Encontros Com a Arte Pública

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(...) A humanidade perdeu a sua dignidade, mas a arte salvou-a, conservando-a em pedras, plenas de significado.(...) Friedrich Schiller



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FICHA TÉCNICA

EXPOSIÇÃO Encontros com a Arte Pública - Ano II PROPRIEDADE E EDIÇÃO Município da Figueira da Foz ORGANIZAÇÃO Câmara Municipal da Figueira da Foz | Divisão de Cultura COORDENAÇÃO Margarida Perrolas Anabela Bento | Manuela Silva APOIO TÉCNICO José Santos Silva DOMA - Departamento de Obras Municipais e Ambiente DESIGN GRÁFICO Eduardo Oliveira DIVULGAÇÃO Natércia Simões ILUSTRAÇÕES João Ricardo Cruz IMPRESSÃO Catálogo | SERSILITO Empresa Gráfica, lda | Maia TIRAGEM 500 ex. Julho 2016 DEPÓSITO LEGAL 412808/16

ISBN

978-989-8903-21-1


ÍNDICE 07/

Mensagem do Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz

09/

Mensagem da Divisão de Cultura

11/

15/

19/

23/

27/

31/

35/

39/

43/

47/

Abílio Febra

Carlos Andrade

Francisco Lucena

José Plácido

Luís Soares

51/

Melício

Beatriz Cunha

Filipe Curado

Gabriel Seixas

Laranjeira Santos

Mário Nunes

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Os Encontros com a Arte Pública transpõem para a realidade uma das apostas do Município da Figueira da Foz, no incentivo à produção artística e sua apresentação permanente ou temporária na Cidade. O desafio foi lançado a 11 artistas plásticos nacionais, que aceitaram enriquecer e honrar a nossa Cidade, em particular o Parque das Abadias, com as suas obras e criatividade. À imagem do que foi realizado com o Mestre Laranjeira Santos, que teve um impacto extremamente positivo junto do público, pretendemos com estas iniciativas dar a conhecer o trabalho de artistas plásticos de renome nacional e internacional e, sempre que possível, aumentar e revitalizar o património artístico do Concelho. Nesta edição teremos a possibilidade de apreciar diversas formas de arte, orientações estéticas, assim como proporcionar uma alternativa de “museu ao ar livre”, a todos os figueirenses e visitantes. Um evento que celebra a arte e a criatividade, com um objetivo de continuidade e aumento do seu reconhecimento, número de artistas plásticos e obras expostas. Em nome da Câmara Municipal quero agradecer a todos os autores participantes e em especial aos escultores Mestre Laranjeira Santos e João Sotero pela colaboração no processo organizativo deste encontro, que em muito irá enaltecer a Figueira da Foz.

O Presidente da Câmara Municipal

Dr. João Ataíde

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(…) A arte pública não é pública só porque está ao ar livre (…) é pública porque é uma manifestação de atividades artísticas e estratégias que utilizam o público como a génese e o tema para analisar. (…) Patricia Philips


Repositório de energias coletivas, nas suas múltiplas manifestações – sociais, políticas, económicas e artísticas - o espaço urbano é, por excelência, de domínio público, pelo que a sua natureza intrínseca propicia o surgir da Arte Pública. Ao ar livre, a obra de arte assume todo o seu esplendor, estabelecendo uma relação de cumplicidade com o espaço envolvente. O objetivo primordial da Arte Pública é proporcionar uma convivência imediata e aberta entre a obra e o público. Recorrendo a novas abordagens, a arte em espaço público tem de contagiar e “deixar-se” contagiar. Os Encontros com a Arte Pública clamam uma relação direta e aberta, de estreita colaboração entre obra e público, e destes com o espaço, cativando a intervenção do coletivo para que sejam efetivamente fruídos. O intuito é provocar, por um lado, um novo olhar do espectador como membro atuante e, por outro, estabelecer novos diálogos com a obra de arte e com o universo complexo que é o espaço urbano. No Parque das Abadias caminhamos, passeamos, corremos… e as obras acompanham-nos. Interpelando-nos à nossa passagem. Cruzam o nosso caminho e consentem que usufruamos desta experiência, incitando os sentidos e apelando ao olhar. Beneficiando de uma estreita ligação ao Museu e ao Centro de Artes e Espectáculos, o Parque Verde das Abadias é agora muito mais do que um “museu a céu aberto”. É um novo pólo educador no coração da cidade. Tornamo-nos, deste modo, num público de arte, ao estabelecer uma relação de cumplicidade e harmonia, interagindo com as manifestações artísticas. Aos Artistas Plásticos representados nestes Encontros foi dada absoluta liberdade criativa, tendo apenas como requisito a criação ou seleção de obras que estabelecessem um perfeito diálogo com o local que as acolhe. A esta liberdade alia-se a diversidade de materiais empregues, que variam entre a excelência da pedra mármore das esculturas de Abílio Febra, Beatriz Cunha, Carlos Andrade, Filipe Curado, Francisco Lucena, Gabriel Seixas e José Plácido, a durabilidade e modernidade do aço na obra de Mário Nunes, a nobreza do bronze da escultura de Melício, a leveza e criatividade da resina nas esculturas de Laranjeira Santos, ou o colorido da cerâmica, nos azulejos do mural de Luís Soares. Daqui resulta uma multiplicidade de trabalhos artísticos, de linguagens estilísticas e formais distintas, todos de grande mérito, contribuindo para conferir novos significados a este espaço verde e, de forma partilhada, celebrar a ARTE. O Encontro é aqui, entre o espaço, a arte e o nosso olhar! Anabela Bento | Manuela Silva

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(...) A sua obra de cariz essencialmente figurativo, mostra traços de um expressionismo muito marcado, onde a textura e a ancestralidade ganham uma força própria conferindo às suas obras uma personalidade inconfundível.(...)


Abílio Febra


ABÍLIO FEBRA n. 1956, Maceira, Leiria

Abílio Febra

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Depois de ter estudado escultura no Ar.Co. - Lisboa, integra a Associação Artever, na Amadora, onde inicia a sua atividade como artista e realiza as suas primeiras exposições coletivas. Após oito anos de trabalho como artista e professor, na Amadora e Lisboa, regressa às origens, a Leiria, onde passa a residir e funda o seu atelier de pedra. Nesta cidade ajuda a fundar o Circularte, juntamente com outros artistas locais. O percurso artístico faz-se com exposições em várias cidades do nosso país, mas também em Bruxelas, Luxemburgo, Holanda, Alemanha e Macau. A sua paixão pela pedra é bem patente na sua obra, nomeadamente, com o mármore do Alentejo. A par da pedra, desenvolve também trabalho em bronze, ferro, vidro e poliéster. A pintura e o desenho acompanham o seu trabalho artístico e as suas exposições. A partir de 2013 deixa definitivamente o ensino público e passa a dedicar-se em exclusivo às artes plásticas.

EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS | PRINCIPAIS 2015 | Espaço Socem, Martingança, Leiria Máscaras do Desassossego, Ordem dos Advogados, Coimbra 2014 | Desassossego das Pedras, Galeria Biblioteca Afonso l., Vieira de Leiria 2013 | Hermafroditas com Pedras, Galeria Municipal, Marinha Grande Flores Pedras e Guerreiros, Edifício Banco de Portugal, Leiria 2004 | Entre Paredes, Galeria 57, Biblioteca Vieira, Vieira de Leiria 2003 | Pêndulos (Re) aprisionados, Galeria Artur Bual, Amadora 2002 | Pêndulos Aprisionados, Galeria Cine-Teatro Amália, Pombal 2001 | Sinais do Tempo, Galeria Vila Verde de Ficalho 2000 | Sinais do Homem e do Tempo, Galeria Municipal, Sacavém 1998 | Boggard Art, Helmond, Holanda Poemas Lusitanos, Cercle Municipal, Luxemburgo 1997 | Poemas de Pedra e Paz, Ateneu, Leiria 1995 | Máscaras do Silencio, Casa Jardim do Marquês, Lisboa 1993 | A Mulher e a Luz, Galeria Quattro, Associação Atlântida, Bruxelas 1992 | Traços em Pedra, Galeria Municipal, Alverca 1990 | Infracções, Galeria St. Justa, Lisboa 1989 | Reconstituições, Casa de Bocage, Setúbal

PRÉMIOS 2008 | Menção Honrosa “Sua Majestade, o Rei”, Anadia 2002 | 3º Prémio “International Small Engraving”, Florean Museum, Roménia 2000 | 1º Prémio “Ambientar-te”, Câmara Municipal Leiria 1997 | Menção Honrosa “III Prémio Edinfor de Escultura”, Estoril 1989 | Menção Honrosa “Homenagem a Cristóvão Colombo”, Funchal Prémio “I Mostra de Escultura”, Amadora

OBRAS EM ESPAÇO PÚBLICO Espaços públicos de Leiria, Cantanhede, Aljezur e Sintra. Museu de Setúbal, Coleção EDP, Museu Mun. V. Franca de Xira, Câmara Municipal da Amadora, Hospital do Montijo, Área de serviço de Leiria - A1, Espaços Secil/CMP.

EXPOSIÇÕES COLETIVAS | PRINCIPAIS 2015 | Homenagem a Mateus Fernandes, Museu do Mosteiro da Batalha 2014 | O Vinho e o Fado, Museu do Vinho Anadia, Estoril 2011 a 2015 | Salão de Outono, Galeria do Casino do Estoril 2008 | Sua Magestade, o Rei, Museu do Vinho da Bairrada, Anadia 2007 | Da Pedra ao Vinho, Museu do Vinho Bairrada, Anadia 2000 a 2006 | Bienal de Artes Plásticas, Marinha Grande 2005 a 2015 | Mostra de Ar Livre de Sintra, Centro Internacional de Escultura 2005 | Made in Portugal, Groneveld Almelo, Holanda 2003 | O Vinho é uma Arte, Luis Pato, Galeria Sacramento, Aveiro 2002 | International Small Engraving, Florean Museum, Roménia 2000 | Ambientar-te, Concurso de Escultura, Leiria 1999 | Arts Multiplicata, Rhein, Alemanha e Leiria Iº Simpósio Internacional de Escultura de Cantanhede 1998 | 1996 | Blue Feelings, Kulturforum Rhein, Alemanha, Polónia, Lituânia, Holanda 1995 a 2000 | Prémio Edinfor de Escultura, Galeria do Casino, Estoril 1995 | 1993 | Bienal de Artes Plásticas, Festa do Avante, Amora, Seixal 1993 | 1989 | Mostra Escultura de Ar Livre, Amadora 1989 | Homenagem a Cristóvão Colombo, Funchal 1987 | I Prémio de Debujo Artístico-Genaro Perez Vilaamil, Ferrol, Corunha


ESCULTURA Estas esculturas, em mármore ruivina, procuram mostrar todo um silêncio contido e encerrado na própria pedra, como se de um lugar de culto se tratasse. Estes lugares de culto não falam do passado, mas sim de um presente demasiado atual e vivo. O culto da riqueza e da sociedade da abundância, subsiste e desencadeia ao mesmo tempo, fenómenos de um certo antagonismo onde se assiste ao sacrifício de multidões. Símbolos do sacrifício, outrora usados e que eu reinvento agora nas minhas esculturas, procuram falar da violência e da brutalidade que assistimos nesta mesma sociedade.

13 Abílio Febra

PIRÂMIDE TEMPLO DO SACRIFÍCIO Mármore ruivina alt. 250 cm 1,5 ton.

PIRÂMIDE COM PEDRA DE ARA Mármore ruivina alt. 300 cm 750 Kg


(...) A experimentação faz parte da concepção das suas obras, conduzindo à criação de estruturas que exigem disciplina e precisão técnica.(...)


Beatriz Cunha


BEATRIZ CUNHA n. 1959, Lisboa

Estudou História na Universidade Nova de Lisboa e Joalharia Contemporânea no AR.CO. Nos anos noventa inicia a sua abordagem à Escultura, explorando técnicas e materiais, desenvolvendo a sua linguagem artística de forma independente. A experimentação faz parte da concepção das suas obras, conduzindo à criação de estruturas que exigem disciplina e precisão técnica. Participa regularmente em simpósios de Escultura. Tem uma dezena de exposições individuais, inúmeras participações coletivas e cerca de uma dezena de obras de grande escala em espaços públicos.

Beatriz Cunha

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Vê a arte como um processo contínuo e a expressão plástica como parte integrante da vida.

EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS | PRINCIPAIS 2016 | Relicários Efémeros no Convento Espirito Santo, Loulé 2015 | Relicários Efémeros, Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa 2010 | Festival de Música de Sintra, Centro Cultural Olga Cadaval, Sintra 2007 | Sentir, Galeria Municipal de V.F. Xira, Palácio Quinta da Piedade 2006 | Biótopo, Galeria Municipal de Abrantes 2005 | Sonhos e Mitos, Museu Municipal de Alcochete 2004 | Biomorfismos, Galeria Municipal de Arruda dos Vinhos 2001 | Bestiário Fantástico e outros Sonhos, Galeria CTT, Lisboa 2000 | Paleo Mater, Galeria Casa da Cultura de Mêda 1999 | O Futuro dos Mitos, Galeria CTT, Lisboa

OBRAS EM ESPAÇO PÚBLICO Pássaro de Cumeada, Porto de Mós, Diálogo, Loures, Uro, Parque Urbano, Azambuja, Mastro Solar, Vila Viçosa, Alauda, Cotovia, Sesimbra, Ubertas, Parque Natural de Alto Tajo, Espanha, Eólito, Vila Sol, Quarteira

EXPOSIÇÕES COLETIVAS | PRINCIPAIS 2015 | XVIII Bienal Internacional de Arte, Vila Nova de Cerveira 2014 | Arte Hoje, Sociedade Nacional de Belas Artes Escultura de ar livre Amadora 2014, Galeria Artur Bual 5ª Essência-Exposição Internacional de Arte contemporânea, Mosteiro da Batalha 2013 | Per Petram, Castelo de Porto de Mós Sintra Arte Pública X, Volta do Duche, Sintra 2012 | Pássaro de Fogo, Biblioteca Municipal G. Pinto Lopes, Torres Novas Sintra Arte Publica IX, Volta do Duche, Sintra 2011 | 1ª International Sculpture Exhibition, Sculpture Factory, Pêro-Pinheiro Arte Pública, Aljezur Escultura de Ar Livre, Biblioteca Municipal F. Piteira Santos, Amadora 2010 | Os Bichos também são gente, Galeria de Arte do Casino Estoril Calcários Cromáticos, Museu da Pedra, Cantanhede Escultura Livre, Amadora 2009, Jardim da Biblioteca F. Piteira Santos 2007 | Escultura Livre 2007, Parque de Sinçães, Vila Nova de Famalicão 2005 | 5ª Edição do Prémio Amadeu de Souza-Cardoso, Amarante II Bienal de Artes, Mafra Coletiva de Escultura, Fundação Oriente, Macau


ESCULTURA Fetus é simbolicamente um desejo de transcendência, de passagem de um estado a outro, ultrapassando a própria consciência e negando o que é finito e relativo. Conhecer um limite é estar ciente do que o rodeia e do que está para além dele. A profunda interconexão entre a autoconsciência e a habilidade de experimentar o mundo está além da nossa capacidade de compreensão.

17 Beatriz Cunha

FETUS - TRANSCENDER Mármore 120x100x80 cm 2 ton.


(...) Esculpo as minhas figuras no limite do material, em busca da suavidade e da fragilidade do corpo, com o objetivo de criar a mutação atravÊs do movimento.(...)


Carlos Andrade


CARLOS ANDRADE n. 1968, Lisboa

Carlos Andrade

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No ano de 1990 licenciou-se em História da Arte pela Universidade Autónoma de Lisboa. Posteriormente, tirou um curso de conservação e restauro de escultura, participando em alguns projectos. De destacar a sua colaboração na equipa de restauro no claustro dos Jerónimos. No ano de 1995 foi bolseiro da Fundação da Juventude em Vigo, Espanha. O seu percurso artístico desenvolveu-se entre o espaço que hoje é a SCULPTURE FACTORY e o atelier na Fábrica Urmal, em Pêro Pinheiro. Desde 1994 fez 10 exposições individuais e mais de 50 coletivas. Em 1995 ganhou o importante prémio de Arte Jovem em Loures. Participou em vários simpósios nacionais e estrangeiros, como em 1999 o Iº Simpósio Internacional de Escultura de Cantanhede e em 2004 o IV Simpósio Internacional do Brasil, na cidade Brusque, Santa Catarina. Tem obra pública em Portugal e Brasil. “No início o meu trabalho foi influenciado pelos escultores Giacometti e Modigliani, onde procurei a estilização e a leveza das formas. O meu trabalho invoca um retorno às origens, onde está sempre presente a memória, a vida e a morte.” Entre o ano de 2006 e 2014 deu aulas de cantaria artística na Escola Secundária de Montelavar em Sintra. Atualmente trabalha no atelier em sua casa.

EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS e COLETIVAS | PRINCIPAIS 2011 | Museu da Pedra, Cantanhede 2009 | Galeria Magia Imagem, Lisboa 2008 | Centro Cultural da Malaposta, Odivelas 2007 | Galeria Magia Imagem, Lisboa Centro de Arte Contemporânea da Amadora 2006 | Galeria Bogaard Art. Helmond, Holland 2005 | Câmara Municipal Vila Franca de Xira 2002 | Galeria Ditec Espaço Arte, Lisboa Galeria Magia Imagem, Lisboa 2000 | Câmara Municipal de Grãndola 1998 | Galeria Pottof, Lisboa 1995 | Galeria Municipal Gymnásio, Lisboa

PRÉMIOS 1995 | Menção Honrosa no Concurso “Embrulhos de Natal”, Palácio de Sintra Jov´ arte Iº Prémio de Escultura e Iº Prémio Global, Loures 1996 | Menção Honrosa XI Salão da Primavera, Galeria do Casino Estoril

OBRAS EM ESPAÇO PÚBLICO Loures | Cantanhede | Grândola | Sangalhos | Belmonte | Ericeira | Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, Açores | Brusque, Santa Catarina, Brasil | Vila Franca de Xira | Amadora | Porto de Mós

SIMPÓSIOS 2013 | Simpósio de Pedra de Porto de Mós 2004 | IV Simpósio Internacional de Escultura do Brasil, Brusque, Santa Catarina 2002 | II Simpósio de Escultura da Ericeira 2000 | Simpósio de Escultura em Granito, Belmonte 1999 | I Simpósio Internacional de Escultura da Cidade de Cantanhede Filmografia | O filme realizado por Álvaro Queirós, no atelier do Centro Internacional de Escultura de Pêro Pinheiro, faz parte do acervo da cinemateca Portuguesa – ANIM- Arquivo Nacional de Imagens em Movimento.


ESCULTURA Gaia é na mitologia grega a deusa da terra. A hipótese Gaia também denominada hipótese biogeoquímica propõe que a biosfera e os componentes físicos da terra são intimamente integrados de modo a formar um complexo sistema, que mantém as condições para sustentar a vida. Assim a terra é vista como um organismo vivo, gerador de vida, onde o animal humano é parte integrante de um todo.

21 Carlos Andrade

GAIA II | 2012 Mármore 350x75x45 cm 2 ton.

GAIA I | 2011 Mármore ruivina negro 280x54x54 cm 2 ton.


(...) Um artista plástico, autodidata, com um percurso sólido de projeção nacional e internacional, destacando-se pela diversidade e agradável beleza das peças que cria.(...)


Filipe Curado


FILIPE CURADO n. 1978, Leiria

Escultor autodidata, iniciou o seu percurso em 1998. Desde então tem vindo a colaborar com varias galerias de arte, expondo com frequência um pouco por todo o país e também no estrangeiro. Está representado em várias coleções institucionais, particulares e conta também com algumas obras públicas.

EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS | PRINCIPAIS 2012 | Teatro José Lúcio de Silva, Leiria 2011 | Galeria Guilherme Filipe, Arganil Galeria Micro Arte, Lisboa 2008 a 2011 | Galeria Municipal Mouzinho de Albuquerque, Vila da Batalha 2006 | Estádio Magalhães Pessoa, Leiria 2005 | Museu Municipal de Vouzela 2003 | 2001 | 1999 | Galeria Capitel, Leiria 1999 | Casa Pimentel, Castanheira de Pêra 1998 | Galeria Nava Nova, Instituto Português da Juventude de Leiria

OBRAS EM ESPAÇO PÚBLICO 2006 | Monumento “Regresso à Água” na Praia das Rocas, Castanheira de Pêra 2000 | Obra “Árvore da Princesa Peralta”, inaugurada pelo Dr. Jorge Coelho, Ministro do Planeamento e Administração Interna Formador de restauro e conservação de escultura, Castanheira de Pêra

PRÉMIOS

Filipe Curado

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2001 | Menção Honrosa do Concurso de Arte, Instituto Politécnico de Leiria

EXPOSIÇÕES COLETIVAS | PRINCIPAIS 2016 | 2015 | 2014 | 2009 | Galeria Micro Arte, Lisboa 2015 | Mostra de Arte do XIX, Salão de Outono, Galeria do Casino Estoril 2015 | Mosteiro Santa Maria da Vitória, Batalha Campus de Justiça, Lisboa Galeria Casino Estoril Galeria Mercearia de Arte, Coimbra 2014 | Galeria Espaço Arte Europa América Galeria MAC, Lisboa 5ª Essência – Exposição Internacional de Arte Contemporânea, Mosteiro de Santa Maria da Vitória, Batalha 2013 | Museu MIMO, Leiria Galeria Nova Ogiva, Óbidos 2011 | Arte Pública, Volta do Duche, Sintra Galeria Leal`s, Cascais 2010 | 2004 | Galeria 57, Leiria 2010 | Clube Militar de Macau, Macau Ordem dos Médicos, Lisboa Galeria Pátio Valverde, Azambuja 2009 | Galeria Casa da Guia, Cascais Galeria Ver Arte, Aveiro Galeria Municipal, Azambuja Pavilhão de Congressos da Junqueira, Lisboa 2008 | 2006 | 2005 | Galeria Paletro, Coimbra 2005 | Fundação Oriente, Macau 2003 | Galeria Arte Urbana, Leiria 2002 | Sindicato dos Professores Licenciados, Leiria 2001 | Galeria Arte na Vila, Cascais Galeria L94, Lisboa 1998 | Galeria Capitel, Leiria


ESCULTURA As esculturas apresentam-se com uma forma geométrica definida e vincada, tendo como propósito uma imposição de personalidade. Sendo essa a vontade de transmitir uma linguagem estética com alma, que nos pode fazer questionar em cada obra o seu significado ou interpretação. Samsara e Trono propõem refletir sobre a evolução e escanção individual.

25 Filipe Curado

TRONO | 2015 Mármore verde Viana 200x65x55 cm 1,2 ton.

SAMSARA | 2015 Mármore 200x53x36 cm 900 Kg


(...) A sua assinatura distingue-se por acreditar que as formas jĂĄ estĂŁo nos materiais, apenas as descobre, retira-as da pedra.(...)


Francisco Lucena


FRANCISCO LUCENA

n. 1966, Olsberg, Alemanha Ocidental

Nasceu a 14 de Outubro de 1966 em Olsberg, na Alemanha Ocidental. Em 1983 começa a esculpir em granito que combina frequentemente com ferro, madeira e outros materiais. Está presente em diversas coleções particulares e em organismos oficiais, em Portugal e no estrangeiro.

Francisco Lucena

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EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS e COLETIVAS | PRINCIPAIS Galeria do Casino Estoril Galeria São Bento, Lisboa Exposição Itinerante na Galiza, Espanha Feira de Arte, Lisboa e Porto Coletiva em Morges, Suiça Coletiva de Escultura, Galeria Mouraria, Funchal, Madeira III Exposição Internacional, Arte Sin Fronteiras, Manises 2006, Espanha Coletiva dos 40 anos, Galeria Ditec, Lisboa Coletiva, Galeria Paleta, Lisboa Coletiva, Galeria D. Quixote, Vila Franca de Xira Coletiva, Galeria do Chiado, Lisboa Individual, Galeria Rectoverso, Luxemburgo 1º e 2º Salão Internacional de Artes Plásticas, S. João da Madeira XV Coletiva de Pintura e Escultura, Arte no Morrazo, Cangas, Espanha Coletiva de Escultura, Jardim da Casa da Cultura, V.N de Famalicão Coletiva da Inauguração do Centro Cultural de Ílhavo Coletiva no Museu do Vinho, Anadia Coletiva de Escultura Urbana, Loures Coletiva Arte no Morrazo, Espanha Coletiva, Hjelmeland, Noruega Exposição Ordem dos Médicos, Porto e Viseu Galeria Ikon, Homenagem a Fernando Pessoa, Braga Galeria OP ART, Aveiro Feira de Arte de Coimbra 2011 Framed Gallery, Escócia Exposição no Castelo de Ourém Museu de Resende Galeria 9, Arte Contemporânea, Aveiro Galeria Municipal de Aveiro Exposição no Cine Teatro, Mealhada Galeria BIJ KREPEL, Holanda 7º Salon Européen, Bruge, França Galeria de La Pigna, Roma, Itália

PRÉMIOS 1º Prémio de Escultura, XII Certame, Cangas, Espanha Prémio Produção Artística, Escultura, Revista Anim’arte, 2013

OBRAS EM ESPAÇO PÚBLICO Museu do Vaticano, Itália | Rotunda Nelson Mandela, Figueira da Foz | Câmara Municipal de Paul, Cabo Verde | Câmara de Jacou, Montpellier, França | Simpósio de Escultura, S. João da Madeira | 1º Festival de Escultura da Costa Nova, Ílhavo | 1º Simpósio Internacional de Viseu | 1º Simpósio de Escultura de Câmara de Lobos, Madeira | 1º Simpósio Internacional de Escultura de Vila Verde | 1º , 2º e 3º Simpósios de Escultura, Sernancelhe | Simpósio Internacional de Escultura de Morges, Suiça | 1º e 2º Simpósios de Escultura, Brilon, Alemanha | 1º Simpósio de Escultura, ISCAC, Coimbra | Simpósio de Escultura “Caminhos de Santiago”, Espanha | Simpósio de Escultura “Encontro Ibérico”, Massamá | Simpósio de Escultura “Encontro Ibérico”, Mealhada | Simpósio Internacional de Escultura de Hjelmeland, Noruega | Simpósio Internacional de Escultura em Pedra, Trancoso | 1º Simpósio de Escultura, Alvaíazere


ESCULTURA Em busca das formas que, acredita, “já lá estão...” apenas as põe a descoberto.

29 Francisco Lucena

SEM TÍTULO | 2016 Mármore e xisto 320x70x20 cm 800 Kg


(...) As memórias e os pensamentos são representadas na forma de aves em voo, sugerindo a perpetuação das mesmas e de natureza plena e livre. A vida é intemporal ou serão os nossos pensamentos? (...)


Gabriel Seixas


GABRIEL SEIXAS n. 1963, Fundão

PRÉMIOS 1997 | Menção Honrosa no III Prémio Edinfor de Escultura, Empresa Virtua 1996 | Menção Honrosa no II Prémio Edinfor de Escultura, Ciberespaço

Gabriel Seixas

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Gabriel Seixas nasceu no Fundão em 1963, frequenta o Curso de Arte e Design, e inicia o seu trabalho como escultor em 1989. Actualmente vive e trabalha no seu Atelier e Galeria “Armazém - 17”, no Fundão e também no Atelier em Évora. Participa em diversas exposições individuais, coletivas, simpósios e bienais. Foi distinguido com oito prémios na área das artes plásticas. Executou mais de duas dezenas de obras monumentais públicas. Encontra-se representado em coleções particulares, em Portugal e no estrangeiro, como Alemanha, Espanha, EUA, França, Suíça...

1995 | Menção Honrosa em Escultura no Iº Prémio Edinfor, Auto Estrada da Informação 1992 | Menção Honrosa no VII Salão de Primavera da Galeria de Arte do Casino Estoril 1991 | Prémio Estoril Sol, S.A. em Escultura 1990 | Menção Honrosa no V Salão de Primavera da Galeria de Arte do Casino Estoril Prémio Professor Reynaldo Dos Santos, em Artes Plásticas 1989 | Iº Prémio em Escultura no Concurso Cultura e Desenvolvimento, organização do Instituto da Juventude e do Clube Português de Artes e Ideias


ESCULTURA A génese desta escultura, surge de uma reflexão sobre o nosso tempo e as memórias do mesmo. A materialização desta obra é executada em mármore ruivina (preto), criando uma malha A MALHA DO TEMPO -, esta vai apertando, condicionando o estado físico do ser humano até à sua morte - SARCÓFAGO. As memórias e os pensamentos são representadas na forma de aves em voo, sugerindo a perpetuação das mesmas e de natureza plena e livre. A vida é intemporal ou serão os nossos pensamentos?

33 Gabriel Seixas

A MALHA DO TEMPO SARCÓFAGO Mármore ruivina e resina 350x70x40 cm 700 Kg


(...) De algum modo, criam a sensação de que esperam. Talvez esperem o vento para balançarem. Entre a ansiedade, o prazer ou o medo, aguardam.(...)


José Plácido


JOSÉ PLÁCIDO Cantanhede

Licenciatura em escultura pela ARCA / EUAC - Escola Universitária Artística de Coimbra. Está representado no Museu da Pedra do Município de Cantanhede, no Museu do Vinho Bairrada, Anadia e em coleções particulares no país e em Espanha, França, Inglaterra, Alemanha, Bélgica, Estados Unidos da América, Canadá, República Popular da China e Brasil.

EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS | PRINCIPAIS 2016 | es-cultura, Galeria José Falcão, Coimbra 2015 | Invasoras, Mosteiro Santa Cruz, Coimbra 2014 | Lavor, Galeria Solar St. António, Porto 2009 | Paisagens no Sorriso dos Ventos, Alphart Galeria, Lisboa Paisagens Humanas e outras Causas na Paisagem, ESEC 2008 | Travo a barro e pedra, Museu do Vinho Bairrada, Anadia 2006 | About Mind, Galeria das Antas, Porto 2005 | Meio por Meio 2, Corredor e Companhia, Amarante Uma a Uma, Bobogi, Espaço de Arte, Aveiro Ornadamente Sós, Galeria Maria Braga, França, V. N. Cerveira Meio por Meio, Biblioteca Instrução Popular, Vieira de Leiria Texturas, Bobogi, Espaço de Arte, Aveiro 2004 | Around the Body, Galeria das Antas, Porto 2003 | A propósito do corpo, Salão de Exposições, Viseu 2002 | Cabeças, Casa Municipal da Cultura, Cantanhede Cabeças, 2ª série, Museu da Pedra, Cantanhede 25 Cabeças no ar e uma na terra, Galeria Almedina, Coimbra

EXPOSIÇÕES COLETIVAS | PRINCIPAIS

José Plácido

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2016 | COLETIVA, Galeria Solar St. António, Porto 2015 | Criatividade-Inovação, Weart, Porto Business School Poetry in Visual, Museu de Aveiro Arte de Bolso 4ª edição, Galeria Sete, Coimbra 2014 | Arte & negócios, Weart, Porto Business School, AIDA, Aveiro 2013 | Artistas da Galeria, Galeria Solar St. António, Porto 2012 a 2015 | Arte de Bolso, 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, Galeria Sete, Coimbra 2012 | Acervo-2012, Galeria Solar St. António, Porto 2010 e 2011 | Sintra Arte Pública VII e VIII 2008 | Miab, Madeira International Art Bienal Sua Majestade, o Rei, Museu do Vinho Bairrada, Anadia 2007 e 2008 | Arte Lisboa, Galeria Sete, Fil Lisboa 2007 | Escultura ao Ar Livre, Vila Nova de Famalicão ArtMadrid, Galeria Artein, Madrid 2006 | 9º Aniversário, Galeria 57, Leiria 2005 | Coletiva Microarte, Edifício da Alfândega, Porto O calcário na Ciência, na Tecnologia e na Arte, Museu da Pedra, Cantanhede 2004 | IV Simpósio Internacional de Escultura, Cantanhede Arte Estoril, Iº e IIº Feiras de Arte Contemporânea do Estoril e Leiria 2003 | Mar Contínuo, Fundação Oriente, Macau, R. P. China 1999 a 2001 | I, I I e III Simpósio Internacional de Escultura Cidade de Cantanhede 1999 | O Nu e a Arte, Sala da Cidade, Coimbra 1997 | V Mostra de Escultura ao Ar Livre, Amadora 1995 | VIII Bienal de Arte de Vila Nova de Cerveira

OBRAS EM ESPAÇO PÚBLICO 2005 | Aos Combatentes do Ultramar do Mun. de Cantanhede, Lrg S.Mateus Agora e para sempre, honra e glória à Mãe Gandaresa, Seixo, Mira Aos Caniceiros, defensores do pinhal do povo, Caniceira, Tocha 2001 | Fontes, variante sul / EN234 - 1, Cantanhede 2000 | Homenagem a Miguel Torga, Casa Municipal da Cultura, Cantanhede 1999 | Casal Gandarês, Biblioteca Municipal de Cantanhede 1988 | Ella, Edifício Pátio da Vila, Febres 1995 | Mulher Gandaresa, Tocha


ESCULTURA “À primeira vista, parecem flores brancas ou o lado espiritual de quem espreita. Flores espirituais que espreitam, como se elas próprias tivessem rosto e pudessem ver. De algum modo, criam a sensação de que esperam. Talvez esperem o vento para balançarem. Entre a ansiedade, o prazer ou o medo, aguardam.” Valter Hugo Mãe, abril, 2014

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Calcário, mármore, brecha, pedra d´Ançã, calcário negro, aço inox 150x230x150 cm 1 Ton.

José Plácido

INVASORAS #II | 2016


(...) Tudo o que em Laranjeira Santos passou a ser o fermento o húmus a oficina o sítio aberto da arte – lugar febril onde a geometria é água, lugar a que poucos muito poucos, chegam assim: Puro! (...) Isabel Mendes Pereira


Laranjeira Santos


Laranjeira Santos n. Lisboa, 1930

Laranjeira Santos

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Frequenta a Escola António Arroio e, posteriormente, ingressa em Belas-Artes, onde apreende todos os conceitos e técnicas, tendo sido aluno do escultor Leopoldo de Almeida, que marca a sua criação segundo os valores estéticos e académicos vigentes. Laranjeira Santos licenciou-se, ainda, em escultura pela Accademia di Belle Arti di Roma, Itália. Entre 1960 e 1962 foi-lhe atribuída uma Bolsa de Estudo pela Fundação Calouste Gulbenkian, em Roma, Itália, permitindo-lhe consolidar a sua linha de pesquisa escultórica e de encontrar o seu próprio caminho estético. Nas suas esculturas explora toda uma serie de materiais, extraindo deles formas que vão ao encontro daquilo que procura, como o barro, o cimento, o gesso, o metal e os materiais sintéticos, permitindo-lhe diversificadas linguagens volumétricas, Em 1986 foi selecionado, com outros dois escultores, num concurso público da Câmara Municipal de Lisboa, para a realização do Monumento a Fernando Pessoa, posteriormente interrompido. Em 2002 foi eleito, por unanimidade, académico correspondente pela Academia Nacional de Belas Artes.

EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS e COLETIVAS | PRINCIPAIS 2014 | Percurso da Preguiça, escultura ao ar livre, Câmara Municipal da Figueira da Foz Escultura ao ar livre, Quinta Ribafria, Câmara Municipal de Sintra Escultura ao ar livre, Câmara Municipal da Amadora 2013 | Diálogos em Cumplicidade, com o pintor José Narciso, Auditório Municipal de Vendas Novas Escultura de Laranjeira Santos, Galeria Municipal, Sintra IV Bienal de Culturas Lusófonas, Centro de Exposições de Odivelas Diálogos entre a Escultura e as Telas, Casa de Santa Maria, Cascais Escultura ao ar livre, Câmara Municipal da Amadora A Magia da Primavera, Galeria S. Francisco, Lisboa Escultura, Galeria Municipal, Sintra 2012 | Quotidiano Fantástico, Lisboa 2010 | Grupo 2+2, Palácio das Galveias, Câmara Municipal de Lisboa 2009 | LisbonArte, Lisboa 40º Aniversário, Galeria S. Francisco, Lisboa 2007 | Arte Lisboa, Palácio das Galveias, Câmara Municipal de Lisboa Laranjeira Santos, Centro Cultural de Macedo de Cavaleiros 2004 | Art Ground – Portuguese Contemporany, Terreiro das Artes, Lisboa 1986 | Ilustrou o livro “Declaração Universal dos Direitos do Homem”, Artº XVI Editado em português, francês, inglês e alemão Participou com cinco esculturas no décor do filme “Sanguine”, do realizador francês Christian François 1970 | Diálogo em Cumplicidade com o Pintor José Narciso, Sobral de Monte Agraço

PRÉMIOS 1955 | Prémio Nacional de Escultura, SNBA, XVlll Missão Estética, Figueira da Foz 1963 | Prémio Mestre Manuel Pereira, Salão dos Novíssimos, SNI Prémio Concurso Público, motivo escultórico para o mercado do Bairro da Encarnação, Câmara Municipal de Lisboa Prémio Concurso Público, motivo escultórico para o Jardim do Bairro da Encarnação, Câmara Municipal de Lisboa 1966 | Medalha de Prata no Salão de Arte Moderna, Estoril 1970 | I° Prémio Concurso Público, Monumento Comemorativo da 1° Travessia Aérea Atlântico Sul, Câmara Municipal de Lisboa 1984 | I° Prémio Concurso Público da Reconquista Cristã da Cidade de Silves, Câmara Municipal de Silves 1996 | I° Prémio do Simposium Internacional de Escultura em Ferro para o ar livre, Câmara Municipal de Abrantes Menção Honrosa no Prémio de Escultura EDINFOR 1998 | Menção Honrosa no Premio de Escultura EDINFOR 2002 | Prémio de Aquisição, Academia Nacional de Belas Artes COLEÇÕES PARTICULARES, NACIONAIS E ESTRANGEIRAS Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa | Museu Municipal Santos Rocha, Figueira da Foz | Museu da Caixa Geral de Depósitos | Coleção Câmara Municipal de Oeiras | Coleção EDINFOR | Coleção Missão de Macau | Coleção Ministério do Comércio | Coleção Aeroporto de Lisboa, Salas VIP’s | Comité des Amis des Arts de Paris, França | Câmara Municipal de Abrantes | Câmara Municipal da Moita | Câmara Municipal de Silves | Lloyd’s Bank | Banco de Portugal


ESCULTURA ARABESCOS As notas ondulantes de DEBUSSY remeteram - me para estas formas sinuosas. ALTER EGO Neste “ auto-retrato “ procurei perspectivar o outro lado da minha personalidade.

41 Laranjeira Santos

ARABESCOS | 1993 Acrílico e resina 300x300 cm | Uni.

ALTER EGO | 2016 Acrílico e ferro 200x200x90 cm


(...) Pela vida fora, num ansilo, ao longe, o mar me tenta de aventura e sonhos.(...)


Luís Soares


LUÍS SOARES

n. 1952, Lourenço Marques, Moçambique

Luís Soares

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Descendente de colonos, foi influenciado pela mistura branca, negra e asiática, característica do Moçambique de então. Essas vivências culturais e estéticas marcaram profundamente a sua vida artística. Em 1959 veio pela primeira vez à Europa, visitando Portugal e Espanha, regressando a Moçambique no ano seguinte. Autodidata, desde jovem que se dedicou ao desenho, pastel, aquarela e guache, tendo como professor, o artista Antonio Heleno, que lhe transmitiu a paixão pelo desenho. O seu percurso reparte-se entre Moçambique e Portugal. A partir de 1968 frequenta diversos cursos de desenho na Escola de Desenho e Pintura do Núcleo de Arte de Lourenço Marques e aí executa os seus primeiros trabalhos a óleo. Expõe obras psicadélicas na Bússola, Lourenço Marques. Em 1969 ingressa como estudante no Colégio Nun’Alvares, em Tomar, criando grandes painéis alegóricos e placas comemorativas para figurarem na Festa dos Tabuleiros. Volta para Moçambique em 1971 e, nos anos seguintes, dedica-se à fotografia, expondo em diversos locais de Lourenço Marques; executa os primeiros murais em casas particulares e faz as primeiras esculturas fundidas a bronze e alumínio. Em 1975, com a Independência de Moçambique, participa na Exposição de Arte Popular das Celebrações da Independência, em Maputo. Realiza esculturas em material plástico, usando desperdícios; aprende a fazer as primeiras peças no torno de oleiro, na Olaria da Matola e executa desenhos para azulejos numa fábrica do Umbeluzi, perto de Lourenço Marques. Desde 1977 que participa em exposições coletivas em Paris, Zimbabué, Japão, Espanha, Austrália, EUA., Polónia, Cuba, Suíça, ex-RDA, Itália, Argélia, Nigéria. Em Lisboa, tem contacto com as técnicas de gravura, litografia e serigrafia, na GRAVURA-Sociedade de Gravadores Portugueses. Em 1978 realiza a Exposição

da COAPA, na FACIM, apresentando a série de desenhos “O Voto”, como forma de protesto, na mesma exposição, exibe uma obra de grande formato do amigo Malangatana, que estava detido. No mesmo ano vem para Portugal, onde fixa residência, não regressando ao seu país por motivos de perseguição política. Em Cascais, abre um atelier, iniciando aí um trabalho de investigação com vista a criar um tipo de cerâmica que se identifique com a zona, criando as suas novas raízes. Em Portugal foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, para gravura, na Sociedade de Gravadores Portugueses, com orientação técnica de João Hogan; fruto da experiência já adquirida realizou, também, painéis de azulejo de cariz africano para produção em série, na Fábrica Viúva de Lamego e tem os primeiros contactos com a cerâmica portuguesa, pela qual se apaixona. 2016 | Desde 1987 expõe Galeria Place Des Arts, Montpellier, França 2016 | Museu da Vila Velha, Vila Real | Castelo de Oropesa, Toledo Centro Cultural S. Clemente, Toledo 2015 | Desde 1989 participa na Artexpo, New York, EUA 2015 | Casa de Cultura de Bolaños de Calatrava, Ciudad Real | Centro Cultural S. Francisco, Béjar, Espanha | Casa Museu Casares Quiroga, Corunha | Centro Cultural Las Claras, Placência | Museu Municipal El Pósito, Campo de Criptana | Casa da Cultura de Daimiel, Ciudad Real 2014 | Centro Cultural Rafael Morales, Talavera de la Reina, Toledo 2013 | Desde 1987 participa na Lineart, Gant, Bélgica | ArtPalmBeach, Palm Beach, EUA 2012 | Art Santa Fé, Santa Fé, EUA | IFPDA Fine Print Fair, Los Angeles, EUA 2011 | Desde 1993 participa na Art Miami, EUA Desde 1992 participa na Art LA, Los Angeles 2010 | The Art Show, ADAA, NewYork, EUA 2009 e 2004 | Galeria Osborne, Toledo 2005 | Desde 1987 Galeria Portimão, Portimão 2003 e 1993 | Museu Dr. Santos Rocha, Figueira da Foz | Desde 1993 expõe na Andrés Art Gallery, Breda, Holanda 2000 | Desde 1992 participa na Europart , Genebra, Suíça 1998 | Desde de 1991 expõe na Accent On Art Gallery, W. Hollywood 1996 | Desde 1993 participa na Art Jonction International, França De 1981 a 1995, em galerias e eventos de artes plásticas, realiza e participa em exposições simultâneas de cerâmica, pintura, escultura, desenho e gravura, em diferentes cidades de Portugal, Espanha, França, Bélgica, Suécia, Alemanha, EUA, Itália, Holanda e Inglaterra.


MURAL É um mural misto de desenho tradicional aliado à arte digital, impresso em cerâmica com equipamento digital de última geração. As cores, têm algumas restrições devido às opções de cores cerâmicas de altas temperaturas. Este mural será um dos maiores da actualidade, onde não existem repetições de desenhos e formas.

HOMENAGEM ÀS GENTES DO MAR | 2016 “Monocozedura” de “Grés Porcelânico”, cozido a 1200 graus, 1427 peças de azulejo de 33x60 cm com relevo numa área de 283 m2.

45 Luís Soares


(...) A escultura de Mário Nunes constitui uma relação íntima com a vida, movendo-se entre o realismo e um construtivismo perto da pureza mais libertária.(...)


Mรกrio Nunes


MÁRIO NUNES Figueira da Foz

Natural de Figueira da Foz, expõe regularmente desde 1977 em Portugal e no estrangeiro.

Mário Nunes

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“A escultura de Mário Nunes constitui uma relação íntima com a vida, movendo-se entre o realismo e um construtivismo perto da pureza mais libertária. Os materiais utilizados pelas mãos do artista, surgem construídos numa caminhada a exprimir estruturas e proporções, criações plásticas soltas, fragmentos metálicos, assimetrias jogando com o mundo que o cerca. As esculturas de Mário Nunes, significantes da sua personalidade, ultrapassam a duplicação do representado, escrevem no material o significado da vida, a responsabilidade de pertencer e estar interessado no seu tempo”. António Menano, “Cerâmica e Escultura, painel de artistas”, Editora Sistema J.

EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS | PRINCIPAIS 2015 | 2014 | 2013 | 2012 | 2011 | 2010 |

Ordem dos Médicos, Porto Galeria Zeller, Espinho Ateneu de Salamanca Ordem dos Médicos, Coimbra Arte Rio, Lisboa Galeria Zeller, Espinho, Auditório Municipal de Cangas, Galiza Menção Honrosa 2009 | Auditório Municipal de Cangas, Galiza - Prémio de Escultura Galeria Lucília Guimarães, Guimarães 2008 | Associação Magenta, Figueira da Foz 2007 | Auditório Municipal de Cangas, Galiza 2006 | Casa Municipal da Cultura, Coimbra | Ordem dos Médicos, Porto Galeria Capitel, Leiria 2005 | lNDEG, Lisboa | 2° Concurso de Artes Plásticas de Penedono 2° Prémio de escultura | Ordem dos Médicos, Porto 2004 | Galeria Quatro Montras, Viseu 2003 | Porto Arte, Exponor | Galeria Aquarius, Guarda 2002 | Fábrica das Artes, Torres Vedras 2001 | lNDEG, Lisboa 2000 | Artistas por Timor-Lorosae | FantasPorto 1999 | Galeria OBRADARTE, Lisboa 1998 | Câmara Municipal da Lousã 1997 | FIL, Lisboa | Exposalão, Batalha | Casa Vieira Guimarães e Tomar, 5ª Mostra de Escultura de Ar Livre da Amadora 1996 | Galeria Lóios, Porto | A Solaina de Piloño, Galiza 1995 | 3° Bienal de Artes do Sabugal e Cidade Rodrigo 1994 | Casino Estoril 1993 | 2° Bienal de Artes do Sabugal e Cidade Rodrigo Trienal Latina, Le-Puyl-en-Velay, França Autor de várias medalhas e troféus. Autor de vários bustos e outros monumentos públicos.


ESCULTURA O Primeiro Criativo Representa o primeiro humano no acto de criação artística em execução de gravuras na pedra. Demonstra já a sensibilidade para o espírito de equipa, com a presença do aprendiz. Um magnifico almoço com sabor a mar Representa o peixe, importante na economia e gastronomia figueirenses e o mais apreciado pela população portuguesa, a sardinha. Esta em “filigrana”, também uma das artes mais populares do nosso país.

49 Mário Nunes

UM MAGNÍFICO ALMOÇO COM SABOR A MAR Aço inox e aço corten 263x317x790 cm 85 Kg

O PRIMEIRO CRIATIVO Aço corten 210x150x73 cm 120 Kg


(...) O Híper Realismo - o real da figura humana - é a sua criação, praticamente, em exclusivo sendo um dos poucos artistas a nível mundial que faz parte desta corrente artística.(...)


MelĂ­cio


MELÍCIO

n. 1957, Lobito, Angola

Melício

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Frequentou a Escola de Artes Decorativas António Arroio e a Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa. Viveu e teve atelier no Bairro do Pigalle, em Paris. Passou longos períodos de criação, estudo e convívio em Milão, Hanôver, Moscovo e Madrid. Foi Fundador das Escolas Artísticas “Pontos de Cultura”, no Brasil, a convite do então Ministro da Cultura, músico Gilberto Gil e do Prof. Alípio de Freitas. Quando jovem, no tempo da ditadura governamental em Portugal, dedicou-se à pintura realista com murais pintados na via pública, retratando a luta de classes e o colonialismo. A sua obra plástica abarca as mais diversas modalidades, desde o barro, ao gesso, ao desenho e à azulejaria, transitando da pintura para as artes do fogo. Foi igualmente maquetista e designer de objetos, grafismo, relojoaria, vestuário e automóveis, colaborando no projeto do Citroen AX GT, do AX Sport Cabrio BB e do TT Nissan Patrol Cabrio. Em Itália, trabalhou no atelier da ICS onde desenhou embalagens e outros objetos para a área da informática, tendo sido premiado por duas vezes. Artista plástico multifacetado foi também restaurador de estuques decorativos, frescos, estatuária de arte sacra e do vitrinismo e, na arquitetura, de Palácios e Igrejas. Trabalhou com o escultor Cardenas, restaurador do Brooklyn Museum, New York. No desenho em tela, trabalha o pastel seco, o carvão e grafite.

Curador de exposições lusófonas de artes plásticas na UCCLA União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa. Realizador de cinema de animação, no canal televisivo SIC. Nos anos setenta e oitenta, no seu atelier na Vila de Sintra, produziu dezenas de peças de escultura e iluminárias de interiores, esculpindo variadas classes de rigidez de pedras e fazendo uso de maquinaria industrial e manual. O hiper-realismo - tamanho real da figura humana - é a sua criação praticamente em exclusivo, destacando-se as esculturas em fundição a bronze e resina. Atualmente, é um dos poucos artistas plásticos, a nível mundial, que faz parte desta corrente artística. Desempenha funções de docência no domínio da escultura, cerâmica e desenho, do ensino primário ao universitário. Professor convidado na escola Maria Pia (Casa Pia de Lisboa), vocacionada para o Ensino das Artes. Fundou vários ateliers/escola de ensino artístico para crianças e adultos, com o apoio do Município de Lisboa, nos projetos contra a toxicodependência e pela cultura nas freguesias. Baseando-se na filosofia de ensino livre de A. S. NEILL, fundador da Escola SUMMERHILL. De 1994 a 2013 foi coordenador cultural e guia na Junta de Freguesia de S. João de Deus em Lisboa. Em 1977 colaborou com a ex-Direcção Geral de Divulgação, em cultura; foi Ilustrador do jornal “Diário de Noticias”; fez parte da equipa técnica do projeto paisagístico do “Corredor Verde do Parque Monsanto”, Lisboa, do Arquiteto Gonçalo Ribeiro Teles; foi assessor no Ministério da Cultura e da Coordenação Científica e coordenador na área do ensino das artes, no Município de Lisboa.

PRÉMIOS Medalha de Bronze do Museu Diogo Gonçalves, Portimão Prémio de Design ICS para embalagens, Milão Medalha de Prata, Castelo Branco

OBRAS EM ESPAÇO PÚBLICO Póvoa do Lanhoso, Celorico da Beira, Guarda, Covilhã, Castelo Branco, Monchique, Cascais, Loures, Amadora, Portimão, Vila Franca de Xira, Óbidos, Moita, Alcochete, Vidigueira e Sintra. Tem, ainda, obras na Rússia, Espanha, Itália, Roménia, Alemanha, França, Líbia, Palestina, Brasil, México, Cuba, USA e Iraque. Tela no café “A Brasileira”, Chiado, Lisboa | “A Família”, Jardim Fernando Pessoa, esculturas de bronze hiper-realistas, Assembleia Municipal, Lisboa | “Brincadeiras de Crianças”, Parque Monsanto, Lisboa | Monumento cerâmico dedicado à “Vida e Obra da Rainha Santa Isabel e Rei D. Dinis”, frente ao edifício-sede da Caixa Geral de Depósitos, Lisboa | Mural sobre a “matemática moderna”, Escola Nuno Gonçalves.


ESCULTURA A peça representa alguém, com o olhar virado para a paisagem e a mente para o pensamento. Tamanho real da figura humana, descalça, sendo este pormenor uma característica do meu trabalho em arte pública.

53 Melício

ADMIRADOR DE ENCANTOS Fundição a bronze 170x65x90 cm 110 Kg



Abadias

Esculturas

Abílio Febra | Beatriz Cunha | Carlos Andrade | Filipe Curado | Francisco Lucena Gabriel Seixas | José Plácido | Laranjeira Santos | Mário Nunes | Melício

Buarcos

Mural

Organização

Luís Soares

Colaboração

STO NE SP ECI A LISTS Município da Figueira da Foz

Figueira da Foz

Transporte


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