EM REVISTA FEIRA MEDIEVAL A Carta do Povoador 4 a 7 de junho . 2015
Torres Novas
Ano 2015 Propriedade Câmara Municipal de Torres Novas Direção Pedro Paulo Ramos Ferreira Presidente da Câmara Municipal de Torres Novas Edição Município de Torres Novas Conteúdos Armanda Ferreira – Comunicação e Imagem | CMTN Revisão de textos Ana Marques – Gabinete de Estudos e Planeamento Editorial | CMTN Grafismo Cátia Ganhão – Comunicação e Imagem | CMTN Fotografia Megalito Produções - Francisco Teixeira Impressão A Persistente Tiragem 2000 exemplares
©Município de Torres Novas, 2015
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Memórias da História 2015 . Em Revista
índice editorial
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contextualização histórica
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mapa do evento
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áreas temáticas
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momentos de recriação histórica 13 espetáculos para crianças
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animação permanente
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momentos para participar
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opinião expositores
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opinião visitantes
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olhares
29 A Carta do Povoador . Feira Medieval
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edi to rial
Uma vez mais, o nosso balanço da 6.ª edição da feira medieval de Torres Novas, que se realizou de 4 a 7 de junho sob o tema «A Carta do Povoador», e tendo por base os números apurados e as opiniões manifestadas pelos visitantes através das redes sociais e dos inquéritos efectuados, é extremamente positivo. Houve uma subida significativa do número de pulseiras vendidas, nomeadamente as entradas livre-trânsito para os quatro dias, com um aumento na ordem dos 10%. No total venderam-se quase 25 mil pulseiras (16 mil e 800 livre-trânsito e mais de 8 mil diárias). Além disso, ao longo do evento, entraram gratuitamente no recinto mais de 7500 crianças até aos 12 anos. O número de expositores registou também um aumento de quase 15%, tendo sido notória a melhor distribuição das bancas pelo recinto e uma circulação mais fluida dos visitantes. O envolvimento da comunidade escolar foi, mais uma vez, digno de registo, com o espetáculo Alvíssaras aos Petizes a contar com a presença de mais de 600 crianças de todo o concelho. De realçar o esforço e dedicação dos mais de 300 voluntários que contribuíram para o sucesso deste evento, empenhados em áreas como a animação, o baile, a contagem de visitantes, entre outras.
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Uma palavra de apreço para a participação cívica da comunidade torrejana, que se mobilizou para visitar a feira e fez-se representar no recinto através de associações locais. Uma especial referência, ainda, aos comerciantes do centro histórico que, mais uma vez, se trajaram a rigor e decoraram as suas lojas a preceito para acolher os visitantes. Esta feira afirma-se, cada vez mais, como uma das melhores a nível nacional, tal como o comprova a ampla cobertura mediática de que foi alvo nos meios de comunicação social. Esperamos continuar a merecer a confiança dos visitantes e o apoio dos torrejanos. Vivemos, nestes dias, emoções únicas que reforçam o orgulho pela nossa terra, pela nossa história, pelas nossas origens. A todos, um bem-haja!
Pedro Paulo Ramos Ferreira Presidente da Câmara Municipal de Torres Novas
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contextualização
his tóri ca
O Tema
A Carta do Povoador Pelo sexto ano consecutivo, as Memórias da História recriam os mais importantes momentos do passado de Torres Novas. Este ano, sob o tema «A Carta do Povoador», recuámos até 1190, invocando o foral atribuído pelo rei D. Sancho I à vila de Torres Novas.
o seu primeiro foral, instituindo um direito público reconhecido por conquistadores e populações e concedendo às organizações concelhias poderes delegados. Nesse âmbito, D. Mendo Extrema é nomeado pelo rei primeiro alcaide-mor do castelo e das terras do Almonda.
No verão de 1190, Torres Novas sofria a sua última grande provação às mãos de um exército mouro, vendo as suas muralhas e habitações saqueadas pelos homens de Ibn Iussuf, o “Almansor”. Os conquistadores apoderaram-se do castelo, deixando sair os ocupantes.
Estavam, assim, criadas as condições para que a jovem vila pudesse crescer em população e património, de acordo com os preceitos e regimentos do segundo rei de Portugal.
No outono seguinte, e já livre do domínio árabe, a localidade era então feita vila por vontade d’El Rei D. Sancho, que promoveu a sua reconstrução e repovoamento e lhe concedeu
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Foi este o cenário que serviu de mote a momentos de recriação histórica, atividades lúdicas, performances musicais e teatrais que propiciaram o ambiente certo para uma viagem a um universo de cores, sons, cheiros e sabores da época medieval, no coração de Torres Novas!
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O Foral de Torres Novas e a Fundação do Concelho 8
1190: contexto político e militar Na última década do século XII estava consolidada a linha de defesa do Tejo que controlava a região de passagem entre Coimbra e Santarém, as duas povoações mais importantes dessa vasta “estremadura” durante a “reconquista” iniciada e levada a cabo algumas décadas antes. Essa empresa militar concretizou-se com a conquista de castelos ou povoações acasteladas já existentes no tempo da efetiva presença militar e administrativa árabe na região, casos de Tomar, Abrantes, Ourém e Torres Novas, ou com a construção de novas fortalezas de reforço desta linha, casos de Almourol, Santa Maria do Zêzere (junto à atual Praia do Ribatejo) ou Alcanede. Depois de mais de um século de guerra, importava reconstituir um quadro mínimo de organização social com vista, sobretudo, à concretização de um repovoamento que garantisse a ocupação do território e a sua submissão política ao novo
Memórias da História 2015 . Em Revista
poder. Os aforamentos e as cartas de povoamento entregavam às pequenas comunidades alguma autonomia, mas foram os forais que instituíram, um direito público reconhecido pelos conquistadores e pelas populações, e poderes delegados de natureza política, judicial, económica, entre outros, às organizações concelhias: nasciam ou, noutros casos, eram restaurados, os concelhos. É neste contexto que, nas últimas décadas do século, as povoações de Tomar (1174), Ourém (1180), Abrantes (1179) e Torres Novas (1190) recebem cartas de foral, instituindo os respetivos concelhos. Vivia-se uma época já de certo modo pacificada, apesar das pilhagens, das algaras e das ameaças de invasão dos exércitos árabes. As povoações acasteladas já existiam desde o tempo do domínio árabe, embora não se possa contrariar a ideia de que, seguramente, estas futuras vilas não passassem de pequenos povoados, de algumas dezenas de famílias e poucas centenas de habitantes, sobretudo
depois da reconquista e do esvaziamento da população de origem árabe. É certo que o testamento de D. Afonso Henriques (1179) prescreve a entrega de determinada quantidade de dinheiro “aos pobres de Abrantes, Torres Novas, Tomar, Santarém…”, mas não é seguro que, em todos os casos, a identificação de “pobres” se traduza na existência de uma estrutura social tão complexa e “evoluída” que implicasse a existência, tão cedo, de uma categoria social assim reconhecida. É certo que haveria pobres, gente do patamar mais baixo da insípida pirâmide social. Mas os milhares de morabitinos destinar-se-iam, certamente, aos desapossados de bens e de meios de vida, vítimas das desordens causadas pela guerra, agora “pobres” por sortes do destino. De outro modo, as enormes quantidades de dinheiro deixadas pelos reis da primeira dinastia destinavam-se, sim, a ordens religiosas, a igrejas e instituições pias, seguindo orientações espirituais de Roma, que restituía com outra moeda: as garantias de uma boa morte para os beneméritos reis.
O foral de Torres Novas de 1190 A doação tardia, no contexto estritamente local, do foral a Torres Novas, outorgado por D. Sancho, fica a dever-se à instabilidade política e ao facto de o castelo ter sido alvo de contínuas escaramuças. Só em 1184 se daria, pensava-se, a conquista definitiva da fortaleza aos árabes, depois de ter sido saqueada e destruída pelo emir Ibn Iacub de Marrocos. Mas, no verão de 1190, uma investida almóada com destino a Tomar para em Torres Novas e arrasa a fortaleza. A crónica da chancelaria almóada diz que o “castelo forte de nome Turres” tinha no seu interior muitas armas, cavalos e mobiliário, adiantando o cronista que os ocupantes pediram ao exército invasor que os deixassem sair com as suas mulheres e filhos deixando tudo na praça. As tropas árabes destruíram o castelo e dirigiram-se a Tomar, mas apesar do saque da povoação, não conseguiram penetrar no castelo e retiraram-se. É neste cenário que tropas de D. Sancho deverão ter tomado posse da fortaleza de Turres, nesse fim de verão de 1190 e, com a reconstrução das muralhas e o regresso dos moradores, emerge a necessidade de dar à povoação um enquadramento político-administrativo compatível com uma organização social minimamente estruturada. Corria o mês de Outubro de 1190 quando a chancelaria de D. Sancho concede foral aos moradores de Torres Novas, com costumes assim como «eles [os de Tomar] fazem». É possível que muitos ou alguns dos moradores de Torres Novas se tenham retirado para Tomar aquando da expulsão pelos invasores almóadas e tenham regressado depois e trazido essas ideias de autonomia municipal vividas na margem direita do rio Thomar. O texto de Torres Novas, de resto, é idêntico ao de Tomar, que por sua vez é uma variante do foral velho de Coimbra, de onde se filiam quase todos os forais desta época e desta região. Algures num dia de Outubro de 1190, na chancelaria de D. Sancho I, o monarca firmou com as suas próprias mãos (não sabendo ler nem escrever, evidentemente) a carta de foral que seria alvará de liberdade municipal dos moradores de Torres
Novas, escrita pelo seu chanceler Julião e tendo como testemunhas, como era de costume nestes atos político-administrativos de relevante alcance, o conde D. Mendo, D. Pedro Afonso, D. Martinho bispo de Coimbra, D. Soeiro bispo de Lisboa, Pedro de Maçanieira mordomo, o próprio notário Julião e D. Mendo Extrema, primeiro alcaide do castelo das terras do Almonda, a quem deve ter sido entregue o exemplar destinado ao concílio de homens bons de Torres Novas. Era Mendo Extrema um dos mais importantes ricos-homens da época, senhor de vastos bens e privilégios, tendo sido depois governador de Évora.
O território Finda a guerra, esta mancha territorial debruçada sobre o Tejo, era uma região pouco povoada. Para além de uma reduzida quantidade de póvoas, ou tentativas disso, dispersas por esta vasta área, a rede de povoações deveria restringir-se às fortificações que tinham sido polos de fixação árabe e restauradas como “vilas”, dotadas de governo próprio com as cartas de foral.
Abrantes, Tomar, castelo do Zêzere, a comenda da Cardiga, Torres Novas, Ourém mais acima, Alcanede, pouco mais deveria existir no que toca à fixação humana e à sua concentração espacial em algo aparentado com uma configuração urbana. Mais longe, é certo, havia outras vilas, como a vila de Santarém, bastião político do tempo da ocupação árabe e dos primórdios da ocupação afonsina, e a norte, antes de Coimbra, a “capital”, as importantes vilas de Leiria ou Pombal. A “vila”, com o seu castelo e a guarnição militar na alcáçova, linha de muralhas imediata ao núcleo da fortaleza, uma primitiva igreja, futura matriz, bem encostada às torres, e algumas dezenas de construções, ainda ou logo de seguida protegidas por uma segunda linha de muralhas, a cerca, eram assim essas antigas povoações. Dominavam política e administrativamente um território mais vasto, o seu termo, que constituiria o concelho territorial aquando da definição de limites mais precisos e competências mais alargadas.
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do evento
mapa
E Entrada
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Posto de informação
wc Casas de banho
T Aluguer de trajes A Porta D. Sancho
[entrada e saída do castelo]
B Porta do vento
[saída do castelo]
Biblioteca Municipal
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B 2
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B Bilheteira
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Câmara Municipal
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wc 9
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13 wc
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Alcaidaria
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Igreja de Salvador
Hotel dos Cavaleiros
A
wc 13
Igreja da Misericórdia
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Museu Municipal
wc
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Almonda Parque
Almonda Parque
áreas temáticas LUGAR DO PETIZ Dedicados aos mais novos, os jogos e brincadeiras de outrora trazem ao castelo a emoção dos primeiros passos do pequeno guerreiro. Um espaço de recriação em que a boa disposição e o entretenimento estão sempre presentes.
POSTIGO DA TRAIÇÃO TEN_TART E TEATRO MEIA VIA Uma vez mais, a derradeira passagem para o exterior das muralhas é um trilho obscuro e perigoso, onde são despejados os enfermos, desvalidos, órfãos e dementes. Um ambiente em que o medo, a violência e o contágio das piores maleitas de então eram uma constante.
A GUARDA DO ALCAIDE ESPADA LUSITANA Com a missão de proteger o centro do poder no concelho, a guarda do alcaide vive e treina na praça do castelo, sempre preparada para qualquer agressão do exterior e garantir a segurança dos aldeãos que se recolham à fortaleza.
QUINTA DAS HISTÓRIAS FAZENDA DOS ANIMAIS Este é um lugar de fantasia, aventuras e magia onde miúdos e graúdos podem ouvir contar as mais belas histórias sobre os animais do reino.
AVES DE CAÇA . ART FALCO As aves de rapina foram sempre fiéis companheiras da nobreza nas suas caçadas, sendo criadas e treinadas para o efeito. Neste espaço, o visitante poderá ter contacto com este tipo de aves, bem como aprender algumas curiosidades sobre os espécimes e ainda algumas técnicas de falcoaria.
RUA DA CRUZ TEN_TART E TEATRO MEIA VIA Não se deixe enganar pelo nome… A “Cruz” é a de quem se arrisca a ficar por lá… No exterior do castelo e fora das muralhas da vila, este é um trilho proscrito, proibido, onde grassa o despudor e a malícia, em que apenas sobrevivem as almas corrompidas, sem lei nem vergonha.
MOURARIA ALCAIDE FERNANDES Num reino que se vinha expandindo à custa da guerra aos mouros, a presença destes era ainda habitual. Excluída da circunscrição da vila, do lado de fora da muralha, a mouraria é o testemunho sempre presente do legado islâmico entre cristãos. As suas cores, aromas e sabores, os seus pregões, fazem deste espaço um lugar exótico e sedutor, que nos traz notícias do norte de África.
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ARQUEIROS D`EL REI Acampamento medieval de arqueiros onde se recria a vida quotidiana destes povos, através dos ofícios militares e civis da época, tais como o fabrico de flechas, cotas de malha, forja, fundição, tecelagem, fabrico de velas e a cozinha medieval. As atividades de lazer também estão presentes, desde jogos e brincadeiras a pequenas disputas e torneios de arco, passando pelos divertimentos que, por vezes, resultam em rixas entre homens de armas e que frequentemente os levam a desembainhar as suas espadas.
LUDUS STRATEGI Na Idade Média os jogos de estratégia eram vistos como uma forma de desafio intelectual e de desenvolvimento das estratégias militares. Nesta época de reconquista e de povoamento do território a estratégia a seguir é fundamental para o sucesso. Venha jogar connosco e que ganhe o melhor.
PAÇO DOS ROBERTOS TEATRO EM CAIXA Um espaço de lazer e interatividade onde os Robertos e Marionetas são os anfitriões.
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PRAÇA DE MERCADORES A reconstrução das muralhas e o repovoamento da vila, promovidos por el rei D. Sancho, bem como a atribuição da carta de foral, alvará de liberdade municipal dos moradores de Torres Novas, constituem fortes motivos para a vinda de mercadores da região para fazer o seu negócio. A perspetiva da presença da população aguça o pregão e multiplica o número de tendas e vendas que se montam na grande praça central, para mostra de ofícios e comércio de produtos variados.
GAFARIA . TEATRAMOS TEN_TART E TEATRO MEIA VIA Aqui vivem seres “perseguidos”, homens e mulheres do povo e da alta nobreza atingidos pelas epidemias, num cenário de realidade cruel e num clima de fatalidade e terror, devido às doenças fatais.
BODEGAS E TABERNAS A modéstia e a carência destes tempos obrigava a uma cozinha criativa e esforçada, adaptada aos produtos locais e ao critério férreo do não desperdício. Eis a origem das inúmeras especificidades que enriquecem e de que hoje se orgulha a culinária portuguesa. Enchem-se as casas de pasto de novos aromas e sabores e todos são convidados a sentar-se à mesa.
mo men tos de recriação histórica Um conjunto de experiências e momentos inesquecíveis para que os visitantes possam reviver e conhecer melhor a história local.
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4 JUNHO . QUINTA . 22H
Algazarra mourisca Em junho de 1190 o imperador de Marrocos, Ibn Iussuf, invade Torres Novas e toma a fortaleza. Uns dias após a conquista do castelo, pretendendo ganhar a simpatia da população, o Almansor oferece uma noite de festa no terreiro da vila.
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5 JUNHO . SEXTA . 22H
Saída para Tomar Ibn Iussuf, o invencível, que havia tomado a vila naquela que seria a última invasão árabe, prepara-se para deixar Torres Novas em direção a Tomar, onde faria cerco, mas cujo castelo não conseguiria conquistar. Sai, dirigindo à população palavras de paz e reconciliação.
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6 JUNHO . SÁBADO . 18H30
Chegada de El-Rei D. Sancho I Após a saída das tropas árabes, chega El-Rei D. Sancho a Torres Novas, no ano de 1190, fazendo anunciar, através do futuro alcaide, Mendo Extrema, rico-homem, a entrega da carta de Foral.
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6 JUNHO . SÁBADO . 20H
Ceia de boas-vindas Os irmãos da confraria de Fungalvaz oferecem ao rei, à sua comitiva e aos notáveis locais uma ceia de boas-vindas, na Alcaidaria do Castelo.
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6 JUNHO . SÁBADO . 23H
Noite de festa No terreiro, os reis, as aias, a nobreza e clero presentes assistem às músicas e danças do povo e da fidalguia.
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7 JUNHO . DOMINGO . 18H
Entrega da carta de foral D. Sancho entrega a Torres Novas o seu primeiro foral. Mendo Extrema ĂŠ investido primeiro alcaide-mor da vila de Torres Novas e D. Sancho entrega a vĂĄrios casais jovens cartas de povoamento para alguns lugares do termo. Sabe-se que, vinte anos depois, jĂĄ havia moradores nesses lugares, como atestam as confrarias fundadas em 1212.
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7 JUNHO . DOMINGO . 22H
Saída de el-rei pela estrada de Pernes No terreiro, o povo, a nobreza e o clero despedem-se de el-rei que se prepara para sair de Torres Novas, pela estrada de Pernes, acompanhado pela rainha e por todo o seu séquito. À medida que o rei se afasta ouvem-se vivas ao rei e à rainha.
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espetáculos
cri an ças
Alvíssaras aos petizes JARDIM DAS ROSAS
Histórias de el-rei, D. Sancho I PAÇO DOS ROBERTOS
Este ano demos as «alvíssaras aos petizes», com um espetáculo de introdução a este contexto, que contou com as principais personagens deste episódio da nossa História. Todos foram recebidos pelo bobo da corte e por uma contadora de histórias que nos fez regressar ao ano de 1190. Então, vindo de Marrocos, eis o cortejo árabe, que entre bailarinas e música, nos deu a conhecer o seu líder, Ibn Iussuf, o “Almansor” que, com o seu exército, chegou para saquear e destruir o castelo. Só mais tarde chega a guarda d’ El Rei para a retoma da liderança cristã e subsequente reconstrução do castelo. No final, o rei D. Sancho I, vitorioso, convida todos a celebrar a vitória, dando início a grandiosas festividades e nomeando D. Mendo Extrema Alcaide-mor do castelo.
Representação adaptada a crianças e jovens dos episódios mais marcantes da vida de D. Sancho, desde a relação com o seu pai D. Afonso Henriques, passando pela conquista de Silves, cerco de Santarém, atribuição dos 58 forais e a sua sucessão por D. Afonso II. Uma atividade em que os animadores e público fazem a reconstituição histórica de uma forma divertida.
As aventuras dos animais do reino QUINTA DAS HISTÓRIAS Nesta quinta os animais são reis e as suas façanhas fascinam os mais pequenos. As aventuras de Leonor e os seus gansos, as proezas do Rei Simão e muito mais para descobrir e imaginar neste cantinho de contadores de histórias.
Trupe Manducare PAÇO DOS ROBERTOS A Trupe Manducare chega ao Reino para contar estórias de extasiar. Música, bonecos e máscaras e outras cousas mais vão encantar os pequenos e alegrar os demais. São estórias de territórios e conquistas de um rei e de uma princesa portuguesa e seus pretendentes. Tal donzela, fora do comum, terá que escolher um.
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animação 22
per ma nen te
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Azrak
Gadilus
Transportados no tempo até aos nossos dias pela vibração que a música tudo agita, envolvidos em turbantes e roupas de outros tempos de um oriente distante em que só a imaginação consegue apreender a memória de épocas passadas, um trio de músicos empunhando as suas
Grupo composto por cinco elementos, com forte ligação a toda a cultura musical medieval deixada na Europa.
ferramentas ancestrais no encanto de homens animais e seres alados perpetuam a sagaz arte da eterna celebração da vida.
Strella do Dia Grupo especializado em música alta medieval, onde a força telúrica das gaitas de foles e da percussão assumem um especial destaque. O seu repertório baseia-se em documentação musical com séculos de história.
Goliardos Com um ritmo evoluído e festivo, apresentam um repertório de música da antiguidade europeia e tradicional, usando gaita-de-foles, a percussão e outros instrumentos medievais.
Jograis d’el Rei Grupo baseado nas músicas ancestrais da idade média, dando-lhes um cunho pessoal para as tornar mais animadas e festivas, através da recolha em manuscritos da época e executando instrumentos como: rabeca medieval, bouzouki, davul, charamela, gaitade-foles, flauta irlandesa, dulzaina, chalumeau.
Troubadouros Grupo de animação musical com especial enfoque para a música medieval/renascentista/moda antiga. Com um repertório que vai desde as cantigas de Santa Maria às sefarditas de Afonso El Sabio, passando pelas tradicionais portuguesas, este grupo conta com músicos com uma vasta experiência musical e de diferentes áreas.
Thosrten, o Tosta Mista O bobo da corte delicia o público de todas as idades com os seus truques, malabarismos e extraordinárias capacidades de manipulador de objetos e números cómicos.
Recanto Duo que tem como paixão as músicas antigas de raiz tradicional, cujo repertório assenta na recolha e pesquisa de músicas para a recriação histórica, usando como instrumentos o bouzouki (instrumento grego) e a sanfona (instrumento da época medieval).
Sons da Suévia Conhecidos pelo espírito alegre e animado, a sua música é muitas vezes caracterizada como música de festa, de rua, do povo e de animação.
A Rua’Da e Saltarellus
Anymamundy É um projeto vocacionado para as artes do espetáculo, que visa promover e inovar as intervenções de rua, explorando espaços físicos, públicos e temáticas não convencionais, aliando artes performativas às artes plásticas. Este ano trouxeram novamente as carismáticas personagens Bufarinheiros.
Teatro em caixa Composta por três jograis contadores de histórias, esta trupe serve-se dos seus instrumentos musicais, marionetas e máscaras para oferecer ao público uma série de rábulas sobre vários aspetos do quotidiano. Fiel ao tom jocoso que a caracteriza, a Trupe Manducare faz-se valer da representação e música para transportar a audiência numa delirante viagem ao dia-a-dia doutros tempos.
Vai de Ronco
Jogo do pau da guarda
Com influências na música tradicional portuguesa, expressas através da gaita-de-foles transmontana e percussões, o seu repertório conta com diversos temas oriundos de várias regiões do país, bem como alguns temas originais. Há quem vá de mota, há quem vá de carro e há até quem vá a cavalo, mas este grupo prefere “ir de ronco” e assim continuará.
Fugindo à vertente das artes marciais, o Jogo do Pau da Guarda destaca-se por encontrar no teatro a sua razão de ser, tentando recriar com a maior veracidade possível alguns episódios do dia a dia dos “caceteiros”, “puxadores” e “varredores de feiras” nos seus combates, rixas e façanhas!
Espetáculos marcados pelo som dos tambores, pela cor e luz.
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momentos
par tici par
Os visitantes são convidados a viver e experienciar o quotidiano do século XII. Um conjunto de oficinas, exposições, conversas, leituras encenadas e documentários para conhecer e pensar a História de Portugal.
Oficina de arte Hispano-mourisca (Produção de painéis de mosaico e azulejo alicatado) Nesta oficina de produção de mosaico e azulejo, o visitante pode conhecer melhor esta arte de grande exigência técnica, rigor e respeito pelos materiais, de modo a obter os efeitos decorativos e de textura conseguidos nos séculos XII a XIV, período em que a
OFICINAS
A arte de caçar com aves As aves de rapina foram sempre fiéis companheiras da nobreza nas suas caçadas, sendo criadas e treinadas para o efeito. Neste espaço, o visitante pode ter contacto com este tipo de aves, bem como aprender algumas curiosidades sobre os espécimes e ainda algumas técnicas de falcoaria.
O armeiro do alcaide e o treino de esgrima medieval Os instrumentos de guerra foram evoluindo ao longo dos tempos. Mas qual a diferença entre uma adaga e uma espada? Quando se utilizava uma ou outra? Uma explicação das artes e instrumentos de guerra. A partir do treino básico de esgrima medieval recrutam-se novos homens de armas, cujo domínio técnico culminará no juramento destes nobres escudeiros.
Jogos de tabuleiro medievais Partindo à descoberta dos jogos
de tabuleiro da Idade Média replica-se o jogo do galo/três em linha, o jogo do moinho e o alquerque.
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azulejaria se popularizou na Península Ibérica. Através do trabalho ao vivo, pode observar-se e experimentar a conceção de um padrão com as pequenas peças de azulejos, desde a montagem pelo tardoz à posterior aplicação de argamassa.
A oficina de lucette Nesta oficina tem lugar a experimentação do tratamento da lã com uso da forquilha de cordão (lucette). Através da prática desta técnica, amplamente utilizada em toda a Europa durante a época medieval, o visitante poderá criar e ficar com a sua própria peça.
O jogo do pau da guarda Fugindo à vertente das artes marciais, o jogo do pau da guarda destaca-se por encontrar no teatro a sua razão de ser, tentando recriar alguns episódios do dia a dia dos “caceteiros”, “puxadores” e “varredores de feiras” nos seus combates, rixas e façanhas! Movido pelo vasto legado histórico-cultural e tradicional português, o jogo do pau da guarda é uma arte peculiar que em tempos já foi considerada uma verdadeira esgrima nacional. As performances do grupo são realistas, agressivas e carregadas de velocidade.
TURRES | Núcleo permanente de história do concelho de Torres Novas Celebrando D. Sancho I e os feitos de guerreiros, batalhas ganhas e outras perdidas, o Museu Municipal exibe uma peça emblemática da época medieval: um capacete de soldado do século XIII, vestígio da história militar medieval que foi encontrado numa encosta do castelo de Torres Novas. Este elmo de metal pode ser visto por todos, adultos e crianças, na exposição TURRES, no museu municipal de Torres Novas.
O artesão de velas Partindo da História da iluminação na época medieval, o artesão demonstra as técnicas medievais de fabrico de velas com cera de abelha. O visitante pode, assim, experimentar a técnica da emersão do pavio e da cera vertida sobre o pavio.
Cota de malha Durante a Idade Média a armadura de malha foi amplamente utilizada. Consiste num conjunto de anéis de ferro interligados, formando uma veste de malha que fornecia aos exércitos medievais uma proteção eficaz contra golpes de armas cortantes. Este ofício demonstra o processo de fabrico da cota de malha nas diferentes peças de vestuário.
De arco e flecha
Cozinha medieval
O arco foi amplamente usado na época medieval e as flechas eram fabricadas aos milhares. Neste ofício são demonstradas e explicadas as técnicas de produção das pontas, das varas e o entalhe do nock (ranhura onde trabalha a corda do arco), através de uma mesa pedagógica com uma breve história do arco em batalha e uma descrição das diferentes pontas utilizadas, e que termina com uma demonstração de tiro.
Inserido num ambiente medieval e utilizando a cozinha de campanha, propõe-se que os participantes ajudem a preparar uma refeição seguindo receitas medievais. No final pode fazer-se a degustação e levar a receita.
EXPOSIÇÕES
Ao sabor da pena Neste espaço o visitante pôde descobrir os segredos da caligrafia e da iluminura, conhecendo um pouco da história da escrita: desde os mistérios do trabalho dos copistas, às técnicas ancestrais do fabrico das tintas e da preparação do pergaminho, dos cálamos e das penas. Com pena e tinta pode ainda experimentar o estilo caligráfico gótico rotundo.
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opinião visitantes
«Absolutamente fantástica... Deveriam ponderar na próxima edição estender a feira durante toda a semana para que apanhasse dois fins de semana... Parabéns à organização porque a feira está cada vez melhor!» Verónica Viana
«Parabéns a todos os que tornaram possível esta feira maravilhosa! Sugeria que a feira se prolongasse por mais dias de modo a apanhar dois fins de semana para que todos pudessem usufruir deste nosso maravilhoso evento. Continuem!»
«Cada ano está mais fabulosa. É verdade que nos transporta a outros momentos da nossa história enquanto povo. Parabéns a todos os intervenientes que nos ofereceram momentos deliciosos.»
«A realizar-se de 2 em 2 anos, seria o ideal.»
«Se ainda existiam dúvidas, a organização, os participantes e todos aqueles que visitaram esta Feira Medieval de Torres Novas podem confirmar que estamos perante um verdadeiro sucesso. Neste momento podemos dizer que este evento já faz parte das melhores feiras medievais de Portugal, bem-haja a todos e lá estaremos em 2016.»
Emanuel Barbosa
José Neves
«Excelente feira, muito bem organizada e com dinâmica, força para cada ano nos surpreender...»
«Parabéns à CMTN, pela excelente organização. Mais um bonito evento para enaltecer a nossa cidade.»
Zaira Silva
Sandra Brites
«Voltei pelo segundo ano e não fiquei desapontada.» Ana Cunha
«A melhor do país!» Tânia Sousa
«Sou fiel a esta feira e digo, superou todas as outras. Muito bom. PARABÉNS!» Maria João Gomes
«Torres Novas e a autarquia estão de parabéns. Por tudo inclusivamente pela limpeza da cidade, castelo e sanitários. Pelo menos os do castelo; tudo limpinho e sem cestos transbordantes de papéis e com recargas de papel higiénico e sabonete. «De ano para ano está cada vez melhor! Parabéns à CMTN!» Helena Martins
«Não tenho dúvida que é a melhor feira medieval do nosso País. Quatro dias fantásticos. Parabéns a todos e venha 2016.» Cláudia Susana Mendes
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Memórias da História 2015 . Em Revista
«Adorei tudo... Muito bem organizada... Parabéns.» Joana Rita Roque
«Sim é sem sombra de dúvida uma linda feira e anima bastante a nossa cidade de Torres Novas! Minha terra natal... Este ano não tive oportunidade de estar presente pois vivo a muitos quilómetros daí... Mas conheço muito bem a feira e a sua dinâmica no desenvolvimento e aproveitamento da cultura em prol da cidade e do seu povo! (…) Por tudo isso, os meus parabéns à CMTN e à organização! Bem-haja a todos! Saudações à minha terra...»
Olga Cruz
«Belíssima feira! Parabéns a todos os que organizaram e participaram neste ambiente fantástico! Voltarei sempre!»
Luís Delgado
Lígia Marques
«Jantar divinal com os arqueiros D’el Rei!»
«Nunca me diverti tanto como este ano, estão todos de parabéns. Para o ano, se puder, estarei presente.»
Hugo Oliveira
David Branco
«Podiam começar por fazer a feira de 2 em 2 anos, caso contrário esgotam a coisa em pouco tempo.»
«Estão de parabéns. Cada vez está melhor. Parabéns à CMTN.»
«Queremos que a feira “apanhe” dois fins de semana! Sem dúvida uma aposta ganha por parte do município. Talvez a rua Alexandre Herculano também devesse ser incluída na feira. Até 2016!»
Paulo Barquinha
Rui Borga
Bruno Tavares
Maria José Pontes
«Vi quase tudo. Foi bestial mesmo.» Zaira Silva
«Participei no workshop de cozinha medieval, no domingo, e gostei muito. A associação Arqueiros D’el Rei está de parabéns! Foi uma experiência muito interessante e enriquecedora. E o convívio com os elementos da associação foi muito bom. Muita força para voltarem a fazer esta iniciativa para o ano em Torres Novas, talvez com os tempos mortos da oficina de cozinha preenchidos com atividades relacionadas com as diversas oficinas desta associação. Bem-haja!» Nuno Morgado
«Mais uma vez, organização excelente. PARABÉNS! Vocês são os MAIORES! Até para o ano. Lá estarei.» Fábio Carvalho
«Espero uma nova edição no próximo ano, sou da terra e ver a quantidade de pessoas, a cultura antiga e a história de Torres novas é muito bom. Adoro.» «As personagens deveriam ter mostrado mais empenho no que estavam a fazer. Este ano não achei o postigo tão “assustador” como em anos anteriores.» «É bom fazer a divulgação ao micro do que vai acontecer, mas em muitos sítios não se entende.» «Deviam encontrar uma solução para que um maior número de pessoas pudesse assistir às atividades realizadas na praça 5 de Outubro.» «Utilizar os voluntários para mais performances durante a feira (não digo mais voluntários mas que os que já existam façam mais coisas...); mais coordenação nos eventos principais; delimitação dos espaços antes das performances e não durante as mesmas.» «Criar soluções de mobilidade ou colocar pessoas para ajudar nesse fim em locais onde o acesso não é possível.»
«Já há algum tempo que a feira perdeu a vivência da época ali retratada. Deveriam existir mais acontecimentos marcantes, que chamassem a atenção do público, e muito mais vivência, mais militares, pessoas da corte, etc.» «Ouvindo a opinião de quem estava a vender, ou seja as barracas de artesanato etc., os valores para estarem ali são cada vez mais elevados e realmente este ano estava muito mais fraco, não estavam tantos vendedores como nos outros anos.» «Para o próximo ano deverá ser organizada uma reunião aberta a todos e em que os cidadãos se deverão pronunciar e dar as suas ideias e opiniões.»
«A Feira Medieval é um orgulho para todos os Torrejanos.» «Acho que deviam repensar a periodicidade da feira, já começa a ser muito repetitivo para ser uma feira anual.» «Este tipo de eventos deveria ser realizado de 2 em 2 ou de 4 em 4 anos.» «O baile devia ter mais momentos e não apenas no sábado à noite; mais animação na Praça 5 de Outubro; mais atuações de aves.» «A entrada devia ser gratuita para os residentes no concelho.»
«Alargar o espaço da feira para dispersar a população. Em dias de enchente, mal se consegue andar.»
«Voltar a colocar o Lugar do Petiz dentro das muralhas do castelo.»
«Grande trabalho de todos os intervenientes com um grande espírito medieval e companheirismo. Torres Novas deve orgulhar-se deste grande evento.»
«Colocação de mais informação relativamente a bilheteiras, mais condições nas bilheteiras, talvez a venda de bilhetes eletrónicos, existir um bilhete de acesso a deficientes gratuito.»
«Cada ano gosto mais. Está com certeza entre as melhores do país.» «Além da informação que foi fornecida relativamente aos momentos do evento seria interessante que fornecessem informação histórica relativamente à época.» «Gostaria de voltar a ver o grupo que trazia os gansos, as ovelhas e o cão.» «Sem dúvida que necessitamos de um recinto ampliado pois na sexta e sábado era quase impossível transitar nas ruas dentro do recinto!» «Na minha opinião a feira deste ano estava muito bem organizada e não tivemos de esperar tanto pelo início das atuações como no ano passado. Acho que devia haver sempre animação permanente na praça. Este ano o facto de só haver uma entrada para o castelo e duas saídas tornou a entrada e saída do castelo mais rápida e com menos confusão. Acho que se devia manter para o ano. Também adorei o espetáculo com aves de rapina porque são animais de que gosto muito e gostava que voltasse para o ano.» «Melhorem as condições dos animais e melhorem a pontualidade.» «Parabéns à organização e a todos os que participaram. É uma feira espetacular. Voltarei sempre e recomendo!» «Fazer um circuito para que os visitantes conheçam toda a feira, de modo a não ficarem concentrados na praça 5 de Outubro e castelo. Incentivar os visitantes a virem vestidos a rigor contemplando-os com uma entrada gratuita, ou um copo do evento.»
«Os sanitários estavam muito limpos, sem cestos transbordantes de papéis e com papel higiénico apesar da multidão, sobretudo no sábado. Neste dia, à noite, na tasquinha onde comi faltou o pão, tendo os meus companheiros de mesa que ficar à espera mais de meia hora. No entanto, acho que no conjunto a feira teve um saldo muito positivo. Parabéns. Espero que seja para continuar.» «Continuem a apostar no Postigo da Traição e Gafaria.»
«A feira medieval de Torres Novas, cada ano que passa, vai-se afirmando como uma das melhores de Portugal. Por isso é para continuar ao mesmo nível deste ano ou melhor.» «Para a zona dos artesanatos e da restauração não se deveria pagar entrada. Se uma pessoa estiver apenas interessada em conhecer o trabalho dos artesãos ou até mesmo consumir uma refeição o preço no total torna-se demasiado elevado, principalmente para as famílias.» «Parabéns a todos os responsáveis da organização da feira. Estava muito bem organizada. De ano para ano está melhor.»
«Bom trabalho... Gostei muito.»
A Carta do Povoador . Feira Medieval
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opinião expositores
«Evento espetacular. Não existe melhor feira medieval que a de Torres Novas. Parabéns!» Aboubekr Redha Bouchenak taberna | Sevilha (Espanha)
Deviam dar preferência a quem faz o evento há mais tempo na distribuição dos lugares. O recinto abre demasiado cedo. «Raja Pura» vestuário indiano | Sintra
O evento em questão de vendas foi péssimo devido à má localização em que nos encontrávamos. É necessária uma reestruturação dos pontos de venda. Carla Aguiar doçaria | Torres Novas
Balanço positivo. Muita afluência de público. Dinamismo e muitas atuações. A atribuição de lugares devia ser feita mais atempadamente. Maria João Triães Batista bijuteria | Rodrigos
Devia haver uma melhor distribuição da doçaria no recinto. Helena Inácio doçaria | Ribeira Ruiva
Muito bom, com bastante animação. Deve ser melhorada a organização dos espaços.
Foi um evento bem organizado, bem acompanhado e, este ano, houve melhores condições de funcionamento para os mercadores. Laurinda de Jesus Santos taberna | Torres Novas
Este ano, para nós, o balanço foi negativo, mas não é culpa da organização, tem a ver com o poder económico, em geral. Deviam dar mais importância a quem faz o evento há mais tempo e sem interrupção. Horário demasiado alargado (é escusado abrir antes das 17h). Raquel Lino | «Reino do Guerreiro» artigos decorativos |Almada
Balanço muito positivo. Aspetos a melhorar: arranque da feira, montagem dos equipamentos e marcação dos lugares. Ângelo Lobo | «Bichinho da Fruta» frutas e legumes | Torres Novas
O balanço é positivo. É necessário melhorar as instalações sanitárias (na praça, uma instalação esteve sempre fechada). Rogério Barros «Sagittarius – Armas Históricas» Viseu
Este ano houve algumas melhorias em relação a anos anteriores. A repensar a caução exigida aos mercadores. Carlos Moisés «Museu Vivo da Fogaça» Santa Maria da Feira
Sofia Grácio | «Trapos&Cacos» artesanato | Alcanena
Apesar da grande afluência de público, esta não se refletiu nas vendas mas isso nada tem a ver com a organização do evento, mas sim com a atual conjuntura do país. Devia existir maior divulgação do evento a nível nacional e maior rigor na seleção dos expositores. Cristina Cavalheiro «Ginjinha d’Óbidos» | Óbidos
Bem organizado, boa segurança, boa animação, apesar da grande queda nas vendas (sondados vários colegas). Luís Antunes e Marta Antunes bijuteria | Avis
Em relação à animação foi bom. Quanto ao retorno financeiro foi negativo. Deverá adequar-se mais as bancas aos espaços para permitir uma melhor visibilidade dos artigos. «Casal da Juge» produtos agrícolas | Torres Novas
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Memórias da História 2015 . Em Revista
Como foi a primeira vez que participei e tenho custos elevados na deslocação e alojamento, não atingiu as minhas expetativas. Espero para o ano vir mais bem preparado. Sugiro uma melhor organização na receção aos mercadores e mais rigor nos artigos que são vendidos. Herlânder Constantino artesanato | Caldas da Rainha
Muito bem organizado, espaços bem distribuídos e com sequência apelativa. Patrícia Ivo «Arte&Sabores» produtos gourmet | Torres Novas
olhares A Carta do Povoador . Feira Medieval
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A Carta do Povoador . Feira Medieval
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