4 minute read

O novo marketing da proteína animal

Os motivos para o marketing ter esta maior adesão são variados, mas estão principalmente centrados na mudança de comportamento dos gestores de empresa avícola, mais impulsionados a aderir as plataformas digitais, e na constante alternância dos fatores determinantes para a compra final, tais como valorização da qualidade e potencialidade dos benefícios

Rodrigo Capella é diretor geral da Ação Estratégica – Comunicação e Marketing no Agronegócio. Com atuação em agronegócio desde 2004, Capella é palestrante e autor de diversos livros e artigos, publicados no Brasil e no exterior. Também é editor e fundador do site Marketing no Agronegócio: www.marketingnoagronegocio.com.br

Arelação entre o marketing e as empresas de proteína ani mal nunca esteve tão próxima e sólida. Se antigamente, as ações de divulgação deste impor tante segmento do agronegócio se limitavam basicamente as marcas que tinham grande alcance no varejo, ho je as iniciativas são protagonizadas também pelas companhias que atuam fortemente no B2B, ou seja, na venda de soluções e insumos mais concen trada e direcionada para outra empresa.

Os motivos para o marketing ter esta maior adesão são variados, mas estão principalmente centrados na mudança de comportamento dos ges tores de empresa avícola, mais impulsionados a aderir as plataformas digitais, e na constante alternância dos fatores determinantes para a compra final, tais como valorização da quali dade e potencialidade dos benefícios.

Atrelado a isso, o conceito de que o "produto se vende sozinho" está em baixa, devido às maiores e mais claras exigências dos clientes e a uma maior efetivação de outros tipos de marke ting, que ganham a mesma evidência do marketing de relacionamento, em grau e abrangência comunicacional.

Dentro deste contexto, sobressa em-se o marketing de conteúdo (MC), marketing de influência (MI) e o ma

rketing de experiência (ME). A tabela a seguir sintoniza a atuação destas ati vidades em relação ao alcance, ao impacto e a relevância, tomando como base fatores de 1 (baixo) a 3 (alto).

Observa-se, e não foi por acaso, que cada um dos estilos de marketing obteve 07 pontos totais, com o objeti vo de demonstrar que todos são amplamente eficazes e que os objetivos do plano de comunicação, a mensa gem-chave e as estratégias comunicacionais devem nortear a escolha de um ou mais conceitos de marketing, respeitando, é claro, que as ações onli ne e offline são complementares e convergentes.

Ressalta-se, então, após funda mental explicação, que a definição de cada vertente de marketing também fornece subsídios para a necessária e importante tomada de decisão contí nua e diária.

O Marketing de Conteúdo, aqui evidenciado, baseia-se, e não somen te, na divulgação de informações centradas em dicas e orientações, com foco em uma melhor nutrição, por exemplo, no âmbito da suinocultura e avicultura.

Já o marketing de experiência apoia-se em oferecer ao cliente um momento único e impactante como, de alguma forma, perceber benefícios e intensidade de um aditivo nutricio

nal, com a realização de um jogo ou apresentação de mesa demonstrativa em um estande de evento.

O outro marketing, o de influên cia, tem como destino propagar conhecimento, por meio de um porta- -voz engajado no agronegócio, que utiliza como suporte as suas redes de contato, sejam elas digitais, não-digi tais ou em ambos os caminhos. Neste estilo de marketing, há a possibilida de de se criar séries com foco em alta produtividade ou compartilhar carti lhas para ajudar os gestores avícolas no êxito de suas atividades comple xas.

Este estilo de marketing tem, entre seus suportes, as redes sociais, impor tantes ferramentas para a concretização das ações de influência. Destacam-se, neste sentido, o LinkedIn, Instagram e Twitter, representados na tabela abaixo em relação a credibili dade, engajamento e impacto, obedecendo o mesmo conceito anterior de 1 (baixo) e 3 (alto).

Neste caso, e levando em conta a adesão no agronegócio, mais especifi camente em proteína animal, ganham efetiva evidência o LinkedIn e o Instagram, que apesar de redes dis tintas, ditam boa parte do ritmo nas esferas digitais, propiciando alta difu são de mensagens e elevada relevância comunicacional.

O cenário, aqui exposto, não traz uma brusca ruptura, mas sim retrata com ênfase alternativas e ferramentas que já estão parcialmente em curso. Os últimos meses, amparados por pro fundas indagações, contribuíram para que empresas se apoiassem em varia dos estilos de marketing, comtemplando, em ótimas oportunidades, o MC, MI e ME, aqui detalhados.

Daqui em diante, há grande pro babilidade de ações com foco em resolução efetiva de problemas de clientes e possíveis clientes, atividades que ge rem economia de tempo e análises que contribuem para diagnósticos surjam com mais exatidão e intensi dade.

Isso é bom porque estas ações en tregam intenso valor e preenchem lacunas relacionadas aos anseios de quem receberá a mensagem.

No entanto, cabe alertar que, para o marketing ser amplamente eficaz, mais importante do que divulgar uma infor mação, é conhecer de forma precisa todas as etapas e estratégias envolvidas, ou seja, como e porque você quer divul

gar determinado dado.

Afinal, a divulgação pela divulgação pode até trazer benefícios, mas muitas vezes você não saberá identifica-los. Ao conhecer todo o processo, você terá a chave. E chaves abrem portas, certo?

This article is from: