Em revista - Na Senda de Gil Paes 2014

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ficha técnica | evento Organização TURRISESPAÇOS, E.M. Presidente do Conselho de Administração Luís Silva Direção Geral André Sousa e Catarina Pinheiro Programação/Coordenação Geral/Produção Carlos Ferreira

Recriações históricas/animação/oficinas Conteúdos Carlos Carreira Recriações históricas/encenação Paulo Leite Baile Maurizio Padovan Técnicos João Vidal e Miguel Clara Jogos tradicionais Cristiano Marques Oficinas Cláudia Hortêncio e Joana Carreira Atividades Museu Margarida Moleiro | CMTN Atividades Biblioteca Margarida Teodora | CMTN Produção Executiva Rui Ribeiro Produção Rui Alves e Mailis Rodrigues Contratação e mercadores Ana Lopes e Pedro Cunha Faturação Hugo Mateus Controlo de entradas Daniela Costa Coordenação voluntariado Mónica Bento e Rita Morte Guarda-roupa Ana Cunha Marketing, comunicação e media Sandra Alexandre, Paulo Ganhão e Susana Ferreira Design Cátia Ganhão Coordenação de vídeo e fotografia João Guia Reportagem de vídeo e fotografia Antero Guerra Inácio, Graphics & Video Coordenação de bilheteiras Hugo Mateus e Leandra Duarte Bilheteiras João Vieira, Izabel Metelo, Ricardo Rosado e Sandra Alcobia

Espaço Posto de informação/Loja oficial Margarida Alcobia e Telma Martinho Segurança, coordenação técnica e logística Carlos Roseiro Estruturas e equipamentos de apoio Sérgio Rosa | CMTN Som ambiente Miguel Espadeiro Apoio logístico Alexandre Amâncio, Marcos Silva e Pedro Carreira Coordenação de limpeza Palmira Gaspar

Parcerias Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo

Ficha técnica | revista Em revista – «Na Senda de Gil Paes» Ano 2014 Propriedade Câmara Municipal de Torres Novas Direção Pedro Paulo Ramos Ferreira Presidente da Câmara Municipal de Torres Novas

Edição Município de Torres Novas Conteúdos Liliana Oliveira – Comunicação e Imagem | CMTN Texto de contextualização histórica Carlos Carreira – Gabinete de Apoio à Presidência | CMTN Margarida Moleiro – Gabinete de Estudos e Planeamento Editorial | CMTN Revisão de textos Ana Marques – Gabinete de Estudos e Planeamento Editorial | CMTN Fotografia Antero Guerra Grafismo Sofia Ferreira – Comunicação e Imagem | CMTN Impressão A Persistente Tiragem 2000 exemplares

Patrocinadores Continente, Crédito Agrícola e Rodoviária do Tejo Apoio Multifoto

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Memórias da História 2014 . Em revista

©Município de Torres Novas, 2014


índice editorial 04 contextualização histórica 06 o episódio de Gil Paes 08 o painel 09 mapa e áreas temáticas 10 momentos de recriação histórica 13 animação permanente 22 momentos para participar na História 24 olhares 28 opinião 31

números 33 Na Senda de Gil Paes . Feira medieval

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edito rial

Entre 5 e 8 de junho Torres Novas honrou o seu alcaide Gil Paes, recuando até ao ano de 1375, numa viagem medieval que teve sempre como pano de fundo o ato heroico tão bem representado no painel do mestre Jorge Colaço.

Estes são já dias amplamente ansiados. As bandeiras que, semanas antes do evento, começam a ondular nas torres do castelo dão o mote para a festa. Muitos são os torrejanos que, de forma afincada, preparam os seus trajes, engalanam as suas casas e decoram as suas lojas a rigor, entrando verdadeiramente no espírito das Memórias da História. É com especial orgulho e emoção que, enquanto munícipe e enquanto autarca, vejo o nosso centro histórico fervilhar de vida e de cor ao longo do evento e encontro no rosto dos visitantes a satisfação por uma vivência única e tão especial da nossa cidade. A aposta do Município de Torres Novas neste formato, pelo quinto ano consecutivo, tem-se demonstrado ganhadora e merecedora da confiança e do apoio dos torrejanos. O envolvimento da comunidade, a participação de voluntários e a adesão de visitantes comprovam-no. E a experiência e o conhecimento adquiridos ao longo destas cinco edições têm-nos permitido continuar a fazer mais, melhor e diferente. É esse o nosso caminho.

Pedro Paulo Ramos Ferreira

Presidente da Câmara Municipal de Torres Novas



contextualização

his tóri ca

Recordando o sacrifício do herói | 1375

Na Senda de Gil Paes

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Em 1373, as pretensões de D. Fernando ao trono de Castela, valiam a Portugal nova invasão dos exércitos castelhanos, agora comandados por D. Henrique II. No trajeto feito pelo invasor, Torres Novas foi das poucas praças que resistiu ao cerco montado em torno do seu castelo, mantendo-se por el-Rei de Portugal. Gil Paes foi o alcaide torrejano que assegurou a menagem ao seu rei, mesmo quando, diante de si, o rei castelhano dava ordens para que lhe enforcassem o filho, entretanto capturado. Feita a destruição das muralhas da vila e vingado o castelhano com a morte do jovem, partiu o invasor ao encontro do rei português, sem que Torres Novas se rendesse.

Memórias da História 2014 . Em revista


1372 Casamento de D. Fernando com D.ª Leonor Teles;

1373 Nascimento da princesa D.ª Beatriz; Cerco ao castelo de Torres Novas (por Henrique II de Castela) e episódio de Gil Paes; D. Fernando nomeia novo alcaide-mor de Torres Novas, Fernão Gomes da Silva;

1374-1376 Obras de recuperação das muralhas do castelo, na sequência da destruição feita pelos castelhanos;

1375 Introdução da Lei das Sesmarias; Entre abril e agosto D. Fernando viaja pelo Vale do Tejo, passando a Coruche e demorando-se em Santarém, com visitas também às terras da rainha.

Na Senda de Gil Paes . Feira medieval

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(...) Partiu o Rei sem se desviar da estrada, como fizera logo que entrou em Portugal, e tomou o caminho de Torres Novas. Ali soube que o Rei D. Fernando estava em Santarém e que naquele lugar se iriam juntar com ele os seus ricos homens e fidalgos, assim como o concelho de Lisboa e de outros lugares, para lhe fazer guerra (...). [o] mestre de Avis, seu irmão, que estava em Torres Novas, cada dia mandava saber o que fazia El-Rei e se juntava algumas gentes, receando que se houvesse batalha, não se lembraria dele por ser jovem. E rogava a um bom cavaleiro que era seu aio, que por Deus não permitisse de não participar no combate. E ele acalmava-o dizendo que não temesse de ficar fora de combate no caso de haver batalha, mas que via El-Rei encaminhar os assuntos e que duvidava muito de que se pusesse em campo contra El-Rei de Castela. E dessa forma aconteceu, porque ele mandou dizer aos do concelho de Lisboa, que já se encontravam em Azambuja, a cinco léguas de Santarém, que regressassem e não seguissem mais para diante e não mandou chamar mais nenhumas forças. Fernão Lopes, «Crónica de D. Fernando»

O episódio de Gil Paes No Arquivo da Torre do Tombo existe um documento do século xvi que refere um episódio épico da História de Torres Novas que, pela sua nobreza e lealdade à pátria, foi e ainda é alvo de muita paixão e controvérsia.

vontade e, por outro, que D. Fernando não viria no seu encalço, preferindo esperar pelas forças castelhanas em Santarém, tentou usar a vida do seu cativo como moeda de troca para a obtenção do castelo sitiado.

Gil Paes, alcaide de Torres Novas em 1373, é uma das figuras históricas mais representativas dos nobres valores da cavalaria medieval e da lealdade para com a pessoa do rei. A sua imagem, a de um homem que se permite sofrer a perda de um filho para não perder a honra de menagem que lhe foi concedida pelo monarca, contrasta, neste período, com a de outros que mais facilmente entregavam praças ao inimigo sem que para isso tivessem de se esforçar.

Aproximando-se das muralhas do castelo com o filho do Alcaide-mor, Henrique II coloca a vida deste em troca das chaves da praça torrejana, que, caso não lhas cedesse de livre vontade, perderia o filho à sua frente. Não obstante, Gil Paes não se deixou levar pela dor que a morte iminente do seu filho lhe poderia causar e respondeu ao monarca que, tendo o rei nas suas mãos a vida do seu filho, poderia fazer com ela o que melhor achasse. No entanto, ele não era o dono do castelo, apenas a pessoa encarregada de o defender, e que por tal razão não podia corresponder às pretensões de Henrique II. Perante esta posição, os castelhanos enforcaram o filho do Alcaide-mor, tendo-o pendurado, depois, pelas pernas. Talvez levado pela dor, Gil Paes terá dito, segundo um neto seu, às tropas sitiantes que o assassem e comessem, mas que Deus não permitisse que fosse traidor ao seu rei e senhor.

A história de Gil Paes enquadra-se nas segundas guerras fernandinas, entre 1372 e 1373, altura em que Henrique II de Trastâmara, rei de Castela, invade Portugal com o intuito de colocar termo às pretensões de D. Fernando à coroa. Durante a sua investida, que se iniciou na Beira, Henrique II foi recebendo as chaves de diversas praças de armas portuguesas. Ao chegar a Torres Novas, contudo, em fevereiro de 1373, Henrique II não encontra no alcaide da vila qualquer intenção de lhe abrir as portas do castelo, honrando o seu dever de menagem a D. Fernando. Não indo ao encontro de Henrique II nem lhe dando entrada em Torres Novas, acabou este por cercar a vila, onde se encontrava também D. João, mestre de Avis. Durante as contendas que se terão gerado, pois um cerco não é estático, as tropas castelhanas aprisionaram, nos arrabaldes da vila, um filho do Alcaide-mor de Torres Novas, um jovem de 18 anos. Henrique II, que via, por um lado, que Gil Paes não lhe cedia a praça torrejana de livre

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Memórias da História 2014 . Em revista

A atitude de Gil Paes, aliada à aparente indiferença do monarca português perante o cerco de Torres Novas, levou a que Henrique II levantasse o cerco à vila que, sob o comando do seu Alcaide-mor, havia assistido a um ato tão bárbaro. O tempo, porém, haveria de demonstrar que, à lealdade do Alcaide-mor a D. Fernando I, terá o monarca correspondido da mesma forma, ao colocar sob a custódia de Gil Paes a sua filha, a Infanta D. Isabel de Portugal, antes de se casar com Afonso, conde de Noronha e Gijon.


O painel

1375

O Painel de Gil Paes, obra do mestre Jorge Colaço, é um painel de azulejos de grandes dimensões, cerca de 7x 4m com um total de 2300 azulejos. Situado numa das ruas de acesso ao castelo – que receberá também o nome de Rua de Gil Pais –, uma ladeira entre dois níveis no centro da cidade: o castelo e o tabuleiro da praça central (Praça 5 de Outubro). É uma obra que pelas suas dimensões, e pela grande extensão do rodapé – que acompanha quase toda a rua – se percebe que pretende ser vista não só pelos que aí passam mas também pelos que passam no nível inferior do tabuleiro da praça. Todo o painel está envolto em efeitos visuais que lhe conferem um ar teatral de efeito cénico.

A força de Gil Paes na defesa da sua honra contrasta claramente, neste período conturbado da história portuguesa, com a atitude de outros nobres mas, sobretudo, com a atitude de D. Fernando. Anos mais tarde, os seus descendentes virão relembrar os bons serviços do seu antepassado e, hoje, Torres Novas celebra-o como um dos seus heróis. Assim, e assinalando uma vez mais o sacrifício deste herói torrejano, pretendeu-se recriar uma Feira Medieval para receber em festa o Rei D. Fernando, «o Belo», acompanhado de sua esposa, a Rainha D.ª Leonor Teles, ou «a Aleivosa», como pejorativamente a apelidava o povo.

No ano de 1375, e na sequência da grande destruição de que padeceram as muralhas da vila aquando da invasão castelhana, estavam ainda em curso as obras de reconstrução da Cerca, ordenadas pelo rei. Também nesse mesmo ano o rei dava posse ao novo alcaide-mor de Torres Novas, Gonçalo Vasques de Azevedo, evidenciando o papel glorioso do alcaide torrejano Gil Paes, que, dois anos antes, veria ser-lhe morto um filho às mãos dos castelhanos. Por fim, é também no ano de 1375 que D. Fernando I implementa a chamada Lei das Sesmarias, uma «reforma agrária» que visava o relançamento da produção agrícola no reino.

O episódio lendário da morte do filho do alcaide Gil Paes nas mãos das tropas castelhanas (1373) é o tema central deste painel da autoria do artista Jorge Colaço. Gil Paes e o seu filho ocupam o centro do painel, bem como a porta do castelo; o pai, no cimo da muralha, de pé, e o filho, em baixo, deitado, algemado, no chão. Eles são as figuras a destacar e Colaço, através deste efeito de ocupação dupla do centro, embora em planos diferentes, consegue dar-lhes a evidência desejada. Curiosamente, o facto de o pai ficar acima e o filho em baixo poderá, de certo modo, dar a entender esta questão da linha de hereditariedade vertical, pai e filho. Em primeiro plano, à direita, surgem as tropas castelhanas a cavalo e, à esquerda, um enorme instrumento de arremesso que faria catapultar a qualquer momento uma pedra contra as muralhas do castelo. À esquerda ao fundo consegue ver-se um grande número de homens envolvendo a muralha e que se estendem pelos arrabaldes da cidade. Dá-se, assim, a noção, encenada, de um cerco à cidade. É de notar o grande realismo com que Colaço representa este episódio: as vestes de todos os personagens e as bandeiras que ambas as partes envergam permitem-nos facilmente identificar quais são portugueses e quais os castelhanos; é impressionante o pormenor com que são pintados os elmos, os sapatos, os escudos, as roupas; os cavalos são desenhados com grande naturalismo, animais robustos com adornos diversos. O grande realismo desta obra faz crer que o pintor captou a cena no momento em que ela, de facto, estava a acontecer, como uma fotografia. Na Senda de Gil Paes . Feira medieval

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mapa do evento

Biblioteca Municipal

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Câmara Municipal

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Alcaidaria

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14 Hotel dos Cavaleiros

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Museu Municipal

12 Igreja da Misericórdia

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Igreja do Salvador

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Hotel de Torres Novas

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B Bilheteira

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E Entrada

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wc Casas de banho

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Posto de informação

L Loja oficial/organização

T Aluguer de trajes


Lugar do petiz Dedicados aos mais novos, os jogos e brincadeiras de outrora trazem ao castelo a emoção dos primeiros passos do pequeno guerreiro. Um espaço de recriação onde a boa disposição e o entretenimento estão sempre presentes.

áreas temáticas

Postigo da traição Uma vez mais, a derradeira passagem para o exterior das muralhas é um trilho obscuro e perigoso, onde são despejados os enfermos, desvalidos, órfãos e dementes. Um ambiente onde o medo, a violência e o contágio das piores maleitas de então eram uma constante.

A guarda do alcaide Com a missão de proteger o centro do poder no concelho, a guarda do alcaide vive e treina na praça do castelo, sempre preparada para qualquer agressão do exterior e para garantir a segurança dos aldeãos que se recolham à fortaleza.

Quinta das Histórias // Leonor e os gansos Simples mas sonhadora, Leonor é a menina que guarda patos. Ninguém sabe o seu passado, de onde vem, ou para onde vai. Mas há quem diga que entende a língua dos animais, que consegue falar com eles e que todos obedecem à sua vontade.

A vida quotidiana O povo medieval, não sendo abastado, vivia dia após dia dos seus ofícios e lavouras, sujeitando-se ao que conseguia produzir para sobreviver. Neste espaço, o visitante poderá encontrar e conviver com a modéstia de algumas famílias no seu quotidiano habitual.

// Rei Simão e rainha Olívia Todos no Reino estão muito desapontados pois nunca mais chega o grande dia. A verdade é que o rei Simão tem um sério problema e não sabe como o resolver antes de poder pedir a sua querida Olívia em casamento.

Aves de caça As aves de rapina foram sempre fiéis companheiras da nobreza nas suas caçadas, sendo criadas e treinadas para o efeito. Neste espaço, o visitante pode ter contacto com este tipo de aves, bem como aprender algumas curiosidades sobre os espécimes e ainda algumas técnicas de falcoaria.

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Liça

Mouraria

Rua da cruz

Num reino que se vinha expandindo à custa da guerra aos mouros, a presença destes era ainda habitual. Excluída da circunscrição da vila, do lado de fora da muralha, a mouraria é o testemunho sempre presente do legado islâmico entre cristãos. As suas cores, aromas e sabores, os seus pregões, fazem deste espaço um lugar exótico e sedutor, que nos traz notícias do norte de África.

Na área da Liça, os cavaleiros mais experimentados revelam como o equilíbrio e a destreza pode ditar a glória ou a queda no campo de batalha. Não sem perigo de vida, estes fidalgos faziam demonstrações de bravura num jogo de preparação para a guerra, perante a assistência das donzelas e, por vezes, do próprio monarca.

Praça de mercadores Apesar da seca e da falta de alimentos que se começava a sentir, o anúncio da vinda de D. Fernando e da rainha D. Leonor Teles à vila é o pretexto para que os mercadores da região acorram para fazer seu negócio. A perspetiva da presença de muitas dezenas de curiosos, aguça o pregão e multiplica o número de tendas e vendas que se montam na grande praça central.

Não se deixe enganar pelo nome… A «Cruz» é a de quem se arrisca a ficar por lá… No exterior do castelo e fora das muralhas da vila, este é um trilho proscrito, proibido, onde grassa o despudor e a malícia, em que apenas sobrevivem as almas corrompidas, sem lei nem vergonha.

Ludus Strategi No século xiii, Afonso X, o Sábio, rei de Castela, elabora um manuscrito sobre jogos de tabuleiro jogados na época. Os jogos eram vistos como uma forma de desafio intelectual e de desenvolvimento das estratégias militares.

Arqueiros d’El Rei Acampamento medieval de arqueiros onde se recriam aspectos da vida quotidiana desta época, através dos ofícios militares e civis da época, tais como o fabrico de flechas, cotas de malha, forja, fundição, tecelagem, fabrico de velas e ainda da cozinha medieval. As atividades de lazer também estão presentes, desde jogos e brincadeiras a pequenas disputas e torneios de arco, passando pelos divertimentos que, por vezes, resultam em rixas entre homens de armas e que frequentemente os levam a desembainhar as suas espadas.

Bodegas e tabernas A modéstia e a carência destes tempos obrigavam a uma cozinha criativa e esforçada, adaptada aos produtos locais e ao critério férreo do não desperdício. Eis a origem das inúmeras especificidades que enriquecem e de que hoje se orgulha a culinária portuguesa. Enchem-se as casas de pasto de novos aromas e sabores e todos são convidados a sentar-se à mesa.

Paço dos robertos Um espaço de lazer e interatividade onde os Robertos e Marionetas são os anfitriões.

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mo men tos Um conjunto de experiências e momentos inesquecíveis, que levam os visitantes a reviver e a conhecer melhor a história local e nacional

recriação histórica

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5 de junho . quinta-feira // 22h

Ronda do pregão Uma grande seca atingia o reino e a fome começava a generalizar-se. O anúncio da vinda d’el Rei dava, assim, um alento para que os povos acorressem à feira para vender o pouco que tinham e ouvir as novas do monarca. Num cortejo que começou no largo do Teatro Virgínia e percorreu a rua Alexandre Herculano até à praça 5 de Outubro, subindo depois a rua Gil Pais, soldados, músicos, dromedários, mercadores e artesãos, foram acolhidos pelo alcaide, Fernão Gomes da Silva, que lhes deu as boas-vindas: Senhores, viandeiros e peregrinos. Moradores d’além! Mestres, vendeiros e almocreves dos mais lugares deste reino. Caminheiros que em boa hora demandais a mui nobre vila de Torres Novas. É míngua esta nossa era… De chuvas, de centeio, de cevada… O pão nosso de cada dia escasseia e tem preço tal que mui grande é o dano em nossa fazenda. Que já não pode homem honrado viver sua vida na lei de Deus sem passar fome pera alimentar sua prole. Como se tal fora de somenos, e como se a peste não corroesse ainda nosso último alento de esperança, veio el-Rei de Castela causar grande destruição nesta vila há um par de anos. Sois, pelo tanto, uma grande bênção nestes lugares desolados. Um sinal de vida e de esperança. Vinde, pois! Deixai um pouco de vossa alegria, de vossa fartura. E cuidai de fazer bom preço. Sede justos e respeitosos pera com a míngua desta boa gente. Amanhã será connosco el-Rei D. Fernando e nossa senhora a Rainha D. Leonor Teles, que muita honra nos farão por vir à sua mui leal vila de Torres Novas, tolhida e destroçada por amor deles. Juntai-vos, pois, assentai arraiais e fazei vossa venda em paz e conforme os costumes de nossa lei. Bem-vindos sejais pois e que comece nossa feira.

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6 de junho . sexta-feira // 22h

O Belo e a Aleivosa Chegada dos reis Depois de passar o inverno no Alentejo, a corte demorava-se agora pelos Paços de Santarém, aproveitando para visitar as terras em redor. Tendo muito que ver em Torres Novas, D. Fernando e D. Leonor Teles, acompanhados da princesa Beatriz, chegam à vila que, dois anos antes, fora destruída por não se haver rendido a Castela. O cortejo, anunciado pelo som dos tambores que o encabeçavam, é composto pela guarda real, o porta-estandarte, soldados, o rei, a rainha, a ama, Gil Paes e fidalgos. Chegados à praça 5 de outubro, o alcaide dá as boas-vindas à comitiva:

Nosso Senhor el-Rei D. Fernando, saúdo Vossa Graça e a Nossa Senhora a Rainha D. Leonor Teles, que convosco é. Sede bem-vindo a esta vossa vila de Torres Novas e que nosso contentamento e subida honra de vos haver entre nós sejam manifestos o bastante, apesar de nossa míngua e pesar em nossos dias. É el-Rei bom sabedor dos tormentos em que foi posta nossa vila, polos muitos estragos que el-Rei de Castela por cá semeou, que de trigo e centeio não veio aquele cuidar. E que é escasso senhor. Essa ira de cão esfaimado, que investiu contra nossas muralhas, queimou nossos haveres, matou filhos queridos, mas não arreou vossas armas senhor. Por má sorte desse, que vos acompanha e viu sacrificada a sua semente mais preciosa: Gil Paes, cujo filho pendeu lá do alto daquelas ameias. Vossa obra é adiantada senhor, no reerguer destas muralhas, que derreadas foram. E lares reconstruídos e campos lavrados. Permiti, assim, que vos possa servir esta vossa vila uma vez mais, oferecendo-vos sua abastança de fé e pobreza de fazenda. Pois que nenhuma outra vos deu tanta e tamanha prova de lealdade e bom serviço.

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7 de junho . sábado // 17h30

A Lei das Sesmarias Em Torres Novas, terra de vasta agricultura, el-Rei aproveita para anunciar a nova lei que rege a lida do campo, ouvindo as petições e anseios dos homens da vila sobre as novas regras e outros assuntos prementes que ao povo interessa ouvir. O rei D. Fernando, ladeado pelo alcaide Fernão Gomes da Silva e por Gil Pais desceram a rua do Salvador, devidamente escoltados, até à praça 5 de Outubro, onde já se encontram o escrivão e o mestre de cerimónia, Gonçalo Peres. Foi feita a apresentação pública da Lei das Sesmarias e das suas regras, seguindo-se algumas petições de elementos do povo, como um ferreiro acompanhado por um jovem camponês, um casal dedicado à pecuária, duas mulheres cuja conduta foi considerada imoral e duvidosa, e até um noivo que aproveitou este momento para pedir a mão da sua amada em casamento.

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7 de junho . sábado // 18h30

Visita à obra da cerca Destruídas que foram as muralhas da vila, a mando do Rei de Castela, dois anos antes, D. Fernando aproveita para visitar o andamento da obra de reconstrução, acompanhado pelos seus responsáveis: o juiz de Santarém, Lourenço Pais, e mestre pedreiro, Estêvão Domingues. Após a saída da praça, a comitiva sobe a rua Gil Pais em direção à porta de Santa Maria, tendo observado a obra no Postigo do Vento, seguindo depois pela cerca até ao largo do Salvador. Regressaram depois até à Liça, terminando a visita num espetáculo de cavaleiros.

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7 de junho . s谩bado // 20h

palcos

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Mem贸rias da Hist贸ria 2014 . Em revista


7 de junho . sábado // 23h

Danças e tributos Depois da ceia, descem os reis e os alcaides até à grande praça. Aí foram presenteados com as homenagens e dançares do povo e da fidalguia.

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8 de junho . domingo // 18h

Homenagem a Gil Paes

Aproveitando a reunião da população ali presente, D. Fernando presta a sua pública homenagem ao corajoso Gil Paes, agradecendo o seu sacrifício pela coroa e confiando-lhe, em reconhecimento, a educação da jovem infanta D. Isabel.

Após a evocação do episódio do cerco ao castelo e do sacrifício do alcaide, D. Fernando demonstra a sua gratidão a Gil Paes: Não há gratidão que repare vossa perda, nem mercê que vos faça dessa guisa Senhor Alcaide. Mas, como prova do meu reconhecimento por vosso espírito honrado e mui sacrificada dedicação, faço-vos preito de homenagem, entregando a vosso cuidado e desvelo a criação da Infanta Dona Isabel, que breve será noiva do Senhor Conde de Gijon. Um filho por outro Senhor Alcaide… Bem assi como por mim vertestes a vida de vosso filho amado, entrego-vos minha filha, a Infanta, para que a façais mulher fidalga a exemplo de vossa lealdade e afeição. Honra e glória a Gil Paes!, disse o rei, a quem se uniram os soldados em uníssono bramindo as suas armas no ar. É a homenagem de Torres Novas ao seu herói Gil Paes, numa feira que lhe foi inteiramente dedicada.

5 de maio . sábado


8 de junho . domingo // 21h30

Cortejo de despedida Cumprido o dever de gratidão d’el-Rei para com a vila e o seu antigo alcaide, a corte parte de volta aos Paços de Santarém, onde continuará a sua visita pelas terras da rainha. Este é o momento de os visitantes se despedirem de todos os artistas, figurantes e voluntários que participaram ativamente na animação da feira, ovacionando-os e desejando um «até breve». O cortejo foi encabeçado pelo som dos tambores dos A Rua’Da, seguindo-se os soldados e as principais figuras históricas como o rei e a rainha. Logo atrás seguiam os participantes do baile, completando-se o cortejo com os grupos musicais, o povo, os mercadores, figurantes diversos, findado pelos personagens do Postigo da Traição e da rua da Cruz. A praça 5 de outubro encheu-se então de luz, de cor, de música e de dança para a despedida da feira medieval de 2014.

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animação permanente

Uma animação constante, com performances musicais e teatrais que fazem a contextualização histórica e criam o ambiente certo. Música e bailes, artesãos e cozinheiros, reis e mendigos marcam a experiência desta viagem ao Portugal do séc. xiv.

Gadilus Grupo composto por 4 elementos, com forte ligação a toda a cultura musical Medieval deixada na Europa.

Strella do Dia Grupo especializado em música alta medieval, onde a força telúrica das gaitas de foles e da percussão assumem um especial destaque. O seu reportório baseia-se em documentação musical com séculos de história.

Bobo da corte Thorsten Grutjen é o Bobo da Corte, dedicado ao malabarismo cómico e à manipulação de fogo e outros objetos. Vai encontrar diversas provocações, gargalhadas e improvisos em estreita comunicação com o público.

Bufarinheiros Vendilhões que apregoam e procuram vender as suas mezinhas, através de demonstrações gratuitas da eficácia de seus produtos e tratamentos medicinais, envolvendo o público de forma muito interativa.

Gambuzinos Os gambozinos são seres misteriosos do imaginário popular, usados para caçar os ingénuos. Deste modo, os «Gambuzinos» pretendem personificar essa característica divertida ou espertalhona, através da música e da dança.

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Oriental Ensemble Um mercador viajante monta acampamento para pernoitar, depois de uma longa jornada, sob o pôr do sol do Oriente e a aragem quente do deserto. Prepara a comida, o fogo e adormece, entrando então num sonho místico de música, cor, movimento e fogo que nos conduzem a mundos distantes repletos de magia e fantasia dos contos orientais.


Colibry Com uma alegria imensa, um som arrebatador e uma indumentária da época, eis que se apresentam os Colibry, um grupo de música medieval. Presenteiam todo o seu público com calor e animação.

Justas de São Pedro Os cavaleiros mais experimentados revelam como o equilíbrio e a destreza pode ditar a glória ou a queda no campo de batalha.

Goliardos Com um ritmo evoluído e festivo, apresentam um reportório de música da antiguidade europeia e tradicional, usando gaita de foles, a percussão e outros instrumentos medievais.

Trabuco Uma dupla de atores que improvisam e interagem com o público de uma forma direta e informal. Trazem com eles um veículo muito especial, «Trabuco», uma máquina de guerra que vai andar pelas ruas e que a qualquer momento se pode desmanchar!

A Rua’Da e Saltarellus

Espetáculos marcados pelo som dos tambores, pela cor e pela luz.

D. Florenceanes e o trono D. Florenceanes está prestes a subir ao trono, não tanto com ambições de poder e glória, mas mais com ganas de boa vida e que se danem as obrigações. Quando se apercebe que ser rei tem menos piada do que esperava, consulta um feiticeiro que como solução para o ajudar cria um segundo D. Florence para tratar de todos os trabalhos aborrecidos. Mas o conflito impera quando já ninguém os consegue distinguir! Conseguirá o verdadeiro D. Florence provar que não é o impostor e sair deste apuro? Um espetáculo bem apetrechado de humor, gargalhadas e boa disposição.

Demuus Eduardo Dias Martins Espetáculo único, onde pode desfrutar de uma autêntica relíquia: a música intemporalmente relaxante e emocionante da harpa celta. São executadas com perícia as mais belas músicas medievais e celtas, incorporando na perfeição os trejeitos verbais e comportamentais da época.

Remontam aos primórdios da história da humanidade lendas e histórias sobre monstros, espíritos, demónios, o bem e o mal, o divino e o profano. Numa breve abordagem a esses imaginários, a imaginação é conduzida para estes universos paralelos. Será que existem?... Será que não?... Vamos descobrir... Dois seres diabólicos!

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momentos para participar na história oficinas O alquimista Uma oficina de destilação de essências vegetais naturais, onde o visitante tem contacto com os materiais e artefactos de um laboratório de destilação, conhecendo de perto as formas de utilização e funcionamento de um alambique.

De arco e flecha O arco foi amplamente usado na época medieval e as flechas eram fabricadas aos milhares. As pontas eram forjadas pelos ferreiros que aqui são produzidas ao vivo na forja. A preparação das varas e o entalhe do nock (ranhura onde trabalha a corda do arco) são feitas utilizando técnicas medievais. As colagens das penas e da ponta são feitas com colas usadas na época medieval ficando a flecha pronta a utilizar. Este processo, integralmente explicado ao público, começa na mesa pedagógica com uma breve história do arco em batalha e uma descrição das diferentes pontas utilizadas e termina com uma demonstração de tiro.

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A Oficina de Lucette

Um convite a viver e a experimentar o quotidiano do século XIV em Torres Novas. Um conjunto de oficinas, exposições, conversas, leituras encenadas e documentários para conhecer e pensar a História de Portugal…

Ao sabor da pena

Arte de caçar com aves

Aqui o visitante descobre os segredos da caligrafia e da iluminura, conhecendo um pouco da História da Escrita: desde os mistérios do trabalho dos copistas, às técnicas ancestrais do fabrico das tintas e da preparação do pergaminho, dos cálamos e das penas. Com pena e tinta pode ainda experimentar o estilo caligráfico gótico rotundo.

Permite ter contacto com as aves, bem como aprender algumas curiosidades sobre os espécimes e ainda algumas técnicas de falcoaria.

Tem lugar a experimentação do tratamento da lã com uso da forquilha de cordão (lucette). Através da prática desta técnica amplamente utilizada em toda a Europa durante a época medieval, o visitante pode criar e ficar com a sua própria peça.

Atelier Gil Paes

A oficina do oleiro Partindo à descoberta dos instrumentos e artefactos do quotidiano rural de antigamente, são experimentados a roda de oleiro, contactar com as matérias-primas e produzir uma de pequena jarra/ copo com auxílio da roda.

Gil Paes em desenhos Ouvir a lenda de Gil Paes, observar a sua representação pictórica no grande painel de azulejos de Jorge Colaço e recriar, ao jeito de cada um, a estória e os seus protagonistas. Tintas, papéis e outros materiais: tudo serve para imaginar e dar forma às narrativas de castelos e guerreiros de outrora.

Memórias da História 2014 . Em revista

O armeiro de Gil Paes e o treino de esgrima medieval Os instrumentos de guerra foram evoluindo ao longo dos tempos. Mas qual a diferença entre uma adaga e uma espada? Quando se utilizava uma ou outra? Uma explicação das artes e instrumentos de guerra. A partir do treino básico de esgrima medieval são recrutados novos homens de armas, cujo domínio técnico culminará no juramento destes nobres escudeiros.

Os livros contam histórias e lendas que são guardadas pelo tempo em páginas escritas, para que sejam guardadas nas nossas memórias. As páginas amareladas pelo tempo, os livros empilhados nos alfarrabistas ganham uma nova vida neste atelier. Entre pinturas, recortes e colagens, constroem-se castelos, instrumentos de batalha, coroas e outros objetos relacionados com a época e a história de Torres Novas.

O artesão de velas Partindo da história da iluminação na época medieval, o artesão demonstra as técnicas medievais de fabrico de velas com cera de abelha. O visitante é convidado a experimentar a técnica da emersão do pavio e da cera vertida sobre o pavio.


exposições

Turres . Núcleo permanente de história do concelho de Torres Novas Peça-chave: um elmo medieval Se a estória de Gil Paes é lenda, certo é que a época medieval está repleta de feitos de guerreiros, batalhas ganhas e outras perdidas. O Museu Municipal Carlos Reis guarda no seu acervo um capacete de soldado do século xiii. Este vestígio da história militar medieval foi encontrado numa encosta do castelo de Torres Novas. Hoje este elmo de metal pode ser visto por todos, adultos e crianças, no núcleo Turres.

Costurando História Apresentação de trajes confecionados no âmbito da oficina de costura que decorreu durante o mês de maio.

Cortejo de pormenores medievais

Alvíssaras aos Petizes A chuva impediu a realização na data prevista (17h de sexta-feira) mas pelas 15 horas de sábado foram muitos os miúdos e graúdos que, aproveitando a tarde de sol, participaram no cortejo de pormenores medievais. O cortejo partiu da praça 5 de Outubro, seguiu até ao castelo onde os esperava o alcaide Gil Paes, que deu as boas-vindas com música, histórias, jogos, teatro, oficinas e animações com o Bobo da Corte. O interior do castelo encheu-se de brincadeiras e gargalhadas.

conversas | leituras encenadas

A Lenda de Gil Paes contada aos miúdos Leitura encenada da lenda de Gil Paes, adaptada a crianças, que são convidadas a fazer parte da contenda representada na lenda, numa brincadeira onde se esgrimiram argumentos de parte a parte.

Na Senda de Gil Paes . Feira medieval

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olhares

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Mem贸rias da Hist贸ria 2014 . Em revista


Na Senda de Gil Paes . Feira medieval

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opinião mercadores «O balanço do evento é excelente e tem vindo a melhorar bastante» «O balanço do evento é excelente e tem vindo a melhorar bastante. Esperamos poder continuar a contribuir para o sucesso e desenvolvimento desta feira, em que tanto nos apraz participar.» Menestrel | Taverna Antiqua: bebidas, petiscos e refeições ligeiras Tomar

«Feira com boa dimensão e boa oferta de produtos/serviços. O balanço foi negativo a nível financeiro, mas a feira foi bem organizada.» Reinare-Veritate Antiqua Caldas da Rainha

«Sendo a primeira vez que participo, fiquei agradavelmente surpreendida pela sua qualidade. Espero, portanto, voltar para o ano.» Lis & Ana | artesanato em cabedal e bijutarias Rebelva

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«Lugar muito lindo, feira bem organizada, muita animação e muitos visitantes.» Nadia Busato | jóias em arame de cobre Albufeira

«Acho que este evento tem melhorado gradualmente a nível de animação, espetáculos o que talvez se deva à publicidade feita.» Entrelinhas | brasões de família Figueira da Foz

«Evento importante para promoção do produto, com bom ambiente que retrata a época.»

«O balanço é positivo. Fizemos alguns contactos interessantes e demos a conhecer os nossos produtos.»

Bejekaseira - Irmandade da Cerveja | cerveja artesanal de fabrico próprio Sobral de Monte Agraço

Filipe Mendes Wines Unipessoal, Lda | vinhos e licores Torres Novas

«Fazemos um balanço positivo do evento. A equipa é empenhada e tem potencial para melhorar. De futuro sugerimos a realização de uma reunião tripartida entre o Município, a Turrisespaços e os expositores para debater a feira e fazer críticas construtivas para melhorar as próximas edições. Seria também interessante fazer um circuito obrigatório de visita para que as pessoas não se cruzem tanto.» Clube de Campismo Torrejano | taberna | Torres Novas

«Adoramos a organização da feira, a higiene e a segurança» «Agradecemos à organização pelo apoio e pela ajuda e interesse em manter-nos contentes com esta participação. Adoramos a organização da feira, a higiene e a segurança.» Artzat | artesanato em couro e bijutaria Charneca da Caparica


«Foi bom ver tantas pessoas por Torres Novas!» Alexandre Fernandes, Torres Novas

«A minha opinião é extremamente positiva. Acho que estava tudo bem distribuído pelo espaço, havendo as mais diversas atrações que impossibilitavam a monotonia. Não tenho nenhuma crítica a apontar. Foi bom ver tantas pessoas por Torres Novas!»

«Continua a ser um evento ao qual vale a pena comparecer» Cristina Silva, Lisboa

«Comparando com a feira medieval de 2013, achei esta um pouco mais pobre, com menos bancas e até menos “atrações de rua”. Mas continua a ser um evento ao qual vale a pena comparecer. Não estava tanta gente como em anos anteriores no dia em que visitei, o que facilitou a movimentação pelos diferentes espaços. No geral, gostei bastante da visita.»

«O balanço que faço é muito positivo» Luís Rocha, Coimbra

«Depois de ter visitado pela primeira vez a feira medieval de Torres Novas, o balanço que faço é muito positivo. Foi muito agradável entrar no centro histórico e ser transportado para o passado. Conhecer momentos importantes da história da cidade num ambiente medieval muito bem recri ado e com muitos pontos de interesse para miúdos e graúdos. Parabéns à organização pelo enorme sucesso, bem espelhado nas multidões que ao longo dos vários dias deram uma vida diferente à cidade.»

visitantes «Excelente organização digna de uma menção de louvor» Ana Sofia Gomes, Coimbra

«Nascida e criada no concelho de Torres Novas, foi um acaso do destino sair de Coimbra rumo à feira medieval pela primeira vez. Foi uma enorme surpresa encontrar espaços que tão bem conheço transformados, recriando memórias da história. Excelente organização digna de uma menção de louvor.»

«Vim pela primeira vez à feira medieval de Torres Novas e devo dizer que gostei bastante! Foi uma ótima forma de ficar a conhecer toda a zona envolvente do castelo e diverti-me bastante a cada passo dado. Entre as barraquinhas com artesanato, a sangria de frutos vermelhos (deliciosa), a música que entoava por toda a feira e a simpatia dos participantes que encarnaram com todo o empenho os seus personagens, posso dizer que a feira foi um sucesso! Em jeito de aparte, gostaria de ressalvar a prestação do tocador de harpa... Tive pena de não poder ouvi-lo mais tempo, mas gostei imenso de ver tanta gente a apreciar o talento do jovem! Excelente profissional, parabéns! E parabéns à organização. Com certeza voltarei no próximo ano!»

«E parabéns à organização. Com certeza voltarei no próximo ano!» Marisa Lopes, Porto

Na Senda de Gil Paes . Feira medieval

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«Este é um evento muito importante para o centro histórico»

Sofia Branco | A Lojinha (mercearia) | Rua de Nun’Alvares

«Este é um evento muito importante para o centro histórico e que, a julgar pela afluência deste ano, deve continuar a ser realizado anualmente. Teve muitos visitantes, veio muita gente de fora do concelho. Durante os dias da feira fiz um horário alargado, até para dar a conhecer o estabelecimento, porque abri recentemente. Penso que esse é o nosso dever enquanto lojistas – estar de portas abertas ao longo do evento – até como forma de retribuição pelo esforço que o Município faz ao organizar a feira medieval.»

comerciantes do centro histórico 30

Memórias da História 2014 . Em revista

«De futuro, dever-se-ia alargar o perímetro da feira»

«Seria importante alargar a animação a algumas ruas e descentralizar os cortejos»

Carla Freire | Espaço Sophia | Rua Miguel Bombarda

Sandra Neves | Look’s (vestuário) Rua Alexandre Herculano

«A nível do comércio aqui na rua a feira não teve grande impacto. Não se vê movimento. Penso que, de futuro, dever-se-ia alargar o perímetro da feira, cortando o trânsito no centro histórico, enfeitando mais a cidade, envolvendo mais os comerciantes. Se ruas como a Alexandre Herculano e a Miguel Bombarda integrassem o recinto da feira, poderíamos receber mais gente, melhorar a circulação dos visitantes e desenvolver mais atividades que atraíssem as pessoas a mais espaços.»

«Tivemos a loja aberta mas a nossa dedicação não deu frutos a nível de vendas nem de movimento. Nas próximas edições seria importante alargar a animação a algumas ruas e descentralizar os cortejos, para trazer gente.»


75 000 visitantes

Proveniência dos Visitantes: » 47,9% residem no concelho de Torres Novas » os restantes 52,1% vieram sobretudo do Entroncamento (12,29%), da Grande Lisboa (6,44%), Tomar (4,57 %) e de outros concelhos próximos mas também de distritos mais longínquos, inclusive, turistas estrangeiros.

176 artistas

6830

participantes nas oficinas e atividades

182

dias de preparação

105

mercadores

360

voluntários

24

companhias

números

(número estimado)



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