Em revista - Por Terras da Rainha Santa 2013

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ficha técnica | evento Administração Coordenação administrativa e financeira Stela Rato Contratação Ana Lopes Faturação Hugo Mateus Coordenação geral/programação/produção Carlos Ferreira Conteúdos Carlos Carreira Controlo de entradas e Produção Executiva Daniela Costa Apoio à produção Renata Monnerat Voluntariado Ana Patrícia, Rita Rodrigues, Mónica Bento e Alexandra Menezes Oficinas Cláudia Hortêncio Guarda-roupa Margarida Alcobia e Izabel Metelo

Animação/Recriações Históricas Recriações históricas/encenação Paulo Leite Baile Maurizio Padovan Técnicos João Vidal e Miguel Clara Comunicação e imprensa Sandra Alexandre e Susana Ferreira Design Cátia Canhão Facebook João Guia Vídeo João Guia, Júlio Silva, Luís Vassalo, Hugo Cardoso Santos e Diogo Mendes Fotografia João Guia, José Neves, José Freitas, Manuel Ferreira, Cristiana Paixão, Vítor Lopes, Clarisse Henriques, Ana Silva, Hilário David e CMTN (Álvaro Mendes e Liliana Oliveira)

Espaço Postos de informação e mercadores António Ferreira Segurança, coordenação técnica e logística Carlos Roseiro Estruturas e equipamentos de apoio Sérgio Rosa Eletricidade José Cunha Proteção civil | Segurança do recinto Francisco Paiva Trânsito António Faria Limpeza e higiene do espaço Rute Silva Jardins e regulação dos sistemas de rega Elsa Marques Som ambiente Miguel Espadeiro

Atividades Paralelas Biblioteca e Museu Luís Dias

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Memórias da História 2013 . Em revista

Ficha técnica Em revista – «Por terras da Rainha Santa» Ano 2013 Propriedade Câmara Municipal de Torres Novas Direção Pedro Paulo Ramos Ferreira Presidente da Câmara Municipal de Torres Novas Edição Município de Torres Novas Conteúdos Liliana Oliveira – Comunicação e Imagem | CMTN Texto de contextualização histórica Carlos Carreira – Gabinete de Apoio à Presidência | CMTN Revisão de textos Ana Marques, Margarida Moleiro – Gabinete de Estudos e Planeamento Editorial | CMTN

Fotografia Álvaro Mendes, Liliana Oliveira – Comunicação e Imagem | CMTN Grafismo Sofia Ferreira – Comunicação e Imagem | CMTN Edição digital ©Município de Torres Novas, 2014


índice editorial 03 contextualização histórica 06 olhares 08 momentos 10 atividades 20 palcos 22 artistas 24 lugares 26 opinião 28

números 31

Por terras da Rainha Santa . Feira medieval

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edito rial «Por Terras da Rainha Santa» foi a temática que, neste quarto ano consecutivo das Memórias da História, trouxe mais uma vez dezenas de milhares de visitantes ao centro histórico de Torres Novas.

com atividades diversificadas e abrangentes, desde as atividades nas escolas, ao baile, nunca descurando a importância dada ao voluntariado, que tem tido uma adesão crescente.

Nas ruas que se encheram de vida e de cor, da praça 5 de Outubro ao castelo, do largo do Salvador ao terreiro de Santa Maria, recriaramse momentos de outrora, houve música e dança da época e viajou-se pelo mundo do conhecimento da nossa História.

Estes são, sem dúvida, dias diferentes. E é esta vivência fantástica da nossa cidade, das nossas gentes e da nossa identidade que queremos continuar a partilhar com todos.

O planeamento começou muito antes dos quatro dias da feira, realizada no último fim de semana de junho. E o programa do evento permitiu a participação de toda a comunidade,

A edição de 2013 foi mais um sucesso de mobilização de pessoas e entidades, de sinergia entre instituições, de trabalho de equipa e de envolvimento da população. Em 2014 não será exceção. Fica o convite.

Pedro Paulo Ramos Ferreira Presidente da Câmara Municipal de Torres Novas



contextualização histórica 6

Em 24 de junho de 1304 fazia precisamente 22 anos do primeiro olhar trocado entre D. Dinis e D.ª Isabel, no dia em que esta passava a fronteira e era recebida por el-Rei, à entrada da vila de Trancoso. Coincidência ou não, foi nesse dia de aniversário que D. Dinis fez doação de Torres Novas à Rainha Santa, passando para a sua pertença a alcaidaria da vila, junto com o padroado das igrejas e demais direitos. Durante os 32 anos que se seguiram, pôde a vila contar com a proteção e com a presença assídua da rainha, chegando-nos ainda o rumor das boas ações e cuidados que também por cá deixou.

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olhares

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mo men tos 10

Memórias da História 2013 . Em revista

recriação histórica


27 de junho . quinta-feira

Ronda do pregão 22h . Percurso // Rua Miguel Bombarda » Largo da Botica » Praça » Rua Gil Pais

As notícias correm depressa e, com o anúncio da visita de D. Isabel, chegaram à vila mercadores de toda a região, que quiseram aproveitar o corrupio para fazer suas as vendas. O alcaide recebeu-os na grande praça e convidou-os a instalar-se.

D. Pedro Anes: Senhores, viandeiros e peregrinos. Moradores d’além! Mestres, vendeiros e almocreves dos mais lugares deste reino. Caminheiros que em boa hora demandais a mui nobre vila de Torres Novas. Sabeis já, por certo, que têm as terras deste concelho novo senhorio. Falecida que foi nossa Senhora a Rainha D. Brites de Gusmão, quis el-Rei D. Dinis manter nossa vila terra de rainhas, e, a nós, muito alegra a honra que nos concede el-Rei. A vila de Torres Novas, junto com suas terras e demais direitos, é, desde o dia 24 de junho deste ano de Nosso Senhor Jesus Cristo de 1304, pertença e senhorio da mui alta Senhora Dona Isabel, pela graça de Deus rainha de Portugal e do Algarve. Pois amanhã será connosco a Senhora Nossa Rainha, que pela primeira vez nos dará a graça e a felicidade de a ter entre nós. Sede, pois, connosco, em nossas orações e folgar aquando de sua chegada. Apregoai vossos bens com redobrado contentamento, e fazei que tudo seja em boa ordem e postura. Sede, pois, mui bem chegados. Aproveitai os povos que se ajuntam em nossa praça pera bom negócio. Assentai arraiais e fazei vossa venda na paz do Senhor e conforme os costumes de nossa lei. Bem-vindos sejais pois e que comece a nossa feira.

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28 de junho . sexta-feira

Cortejo de pormenores 17h . Percurso // Teatro Virgínia » Rua Alexandre Herculano » Praça 5 de Outubro » Rua Gil Pais » Castelo

Desfile das escolas, lares e centros de dia, onde centenas de participantes, dos mais pequenos aos mais velhos, se trajaram a rigor e desfilaram como reis, rainhas, bobos, elementos do povo ou cavaleiros.

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Alvíssaras a D. Isabel 22h . Percurso // Largo S. Pedro » Largo da Botica » Praça 5 de Outubro

Tendo acabado de receber a vila de Torres Novas em doação, D. Isabel fez questão de conhecer as suas novas terras e o povo que nela habitava. Encontrando-se a corte no paço de Santarém, D. Isabel decidiu deslocar-se com a sua guarda pessoal a Torres Novas, onde foi recebida com o entusiasmo e exultação do povo.

O alcaide Pedro Anes dá as boas-vindas à rainha afirmando: Senhora… quanta comoção! É grande e prodigiosa esta graça do Altíssimo de vos ver entre nós, Senhora! E em boa hora nosso Senhor el-Rei vos fez mercê destas terras. Assim possamos todos nós, torrejanos, doravante ser unidos a vossa majestade em vossos desígnios e boas obras. Nestas vossas terras encontrareis a paz Senhora, e uma gente esforçada e trabalhadora que dos campos, quantas vezes agros e minguados, sempre consegue tirar seu pão. Encontrareis uma gente temente a Deus e cumpridora dos preceitos da verdadeira Fé. E bem assim, possa a luz de vossas obras e exemplo de conduta caridosa alumiar-nos os caminhos do Céu por gerações. Sou, Senhora, em nome de todos os desta vila, a prestar homenagem a Vossa Majestade e preito de obediência e vassalagem pelos muitos e bons anos que vos queira dar Nosso Senhor. Possa um simples alcaide, mísero e contumaz pecador, em nome deste bom povo de Torres Novas rogar vossas bênçãos e orações pela abastança do nosso sustento, e pela salvação de nossas almas. Nossas orações ser-vos-ão amorosamente dedicadas. Saúde Nossa Rainha e que Deus Nosso Senhor vos traga feliz e santa em vossos dias.

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29 de junho . sábado

Visita à moléstia 19h . Percurso // Praça 5 de Outubro » Gil Pais » Rua da Cruz

Seguindo sempre na sua vocação de cuidado e amparo junto dos mais necessitados, D. Isabel não abdicou de se embrenhar nos lugares mais recônditos e desoladores da vila, dando uma palavra de consolo às almas perdidas que se arrastavam pela Rua da Cruz e pelo Postigo da Traição. A distribuição de pão era uma regra que a rainha não dispensava.

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29 de junho . sábado

Após o seu primeiro contacto com o povo de Torres Novas, D. Isabel foi convidada pelo alcaide a cear no castelo, na companhia de monges franciscanos também em visita à vila. Os monges serviram uma ceia conventual para se comer e beber em honra da convidada.

Ceia conventual 20h . Alcaidaria do castelo

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29 de junho . sábado

Petição à rainha 21h . Largo Salvador » Praça 5 de Outubro

No seu primeiro dia na vila de Torres Novas, D. Isabel pretende ouvir os anseios e pedidos do povo. Enquanto donatária da vila, reserva para si todos os direitos de posse, mas também a responsabilidade de zelar pela justiça e bem-estar dos seus habitantes. É no coração da vila que se dispõe a receber as petições dos torrejanos.

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Danças e Tributos 23h . Praça 5 de Outubro A rainha desceu do castelo, na companhia do seu confessor e demais clerezia, em direção à grande praça. Aí a esperavam bailarinos, músicos, poetas e histriões. Todos quiseram prestar homenagem à rainha que dizem ser santa.

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30 de junho . domingo

Alcaide: Mui alto e poderoso Senhor Dom Dinis, pela graça de Deus rei destes reinos de Portugal e Algarve, quão grande é nossa honra por haver vossa majestade nesta vila de Torres Novas. Perdoai-nos Senhor a modesta receção, pois que não esperávamos por vós nestes dias… Sabei que está esta vossa vila em festa por ocasião da felicíssima visita de Nossa Senhora a Rainha. E pelo tanto, não podemos deixar de aqui fazer nosso respeitoso preito de homenagem a vossa majestade, por vosso cuidado com o senhorio destas terras, pois que o quisestes ainda junto a vós por morte de vossa saudosa mãe, a Rainha Dona Brites de Gusmão, doando-o agora a nossa rainha Dona Isabel. Grande é o contentamento e subida honra deste concelho em contar com a presença de nossa rainha… Rei: Chega de reverências alcaide! Enfadas-me com a tua oratória. É justamente por minha senhora a rainha que aqui venho, o que muito me pesa e aborrece. Alcaide: Oh… mas, Vossa majestade… Rei: É como te digo. Anuncie-se à rainha que aqui estou. Alcaide: Mas, Vossa Majestade… nossa rainha saiu em visita aos pobres do concelho… Rei: Ó alcaide, não tens um homem a cavalo que corra a esse lugar pera dar conta de minhas ordens?!

Nos passos de D. Dinis 19h . Escola Prática de Polícia » Av. Dr. João Martins de Azevedo » Praça 5 de Outubro

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D. Dinis não ficou agradado com esta deslocação inusitada da rainha. Ela deverá acompanhá-lo numa importante viagem ao reino de Aragão, onde, juntos, irão mediar um conflito entre aquele reino e Castela. El-rei veio pessoalmente a Torres Novas para «convidar» D.ª Isabel a juntar-se-lhe e regressar ao paço de Santarém, de onde partirão em jornada.

Alcaide: Mas certamente, Senhor. Certamente… Vossa Majestade veio em viagem sob este sol. Por certo vos agradará um breve descanso e refresco. A vós e a vossos homens. Queira Vossa Majestade aceitar nosso humilde acolhimento. Convido-vos a deixar vossa montada e a folgar um pouco com nossas danças, enquanto providenciarei refresco para todos. Rei: Venham as danças. E vinho!!!

5 de maio . sábado


Cortejo de despedida 21h30 . Câmara Municipal » Praça 5 de Outubro

A vila despede-se da sua nova senhora. Doravante, Torres Novas é protetorado de D. Isabel, a Rainha Santa. Acompanhada por D. Dinis, saíram em cortejo rumo à Guarda, de onde seguiriam até à província de Saragoça.

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atividades

Do nada ao conteúdo, a produção local de olaria medieval

D. Dinis e D. Isabel – crónica de uma governação, história de uma relação

A dimensão social de um ofício medievo e a importância da atividade para a economia da região torrejana numa mostra que esteve patente no espaço de exposições da alcaidaria do castelo.

Técnicos municipais apresentaram um fresco sobre Portugal do século XIV e traçaram as biografias sobre a riqueza do soberano e a densidade da sua consorte.

exposição

oficinas Arte de caçar com aves Oficina onde o visitante pôde ter contato com aves de rapina e aprender algumas curiosidades sobre estas.

Oficina de olaria Os participantes puderam experimentar a roda do oleiro e produzir uma pequena jarra ou copo.

D. Dinis, o Lavrador

A Guardadora de Patos

As histórias de vida do monarca e da rainha e os momentos mais marcantes do seu reinado, num documentário em exibição contínua na Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes.

Contadora de histórias na Fazenda dos Animais.

Elmos, utensílios e artefactos medievos Oficinas pedagógicas para crianças dos 4 aos 12 anos, em permanência no átrio do Museu Municipal Carlos Reis.

Em busca da nossa história

Missa e procissão dos padroeiros Missa realizada na Escola Prática de Polícia, seguida de procissão até à igreja de São Pedro.

Teatro «Bufarinheiros» Vendilhões apregoam e procuram vender as suas mezinhas, através de demonstrações gratuitas da eficácia dos seus produtos e tratamentos medicinais.

Na Rota da Talha Dourada Visita guiada às igrejas do Salvador, da Misericórdia, de S. Pedro e de Sant’Iago.

Portucale Teatro de Marionetas pela Companhia S.A. Marionetas.

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D. Dinis, o Lavrador – Uma história de governação

Portugal e a sua Aia vão, enquanto conquistadores de territórios educativos, contar a história do monarca e da rainha santa e as incidências do seu reinado. Uma atividade para crianças dos 6 aos 12 anos, que decorreu na Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes.

Oficina do mestre armeiro O mestre ensinou as técnicas de fabricação artesanal de armas e objetos de defesa e ataque, que pôde pôr em prática.

O armeiro do alcaide Oficina de demonstração e explicação das artes e instrumentos de guerra e outras curiosidades sobre estas.

Oficina de alquimia Opereta de D. Dinis e D. Isabel Apresentação realizada no castelo, interpretada pelos alunos do Jardim Escola João de Deus.

Uma oficina de destilação onde se deu a conhecer as formas de utilização e funcionamento de um alambique.

Recrutamento e treino de novas milícias defensoras das terras de Torres Novas

Missa campal

O participante pôde aprender as técnicas da esgrima medieval.

Celebrada pelo Sr. Padre Pedro Marques no interior do castelo, numa cerimónia abrilhantada pelo Choral Phydellius.

Oficina do ferreiro O visitante pôde criar a sua própria espada e outros artigos da época.


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palcos

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artistas

Curinga Grupo inspirado em personagens medievais, composto por quatro elementos que representam o jogral, o trovador, o menestrel e o bobo. Uma mistura músico-cómica muito particular.

Espada Lusitana Grupo praticante de esgrima histórica e artística, dedicado ao estudo da parte civil e militar de diferentes épocas históricas.

Colibry Unidos pelo gosto da música e da festa e sonhando com a magia da vida, nasce em 2010 um grupo que presenteia todo o seu público com calor e animação. Com uma alegria imensa e um som arrebatador, é um grupo capaz de animar qualquer tipo de eventos.

Thorsten, o tosta mista Thorsten Grutjen, mais conhecido como Tosta Mista, o malabarista, representa a personagem bobo da corte com as suas extraordinárias capacidades de manipulador de objetos e números cómicos.

Goliardos Com origem em 2005, nas Gaeiras, apresentam um vasto reportório com músicas da antiguidade europeia e tradicionais, aliadas a um ritmo evoluído e festivo.

Fazenda dos animais Dedicam-se a diversas áreas desde treinos de obediência e correção de distúrbios comportamentais, aves amestradas, falcoaria e presença em diversas feiras medievais e similares.

S. A. Marionetas

Strella do Dia Sons da Suévia Influenciados pelos cancioneiros medievais, a música celta e o folclore do noroeste peninsular, o projeto Sons da Suévia, da associação cultural de Braga, insere-se numa nova e entusiasmante onda de música revivalista da Idade Média: música alta, música de festa, de rua, do povo, de grande animação, de ritmo que pede dança.

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Formado em 2000, o nome do grupo tem origem numa Cantiga de Santa Maria com o mesmo nome. Enquanto grupo especializado em música alta medieval, com as gaitas de fole e os instrumentos de percussão a assumirem um especial destaque, o seu repertório baseiase em documentação musical com séculos de história.

Memórias da História 2013 . Em revista

Este grupo de teatro e bonecos, que iniciou a sua atividade em 1979, tem como objetivo promover e divulgar o teatro de marionetas. De entre vários espetáculos, apresentaram este ano, Portucale, que conta a fundação de Portugal com o casamento do conde D. Henrique com D. Teresa, a sua morte, as desavenças de D. Teresa com o seu filho Afonso Henriques até à sua aclamação entre os soldados como rei de Portucale.

Alcaide Fernandes O mercador, com a sua caravana, com pajens e bailarinas, falcões e dromedários. Uma das grandes atrações da feira torrejana.


Burros do Magoito Projeto iniciado em 2009 que visa promover atividades que incentivem o contacto das crianças com os animais, a natureza, a preservação e a valorização da espécie asinina. Os burros são uma das espécies em perigo de extinção em Portugal e no mundo.

Cavaleiros do Tempo Grupo criado em 1990, devido à paixão pelos cavalos. As suas atividades baseiam-se em treinos e preparação de animais para diversos eventos e na participação em espetáculos de reconstituição histórica/medieval, com demonstrações de combates e torneios. Mais recentemente, como complemento às atividades equestres, iniciaram números de falcoaria.

Anymamundy O projeto Anymamundy deu os primeiros passos em 1998 resultante da união entre dois artistas plásticos: Pedro Estevam e Marisa Vieira. A peça que apresentaram este ano na feira foi Bufarinheiros, na qual vendilhões apregoam e procuram vender as suas mezinhas, através de demostrações gratuitas da eficácia de seus produtos e tratamentos medicinais.

Eduardo Dias Martins É um músico solista que se estabeleceu como harpista residente nos Banhos Públicos da Viagem Medieval em Terra de Santa Maria. Interpreta músicas tradicionais e medievais, com a sua harpa, incorporando na perfeição os trejeitos verbais e comportamentais dos artistas da época.

Fórum Ambiente e Cidadania de Mosteiró

Esta associação trouxe os grupos A Rua’Da, Saltarellus e Os Monges. Foi constituída com a finalidade de dar resposta à crescente procura de grupos especializados na área das recriações históricas. Nascida a partir da A Rua’Da e dos Saltarellus, tem vindo a participar coletivamente em eventos de recriação medieval desde a Galiza até ao Algarve com espetáculos marcados pelo som dos tambores, pela cor e luz.

Sunna

É um jovem trio de músicos oriundos do Porto. Unidos pela vontade comum de conhecer e estudar a música de culturas antigas e distantes, dedicam-se à interpretação de temas medievais, tradicionais e também à composição de temas originais. É com prazer e paixão pela música que Ricardo de Noronha, nas precursões e sopros, Nuno Silva, nas cordas, e Elisabete Almeida, voz, apresentam a música de outros tempos com a energia de uma interpretação contemporânea.

Art Falco Fundada por Miguel Gomes, nasce de uma paixão antiga pelo meio ambiente e pela necessidade de levar a natureza até cada um, de uma forma lúdica e interativa. Neste sentido, surgem as oficinas «Arte de caçar com aves», onde o visitante pode estar em contacto com aves de rapina e aprender mais sobre elas.

Minerarte Museu itinerante de arte e cultura medievais. Este grupo realizou três oficinas sobre a destilação de óleo, a alquimia e o recurso a utensílios rurais, entre outros temas.

Ten_tart Este grupo, que contou com a colaboração do Teatro Meia Via, causou um misto de emoções no Postigo da Traição e Rua da Cruz. Divertidos e bem-dispostos, mas por vezes sombrios e assustadores, são incansáveis na construção de cenários.

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lugares

A vida quotidiana O povo medieval vivia dia após dia dos seus ofícios e lavouras, sujeitando-se ao que conseguia produzir para sobreviver. Neste espaço, o visitante pôde encontrar e conviver com a modéstia de algumas famílias no seu quotidiano habitual.

Mouraria

Lugar do petiz Dedicados aos mais novos, os jogos e brincadeiras de outrora trouxeram ao castelo a emoção dos primeiros passos do pequeno guerreiro. Um espaço de recriação onde a boa disposição e o entretenimento estiveram sempre presentes.

Aves de Caça

A guarda do alcaide Com a missão de proteger o centro do poder no concelho, a guarda do alcaide viveu e treinou na praça do castelo, sempre preparada para qualquer agressão do exterior e para garantir a segurança dos aldeãos que se recolham à fortaleza.

As aves de rapina foram sempre fiéis companheiras da Nobreza nas suas caçadas, sendo criadas e treinadas para o efeito. Neste espaço, o visitante poderá ter contato com este tipo de aves, bem como aprender algumas curiosidades sobre os espécimes e ainda algumas técnicas de falcoaria.

Num reino que se vinha expandindo à custa da guerra aos mouros, a presença destes era ainda habitual. Excluída da circunscrição da vila, do lado de fora da muralha, a mouraria foi o testemunho sempre presente do legado islâmico entre cristãos. As suas cores, aromas e sabores, os seus pregões, fizeram deste espaço um lugar exótico e sedutor, que nos trouxe notícias do norte de África.

Acampamento militar Postigo da traição Uma vez mais, a derradeira passagem para o exterior das muralhas foi um trilho obscuro e perigoso, onde foram despejados os enfermos, os desvalidos, os órfãos e os dementes. Um ambiente onde o medo, a violência e o contágio das piores maleitas de então eram uma constante.

Rua da Cruz A guardadora de patos Simples mas sonhadora, Leonor é a menina que guarda patos. Ninguém sabe o seu passado, de onde vem, ou para onde vai. Mas há quem diga que entende a língua dos animais, que consegue falar com eles e que todos obedecem à sua vontade.

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Não se deixe enganar pelo nome… A “Cruz” é a de quem se arriscava a ficar por lá… No exterior do castelo e fora das muralhas da vila, este era um trilho proscrito, proibido, onde grassava o despudor e a malícia, em que apenas sobreviviam as almas corrompidas, sem lei nem vergonha.

Na sua regular atividade de treino militar, a guarnição assenta arraial nas imediações do castelo. Um cenário vivo que procurou recriar o quotidiano de um acampamento militar cristão, com os seus ofícios, a preparação de refeições, o tratamento de animais, atividades lúdicas e o necessário treino na lide das armas.


Quinta pedagógica Aqui se guardou o gado do alcaide. Um espaço para o público interagir com os animais domésticos que, outrora, eram a companhia do homem no seu trabalho diário. Aqui todos tiveram a oportunidade de aprender a alimentar e a tratar dos animais.

Praça dos mercadores Jardim dos bonecos Um espaço de lazer e interatividade onde os bonecos e as marionetas foram os anfitriões.

O anúncio da vinda de D. Isabel à vila foi o pretexto para que os mercadores da região, e outros da banda d’além, ali acorressem para fazer negócio. A perspetiva da presença de muitas dezenas de curiosos aguçou o pregão e multiplicou o número de tendas e vendas que se montaram na grande praça central.

Bodegas A modéstia e a carência destes tempos obrigava a uma cozinha criativa e esforçada, adaptada aos produtos locais e ao critério férreo do não desperdício. Eis a origem das especificidades da culinária portuguesa. Encheram-se as casas de pasto de novos aromas e sabores e todos são convidados a sentar-se à mesa.

Passeio dos feitiços As práticas ocultas estiveram sempre presentes ao longo da evolução dos povos. Numa época em que estas práticas eram particularmente mal acolhidas pelas classes dominantes, os que viviam destas artes e ofícios tinham de ter todo o cuidado para não serem denunciados e castigados. Um local de rezas e adivinhações, leituras e feitiços, para quem quisesse ver para além do olhar.

mapa do evento

Biblioteca Municipal

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Câmara Municipal

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Igreja de Salvador

Hotel dos Cavaleiros

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wc Igreja da Misericórdia

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Bilheteira

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Entrada

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Postos de Informação

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Casas de Banho

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Aluguer de Trajes

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Museu Municipal

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Hotel de Torres Novas

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opinião «É muito bonito para a cidade, traz movimento às ruas e dá a conhecer Torres Novas»

Nuno da Franca | Ourivesaria Ramos

«Gostei sempre muito da feira e este ano não foi exceção. É um evento muito bonito para a cidade, traz movimento às ruas e dá a conhecer Torres Novas. Trouxe muita gente à rua, sobretudo aquando do cortejo. É de continuar. Como ponto negativo aponto a falta de estacionamento: havia muitos lugares a serem ocupados por pessoas que participavam na feira e não pelos visitantes. Penso que a câmara poderia chegar a um acordo com o Almonda Parque para que nesses dias os visitantes da feira lá pudessem estacionar gratuitamente.»

comerciantes do centro histórico 28

«É muito importante que se continue a fazer a feira medieval»

«Movimenta muitas pessoas e vive-se um espírito muito alegre»

Clara e Fernando Nunes | Retrosaria A Roca

Suzete Carreira | Papelaria Gil Pais

«É uma feira com interesse para o comércio, bonita e boa para a cidade. A data é que foi mal escolhida por causa do calor. Mas é muito importante que este tipo de eventos continue e espero que nunca pensem em acabar com a feira. Os cortejos estavam melhor organizados e o castelo estava lindo. Houve muito menos movimento na rua. Penso que poderiam melhorar a divulgação e talvez realizar a feira de velharias (desse mês) no fim de semana da feira aqui no centro histórico.»

«Este ano gostei muito da feira (gosto sempre). É muito importante para a cidade porque vem muita gente de fora. Não dei conta que fosse bom para o comércio, mas movimenta muitas pessoas e vive-se um espírito muito alegre. As noites estiveram ótimas. Achei o castelo um pouco mais pobre, mais vazio com a falta das tasquinhas que lá costumavam estar. Mas é de continuar porque se a feira acaba faz muita falta à cidade.»


mercadores

«O interesse pelos produtos foi muito evidente»

«O balanço foi positivo pois o nosso objetivo era divulgar e dar a conhecer os nossos produtos. As vendas foram fracas, mas o interesse pelos produtos foi muito evidente» Carola’s Ostrich, Lda. | Torres Novas

«Do ponto de vista das vendas a feira não atingiu os objetivos, mas melhorou, em muito em relação ao número de entradas (parabéns).» Carlos Lino | Almada

«Feira com boa dimensão e boa oferta de produtos/serviços. O balanço foi negativo a nível financeiro, mas a feira foi bem organizada.» Reinare-Veritate Antiqua | Caldas da Rainha

«O balanço, apesar de toda esta crise, até é positivo. Veio bastante gente ao evento. A organização este ano, a meu ver, foi melhor.»

«É um evento que dignifica a cidade» «Muito bom. Gostámos muito de participar. É um evento que dignifica bastante a cidade de Torres Novas e a torna mais conhecida a nível nacional.»

«Evento muito participado, muitos visitantes e ótima localização da banca, o que, embora não tenha proporcionado vendas elevadas, permitiu maior divulgação e notoriedade da nossa instituição.»

«Evento bem conseguido, bem divulgado, onde se respeita com muito rigor a temática.»

CRIT | Torres Novas

«Excelentes expectativas de regresso em 2014»

«Adoro o evento mas devido à crise não compensa muito, porque o que se ganha fica para o aluguer do espaço. Realço principalmente o convívio entre comerciantes e público, que é muito bom.»

«Positivo. O calor é que prejudicou este evento, não se podendo abrir as bancas mais cedo. Mas tudo ok, porque as noites são grandes e agradáveis. Gosto muito desta feira. É uma feira bonita e muito agradável.»

«O espaço continua muito bem aproveitado, melhor que nas anteriores edições. Continua um evento com uma grande componente pedagógica, a envolver a população de Torres Novas e a atrair muito público. Relativamente ao volume de vendas, foi inferior ao ano passado, fruto provavelmente da situação atual do país e do excessivo calor.»

Dulce Cruz | Torres Novas

Rui Vasco | Porto de Mós

Natália Filipe | Torres Novas

Jovens Missionárias do Amor | Torres Novas

Sérgio Alves | Torres Novas

Paulo Alves | Fundão

«Globalmente positivo, com quebra na receita em relação ao último ano (2011) em que participei. Excelente organização sendo o lugar que me foi atribuído muito bom.» Marina Antunes | Avis

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«Um evento sem dúvida enriquecedor e sempre inesquecível!» Ana Oliveira | Porto

visitantes «Rapidamente passamos de espectadores a figurantes, a personagens.» Cláudia Leite | Tomar

«A feira medieval de Torres Novas é um evento ímpar na região e até mesmo no país. Num cenário idílico, com o castelo como protagonista, a partir do momento em que entramos na praça 5 de Outubro somos imediatamente transportados para outro século. Invade-nos um misto de culturas, de cheiros e sabores inebriantes que tornam este cenário bem mais real. Rapidamente passamos de espectadores a figurantes, a personagens. Destaque para o Postigo da Traição: fantástica interação com o público. Sem dúvida nota 20 para a organização, que não descurou nenhum pormenor.»

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Memórias da História 2013 . Em revista

«Muito bom! A visitar novamente.» Cíntia Amaral | Braga

«Fiquei surpreendida pela positiva: por toda a organização da feira, o espaço utilizado, a teatralidade presente e a adesão por parte dos visitantes e colaboradores. Muito bom! A visitar novamente.»

«O ambiente é fantástico e envolvente.» Ângela Faria | Tomar

«Pela terceira vez visitei a feira medieval e consegue-me sempre surpreender. O ambiente é fantástico e envolvente. A mudança anual do tema bem como a inovação da animação fazem com que tenha curiosidade de voltar ano após ano. É um evento que traz muita gente a Torres Novas, dando a conhecer a cidade e a sua história.»

«Que bom é ter oportunidade de assistir a um evento tão gratificante. Foi surpreendente pelo entusiasmo, pela diversão, pela energia contagiante, pela envolvência histórica, pelas várias vertentes artísticas e a excelente organização. Um evento sem dúvida enriquecedor e sempre inesquecível!»

«Destaco o trabalho do Teatro Meia Via no Postigo da Traição» Gonçalo Ceboleiro | Torres Novas

«Este ano gostei da diversidade de animais da quinta pedagógica. As condições em que se encontravam em exposição é que não me pareceram as melhores, também por culpa das temperaturas elevadíssimas que se fizeram sentir. Destaco ainda o trabalho do Teatro Meia Via e outros figurantes no Postigo da Traição. Quanto a mim, mais uma vez, o ponto alto da feira.»


40000 visitantes

350

(número estimado)

números

dias de preparação

167 340 artistas

voluntários

24

companhias

373

participantes no cortejo de pormenores

400

293

participantes nas atividades da biblioteca

participantes em workshops

271

110

mercadores

visitantes Museu Municipal Carlos Reis



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