Em Revista - O Dote da Princesa 2012

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ficha técnica | evento Organização Direcção João Aidos Conteúdos Carlos Carreira Coordenação administrativa e financeira Margarida Alcobia Coordenação geral | produção Carlos Ferreira

Consultoria (programação, encenação e ambientação) MagicEvents: José Pina, Rui Sousa, Paulo Leite e Tiago Faustino

Produção e logística Recriações históricas MagicEvents: Paulo Leite Baile renascentista Maurizio Padovan Produção espetáculos Hugo Santos e MagicEvents: Tiago Faustino Voluntariado e serviço educativo Helena Cabeleira Jogos tradicionais André Sousa, Ana Lopes e Alexandra Menezes Guarda-roupa Ana Cunha Mercadores/postos de informação António Ferreira Bilheteiras Cláudia Hortêncio Entradas Telma Martinho Proteção civil | plano de segurança Francisco Paiva Coordenação do trânsito António Faria Limpeza e higiene do espaço José Blaser Jardins e regulação dos sistemas de rega Elsa Marques Som ambiente Miguel Espadeiro

Técnica Coordenação técnica/logística e segurança Carlos Roseiro Apoio técnico João Vidal, José Fontinha, Hélder Peres e MagicEvents: Rui Sousa Sonoplasta Miguel Clara Luminotécnico João Raimundo Estruturas e equipamentos de apoio Sérgio Rosa

Actividades paralelas Biblioteca e museu Luís Dias

Comunicação Comunicação e imprensa Sandra Alexandre Design Cátia Canhão Ilustração Hélder Dias

Fotografia e vídeo CMTN Álvaro Mendes e Liliana Oliveira CEPTON - IPT Regeneração Urbana (coordenação Júlio Silva)

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Memórias da História 2012 . Em revista

Ficha técnica Em revista – «O dote da princesa» Ano 2013 Propriedade Câmara Municipal de Torres Novas Direcção António Manuel Oliveira Rodrigues Presidente da Câmara Municipal de Torres Novas Edição Município de Torres Novas Textos Liliana Oliveira – Comunicação e Imagem | CMTN Texto de contextualização histórica Carlos Carreira – Gabinete de Apoio à Presidência | CMTN Revisão de textos Ana Marques, Margarida Moleiro – Gabinete de Estudos e Planeamento Editorial | CMTN

Fotografia Álvaro Mendes, Liliana Oliveira – Comunicação e Imagem | CMTN Júlio Silva – CEPTON - IPT | Regeneração Urbana Torres Novas Grafismo Sofia Ferreira – Comunicação e Imagem | CMTN Edição digital ©Município de Torres Novas, 2013


índice editorial 04 contextualização histórica 06 olhares 08 momentos 10 atividades 20 palcos 22 artistas 24 lugares 26 números 28

opiniões 29

O Dote da Princesa . Feira Quinhentista

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editorial Pelo terceiro ano consecutivo Torres Novas vestiu-se à época para quem a quis visitar e viver “à moda de quinhentos”. Entre os dias 3 a 6 de maio de 2012, o centro histórico recuou uma vez mais no tempo, em mais uma feira de época que, à semelhança da sua primeira edição, em 2010, foi dedicada ao período quinhentista, mais propriamente às Cortes de 1525. Para além da recriação de grandes personagens da nossa história, como D. João III, D.ª Catarina de Áustria ou a Infanta D.ª Isabel, centenas de artistas e figurantes contribuíram, ao longo dos quatro dias do evento, para o rigor e o dinamismo desta feira que vem sendo considerada já como uma das mais esforçadas e meritórias do país. Um resultado que não seria possível atingir sem a ampla participação de uma comunidade cada vez mais íntima deste momento, que o vive e acolhe como o ponto alto da programação cultural do município. “O Dote da Princesa” marca o fim da comparticipação comunitária das Memórias da História. Um apoio no âmbito do programa de ação Regeneração Urbana do Centro Histórico de Torres Novas, que proporcionou o arranque e a consolidação de um evento com esta magnitude, mas que deixa agora ao município e à comunidade o desafio e a oportunidade de fazer perdurar e crescer no tempo este evento que constitui uma ocasião privilegiada para a promoção turística do concelho e suas inúmeras potencialidades. Há que agarrar esse desafio, rentabilizar essa oportunidade, e fazer da feira de Torres Novas um momento nacional de excelência que a todos nos orgulhe. É esse desafio que fica lançado para 2013, com a proposta de se elevar as Memórias da História à principal festa de verão promovida pelo Município de Torres Novas. Em tempos de crise e constrangimentos financeiros vários que vive o país, e a que os municípios não são exceção, este esforço continuará a ser feito pela Câmara Municipal de Torres Novas, na perspetiva de um investimento público assumido, mas não se podendo deixar de recorrer também a uma cobrança de ingressos que minimize o investimento e concorra para a desejada sustentabilidade do evento. Só assim será possível manter esta festa viva e em crescendo, sinalizando o que de melhor se faz e produz no concelho, projetando-o cada vez mais longe. Fica o desafio. Agarre-se a oportunidade. António Manuel Oliveira Rodrigues Presidente da Câmara Municipal de Torres Novas



A conjuntura A morte súbita de D. Manuel I, em 1521, surge num momento em que o rei “Venturoso” parecia ainda ter uma mão cheia de sonhos e projetos a pôr em prática. Detentor de um império que não parava de crescer a oriente, crê com veemência nas informações que lhe chegam de que, finalmente, era descoberto o lendário reino do Preste João. Com o anúncio da possível aliança com um reino cristão a sul da África muçulmana (onde hoje se situa a Etiópia), D. Manuel esperava obter a união dos reinos cristãos da Europa em torno da ideia de uma nova cruzada de libertação à Terra Santa. Morre quando se prepara para anunciar a descoberta do Preste. Sucede-lhe o filho, agora rei, D. João III. Ascende ao trono com apenas 19 anos de idade, embora orientado já para uma política muito própria e divergente da de seu pai no que toca ao império. Desde muito cedo o príncipe se fez rodear de elementos que, no reino, veiculavam posições diferentes da coroa. A soma sucessiva de territórios a oriente, a dificuldade e os custos de manter intactas as possessões no norte de África, os ataques que se começavam a suceder às embarcações portuguesas, por piratas a soldo de outros reis europeus, era matéria que fortalecia uma fação que olhava a navegação com outra prudência e que, desde logo, foi influenciando D. João. Na verdade, a realidade geopolítica estava em franca mutação. Portugal não era já o único conhecedor dos preceitos e segredos da navegação. Por outro lado, os acordos de Tordesilhas, que 27 anos antes sancionavam a hegemonia de Portugal e Castela no domínio dos mares, não eram já o bastante para manter os outros reinos cristãos afastados das rotas marítimas e do direito de fazer comércio sem a mediação onerosa da burguesia ou da coroa portuguesa. A intensificação da pirataria era, disso, um sintoma claro. D. João III sentiu essa fatalidade. Portugal não tinha dimensão humana para se estender pelo mundo continuando a aspirar exclusividades. Simplesmente porque a exclusividade não exigiria menos que uma ocupação militar efetiva das possessões e o reino estava longe de o poder fazer. Para além de que, em caso de confronto com uma qualquer potência europeia, Portugal não estaria em condições de lutar de igual para igual. Assim, a manutenção de uma política de neutralidade, junto dos outros reinos europeus, continuava a ser uma prioridade absoluta para a coroa portuguesa.

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Na relação com Castela Não tardaria muito para que a capacidade diplomática do jovem rei fosse posta à prova. De D. Manuel I, D. João trazia a firme resolução de casar a sua irmã, a infanta D.ª Isabel, com o novo monarca do reino vizinho. Uma aliança com Carlos V, Rei de Castela e Aragão, Imperador do Sacro Império Romano-Germânico, asseguraria a paz duradoura entre os dois reinos, salvaguardando os interesses de Portugal além-mar no novo xadrez político que se adivinhava para a Europa. Mas, exatamente pela inadequação dos antigos acordos à realidade de então (Tratado de Tordesilhas – 1494), surgia um grave conflito diplomático entre os dois reinos ibéricos, contrário à desejada neutralidade. Em 1519, partia de Sevilha uma armada, ao serviço da coroa castelhana, comandada pelo português Fernão de Magalhães. O seu objetivo era o de comprovar o acesso à Índia por ocidente, evitando assim cruzar as rotas reservadas aos portugueses. Apesar de Magalhães ter morrido no decorrer da viagem, um dos navios da sua armada conseguiu circum-navegar o globo, aportando em Sevilha com um importante carregamento de especiarias oriundas das Ilhas Molucas. Ao sabêlo, o rei português contestou o feito junto de Carlos V, reclamando o carregamento desse navio com o argumento de que as ilhas em causa estariam na circunscrição portuguesa, definida em Tordesilhas. Carlos V contestou essa reivindicação, pondo em causa as medições alegadas pelos portugueses. Certo, é que a faustosa embaixada portuguesa que então se deslocava a Castela para negociar o tão desejado matrimónio, ficou sem efeito, ensombrada pelo desacordo entre os dois monarcas. Só em 1529, com o Tratado de Saragoça, a situação ficaria definitivamente resolvida, com o reconhecimento das prerrogativas de Portugal. No entretanto, a aliança matrimonial acabaria mesmo por ser consumada. Na verdade, também a Carlos V convinha a aliança Ibérica, uma vez que ao jovem rei não

terá bastado o facto de ser neto dos Reis Católicos (D.ª Isabel e D. Fernando) para a ver a sua pronta aceitação em Espanha. O seu pai, Filipe, o Belo, morre repentinamente em 1506, o que agrava o estado de demência da rainha D.ª Joana (ficaria na História como Joana, “a Louca”). O estado psicológico da rainha não permitiu que educasse os seus filhos, pelo que Carlos, à semelhança de quase todos os seus irmãos, passou a infância e a adolescência na Flandres, onde foi educado longe dos usos da corte castelhana, fazendo de si um estrangeiro com afinidades a outro tipo de Europa que não a hispânica. Assim, ao ser coroado, em 1516, a rejeição do novo rei pela população chegou ao ponto de provocar graves convulsões sociais em Espanha. Por tudo isto, uma aliança ibérica, através do casamento com uma infanta portuguesa, seria um importante passo no processo de hispanização do jovem imperador Carlos V. Da parte de D. João III, clarificava-se uma vontade sincera na aproximação dos dois reinos, dispondo-se a celebrar o seu próprio casamento com a Infanta D.ª Catarina de Áustria, nada mais nada menos que a irmã mais nova de Carlos V. Ficava, pois, do lado do monarca espanhol o passo seguinte… Ainda assim, e apesar desta aliança poder minimizar também o conflito com Portugal sobre as Ilhas Molucas, Carlos V condiciona a celebração do contrato ao pagamento de um dote particularmente expressivo, pelo casamento com a infanta portuguesa. E D. João III pouco hesitará. Não obstante a degradação acelerada da situação financeira do reino, que já então se verificava, D. João III contrai empréstimos no estrangeiro para custear parte do dote exigido. Como se não bastasse, vê-se obrigado a reservar parte do esforço financeiro para as populações, sobre as quais pretende aplicar um imposto específico destinado ao dote de D.ª Isabel. Esse imposto só poderá ser aplicado depois de votado favoravelmente, em Cortes, pelos procuradores dos concelhos.


contextualização histórica As Cortes de 1525: Toledo e Torres Novas

Pareceu a el-rei festejar este dia com sarau real e o seguinte com banquete, pera que foram convidados os embaixadores. O sarau se começou sentando-se el-rei e a rainha debaixo do docel em almofadas de brocado, com a imperatriz entre ambos. Dançou a rainha com a imperatriz, el-rei com D. Ana de Távora e os infantes D. Luís e D. Fernando com as damas da rainha; e foi a festa de tanta majestade que não teve fim menos das duas horas despois da meia noite. O jantar foi com a mesma e maior pompa. Sentou-se el-rei à mesa e junto dele o cardeal, logo os infantes D. Luís e D. Fernando e após eles monsior de la Chaux e no topo João de Estúnhiga. (SOUSA, 1938, 204)

Posto isto, duas Cortes têm então início. Toledo recebe os estados de toda a Espanha, onde se decidirá do casamento de Carlos V. Por seu lado, em Portugal, D. João III planeia para Tomar aquelas que seriam as primeiras Cortes do seu reinado. Ato com um simbolismo particular, uma vez que era, ele próprio, o administrador da Ordem de Cristo, com sede naquela vila. Contudo, e à semelhança do que acontecera já nas Cortes de 1438, um forte surto epidémico, que se estende a Tomar, obriga a Corte a deslocar-se para Torres Novas, onde os ares permanecem mais sadios. As Cortes abrem a 15 de setembro, na Igreja de São Pedro, ficando a oração inaugural a cargo do humanista e matemático Francisco de Melo. Decorrido cerca de um mês de trabalho, e entre os mais diversos pedidos ao rei, as Cortes acabariam por aceitar, embora com relutância, o imposto especial para o dote, o que significaria uma sobrecarga fiscal de 150 mil cruzados, a cobrar em dois anos. Em simultâneo, as Cortes de Toledo aprovavam o casamento do imperador com a infanta portuguesa, motivadas muito particularmente pelos valores do contrato, mas também pela alegada beleza da infanta, que era ainda fluente no castelhano. Assim, decorrendo ainda as Cortes de Torres Novas, entravam nesta vila os embaixadores nomeados por Carlos V, portadores da procuração para o casamento: Carlos

Popet, Senhor de La Chaulx, camareiro e membro do Conselho de Carlos V, e Juan de Zúñiga, cavaleiro da Ordem de Santiago. Por seu lado, D. João III nomeava seus procuradores D. António de Noronha, escrivão da puridade, e Pêro Correia, do seu Conselho. A 17 de outubro concluía-se o contrato, no qual o rei de Portugal se compromete a pagar um dote de 900 mil cruzados a Carlos V. Negociados os termos do contrato, e encontrando-se nas chamadas «Casas da Rainha» (junto à antiga capela dos Anjos) na companhia da infanta D.ª Isabel, era lido o contrato a D. João III, para que fizesse o seu juramento. Jurou então, sobre os Evangelhos e a cruz, o cumprimento integral das cláusulas acertadas. Igual procedimento teve a infanta, bem como os procuradores do imperador, jurando sobre os Evangelhos, nas mãos do Bispo de Lamego, capelão-mor do rei. O matrimónio ficaria, então, apenas dependente da dispensa papal, dado o grau de parentesco dos nubentes, que eram primos direitos. Concluídas as Cortes, e celebrado o contrato de casamento, D. João III decide deslocar toda a corte para Almeirim, por ser «lugar mais acomodado de paços reais e largueza, pera se fazer a cerimónia que faltava do desposório». Aí, a 1 de novembro, teria lugar o casamento entre D.ª Isabel e Carlos V, ainda que por procuração, sem a presença do noivo, com festa e ritual de beija-mão.

Destas Cortes de Torres Novas, destaca-se ainda o recrudescer do ódio para com judeus e cristãosnovos. Particularmente no exercício da medicina. Muitos físicos e boticários eram judeus convertidos, aos quais se assacavam crimes, alegando que faziam uso da sua ciência para espalhar epidemias e matar os cristãos. Foram várias as queixas apresentadas a D. João III em Torres Novas. Queixas que acabariam por ser atendidas, dando origem ao subsequente pedido da vinda da Inquisição, por parte do próprio rei, junto do Papa.

Fontes: _ ANDRADA, Francisco de, 1976, Crónica de D. João III, introdução e revisão de Manuel Lopes de Almeida, Porto, Lello & Irmão _ BUESCU, Ana Isabel, D. João III, Rio de Mouro, Circulo de Leitores, col. Reis de Portugal, 2006 _ Capitolos de Cortes. E Leys Que Se sobre Algûus Delles Fezeram, 1539, Lisboa, Germão Galharde _ COSTA, João Paulo Oliveira e, D. Manuel I, Rio de Mouro, Circulo de Leitores, col. Reis de Portugal, 2006 - GÓIS, Damião de, 1949-55, Crónica do Felicíssimo Rei D. Manuel, nova edição conforme a primeira de 1566, 4 vols., Coimbra, Universidade de Coimbra _ GONÇALVES, Artur, Tôrres Novas, Subsídios para a sua História, Torres Novas, CMTN, 1935 _ SOUSA, Frei Luís de, 1938-54, Anais de D. João III, 2 vols., prefácio e notas de Manuel Rodrigues Lapa, Lisboa, Sá da Costa

O Dote da Princesa . Feira Quinhentista

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olhares



3 de maio . quinta-feira

Ronda do pregão 22h . Percurso // Teatro Virgínia » Rua Alexandre Herculano » Praça 5 de Outubro

Aproveitando o ajuntamento das Cortes, os mercadores correm à vila para fazer suas vendas e saber das novas. São às centenas e trazem cousas raras e preciosas. O povo enche a grande praça para ver e comprar, enquanto a caravana se instala e é recebida pelo alcaide.

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4 de maio . sexta-feira

Cortejo de pormenores desfile das escolas 16h . Percurso // Teatro Virgínia » Rua Alexandre Herculano » Praça 5 de Outubro e Jardim das Rosas » Avenida » Praça 5 de Outubro

Cerca de 800 alunos e professores vestem-se à época e desfilam pelas ruas do centro histórico, rumo ao coração da cidade, envergando adereços de inspiração quinhentista, confecionados na sala de aula ou em casa. Uma animação que ficará para a história!

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4 de maio . sexta-feira

El Rei e os 3 estados 22h . Percurso // Rua Miguel Bombarda » Largo da Botica » Praça 5 de Outubro

D. João III prepara-se para as suas primeiras Cortes. Jovem, mas decidido, o rei não perde tempo e chega a Torres Novas junto com seus fidalgos e demais nobreza, mais a clerezia e os representantes dos concelhos do reino. A Igreja de São Pedro foi o local que acolheu a reunião, na qual se ouviram as diversas petições feitas ao monarca.

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5 de maio . sábado

Cortejo de pormenores desfile de famílias e amigos 16h. Teatro Virgínia » Rua Alexandre Herculano » Praça 5 de Outubro Famílias e amigos são convidados a desfilar pelas ruas do centro histórico com os seus trajes e acessórios de época. Venha empunhar uma espada, entrançar o cabelo, ser um rei ou um mendigo por um dia!

O Dote da Princesa . Feira Quinhentista

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Chegada da Princesa e da Rainha 18h . Escola Prática de Polícia » Av. Dr. João Martins de Azevedo » Ponte do Raro » Largo da Botica » Praça 5 de Outubro

Aprovado que está o imposto especial para custear o dote do seu casamento, D.ª Isabel, Infanta de Portugal, chega a Torres Novas para tomar parte no contrato a celebrar. Acompanha-a a rainha, sua cunhada, D.ª Catarina de Áustria, e restantes membros da corte. El-Rei junta-se-lhes no extremo da vila, acompanhando-as na chegada à grande praça.

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Memórias da História 2012 . Em revista


5 de maio . sábado

Festa na Corte

Banquete real 20h . Alcaidaria do castelo O alcaide, pelo grande privilégio e subida honra de haver, na vila de Torres Novas, a família real em seu castelo, dá um grande banquete em honra da infanta e preito de homenagem a el-Rei.

O Dote da Princesa . Feira Quinhentista

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Festa na Corte

Sarau/baile 23h . Praça 5 de Outubro

Findo o banquete, a corte deseja presentear a infanta e a rainha com momentos de folgar e diversão. Mais uma vez, abre-se a grande praça para acolher os pares e dar início ao baile.

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5 de maio . sábado


6 de maio . domingo

Embaixada de Castela 16h30 . Escola Prática de Polícia » Av. Dr. João Martins de Azevedo » Ponte do Raro » Largo da Botica » Praça 5 de Outubro De Toledo, onde estavam reunidas as Cortes castelhanas, chegam os procuradores de Carlos V, mandatados para celebrar o contrato de casamento com D.ª Isabel. Carlos Popet e Juan de Zúñiga são recebidos pelo alcaide que os conduz até ao castelo, à presença de D. João III. O Dote da Princesa . Feira Quinhentista

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6 de maio . domingo

Juramento do contrato 18h . Praça 5 de Outubro Acordadas as premissas do contrato, juram as partes cumprir tudo quanto ficara escrito. Às mãos do Bispo de Lamego, jura sobre a Bíblia el-Rei. D. João III, a Infanta D.ª Isabel e os embaixadores de Castela.

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Memórias da História 2012 . Em revista


Grande cortejo de despedida 21h30 . Rua da Câmara Municipal » Rua Gil Paes » Praça 5 de Outubro » Largo da Botica » Igreja de Santiago

Jurado o contrato, concluídas as Cortes, dá el-Rei ordens para que a corte se desloque a Almeirim, onde se realizará a cerimónia do desposório. Daí, a, agora, Imperatriz Isabel, aguardará a sua saída para Castela, onde a espera Carlos V.

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actividades paralelas

2 de maio . quarta-feira

Conferência da Fontinha

D. João III: uma história de governação sala polivalente da BMGPL

A professora doutora Ana Isabel Buescu, especialista e biógrafa do soberano, foi a oradora convidada para traçar um retrato de Portugal no século xvi, com particular incidência sobre as Cortes de Torres Novas.

A sessão iniciou-se com uma breve contextualização histórica do período que antecede a subida ao trono de D. João III. «O rei venturoso – D. Manuel – morre em dezembro de 1521. O seu reinado representara a transição entre a Idade Média e o que podemos chamar de “globalização”. D. Manuel é o rei que protagoniza e opera a descompartimentação do mundo, no século xvi», destacou Ana Isabel Buescu. Por esta altura, Lisboa era uma cidade cosmopolita, comercial, quase multicultural, onde chegam mercadorias até então desconhecidas e classificada por Damião de Góis como «a rainha do oceano». E Portugal, por seu turno, era um país periférico que consegue impor uma imagem externa devido à sua experiência marítima. D. João III, filho de D. Manuel e de D. Maria de Aragão e Castela, ascende ao trono após a morte do seu pai, em dezembro de 1521, num contexto de seca severa em todo o país e num ano marcado

actividades permanentes 20

Memórias da História 2012 . Em revista

por um surto de peste (causa da morte de D. Manuel, obrigando a corte a sair de Lisboa), pela fome e pelo tremor de terra que destruiu totalmente Vila Franca do Campo, nos Açores. A ascensão ao trono de D. João III é marcada por um contexto depressivo, de crise profunda e com fortes condicionantes. Em primeiro lugar as heranças: D. João III tinha a cargo a governação de um império geograficamente muito disperso e longínquo, a necessidade de casar para dar continuidade à dinastia e uma família a seu cargo. No seu testamento, D. Manuel I incumbira também D. João III de acabar de «negociar» o casamento da sua irmã D. Isabel, com o imperador Carlos V. Também a existência de uma realeza «itinerante» funcionava como um condicionalismo, mas esta situação devia-se a fatores como as deslocações sazonais, o acompanhamento de obras de ordem régia, peregrinações a lugares de devoção ou

ainda à importância da visão do rei para a coesão do reino. E é neste contexto de itinerância que se realizam, em 1525, as primeiras cortes do reinado de D. João III, precisamente em Torres Novas, uma vez que Tomar, local inicialmente escolhido, tinha sido assolado pela peste. Os três estados reuniram-se na igreja de São Pedro entre 15 de setembro e 21 de outubro de 1521 para votar o dote do casamento da infanta D. Isabel com Carlos de Gand (Carlos V, imperador da Alemanha, e Carlos I de Espanha), um dote que «excedeu as forças do reino». O casamento realizar-se-ia pouco tempo depois no Paço de Almeirim, um local de predileção da realeza quinhentista.

Arco do Vento

Castelo

Scriptorium

Atelier de Costura

As técnicas e engenhos disponíveis na arte da escrita foram apresentados de forma pedagógica aos visitantes que puderam escrever a sua mensagem e colocá-la no mural de opiniões ou levá-la para casa como uma simples recordação.

No recato da família e no trabalho diário e persistente da construção do lar, as mulheres aperfeiçoam o mester da preparação do vestuário. As roupas são preparadas manualmente, com ligeireza e toque de habilidade.


Momentos para participar na História _Oficinas têxteis tinturaria, feltragem e tecelagem Explorar técnicas de tinturaria com plantas, algumas muito abundantes na nossa região; feltrar lã de ovelha ou tecer um pouco de tecido num tear rústico.

_Visitas guiadas às principais áreas temáticas Souvenir da forja 27 de abril/27 de maio exposição . Museu Municipal Carlos Reis

800 anos de confrarias em Torres Novas Esteve patente no espaço de exposições temporárias esta iniciativa, um testemunho de oito séculos, onde se divulgam múltiplas fontes históricas que reconstituem cenários da historiografia local. 30 de abril a 4 de maio . oficina . BMGPL e escolas

Em busca da nossa história

D. João III, o piedoso: uma história de governação

A histórica do monarca e das incidências do seu reinado contada de forma lúdica e pedagógica a crianças do 1.º ciclo. 2 e 3 de maio . oficina . BMGPL

As gentes e as vozes em Martim Regos Uma oficina de interpretação do vocabulário e da imagética dos gentios do mundo português.

3 e 4 de maio . BMGLP

Os visitantes puderam aprender com o ferreiro a criar o seu próprio souvenir.

Documentário

D. João III, o piedoso A história de vida do monarca e os momentos mais marcantes do seu reinado. Direção de Joaquim Veríssimo Serrão (Coleção Reis de Portugal).

_Contadores de histórias Em horários e locais definidos, o visitante pôde encontrar um personagem que contou uma história, onde a magia das palavras se associou à componente lúdico-pedagógica.

_De Arte Venandi cum Avibus

A arte de caçar com aves

4 a 6 de maio . Torres do Castelo

As estrelas da princesa Observações astronómicas nos idos de Copérnico e Galileu. A observação do céu noturno torrejano, com recurso a telescópios, nos idos de Copérnico e Galileu, no âmbito do projeto «Apagar as luzes e acender as estrelas». Org.: BMGPL, Escola Secundária de Maria Lamas e NUCLIO (Núcleo interativo de astronomia)

6 de maio . Castelo

Missa Campal Eucaristia celebrada ao ar livre, na praça interior do Castelo, pelo Padre Aníbal Vieira, com a participação do Choral Phydellius.

Museu Municipal Carlos Reis

Elmos, utensílios e artefactos Oficina promovida pelo Museu Municipal Carlos Reis tendo por objetivo a construção de um elmo a partir da técnica do origami.

Contacto com aves de rapina, aprendizagem de curiosidades sobre os espécimes e algumas técnicas de falcoaria.

_Um dia na mourama Todos os dias, uma família (entre 3 a 4 pessoas) teve a possibilidade de trajar e viver segundo a cultura moura.

_Ao serviço d’El Rei Possibilidade de trajar e viver segundo o quotidiano militar, desde o treino militar e respetivas patrulhas ao tratamento de animais, preparação de refeições ou mesmo o fabrico e reparação de armas e vestes.

_Almoço/jantar no acampamento _Workshops

d’O Jardim dos Bonecreiros

Os participantes puderam ter contacto a construção e manipulação de marionetas. Arco do Vento

Mesa de armas pedagógica

Visitas guiadas à igreja de São Pedro

Templo que remonta ao séc. xiv e Os instrumentos de guerra foram evorecentemente reabilitado, foi o palco luindo ao longo dos tempos. Mas qual a das cortes de 1525. Durante a feira, a diferença entre uma adaga e uma espaigreja esteve aberta ao público e acoda? Quando se utilizava uma ou outra? lheu a exposição «As cortes em Portugal Uma explicação das artes e instrumentos de guerra. – a memória dentro da História». O Dote da Princesa . Feira Quinhentista 21


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Mem贸rias da Hist贸ria 2012 . Em revista


palcos O recinto da feira tem crescido e o seu alargamento e reorganização foram, sem dúvida, pontos-chave da edição de 2012. A praça 5 de Outubro continuou a ser um palco privilegiado, local de comércio mas também de muita animação. Debruçado sobre a praça, lá no alto, o castelo engalanado encheuse de cor e de movimento, com espaços especialmente dedicados às crianças, não descurando o já mítico Postigo da Traição. O largo do Salvador voltou a ser ponto de passagem obrigatória, sobretudo para a descoberta do oculto e para uma degustação de sabores medievais. Uma das grandes novidades do alargamento do espaço foi a zona da recémrecuperada muralha fernandina, conhecida como «muralha da cerca», ao longo da qual se encontrava o hospital dos gafos, uma leprosaria exemplarmente recriada. Também o terreiro de Santa Maria ganhou nova vida com os espetáculos e workshops de marionetas.

O Dote da Princesa . Feira Quinhentista

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artistas

A Forja Viajante . Portugal Demonstração ao vivo da arte do ferreiro, artesanato e animação.

Ten_art . Portugal

Axabeba . Espanha Este grupo de referência da música medieval, com atuações nos mais diversos países da Europa, esteve em Torres Novas pela primeira vez. Através da música, o grupo procura evocar o mundo e as culturas da Idade Média, interpretando temas populares da época. Para tal recorre a instrumentos que são cópias fiéis dos originais usados na época medieval.

Thorsten, o tosta mista Portugal/Alemanha Perito na arte de «saltar bancos» e da «bobagem» moderna, Thorsten trouxe mais uma vez a Torres Novas o personagem de bobo da corte, especialmente vocacionado para festas em castelos ou praças, recriando o ambiente medieval ou quinhentista.

O Postigo da Traição foi, mais uma vez, ocupado por taberneiros, meretrizes e outras ralés do grupo Ten_tart. Este grupo de teatro e animação é composto por artistas das áreas do teatro, dança, música, da escrita e pedagogia que se reuniram, tendo em vista o desenvolvimento e apresentação de projetos artísticos.

Al’ibi . França Este grupo francês contribuiu em larga escala para a animação da feira, com músicas originárias de vários pontos do mundo, desde o norte de África até ao norte da Europa.

Sbandieratori dei Borghi e Sestieri Fiorentini . Itália Teatro e Marionetas de Mandrágora . Portugal

Strella do Dia . Portugal A música dos Strella do Dia tem de se ouvir em grandes espaços e a céu aberto. Nada melhor que a praça 5 de Outubro ou o castelo para nos conduzir até à época medieval, com a força das gaitas de foles e da percussão.

S. A. Marionetas . Portugal Sedeada em Alcobaça, veio mais uma vez demonstrar e divulgar a arte da manipulação da marioneta.

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Memórias da História 2012 . Em revista

Esta companhia, criada em 2002 e sedeada em Espinho, desenvolveu as suas atividades no terreiro de Santa Maria, onde instalou o «Jardim dos Bonecreiros» e fez as suas peças de teatro e workshops.

Após a participação na feira quinhentista de 2010, o grupo italiano regressou a Torres Novas. Os Sbandieratori remetem para a vida militar na época medieval e no Renascimento na Toscânia, apresentando coreografias com bandeiras ao som de tambores e de trompetes. A bandeira, no meio militar, era símbolo de orgulho cívico e representava um ponto de referência em combate. O grupo foi criado em 1965 e conta atualmente com cerca de 80 elementos.


Espada Lusitana . Portugal Grupo de praticantes de esgrima histórica e artística, que se dedica a recriações históricas, desde a antiguidade clássica aos nossos dias.

Cavaleiros do Tempo . Portugal Este grupo, criado em 1999, desenvolve trabalho de treino e preparação para utilização dos animais em diversos eventos culturais, como recriações históricas. Torneios, combates, exercícios de perícia, destreza e coordenação são apenas alguns exemplos das atividades desenvolvidas

Anymamundy. Portugal Pedro Estevam e Marisa Vieira trouxeram a Torres Novas os personagens de um curandeiro e da sua mulher que apregoavam conhecimentos médicos que se traduziam em práticas pouco científicas. Através das artes performativas, a dupla criou momentos de grande comédia e diversão.

Alcaide Fernandes . Portugal A tenda repleta de sons e aromas, as danças do ventre, a percussão, os trajes árabes e os dromedários foram, mais uma vez, os elementos trazidos a Torres Novas.

Companhia Livre . Portugal Associação sem fins lucrativos que tem como objetivo a divulgação e recriação da história medieval.

Dog Trainer . França A arte de bem conduzir um rebanho de ovelhas ou um bando de gansos, a obediência ao mestre respondendo ao som do apito ou às palavras de ordem, ou o afeto entre o cão e o seu dono foram algumas das proezas demonstradas por este grupo.

Art Falco . Portugal Intitulados «Embaixadores da Natureza», os ArtFalco estavam localizados no interior do castelo e, com a sua coleção de aves de rapina, despertaram o interesse de miúdos e graúdos.

Sítio dos Tormentos . Portugal Umbigo . Portugal Companhia de teatro criada em 2008 que pretende ser um espaço para a investigação, formação, experimentação e produção de espetáculos teatrais, composta por elementos com formação e já com vasta experiência nos mais diversos eventos cénicos.

Este grupo trouxe até à feira quinhentista os horrores da justiça medieval com recurso a instrumentos de tortura como a cadeira de pregos, uma jaula suspensa, a forca ou uma serra.

O Dote da Princesa . Feira Quinhentista

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1. lugar do petiz 5. mouraria

7. curral

3. a vida quotidiana 6. arraial

2. postigo da traição 8. jardim dos bonecreiros

4. praça dos feitiços

26

Memórias da História 2012 . Em revista

9. mourama


11. bodegas

lugares

10. praรงa de mercadores

O Dote da Princesa . Feira Quinhentista

27


32

150

participantes no baile

dias de preparação

107

referências na imprensa, rádio e internet

145 artistas

22

companhias

730 fardos de palha

300

participantes no cortejo de pormenores das famílias

números

50 000

6

directos na televisão

visitantes

(número estimado)

250

voluntários

106

mercadores

800

participantes no cortejo de pormenores das escolas

98

28

participantes no jantar da princesa

2500

metros de tecido para a ambientação


opinião «As vendas foram muito superiores às do ano passado»

Carla Freire, Sophia

«Como lojista este ano foi uma desilusão. Nada comparado com o aparato dos anos anteriores, especialmente os cortejos. Registou-se uma afluência muito menor de visitantes. Foi um evento que nesta rua não teve impacto. Na minha opinião, seria mais importante uma estratégia e um trabalho de continuidade para o centro histórico do que um evento isolado.»

«É o reviver de uma época que transporta vivacidade, alegria e vida a Torres Novas»

«Foi um evento extraordinário, que deu uma excelente projecção à cidade» Margarida Ferreira, Multifoto

comerciantes do centro histórico

Tânia Santos, Torres Gourmet

«O conceito da feira é muito bom. Mexe muito com a cidade, as pessoas ficam mais animadas e há uma adesão cada vez maior. Contudo, este ano notei menos animação e os cortejos mais fracos. E penso que o preço da entrada foi muito elevado. Acho bem que cobrem mas deveriam pensar mais em quem vem de fora. Deveria haver um preço diário mais reduzido. Globalmente penso que a feira correu bem. Em termos de vendas o balanço é muito positivo. Penso que na seleção dos mercadores deveriam privilegiar os produtos e as empresas do concelho e da região, de forma a promover a nossa economia e a criar habituação no consumo».

«Para nós esta edição da feira foi a melhor. Foi o ano em que tivemos mais movimento, sobretudo à noite, até porque aproveitámos para fazer algumas promoções alusivas ao evento. Como ponto positivo destaco o alargamento da zona junto ao castelo, que penso que funcionou muito bem. Negativamente, até pelo feedback que obtive por parte dos clientes, de referir o valor das entradas e o facto de não haver um bilhete diário a um preço inferior. Por parte dos comerciantes desta zona da cidade nota-se uma preocupação e motivação crescentes em relação à feira. Para o centro histórico era fundamental que o evento tivesse continuidade, até pela projeção que dá a Torres Novas.»

O Dote da Princesa . Feira Quinhentista

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«Foi como se viajássemos no tempo» «Dias de história, cultura, gente encantadora e feliz» Annie Pereira Gaspar, 61 anos, Santarém

visitantes «Era impossível ficar indiferente ao ambiente contagiante e entusiástico» César Orvalho, 29 anos, Évora

«Gostei da feira. Achei que estava bastante bem organizada, com conteúdos interessantes e diversos. Creio que, ao nível das atividades, os locais onde as mesmas aconteciam deviam estar mais explícitos na sinalética. Outra melhoria seria a introdução de um bilhete diário. É, sem dúvida, uma feira à qual tenciono regressar.»

«Gostei muito da existência dos diferentes espaços culturais e da animação de rua. Destaco o trabalho do casal que tinha os cães com os gansos e as ovelhas, o bobo e o casal de galgos irlandeses, considerados os maiores cães do mundo. As marionetas, os cortejos e as pessoas vestidas a rigor foram outros dos aspetos que mais me impressionaram. E adorei o Postigo da Traição! Pontos negativos só as dificuldades de estacionamento e o facto de não haver um bilhete para um dia, não para nós em particular mas para amigos que estavam a passar o fim de semana. Venham mais animações destas, que atraem turistas e enriquecem a cidade!»

«É de salientar o envolvimento dos torrejanos» Nuno Rodrigues, 33 anos, Golegã

«Um fim de semana no século xvi muito bem passado. Acho que deviam pensar em bilhetes diários porque com bilhetes a 4 euros o consumo das pessoas na feira é menor. Talvez se pudesse criar um bilhete familiar como em outras feiras. Mais algumas peças da época com humor seria uma mais-valia. Apesar da crise penso que a afluência terá excedido as expectativas.»

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Memórias da História 2012 . Em revista

Joana Carreira, 27 anos, Torres Novas

«Torres Novas fez uma viagem ao século xvi. Foi um evento com muito entretenimento, atividades próprias da época, promoveram-se momentos de espetáculo, momentos importantes, até pela dimensão pedagógica. A repetir, sem dúvida!»

«Fiquei verdadeiramente fascinada e espero voltar para o ano» Margarida Coelho, 55 anos, Tomar

«A Feira Quinhentista de Torres Novas, como evento único aplicado à história local, trouxe muita animação e alegria à cidade. Uma feira muito bem estruturada e organizada, onde nada faltou e tudo foi pensado ao pormenor, destacando os jogos para crianças, que achei muito interessantes. Este ano aproveitaram melhor os espaços, quer dentro do castelo, quer junto à praça. A Câmara de Torres Novas está de parabéns.»

«Gostámos muito de ver as pessoas vestidas como antigamente» Maria João Vieira, 29 anos, Mafra

«A feira tem diversidade de espaços e, nesse sentido, está bem organizada e satisfatoriamente encenada. Os figurinos estam bem caracterizados e dão vida ao espaço. Não assisti à feira na plenitude, mas do que vi, gostei. Sugiro alguns ecrãs em algumas das zonas para que se possa assistir às diversas encenações.»


mercadores «Um evento muito bom em termos de decoração e beleza, inerente ao belíssimo castelo.» António Marques, Óbidos

«Apesar das condições climatéricas, gostei. Financeiramente, acho um pouco caro. Gostaria que a entrada fosse repensada uma vez que o custo para os visitantes foi um pouco elevado. Contudo, adorei a vossa terra e vou voltar brevemente.» Puro Sabor, Santa Maria da Feira

«É de salientar a organização do evento, bem como a quantidade e a qualidade da animação. Outro aspeto importante é a contextualização histórica, que neste evento foi notável.»

«Bonito como sempre, mas com as entradas a pagar as vendas caíram para menos de metade dos anos anteriores.» Fernando Faria, Barcelos

«Excelente. Bem organizado, com boa animação e muito boa divulgação.» Miguel Pereira , Sobral de Monte Agraço, cerveja artesanal

Michael da Costa Sousa, Ponte da Barca, crepes doces e salgados

«O arranjo do espaço onde decorre o evento é muito cuidado, belo e romântico. É uma forma de dar a conhecer importantes factos da história local e nacional. Contribui também para o desenvolvimento económico, turístico e cultural do concelho. Todas as recriações históricas são muito interessantes, dado que envolvem artistas e visitantes. O envolvimento das escolas é de louvar.» Maria Amélia Henriques, Torres Novas

«É um evento que tem vindo a crescer e para que continue necessita de melhoramentos: o não pagamento à população sénior e o valor a pagar ser restrito a uma área.» Cristina Alcântara, Loures

«Em termos comerciais foi bastante inferior aos anos anteriores, devido à quebra de afluência do público.» Ana Lúcia Caeiro, Figueira da Foz, Entrelinhas, Lda.

O Dote da Princesa . Feira Quinhentista

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