostra a necessidade urgente de uma regulamentação do
setor. Segundo Pellizzaro, “o duopólio que existe hoje no Brasil está impedindo a concorrência e obrigando os lojistas a aceitarem as condições impostas pelas empresas. Estamos dispostos a tomar medidas judiciais”, disse. No final de julho, a SDE abriu processo contra a Redecard por entender que a empresa está cometendo abuso de poder ao limitar o trabalho dos chamados facilitadores, que operam nas transações comerciais
realizadas pela internet. A Redecard negou a irregularidade e disse que as mudanças pretendidas nos contratos com os facilitadores são necessárias porque essas empresas representam um risco ao sistema de pagamento. “Por terem um volume de fraudes elevado, elas oferecem um ponto de fragilidade ao sistema”, disse o diretor executivo de Emissores e Produtos da Redecard, Ronaldo Varela. Fonte: FCDL/SC
Novos associados
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Vasconcelos Motors
Ouro Fino
Bebidas Zarling
Auto Escola Santa Rosa
Anna Moda Íntima
Soma Cursos
SKMA Jeanswear
Contrel Contabilidade
Viva Casa
Donna Jo
Allury Moda
Quizer Malhas
Intercine Vídeo Locadora
Telesom
Bassani Prestadora de Serviços
Anabella Modas
Bazar Krueger
Feel Free English Club
Farmácia Econômica
Mini Mercado Quero-Quero
Loja Marly
Kleyser Modas
Odontologia Andrade Anga Alimentos K Auto Peças Auto Escola Almeida Iris Calçados Kleis Mat. Construção HDS Pneus Floss Cosméticos Construtora Bolinha Art’Hauss Cozinhas e Dormitórios Supermercado Fortaleza - Filial
Papelaria 0473 Saram Confecções Fifty Fifty Confecções Empório Girassol Advancetex Mais Intercâmbio Viagens Kiddo Escola de Idiomas Soc. Bras. Cultura Inglesa BR Officer
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SINDILOJAS é notícia
Vestuário lidera preferência para o Dia dos Pais
Fonte: Fecomércio/SC
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Roupas, calçados, perfumes, livros e celulares têm preferência na lista de presentes para o Dia dos Pais, segundo uma pesquisa realizada pela Fecomércio/SC. O levantamento foi feito em julho e revela que 42% dos consumidores gastarão até R$ 50 com as compras para a data. Sobre o valor do presente, outros 29% estimam gastos entre R$ 51 e R$ 100 e 11% gastarão de R$ 101 a R$ 200. A pesquisa confirma a preferência do consumidor pelo pagamento à vista. De acordo com o estudo, 65% pagarão à vista, 22% preferem o cartão de crédito, 4% o cartão de débito e 2% usam cheque. Para o presidente da Fecomércio, Bruno Breithaupt, apesar do comportamento prudente do consumidor, a expectativa é boa para a data. Entre as opções de compra, o vestuário lidera a escolha (50%), seguido de perfumes (11%) e calçados (9%). Além do comércio varejista, os setores de serviços e turismo também devem ter incremento na data, já que alguns consumidores apostam em almoços e jantares, viagens e passeios em família. Segundo o presidente do Sindilojas de Blumenau e Região, Alexandre Ranieri Peters, “estas previsões devem se concretizar aqui na nossa região. Esperamos um crescimento nas vendas de aproximadamente 3%”. De acordo com a pesquisa, a semana que antecede à data deve ser a de maior movimento – 72% dos entrevistados responderam ir às compras neste período. Roupas estão entre as preferências para presentear os pais
Segurança pública em debate
Prêmio Conceito Varejista 2009
As diretorias das entidades empresariais de Blumenau – Sindilojas, CDL e Acib – estiveram reunidas no dia 20 de julho com os diretores dos meios de comunicação locais para tratar da segurança pública. O objetivo foi, através de uma conversa informal, passar a tratar esta situação de forma prática para que a comunidade esteja protegida e cobre ações das autoridades. Foram abordados assuntos como as blitze para tirar de circulação todas as pessoas irregulares perante a lei. No entendimento das entidades, é preciso que o entendimento e a divulgação destes resultados resultem numa imagem que de certa forma iniba as contínuas situações desagradáveis nesta área. São necessárias medidas disciplinares e principalmente de educação para que os resultados para a cidade e para os cidadãos reflitam em uma situação de controle e segurança. A reunião teve uma avaliação positiva das entidades. Elas entendem que só com mudanças enérgicas se afastará a insegurança nos diversos setores.
O Prêmio Conceito Varejista 2009, segunda edição do evento lançado com sucesso em 2008 pelo Sindilojas e CDL de Blumenau, acontecerá no dia 26 de novembro. A data já está confirmada pelos organizadores e a pesquisa que apontará os estabelecimentos comerciais com maior reconhecimento entre a comunidade em diversos setores será realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais (IPS) da Furb em setembro. A premiação, classificada em cerca de 30 categorias por ramo de atividade, será entregue aos grandes destaques do comércio varejista de Blumenau, segundo a opinião popular. De acordo com o presidente do Sindilojas, Alexandre Ranieri Peters, “esta iniciativa foi, felizmente, muito bem aceita entre os lojistas que hoje utilizam este reconhecimento como uma oportunidade de desenvolvimento dos seus negócios e fidelização de clientes”. Além da entrega dos prêmios, as entidades farão novamente este ano homenagens a personalidades e destaques que serão conhecidos somente na noite da festa. O evento será realizado no Moinho do Vale. Informações sobre a pesquisa realizada em 2008 estão disponíveis no site do Sindilojas (www.sindilojasblumenau.com.br).
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Desemprego tem menor taxa do ano
Coluna Jurídica Valetransporte
Comércio deve reagir com as contratações de fim de ano A taxa de desemprego nas principais regiões do País ficou em 8,1% em junho, segundo dados divulgados pelo IBGE, registrando o menor patamar desde dezembro de 2008, quando a taxa de 6,8% foi a menor da série histórica. Para os técnicos da Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio (CNC), a queda de 0,7% foi surpreendente, mas não deve se repetir nos meses seguintes. “Os setores produtivos estão recuperando boa parte dos postos de trabalho perdidos com os efeitos da crise econômica mundial”, afirma o economista Fábio Bentes. Segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), o comércio registrou queda de 0,7% na oferta de empregos em junho frente a maio e de 1,8% em relação a ju-
nho de 2008. Já a indústria registrou alta de 1,7% no número de postos em junho ante a maio e queda de 5% em relação a junho do ano passado. Segundo o economista, é preciso cuidado com os efeitos sazonais nas comparações intrassetoriais. “Para o comércio, a temporada de contratações para o final do ano tem início em agosto e o primeiro semestre, em geral, registra menor desempenho. Na indústria, as contratações começam com dois ou três meses antes e estes números refletem isto”, afirma Bentes. “Na comparação com 2008, a queda da indústria ainda é de 5% e, no comércio, de 1,8%. Esses números são consistentes com o nível de atividade na indústria e no comércio”, complementa.
Assembleia Geral Extraordinária O Sindilojas realizou, em 14 de julho, uma Assembleia Geral Extraordinária que teve como objetivo discutir, propor e deliberar sobre as cláusulas econômicas e condições citadas na proposta de Convenção Coletiva de Trabalho para 2009 e 2010, formulada pelo Sindicato dos Empregados do Comércio de Blumenau. Quarenta empresários associados debateram e aprovaram as propostas na assembleia. A análise, deliberação e negociação das cláusulas econômicas, bem como a
pertinência quanto à aceitação ou não das cláusulas propostas, passam a ser de competência dos negociadores. Foi constituída uma comissão formada por empresários e assessores do comércio que terá plenos poderes para negociar a Convenção Coletiva 2009/2010, promover atos necessários à defesa dos interesses da classe empresarial perante o Ministério do Trabalho e Emprego, Procuradoria Regional do Trabalho/Justiça de Trabalho, inclusive, de constituir advogado.
Está sendo analisado pela Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 4.196/08, do Deputado Federal Silvinho Peccioli (DEM/SP), que põe fim ao desconto de 6% sobre salário básico do trabalhador, correspondente ao recebimento do vale-transporte. Segundo o projeto, o vale-transporte passará a ser custeado integralmente pelo empregador, devendo ser em valor suficiente para cobrir do custos de todos os deslocamentos do trabalhador no trajeto residência e local de trabalho, e vice-versa. Segundo o autor, o projeto objetiva estimular o trabalhador a usar o transporte coletivo ao invés de veículo próprio.
Jornada de trabalho No dia 29 de junho, a Comissão Especial que analisa a redução semanal de trabalho, de 44 para 40 horas semanais, aprovou por unanimidade o relatório apresentado pelo Deputado Vicentinho (PT/SP) à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 231/95. Segundo o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT/SP), presidente da Força Sindical, a expectativa é de que a PEC seja votada pelo plenário em princípio de agosto. Além da redução da duração semanal de trabalho, a PEC, que tramita no Congresso nacional há 14 anos, aumenta para 75% o adicional de horas extras. (Fonte: Jornal Trabalhista – Consulex)
Novos associados Moto Café Ltda. Embalagens Blumenau Ltda. Compublu Produtos para Informática Ltda. Alameda Fashion Comércio do Vestuário Alessandra Luchini ME
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MEMÓRIA
A campanha de
nacionalização Arquivo Histórico / Divulgação
Professores de escolas alemãs tiveram que aprender Português rapidamente, sob o risco de sofrer punições durante a campanha de nacionalização
A declaração da Segunda Guerra trouxe muitas experiências novas para o povo brasileiro. A dificuldade de se importar petróleo tornou o transporte rodoviário cada vez mais precário. O racionamento de alimentos criou filas enormes, enfrentada pelas donas de casa que não podiam comprar produtos no mercado negro. As famílias ainda eram incentivadas pelo governo a se alimentarem de pratos frios, tal era a necessidade de economizar o gás, voltado prioritariamente para as indústrias de guerra. Blumenau viveu períodos de sofrimento com o conflito. A crise econômica e de abastecimento levou a população a enfrentar racionamento de alimentos, luz e combustíveis. Mas, não foi este o maior preço 42 38
pago pelos blumenauenses. As chagas mais profundas produzidas pela guerra foram as da perseguição e da supressão de sua cultura. É compreensível que uma cidade colonizada por alemães e italianos sofresse represálias de um governo que estava em guerra com os dois países de onde haviam vindo estes imigrantes.Em dezembro de 1939, Blumenau abrigava 472 estrangeiros, sendo 385 deles de nacionalidade alemã. Mas a grande maioria de seus habitantes era descendente direto de germânicos e italianos. Compreensível, portanto, que o idioma corrente na cidade não fosse o português. Como a comunidade alemã era a mais numerosa e detinha maior poder econômico, o idioma imperava na cidade. As escolas ensinavam em alemão. As peças teatrais eram
em alemão. Nos clubes de Caça e Tiro só se falava alemão. Os jornais publicavam notícias em alemão. O português era a segunda língua da cidade. A campanha de “nacionalização” das colônias alemãs no Brasil começou em 1937. O governo de Getúlio Vargas enviou a Blumenau o capitão Adacto Mello, da Comissão de Nacionalização Federal. Seu principal objetivo era a rápida alfabetização das pessoas em português. As diretrizes oficiais proibiam a circulação de jornais publicados em alemão. As escolas que insistiam em ensinar suas crianças em outros idiomas eram fechadas. A mesma regra valia para clubes, sociedades e até igrejas. Foram encerradas aas atividades de partidos estrangeiros e os imigrantes que tentassem dificultar a ação nacionalista seriam expulsos do país.
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