Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 63

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Ano 6 nº 63 JULHO 2012 R$ 8,90

PADRÃO ELEVADO Com 12 unidades na região, a rede Zoni aposta em uma loja diferenciada, a Zoni Express, especializada em produtos de alta qualidade

Vilmar da Costa comanda a segunda rede de supermercados que mais cresce no Sul

Sustentabilidade: Médio Vale discute política de resíduos sólidos e a logística reversa






EDITORIAL

Telecomunicação e negócios É histórica a participação da Associação Empresarial de Blumenau (Acib) na busca por ações visando o desenvolvimento econômico da nossa região, notadamente nas áreas de segurança e infraestrutura. Sem dúvida, passa por esse rol a estrutura das telecomunicações – telefonia fixa, móvel e internet. Temos acompanhado inúmeros depoimentos de associados relatando problemas enfrentados nessa área, o que causa prejuízos financeiros e legais (como penalidades aplicadas em razão de contratos estabelecidos com clientes, por exemplo). Em um levantamento superficial feito pela Acib, estima-se que os prejuízos para a economia blumenauense chegam a mais de R$ 200 milhões em um ano. Constatamos que as empresas estão fragilizadas com a baixa qualidade dos serviços prestados pelas operadoras de telefonia e internet,

ferramentas indispensáveis para a geração de negócios. Esse é mais um fator inibidor para a instalação de novas companhias e, consequentemente, para a geração de emprego e renda para Blumenau e região. Com o medo de não contar com a infraestrutura de comunicação necessária, muitos negócios deixam de ser feitos com nossa cidade e empresas desistem de se instalar aqui. Mesmo tendo que pagar mais caro, preferem se estabelecer em grandes centros. Enfim, perdemos competitividade. A solução, se podemos deixar como sugestão, seriam ações como a implementação de uma política digital visando a conexão banda larga para a maioria da população do Vale do Itajaí; transparência dos serviços de telecomunicações prestados; melhoria da qualidade dos serviços; e incentivo aos modelos de negócios digitais para

as empresas blumenauenses. No entanto, enquanto não podemos contar com a pró-atividade das empresas de telefonia para melhorar os serviços prestados, a Associação Empresarial de Blumenau decidiu fazer o que está ao nosso alcance. Empresas que passam por dificuldades na área de telecomunicações podem entrar em contato com a Acib e relatar os problemas. A associação fará um levantamento dessas organizações e encaminhará os dados ao governo do Estado, solicitando uma solução. Portanto, pedimos a colaboração dos empresários para que, juntos, possamos buscar a melhor forma de resolver essa questão e evitar a evasão dos negócios da nossa região. Ronaldo Baumgarten Jr. Presidente da Acib Banco de imagens

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SUMÁRIO

Daniel Zimmermann

DELEGADO FALA SOBRE A RECEITA FEDERAL NO VALE

Eduardo Sofiati

Daniel Zimmermann

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Mário Sueki Sonomura aborda os procedimentos online e fala sobre falta de servidores na delegacia local

os desafios de dar destino correto a resíduos sólidos Representantes do governo do Estado e municípios discutiram a política nacional e a logística reversa

26 Os desafios do Observatório Social 32 História da conciliação ganha livro 34 Free: 25 anos de criatividade 36 Cabotagem é alternativa às estradas 38 O papel consciente da Ipel 42 SC Gourmet trará grandes compradores 46 Fenahabit tem melhores resultados da história

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POUCA ADESÃO AO PROJETO DO METROPOLITANO

Clube tinha direito a receber até R$ 1,5 milhão em renúncia fiscal, mas arrecadou pouco mais de R$ 600 mil

48 Feira bate recordes 49 Artigo 50 Acib é notícia 52 CDL é notícia 56 Intersindical é notícia 58 SINDILOJAS é notícia 60 Memória

EDITOR-EXECUTIVO Sidnei dos Santos / Palavra Escrita- Ltda. ME - sidnei@mundieditora.com.br REPORTAGENS Daiani Caroline Coelho, Fernando Gonzaga, Francielle de Oliveira, Iuri Kindler e Mariana Tordivelli GERENTE DE ARTE E DESENVOLVIMENTO Lucas Gonçalves - lucas@mundieditora.com.br DIAGRAMAÇÃO Adriana Baier, Fabiano Silva e Tiago de Jesus CAPA / Foto: Daniel Zimmermann - Produção: Iuri Kindler EDITORA-CHEFE Danielle Fuchs / Fuchs Editorial-Ltda. ME- danielle@mundieditora.com.br GERENTE COMERCIAL Eduardo Bellidio - 47 3035.5500 GERENTE COMERCIAL GERAL Cleomar Debarba - 47 3036.5659 DIRETOR-EXECUTIVO Niclas Mund - niclas@mundieditora.com.br CIRCULAÇÃO circulação@mundieditora.com.br SUGESTÃO DE PAUTA empresario@mundieditora.com.br

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Conselho Editorial Acib: Ronaldo Baumgarten Junior, Charles Schwanke e Cristiane Soethe Zimmermann CDL: Paulo Cesar Lopes, José Geraldo Pfau, Carlos Jacques Dressler e Ana Paula Ruschel Intersindical: Hans Heinrich Bethe, Leomir Minozzo e Emil Chartouni Neto SINDILOJAS: Emílio Rossmark Schramm, Márcio Rodrigues e Juliana Pfau Mundi Editora: Sidnei dos Santos e Danielle Fuchs TIRAGEM 4.000 exemplares

TIRAGEM VIRTUAL 50.000


Daniel Zimmermann

REDE ZONI SE CONSOLIDA NA REGIÃO E APOSTA EM LOJA DIFERENCIADA Zoni Express, na região da Alameda, oferece café colonial, bebidas especiais e uma série de produtos gourmets, em instalações modernas

Rua Almirante Barroso, 712 - Sala 2 Vila Nova - Blumenau/SC CEP. 89.035-401 Telefone: + 55 (47) 3035-5500

Rua Ingo Hering, 20 – 8º andar CEP: 89010-909 Blumenau – SC 47 3326.1230

Alameda Rio Branco, 165 CEP: 89010-300 Blumenau - SC 47 3221-5735

Alameda Rio Branco, 165 CEP: 89010-300 Blumenau-SC 47 3221 5750

www.acib.net

www.cdlblumenau.com.br

www.sindilojasblumenau.com.br

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Rua XV de Novembro, 550 – sala 403 47 3037 4932 www.intersindicalpatronal.com.br

mundieditora.com.br facebook.com/mundieditora twitter.com/mundieditora

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Sempre mais A blumenauense Graf imax se consolida na tradicional área gráf ica e se lança no mercado de embalagens Foto Daniel Zimmermann

O ano de 1992 foi especial para o Brasil. Cores da pátria estampavam os rostos de jovens preocupados com a nação e com a política, que saíram às ruas de várias cidades marcando o ponto alto da democracia, com o movimento Caras-Pintadas. Foi naquele mesmo período, que as cores também se tornaram a ideia principal de um jovem empreendedor, que apostava o presente e o futuro na impressão gráf ica. Foi em 1º de julho daquele ano, que, of icialmente, a Graf imax era apresentada ao mercado. O jovem Elimar Reinhold decidiu deixar a representação comercial que exercia para se dedicar ao próprio negócio, ao lado da esposa Scarlett, em um espaço de apenas 30 metros quadrados, onde eram produzidos ar tigos de tipograf ia.

Após 8 anos de dedicação à representação comercial, Elimar Reinhold voltou-se ao empreendedorismo com a Grafimax

Fotos divulgação

“De lá para cá a evolução foi constante, mostrando ao mercado que a Graf imax estava dando cer to. Foram incorporados novos produtos, aumentando pouco a pouco o parque fabril e o número de colaboradores” relembra o fundador.

1992

1995

O nome da empresa é uma homenagem ao avô de Reinhold, Max Rüediguer

Grafimax Indústria Gráfica Ltda. Rua Erich Klitzke, 147 - Fortaleza 89057-195 - Blumenau - SC


Fotos divulgação

Informe PublIcItárIo

Área de lazer

2012

A empresa está em uma área de 18 mil m², com estrutura predial de 3,5 mil m² e com projeto de ampliação para 5 mil m² neste ano

Evolução impressa pelo trabalho Hoje a Graf imax está comemorando o 20ª ano de vida. São duas décadas de sucesso com f idelização de clientes, respeito à equipe colaboradora e compromisso com qualidade dos produtos que todos os dias são impressos visando ainda o cuidado com o meio ambiente. O mercado competitivo tem reconhecido cada vez mais a Graf imax, que marca presença atendendo clientes em todo o estado catarinense e realizando atendimentos no Paraná e em São Paulo. De um único funcionário, em 1992, o quadro de colaboradores saltou para 45 no f inal de 2011 e agora, com os novos projetos da empresa, se prepara para absorver ainda mais talentos. Já os produtos têm alcançado níveis excelentes de qualidade, garantidos pela experiência da empresa, com a inserção de equipamentos de alta tecnologia, na busca dos melhores resultados possíveis. Outro fator que dá credibilidade a todo este trabalho é a preocupação com a sustentabilidade. Atualmente a empresa passa pela cer tif icação internacional FSC da Forest Stewardship Concil, que nacionalmente é regu-

Tel/Fax: (47) 3323 2317 E-mail: grafimax@grafimax.ind.br Conheça mais esta ideia: www.grafimax.ind.br

lado pelo Conselho Brasileiro de Manejo Florestal, garantindo que a matéria-prima dos produtos em offset seja de origens transparentes. Os resíduos de produção também têm destinação correta. E na impressão de cores, a tinta que é inutilizável após o processo de impressão é encaminhada para centro de dispensação especializado.

LINHA DO TEMPO 1992 Início da Grafimax com a tipografia 1995 Transferência da empresa para a primeira

sede própria de 450 m² 1997 Introdução dos trabalhos com produtos em offset 2000 A expansão da empresa para a área da flexografia 2001 Inaugurada a atual sede da empresa com 3,5 mil m² construídos 2012 Produção de embalagens


Áreas consolidadas e novos horizontes Offset Da ideia inicial do cliente para o produto pronto, há um processo de extrema dedicação da Grafimax. O segmento offset da empresa dispõe de alta tecnologia nos processos e no controle de qualidade, industrializando mensalmente mais de 150 toneladas de papel.

Fotos Daniel Zimmermann

Além da matéria-prima ter correta procedência, a preocupação social inclui à disposição dos clientes, equipamento que traduz em braile, para as embalagens, o conceito que se pretende transmitir ao consumidor.

Embalagens O segundo semestre de 2012 será marcante para a Graf imax, não só pela comemoração às duas décadas de pleno desenvolvimento e sucesso, mas também pelos novos desaf ios. A planta fabril da empresa irá dobrar de tamanho para receber novos equipamentos e novos prof issionais inaugurando o novo setor de embalagens. Como meta está o reconhecimento e escolha da Graf imax para uma área superaquecida e que dá espaço para quem quer ousar.

Módulo Accubraille

“Iremos oferecer um aumento no por tfólio de produtos para os nossos clientes e também para uma nova parcela no mercado que quer e cer tamente encontrará embalagens de qualidade”.

Grafimax Indústria Gráfica Ltda. Rua Erich Klitzke, 147 - Fortaleza 89057-195 - Blumenau - SC


Fotos Daniel Zimmermann

Informe PublIcItárIo

Flexografia Com produção de 130 mil metros quadrados mensais, a produção de rótulos da Grafimax atende o promissor mercado de alimentos e bebidas e indústrias de outros segmentos. “Seja no atendimento de pequena ou larga escala, a qualidade e o tratamento são os mesmos. Nós consideramos nossos clientes, pequeno ou grande, muito impor tantes para o desenvolvimento econômico da empresa e nós podemos atender a qualquer demanda” avalia Reinhold. Ao af irmar qualidade, Elimar Reinhold tem como base os mais de 80% de equipamentos impor tados de alta tecnologia e o orgulho do prof issionalismo de uma equipe constantemente treinada e capaz de absor ver com responsabilidade o conceito que a Graf imax transmite em cores e formatos. Com a cer teza na duplicação de resultados com a entrada do novo setor, a transição de 2012 e 2013 cer tamente marcará orgulhosamente esta história.

Tel/Fax: (47) 3323 2317 E-mail: grafimax@grafimax.ind.br Conheça mais esta ideia: www.grafimax.ind.br


Entrevista

Fotos Daniel Zimmermann

“O foco é educar os usuários para os novos processos” Revista Empresário: Qual situação da Delegacia da Receita Federal de Blumenau quanto à infraestrutura? Mário Sueki Sonomura: Hoje, nós temos uma estrutura defasada levando em conta o número de servidores que atuam na Delegacia da Receita Federal de Blumenau e toda sua abrangência. Não somente para o atendimento ao público, mas também para os trâmites administrativos dos processos. Houve, para a Receita Federal, alguns concursos públicos para diversas áreas, mas cobrindo de forma superficial as necessidades. Isso fez com que, aqui, nós adotássemos algumas medidas quanto ao formato dos atendimentos, seguindo padrões nacionais do órgão e algumas baseadas na realidade regional. RE: Quais são as mudanças? Sonomura: Principalmente, no atendimento, sendo a internet o principal caminho. Hoje, a Receita Federal está cada vez mais presente no formato online. É claro que para caminhar no mesmo passo as pessoas físicas e, principalmente, as jurídicas precisam estar conectadas. O atendimen-

Mário Sueki

Sonomura

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Desde 2010, Mário Sueki Sonomura é o delegado da Receita Federal em Blumenau, onde sucedeu a Edson Santana, há mais de 15 anos no cargo. Ao assumir o cargo, Sonomura acolheu também tempos de mudança, tanto para o órgão em Blumenau, como para a população que necessita, agora, se acostumar com a era digital da Receita Federal do Brasil. Vindo de Londrina (PR), onde exercia a mesma função, o delegado coordena os trabalhos abrangendo Blumenau e outras 46 cidades da região, que clamam por maior agilidade, mas que também criam barreiras ao novo formato de atendimento. Em entrevista à Revista Empresário, Sonomura fala destes e outros temas que envolvem o cotidiano da Receita Federal.


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www.joclamar.com.br

to telefônico é um dos processos extintos. A ideia é não comprometer os atendimentos de quem está se adaptando e também de quem reserva o seu tempo para vir até a sede da delegacia ou nos escritórios da região. O que ocorria era uma grande demanda de atendimento por telefone, que resultava em atraso do chamado atendimento de balcão. Estamos em uma fase em que o foco é educar os usuários aos novos processos. RE: Mas quem ainda não tem o acesso ou não está adaptado à internet? Sonomura: O atendimento totalmente online, hoje, abrange a pessoa jurídica, pois é quase inviável que, na conjuntura atual, tenhamos empresas offline. A própria Receita Federal está em fase de migração, por entender que isso trará facilidades. Para nós, os processos em papel devem acabar. O atendimento de balcão é mantido para pessoas físicas, nos moldes comuns de senha, com as preferências exigidas por lei aos idosos, deficientes físicos e gestantes. Mas será necessário que a pessoa reserve tempo para isto, pois nós temos limites devido à estrutura de trabalho. Vale lembrar que quem tem acesso à internet pode otimizar o tempo. Assim, como há os e-CNPJ, há também o e-CPF. RE: Falando em internet, a declaração do Imposto de Renda ainda é um bicho de sete cabeças para os declarantes? Sonomura: Para as pessoas que buscam orientações corretas e fazem isso no tempo hábil, não. O grande problema está no costumeiro jeito brasileiro de deixar as coisas para a última hora. Seria muito importante que as pessoas sanassem todas as dúvidas

e encaminhassem a documentação exata. Mas há quem faça as coisas nos últimos dias previstos pelo governo e de qualquer jeito, já prevendo um tempo para correção. É um transtorno à pessoa e um retrabalho para a Receita. A melhor coisa há fazer é obter um assessoramento contábil, facilitando para as partes, principalmente, quando de um ano para outro ocorram mudanças significativas referentes aos tributos como, em um exemplo simples, a venda ou aquisição de um bem.

RE: Sobre a fiscalização. Qual é o volume desse trabalho hoje? Sonomura: Referente às pessoas físicas, como delegacia de julgamento e fiscalização, nós realizamos o levantamento da infração e deixamos ao conhecimento da pessoa. Ela tem o direito de verificar, aceitar e arcar com multa ou recorrer. Se recorrer, todo o processo é por Florianópolis. Nós estamos em uma região que atende cerca de 1 milhão de pessoas. São 47 municípios em nossa abrangência, com a delegacia em Blumenau e escritórios em Brusque, Timbó, Rio do Sul, Gaspar e Pomerode.

Entrando na era digital, Receita já dispõe de aplicativos para tablets e smartphones 15


ENTREVISTA

venda, os valores, quantidade e periodicidade, principalmente, envolvendo importações, nos casos de contrabando e descaminho. RE: Quais os delitos mais comuns? Sonomura: Trazer produtos com falsos valores declarados ou, mesmo, a especificação incorreta dos produtos, comprando algo e declarando outro. É quando são feitas as apreensões. RE: E sobre a evasão? Sonomura: O envio de dinheiro ao Exterior de forma incorreta e sem tributação, criando rombos aos cofres público, é crime. O cidadão precisa compreender que não está imune de fiscalização. Poderia, sim, ocorrer mais fiscalização, mas voltaríamos ao quesito de estrutura de trabalho.

RE: E a fiscalização de empresas? Sonomura: Em 2011, foram realizadas 123 mil fiscalizações no Brasil, em pessoas físicas e jurídicas, correspondendo há10 mil por mês. O foco está na sonegação de impostos e evasão de divisas, além de outros delitos que podem ser detectados em empresas de diversas dimensões. Tudo isso é realizado por meio de análises. Para a sonegação, são observadas as negociações, seja compra ou 16

O grande problema está no costumeiro jeito brasileiro de deixar as coisas para a última hora. É um transtorno à pessoa e um retrabalho para a Receita

RE: Voltando às apreensões. Tudo é leiloado? Sonomura: Nem tudo. Depois de apreendido e todas as providências necessárias serem tomadas, são dadas diferentes destinações. Produtos falsificados são destruídos. Equipamentos e qualquer produto que possa ser usado pelos setores governamentais são incorporados. As demais apreensões são leiloadas. Alguns itens são ofertados nacionalmente por meio do site da Receita Federal. Este processo é comum para produtos de maior valor. Já os outros produtos são distribuídos às entidades com fins de arrecadação de verbas para os trabalhos executados. Para tanto, é necessário um cadastro e a aprovação através de análises. Há algumas regras que devem ser seguidas, principalmente, com a comprovação sobre a destinação da verba recolhida. As próprias escolas que fazem este tipo de bazar precisam, ter dentro dos projetos pedagógicos, a educação fiscal. É uma forma de a Receita Federal, que está em uma das pontas, passar os deveres de cidadão para os estudantes.



Capa

Fotos Daniel Zimmermann

A confeitaria própria é um dos destaques da loja inaugurada este ano por Vilmar da Costa

Do tamanho certo Mariana Tordivelli mariana@mundieditora.com.br O know how adquirido na área financeira de grandes companhias e a percepção de explorar um nicho na área de mercados permitiram que o empresário Vilmar da Costa consolidasse a rede Zoni, que completa 15 anos este ano e conta com 12 lojas espalhadas pelo Vale do Itajaí. O empresário recorda que seu primeiro emprego foi ainda na adolescência, em um mercado e que, depois, passou por empresas como Bunge e Ceval, até que fez carreira como diretor financeiro na Hering. “Foi quando decidi participar de uma sociedade com meu irmão e com meu cunhado e, assim, voltar para onde tudo começou: o mercado”, relembra. Segundo Costa, desde as duas primeiras lojas inauguradas em Gaspar já se investia em tecnologia, controle e no desenvolvimento dos profissionais. A sequência de abertura das bem-sucedidas filiais deu-se pela habilidade de escolher bons pontos comerciais. Mais de uma década depois, o empresário comprou a parte dos sócios e expandiu ainda mais a rede, com a instauração do Zoni Express. 18

Instalações modernas e produtos selecionados


Fluidez em trânsito O porte médio das lojas da rede serviu de ponto de partida para Costa no desenvolvimento do Zoni Express – todas juntas, elas somam o espaço de 8 mil metros quadrados de área de vendas. “A acessibilidade é muito importante, pois a maioria das pessoas vai ao mercado enquanto transita do trabalho para a casa. Nesse sentido, os hipermercados intimidam um pouco, pois é preciso caminhar muito do estacionamento até a loja e, quando chegam lá, os clientes precisam andar muito para encontrar alguns itens”, explica. Para o empresário, perde-se muito tempo com toda essa maratona, que acaba gerando mais estresse ao cliente. Por essa razão, o Zoni Express é mais compacto, mais aconchegante e não deixa faltar nada em termos de mercadorias. “Muito pelo contrário. Contratamos uma consultoria que vai atrás de produtos gourmets, itens diferenciados e exóticos que só podem ser encontrados aqui”, garante Costa. É o caso das carnes de jacaré e de faisão, assim como peixes como o haddock e atum. Marcas importadas de chás, queijos de diferentes países, caviar e suas variações são exemplos de produtos exclusivos que podem ser encontrados nas prateleiras da loja. “Estamos de olho nas tendências mercadológicas. Uma linha exclusiva de vegetais orgânicos vem por ai”, avisa. A padaria também é destaque nessa empreitada. Para o empresário, a produção própria da confeitaria e os constantes lançamentos trazidos da Europa, como a receita do croissant recheado com chocolate belga, têm atraído clientela fiel ao Zoni Express. Ainda pensando na fluidez do ambiente, Costa aproveitou para criar um espaço para servir um café colonial com produtos fresquinhos da padaria. “A localização

Exposição dos produtos facilita a visualização e o acesso dos clientes

é privilegiada por ser no centro da cidade, no caminho de diversas escolas e na redondeza de escritórios. Temos uma movimentação incrível por aqui”, comemora. Outro item que só pode ser encontrado nas gôndolas do Zoni Express é a etiqueta eletrônica, ex-

clusiva no Sul do País. O empresário aponta que a tecnologia revolucionou a reposição das mercadorias ao garantir informações precisas sobre controle, quantidade e validade, além de oferecer ao cliente a certeza de que o produto terá o mesmo valor quando passá-lo no caixa.

Etiqueta eletrônica facilita a exposição das informações sobre o produto 19


Capa

Fotos Daniel Zimmermann

Comunidade e meio ambiente Uma vez que toda a loja é conceituada na modernidade, para Costa, o uso de sacolas plásticas seria retrógrado. Sendo assim, foram implantadas as sacolas retornáveis, pensando na sustentabilidade. O meio ambiente faz parte da preocupação do empresário, assim como a responsabilidade social. Costa desenvolve um projeto interno de profissionalização com os funcionários de toda a rede, que acaba refletindo no atendimento ao cliente. “Para fora das portas da rede Zoni, também há o apoio ao Hospital de Gaspar, onde trabalhamos na gestão e em outros setores. Temos parceria com a Apae, investimos no esporte ao patrocinar atletas e o Metropolitano. Enfim, nos envolvemos e nos preocupamos bastante com a comunidade”, salienta.

Em nome da sustentabilidade, o Zoni Express não utiliza sacolas plásticas

Consolidar e crescer Para Costa, 2012 é para consolidar o acelerado crescimento dos últimos anos. Tanto que a rede foi destaque na última edição da revista Supermercado Moderno. Na Região Sul, aparece como a segunda em crescimento. Segundo a publicação, o faturamento passou de R$ 77,4 milhões em 2010 para R$ 114,4 milhões no ano passado. A novidade fica por conta da inauguração de mais uma loja em Gaspar, em setembro. O diferencial é que essa 20

filial terá apenas modelos de equipamentos em acordo com o que preconiza o Tratado de Kyoto – documento que estabelece cortes específicos de emissões de gases de efeito estufa. Para o próximo ano, o empresário revela que há planos de expansão para o projeto que deu tão certo: o Zoni Express. “Mas vamos nos concentrar na consolidação, por enquanto”, diz Costa, que faz suspense, porém entrega que vêm mais novidades por aí.

Perfil Razão Social: Zoni Supermercados Ltda. Fundação: 1997 Número de colaboradores: 580 Número de lojas: 12 Faturamento em 2011: R$ 114,4 milhões



Sustentabilidade

Médio Vale discute política

de resíduos sólidos Daniel Zimmermann

Daiani Caroline Coelho daiani@mundieditora.com.br Com o crescimento populacional e, consequentemente, com o aumento na produção de resíduos sólidos, é urgente estabelecer a melhor forma de tratar e reaproveitar o lixo produzido. Em 2010, por exemplo, a produção de lixo cresceu seis vezes mais do que a população em todo o Brasil. Os resíduos sólidos são aqueles materiais que sobram ou são gerados após a utilização, produção ou transformação de bens de consumo, como computadores, celulares, veículos, eletrodomésticos em geral etc. Alguns desses resíduos, como pilhas e baterias, são altamente perigosos ao meio ambiente, pois possuem compostos químicos com grande capacidade de poluição e toxicidade, por isso, precisam de um sistema de coleta e reciclagem mais rigoroso. Outros, como o isopor, por exemplo, também necessitam de mais atenção nos sistemas de coleta, apesar de não ser prejudicial ao meio ambiente. Contudo, não existem muitas empresas especia-

lizadas na reciclagem desse material. A maioria dos resíduos é produzida nos grandes centros urbanos e é composta de materiais recicláveis. Dessa forma, podem retornar à cadeia de produção, gerando renda para mais trabalhadores e lucro para as empresas. Hoje, existe um Plano Nacional de Resíduos Sólidos, que regulamenta a Política Nacional de Resíduos Sólidos

(PNRS), criada em 2010. Esse plano envolve o setor produtivo e a sociedade de forma geral na busca por soluções para o acúmulo de resíduos, que acaba comprometendo diretamente a qualidade de vida da população. O plano estabelece metas e objetivos a serem cumpridos e que combinem crescimento econômico e preservação ambiental, gerando desenvolvimento sustentável.

Fórum Regional de Resíduos Sólidos Para discutir o gerenciamento dos resíduos sólidos produzidos na região e também analisar o que está sendo feito para contribuir com a sustentabilidade no Estado, foi realizado o 3° Fórum Regional de Resíduos Sólidos Urbanos do Médio Vale do Itajaí. O evento, promovido pela Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (Ammvi), Universidade Regional de Blumenau (Furb) e Associação Empresarial de Blumenau (Acib), ocorreu em 19 de junho. Participaram lideranças políticas, representantes de entidades da região, técnicos municipais que atu22

am em setores de obras, saneamento e saúde, entre outros. Durante todo o dia, houve palestras e discussões sobre a produção e o reaproveitamento do lixo produzido na região e no Estado. Um dos assuntos mais discutidos foi a elaboração do Plano Estadual de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. Robson Ávila Wolff, engenheiro sanitarista e analista técnico da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), falou sobre como foi realizado o estudo de regionalização que deu origem ao plano. O engenheiro ambiental e analista técnico da SDS,

Frederico Gross, falou sobre apresentação e validação do plano no Estado. O Plano Estadual busca promover a integração entre municípios quanto à busca de soluções regionais compartilhadas, principalmente para a coleta e tratamento dos resíduos sólidos. Para isso, incentiva a não gerar esses resíduos indiscriminadamente, a minimizar o desperdício, a reutilizar e a reciclar. “O plano foi estabelecido a partir de um estudo de cada região. Assim, queremos construir ações de forma participativa dos municípios, buscando, sempre, as melhores soluções”, destaca Robson.


Política Nacional de Resíduos Sólidos Em 2010, depois de mais de duas décadas de discussões, foi aprovada a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que tem o objetivo de organizar a forma como o País trata o lixo produzido, incentivando a reciclagem e a sustentabilidade. Os principais pontos da política são: fechamento de lixões até 2014: não devem mais existir lixões a céu aberto no Brasil. No lugar deles, devem ser criados aterros controlados ou aterros sanitários; somente rejeitos poderão ser encaminhados aos aterros sanitários: são considerados rejeitos a parte do lixo que não pode ser reciclada. Hoje, apenas 10% dos resíduos sólidos são rejeitos. elaboração de planos de resíduos sólidos nos municípios: os planos municipais serão elaborados para ajudar a descartar de forma correta o lixo. logística reversa: prevê que as indústrias são responsáveis pela reciclagem dos resíduos gerados pelos produtos.

O diretor da Regional Sul da Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos, Odilon Gaspar Amado Jr.


Sustentabilidade

Logística reversa Um dos princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos através do qual as empresas devem se basear para se adequarem às normas nacionais é a implementação da logística reversa. Diz que, uma vez descartadas as embalagens, elas são de responsabilidade dos fabricantes, que devem criar um sistema para reciclar o produto ou dar o destino mais adequado ambientalmente. Atualmente, a logística reversa ganhou grande importância na área empresarial, tanto nacional quanto internacional. Ela trabalha com o processo de recolhimento de produtos e materiais que tiveram o ciclo produtivo encerrado. Dessa forma, através de um canal de recolhimento, retorna do consumidor até o ponto de origem.

Os consumidores exigem práticas ambientalmente corretas das empresas. Por isso, em algumas indústrias, o processo de logística reversa trabalha simultaneamente com o de gestão ambiental. Além de oportunidades econômicas, as empresas também enxergam essas iniciativas como uma necessidade de adaptação a um novo mercado. Além de gerar emprego e renda, a reciclagem e reutilização dos materiais já descartados proporciona uma redução da demanda de matérias-primas e energia. O problema, segundo o diretor da Regional Sul da Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos, Odilon Gaspar Amado Jr., é que muitas cidades não têm capacidade para reciclar todo o material que produzem.

De acordo com ele, hoje, muitas indústrias estão investindo na criação de produtos recicláveis, mas não investem na prática da logística reversa, no recolhimento desses mesmos materiais. “A cidade de São Paulo produz 17 mil toneladas de lixo todos os dias. Desses, recicla apenas 1%. Não existem cooperativas suficientes para reciclar todo o material”, salienta. Amado Jr. também ressalta que, apesar de muitas indústrias não fazerem o processo de recolhimento do material que produzem, é importante o próprio consumidor ter consciência e procurar dar uma destinação adequada ao lixo. “Toda a cadeia de consumo tem responsabilidade, desde o fabricante até os consumidores finais”, destaca.

Logística Reversa Ciclo dos produtos O produto pode ser reaproveitado, evitando a geração de mais resíduos sólidos e também disponibilizando matéria-prima no estágio secundário para o setor produtivo, o que necessita de investimento na reversão do ciclo, nem sempre lucrativa individualmente, mas é extremamente rentável ao meio ambiente. Descarte – A maior dificuldade é fazer com que o produto, ou o material que o constitui, retorne ao processo produtivo, evitando o desperdício de matériaprima e a poluição do ambiente com resíduos.

Consumidor – Ao adquirir um novo equipamento, o consumidor se desfaz do antigo, que pode retornar ao processo produtivo na forma de matéria-prima para a fabricação de outros produtos.

Loja – O comércio varejista, assim como os fabricantes, deve assumir o compromisso de facilitar o retorno dos produtos ao processo produtivo, evitando destinos finais inadequados.

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Reversão – Após a utilização, o produto, ou material do qual é constituído, retorna ao início do processo para remanufatura, ou seja, transformação em um novo produto.

Indústria – O setor produtivo deve investir na reversão do processo, mas lucra, muitas vezes, na obtenção de uma matéria-prima de menor custo, ao mesmo tempo monetário e ambiental.



Observatório Social

Luta por melhorias na

gestão pública Daniel Zimmermann

Nós brasileiros temos o hábito de reclamar dos valores pagos em impostos, de criticar os políticos e de questionar os gastos públicos. Em contrapartida, pouco fazemos para reverter tal cenário. Desde agosto do ano passado, quando foi anunciada a criação do Observatório Social de Blumenau (Osblu), a organização civil tem concentrado seus esforços na implantação e organização da instituição como um canal fiscalizador. O Observatório Social é uma ONG que tem por finalidade educar e incentivar a população a assumir uma maior responsabilidade fiscal e controle dos gastos públicos. A iniciativa de criar o Osblu partiu de várias entidades da cidade, sendo encabeçada pela Acib, mantenedora e conselho administrativo da organização. Atualmente, no Brasil, mais de 60 observatórios sociais atuam de forma padronizada, exercendo uma importante função de auditoria e controle social. Sete é o número de observatórios em Santa Catarina. Paraná é o estado com o maior número de organizações, com 14.

Fase de implantação O coordenador do Osblu, Carlos Roberto Pakuczewsky apresentou, durante a reunião da Acib, em 18 de junho, o relatório quadrimestral correspondente ao cronograma de atividades desempenhadas no período. “Precisamos criar pontes e parcerias com as entidades locais e regionais, estimular a inclusão social corporativa”, afirma. Durante os meses de preparação e treinamentos, o Osblu realizou visitas a observatórios sociais de outras cidades, em especial ao de Itajaí, a 26

Carlos Roberto Pakuczewsky apresentou as atividades do Observatório Social na Acib

fim de conhecer bons exemplos de como conduzir os procedimentos de acompanhamento fiscal. Além das visitas, o Osblu tem trabalhado na execução do escritório virtual e do site, assim como em materiais de divulgação, como banners, fôlderes e cartão de visita. Detalhes de ordem visual, como logotipos e formulários, o sistema de comunica-

ção e controle e as próprias leis que regem as ações do observatório também foram executados. O Osblu também se fez presente em eventos de trabalho apresentando portfólio e prospectando futuros clientes, acompanhando reuniões e congressos. A expectativa da instituição, juntamente com a Acib, é de que, gradativamente, a população


reivindique com mais afinco por uma transparência maior, a fim de que o dinheiro pago em impostos pelo cidadão seja melhor aplicado.

Presente e futuro Num primeiro momento, o Observatório Social de Blumenau acompanhou de perto as atividades na Prefeitura local nos últimos meses. O Osblu teve a oportunidade de conhecer os procedimentos, documentos e aspectos funcionais e, sobretudo, marcar presença nas licitações. Desse período presente na Prefeitura, foi possível tirar uma conclusão do que é positivo e quais pontos precisam ser aprimorados. Os próximos passos a serem executados pelo Osblu é aprofundar o conhecimento do organograma e procedimentos das secretarias e órgãos da Prefeitura e manter este acompanhamento presencial em licitações, estendendo o serviço para a

Câmara de Vereadores. É intenção do Observatório Social prospectar novos voluntários a fim de contribuir com as atividades operacionais. A partir da apresentação na Acib, o Osblu espera dos conselheiros ideias de como manter e aprimorar o trabalho que está apenas em fase inicial. A intenção agora é a solidificação no relacionamento com os parceiros e reforçar a busca por uma sociedade digna e transparente.

Parceiros da Osblu Receita Federal Secretaria da Receita Secretaria de Educação do Estado de Santa Catarina Programa Municipal de Educação Fiscal Ordem dos Advogados do Brasil/Blumenau

Informações

Sindicato das Empresas de Contabilidade (Sescon)

Observatório Social de Blumenau (Osblu) Rua Ingo Hering, nº 20 – sala 801 Centro – Blumenau, SC (47) 3326-1230 www.acib.net/osblu

Intersindical Patronal Associação Brasileira de Contribuintes (Abrapi) Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL)

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ESPORTES Fotos Eduardo Sofiati

Projeto aprovado no Ministério dos Esportes beneficiou as categorias de base do Metropolitano

Base: o braço social

do Metropolitano

Fernando Gonzaga fernando@mundieditora.com.br O esporte tem uma função preponderante como mecanismo de inclusão social e serve de estímulo aos jovens para que mantenham uma vida saudável, longe das drogas e da marginalidade. O Clube Atlético Metropolitano enxergou a possibilidade de aliar o esporte a um projeto social que beneficiasse a comunidade e contemplasse o interesse em revelar jogadores nas categorias de base. Através de um projeto aprovado pelo Ministério do Esporte, o Metro28

politano está tendo a possibilidade de captar recursos a fim de investir na formação de jovens e adolescentes. A Lei de Incentivo ao Esporte permite que seja destinado 1% do Imposto de Renda devido, em caso de pessoa jurídica, ou de até 6%, para pessoa física. O governo federal aprovou o projeto em setembro de 2011 e efetuou uma renúncia fiscal de mais de R$ 1,5 milhão para ser aplicado no Centro Metropolitano de Formação Esportiva. Através das empresas que aderiram à causa e contribuíram com o clube através da renúncia fiscal, o projeto arrecadou R$ 624.018,30, ou seja, 39% do valor total aprovado. Também

houve a colaboração de pessoas físicas e de um rendimento de aplicação financeira, que gerou uma receita de aproximadamente R$ 10 mil. Os recursos captados estão sendo aplicados na aquisição de materiais esportivos, bem como na manutenção de uma equipe multidisciplinar, que inclui comissão técnica (treinadores e preparadores físicos), massagista, fisioterapeuta, coordenador técnico e assistente-administrativo. Ao todo, compõem este quadro de recursos humanos 11 profissionais, todos custeados pelo projeto. Também existem as despesas com a infraestrutura e os gastos com viagens e alimentação nas competições.


Beneficiados O projeto de caráter social beneficia 80 jovens distribuídos em três categorias: infantil (13 a 15 anos), juvenil (15 a 17 anos) e juniores (17 a 20 anos). Além de receberem uma preparação por meio de atividades esportivas, os garotos recebem suporte na área de segurança social e educação. O clube almeja tornar-se uma referência regional na formação de atletas com base na metodologia aplicada no projeto. Como a demanda é maior do que a oferta, o clube foi obrigado a estabelecer critérios de seleção para preencher o quadro de vagas disponível. Entre os critérios utilizados, foram abordados características fisiológicas, grau de talento e a capacidade de desenvolvimento de atividades físicas e esportivas. As categorias de base do Metropolitano estão concentradas na Associação da Artex e na AD Hering. As partidas em competições são disputas nos campos do Atlético Itoupava e do Caça e Tiro Velha Central. Segundo o diretor da base do clube, Ronaldo Loos, a importância principal desse projeto é de o Metropolitano oferecer à comunidade a formação de atletas e cidadãos. “O Centro de Formação possibilita aos jovens desenvolver e aprimorar o talento esportivo, sem que eles deixem a região, sobretudo para que mantenham o convívio familiar, que é tão importante nessa fase de crescimento”, avalia o dirigente.

Metodologia do projeto Atividades Esportivas: os jovens recebem treinamento técnico e tático, monitoramento periódico da condição física e motora, testes de avaliação, além do auxílio para o desenvolvimento da carreira esportiva. Segurança Social: o clube oferece o auxílio em exames médicos e laboratoriais, avaliações preventivas de rotina, Bolsa Atleta, Vale Transporte, alimentação, plano de saúde, seguro de vida, cesta básica, moradia/ alojamento, assistência social e psicológica e apoio social e psicológico familiar. Educação: fazem parte do programa o controle de frequência escolar, aulas de reforço, atividades educativas, educação ambiental e para o voluntariado, deveres e direitos constitucionais, cidadania, cursos de informática e acompanhamento pedagógico. Espetáculos Esportivos: na esfera esportiva, os jovens atletas terão a oportunidade de disputar competições dentro de suas respectivas categorias – infantil, juvenil e juniores.


Fotos Eduardo Sofiati

ESPORTES

Equipe juvenil do Metropolitano em partida contra o Marcílio Dias pelo estadual da categoria

Todos saem ganhando Assim como as empresas que contribuem com a cultura através da Lei Rouanet, a Lei de Incentivo ao Esporte não resulta em qualquer espécie de ônus. Inclusive, o contribuinte tem a possibilidade de incentivar o esporte e a formação de jovens sem arcar com essa despesa, através da renúncia fiscal. “Os empresários da região precisam entender a importância de apoiar o projeto, incentivando o esporte e estimulando o desenvolvimento social, sem gastar nenhum centavo”, reitera o diretor financeiro do Metropolitano, Leomir Antonio Minozzo. Conforme o dirigente, a despesa do clube com as categorias de base atingem um valor aproximado de 45 mil 30

por mês. Com a utilização dos recursos captados pelo projeto, este custo mensal reduz para 15 mil. O projeto requer que todos os gastos e operações contábeis sejam minuciosamente especificados como forma de atender a uma prestação de contas pré-estabelecida pelo Ministério dos Esportes. Toda essa rigorosa auditoria de controle de valores pode ser acompanhada através do site do Metropolitano (www.metropolitano.net) ou então pelo portal do Ministério dos Esportes. A fim de demonstrar transparência, o clube incentiva que seus apoiadores se aproximem, acompanhando o cotidiano e presenciando o funcionamento das atividades subsidiadas.

Categorias de base Infantil (13 a 15 anos): 25 atletas Juvenil (15 a 17 anos): 30 atletas Juniores (17 a 20 anos): 25 atletas Total: 80 atletas de 13 a 20 anos



Conciliação

Livro retrata exemplo de Blumenau

Em abril deste ano, a Câmara de Conciliação Trabalhista (Concilia) completou 12 anos de serviços prestados à comunidade, com mais de 60% de casos resolvidos. Em razão dessa boa margem de aproveitamento, o juiz Leiria resolveu registrar em livro algumas das experiências em que as partes entraram em acordo e saíram ambas satisfeitas, diferente de uma sentença trabalhista em que sempre há um vencedor e um perdedor. Leiria, como grande incentivador das Comissões de Conciliação Prévia, resgatou parte dos casos atendidos pela Concilia e, em seis meses de dedicação na produção textual e edição final da obra, conseguiu concluir o livro. Outra ferramenta que serviu de alicerce para o autor foram os trabalhos acadêmicos. Presidentes de sindicatos patronais e laborais, autoridades ligadas ao direito do trabalho, advogados, entre outros, prestigiaram o lançamento do livro editado pela Nova Letra. Inicialmente, a tiragem será de 500 exemplares que serão vendidos a R$ 15,00. 32

Daniel Zimmermann

A experiência blumenauense em solucionar conflitos de ordem trabalhista foi transformada em livro. A obra que fomenta a conciliação entre trabalhadores e empregadores ganhou vida pelas mãos do doutor Nelson Hamilton Leiria, juiz do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região. O lançamento do livro ‘Comissões de Conciliação Prévia – A experiência blumenauense da Concilia’, ocorreu em 19 de junho no Senac Bistrô, na Casa do Comércio.

Nelson Hamilton Leiria transformou em livro a experiência na implantação da Concilia

Benefícios para ambos os lados As vantagens que a Concilia trouxe à população blumenauense foram notórias, tendo como maior beneficiada a categoria comercial. Desde a implantação da câmara, houve uma aproximação entre as diversas categorias de trabalhadores e empresários, favorecendo uma relação amistosa entre as partes, melhorando as relações sindicais. Entre as categorias conveniadas com a Concilia estão o comércio varejista, farmacêutico, atacadista, além de hotéis, bares, restaurantes, panificação e alimentação em geral. As concessionárias de veículos, empresas da construção civil e cooperativas também são atendidas pelo órgão.

Em 2011, a Concilia efetuou atendimento a 489 pessoas do segmento do comércio, com 56% de acordos. Neste ano, a câmara atendeu 204 casos em cinco meses, com 59% de acordos. O intuito da Concilia é conscientizar a população de que, independente do conflito, a conciliação é a melhor solução. Os casos mais frequentes atendidos correspondem aos trabalhadores que reivindicam pagamento de horas-extras. O alto índice de conciliação obtida pela Concilia demonstra que ninguém melhor que empregado e empregador, assistidos por seus sindicatos, para conciliar os conflitos da relação de trabalho, satisfazendo a ambos.

Leitura recomendada ‘Comissões de Conciliação Prévia - A experiência blumenauense da Concilia’, Autor: Nelson Hamilton Leiria Editora: Nova Letra Valor: R$15,00 Vendas : Concilia (Casa do Comércio, Alameda Rio Branco, 165 – 2 andar)



Comunicação

Criatividade

que dá resultado

Quando o assunto é comunicação visual, a Free tem muito a ensinar. A, hoje, multiagência, faz parte da história da comunicação do Vale do Itajaí: em abril completou 25 anos. A Free foi criada pelos irmãos e sócios Romeu e Roberto Reichert e, desde então, vem conquistando clientes regionais, estaduais e nacionais. Foi em 1º de abril de 1987 que a agência surgiu, oficialmente. No início, o nome era outro – Free Daniel Zimmermann

Perfil Razão Social: Free Multiagência Fundação: 1987 Fundadores: Romeu e Roberto Reichert Nº de colaboradores: 42 Sede: Blumenau Filial: Florianópolis www.free.art.br (47) 3326-7565 / (47) 3326-0684

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Desenhos – devido à paixão que os irmãos sempre tiveram pela criação. “Naquela época, era necessário um trabalho manual intenso, que demandava inúmeras horas. Hoje, tudo está mais rápido, mais fácil, graças à tecnologia”, destaca Romeu. O sonho de criar uma agência de comunicação surgiu da experiência adquirida pelos irmãos ao trabalharem no ramo gráfico. Romeu conta que, ao sair da gráfica, começou a trabalhar como freelancer – de onde originou-se o nome

Free – fazendo criações para produtos de uma agência da época. Depois de um ano como “freela”, resolveu, junto com Roberto, iniciar uma nova etapa. “No início, éramos só nós dois correndo atrás de novos negócios. Hoje, a equipe é formada por 42 funcionários, 36 em Blumenau e 6 em Florianópolis, onde mantemos um escritório responsável por cuidar exclusivamente da conta do Sesi na capital”, salienta Romeu. Roberto atua como diretor administrativo e financeiro e Romeu como diretor de novos negócios.


25 anos campanha das Deusas Gregas. A Cooper, também cliente da agência, foi a rede de supermercados mais lembrada da categoria no prêmio Conceito Varejista, concorrendo com grandes nomes como Big, Angeloni e Bistek. Já o Fazzenda Park Hotel, outro cliente da Free, foi eleito, em 2011, o melhor hotel fazenda do Brasil pela revista Viagem e Turismo. “O melhor prêmio é ver que nossa campanha realmente trouxe resultados para os clientes. Essas conquistas têm contribuição da comunicação, são consequências de um trabalho em conjunto”, enfatiza Romeu.

Além dessas, outras campanhas da Free ganharam destaque na mídia. Entre elas está a do Festival da Cerveja e a campanha “Sim, sou cooperado”, uma homenagem da Cooper ao Ano Internacional das Cooperativas. Recentemente, a Free também lançou o novo cartaz da Oktoberfest, que busca preservar a identidade visual da festa. A sede da agência em Blumenau, que fica no Edifício Flamingo, chama a atenção pela cor laranja, característica da marca. “O laranja é vibrante, anima as pessoas e faz com que trabalhemos com mais energia ainda”, salienta Romeu. Divulgação

Ao longo dos anos, a Free foi mudando a forma de atendimento. No início, quando ainda era Free Desenhos, trabalhava no departamento de criação. Ao integrar mais plataformas de trabalho, passou a chamar-se Free Comunicação. Atualmente, a Free conta com departamentos de criação, mídia, internet, planejamento e pesquisa, promoção, branding e design. Com o lema “comunicação que dá resultado”, hoje é considerada uma multiagência, fornecendo suporte completo de comunicação aos clientes. “Para focar no resultado do cliente é necessário ter um planejamento muito forte. Entender do negócio do cliente é essencial para entregar uma solução eficaz”, afirma Romeu. Com esse pensamento, a Free já conquistou vários prêmios regionais, estaduais e nacionais, além da parceria de clientes e funcionários que, em alguns casos, ultrapassa os 20 anos. “Valorizamos mais os prêmios que os clientes ganham, pois mostra a importância e o resultado do nosso trabalho”, destaca Romeu. Entre os clientes está a Altenburg – atendida há 15 anos pela Free – que, em 2012, ganhou o prêmio Mérito Lojista Nacional pela nona vez seguida; o Prêmio Planeta Casa, da Editora Abril; além de ser votado pelo leitor como o melhor anúncio da Revista Claudia, com a

Os irmãos Romeu e Roberto Reichert fundaram a agência Free, há 25 anos

Cases Silmaq: foi realizado um concurso cultural online para promover as máquinas de costura Siruba, gerando, em menos de um mês, uma participação direta de 1.858 mulheres. Rede Feminina de Combate ao Câncer: impulsionada pela divulgação da campanha criada em Blumenau, a arrecadação com o pedágio da Rede Feminina cresceu 25% em relação ao ano anterior. Altenburg: com o objetivo de divulgar a liderança de mercado de travesseiros, a campanha da Free fez a Altenburg atingir a marca de1 milhão de travesseiros vendidos em um único mês.

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Transporte

O mar como

solução Fotos Divulgação

Cabotagem permite escoar produção local para outros portos do País

Santa Catarina, deficitária em rodovias e quase órfã de ferrovias, ganha alternativa de escoamento para a rica produção industrial, através do mar. Há pouco mais de um ano, a cabotagem se tornou realidade para empresas preocupadas com logística. Considerada sinônimo de solução em transporte de mercadorias até mesmo para aqueles países com ótimo desenvolvimento da infraestrutura viária terrestre, a cabotagem chegou ao Brasil e em Santa Catarina com promessa de qualidade e menores custos no transporte. Recente por aqui, o formato ocupa, ainda, apenas 17% do mercado de transporte no Brasil. Mas vários empresários catarinenses já estão sendo fidelizados pelo sistema que garante baixos índices de avaria e perda, menores custos e sustentabilidade. Basicamente, a cabotagem faz o transporte do produto para o mer36

cado interno através de navios. Um produto com origem blumenauense percorre a rodovia até o terminal portuário mais próximo e de lá segue para outro porto brasileiro, o mais próximo do destino final. O gerente comercial da Maestra Navegação e Logística, Agostinho Leão Junior, explica que o custo chega a ser 15% menor se comparado aos outros modais. “Além de menor custo, a empresa que é preocupada com o meio ambiente ganha com a

Mais informaçÕes www.maestralogistica.com/cabotagem www.mercosul-line.com.br

redução da emissão de dióxido de carbono em 76%”, destaca a gerente. A Maestra é uma das duas empresas que realizam esse tipo de logística, com base no Complexo Portuário de Itajaí. Desde abril de 2011, a empresa tem sede administrativa e base operacional em Navegantes e atividades nos portos de Santos, Salvador, Recife, Fortaleza e Manaus. Com bases em diversos portos do Brasil, a Mercosul Line Navegação e Logística é outra empresa presente com esse tipo de atuação no complexo, com base operacional em Itajaí. Criada em 1996, tem como um dos principais serviços a ligação da Zona Franca de Manaus com as mais importantes cidades brasileiras. Atualmente, a empresa é controlada pelo Grupo A.P. Moller – Maersk, da Dinamarca. O sistema é interessante às empresas que transportam cargas com distância superior a 1,5 mil quilômetros, servindo para todos os tipos de mercadorias e porte, como as conteinerizadas e cargas-projetos. Só a Maestra possui uma cartela de 70 clientes fidelizados com o novo método em Santa Catarina. Para tanto, conta com quatro navios e serviços semanais. A Mercosul não tem divulgados os dados de abrangência de mercado catarinense.


Burocracia e vantagens Riquezas pela costa brasileira

Ao falar em porto, os empresários estão acostumados com o importar ou exportar e toda a burocracia para isso. A cabotagem ainda é tratada por igual pela Receita Federal nos portos e os tramites são maiores que a única nota fiscal de origem que um caminhoneiro carrega junto da carga na via terrestre. O diferencial vantajoso para o empresário está no volume de despacho. O que um só navio comporta de cargas cria uma diminuição muito grande de logística terrestre, pois a carga só precisará passar por rodovias ou ferrovias no trajeto da origem para o porto de embarque e, depois, do porto de desembarque para os destinos. A infraestrutura portuária, mesmo com déficit de atendimento, tem demostrado muito mais capacidade a atender a cabotagem do que a infraestrutura rodoviária pode atender à demanda de transporte. Santa Catarina tem porte para mais. O crescimento portuário deve crescer e, com isso, aumentar a oferta do sistema.


Daniel Zimmermann

Indústria

Papel

consciente Quando iniciou as atividades, em 1984, a Indaial Papel Embalagens (Ipel) tinha por especialidade a produção de papel embalagem. Mas, com as necessidades de mercado, a empresa foi se adequando a uma nova realidade, aderindo a uma linha institucional e, mais recentemente, agregando a linha doméstica. A empresa, com sede em Indaial, vive em constante busca por soluções inovadoras no processo de fabricação e acredita no desenvolvimento sustentável. Por isso, desenvolve ações de cuidado e valorização das etapas de produção, desde o tratamento de efluentes, segurança no trabalho e a preservação da mata nativa e reflorestamento. Hoje, ocupando uma área instalada de 38 mil metros quadrados, a empresa conta com um patrimônio de três máquinas produtoras de papel, com capacidade produtiva superior a 2 mil toneladas/mês ou de até 100 toneladas/dia. O quadro de colaboradores é superior a 330 funcionários. Dentre a vasta variedade de produtos fabricados pela Ipel estão 150 marcas distintas, sendo 10 marcas da própria empresa. São 2,2 mil configurações diferentes de produtos, de acordo com a necessidade dos clientes. Entre os produtos comercializados na linha institucional, voltada para locais de grande consumo, como indústrias, shoppings, estabelecimentos comerciais em geral e hospitais, estão os papéis sanitários do tipo toalha interfolhada, higiênicos e também os lençóis hospitalares. Todos os papéis são produzidos com matéria-prima sustentável (reciclada ou virgem de florestas de cultivo). A empresa tem a preocupação de agregar valor ao produto, não onerando o consumidor e incentivando o consumo consciente. Na linha doméstica, ainda em implantação, a Ipel trabalha com papéis higiênicos de 30 e 60 metros, assim como toalhas de papel para uso em cozinha. Esta será a linha com maior investimento em curto prazo, com implantação do novo parque fabril que possibilitará a criação de produtos com altíssimo valor agregado, como os papéis de folha dupla e tripla. São mais de 1,5 mil clientes ativos, com cerca de 490 deles atendidos com frequência mensal. A cartela de clientes abrange praticamente todo território nacional. O foco da empresa é atender exclusivamente distribuidores, que repassam os produtos aos consumidores. A Ipel também marca presença no mercado sul-americano, exportando para Uruguai e Chile. Grande parte da matéria-prima utilizada na fabricação do papel é celulose proveniente de reflorestamento e outra parcela é de material oriundo de reciclagem. Antes de chegar à fábrica, as aparas passam por um processo de separa38

Júlio Dobuchak e Milton Mantau fundaram e dirigem a Ipel

ção de acordo com a qualidade e, já na fábrica, passam por um sistema moderno chamado planta de aparas, que recupera a fibra do papel reciclado e possibilita produzir, através de tecnologia de última geração, papéis de altíssima qualidade, que podem ser comparados aos fabricados com celulose virgem. Os fornecedores de celulose da Ipel realizam o manejo sustentável, aplicando um conjunto de tecnologias capaz de conciliar o cultivo do eucalipto com a conservação dos recursos naturais, a preservação ambiental e o respeito às comunidades locais.

Perfil Razão Social: Ipel - Indaial Papel Embalagens Ltda. Fundação: 1984 Fundadores: Milton Mantau e Júlio Dobuchak Nº de colaboradores: 335 Sede: Rua Dr. Blumenau, 10101, Passo Manso, Indaial, SC www.indaialpapel.com.br


Cadeia de produção Desagregação: os fardos de papel são desagregados em um liquidificador Depuração: uma espécie de peneira filtra materiais que possam interferir na qualidade do produto Refinação: as fibras passam por vários discos de metal que as deixam com um aspecto aveludado Formação: a folha de papel começa a se formar quando as fibras são colocadas numa suspensão aquosa Secagem: as folhas são drenadas e aquecidas a vapor Enroladeira: as folhas são divididas em unidades finitas Efluentes: o material recebe tratamento físico-químico e biológico. Depois de tratado, uma parte retorna ao processo produtivo e o restante segue para o leito receptor Lodo: o lodo gerado no tratamento físico-químico é reutilizado como matéria-prima na fabricação de blocos cerâmicos, enquanto o lodo proveniente do tratamento biológico é encaminhado para compostagem

Certificados ISO 9001: há mais de três anos, a Ipel atende pelas normas do ISO 9001 – versão 2008 – com a política de qualidade baseada em fornecer papéis sanitários e descartáveis de modo ágil e flexível; melhoria contínua dos produtos e serviços; confiabilidade e seriedade nos processos de trabalho; investimento em tecnologia e infraestrutura e a valorização dos colaboradores com a implantação do Programa de Gestão por Competências, pelo qual colaborador pode ter crescimento apoiado em um plano de carreira, através das atividades que sabe executar, de sua educação formal e também pelas atitudes tomadas. Selo FSC: a empresa faz parte da cadeia de custódia de um cliente que detém o selo Forest Stewardship Council (FSC), ou Conselho de Manejo Florestal, em português. A Ipel foi a primeira empresa da América Latina a produzir papel toalha duas dobras e bobina certificada com o selo FSC. Este selo verde foi criado com a finalidade de fortalecer a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável das florestas do mundo inteiro.

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Indústria

Origem e futuro Em meio a um período turbulento da economia nacional, na inflação que castigou o País dos anos 1980 até a implantação do Plano Real, em 1994, os sócio-fundadores Milton Mantau e Júlio Dobuchak, com uma política de pés no chão, resolveram se arriscar no mercado, fazendo a aquisição do terreno em 1981. Três anos mais tarde, após os devidos ajustes e da confecção própria da primeira máquina, feita de sucata e material reutilizado, a Ipel, enfim, estava apta a dar início à linha de produção. Não foi por acaso que Mantau e Dobuchak resolveram investir no ramo da indústria de papéis. Ambos com experiência, primeiro como funcionários da Unidade Monte AleDivulgação

gre da Klabin, em Telêmaco Borba (PR) – uma das 10 maiores fábricas de papel do mundo – e, posteriormente, na Albany, em Indaial. A junção da experiência de ambos foi primordial para o sucesso e credibilidade da Ipel em mais de duas décadas de atividades. Após mais de 27 anos como referência nacional no segmento, a Ipel tem passado por um processo de inserção familiar, até como preparação para uma possível sucessão que ocorrerá naturalmente. Os filhos de ambos os diretores vêm, no decorrer dos últimos anos, aumentando o nível de conhecimento, se adaptando ao modelo de gestão, acompanhando de perto desde o processo operacional ao administrativo.

A grande expectativa na empresa está na inauguração do novo parque fabril, que deverá ocorrer em 2013, contendo uma máquina MP IV – produtora de papéis de alta qualidade, como higiênicos e papéis finos – e uma nova caldeira, movida a biomassa, que contará com um sistema de co-geração de energia para a nova unidade. A previsão é de 70% de eficiência energética no equipamento, com produção de 25 toneladas/hora de vapor e carga térmica total de 18,6 milhões de Kcal/ hora. “Se, hoje, a Ipel tem a capacidade de produzir 2 mil toneladas/ mês de papel, com a contribuição dessa nova ala a produção deve dobrar, elevando para mais de 4 mil toneladas/mês”, afirma Dobuchak. O parque fabril atual tem capacidade para produzir 2 mil toneladas de papel por mês, número que deve dobrar em 2013

Projetos Ambientais e Sociais Áreas de reflorestamento: a Ipel tem plantado um milhão de árvores de eucalipto e pinus, utilizadas na geração de energia para os equipamentos da empresa, além de possuir cerca de 500 hectares de mata nativa. Conforme o diretor Milton Mantau, as mudas são produzidas em parceria com um viveiro especializado, onde uma equipe trabalha para ampliar a produtividade da área plantada. “Somos uma empresa ecologicamente correta em virtude da nossa preocupação e consciência ambiental”. Daniel Zimmermann

Tratamento de efluentes: com uma estação própria de água, a empresa possui sistema de tratamento de água destinado a remover cada um dos poluentes presentes nos despejos da produção do papel. Após tratada, parte da água é reutilizada e o restante é devolvido ao manancial com 90% de pureza. Co-processamento do lodo: o objetivo é utilizar o lodo proveniente do tratamento da efluente físico-químico como matéria-prima na fabricação de blocos cerâmicos, evitando, assim, o destino deste em aterros industriais. Este coprocessamento é realizado em fornos cerâmicos e atende a todos os aspectos ambientais.

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EVENTOS

Fotos Daniel Zimmermann

Novidades atraem empresas ao Sc Gourmet

A primeira edição da SC Gourmet, em 2011, recebeu cerca de 13 mil visitantes, no Parque Vila Germânica

Os expositores da 2a SC Gourmet - Mostra Brasileira de Delikatessen, Queijos, Vinhos e Gastronomia, que ocorrerá paralelamente à 19ª Festitália, de 18 a 21 de julho, no Setor 1 do Parque Vila Germânica, estão preparando os maiores lançamentos para levar ao público do evento. Entre as novidades programadas para este ano destaca-se o ‘Programa Comprador’, com a presença de importantes empresas ligadas ao segmento. “Empresários de redes de supermercados, hotéis, empórios, lojas de delicatessen e vinhos, distribuidoras, boutiques, entre outros, visitarão a 42

SC Gourmet para realizar grandes negócios com os expositores”, diz um dos organizadores da mostra, Develon da Rocha. Ele ainda destaca que o Grupo Pão de Açúcar (SP), Mercado Santa Luzia (SP), Zona Sul (RJ), Muffato (PR), Hippo Supermercados (SC), Hotéis Majestic (SC), Decanter (SC), entre outros compradores, já confirmaram presença para realizar negócios com os expositores vindos de toda Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais. Além do ‘Programa Comprador’, a mostra terá a ‘Rodada de Negócios’, uma estrutura exclusiva para reuniões e encontros marcados entre expositores e compra-

dores, organizada pelo Sebrae/SC, com uma metodologia interativa voltada para resultados. A mostra também terá a “Arena Senac”, um ambiente preparado com seis cozinhas e arquibancadas para competições; ‘Wine Bar’ e ‘Espaço Senac’, salas equipadas para aulas e workshops com chefs e sommeliers nacionais e internacionais. Também será realizado um roteiro turístico em que os visitantes poderão fazer reservas antes do evento para um city tour e conhecer a elaboração dos produtos de empresas expositoras de Santa Catarina. Como a exemplo da primeira edição da mostra, o Senac/SC está programando uma série de aulas-show, em


que os participantes poderão aprender a preparar os pratos e degustá-los ao final. Os chefs convidados pelo Senac para ministrar essas aulas são os renomados João Leme, Heiko Grabolle, Erick Jacquin, Fabio Lima, Hindrigo Lorran, entre outros profissionais. De acordo com Rocha, uma inovação trazida pela SC Gourmet neste ano é a ‘Arena Gastronômica Senac/ Abaga’, um espaço de competições para diversas categorias de profissionais, como confeitaria, hotelaria e universitária. Os chefes que participarão das competições concorrerão a prêmios. Além disso, a Associação Brasileira de Alta Gastronomia (Abaga) vai eleger, no último dia da mostra, o Chef Top de Santa Catarina. “Teremos uma seleção criteriosa de vinhos e espumantes nacionais, queijos diferenciados, aguardentes especiais, cervejas premium, alimentos gourmet, acessórios e presentes”, enumera Rocha. “Nossa ideia é apresentar as novidades do mercado aos empresários, profissionais e estudantes das áreas de alimentos e bebidas e também ao consumidor final”, acrescenta o organizador Júlio Vieira.

Divulgação

Espumante com ouro Outra novidade deste ano vem da Domno do Brasil, da Família Valduga, que lançará na SC Gourmet o primeiro espumante com ouro das Américas. Os 25 miligramas de ouro de 23 quilates por garrafa, usados na composição da bebida, conferem um visual único ao espumante do tipo Blanc de Blancs (100% Chardonnay), com 18 meses de autólise nas leveduras. “Sem o ouro, seria um espumante de extrema qualidade, com o ouro, é um produto excepcional”, destaca o diretor-administrativo da empresa, Jones Valduga. Entre outros objetivos da mostra, está o de valorizar e divulgar os produtos gourmet nacionais e importados para os canais de revenda e consumo de alimentos, bem como divulgar Santa Catarina como um excelente polo de enogastronomia.

“A SC Gourmet é um evento pioneiro deste gênero no País. Na primeira edição, em 2011, marcaram presença 80 marcas e 13 mil visitantes. Para 2012, a nossa expectativa é superar o número de visitantes”, aponta o empresário Emílio Schramm, que também faz parte da organização.

Serviço 2ª SC Gourmet De 18 a 21 de julho Das 15h às 22h Setor 1 do Parque Vila Germânica Entrada gratuita www.scgourmet.com.br

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Fenahabit

Durante o mês de junho, entre os dias 13 e 17, foi realizada a oitava edição da Fenahabit, a maior feira da habitação e construção civil de Santa Catarina e a segunda maior da Região Sul. Esta edição foi considerada pelos expositores como a melhor, tanto no setor imobiliário quanto da construção civil, acabamento e decoração. Durante os cinco dias, os setores 1 e 2 do Parque Vila Germânica estiveram movimentados. Foram mais de 42 mil visitantes de todo o País, entre profissionais dos setores envolvidos e consumidores que buscavam as melhores opções de decoração e serviços para a casa. No total, 196 empresas participaram, trazendo 400 marcas do mercado nacional e internacional. De acordo com a organização do evento, 50% delas já fizeram a renovação para a feira em 2013. A estimativa é de que as parcerias e negócios fechados durante o evento gerem cerca de R$ 150 milhões em negócios projetados na região. Mais uma vez, um dos destaques da feira foi o Feirão Nacional da Casa Própria, realizado pela Caixa Econômica Federal. No local, foram prestadas informações a respeito de planos e condições para financiamento de imóveis. Além disso, em torno do feirão também estavam instaladas mais de 50 empresas incorporadoras, construtoras e imobiliárias com grande oferta de imóveis. Em 2012, a Fenahabit também trouxe o Seminário de Tecnologias de Construção e Habitação, um evento técnico de ampliação de conhecimentos destinado a profissionais da área, que contou com palestras gratuitas e abertas ao público. Entre os temas debatidos, estavam as novidades do design de interiores, a sustentabilidade e a segurança e economia das obras. A nona edição da Fenahabit já está marcada. Será entre os dias 12 e 16 de junho de 2013, novamente no Parte Vila Germânica. 46

Fotos: Daniel Zimmermann

Os melhores números da história

Lançamentos imobiliários chamaram a atenção dos visitantes

Os números da 8ª Fenahabit 2 setores do parque Vila Germânica; área total de 12 mil m²; 196 empresas participantes; 400 marcas do mercado nacional e internacional; 50% de renovação dentro do evento para 2013; 10% das empresas gostariam de renovar também para o ano de 2014; 2 mil pessoas trabalharam no evento – entre recepcionistas, montadores, seguranças, recepcionistas, atendentes, faxineiras, plotadores e ajudantes gerais; R$ 150 milhões em negócios projetados até dezembro de 2012; 42.157 visitantes; 18 associações.



Empreendedorismo

O Parque Vila Germânica foi sede, entre 31 de maio e 3 de junho, da nona edição da Feira do Empreendedor. O evento é uma iniciativa do Sebrae/SC que tomou proporções nacionais. A feira acontece a cada dois anos em cidades diferentes. Em 2010, foi realizada em Joinville e recebeu 17 mil visitantes. Em Blumenau, 20 mil pessoas passaram pela feira. Em quatro dias, foram realizadas 96 palestras, 80 oficinas, 48 clínicas tecnológicas e quatro encontros empresariais. Considerado um dos maiores eventos promovidos pelo Sebrae, este ano a feira quebrou o recorde de público, além de formalizar as atividades de 120 empreendedores. Outros atrativos que fizeram parte da programação foi a entrega do Prêmio Prefeito Empreendedor e do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, o lançamento da Rede Vale Europeu de Hotéis e Pousadas e do Concurso de Ideias de Revitalização da Área Central de Blumenau, Seminário de Inclusão Produtiva e o Desafio de Startups. Em um grande mural, o Sebrae/ SC apresentou 200 sugestões de negócios propícios para a região de Blumenau. No parque de exposição, 74 empresários puderam apresentar seus negócios a possíveis parceiros, investidores e clientes. “Todas as metas foram ultrapassadas este ano. Conseguimos inovar, trazendo para dentro da feira o Desafio de Startups e o Google, que disponibilizou gratuitamente 12 mil domínios para sites de micro e pequenas empresas. Ao todo, 693 pessoas conversaram com consultores sobre dúvidas para montar ou melhorar a gestão do negócio, 8.214 pessoas foram capacitadas e 120 empreendedores saíram da ilegalidade. 48

Fotos- Edson Pelence

Feira quebra recordes em Blumenau

Primeira edição da feira em Blumenau foi um sucesso

Esses dados refletem no desenvolvimento socioeconômico de todo o Estado”, avalia Spyros Diamantaras, gerente de Comunicação e Mercado do Sebrae/SC. Para participar do evento, os expositores tiveram que doar cestas básicas, que foram entregues para

o Banco de Alimentos de Blumenau. Os visitantes que não fizeram a inscrição pela internet pagaram R$ 3 para entrar na feira. O valor de R$ 15 mil arrecadado foi destinado à Cozinha Comunitária Bom Pastor, que faz refeições para pessoas carentes da região.

Atrativos da feira Prêmio Mulher de Negócios do Sebrae: a empresária de Balneário Camboriú, Audrey Hormann Barneche Cardoso, foi a empreendedora de destaque no ano de 2011, ganhadora na categoria Pequenos Negócios com sua empresa de investimentos em aplicações financeiras Estilo Invest. Audrey é a primeira mulher de Santa Catarina a ser dona de uma empresa desse ramo. Arte e sabor na vitrine: as vendas da vitrine Aroma, Sabor & Arte Catarina também registraram valor maior do que na última edição da feira, em 2010, superando as expectativas do Sebrae/SC. Cerca de R$ 30 mil foram comercializados durante a feira, que teve a participação de 75 artesãos e cerca de 20 produtores. Sebrae Startup Day: movimentou cerca de 600 pessoas, além dos internautas que acompanharam a transmissão ao vivo pela internet. Contou com palestras e clínicas tecnológicas, reunindo grandes nomes do cenário de empresas startups brasileiras. O evento também recebeu o D7, sétima edição do Desafio de Startups. Empretec: aproximadamente 2 mil pessoas passaram pelo encontro do Empretec durante a Feira do Empreendedor em Blumenau. O evento serviu para o alinhamento de informações do seminário e atualização do manual pelo padrão estabelecido no Sebrae Nacional.


Artigo

bancos terão que cobrir cheques sem fundos

Estas recentes decisões vêm amparadas em Resolução do Banco Central (3.972/2011) de 28 de abril de 2011, que regulamentou o fornecimento de talões de cheques pelas instituições financeiras, visando dar maior segurança ao sistema financeiro nacional, já prevendo a possibilidade e o dever dos bancos em negar o fornecimento de cheques a clientes com fundos insuficientes, restrições cadastrais no SPC, Serasa e/ou CCF, histórico de práticas e ocorrências nocivas na utilização do cheque, entre outros fatores. As ações que deram origem às decisões foram propostas por uma loja de materiais de construção e por uma pessoa física contra os bancos que forneceram os talões de cheques àqueles que os emitiram sem fundos, visando a reparação por perdas e danos compatíveis com os valores a eles devidos. Consta de uma das decisões que “a partir do momento em que o banco fornece talonário de cheques ao correntista sem suficiência de saldo mínimo em conta-corrente, descumpre uma obrigação imposta por lei que, gerando um prejuízo a outrem, faz nascer a responsabilidade civil para reparar o dano decorrente da atividade.” “Sem sombra de dúvida, a omissão dos bancos tem contribuído para o agravamento dos emitentes de cheques sem fundos, já que, hoje, é perfeitamente possível o correntista retirar o talão de cheques por meio do caixa eletrônico, sem nenhum controle prévio do saldo da conta-corrente.

Daniel Zimmermann

Em duas decisões recentes, publicadas em maio, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) decidiu, muito embora seja passível de recurso, que as instituições financeiras são também responsáveis pela emissão de cheques sem fundos pelos correntistas, quando não-observados os procedimentos estabelecidos pelo Banco Central.

Preocupados apenas com os lucros gerados pelos inúmeros serviços que os clientes são obrigados, muitas vezes, a contratar, as instituições financeiras não exercem nenhuma fiscalização não só prévia, como repressiva, sobre aqueles que estão em posse de talonários de cheques, o que tem levado à ‘desmoralização’ desse tipo de título de crédito”, assinalou o desembargador. E, por último, conclui: “Nesse norte, chega-se ao absurdo de os estabelecimentos, mormente os pequenos e médios, afixarem cartazes com os dizeres ‘não aceitamos cheques’; tudo porque o banco não cumpre, como é público e notório, com os procedimentos para o fornecimento de folhas e/ou talonários de cheques. [...] Logo, a partir do momento em que o banco fornece o talonário de cheques ao correntista sem suficiência de saldo mínimo em conta-corrente, descumpre uma obrigação imposta por lei que, gerando um prejuízo a outrem, faz nascer

a responsabilidade civil para reparar o dano decorrente da atividade”. As referidas decisões do TJSC vieram atender longa exigência da classe lojista e da própria sociedade, estendendo aos bancos a responsabilidade pela emissão indiscriminada de talonários de cheques, resultando em um alto índice de inadimplemento por cheques sem fundos emitidos por seus clientes. Sendo assim, os lojistas têm mais um alicerce para a defesa judicial na cobrança de seus créditos, pela possível inclusão dos bancos na condição de responsáveis pelo fornecimento de talonários em desacordo com as normas previstas pelo Banco Central, quando da emissão de cheques sem fundos por clientes. Quaisquer dúvidas, contate a CDL e busque orientação jurídica.

Gabriel Strazas Henkin Escritório Angelito J. Barbieri Advogados Associados 49


Acib é notícia

Divulgação

Núcleos debatem Objetivos do Milênio AGENDA Café Palestra - Estratégias Empresariais do Programa Sebrae Mais Data: 10 de julho Local: Sede da Acib Organizador: Sebrae/SC e Acib Horário: 8h Valor: gratuito Informações: (47) 3326-1230 Palestra Estratégias Empresarias Data: 10 de julho Local: Acib Organizador: Sebrae Horário: das 8h às 10h Valor: gratuita Informações: (47) 3326-1230 / (47) 3222-2655

Em 11 de junho, a Câmara da Mulher Empresária (CME) e o Núcleo de Responsabilidade Social da Acib promoveram uma reunião conjunta para debater os Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM). Participaram, como convidados, o pesquisador do ODM do Observatório do Desenvolvimento Regional da Furb, Reynaldo Coimbra, e a analista de Responsabilidade Social da Unimed, Flávia Giacomozzi. A intenção do núcleo, segundo a coordenadora Eliete Panini, é obter subsídios para trabalhar o ODM 3, que diz respeito à igualdade entre os sexos e valorização da mulher.

O que são os ODM Em 2000, a Organização das Nações Unidas (ONU), ao analisar os maiores problemas mundiais, estabeleceu oito Objetivos do Milênio, que no Brasil são chamados de ‘8 Jeitos de Mudar o Mundo’. São eles: 1. Acabar com a fome e a miséria 2. Educação de qualidade para todos 3. Igualdade entre sexos e valorização da mulher 4. Reduzir a mortalidade infantil 5. Melhorar a saúde das gestantes 6. Combater a Aids, a malária e outras doenças 7. Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente 8. Todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento

sorteio de TV na Fenahabit O Núcleo de Decoração da Acib participou da Fenahabit, considerada a maior feira da Habitação e Construção civil do Estado e a segunda da Região Sul. Entre 13 e 17 de junho, as oito empresas do núcleo tiveram um estande para apresentar os produtos e serviços, no Parque Vila Germânica. O Núcleo de Decoração também aproveitou para expor atividades e trabalhos realizados. Ao final do evento, realizou o sorteio de uma TV de Plasma 42’’ entre os visitantes que preencheram um cadastro no estande. A ganhadora foi Chaiene de Moraes. 50

Semana de Moda N. Marinho / Acib Data: 10 a 13 de julho Local: Acib Organizador: N. Marinho Horário: das 8h às 22h Valor: não-informado Informações: (47) 3326-1230 ou eventos@acib.net Curso: Para obter mais resultados através dos talentos, aplique endomarketing Data: 12 a 17 de julho Local: Sede da Acib Organizador: Apple Marketing/Acib Fone: (47) 3326-1230 Valor: 2x de R$ 225,00 associados e 2x de R$ 250,00 não-associados Informações: (47) 3326-1230. Curso de Matemática Financeira Prática em Excel com HP12C Data: 16 a 20 de julho Local: Proway Organizador: Proway Horário: noturno Valor: desconto de 10% para associados Acib Parcelado em 3X cheque/boleto empresarial *com a opção de adquirir a HP12C. Informações: (47) 3326-1230 ou eventos@acib.net Encontro de Cipas - Qualidade de Vida, Saúde Mental e Emocional Quando: 17 de julho Horário: das 7h30min às 11h45min Local: Auditório do Bloco J da Furb Promotor: Núcleo de Segurança e Saúde do Trabalho da Acib Investimento: R$ 10,00 associados e R$ 15,00 nãoassociados Informações: (47) 3326-1230 ou atendimento@acib.net Como vender e atender de forma extraordinária por telefone Data: 24 de julho Organizador: Daniel Godri Horário: 19h Valor: R$ 49 associados e R$ 59 não-associados Informações: (47) 4063-9387 / (47) 4052-9029


Cuidados na contratação Os cuidados na contratação de colaboradores para empresas de TI e Web foram discutidos em uma palestra gratuita promovida pelo Núcleo Web da Acib, em 19 de junho. O palestrante foi o especialista Wilson Oliveira, sócio da Martins, Trentini & Oliveira Advogados Associados, de São Paulo, e agora com escritório em Blumenau. Entre os temas abordados estavam as dúvidas na relação empregado/empregador, impostos incidentes na folha de pagamento, mitos e verdades sobre demissões por justa causa, entre outros.

Cristiane Soethe/Divulgação

Planejamento patrimonial

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Mariana Oiticica apresentou formas de planejar os investimentos

A reunião conjunta entre Diretoria e Conselho Deliberativo da Acib de junho debateu o panejamento sucessório nas empresas. A discussão foi proporcionada pelo Banco BTG Pactual, por meio da palestra ‘Planejamento Sucessório e Estruturas de Investimento’, com a chefe de Planejamento Patrimonial, Mariana Oiticica. Também estiveram presentes na reunião o diretor-geral do Banco BTG Pactual, Luiz Eduardo Medina, e o relationship manager Tiago Kretzmann. Mariana explicou que o planejamento patrimonial varia de acordo com a fase por que passa o patriarca da família. Há soluções específicas para cada etapa do ciclo de vida de uma família. A especialista também falou sobre os regimes de bens possíveis de serem adotados e como fica a divisão de bens no divórcio ou na falta do cônjuge. “O novo Código Civil estabelece novas regras. O cônjuge hoje é um herdeiro na sucessão”, apontou.

Cônsul britânico prospecta parcerias em Blumenau O cônsul-geral britânico em São Paulo, John Doddrell, esteve na Acib no final de maio. Entre os dias 28 e 29, ele fez uma série de visitas a empresas de Blumenau, com o objetivo de prospectar parcerias e negócios. Doddrell veio a convite da Cultura Inglesa, acompanhado da responsável pela área comercial e de investimentos do Consulado Britânico em Porto Alegre, Denise Crawshaw Pellin. Doddrell falou sobre a importância de fortalecer laços comerciais com países em desenvolvimento, sobretudo em razão da crise europeia. A respeito de suas impressões sobre Blumenau, falou dos desafios em infraestrutura, mas elogiou a organização e os traços europeus. “Isso dá à cidade uma perspectiva mais internacional”, apontou.

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CDL É NOTÍCIA

Fotos divulgação

Núcleo da XV movimenta a região central

O Bondepéia foi uma das atrações do Super Sábado

O Núcleo da XV da CDL Blumenau não para de criar ações para agitar a região central. Criado no ano passado, com 26 membros, busca resgatar a importância de uma das principais ruas de Blumenau. “Temos certeza de que, se unirmos forças, é possível fazer do local um exemplo para outras cidades de Santa Catarina e do País”, analisa o coordenador do núcleo, Moisés Affonso. O Núcleo da XV acompanha e apoia o projeto de revitalização da rua. Já definido e aprovado pelos parceiros e apoia-

dores, prosseguem as reuniões que traçam as ações para o lançamento oficial do ‘shopping a céu aberto’, em breve. “A comissão que trata da festa do lançamento foi montada e as ideias começam a tomar forma”, diz Affonso. Outra ação de sucesso coordenada pelo Núcleo da XV é o Super Sábado. Na recente edição, moradores e visitantes tiveram, além das lojas abertas em horário especial, atrações como passeio gratuito de Bondepéia, apresentação da Banda do 23 BI na Praça Doutor Blumenau e dois violinistas que se apresentaram nas lojas, além de distribuição de bombons pelo Dia dos Namorados. A equipe também aposta nos treinamentos, como o que foi ministrado pelo Sebrae, o primeiro previsto no projeto de revitalização. O curso D’Olho - 5 “S”, abordou aspectos de organização, descarte, limpeza e higiene. “O curso trouxe resultados bastante positivos para os participantes. Outros já estão agendados”, diz o coordenador do Núcleo da XV. Os convites aos empresários da Rua XV prosseguem e novos associados estão em processo de assinatura de contrato com o Sebrae. Mais informações sobre o Núcleo da XV podem ser encontradas no www.cdlblumenau.com.br ou pelo telefone 3221-5735.

Empresas membros do Núcleo da XV Baratomania Bazar da XV Blubel Esportes Blubel Magazine Casa dos Alfaiates Cia dos Calçados Crispim Calçados Fabril Center Lojas Flamingo

General Lyy Grendelli Calçados Hepaleni Modas Instaladora de Blumenau Instituto Embelleze Ótica e Relojoaria Realce Koerich Moda Masculina La Fioleta Modas Lojas Hering

Menina do Laço Meninos e Meninas Monic & Cia Movimento Street Ótica Husadel Onix Relojoaria e Ótica Relojoaria e Ótica Universal Sulbrasil

Gustavo Cerbasi participa do Ciclo de Palestras O comentarista da TV Globo, Rodrigo Pimentel, lotou o Teatro Carlos Gomes ao estabelecer a relação entre a realidade do Batalhão de Operações Policiais Especiais da Polícia Militar do Rio de Janeiro (Bope) e as empresas e atividades do mundo corporativo. Sucesso que deve se repetir com a próxima atração do Ciclo de Palestras da CDL Blumenau. No dia 28 de agosto, a palestra fica por conta de Gustavo Cerbasi. Eleito pela Revista Época, em 2009, como um dos 100 brasileiros mais influentes, ele debaterá o tema ‘Toda a empresa deve produzir dinheiro’. Cerbasi é mestre em Administração e Finanças pela FEA/ USP, formado em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), com especialização em Finanças pela Stern School of Business, da New York University e pela Fundação 52

Instituto de Administração (FIA). Leciona em cursos de pós-graduação e MBAs pela Fundação Instituto de Administração, além de diversos cursos in company. Com experiência prática e acadêmica em finanças dos negócios, planejamento familiar e economia doméstica, desenvolve treinamentos, palestras e consultorias para diversos públicos por todo o Brasil. É autor dos livros ‘Dinheiro – Os segredos de quem tem’, ‘Casais inteligentes enriquecem juntos’, ‘Filhos inteligentes enriquecem sozinhos’, ‘Finanças para empreendedores e profissionais não financeiros’ e ‘Como organizar sua vida financeira’, entre outros. O Ciclo de Palestras conta com o patrocínio do Shopping Park Europeu e o apoio da Gráfica Kasburg. A intenção é trazer para Blumenau nomes que contribuam para o desenvolvimento do comércio e de toda a comunidade.


Concurso para revitalização da Rua XV de Novembro Alunos de arquitetura e urbanismo de todo o Estado podem participar do projeto de reurbanização de uma das principais ruas de Blumenau. Um concurso vai premiar a melhor proposta de revitalização urbanística e social da Rua XV de Novembro e região. A iniciativa será promovida pela Universidade Regional de Blumenau (Furb) e terá premiação da CDL Blumenau e Caixa Econômica Federal. A ação foi lançada durante a Feira do Empreendedor e faz parte da consolidação do projeto liderado pela CDL e Sebrae. “Mais do que executar o projeto vencedor, queremos mostrar que é possível melhorar o local. A expectativa é transformar a região em sinônimo de qualidade de produtos, atendimento e serviços”, diz o coordenador do Núcleo da XV, Moisés Afonso. O projeto de revitalização é uma iniciativa do Sebrae com parceria das entidades do comércio e já tem 27 empresas participantes. Elas receberão consultoria e capacitação, além de participar de ações de marketing, eventos, missões e outros meios de tornar o comércio da via mais atraente.

Curso gratuito sobre SPC para associados da CDL A CDL Blumenau está com inscrições abertas para um curso personalizado sobre o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). O treinamento, que será realizado na Casa do Comércio, é gratuito e tem como objetivo orientar funcionários dos associados sobre assuntos relativos ao SPC. Há vagas para o dia 3 de julho, às 8h30min, e para o dia 23 de julho, às 14h. Não há restrição de número de participantes de uma mesma empresa, mas as vagas são limitadas. Mais informações e inscrições pelo telefone 3221-5735.

Núcleo de Floricultura da cdl inicia ações A CDL Blumenau está com mais um núcleo em funcionamento. É o de Floriculturas, que fez reunião em 20 de junho, na Casa do Comércio. O momento é de sensibilização para mostrar o quanto um núcleo pode fortalecer o setor. A primeira ação é reunir mais empresários para dar força ao grupo. A CDL tem como missão fortalecer e atender aos interesses do comércio e da comunidade e estimular a competitividade e a rentabilidade dos mais de 1,6 mil associados. Por isso, a entidade está com trabalho intenso com os núcleos setoriais. O foco está em problemas específicos de cada setor para alcançar melhores resultados. Atualmente, também estão em funcionamento os núcleos de Videolocadoras, da XV, de Informática, de Pet Shops e de Beleza. Mais informações sobre reuniões e ações dos núcleos podem ser obtidas com Ana Cristina, através do telefone 32215735 ou email anacristina@cdl-sc.org.br.

calendário cev Julho Gestão Administrativa de Crédito e Cobrança Dias 2, 3, 4 e 5 12 horas Capacita a gerir o processo de cobrança através de procedimentos e indicadores de desempenho devidamente alinhados com a legislação. Desenvolvimento de Equipes Dias 9, 10, 11 e 12 12 horas Proporciona uma visão prática do processo grupal, seus sistemas, comportamentos e dinâmica, reforçando o relacionamento interpessoal. Transmite as atitudes referentes ao trabalho em equipe, enfatizando aspectos como energização, motivação e comprometimento. Atendimento: a arte de conquistar e manter clientes Dias 16, 17 e 18 9 horas (Turma matutina – das 8h às 12h) Dias 24 e 25 8 horas Apresenta estratégias para encantar, fidelizar e controlar as situações de atendimento. Cria no participante um perfil de atendimento excelente para superar as expectativas dos clientes. Oratória e Comunicação Moderna Dias 23, 24, 25, 26 e 27 15 horas Orienta sobre como vender ideias, produtos e serviços de maneira convincente e a utilizar a voz, o olhar e a expressão corporal. Sobre os cursos Aulas das 19h às 22h, na Casa do Comércio CDL Inclui: certificado, estacionamento, apostila e coffee break. Informações e Inscrições 3321 5747 / jefferson@cdl-sc.org.br –3221 5766 / marcos@cdl-sc.org.br Desconto para associado CDL. Condições especiais para grupos e in-company.

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Intersindical é notícia

Ampe participa da Semana Nacional dos Museus Fotos divulgação

Este ano, pela segunda vez, a Ampe participou da Semana Nacional dos Museus, realizada em maio. Por meio do Núcleo da Mulher Empreendedora, a entidade reuniu associados e convidados para a palestra ‘Como Manter a História e Resgatar um Passado Empreendedor’, apresentada por Mariana Girardi Barbosa Silva, historiadora e mestre em Educação pela Furb e coordenadora do Museu Hering. Na palestra, a historiadora enfocou os principais passos para se resgatar a história de uma empresa centenária, mostrando a importância da preservação deste tipo de memória e patrimônio, ressaltando a relevância do papel dos museus na história de Blumenau. O Museu Hering fica na Rua Hermann Hering, n° 1.790, Bairro Bom Retiro, e ocupa o prédio na técnica enxaimel da Cia. Hering. O acervo mostra a trajetória de vanguarda que a empresa mantém no cenário brasileiro da moda, da indústria, da economia e da responsabilidade socioambiental.

Sinduscon recebe prêmio nacional de responsabilidade social O projeto Escola da Construção – Estrelas do Futuro, do Sinduscon Blumenau é um dos vencedores do Prêmio CBIC de Responsabilidade Social 2012. A iniciativa, que foi destaque na categoria ‘Entidade’, recebeu a premiação no dia 27 de junho, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, durante a solenidade de abertura do 84º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic). O prêmio é realizado pelo Fórum de Ação Social e Cidadania (Fasc) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e é destinado para entidades e empresas desse setor que desenvolvem programas ou projetos de responsabilidade social. Esta é a segunda vez que o Sindus-

con é destaque. Em 2008, a entidade foi premiada no 80º Enic, em São Luiz do Maranhão, em função da ‘Reurbanização do Passeio Histórico de Blumenau, a Rua das Palmeiras’, obra realizada pelo Sinduscon em comemoração aos seus 50 anos. A Escola de Construção, inaugurada em 2010, é um projeto do Sinduscon Blumenau, em parceria com o Senai. O intuito é profissionalizar e aprimorar a mão de obra na construção civil, ensinando detalhes técnicos aos futuros pedreiros, serventes e mestres de obra. O prédio que abriga a escola tem 282 metros quadrados e conta com laboratórios e salas de aula.

Estudo apresenta dados do setor têxtil O Sintex apresentou o Relatório Setorial Polo Têxtil Blumenau e Região 2012. O estudo, desenvolvido pelo Instituto de Estudos e Marketing Industrial (Iemi) foi apresentado pelo diretor da instituição, Marcelo Prado, em 30 de maio. Prado falou sobre os dados pesquisados. “Mesmo com a crise e a pressão dos importados, a produção de artigos têxteis para o lar e do vestuário aumentou nos últimos cinco anos. A expectativa é de que o setor cresça cerca de 2% no Brasil”. O presidente do Sintex, Ulrich Kuhn, contribuiu com a apresentação e abordou assuntos pertinentes ao tema durante o evento. 54

Marcelo Prado apresenta o estudo realizado pelo Iemi


Nova certificação reforça compromisso ambiental

Ceatex garante reconhecimento às boas práticas ambientais.

Visando estabelecer um diferencial competitivo, o Sintex criou o Programa de Certificação Ambiental Têxtil (Ceatex), em parceria com o Senai/SC. A iniciativa garante o reconhecimento em relação às ações e boas práticas ambientais desenvolvidas pela indústria têxtil e do vestuário. Entre as melhorias que devem ser conquistadas com o programa, estão a redução dos desperdícios de matérias-primas e insumos; a busca voluntária da conformidade com a legislação ambiental; entre outros fatores que beneficiam os cadastrados e o meio ambiente. A adesão ao programa é voluntária e a empresa interessada passa por um processo de avaliação para conhecer o estágio em que se encontra em relação às questões ambientais. Alguns critérios são fundamentais para que se obtenha a certificação: gestão ambiental estratégica; tratamento de resíduos sólidos; efluentes líquidos; emissões atmosféricas; emissão sonora; uso de recursos naturais; monitoramento ambiental; programas de educação ambiental; e programas de responsabilidade social.

Panorama do mercado nacional Um panorama do mercado imobiliário nacional na locação e venda de imóveis foi apresentado durante a reunião plenária da Câmara Brasileira de Comércio e Serviços Imobiliários, que aconteceu em Brasília, no dia 19 de junho. O presidente do Secovi Blumenau, Rogério Patrício participou do encontro. Para ele, a partir das informações relatadas é possível constatar que o mercado imobiliário brasileiro passa por uma acomodação, “isto é, voltou ao ritmo normal, acabou a euforia. Tanto no setor de compra e venda quanto no de locação começam a sobrar imóveis. A compra também está mais se-

letiva, o comprador está pesquisando mais”, afirma. Patrício avalia a reunião como muito proveitosa, tendo em vista os assuntos encaminhados. Ele destaca o Projeto de Lei do Corretor Associado, que já está em trâmite de aprovação na Co-

missão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados. “O projeto tem como finalidade possibilitar que o corretor trabalhe de forma associada às imobiliárias, sem configurar vínculo empregatício, similar aos escritórios de advocacia”, explica Patrício.

Simmmeb busca alcançar público jovem pelas redes sociais O Simmmeb - Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Blumenau está presente nas redes sociais Twitter e Facebook. Com os novos canais de comunicação, o objetivo do Simmmeb é aproximar a entidade especialmente do público jovem e, dessa forma, fazê-lo perceber as oportunidades que a indústria oferece para construir uma carreira sólida e valorizada. Também pelas redes sociais acontecerá a divulgação da 1ª Semana da Indústria, que o sindicato promove em setembro, tendo este mesmo objetivo como foco. “A ca-

rência de mão de obra é um desafio permanente às nossas indústrias e o sindicato tem como bandeira realizar ações que auxiliem no atendimento desta necessidade. Assim, estar presente nas redes sociais surge como mais uma possibilidade de mostrar ao jovem o ambiente tecnológico em que se transformou o parque fabril do setor”, ressalta o presidente, Hans Bethe. Para curtir a página do Simmmeb no Facebook acesse www.facebook.com/simmmeb. No Twitter o endereço é o www.twitter.com/simmmeb. 55


Sindilojas é notícia

Iniciada nova turma de treinamento para vendedores O SINDILOJAS e o Senac de Santa Catarina estão promovendo um treinamento gratuito para formação de vendedores do comércio em um projeto que faz parte do Programa Senac de Gratuidade (PSG) e visa colaborar na expansão da educação profissional à população de baixa renda. Trata-se de uma oportunidade de profissionalização em uma das mais promissoras profissões. O curso teve início em 2 de junho e o profissional qualificado como vendedor vai atuar nas diversas atividades relacionadas ao dia a dia do comércio varejista. Carreira, promoção do trabalho em equipe, organização e acompanhamento do ponto de venda, atendimento ao cliente e princípios do processo de vendas são alguns dos temas abordados neste treinamento. Ao final do curso, o aluno aprovado receberá certificado de vendedor, válido em todo o Brasil e reconhecido pelo mercado de trabalho. O treinamento ocorre na sede do SINDILOJAS, das 8h às 17h, até 1º de dezembro.

concilia tem novos integrantes A Concilia passa a contar com a participação de novos conciliadores patronais: Francisco Hostins Junior – Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Gaspar ; e Luiz Henrique Koch – Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos no Estado de Santa Catarina. Ambos foram indicados por seus respectivos sindicatos, com a tarefa de auxiliar as empresas nas sessões de conciliação, pautados sempre na honestidade, lealdade, respeitando a vontade e a autonomia das partes, zelando pelo cumprimento das normas trabalhistas e, principalmente, buscando a conciliação e a paz social.

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Varejo conta com nova fonte de informações

Notícias, enquetes e informações atualizadas, tudo que interessa ao lojista estará, a partir de agora, reunido no recém criado Blog do Comércio. A ferramenta foi desenvolvida pelo SINDILOJAS e servirá como um verdadeiro ponto de referência dos assuntos relacionados ao varejo. Além das notícias com aspecto legal e jurídico, já que o SINDILOJAS é o representante do lojista, diversos assuntos de interesse do setor serão divulgados, bem como os serviços e benefícios que a entidade oferece aos filiados. O www.blogdocomercio.com.br já está no ar e será constantemente atualizado com dicas e orientações. O objetivo da entidade é aproximar ainda mais o sindicato dos associados e da comunidade como um todo, fornecendo uma ferramenta dinâmica, de fácil e rápida atualização.

Parceria com salão de beleza beneficia Rainha e Princesas O salão Bela Face Cabelo e Corpo, localizado no Centro de Blumenau, fechou uma parceria com o SINDILOJAS durante todo o ano para cuidar da beleza da Rainha e Princesas do Comércio 2012, eleitas em abril. Entre os serviços que estarão sendo oferecidos estão toda a parte de estética, escova, penteado, maquiagem, entre outros. Os serviços serão feitos de forma gratuita em todos os eventos que contarem com a presença da Rainha e Princesas do Comércio. Para conhecer melhor o salão Bela Face Cabelo e Corpo entre em contato pelo telefone (47) 3322-9797. O SINDILOJAS agradece o apoio.


Senac Varejo lança programação O programa Senac Varejo proporciona aos gestores e colaboradores do mercado varejista a possibilidade de aperfeiçoar as práticas diárias, por meio de ferramentas de gestão aplicáveis ao negócio. O programa tem como objetivo colaborar no processo de profissionalização das empresas do varejo, ampliar a visão dos gestores e colaboradores na busca por inovações e melhorias. A programação de palestras e workshops para 2012 foi lançada e os associados do SINDILOJAS têm 20% de desconto nas inscrições. Mais informações pelo telefone (47) 3221-5750.

Palestras e workshops JULHO Palestra: O papel da equipe no sucesso das operações logísticas Dia 25, das 20h às 21h30min Workshop: Logística nas operações de varejo Dia 25, das 8h às 12h e das 13h30min às 17h30min Orientador: Volnei Eufrazio AGOSTO Palestra: A importância das informações financeiras Dia 29, das 20h às 21h30min Workshop: Contabilidade gerencial e planejamento tributário Dia 29, das 13h30min às 17h30min, e dias 30, das 8h às 12h Orientadora: Kathia Cilene ReichelKoffke SETEMBRO Palestra: Faço parte de uma equipe de alto desempenho? Dia 26, das 20h às 21h30min Workshop: Gestão de pessoas e liderança para resultados Dia 26, das 13h30min às 17h30min, e dia 27, das 8h às 12h Orientador: Vinícius C. Furlanetto OUTUBRO Palestra: s-Commerce: um novo jeito de fazer varejo Dia 24, das 20h às 21h30min Workshop: As mídias sociais e o s-Commerce como estratégia de vendas Dia 24, das 13h30min às 17h30min, e dia 25, das 8h às 12h Orientador: Ronaldo de Oliveira Jamyk NOVEMBRO Palestra: Cliente bem atendido ou cliente bem tratado? Dia 7, das 20h às 21h30min Workshop: Estratégias de marketing e vendas Dia 7, das 13h30min às 17h30min, e dia 8, das 8h às 12h Orientador: Lucio Stein Local das Palestras: Clube Guarani – Rua 4 de Fevereiro, 108 – Itoupava Norte Local dos Workshops: SINDILOJAS, na Casa do Comércio, 2º andar

Coluna Jurídica CCJ APROVA EXTINÇÃO DO ADICIONAL DE 10% DO FGTS A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal aprovou, em 13 de junho, o parecer do relator, senador Romero Jucá (PMDB/ RR), favorável ao PLS-C 198/2007, que extingue a cobrança do adicional de 10% do FGTS. O projeto estava no plenário, tendo o senador Walter Pinheiro (PT/ BA) solicitado a apreciação da matéria pela comissão. O relator da proposta na CCJ, senador Romero Jucá (PMDB/RR), apresentou parecer com uma emenda que alterou a data da cobrança do adicional do FGTS de 31/07/2012 para 01/06/2013. A extinção do adicional favorecerá a geração de empregos e renda, reduzindo encargos sociais e trabalhistas, colaborando com o investimento e a competitividade das empresas. O projeto segue para o plenário com requerimento de urgência.

Fonte: Novidades Legislativas •Ano 15 • Número 42 • 13 de junho de 2012 • www.cni.org.br

GRAVAÇÃO TELEFÔNICA É ACEITA COMO PROVA EM AÇÃO Uma microempresa paulista foi condenada ao pagamento de indenização por dano moral, no valor de R$ 8.000,00, por ter prejudicado a imagem de uma ex-empregada ao prestar informações sobre ela a possível novo empregador. A conversa telefônica foi gravada e serviu como prova na reclamação trabalhista. Na reclamação, a empregada afirmou que o dono da empresa a prejudicou na obtenção de novo emprego e manchou sua imagem junto ao novo empregador, que pedia informações a seu respeito. Para o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas/SP), o dono da empresa excedeu-se nas informações a respeito da ex-empregada e adentrou sua intimidade, prejudicando-a na obtenção de novo emprego. Entre outras observações pejorativas registradas na gravação, o tribunal destacou a seguinte: “Tira o Serasa dela que você fica assustada, ela dá cheque até na sombra, é uma pessoa que não é confiável”.

Fonte:www.juridiconewscndl.publicacoesonline.com.br

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MEMÓRIA Arquivo Mundi Editora

Em 1992, a Acib uniu-se à Furb, à Associação das Empresas de Processamento de Dados (Assespro) e à Prefeitura para criar uma incubadora de empresas de alta tecnologia, o Blusoft

Uma nova vocação O setor de informática nasceu em Blumenau com a decisão de um grupo de 13 empresas têxteis que fundaram, em 1969, o Centro Eletrônico da Indústria Têxtil (Cetil). Foi a semente que trouxe para a cidade a formação de pessoal especializado no setor, pessoas que se tornaram empreendedoras e multiplicaram rapidamente o número de empresas de informática no Município. Em 1973, a Furb implantou o curso superior de processamento de dados em Blumenau, o primeiro de Santa Catarina e o quinto do País. Em 1992, a Acib uniu-se à Furb, à Associação das Empresas de Processamento de Dados (Assespro) e à Prefeitura para criar uma incubadora de empresas de alta tecnologia, o Blumenau Pólo de Software (Blusoft). Sua missão é apoiar e estimular o desen58

volvimento do software na cidade, por meio da qualificação e consolidação das empresas do setor. Blumenau foi a quarta cidade do País a integrar o Programa Brasilero de Software para Exportação, o Softex-2000. Numa pesquisa realizada pelo Softex, em 1999, o Blusoft foi reconhecido como a maior incubadora dentre os 19 núcleos Softex espalhados pelo Brasil. Números levantados pela Prefeitura, em 1999, apontavam a existência de 494 empresas de informática na cidade, que juntas geravam 3.750 empregos. A média de crescimento do setor foi de 20% ao ano, durante a década de 1990. As ações da Acib e de outras entidades no apoio ao setor incentivaram diversos empreendedores que, durante os anos 1980 e 1990 deram vários exemplos de pioneirismo e arrojo. A WK Sistemas, por exemplo, desenvolveu, em 1985, o primeiro software brasileiro com janelas e embalado para

comercialização em grande escala. No ano seguinte, foi a única empresa de Blumenau a alcançar nota máxima em todos os itens analisados pela revista PC Mundo. Em 1989, lançou o primeiro sistema desenvolvido na nova linguagem OS/2. A empresa continuaria inovando na década seguinte, desenvolvendo, em 1993, o primeiro software de 32 bits do Brasil, o Hércules. Os exemplos de inovação também estavam presentes em outras empresas, como a Fácil Informática que, em 1991, lançou o Fácil, primeiro editor brasileiro de textos em Windows. A Ambiente foi a primeira empresa da cidade a expor na feira Comdex Fall, a maior do mundo no setor, realizada em Las Vegas, nos Estados Unidos. O Blusoft, juntamente com a Prefeitura e entidades como a Assespro e a Acib, passou a organizar grupos e viabilizar a participação das empresas de tecnologia da cidade em eventos nacionais e internacionais.



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