francisco simþes escultura, desenho e cerâmica
ficha técnica exposição Francisco Simões | “sobre a pele da pedra...”
propriedade e edição Município da Figueira da Foz
organização Câmara Municipal da Figueira da Foz Divisão de Cultura
coordenação António Tavares
curadoria Margarida Perrolas Anabela Bento José Santos Silva
textos e adaptação Anabela Bento
apoio técnico José Santos Silva Maria José Gomes Rosa Bela Silvano DOMA - Departamento de Obras Municipais e Ambiente
design gráfico Eduardo Oliveira
divulgação Natércia Simões
impressão SERSILITO Empresa Gráfica, lda | Maia
tiragem 500 ex. fevereiro 2017
depósito legal isbn 978-989-8903-22-8
Os textos que integram este catálogo não obedecem à norma ortográfica - A.O. 90
© Museu Municipal Santos Rocha | © Autores [Imagem e Texto]
índice
11 / apresentação 13 / Isabel Mendes Ferreira 15 / escultura 41 / cerâmica 71 / desenho 83 / anjas 91 / francisco simões
“sobre a pele da pedra”, ... o escultor Francisco Simões habituou-nos a ver a Beleza humana, subsumindo o efémero ao perene, o masculino ao feminino, o ser à Arte. Mais de uma década depois de ter brindado a Figueira da Foz com uma exposição antológica no Centro de Artes e Espectáculos, é agora a uma casa das musas, ao nosso Museu Municipal Santos Rocha, que Francisco Simões chega, acompanhado das suas ‘anjas’ e do produto da inspiração dessas ninfas que personificam a graça criativa e fecundadora na natureza: são 25 esculturas de mármore de diversos tipos, e bronze; 25 desenhos em pastel, tinta da china e lápis de cor e 21 peças de cerâmica expostas, na sua maioria, pela primeira vez. A Figueira da Foz orgulha-se de honrar a letra e o espírito da palavra Museu com um espaço vivo onde da Memória se faz, todos os dia, matéria-prima do Futuro. Onde as artes se encontram e todos, Figueirenses e visitantes, as podem encontrar, nas suas mais variadas formas e expressões, e são muitas. Das obras públicas, de Francisco Simões, é impossível não destacar as do Parque dos Poetas que, em Oeiras, dão conta da grande ligação de Francisco Simões à Literatura; não se definisse o próprio como «amigo dos escritores». Nesta exposição, as ‘anjas’ do escultor ganham a voz de sete autoras contemporâneas, e vale bem a pena escutá-las. «A arte é um resumo da natureza feito pela imaginação», escreveu Eça de Queirós. As obras que Francisco Simões generosamente partilha com a Figueira da Foz são, também, um resumo do seu grande labor, de uma vida dedicada não apenas à Arte mas, não menos importante, ao trabalho de que, lado a lado com a inspiração, se faz a Arte. Nascido em 1946, em Porto Brandão, Almada, Francisco Simões concluiu, em 1965, o curso da Escola de Artes Decorativas António Arroio, para onde foi encaminhado pelo professor Calvet de Magalhães.
Em 1967 foi bolseiro da OCDE em Roma, Turim, Novara, Verona e Milão e, no ano seguinte, trabalhou no Museu do Louvre convidado por Germain Bazin. Em 1974 concluiu o curso de Escultura da Academia de Música e Belas Artes da Madeira e, 15 anos depois, a convite do Ministério da Educação, era consultor no projeto A Cultura Começa na Escola, e membro do grupo de trabalho para a Humanização e Valorização Estética dos Espaços Educativos. Colaborador do Jornal de Letras, Artes e Ideias no alvor da década de 90 do século XX, viu o século XXI arrancar com a Escola Secundária do Laranjeiro rebatizada de Escola Secundária Francisco Simões, um tributo que faz questão de agradecer com visitas frequentes e iniciativas diversificadas, sempre em defesa da Arte e da sua importância para um desenvolvimento harmonioso, porque bem cultivado e bem nutrido, para a observação e para a ação, para o prazer e para a crítica, de cada pessoa e da Sociedade. É também esse o desejo do Município da Figueira da Foz, ao promover cada iniciativa de cariz cultural e ao acolher esta exposição. Desfrutem.
O Presidente da Câmara Municipal
Dr. João Ataíde
Há artistas que não são só a sua arte; são a vida toda. Artistas de corpo inteiro, em quem o mundo e a existência se conjugam e acomodam. Basta ouvir Francisco Simões para se perceber que é um artista assim. Basta partilhar as histórias, ouvi-lo falar dos poetas e dos escritores, da amizade, das mulheres, das ideias, do barro, da pedra. Basta ouvi-lo falar da vida, para compreender como a poesia mora nele. O barro é a vida; a pedra, o ouro dos escultores – diz. E percebemos que sente e vive o que nos transmite. A mulher é a coisa mais bonita do universo. Não há pássaro, não há sol, não há mar, nada se lhe compara – adianta. E entendemos a sua obra. A ideia que nasce e se desenha e que ganha corporalidade na pedra e assim existe. Francisco sabe que as peças vivem por si, na sua beleza, na sua policromia harmoniosa e que o criador se afasta delas como um caminhante que prossegue o seu destino. Aqui reside, também, a grandeza da sua arte e do seu gesto de operário feito beleza, despojado e entregue aos outros. Vemos a obra e admiramos o artista; fala-nos o artista e ganha dimensão a obra. Não há silêncio nas suas esculturas e nos seus desenhos. A voz de Francisco Simões perpassa clara e cristalina pela cor e pela pedra, como se ele e a arte fossem um só.
O Vereador da Cultura
António Tavares
A mulher é a coisa mais bonita do universo. Não há pássaro, não há Sol, não há mar, não há nada que se lhe compare. O corpo da mulher é redondo, não tem arestas, tem uma policromia harmoniosa, cheira bem. Francisco Simões
“sobre a pele da pedra…” pretende ser uma exposição reveladora das múltiplas facetas criadoras de um artista plástico único e versátil. (…) sabemos que o desenho a pintura a cerâmica o retrato a escultura é dele e de nenhum outro artista. como se a pedra lhe fosse o retrato mais fiel de si mesmo na profunda identidade de um ver diferente de um sentir (…) Isabel Mendes Ferreira
A dimensão estética da obra de Francisco Simões está envolta em simbologia, intensificada pela forma, vislumbre de uma apurada percepção e elevada sensibilidade. Uma exposição que vai muito para além do olhar do espectador, apelando ao ler e ao sentir, impelindo-o a participar no acto criativo.
breve tecido unido sobre a pele da pedra: quando o homem sonha o desenho avança o traço voa a forma transforma-se o volume é narrativa colateral e a escultura tem um nome: Francisco Simões! o sonhador que nos convoca para o mistério do olhar. quando Francisco Simões levanta do nada o tudo tudo fica evidente belo perfeito concreto e reconhecível___________sabemos que o desenho a pintura a cerâmica o retrato a escultura é dele e de nenhum outro artista. como se a pedra lhe fosse o retrato mais fiel de si mesmo na profunda identidade de um ver diferente de um sentir adentro do formato da fala do silêncio da personagem narrante de um ir mais fundo no processo composicional que nos oferece sempre um outro caminho uma outra ousadia um discurso não objectivo mas adjectivante de sentidos e sentimentos. é uma escalada de emoções em múltiplas escalas como se uma sinfonia cromática e volumétrica quisesse e pudesse ser de novo diferente e encantatória. e é. pela sua mão vigorosa que gere uma orquestra de nervos e de gestos e de luz e de sombras. a sua vastíssima e reconhecida obra é feita do deslumbre que nos ataca de frente. ora em grande formato numa maravilhosa altivez ora na delicadeza extrema dos desenhos que quase querem sair do papel e nos pedem suavidade e contemplação e intimidade. ____________________________uma obra só é grande quando nos comove nos arrasta nos arrasa nos emociona e a tomamos para nós como espelho do que não sabíamos mas queríamos sentir. é o que Francisco Simões nos faz nos dá nos devolve nos invoca nos incendeia nesse temível e magnifico fio manipulador da beleza intemporal.
falar deste escultor é falar de paixão. mas também de alegria. mas também de pujança e ainda de resistência e mais ainda de poesia. uma pulsão inesgotável de quase dramaturgia onírica. sim. ele diz na flor da pedra a flor da alma e nesta se agiganta para melhor cumprir a grande provocação da Arte. Eis o escultor.poeta.amante.transformador.senhor da melhor arma para domar o tempo_______________o sonhador que ousa recriar o sonho e dele faz ARTE. Francisco Simões oferece-nos a Escultura como a grande cria de si próprio. que maior generosidade pode um artista dar ao mundo se não este talento de estilo reconhecível em qualquer país. Múltiplo e tantas vezes angelical e outras tantas pleno de sensualidade e ainda decifrador de homens e mulheres que imortalizou depuradamente. Eis o milagre da dádiva. Francisco Simões. o Artista que de si se dá. Em permanente e profícua criação. quase uma árvore-mãe de todos nós. ___________________resta-me agradecer ser deste tempo. Dele. Convosco.
isabel mendes ferreira.
francisco simões | escultura, desenho e cerâmica
“sobre a pele da pedra...”
não chores
mármore negro da Bélgica 97x50x44 cm
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escultura Engrandecido está na pedra o corpo da mulher, a sua alma, a gravidez de luz que a exalta e purifica. Há aves de assombro na mão do escultor quando burila o mármore, quando semeia centelhas de lua no ventre branco das pitonisas ou das cantadeiras. (…) porque aquele que trabalha a pedra também molda o coração das formas, poeta da nudez dos instantes, (…) José Jorge Letria, Poeta da nudez dos instantes
A perfeição técnica e o classicismo da Pietà, de Miguel Ângelo, marcaram indelevelmente a obra escultórica de Francisco Simões: “ - Tive o privilégio de poder tocar nela com as mãos. É tão bonita! Ainda hoje, quando esculpo as minhas peças só as considero prontas quando ao toque tenho a mesma sensação que tive com a Pietà.” Nesta ânsia vibrante pela busca do sublime, extrai da pedra a silhueta curvilíneas do torso feminino, revelando a Mulher nas suas múltiplas figurações, a Mãe, a Amante, a Deusa…
francisco simões | escultura, desenho e cerâmica
“sobre a pele da pedra...”
bicho da terra
bronze 44x49x44 cm
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bicho da terra I bicho da terra II bicho da terra IIII mármore negro de Mem Martins 30x30x41 cm
“sobre a pele da pedra...”
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francisco simões | escultura, desenho e cerâmica
“sobre a pele da pedra...”
vénus I
mármore branco de Tassos, Grécia 43x33x24 cm
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vénus II mármore branco de Tassos, Grécia 43x33x24 cm
vénus III mármore branco de Tassos, Grécia 43x33x24 cm
“sobre a pele da pedra...”
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“sobre a pele da pedra...” francisco simões | escultura, desenho e cerâmica
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Dorso terso morno denso Corpo nu Horto Berço Torso tenso Torre Tu
David Mourão-Ferreira
“sobre a pele da pedra...”
21
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vénus
mármore branco de Estremoz 122x44x28 cm
francisco simões | escultura, desenho e cerâmica
“sobre a pele da pedra...”
mulher sentada I
mármore avinhado de Lioz 57x43x47 cm
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mármore azulino dourado da Maceira 65x60x34 cm
mulher sentada II
“sobre a pele da pedra...”
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francisco simões | escultura, desenho e cerâmica
“sobre a pele da pedra...”
mulher sentada III
mármore de Trigaches 105x50x60 cm
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mármore verde de Anasol, Espanha 75x60x53 cm
mulher sentada IV
“sobre a pele da pedra...”
25
francisco simões | escultura, desenho e cerâmica
francisco simões | escultura, desenho e cerâmica
“sobre a pele da pedra...”
mulher sentada V
mármore de Alpenina 65x50x45 cm
26
mármore azulino dourado da Maceira 95x50x65 cm
mulher sentada VI
“sobre a pele da pedra...”
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francisco simões | escultura, desenho e cerâmica
francisco simões | escultura, desenho e cerâmica
“sobre a pele da pedra...”
anja I
mármore azulino dourado da Maceira 97x47x36 cm
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mármore de Alpenina 95x45x32 cm
anja II
“sobre a pele da pedra...”
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francisco simões | escultura, desenho e cerâmica
francisco simões | escultura, desenho e cerâmica
“sobre a pele da pedra...”
anja III
mármore branco de Estremoz 97x43x23 cm
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deitada és uma ilha I bronze 110x45x30 cm
“sobre a pele da pedra...”
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francisco simões | escultura, desenho e cerâmica
francisco simões | escultura, desenho e cerâmica
“sobre a pele da pedra...”
deitada és uma ilha II
mármore azulino dourado da Maceira 110x30x30 cm
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“sobre a pele da pedra...”
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francisco simões | escultura, desenho e cerâmica
francisco simões | escultura, desenho e cerâmica
“sobre a pele da pedra...”
s/título
mármore azulino de Cascais 111x58x29 cm
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mármore de Alicante, Espanha 95x40x30 cm
olhar o horizonte
“sobre a pele da pedra...”
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francisco simões | escultura, desenho e cerâmica
francisco simões | escultura, desenho e cerâmica
“sobre a pele da pedra...”
s/título
mármore vermelho de Alicante, Espanha 110x35x30 cm
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s/título
mármore vermelho de Alicante, Espanha 110x35x30 cm
“sobre a pele da pedra...”
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francisco simões | escultura, desenho e cerâmica
francisco simões | escultura, desenho e cerâmica
“sobre a pele da pedra...”
tanto tempo no tempo
mármore travertino do Irão 110x52x43 cm
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mármore travertino do Irão 110x70x50 cm
o que temes
“sobre a pele da pedra...”
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francisco simões | escultura, desenho e cerâmica
cerâmica Toca mi piel, de barro, de diamante, Oye mi voz en fuentes subterráneas, Mira mi boca en esa lluvia oscura, (…) Mira el poder del mundo: Reconócete ya, al reconocerme. Octavio Paz, in Antologia Erotica
De novo o feminino, as mesmas formas, a mesma mestria e paixão, a mesma eloquência, semelhantes significados. Na senda do belo e da perfeição, Francisco Simões transpõe o desenho e a pintura para um diferente suporte, não menos nobre e igualmente versátil. O primor do artista-artesão confere à cerâmica uma nobreza invulgar, na conjugação dos tons e num diálogo irrepreensível entre desenho e pintura.
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“sobre a pele da pedra...”
s/ título
cerâmica 51 cm alt.
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“sobre a pele da pedra...”
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44 “sobre a pele da pedra...”
s/ título
s/ título cerâmica 50 cm alt.
cerâmica 50 cm alt.
“sobre a pele da pedra...”
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“sobre a pele da pedra...”
s/ título
cerâmica 50 cm alt.
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“sobre a pele da pedra...”
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“sobre a pele da pedra...”
s/ título
cerâmica 30 cm alt.
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“sobre a pele da pedra...”
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“sobre a pele da pedra...”
s/ título
cerâmica 35,5 cm alt.
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“sobre a pele da pedra...”
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52 “sobre a pele da pedra...”
s/ título cerâmica 56x38 cm
“sobre a pele da pedra...”
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“sobre a pele da pedra...”
s/ título
cerâmica 37x37 cm
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s/ título cerâmica 37x37 cm
“sobre a pele da pedra...”
55
francisco simões | escultura, desenho e cerâmica
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“sobre a pele da pedra...”
s/ título
cerâmica 37x37 cm
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s/ título cerâmica 36x35 cm
“sobre a pele da pedra...”
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francisco simões | escultura, desenho e cerâmica
“sobre a pele da pedra...”
s/ título
cerâmica 37x37 cm
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s/ título cerâmica 37x37 cm
“sobre a pele da pedra...”
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“sobre a pele da pedra...”
s/ título
cerâmica 40 diâm.
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s/ título cerâmica 37x37 cm
“sobre a pele da pedra...”
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“sobre a pele da pedra...”
s/ título
cerâmica 56x38 cm
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s/ título cerâmica 56x38 cm
“sobre a pele da pedra...”
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“sobre a pele da pedra...”
s/ título
cerâmica 56x38 cm
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s/ título cerâmica 56x38 cm
“sobre a pele da pedra...”
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“sobre a pele da pedra...”
s/ título
cerâmica 37x37 cm
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s/ título cerâmica 37x37 cm
“sobre a pele da pedra...”
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“sobre a pele da pedra...”
s/ título
cerâmica 37x37 cm
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s/ título cerâmica 36x35 cm
“sobre a pele da pedra...”
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desenho Creio nos anjos que andam pelo mundo, Creio na Deusa com asas de diamante, Creio em amores lunares com piano ao fundo Creio nas lendas, nas fadas, nos atlantes, Creio num engenho que falta mais fecundo De harmonizar as partes dissonantes, Creio que tudo é eterno num segundo, Creio num céu futuro que houve dantes, (…) Natália Correia, in Sonetos Românticos
Francisco Simões tem para ele que o desenho é …a mãe de todas as artes…, reinventando o corpo da mulher, num traço preciso que serpenteia entre a melodia das formas e a expressão do desejo, num movimento ondulante e sensual, plasmado na composição pictórica.
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“sobre a pele da pedra...”
s/ título
pastel sobre papel 85x60 cm
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s/ título pastel sobre papel 85x60 cm
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“sobre a pele da pedra...”
s/ título
pastel sobre papel 85x60 cm
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pastel sobre papel 85x60 cm
s/ título
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“sobre a pele da pedra...”
s/ título
pastel sobre papel 85x60 cm
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s/ título pastel sobre papel 85x60 cm
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“sobre a pele da pedra...”
s/ título
pastel sobre papel 85x60 cm
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pastel sobre papel 85x60 cm
s/ título
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80 “sobre a pele da pedra...”
s/ título pastel sobre papel 85x60 cm
“sobre a pele da pedra...”
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É de «anjas» que aqui se tratará
“(...) Ao vermos as obras de Francisco Simões (...) e ao lermos os textos que as completam, compreendemos que o artista e as artistas que o ilustram pela palavra nos vêm dizer que a realidade humana, etimologicamente de «húmus», terra, é profundamente feminina, nas suas origens e força e na sua diversa complexidade...”
Guilherme d’Oliveira Martins
francisco simĂľes
Natural de Porto BrandĂŁo, Almada
Releve-se a sua colaboração espontânea e desinteressada com escritores, sendo co-autor de livros com David Mourão-Ferreira, Urbano Tavares Rodrigues, Afonso Praça, entre outros vultos das artes e letras. Tem sido profícuo o seu diálogo com o mundo académico e editorial cedendo, graciosamente, desenhos para capas de livros e ilustrações. A sua obra está presente – escultura, desenho e cerâmica – em dezenas de Museus e Colecções Públicas e Privadas.
91 francisco simões | escultura, desenho e cerâmica
No seu longo percurso artístico, Mulher e Literatura são linhas matriciais da orientação de toda a sua produção, ainda que, por exigências profissionais, seja autor de outras obras que não obedecem a estas matrizes.
Do seu curriculum constam cerca de uma centena de exposições individuais e cocletivas, realizadas em Portugal (Continental e Regiões Autónomas da Madeira e Açores) e no estrangeiro. É ainda autor de mais de quarenta monumentos públicos, dos quais se destacam as esculturas Mulheres de Lisboa, na estação do metropolitano do Campo Pequeno; os bustos de George Washington, em Washington, USA e de Vieira da Silva e Arpad Szenes, na estação do metropolitano do Rato; e as esculturas que compõem o Parque dos Poetas em Oeiras. Da sua obra gravada constam cerca de trinta e quatro peças.
“sobre a pele da pedra...”
oncluiu, em 1965, o Curso de Artes Decorativas António Arroio e, em 1974, o Curso de Escultura na Academia de Música e Belas Artes da Madeira. Em 1967 foi bolseiro da OCDE (em Roma, Turim, Novara, Verona e Milão), consultor do Ministério da Educação e, no ano seguinte, a convite de Germain Bazin, trabalhou no Museu do Louvre, em Paris. Dedica-se numa primeira fase à docência, aceitando, posteriormente, solicitações para serviços de extensão à comunidade. Foi eleito para a autarquia de Almada (1976-1980) e colaborou com o Ministério da Educação (1987-2006) onde, para além de ter sido assessor do Ministro da Educação (1998), coordenou vários projectos educativos e culturais. Reformado da função pública (2006), tem, actualmente, a sua residência e atelier em Sintra, dedicando-se exclusivamente à criação plástica – desenho, cerâmica e, fundamentalmente, escultura.
Organização
Transporte