Empresário Acib / CDL / Sindilojas - Ed. 58

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Ano 6 nº 58 FEVEREIRO 2012 R$ 8,90

Edson Riedel administra o empreendimento que reúne 20 revendas de veículos

supermercado automobilístico Inaugurado em 2009, Vale Auto Shopping já se consolida como revenda mais abrangente da região, atendendo a clientes de 70 cidades nos segmentos de veículos novos e seminovos

comércio: Paulo Cesar Lopes é empossado para segundo mandato na CDL






EDITORIAL

Blumenau como atração Daniel Zimmermann

Blumenau recebe parte do fluxo de visitantes do Litoral, o que se reflete em pontos turísticos, como Museu da Cerveja, e no comércio

Nesta temporada ensolarada de Verão, novamente, Blumenau se destaca no cenário de praias. Mesmo não tendo esse privilégio, a cidade é roteiro obrigatório de quem vem para o Litoral. Pela proximidade, pelas belezas naturais e arquitetônicas, pelo apelo ao típico germânico e pelo comércio de qualidade. Podemos comprovar a qualidade do comércio com a riqueza de opções, bom atendimento e referência em produtos. Historicamente, Blumenau sempre foi referência comercial em Santa Catarina. Mantém-se assim pela tradição, com empresários que se preocupam com os clientes compradores. 6

Diferente de tudo que, geralmente, se tem em locais de temporada de turismo, onde predomina apenas a oportunidade. A cidade de Blumenau mantém a preocupação de ter o melhor. Simplesmente o melhor. A certeza do que estamos afirmando pode ser constatada na Rua XV de Novembro, com a qualidade urbanística; na Vila Germânica, com um belo pedaço da Alemanha; e em outras tantas atrações históricas, culturais e gastronômicas. Se a praia encanta brasileiros e estrangeiros, Blumenau complementa o roteiro. A cidade é recomendada como destino obrigatório em todas as viagens.

Aliás, não só viagens de lazer, pois o contato aqui pode ter resultados na área de negócios. E de eventos, como feiras e congressos. O Verão é um dos períodos mais significativos para divulgação de Blumenau. A cidade toda ganha, principalmente o comércio, que, não só atende aos visitantes, como também vê oportunidade de crescimento com os recursos angariados. Receba bem o turista para que, também na simpatia, Blumenau sempre ganhe. Marco Aurelio Hirt Presidente do SINDILOJAS



SUMÁRIO

Arquivo Mundi Editora

Divulgação

Daniel Zimmermann

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SINTEX COMPLETA 60 ANOS DE TRABALHO PELA INDÚSTRIA TÊXTIL

EM DOIS ANOS, A CONSOLIDAÇÃO DO VALE AUTO SHOPPING

SEBRAE AJUDA A FOMENTAR O EMPREENDEDORISMO

Sindicato representa as empresas do segundo maior polo têxtil brasileiro, responsável por 65 mil empregos

O condomínio conta com revendas e serviços auxiliares, como de despachante, financeiras e oficina

Programas visam a qualificação dos empreendedores e ajudam novas ideias a virarem sucesso comercial

22 ‘Adote um Quarto’ reforma alas do HSI 26 Regional da Celesc tem orçamento de R$ 88,5 mi 28 Artigo 30 Acib é notícia

32 CDL é notícia 34 Intersindical é notícia 36 SINDILOJAS é notícia 38 Memória

EDITOR-EXECUTIVO Sidnei dos Santos / Palavra Escrita- Ltda. ME - sidnei@mundieditora.com.br REPORTAGENS Cleiton Schlindwein, Francielle de Oliveira e Iuri Kindler GERENTE DE ARTE E DESENVOLVIMENTO Rui Rodolfo Stüpp - rui@mundieditora.com.br FOTO DE CAPA / Daniel Zimmermann EDITORA-CHEFE Danielle Fuchs / Fuchs Editorial-Ltda. ME- danielle@mundieditora.com.br GERENTE COMERCIAL Eduardo Bellidio - 47 3035.5500 GERENTE COMERCIAL GERAL Cleomar Debarba - 47 3036.5659 DIRETOR-EXECUTIVO Niclas Mund - niclas@mundieditora.com.br CIRCULAÇÃO circulação@mundieditora.com.br SUGESTÃO DE PAUTA pauta@mundieditora.com.br TIRAGEM 4.000 exemplares

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TIRAGEM VIRTUAL 50.000

Conselho Editorial Acib: Ronaldo Baumgarten Junior, Charles Schwanke e Cristiane Soethe Zimmermann CDL: Paulo Cesar Lopes, José Geraldo Pfau, Jorge Luiz Caresia e Ana Paula Ruschel Intersindical: Hans Heinrich Bethe, Leomir Minozzo e Emil Chartouni Neto SINDILOJAS: Marco Aurélio Hirt, Márcio Rodrigues e Juliana Pfau Mundi Editora: Sidnei dos Santos e Danielle Fuchs


Daniel Zimmermann

EMPOSSADA A DIRETORIA DA CDL PARA O BIÊNIO 2012/2013 O empresário Paulo Cesar Lopes foi reconduzido ao cargo para o segundo mandato à frente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Blumenau

Rua Almirante Barroso, 712 - Sala 2 Vila Nova - Blumenau/SC CEP. 89.035-401 Telefone: + 55 (47) 3035-5500

Rua Ingo Hering, 20 – 8º andar CEP: 89010-205 Blumenau – SC 47 3326.1230

Alameda Rio Branco, 165 CEP: 89010-300 Blumenau - SC 47 3221-5735

Alameda Rio Branco, 165 CEP: 89010-300 Blumenau-SC 47 3221 5750

www.acib.net

www.cdlblumenau.com.br

www.sindilojasblumenau.com.br

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Rua XV de Novembro, 550 – sala 403 47 3037 4932 www.intersindicalpatronal.com.br

mundieditora.com.br facebook.com/mundieditora twitter.com/mundieditora

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POSSE

Com a presença de muitas personalidades públicas e governamentais da região, políticos blumenauenses atuantes no escalão estadual e o governador do Estado, Raimundo Colombo, a posse da diretoria da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) ocorreu de forma grandiosa no Teatro Carlos Gomes, na noite de quinta-feira, 9 de fevereiro. O presidente da CDL Paulo Cesar Lopes expôs, pelas palavras do discurso, os desafios da entidade com os projetos Magia de Natal e a disseminação do trabalho da entidade nos bairros. Agradeceu ainda o trabalho de toda a equipe comprometida e daqueles que deixavam a diretoria e também tomavam posse. Como anfitrião, agradeceu a presença de todos, incluindo a de Colombo, a quem ousou em fazer pedidos que, hoje, são anseios de 10

toda a comunidade. Entre eles, a duplicação da BR-470 e a desapropriação do prédio da Lancaster, previsto para abrigar o 10º Batalhão de Polícia Militar. O aumento do efetivo policial também estava na pauta dos pedidos, além do término do trevo da Mafisa. “Precisamos de esforços redobrados junto ao Governo Federal, para que possamos concluir as obras do famigerado trevo da Mafisa e da tão importante duplicação da BR- 470. Obras necessárias e vitais ao nosso desenvolvimento. Sabemos que é preciso vontade e iniciativa para que os projetos saiam do papel e, é isto que culminamos ação.” O prestígio também se estendeu nos discursos do prefeito João Paulo Kleinübing e do governador Raimundo Colombo. Ambos deram ênfase ao povo trabalhador e demonstraram a importância da

CDL ao Município que, de raízes industriais, possui grande parte do movimento econômico atual na área comercial. A mesma importância foi expressa pelos dois governantes ao falar de Blumenau sobre os resultados econômicos do Estado. Kleinübing aproveitou e reforçou os pedidos de Lopes a Colombo, principalmente na duplicação da BR-470. Em resposta, Colombo apresentou conhecimento da atual situação da rodovia, afirmando ser uma preocupação também dele. Disse estar ciente de todos os processos e citou o valor versus extensão da obra, que é um dos itens questionados atualmente. Sobre a segurança pública, voltou a afirmar a formação de policiais, que ocorre pela primeira vez em Blumenau, e a intenção de manter a metade destes agentes na cidade.

Divulgação

Muitos anseios para o novo biênio


Daniel Zimmermann

Assinaturas Os presidentes do BRDE e Badesc, Renato Viana e Nelson Santiago, respectivamente, realizaram assinaturas com a concessão de créditos para investimentos solicitados por empresários de Blumenau. A também esperada assinatura da ordem de serviço para a realização do projeto e estudo ambiental da rodovia SC-108 foi assinada pelo governador do Estado.

A diretoria Presidente: Paulo Cesar Lopes Vice-Presidente: Hélio Roberto Roncaglio Diretor Financeiro: Jurival da Veiga Diretor Secretário: Cid Steinbach Diretora de SPC e outros produtos: Odete Maria Poffo Campestrini Diretor de Aperfeiçoamento Profissional: Ewald Fischer Neto Diretora Social e de Eventos: Sara Neves Fogaça Diretor de Patrimônio: José Alôncio da Silva Diretor de Núcleos: Arnei Tomio


Entrevista

“Quando nos unimos, temos mais força”

RE: Qual é a importância do associativismo no comércio? Lopes: Gosto do associativismo, gosto dessa frente e sempre participei de entidades desse cunho, 12

Daniel Zimmermann

Revista Empresário: Como o senhor analisa o primeiro mandato como presidente da CDL? Paulo Cesar Lopes: Foi de trabalho. Ocorreu uma reestruturação dentro da entidade, no executivo, com transição do antigo para o novo. Foi preciso modificar a gestão da CDL, pois ouvimos muito dizer que entidades desse cunho são privadas com alma pública. E quis mudar isso. Fazer da CDL uma organização de corpo e alma privados. Quando cheguei aqui, minha primeira vontade foi de encarar a entidade como empresa. Com apresentação de resultados, levando estes resultados aos clientes e fazer uma gestão profissional, como em qualquer outra empresa. Uma mudança de cultura, até mesmo para colaboradores que já estão aqui há mais de 25 anos. Pois, na saída e na entrada de presidentes, o trabalho fica na mão deles e, como gestor por formação, procurei dar um toque pessoal. No primeiro momento, causou um impacto, mas, depois, foram perceptíveis os resultados alcançados e a valorização do pessoal. Outro trabalho foi voltado ao associado. Sempre foi feito, mas a preocupação foi direcionada ao dia do lojista, para melhorar a vida dele e demonstrar o valor que nós estamos agregando ao trabalho que estes desenvolvem. Mas o desafio está na participação. Precisamos que os lojistas nos digam o que está acontecendo no cotidiano. Mas isso nem sempre acontece e eu sinto falta.

porém, percebo que uma maioria não é preocupada com isso. O individualismo e o imediatismo das pessoas está muito grande. Querem para elas, resultados rápidos, sem importar-se com os demais. É uma pena. Quando nos unimos, principalmente no caso dos lojistas de Blumenau, em que mais de 95% são de pequenas empresas, temos mais força. O desafio, como de qualquer entidade associativista, é fazer com que todos se interessem e percebam a importância da CDL e a ajuda que podemos prestar. O principal, agora, é levar a entidade, junto com todos os serviços, para os bairros, para conseguirmos maior participação. Essa necessidade é reflexo do crescimento de Blumenau nos bairros.

Paulo Cesar

lopes Ao assumir o segundo mandato na presidência da CDL Blumenau, o empresário Paulo Cesar Lopes tem como desafios buscar a participação maior dos lojistas na entidade e fortalecer eventos como o Magia de Natal, que busca fazer do Município referência nas comemorações de fim de ano. Para falar sobre o primeiro mandato e os objetivos e metas do segundo, Lopes concedeu a seguinte entrevista à Revista Empresário.



Entrevista

RE: Quais são as prioridades para os próximos dois anos? Lopes: Temos duas grandes prioridades. Uma delas é o foco no comercial. Temos muitos serviços que precisamos apresentar para o mercado. Se temos mais de 4 mil lojas e, dessas, 1,7 mil são associadas à CDL, nós podemos crescer. Se, ao final do segundo mandato, chegarmos a 2 mil associados, sairei muito satisfeito. Outra ação é o Magia de Natal. Temos encabeçado a coordenação e não há mais como voltar atrás. O projeto já se tornou referência nacional e queremos incrementar ainda mais. Para o evento deste ano, as reuniões já começaram. RE: Como o senhor vê o Magia de Natal hoje? Lopes: Perante outros eventos de Natal no Brasil, nós temos uma ótima decoração, amplitude em termos de áreas decoradas e um desfile muito bom. O que precisamos é envolver mais as pessoas e algumas áreas que estão aquém do que podem contribuir. Posso dizer que estamos em 20% do que podemos e de aonde quero que o evento chegue. Para este ano, queremos expandir a decoração por toda a Alameda Barão do Rio Branco e Rua Sete de Setembro, além de paradas (mini-desfiles) na Rua XV de Novembro. Outras áreas que serão integradas são a Praça Dr. Blumenau e Teatro Carlos Gomes. O desafio é a mobilização e as pessoas já têm percebido que este movimento tem dado certo. Mas sem imediatismos, é um projeto de médio e longo prazos. RE: E o projeto de revitalização da Rua XV de Novembro? Lopes: Também é um projeto que demanda tempo. O que desejamos é transformar a Rua XV em uma rua atrativa, um shopping a céu aberto. Lojas com layout interessante, vitrines bem produzidas, ambientes agradáveis e variedade de produtos. Queremos que as pessoas tenham vontade de ir para a Rua XV com o mesmo entusiasmo de ir para um shopping. Queremos as pessoas lá pela manhã, durante a tarde e, com toda a segurança, à noite. Precisamos de um 14 14

projeto urbanístico muito bem elaborado, com uma luminosidade exemplar. Mas, o problema é convencer as pessoas. A maioria dos espaços são locados. Dificilmente, um lojista é dono do prédio onde está e nossa dificuldade é ter um retorno positivo do proprietário da edificação. Esses proprietários estão desinteressados em quem aluga e para qual finalidade. O interesse é único e exclusivamente o aluguel. E isso é um tiro no pé, pois, no futuro, esse patrimônio será depreciado. Já houve alguma mudança, mas o projeto vai muito além. Quem pode dar um retorno da efetivação são os donos dos prédios e os lojistas.

O interesse é único e exclusivamente o aluguel. E isso é um tiro no pé, pois, no futuro, esse patrimônio será depreciado RE: O Super Sábado vai continuar? Lopes: Vai continuar e temos o núcleo de lojistas que hoje traz as necessidades e que vai dar o tom de como o projeto vai se desenvolver daqui pra frente. Então, toda a formatação será ditada por eles, assim como o número de ações por mês. Uma destas necessidades é o horário estendido, pois o novo cliente está sem tempo e precisa de variações de horário para as compras. O comércio já não pode ser mais convencional, mesmo que todos precisem descansar e haja falta de mão de obra. Se você não abrir, haverá quem faça isso. RE: Com base nisso tudo, como está o comércio de rua hoje? Lopes: No final do ano, houve uma polêmica quando compararam corredores de shoppings cheios e ruas centrais vazias. Isso ocorreu em um dos dias mais quentes, antes do Natal.

Todos querem maior conforto e isso influenciou a ida das pessoas para os centros de compras. Outro detalhe foi a abertura de 400 novas lojas no período do final do ano, o que causa curiosidade nas pessoas. Mas os novos shoppings atendem mais pessoas de outras cidades. Assim, como houve uma diminuição de volume de compras no centro de Blumenau, certamente houve em cidades próximas, que são o foco desses novos empreendimentos. Eles estão fazendo negócios em cima de 1,2 milhão de pessoas da região e não apenas dos 300 mil blumenauenses, caso contrário seriam inviáveis. Mas, se alguém novo vendeu, alguém está deixando de vender. Desde que assumi a CDL, já expressava essa preocupação. Todos foram alertados, buscamos dar treinamento para fidelizar o cliente. Pois, hoje, o preço é fundamental, mas o diferencial está no atendimento. É comprovado por pesquisas que o atendimento está em primeiro lugar. O impacto foi sentido e tivemos lojas que fecharam. Mas isso é um replay da época da inauguração do primeiro grande shopping de Blumenau. Empresas tradicionais não suportaram porque não souberam se preparar. RE: Qual é, então, a nova realidade do comércio? Lopes: Há um novo perfil de consumidor. Temos a geração Y, aqueles nascidos pós 1980, que são clientes mais ligados, conseguem perceber os acontecimentos do mundo em tempo real e procuram trazer as coisas boas do Planeta para a própria realidade. Então, existe uma necessidade de preparação dos lojistas para isso. Porém, sabemos que há lojistas despreocupados com isso. Pouco se importam com internet e todos os aplicativos e tecnologias evidentes. É preciso dominar muito bem todas estas evoluções para não ficar fora do mercado. O comércio eletrônico é outra preocupação. A FCDL criou o e-Loja justamente para auxiliar os associados, mas existe pouca adesão. O mesmo ocorre com as redes sociais, que são muito fortes e precisam ser bem avaliadas.



associativismo Banco de imagens

60 anos em prol da indústria têxtil Enquanto o Reino Unido, no outro lado do Atlântico, começava a se acostumar com a rainha Elizabeth 2ª como autoridade suprema da monarquia, após a morte de Jorge 6º, aqui no Brasil, o governo era, por um segundo período, regido por Getúlio Vargas. Naquele período, a comunidade britânica se colocava como uma das principais potências mundiais. Por aqui, o Poder Executivo encaminhava a implantação do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) para conceder crédito aos empresários brasileiros que buscavam alternativas de crescimento num território taxado de terceiro mundo. Ao mesmo tempo, empresários da 16

região do Vale do Itajaí formaram um grupo com o objetivo de representar o segmento têxtil diante dos poderes constituídos e entidades civis. Nascia o Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau (Sintex). O sindicato se firmou entre as idas e as vidas da economia brasileira – atualmente, o País está no patamar de nação emergente e, conforme estudos apresentados em 2011, ultrapassou o Reino Unido no ranking mundial da economia, chegando ao sexto lugar. O Sintex acompanhou essa trajetória de inversão ao longo dos 60 anos de atividades e, certamente, é um dos agentes responsáveis por parte da transformação da economia, principalmente na área têxtil. O sindicato blumenauense representa, hoje, 14% do

total nacional do segmento e sempre esteve presente nas lutas em defesa da classe e na busca por melhorias e competitividade. Mas, a diretoria da instituição, presidida por Ulrich Kuhn, sabe que, mesmo em situação privilegiada quanto à economia mundial, o Brasil ainda precisa de muito trabalho, além de novas diretrizes econômicas e reforma tributária. Representando 50 empresas associadas que empregam 65 mil trabalhadores em 18 municípios do território catarinense, o Sintex está a serviço do segundo maior polo têxtil do Brasil. Entre as principais bandeiras levantadas pela instituição está a desoneração da folha de pagamento. “Reduzir os custos vinculados aos salários é uma medida urgente e neces-


sária em um setor intensivo de mão de obra como é o vestuário. Vamos continuar insistindo para que isso seja feito de uma forma justa”, destaca Kuhn, fazendo alusão ao Brasil Maior, plano do governo federal que, na percepção dos empresários, tira custos de um lado e cobra por outro. Com a carga tributária exagerada, apreciação da moeda brasileira, inserção de pacotes econômicos diversos e barreiras comerciais, a indústria nacional sofre na hora de competir no mercado globalizado. E no setor têxtil, em que há alto número de elos produtivos, o problema é maior. Os impostos assombram desde o algodão até os acabamentos. Como exemplo, pode-se pegar uma compra de R$ 100 em roupas. O con-

sumidor estará pagando R$ 53 em tributos diretos e indiretos. Nesse cenário, o Sintex une forças para manter o setor competitivo nacional e internacionalmente. “Cabe a nós todos planejar a produção tendo em vista o que o consumidor espera adquirir no futuro. Cada vez mais, conceitos como o da moda ecológica, o consumo sustentável, inovações e rapidez devem estar presentes na nossa gestão”, diz o presidente. Criar conceituação e agregar valor ao produto podem ser estratégicos, principalmente quando o empresário têxtil tem o feeling do movimento de mercado, dos interesses dos consumidores. É por isso que, além de ser o representante legítimo, com força cons-

titucional, para celebrar convenções coletivas de trabalho, o Sintex oferece aos associados diversos serviços, como a promoção de cursos, seminários e palestras. Convênios e benefícios também são disponibilizados por meio de uma equipe de profissionais altamente qualificados em diversas áreas, como assessoria jurídica, de comunicação, de logística, de seguros e TI. A intenção é qualificar ainda mais as empresas catarinenses, além de apoiar projetos de Arranjo Produtivo Local. São oferecidos recursos de estrutura e tecnologia para os associados. São passos para que logo possa ser recuperada a importância dos produtos têxteis catarinenses no Exterior, como era no passado, resgatando o espaço no cenário mundial. Arquivo Mundi Editora

Sintex Base territorial: Blumenau Apiúna Ascurra Benedito Novo Dona Emma Doutor Pedrinho Gaspar Ibirama Indaial José Boiteaux Massaranduba Pomerode Presidente Getúlio Rio dos Cedros Rodeio Timbó Vitor Meireles Witmarsun Associados: 50 Trabalhadores: 65 mil

Ulrich Kuhn preside o sindicato que representa o segundo maior polo têxtil do Brasil 17


case empresarial

CONVENIÊNCIA

PARA COMPRAR CARROS

Uma paixão bem brasileira é o automóvel. E o mercado tem crescido consideravelmente, seguindo os passos da economia nacional. Novas marcas ganham espaço e as já consolidadas continuam aumentando a fatia de mercado. Um estudo elaborado pela KPMG e divulgado no início de janeiro, em que participaram 200 executivos da indústria automobilística mundial, deixou claro que o Brasil avança para se tornar o terceiro maior mercado de carros do Planeta. Isso deve se tornar realidade já em 2016. Prova disso que, por aqui, há cada vez mais empreendedores interessados no mercado e na busca

de alternativas para virar referência no comércio automobilístico. Quando inaugurado, em outubro de 2009, o Vale Auto Shopping, um condomínio comercial do setor de veículos novos e seminovos, trouxe consigo uma atividade pioneira para o Vale do Itajaí. Uma estrutura especialmente projetada com a finalidade de comercializar veículos chamou atenção da população e da crítica, que apostou nos resultados do empreendimento. Com pouco mais de dois anos, o sucesso tem sido alcançado, tornando o centro de compra e trocas de automóveis uma referência nas negociações do setor, apresentando aos clientes qualidade, segurança e credibilidade.

O administrador do empreendimento, Edson Riedel, destaca não só a grande quantidade e variedade de veículos como diferencial competitivo do Vale Auto Shopping. “Oferecemos muitas opções aos clientes, mas trazemos para ele uma praticidade pouco encontrada, com ambiente moderno e conveniências”, diz. Ao citar a modernidade da estrutura, estão em destaque o modelo construtivo civil, climatização do ambiente e a amplitude e gratuidade de vagas no estacionamento. Além disso, a responsabilidade socioambiental se destaca no cuidado com recursos naturais. A água da chuva é utilizada na lavação de veículos e nos sanitários. Ao todo, são duas cisternas que armazenam até 200 mil litros. Fotos Daniel Zimmermann

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Todas as marcas em um só lugar Nos 14 mil metros quadrados do Vale Auto Shopping podem ser encontrados os mais variados modelos de veículos, nas 17 lojas de novos e seminovos e três concessionárias. O local comporta, tranquilamente, 650 veículos de passeio para exposição. Além da variedade, o serviço de conveniência também atrai os clientes. São cinco agências bancárias e uma cooperativa de crédito disponíveis exclusivamente para financiamento de veículos, além de corretora de seguros, despachante e um centro automotivo. Esse centro disponibiliza todos os serviços necessários para um carro, desde acessórios, mecânica e elétrica até inspeção veicular. Esses serviços funcionam nos mesmos horários de atendimento das lojas, de terça-feira a domingo. O restaurante e lanchonete do empreendimento, além de atender aos funconários e lojistas, é aberto ao público. O Vale Auto Shopping caracteriza-se como maior revenda de veículos da região, atendendo a clientes de mais de 70 cidades. A média de negociações firmadas fica em 400 unidades por mês. Um ponto estratégico para esses números está na localização, já que o empreendimento foi construído às margens da BR-470, próximo ao cruzamento com a Rua Dr. Pedro Zimmermann, importantes corredores de acesso a Blumenau. Desde o início das atividades, a cartela de clientes já chega a 10 mil pessoas. Por números como esse, o Vale Auto Shopping recebeu, em novembro de 2011, o prêmio Gustav Salinger na categoria Comércio. Atualmente, o empreendimento gera 25 empregos diretos e atividades indiretas para mais de 150 profissionais.

Edson Riedel administra o empreendimento inaugurado em 2009, na margem da BR-470

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case empresarial

Fotos Daniel Zimmermann

ASSOCIATIVISMO O associativismo ganhou destaque na parceria que o Vale Auto Shopping firmou com o Núcleo de Jovens Empreendedores da Acib (Acib Jovem) para a venda de dois veículos novos, sem os valores tributários, na realização do Feirão do Imposto, em 2011.

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RESPONSABILIDADE SOCIAL

Exemplo a

ser seguido

cursos financeiros ou materiais, ajudam a realizar as reformas necessárias nos quartos, sempre de acordo com as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A Planessor Engenharia é uma das empresas que já contribuiu com o projeto. “Todos sabemos das dificuldades existentes quando falamos em recursos para a saúde. A Planessor foi requisitada para orçar alguns projetos do Hospital Santa Isabel e percebemos como é difícil a arrecadação de verbas para a instituição. Por isso, resolvemos fazer a nossa parte”, destaca a en-

genheira Dorli Holz Schüler. Dorli ressalta que, além da ajuda financeira, a empresa também investiu em outros equipamentos, como televisores novos para os quartos de internação. “Vemos o que eles precisam e fazemos o possível para colaborar. Esse é um trabalho contínuo, a ajuda precisa ser constante”, conclui. A presidente da Casa da Amizade de Blumenau na gestão 2010/2011, Regina Almeida, também destaca a importância em contribuir com projetos como o ‘Adote um Quarto’. “O Hospital

Divulgação

A ONG foi criada para que a comunidade, que tem interesse em ajudar de alguma forma, possa participar mais ativamente das ações em prol do hospital. “A Amabel funciona como

um elo entre a sociedade e o Hospital Santa Isabel”, destaca o presidente da associação, Sérgio Hess de Souza. A associação foi criada no dia 25 de novembro de 2004 e, desde então, promove, coordena e executa programas e atividades que têm como objetivo arrecadar recursos financeiros para melhorias em toda a estrutura do hospital. “Não fazemos parte da administração, mas, sim, buscamos, junto ao governo e a entidades empresariais, recursos que possam ajudar de alguma forma. Foi graças ao trabalho desenvolvido pela Amabel que o hospital conseguiu, por exemplo, um novo gerador que sustenta toda a estrutura. O antigo atendia somente às áreas da UTI e do Centro Cirúrgico”, destaca Hess de Souza. O presidente da Amabel conta que a ONG também foi responsável por conseguir um novo elevador para a casa hospitalar; pelo acesso, totalmente asfaltado, entre o Colégio Sagrada Família e o hospital; e, também, pela obra do heliponto, que recebe os helicópteros que trazem pacientes ou transportam órgãos para transplante.

Sérgio Hess de Souza em inauguração de ala reformada pelo projeto ‘Adote um Quarto’

O Hospital Santa Isabel não é só um lugar onde pessoas são curadas e vidas são salvas. Nele, também é possível se envolver em ações que visam ajudar a melhorar as condições de saúde da população. Esse é o trabalho que a Associação dos Amigos do Hospi-

tal Santa Isabel (Amabel) desenvolve há mais de sete anos.

Adote um Quarto Buscando melhorar a qualidade da estrutura e dos equipamentos disponíveis, a Amabel criou o projeto ‘Adote um Quarto’. Como os recursos próprios do Hospital Santa Isabel não são suficientes para as reformas das unidades de internação, o projeto tem o objetivo de levantar fundos para ajudar a instituição a proporcionar um atendimento ainda melhor aos pacientes, com mais conforto e qualidade nas acomodações. Esse projeto conta com a participação de entidades e empresas que, por meio de doações de re22


Único de Saúde (SUS), que correspondem a, aproximadamente, 70% do total de pacientes da instituição. A meta da associação é concluir a reforma dos 50 quartos que ainda restam. Esse projeto e os demais trabalhos desenvolvidos pela associação têm reconhecimento tanto municipal quanto estadual. “Tudo o que fazemos é por amor ao Hospital Santa Isabel. Realmente, gosto do trabalho que desenvolvemos e é sempre bom ver os resultados que já conseguimos alcançar”, conclui o Hess de Souza.

Daniel Zimmermann

Santa Isabel é destaque no atendimento em Blumenau e também na região. Por isso, melhorar a estrutura dele é um benefício para toda a comunidade e é importante que todos colaborem da maneira que for possível”, ressalta Regina. A Casa da Amizade também já contribuiu com o ‘Adote o Quarto’, ajudando na reforma das acomodações da Unidade Luizita I, localizada no sexto andar do hospital. “O projeto ‘Adote um Quarto’, assim como todas as outras ações que a Amabel desenvolve, é muito bem organizado e transmite grande credibilidade. Não é só contribuir, também vemos os resultados das nossas doações”, conclui Regina. O Hospital Santa Isabel possui 132 acomodações e, através do ‘Adote um Quarto’, já foram reformados 82 delas. Os espaços reformados são direcionados, principalmente, aos pacientes do Sistema

Dorli destaca a importância do projeto

Para adotar um quarto Entre em contato com a Amabel pelo telefone (47) 3321-1004, ou envie mensagem para amabel@santaisabel.com.br


Negócios

incentivo para novos negócios Fotos Divulgação

Assessoria do Sebrae ajuda pequenos e micro empreendedores a planejar melhor os passos da empresa

Desde 1972, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) promove a competitividade e o desenvolvimento sustentável de empreendimentos de micro e pequeno porte. Por meio de parcerias com setores público e privado, o Sebrae incentiva o associativismo e o desenvolvimento de novos mercados em todo o Brasil. Entre os principais objetivos da organização, estão a redução da carga tributária e da burocracia para facilitar a abertura de negócios e, também, a ampliação do acesso ao crédito para pequenas empresas. 24

Através de programas, o Sebrae ajuda os micro e pequenos empresários a investirem em novos negócios ou a melhorarem os que já existem. Os programas do Sebrae estão organizados de duas formas: a primeira é o atendimento individual a donos de micro e pequenas empresas, de forma presencial ou a distância; a segunda, é a coletiva e ocorre por meio da articulação com parceiros e execução de ações integradas de atendimento para os setores da Indústria, Comércio e Serviços, Agronegócio e Desenvolvimento Territorial. “Nossos projetos são estruturados para proporcionar às empresas gestão e inovação, para fomentar a

formalização, para a melhoria na qualidade da gestão e também para ampliar as oportunidades de negócios”, ressalta Sérgio Fernandes Cardoso, diretor de Administração e Finaças do Sebrae SC. Além de ajudar a dar o pontapé inicial na empresa, o Sebrae firma parcerias que buscam incentivar e atualizar o empreendedor sobre as novidades do mercado. Exemplo disso é a parceria feita com o BluSol, através do Programa de Autoatendimento Negócio Certo Sebrae. O programa oferece ao empreendedor, gratuitamente, o acesso a orientações para o planejamento, a abertura e a administração de pe-


quenos negócios. “Essas orientações podem ser a distância, pela internet, ou com material impresso. Também há profissionais disponíveis via 0800 e consultores nas agências do Sebrae para esclarecerem qualquer dúvida do empreendedor”, explica Eliete Maria de Carvalho, Analista da Unidade de Atendimento Individual do Sebrae SC. O programa é dividido em etapas, entre as quais estão: analisar a viabilidade do projeto, administrar e organizar um negócio e melhorar o relacionamento da empresa com o mercado. O Negócio Certo Sebrae está operando desde outubro de 2004 e, desde então, já capacitou mais de 95 mil empreendedores em Santa Catarina. O Sebrae SC também participa

do Sinapse de Inovação, lançado em setembro de 2011 pelo governo do Estado. Além do Sebrae, o programa também conta com o apoio da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc). No Sinapse de Inovação SC, empresários e futuros empresários apresentam ideias de produtos e processos inovadores através da internet. “Os apresentadores das ideias selecionadas são apoiados com recursos financeiros, consultoria tecnológica e treinamento a distância, visando a implementação das ideias e o acesso ao mercado”, ressalta Marcos Regueira, Analista da Unidade de Empreendedorismo e Inovação do Sebrae SC. Nesse projeto, as 100 melhores

ideias de todo o Estado vão receber um aporte de R$ 50 mil cada, além de suporte técnico e de negócio. As ideias são analisadas por consultores especializados que verificam e pontuam o Potencial de Inovação, o Potencial de Mercado, a Maturidade da Ideia e o Impacto nos Setores Prioritários do Programa. A maioria das ideias vem de graduandos e recém-graduados dos cursos técnicos nas universidades e escolas técnicas. Para Regueira, além de promover a inovação, os participantes também podem trocar informações sobre o programa. “As ideias estão disponíveis no Portal Sinapse e são abertas a todos os participantes, permitindo, assim, a troca de informações e a cooperação entre os empreendedores”, destaca.

Impulso para a economia regional Em setembro de 2011, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Sustentável, o Sebrae apresentou o projeto “A Nova Economia Catarinense”. A ação busca o desenvolvimento das empresas de diversos setores na região e tem como objetivo fazer com que essas empresas ganhem em qualidade, produtividade e que sejam inseridas em novos mercados. O projeto já é realizado com o setor têxtil, com a parceria do Sindicato Patronal Têxtil do Alto Vale do Itajaí (Sinfiatec), e também busca beneficiar outros setores da região, como o de alimentos, de software, construção civil e, principalmente, o metal-mecânico. O programa vai destinar R$ 34 milhões para 46 polos industriais em todo o Estado catarinense. Na região do Vale do Itajaí, o investimento será de, aproximadamente, R$ 1 milhão. Serão trabalhados quatro pilares de atuação: o do empreendedor individual, os municípios com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), a economia verde e os polos industriais. Em outubro de 2011, representantes do Sinfiatec e do Sebrae começaram a visitar indústrias da região em busca de mais empresas para participarem do programa. Segundo a diretora-executiva

do Sinfiatec, Luciane Pereira, serão selecionadas 60 empresas para participarem do projeto. “Dessas 60 empresas, 20 fazem parte do Grupo Controle, das empresas que têm marca própria; e 40 são do Grupo Periférico, que corresponde a lavanderias, facções ou tinturarias, que prestam serviço para as confecções, por exemplo”, destaca Luciane. Podem participar do programa empresas com faturamento de até R$ 2,4 milhões por ano. As interessadas passarão por um processo de seleção e, se aprovadas, deverão participar de todas as etapas do projeto, que terá três anos de duração. As inscrições para o Grupo Controle já estão encerradas e, para o Grupo Periférico, seguem ainda em fevereiro. Para a diretora, são parcerias como essa entre o Sebrae e o sindicato Sinfiatec que ajudam a melhorar a economia

catarinense. “Projetos como esse são vitais para a sobrevivência das empresas. Hoje, em um mundo tão competitivo e globalizado, temos que estar juntos, buscando cada vez mais conhecimento e troca de informações e potencializando o conjunto de ações”, ressalta Luciane.

Orientação de consultor no Sebrae

Sebrae - Regional de Blumenau Rua XV de Novembro, 1466, Centro, Blumenau, SC www.sebrae.com.br (47) 3222-2655

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ENERGIA ELÉTRICA Divulgação

TRABALHO QUE

NÃO PODE PARAR

A oferta de energia elétrica é fundamental para o funcionamento de uma cidade. Indispensável desde um simples acender de luzes em casa até o funcionamento de aparelhos hospitalares e equipamentos de produção de grandes empresas. Mesmo que já estejamos tão acostumados e não percebamos o funcionamento desse serviço, basta uma falha para que todos sintam como a energia elétrica é imprescindível. Em Santa Catarina, o fornecimento é de responsabilidade da Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. (Celesc), com sede em Florianópolis e regionais em todas as regiões do Estado. Uma delas está em Blumenau e é responsável por atender 16 municípios. Segundo o gerente regional Claudio Varella, o maior consumo em megawatts/hora está dividido entre cinco cidades atendidas pela regional. Blumenau lidera o consumo, seguida por Brusque, Gaspar, Timbó e Pomerode, respectivamente. O papel central da Celesc é manter o sistema de energia elétrica fun26

cionando sem colapsos em três esferas: industrial, comercial e residencial. Para que isso aconteça, é realizado um planejamento de mercado, principalmente nas áreas industrial e comercial, que precisam de uma demanda maior de energia. Varella diz que são três pontos-chave para que tudo funcione de forma adequada e tenha o menor número de falhas possíveis: operação, manutenção e planejamento. Para garantir o abastecimento de energia elétrica, a Celesc realiza serviços de manutenção durante todo o ano, como a poda de galhos de árvore próximas à fiação. Outro trabalho realizado é a inspeção visual do cabeamento, quando técnicos percorrem a rede para ver se está tudo em perfeito estado. Além da inspeção termográfica, que verifica a intensidade de calor no cabeamento, conseguindo detectar se existe algum ponto com calor excessivo. Em 2011, foram investidos, em toda a área de abrangência da Regional de Blumenau, R$ 8 milhões. Desse valor, R$ 3 milhões em Blumenau. O maior volume de trabalho ficou em Blumenau, com a readequação de energia necessá-

ria para atender duas grandes demandas do setor comercial: a instalação do Blumenau Norte Shopping e do Shopping Park Europeu. “No caso de empreendimento desse porte, é preciso fazer uma consulta com seis meses de antecedência. Às vezes, o sistema não está disponível para liberar tanta energia de uma só vez”, explica Varella. Os dois shoppings juntos consomem energia elétrica suficiente para abastecer 25 mil pessoas. Para a instalação do Blumenau Norte Shopping, inaugurado em maio de 2011, foi preciso readequar o sistema de distribuição da região e construir outro circuito de distribuição. Com isso, não acontece uma sobrecarga de energia na área do entorno do empreendimento. O Shopping Park Europeu, que abriu as portas em dezembro, fica entre duas subestações de energia – do Bairro Velha e Ponte do Salto. A disponibilidade de energia para esse shopping é algo como abastecer a cidade de Massaranduba. O investimento da estatal para garantir a qualidade de energia necessária a esses dois empreendimentos girou em torno de R$ 1 milhão.


Os eventos climáticos de novembro de 2008 e a enchente em setembro de 2011 tiveram proporções diferentes e precisaram de planos de ação distintos por parte da Celesc. “Os eventos que ocorreram em 2011 não atrapalharam significativamente nosso trabalho. Foi diferente de 2008, quando, com os deslizamentos, foram registradas mil reconstruções na rede de energia”, destaca Varella. Na enchente de setembro passado, o trabalho da Celesc foi monitorar a rede de energia e isolar o perigo. O número de reconstruções de rede foram menores, chegando a 200. O maior volume de trabalho se

concentrou em Blumenau e Brusque e o caso mais grave aconteceu na Rua Silvano Candido da Silva, ligação de Blumenau e Gaspar com a BR-470, onde 1,7 mil metros de cabeamento foram reconstruídos. O faturamento da regional da Celesc fechou em R$ 88 milhões, em 2011. Porém, o gerente ressalta que somente 20% fica com a estatal; o restante é gasto com encargos, folha de pagamento e compra de equipamentos. Desse valor, 45% do total foi pago por consumidores de Blumenau, que desembolsaram R$ 40 milhões, contribuindo para o crescimento de 4% em distribuição de energia no ano de 2011.

Daniel Zimmermann

Força da natureza

Claudio Varella dirige a regional da Celesc em Blumenau

Investimentos para 2012 Na central regional da Celesc em Blumenau, que fica no centro da cidade, as melhorias serão feitas quanto à questão de atendimento aos 500 clientes diários que procuram o prédio localizado na Rua das Palmeiras. Em 2011, foi reformulada a parte estrutural da sala de atendimento e, este ano, o objetivo é implantar um caixa com autoatendimento para que as pessoas

não fiquem esperando para realizar procedimentos simples, como retirada de a segunda via da fatura de energia elétrica. Visando investimentos de maior porte, está prevista a construção de uma nova unidade de transformação no Bairro Velha. De acordo com o gerente regional, essa construção vai disponibilizar mais energia para a região

que, além da grande população do bairro, possui muitos estabelecimentos comerciais. O investimento total para Blumenau em para 2012 é de R$ 10 milhões, com o programa de melhoria na ampliação de alimentadores na área de distribuição. Para atender os 16 municípios da regional, o governo do Estado anunciou, no final de 2011, a liberação de R$ 88,5 milhões. Divulgação

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Artigo

Indicação Geográfica: um instrumento para agregar Daniel Zimmermann

Blumenau e todo o Vale Europeu são conhecidos nacional e internacionalmente como uma região em que a população é laboriosa, zelosa e empreendedora, e que os produtos aqui fabricados são de grande qualidade. Infelizmente, isso não é suficiente para competir com os similares importados, pois em virtude do grande acúmulo de subsídios em sua origem, no caso dos produtos europeus ou do baixo custo de mão de obra, como no caso dos chineses, os importados chegam ao mercado por um preço inferior ao do nacional, e contando com o sedutor rótulo do importado, terminam por ganhar a preferência dos consumidores. Como valorizar os produtos, gerar desenvolvimento e renda em um cenário de desindustrialização? A resposta está em agregar valor aos produtos locais que possuam um forte vínculo histórico-cultural 28

com a região. Nesse contexto, uma poderosa ferramenta para o empresário-produtor é a titularidade de um selo de Indicação Geográfica, outorgado pelo INPI, e que proporciona um status diferenciado aos produtos, valorizando-os nos mercados onde já estão presentes, e abrindo portas para os grandes mercados consumidores do Brasil e do mundo. As indicações geográficas são uma ferramenta coletiva de promoção comercial de produtos (ou de serviços) onde qualidade, reputação ou outras características devem-se essencialmente à origem geográfica, como é o caso de diversos produtos do Vale Europeu, cujo potencial está sendo prospectado para a obtenção de indicações geográficas, entre os quais podemos destacar : cristais, arroz, embutidos, queijos, vinhos, porcelana, chocolate, têxteis, conservas, cervejas. Deve ficar claro que não são apenas produtos agroalimentares os potenciais beneficiários do instrumento. Na Europa, onde existem milhares de produtos reconhecidos por Indicação Geográfica, entre os quais, por óbvio ainda são maioria os agroalimentares, podemos citar os Vinhos Verdes de Portugal, mas também as facas, tesouras, pinças em aço não ligado de Solingen, na Alemanha. Em Santa Catarina, por hora, existe apenas um produto com certificação de Indicação Geográfica, que é o vinho de uva Goethe, da região de Urussanga. No país temos exemplos clássicos de sucesso e benefícios advindos da certificação, como é o caso do Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul, onde, além da valorização do próprio produto, houve incremento elevadíssimo no turismo e valori-

zação imobiliária de até 500%. Nos mesmos moldes, a carne do Pampa Gaúcho obteve uma valorização imediata de 30% no mercado varejista. Ao servir, ao mesmo tempo, (a) de garantia para o consumidor, pois demonstra que se trata de um produto de origem e qualidade ímpares, (b) de instrumento de marketing para o produtor, possibilitando acesso a mercados, aumento da produção e dos lucros, uma Indicação Geográfica também (c) preserva a história e cultura da região, gera emprego e desenvolvimento. A valorização, em todos os ângulos, reflete na totalidade da cadeia produtiva, por criar um vínculo entre um produto e a sua região de origem. Promove também o território, desenvolvendo o que é chamado de cesta de bens e serviços, onde está incluído um grande incremento do turismo, pois a partir da Indicação Geográfica a questão da identidade e preservação das habilidades locais, da história e da cultura ganha um espaço especial. O Vale Europeu, em face da implacável competição com os produtos importados, e do cenário econômico complexo, não pode mais desprezar esse instrumento de valorização de sua cultura e produtos, por essa razão é fundamental investir em Indicação Geográfica, pois só assim poderemos manter e ampliar nossos mercados. Para que a empreitada logre êxito, porém, o empresário deve estar engajado, e consciente dos benefícios que irá auferir com o investimento necessário. Suelen Carls Carls & Advogados Associados Mestranda em Desenvolvimento Regional



Acib é notícia

Unidades do Senai formam profissionais

Novos Associados BLUMENAUSUL Fone: (47) 3234-0888 www.blumenausul.com.br Fernando Willadino

ACADEMIA CLASSE A Fone: (47) 3323-6502 LAVINA & SOARES CONCRETO PRÉ-MOLDADO Fone: (47) 3234-0888 www.blumenausul.com.br SANCES SISTEMAS Fone: (47) 3326-4252 www.sances.com.br TESKE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO Fone: (47) 3323-1899

Unidades móveis vão percorrer o Estado

Quatro unidades do Programa Senai Móvel vão percorrer os municípios catarinenses para fornecer cursos na área da construção civil, atendendo as comunidades em parceria com prefeituras, sindicatos ou empresas. “O setor de construção civil vem crescendo muito em Santa Catarina e já representa 5% do Produto Interno Bruto (PIB), com mais de 95 mil funcionários”, salienta o presidente do Sistema Fiesc, Glauco José Côrte. “O esforço é para aperfeiçoar os trabalhadores do setor, que está utilizando equipamentos mais sofisticados e precisa contar com trabalhadores qualificados”, destaca. O diretor-regional do Senai de Santa Catarina, Sérgio Roberto Arruda, lembra que o programa é resultado de investimento de R$ 3,5 milhões, feito em par-

ceria com o Departamento Nacional da instituição, e que contempla a implantação de outras quatro unidades fixas. “A ideia é atender as localidades menores, onde não existem unidades fixas. Com esse, que é o grande programa do atendimento da construção civil, há possibilidade de ampliar para mais 7 mil vagas de treinamento por ano”.

 As unidades móveis oferecerão cursos de qualificação e aperfeiçoamento de pedreiros, pintores, instaladores hidráulicos, eletricistas, carpinteiros de fôrma, armadores de ferragem, assentadores de cerâmica, projetistas e mestres de obras (gestores). Para atender cada curso, as unidades são transformadas em laboratórios diferentes e cada uma tem capacidade para atender 24 alunos.

Programa de Desenvolvimento de Dirigentes O Programa de Desenvolvimento de Dirigentes (PDD) foi criado e adaptado ao modelo de gestão Parceiros para Excelência (Paex), programa desenvolvido e coordenado pela Fundação Dom Cabral, eleita, em 2011, a quinta Melhor Escola de Negócios do Mundo. O PDD é um programa aberto, que possibilita aos gestores o conhecimento e a aplicação do que há de mais moderno nas ferramentas de gestão, não apenas da área em que atuam, mas de todas as áreas que compõem uma organização. É direcionado a líderes, gestores e dirigentes que têm sob sua responsabilidade o gerenciamento dos resultados. Mais informações com a Fundação Fritz Müller, pelo telefone (47) 3057-8028.

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VISUAL COMUNICAÇÃO Fone: (47) 3334-8327

Agenda Curso Atualização Tributária 2012 Quando: 23 de fevereiro Horário: das 8h ao meio-dia e das 13h às 17h Local: Acib Valor: R$ 249,00 (associados Acib), R$ 299,00 (não-associados) Informações: (47) 3322-3384 ou cursos@socion.com.br Palestra Sebrae – Gestão Financeira – controle e decisão Quando: 28 de fevereiro Horário: 8h às 10h Local: Acib Valor: gratuito Informações: (47) 3326-1230 / eventos@acib.net Curso Rápido de Vendas Quando: 29 de fevereiro Horário: das 19h às 22h Local: Acib Valor: R$ 60,00 (associados Acib), R$ 90,00 (não-associados) Informações: (47) 3326-1230 ou eventos@acib.net Palestra – Liderando com criatividade e inovação Quando: 29 de fevereiro Horário: 19h30min às 21h30min Local: Teatro Carlos Gomes Valor: R$ 85 (associados Acib), R$ 110 (não-associados) Curso Recursos Técnicos e Profissionais Quando: 12 de março Horário: 18h15min às 22h15min Local: Proway Informática Informações: (47) 3326-1230 / eventos@acib.net


CME fará homenagens em 8 de março A Câmara da Mulher Empresária da Acib deu início aos preparativos para a celebração do Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março. Será realizado evento, no Teatro Carlos Gomes, que homenageará mulheres que se destacaram nas mais diferentes áreas de trabalho. Dentro da programação especial haverá jantar e show musical com a banda Soulution Orchestra, de Curitiba (PR). “Todos os anos, repetimos o sucesso dessa comemoração, pois é uma forma de reunirmos quem faz a diferença na sociedade blumenauense, além de ser uma oportunidade para refletir sobre o papel da mulher no mercado de trabalho. Estamos na 10ª edição e, mais uma vez, para comemorar uma data tão especial, vamos homenagear um grupo de mulheres que vem contribuindo para o desenvolvimento de nossa cidade”, diz a coordenadora da CME, Eliete Panini.

Núcleo de Mídia Exterior apoia campanha do Metrô

A nova campanha de sócio-torcedor do Metropolitano já está nas ruas de Blumenau e conta com o apoio do Núcleo de Mídia Exterior da Acib. Para contribuir com a causa, empresas que participam do núcleo cederam espaços em outdoors, que estão espalhados por toda a cidade. “Ver o Metropolitano crescer é uma causa que a Acib e toda a comunidade empresarial já abraçaram. Por esta razão, decidimos apostar na campanha e divulgação do clube”, explica Vilson Voigt, do Núcleo de Mídia Exterior. Com o tema “Não deixe a bola cair”, a campanha busca o apoio de novos sócios-torcedores e empresas da região. Os sócios torcedores contribuem com R$ 35,00 por mês e têm direito a ingressos nos jogos em que o Metropolitano for o mandante.

Finep incentiva INVESTIMENTO em pesquisaS A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) vai criar um programa de crédito permanente para ajudar empresas a manter investimentos constantes em pesquisa e desenvolvimento (P&D). Segundo o presidente da agência, Glauco Arbix, a ideia é trocar a lógica de apoio isolado a projetos por uma espécie de crédito pré-aprovado para um suporte financeiro à atividade de inovação. Cada operação da conta Inova Brasil P&D poderá chegar a R$ 200 milhões. Segundo Arbix, o programa foi desenhado para as companhias que investem em P&D de forma sistemática. A empresa poderá obter uma linha de crédito de três a cinco anos. No primeiro, receberá o equivalente à média do que aplicou em P&D nos últimos dois anos. Se cumprir os projetos, terá 10% a mais no ano seguinte. As interessadas poderão ainda aumentar em 5% o limite de crédito cada vez que cumprirem uma das exigências criadas pela Finep para incentivar indicadores como: aumento da média de escolaridade dos funcionários, internalização de processos de tecnologia e engenharia, contratação de mestres e doutores, inclusão de pequenas empresas de base tecnológica entre os fornecedores e parceria com instituições científicas. “Se cumprir todos esses itens, a empresa poderá chegar a transformar 135% do seu investimento em inovação em crédito automático. Além de reduzir a burocracia da análise de cada projeto, esse programa dá impulso concreto à formação de um grupo de empresas que investem regularmente em P&D”, afirma Arbix. (Com informações do jornal O Estado de São Paulo).

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CDL É NOTÍCIA

Convenção Estadual do Comércio Lojista Divulgação

Diretoria da CDL já trabalha para a realização da convenção estadual em 2013

A diretoria da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) Blumenau esteve em Florianópolis, no dia 23 de janeiro, em reunião com o presidente da FCDL/SC, Sérgio Alexandre Medeiros. O assunto do encon-

Super Sábado de liquidações No dia 11 de fevereiro teve Super Sábado especial em Blumenau. Além dos horários especiais de atendimento – as lojas da região central ficaram abertas das 9h às 17h – moradores e turistas puderam aproveitar o Liquida Blumenau. “Foi uma oportunidade a mais para os consumidores aproveitarem o Liquida Blumenau. São promoções que oferecem produtos de qualidade com preços especiais”, explica o presidente da CDL Blumenau, Paulo Cesar Lopes. O período de promoções no comércio continua até o dia 19 de fevereiro. O Super Sábado é realizado no segundo sábado de cada mês e a partir desse ano será coordenado pelo Núcleo da XV, da CDL Blumenau. Novas idéias e projetos são estudados para incrementar ainda mais a ação que busca movimentar o comércio da cidade. 32

tro foi o planejamento para a 45ª edição da Convenção Estadual do Comércio Lojista, marcada para os dias 23, 24 e 25 de maio de 2013. “Já estamos trabalhando para fazer uma convenção de qualida-

Alemanha inspira Magia de Natal 2012 Sara Fogaça, diretora da CDL Blumenau e coordenadora do Magia de Natal, viajou para a Alemanha onde visitou a Christmasworld, em Frankfurt, uma das maiores feiras do mundo com foco em decoração natalina. Sara buscou novas matérias-primas e idéias para o Magia de Natal, com a intenção de incrementar ainda mais a decoração das ruas e os desfiles que tomarão conta do calendário da cidade em novembro e dezembro deste ano.

de e que fique marcada na história da FCDL/SC”, diz o presidente da CDL, Paulo Cesar Lopes. O lançamento do evento de Blumenau será na convenção deste ano, de 24 a 26 de maio, em Jaraguá do Sul.

Novos Associados Herval Móveis e Colchões GN Carretas Motivação Educacional Becker Comercial Portugalia Restaurante Belle Pet Neoprint Gráfica Digital Empresadois Serviço Criativo NM Sistemas Eletrônicos Casa da Luta Casa Nova MPL San Med Fabrício e Silvana Edemaq


Núcleo da XV discute REVITALIZAÇÃO O Núcleo da XV de Novembro, da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) Blumenau, articula a implementação de uma campanha de conscientização e manutenção para manter a limpeza na rua, que é uma das principais de Blumenau. O projeto já está em andamento e deverá ser lançado após a conclusão da lavação e pintura do mobiliário da Rua XV, em fevereiro. A proposta já foi apresentada para a Prefeitura. A revitalização da rua XV de Novembro começou em janeiro. A previsão é que a obra dure cinco semanas, dependendo das condições do tempo. O trabalho prevê a lavação, troca e pintura do mobiliário, além da limpeza das calçadas e pistas da rua XV. O Sindicato da Construção (Sinduscon) de Blumenau apoia o projeto e doou toda a tinta que será usada na obra. A manutenção da rua é parte do planejamento de ações de responsabilidade de uma das comissões do Núcleo da XV. Cada grupo possui um cronograma de ações integradas com trabalho desenvolvido pelos próprios nucleados para buscar no setor público e privado parceiros para o desenvolvimento da região. Outras comissões já trabalham para fortalecer e unir as empresas estabelecidas na Rua XV e discutir assuntos como segurança, regularização do comércio, estacionamento e qualificação profissional. Qualquer estabelecimento comercial localizado na Rua XV de Novembro pode aderir ao projeto que pretende transformar o local em um shopping a céu aberto.

Redução da Selic ajudará vendas Os juros menores e crédito mais barato podem reverter o quadro de baixas vendas nos primeiros meses, acredita FCDL/SC. O quarto corte consecutivo na taxa básica de juros do país, definida na quarta (19/1) pelo Comitê de Política Monetária, deixou os comerciantes catarinenses otimistas com relação as vendas nos primeiros meses do ano. O presidente da Federação das CDLs de Santa Catarina (FCDL SC), Sergio Medeiros, acredita que a redução dos juros básicos da economia, de 11% para 10,5% ao ano, ajudará a aumentar o movimento no comércio no início do ano, período que tradicionalmente registra baixos índices de negócios. Além disso, o dirigente lojista destaca que a medida é muito importante para diminuir os efeitos da crise europeia no mercado brasileiro.

calendário cev FEVEREIRO Técnicas de Vendas e Negociação Dias 27, 28 e 29 9 horas Apresenta os conceitos mais atuais e modernos referentes à área comercial, abordando os aspectos relacionados à personalização do contato, negociação e pós-vendas. MARÇO Gestão Administrativa de Crédito e Cobrança Dias 5, 6, 7 e 8 12 horas Capacita o participante a gerir seu processo de cobrança através de procedimentos e indicadores de desempenho devidamente alinhados com a legislação pertinente. Desenvolvimento de Equipes Dias 12, 13, 14 e 15 12 horas Proporciona aos participantes uma visão prática do processo grupal, seus sistemas, seus comportamentos e sua dinâmica, reforçando o relacionamento interpessoal. Transmite aos profissionais as atitudes referentes ao trabalho em equipe, enfatizando aspectos como: energização, motivação e comprometimento. Atendimento: A Arte de Conquistar e Manter Clientes Dias 19, 20 e 21 9 horas O curso apresenta estratégias para encantar, fidelizar e controlar as situações de atendimento. Cria no participante um perfil de atendimento excelente para superar as expectativas dos clientes. Formação do Preço de Venda Dias 26, 27, 28 e 29 12 horas Capacita o participante a calcular o custo e o preço de um produto ou serviço, preparando-o para utilizar esta ferramenta na negociação com fornecedores e clientes. Também habilita o participante a optar pela melhor forma de custeio para a sua empresa. Sobre os cursos Aulas das 19h. as 22h., na Casa do Comércio CDL Inclui: Certificado, estacionamento, apostila e coffee-break. Informações e Inscrições 47 3321 5715 / secretaria.cev@cdl-sc.org.br Desconto garantido para associado CDL. Informe-se sobre condições especiais para grupos e in-company.

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Intersindical é notícia

Texfair Fashion ganha novo projeto Edson Pelence

A moda estará em debate na feira blumenauense

O Sintex desenvolveu um novo projeto para a Texfair Fashion, que tem data de realização prevista para o período de 17 a 20 de abril de 2012. Seguindo as melhores tendências dos eventos de moda nacionais, entre as novidades estão a remodelação da marca, um novo visual para a feira, o fórum de

tendências, a realização de palestras e workshops, a exposição de fotografias de moda, participação de blogueiros do universo fashion e uma linguagem que une os negócios ao glamour das feiras de moda. O diretor-executivo do Sintex, Renato Valim, destaca que, além de apresentar os produtos, um dos objetivos das mudanças é capacitar os compradores com informações qualificadas sobre varejo em geral. “Uma das ideias para os workshops é dar orientações sobre como comprar melhor as coleções, com base nas tendências para as próximas estações. Queremos que nossos visitantes tenham a mesma qualidade de informações de moda que encontram nos trade shows internacionais”, destaca. O lançamento da Texfair Fashion 2012 será diferenciado, para que o perfil industrial dê espaço ao glamour do universo da moda. A programação inclui festas e lançamentos de coleções específicas para que o público assimile o evento com as duas bases de atuação.

Salvaguardas no setor têxtil Arquivo Mundi Editora

Segundo Kuhn, o Custo Brasil encarece a produção nacional

O presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário (Sintex), Ulrich Kuhn, debateu, ao lado de outros representantes do segmento, em São Paulo, o início do processo de pedido formal de salvaguarda para o setor têxtil brasileiro, na área de manufaturados. Mas, para o executivo, antes de efetuar as medidas de salvaguarda, o governo brasileiro deveria fazer sua lição de casa para tornar os produtos nacionais mais competitivos. “O setor não é contra importações, o mundo é global. Porém, a realidade do País, hoje, o chamado Custo Brasil, faz com que o produto nacional fique caro em relação ao resto do mundo. A nossa carga tributária, o nosso custo financeiro agravado e a excessiva apreciação do Real

torna a exportação, principalmente dos bens manufaturados, muito difícil e torna a importação muito atrativa”, destaca Kuhn. As medidas de salvaguarda podem tomar a forma de elevação dos impostos de importação, por meio de adicional à Tarifa Externa Comum (TEC) por alíquota ad valorem, específica ou da combinação de ambas ou restrições quantitativas. Elas são não-discriminatórias e incidem sobre importações de todas as origens. A duração de uma medida de salvaguarda é de até quatro anos (prorrogáveis, no máximo, por mais seis anos), sendo a aplicação progressivamente liberalizada a partir do fim do primeiro ano e condicionada a um compromisso de adoção de política de ajuste por parte da indústria.

O Jantar de Ideias, evento lançado pelo Simmmeb no ano passado e aprovado pelos associados à entidade, já tem datas confirmadas para 2012. Em Blumenau, será realizado nos dias 26 de março e 17 de setembro e, em Pomerode, dia 4 de junho. “Os empresários necessitavam de um espaço como este para, além de trocar experiências, fazer negócios”, observa o presidente Hans Bethe.

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Daniel Zimmermann

Simmmeb define datas dos jantares de ideias

O Jantar de Ideias foi lançado em 2011 e teve avaliação positiva dos associados


Arquivo Mundi Editora

Sinduscon doa tintas para a rua xv

Ideia é revitalizar o corredor comercial

Como parte do Projeto de Revitalização da Rua XV de Novembro, o Núcleo da XV – composto por lojistas e coordenado pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Blumenau, começou a preparar a reforma do mobiliário do local. Em uma parceria do Sebrae, Sindilojas e Prefeitura, a revitalização começou no dia 21 de

janeiro. Para a obra, o núcleo ganhou um grande aliado: o Sindicato da Indústria da Construção de Blumenau (Sinduscon), que será o responsável pelo pagamento de toda a tinta utilizada para a revitalização. A primeira parte da obra será a lavação das calçadas da Rua XV e principais transversais, feita pela Prefeitura. As atividades ocorrerão somente aos sábados à tarde, domingos e durante as noites. O trabalho, que será executado pela Secretaria de Serviços Urbanos, terá início próximo ao prédio da Fundação Cultural Blumenau e seguirá por toda a Rua XV de Novembro no sentido normal do tráfego de veículos. Para a segunda etapa, a pintura dos bancos, o Poder Público irá disponibilizar a mão de obra e solicitou que o núcleo arcasse com os custos de material. O sindicato se dispôs a pagar a tinta utilizada. O Projeto de Revitalização da Rua XV de Novembro tem como objetivo transformar o local em um espaço de lazer, turismo, cultura e comércio, que seja atrativo para blumenauenses e visitantes, em todos os dias da semana.

Emprefest vai celebrar o empreendedorismo Em comemoração ao seu 28º aniversário, a Ampe Blumenau vai promover e celebrar o orgulho do empreendedorismo nacional, realizando a primeira edição do Encontro Nacional de Empreendedores e Festival Cultural do Empreendedor (Emprefest), de 29 de março a 1º de abril, no Parque Vila Germânica. O Emprefest vai reunir empreendedores de várias regiões do Brasil que virão a Blumenau para debater em encontros técnicos temas de interesse do segmento, como a necessidade de tratamento diferenciado e favorecido à luz da Lei Geral 123, do Estatuto Nacional da Micro Empresa e da Constituição Federal, artigos 170 e 179. Simultaneamente, de 29 a 1º de abril, em outro pavilhão da Vila Germânica, acontecerão a Feira Mulher Brasil e a Mostra do Empreendedor Catarinense, eventos que gerarão e fomentarão negócios para os participantes e que são abertos ao público em geral. Divulgar a cultura empreendedora em Blumenau, cidade onde nasceu a primeira associação de micro e pequenas empresas do Brasil e promover as tradições empreendedoras da região, são outros objetivos do Emprefest. Desta forma, os palcos da Vila Germânica, durante o período noturno, serão o cenário de uma festa multicultural, reunindo músicas e gastronomia alemã, italiana e brasileira, além de chope, vinho e outras bebidas típicas. Com isso, a Ampe Blumenau, além de promover o turismo regional, vai celebrar o orgulho do segmento empreendedor brasileiro que responde por 98% das empresas formalmente constituídas e 60% dos trabalhadores com carteira assinada. A idealização é da Associação de Microempresas, Empresas de Pequeno Porte e Empreendedores Individuais de Blumenau (Ampe Blumenau) e a realização da Via Ápia Eventos.

Programação Dia 29/03/2012 (Quinta) 16h - Inauguração do Ciampevi Local: Rua Humberto de Campos, 245 Dia 29/03/2012 (sexta) 18h - Desfile das bandeiras dos Estados 18h30min - Abertura oficial do Emprefest, da Feira Mulher Brasil e da Mostra do Empreendedor Catarinense 19h - Programação Festival (bandas típicas, folclore/corais e gastronomia) Local: Parque Vila Germânica Dia 30/03/2012 (sábado) 15h - Palestras, workshops com mediadores 19h - Programação Festival (bandas típicas, folclore/corais e gastronomia) Local: Parque Vila Germânica Dia 31/03/2012 (domingo) 15h - Palestras 17h - Elaboração da “Carta do Empreendedor Brasil” 19h - Programação Festival (bandas típicas, folclore/corais e gastronomia) Local: Parque Vila Germânica Dia 01/04/2012 (segunda-feira) 12h - Almoço comemorativo de encerramento do evento, com música e danças folclóricas Local: Parque Vila Germânica

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Sindilojas é notícia

Concilia apresenta números de 2011 Banco de imagem

As soluções amigáveis de pendências judiciais são cada vez mais procuradas

A Câmara de Conciliação Trabalhista (Concilia) apresentou o balanço das atividades de 2011, tendo como destaque a manutenção do índice de acordos acima dos 50%, meta traçada no início do ano. Outro índice representativo foi a diminuição de empresas ausentes, ou seja: a conscientização pela tentativa prévia de conciliação já é uma realidade entre a classe empresarial. Dentre as ações realizadas em 2011 pela Concilia, destaca-se o apoio à Semana Nacional de Conciliação, que obteve 100% de êxito das reclamações conciliadas e o lançamento da cartilha ‘Conciliação’. Para a Concilia, o importante é a satisfação das partes e a conscientização de que a conciliação é o melhor caminho.

Parceria Senac/SINDILOJAS Dentro das ofertas que o Senac de Santa Catarina oferece como programa de capacitação está o Senac Varejo, que deve contar com a parceria do SINDILOJAS novamente em 2012, a partir de maio. Diversos empresários já participaram deste programa em anos anteriores e esta capacitação visa principalmente o ponto que o SINDILOJAS julga como mais importante, que é atualizar os empresários e demais lideranças no comando das

empresas do varejo. As palestras são específicas com este foco e servem perfeitamente para orientar a liderança das empresas no comando e no planejamento de crescimento e do atendimento de suas organizações. Por outro lado, no auditório do SINDILOJAS, na Casa do Comércio, estão sendo concluídas as programações de cursos “in company”. A novidade neste ano são os cursos de Vendedor – tema constante e sempre

necessário, de operador de caixa, ambos oferecidos também gratuitamente na modalidade de ensino à distância. Outros cursos com aulas presenciais à partir de março também gratuitos serão promovidos, como o técnico em Guia de Turismo. Aliás o SENAC é o órgão oficial do Governo Federal que tem o compromisso de capacitar mão de obra visando grandes eventos como a Copa do Mundo, que acontece no Brasil em 2014.

Horário diferenciado para o carnaval O Carnaval não é reconhecido por lei como feriado, mas já é tradição no Brasil a folga neste período para diversos segmentos. Para regulamentar essa situação, o SINDILOJAS ajustou com o Sindicato dos Empregados uma cláusula específica sobre o tema na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). O objetivo é oferecer mais liberdade de atuação aos lojistas, bem como informação e conforto aos consumidores. Para o Carnaval de 2012, comemorado em 21 de fevereiro (terça-feira), o SINDILOJAS, juntamente com a CDL, sugere aos empresários que, caso optem pelo fechamento do estabelecimento, que o façam na segunda-feira, dia 20 de fevereiro.

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As entidades defendem a abertura do comércio, sempre que possível, visando um atendimento de qualidade ao consumidor, seja de Blumenau ou visitante. O texto completo da Convenção Coletiva de Trabalho vigente está disponível no site do SINDILOJAS (www.sindilojasblumenau.com. br). Sobre este tópico, dispõe a cláusula nona da CCT, em que asseguradas estão as seguintes opções: 1) fechamento na segunda-feira (20/02/12); 2) fechamento na terça-feira (21/02/12); ou 3) não fechamento na segunda e na terça-feira, concedendo folga em outro dia durante a vigência da CCT (2011/2012), arcando o empresário com os custos integralmente, sem direito a compensação por parte dos empregados.


SINDILOJAS abre inscrições para Rainha do Comércio

Coluna Jurídica

Divulgação

Rainhas e princesas de 2011 vão passar faixas e a coroa no dia 14 de abril

A beleza e a simpatia da comerciária blumenauense estarão novamente em evidência, em 14 de abril, quando o SINDILOJAS promove o concurso Rainha do Comércio 2012. O evento tem inscrições abertas até 9 de março e as interessadas só precisam, como pré-requisito, estarem registradas em uma empresa do comércio de Blumenau. “A Rainha do Comércio é uma referência em beleza, além de ter a função de representar este importante segmento durante todo o ano”, afirma o presidente do SINDILOJAS, Marco Aurélio Hirt. O concurso, que acontecerá em local ainda a ser confirmado, pretende reunir amigos, familiares e convidados para uma emocionante disputa. Na 11ª edição, já revelou destaques da beleza feminina blumenauense, como a primeira princesa de 2011, Mariane Klann, eleita pricesa da Oktoberfest 2011; a Rainha 2008, Vanessa Christine Chacorowiski, eleita Rainha da Oktoberfest; e a 1ª Princesa de 2006, Cíntia Goldacker, eleita Miss Blumenau. O concurso tem o apoio de diversas entidades empresariais e as inscrições podem ser feitas pelo telefone (47) 3221-5750, no SINDILOJAS, com Rute. As vagas são limitadas.

Novo Associado

CONDENAÇÃO POR LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ Ex-empregado de Rio do Sul foi condenado ao pagamento de R$ 3.000,00 por litigância de má-fé, ao ingressar na Justiça do Trabalho pleiteando a rescisão indireta do contrato de trabalho. No entendimento do magistrado, o reclamante cometeu vários atos para se indispor com a empresa, tendo sido constatado que, antes da rescisão, alterou, por conta própria, seu horário de trabalho que, até então, era na escala 12x36, passando a trabalhar oito horas por dia, alegando a inexistência de previsão na Convenção Coletiva de Trabalho da categoria. Dois dias após a mudança, foi impedido de ingressar na empresa, pois, segundo a escala de revezamento, era seu dia de folga. Inconformado, chamou a polícia e a imprensa, atitude que, na visão do juiz, teve o propósito de causar tumulto e justificar o pedido de rescisão indireta. Segundo a decisão, a insistência do reclamante em ingressar nas dependências da empresa, mesmo havendo determinação contrária, representou ato de insubordinação, o que justificou a demissão. O pedido de justiça gratuita foi igualmente negado, sob o argumento de que tal benefício visa facilitar o acesso das pessoas à Justiça, mas não pode servir de guarida para aqueles que litigam de má-fé.

IR SOBRE JUROS DE MORA DECORRENTES DE CONDENAÇÃO O Superior Tribunal de Justiça (STJ) entende que juros moratórios não representam acréscimo no patrimônio do trabalhador, não sendo passíveis de tributação. De acordo com a Primeira Seção do STJ, os juros não representam simples renda ou acréscimo patrimonial, pois reparam não só o tempo que o beneficiário ficou privado do valor, mas também, danos morais sobre os quais, segundo jurisprudência, também não há tributação. No entanto, este posicionamento não é unânime. Para o ministro Teori Albino Zavaski, apesar da natureza indenizatória da verba recebida, os juros acarretam real acréscimo ao patrimônio do credor, vez que o montante não se destina à cobertura de nenhuma espécie de dano emergente, devendo ser tributável, nos termos dos artigos 43 do Código Tributário Nacional (CTN) e artigo 16 da Lei nº 4.506/64.

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MEMÓRIA

Anos 1990: O papel da Acib na crise Divulgação

Uma das obras de Vilson Kleinübing no governo do Estado foi a recuperação da Rodovia Jorge Lacerda, antiga reivindicação da Acib.

Em meio a um quadro econômico desolador para as indústrias têxteis, no final da década de 90 do século passado, a Acib agiu como pôde para tentar melhorar a situação das empresas da cidade. O então presidente Ronaldo Baumgarten mostrou, numa entrevista concedida em 5 de agosto de 1990, ao jornal Diário Catarinense, qual era o pensamento da entidade e dos empresários blumenauenses sobre a política econômica do governo Collor. Baumgarten dizia que o País vinha aplicando nos anos anteriores uma política de proteção a certos setores da indústria nacional, proibindo a importação de equipamentos. De uma hora para outra, o Brasil abriu-se para o mundo, “colocando as empresas muito desatualizadas para competir com a tecnologia de primeira linha de outros países”. Ele 38

previa que sobreviveriam ao processo os empresários que fossem mais ágeis e modernos e pedia a correção do câmbio, cuja defasagem prejudicava os esforços de exportação. O presidente da Acib destacava que a região ainda enfrentava problemas estruturais, dizendo que “o maior problema que temos é energia elétrica. Queremos que o governo nos dê a garantia de que vamos ter energia elétrica. Que nos dê estradas, telefone, comunicação”, reivindicava. Em meio ao cenário turbulento criado pelo primeiro plano econômico de Collor, a Acib organizava reuniões para ouvir as reclamações dos empresários, estudar saídas e propor mudanças na política econômica oficial. Um desses encontros aconteceu em março de 1990, no Senai, onde os empresários mostraram a preocupação com o desaquecimento do mercado e a cobrança de ágio por diversos fornecedores. Eram

cogitadas possibilidades como dar férias coletivas aos trabalhadores ou, até mesmo, promover demissões em massa. No encontro, os empresários concordaram em não tomar medidas drásticas, dando um prazo de seis meses para observar os rumos da economia. Baumgarten protestava contra “o calote aplicado pelo pacote econômico”, referindo-se à retenção de qualquer depósito bancário acima de 50 mil cruzados novos. Ele dizia que os bons empresários foram castigados, “pois só aqueles que administram bem e geram lucro tinham dinheiro aplicado”. Baumgarten agia também no campo político, promovendo uma aproximação entre o prefeito de Blumenau na época, Vilson Kleinübing, e o senador Esperidião Amin. Ainda em 1990, a Acib cobrava agilidade nas obras das barragens de contenção de cheias no Alto Vale e movimentou-se para instalar varas da Justiça Federal em Blumenau.



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