A Pluralidade do Branco

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PLURALIDADE A poética pictural de João Moniz

BRANCO

do




FICHA TÉCNICA

CATÁLOGO Título: A Pluralidade do Branco Propriedade e Edição: Município da Figueira da Foz Coordenação: Margarida Perrolas Coordenação Editorial: Anabela Bento Textos: José Agusto Seabra . Fernando António Baptista Pereira . Nuno Júdice . João Moniz Fotografia: Carlos Pombo . Paula Ferro Design gráfico: Eduardo Oliveira Impressão: Tipografia Cruz & Cardoso Tiragem: 200 ex. Depósito legal: 457876/19 ISBN: 978-989-8903-25-9

EXPOSIÇÃO Título: A Pluralidade do Branco Artista Plástico: João Moniz Organização: Câmara Municipal da Figueira da Foz . Divisão de Cultura Coordenação: Margarida Perrolas . Ana Margarida Ferreira Curadoria: Anabela Bento . João Moniz Apoio Técnico: José Santos Silva . Maria José Gomes Divulgação: G.A.P - Gabinete de Apoio à Presidência

Figueira da Foz, junho 2019


A Pluralidade do Branco João Moniz

No ano em que o Museu Municipal Santos Rocha comemora o seu 125º Aniversário, pretendemos evidenciar que apesar da sua antiguidade está também aberto à contemporaneidade, como afirmou Pierre Bordieu, (…) a arte faz apelo a um olhar histórico; ela exige ser referida (…) ao universo das obras de arte do passado e do presente. (…). Nesta exposição, “A Pluralidade do Branco”, a identidade de João Moniz manifesta-se na sua obra pictórica, intimista e minuciosa, onde impera o branco marcado por texturas de onde sobressaem formas geométricas com diferentes registos cromáticos. Vivendo entre Portugal e Paris, este conceituado autor, que no seu percurso artístico já expôs nos mais marcantes espaços nacionais e internacionais, traz agora à Figueira da Foz cerca de quatro dezenas de telas, que convidam à interpretação do olhar e perspetiva do espectador. Primando pela diversidade cultural, é uma honra, para o Município da Figueira da Foz, receber a exposição de um dos mais notáveis artistas plásticos da pintura portuguesa contemporânea.

O Presidente da Câmara Municipal Carlos Monteiro


JoĂŁo Moniz Ou a Espiritualidade da MatĂŠria


Há no trabalho do Pintor, como em todo o trabalho poético – no sentido da techné poietiké dos Gregos-, um corpo a corpo com a matéria a volver-se forma ainda a vir, incerta e lábil, buscando-se e buscando aqueloutra que a torna possível, impossível, sempre para além do que dá a ver, numa cegueira luminosa. É aí que a transcendência já opera, irradiando súbita do encontro da cor com a sua ausência, num combate permanente de que a mão se faz traço, tacteante, entre a polpa dos dedos e a evanescência do olhar, crescendo do interior da tela.

Obsidiado pelo vazio, na sua via infinita para o êxtase, João Moniz acede, em fascínio diante do branco, ofuscado pela sua irradiação explodindo na superfície do quadro, de dentro da matéria. E ele acolhe-a e entrega-se-lhe na sua reverberação invisível e doce, num encontro feliz que é como o da união mística. Desse encontro ele

Tal é, nas suas variações subtis, a poiesis pictural de João Moniz, embebida de uma espiritualidade serena, feita de uma meditação constante, onde vêm confluir signos ancestrais de civilizações imemoriais, cujo rasto se repercute musicalmente em cada inflexão íntima da luz, quer seja a impressão dum toque ou a incisão apenas linear esboçada de um desenho, escorrendo através dos traços sinuosos de um hieróglifo esotérico. Só o mistério transparente que vela com um halo de sombra o nada do ser, indeciso, deixa filtrar o sentido de um trabalho mental sem fim, em que a obra se desdobra na sua textualidade múltipla, aguardando os olhares que se cruzarão com os seus olhos móveis, na demanda do instante do instante extático duma fusão inefável.

José Agusto Seabra

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Essa experiência tenaz, prosseguida com a paciência duma demanda ascética, é bem a de João Moniz, ao longo da sua aprendizagem de um ofício humilde mas vigilante, resistindo às tentações fáceis do já achado e às distracções dos acasos ou dos equívocos, com a lucidez de um desencanto onde a secura é a condição mesma de uma fecundidade rigorosa.

guarda uma nostalgia amorosa, sangrando discretamente nas cicatrizes da cor, como carícias breves aflorando a pele fremente.


Uma Poética da Infinitude e da Variação A poética pictural de João Moniz, sobretudo a que se foi revelando ao longo dos últimos dez anos, ilustra bem o princípio da infinitude como variação, ou, se quisermos, da variação como janela para o infinito das possibilidades criativas. Trata-se, na verdade, de uma constante que define o original modo de ser e estar do pintor e preside em absoluto à sua estratégia compositiva e, de resto, a toda a não menos sofisticada processualidade que está na génese das suas obras. O espaço pictural é, por norma, dominado por uma superfície branca tratada texturalmente, de acordo com múltiplas variações de sulcos e traços que apenas se tornam visíveis em função da luz, essa instância reveladora por excelência. Nessas superfícies delicadamente reveladas definese um “centro” formado por estruturas ou apontamentos geométricos, quase sempre retangulares, resultantes por vezes de colagens e aparentemente constantes ou pelo menos estáveis, dos quais emergem nichos matéricos de uma gama restrita de cores com predomínio da gama dos azuis claros, mas que também recebem intervenções de vermelho e de outros registos cromáticos, nichos esses que são verdadeiras epifanias do gesto e da expressão executados sobre o mar da subtileza das marcas e vestígios. A raiz algo caligráfica destas composições não esconde, porém, a origem minimal do processo analítico deste “fazer” pictural e

faz-nos pensar que o desejo de redução ao essencial dos motivos não elimina procuradas referências explícitas a um misticismo em que as formas primordiais do Ocidente e do Oriente se entrecruzam e fundem. O pintor exerce, assim, dentro de uma gama circunscrita de temas e motivos, um trabalho criativo de variação potencialmente infinito e inesperadamente “novo” a cada imagem que observamos como se a própria obra executasse sobre nós a limpeza de olhar necessária a fruir a diferença de cada nova composição. Estamos, pois, perante um espaço-tempo da criação em que a infinitude a que a ascese espiritual aspira se resolve, afinal, numa espécie de soma de todas as possibilidades e variações do fazer. Durante as longas conversas com João Moniz, interroguei-o não só sobre esse seu motivo próprio fazer pictórico, mas também sobre a evidente fascinação que sobre a sua obra exerce o princípio da variação virtualmente infinita de motivos sobre estruturas compositivas idênticas, ao que o artista me respondeu com uma simples frase que tudo diz: os mil budas que há dentro de nós… É, de facto, nessa dialética entre o tema e a variação, o mesmo e as suas contraditórias faces, enfim, entre o igual e o diferente que grande parte da sua obra se revela. A referência, que nos é particularmente cara, ao Oriente – e aos templos e estelas dos mil budas – não deve, contudo, levar o


Em síntese, estamos perante uma identidade artística que se define intrinsecamente por ser sempre a mesma a ser sempre outra, diferente, ou seja, perante as mil faces de um rosto, sempre o mesmo e sempre outro, tal como nas orientais estelas dos mil budas, mas também perante a análoga identidade fugidia da Pintura, ela própria sempre a mesma e sempre outra, oscilando entre o eterno e o infinito da Ideia e a variação e o contingente do Existir.

Fernando António Baptista Pereira

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espectador a identificar mimetismos formais ou mesmo simbólicos exclusivamente nessa grande família cultural, uma vez que os pressupostos e mecanismos processuais de João Moniz se situam, também como vimos, numa linha de tradição ocidental que explora os invariantes da Pintura, quer eles se situem nessa positividade mínima que é a evidência material do suporte, quer se estendam à transcendência do matérico na expressão pictural, passando por uma ontologia do gesto e da vontade. Finalmente, no cerne da problemática perseguida pela obra de João Moniz encontramos esse tópico fundador da Arte Ocidental que é a relação entre o eterno e o infinito, de um lado, e a variação e o contingente, por outro. Todavia, ao invés do problema que se colocava aos gregos da Antiguidade Clássica, que tinham de inovar indefinidamente num número limitado de possibilidades (os cânones), o maior desafio com que a poética pictural de João Moniz se confronta é a busca da infinitude na variação ínfima ou radical sobre o mesmo, procurando surpreender a misteriosa verdade da nossa fugidia identidade.


João Moniz A Utopia do Quadro no Quadro da Utopia

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Podemos falar de ausência: a impressão que se liberta de um espaço onde o branco imprime o seu absoluto. Depois, essa ausência expandese em linhas que acrescentam uma ideia de forma ao plano material da tela. Essa forma resulta de uma oposição natural entre o que é expresso – a ausência – e o que traduz essa expressão – a espessura de uma tinta que absorve o olhar, obrigando-o a descobrir progressivamente as variantes, o “grão” de uma cor que se assume na sua base de fundo até impor o primeiro plano da figura. Passamos, então, a um segundo momento: o nascimento de espaços que decorrem desse branco, onde se desenha uma arquitectura de formas segregadas pelas cores que surgem do que se poderá designar como a “imaginação do branco”. Nasce daqui um segundo nível de oposição, entre ausência e presença de cor, que contraria a ideia inicial de um nãosentido, desembocando numa fragmentação de instantes pictóricos que cada tela será a tábua de um retábulo, num regresso à pintura primitiva de que apenas restaria, no tempo contemporâneo, a utopia de uma totalidade.

E é esta, finalmente, a arte de João Moniz: trazer para o plano da pintura esse jogo que vai da perda da figura – numa releitura actual do mito platónico da caverna, em que o branco construiria o equivalente das sombras que reflectem uma perda da perfeição – até ao colocar da utopia de uma nova figuração – que restituiria o plano ideal do mundo perfeito dos seres e das coisas. Assim, é a expressão da busca (fundamento de toda a Arte) que aqui se encontra, e através dela o caminho de sempre da Pintura.

Nuno Júdice


A Memória do Gesto

9 Se nos confiarmos à memória para compreender o sentido profundo da viagem na matéria, seja ela visível ou invisível, a perceção da obra percorre no efémero o caminho traçado que é confiado a esta maravilhosa intuição do ser e da memória – o olhar que recebe os sinais como uma exigência exigida pela matéria espiritual. Perceber assim o gesto inicial no quadro, que a palavra não define: podemos ler o retido que se encontra ligado à parte mais ínfima, o fazer e não obrigatoriamente refletir. O traço contínuo, a memória do pintor, instrumento que ressoa sem orgulho pela mão táctil ascética, o som à escuta do momento seguinte, o desconhecido que é o tempo para afirmar o silêncio no branco, primitivamente traçado, composto onde a cor mal chega a ser um refúgio meditativo. Acima de tudo isto, que é especulativo, a memória di-lo, fá-lo pela resolução do querer. A PLURALIDADE DO BRANCO JOÃO MONIZ

João Moniz


“Onde vedes que há substância, não existe senão circunstância, e o que vos parece mais sólido é o mais oco – e tudo o que é oco, está vazio”.

“Tratado da Agudeza” De Baltazar Gracian, espanhol do século XVII


“(...) o resto jaz naquele ponto de luz a que chamamos Sombra, o grande Ponto anterior aos Deuses (...)” “Poemas Completos de Alberto Caeiro” Prefácio de Ricardo Reis 11

Epicuro

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“Faz tudo como se alguém te contemplasse.”



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Pluralidade do Branco . 2002 | Óleo s/ tela e colagem . 150 x 50cm


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Pluralidade do Branco . 2002 | Óleo s/ tela e colagem . 90 x 30cm


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Pluralidade do Branco . 2005 | Óleo s/ tela e colagem . 150 x 30cm


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Pluralidade do Branco . 2005 | Óleo s/ tela e colagem . 100 x 25cm


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Pluralidade do Branco . 2006 | Óleo s/ tela e colagem . 160 x 30cm


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Pluralidade do Branco . 2006 | Óleo s/ tela e colagem . 160 x 30cm


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Pluralidade do Branco . 2006 | Óleo s/ tela e colagem . 160 x 30cm


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Pluralidade do Branco . 2006 | Óleo s/ tela e colagem . 160 x 30cm


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Pluralidade do Branco . 2006 | Óleo s/ tela e colagem . 160 x 30cm


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Pluralidade do Branco . 2006 | Óleo s/ tela e colagem . 180 x 40cm


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Pluralidade do Branco . 2006 | Óleo s/ tela e colagem . 180 x 40cm


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Pluralidade do Branco . 2006 | Óleo s/ tela e colagem . 120 x 30cm


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Pluralidade do Branco . 2013 | Óleo s/ tela e colagem . 100 x 80cm


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Pluralidade do Branco . 2013 | Óleo s/ tela e colagem . 100 x 80cm


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Pluralidade do Branco . 2014 | Óleo s/ tela e colagem . 100 x 80cm


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Pluralidade do Branco . 2014 | Óleo s/ tela e colagem . 100 x 80cm


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Pluralidade do Branco . 2015 | Óleo s/ tela e colagem . 80 x 80cm


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Pluralidade do Branco . 2015 | Óleo s/ tela e colagem . 80 x 80cm


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Pluralidade do Branco . 2015 | Óleo s/ tela e colagem . 100 x 80cm


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Pluralidade do Branco . 2015 | Óleo s/ tela e colagem . 100 x 80cm


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Pluralidade do Branco . 2015 | Acrílico s/ tela e colagem . 120 x 40cm


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Pluralidade do Branco . 2015 | Acrílico s/ tela e colagem . 120 x 40cm



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Pluralidade do Branco . 2015 | Acrílico s/ tela e colagem . 120 x 40cm


JoĂŁo Moniz Curriculum




João Moniz EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS

2001 Instituto Camões, Paris Amadora Siemens, Fórum, Amadora Museu Municipal Abade Pedrosa, Santo Tirso 2002 Instituto Camões, Delegação em Vigo, Vigo Igreja de Santiago, Palmela 2003 Galeria António Prates, Lisboa Giefarte, Lisboa 2004 Instituto Camões, Luxemburgo Fundação D. Luís I, Centro Cultural de Cascais, Cascais Banco BCP, Paris 2005 Galeria de Arte Convento Espírito Santo, Loulé Convento S. José, Lagoa 2006 Plurais do Branco, Palácio D. Manuel, Évora Infinitudes do Oriente, Espaço D’Arte Silva Guerreiro, Almancil A Infinitude da Cor, D Dois, Vilamoura 2007 Fundação Alentejo, Terra Mãe, Évora Galeria Atlântica, Vila Sol Hotel, Vilamoura Galeria Municipal TREM, Faro Casa Velha, Quinta do Lago, Almancil 2008 Galeria Municipal Artur Bual Hospital da Luz, Lisboa Convento S. José, Lagoa Galeria Atlântica, Vila Sol Hotel, Vilamoura Espaço +, Aljezur 2009 Galeria Municipal de Albufeira, Albufeira Galeria ARC, 16, Faro Pequenos Formatos, exposição privada Teresa Salado, Paris Embaixada de Portugal, Paris Galeria Atlântica, Vila – Sol, Vilamoura 2010 Casa Roque Gameiro, Amadora Galeria Municipal de Sintra, Sintra 2011 Pequenos Formatos, Atelier Colette Reboh, Paris Consulado Geral de Portugal em Paris, Paris Espaço +, Aljezur Galeria de Exposições temporárias, Odeceixe Hotel de Ville, Soteville-les-Rouen, França 2012 Consulado de Portugal em Paris, Espaço Nuno Júdice – Paris Grupo Pestana, Vila - Sol Hotel, Vilamoura

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1974 Galeria Graffiti, Rouen, França 1977 Galeria Quadrum, Lisboa 1978 Galeria Ilane, Paris Centro Cultural Português – Fundação Calouste Gulbenkian, Paris 1979 Galeria Quadrum, Lisboa 1980 Galeria Katia-Pissaro, Paris 1983 Galeria de Arte Moderna, Sociedade Nacional de Belas Artes (SNBA), Lisboa 1985 Galeria Quadrum, Lisboa Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa 1986 Centro Cultural Português – Fundação Calouste Gulbenkian, L’Artiste du Móis, Paris Galeria Quadrum, Lisboa 1987 Caixa Geral de Depósitos, Paris 1988 Maison de la Culture de la Rochelle, França Loja de Desenho, Lisboa 1990 Galeria In Zwinger, St. Wendel, Alemanha 1991 Galeria R75, Lisboa 1992 Pequenos Formatos, Exposição Privada Rosário Magalhães, Paris 1993 UNESCO, Paris 1994 Caixa Geral de Depósitos, Paris Casa Garden, Fundação Oriente, Macau Arts Center, Hong Kong Seguros Império, Paris 1995 Giefarte, Lisboa 1996 Casa de Portugal – Fundação Calouste Gulbenkian, Paris 1997 Leal Senado, Macau Centro Cultural Português – Fundação Calouste Gulbenkian, Paris 1998 Galeria 111, Lisboa Galeria 111, Porto Seguros Império, Paris 1999 Caixa Geral de Depósitos, Paris Museu de Trabalho Michel Giacometti, Setúbal Casa do Corpo Santo, Setúbal 2000 Quinta dos Ingleses, Caíde, Guimarães Galeria Municipal Artur Bual, Amadora Banco Pinto & Sotto Mayor, Paris Delegação Económica e Comercial de Macau, Lisboa


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2013 Hotel de Ville, Soteville-les-Rouen, França Tricoud et tricard, avocates associetes, Paris France Les Halles des Chartrons, Bourdeaux – France Consulat de Portugal, Orleans – France 2014 Galeria Municipal S. Brás de Alportel, S. Brás de Alportel Galeria do Convento Espírito Santo, Festival Med Loulé Lusofolie ´s, Paris 2015 Salles des Féte, Montargis, France 2016 Conservatoire Municipel de Musique, Est, Jean de la Ruell, France Museu das Artes de Sintra, Sintra 2017 Singularidades do Branco, Consulado Geral em Paris Plurais do Branco, Assembleia da República, Lisboa 2018 Plurais do Branco, Centro de exposições temporárias, Odivelas

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EXPOSIÇÕES COLECTIVAS 1967 Colectiva, Faculdade de Ciências de Lisboa 1968 Na Perspectiva dos Dezoitos anos Sociedade de Geografia de Lisboa, Lisboa 1973 Atelier Sangier Galerie Maison des Beaux – Arts, Paris 1976, 1977, 1978, 1985, 1986, 1989 e 1990 Galeria Quadrum, Lisboa 1978 Colectiva, Galeria Tempo, Lisboa 1979 Une Nouvelle Génération, Galerie Rencontres, Paris Organizada por Marcelin Pleynet 1980 Peinture Portugaise Actuelle Tendances Abstraites, Bretigny, França Shakespeare Company NRA, Paris 1981 Pintura Portuguesa Contemporânea Centro Roger Portugal, Nantes Antevisão, Centro de Arte Moderna Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa 1982 Colectiva, Galeria Santa Justa, Lisboa Aspectos da Arte Abstracta Contemporânea Portuguesa, SNBA, Lisboa Tendances Polémiques dans l’Art Portugaise Contemporaine,

Mois du Portugal Théâtre Paul Eluard, Bezons, França 1983 Douze Artistes Portugais de Paris, Centro Cultural Thihaut de Champagne, Troyes 1984 Campo Maior, Encontro de Arte Contemporânea, Portugal 84, Badajoz 1986 Sinfonia em Branco, Convento dos Capuchos, Caparica III Exposição de Artes Plásticas, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa 1987 Trois Peintres Portugais, Galeria de l’ Hotel Astra, Paris 2ª Bienal dos Açores Pintura Colectiva, Multiface Arte, Lisboa 1988 Tendências de uma Paisagem, Galeria Triangular 48, Lisboa Artistas da Galeria, Loja de Desenho, Lisboa Peintres Portugais à Paris, Galeria Gilde, Guimarães Colectiva, Galeria Graça Fonseca, Lisboa 1989 De Paris – Des Paris, Peinture Portugaise à Paris, SOCTIP, Lisboa Flutuações, Galeria Fluxos, Porto 1989, 1991 e 1993 Galeria Im Zwinger, St. Wendel 1991 80 Artistas em Portugal, SLB, Lisboa Colectiva, Galeria R.75, Lisboa 1994 África Amiga, Culturgest, Caixa Geral de Depósitos Pintores Portugueses de Paris, Companhia de Seguros Império, Paris 1995 1º Salão de ArtistasEuropeus, Câmara Municipal de Paris Espaço Château-Lanton, Paris 1996 Galeria de S. Bento, Lisboa 1998 Homenagem a Costa Camelo, Pintura, Galeria Municipal da Amadora, Amadora 1999 A comunidade Portuguesa em França, Exemplo de Êxito, Sala Gaveau, Paris 2000 Um olhar sobre artistas portugueses no limiar do terceiro milénio, Instituto Camões, Paris FNAC, Lisboa FNAC, Porto Colombo, Lisboa Olhares sobre Paris, Studio d’Arte La Subbia-Pietraianta, Itália Mestissage, Centro Cultural Português, Calouste Gulbenkian, Paris


2007 Exposição Permanente, Casa Velha, Quinta do Lago Zero Figura, Homenagem a Cruzeiro Seixas, Galeria Municipal Artur Bual, Amadora 2008 Exposição Permanente, Casa Velha, Quinta do Lago Exposição de Homenagem a Artur Bual, Espaço +, Aljezur Zero Figura, Homenagem a António Inverno Circularte, Colectiva do Circulo Artur Bual, C. Cultural Campo Maior 2009 Exposição Colectiva, Galeria Atlântica, Vila- sol Vilamoura Exposição Colectiva, Galeria ARC 16, Moreanes Mértola Exposição Colectiva, Galeria A G, Viseu III Aniversário do Espaço + Exposição das Colecções dos Municípios de Aljezur e Amadora, Aljezur IV Exposição de Artes Plásticas do Espolio Municipal-2005-2009, Amadora Exposição Colectiva, Galeria ARC 16, Faro Exposição Colectiva, Galeria, A G, Viseu Exposição Colectiva, Galeria LM, Sintra Circularte Colectiva, Centro de Cultura e Desporto do Crédito Agrícola Lisboa 2010 Arquivo Municipal do Município de Vila Real de S. António Colectiva da Galeria ARC 16, Morianes Pintores Portugueses em França, Galeria Municipal Artur Bual, Amadora Homenagem a Laranjeira Santos, Galeria Municipal Artur Bual, Amadora 2011 Colectiva, Hospital Privado de Faro, Galeria Arc 16 Colectiva, Galeria Arc 16, Morianes Colectiva, Galeria S. Mamede, Lisboa Colectiva, Equinostrum- Clube Equestre de Faro 2012 Colectiva, Equinostrum- Clube Equestre de Faro Colectiva Grandes da Pintura Portuguesa, Hospital de S. Maria de Faro, Galeria Arc 16 Colectiva, 9º Congresso do Ministério Público, Vilamoura Hotel Tivoli Zero Figura Homenagem a Victor Lages, Galeria Municipal Artur Bual, Amadora Colectiva Consulado de Portugal em Paris, Circulo Artur Bual, Paris Colectiva Hotel de Ville, Soutteville – les – Roun, Circulo

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Exposição Colectiva 2000, Marco de Canavezes Europeus em Paris, Fotografias, Câmara Municipal de Paris, Hotel de Ville 2001 Exposição do Espólio Municipal 99-2001 do Município da Amadora Exposição colectiva 2001, Marco Canavezes 2002 Les peintres portugais en France, Colecção Império Seguros, Saint Germain-en-Laye, França Exposição colectiva 2002, Marco de Canavezes 2003 Exposição Colectiva pequenos formatos, Galeria Sol In Raisen, Berlim, Alemanha Portoarte, Exponor 2003, Porto Pintura Portuguesa, Galeria S. Bento, Lisboa Exposição Colectiva 2003, Galeria António Prates, Lisboa Exposição Colectiva 2003, Marco de Canavezes Colectiva, Rotary Clube de Ílhavo, Câmara Municipal de Ílhavo 2004 Exposição Colectiva, Acervo da Galeria, Galeria S. Bento, Lisboa Exposição Colectiva, Acervo da Galeria, Galeria António Prates, Lisboa Museo Etrusco de Murlo, Siena , Itália Cassa de Risparmio de Pistoia, Itália Fondazione Marino Marini de Pistoia, Itália Cassa de Risparmio de Firenza, Itália Museo de Cluj, Roménia Espace Bateau-Lavoir, Paris, França Les Móis du Portugal et de la Lusophonie Théatre Municipal Donald Cardwell-Daveil France Arte de Mãos Dadas-Paco da Cultura da Guarda, Guarda, Portugal Acervo da Galeria, Galeria S. Bento, Lisboa 2005 Espaço d’arte Silva Guerreiro, Almancil, Portugal Zero Figura, Galeria Municipal Artur Bual, Amadora, Portugal Arte-Estoril, Estoril, Portugal Galeria S. Bento, Lisboa, Portugal Galeria António Prates, Lisboa, Portugal 2006 10 anos depois, Centro Cultural de Cascais, Cascais Exposição Permanente, Casa Velha, Quinta do Lago Interior Design Exhibition, CAD’06, Faro


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Artur Bual, Paris 2013 Colectiva Zero Figura Homenagem a José Luís Fereira, Galeria Municipal Artur Bual, Amadora. Hommage a Theys Willense, Église St. Jean Eudes, Goussancourt – France 2014 Acervo Municipal 2014, Galeria Municipal Artur Bual, Amadora Zero Figura, Homenagem a José de Pádua, Galeria Municipal Artur Bual, Amadora Feira de Arte Contemporânea, Amadora 40 Anos de Arte e Critica da Colecção de Maria João Fernandes – Biblioteca Nacional, Lisboa 2015 Acervo Municipal 2015, Galeria Municipal Artur Bual, Amadora. Zero Figura, Homenagem a Gil Teixeira Lopes, Galeria Municipal Artur Bual, Amadora Colectiva Galeria Arco 16 , Faro 2016 Zero Figura, Homenagem a Fernanda Páscoa, Galeria Municipal Artur Bual, Amadora 2017 Plurais do Branco, Assembleia da República, Lisboa 2017 Singularités do blanc , Consulado Geral De Portugal em Paris 2018 Ateliê d´art contemporain du Huzo, Huzo França 2019 Bienal dos Artistas Lusófonos, Centro de Exposições temporárias, Odivelas

SALÕES 1972 a 1975 “Salon de Mai”, Paris 1973 a 1974 “Salon dês Réalités Nouvelles” 1972 a 1976 “Salon de Peinture, Novembre à Vitry”, Vitry 1973 a 1975 “Bienal de Toulon”, Toulon 1974 Festival de Menton, Menton

FEIRAS 1977 1978 Feira de Bolonha 1977 e 1979 FIAC – Feira Internacional de Arte Contemporânea, Paris 1977 e 1978 Feira de Basileia, Suiça 1987 Feira Internacional de Dusseldorf 1987 ARCO, Feira Internacional de Madrid

COLEÇÕES Representado em numerosas colecções em Portugal, Estados Unidos e Ásia Fundação Calouste Gulbenkian, Centro de Arte Moderna José de Azevedo Perdigão Fundação Serralves Fundação Oriente Fundação D. Luís I, Cascais Fundação Luís Silva Fundação António Prates Fundação Cupertino de Miranda Fundação Carmona e Costa Fundação Manuel de Brito Companhia de Seguros Império Caixa Geral de Depósitos Museu de Arte Moderna de Paris Museu de Macau Museu de Setúbal/Convento de Jesus Museu Municipal de Palmela Banco Pinto & Sotto Mayor Banco Franco Português Delegação Económica e Comercial de Macau, Lisboa Centro de Arte Contemporânea, Amadora Instituto Camões, Luxemburgo Montepio Geral


Banco Comercial Português Espólio Câmara Municipal de Loulé Espólio Município de Aljezur Espólio Município de Albufeira Hotel de Ville Soteville-les-Rouen, Rouen Fundação António Aleixo Sindicato dos Magistrados do Ministério Público Quinta da Pacheca, Lamego Companhia de Seguros Fidelidade, Paris. Assembleia da República Consulado Geral de Portugal em Paris Município de Odivelas

A descoberta do extremo, Águas livres Macau, Paulo Borges João Moniz Utopia do Quadro do Quadro da Utopia, Nuno Júdice Indícios do Paraíso, JL, Maria João Fernandes Beatriz Pellizzetti, João Moniz , Amazon Books Plurais do Branco, Francisco Soares, Palácio D. Manuel, Évora A Ecografia Complexa , Margarida Botelho, Biblioteca Nacional de Lisboa Tudo é possível, José Luís Porfírio, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa João Moniz, O Caminho do Graal. Paulo Borges, Fundação Oriente, Macau João Moniz, Singular na Diversidade Imediato, na Intensidade, Manuel Barroso, Instituto Camões Vigo.

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FILMOGRAFIA 1985 Filme realizado sobre a obra do Artista pela televisão Alemã – Primeiro Canal

BIBLIOGRAFIA

A PLURALIDADE DO BRANCO JOÃO MONIZ

Dictionnaire des Art Plastiques moderne et contemporains, Grund Dictionnaire Larousse – Encyclopédie dês Auteurs Dicionário de Pintores e Escultores Portugueses Fernando Pamplona Um quarto cheio de Espelhos João Miguel Fernando Jorge 80 Artistas em Portugal, Margarida Botelho Depois de ver, Pedro Tamen Tudo é possível, José Luís Porfírio, colóquio artes João Moniz , Ou, la spiritualité de la matieré, José Augusto Seabra




poética pictural de João Moniz, sobretudo a que se foi revelando ao longo dos últimos dez anos, ilustra bem o princípio da infinitude como variação, ou, se quisermos, da variação como janela para o infinito das possibilidades criativas. Trata-se, na verdade, de uma constante que define o original modo de ser e estar do pintor e preside em absoluto à sua estratégia compositiva e, de resto, a toda a não menos sofisticada processualidade que está na génese das suas obras. O espaço pictural é, por norma, dominado por uma superfície branca tratada texturalmente, de acordo com múltiplas variações de sulcos e traços que apenas se tornam visíveis em função da luz, essa instância reveladora por excelência.

FERNANDO ANTÓNIO BAPTISTA PEREIRA


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