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EDITORIAL
Caro Munícipe,
Nos últimos meses passámos pelo Estado de Emergência, Estado de Calamidade e por medidas de contenção e de confi namento rigorosas, tendo o país em geral, e o Sabugal em particular, alcançado objetivos de redução da disseminação das infeções e do número de mortes por COVID-19. Foram medidas duras que se repercutiram de forma signifi cativa na economia, em que alguns setores da atividade económica tiveram de encerrar com consequências graves no rendimento das empresas, das famílias e dos contribuintes.
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A situação obrigou-nos, por um lado a desenvolver apoios de caráter social e sanitário com a implementação de medidas concretas, e, por outro lado, a desenvolver apoios às atividades económicas.
Lentamente, foi estimulado o desconfi namento e a retoma gradual das atividades económicas com a reabertura do pequeno comércio, restauração e alojamento, sempre com a recomendação dos cuidados a ter, o distanciamento social necessário e as medidas de proteção individual. E porque conseguimos, até aqui, muito bons resultados, não podemos agora desperdiçar todo o trabalho e todos os sacrifícios, deitando tudo a perder num regresso apressado à normalidade que tínhamos antes da pandemia. Merecemos o que alcançámos, mas temos agora obrigação fazer bom uso e não nos deixarmos inebriar pelo sucesso obtido, até porque ainda não sabemos o que vai acontecer nos próximos tempos.
Mantêm-se cancelados os grandes eventos com ajuntamento de muitas pessoas, até 30 de setembro. Oportunidade para privilegiarmos situações mais intimistas, mais intensas e de substituição dos consumos de massa por consumos de maior qualidade, quiçá mais gratifi cantes e prazenteiros. Neste sentido, talvez os territórios de baixa densidade consigam afi rmar-se atrativos, de qualidade e alternativos às grandes concentrações urbanas. A excelência do nosso acolhimento e do bem receber deverá, seguramente, dar bons frutos, a que corresponderemos com melhoria das condições de fi xação e facilidades de investimento.
Entre nós, este Verão vai ser diferente, devendo ser repensadas todas as atividades que envolviam muitas pessoas: aos naturais e residentes somamos os muitos que daqui saíram e que todos os anos regressam para passar uma parte das suas férias, visitando familiares e amigos.
O Verão é por excelência a época da festa da aldeia, do santo patrono, dos convívios de amigos, das capeias… muita gente, de muitas partes, de muitas condições sociais, com graus diferentes de exposição e de acatamento das recomendações das autoridades sanitárias. Diversidade a merecer cuidados adicionais, tanto mais que a festa é, por natureza, um espaço de excessos…
Estamos atentos ao evoluir da situação e empenhados em adequar as medidas em função das circunstâncias; estamos prontos para ajudar e ser parte ativa na normalização económica e social do nosso concelho; ponderaremos sempre as opções de modo a tomar as melhores decisões, no que contamos com todos.
E contamos com todos, vivendo aqui, consumindo e produzindo aqui, usufruindo das nossas paisagens, do nosso património, do Côa, das tradições, das nossas praias fl uviais…
O futuro depende de nós!