Ano 9 nº 81 Janeiro 2014 R$ 8,90
Raio-X da festa
Pesquisas mostram que mudanças impactaram positivamente e serão mantidas na Oktoberfest
crédito simples Presidente do BluSol fala da importância do microcrédito para o desenvolvimento
AGITOS DE VERÃO
Ano começa com Sommerfest, Liquida Blumenau e Festival Blumenau Gastronômico. As promoções da iniciativa privada e do poder público buscam movimentar o turismo e o comércio nos dois primeiros meses de 2014
Agora no shopping
Blulivro entra em nova fase com inauguração de loja em centro de compras
A MAIS
LEMBRADA Construcon, de João Wolfgang Rausch, é, por seis anos seguidos, vencedora do Prêmio Conceito Varejista na categoria Materiais de Construção
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Investimentos
37 Agências no Vale do Itapocú, Vale do Itajaí e Litoral Catarinense.
editorial
A complexidade das relações sindicais
A
s relações trabalhistas são complexas por natureza, pois procuram conciliar os interesses dos trabalhadores e das empresas, muitas vezes, divergentes. Temos, ainda, a participação dos sindicatos, da Justiça do Trabalho, do Ministério do Trabalho e uma legislação cheia de amarras, que complementam o cenário das negociações trabalhistas brasileiras. A nossa região conhece muito bem esse cenário e é reconhecida pelo profissionalismo nas negociações coletivas. Citamos como exemplo a indústria têxtil e do vestuário, com as várias convenções coletivas firmadas com os sindicatos dos trabalhadores, em que são estabelecidas cláusulas econômicas e sociais, de interesse mútuo, que afetam cerca de 4,5 mil empresas e, aproximadamente, 50 mil trabalhadores. Não é fácil encontrar um equilíbrio entre as partes. 8
Banco de Imagens
Por isso, ao assumirmos a coordenação da Intersindical Patronal de Blumenau, pretendemos reforçar o debate acerca das relações trabalhistas. Por meio da gestão estratégica desse relacionamento é possível minimizar conflitos e promover um clima organizacional melhor, com decisões que sejam mutuamente benéficas para empresas e trabalhadores. Outro ponto que pretendemos reforçar na Intersindical é a troca de experiências e ampliação da expertise dos sindicatos patronais em temas relacionados à área de recursos humanos. Independentemente do lado em que estamos, ao buscar o equilíbrio entre as parte todos saem ganhando. Precisamos atuar com sabedoria para compreender que em qualquer processo de negociação trabalhista o melhor está naquilo que é possível diante das circunstâncias e do momento. Ulrich Kuhn Coordenador da Intersindical
Fernanda Rodriguez
sumário #81
expediente EDITOR Sidnei dos Santos sidnei@mundieditora.com.br REPORTAGENS Daiani Caroline Coelho, Felipe Adam e Gabriela Queiroz
10 Coluna Mercado
REVISÃO Gabriela Queiroz
As principais novidades que envolvem empresas de Blumenau
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12 Entrevista
Com o presidente do BluSol, Ido José Steiner
16 Pensando a festa Pesquisas avaliam Oktoberfest e projetam a edição de 2014
20 Verão animado
Promoções de início de ano vão agitar o turismo e o comércio em Blumenau
30 Nova livraria
Blulivro inaugura loja ampla no Shopping Park Europeu
GERENTE DE ARTE E DESENVOLVIMENTO Lucas Gonçalves lucas@mundieditora.com.br
Construcon é a mais lembrada no segmento em que atua há 18 anos
34 Acib é notícia 36 CDL é notícia 38 Intersindical é notícia 40 SINDILOJAS é notícia 42 Artigo
DIAGRAMAÇÃO Pedro Paulo F. Schmitt CAPA / Foto: Fernanda Rodriguez GERENTE COMERCIAL GERAL Cleomar Debarba - 47 3036.5659 DIRETOR-EXECUTIVO Niclas Mund - niclas@mundieditora.com.br CIRCULAÇÃO circulação@mundieditora.com.br SUGESTÃO DE PAUTA empresario@mundieditora.com.br Conselho Editorial Acib: Carlos Tavares D’Amaral, Charles Schwanke e Cristiane Soethe Zimmermann
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CDL: Paulo Cesar Lopes, José Geraldo Pfau, Carlos Jacques Dressler e Ana Paula Ruschel Intersindical: Richard Steinhausen, Leomir Minozzo e Emil Chartouni Neto SINDILOJAS: Emílio Rossmark Schramm, Márcio Rodrigues e Juliana Pfau Mundi Editora: Sidnei dos Santos
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EMPRESÁRIO
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mercado Site para o setor de imóveis Uma nova fonte de informações para corretores e profissionais do setor de imóveis em Santa Catarina. Essa é a proposta do site QImóveis, uma ferramenta de assessoria para corretores e profissionais do mercado imobiliário e informação para o público em geral. O conteúdo é atualizado diariamente com opiniões de especialistas sobre assuntos como mercado imobiliário, arquitetura, economia e dicas aos corretores de imóveis, além de manuais exclusivos sobre assuntos específicos de interesse dos corretores. O site pode ser acessado em www.qimoveis.com.br. Para o idealizador Tiago Alexandre Bottós, o QImóveis serve também como instrumento de pesquisa na hora de fazer a escolha do imóvel.
Filial Garcia se consolida como centro de compras Em novembro de 2012, o Distrito do Garcia ganhava uma nova alternativa de compras e lazer. Pouco mais de um ano após a inauguração, a Cooper filial Garcia já está consolidada como um centro de compras para a região sul da cidade. Além de uma completa área de vendas de produtos de consumo diário, dispõe de lojas de apoio e de uma praça de alimentação. A filial está localizada na Rua Amazonas, 3000, e conta com 21 mil metros quadrados de área construída, oferecendo aos cooperados e clientes um amplo mix de produtos. Em dois pavimentos, as lojas de apoio e a praça de alimentação dão mais conforto aos clientes, com serviços e produtos que otimizam o tempo de quem frequenta o local. 10
Blucredi alcança 94,9% de aprovação Atendimento rápido e personalizado, funcionários bem treinados, eficientes e bem informados, menos tempo de fila, taxas e tarifas menores e o fato de ser dono do negócio foram destacados como diferenciais importantes pelos associados ouvidos na pesquisa que mediu o nível de satisfação do sócio com a Blucredi. A pesquisa de satisfação foi realizada pela Furb e apontou um índice de satisfação de 94,9%. O levantamento foi realizado entre 21 de agosto e 2 de outubro de 2013 e será feito anualmente, conforme estabelece o Planejamento Estratégico da cooperativa.
BluSol recebe certificado de responsabilidade Em 4 de dezembro, o BluSol recebeu Certificado de Responsabilidade Social concedido pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina. O prêmio é entregue a empresas privadas e a entidades com fins não econômicos, categoria em que a instituição blumenauense recebeu o prêmio pela terceira vez. O evento aconteceu na sede do Poder Legislativo, em Florianópolis. O Certificado de Responsabilidade Social foi instituído pela Lei 12.918, em 2004, e tem como objetivo reconhecer os esforços das empresas privadas com fins não econômicos do Estado, além de estimular e difundir as ações referentes ao tema que são praticadas durante a gestão.
Agenda Sommerfest 2014 Parque Vila Germânica 9, 16, 23 e 30 de janeiro, 6 e 13 de fevereiro de 2014 Organização: Parque Vila Germânica informações: (47) 3381-7700 Festival Brasileiro da Cerveja Setores 1 e 2 do Parque Vila Germânica De 12 a 15 de março de 2014 Organização: Parque Vila Germânica Informações: (47) 3381-7700 www.festivaldacerveja. com Osterdorf (Vila de Páscoa) Parque Vila Germânica De 23 de março a 20 de abril Organização: Parque Vila Germânica Informações: (47) 3381-7700
G2KA agora é da NeoGrid Posthaus lança site para tablets e smartphones O Posthaus.com, classificado entre os cinco maiores portais de moda do Brasil, adotou nova ferramenta para facilitar e servir como mais um canal para que os consumidores possam fazer compras via internet. Através de um sistema adaptado para dispositivos móveis (tablets e smartphones), o consumidor pode navegar pelos diversos produtos e em minutos realizar as compras. Assim como já ocorre com o e-commerce, os consumidores que costumam utilizar a internet para fazer compras apresentam um novo comportamento e tomam as decisões de maneira mais crítica, buscando avaliações e comparando preços, por exemplo. A facilidade de acesso é outro diferencial buscado pelos clientes.
A blumenauense G2KA Sistemas nasceu no Instituto Gene em 2008, cresceu e ganhou destaque no mercado. No fim do ano passado, ela foi comprada pela NeoGrid, de Joinville, uma das maiores fornecedoras de soluções fiscais do Brasil. Um dos principais objetivos da venda foi agregar o valor da G2KA Sistema ao mix de produtos oferecidos pela Neogrid. “O Instituto Gene teve grande importância para o desenvolvimento da G2KA, fornecendo subsídio e consultorias em diversas áreas. O apoio em gestão foi fundamental”, destaca Maicon Klug, sócio da empresa. A G2KA surgiu com o objetivo de oferecer ao mercado soluções inovadoras de alto valor agregado, que geram a redução de custos e maior agilidade nos processos operacionais. EMPRESÁRIO 11
Entrevista
“microcrédito cresce mais do que o PIB” Ido José Steiner Economista por formação, o presidente do BluSol Crédito Simples, antes, atuou por oito anos como membro do Conselho de Administração da mesma instituição de crédito. Também está envolvido no associativismo como conselheiro da Associação Empresarial de Blumenau (Acib), desde 1993. Nesta entrevista à Revista Empresário, Ido José Steiner fala sobre o microcrédito, sobre a importância das instituições especializadas nesse setor e sobre o papel que desempenham para o incremento de negócios, a valorização da atividade empreendedora e o crescimento dos países.
Revista Empresário: O senhor participou, recentemente, de um fórum sobre microcrédito, o Foromic, no México. Como está o desenvolvimento do setor na América Latina e qual é a importância para o crescimento econômico dos países? Ido José Steiner: Vê-se que, na América Latina, registra-se um crescimento maior do que o do Brasil. É um setor com grande potencial de crescimento, maior do que o do PIB de cada país. Na Bolívia e no Peru, por exemplo, cresce mais do que a economia. Vejo o setor com otimismo, porque as pessoas menos assistidas e o potencial das empresas melhoram. Ter assistência para a qualidade de vida é surpreendente. Quanto mais próximo chegamos deles, mais descobrimos 12
potenciais que não estavam sendo assistidos. Todas as economias do mundo que cresceram e evoluíram não o fizeram com dinheiro no bolso, mas com o fortalecimento de uma classe, a média, e melhorando as menos favorecidas por meio de financiamentos, de operações de crédito. Não é negativo você captar dinheiro, mas precisa ser feito com equilíbrio entre as captações, pois melhoram as condições de trabalho e renda. O que fazemos por meio do microcrédito é incluir pessoas nesse grupo. RE: Quais países latino-americanos trabalham melhor com microcrédito? O que o Brasil pode ensinar e aprender na relação com os vizinhos?
Steiner: Existe uma instituição que analisa os melhores modelos no mundo de operação de crédito. A partir disso, esse ano, o Peru foi eleito o melhor modelo e a Bolívia, o segundo, na América Latina. O Brasil era o 19º e caiu para 26º em âmbito mundial no microcrédito. O Brasil é o país que tem o mercado de financiamento mais avançado do mundo. São 55% de brasileiros no sistema bancário, conforme dados divulgados pelo Banco Central. Essa pesquisa envolve dados de conta corrente, poupança ou cartão de crédito. Poucos países no mundo estão nessa situação. Para ensinar, creio que o Brasil está preparado em relação ao sistema bancário, que é muito avançado, especialmente sobre correspondentes bancários, como casas lotéricas
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e correios, e informatização. A metodologia dos correspondentes bancários está sendo modelo no mundo. Os pagamentos pelo sistema do Bolsa Família via cartão estimulam o consumo local. Agora, quando se fala em aprender, é preciso aprender e copiar modelos de regulação que permitam atender os serviços de microfinanças não limitado ao microcrédito, no qual temos sobreposição de órgãos reguladores. Falta regulação clara do que é possível fazer sem burocracia para atender pessoas que estão à margem do sistema financeiro para oferecer o serviço completo. Outros países já fazem isso, como México, que tem programa que ensina as crianças a participarem do processo financeiro, o que representa um avanço na educação.
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“Falta regulação clara do que é possível fazer sem burocracia para atender pessoas à margem do sistema financeiro com serviço completo”
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EMPRESÁRIO 13
entrevista RE: O senhor voltou do México com a possibilidade de consolidar parcerias com instituições internacionais. O que isso significa? Steiner: Somos uma instituição que tem 16 anos de atuação. Participamos, anualmente, desse fórum de microfinança, que traz painéis sobre as melhores práticas no setor. Em 2013, fomos buscar mais duas ações relacionadas ao processo. Uma delas é definir e negociar a empresa que vai fazer a próxima rating, a análise econômica e social da instituição, que ocorre a cada dois anos. Ratings nos dão posicionamento sobre o que a instituição faz, a abrangência de atuação, as metas do microcrédito, analisa a governança e a capacidade de pagamento. Isso nos dá maior segurança quando vamos buscar recursos que financiam crédito concedido. A segunda delas é nos aproximar de fundos internacionais. Somos dependentes dos fundos
do BNDES e do Badesc e estamos pensando em avaliar o fundo internacional para complementar os usados hoje. Faz parte do plano de expansão. Com os fundos atuais, não é possível alavancar na velocidade desejada. RE: Além disso, que experiências e aprendizados o senhor trouxe do Foromic? Steiner: A experiência que se fala é ouvir e ver como são os processos e como o setor trabalha na América Latina e comparar com o que fazemos. O que temos visto é que no que atuamos, microcrédito produtivo e orientado (MPO), continuamos eficazes. Fica o anseio de ter regulação adequada para contar com serviços completos. RE: O BluSol Crédito Simples nasceu em 1997 por iniciativa da Prefeitura de Blumenau. O que mudou de lá para cá?
Steiner: Diria que nada. Continuamos com a mesma missão. A metodologia é adequada ao que se pratica no microcrédito. O fato de ter sido presidida por conselheiros indicados pelo Executivo não significa ter havido negligência ou interferência na política da instituição, o que prova que se mantêm as boas práticas da governança desde o início. Tanto a instituição do BluSol, como as associações nacional, ABCred, e estadual, Amcred/SC, são parceiras do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). Houve uma evolução significativa no quadro de colaboradores, com alto grau de satisfação: 80%. Esse dado é de ampla relevância, visto que as grandes empresas do mundo chegam a 78%. Temos incentivado promoções internas para os funcionários crescerem. Alguns gerentes, por exemplo, iniciaram como agentes de crédito. Fernanda Rodriguez
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RE: Qual é a constituição jurídica do BluSol e a região de atuação? Steiner: Somos uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Osip), similar a uma Organização Não Governamental (ONG). Temos reconhecimento junto ao Ministério da Justiça e somos controlados pelo Ministério do Trabalho por meio do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo e Orientado (PNMPO). Atuamos no Litoral, Vale do Itapocu, Vale do Itajaí, Alto Vale e Vale do Itajaí-Mirim. No total, nossa abrangência soma mais de 60 municípios. RE: A criação da categoria Micro Empreendedor Individual (MEI) aumentou as possibilidades de atuação das agências de microcrédito? Steiner: Não diretamente, porque, quando atendemos o empreendedor, não distinguimos entre o empreendedor com CNJP ou pessoa física. Entretanto, houve um incremento na concessão do crédito e até estimulou a formalização do empreendedor individual em MEI por meio do programa Juro Zero, criado pelo governo estadual e operado pelo Badesc. É uma linha específica de crédito e somente pessoas cadastradas no MEI têm acesso. É um programa pelo qual é feita a concessão de crédito pelas instituições de microcrédito e, se um cliente paga as sete parcelas em dia, a oitava é amortizada pelo Badesc. RE: Qual é a importância do microcrédito para a geração de renda e o desenvolvimento econômico de uma região? Steiner: Fundamental. Sem o microcrédito, muitos empreendedores não teriam acesso a recursos financiados que possibilitam realizar o sonho da sua vida ou investir em melhores
você melhora a condição dele, além de ajudar no desenvolvimento da família e, consequentemente, contribuir com o crescimento da comunidade. Em Santa Catarina, são 19 instituições de microcrédito que atendem direta ou indiretamente a todos os municípios do Estado. É o Estado com menor índice de desemprego do País: 3%, enquanto que o do Brasil é de 6%.
“Sem o microcrédito, muitos empreendedores não teriam acesso a recursos financiados que possibilitam realizar o sonho da sua vida”
equipamentos que dão condições para melhorar a atividade profissional e a qualidade de vida da pessoa. A diferença entre a instituição financeira normal e a de microcrédito é que aquela financia uma atividade que está em funcionamento e o empreendedor deve ir até lá. Na de microcrédito, ele apresenta o sonho e o agente de crédito visita ele no local e faz uma rápida análise, na qual avalia a viabilidade financeira para apostar ou não no sonho em questão. Quanto ao crescimento para a região, os números explicam a importância: já fizemos mais de 60 mil operações de crédito e, em 2011, atendemos 210 empreendedores cadastrados no Bolsa Família. Quer um exemplo? Quando aconteceu a enchente de 1998, a única instituição de microcrédito que liberou recursos rapidamente com juros subsidiados foi o BluSol. Cada vez que você financia um empreendedor, dando condições para ele desenvolver suas atividades,
RE: Que tipos de financiamento estão disponíveis? Steiner: Existem dois. Um deles, o principal, é o Microcrédito Produtivo e Orientado (MPO), que é direcionado a qualquer tipo de empreendimento, desde pequenas indústrias até sacoleiros, vendedor de porta em porta, pipoqueiro, formais ou informais. No MPO, as operações de crédito vão de R$ 250 a R$ 30 mil e o prazo máximo de financiamento é 30 meses. A concessão do crédito pelo MPO é simples: o agente de crédito identifica o cliente na visita a campo ou o cliente vem até a instituição. O segundo passo é a análise de crédito. Quando aprovada, em até dois dias são liberados os recursos, isso se a documentação completa é apresentada. E existe o crédito solidário. Nele, grupos pequenos de empreendedores se autoavalisam, quando não apresentam garantias reais, como um bem. RE: Quais são os requisitos que os candidatos a financiamento devem preencher? Steiner: Precisam ter atividade empreendedora ou querer empreender, apresentar a necessidade de recursos para capital de giro ou compra de equipamentos e máquinas ou querer ampliar o negócio. Vale dizer que pequenas restrições cadastrais não impedem a concessão de créditos, como telefonia e lojas de departamento. EMPRESÁRIO 15
especial
Uma Oktoberfest
de mudanças
Marcelo Martins/Divulgação
Pesquisa aponta um crescimento nas vendas e também mudanças no perfil dos turistas que vieram para a festa mais alemã das Américas
C
riada para levantar o astral da cidade depois de duas grandes enchentes – em 1983 e 1984 –, a Oktoberfest de Blumenau se tornou um evento indispensável no calendário turístico de Santa Catarina, tra-
zendo uma grande quantidade de visitantes e movimentando a economia da região. Devido a isso, desde 2011, com o objetivo de mapear o perfil do turista e, também, o impacto da festa para a economia da região, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fe-
comércio/SC) faz pesquisa sobre vários aspectos da festa. Em 2013, a coleta de dados ocorreu de 4 e 22 de outubro. Foram entrevistados 608 turistas e empresários de 297 estabelecimentos comerciais e 26 hotéis. Além das entrevistas, também foram realizadas intervenções nas catracas de entrada, com a finalidade de identificar o perfil dos participantes. “Essa pesquisa é uma maneira que a Fecomércio encontrou de colaborar com a festa. Graças a ela, é possível ter uma avaliação completa do evento, trabalhando, assim, para que ele agrade cada vez mais ao público”, salienta Emílio Rossmark Schramm, vice-presidente de Turismo da Fecomércio e presidentedo SINDILOJAS. A 30ª edição da Oktoberfest recebeu 451.523 pessoas nos 18 dias de festa e, apesar de o público ser menor do que o de 2012, os visitantes desembolsaram mais. De acordo com a pesquisa da Fecomércio, o gasto médio do turista passou de R$ 103,54, em 2012, para R$ 156,86, em 2013. Fora dos pavilhões, os frequentadores também passaram a gastar mais em segmentos diferentes. Houve crescimento, de 2012 para 2013, no gasto do comércio de rua, que passou de R$ 68,56 para R$ 133,45; e nos shoppings, que passou de R$ 139,34 para R$ 201,28. “Os comerciantes devem aproveitar a época do ano em que Blumenau fica mais festiva para atrair turistas e blumenauenses para dentro das lojas, utilizando a Oktoberfest como motivo para incentivar as vendas”, enfatiza Schramm.
Resultados positivos O lucro final da festa também foi superior, ficando com um superávit de mais de um milhão, enquanto que, em 2012, foi de 395 mil. De acordo com o presidente da Vila Germânica e secretário de Turismo de Blumenau, Ricardo Stodieck, os principais fatores responsáveis por esse bom resultado foram a licitação para uma nova cervejaria oficial, o novo modelo no fornecimento da alimentação e a
venda de ingressos. As despesas totais da festa somaram R$ 6,9 milhões, o que representou um acréscimo de 0,48% em relação a 2012. Um dos itens que contribuiu para esse aumento foi a prestação de serviços, capitaneada pela segurança e limpeza, devido aos produtos e equipamentos utilizados. “São dois itens que foram muito elogiados durante e depois da festa”, ressalta Stodieck.
distribuição do público
Fonte: Núcleo de Economia e Pesquisa Fecomércio/SC
EMPRESÁRIO 17
especial Perfil do público De acordo com a pesquisa realizada pela Fecomércio, dos frequentadores da festa, a maioria tem entre 26 e 35 anos. Como em outros anos, o maior número foi composto por homens (54,6%), mas houve crescimento, nas últimas três edições, no número de mulheres que passaram a frequentar a festa: subiu de 41%, em 2011, para 45,4%, em 2013. Do to-
tal, 74,4% são turistas e, quanto à hospedagem, a maioria dos visitantes ficou em hotéis (53,9%) e em casa de parentes ou amigos (20,7%). “Tivemos uma taxa de aumento aproximado de 5% na ocupação dos hotéis durante a semana em relação ao ano passado, o que mostra que foi acertado na questão da diminuição das diárias como forma de atrair
o turista. Apesar disso, acredito que mais ações devam ser feitas para atrair o público durante a semana. Noites de domingo e segundas-feiras são as que têm menos procura. É preciso buscar alternativas para atrair o público nesses dias”, salienta o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Blumenau e Região, Richard Steinhausen.
As mudanças Marcelo Martins/Divulgação
Na 30ª Oktoberfest, foram realizadas algumas alterações para acesso e também dentro dos pavilhões. Entre elas, de acordo com Stodieck, as principais foram a distribuição das cervejarias artesanais em todos os setores, para melhorar o atendimento ao visitante; mais cuidado com a decoração dos setores; melhoria significativa da gastronomia, com a criação da Praça de Alimentação e foco na divulgação; e a limitação do público simultâneo dentro do parque, uma imposição do Termo de Ajustamento de Conduta assinado com o Ministério Público, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar. Para saber o que os frequentadores da festa acharam dessas e de outras mudanças – e também sobre os serviços prestados dentro do parque – a Vila Germânica realizou uma pesquisa na qual foram entrevistadas 1.511 pessoas. “A avaliação sobre a funcionalidade 18
das mudanças foi muito boa. Tivemos menos problemas com relação à ordem e segurança dentro do complexo do parque e identificamos que o grau de satisfação do oktoberfesteiro aumentou muito”, enfatiza Stodieck. Ele ressalta a permanência dessas alterações para a festa de 2014. O secretário de Turismo destaca que, sob o aspecto econômico, o que pode ser mais trabalhado é a ocupação dos pavilhões nos dias de semana. Além disso, para atender a solicitação do mercado – de abrir diariamente no horário de almoço –, em 2014, o Biergarten e a Praça de Alimentação estarão funcionando todos os dias com música e alimentação nesse horário. “Quem sabe, daqui cinco ou sete anos, todos os pavilhões estarão abertos para receber visitantes no almoço. Isso, seguramente, é mais um motivo para maximizar a atividade econômica da Oktoberfest no Município”, afirma.
Perfil
45,4% feminino
54,6%
masculino faixa etรกria 18-25
25,5%
26-35
35,7%
36-45 46-55 56+
17,4% 12,2% 9,2%
renda familiar
1% de 0 a R$ 888 8,6% de R$ 889 a R$ 1.417 26,9% de R$ 1.418 a R$ 3.763 26,2% de R$ 3.764 a R$ 6.109 5,9% de R$ 6.110 a R$ 7.965 31% mais de R$ 7.965
eventos
Promoções agitam o verão
Sommerfest, Liquida Blumenau e Festival Blumenau Gastronômico prometem movimentar a cidade e atrair moradores e turistas em janeiro e fevereiro Divulgação
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romover o desenvolvimento econômico, o turismo e o lazer de Blumenau nos meses iniciais do ano. A proposta é o ponto em comum dos principais eventos realizados na cida20
de em janeiro e fevereiro. Há opções para diferentes perfis e gostos, incluindo Sommerfest, Liquida Blumenau e Festival Blumenau Gastronômico A Sommerfest será realizada na mesma linha da Oktoberfest em relação à qualidade de produtos e presta-
ção de serviços, conforme o presidente da Vila Germânica, Ricardo Stodieck. Entre as novidades previstas para esta edição está uma cervejaria oficial, além das artesanais, e a Sommerplatz – tal mudança implicou na ampliação do espaço onde a festa ocorre. “O vi-
sitante terá o conforto do ar condiciona do setor 1 e a magia ao ar livre. A gastronomia do evento trará, predominantemente, comidas típicas germânicas”, conta Stodieck. O Festival Blumenau Gastronômico traz opções de pratos típicos em vários pontos da cidade, segundo o idealizador Valmir Zanetti. Os 22 estabelecimentos participantes incluem pelo menos um ingrediente típico nos pratos. “O principal objetivo é apresentar o potencial da gastronomia local, então, todos os menus terão um ingrediente típico”, ressalta Zanetti. Segundo Zanetti, o principal desafio é elaborar um guia gastronômico permanente. A quinta edição do Festival Blumenau Gastronômico tem também a meta de atrair turistas que frequentam as praias da região. “O festival é uma opção de lazer para quem passeia pelo litoral e pernoita em Blumenau. Temos excelentes alternativas para esse público”. Outra novidade para atrair a atenção do público é a criação de um cartão fidelidade. Quem degustar pelo menos 10 pratos vai concorrer a prêmios. O principal deles é uma viagem para Buenos Aires, com acompanhante.
serviço Sommerfest 2014
Quando: 9, 16, 23 e 30/1 e 6 e 13/2 Onde: Parque Vila Germânica Mais informações: (47) 3381-7700
Liquida Blumenau 2014
Quando: 9/1 a 1/2, das 8h30min às 18h Onde: lojas participantes Mais informações: (47) 3221-5735
Festival Blumenau Gastronômico 2014
Quando: 14/1 a 16/2 Onde: estabelecimentos participantes Mais informações: Facebook/blumenaugastronomico
Banco de Imagens
Varejo Para manter a tradição no comércio, a CDL promove o Liquida Blumenau com o objetivo de atender a demanda de turistas ao oferecer produtos bons, tradicionais e com preços atrativos, conforme o presidente da entidade, Paulo Cesar Lopes. “Nesta época do ano, as grandes redes fazem a troca de coleções e, assim, possibilitam ofertas e fazem com que as
pessoas conheçam as novidades das próximas estações”, enfatiza. O comércio de Blumenau é um dos mais fortes do Estado e a importância econômica vai além das promoções, segundo Lopes. “A movimentação econômica das nossas lojas representa um quarto dos tributos arrecadados no Município. Ações como o Liquida Blumenau beneficiam ainda mais
a cidade, principalmente por estar incluída na programação da Sommerfest, que movimenta a cadeia turística, entre hotéis, restaurantes e comércio. Por isso, estamos presentes nas discussões que visam o fortalecimento da cidade como polo turístico”. A expectativa da CDL é de que o Liquida Blumenau registre um aumento de 10% se comparado ao do ano passado.
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A mais
lembrada
Marca respeitada na região, a Construcon foca na solução completa para o consumidor e, por conta disso, foi, pelo sexto ano, vencedora do Prêmio Conceito Varejista
U
ma visão empreendedora somada à qualidade no atendimento ao consumidor ajudou a construir a história de uma empresa referência no setor de materiais de construção. Há 18 anos, a Construcon oferece soluções em materiais para diversas etapas de uma obra, desde peças hidráulicas e de iluminação, até alvenaria e acabamentos. Distribuídas em pontos estratégicos da cidade, além da matriz, no bairro Escola Agrícola, a Construcon conta com mais duas lojas, nos bairros Ponta Aguda e Itoupava Central. “Ter lojas em diferentes pontos de Blumenau faz com que o nome Construcon seja ainda mais lembrado por nossos consumidores”, afirma João Wolfgang Rausch, fundador da empresa. Rausch conta que, muito antes de dar início à Construcon, a vontade de empreender já existia. Natural de Itapiranga, no extremo oeste de Santa Catarina, Rausch está há 34 anos em Blumenau. “Desde
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muito novo, quando trabalhava na roça, eu já tinha muita vontade em empreender. E sempre admirei muito o comércio, o cuidado necessário na hora de lidar com os clientes”, diz. Depois de ganhar experiência trabalhando na área de vendas em outras empresas, resolveu investir em um negócio próprio. Junto com a esposa, Lair, que também tinha experiência em atendimento, fundou uma loja de materiais de construção. O empresário destaca que uma das principais dificuldades do casal no início do empreendimento foi a falta de conhecimento técnico dos itens que seriam comercializados. “Na época, precisamos contratar um consultor que tinha muita experiência no ramo de materiais de construção para nos auxiliar. Não é possível abrir um negócio sem saber quais produtos devemos ter disponíveis, quais têm mais saída, qual é o estoque de cada um etc.”, explica Rausch.
Fernanda Rodriguez
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capa empresa é hexa no conceito varejista Desde os anos iniciais, a Construcon tem como prioridade a satisfação do cliente. Para isso, além de um atendimento qualificado, busca por soluções que facilitem a vida do consumidor. É com esse pensamento que, há seis anos, a empresa conquista o prêmio Conceito Varejista na categoria Materiais de Construção. “Foram seis edições do prêmio e, pela sexta vez, a Construcon foi premiada. O atendimento, a entrega diferenciada e a busca por soluções completas são alguns dos nossos diferenciais. Procuramos ter o máximo de produtos à pronta-entrega para que o consumidor não precise ir de um lado ao outro atrás do que precisa. Todo ano é uma nova responsabilidade”, diz Rausch. Outros diferenciais da Construcon, de acordo com o empresário, são o investimento no nome da empresa e a participação na comunidade. “Nós, proprietários, estamos dentro da loja o tempo todo, estamos próximos do cliente, ouvimos o cliente, ele tem acesso a nós. Em qualquer lugar, tenho satisfação em dizer o nome da minha empresa, pois tenho certeza de que serei muito bem recebido”, enfatiza. 26
O ano de 2013 Um ano de melhorias estruturais e adaptações a um novo mercado. Assim foi 2013 para a Construcon. Rausch destaca que, além de a concorrência no setor estar maior, também está ocorrendo uma mudança no setor da construção. Hoje, com cada vez mais prédios sendo construídos, a cidade está se expandindo de forma vertical, o que faz com que os produtos procurados também sejam diferentes. E a empresa precisa se adaptar para atender a essa nova demanda. “A Construcon entra no vertical fornecendo produtos complementa-
res aos consumidores, enquanto os produtos principais das construtoras são comprados de forma direta por elas. Os complementares não são tão representativos. Para nós, o mercado foi razoável, não excepcional, como não tem sido pra ninguém. Estamos satisfeitos com o ano, mas não tivemos um crescimento significativo”, salienta. Com uma variedade de, aproximadamente, 16 mil itens distribuídos nas três lojas, a Construcon procura sempre inovar. Mudanças na fachada da loja matriz e melhorias no espaço interno foram feitas.
Fernanda Rodriguez
Perfil Razão social: Construcon Materiais de Construção Ltda. Fundador: João Wolfgang Rausch fundação: 1995 Colaboradores: 70 Área das lojas: 1000 m² cada Área depósito: 2000 M² cada Lojas: Rua Benjamin Constant, 711, Escola Agrícola (47) 3144-2700
A loja também já tem um espaço reservado no segundo andar no qual será montado um showroom, previsto para ficar pronto nos primeiros meses deste ano. Além disso, as lojas dos bairros Ponta Aguda e Itoupava Central também devem ser reformadas. “Precisamos inovar, porque a concorrência é grande no nosso mercado. O consumidor busca isso e, uma loja de cara nova chama atenção. Recebemos muitos elogios com a nova fachada e isso nos mostra que continuamos muito bem no conceito do nosso cliente”, salienta Rausch.
Rua das Missões, 1400, Ponta Aguda (47) 3144-2800 Rua Doutor Pedro Zimmermann, 6000, Itoupava Central (47) 3144-2900 www.construconmateriais.com.br
livrarias
Espaço para o conhecimento
C
erto dia, o banco em que Ademar Pedri trabalhava foi vendido. O desemprego chegou de surpresa para quem viveu 20 anos atrás de balcões fazendo movimentações financeiras. Por ter administrado os salários dos tempos de bancário, conseguiu realizar um velho sonho: a construção da casa na praia. Em conversas com amigos e familiares, surgiu a ideia de abrir uma livraria, já que a literatura sempre esteve presente e, aos 18 anos, havia trabalhado em uma. A dúvida era onde implantar o projeto: Curitiba, onde nasceu o primogênito Guilherme, fervilhava de cultura e não teria espaço. Entre Jaraguá do Sul e Blumenau, cidades natais de Ademar e da esposa Edla, respectivamente, optou pelo Vale do Itajaí devido à economia. Estabeleceram-se no Edifício Hering em setembro de 2003 e, no mesmo centro comercial, mudaram-se para outros dois espaços. Seis anos depois, conquistaram um ponto fixo na Rua XV de Novembro. A Blulivro teve que firmar a identidade. Na Blumenau de 10 anos atrás, 30
havia as tradicionais (hoje extintas) Livraria Alemã e Livraria Época. De acordo com Guilherme Pedri, filho de Ademar e braço direito do pai no gerenciamento da empresa, o segredo foi o bom atendimento. “Tínhamos que cativar o público de todas as idades e das mais variadas classes sociais”. No primeiro ano à frente do estabelecimento da Rua XV, enfrentaram algumas dificuldades, como as vendas aos sábados. “Perdeu-se a tradição de caminhar em família pela rua aos sábados. Hoje, a diversão do público é pegar um cinema no shopping”, conta. Com 24 anos e bacharel em Direito, Guilherme está na empresa há sete anos. Começou a atuar na loja ainda no primeiro semestre da faculdade e garante que o trabalho em família despertou o gosto por vendas. “Fazer relatórios não é comigo. O que gosto mesmo é o contato com as pessoas”. Pela experiência junto ao público, conta que, de novembro a março, as vendas são ótimas, principalmente devido ao Natal e à compra do material escolar. “Mas, em véspera do Dia das Mães e das Crianças, o comércio também esquenta”, lembra.
Fernanda Rodriguez
Blulivro completou 10 anos de atividades em 2013 e presenteia os leitores com a inauguração de ampla e moderna filial no Shopping Park Europeu
O fundador Ademar Pedri e o filho Guilherme na loja do Shopping Park Europeu, distribuĂda em 300 metros quadrados, em dois pisos do empreendimento EMPRESĂ RIO 31
livrarias Para fidelizar Os últimos anos têm apresentado crescimento do mercado editorial. A quantidade e variedade de lançamentos atrai público de todas as idades. Ao mesmo tempo, publicações caras se tornaram mais acessíveis. “Todo mundo precisa de um livro. Acho que ele nunca perderá o glamour”, diz Guilherme. Para atrair consumidores, a tática inclui descontos de 10% na data do aniversário e o cartão fidelidade, em que cada real equivale a um ponto. Quando alcança 500 pontos, se recebe um crédito de R$ 20 reais para trocar por qualquer produto. No ano que completou uma década de atividades, a Blulivro inaugurou, em novembro, a primeira filial. Com 300 metros quadrados, o espaço atende ao público em dois andares do Shopping Park Europeu. No mundo
virtual, a livraria está cada vez mais presente. São mais de 6,7 mil fãs no Facebook e quase 400 seguidores no Twitter. Recentemente, investiu na plataforma Instagram e lançou um site com comentários sobre os lançamentos literários. Mesmo não sendo uma biblioteca, a livraria promove silêncio. É automático. Uma tranquilidade não-obrigatória, mas que acalma e concentra quem quiser folhear as páginas de clássicos da literatura nacional, como Dom Casmurro, ou best sellers da trilogia 1808, 1822 e 1889. O espaço, que acolhe tanto Dan Brown como Paulo Leminski, Lira Neto e Augusto Cury, convida novos leitores a cada dia para o conhecimento. A magia das letras fascina e cativa a quem queira se aventurar.
Perfil Razão Social: Livraria e Papelaria Blulivro Ltda. Área de atuação: Varejo Fundador: Ademar Pedri Fundação: 3 de setembro de 2003 Endereço: Rua XV de Novembro, 819, Centro (matriz)
Fernanda Rodriguez
Shopping Park Europeu: Via Expressa Paul Fritz Kuehnrich, 1600, Itoupava Norte (filial) www.blulivro. com.br Facebook: blulivroblumenau Twitter: @blulivro
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BLUMENAU
O Futuro é agora.
Todo ano os Blumenauenses arrumam a casa para receber o futuro. É a hora de renovar, limpar, consertar e pôr todo mundo para trabalhar. Foi o que a Prefeitura fez em uma rede de programas como o do Contraturno Escolar, no qual crianças e adolescentes estendem seu horário praticando esporte, dança e música. Foi muito trabalho e isso é só o começo. Porque você sabe: com a casa arrumada nossa vida fica muito mais feliz. www.blumenau.sc.gov.br
• 26 km de macrodrenagem e desassoreamento de ribeirões • Diminuição de 45 dias para 24 horas na consulta de viabilidade para abertura de empresas • Economia de mais de 1 milhão de reais com energia elétrica em prédios públicos • Dignidade ao trabalhador da URB. Ônibus para trabalhos externos com banheiros e local para alimentação.
ACIB é notícia Acib recebe presidente da Facisc O Conselho Deliberativo e a Diretoria da Acib receberam, no dia 2 de dezembro, o presidente da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), Ernesto Reck, que falou sobre as atividades da entidade e o desenvolvimento da mesma. “Somos o maior sistema empresarial de Santa Catarina e representamos todos os segmentos da economia catarinense”, apontou Reck. O presidente destacou a importância do associativismo e de trazer novos associados para as ACIs. Também cobrou mais união dos empresários e o aumento dos núcleos setoriais, bem como de serviços. “Todos devem ser beneficiados com as lutas das associações, inclusive a sociedade”, afirmou Reck. Para esta nova gestão, já estão definidas as principais bandeiras da entidade junto aos poderes constituídos: melhoria na infraes-
Cristiane Soethe/Divulgação
Presidente da Facisc, Ernesto Reck, entre o presidente da Acib, Carlos Tavares D’Amaral (esq.) e o presidente do Conselho Deliberativo, Ronaldo Baumgarten Jr.
trutura e na gestão da aplicação de recursos, maior aproximação entre as classes empresarial e política, desenvolvimento econômico sus-
tentável, redução e simplificação da carga tributária, voto aberto em todas as instâncias e combate à corrupção.
Presidente do Samae apresenta obras executadas O presidente do Samae, Valdair Matias, acompanhado de técnicos da autarquia, participou da reunião de diretoria da Acib, em 25 de novembro, para apresentar os projetos que estão sendo desenvolvidos pela pasta. Entre as melhorias executadas em 2013, ele citou
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a relocação de rede adutora na BR-470, que beneficiou 47,5 mil habitantes; a implantação de novas redes adutoras em 18 ruas onde havia mais problemas de abastecimento, num total de 9,1 mil metros de rede; e a implantação de 11 novos pressurizadores de rede.
Matias citou o convênio com PAC 2 para a expansão de redes, no valor de R$ 8 milhões, e a quarta etapa do PAC 2, com dois projetos aprovados, para ampliação do sistema de reservação e de abastecimento, no total de R$ 24 milhões.
Fórum de Segurança Pública Nos dias 25 e 26 de novembro aconteceu o 1º Fórum de Segurança Pública de Blumenau, que contou com palestras, grupos de trabalho e debates. Os assuntos discutidos tiveram como base dois temas: prevenção comunitária e segurança solidária. Uma das palestras foi ‘A importância da segurança privada no contexto da segurança pública cidadã e democrática’, patrocinada pelo Núcleo de Segurança da Acib. O palestrante e advogado Aluísio Guedes Pinto apontou a segurança privada como órgão de apoio da segurança pública. “A maior arma da polícia é a informação, fator que nós temos”, afirma o palestrante. A coordenadora do núcleo e diretora de empresa de segurança privada, Bárbara Locatelli, segue a mesma linha de Guedes. “Trabalhamos com a detecção e a prevenção. Podemos contribuir no combate à criminalidade e, ainda, repassar à polícia dados estatísticos, eventos e imagens de crimes”, aponta Bárbara, que acredita na cooperação entre as entidades.
Rubens Olbrisch é eleito presidente da Acaert O vice-coordenador do Núcleo de Emissoras de Rádio da Acib, Rubens Olbrisch, foi eleito presidente da Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acaert). A escolha ocorreu durante Assembleia Geral Ordinária realizada no dia 21 de novembro, em Chapecó. O mandato começou em 1º de janeiro. Olbrisch sucede
Pedro Peiter, radiodifusor do oeste do Estado. Olbrisch, que será o 13º presidente da Acaert, é de Blumenau e atua na entidade desde a criação, ocupando vários cargos. Na gestão passada, foi vice-presidente jurídico e ético. De 2009 a 2012, foi presidente do Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão (Sert/SC). Divulgação
Rubens Olbrisch, vice-coordenador do Núcleo de Emissoras de Rádio da Acib
Novos Associados ANGRA ENGENHARIA LTDA Fone: (47) 9942-5499
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cdl é notícia Magia de Natal se consolida no calendário
Pelo quinto ano consecutivo, a Magia de Natal atraiu atenção nacional e encantou turistas e moradores de Blumenau. Foram 53 dias que agradaram todos os públicos. Em 2013, além dos desfiles na Rua Alberto Stein, desfiles náuticos, Espetáculo do Advento e atrações na Vila de Natal, o evento ampliou a programação nos bairros e apresentou novidades. A Árvore das Águas foi criada para conscientizar a população de que o Rio Itajaí-Açu traz coisas boas para a cidade. A estrutura ficava em frente à Prefeitura, enfeitada com garrafas PET cheias de água que, posteriormente, foram despejadas no rio levando a energia das palavras de amor e gratidão que figuravam nos enfeites. Outra novidade foi o Jantar de Natal. Voltado a empresas, grupos, confrarias e famílias interessadas em comemorar as festas de fim de 36
Divulgação
ano, o jantar era oferecido no setor 1 do Parque Vila Germânica e os convidados eram brindados com a apresentação do espetáculo ‘Em Busca da Magia’, com alunos da Fundação Pró-Família, e presença do Papai Noel. Para o presidente da CDL Blumenau, Paulo Cesar Lopes, o sucesso da Magia de Natal reforça a consolidação no calendário de eventos blumenauense. “Hoje, somos mais do que a terra da Oktoberfest. Temos atrações que são esperadas o ano todo, como o Natal e a Sommerfest, que começa agora, envolvendo toda a cidade e movimentando o setor econômico”. A CDL Blumenau é a organizadora da Magia de Natal através de um patrocínio da Lei de Incentivo à Cultura e com apoio da Prefeitura de Blumenau, do Ministério da Cultura, e dos governos estadual e federal.
Invista em você O trabalho da CDL Treinamentos não para. Os primeiros cursos de 2014 já estão agendados para o fim de janeiro e são uma oportunidade para quem quer começar o ano novo com desafios em busca da qualificação profissional. O avanço constante da tecnologia oportuniza a abertura de novos negócios, deixando o mercado mais competitivo. Vivendo o dia a dia dos empresários blumenauenses de perto, a CDL Treinamentos conhece as necessidades do mercado de trabalho, possui instrutores especialistas no assunto e oferece cursos que tratam desde o planejamento orçamentário até a autoconfiança para obter sucesso nos resultados. “Começamos o ano com os cursos mais pedidos de 2013. É a chance que os profissionais queriam para fazer desse novo ano um sucesso”, afirma o coordenador da CDL Treinamentos, Marcos Eduardo Schwambach. Com programação durante as férias escolares, aqueles que estudam podem aproveitar os cursos da CDL para iniciar o ano com novos conhecimentos. Acesse www.cdlblumenau. com.br e confira a programação bimestral dos cursos que já estão disponíveis. Informações e inscrições pelo telefone (47) 3221-5766.
CDL pede mais segurança na região central Uma série de reuniões para discutir reforços na segurança do Bairro Jardim Blumenau foi realizada no fim de 2013. O presidente da CDL Blumenau, Paulo Cesar Lopes, e lojistas da Alameda Rio Branco, Rua Nereu Ramos e transversais se encontraram com o tenente-coronel do 10º Batalhão de Polícia Militar, Cláudio Roberto Koglin, para buscar uma solução para conter assaltos e arrombamentos que, nos últimos meses, têm sido frequentes na região. Koglin explicou que, assim como acontece em todo o Estado, a divisão do efetivo é feita conforme as estatísticas geradas pelos boletins de ocorrências, por isso, para que haja deslocamento de policiais para a região central, é importante que todos registrem as ocorrências. Com as mesmas reivindicações, Lopes recebeu o delegado regional de Blumenau, Rodrigo Marchetti,
explicando aos associados que participaram da reunião a atual situação da Polícia Civil, cujo efetivo disponível não atende a demanda gerada por uma população de 300 mil habitantes. “Não basta saber que ocorreu um assalto, tem que informar. Precisamos reagir e não nos conformar. Vamos pedir a todos os associados que, caso aconteça algo na sua empresa, entrem em contato com as autori-
dades para registrar as ocorrências”, destacou Lopes. Buscando uma solução, lojistas e polícias Militar e Civil acertaram que, a partir de agora, trabalharão com uma troca maior de informações, além de um pedido formal à Prefeitura para consertar uma câmera de segurança em frente à CDL Blumenau que está desativada. Um novo encontro deve ser realizado este mês. Divulgação
Calendário CDL treinamentos
janeiro De 20 a 23 Fluxo de Caixa 12 horas – das 19h às 22h Instrutor: Carlos Emerson Raduenz Apresenta técnicas práticas e de aplicação imediata sobre o gerenciamento e projeções do fluxo de caixa. Preparação de relatórios de fluxo de caixa realizado e projetado com planilhas eletrônicas. Preparação de planejamento financeiro baseado no fluxo de caixa.
De 9 a 11 Recrutamento & Seleção 9 horas – das 19h às 22h Instrutor: Silvia Caroline Oneda Oferece ferramentas para melhorar os processos de recrutamento e seleção, trabalhando desde os fundamentos para definição do perfil de candidato adequado até dinâmicas utilizadas para recrutamento e seleção, além do acompanhamento após a contratação dos profissionais.
Sobre os cursos Aulas das 19h às 22h, na Casa do Comércio CDL Inclui: certificado, estacionamento, apostila e coffee break. Informações e Inscrições 3321 5747 / treinamentos2@cdlblumenau.com.br – 3221 5766 / treinamentos@cdlblumenau.com.br Desconto garantido para associado CDL. Informe-se sobre condições especiais para grupos e in company.
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intersindical é notícia 2014 será de cautela para indústria têxtil “Depois da tempestade, vem a bonança; o pior já passou, mas isso não quer dizer que haverá ventos favoráveis”, concluiu o diretor do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (Iemi), Marcelo Prado, ao fim de um painel sobre as perspectivas e desafios da indústria têxtil e de confecções para 2014. O evento foi promovido pelo Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário (Sintex), em novembro. “Não vamos esperar nenhum milagre do governo e não há perspectivas positivas”, afirmou o presidente do sindicato, Ulrich Kuhn. Segundo o executivo, a indústria têxtil nacional vai continuar sem competitividade no mercado mundial, pois falta iniciativa do governo para promover mudanças. O diretor superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel, também criticou a postura governamental. “São as em-
presas e os trabalhadores que fazem o progresso e não os governos”, ressaltou. O executivo destacou que a indústria têxtil e de confecções paga R$ 6,9 bilhões em impostos federais, além de R$ 1,3 bilhão de ICMS e deposita em torno de R$ 1 bilhão no FGTS, mas não recebe suporte do governo. Segundo Marcelo Prado, o grande risco para o futuro é o de baixo crescimento, situação que se agrava para as indústrias de cama, mesa e banho – que já registram uma baixa de 21% nos últimos quatro anos. Na indústria do vestuário, a queda de produção ficou em 2,9%, em 2013. No cenário mundial, a China é responsável pela produção de 50,2% dos têxteis e 47,2% do vestuário. O Brasil produz apenas 2,4% dos têxteis e 2,6% do vestuário. Segundo dados apontados por Pimentel, a produção nacional deve cair 50% até 2025, aumentando o percentual de importados
no varejo brasileiro, que hoje é de 13,4% no vestuário. “Não se importa apenas coleções de Inverno; as importações vão desde calcinhas até camisetas”, ressaltou. Marcelo Prado destacou que as indústrias têxteis devem investir em velocidade na produção e inovação, atendendo ao fast fashion; além de investir em um mix de produtos mais qualificado que dê origem a looks completos, do vestuário aos acessórios. Coleções assinadas e o modelo multicanal de distribuição, com lojas próprias, franquias e vendas pela internet também são medidas positivas. “Para se destacar é necessário investir cada vez mais no marketing estratégico. Ir além do produto. É preciso organização”, destacou Prado. O presidente do Sintex também apontou a necessidade de ser criativo. “Temos que ser inigualáveis para obter sucesso”, resumiu Kuhn.
Simmmeb recebe moção de louvor O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Blumenau (Simmmeb) recebeu Moção de Louvor, de autoria do vereador Mário Hildebrandt. O motivo da homenagem são os 60 anos de fundação que o sindicato completou em setembro. O objetivo da moção de louvor é homenagear entidades ou pessoas que se destacam em prol da comunidade. “O Simmmeb conta com mais de 120 empresas em seu quadro associativo e tem reconhecimento público pela qualidade dos serviços que presta aos associados e pelas iniciativas de incentivo ao desenvolvimento econômico”, destacou o vereador. 38
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Vereador Mário Hildebrandt (centro) entrega Moção de Louvor aos representantes do Simmmeb
Primeiro Prêmio Sescon de Qualificação O Sescon Blumenau entregou, em dezembro, o Prêmio Sescon de Qualificação (PSQ). Inédito, o prêmio implantado pela entidade visa valorizar as empresas contábeis que mais investem em qualificação durante o ano. O PSQ premia as empresas com maiores índices de participação nos cursos, palestras e seminários realizados ou apoiados pelo Sescon. O índice é calculado de acordo com o número de horas obtidas pela empresa e o número de colaboradores participantes. As três empresas com o maior índice recebem o PSQ Selo Ouro e um bônus de R$ 600,00 para utilização em cursos promovidos pela entidade. As empresas que se qualificaram entre o quarto e o sexto lugar recebem o Selo Prata e R$ 450,00 em bônus; do sétimo ao nono lugar ficam com o Selo Bronze e bônus de R$ 300,00. “O objetivo é estimular a educação continuada dos prestadores de serviço das categorias representadas pelo Sescon e agregar valor às empresas honradas com o selo, mostrando ao público que são empresas que investem em qualificação dos profissionais”, declarou a presidente do Sescon Blumenau, Daniela Zimmermann Schmitt.
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As vencedoras Selo Ouro MJ FANK ASSESSORIA CONTÁBIL LTDA-ME MATRIX ASSESSORIA EMPRESARIAL S/S LTDA-ME ESCRITÓRIO CONTÁBIL CONTEC LTDA-ME Selo Prata ZIMMERMANN CONTAB. E ASSES. EIRELI-ME MKM CONTABILIDADE LTDA-ME BETTER CONTABILIDADE EMPRESARIAL LTDA Selo Bronze JOSÉ DOS SANTOS CONTABILIDADE ME GESCON ASSESSORIA CONTÁBIL S/S LTDA-ME G.M. CONTADORES ASSOCIADOS S/S-ME
Turnê do Mercado Têxtil O Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário (Sintex ) promove, de 2 a 6 de fevereiro, a 1º Turnê do Mercado Têxtil (TMT ) SC 2014. O evento apresenta ao mercado varejista brasilei-
ro um novo formato de negócios, com visitas in company a 10 das mais qualificadas fabricantes de moda casa, mesa e banho de Blumenau, Brusque, Joinville e São Bento do Sul, principal polo con-
feccionista brasileiro do setor de têxteis para o lar. Estão confirmadas na turnê as empresas Altenburg, Atlântica, Bella Janela, Bouton, Buettner, Buddemeyer, Hedrons, Karsten, Lepper e Teka.
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sindilojas é notícia A Arte na Casa do Comércio Divulgação
Aberta com um coquetel realizado na noite de 3 de dezembro, a exposição ‘A Arte na Casa do Comércio’ apresentou à comunidade blumenauense as 10 obras classificadas no concurso artístico promovido pelo SINDILOJAS. Na ocasião, foi entregue a premiação aos vencedores e certificados aos artistas selecionados. O presidente do sindicato, Emílio Rossmark Schramm, entregou o prêmio de R$ 3 mil ao artista plástico Diego dos Santos (foto), primeiro colocado no concurso com a obra ‘Sindicores’. A peça é um mosaico que chama a atenção com o uso de pastilhas de cerâmica, azulejos artesanais e vidro. O presidente da Fundação Cultural de Blumenau (FCB), Sylvio Zimmermann, entregou as premiações a Felipe Colvara Teixeira (segundo colocado, com a obra em fotografia ‘Ângulos e Perspectivas’), e para a artista Maristela Silveira, com o trabalho ‘A Casa’ (pintura acrílica sobre tela). Felipe recebeu R$ 2 mil e Maristela R$ 1mil. Os outros sete artistas cujas obras foram selecionadas receberam certificados de participação. O concurso ‘A Arte na Casa do Comércio’ foi uma das iniciativas que marcaram os 50 anos de atividades do SINDILOJAS e foi promovido com o apoio do Museu de Arte (MAB) e FCB. Teve como objetivo incentivar, premiar e valorizar a produção e o talento de artistas de Blumenau e Vale do Itajaí.
Contribuição Sindical deve ser recolhida em janeiro De acordo com o que está previsto no artigo 580 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), até o dia 31 de janeiro todas as empresas devem fazer o pagamento da Contribuição Sindical. A referida contribuição possui natureza tributária e seu recolhimento é compulsório. O valor que as empresas
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deverão contribuir é calculado sobre o capital social e o pagamento poderá ser realizado nas agências da Caixa Econômica Federal ou em estabelecimentos da rede lotérica. As empresas optantes pelo Regime Simplificado de Tributação, Super Simples, também devem pagar a contribui-
ção sindical, de acordo com a Lei Complementar 123/2006. A quitação da contribuição, que deve ser apresentada perante a fiscalização da Delegacia Regional do Trabalho (DRT), é essencial em concorrências públicas e obtenção de registros ou licenças para funcionamento.
SINDILOJAS recebe homenagem pelos 50 anos O presidente do SINDILOJAS, Emílio Rossmark Schramm, recebeu, em 26 de novembro, do gerente comercial do Jornal de Santa Catarina, Marcello Budolla, e da executiva de contas da RBS Jornais e Online, Tatiana Sumariva, um quadro reproduzindo a capa do encarte comemorativo aos 50 anos da entidade varejista. Schramm agradeceu o apoio do jornal às iniciativas que marcaram as cinco décadas de atividades do SINDILOJAS, em especial a entrega do Prêmio Conceito Varejista 2013, promovida na noite de 19 de novembro. Na ocasião, a Assembleia Legislativa realizou sessão solene em homenagem aos 50 anos do sindicato. Divulgação
PPP poderá viabilizar creches noturnas
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Em reunião realizada em 26 de novembro, na sede do SINDILOJAS, foi definida uma nova estratégia para solucionar a falta de creches em período noturno na cidade. Um estudo jurídico será realizado pela Procuradoria-Geral do Município para avaliar a proposta de uma parceria público-privada, realizada através de convênio entre entidades de classe e a administração municipal. Caso seja considerada viável, a parceria deve resultar na implantação de um projeto piloto, em algumas unidades da rede municipal, direcionado a uma política de atendimento à infância em conjunto com a Assistência Social, para atender crianças após as 18h. O estudo será apresentado para a análise das entidades de classe e para a formalização do documento em 2014. Além de presidentes e representantes de sindicatos patronais e de trabalhadores de Blumenau, também participou da reunião a secretária municipal da Educação, Helenice Luchetta. “Vamos aguardar a análise da proposta. Sendo viável, será uma medida pioneira que trará resultado positivo para a economia da cidade. Precisamos considerar a informação de que 50% das mães de crianças de 0 a 5 anos não trabalham por não ter onde deixar seus filhos”, avaliou o presidente do SINDILOJAS, Emílio Rossmark Schramm. Oito sindicatos encaminharam à secretária da Educação uma pesquisa sobre as reais necessidades do blumenauense em relação às creches. O trabalho foi realizado pelo Núcleo de Pesquisas da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio/SC), a pedido de funcionários e empresários do comércio, hotéis, restaurantes, padarias e área da saúde que gostariam de ver ampliado o horário de atendimento das creches. A pesquisa mostrou que 90% dos trabalhadores que deixam os filhos na creche não são atendidos nos horários que precisam e revelou que metade das mulheres com filhos de 0 a 5 anos não procura trabalho por não ter onde deixar as crianças. EMPRESÁRIO 41
O direito de retirada do sócio e a apuração de haveres
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o contexto econômico atual, não há dúvidas de que muitas empresas de pequeno e médio porte passaram a auferir receitas e lucros outrora inimagináveis. O crescimento, entretanto, trouxe também problemas, notadamente nas relações entre os sócios. Sem pretender entrar no mérito de que um processo de reestruturação societária e profissionalização da gestão poderia, em grande parte dos casos, prevenir conflitos de tal natureza, fato é que a saída de um sócio insatisfeito ou o seu falecimento, por exemplo, normalmente, acaba implicando numa desgastante discussão acerca do valor da participação societária. Isso porque o Balanço Patrimonial, em regra, não contempla o valor do chamado fundo de comércio ou goodwill, constituído por elementos que impactam na determinação do valor econômico da empresa frente à avaliação do valor patrimonial registrado contabilmente. Entre os ativos classificáveis nesta categoria encontram-se a credibilidade no mercado, o know how, a marca registrada etc. Pois bem, a jurisprudência pá42
tria reconhece, na linha do que defende a ciência das finanças, que o método que melhor refletiria o valor econômico da empresa é o do “fluxo de caixa descontado”. Apesar desta realidade, as decisões judiciais consideram que tal método serve apenas para nortear operações de trespasse, cisão, fusão ou incorporação, para as quais a empresa deve ser avaliada de acordo com a sua capacidade de gerar benefícios futuros. Para a apuração de haveres em processo judicial, entretanto, vem-se entendendo que deve ser elaborado Balanço de Determinação, na forma prevista no art. 1.031 do Código Civil, de modo que o pagamento das quotas sociais reflita o valor econômico presente da sociedade, como se esta fosse ser liquidada. Se, por um lado, o valor do patrimônio líquido registrado contabilmente não é capaz de demonstrar o valor econômico da empresa, o método do fluxo de caixa descontado, segundo a jurisprudência, contemplaria lucros futuros, considerando, para tanto, inclusive fatores de crescimento, sobre os quais o sócio retirante não tem qualquer direito, já que também não responderá pelos insuces-
Daniel Zimmermann/Divulgação
artigo
Shirley Henn Especialista em Direito Tributário Escritório BPHG Advogados
“O Balanço Patrimonial não contempla o valor do chamado fundo de comércio” sos supervenientes a sua saída. Em diversos precedentes do Tribunal de Justiça de São Paulo, apoiados principalmente na doutrina de Martinho Maurício Gomes de Ornelas, estabeleceu-se que para proceder à avaliação, nestes termos, deve-se apurar a diferença entre o lucro operacional líquido médio histórico ajustado e o lucro operacional líquido normal, dividindo-a pela taxa de custo do capital próprio. O resultado positivo, se existente, corresponderá ao goodwill. Embora não isento de críticas, é esse o critério que vem sendo empregado como forma de se encontrar o justo valor para a sociedade e, assim, solucionar os conflitos que chegam ao Poder Judiciário.