Intervenção Social Participada Câmara de Lobos - Relatório Síntese

Page 1

Relatório In te r ve n çã o S ocial Par t icipada

Relatório 5 março 2015 * Museu de Imprensa - Madeira

5 março 2015

Intervenção Social Participada

UM PASSO PARA A CORRESPONSABILIDADE

CÂMARA DE LOBOS

AGENDA21 Realizar o Futuro

VALORIZAR Eixo Estratégico

As PESSOAS COESÃO

SOCIAL e TERRITORIAL Participação Intervenção Integrada Comunicação e Informação Partilha de Recursos Criatividade e Inovação Bem-Estar de Todos sem exceção

Sustentabilidade

PARCERIAS

Responsáveis

Intervenção Social Participada

QUE FUTURO QUEREMOS? 1


Relatório

Relatório Intervenção Social Participada

5 março 2015

Elaborado por: Paula Elias

Introdução O presente Relatório, em jeito de revista, é elaborado com o objetivo de sintetizar as principais ideias e resultados dos trabalhos desenvolvidos, no âmbito da

Equipa do Município Câmara Lobos Executivo Sónia Pereira (Vice-Presidente) Leonel Silva (Chefe de Gabinete Presidência) Equipa Técnica Elisabete Costa Alexandre Branco Teresa Velosa Cátia Freitas Uriel Abreu Carla Ganança Estagiários Fátima Andrade Gervásio Jesus Sónia Rodrigues

iniciativa Agenda 21 Câmara de Lobos: Realizar o Futuro * Intervenção Social

Participada: um passo para a Corresponsabilidade, realizada no dia 5 de março do corrente ano, no Museu de Imprensa - Madeira. Esta iniciativa contou com a participação de cerca de 60 pessoas, dirigentes e técnicos representantes das diversas organizações que desenvolvem a sua intervenção no concelho, predominantemente na área social. Subinha-se que a leitura deste Relatório não dispensa a consulta aos resultados dos trabalhos, registados através de fotografia e já enviados a todos os participantes. Continuação de excelente trabalho e votos de...

PARTICIPAÇÃO NOS TRABALHOS Aida Rodrigues, Alice Silva Ana Almada, Ana de Sousa , Ana Jesus Ana Nóbrega, Ana Sousa , Bernardo Valerio, Carlos de Andrade, Carlos Gonçalves, Cristina Freitas, Cristina Valle, Dércia Henriques, Dina Rodrigues, Dina Silva , Eduardo Gouveia, Emanuel Gonçalves, Fátima Gouveia, Fátima Pontes Filipe Freitas, Flávio Matos, Gonçalo Esmeraldo, Hélder Paulo, João Estanqueiro, João Rodrigues, Johnny Oliviera, Lídia Abreu, Lúcia Fragoeiro, M.ª Carlos Figueiredo, M.ª Carmo Abreu, M.ª de Fátima Machado, M.ª Giselda Gouveia, M.ª Lurdes Góis, M.ª Sónia Brazão , Manuela André, Márcia Borges, Maria da Cruz, Maria Marques, Medeiros Gaspar, Miguel Gomes, Raquel Gonçlaves, Rui Fernandes, Sandra Carneiro, Sérgio de Oliveira, Sónia Silva, Tânia Rodrigues, Tânia Silva, Teresa Martins, Vanessa Azevedo, Zulay Freitas.

Dias muito Felizes

Paula Elias

ÍNDICE O Planeta e as Pessoas no centro das Políticas 04 Uma Nova História sobre as Pessoas ....... 05 Agenda 21 Câmara de Lobos....................... 06 Realizar o Futuro

Intervenção Social Participada................... 08

Um Programa Integrado

Guia de Recursos 2015.................................. 09

Equipamentos Sociais FOTOGRAFIA Cátia Freitas Magno Bettencourt Imagens Internet

2

PRODUÇÃO Caminhos de Pax www.caminhosdepax.pt

PARCEIRO

Roteiro dos Trabalhos.................................... 10 Objetivos, Agenda, Participantes, Momentos e Resultados

Contextos de Participação efetiva com Resultados para a Ação................................. 12 Alguns apontamentos Metodológicos

Oficinas de Participação............................... 14 Apresentação genérica


Relatório

5 março 2015

Intervenção Social Participada

4

6

AGENDA 21 CÂMARA DE LOBOS

Realizar o Futuro

O PLANETA E AS PESSOAS

no centro das Politicas

UM OLHAR...

16

Principais (Àreas) Problemas identificados

24

Conhecer para melhor intervir em conjunto

28

Unir en torno de uma estratégia comum

Diagnóstico Social: Um Olhar..................16 Principais (Áreas) Problemas identificados

Diagnóstico Social........................................18 Conhecimento partilhado para melhor intervir

Intervenção Social Participada e Integrada .20 O que podemos fazer em conjunto

Definir o Bem-Estar com Todos..............22

DIAGNÓSTICO SOCIAL

Escutar cidadãos, políticos, dirigentes e profissionais

Construir o Futuro........................................24 “Em 2020 as pessoas de Câmara de Lobos são + felizes”

A Mudança começa em Mim!..................26 SER, Saber e Fazer Hoje

Grupo Dinamizador.....................................28 Unir em torno de uma estratégia comum

Em jeito de conclusão................................30

GRUPO DINAMIZADOR

3


Relatório

Intervenção Social Participada 5 março 2015

O Planeta e as Pessoas no centro das Políticas

V

ivemos hoje um momento privilegiado da história - a

TERRA...a nossa casa!

transição entre paradigmas. As incongruências e os desajustes dos sistemas tais como os conhecemos têm-se revelado tão evidentes que começa a tornar-se impossível continuarmos a virar as costas. As desigualdades sociais, a falta de acesso a iguais oportunidades e a crise de valores são gritantes. A pressão sobre a natureza e o planeta em geral, tende a chegar a um ponto limite que exige uma viragem total na forma como nos relacionamos com os recursos generosamente disponibilizados pelo planeta, como nos relacionamos com as pessoas que nos rodeiam e consequentemente uma viragem nos nossos modos de vida para podermos garantir que as gerações futuras tenham acesso a um futuro digno e sorridente. Os modelos económicos tal como os conhecemos assentam no crescimento económico ilimitado. Só que o planeta é finito e os seus recursos também. Para além disso, temos visto que o

4

crescimento económico de

uns é sinónimo de pobreza e exclusão social de muitos outros, sejam pessoas, grupos de interesses ou países. É igualmente sinónimo de devastação de florestas, poluição dos oceanos, de alterações climáticas profundas, de desigualdade a todos os níveis, de fome e dor, de vazios existenciais e de infelicidade. O planeta está a ser destruído e com ele todos nós, incluindo as gerações futuras. A mudança impõe-se e é inevitável, independentemente de a querermos ou não. É algo profundamente natural a todos os sistemas do universo. A questão que devemos colocar é: uma mudança em direção a quê? como? Conta uma história que a dois comandantes foi dada uma missão.

Quando não se sabe para onde se vai, qualquer caminho serve. A um cabia levar o seu navio para

Em que mundo queremos viver? o oceano, navegar e desviar-se dos icebergs. Ao outro comandante foilhe pedido que levasse o seu navio para o oceano mas com o objetivo de chegar ao continente que ficava do outro lado do mesmo. Pois bem, enquanto que o primeiro comandante tinha por objetivo navegar, desviando-se dos icebergs mas sem chegar a qualquer destino definido, o segundo comandante sabia que tinha de chegar ao outro lado do oceano e que pelo caminho tinha de estar muito atento para se desviar dos icebergs.


Relatório

Uma Nova História sobre as Pessoas

5 março 2015

Intervenção Social Participada

Charles Eisenstein

O

mundo que vemos à nossa volta é

baseado na história de que somos seres humanos separados

É preciso cuidar do Planeta para as gerações futuras!

(de nós), entre outros seres separados, num universo igualmente separado de nós. Como seres separados de tudo e de todos, precisamos de dominar, sobretudo quando nos sentimos ameaçados. Queremos ter o poder sobre os outros e até sobre a natureza. Mas esta história está a ficar obsoleta e já não ressoa mais em nós, gerando crises sem precedentes, a todos os níveis e em todo o

Quem sou EU?

Q

mundo.

ue ensinamento podemos

Dito de outra forma...Em que

retirar daqui?

mundo queremos viver e deixar

N

ós sabemos dentro de nós que este não é o mundo que queremos para os

Quando não sabemos para

para as gerações futuras?

onde vamos, qualquer caminho

A mudança em direção a quê?

que estamos nós a construir dentro e fora

serve, mas quando sabemos o

Inevitavelmente em direção a

de nós, em cada momento?

ponto onde queremos chegar,

estilos e modos de vida mais

Nas últimas décadas, com os avanços da

quaisquer que sejam os desafios,

simples, mais de acordo com os

física quântica, da biologia, da neurociência

os obstáculos e os desvios, se nos

ritmos da natureza, sustentáveis,

e da astronomia entre outros, uma nova

mantivermos focados no ponto

num planeta onde a Ética do

história sobre as pessoas e a sociedade que

de chegada, poderemos sempre

Cuidado, a Paz e o AMOR, estão

seremos capazes de construir começa a

ajustar a nossa ação sem perder

presentes.

emergir.

de vista onde queremos chegar.

A mudança em direção ao

As nossas mentes ainda não a conseguem

Por isso, a questão que se deve

futuro que se pretende construir.

ver e compreender, mas a partir do

colocar neste momento em

E que futuro é esse? aquele

momento que ela encontra ressonância

relação à Mudança, entre muitas

que em conjunto, de forma

dentro de nós, no nosso Coração, temos a

outras possíveis, é: que futuro

participada e responsável formos

responsabilidade de AGIR, começando por

queremos em conjunto construir

capazes de fazer, no presente que

nós.

em Câmara de Lobos?

é HOJE.

nossos filhos e para os filhos deles. Mas o

5


Relatório

Intervenção Social Participada 5 março 2015

Agenda 21 Câmara de Lobos

V

ivemos hoje um tempo novo! Um tempo socialmente diferente. Com a globalização das

coisas, das gentes e das ideias, os processos e as estruturas sociais, económicas, politicas e culturais sofreram profundas transformações. O mundo mudou! Afirmei que o tempo das grandes obras já lá vai, tiveram o seu desenvolvimento em momento oportuno, e agora é chegada a hora de realizar ações e obras de proximidade que terão, não tenho dúvidas, um impacto positivo na vida das pessoas.” Pedro Coelho, excerto do discurso de Tomada de Posse (2013)

OBJETIVOS estratégicos

6

01 VALORIZAR AS PESSOAS,

02 APOSTAR NO TURISMO

03 DINAMIZAR A ECONOMIA

estimulando o capital humano

e na animação cultural como

LOCAL e adotar políticas

do Município e reforçando a

fator de afirmação de Câmara

municipais de desenvolvimento

Coesão Social.

de Lobos.

sustentável.


Relatório

5 março 2015

Intervenção Social Participada

O FUTURO

que queremos! R

ealizar o Futuro é permitir sonhar, imaginar, definir o que queremos e passar à ação para realizar esse futuro, hoje, no que está ao nosso alcance, a partir do lugar onde estamos.

04 INCENTIVAR a modernização da AGRICULTURA e a dinamização da economia do MAR.

A agenda 21 local indica-nos um caminho possível. No caso de Câmara de Lobos, ela remete-nos para a construção de um mundo melhor para todos sem exceção, incluindo as gerações futuras e o próprio ambiente, assente em cinco “(...) vetores considerados orientadores da vocação coletiva futura do concelho: as pessoas, o mar, a agricultura, o turismo e a economia local.” Diz respeito a toda a gente (dos mais novos aos mais idosos) e toda a paisagem organizacional do território (empresas, escolas, centros de saúde, centros de emprego, instituições de solidariedade social, associações, coletividades, município, juntas de freguesia, serviços da segurança social, igreja, centros paroquiais e santas casas da misericórdia, entre outros), porque ela concerne a todos, enquanto coletivo. A agenda 21 de Câmara de Lobos traz-nos da dimensão individual (EGO) para a dimensão coletiva (ECO), em torno de um desenvolvimento participado, tendo por base um modelo económico responsável e sustentado. Responsável na gestão dos recursos existentes, sejam do planeta, dos territórios, das organizações ou das pessoas; responsável no cuidado para com o planeta e na construção do BemEstar de todos. 7


Relatório

Intervenção Social Participada 5 março 2015

intervenção social participada

I

ntegrado no espírito da Agenda 21

gerações futuras de satisfazerem

De forma participada pelos cidadãos

Local e no seu eixo estratégico – as

as suas próprias necessidades|e,

e pelas organizações que intervêm no

PESSOAS – o programa Intervenção

de forma integrada|(...) aumentar

concelho, pretende-se, entre outros,

Social Participada, constitui uma das

a qualidade de vida da população e

fazer um diagnóstico social, definir

suas dimensões de operacionalização

conseguir comunidades locais não só

o conceito de Bem-Estar e elaborar

que não pode ser desligada das

ambientalmente sustentáveis mas

uma proposta de programa de

demais que integram a totalidade da

também sustentáveis nos outros

intervenção, que será publicamente

intervenção do município.

aspetos. Isto revela a necessidade

apresentada até ao final do corrente

da eficiente integração dos aspetos

ano.

Pretende-se promover um

económicos, sociais, ambientais e de

desenvolvimento “(...) que satisfaz as

boa governação”1.

necessidades do presente sem comprometer a capacidade das 8

1 Município Câmara de Lobos.


Relatório

guia de recursos...

5 março 2015

Intervenção Social Participada

Conhecer para uma intervenção mais concertada e eficaz.

E

ste Guia, enquanto instrumento de caráter informativo, tem como principais objetivos valorizar e dar visibilidade ao trabalho social desenvolvido pelas

Instituições e em simultâneo reforçar o trabalho em rede, permitindo às instituições e aos cidadãos conhecer melhor as respostas sociais existentes. Pretende-se igualmente contribuir para um processo de diagnóstico e aprofundamento da realidade social do concelho, através de um maior envolvimento de todos os parceiros sociais no processo de tomada de decisões, com vista à planificação de futuras medidas de política social municipal que sustentem o bem-estar comum. Na construção deste caminho, contamos com o envolvimento de TODOS os parceiros sociais e instituições, cuja participação e contributo foi fundamental para a elaboração deste trabalho. Reconhecendo ainda a relevância de outras instituições de fora do concelho que prestam apoio social às PESSOAS de Câmara de Lobos, é nosso objetivo futuro inclui-las numa próxima atualização deste Guia. Nota: o texto apresentado constitui parte integrante da mensagem do Sr. Presidente, no Guia de Recursos, disponível para consulta online em www.cm-camaradelobos.pt .

9


ROTEIRO dos Trabalhos Uma Visão genérica..... 01. Objetivos

02. Agenda

03. Participantes

9:30 Receção

Entre outros.... Criar as condições e os contextos mais favoráveis à participação dos Cidadãos e ao estabelecimento de parcerias, com vista ao desenvolvimento de um programa de intervenção social participada, plenamente integrada na visão estratégica de Câmara de Lobos para o território e para as PESSOAS.

10

10:00 Sessão Abertura Presidente Câmara Municipal de Câmara de Lobos 10:15 Apresentação do Guia Recursos 10:30 O Planeta, as Pessoas e o Bem-Estar de Todos no Centro das Políticas 11:45 Oficina de Participação Intervenção Social Participada: Onde estamos? Para onde queremos ir? Como?

AHBVCL - Bombeiros Assoc. Cult. Recreat. Estreito Assoc. Desenv. Norte RAM C. S. P. do Carmo C.P.C.J. Câmara de Lobos Câmara de Lobos Viva - ADC CAO - Câmara de Lobos - DRE

13:00 Almoço

CAP - Câmara de Lobos - DRE

14:15 Workshop Intervenção Social Participada: Das Ideias à Ação

Casa do Povo - Estreito

16:30 Grupo Dinamizador Um Passo para a Ação. 17:30 Encerramento Vereadora Pelouro da Intervenção Social, Educação e Juventude

Casa do Povo - Curral das Freiras Casa do Povo - Jardim Serra Casa do Povo - Quinta Grande Casa do Povo - Câmara de Lobos Centro de Saúde de C.ª Lobos Centro Social P. Santa Cecília


“Podemos não fazer grandes coisas, mas fazemos as pequenas coisas com muito Amor.”Madre Teresa de Calcutá

04. Momentos

05. Resultados Entre outros:

Clube de Emprego do Estreito Delegação Escolar C.ª Lobos Direção Regional de Educação EB23 da Torre EB23 Estreito Câmara de Lobos Fundação D. Jacinta O. Pereira Instit. da Seg. Social da Madeira

Oficinas de Participação Onde estamos? Para onde queremos ir? Como?

Instituto de Emprego da Madeira Invest. Hab. Madeira - EPE J. Freguesia da Quinta Grande J. Freguesia da Quinta Grande J. Freguesia de Câmara de Lobos J. Freguesia do Curral das Freiras Polícia de Seg. Pública - C.ª Lobos Unid. Op. Saúde Pública C.ª Lobos

Workshop Intervenção Social Participada: Das ideias à ação

1. Um sentimento de Esperança generalizado e de Confiança num projeto que pode vir a assumir -se como um projeto-piloto na Madeira; 2. Uma vontade de se trabalhar em conjunto; 3. Um Grupo Dinamizador; 4. Uma Rede de Contactos para facilitar o processo de recolha de informação para o Diagnóstico Social; 5. Uma Rede de Facilitadores de Oficinas de Participação que abrange todas as freguesias do concelho; 6. Coragem, Alegria e Interajuda.

11


Relatório

Intervenção Social Participada 5 março 2015

Contextos de Participação efetiva com Resultados para a Ação

C

riar as melhores condições para um processo participativo constitui sempre um enorme desafio, qualquer que seja o contexto e os grupos em presença.

Se por um lado temos de conduzir o processo por forma a criar experiências positivas a todos os participantes e sobretudo a chegar a resultados concretos para a ação, por outro lado, temos de assegurar condições físicas (espaço e ambiente) e psicológicas (segurança e confiança) de bem-estar para todos os intervenientes, para que: a) a partilha e a discussão de ideias sejam profícuas e edificantes; b) todos os participantes tenham igual possibilidade de participar e sintam que o seu contributo é útil e respeitado. Os desafios que o contexto atual nos coloca, mostra-

“Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas se não fizer nada, não existirão resultados.” Mahatma Ghandi

nos claramente que é preciso Agir de forma integrada e concertada, e neste agir transformamo-nos inevitavelmente e ajudamos a mudar o que nos rodeia.

OFICINAS DE PARTICIPAÇÃO Onde estamos? Para onde queremos ir? Como? Tendo por base uma técnica de participação denominada de World Café ou Café de Bagdad devido à sua origem, convidouse todos os participantes a dividirem-se em 5 grupos, com um

mínimo de 10 pessoas cada e a instalarem-se nas cinco mesas de trabalho – os cafés! Numa periodicidade de cerca de 15 minutos, os “clientes dos cafés” eram convidados a mudar de café e assim sucessivamente até que todos os grupos tivessem passado por todos os cafés, assegurando-se desta forma uma participação bastante alargada em todos os temas em análise. Cada café, tinha um dono que tinha por função, receber os novos clientes, enquadrá-los no tema em debate no seu café e criar as melhores condições de participação de todos. Era ainda da responsabilidade do dono do café a apresentação de forma sintetizada, dos resultados finais dos trabalhos de cada café. Tendo presente o título da Oficina de Participação, o processo participativo realizou-se em torno de um conjunto de temas. A saber: 1. Intervenção Social Participada e Integrada. As PESSOAS! 2. Conhecer para melhor Intervir, em conjunto. O Diagnóstico Social. 3. Definir o Bem-Estar com Todos. 4. Construir o Futuro. “Em 2020 as pessoas de Câmara de Lobos são mais Felizes!” 5. A Mudança começa em Mim.

12


Relatório

5 março 2015

Intervenção Social Participada

WORKSHOP Intervenção Social Participada: Das ideias à ação

A

pós a apresentação dos Resultados dos trabalhos resultantes em cada café, impunha-se um salto. O salto necessário para uma ação mobilizadora, participada e integrada, onde todos tinham de encontrar o seu

espaço e a possibilidade de darem o seu contributo, por mais pequeno que fosse. Foi assim, que no âmbito do workshop realizado durante a parte da tarde, todos os participantes foram convidados a darem um passo concreto no sentido da identificação do que cada um poderia fazer no âmbito duma ação conjunta e concertada.

Para uma Ação Corresponsável Tendo em consideração o tempo para a realização deste momento de trabalho, colocou-se o foco na ação de muito curto prazo (o que podemos fazer desde já?) que fosse, ao mesmo tempo, facilitadora e estruturante da intervenção que se avizinha. Pretende-se lançar publicamente o programa Intervenção Social Participada até ao final do presente ano, e portanto, para que isto possa acontecer numa base alargada de participação, o que precisa de ser feito e o que pode ser feito desde já. A saber: 1. Constituição de um Grupo Dinamizador do processo; 2. Definir o Bem-Estar através da realização de Oficinas de Participação; 3. Diagnóstico Social, integrando os resultados da participação dos cidadãos e profissionais, nos diversos contextos criados para o efeito; 4. Proposta do programa Intervenção Social Participada, integrado na visão para o território e para as PESSOAS.

13


Relatório

Intervenção Social Participada 5 março 2015

Intervenção Social participada e integrada.

As PESSOAS!

1. Que contributos posso dar? 2. Quem são as fontes de informação

(concelho/freguesia)

3. Que informação temos? 4. Que informação precisamos e não temos?

Definir o Bem-Estar com Todos. 1. O que está a acontecer em 2020? (que evidências nos mostram que as pessoas são mais felizes)

2. Como funcionam as instituições e as equipas? 3. Como são as relações entre as pessoas?

14

A Mudança começa em mim!


Relatório

1. Quais os principais problemas?

5 março 2015

Intervenção Social Participada

2. O que queremos ao invés disto? 3. O que pode ser feito? 4. O que podemos fazer em conjunto?

Conhecer para melhor intervir em conjunto.

Diagnóstico Social

1. Cidadãos: quem escutar já? 2. Profissionais e Dirigentes? 3. Quem nos pode ajudar? 4. Mobilizar para a Participação: o que posso fazer?

Futuro. “Em 2020 as pessoas de Câmara de Lobos Construir o

são mais felizes!”

1. SER 2. SABER (mais e melhor sobre mim? o que me faz sentir bem? o que me irrita ou angustia?)

3. FAZER (o que posso fazer já hoje para ser uma pessoa melhor?)

15


Relatório

Intervenção Social Participada June / July 2015 Issue 01

5 março 2015

UM OLHA

Intervenção Social Participada e In Principais (Áreas) Problemas Identificados

´

16


Relatório

AR...

5 março 2015

June / July 2015 Issue 01

Intervenção Social Participada

ntegrada - As PESSOAS!

´

17


Relatório

Intervenção Social Participada 5 março 2015

Conhecer para melhor intervir em conjunto

Diagnóstico Social Políticas Territoriais exigem conhecimento partilhado de todo o território.

Preconiza-se a conceção de políticas

claramente a noção de dinâmicas

requisitos necessários ao seu bom

que sejam capazes de:

de construção de um saber coletivo

funcionamento. Porém, no plano

>> integrar uma capacidade reflexiva,

estruturado em interação no decurso

prático, estes requisitos chocam com

da ação, permitindo a redescoberta

culturas organizacionais estruturadas

partilhada do território e dos seus

numa lógica vertical bastante

habitantes, remetendo-nos para uma

hierarquizada e que funcionam num

redistribuição do poder do saber e

registo de “fechamento” face a tudo os

uma aproximação da realidade social

que as rodeia.

>> englobar a generalidade das pessoas e das famílias e não somente as mais desfavorecidas ou as que se encontram expostas a determinados tipos de riscos,

pluridisciplinar e multissetorial.

>> combinar diferentes setores, recursos, aproximações e métodos,

O Diagnóstico Social Partilhado, no

numa lógica de complementaridade

âmbito do desenvolvimento social

e não de renovada exclusão,

territorial, constrói-se com um

>> ter presente uma efetiva e concreta participação comunitária.

18

Nota disto foi dada pelos próprios

grande número de intervenientes (a população, as organizações com e sem fins lucrativos, os poderes públicos) de

Neste contexto, a noção de Diagnóstico

um mesmo território, numa dinâmica

Social Partilhado introduz a perspetiva

de Rede que se desenvolve e reforça

de um projeto social que vai além da

numa horizontalidade, onde o respeito,

fragmentação dos conhecimentos

a autonomia, a corresponsabilização,

especializados e competências de

a transparência e a partilha

cada um dos atores sociais. Privilegia

(recursos, informação e poder) são

participantes que têm perfeita consciência das limitações e obstáculos com que se deparam no “terreno”. Com a identificação dos mesmos, registou-se a vontade de os ultrapassar em conjunto, de forma construtiva, colocando efetivamente os cidadãos no centro das preocupações e do programa de Intervenção Social Participada a definir.


Relatório

R

5 março 2015

Intervenção Social Participada

EDE DE INTERLOCUTORES

para Acesso de Informação nas organizações (presentes). Criando sinergias e rentabilizando esforços num profundo respeito pelas funções de cada organização – enquanto fonte de informação - e pelas questões éticas associadas ao acesso de informação, pretende-se com esta Rede de Interlocutores, facilitar o acesso à informação útil para Diagnóstico Social nas diversas áreas e fomentar desde já o trabalho em parceria.

Que contributos posso dar?

Que fontes de informação?

Levantamento de dados em parceria,

Constituem fontes de informação,

A população foi igualmente identificada

disponibilização de recursos das

cada uma das instituições presentes

como fonte de informação a privilegiar.

instituições para uma ação comum,

no concelho, através dos seus diversos

criação de uma base de dados comum

serviços e projetos, com destaque para

para o diagnóstico social, agir de

o Instituto da Segurança Social pela

O que precisamos?

forma integrada e complementar, são

natureza das suas funções.

Entre outros, precisamos de

algumas das ideias expressas para que

aprofundar o conhecimento sobre

este projeto possa efetivamente ter

as reais necessidades da população;

resultados práticos para o concelho,

uma maior abertura dos serviços e

para as instituições e para a sua

das instituições para a partilha da

população.

informação; análise e tratamento dos dados de forma integrada, tendo por

Sublinha-se ainda, a abertura para o

base uma visão estratégica de médio/

conhecimento de outras experiências

longo prazo para o concelho.

implementadas em outros concelhos

Uma atenção especial deverá ser

e a necessidade de se promover

igualmente dada aos Relatórios

uma maior abertura para a partilha

de Estágios académicos, trabalhos

e divulgação de informação entre as

científicos e os documentos produzidos

instituições.

pelas diversas Comissões existentes e universidades.

19


Relatório

Intervenção Social Participada 5 março 2015

Intervenção Social Participada e Integrada

O que podemos fazer em conjunto? Ao invés dos problemas queremos.... entre outros.... »mais igualdade de oportunidades, respeito, solidariedade, cidadania, emprego, menos individualismo e mais jovens com objetivos de futuro; » uma sociedade satisfeita / feliz que promova a corresponsabilidade; »políticas integradas e articuladas que valorizem o potencial do território e das pessoas e que as respeitem como um todo. Melhores redes de transportes e dotação financeira para a intervenção; »do ponto de vista da intervenção social, uma maior articulação entre 20

o económico e o social. Trabalho em parceria assente em equipas e na comunidade, com recursos humanos qualificados.


Relatório

O que pode ser feito.....

» Criar mais oportunidades para uma participação cívica mais consciente. » Olhando e agindo com o Coração, importa escutar, compreender, encaminhar e orientar, num estreitar de relação

5 março 2015

Intervenção Social Participada

onde a proximidade e a confiança se devem fazer presentes.

» COM as pessoas deve ser percorrido um caminho capaz de possibilitar uma maior consciência do que as rodeia e do mundo em que querem viver,

» potenciando a descoberta dentro de cada um e do coletivo onde se inserem, de algumas das soluções e respostas que as ajudem a ultrapassar ou a lidar com os problemas com que se confrontam no dia a dia.

» Neste âmbito, assume pertinência olhar para a Educação como um eixo estratégico de mudança, devendo ser repensados os modelos educativos vigentes.

» Sublinha-se ainda, a necessidade de uma “rede de transportes alternativas mais compatíveis com os horários das pessoas”,

» a desburocratização e descentralização dos serviços e das respostas, bem como uma maior rentabilização e melhor “distribuição dos recursos, informação e conhecimentos”.

» Acresce

como possível de ser feito por todos e entre todos, o trabalho em parceria, a formação

adequada às necessidades, a partilha de informação e a melhoria da comunicação.

» Relativamente à comunicação reforçou-se ainda a necessidade de um plano de comunicação e marketing do concelho por forma a reforçar e valorizar a identidade local.

O que podemos fazer em conjunto? >> Estarmos disponíveis para a mudança, o diálogo, a escuta, a participação em ações de formação e oficinas participativas com dinâmicas que potenciem a partilha e a construção conjunta de respostas;

>> Sermos corresponsáveis por um concelho melhor para todos sem exceção, olhando para cada cidadão com a dignidade e o respeito inerente à sua condição de humano, integrando e potenciando o melhor de cada um;

>> Trabalhar em rede e em parceria de forma articulada para melhor rentabilizarmos os recursos existentes. Refletir em conjunto regularmente. Partilhar conhecimentos e construir “soluções criativas e inovadoras”;

>> Apostar mais na educação, no empreendedorismo, na intervenção social e na participação orientada para o emprego.

21


Relatório

Intervenção Social Participada 5 março 2015

Definir o Bem-Estar com Todos.... Escutar os cidadãos, os políticos, os dirigentes e os profissionais.... “Ouvir os não ouvidos” foi uma das respostas encontradas pelos participantes e dá nota da grande necessidade deste processo de escuta quer seja em torno das questões do Bem-Estar quer seja para aprofundar o conhecimento acerca dos problemas, das potencialidades e da realidade local, duma forma geral. Parece que ninguém pode ficar de fora deste processo de escuta se efetivamente se quer pensar Câmara de Lobos com uma visão estratégica largamente partilhada por todos. A ARTE DE ESCUTAR... Existe uma diferença entre Ouvir e Escutar. Ouvir, ouvimos tudo, o que queremos e o que não queremos, mas escutar é uma arte. Escutar é abrir o nosso coração ao Outro. É recebê-lo na nossa “casa” e dar-lhe toda a atenção que merece. Só assim será possível um processo genuíno de participação e de empenho de todos. Criar as melhores condições para a participação é criar um espaço de confiança, de humildade, de abertura e amor, para que sem juízos de valor ou julgamentos, as pessoas se possam expressar e implicar no processo, de forma sincera e genuína. REDE DE FACILITADORES PARA A PARTICIPAÇÃO EM TORNO DO BEM-ESTAR Se por um lado, num processo de escuta dos cidadãos importa chegar a uma base cada vez mais alargada de participação dos cidadãos, por outro ressaltam de imediato as limitações humanas para o efeito, se olharmos unicamente para cada uma das organizações, per si. Olhando para o território de Câmara de Lobos é possível encontrar uma paisagem organizacional composta por diferentes organizações e profissionais que estão, em cada freguesia, em contacto mais directo com os cidadãos. A avaliar pela informação da caixa ao lado, esta Rede de Facilitadores para a Participação é já uma amostra do que é possível fazermos em conjunto e do seu efeito multiplicativo. O QUE NOS PODE AJUDAR A MOBILIZAR? entre outros... » A relação que estabelecemos com os Outros. Respeitar a sua dignidade e a condição de Pessoa é fundamental. Acresce o Saber Escutar; » A nossa capacidade de genuinamente criarmos os melhores espaços de liberdade, diálogo, debate e reflexão; » Informar de forma transparente e alargada. Devem ser asseguradas as condições para que todos tenham acesso ao conhecimento sobre a visão, as estratégias, os resultados dos espaços de participação, os diagnósticos e planos de ação realizados. Informar igualmente dando visibilidade às ações que se vão desenvolvendo; » Motivar, monitorizar e encontrar soluções que garantam a sustentabilidade das soluções encontradas e dos processos em curso.

22


Relatório

5 março 2015

Intervenção Social Participada

01

Identificar, Mobilizar, Escutar, Devolver

02

Crianças e Jovens

D

03

População idosa

EFINIÇÃO DO BEM-ESTAR

Uma aproximação possível.... » 23 facilitadores organizam pelo menos duas Oficinas de Participação, cada um = 56 oficinas x 10 participantes em cada Oficina = 560 participantes

04

» se cada participante responder em média

Pais, Educadores e

com 4 respostas a cada uma das 3 questões =

adultos, em geral.

6.720 respostas

» se considerarmos ainda, neste processo

05

Agricultores, pescadores e empresários

os 23 facilitadores em contexto de formação, teremos um total de: » 583 participantes » 6996 respostas a considerar para a definição do Bem-Estar dos cidadãos de Câmara de Lobos. E tudo isto, se o processo for muito bem organizado, pode ser conseguido em apenas 4

06

08

Públicos associados a problemáticas específicas

A própria Parceria

dias. O que vos parece? Sentem-se motivados para começar? 

09

Profissionais das instituições locais

07

10

Representantes das comunidades

Dirigentes e Responsáveis Políticos

23


Relatório

Intervenção Social Participada 5 março 2015

O que está a acontecer?

C

om o convite para imaginar, sonhar... eis os resultados....

As pessoas têm um nível de consciência de si e dos outros que lhes permite pensar e agir de forma generosa, simples e responsável. A população tem capacidade de decisão. Valoriza-se a PESSOA, na sua dimensão do Ser ao invés do Ter. As pessoas fazem o que gostam e superam objetivos.

EM 2020 AS PES

As artes têm um lugar importante e contribuem para a Felicidade.

A

economia é pensada com o

pressuposto do ganho mútuo e o sistema educativo é pensado em função do desenvolvimento pessoal, encarando cada criança como ser único e por isso, a educação é personalizada. Vive-se em equilíbrio e toda a gente participa ativamente nos debates sobre o seu concelho,

CÂMARA são FEL

conhecendo e divulgando as novas experiências e partilhando o conhecimento.

Como funcionam as Instituições e as Equipas?

A

s Instituições do concelho trabalham em redes colaborativas, muito

fruto do planeamento comum, da união, da coesão e da comunicação

aberta existente entre todos. Otimizam-se meios e recursos através de

uma visão integrada do concelho e de novos processos de organização e funcionamento dentro de cada instituição.

Os gestores e responsáveis políticos escutam a população e os

profissionais que com eles trabalham, para a definição de políticas locais e programas específicos para as necessidades identificadas.

As equipas são multidisciplinares e interinstitucionais. Intervêm de forma concertada, através de modelos de intervenção inclusivos desde o seu processo de conceção até à forma de envolvimento dos públicos mais desfavorecidos ou excluídos. Estas equipas detêm uma enorme capacidade para aproveitar as potencialidades existentes (nas pessoas e nos territórios) e estão em permanente formação com vista ao desenvolvimento das suas competências técnicas, pessoais e sociais. 24


Relatório

5 março 2015

Intervenção Social Participada

“É aquilo que eu faço que avalia aquilo que eu sou.”

SSOAS DE

A DE LOBOS MAIS o LIZES!...

Como são as relações entre as Pessoas?

A

s relações entre as pessoas são caracterizadas fundamentalmente pela aceitação de si e do outro, pelo reconhecimento de que ninguém é perfeito nem ninguém sabe tudo. Existe uma felicidade coletiva. As necessidades básicas estão satisfeitas, os serviços descentralizados e, existe igualdade que é transversal a todos. Os jovens estão motivados e existe uma “boa vizinhança” entre todos. Valorizam-se as relações, o SER e o FAZER. 25


Relatório

Intervenção Social Participada 5 março 2015

A Mudança começa em Mim!

Ser criança para ser feliz, para ser simples e amar todas as coisas.

T

Vida e neste processo vamo-nos (re)descobrindo e

alvez muito fruto da nossa herança cultural,

encontrando outras formas de nos relacionarmos com

estamos sempre à espera que alguém decida e faça

os outros, com as situações que experienciamos e com

por nós.

a realidade que nos cerca.

Face ao que não gostamos e não concordamos, vamo-

A mudança cá fora começa largamente dentro

nos conformando e aceitando que tudo seja como

de nós. E para que este processo seja o mais

é, porque simplesmente sempre foi assim e nada

consequente possível, eis que a humildade, a alegria,

há a fazer. Mudar é impossível e nem vale a pena

a responsabilidade, a abertura e a capacidade de

tentar. Gastamos as nossas energias e acabamo-

auto-aceitação são algumas das qualidades que

nos sempre por chatear. Com alguma segurança,

todos temos e que atualmente se impõem. Na

penso poder afirmar que todos nós sem exceção, em

presença destas capacidades não será mais possível

algum momento das nossas vidas, já passou por uma

esperar que os outros façam por nós. Ninguém nos

situação em que a nossa reação foi esta.

pode mudar a nós próprios, a não ser nós mesmos.

Mas será que isto tem sempre de ser assim? Claro

Ninguém pode mudar a nossa forma de ser, de sentir,

que não!

de nos relacionarmos ou a nossa atitude na Vida.

Sublinho uma ideia já referida neste documento.

Só nós. E quando isto acontece, tudo muda à nossa

Vivemos tempos de profundas mudanças a todos os

volta.

níveis. Os sistemas e as organizações tal como os

26

conhecemos estão a colapsar e a mudança faz-se

O grupo presente nos trabalhos deixou bem claro esta

presente, mas esta já é uma mudança com contornos

Vontade de mudar e a capacidade para o fazer. Claro

diferentes dos até aqui conhecidos. Ela já não é

que nem todos estarão no mesmo registo e no mesmo

somente um fenómeno externo a nós.

nível de empenhamento, mas no tempo e no ritmo

A par da crise mundial e nacional que se vive, um

de cada um, com AMOR tudo pode acontecer. Basta

novo paradigma vai-se libertando da sua fase de

ajudarmo-nos uns aos outros, respeitarmo-nos e

gestação. Serena e lentamente vai emergindo e com

aceitarmo-nos tal como somos acreditando que todos

este, dentro de nós algo de diferente vai acontecendo.

temos um potencial para descobrir e que é na relação

Vamos despertando para outras compreensões da

de um EU com um OUTRO, que isso acontece. 


27


Relatório

Intervenção Social Participada 5 março 2015

Grupo

Dinamizador

Um grupo de trabalho com a missão de UNIR em torno de uma Estratégia comum...

A

01

Definir um Plano de Trabalho

02

Mtilina quem ne in rei pessme Definir umhaedo, sistema dedes comunicação moli ferivir lost omnotemena. eficaz entre todos

03

Definir algumas indicações básicas do funcionamento do Grupo

té ao final do corrente ano, uma proposta de

programa Intervenção Social Participada, resultante de um processo integrado e participativo bastante alargado é apresentada publicamente e um pacto territorial para a intervenção é assinado. Esta é a formulação do principal resultado a atingir com o

trabalho deste grupo, constituído por uma organização de cada uma das seguintes áreas: Saúde, Emprego, Formação, Educação e Habitação. Acrescem ainda o Município e o ISS da Madeira. A partir do momento em que se encontrem indicados

os representantes de cada uma das organizações identificadas no workshop, urge uma primeira reunião para apresentação e definição do Plano de Trabalho deste Grupo. As questões que se devem aqui colocar podem ser basicamente quatro: Para que até ao final do corrente ano seja apresentada publicamente uma proposta de programa de Intervenção Social Participada, o que precisamos de fazer? Quem faz? Com quem? Até quando? A simplicidade, a alegria, a comunicação, a transparência,

a humildade, a responsabilidade no cumprimento das tarefas, a participação de todos, a integração dos diversos setores, a cooperação e a complementaridade deverão ser alguns dos princípios norteadores da ação deste grupo. Os 28

documentos produzidos e a informação neles contida deve ser simples e acessível a todos.


Relatório

5 março 2015

Intervenção Social Participada

04

Apoiar a dinamização da Rede de Facilitadores da Participação

05

06

Organizar e apoiar o Processo Participativo

07

08

Criar Base de dados comum com indicadores para Diagnóstico Social

Apoiar a elaboração dos documentos Diagnóstico Social e proposta de Programa

Mtilina quemdocumentos haedo, ne in des rei toda pessme Validar com a moliparceria ferivir losteomnotemena. integrar contributos

Apoiar a apresentação e discussão 09 Pública do programa de Intervenção

29


Relatório

Intervenção Social Participada 5 março 2015

Realizar o Futuro...

Mais que uma

EM

do

Intervenção

Social seto-

âmbito da qual os

ITO JE

rializada, no

“públicos-alvo” são

meros consumidores

dos dispositivos sociais e

intervenções socioeducativas

de caráter mais assistencialista

ou caritativo, preconiza-se em

N CO DE

Câmara de Lobos a conceção de

programas integrados através dos quais

se pretende:

a) englobar a totalidade das PESSOAS, no seu

contexto de vida quotidiana e não somente as

mais desfavorecidas ou em risco;

b) combinar diferentes setores, recursos,

aproximações e métodos, numa lógica de

US CL

complementaridade;

c) ter presente uma efetiva e concreta participação

comunitária;

d) conceber o social como indissociável do ambiente cultural,

ecológico, económico, político e espiritual em que tem lugar.

Só por isto, o desenvolvimento social em Câmara de Lobos deixa antever

.... ÃO

uma mudança inevitável, simultaneamente estruturante e estruturadora

de novas formas de ser, saber e fazer. Anuncia relações sociais duma outra

natureza, apela à mudança das práticas profissionais e organizacionais,

mobiliza novas competências e reclama ferramentas e saberes específicos do

domínio do fazer.

Trata-se de passar da lógica de “quintal” , à lógica da intervenção estratégica,

numa dinâmica participativa; dos procedimentos de cuidado e paternalismo, para os de responsabilização e participação; do tratamento dos problemas do concelho ao desenvolvimento do mesmo. Realizar o Futuro é o objetivo. O desafio foi lançado e aceite por todos os que participaram nos trabalhos deste dia. Mais se juntarão no âmbito da Agenda XXI e do PDM, entre outros. 30

Diz um sábio que o caminho faz-se caminhando, passo a passo. Permitam-se experimentar, errar, dar o vosso melhor e já que vão fazer..... que façam com alegria e muito AMOR. 


Relatório

5 março 2015

Intervenção Social Participada

31


Relatório Câmara Municipal de Câmara de Lobos Praça da Autonomia 9304-001 Câmara de Lobos Tel: 291 911 080 Fax: 291 944 499 Web: www.cm-camaradelobos.pt Email: geral@cm-camaradelobos.pt


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.