TOP Destinos Edição 175

ESPECIAL | PANTANAL: ENSAIOS FOTOGRÁFICOS | PROJETOS SOCIOAMBIENTAIS

| GASTRONOMIA | NOVAS ROTAS E MAIS | roteiro | o Caminho de Santiago de Compostela sem abrir mão do conforto | natureza exuberante de Norte a Sul na Nova Zelândia | aventura | uma viagem de moto cruzando a Cordilheira dos Andes pelos principais destinos peruanos | insider | dicas preciosas do que curtir em Menorca, nas Ilhas Baleares | sofisticado | os hotéis Joali deixam sua marca nas Maldivas | mapa da bebida | licor de pequi | diário de bordo | Florença por Helena Silvarolli

Nosso mundo

ESPECIAL PANTANAL

Descubra toda a beleza da região através de fotos espetaculares, hospedagens engajadas e o sabor típico pantaneiro

CRUZEIRO FLUVIAL

Uma experiência para explorar a fauna e a flora do bioma e navegar pelo Rio Paraguai

SANTIAGO DE COMPOSTELA

A tradicional rota de peregrinação na Espanha pode ser feita com conforto

SOFISTICADO

Dois resorts da marca Joali para aproveitar as Maldivas de maneira única

PELO MUNDO Conheça mais a fundo duas entidades que colaboram para a preservação e divulgação do Pantanal

NOVA ZELÂNDIA

Um roteiro completo para conhecer as belezas do país de Norte a Sul

Viajantes

1. João Farkas é fotógrafo e tem um olhar bem apurado para o Brasil. Já participou de mais de 40 exposições dentro e fora do país. Suas obras fazem parte de coleções públicas e privadas ao redor do mundo. Ele tem uma relação especial com o Pantanal e mostra um pouco de seu trabalho com a região aqui. @joao_farkas

2. Flávia Vitorino é jornalista e turismóloga, pós-graduada pela FGV em Meio Ambiente e Sustentabilidade e especialista em destinos de natureza. Nesta edição, ela conta sobre sua experiência em Arcorizal (MT). @fllavitt

3. Paulo Machado é chef e especialista em cozinha pantaneira. Assina os cardápios do Recanto Ecológico Rio da Prata e Estância Mimosa, ambos em Bonito. Dedica-se ao projeto Brasil Food Safaris e lançou o livro Cozinha Pantaneira @chefpaulomachado

4. José Medeiros é mato-grossense, documentarista, fotógrafo e ativista. Há mais de 30 anos registra o Pantanal. Em 2014, lançou o livro O Pantanal de José Medeiros, e desde 2020 até 2030 segue com o projeto PANTANAL+10. @josemedeirosfotografo

Nossos colaboradores rodam o mundo em busca de novidades, dicas inusitadas e experiências marcantes para ajudar o viajante a ter memórias únicas.

Publisher

Claudio Mello

Projeto Gráfico Almap/BBDO

Diretora de Redação Renata Zanoni

Editora Vivian Monicci

Diretora de Arte Rosana Pereira

Assistente de Arte Luana Jimenez

Colaboradores

Cassiano Marques Dani Hispagnol Flávia Vitorino Helena Silvarolli João Farkas José Medeiros Marcelo Vigneron Mariana Fernandes Socorro Camelo Victor Oliveira

Conselho Editorial Andreas Heiniger Tuca Reinés

Diretor Executivo Francisco Guarisa

Diretor de Criação Bruno Souto

Gerente Corporativa Carolina Alves

RP & Interface de Atendimento Dianine Nunes

Assistente de Produção Diego Almeida

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Circulação Regiane Sampaio

Assessoria Jurídica Bitelli Advogados

Redação redacao@topdestinos.com.br

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Impressão Ipsis Gráfica e Editora

TOP Destinos é uma publicação da Editora Todas as Culturas Ltda.

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As matérias assinadas não expressam necessariamente a opinião da revista. Acompanhe as novidades em www.topdestinos.com.br, no Facebook e Instagram @topdestinos

Índice

02-03

1. Nosso Mundo

Um mapa que ilustra os lugares por onde a TOP Destinos viajou.

06

2. Viajantes

Um pouco sobre nossos colaboradores, que rodam o mundo em busca de novidades.

12-35

3. Pelo Mundo

As entidades que retratam a beleza e buscam soluções para os problemas do Pantanal, um restaurante imperdível em Recife, hotelaria de primeira em um convento histórico, e muito mais.

42-67

5. Especial | Pantanal | Ensaio Comece nossa edição com belas e impactantes imagens pelas lentes dos fotógrafos João Farkas e José Medeiros, dois experts neste bioma brasileiro. 68-85

6. Especial | Pantanal | Refúgio

A Caiman é um dos símbolos quando a ideia é hospedagem de alto padrão e sustentabilidade.

36-37

4. Pelo Mundo I Coluna Gouté

Paraty pelo olhar e gastronomia da chef Ana Bueno, do restaurante Banana da Terra.

86-99

7. Especial | Pantanal

| Gastronomia

As características, ingredientes e influências da gastronomia pantaneira, pelo chef Paulo Machado.

100-115

8. Especial | Pantanal

| Cruzeiro Fluvial

Uma exploração a bordo da embarcação Comodoro para entusiastas de uma viagem ainda mais autêntica.

116-117

9. Especial | Pantanal

| Dicas Quentes

Um apanhado geral com dicas úteis dos lugares citados em nossas matérias.

120-137

10. Aventura I Moto Uma viagem sobre duas rodas pela Cordilheira dos Andes com o Programa Honda RedRider.

140-155

11. Roteiro I Santiago de Compostela

É possível desbravar essa rota histórica com muito conforto em hotéis e restaurantes estrelados.

156-165

12. Roteiro I Abreu Um tour imperdível pela Nova Zelândia, com belas paisagens, cultura e entretenimento.

166-177

13. Insider I Menorca Todo o encanto e tranquilidade do destino mais low-profile das Ilhas Baleares, na Espanha.

178-189

14. Sofisticado I Maldivas Luxo, bem-estar e sustentabilidade nos hotéis Joali Maldives e Joali Being. 190-191

15. Mapa da Bebida | Licor de Pequi Os produtores nacionais desta bebida muito consumida no Pantanal.

192-193

16. Diário de Bordo | Helena Silvarolli

A influenciadora digital compartilha suas dicas preciosas de Florença.

196-201

17. Glossário

Um dicionário dos termos do universo dos viajantes, documentos e vacinas necessárias para a viagem. 202-210

18. Anotações

Um espaço para anotar as curiosidades que aprendeu sobre os futuros destinos a visitar.

Pelo mundo

Documenta Pantanal

Iniciativa produz documentários, filmes e livros a fim de divulgar as fragilidades e as riquezas do bioma mato-grossense

Em 2018, Teresa Bracher procurou a produtora executiva Mônica Guimarães com o desejo de fazer um documentário sobre um personagem pantaneiro. O sonho se tornou realidade e, em 2019, Ruivaldo, o Homem que Salvou a Terra foi ao ar, mas algo parecia faltar. Foi com esse sentimento que elas se uniram ao fotógrafo João Farkas e ao professor Sandro Menezes Silva e nasceu o Documenta Pantanal.

“Estávamos inquietos, a vontade era divulgar mais questões sobre o bioma, tanto suas belezas como seus problemas, além de fomentar sua cultura”, comenta Mônica Guimarães, atual coordenadora geral do Documenta Pantanal.

A iniciativa reúne profissionais de áreas diversas em torno da urgência de tornar as fragilidades e as riquezas do Pantanal mato-grossense mais

conhecidas do público. A partir da realização e apoio de livros e documentários que retratam o local e suas questões de forma original e aprofundada, o Documenta amplia a oferta de obras com potencial de circulação e sensibilização.

O projeto é feito por uma rede crescente de interessados na proteção do Pantanal, com produtores, jornalistas, fotógrafos, cineastas, chefs,

artistas, ambientalistas, ONGs, agências governamentais e fazendeiros, entre outros atores. Além deles, as doações de pessoas físicas e jurídicas, e as leis de incentivo à cultura, são imprescindíveis para o bom funcionamento da iniciativa, que se faz cada vez mais importante devido às situações emergenciais e crônicas, desde incêndios criminosos a perdas hídricas, sofridas pelo bioma.

“O maior problema do Pantanal é o maior problema do mundo, é a emergência climática.

Enquanto sua maior beleza, acredito ser a mulher e o homem pantaneiro, que lidam com essa região tão sofrida e potente com muita força, maestria e cuidado”, conclui Mônica.

+infos: documentapantanal.com.br

O Pantanal precisa de ajuda

Instituto SOS Pantanal promove a conservação e o desenvolvimento sustentável da região

Bioma brasileiro constituído principalmente por savana estépica, alagada em sua maior parte, com 250 mil km² de extensão. A descrição se refere ao Pantanal. Considerado pela UNESCO Patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera, a região se destaca por sua biodiversidade, sendo casa das maiores concentrações de onçaspintadas, araras-azuis e ariranhas

do mundo, três espécies ameaçadas de extinção. O título de “Santuário da Biodiversidade” é reafirmado por Gustavo Figueiró, que convive com o Pantanal desde 2014 e que, a partir de 2019, passou a integrar a equipe do SOS Pantanal, instituição sem fins lucrativos fundada em 2009, que promove a conservação e o desenvolvimento sustentável do bioma através da gestão do conhecimento e da

disseminação de informações da região. Atualmente, as duas principais ações do instituto são o Brigadas Pantaneiras e o Projeto de Restauração de Áreas Degradadas. Para alcançar seus objetivos, o

SOS Pantanal depende única e exclusivamente de doações, tanto de pessoas físicas como de empresas. Ao mesmo tempo, a arrecadação de dinheiro segue sendo a maior dificuldade do Instituto. “É sempre uma batalha trabalhar com um orçamento que depende do quanto vão doar. Existe essa volatilidade”, comenta Figueiró. E acredite, o Pantanal precisa de ajuda. Segundo o colaborador, com as mudanças climáticas e as ameaças humanas, e sem uma medida para reverter o atual cenário, a tendência é que a área se torne um grande deserto. Num futuro não muito distante. Para ajudar, basta entrar na aba Doações no site sospantanal.

org.br. O valor mínimo é de R$5. “Além de doar, as pessoas podem compartilhar conteúdos de organizações que trabalham com o Pantanal, seja o SOS ou as tantas outras que existem.

Compartilhando conteúdo, você está criando colocando o assunto em evidência. Isso já é uma ajuda muito grande”, destaca Figueiró.

+infos: sospantanal.org.br

“WE’RE NOT HERE TO TRY. WE’RE HERE TO DO.”

TOM BRADY, 7 TIME SUPER BOWL CHAMPION

IWC TOP GUN.

BIG PILOT’S WATCH TOP GUN EDITION “MOJAVE DESERT”

Quando você estiver no topo e não tiver mais nada a provar para ninguém, você pode relaxar e desfrutar do sucesso. Ou, então, pode aproveitar o espírito que inspirou tudo aquilo e embarcar em um desafio ainda maior. E, quando você faz isso, não há melhor companheiro do que o Big Pilot‘s Watch, da IWC, a escolha de quem nasceu para deixar a sua marca no mundo.

Muito amor por Paraty

Grupo Sandi oferece o melhor da cidade fluminense em seus empreendimentos Sandi Hotel, Villa e Loft Bom Jardim

Por Renata Zanoni

Quem nunca sonhou em viver uma história de amor? Se você ainda não teve essa oportunidade, abra a mente para uma possível relação amorosa com um destino. Assim nasceu o Grupo Sandi, a partir de uma paixão por uma cidade vivida por três gerações nos últimos 50 anos. “Paraty sempre foi um refúgio, um mundo que adoramos, onde criamos valores e amigos. Paraty e o mar fazem com que todos sejam melhores em sua essência”, comenta Sandra Foz,

proprietária do Sandi Hotel e que administra os negócios do grupo ao lado do filho, Sandi Adamiu. O Sandi Hotel foi o primeiro empreendimento de luxo da região da Costa Verde e tornou-

se um ícone de hospitalidade e excelência na arte do bem receber. Localizado no centro da cidade, em um edifício histórico com arquitetura do século 18, o hotel mistura o moderno e o colonial, resultando em um verdadeiro sonho tropical e bem localizado. Batizado de “Quadrado Mágico”, o quarteirão que abriga o hotel conta com outros espaços para gerar experiências únicas aos visitantes. Entre eles, o Bar Apothekario, dedicado à alta coquetelaria e inspirado em um laboratório de alquimia, onde você pode provar drinques inventivos em um ambiente badalado. O portfólio do grupo inclui também a Villa Bom Jardim, um paraíso para quem busca o aconchego de uma casa na praia cercado de serviços exclusivos. Há 55 anos nas mãos da família, a propriedade era inicialmente um sítio para receber amigos que, mais tarde, ficou disponível para locação. Situada a apenas dez minutos de barco do centro histórico, a residência em estilo colonial foi inteiramente reformulada em 2020, com projeto do renomado arquiteto

Marcos Tomanik. O imóvel ocupa uma área de 1.500 m², incluindo sete suítes, cozinha gourmet, academia e quiosque para refeições descontraídas. “O lugar se transformou em um refúgio exclusivo que mistura a essência de receber com carinho ao requinte, incluindo louças Hermès e Tiffany”, explica Sandra. E se você acha que o grupo já ofereceu tudo o que era possível, está na hora de conhecer o Loft Bom Jardim, uma antiga casa de barcos suspensa sobre o mar que foi redesenhada para se tornar um loft de 400 m², moderno e arejado, com paredes de vidro, inspirado no estilo colonial e caiçara. O espaço abriga três suítes, uma delas master, com vista para o mar e banheira, além de uma sauna a vapor. A cozinha é integrada à sala, com portas que se abrem para um deck de madeira, o melhor lugar para contemplar o mar. “Por ser fincado quase dentro da água, é possível puxar barcos menores e jet ski, o que dá um super charme”, completa Sandra.

+infos: sandihotel.com.br

O Hilton Cancun All Inclusive promete experiências memoráveis em um destino paradisíaco

Se você é um apaixonado por viagens, certamente já sabe do renome mundial da rede Hilton. Agora, imagine toda a excelência da marca combinada a um destino desejado. Inaugurado em setembro de 2021, o Hilton Cancun All Inclusive é um oásis à beiramar na costa da Riviera Maya com a qualidade e comodidade do sistema all inclusive, o primeiro da marca hoteleira. A experiência começa na entrada privativa do resort, cercada pela

reserva natural de mangue. Já na chegada ao edifício principal, os hóspedes são impactados com vistas deslumbrantes do oceano. Ao todo são 715 acomodações modernas, incluindo 45 quartos com uma pequena piscina privativa, alguns com vista para o mar e outros voltados para a mata. A gastronomia também supera as expectativas, com 12 espaços de culinárias diversas, incluindo restaurante mexicano, italiano e asiático, sorveteria, churreria e taqueria com um bar de mezcal e tequila. O room service funciona 24h e também está incluso na estadia. Para curtir de uma forma completa, não deixe de confirmar como

está a situação do sargaço - um tipo de alga que aparece em abundância na região e pode gerar um pouco de incômodo, em geral entre abril e setembro. A estadia fica ainda mais completa com as inúmeras opções de entretenimento. São

Deleite em Cancún

duas extensas piscinas à beiramar, uma para famílias e outra para adultos, academia de ginástica e, em breve, acesso direto ao Waldorf Astoria Spa no hotel vizinho Waldorf Astoria Cancun, que deve ficar pronto em dezembro deste ano. Para finalizar a noite, concertos musicais e espetáculos são apresentados no anfiteatro. E, claro, a diversão dos mais jovens também é garantida. A Splash Pool conta com escorregadores, jogos de praia e brinquedos aquáticos, bem como uma piscina com espreguiçadeiras rodeadas por palmeiras. O Hilton Cancun All Inclusive conta ainda com um clube infantil que funciona até às 22h, permitindo que os pais

aproveitem o jantar enquanto as crianças se divertem, e uma zona para adolescentes com parede de escalada e pingue-pongue. Para quem quer desfrutar dos arredores, o hotel oferece transfer

gratuito três vezes ao dia para a zona hoteleira e opções de tours. +infos: hiltoncancunallinclusive.com

Aconchego em Lisboa

Um hotel cheio de charme faz jus às cinco estrelas com acomodações repletas de confortos e uma imersão gastronômica

Por Mariana Fernandes

Lisboa caiu no gosto dos viajantes. O destino que antes ficava no final da lista de muitos turistas, passou a ser um desejo e must go para curtir dias de puro deleite. O Corinthia Hotel Lisbon, localizado na região alta da cidade, reúne elementos que deixam qualquer viagem mais interessante: gastronomia criativa, variados tratamentos no spa, boa localização, quartos amplos e com vistas que são um presente aos olhos. Não é preciso sair do hotel para encontrar gastronomia saborosa e inusitada, pois o chef Miguel Teixeira se encarregou de criar menus que agradam todo tipo de

paladar. A jornada gastronômica começa já no café da manhã. No restaurante Sete Colinas, o hóspede faz o "pequeno almoço" com uma variedade generosa de pães, queijos, doces, frutas e sucos, ouvindo, ao vivo, melodias que saem de um piano de cauda.

Logo na entrada está o restaurante Erva, cercado de plantas do chão ao teto. A cozinha é aberta, permitindo interação com o público, e os pratos frescos podem ser harmonizados com vinhos de todo o mundo. O restaurante conta com um menu eclético, que mescla a cozinha contemporânea com produtos locais. E uma novidade: toda primeira quinta-feira do mês acontece o "Oh, my Chefs", que são jantares temáticos com

menus surpresa preparados por diferentes chefs. O jantar é composto por seis etapas, com pratos criativos harmonizados com vinhos que transportam o cliente para uma viagem de sabores. Ao entardecer, vale a pena dar um pulo no Soul Garden, um bar com decoração tropical na área externa. O ambiente despojado é um convite para provar um dos coquetéis. Durante o verão, uma opção refrescante é o Garden Tonic, com gin, coentro e um toque cítrico. Além disso, conta com pratos leves, como salada de camarões com tomate cereja, manga e molho cítrico. As acomodações são um capítulo à parte. Uma em especial merece

destaque: a Lisbon Suíte, com as amplas janelas e vista privilegiada do Aqueduto das Águas Livres. Essa icônica construção do século 18, aliás, serviu de inspiração para a decoração da espaçosa suíte, que ainda conta com uma sala de estar e espaço para refeições.

Depois de caminhar pelas ruas de Lisboa, nada como reservar um tempinho para relaxar. O THE SPA oferece piscina interna aquecida, jacuzzi, duchas

sensoriais, sauna e mais de vinte tratamentos, alguns desenvolvidos exclusivamente para o hotel, como o banho turco luxuoso.

+infos: corinthia.com/pt/lisbon/

NOVA COR PARA TORNAR SUA AVENTURA AINDA MAIS PULSANTE

BMW G 310 R LIMESTONE

Ágil, compacta e ainda mais estilosa, a G 310 R Limestone chegou para explorar a cidade com a condução de uma verdadeira roadster. O modelo inclui farol full led com luz de rodagem diurna, acelerador eletrônico ride by wire, além de manetes de freio e embreagem que permitem ajustes em quatro posições. Prepare-se para uma rotina com mais aventura em cada detalhe.

JUNTOS SALVAMOS VIDAS.

Toque francês em Recife

Nez Bistrô celebra 15 anos ao lado de seu novo irmão, o Le Faux Nez, inaugurado em 2021

O tradicional bairro Casa Forte, em Recife, é uma das joias da capital pernambucana. Seu

cenário recheado de núcleos culturais inclui museus, casas de escritores, como Gilberto Freyre, a Fundação Joaquim Nabuco, a Matriz de Casa Forte e a belíssima Praça de Casa Forte, projetada por Burle Marx. É nele, em um arruado de casas do século 17, tombado pelo patrimônio histórico, que está localizado o Nez Bistrô, que

completa 15 anos em 2022 e que desde 2013 faz parte da Associação dos Restaurantes da Boa Lembrança. Se você acompanha a empresária e influenciadora Camila Coutinho no Instagram, provavelmente já se deparou com o restaurante no perfil dela. Isso porque um dos sócios é seu pai, Marcelo Valença. Inaugurado em 2007, o Nez é um bistrô franco-italiano de clima intimista e que serve receitas com tempero de família, no estilo comfort food. É o primeiro restaurante dedicado ao vinho em Recife e sua adega dispõe de cerca de 130 rótulos de 12 países, como Argentina, Chile, Uruguai, França, Itália, Portugal, Espanha, África do Sul e Nova Zelândia. A comida, claro, é pensada para harmonizar com a bebida. Na ala das entradas, os carros-chefes do Nez são o steak tartare ao duo de mostardas; petit gâteau de queijo Prima Dona; e trufas cremosas de pato. Nos

pratos principais, mignon em crosta de Prima Donna; camarão crocante; nhoque ao ragu de ossobuco; e risoto de pato confit. As sobremesas mais pedidas são panelinha de brigadeiro; torta crocante de maçã; e mil folhas recheado com sorvete de doce de leite e brigadeiro de toffee. No ano passado, foi inaugurado o Le Faux Nez, um café-bar também em estilo francês –no mesmo arruado de casas, parede com parede com o Nez – que serve sanduíches, saladas, comidinhas e coquetéis.

“Em termos de bebida, o Le Faux Nez é vocacionado para coquetéis. Há por volta de 16 drinques com álcool e quatro sem. Nosso grande carro-chefe é o Kiev Mule (vodka, sumo de limão, xarope de gengibre, espuma de gengibre)”, explica Marcelo Valença. “Recebemos muitos turistas porque o restaurante já tem 15 anos e os melhores hotéis de Recife nos indicam. Além disso, temos uma penetração muito grande por conta do nosso Instagram: são 35 mil seguidores na conta do Nez e 12 mil na do Le Faux”, completa.

+infos: nezbistro.com.br | @nezbistro lefauxnez.com.br | @lefauxnez

Luxuoso e histórico

No coração do Alentejo e com oito hectares de jardim, o Convento do Espinheiro é perfeito para desfrutar do melhor da hotelaria e ainda receber uma aula de história portuguesa

Por Mariana Fernandes

Imagine dormir no mesmo local onde já repousaram rainhas e reis, como D. João II e D. Sebastião. Hospedar-se no Convento do Espinheiro Historic Hotel & Spa, em Évora, traz a sensação de adentrar em um livro de história. Com seis séculos de vida, o antigo

mosteiro da Ordem de São Jerônimo deu lugar, em 2005, a um luxuoso hotel cinco estrelas. Os quartos se dividem entre instalações contemporâneas e clássicas. São 92 acomodações cuidadosamente decoradas, algumas com vista para piscina ou jardim interior. Nas suítes, os banhos ficam ainda mais relaxantes com produtos da Bvlgari. Para uma imersão completa na história, a dica é reservar a suíte Real D. João II. Os

110 m² se distribuem entre quarto principal – onde a cabeceira de madeira esculpida divide a atenção com o teto tomado de arcos ogivais brancos -, ampla sala de estar e jantar,

banheiro - que abriga uma banheira criada pelo conceituado designer Philippe Starck -, e um terraço com uma das vistas mais deslumbrantes da cidade. Para entender um pouco mais sobre a história desse hotel, que foi considerado monumento nacional, há um tour guiado todos os dias. É um giro rápido, mas essencial. Entre os pontos visitados, está a pequena igreja quatrocentista toda restaurada. Ao término, o hóspede faz uma degustação de vinhos nacionais na adega onde antes funcionava uma cisterna. Também é possível comprar alguns dos mais almejados rótulos, como o famoso Pêra-Manca.

O café da manhã é servido no salão Divinus, bem peculiar: estreito, com piso de pedra e teto

cercado de arcos. Este era o local onde os monges armazenavam os vinhos em grandes ânforas. À noite, velas dão o tom romântico, o restaurante se encarrega de oferecer um cardápio vasto de culinária alentejana. Há também o despojado Olive, que ocupa o espaço da antiga cozinha do mosteiro e serve gastronomia italiana. Pertinho do Olive fica o bar Claustro, para provar drinques inusitados preparados por simpáticos bartenders.

Rodeadas de oliveiras, as piscinas do hotel são um convite irrecusável a um mergulho refrescante, especialmente no verão.

Há ainda uma piscina interior aquecida, além de jacuzzi, sauna e banho turco. No premiado spa, são ofertados 14 tratamentos, entre eles, o signature com uso de azeite como principal elemento.

+ infos: conventodoespinheiro.com

Escapada necessária

Clara Ibiúna Resort tem ampliação de R$ 100 milhões e garante experiências ainda melhores

Por Renata Zanoni

Na estrada, 72 km separam a cidade de São Paulo de Ibiúna. Em outras palavras, um curto período de viagem é a garantia de uma fugidinha da capital em direção a muita tranquilidade, charme e belezas naturais. O Clara Ibiúna Resort é daqueles refúgios em que você se sente acolhido e oferece diversão para toda a família. Inaugurado em dezembro de 2017, o segundo empreendimento do grupo Clara Resorts conta com a hospitalidade de excelência, lazer e monitoria especializada, que já são sucesso da rede. Mas os atrativos não param por aí: a vista panorâmica que se tem dos quartos para a represa de Itupararanga, a disponibilidade do heliponto, as quadras de tênis, beach tênis e futebol, além da variedade de esportes náuticos, a hípica, as piscinas e o famoso Spa L’Occitane completam a estadia. Tudo sempre em contato com a natureza, que por ali é abundante. E agora, com investimento de mais de R$ 100 milhões, eles fizeram uma ampliação equivalente a 100% do tamanho original da propriedade. A expansão incluiu um novo edifício chamado Península, com 59 novos apartamentos e suítes com decora-

ção contemporânea, e uma parte de lazer, com restaurante, sala de jogos, piscina, jacuzzi ao ar livre e espaço para eventos, somando uma área total de 15 mil m². Vale destacar a suíte presidencial, que possui mais de 160 m² com varanda, jacuzzi, piscina, sala de estar com lareira e janelões para admirar a represa a todo tempo. Além disso, o novo restaurante serve menu à la carte (o restaurante principal tem serviço de buffet com gastronomia de excelência e apresentação também) e é mais

voltado aos adultos, com um elegante bar.

Outro ponto que vale destacar do complexo é a questão ambiental. Conta com painéis solares para aquecimento da água, estação de tratamento de esgoto e de reuso de água para irrigação e os filtros de água em todas as acomodações, para eliminar o uso de garrafas pet. Algo muito inteligente e confortável aos hóspedes, principalmente para quem viaja com crianças. Sem contar a parte social, que é oferecida uma taxa social optativa aos hóspedes, que se aceitarem contribuir estarão ajudando duas ONGs locais.

+infos: clararesorts.com.br

Pura sofisticação em Chicago

Waldorf Astoria oferece experiência cinco estrelas na maior cidade de Illinois

O edifício localizado no endereço 11 E Walton, em Chicago, no estado americano de Illinois, não passa despercebido. A imponente construção adornada por toldos azul royal nas janelas é morada do Waldorf Astoria Chicago, cinco estrelas da renomada rede hoteleira Hilton. O luxo também fica por conta dos arredores, marcado por grifes como

Prada e Gucci, além de elegantes joalherias e excelentes restaurantes. O prestigiado bairro Gold Coast é, sem dúvida, uma região agradável para passear, tanto de dia, como de noite.

O hóspede já é impactado antes mesmo de entrar no hotel, quando se depara com uma recepção minimalista e adornos elegantes em mármore. A verdadeira definição de mescla de cores e bom gosto nos detalhes. O sorriso no rosto dos funcionários e o atendimento

de primeira também são percebidos imediatamente. A pequena recepção contrasta com as 215 espaçosas acomodações, distribuídas em 19 andares. Nas suítes, prepare-se para encontrar decoração suave com mobiliário

elegante e vistas de tirar o fôlego, tanto de Downtown, como da costa do lago Michigan. Nele, existem alguns espaços para refeições mais casuais ou mais formais. O The Brasserie

at Waldorf Astoria Chicago tem ambiente animado e sofisticado. Um restaurante clássico e ideal para apreciar coquetéis e pratos saborosos, feitos com ingredientes de origem local. Além do Peacock Lounge, perfeito para um snack ou lanche, que fica aberto o dia todo. E para jantares mais especiais, aposte no amado Bernard's. Para quem não abre mão de se exercitar, o Waldorf Astoria Chicago também é perfeito. A infraestrutura do Health Club

conta com modernos equipamentos de exercício aeróbico e de musculação, estúdio de pilates, e opções de suco ou água saborizada estão à disposição. Para completar sua experiência de bem-estar, aproveite os tratamentos corporais e faciais do spa, eleito um dos dez melhores pelo USA Today 2020. E não se esqueça de dar um mergulho na piscina aquecida e coberta.

+infos: waldorfastoriachicagohotel.com

Cozinha afetiva em Paraty

A chef Ana Bueno, do restaurante Banana da Terra, expressa a cultura paratiense por meio da gastronomia

Múltipla e conectada com o território onde escolheu viver, a chef Ana Bueno tem uma bagagem de 30 anos de profissão e uma grande paixão pela cidade de Paraty, no estado do Rio de Janeiro. Apesar de ser natural de São José dos Campos, fincou raízes na cidade caiçara aos 17 anos, após se encantar com a Festa do Divino, e hoje é considerada uma das representantes mais importantes dos movimentos gastronômicos de Paraty. Sempre atenta às iniciativas que possam exaltar a gastronomia e valorizar o locavorismo e a sazonalidade. No cardápio do seu restaurante, os ingredientes regionais são o ponto de partida para suas criações, sendo a maior parte das propostas tradicional. No dia em que visitei, encontrei opções ovolactovegetarianas disponíveis, como o pastel de palmito e a moqueca de banana da terra e palmito. O estabelecimento inseriu também uma opção vegana no cardápio, o arroz chaufa. No Banana Vai, serviço de delivery, outras opções estão disponíveis como salada de pancs, tapioca de urtiga, castanha caramelada, molho de melado de cana e também a escabeche de berinjela.

As receitas também podem ser encontradas no livro Culinária Caiçara, que reúne preparos da gastronomia caiçara e revisita as referências da sua região. A relação de Ana com os produtores da Costa Verde é bem particular.

Recentemente, gravou uma websérie chamada Da Terra, apresentando a produção e o caminho dos ingredientes até o prato. O episódio do palmito, por exemplo, revela uma visita ao palmital de Dona Cida e Cajuru, mostrando a produção no sítio João de Barro até o preparo da receita da moqueca com palmitos servida no restaurante. A chef participa de diversas iniciativas regionais, entre elas

a organização da Folia Gastronômica, que reuniu chefs de todo Brasil; a criação da Escola de Comer, que revolucionou a merenda de Paraty; a idealização do projeto Mapa do Gosto, que possibilitou o levantamento dos produtores locais e os conectou a estabelecimentos de Paraty. Além disso, ela é embaixadora do Eu Reciclo e coordena o projeto Mulheres da Costeira, que tem como meta capacitar mulheres em diversas áreas e criar uma potente rede de empreendedoras locais. Em setembro deste ano, Ana inaugurou um empreendimento gastronômico no Centro

Histórico, o Café Paraty, que voltou a funcionar no mesmo ponto onde existia anteriormente, com o fraseado do jazz e a balada blues, mas em uma nova versão, com um cardápio acessível e gastronômico.

+infos: restaurantebananadaterra.com.br

Por Dani Hispagnol, que conecta pessoas por meio dos alimentos e dirige a agência GoutéExperiências Gastronômicas. + infos: goute.com.br

vpor

Nada é mais importante do que cuidar de nós mesmos e de quem a gente ama.

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Especial Pantanal

Ninguém pode negar que a novela Pantanal, da Rede Globo, fez renascer no imaginário o interesse pela região. E falar do Pantanal, a maior planície alagada do mundo, localizada no Centro-Oeste, incluindo os estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, aqui no Brasil, estava em nossos planos. Nós queríamos ampliar esse horizonte, mostrar pontos inusitados e lançar um olhar sobre seus problemas. Pensando nisso, elaboramos uma edição contemplativa, com imagens de fotógrafos renomados e super conhecedores da região; uma hospedagem com todos os confortos, que investe na preservação das espécies e no desenvolvimento do povo local; uma viagem pelo Rio Paraguai até a Serra do Amolar; e uma pitada de sabor com a cozinha pantaneira para aquele toque final. Confira nas próximas páginas algumas destas possibilidades de uma região tão autêntica e brasileira, que precisa e merece ser visitada e preservada!

RENATA ZANONI Diretora de Redação

Ensaios

Patrimônio da Humanidade

O fotógrafo mostra a natureza abundante (e ameaçada) com um olhar apurado como resultado de mais de dez expedições à região

Fotos JOÃO FARKAS, do PANTANAL

João Farkas retrata principalmente o Brasil, sua paisagem e a cultura de seu povo. Tem quatro livros publicados, entre eles, Pantanal

FOTÓGRAFO

João Farkas

João Farkas é um destacado fotógrafo brasileiro, além de diretor de documentários. Nascido em 1955 em São Paulo, no seio de uma família de fotógrafos, complementou sua formação na ICP (International Center of Photography) e na School of Visual Art, ambas em Nova York, Estados Unidos.

Após o início de sua trajetória no fotojornalismo, foi editor de fotografia da revista Isto É e correspondente das revistas Isto É e Veja, em Nova York. E dedica-se a projetos pessoais que retratam principalmente o Brasil, sua paisagem e a cultura de seu povo. Já expôs em grandes museus e instituições brasileiras como o MASP, MAM-SP, MAR-Rio, MAM-Bahia, Instituto Figueiredo Ferraz, Instituto Tomie Ohtake, assim como na Europa e nos EUA.

Suas obras estão expostas em grandes museus e coleções públicas

e privadas no Brasil e exterior, entre elas Maison Europeénne de la Photographie, International Center of Photography, Tulane University, Coleção MASP-Pirelli, Coleção Jorge Perez, entre outros.

Ao todo, Farkas tem quatro livros publicados, entre eles Amazônia Ocupada, Trancoso, Pantanal, e Caretas de Maragojipe. Dirigiu entre outros os documentários: O Homem Que Salvou a Terra e São Paulo, Cidade Segregada Suas obras foram inspiração para o Museu do Carnaval, em Salvador, e a Casa da Cultura e da Memória do Povo, em Trancoso.

Para saber mais: www.joaofarkas.com @joao_farkas

José Medeiros registra há mais de 30 anos as profundezas do Pantanal, sempre mostrando a força e o sentimento da população local

José Medeiros

mudanças climáticas que estamos acompanhando. Com isso, surgiu o Projeto Pantanal+10, que acontecerá a longo prazo e que consiste em documentar durante dez anos, de 2020 a 2030, o Pantanal, santuário brasileiro que representa 2% do território nacional, um pedaço do paraíso, reserva da biosfera, maior planície alagável do mundo, Patrimônio Natural da Humanindade.

O objetivo do PANTANAL+10 é produzir conteúdo inédito, visionário, anual com responsabilidade ambiental e foco sociocultural, artístico e histórico sobre esse bioma, incluindo ações em prol da conscientização para a preservação do Pantanal, da cultura e do povo pantaneiro.

graves impactos sociais, econômicos e ambientais na vida local.

Neste momento, José Medeiros e sua equipe estão em fase de captação de recursos junto a possíveis investidores para apoiar a produção do projeto Pantanal+10. Além disso, seguem com a etapa Águas do Pantanal até 2023, com foco na questão hídrica, captando imagens das principais nascentes e rios que formam o complexo pantaneiro. Só nos resta aguardar e esperar o resultado deste belo projeto! Este ano, Medeiros apresentou o resultado do primeiro biênio de seu trabalho com a exposição e livro Céu e Inferno em Terras Alagadas e o curtametragem Fogo e Fé, mostrando os impactos climáticos durante dez anos.

José Medeiros é mato-grossense, documentarista, fotógrafo, ativista e produtor cultural. Ele nasceu em Campo Grande e iniciou sua carreira como fotojornalista de diversos jornais e revistas, mas com o tempo se tornou um importante documentarista do Centro-Oeste. Ele registra há mais de 30 anos as profundezas do Pantanal, sempre mostrando a força e os sentimentos que envolvem a população local. Em 2014, lançou seu primeiro livro de fotografias, com o título O Pantanal de José Medeiros, cujas páginas trazem o resultado de 11 anos de trabalho com o homem pantaneiro e sua singularidade.

Seu propósito sempre foi o de imaterializar as histórias dessa brava gente, isolada geograficamente e que mantém a pureza de uma cultura e ancestralidade em meio a todas as

O projeto teve início em 2020 com o registro do maior incêndio no Pantanal, que foi responsável pelo extermínio de milhões de animais e destruição de milhares de hectares. Já em 2021, ele registrou o ápice dessa grande estiagem que propiciou uma das maiores secas na região, gerando

Para saber mais e acompanhar: @josemedeirosfotografo www.josemedeiros.com.br

foto: Helder Brandão

Refúgio

foto: Felipe Castellari

foto: Felipe Castellari foto: Samuel Melim

foto: Layla Motta

fotos: Layla Motta

foto: Felipe Castellari

foto: Felipe Castellari

foto: Layla Motta

foto: Felipe Castellari

foto: Felipe Castellari

foto: Sidney Bloch

REFÚGIO

Caiman

COMO CHEGAR

A Caiman está localizada em Miranda, no Mato Grosso do Sul, a 236 km de distância do aeroporto de Campo Grande. Desde o aeroporto, há duas formas de chegar. De carro, em um trajeto de aproximadamente quatro horas. De avião, pousando na pista particular com capacidade para receber aeronaves de pequeno porte, monomotores e bimotores.

HOSPEDAGEM

-Casa Caiman: pousada principal com 18 apartamentos com varanda, piscina, deck com vista para a baía, salas de estar, lareira, redário e restaurante.

-Villas Privativas: para quem deseja viver momentos de ainda mais privacidade. A Cordilheira possui cinco quartos e a Baiazinha tem seis, que podem ser fechados por inteiro.

GASTRONOMIA

As refeições na Caiman são inspiradas na cozinha das casas brasileiras, preparadas com ingredientes regionais cultivados por comunidades e projetos locais, além de itens colhidos na agrofloresta própria. A

hospedagem inclui pensão completa (café da manhã, almoço, jantar e lanches), com exceção de bebidas alcoólicas e itens do snack bar.

O QUE FAZER

As atividades da Caiman são acompanhadas por guias bilíngues, em sua maioria biólogos, e guias de campo nativos. Entre as atividades inclusas na diária estão: safári, focagem noturna, canoa canadense, caminhada e o caiman tour. Já os adicionais são: cavalgada, passeios de bicicleta e observação de aves.

PROJETOS DE CONSERVAÇÃO

Ao visitar a Caiman você apoia projetos e iniciativas que atuam diretamente para conservação da fauna e do bioma do Pantanal.

-Onçafari: acompanhe in loco a movimentação das onças-pintadas que têm o refúgio Caiman como habitat natural. oncafari.org

-Instituto Arara Azul: viva uma aventura em campo monitorando de perto os ninhos de arara-azul espalhados pelo refúgio e descubra mais sobre a ave. Tudo isso acompanhado pelos biólogos do Instituto. institutoararaazul.org.br

-Projeto Papagaio Verdadeiro: Coordenado pela zootecnista Gláucia Seixas, o projeto busca e divulga informações sobre o Papagaio Verdadeiro desde 1997. Também cria registros e avalia o impacto da ação humana na espécie, uma das mais visadas pelo tráfico ilegal de animais. papagaioverdadeiro.wordpress.com

BLTA

A Caiman integra a Brazilian Luxury Travel Association (BLTA), organização sem fins lucrativos criada em 2008, reunindo os melhores hotéis e operadores de turismo de luxo do Brasil. blta.com.br

Gastronomia

Sabor local

A gastronomia pantaneira tem uma riqueza de sabores que não é encontrada em outro lugar. Mas o cuidado e o amor com que é feita a tornam ainda mais especial

Por VIVIAN MONICCI

A cozinha costuma ser o coração de uma casa. Na novela Pantanal, por exemplo, quase todos os capítulos mostram a Filó, personagem de Dira Paes, passando um cafezinho e fazendo algum prato delicioso para alimentar sua família reunida em volta da mesa, ou algum visitante, que é sempre recebido de forma calorosa. Em seu conto A avó, a cidade e o semáforo, o grande escritor Mia Couto destaca que “Cozinhar não é serviço. Cozinhar é um modo de amar os outros”. Sem dúvida, é mesmo. E quanto mais para o coração do nosso país seguimos, mais a culinária se torna afetiva e motivo de união.

“A coisa mais linda do Pantanal é realmente a maneira que o pantaneiro recebe. Ele sempre vai servir o melhor que ele tem. Vai matar uma vaca, fazer uma carneada, pegar a melhor peça de carne que ele tem ali guardada e servir, além de preparar a mesa e decorar. Você sempre será recebido com uma roda de tereré para conversar. Isso é algo muito característico da nossa cultura pantaneira”, reflete o chef Paulo Machado, especialista em cozinha pantaneira.

Natural de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Paulo não cresceu em uma família da área gastronômica, mas sempre gostou de comer as guloseimas feitas por sua avó, que era uma exímia cozinheira. Observava com curiosidade cada gesto dela com as panelas e alimentos e, assim, foi aprendendo e se aventurando com comidas caseiras para receber a família e os amigos. Formou-se em Direito, em São Paulo, mas não se sentia realizado profissionalmente. Aos 23 anos, passou a enxergar a gastronomia como uma possibilidade. Começou como garçom e foi pegando o gosto pelo ambiente. Virou ajudante de cozinha e decidiu fazer faculdade, onde se envolveu no centro de pesquisas em gastronomia brasileira e iniciou sua imersão na cozinha regional do Pantanal.

“Eu descobri que é uma cozinha recheada de técnicas muito particulares, ingredientes que são usados em outras regiões do Brasil, mas que quando chegam à cultura pantaneira, passam a ganhar um sabor, uma maneira de preparar, um resultado bem único. É recheada de influências de outros países, como Paraguai, Bolívia, Japão e Líbano, por conta das migrações e das fronteiras, e de outras cozinhas do Brasil, como a gaúcha, mineira e do Nordeste. Sua base tem uma simplicidade no número de ingredientes, é sempre muito resumida, mas exige tempo, paciência e cuidado. Pode soar clichê, mas é a cozinha do amor mesmo”, conta o chef.

Apesar de ser o resultado de uma bela mistura, a comida pantaneira tem ingredientes característicos, como a sua carne. “A carne do Pantanal, soleada, oreada ou de sol está na espinha dorsal. É um produto com um sabor muito único. Além disso, utiliza-se muito o milho e a mandioca, que são bases da culinária guarani, dessa cozinha de fronteira e indígena.” Outros

“É uma cozinha recheada de técnicas muito particulares e influências de outros países”

itens sempre presentes são quiabo, maxixe, banha de porco, erva-mate (usada tanto na cozinha como no preparo do tereré), coloral à base de urucum, açafrão da terra e sal boiadeiro.

Mas, afinal, quais pratos típicos vamos encontrar em uma viagem ao destino? “Como entrada, temos a chipa, feita a partir do polvilho doce e de queijo fresco, e a sopa paraguaia, que é um bolo de milho salgado feito com queijo, ovos e leite. Como prato principal na comida de comitiva, o macarrão de comitiva, o arroz carreteiro ou Maria Isabel, dependendo da região, pintado a urucum, caldo de piranha, pintado na telha, arroz boliviano, arroz com pequi, feijão gordo (feito com banha de porco) e galinha caipira. Também temos porco monteiro assado, churrasco de buraco, fígado acebolado, o puchero (feito com a carne com osso), o locro (preparo de carne bovina com mandioca ou com milho), o caribéu (um guisado de carne de sol com mandioca). Nos doces, destaque para o furrundum (doce de mamão verde com rapadura), pudim ou flan e guavira (fruta local), doce de leite de fazenda, rapadura, pé de moleque de doce de leite e licor de pequi.”

A sustentabilidade é um dos pilares fundamentais da gastronomia local. “É uma cozinha sem desperdícios e muito sustentável. Como as distâncias são longas e o acesso é mais difícil, até uma embalagem é utilizada. O bolinho de arroz cuiabano, por exemplo, é assado na forma da latinha de sardinha. A carne orgânica do Pantanal é certificada e sustentável. Estamos falando de uma cultura em que o pantaneiro consegue utilizar uma carne que tem origem ancestral, centenária, de famílias que chegaram

ali e começaram a trabalhar com a sua economia local, que é a pecuária. Nas roças, tudo que é produzido também é utilizado. Esses locais suprem os mercadões e os restaurantes, então é uma cadeia muito sustentável.”

Atualmente, o chef Paulo Machado mora em Barcelona e não é proprietário de restaurante, mas assina os cardápios de dois passeios em Bonito, no Mato Grosso do Sul: o Recanto Ecológico Rio da Prata e a Estância Mimosa. “Embora Bonito seja bioma cerrado, a cultura em geral, especialmente alimentar, é pantaneira. Praticamente o estado inteiro de Mato Grosso do Sul bebe dessa fonte, o que mostra que a cozinha pantaneira traspassa a territorialidade do Pantanal.” Em 2020, lançou o livro Cozinha Pantaneira, resultado de uma pesquisa de 13 anos sobre a cozinha do Pantanal. Além disso, dedica-se de corpo e alma ao Brasil Food Safaris, projeto de expedições de gastronomia que acontecem no Brasil e em outros países, em parceria com a operadora de turismo Bravo Brazil e com chefs de vários destinos. “O projeto surgiu da vontade de fazer com que as pessoas experimentem in loco uma gastronomia, um sistema alimentar, aprendam a fazer as comidas. É uma imersão na cultura gastronômica e é para qualquer tipo de público que goste de comer, desde os curiosos, donas de casa, estudantes de cozinha, aposentados, até os profissionais e chefs estrelados. Não é um curso

Atualmente, o chef Paulo Machado assina o cardápio de dois passeios em Bonito e dedica-se ao Brasil Food Safaris

de cozinha, algo maçante, é uma experiência que inclui visita aos principais mercados, acesso aos chefs locais e ao sistema alimentar completo.”

O Brasil Food Safaris completa dez anos em 2023 e, ao longo da jornada, já ganhou prêmios como o da WTM de turismo responsável. O projeto faz parte do Instituto Paulo Machado, empresa de pesquisa em gastronomia. Em parceria com o SEBRAE/MS e FUNDTUR/ MS, o Instituto lança em dezembro uma rota turística gastronômica no Pantanal assinada pelo chef Paulo Machado, que contempla dez empreendimentos das regiões de Miranda, Aquidauana, Nhecolândia e Corumbá.

Também em dezembro, o chef vai acompanhar um grupo com destino ao Pantanal mostrado na novela, exatamente onde ela foi filmada, no Hotel Barra Mansa, que fica em uma área bem remota da planície e de difícil acesso.

Para fazer

em casa

Macarrão de comitiva Conhecido também como macarrão pantaneiro, macarrão frito ou macarrão boiadeiro, é uma variação do arroz carreteiro. Prepara-se da mesma maneira, substituindo o arroz pelo macarrão – da tradicional marca Liane.

O cuca começa seu preparo quebrando o macarrão – vendido num fardo grande e comprido – em pequenos pedaços, para que possa ser cozido mais facilmente. Para ganhar seu sabor tão característico (que lembra o gosto umami), é preciso fritá-lo bem – assim como a carne que entra na receita –, até que adquira um aspecto esbranquiçado. Então junta-se a água. Atualmente, vem aparecendo nos restaurantes de São Paulo. Aprendi esta receita com Helinho Lopes, famoso cozinheiro de comitivas e leilões, e resolvi acrescentar a laranja para dar sabor especial ao prato.

Ingredientes 100 g de carne-de-sol 2 dentes de alho picados 2 colheres de sopa de óleo de milho, azeite de oliva ou banha 250 g de espaguete nº 8 água quente o quanto baste sal a gosto suco de uma laranja pera cheiro-verde picado a gosto coentro picado a gosto

Modo de preparo

Lampine a carne-de-sol e lave-a em água corrente abundante, para retirar o excesso de sal. Numa panela alta, refogue o alho no óleo quente. Junte a carne picada, fritando-a até dourar. Acrescente o

macarrão quebrado (em no mínimo três partes) e frite mais um pouco, até que as pontas do macarrão adquiram uma coloração esbranquiçada. Adicione o suco de laranja, para soltar o fundinho da panela, e a água quente até quase cobrir a mistura. Cozinhe em fogo médio, com a panela aberta, mexendo de vez em quando para acomodar o macarrão, até que ele fique macio e a água seque. Sirva com o cheiro-verde e o coentro.

Rota gastronômica assinada pelo chef Paulo Machado Terroir Pantanal Wine & Beer, Aquidauana @terroirpantanal Pousada Pioneiro, entre Aquidauana e Miranda pousadapioneiro.com.br

Pantanal Experiência, Agachi, no município de Miranda pantanalexperiencia.com.br

Fazenda Refúgio da Ilha Ecolodge, Rio Salobra refugiodailha.com.br

Fazenda San Francisco, Pantanal do Rio Miranda fazendasanfrancisco.tur.br

Pantanal Jungle Lodge, Rio Miranda pantanaljunglelodge.com.br

Pousada Pequi, Aquidauana pantanaljunglelodge.com.br

Pousada Aguapé, Aquidauana pousadaaguape.com.br

Recanto Vale do Sol, Corumbá @recantovaledosol Hotel Fazenda Baía das Pedras, Aquidauana baiadaspedras.com.br

Pura vida

O cotidiano pantaneiro distante do que já é conhecido como Pantanal. A Serra do Amolar, a biodiversidade, os sítios arqueológicos, muita história, cultura e uma vivência ainda mais autêntica para entusiastas que desejam conhecer ainda mais da região

Por FLÁVIA VITORINO, de CORUMBÁ

Palco da novela mais falada do momento e que leva o mesmo nome da maior planície inundável do mundo, a história original do Pantanal não é tão bem contada por Benedito Ruy Barbosa, nem na versão atual e nem na primeira versão dos anos 1990. A história começa nas paredes dos morros inexplorados dos sítios arqueológicos existentes no Morro do Caracará na região da Serra do Amolar - MS, e que guarda pinturas rupestres que revelam o mais antigo povo da região - os índios Guatós - que chegaram ali milênios atrás.

O Pantanal está localizado entre três países: Bolívia (leste), Brasil e Paraguai (norte). A parte brasileira se divide entre os estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (Região CentroOeste). O que se considera o menor bioma do país é a maior planície de inundação do mundo, com 250 mil quilômetros quadrados de extensão. Ri-

quíssimo em biodiversidade, o Pantanal abriga mais de 650 espécies de aves, 260 espécies de peixes, 100 de mamíferos e 50 de répteis, sem contar as mais de duas mil espécies de plantas, e é considerado pela UNESCO Patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera. É muita coisa!

Conhecer o bioma em uma visita só é uma tarefa muito difícil. Além das regiões do sul e norte serem distintas, existe outra questão que muda completamente as vivências e também as paisagens. As estações da cheia e da seca.

O Pantanal abriga mais de 650 espécies de aves, 260 de peixes, 100 de mamíferos e 50 de répteis

gueiros. Na seca, que ocorre entre os meses de abril e setembro, os mamíferos que se dispersam com a cheia voltam a ocupar a planície. O céu apresenta as noites mais estreladas e a temperatura mais amena com o fim das chuvas, o que torna os passeios noturnos ainda mais prazerosos. Durante a vazante podem ser observados mais facilmente onças, queixadas, catetos, cervos-do-pantanal e bandos de macacos bugio e prego. A paisagem é formada por campos e morros isolados, além de pequenas poças dispersas

e os corixos, pequenos rios que se formam para desaguar em correntes maiores.

No estado do Mato Grosso do Sul, quase que na divisa com o estado do Mato Grosso, partem os barcos em direção a um tesouro escondido do Pantanal: A Serra do Amolar, que destoa completamente da perspectiva plana típica do Pantanal.

Imaginem uma cadeia de montanhas de 80 quilômetros, rodeada pelos rios e considerada como uma área prioritária de conservação, guardando em seus morros vestígios arqueológicos de seus

Na cheia, entre os meses de outubro e março, os rios transbordam formando um espetáculo deslumbrante

ancestrais que acreditavam que ali era o centro do mundo. Interessante, no mínimo, não acham?

No fim do século 19 e início do século 20, o rio Paraguai, que cruza a serra do Amolar, se destacou como importante via de navegação comercial, interligando as cidades pantaneiras à bacia do Prata, o que trouxe crescimento econômico significativo para Corumbá, na época. O difícil acesso e sua complexa formação, cercada por rios, lagoas, campos alagados o ano inteiro e uma vegetação influenciada pela Amazônia e o Chaco, tornam a visita quase que um descobrimento de uma riqueza nunca vista.

Partindo da cidade de Corumbá - MS, o Comodoro é uma embarcação de luxo que faz um cruzeiro de cinco dias pelo Rio Paraguai até o Refúgio Acurizal, região ao pé da Serra do Amolar onde vivem dezenas de comunidades ribeirinhas.

A embarcação é dividida pelo convés inferior, onde ficam as cabines da tripulação, a cozinha, o bar, a sala de jantar, a sala de TV e jogos, com o deck de proa e uma plataforma de popa para acessar os barcos de turismo. Já no convés do meio, são 15 cabines e uma pequena sala de ginástica e, no convés superior, piscina, jacuzzi e o terraço ocupam o espaço. Há um elevador que serve to-

dos os andares. O barco é equipado com um moderno sistema de navegação e tratamento de água e as cabines são bastante espaçosas, com camas de casal, varanda privativa e ar condicionado. Mesmo que completa e luxuosa, a embarcação não é a melhor parte da experiência. O roteiro feito pela Amolar Experience, a operação local com mais conhecimento na região com sede na Reserva Acurizal, parte diariamente com as "lanchas rápidas", que viajam acopladas ao barco, promovendo passeios com uma passagem completa por pontos quase inóspitos como, por exemplo, o Alagado do Taquari. Um desastre ecológico que

se transformou em um paraíso. Foram dezenas de problemas trazidos pelo assoreamento do Rio Taquari, um dos principais cursos de água afluente do Rio Paraguai.

Mas se o rio secou de um lado, do outro fez surgir o que passou a ser chamado de “Payaguás do Xarayés”, um delta alagado com águas tão transparentes que a cor se confunde com o azul do céu. A vegetação e fauna local se modificaram e as espécies foram substituídas por outras mais adaptadas à nova condição do solo, como arraias e peixes coloridos que, ao navegar, você acha que atravessou um portal para um outro lugar.

As viagens que partem diariamente do cruzeiro Comodoro contemplam ainda as vivências nas comunidades locais, caminhadas pela Serra, as pinturas rupestres do Morro de Caracará e os avistamentos dos animais. Tudo entre um banquete e outro dentro e fora da embarcação nas comunidades, das maravilhas gastronômicas pantaneiras que falam sobre cultura através do paladar, temperos e receitas tradicionais. A sopa paraguaia é a clássica, que foge totalmente do conceito de sopa conhecido no restante do país (que geralmente envolve mais líquido do que sólido), sendo um dos pratos mais curiosos por parecer mais uma torta do que, de fato, uma sopa. Além dos peixes como o pintado, o pacu e a piranha (ingrediente principal do famoso caldo de piranha), servidos das mais variadas formas – fritos, ensopados, grelhados, ao urucum, entre outros. O roteiro se completa com a opção de partir da última parada do cruzeiro para uma viagem de cerca de três horas de navegação até a região de Porto Jofre, bem próxima à cidade de Poconé, já no estado do Mato Grosso, e da divisa com o leste da Bolívia. Ali é o lugar de maior concentração de onças-pintadas do mundo. Algo em torno de oito a nove felinos a cada 100 km, e que vivem tranquilamente em seu habitat, ora caçando, ora tomando sol no fim

da tarde nas praias que se formam na beira dos afluentes da região.

Aliás, o Pantanal também tem seus “big five”, como as cinco estrelas selvagens dos safáris africanos. São eles: o cervo-do-pantanal, a onça-pintada, a capivara, a anta e o tamanduá-bandeira. Mas não seria exagero dizer "big six”, pois o tuiuiú, símbolo pantaneiro e a maior ave voadora do Brasil, prende nossa atenção toda vez que sobrevoa com seus 1,40 metro, chegando a uma envergadura de até três metros. E observá-las em

O cervo-do-pantanal, a onça-pintada, a capivara, a anta e o tamanduá-bandeira são os "big five" da região

riqueza única do nosso país

seu habitat natural é um encontro com a natureza profunda e com a essência do lugar.

Mas tão viva quanto o seu ecossistema é também a cultura indígena, a cultura pantaneira, a música e a gastronomia autêntica, tradições cotidianas e de muitas festas.

A cultura do homem pantaneiro descende dos bandeirantes e dos garimpeiros que viajavam em canoas através dos rios Tietê, Paraná e Paraguai, em direção às minas de metais preciosos da região de Cuiabá. Mas foi após a Guerra do Paraguai que resolveram ficar e criar gado. Chapéu de palha de abas largas, calças jeans e camisa. Na cintura, debaixo do cinturão de couro, uma faixa de algodão colorida e um facão e, nos pés, as botinas de couro.

Foi através da música, por exemplo, que o cantor e instrumentista brasileiro Almir Sater criou uma sonoridade tipicamente caipira da viola de dez cordas, com influências das culturas do seu estado, para representar em inúmeras de suas canções o seu cotidiano, a vida pantaneira, a natureza que o cerca e os costumes do povo, como as rodas de viola, os causos e a chalana, que ainda é utilizada como meio de transporte.

Conhecer o Pantanal e entender que ali é um mundo quase que à parte de natureza viva, pura. É apropriar-se de uma riqueza do nosso país, palco de um relacionamento único entre pantaneiros, cultura e natureza, coexistindo há quase três séculos. É entender que apesar de lindo, nós precisamos muito mais dele do que ele de nós.

A cultura local e a indígena, o homem pantaneiro e toda a biosfera formam uma

Dicas quentes

COMO CHEGAR

Um voo direto de duas horas de duração sai do Aeroporto Internacional de Viracopos-Campinas e pousa em Corumbá, de onde parte o cruzeiro. Mais informações: voeazul.com.br

O QUE FAZER

-Aproveitar a luxuosa embarcação do cruzeiro -Passeios por pontos quase inóspitos, como o Alagado do Taquari -Vivências nas comunidades locais -Caminhadas pela Serra -Apreciação de pinturas rupestres do Morro de Caracará -Avistamento de animais -Degustação das maravilhas gastronômicas pantaneiras

-Visite a região de Porto Jofre, onde está a maior concentração de onças-pintadas do mundo

QUEM LEVA

Amolar Experience, programa de turismo do IHP Pantanal, que atua há 20 anos na preservação do Pantanal, com respeito à história e à cultura local. (67) 99946-5515

@amolarexperience @ihp_pantanal_

*Flávia Vitorino é jornalista e turismóloga, pós-graduada pela FGV em Meio Ambiente e Sustentabilidade e especialista em destinos de natureza. @fllavitt

Saiba Mais

COMO CHEGAR

Voos vindos de algumas cidades brasileiras, como São Paulo, Campinas e Brasília, chegam ao aeroporto de Campo Grande, capital do estado de Mato Grosso do Sul. Essa rota é operada pelas companhias LATAM, GOL e AZUL. De Campo Grande, siga por 352 km de estrada até chegar em Corumbá, conhecida como a capital do Pantanal. Se preferir, a AZUL oferece um voo de 50 minutos conectando Campo Grande a Corumbá. Se quiser facilitar ainda mais sua viagem, saiba que a AZUL também opera uma rota direta, de aproximadamente duas horas de duração, do aeroporto de ViraCopos/Campinas até Corumbá.

CLIMA

O Pantanal está localizado em uma área de clima tropical, com duas estações bem definidas: verão chuvoso e inverno seco. De outubro a março, concentram-se as chuvas e a temperatura ultrapassa os 30ºC. Já o período de abril a setembro é marcado pela ausência de chuvas e por temperaturas amenas, entre 20ºC e 25ºC.

sume a forma como é mais conhecido, sendo melhor para quem busca praticar pesca esportiva.

O QUE FAZER

-Safári terrestre -Safári fluvial -Focagem noturna -Cavalgada -Caminhada ecológica -Canoagem -Observação de aves -Pesca esportiva

QUANDO IR

Dependendo da época do ano você terá experiências diferentes. De abril a setembro, período de seca, a locomoção é facilitada e fica mais propício para a observação da vida selvagem. De outubro a março, período chuvoso, a água e a vegetação estão em seu ápice e o Pantanal as-

LOCALIZAÇÃO

O Pantanal está situado nos estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, além de uma parte ficar no Paraguai e na Bolívia. Mas é no Mato Grosso do Sul que se encontra cerca de 65% de toda a região pantaneira, presente nos municípios de Miranda, Anastácio, Aquidauana, Ladário, Coxim e Corumbá.

ONDE FICAR

Caiman: Localizado no município de Miranda, no Mato Grosso do Sul, a 236 km de Campo Grande, o Complexo Caiman inclui Casa Caiman, Villa Baiazinha e Villa Cordilheira. Se hospedar aqui é garantia de atividades guiadas por especialistas e uma super infraestrutura para aproveitar momentos de descanso e contemplação da natureza. caiman.com.br

LUGARES MOSTRADOS NA NOVELA PANTANAL

-Fazenda Rio Negro: Localizada no município de Aquidauana, MS, possui sete mil hectares. Hoje, é uma propriedade particular e pertence ao dono da Agropecuária Santana do Deserto, André Esteves, que também é sócio do BTG Pactual.

-Fazenda Barranco Alto: Localizada a 120 km de Aquidauana, MS, possui 11 mil hectares com baías, salinas, matas, vazantes e beira de rio. fazendabarrancoalto.com

-Morro do Paxixi: Localizado a 25 km de Aquidauana, MS, é possível fazer trilhas, tomar banho de cachoeira e apreciar a paisagem a partir do mirante.

TOP DESTINOS

Tangará da Serra

Cuiabá Corumbá

PANTANAL

Sorriso Sinop Ponta Porã

MATO GROSSO MATO GROSSO DO SUL

Poconé Acurizal Refúgio Ecológico Caiman Estância Mimosa Recanto Ecológico Rio da Prata

Campo Grande

exclusiva, localizada no município de Miranda, MS. refugiodailha.com.br -Hotel Barra Mansa: Localizado a 110 km de Aquidauana, MS, mais especificamente na região de Nhecolândia. O hotel fica em um lugar privilegiado às margens do Rio Negro e garante muito conforto. hotelbarramansa.com.br Primavera do Leste

Texto SOCORRO CAMELO fotos MARCELO VIGNERON e CASSIANO MARQUES

Imagine que em um dia você está em Rio Branco, no Acre, a 150 metros acima do nível do mar, debaixo de um sol escaldante. No dia seguinte, pilotando uma Honda CRF 1100L Africa Twin, a paisagem muda completamente e a estrada vira um verdadeiro novelo de curvas. Ali começa sua aventura para cruzar a Cordilheira dos Andes, passando por todo tipo de clima, estradas belas e sinuosas, chegando a 4,7 mil metros acima do nível do mar. Emocionante e inesquecível, no mínimo!

São exatamente assim as expedições Honda RedRider, com roteiros de exploração, de imersão em paisagens e culturas, na troca de experiências e amizades que serão lembradas por toda a vida.

Um dos carros-chefe é o roteiro RedRider Cordilheira dos Andes, que foi retomado em maio deste ano, após a abertura da fronteira com o Peru, e agora utilizando uma frota atualizada das Africa Twin 1100L. No trajeto, de Rio Branco até a fronteira com o Peru, é visível que a BR 317 já precisa de manutenção, mas nada que as motos não deem conta. Em compensação, a estrada rumo a Puerto Maldonado é lisa e sem um único buraco nos 230 quilômetros em direção ao sul, o que permite rodar apreciando regiões com florestas mais preservadas. Mas pode esperar muito calor e mais de uma centena de quebra-molas que exigem uma moto com suspensão e roda dianteira diferenciada (aro

21), como as da Africa Twin. Fazem muita diferença e os rins do piloto agradecem.

O turismo em Puerto Maldonado é focado na selva peruana e você se depara com viajantes de todo o mundo. De Puerto Maldonado até Cusco são 480 quilômetros. Empolgados e cheios de expectativas, os participantes são orientados dos cuidados para evitar o soroche na subida da Cordilheira: um conjunto de efeitos como a vertigem, sonolência e dor de cabeça, provocados pela baixa oxigenação. Mascar folhas de coca ou tomar seu chá é item obrigatório para controlar o mal das alturas. E como

o nosso cafezinho, o chá de folhas de coca é uma instituição nacional e no Peru é servido nos bares, restaurantes e vendido em supermercados. Outra dica do experiente condutor do RedRider, Cassiano Marques, é realizar respiração profunda e regular: “O organismo precisa compensar a escassez de oxigênio do ar ambiente, especialmente acima dos três mil metros de altitude, e para isso devemos inspirar lentamente e encher totalmente os pulmões, repetindo esse exercício dez a 15 vezes a cada cinco a dez minutos, e durante todo o primeiro dia de viagem nas alturas”, ensina.

Santa Rosa, onde se inicia a Cordilheira, assim como Mazuco, Quince Mil e Marcapata são pequenas cidades cheias de pessoas simpáticas e acolhedoras e que adoram os brasileiros. Aliás, os peruanos são gentis de uma forma tocante.

A Cordilheira e o Santuário

Depois de Quince Mil, o rumo é o céu. A maior cadeia de montanhas das Américas alcança dimensões planetárias e mostra uma imponência que merece respeito.

Na Cordilheira dos Andes existe uma união for-

mada pela grandiosidade da natureza e a diversidade das culturas com cidades que parecem ter sido construídas por gigantes, cujas ruínas guardam o mistério de sua origem. Aqui, o coração do homem com certeza é maior, para poder viver com o ar rarefeito das montanhas. A grande coluna vertebral da América, onde a terra parece se encontrar com o céu, está cheia de passagens estreitas e escarpadas. Um espetáculo que emociona!

As estradas de ferro que se dependuram pelas encostas das montanhas, superando os cinco mil metros de altitude, também são de deixar qualquer um boquiaberto. Com frequência, é possível encontrar com animais típicos da fauna dos Andes: a lhama, alpaca, guanaco e a vicunha. Os dois primeiros são muito úteis aos homens andinos, como animais de carga e provedores de carne e lã e de grande resistência física.

Ao chegar no ponto mais alto, chamado de El Cumbre, é aconselhável que se ande “despacito”.

São mais de 4,7 mil metros do nível do mar. Não há quem não fique deslumbrado com a imponência do lugar. O visual é cinematográfico, com montanhas de neve eterna, nuvens baixas e rara vegetação.

Para uma melhor aclimatação, a chegada da expedição foi em Pisac, pequena cidade do Vale Sagrado, elevada a 2.972 metros do nível do mar,

Em Cusco você se depara com toda a herança inca em museus, praças, monastérios e a simpática população

com relevante sítio arqueológico e conhecida como a capital do artesanato peruano.

Após percorrer o Vale Sagrado, passando por Urubamba e Ollantaytambo, o destino da expedição não poderia ser outro: o santuário de Machu Picchu. Quando se chega lá no topo, após uma viagem em um trem desde Ollataytambo e um zig-zag de micro-ônibus a partir de Águas Calientes, o fôlego desaparece, a cabeça se ergue e a vontade é de cair de joelhos em agradecimento. É vertiginoso, no melhor sentido.

Considerada a cidade perdida dos incas e patrimônio cultural da humanidade, ela ficou inacreditavelmente camuflada no topo de uma montanha a 2,4 mil metros de altitude até ser re-

descoberta em 1911. Com soluções de engenharia e arquitetura bastante avançadas, esconde mistérios ainda não desvendados e é a principal atração turística do Peru.

Qualquer cidade peruana tem história. O Império Inca foi soberano nessa parte da América por um bom tempo e deixou um legado rico.

A chegada em Cusco, que fica a 3,4 mil metros, é um capitulo à parte. Cusco é cheia de opções: restaurantes, pubs, para todos os gostos e bolsos. A capital do antigo Império Inca tem a linda Plaza de Armas, no centro dessa cidade que teve grande importância no mundo. Ampla e animada, é cercada por bares e restaurantes localizados nos mezaninos dos prédios históricos. Em volta dela, existem ruas

estreitas cujas laterais foram erguidas com pedras enormes, que conduzem a lojinhas de artesanatos, tabacarias, igrejas, mosteiros e outras praças.

Na noite da chegada, alguns demoraram a se aclimatar. Mas no dia seguinte, já estavam todos acostumados e sentindo como se tivessem sido criados na altitude das montanhas.

A hospedagem em um hotel aconchegante e central possibilitou passeios a pé até a Plaza de Armas e ao mercado de artesanato. Andar pelas ruas de Cusco é se impregnar da energia do local. Em Cusco, o passeio pode incluir o mercado central de San Pedro e as ruínas de Sacsayhuaman, Pukapukara, Qenqo e Tambomachay, lugares que valem cada segundo da sua visita.

O Vale Sagrado tem cidades e sítios arqueológicos que valem entrar no seu roteiro pelo país

Gastronomia

Se você nunca ouviu falar da gastronomia peruana, não tem ideia do que está perdendo. A comida é um capítulo à parte. O cuy, porquinho da índia peruano, é delicioso. Tem uma importância ímpar na vida gastronômica no Peru. Tanto que a segunda sexta-feira do mês de outubro é considerada oficialmente o Dia Nacional do Cuy. Tudo para estimular o consumo, aumentar a produção e dar um up na economia familiar dos peruanos. E não se engane achando que o prato só é consumido pelos menos favorecidos. O cuy está no cardápio de quase todos os restaurantes e faz sucesso no país inteiro. É considerado uma carne com alto valor proteico e baixa gordura, por isso, saudável.

O mais famoso condimento do país, usado praticamente em todos os pratos, chama-se “ají” (pronuncia-se arri), a pimenta peruana. É servida como tempero em praticamente todos os pratos.

Agora, ceviche é sensacional. Uma mistura do peixe ou frutos do mar curtido no limão, com coentro e pimenta, acompanhado de batata doce e de grãos de milho fritos. Só quando se prova o ceviche é que se entende o recado das panelas andinas. Ceviche, simples assim. Ou nada simples. De-li-ci-o-so! O ceviche é o primo latino do sashimi, só que muiiiito mais gostoso.

Aventura da vida

Foram oito dias de pilotagem intensa na Expedição RedRider Cordilheira dos Andes, por uma estrada impecável, com milhares de curvas e trechos a mais de quatro mil metros acima do nível do mar. Os riders percorreram a antiga estrada de terra no topo da Cordilheira, passando por Hualla Hualla, numa experiência marcante.

“Tínhamos ido somente até Puerto Maldonado, não imaginei o quão incrível seria ir pilotando uma ‘máquina’ por paisagens tão maravilhosas. Fiz amigos e fiz a aventura da minha vida.” O relato é do agricultor Paulo Patrício, 59 anos, que pela primeira vez pilotou uma CRF 1100L Africa Twin Adventure Sports com a esposa Rosa Azevedo na garupa.

Já para Rosa, 54 anos, o desafio foi o principal combustível para encarar de garupa. “Sou avó e minha família torceu por isso porque sabia que era um sonho meu. A viagem foi fantástica!”, disse ela.

A viagem tem duração de dez dias, considerando o tempo de chegada em Rio Branco e partida às repectivas cidades de origem. “Nas expedições, enfrentamos sol, chuva, longas retas, milhares de curvas no asfalto, penhascos e trechos espremidos contra paredões de rocha, além de trechos de chão, e a Africa Twin responde bem o tempo todo. Faz diferença em viagens longas e em roteiros que possibilitam conhecer lugares incríveis ‘fora da caixinha’”, completa Cassiano.

Rodamos com a CRF 1100L Africa Twin, que é perfeita para este trajeto

Saiba Mais

QUEM LEVA

O RedRider é um programa de relacionamento da Honda, voltado para motociclistas que se permitem viver a aventura on e off-road para destinos no Brasil e na América do Sul. A expedição contada no texto é feita a partir de Rio Branco, no Acre, onde os motociclistas têm a oportunidade de conhecer a rica cultura e a gastronomia acreanas, além de uma imersão na realidade Amazônica. Todos os trajetos das expedições são feitos em moto Honda CRF 1100L Africa Twin, inclusa no pacote, que também contempla translados de chegada e partida ao aeroporto, seguros, combustível, hospedagens, passeios, completa assistência nas orientações, trâmites burocráticos, condução e motociclista com experiência como condutor do grupo. Em grupos de até dez clientes, o programa disponibiliza ainda uma moto extra reserva, mecânico, caminhonete de apoio levando a bagagem e todo material para reparos e eventuais primeiros socorros com equipe treinada.

Além de motos de última geração prontas, só esperando para serem pilotadas, o participante também tem a possibilidade de realizar o Curso RedRider Amazônia - Fundamentos Off-Road, coordenado por Cassiano Marques, motociclista habilitado e profundo conhecedor de trechos fantásticos da América do Sul.

Roteiros amazônicos e andinos Conheça alguns dos roteiros que variam de cinco a 17 dias:

Expedição RedRider Amazônia - MOTO GP: acontece entre março e abril e percorre a Amazônia, cruzando a Cordilheira dos Andes, viajando por quatro países: Brasil, Peru, Bolívia e Argentina. Destinos únicos como as ilhas Uros, no lago Titicaca, o mais alto lago navegável, a Estrada da Morte na Bolívia e o Salar de Uyuni, maior deserto de sal do mundo.

Mais informações: Programa Honda RedRider www.hondaredrider.com.br

Empresa parceira e operadora para Amazônia e América Andina: EME Amazônia Turismo WhatsApp: +55 (68) 98100-8000

Expedição RedRider Travessia Amazônica é realizada no mês de julho, com duas possibilidades: de Rio Branco (AC) a Boa Vista (RR) ou no percurso inverso, percorrendo os estados do Acre, Rondônia, Amazonas e Roraima, explorando as BR

364, BR 319 – conhecida como rodovia fantasma com seu “trecho do meio” não pavimentado de 380 km de pura adrenalina –, e BR 174, cruzando extensas áreas de floresta e grandes rios.

Expedição RedRider Bolívia – Peru, entre agosto e setembro, envolve três países: Bolívia, Peru e Brasil, e oferece experiências intensas de pilotagem raiz por trechos on e offroad com paisagens estonteantes.

CORDILHEIRA DOSANDES

de Rio Branco. No Peru, após pernoite em Puerto Maldonado, segue para a Cordilheira do Andes e aportando em Cusco. Nesse roteiro, Machu Picchu e Vale Sagrado será opcional. Puno, cidade conhecida como a capital folclórica do Peru, é passagem obrigatória com direito a navegação no lago Titicaca e ilhas flutuantes dos Uros.

Expedição Redrider Transpantaneira e Fronteira Oeste, entre novembro e dezembro, inicia-se em Campo Grande (MS). O estradão é ladeado por extensas plantações de soja, milho, algodão e outras culturas, que nos revela o Brasil próspero do agronegócio. A incrível imponência natural da Chapada dos Guimarães (MT) impressiona. Hora de tes-

tar a habilidade off-road na icônica Transpantaneira, rumo a Porto Jofre (MT), em busca de avistar um dos mais belos animais da região, a onça-pintada.

*Cassiano Marques é advogado, empresário, motociclista há mais de 35 anos, instrutor de pilotagem offroad e ex-piloto de rally, enduro e motocross. É pioneiro nas viagens de mototurismo pela América do Sul, a partir das fronteiras do Acre com Bolívia e Peru. @cassianomarquesacre

Expedição RedRider Amazônia –Andes – Pantanal: acontece em novembro, partindo

Lima

Rio Branco PERU

BRASIL

OCEANO PACÍFICO

Buen Camino!

As belezas e encantos do Caminho de Santiago de Compostela vão muito além do percurso em si. As regiões de Castilla y León e Galícia guardam histórias e tesouros que merecem ser descobertos com calma, em um roteiro que pode ser feito com muitos confortos

Por VIVIAN MONICCI, da ESPANHA

O relógio marca meio-dia. Do alto da Catedral de Santiago de Compostela, respiro fundo e me livro de todo e qualquer pensamento aleatório que possa interferir no momento. O vento está fresco e o sol está brilhando no céu azul e iluminando o caminho daqueles que estavam concluindo a jornada de suas vidas. Não tem como não se emocionar, a atmosfera é contagiante. A Praça do Obradoiro – ponto onde convergem todos os caminhos que levam a Santiago – ganha as formas e sorrisos dos peregrinos, que comemoram, se abraçam, choram e agradecem. Fico ali pensativa

e imaginando o que estava passando na cabeça de cada um deles naquele exato momento. As histórias, aventuras, perrengues, encontros, desencontros, sacrifícios e superações. O quanto cada um teve que abdicar para estar ali? O que os moveu e os levou àquele ponto final? As possibilidades são infinitas e é exatamente nisso que mora a beleza: cada história é única.

Santiago de Compostela não tem cor, raça, gênero, idade e nem religião. Apesar de ser um templo católico, hoje em dia não é mais somente a fé em Deus que move os peregrinos. Para muitos,

isso ainda é verdade e continuará sendo. Mas para uma grande parcela, o autoconhecimento é o maior objetivo, assim como a socialização com diferentes culturas.

Guiados pela concha de vieira, símbolo do Caminho, e pelas setas amarelas, os peregrinos devem carimbar sua credencial ao longo das paradas e percorrer pelo menos 100 km a pé ou 200 km de bicicleta para que possam receber o certificado em Santiago de Compostela. Há também a possibilidade de cumprir as etapas a cavalo, de trem ou barco.

1. Vista da cidade de Santiago de Compostela

2. Ruínas do Convento de Santo Antônio em Castrojeriz

É na Catedral de Santiago de Compostela, erguida no século 12, onde estão enterrados os restos mortais de São Tiago, um dos 12 apóstolos de Jesus Cristo, padroeiro do país e considerado o primeiro peregrino. O dia do santo é celebrado em 25 de julho, porém, a mágica acontece quando a data cai em um domingo, o que só ocorre a cada cinco ou seis anos e, às vezes, pode demorar até 11 anos! O chamado Ano Xacobeo, ou Jacobeu, aconteceu no ano passado, mas, por conta da pandemia, a celebração foi estendida até o final de 2022. Além de aproveitar festividades, eventos, exposições e a deliciosa gastronomia, quem percorre o caminho no Ano Santo pode entrar na Catedral de Santiago pela Porta Santa e “ganhar o Jubileu”, uma indulgência plenária ou o perdão de todos os pecados.

Neste clima festivo do Xacobeo, a TOP Destinos embarcou para a Espanha para conhecer duas das regiões mais emblemáticas do Caminho de Santiago de Compostela: Castilla y León e Galícia.

Se caminhar muitas horas por dia, por várias semanas ou até meses está fora de questão e a vida de peregrino não te atrai, saiba que é possível percorrer o Caminho apenas como um turista e, mais do que isso, o trajeto pode ser feito com muito conforto e, em alguns momentos, luxo e sofisticação. E foi isso o que nós fizemos! Vale ressaltar que o percurso feito de carro não dá direito à credencial de peregrino nem ao certificado. Mas isso não tira o brilho da viagem nem a torna menos interessante e emocionante.

1. A Praça do Obradoiro, onde fica a Catedral de Santiago de Compostela, é o ponto final de todos os caminhos

Santiago de Compostela foi declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO

O caminho e as descobertas

Há dez caminhos que levam até Santiago de Compostela, com diferentes paisagens e níveis de dificuldade. O mais tradicional é o Caminho Francês, que começa em Saint-Jean-Pied-dePort, no sul da França, tem cerca de 930 km e foi o primeiro itinerário do Caminho de Santiago declarado Patrimônio Mundial pela UNESCO, além de ser o primeiro Itinerário Cultural Europeu. Todos os anos, ele é percorrido por

mais de 150 mil peregrinos e, quem escolhe este trajeto, passa pelas regiões de Aragón, Navarra, La Rioja, Castilla y León e Galícia, e encontra excelente infraestrutura turística.

Nossa aventura no estilo “relax”, ou seja, de carro e fazendo apenas um pedaço do Caminho Francês, teve início em Burgos, província localizada na comunidade autônoma de Castilla y León, a aproximadamente 250 km de Madri. Antiga capital do reino unificado de Castilla y León

entre os séculos 10 e 15, a simpática e charmosa cidade conserva muito bem suas características medievais. Reserve ao menos dois dias para conhecer todas as suas belezas, como a Catedral de Burgos. Grande joia do destino, ela é a única catedral da Espanha considerada Patrimônio Mundial pela UNESCO. Sua construção em estilo predominantemente gótico foi iniciada em 1221 e terminou em 1765.

Ao longo do caminho, você encontra simpáticos pueblos cheios de história, como é o caso de Castrojeriz, e muitas surpresas, como procissões – nós demos a sorte de presenciar a de San Telmo – e animais atravessando as ruelas. Além, é claro, das inúmeras igrejas e monumentos que compõem a paisagem.

O trajeto pode ser feito com muito conforto, luxo e sofisticação

Em Frómista, na província de Palência, o Canal de Castilla é o único trecho do Caminho Francês que é navegável. O passeio de barco existe desde 2018 e custa dois euros para os peregrinos e cinco euros para os turistas (crianças até sete anos não pagam). O barco funciona com motores elétricos, em respeito ao meio ambiente, e o cenário é deslumbrante.

Ainda em Palência, uma parada em Carrión de los Condes pode te surpreender, pois esconde uma preciosidade: o Monastério de San Zoilo, uma construção do século 10. Hoje em dia, o local histórico abriga o hotel Real Monasterio

1 e 3. Em estilo gótico, a Catedral de Burgos é a única da Espanha considerada Patrimônio Mundial pela UNESCO 2. O Caminho Francês passa por Burgos e os peregrinos entram pela porta de San Juan

San Zoilo. Vale a pena passar uma noite para sentir o peso da história, mas não espere grandes luxos. Os quartos e banheiros são simples e o café da manhã tem pouquíssima variedade. Mesmo assim, a paisagem compensa e é impossível não ser transportado diretamente para a época medieval. Respire o ar fresco e se deixe levar pelos pensamentos de como as pessoas viviam séculos atrás. Quantos não pisaram naquele mesmo chão? É, sem dúvida, um prato cheio para os apaixonados por história.

Seguindo viagem, o próximo ponto estratégico é León, uma cidade para ser desbravada a pé e que mistura de forma graciosa o antigo com o moderno. Passeando por suas ruelas, você se depara com edifícios da Idade Média em perfeita harmonia com arquiteturas renascentistas e outras supermodernas. À noite, a cidade ganha

2

1. A aldeia Peñalba de Santiago fica no município de Ponferrada

2. Peregrinos param para se hidratar em fonte no Caminho, em León

3. A Catedral de León é do século 13 e tem a segunda maior superfície de vitrais da Europa

ainda mais vida com seus barzinhos, pubs e restaurantes charmosos.

Sua Catedral de Santa Maria de Regla de Leão é do século 13 e muito imponente, prendendo o olhar de todos que circulam por ali. Para quem ama curiosidades, vale saber que ela tem a segunda maior superfície de vitrais da Europa, com aproximadamente 1.800 metros quadrados.

Se você é fã das obras de Antoni Gaudí, vai gostar de saber que León abriga a Casa Botines, edifício modernista com aspecto medieval,

projetado pelo icônico arquiteto espanhol e declarado Patrimônio Histórico Nacional em 1969. Atualmente, é um museu dedicado à sua história, à figura de Gaudí e à arte e pintura dos séculos 19 e 20.

No meio do caminho entre León e Pontevedra –a última parada antes de Santiago de Compostela –está Ponferrada, cidade atravessada pelos caminhos Francês e de Inverno. Destaque para seu Castelo dos Templários que, a partir do século 12, foi usado para proteger os peregrinos que passavam por ali, e é Monumento Nacional desde 1924.

Avançando em direção à Galícia, o clima rural e místico vai tomando conta da paisagem. A aldeia O Cebreiro é parada obrigatória no percurso, pois é a porta de entrada do Caminho Francês na Galícia – um verdadeiro marco para os peregrinos. Ela abriga um conjunto de tradicionais pallozas (casas circulares de pedra com telhados cônicos de palha) e também a igreja mais antiga do caminho compostelano conservada em sua integridade, que guarda um Santo Graal.

É interessante fazer um pequeno desvio para conhecer também um pedacinho do Caminho Português. Para cruzar a fronteira entre Portugal e a Galícia, basta atravessar a ponte sobre o Rio Minho, que liga a cidade de Valença, em Portugal, a Tui, na Espanha.

Em Pontevedra, os caminhos portugueses da costa e do interior se encontram e se tornam um

O peregrino deve percorrer pelo menos 100 km a pé ou 200 km de bike para ganhar o certificado

só, seguindo até Santiago de Compostela. Sua Capela da Virgem Peregrina é muito diferente das demais encontradas pelo caminho, pois é em formato de concha. Ficamos hospedados em um hotel butique super charmoso e rural na província de Pontevedra, o Torre do Río, que tem paisagem bucólica e parece ter saído de uma pintura ou de um conto de fadas. No século 18, a propriedade era uma fábrica de tecidos. Além de quartos com decorações únicas e dignos de realeza, o espaço conta com uma piscina natural com a água do rio.

Enfim, Santiago de Compostela!

A chegada a Santiago de Compostela –capital da comunidade autônoma da Galícia, cujo centro histórico foi declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1985 – é

Os restos do Apóstolo Santiago, padroeiro da Espanha, estão enterrados na Catedral de Santiago de Compostela

1. No Ano Xacobeo, quem percorre o caminho pode entrar na Igreja pela Porta Santa e “ganhar o Jubileu”

2. O incensário é um dos símbolos mais famosos da Catedral de Santiago. Ele tem 1,5 metro de altura e pesa 53 quilos

emocionante. Por todos os lados, peregrinos celebram, extasiados, o fim do caminho. O clima festivo embala as ruas da cidade e é impossível não se contagiar. Mesmo quem opta por fazer o percurso desta forma mais cômoda e sofisticada, de carro, como foi o nosso caso, a sensação de fim de jornada e missão cumprida é a mesma.

Para descansar e curtir da melhor forma o ponto final, o ideal é se hospedar no histórico Parador de Santiago de Compostela, da tradicional rede hoteleira espanhola Paradores. Localizado ao lado da Catedral, na praça do Obradoiro, foi construído em 1499 como o Hospital dos Reis Católicos para acomodar os peregrinos e é considerado o hotel mais antigo do mundo.

Há também outra excelente opção para quem não abre mão de muito conforto e sofisticação: o luxuoso hotel butique A Quinta da Auga Hotel Spa, que integra a Relais & Châteaux. Localizada nos arredores de Santiago, a propriedade encanta pelos detalhes, bom gosto e serviço de primeira. Conta, ainda, com spa e o maravilhoso restaurante Filigrana, que serve alta gastronomia galega. É um verdadeiro abraço após um dia de viagem.

As conchas de vieira e as setas amarelas guiam os peregrinos pelo Caminho

O fim depois do fim

Após Santiago de Compostela, alguns peregrinos optam por seguir viagem até o Cabo Finisterra, pelo caminho Fisterra-Muxía, que contabiliza mais 89 km na jornada. Os romanos acreditavam que este era ponto mais ocidental da Terra e, portanto, onde o mundo acabava. Daí surgiu o seu nome “finis terrae”, ou seja, “fim da Terra” ou “fim do mundo”. Apesar de não ser de fato o fim do mundo, a sensação é a de que poderia ser, de tão especial. Cercado pelo mar azul a perder de vista e com um farol imponente, o destino deve ser saboreado com tranquilidade, especialmente o seu pôr do sol. A pedra do quilômetro zero e a bota de bronze no alto de uma falésia, que marca o fim da rota de peregrinação, são os spots perfeito para tirar fotos que eternizarão o momento e a viagem.

1. A peregrinação reúne pessoas de diferentes culturas e religiões

2. O cabo de Finisterra fica depois de Santiago de Compostela

Dicas quentes

Mais informações: spain.info

COMO CHEGAR

A melhor opção é voar com a Iberia, sem escalas, de São Paulo a Madri. Da capital espanhola, um trajeto de aproximadamente 250 km de carro te leva até a cidade de Burgos, em Castilla y León, onde você pode iniciar o Caminho Francês. iberia.com/br/

QUANDO IR

A melhor época para fazer o Caminho de Santiago em termos de clima é de abril a junho e setembro e outubro. Excepcionalmente este ano, por conta do Xacobeo, que vai até dezembro, vale a pena visitar a região em outros meses também.

DOCUMENTOS

Para entrar na Espanha, é necessário ter passaporte válido. Em relação à Covid-19, o viajante deve apresentar o certificado de vacinação (em inglês ou espanhol).

ONDE FICAR

Real Monasterio San Zoilo sanzoilo.com Torre do Río torredorio.es

A Quinta da Auga aquintadaauga.com Parador Santiago de Compostela parador.es/es

ONDE COMER E BEBER Burgos

Rincón de España – O restaurante acolhedor serve culinária tradicional castelhana. Não deixe de experimentar a olla podrida, prato típico composto por carnes e legumes, que lembra um pouco a nossa feijoada. rincondeespana.com

León

Rua 11 - Para os amantes de vermutes, o bar moderninho especializado na bebida conta com uma enorme coleção para todos os gostos, com mais de 200 rótulos. Para acompanhar os drinques, comidinhas deliciosas como as famosas croquetas e, claro, um clássico jamón. rua11.es

Palência

Mesón los Templarios y Villasirga – É um dos restaurantes mais tradicionais do Caminho e serve o autêntico Lechazo Churro de Castilla, um tipo de cordeiro assado. mesonlostemplarios.com

TOP DESTINOS

Pontevedra

Rocamar – Localizado na vila à beira-mar de Baiona e com vista deslumbrante para as Ilhas Cíes, serve a tradicional cozinha galega e é especializado em pescados e frutos do mar. restauranterocamar.com

Terras Gauda – A região é famosa pelo vinho albariño e a belíssima vinícola oferece um tour guiado pela propriedade com degustação. terrasgauda.com

Santiago de Compostela

Casa Marcelo – Detentor de uma estrela Michelin, fica a poucos metros da praça do Obradoiro. Com grandes mesas compartilhadas, cozinha aberta e integrada e ambiente descontraído, seu menu traz uma fusão das cozinhas galega, japonesa e peruana.

Finisterra

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 OCEANO ATLÂNTICO

CASTILLA Y LEON GALICIA

1. Burgos

ESPANHA

Santiago de Compostela 10. Santiago de Compostela

3. Carrión de los Condes 2. Fromista 11. Finisterra

6. O Cebreiro 7. Samos

9. Pontevedra

portuguesas. A propriedade, que conta com uma casa bem conservada e jardins belíssimos, data de 1714 e costumava abrigar a Real Fábrica de Papel espanhola. A visita guiada inclui degustação do vinho local. pazofaramello.com 5. Ponferrada

Nova Zelândia de Norte a Sul

Uma viagem de outro mundo! Conheça as principais cidades e pontos turísticos desse fascinante país

Por RENATA ZANONI

Aproximadamente 12.220 km, em linha reta e por via aérea, separam o Brasil da Nova Zelândia. À primeira vista, a distância impressiona, mas saiba que este país da Oceania está mais perto do que você pensa. Para chegar à nação neozelandesa, basta embarcar em um voo de cinco horas até Santiago, no Chile, de onde decola um voo de 12 horas até Auckland, cidade no norte da Nova Zelândia. Esta rota chamada de transpolar é a mais curta do Brasil até a Nova Zelândia. A grande vantagem é que você embarca em Santiago na madrugada e chega em Auckland na manhã do dia seguinte.

E claro, antes de partir, é interessante saber um pouco sobre o destino. A Nova Zelândia é um país dividido entre duas ilhas (norte e sul) e possui uma população de aproximadamente cinco milhões de habitantes, divididos entre europeus,

maoris e asiáticos/polinésios. Com um clima ameno e temperado, o país recebe turistas durante o ano inteiro. E uma curiosidade: é o primeiro país a ver o pôr do sol! Não importa o seu gosto, neste destino, você terá muito para se divertir.

Alugar um carro é a melhor forma de se locomover. Lá é mão inglesa e é necessário carteira internacional para fazer a locação do veículo.

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A primeira parada é Auckland. Localizada entre dois portos, é o principal centro comercial do país, além de ser palco para os principais eventos de vela do mundo. Auckland possui ótima gastronomia, um mix da culinária asiática e europeia, com premiados restaurantes. Um dos passeios mais procurados é a visita a Waiheke Island, 30 minutos de ferry, para conhecer as belas praias e suas vinícolas. Aproveite para visitar a fazenda de azeite e experimentar as ostras locais. Ainda em Auckland, não deixe de conhecer o Sky Tower, que impressiona com seus 328 metros de altura e uma linda vista da cidade, e a galeria de arte Toi O Tamaki, com sua extensa coleção de arte nacional e internacional.

Saindo de Auckland em direção a Rotorua, duas visitas são imprescindíveis: Waitomo Caves, cavernas com salões repletos de estalactites e estalagmites, onde a grande estrela são os glowworms (vermes luminosos) que só são encontrados no país, e o Hobbiton Movie Set, local usado para a gravação das trilogias O Senhor dos Anéis e O Hobbit. Em Rotorua, cidade rodeada por 11 lagos e muito procurada por sua atividade geotérmica e lar da cultura maori, dentre as muitas atrações, destacamos: Wai -O-Tapu e Te Puia.

Ainda na ilha norte, siga para Hawke’s Bay, segunda maior região produtora de vinhos do país. Napier é a principal base para quem deseja conhecer a região. A cidade, que sofreu com um grande terremoto em 1931, foi reconstruída toda em estilo Art Déco. É um destino delicioso para passear à beira-mar pela Marine Parade e entre as ruas que parecem ter parado no tempo. Para os amantes do vinho, há muitas opções de vinícolas próximas, entre elas a Mission Estate, vinícola mais antiga da

O horizonte em Auckland

Porto em Auckland

A bioluminescência presente nas Waitomo Caves

O país mistura natureza com metrópoles e tem muito a ser descoberto

1. Um dos lagos termais encontrados em Wai-O-Tapu, próximo a Rotorua

2. O gêiser Lady Knox em erupção, em Wai-O-Tapu

3. O pôr do sol no pico Te Mata em Hawke's Bay

4. Vista aérea do Porto de Wellington

Nova Zelândia. Há também belos roteiros de natureza, como Te Mata Park e Cape Kidnappers. Partindo para o sul da ilha norte, chega-se a Wellington, que é a capital do país e poucos sabem disso. Vale caminhar pelo local para desvendar suas vielas e seus segredos. A cidade é muito agitada à noite, com boas opções de bares e restaurantes (não deixe de comer o famoso Bife

Wellington). Reserve algumas horas do dia para visitar o Te Papa Museum, com exibições inovadoras e interativas sobre história natural e cultura neozolandesa. Uma boa pedida é visitar a região vinícola de Martinborough, famosa pelos seus pinots, localizada a 70 km da capital.

Agora, é hora de entrar na ilha sul, mais especificamente em Nelson, cidade na costa leste

Você terá dificuldade em selecionar as melhores fotos para publicar no Instagram

NZ

de Tasman Bay e o centro econômico e cultural da região. Por ser o local mais ensolarado do país, é conhecida como a “cidade do sol”. Belas praias, um agitado centrinho e muitas galerias são vistas por ali. A cidade é a porta de entrada para o Abel Tasman National Park. Reservas naturais mais procuradas do país, famosa por suas enseadas de águas turquesas, onde só é possível chegar por caminhadas ou barco.

Em seguida, parta para Blenheim. Situada no coração da produção de vinho da região de Marlborough (maior produtora de vinhos do país), a cidade possui mais de 20 vinícolas e uma excelente variedade de restaurantes e opções hoteleiras. Aproximadamente 309 km separam Blenheim de Christchurch. Reconstruída após o terremoto de 2011, é a cidade mais populosa da ilha sul e carrega grande herança britânica. Os museus, Quake City e Canterbury, valem uma visita. Para quem está em busca de compras, uma boa opção é o

shopping a céu aberto chamado de Re:START. As lojas são todas em containers e os caminhos entre elas são repletos de obras de arte.

Dali siga para o Lake Tekapo, pequena cidade no centro da ilha sul, muito procurada pelas famosas águas azul turquesa e pelas lavandas lilás que compõem a paisagem. Neste vilarejo com menos de 500 habitantes, não deixe de fazer o

fotos: Miles Holden/Tourism NZ

1. As cores do fim de tarde no Lago Tekapo

2. Topo do Monte Roy, ou Roy's Peak, com vista para o Lago Wanaka, em Wanaka

voo panorâmico ao Mount Cook (pico mais alto do país) e o tour astronômico no Mount John University Observatory.

Dirigindo um pouco mais a sul, encontramos Wanaka, na região de Otago, que é rodeada por montanhas e lagos, sendo muito procurada pela proximidade aos resorts de ski no inverno. Já no verão é famosa pela gama de atividades aquáticas.

Para finalizar a viagem com chave de ouro, é hora de aproveitar Queenstown. A principal cidade da ilha sul pede alguns dias para fazer os passeios e conhecer a região com tranquilidade. Localizada à beira do lago Wakatipu, a cidade oferece ótimas opções de restaurantes, bares e lojas. Reserve um dia para conhecer Milford Sound, cruzeiro pelos fiordes neozelandeses, um dos passeios mais procurados e bonitos do país. Aos amantes do vinho, não deixem de visitar a região de Central Otago e seus famosos pinots. Há mui-

foto: Craig Parry/Tourism NZ

4. Milford Sound, um dos fiordes da ilha Sul

3. As águas cristalinas das nascentes de Te Waikoropupu, ou Pupu Springs, em Nelson

Trekkings, passeios de bicicleta e de barco são essenciais para admirar a beleza do país

1

tas opções de atividades em Queenstown, podemos mencionar: o Shotover, passeio de barco pelos cânions, o Hydro Attack, simulador de tubarão, e o Kawarau Bridge, o mais antigo bungee jump comercial do mundo. Para quem quiser relaxar, não deixe de marcar um spa day no Onsen Hot Polls. Fechando a viagem pelo país, reserve um tempo para ir ao Skyline Queenstown. Além de uma vista panorâmica da cidade, há opção de restaurante e atividades como Luge (uma atração que se assemelha a uma corrida de kart).

1. O movimento em Queenstown

2. Passeio de barco pelos cânions no Shotover River

Dicas quentes

COMO CHEGAR

São necessários dois voos do Brasil até a Nova Zelândia. O primeiro, com cinco horas de duração até Santiago, no Chile. Da capital chilena, parte o segundo voo, de 12 horas, até Auckland. A LATAM opera essa rota entre Brasil e Nova Zelândia diariamente.

DOCUMENTAÇÃO E VACINAS

Para entrar na Nova Zelândia, é necessário passaporte com validade mínima de seis meses e a autorização NZeTA (New Zealand Electronic Travel Authorization. Além do pagamento da taxa IVL (International Visitor Conservation and Tourism Levy).

O processo é simples e rápido. Após a solicitação da autorização e preenchimento do formulário no site da imigração ou pelo aplicativo oficial, a liberação leva até 72 horas. Esta taxa é uma maneira dos viajantes contribuírem diretamen-

te com a infraestrutura turística do país e para proteger e melhorar o ambiente natural. A taxa do IVL (NZ$35) é cobrada junto com a taxa do eTA (varia entre NZ$9 e NZ$12). Tanto o eTA com o IVL são válidos até dois anos, podendo ser utilizados em várias visitas. Antes de viajar, não se esqueça de verificar as atualizações e restrições de viagem da Covid-19 para o local.

IDIOMA E MOEDA

A língua oficial é o inglês e a moeda local é o dólar neozelandês.

QUEM LEVA

PACÍFICO

Abreu Viagens e Turismo

Nova Zelândia de Norte a Sul 2022 / 2023: Pacote com 12 noites de hospedagem visitando Auckland, Waitomo, Rotorua, Christchurch, Wanaka, Queenstown, Milford Sound, Franz Josef, Greymouth, Punakaiki e Kaikoura.

Saídas 2022: 12 de outubro e 09 ou 23 de novembro.

Saídas 2023: 11 de janeiro, 08 de fevereiro e 15 de março.

Mais informações: abreutur.com.br

OCEANO PACÍFICO

OCEANO

MAR DE TASMAN

Roma

Rotorua

Auckland

Hawke’s Bay

Nelson Lake Tekapo Wanaka

Waitomo Caves Queenstown TOP DESTINOS 3 165

NOVA ZELÂNDIA

Uma das joias das Ilhas Baleares

Diferente de suas vizinhas Maiorca e Ibiza, Menorca tem clima super relax e é ideal para os viajantes que querem descansar em um lugar paradisíaco, com todos os confortos possíveis

Por VICTOR OLIVEIRA, de MENORCA

Prestes a pousar, a emoção tomou conta de mim: era possível avistar um dos lugares mais espetaculares do mundo. Confesso que eu achava que nada poderia superar o Havaí, que até então era o lugar mais incrível que eu já tinha visitado. Mas Menorca surpreendeu e conquistou o meu coração. Localizada nas Ilhas Baleares, na costa leste da Espanha, é bem mais low-profile do que suas irmãs Maiorca e Ibiza. E provavelmente é

esse fato que a torna tão única e inesquecível. Um dos destinos mais famosos e visitados do Mediterrâneo, as Ilhas Baleares são formadas por Maiorca, Ibiza, Formentera, Menorca e o Arquipélago de Cabrera. Todas são belíssimas e merecem a sua visita, mas Menorca é especial. Em 1993, a ilha foi declarada Reserva da Biosfera pela UNESCO, por isso suas praias e belezas são tão bem preservadas.

A Ciutadella é a antiga capital e guarda grandes tesouros arqueológicos, como taulas (monumento megalítico com forma de T), talayots (espécie de torres) e navetas (construção funerária na forma de um casco de barco invertido). Seu centro histórico é composto por charmosas ruas medievais com palácios, igrejas e fortalezas.

Em seu passeio a pé pelos arredores, não deixe de passar na antiga praça de armas da cidadela

Macarella é a praia mais famosa do destino e, sem dúvida, a mais bonita que já visitei

medieval, denominada Es Born, e conferir seus edifícios históricos, visitar a Catedral construída no século 14 por ordem do rei Alfonso III, o Convento de Santa Clara, o Claustro da Igreja do Socors e o Museu Municipal.

Optei por ficar na região de Cala Galdana, que é uma das praias mais bonitas de Menorca, no hotel cinco estrelas Meliá. Foi uma excelente escolha! Fiquei hospedado na parte mais exclusiva, chamada The Level, que oferece serviço personalizado, conta com os melhores quartos e suítes e disponibiliza espaços privativos, como o The Level Lounge – que conta com snacks e drinques, como se fosse um open bar e um open food – e o terraço com vistas incríveis de Cala Galdana. Além disso, permite acesso exclusivo à piscina infinita do Cape

Nao, apenas para adultos. A acomodação também me surpreendeu. Fiquei em uma suíte júnior, que é bem espaçosa. Tinha vista para o mar, varanda e uma banheira no meio do quarto.

Para locomoção na ilha, eu recomendo alugar um carro, pois os ônibus e os táxis são muito caros, e ele te dá uma liberdade maior para circular em qualquer horário, principalmente se você for se hospedar do outro lado da ilha, como eu fiz, e quiser conhecer o centro. Outro meio de transporte que vale muito a pena é o barco, que é guiado por um marinheiro e compartilhado com outras pessoas. Na minha experiência, gostei mais de alugar um speed boat, pois você mesmo dirige, mediante algumas instruções de condução e velocidade que te dão na hora. Nas quatro horas em que estive

com meu speed boat, conheci seis praias e toda a costa da Galdana com muita privacidade.

Dentre todas as que visitei, minha praia favorita foi Macarella, a mais famosa de Menorca e, sem dúvida, a mais linda que já vi em toda a minha vida. Localizada no sul da ilha, entre as calas Galdana e Turqueta, Macarella é um verdadeiro colírio para os olhos. Seu mar transparente no tom azul turquesa quase neon é simplesmente arrebatador e inesquecível. A paisagem fica ainda mais deslumbrante por conta da piscina natural formada pelos penhascos de pedra calcária.

A Cala Galdana, onde está localizado o Meliá, é uma das maiores praias da região e tem uma excelente estrutura para quem deseja passar o dia, como restaurantes, banheiro e ducha, no estilo beach

Para hospedagem, sugiro o hotel Meliá Cala Galdana, que oferece muito conforto e exclusividade

Balear

club. Mas o que mais me impressionou foi a acessibilidade. Há uma área para cadeirantes, o que não é muito comum na maioria dos destinos. Em raio de cinco minutos a pé você encontra outras tantas opções de restaurantes, farmácia e mercado.

A ilha é muito reconhecida por sua gastronomia típica de frutos do mar, que inclui a caldeirada de lagosta, a salsa mahonesa (maionese elaborada com ovo, azeite de oliva e alho) e os arrozes de peixe. E se você é fã de uma bebida local, não deixe de experimentar o gim menorquino, que é aromatizado com bagas de zimbro.

Durante a viagem, além de experimentar a culinária tradicional, vivi à base de paella. Fiz degustação em todos os restaurantes praticamente. Mas a paella do Cafe Balear é uma das melhores que eu já comi na vida. O restaurante fica no Porto de Ciutadella e é um dos mais famosos de Menorca. É especializado em frutos do mar super frescos, pescados pelo próprio estabelecimento

A gastronomia local é à base de frutos do mar. Não deixe de conhecer o Cafe

em seu barco Rosa Santa Primera. Além do prato típico espanhol, experimentei também um mexilhão na grelha super macio e com um toque defumado – simplesmente maravilhoso. Outra excelente opção é o El Mirador, que fica em Cala Galdana e oferece uma típica experiência mediterrânea regada a frutos do mar de primeira linha. No quesito vida noturna, Menorca é bem mais tranquila que Ibiza e Maiorca. Você encontra muitos idosos e por volta das dez horas da noite você não escuta quase barulho e movimento nas ruas. Mas há opções muito boas para quem deseja festejar. O restaurante Cova d’en Xoroi não chega a ser uma boate, mas é super animado e tem música ao vivo, além de receber um público mais jovem. O local fica em uma das cavernas mais visitadas do destino, em um penhasco na Cala em Porter, e tem vista incrível para o mar. É ideal para apreciar o pôr do sol acompanhado de bons drinques e comidinhas.

Dicas quentes

Mais informações: spain.info

COMO CHEGAR

A melhor opção para chegar até Menorca é com a Iberia. Saindo de São Paulo, a companhia aérea faz uma escala em Madri e depois segue para a ilha em uma viagem que dura aproximadamente uma hora e meia. iberia.com/br/

QUANDO IR

Sem dúvida, a alta temporada é durante o verão europeu, que vai de junho a setembro e conta com sol até dez horas da noite. Porém, o pico de visitantes acontece em julho e agosto – melhor evitar. Para pegar tempo bom, preços mais convidativos e menos aglomeração, visite Menorca nos meses de maio, junho e setembro.

ONDE FICAR

Hotel Meliá Cala Galdana melia.com

ESPANHA

ONDE COMER

Cafe Balear – Localizado no Porto de Ciutadella, é um dos points mais famosos de Menorca. Oferece cardápio com foco em frutos do mar super frescos, pescados por seu barco Rosa Santa Primera. Cova d’en Xoroi – O bar em estilo discoteca é ideal para quem gosta de um agito noturno. Além de contar com música ao vivo, seu grande diferencial é estar localizado em uma caverna. covadenxoroi.com Restaurant El Mirador – Na praia de Cala Galdana, oferece vistas panorâmicas da região. Serve frutos do mar, carnes e diferentes tipos de arroz. elmirador-restaurante.com

MAR DAS BALEARES

O QUE LEVAR

Para o verão, invista em roupas leves e frescas. Apesar de ter essa vibe charmosa e de ser um local mais exclusivo, Menorca é bem relax e as pessoas se vestem de forma casual e confortável para aproveitar ao máximo tudo o que o destino tem a oferecer. Minha mala extraviou e consegui me virar muito bem com shorts, camisas despojadas e Havaianas. Mas não se esqueça de levar uma calça, pois ela é exigida para entrar em ambientes mais sofisticados como o Cova d’en Xoroi.

* Victor Oliveira está na internet desde 2008, e transita entre os universos do entretenimento, cultura pop, lifestyle e marketing digital com facilidade, sempre entregando dicas práticas, conteúdos criativos, relevantes e com grande engajamento nas redes sociais, com programas fixos como Não Está Sendo Fácil, ViTinder e ViJobs.

@victoroliveira

MAR MEDITERRÂNEO

Ciutadella de Menorca

Alaior

Cala Morell

Binibequer

Cala Branca Cala en Bosc Cala Galdana

Fornel Sant Lluís Maó

Es Mercadal MENORCA

Atire a primeira pedra quem nunca teve vontade de conhecer as Maldivas. O desejo compartilhado por muitos viajantes se deve ao cenário idílico do destino, onde é possível sentir a brisa suave do oceano e o toque macio da areia. Nestes momentos de puro deleite você se sente mais vivo do que nunca! Só de pensar, uma sensação de tranquilidade conquista a mente. Para que a experiência seja ainda mais inesquecível, escolha a hospedagem a dedo, afinal, além da natureza paradisíaca, o local é referência em hotéis de tirar o fôlego, entre eles, o Joali. Ou melhor, os Joalis.

Existem duas propriedades espetaculares nas Maldivas: Joali Being e Joali Maldives. Seja qual for a sua escolha, a garantia é uma viagem alegre e envolvente, de contato com a natureza e com o verdadeiro significado de luxo. E claro, embora

ambas compartilhem uma visão em comum, cada uma apresenta sua própria identidade e diferenciais.

Joali Maldives: alegria de viver

Situado na Ilha Muravandhoo, no Atol de Raa, um dos maiores e mais profundos atóis do mundo, o Joali Maldives recebe os hóspedes com a filosofia “Joie de Vivre” ou “Alegria de Viver” e se define pelo luxo não convencional.

O resort tem uma excepcional veia artística e de design

Por aqui, tudo gira ao redor de sua excepcional veia artística e de design, presente em todas as áreas do resort, a partir do epicentro, o Joali Art Studio & Gallery. O hotel homenageia a criatividade com uma série de coleções interativas, projetadas para cativar os apreciadores. Com artesanato local, móveis feitos com curadoria para todas as villas, design genuíno e objetos de valor inestimável, cria-se uma atmosfera única e diferente de tudo o que você já viu.

São 73 vilas sobre o mar, cada uma servida por mordomos, chamados “jadugars”, palavra do idioma local que significa “mágico”. Cada uma das acomodações traz o máximo do glamour sustentável, inspiradas em histórias pessoais e exclusivas, projetadas para levar você a uma rica viagem sensorial.

A gastronomia segue com o objetivo de explorar os sentidos. Com seis restaurantes, incluindo o premiado japonês Saoke, e uma

cozinha interativa e sala de jantar, o Joali Maldives tem um compromisso com a alta gastronomia, com sabores autênticos e ingredientes locais. Além disso, a apresentação dos pratos não passa despercebida e tudo é levado à mesa com muito capricho e cuidado.

Além disso, os visitantes podem desfrutar de muita tranquilidade no mundialmente renomado ESPA, que oferece tratamentos poderosos para a restauração da vitalidade. Com base nos princípios do bem-estar holístico, cada terapia começa com uma refrescante infusão de água de coco. Situado entre jardins e vistas à beira-mar, as oito salas de tratamento refletem o conceito com design impecável e sofisticado.

É o destino ideal para uma escapada romântica e até mesmo para uma viagem em família. Maldivas contempla todas as idades sim e o Joali Maldives pode provar. Com uma variedade de atividades que combinam aprendizado e diversão, os pequenos sempre têm algo para fazer.

Wellness retreat

O Joali Being ocupa todo o Arquipélago de Raa e é realmente um capítulo à parte nas Maldivas

Joali Being: bem-estar sob medida

A segunda propriedade Joali abriu as portas em novembro de 2021, sendo destaque por ser o primeiro resort focado em bem-estar das Maldivas. Situado no mesmo atol que sua propriedade irmã e na Ilha Bodufushi, Joali Being é um templo de “wellbeing” voltado ao público maior de 14 anos à procura de um retiro relaxante e tranquilo em meio à natureza. A partir de quatro pilares –mente, microbioma, pele e energia –, a garantia é de uma jornada transformadora de conexão consigo mesmo e de contato com a natureza para descobrir a verdadeira “leveza” da vida.

Antes da chegada ao hotel, os hóspedes realizam uma pesquisa para identificar em que momento da vida se encontram e qual é o objetivo a ser alcançado na viagem. Os programas de imersão são totalmente personalizados e adaptados para diversas finalidades, como força

e vitalidade, clareza mental, equilíbrio hormonal, saúde da mulher, reequilíbrio digestivo e de peso, sono restaurador, além de movimento e alinhamento para boa saúde e imunidade.

Ao chegar no Joali, você encontra 68 vilas exclusivas, todas com piscinas privativas e com seu próprio mordomo ou “jadugar”. Inspiradas nas ondas marítimas, conchas e texturas verdes, as espaçosas acomodações apresentam linhas fluidas, que servem como uma extensão do Oceano Índico. O conceito arquitetônico do resort foi guiado e executado por arquitetos do renomado estúdio de design Autoban, juntamente com a Atolye4N. Com o propósito de preservar a paisagem local, tudo foi construído usando princípios de design biofílico, um sistema científico de integração da arquitetura e design, com a natureza, com o objetivo de alcançar a harmonia, eliminando vibrações negativas e aumentando o fluxo de energia. Ao fazê-lo, a floresta

selvagem da ilha também permaneceu intocada.

Espaços transformadores e 39 salas de tratamento construídas sobre o mar e espalhadas pela ilha ajudam nos processos de cura e renovação, proporcionando infinitas possibilidades de relaxamento e de reflexão. Além disso, uma equipe de especialistas em naturopatia, terapeutas, movimento e nutrição está à disposição para orientar os hóspedes da melhor forma possível.

O complexo de wellbeing inclui seis espaços distintos e cada um deles atende a um tipo de necessidade ou oferece um tipo de serviço. O Areka, chamado de grande lar de experiências de bem-estar, oferece terapias imersivas, serviços de diagnóstico, tratamentos especializados de cura terapêutica e alternativa, além de instalações de fitness e um deck de meditação sobre a água. O Core – Movement & Fitness Spaces, por sua

vez, é onde ficam os profissionais especializados em movimento, com sala de ginástica ou salas de treinamento privativas. Já o KaashiHydrotherapy Hall leva os hóspedes a conhecerem a cura através da água, experimentando o Banya russa, Aufguss Sauna ou a Sala Sensorial, e o Seda – Sound Therapy Hall, um espaço criado pelo visionário de cura sonora Aurelio C. Hammer que prevê o equilíbrio interno através de música e vibração. E você não pode deixar de conhecer também o The Discovery Sound Path dedicado à terapia sonora ao ar livre que ressoa com os ritmos naturais da ilha; e o Aktar, um centro de herbologia que mostra o poder curativo das ervas.

A gastronomia obviamente segue a linha saudável e com o preceito “earth to table” (terra à mesa), mas nem por isso sem sabor. A ideia é apresentar no menu pratos feitos com ingredientes super frescos e colhidos localmente, que sejam provenientes de pequenas fazendas ou produtores e de origem sustentável. Tudo ali parece orquestrado de forma harmoniosa. Todos os espaços parecem conversar, ou melhor, se complementar. Do início ao fim de sua estadia em qualquer um dos dois resorts, nenhum fio parece ficar solto, a excelência hoteleira apresentada de uma forma discreta com luxo sob medida e muito bem-estar para o corpo e a mente. Dias de renovação e puro deleite para não esquecer jamais das Maldivas e dos Joalis.

+infos: joali.com

A jornada transformadora conta com programas de imersão totalmente personalizados e adaptados para diversas finalidades

Gostinho do Pantanal

Por VIVIAN MONICCI

Se você acompanha a novela Pantanal, certamente já deve ter visto que a bebida mais consumida pelos pantaneiros é o tereré. Original do Paraguai, é feito com a infusão da erva-mate verde em água fria e pode ser consumido com outras ervas como hortelã, menta, limão e erva-doce. Em 2021, foi declarado Patrimônio Imaterial da Humanidade pela UNESCO. Como seu modo de preparo é simples e caseiro, tal qual um café, não encontramos marcas que comercializam a bebida pronta.

Assim, para que você possa ter um gostinho do Pantanal na sua casa, destacamos aqui outra bebida que também é muito consumida na região e que você encontra à venda com facilidade: o licor de pequi. Como o próprio nome já diz, ele é feito a partir do pequi, fruto que é muito popular no cerrado, mas que teve seu consumo difundido para outros estados brasileiros, como é o caso de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, regiões que englobam o bioma Pantanal.

Muitos dizem que a bebida é afrodisíaca e tem propriedades medicinais. Sua preparação é relativamente simples, mas exige paciência e conhecimento. Para que fique com sabor, aroma e cor característicos, o fruto deve ser macerado de um a dois meses em álcool - que pode ser cachaça, vodca, álcool de cereais ou conhaque - e pode ou não incluir açúcar neste processo. Quanto maior for o tempo de maceração, mais apurado será o sabor.

A etapa seguinte é a filtragem, que remove a sedimentação. Se você for tentar fabricar em casa, pode utilizar um filtro de café ou coador de pano. Por último, basta deixar a bebida maturando por algumas semanas ou meses. Sirva pura e aproveite todo o seu sabor marcante!

Conheça a seguir algumas marcas fabricadas e comercializadas no Brasil:

BRASIL Brumadinho

Presidente Juscelino Mirassol

Goiânia Montes Claros

OCEANO ATLÂNTICO

OCEANO ATLÂNTICO

O licor de pequi é uma das bebidas mais consumidas na região

Licor Creme de Pequi Corby

Original de Montes Claros, Minas Gerais, o licor tem graduação alcoólica de 19,4% e é bastante adocicado.

+infos: (38) 3223-2900

Licor de Pequi Règis Armmont

A microdestilaria de Brumadinho, Minas Gerais, tem produção artesanal e utiliza matéria-prima natural. Seu licor tem teor alcoólico de 26% e é feito com cachaça e saborizado com alcoolato destilado de pequi.

Licor de Pequi (Savana Brasil) Nonna Pasqua

Rico em aromas naturais, a bebida é elaborada com frutas frescas da estação e pode ser apreciada pura ou como parte de sobremesas e drinques.

+infos: nonnapasqua.com.br

+infos: armazemarmmont.com.br

Licor Creme de Pequi Terra Forte

Este licor de cor âmbar é produzido em Presidente Juscelino, Minas Gerais, tem teor alcoólico de 20%, aroma marcante de pequi e notas de mel silvestre.

+infos: @cachacaterraforte

Licor Creme de Pequi Dom Tápparo

Fabricado pelo Engenho Dom Tápparo, original de Mirassol, em São Paulo, tem cor amarelo ouro, aroma doce e graduação alcoólica de 20%.

+infos: domtapparo.com.br

Tradição italiana

A primeira vez que eu fui para Florença foi com a minha família e me encantei. Eu amo a Itália, mas achei Florença especial e ficou no meu coração. Sabe aquela cidade que te abraça, que você tem vontade de voltar? Este ano tive a oportunidade de ir novamente, dessa vez para um casamento.

A cidade é tranquila e charmosa, não é muito noturna como Capri ou Mykonos, por exemplo. Por isso, tem muita criança por lá e é um destino perfeito para ir em família. Para turistar, recomendo ir em junho – mesma época em que eu fui das duas vezes –, que já é verão, mas ainda não está um calor absurdo nem tão cheio quanto julho e agosto.

Nas duas vezes me hospedei no Four Seasons, que é maravilhoso e a comida é ótima. Eu amo flor e o jardim do hotel é surreal, parece até de mentira. Além disso, é super bem localizado e perto de tudo. Recomendo muito! No quesito gastronomia, não faltam excelentes opções. Uma boa dica para jantar é o Buca Mario,

um italiano tradicional e com pratos incríveis. Para almoçar, sugiro o La Giostra, que é como se fosse uma cantina menor, bem italiana, e os donos estão sempre lá. Na minha lista de lugares para conhecer da próxima vez está o restaurante Osteria delle Tre Panche, que tem uma vista linda e vários amigos indicaram.

Por Helena Silvarolli*

Um programa imperdível é almoçar no Harry’s Bar, que é tipo um Cipriani, passear ali pelas ruazinhas, apreciar a famosa Ponte Vecchio, fazer uma foto e ir para uma sorveteria. Para mim, a melhor da cidade é a Festival Del Gelato. Tem todos os sabores que você possa imaginar e, fora sorvete, tem sorbet, cre-

pe, waffles. Eu amo os sorbets de melão, que chama melone, e o de morango. Outro programa muito legal é pegar um táxi no hotel e ir jantar no Belmond Villa San Michele, um hotel espetacular que fica a meia hora do centro. Sugiro chegar umas seis da tarde para tomar um drinque, ver o pôr do

sol e jantar. Foi bem marcante! Para quem vai para Florença pela primeira vez, alguns pontos imperdíveis são a Ponte Vecchio, como já mencionei; a Cattedrale di Santa Maria del Fiore, que fica na Piazza del Duomo e é a igreja mais famosa; a Galleria degli Uffizi, que tem a icônica obra O Nascimento de Vênus, de Botticelli, e várias artes renascentistas; e a Galleria Dell’Accademia di Firenze, que abriga a imponente escultura de Davi, de Michelangelo.

Como a cidade não é grande, o mais bacana é sair andando pelas ruas, explorar e entrar nas lojinhas locais, que são super charmosas. Óbvio que lá tem todas as butiques de marcas que você possa imaginar, mas, quando eu viajo, gosto mesmo é de garimpar e comprar coisas diferentes que ninguém vai ter, mais exclusivas.

*Helena Silvarolli é publicitária de formação, mas decidiu seguir carreira como influenciadora digital, compartilhando dicas de moda, beleza, lifestyle e viagens. @lesilvarolli

Frotas

SAAB 34oB/Plus

Embraer ERJ-145LR

Boeing 747 - 451

Bombardier CRJ - 200ER

Bombardier CRJ - 700

Boeing 747 - 251B

Bombardier CRJ - 900ER

McDonnell Douglas DC- 9 - 32

Boeing 777 - 232

McDonnell Douglas DC- 9 - 41

Boeing 767 - 432

Boeing 767 - 332

McDonnell Douglas DC- 9 - 51

McDonnell Douglas MD - 88

McDonnell Douglas MD - 90

Boeing 767 - 332

Embraer ERJ - 170SU

Boeing 757 - 351

Embraer ERJ - 175

Airbus A319

Boeing 757 - 2Q8

Boeing 757 - 232

Boeing 737 - 832

Boeing 737 - 732

Airbus A320 Airbus A330 - 200

Airbus A330 - 300

Glossário

Um guia essencial para planejar a viagem

emergência. Leve com você – não despache! Deixe uma cópia no Brasil com algum familiar.

DOCUMENTOS NECESSÁRIOS

Para viagens nacionais, é preciso portar documento original com foto, dentro do prazo de validade. Pode ser carteira de identidade, passaporte, carteira de trabalho, carteira de habilitação, identidade trabalhista. Para os países do Mercosul, é possível embarcar portando apenas o RG original. Já para o exterior são necessários: o passaporte com validade mínima de 6 (seis) meses; visto (quando exigido pelo país de destino); e, se solicitada, a carteira internacional de vacinação, validada pela Anvisa.

PASSAPORTE BRASILEIRO

Para fazer ou renovar seu passaporte, preencha o formulário no site da Polícia Federal (www. pf.gov.br/servicos-pf/passaporte). No dia do atendimento, leve: RG, certidão de casamento atualizada (em caso de alteração do nome), título ou certificado de quitação eleitoral, certificado de serviço militar obrigatório (homens) e o comprovante de pagamento da Guia de Recolhimento da União –GRU para a emissão do passaporte. Atenção: como não há renovação, você precisa fazer o processo do zero. Desde 2015, o passaporte brasileiro é válido por 10 anos.

(modelos no site da PF); certidão de nascimento do menor; documento de identidade dos pais; e a presença do menor no requerimento e na retirada do passaporte. Há três modelos de passaporte: com a autorização prévia para viagem com um dos pais; com a autorização prévia para viagem com um dos pais ou desacompanhado; sem autorização prévia, necessitando de autorização a cada viagem.

CÓPIA DE SEGURANÇA

Fotografe seus documentos de viagem e mande por WhatsApp ou por e-mail para você mesmo. Imprima uma cópia de segurança do passaporte, seguro viagem e cartão com telefones de

PASSAPORTE DE MENORES

Para solicitar o documento é preciso: autorização de ambos os pais ou do responsável legal

AUTORIZAÇÃO DE VIAGEM

Crianças (até 12 anos) precisam de autorização dos pais para viajar com outras pessoas (exceto tios e avós). Maiores de 12 anos dispensam autorização para viajar dentro do território nacional, bastando portar documento de identidade ou certidão de nascimento autenticada. Mas atenção: é preciso autorização para hospedagem em hotéis

No caso de viagens internacionais, quando o passaporte não tiver autorização, é preciso levar autorização de ambos os pais, com

reconhecimento de firma (duas cópias), além do destino e data da viagem especificados. O documento pode estipular o responsável ou autorizar a viagem sem guardião. Há modelos em cartórios.

Venezuela. Mas é importante contratar um seguro para o número de dias da viagem.

Principais empresas de seguro: Allianz (0800-771-0555, allianz. com.br), Assistcard (0800-7701664, assistcard.com/br), TravelAce (0800-333-3000, travelace. com.br). Omint (0800 726 4116) omintseguroviagem.com.br

VISTOS

Verifique se o país a ser visitado solicita visto de entrada e os critérios para a obtenção. Não use visto de trabalho para lazer e viceversa, a multa pode ser grande e você corre o risco de ser mandado de volta para o Brasil. Países que dispensam visto: todos do Mercosul, União Europeia, Reino Unido, México e Israel.

Principais países com visto: Austrália, Canadá, China, Estados Unidos, Índia, Indonésia, Japão, Nepal, Tanzânia.

Para lista completa, acesse: www.brasil.gov.br/turismo/2015/01/ conheca-quais-paises-exigemvisto-para-brasileiros

DINHEIRO

Avise seu gerente que vai para o exterior pois muitos bancos “travam” as compras internacionais por precaução. Leve dinheiro na moeda local (1,1% de IOF), cartão de débito e de crédito internacional e/ou um cartão pré-pago (6,38% de IOF) além do telefone do gerente para uma transferência de emergência.

VACINAS

SEGURO DE VIAGEM

É obrigatório nos países europeus que fazem parte do Tratado de Schengen (cobertura mínima de 30 mil euros), em Cuba e na

CÂMBIO

Até o fechamento da edição, essas eram as cotações das principais moedas:

USD (dólar americano): R$ 5,18

€ (euro): R$ 5,07

£ (libra): R$ 5,83

A vacina mais comum exigida é a de febre amarela. Basta tomar uma vez na vida, pelo menos 10 dias antes da viagem. Mas é preciso portar uma carteira internacional de vacinação na Anvisa. Você pode se vacinar no SUS ou em clínicas e procurar postos da Anvisa nos aeroportos ou no Hospital Emílio Ribas para fazer a carteira permanente. Com a pandemia de Covid-19, muitos países exigem o passaporte da vacina e restringem a entrada de não vacinados. Além disso, alguns destinos pedem, ainda, um teste PCR, feito 72 horas antes do embarque, ou antígeno, realizado até 48 horas antes. Para tirar o Certificado Nacional de Vacinação Covid-19, você precisa solicitar emissão ao Ministério da Saúde, usando o ConecteSUS Cidadão. O certificado digital do ConectSUS pode ser emitido em inglês e espanhol e é aceito para entrar nos países que estão recebendo brasileiros vacinados. Antes de viajar, é importante verificar se o país de destino aceita as vacinas aplicadas no Brasil. Confirme as informações diretamente com os consulados e embaixadas dos países estrangeiros.

BAGAGEM

Os pesos e as medidas variam conforme a companhia, o destino e a classe da passagem. Com as novas regras da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), as companhias poderão cobrar pelo despacho da bagagem, e os critérios e valores serão definidos por cada empresa. Confira as regras no site da companhia aérea pela qual vai viajar. Se tiver mais dúvidas sobre sua bagagem, entre em contato com a Anac: www. anac.gov.br ou 0800 725 4445 (24 horas por dia).

MALA DE MÃO

Em voos nacionais e internacionais, a soma das medidas não pode ultrapassar 115 centímetros e o peso máximo é de 10kg + volume de mão (bolsa, mochila ou sacola). Cada companhia aérea tem suas regras, cheque antes de embarcar.

Para levar líquidos na mala de mão em viagens internacionais é preciso que cada pote tenha até 100 ml e que estejam acomodados em embalagens transparentes tipo ziplock. Aeroportos como o de Heathrow, na Inglaterra, limitam a um saco transparente.

30 por quilo. Nas rotas domésticas, o Código Brasileiro de Aviação determina que cada quilo vale cerca de três OTNs (R$ 50), até o limite de 150 OTNs.

SEGURO DE BAGAGEM

Não despache nada de valor sentimental. E bom contratar seguro de bagagem junto com o de saúde. É possível, ainda, declarar no checkin os valores de objetos contidos na bagagem a ser despachada (declaração especial de valor de bagagem). A empresa irá verificar o conteúdo e cobrar um seguro adicional sobre o valor declarado.

MALA EXTRAVIADA

Caso a bagagem tenha sido extraviada, apresente o comprovante do despacho e registre a ocorrência no balcão da companhia aérea e em seções da Anac no aeroporto (prazo máximo de até 15 dias após a data do desembarque). A empresa aérea deverá indenizar o passageiro em até 7 dias após a reclamação. A indenização para voos internacionais é feita pelo Direito Especial de Saque (DES) e equivale a US$

FARMÁCIA

Antes de viajar, procure seu médico e peça uma lista básica de medicamentos para levar na viagem. Mantenha-os nas embalagens originais e guarde sempre a receita para os antibióticos e para outros remédios controlados.

LIMITE DE COMPRAS

Para não pagar impostos, o limite de mercadorias que se pode trazer do exterior é o equivalente a US$ 1.000, quando se chega por ar ou por mar; e US$ 500, por terra ou por rio. Artigos para uso pessoal não entram nessa conta. Observe a relação do número de dias da viagem e o número de objetos trazidos, pois o critério da Receita Federal é subjetivo. Por exemplo: não volte com 20 calças na mala se a viagem durou 7 dias.

AEROPORTOS DO MUNDO

Um bom aplicativo sobre aeroportos: Flio, detalha tudo o que há nos aeroportos – restaurantes, salas vips, tráfego, filas, entretenimento, tomadas e wi-fi...

CONSULADOS DO BRASIL

FOTO

ROUPAS E SAPATOS

Como não há padronização entre as marcas nacionais e internacionais, o melhor sempre é provar as roupas do que confiar em tabelas de conversão de numeração. Conte com alguns aplicativos para celular como o Right Size e o Size It. E as tabelas abaixo para referência. Dica: nas melhores lojas, os vendedores ajudarão a tirar suas medidas. O que será útil, depois, ao usar as lojas virtuais já que algumas lojas detalham a numeração com medidas como a da cintura, do quadril, da virilha ao pé, do peitoral, dos ombros, etc...

Ao contrário do que se imagina, o viajante deve recorrer ao consulado e não à Embaixada do Brasil no caso de perda de documentos –mas antes deve se dirigir à Polícia local e solicitar a expedição de um Boletim de Ocorrência. De posse do BO, poderá solicitar o novo passaporte em horário comercial.

Os endereços dos consulados estão no site do Itamaraty (portalconsular. itamaraty.gov.br/rede-consular). Em caso de emergências – catástrofes, atentados, morte – acesse: portalconsular.itamaraty.gov.br/ emergencias

Ao levar equipamentos fotográficos como câmeras profissionais e tripés, é importante pensar em um seguro para os equipamentos e tomar cuidado com possíveis furtos. Diversas empresas oferecem planos para assegurar seu equipamento durante as viagens.

ADAPTADOR DE TOMADAS

Telefones, ipads, câmeras... para recarregá-los não esqueça de levar um adaptador universal de tomadas.

MEDIDAS ÚTEIS

Milhas para quilômetros: multiplique as milhas por 1,6. Quilômetros para milhas:multiplique o quilômetro por 0,62). De Fahrenheit para Celsius: subtraia 32 e divida por 1,8. Libras para quilos: multiplique as libras por 0,37. Quilos para libras: multiplique os quilos por 2,67.

COMPANHIAS AÉREAS

Veja se sua companhia aérea tem um aplicativo próprio para realizar o check-in, reservar assentos e consultar o número de milhas acumuladas. Para acompanhar um voo, baixe os aplicativos Flightradar24 e FlightAware.

GASTRONOMIA

Para comer bem é preciso de muito mais do que um bom restaurante. Pesquise, peça dicas, anote os nomes, endereços e procure saber mais sobre cada um dos lugares. Não esqueça de verificar se é necessário fazer reserva, se o local abre tanto para almoço quanto para jantar e se fica muito lotado em horários de pico.

HABILITAÇÃO INTERNACIONAL

A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) é aceita em 130 países como documento para dirigir um veículo. A Permissão Internacional para Dirigir, contudo, por ter os dados traduzidos em 7 idiomas, agiliza nos processos que envolvem acidente. Pode ser tirada em postos do Detran (detran.com.br).

básico, que cobre batidas de carro e se o carro for roubado. Ao alugar pela Internet, veja se esse seguro já está incluso. Quanto antes reservar o carro, mais barato vai pagar.

celular reserva e um GPS podem ser muito úteis durante o caminho. Procure se informar sobre as melhores rotas para andar de bicicleta, evitando surpresas no percurso e também fazer uma revisão da bicicleta para evitar quaisquer problemas de funcionamento.

MOTO

Para diminuir o risco de acidente antes de uma viagem de moto, faça revisão em uma mecânica de confiança para ver se ela está em condições de pegar estrada e planeje o itinerário, prevendo paradas, para evitar ficar sem gasolina e para descansar. É importante também vestir roupas adequadas, como um calçado reforçado, calça, jaqueta e é claro, o capacete. Caso esteja levando bagagem, é sempre bom conferir se está bem presa, evitando sua perda ou queda.

TREM

LOCAÇÃO DE VEÍCULOS

Cheque os documentos exigidos pelo país para alugar o carro e dirigir por lá. Nos países da América do Sul como Argentina, Uruguai e Chile, só é necessário R.G e carteira de habilitação brasileira. Miami, Orlando, Las Vegas, San Diego, Los Angeles, San Francisco, Nova York e Chicago pedem, além da habilitação, o passaporte do motorista. O mesmo vale para outros lugares turísticos do mundo como Espanha, Portugal, França, Alemanha, México e Canadá. Alguns lugares exigem a PID, a Carteira de Habilitação Internacional, como Grécia, Itália e Áustria. Faça seguro

BIKE

Antes de se aventurar pelo mundo de bicicleta, é preciso programar o itinerário da viagem. Fazer um check-up de sua saúde antes de começar a pedalar é importante para evitar problemas. Além disso, garantir alguns equipamentos eletrônicos como carregadores, um

Ao contrário do Brasil, a Europa é familiarizada com os roteiros de viagem de trem. De lá é possível visitar qualquer outro país do continente com esse meio de transporte. Antes de planejar uma viagem de trem, é necessário lembrar que nem sempre será a opção mais barata, mas pode render paisagens maravilhosas durante o caminho.

MONTANHA

Seja no frio ou no calor, é sempre bom pensar sobre a melhor época do ano para cada destino. As montanhas proporcionam diversas atividades como o esqui, escalada, trilhas, além das

paisagens maravilhosas ao chegar no topo. Caso a opção seja uma trilha durante o verão, é necessário lembrar que mesmo com o calor, o vento costuma sempre forte e mudanças climáticas acontecem rapidamente, portanto, roupas corta-vento e roupas impermeáveis não podem faltar na mala.

metros, em qualquer lugar do mundo, sem a necessidade de renová-la. A partir dos 10 anos de idade já é possível fazer o curso para obter o certificado, desde que a pessoa saiba nadar.

REMO

ESQUI

Para quem vai passar uma temporada na neve é essencial preparar bem a mala para o frio. Além dos casacos especiais é bom levar blusas e calças térmicas, importantes para manter o calor do corpo. Outro item indispensável é uma luva impermeável e uma bota adequada. As meias também devem ser pensadas com cuidado. Elas devem absorver o suor para evitar a sensação dos pés congelando.

BARCO

Para os amantes do mar é possível alugar veleiros, lanchas e barcos, com a presença de um capitão a bordo. Caso o viajante queira alugar sem comandante é necessário comprovar através de uma certificação de arrais amador ou mestre que você pode conduzir a embarcação.

O remo é um dos esportes mais antigos do mundo. Antes de remar é importante verificar se a pessoa sabe nadar e também se existe algum problema de saúde, já que o esporte exige esforço do corpo como um todo. Ao procurar um instrutor, ele vai ensinar a prática de remo e orientar o grupo a fazer os exercícios de forma correta, para que não existam lesões no corpo mais tarde.

MERGULHO

É preciso ter a certificação para viagens de mergulho. O documento permite mergulhar com um cilindro numa profundidade de até 18

SURFE

Antes de surfar pela primeira vez, é necessário procurar um instrutor que passe as informações básicas de segurança como observar outros surfistas na água, carregar a prancha corretamente e avaliar a área certa da praia para surfar.

TREKKING

O termo trekking tem origem africana e significa seguir, a pé, um percurso. Antes de se aventurar nesse esporte, é importante estar com os equipamentos adequados. Nos pés, o calçado indicado são as botas, que dão mais segurança aos tornozelos nos percursos. As meias também são essenciais para que o atrito entre o pé e o calçado não cause problemas. Além disso, é importante levar uma garrafa de água na mochila para manter-se hidratado. Dependendo dos quilômetros andados, é indispensável um bastão para facilitar as passadas e dar mais estabilidade.