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O coruscante universo hip-hop

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Quem Fez

Quem Fez

Livro maravilhosamente ilustrado examina a ligação das joias com a cultura rapper desde os anos 80 até os dias de hoje. Adornos com muito ouro e cravejados de pedras preciosas são símbolos de orgulho, ancestralidade e poder

Um dos mais recentes lançamentos da editora alemã Taschen, o livro Ice Cold: A Hip-Hop Jewelry History, mostra como as pesadonas correntes de ouro, os nada discretos anéis cravejados de diamantes, os relógios oversized de marcas como Rolex e Patek Philippe em estilo bling-bling e os adornos dentários de platina usados por rappers, MCs, dançarinos e DJs funcionam há mais de 40 anos como uma linguagem visual própria e um símbolo de orgulho, ancestralidade e poder. “Minhas joias são o meu traje de super-herói”, afirma no livro o produtor musical Ricky Walters, também conhecido como Slick Rick. Assinado pela jornalista e curadora Vikki Tobak, a obra reúne imagens feitas nessas últimas quatro décadas por grandes fotógrafos como Wolfgang Tillmans, Janette Beckman, Timothy White e David LaChapelle, entre outros tantos. A saga começa com os pioneiros coletivos de rap e break dance no Bronx e passa por músicos e MCs que começaram nos guetos do Harlem e do Queens, mas depois se tornaram celebridades conhecidas no mundo todo, como LL Cool J, a dupla Run-DMC, Mos Def, Notorious B.I.G., Tupac Shakur, 50 Cent e outros mais recentes, como Rihanna, Pharrell Williams e Cardi B. Nos corpos negros desses artistas, essas joias remetiam aos imperadores e deuses da África, com seus grandes adornos de madeira, ouro e pedras reluzentes. Em uma daquelas várias crises econômicas que o mundo enfrentou no final do século passado e no início deste, essas estrelas do hip-hop foram a salvação da Rua 47, o endereço que concentra o comércio de ouro e joias em Nova York. Vários ourives e designers só conseguiram sobreviver devido às peças surreais encomendadas por esses artistas. E, se no início a comunidade judaica, que domina esse segmento, torcia o nariz para essa estética extravagante e exibicionista, depois de um certo tempo passou a criar colares e braceletes nessa linha exagerada e narcisista. A virada definitiva de jogo aconteceu quando a Tiffany & Co. nomeou o rapper A$AP Ferg como embaixador da marca. A partir dali, “tava tudo dominado!” O livro traz retratos impressionantes, como o do jovem Jay Z em 1988 já ostentando imensos cordões, braceletes e anéis dourados. Em outro clique, a cantora Megan Thee Stallion aparece com um colar feito com mais de 1 kg de ouro puro e mais 155 quilates de cintilantes brilhantes! taschen.com

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Uísque nacional, quem diria!

Destilarias do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais vêm produzindo bebidas de qualidade que já faturaram prêmios nos EUA e até na Inglaterra!

Para a maioria dos brasileiros, uísque nacional é sinônimo de bebida de má qualidade. Não se trata de preconceito, o fato é que, tradicionalmente, os destilados dessa categoria fabricados por aqui, de fato, nunca foram grande coisa. Mas essa situação vem mudando nos últimos anos. A destilaria Union, de Bento Gonçalves (RS), vem produzindo ótimos single malts, à moda dos escoceses. O Pure Malt Turfado, por exemplo, tem em sua fórmula cevada importada do Reino Unido e, por conta disso, possui um elegante aroma defumado. Já o Union Vintage 2005 tem 16 anos de maturação e é um uísque intenso, com equilibradas notas herbais e apimentadas. Na cidade mineira de Matozinhos, a destilaria Lamas tem uma tradição de décadas na produção de cachaças especiais, mas desde 2000 vem se dedicando também à elaboração de uísques. Ela é uma típica “craft distillery”, como são chamadas no exterior as pequenas produtoras artesanais. Enquanto a Union coloca no mercado a cada ano cerca de 3 milhões de litros, a Lamas faz apenas algo em torno de 40 mil litros. O carro-chefe de sua linha de single malts é o Nimbus, envelhecido em tonéis de carvalho norte-americano e com malte defumado em madeira de eucalipto de reflorestamento. Por conta de seu “sabor de fumaça”, recebeu de seus apreciadores o apelido de “bacon líquido”. Já ganhou medalha de prata em um concurso nos Estados Unidos e uma medalha de bronze em outra competição, na Inglaterra! Além disso, foi definido como “uma bebida genial” pelo jornalista britânico Jim Murray, que já provou mais de 20 mil destilados e edita a Bíblia do Whisky. Além desses rótulos, as duas destilarias ainda produzem vários outros, inclusive um envelhecido em barris de vinho chileno e um envelhecido inicialmente em tonéis de carvalho estadunidense e finalizado em barricas de carvalho francês. São bebidas com uma grande complexidade de aromas e sabores e uma invejável sofisticação. À venda nos sites das próprias destilarias (www.uniondistillery.com.br e www.lamasdestilaria.com.br), eles têm preços que se assemelham aos de blended whiskies importados. A garrafa com 750 ml do Single Malt Turfado, por exemplo, custa R$ 180, e a de 1.000 ml do Nimbus é vendida por R$ 223. Em São Paulo, todas essas bebidas podem ser provadas no Caledonia Whisky & Co (Rua Vupabussu, 309 - Pinheiros), um bar especializado em uísques que tem uma incrível carta de bebidas com mais de 100 rótulos. uniondistillery.com.br | lamasdestilaria.com.br

Beleza

Brad Pitt para você se lambuzar

Galã de Hollywood acaba de lançar marca de skincare com produtos à base de antioxidantes contidos nas uvas cultivadas em seu majestoso château na Provence

Depois de se aventurar como produtor de vinhos, como artista plástico e como sócio da grife de blusas de lã God’s True Cashmere, o ator e produtor Brad Pitt agora surge como empresário do segmento de beleza. Afinal, disso, ele entende! Agora, o galã de filmes como Clube da Luta e Era Uma Vez em Hollywood sai das páginas de cultura e migra para o caderno de negócios dos jornais, brilhando como fundador da Le Domaine, marca de cuidados com a pele que só tem produtos veganos, sustentáveis e sem gênero – podem ser usados por homens e mulheres. Eles são elaborados com substâncias presentes nas uvas do Château Miraval, propriedade no Sul da França que o galã comprou em 2012 com sua ex-esposa Angelina Jolie. O sérum, o creme hidratante, a loção e a emulsão de limpeza da Le Domaine têm preços entre € 70 e € 350 e possuem uma poderosa ação revigorante graças a compostos antioxidantes encontrados nas sementes de uvas da casta Grenache e nas cascas de uvas das variedades Syrah e Mourvèdre. A marca acredita que fórmulas mágicas de rejuvenescimento são coisas que só existem nos contos de fadas, mas tem certeza de que há muita coisa que pode ser feita para a pele manter-se saudável, elástica e radiante mesmo com o passar do tempo. Aos 58 anos, Pitt testou e aprovou os resultados “anti-Benjamin Button” dos cosméticos da Le Domaine. “Sei que são quase todos os dias são lançados novos produtos de skincare, mas se eu não tivesse visto uma diferença real na minha pele, não teríamos ido adiante nesse projeto de criar a Le Domaine”, explica. “A única exigência que eu fiz foi para que mantivéssemos o perfume bem sutil, quase neutro, e com muito frescor. Eu sou o tipo de pessoa que muda de quarto de hotel se sentir o cheiro da colônia da última pessoa que ficou lá”, revelou o astro no lançamento da marca, em setembro. À venda exclusivamente pelo site www. le-domaine.com, a marca tem seus produtos envasados em frascos de vidro reciclado de velhas garrafas, com tampas feitas com o carvalho de velhos tonéis de vinho do Château Miraval. le-domaine.com

Entretenimento

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