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Asgav divulga report parcial da 3ª edição da campanha de verão 2019/2020

Atividades promocionais incentivam o consumo de carne de frango e ovos na estação mais quente do ano Asgav divulga report parcial da 3ª edição da campanha de verão 2019/2020

Acampanha de verão de incentivo ao consumo da carne de frango e ovos, promovida por ASGAV/OVOS RS, vem crescendo e sendo sucesso a cada ano. A 3ª edição da campanha, lança da em dezembro de 2019, manteve o foco nas redes sociais, além de comer ciais em rádios e diversos outdoors em pontos estratégicos do Estado, como no litoral, região metropolitana e ou tras regiões.

Nas redes sociais, foi registrado um alcance ao redor de 500.000 visu alizações dos materiais promocionais neste um mês e meio de atividades. Os comerciais nas rádios 92.3 FM, Jovem Pan – Osório e Rádio Mix, atingiram 65.000 ouvintes por dia, durante os 45 dias da campanha. Já nas estradas, os outdoors da campanha foram visu alizados por 200.000 pessoas diariamente neste mesmo período.

O encerramento da campanha de verão de incentivo ao consumo de carne de frango e ovos será em março de 2020.

“Realmente, a cada ano constata mos uma evolução considerável nestas atividades de verão e ainda conseguimos estar presentes com informações verdadeiras e positivas sobre a carne de frango e ovos, em diver sos meios de comunicação”, avalia Nestor Freiberger, Presidente da As gav/Sipargs.

A 3ª edição da campanha de verão de incentivo ao consumo de carne de frango e ovos é uma iniciativa ASGAV – Associação Gaúcha de Avicultura e Programa Ovos RS.

Nestor Freiberger, Presidente da Asgav/Sipargs, aponta que a cada ano a entidade constata uma evolução considerável nestas atividades de verão e ainda consegue estar presentes com informações verdadeiras e positivas sobre a carne de frango e ovos, em diversos meios de comunicação

Qual é o marketing que o agronegócio precisa?

Em entrevista exclusiva à Revista do Ovo, Rodrigo Capella aponta os diferenciais relativos a uma boa estrutura de comunicação para o agronegócio

Oagronegócio ainda está muito enraizado nas ações de marketing de relaciona mento, sejam elas realizadas em feira, agro-revenda, leilão, dia de campo, viagem ou fábrica.

É comum, então, as interações com os clientes e prospects contem plarem, na maior parte das vezes, palestra, café da manhã e encontro de agropecuaristas com foco em infor mações técnicas, entre outras possibilidades.

É o que explica Rodrigo Capella, diretor geral da Ação Estratégica – Co municação e Marketing. Capella é palestrante, atua no agronegócio desde 2004 e tem amplo engajamento no setor. É autor do projeto “Alertas do Agronegócio”, que entrega para depu tados e senadores as demandas dos produtores rurais. Ele é autor de livros e de artigos publicados no Brasil e no exterior. Também é idealizador do si te Marketing no Agronegócio (www. marketingnoagronegocio.com.br), que apresenta gratuitamente dicas e orientações para os profissionais de empresas de agronegócio.

A Revista do Ovo foi conversar com Capella para debater o tema. Ele aponta que para se diferenciar neste

22 Revista do Ovo contexto e ganhar ainda mais visibili dade no mercado, algumas empresas de agronegócio, principalmente as startups e as empresas dos segmentos de máquinas, nutrição vegetal e se mentes, apoiam-se em cinco elementos. São eles: a) Engajamento é o mentor: em um evento, uma empresa se destacou ao convidar os agricultores a fazerem um tour diferenciado: visitar uma plantação, segurando um tablet. A ca da parada, os agricultores tinham acesso a informações e participavam de jogos de perguntas e respostas para testar o conhecimento sobre a empre sa de agronegócio. A ação promoveu um grande engajamento dos agricul tores, que queriam aparecer no ranking dos melhores e mostrar que sabiam tudo sobre a empresa. A inicia tiva mostrou que, com sinergia e engajamento, as ações de marketing podem ter resultados ainda mais efetivos.

b) Experiência não generalizada: oferecer uma rica e contundente ex periência ao agropecuarista, baseada em características reais e não generali zadas. Cada região precisa ter ações diferenciadas e que contribuam para a necessidade de se produzir mais em menos espaço. Uma experiência ofe recida a um agricultor do Mato Grosso pode não interessar a um agricultor do Rio Grande do Sul. Uma estratégia interessante é desenvolver vídeos so bre a contribuição da empresa de agronegócio para cada um dos Esta dos estratégicos. Esta ação agregará valor aos vídeos institucionais - muito comuns no segmento -, mas com cada vez menos apelo, devido ao fato de a informação ser generalizada. c) Valor da praticidade: outro dia assisti a um vídeo no qual um produ tor rural dirigia um trator e tomava um chimarrão ao mesmo tempo. Tu do era muito prático: com apenas um toque no botão, o trator mudava de direção. A nítida felicidade do agricul tor denunciava que ele estava gostando da praticidade, até então desconhecida. Certamente, outros produtores, ao assistirem ao vídeo, também se interessaram pela tecnologia, compro vando que mais importante do que fazer ações de marketing para lançar uma tecnologia para agronegócio, é mostrar a real praticidade que ela po de oferecer. d) Interatividade natural: muitas empresas de agronegócio têm disse minado, com frequência, conteúdo e

campanhas pelas redes sociais e demais canais digitais, com o objetivo de despertar a interatividade natural. Destacam-se as iniciativas que solici tam participação contínua dos seguidores, como envio de informações referentes a safras, técnicas utilizadas para determinados cultivos, sistemas recém-contratados, tecnologias adota das. O conteúdo pode gerar infográficos, vídeos, e-books e textos para blogs, entre outros formatos. É o produtor contribuindo para o sucesso de outro produtor, deixando de lado o egoísmo, muito percebido em décadas passadas. e) Vivência da real rotina: a nova geração de agricultores e a mudança constante dos hábitos das antigas ge rações têm obrigado muitas empresas de agronegócio a passarem dias e dias no campo, vivenciando rotinas e ade quações de processos. As empresas que se baseiam nestes cenários para construir as ações de marketing e de comunicação estão um passo à frente. Iniciativas simples, como adesivos va lorizando o empenho e importância do agricultor e sites contando histó rias reais de agropecuaristas, têm se mostrado muito eficazes.

Acompanhe na sequência uma entrevista exclusiva com Rodrigo Capella

O sr. afirma em seu artigo “O marketing que o agronegócio precisa” que o agronegócio “ainda está muito enraizado nas ações de marketing de rela cionamento, sejam elas realizadas em feira, agro-revenda, leilão, dia de campo, viagem ou fábrica. É comum, então, as in terações com os clientes e prospects contemplarem, na maior parte das vezes, palestra, café da manhã e encontro de agro pecuaristas com foco em informações técnicas, entre outras possibilidades”. Qual é, na sua opinião, a melhor estratégia para o desenvolvimento de um melhor relacionamento, nos dias atuais, envolvidos em re des sociais e de informação tão rápida e direta?

Um ponto de extrema impor tância é promover uma sólida integração entre as ações digitais e ações presenciais. Um projeto de blog, por exemplo, precisa estar

Os cinco elementos (engajamento, experiência, praticidade, interatividade e vivência), quando bem utilizados, juntos ou separadamente, contribuem para as empresas de agronegócio se destacarem em relação à concorrência e aumentarem a relevância no mercado. Como consequência, vão gerar novos negócios

Se as atividades nas redes sociais são importantes para impactar e propagar uma mensagem, as iniciativas “olho no olho” são fundamentais para captar anseios, dificuldades, vontades dos produtores

em total sintonia com um dia de campo. Uma iniciativa nas redes sociais deve destacar a mesma mensagem-chave das atividades de assessoria de imprensa.

As empresas de agronegócio que entendem esta dinâmica têm maior êxito nas iniciativas de marketing e comunicação. Infelizmente, muitas delas ainda insistem em fazer ações isoladas, sem qualquer conexão, pre judicando objetivos e metas.

Neste contexto, algumas dicas po dem ajudar as empresas a terem uma boa performance de marketing, tais como utilizar a regra de ouro 90/10. Ou seja, compartilhar 90% das men sagens com foco em prestação de serviço e apenas 10% enfatizando conteúdo realmente publicitário. Essa postura digital precisa estar alinhada com a força de vendas, utilizando o mesmo diálogo e abordagem.

Outra recomendação é criar um cenário apoiado em storytelling, nar rando histórias de clientes, captadas presencialmente, e apresentando difi culdades e soluções. Vale também

24 Revista do Ovo educar os seus seguidores, com orien tações e dicas que irão ajudá-los durante os desafios diários no campo.

Enfim, as atividades digitais e as atividades presenciais são e sempre se rão complementares. Quanto maior a sinergia entre elas, maior será o suces so das empresas de agronegócio.

Como melhorar o nível de en gajamento nos negócios, quando saímos das relações digitais e vol tamos ao popular ‘olho no olho’ e o quanto as relações diretas ain da são importantes para o avanço dos negócios dentro do agro? O bom e velho cafezinho é crucial para a realização de negócios dentro dos vários segmentos do nosso agro negócio. Com o “olho no olho”, o relacionamento se intensifica e isso, em algum momento, será importante. Te nho como hábito conversar pessoalmente com produtores e profissionais de empresas e é incrível como o papo avança e se torna totalmente imprevi sível, o que é ótimo. Afinal, o imprevisto nos ajuda a crescer, a evoluir. Gosto disso.

Nenhuma empresa irá sobreviver sem ter presença digital, mas também morrerá se esquecer das ações presenciais. Se as atividades nas redes sociais são im portantes para impactar e propagar uma mensagem, as iniciativas “olho no olho” são fundamentais para captar anseios, di ficuldades, vontades dos produtores.

Ao dialogar com um produtor, você entra no universo dele, no dia a dia. Isso é fantástico e dará um norte para as suas ações digitais. Sem as conversas e aborda gens presenciais você não terá êxito. Isso é fato.

Voltando ao seu artigo, nele o Sr. fala de interatividade natural e que “muitas empresas de agrone gócio têm disseminado, com frequência, conteúdo e campanhas pelas redes sociais e demais canais digitais, com o objetivo de desper tar a interatividade natural”. Em sua opinião, como as empresas do agro devem se preparar para essa troca de informações e de conteú do e como tornar essa interatividade prática dentro da sua estratégia comercial e de comunicação?

A interatividade entre empresa e pro dutor dentro do ambiente digital precisa ser natural, contínua e sólida. A empresa que apostar somente na divulgação de produto, eventos ou informações técni cas terá os dias contados. É importante estabelecer uma linha real de aprendiza do e de significado, na qual a troca de experiências exista e que o canal seja consultivo, ajudando o produtor no momento em que ele precisar.

Para atuar com excelência neste cená rio, recomendo a empresa de agronegócio criar um manual de conduta nas redes sociais, especificando funções e aborda gens. Na sequência, é interessante ter uma linha editorial para a produção de conteúdo, baseada em mensagens-chave. Um terceiro ponto importante é criar um comitê, com a presença de profissionais de vários departamentos e também de produtores rurais. Isso fará toda a diferen ça dentro do âmbito digital.

Dentro da comunicação atu al, com integrar marketing, marketing digital, comercial e assessoria de imprensa para todos os pontos falem o mesmo discur so e qual é o diagnóstico que o Sr. faz sobre o quanto as empre sas estão atentas a essa ‘união de discursos’?

Excelente pergunta! O grande de safio é ter um mesmo discurso, respeitando as características e o dinamismo de cada uma das atividades. Recomendo que seja feito um grande exercício, com a participação de todos os envolvidos. Com uma folha e uma caneta, os participantes precisam ra pidamente descrever como divulgarão o lançamento de um produto da em presa. As ideias e as abordagens poderão ser distintas, mas a mensagem- -chave terá que ser a mesma.

A mensagem-chave precisa sempre conter objetivo, principal argumento e benefícios competitivos. O alinha mento entre todas as atividades ocorrerá com o tempo. Neste processo, tudo é uma questão de estudo, análise, paciência e de exercício frequente.

Infelizmente, grande parte das empresas ainda não se atenta para a importância do discurso único, o que

acaba causando uma grande confusão no público-alvo. Imagine um poten cial cliente ler uma reportagem feita com um determinado enfoque, rece ber a visita de um representante que abordará pontos diferentes e, ainda, quando for fazer uma pesquisa na In ternet, ter acesso a informações completamente distintas da reportagem e do que foi passado pelo representante. Resultado: o potencial cliente fica rá, certamente, confuso e dificilmente irá adquirir o produto que a empresa quer vender.

O Sr. cita ainda que “os cinco elementos (engajamento, experi ência, praticidade, interatividade e vivência), quando bem utilizados, juntos ou separadamente, contribuem para as empresas de agronegócio se destacarem em relação à concorrência e au mentarem a relevância no mercado”. Em sua opinião, dentro desse cenário, como gerar novos negócios? Seria esta geração uma consequência natural da união desses cinco ítens?

Verdadeira e intensa. É super im portante a geração de novos negócios ter estas características. Neste contexto, a empresa que conseguir unir estes cinco elementos, terá ain da mais êxito.

Mas, repare que apenas um destes elementos já poderá contribuir para as condições necessárias para a aber tura de um novo negócio. Quando você promove, por exemplo, um engajamento com a mensagem-chave correta (alinhada no exercício frequente), você impactará o futuro cliente de forma assertiva, requisito básico para concretizar uma venda. Quando você tem uma vivência no universo do cliente, você tende a fidelizá-lo e a vender mais para ele.

Não há uma regra específica e en gessar este processo seria um erro. Há apenas métodos que contribuem para o sucesso de uma venda, respeitando va riáveis, características e reais necessidades dos clientes. E, definitivamente, qual é o marketing que o agronegócio precisa?

O agronegócio precisa de um marke ting que gere visibilidade, credibilidade, interesse e desejo. Em um primeiro mo mento, uma empresa de agronegócio precisa ficar visível para o potencial cliente. Muitas perdem vendas ou até mesmo deixam de existir por não dire cionar as atividades para este objetivo. Na sequência, as ações precisam fo car na credibilidade. Como eu aumento a credibilidade da empresa no merca do?

O terceiro passo é despertar o inte resse. As iniciativas devem contribuir para que o cliente pesquise mais sobre a empresa, sobre o produto.

O quarto e último passo é o desejo. Quando eu falo de desejo, eu falo em vontade, em querer comprar, em querer participar do universo da empresa. Esse é o ponto alto de um processo de venda e de marketing. Se o cliente está neste estágio, dificilmente abrirá as portas pa ra a concorrência.

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