#97 Música & Mercado - Julho/Agosto 2018

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ENTREVISTA

Joel Brito fala sobre a AES Brasil Show PÁG. 32 Assine e receba antes!

O SÉCULO DA IZZO | JULHO E AGOSTO DE 2018 | Nº 97

MÚSICA & MERCADO

A REVISTA DO SITE: W W W.MUSICAEMERCADO.ORG | JULHO E AGOSTO DE 2018 | Nº 97 | ANO 17

O SÉCULO DA IZZO A renomada Izzo Musical está fazendo 100 anos e as novidades são muitas. A empresa acaba de atravessar um processo de sucessão, em que Aldo Storino Junior passou a presidência para uma das filhas, Priscila, e a outra, Simone, assumiu como diretora comercial e de marketing. Além disso, tem a comemoração com uma campanha que levará os clientes ganhadores para o Caribe. Muito mais nesta edição! PÁG. 40

NOVIDADES DA BOSE

A Seegma, distribuidora da marca no País, apresentou novos produtos em evento especial. PÁG. 50

OS 10 ANOS DA FSA CAJONS

Eventos comemorativos e novos produtos serão apresentados em 2018. Veja na PÁG. 28

ÁUDIO & MÚSICA BRASIL

O evento do Grupo Renaer mostrou ser um ponto de referência para os lojistas e para a própria empresa. Este ano, em Salvador. PÁG. 28

MAKE MUSIC BRASIL

A iniciativa foi sucesso em todo o País. Confira na PÁG. 36

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SUMÁRIO

38 CAPA

SEÇÕES

IZZO MUSICAL

16 EDITORIAL 18 ÚLTIMAS 24 SETUP Kilotones 76 PRODUTOS Os lançamentos e destaques das melhores marcas do mercado 88 5 PERGUNTAS

A empresa comemora 100 anos com muitas novidades, entre elas mudanças na diretoria, novos produtos e uma campanha especial que está sendo feita ao longo do ano. A família Storino conta tudo nesta ampla entrevista.

MATÉRIAS

90 CONTATOS Os nossos anunciantes você encontra aqui

26 MUNDO DIGITAL Redes sociais: uma área livre com regras rígidas 30 EXPORTAÇÃO FSA faz aniversário e cresce no mercado exterior

COLUNAS

32 INTERNACIONAL Zoom e Avid formam aliança para produtos

62 Mitigando riscos

34 ESPECIAL Make Music Brasil - Campanha mundial

por Joey Gross Brown

promove a importância da música

64 Nosso ramo passa por uma grave crise de

36 REPRESENTANTE Marcas nacionais na EquipAudio Representação

criatividade e inovação

46 PÓS-FEIRA Áudio & Música Brasil 2018 em Salvador

por Luiz Carlos Rigo Uhlik

66 Vendedor, você atende às

50 EVENTO Seegma apresenta produtos da Bose Professional

necessidades do seu cliente?

52 BIOGRAFIA Quem não conhece Leo Fender?

por Carlos Cruz

56 LOJA Produtos e assistência técnica na Sputnik Magazine 58 ANIVERSÁRIO Rotosound celebra seis décadas de cordas 60 VENDAS Lealdade do cliente é sinônimo de vendas 68 PÓS-FEIRA TecnoMultimídia InfoComm no Brasil

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72 PÓS-FEIRA O novo formato da AES Brasil Expo

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EDITORIAL DANIEL A. NEVES

CEO & Publisher

CEO & PUBLISHER

Daniel A. Neves

“A música é o tipo de arte mais perfeita: nunca revela o seu último segredo.”

Diretora de Redação

Paola Abregú

— Oscar Wilde*

Diretor de Arte

Dawis Roos Departamento Comercial (Brasil)

Denise Azevedo comercial@musicaemercado.org Tel.: (11) 3567-3022

MUSIC SHOW: PORQUE A MÚSICA CONECTA

Departamento Comercial (Internacional)

sales@musicaymercado.org Administração e Finanças

Rosângela Ferreira Revisão de Texto

Hebe Ester Lucas Assinaturas

Caio Macedo Bacci assinaturas@musicaemercado.org Colaboradores

Ann Lévizon, Carlos Cruz, Joey Gross Brown, Luiz Carlos Rigo Uhlik Impressão e Acabamento

Nywgraf Editora Gráfica Música & Mercado®

Caixa Postal: 2162 - CEP: 04602-970 São Paulo / SP / Brasil Tel.: +55 (11) 3567-3022 Autorizada a reprodução com a citação da

Música & Mercado, edição e autor. Música & Mercado não é responsável pelo conteúdo e serviços prestados nos anúncios publicados.

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Anuncie na Música & Mercado comercial@musicaemercado.org

Junto com a Cenna Stands, a Música & Mercado trará a Music Show para o cenário dos eventos de música no Brasil. A Music Show é um evento novo, com mais de 90 expositores, preparada para inspirar e dar a direção do mercado da música no Brasil. Acreditamos num modelo de evento que traga tecnologia e conhecimento, além de equipamentos e tendências. Sem barulho - A Music Show é uma feira com áreas separadas entre loja e consumidor, para que todo o ruído de uma feira não seja ouvido e dê ao lojista possibilidade de fazer negócios tranquilamente. O lojista tem credencial vip para ir a todos os locais; o consumidor participará da área destinada a ele. O evento também traz uma seleção de debates para mostrar e inspirar o caminho do mercado da música no Brasil, seja por meio físico ou virtual. Outra novidade é que a Music Show é um evento setorizado, privilegia as marcas e amplifica o marketing, a exposição e a relação com o cliente final. Parcerias inéditas para as feiras do setor da música no Brasil, como o YouTube, servirão para aumentar a geração de conteúdo sobre as marcas expositoras no evento e trazer conhecimento de como as lojas podem explorar melhor o YouTube como canal de venda. As novidades não param. A Music Show trará a Universidade do Comércio Físico e Virtual para debater as tendências e preparar os lojistas para as mudanças nos sistemas de comércio virtual e marketplace. Vamos agora voltar a falar da revista. Esta Música & Mercado está cheia de novidades e honrarias. Iniciamos com a reportagem de capa que homenageia a Izzo Musical, empresa que completa 100 anos em 2018 com um excelente programa de sucessão familiar. Nesta edição também falamos com Alex Azevedo, da Bose, sobre o evento realizado pela Seegma, importadora da marca. Ainda conversamos com Joel Brito, presidente da AES Brasil, para compreender o andamento da entidade no País. Bom, esta edição tem muita novidade. Espero que gostem. Boa leitura e nos

vemos na Music Show!

DANIEL NEVES CEO & PUBLISHER DA MÚSICA & MERCADO TWITTER/DANIEL_NEVES

Parcerias

* Oscar Wilde (1854-1900. Influente escritor, poeta e dramaturgo britânico de origem irlandesa)

Associados

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As mais recentes notícias do mercado de áudio, iluminação e instrumentos musicais Quick Easy realiza evento EV Experience

ÁUDIO

Treinamento na Ninja Som

Ninja Som é revenda exclusiva da Tascam para São Paulo A renomada marca Tascam está de volta ao Brasil, agora sob a batuta da joint venture entre as empresas PC Audio e Video (distribuidor exclusivo da marca no Brasil) e Music Company (distribuidora de marcas como Arturia, Native Instruments, Ableton e outros nomes importantes). Em São Paulo foi apontada a empresa Ninja Som como revenda exclusiva da marca. Nesse sentido, já foram efetuados treinamentos comerciais e estreitamento de relacionamento para oferecer ao consumidor a linha de interfaces, microfones condensadores e fones de ouvido de alta qualidade em cada uma das lojas do grupo. Joey Gross Brown, gerente da Music Company, explica: "Nossa ideia de trazer a Tascam de volta ao Brasil em caráter oficial se dá ao passo de que a demanda por interfaces e produtos de melhor qualidade, em diversos mercados verticais de áudio, cresceu bastante. A interface US 16x08 tem se tornado padrão na radiodifusão e a Tascam não poderia ficar fora do mercado brasileiro. Escolhemos a Ninja Som pela excelência no serviço prestado ao consumidor e pelo empreendedorismo pioneiro que sempre demonstrou, destacando-se no mercado e cobrindo um vasto leque de consumidores. Essa parceria certamente será duradoura e fiel, beneficiando o consumidor brasileiro que procura qualidade superior a preços convidativos".

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A Quick Easy, distribuidora da Electro-Voice no Brasil, apresentou lançamentos Novidades prontas da EV da marca com diferentes sistemas de áudio. Entre eles, encontramos o Evolve 50, uma das novidades da linha Portable, juntamente com a linha ELX200, que contém cinco caixas, sendo elas: ELX200 10P, 12P e 15P e dois subwoofers, ELX200 12SP e 18SP. Outro produto novo é a linha X-Line Advance, com um sistema de line array e o subwoofer X12, “que até então é o sub mais potente desenvolvido pela Electro-Voice”, disse Bruno Raphael do Nascimento, da Quick Easy. “Procuramos com esse evento expôr a marca Electro-Voice de uma maneira interativa, mostrando todas as caixas funcionando em um intervalo de 15 minutos, em que o público pôde sentir o impacto de cada falante da linha Portable e a potência do novo X-Line Advance. Após a apresentação, promovemos um bate-papo com os técnicos da Bosch, que responderam a todas as perguntas e ainda falaram um pouco sobre as caixas com foco no novo sistema de line array da Electro-Voice, o X-Line Advance”, explicou. Pelo lado da Electro-Voice, Alex Lameira, gerente de marketing, concluiu: “Hoje podemos dizer que a Electro-Voice alcançou um patamar recorde no Brasil. Ficamos quase dois anos sem lançamento e este ano já trouxemos um novo sistema de line array e algumas novidades na linha Portable. Mesmo com todos os desafios, hoje a Electro-Voice se encontra muito bem posicionada no Brasil e no mundo”.

Shure contrata especialista em desenvolvimento de mercado A Shure está cada vez mais focada em garantir o atendimento de qualidade aos seus clientes e parceiros na região. A contratação de Juan David para o cargo de especialista em desenvolvimento de mercado para a América Latina confirma essa premissa. O profissional irá direcionar seus esforços para assuntos educativos e técnicos — em estreita colaboração com os canais de distribuição — e no atendimento aos clientes finais da América Latina. Além disso, será responsável por ampliar a liderança da marca no mercado de áudio profissional na região. Formado em Engenharia de Som pela Universidade de San Buenaventura (Bogotá), o profissional conta com mais de oito anos de experiência na indústria de áudio. Anteriormente, atuou na Yamaki Colômbia como desenvolvedor de mercado para as marcas distribuídas pela companhia. Fluente em inglês, espanhol e português, David chega com o objetivo de reforçar os planos da empresa e intensificar a imagem da Shure no segmento.

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Audio-Technica disponibiliza novo firmware para sistema digital Atuc-50 A Audio-Technica está lançando um novo firmware (versão 1.6.1) para a unidade de controle Atuc-50CU, que faz parte da linha de Novo firmware para download sistemas digitais para conferência Atuc-50. Os novos recursos incluem um aumento no número máximo de unidades delegadas (Atuc-50DU e Atuc-50IU), de 50 para 100 por Atuc-50CU (e o número máximo durante a utilização de três Atuc-50CUs agora é 300); suporte para a unidade de integração Atuc-50IU para instalações discretas, bem como uma série de outras atualizações e recursos práticos (que podem ser encontrados no site do produto em audio-technica.com). As novas unidades de controle Atuc-50CU, cujas entregas começaram em abril de 2018, vêm com a versão 1.6.1 como padrão. Para os clientes que atualmente possuem uma Atuc-50CU e gostariam de obter a versão 1.6.1, é possível fazer a atualização baixando o firmware gratuitamente na página do produto Atuc-50, no site da Atus.

Luminário Produções tem amplificadores Powersoft Tomas Lyra, proprietário e gerente da companhia de Amplificadores locação do Recife, teve a prontos para o show oportunidade de obter um sistema EAW a um preço razoável e decidiu chamar o engenheiro de áudio e amigo Gera Vieira para fazer um teste e ver se era um bom investimento. Gera recomendou o uso de amplificadores Powersoft, adquirindo dois X4, mas a Luminário agora aguarda a chegada de dois amplificadores X8 DSP+D e mais um X4. O primeiro uso do equipamento foi no show de Alceu Valença, como parte do 17º Fórum Empresarial Lide.

Seminário da DAS Audio para igrejas A DAS apresentou duas palestras focadas no mercado de igrejas em Barueri. Uma visou os pastores, mostrando a importância do áudio na igreja, e a outra foi para técnicos de som, músicos e líderes de louvor, com o título “Qual a sua missão na igreja?”. Além de interessantes dados e dicas, os presentes conseguiram ver os sistemas que a marca espanhola disponibiliza no Brasil para este mercado.

Novo e-commerce com foco nos fones Dois profissionais da indústria de eletroeletrônicos fundam novo portal de e-commerce focado em fones de ouvido. Sergio Katsuren, sócio do grupo Ágora Digital e distribuidor da marca Edifier no Brasil, e Alexandre Algranti, especialista no mercado de fones de ouvido com passagem pelos fabricantes Sennheiser, beyerdynamic e Audio-Technica, acabam de lançar o site fonesdeouvido.com.br. O site tem como objetivo “tudo para seus ouvidos” e oferece o conceito de “one stop shopping” para todas as necessidades auditivas de quem vive a música. Além das principais categorias de fones, caixas de som amplificadas, toca-discos e acessórios, o site também oferece uma ampla seleção de discos, vídeos e livros seminovos para completar as coleções mais exigentes.

4ª Church Tech Expo A feira internacional dedicada às tecnologias e soluções para templos e igrejas foi realizada de 13 a 15 de junho no Pavilhão de Exposições do Anhembi em São Paulo e contou com expositores como AKG, Audio-Technica, Avid, Bosch, Casio, China Som, Electro-Voice, FZ Áudio, JBL, Ninja Som, Oneal, Pride Music, Tagima, Yamaha e outros nomes. Durante os três dias, os técnicos e pessoal relacionado com este tipo de mercado tão específico conheceram as novidades em áudio, instrumentos, vídeo e afins para facilitar e melhorar seu trabalho.

Organizadores já estão trabalhando para 2019

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ÚLTIMAS

INSTRUMENTOS MUSICAIS Casio lança linha CT-X em evento especial Os novos teclados foram apresentados no Bar BrahDemo durante a apresentação ma, em São Paulo, com a participação de numerosos representantes de lojas de instrumentos musicais, mídia especializada, endorsers e influencers. A linha CT-X apresenta a nova fonte sonora AiX (Acoustic intelligent eXpression) para teclados eletrônicos, aproveitando a experiência acumulada pela Casio no desenvolvimento de fontes de som para pianos digitais. O modelo top de linha é o CT-X5000, um teclado arranjador com 15 W+15 W de potência de falantes; o modelo CT-X3000 entrega 6 W+6 W; já os modelos intermediários CT-X700 e CT-X800 têm falantes de 2,5 W + 2,5 W.

Musical Paganini alerta sobre fraude de boletos bancários A empresa está alertando todos os clientes para que, se receberem qualquer e-mail falando sobre erro no cálculo de impostos e com um novo boleto anexo, desconsiderem, pois se trata de fraude. O único responsável pelo setor financeiro da empresa é Ricardo Francisco (ricardo@musicalpaganini. com.br). Esse é o único e-mail válido do financeiro. Daniel Ianicelli, diretor comercial da Musical Paganini, registrou queixa na delegacia de Guarulhos. A empresa orienta que, em caso de qualquer dúvida, entre em contato pelos telefones (11) 4574-1191 ou (11) 4574-1192.

Bruno Palma é novo endorser da SG O músico carioca Bruno Palma firmou parceria com a Izzo e é o enovo artista oficial da marca de cordas Bruno com suas cordas de preferência SG Strings. A partir de agora Bruno será visto tocando com os modelos de corda para guitarra elétrica da marca.

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Dois novos endorsees para a Aquarian Drumheads A Aquarian Drumheads, empresa norte-americana fabricante de peles para bateria, apresenta dois novos endorsees internacionais: os Albino Infantozzi brasileiros Albino Infantozzi e Maurício Leite. Para comemorar o ingresso de ambos os músicos, a Aquarian Brasil promoveu um workshop em formato Facebook Live, chamado Aquarian Day Legends, com Albino Infantozzi, Maurício Leite e Fabiano Manhas. No segundo semestre este evento será feito pessoalmente em algumas cidades do País. Fique antenado!

Faleceu Luiz Petian, da Giannini O gerente de desenvolvimento de produtos da Responsável por trás Giannini, Luiz Petian, dos instrumentos da empresa faleceu no dia 3 de junho, vítima de um infarto. “Além de um amigo excepcional, Luiz era um profissional focado e dedicado, que contribuiu enormemente para a indústria de instrumentos musicais no Brasil”, diz Laura Bahia, gerente de marketing da empresa. “A maioria das pessoas não o conhecia pessoalmente. Ele ficava nos ‘bastidores’ da Giannini. Mas, durante mais de oito anos, ele foi um dos responsáveis pelos principais projetos de instrumentos musicais da empresa, trabalhando com o desenvolvimento dos nossos produtos. Descanse em paz!”

Boletos falsos também na Hoyden A Musical Paganini não está sendo a única vítima na nossa indústria, pois a mesma situação acontece com a Hoyden. Responsáveis pela Hoyden informaram aos clientes: "Não paguem nenhum boleto com desconto alegando erro no cálculo de impostos, pois se trata de fraude. Os únicos e-mails de nossa empresa (Hoyden Musical do Brasil) autorizados para envio de boletos são lilian@ hoyden.com.br / fabiane@hoyden.com.br / marcos@hoyden.com.br, todos com domínio hoyden.com.br. Qualquer outro que não seja esse é golpe. Se tiver dúvidas, favor entrar

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Faleceu Kazuo Kashio, um dos fundadores da Casio Computer

Arwel apoia os jovens universitários e admite dois novos estagiários

Kazuo Kashio faleceu no dia 18 de junho aos 89 anos por pneumonia por aspiração, uma infecção pulmonar que se desenvolve depois de haver aspirado (inalado) alimentos ou líquidos e levado para os pulmões. Kazuo Kashio foi um dos quatro irmãos que fundaram a empresa japonesa Casio Computer Co. No momento do seu falecimento, era o chairman da companhia, tendo atuado como presidente previamente. Seu irmão mais velho, Tadao, foi o segundo presidente da Casio, sendo, de fato, o pai deles o primeiro presidente da empresa. Kazuo deixou sua esposa Soko, duas filhas e seu filho Kazuhiro, que é o presidente da Casio. Fonte: abcNews

A Arwel admitiu em junho, com apoio das NUBE, dois estagiários: Rhamon Macedo de Moura (18 anos) e Gabriella Mirante Santos (19 anos). São jovens iniciando no mercado de trabalho, mas que vêm tendo um ótimo desempenho. Ambos trabalham em áreas distintas: Rhamon atuará no setor de marketing, já que cursa Publicidade e Propaganda na Universidade São Judas Tadeu, e Gabriella, que cursa Gestão comercial na Universidade Anheimbi Morumbi, atuará somente com iniciativas como essa, nossos jovens poderão adentrar no mercado em suas áreas escolhidas, pois o mercado está bem restritivo para profissionais com experiência comprovada. Onde ficariam nossos jovens sem esta chance de adquirir uma experiência prática, além da teoria das universidades? Precisamos sempre dar passos em direção ao futuro, como estes e outros, para chegarmos lá”, disseram os diretores da empresa.

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ÚLTIMAS Novità anuncia selo de produto original para a Seymour Duncan

18 anos da Solez

Com o intuito de proteger os clientes contra falsificações de produtos Seymour Duncan, que infelizmente vêm sendo anunciados nos sites mais populares de venda pela internet, a Novità Music — distribuidora oficial da Seymour no Brasil — informa que, a partir de agora, todos os produtos da marca, incluindo captadores, pedais de efeito e amplificadores, terão em sua embalagem um selo holográfico e um certificado de importação oficial. Dessa forma, a empresa reafirma seu compromisso de oferecer o melhor suporte e pós-venda aos músicos que a prestigiam adquirindo produtos Seymour Duncan nas revendas autorizadas. A empresa informou também que todos os produtos Seymour Duncan distribuídos pela Novità Music adquiridos anteriormente a este comunicado em alguma das revendas autorizadas continuarão contando com todo o suporte e garantia legais.

Frederick Export busca distribuidores para suas marcas A empresa de distribuição baseada nos Estados Unidos procura ampliar a presença de algumas das marcas que representa na Mais presença no Brasil América Latina. A companhia de cordas Rotosound, os suportes Manhasset Music Stands e a L.R. Baggs, criadora de produtos para amplificação de guitarra acústica, estão buscando distribuidores em nossa região. Se a sua empresa estiver interessada em ter estes produtos reconhecidos no seu portfólio, contate: info@frederickexport.com.

Luen fecha distribuição no Chile A EAS Audio e Iluminación Professional, distribuidor exclusivo das marcas Orange, Sennheiser, Fodera e Aguilar, entre outras, é o novo distribuidor exclusivo da Luen no Chile. “Para nós, é uma grande honra ter fechado com uma empresa séria como a EAS, estando em meio a marcas mundialmente conceituadas em um país de grande potencial como o Chile”, disse Douglas Prado, responsável pelo departamento de exportação.

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Em comemoração aos seus 18 anos, a Solez convida seus usuários a participar da festa! A empresa está recebendo Stories em um vídeo individual de cada usuário de no máximo 18 segundos (que é o tempo estipulado por Stories do Instagram). Você pode gravar um vídeo no rolo da sua câmera e enviar para a empresa pelas redes sociais.

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Yamaha Music School apresenta o 1º Yamaha Rock Day A Yamaha Music School fez tremer as estruturas do bairro da Vila Olímpia, em São Paulo, ao promover a primeira edição do Yamaha Rock Day, com foco no contrabaixo. A ação contou com aulas experimentais, sorteios de brindes e trocas de cordas de contrabaixo para os dez primeiros inscritos. O baterista da banda Sepultura, Eloy Casagrande, foi o convidado especial do evento e fez um pocket show acompanhado dos instrutores Alexandre de Orio e Bruno Ladislau, este último professor do curso de contrabaixo da Yamaha Music School.

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Karpius no III Encontro de Bateristas A marca de pratos Karpius Cymbals foi patrocinadora oficial do III Encontro de Bateristas de Manaus e Músicos e visitantes juntos realizou um workshop com os artistas solo Edvaldo batera (Belém-PA) e Eduardo Cubano (percussão e bateria). O evento aconteceu no estúdio Super Sônico em Dom Pedro, com uma ótima galera presente.

Foxsom comemora 20 anos A loja baiana está comemorando duas décadas na indústria com sorteios mensais de diversos instrumentos e produtos para seus clientes e usuários das cidades de Porto Seguro e Baianão (BA), onde tem suas duas lojas. Parabéns!

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KILOTONES, ROCK DESDE O BRASIL

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trio, que está em fase de gravação do próximo álbum, foi uma das atrações no line-up do Festival João Rock. Recentemente lançaram o primeiro single do seu novo trabalho, Confiante. n

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Nesta edição conheceremos a banda de rock brasileira Kilotones, formada pelos irmãos JP, AJ e Pedro Barrionovo

Pedro (Bateria) Desde criança, por volta dos 3 anos, colocava algumas latas na sua frente, pegava dois gravetos e começava a batucar ali. Foi depois de assistir aos ensaios da banda dos irmãos mais velhos que pediu para aprender a tocar bateria e passou a ter aulas. Kits: Pedro é endorser da Fischer Drums e o modelo que usa é uma assinatura própria. É um instrumento que foi personalizado exatamente como ele pediu: uma bateria acrílica, cor verde-água, com ferragens pretas e medidas: bumbo 24”x16”, caixa 14”x08”, tom 14”x10”, surdo 18”x16”. Seu kit de bateria é híbrido, sendo acústico e eletrônico. Na parte acústica usa sua bateria acrílica Fischer, com peles Aquarian Response 2 nos toms, surdo, bumbo e a Hi Velocity na caixa; um prato Hi-Hat Zildjian Quick Beat 14” e um Crash Zeus Custom 18”. Na parte eletrônica, usa um SPD-SX da Roland. Além da função de samples, usa o SPD-SX para disparar o metrônomo para toda a banda via fone in-ear. Acessórios: Os fones in-ear que usa são Shure 215 e os cabos para plugar no SPD-SX são TecniForte High Clear pontas P10 reto/P10 reto. Para tocar em todo o kit híbrido usa as baquetas Los Cabos modelo Rock.

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JP Barrionovo (Violão)

AJ Barrionovo (Baixo)

JP começou a estudar violão aos 12 anos de idade na cidade de Ribeirão Preto (SP). Tocava rock, bossa nova, samba, reggae. Aos 16 descobriu bandas como Nirvana, Silverchair e Bush. Em 1997 conseguiu comprar sua primeira guitarra, uma Fender mexicana com microafinação, com o dinheiro que tinha poupado mais a ajuda dos pais. Quando ele, AJ — que já cantava — e o caçula Pedro, que tinha apenas 10 anos, decidiram formar a banda, compraram um baixo usado para o AJ, um Giannini 1980, e uma bateria Peace para o Pedro. Enquanto estudavam, tocavam na noite. Investiram em equipamentos e venceram diversos festivais de música pelo Brasil. Além disso, JP e Pedro fizeram faculdade de música. Em 2016 finalmente formaram os Kilotones. Guitarras: Fender Custom by Murilo Martin 1997, Gibson Standard Les Paul 2013, Telecaster N.Zaganin 2005. Amplificadores: Mesa Boogie Road King II, caixa 2”x12” Road King Mesa Boogie. Pedais e efeitos: Pedalboard Amora 70”x40”, switcher/looper One Control Crocodile Tail OC 10, Talk Box Rocktron Banshee II, Dunlop Cry Baby, Eventide Pitch Factor, Line 6 M13, Xotic EP Booster. Acessórios: Cabos Tecniforte High Clear 4,5 m, transmissor Sennheiser ew 100, in-ear Sennheiser ew 300 G2 com fone Shure 215. Fonte de alimentação de pedais Landscape PS 12, cabos do pedalboard Tecniforte sem solda Mojopath, Mogami e Santo Angelo com plugs Amphenol. JP é endorser dos cabos Tecniforte, cordas de guitarra SG, Amora Pedalboard, Guitar Music Shop e Murilo Martin Luthieria.

Desde criança cantarolava melodias que inventava, mas seu primeiro registro de gravação foi aos 5 anos, cantando “Fuscão Preto”, do Trio Parada Dura. A primeira vez que pegou um microfone e subiu ao palco foi aos 6, 7 anos, cantando “O Palco Caiu”, de Mato Grosso & Mathias. Aos 11 anos começou a aprender violão e aos 13 ganhou dos pais um Mini System e seu primeiro CD, Tributo a Cazuza. Em 1997 ou 1998, junto com o irmão Pedro, passou a fazer aulas, ele de baixo e seu irmão, de bateria. Foi aí que comprou seu primeiro baixo, o Giannini 1980. Baixos: Giannini Modelo AE04B, 1980 (Precision), MusicMan Sting Ray Classic Series. Amplificadores: Hartke HA 5500 4“x10“ 1x15“, Marshall VS100, Line 6 M5 e 18“x18“ Fischer. Pedais e efeitos: Boss Bass Synthesizer, Boss NS-2, Electro Harmonix Big Muff Pi com Tone Wicker, SansAmp GT-2 tech 21 niece. Acessórios: Microfone sem fio Shure Beta SM58, transmissor Sennheiser ew 100 G2, transmissor Sennheiser ew 300 G2, fone M-Audio IE-40. AJ é endorser das SG Strings, Tecniforte Cables e Guitar Music Shop – Ribeirão Preto.

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MUNDO DIGITAL

REDES SOCIAIS: UMA ÁREA LIVRE COM REGRAS RÍGIDAS

VLADIMIR PRESTES

Diretor geral da SearchInform no Brasil, líder russa em sistemas de segurança da informação há mais de 20 anos. Com mais de 2 mil clientes e cerca de 1.200.000 computadores protegidos, possui escritórios em 16 países

Todo mundo gosta, mas o uso incorreto pode trazer problemas para as pessoas e para as empresas onde trabalham

V

ivemos na era do “like” — as redes sociais nos acompanham na resolução de uma variedade de problemas: aqui aprendemos, trabalhamos, relaxamos, fazemos compras. Por sua vez, os especialistas em gerenciamento de tempo não se cansam de nos lembrar como as redes sociais podem ser prejudiciais à nossa produtividade; como, sem perceber, gastamos horas por dia com elas. Além da baixa eficiência, o uso incorreto das redes sociais traz riscos e pode comprometer a reputação, arruinar carreiras e causar perdas financeiras. Não menos problemas as redes sociais podem trazer aos negócios: vazamentos de informações, publicações impensadas de funcionários em redes sociais e, como consequência, danos à imagem da organização. Os limites entre as contas pessoais e profissionais estão se estreitando cada vez mais, o que, infelizmente, é pouco compreendido pelos funcionários. Uma história levada à justiça foi a demissão de um funcionário da Apple por causa de uma declaração negativa sobre a empresa no Facebook. A justiça trabalhista britânica reconheceu que a demissão era legal, uma vez que as regras corporativas da Apple prescreviam a proibição estrita de declarações

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desse tipo tanto sobre a própria empresa quanto sobre seus produtos. Além disso, o tribunal apontou que mesmo publicações ocultas nas páginas pessoais de funcionários poderiam ser compartilhadas por amigos virtuais e prejudicar a imagem da empresa.

As ameaças das redes sociais De que forma as redes sociais podem ser perigosas para os usuários e empresas?

1.

Publicação de informações confidenciais e fotos em redes sociais.

Tais incidentes geralmente chegam até a mídia. Os usuários postam voluntariamente fotos de seus passaportes e cartões de embarque nas redes sociais, contando sobre suas viagens. De acordo com o especialista em segurança da informação (SI), Brian Krebs, o código de barras ou código QR da passagem é uma fonte de informação se houver acesso à internet. As empresas também estão na zona de risco devido à imprudência de seus funcionários. Assim, com um dos clientes da SearchInform ocorreu a seguinte história: dois funcionários

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Os limites entre as contas pessoais e profissionais estão se estreitando cada vez mais, o que, infelizmente, é pouco compreendido pelos funcionários

foram trabalhar no fim de semana. Na segunda-feira, um especialista do serviço de segurança descobriu uma foto de uma instalação secreta no Facebook. Os funcionários visitaram o local, tiraram fotos nas instalações e as postaram nas redes sociais. As fotos foram rapidamente apagadas. Em caso de ampla divulgação, o cliente provavelmente suspenderia o contrato e a empresa perderia mais de US$ 4 milhões. Fraudes, técnicas de engenharia social, ataques de phishing. Por enquanto, em geral, estamos falando sobre o roubo de dados de pessoas físicas, a retirada de fundos de suas contas, e sobre a invasão das contas de seus amigos e parentes. Mas, muitas vezes, os dados coletados são usados para um ataque subsequente à empresa empregadora.

2.

Divulgando informações sobre o local de trabalho e seus colegas, os funcionários ajudam os fraudadores a reunir um dossiê profissional.

De acordo com especialistas do Anti-Phishing Working Group (APWG), empresas com cerca de 10 mil funcionários gastam US$ 3,7 milhões por ano para eliminar os efeitos de ataques de phishing. Prática comum: um funcionário recebe um e-mail de seu supervisor, pedindo para que envie imediatamente informações confidenciais por sua rede social ou mensageiro instantâneo. O supervisor se encontra em uma viagem de negócios ou de férias. O funcionário envia os dados e depois fica sob monitoramento do serviço de segurança — uma vez que na empresa existe a proibição direta de envio de informações via mensageiros instantâneos. Para entender a situação, os especialistas SI devem ter à sua disposição ferramentas especiais — DLP, Sistemas Siem etc. Com uma análise retrospectiva dos eventos, o sistema DLP irá resolver a situação facilmente. O programa mostrará com que finalidade o funcionário enviou dados. E embora isso não o torne inocente, ao menos mostrará que ele não agiu com más intenções.

3.

colegas ou os dados pessoais de clientes acabam sendo divulgados por meio de um envio em massa. Para evitar tais acidentes, também existem ferramentas especiais — mecanismos de bloqueio. Os documentos sigilosos são marcados com inscrições especiais e seu envio para fontes externas é bloqueado. Ao enviar um documento desse tipo, o e-mail é colocado em quarentena e, sem a verificação do serviço de segurança, o e-mail não será enviado.

4.

Declarações inadequadas na rede.

Aparentemente, a maioria das pessoas deveria estar acostumada com o fato de que mesmo

Erros ao enviar mensagens.

Na área de trabalho, muitas vezes temos várias janelas abertas, por isso não é surpreendente quando enviamos algo por engano para um endereço errado: mensagens, documentos, capturas de imagens. Isso é sempre desagradável, mas às vezes acarreta consequências mais sérias. Por exemplo, muitas vezes, dessa forma, várias pessoas tomam conhecimento dos salários de seus

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uma conta pessoal não é tão pessoal a ponto de expressarem absolutamente qualquer pensamento publicamente, mas sérios incidentes continuam acontecendo. As pessoas acreditam que sua conta pessoal é um espaço privado no qual compartilham sua opinião, principalmente com os amigos. Diante disso, o que as empresas podem fazer é regular as ações de seus funcionários na rede, a fim de evitar danos à sua imagem e proteger os funcionários de publicações impensadas. Uma opção é a criação de “Regras de uso de mídias sociais” (Social Media Policies), como as utilizadas pelas gigantes Hewlett-Packard, Best Buy, Adidas e Los Angeles Times. No entanto, o cumprimento de quaisquer regras deve ser verificado, por isso, os especialistas SI devem possuir ferramentas modernas de análise dos fluxos de informações e notificação de incidentes.

5.

Vazamento de dados de organizações.

Aqui estamos falando sobre ações deliberadas de funcionários, a saber, sobre “desvios” de informação confidencial, tendo em vista que as redes sociais são também um canal de transmissão de dados comum, assim como o e-mail. Vamos relembrar o caso com o ex-funcionário do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jofi Joseph, que administrava uma conta do Twitter com o nome de usuário @NatSecWonk, em que criticou duramente as decisões de seus chefes e divulgou informações sigilosas. Durante um ano e meio, Jofi Joseph conseguiu publicar cerca de 2 mil mensagens, após as quais ele foi incriminado pelo serviço de segurança do Departamento de Estado dos Estados Unidos.

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Como se defender?

Convença seus funcionários de que um comportamento cauteloso nas redes sociais é regra. A permissividade acarreta o risco de perda emprego e, à empresa, a perda de sua reputação. Outra opção é tornar a conta anônima e não especificar o local de trabalho, embora para figuras públicas e gestores isso seja extremamente difícil. Nesse caso, a introdução das “Regras de uso de mídias sociais” será de grande ajuda.

veem enganados quando descobrem, por exemplo, um débito no cartão bancário realizado por pessoas desconhecidas. Alguém em busca de “likes” publica notícias (e muitas vezes não públicas) sobre a empresa baseadas em sua própria interpretação. Tais ações imprudentes ameaçam empresas e funcionários com sérios problemas. O problema também é que as redes sociais não estão muito preocupadas com os dados que seus usuários têm publicado e não realizam trabalhos explicativos. Portanto, é melhor que as empresas tomem conta desse assunto e conduzam regularmente atividades de treinamento SI entre seus funcionários.

2.

4.

Recomendar aos funcionários que protejam suas contas com senhas mais complexas.

Quando a empresa possui um sistema de proteção contra vazamentos de informações (DLP), ele rastreia automaticamente todas as atividades realizadas pelo usuário no PC e salva o histórico de mensagens, sem diferenciar as contas pessoais e de trabalho nas redes sociais. Assim, o empregador garante a segurança de seus segredos comerciais. Os funcionários, no entanto, precisam ser notificados sobre as medidas de segurança da informação para que possam manter a privacidade de suas conversas pessoais e não as façam usando os equipamentos do empregador.

5.

Proteger os dados usando o sistema DLP.

Para que as redes sociais não venham a ser uma armadilha para pessoas e empresas, os gestores e gerentes de RH deveriam tomar certas precauções:

1.

Regulamentar o uso de redes sociais.

Recomendar a criação de uma conta separada, caso as redes sociais sejam necessárias para as tarefas de trabalho.

3.

Realizar um trabalho explicativo.

As pessoas, sem se importar, compartilham na rede dados de passaportes, endereços, telefones e outras informações pessoais. “Quem precisa disso? Estou seguro”, acreditam os usuários ingênuos, e muitas vezes se

Essa dica já pode ser considerada clássica, assim como a recomendação de não usar a mesma senha para todas as contas. No entanto, até hoje, esses conselhos são negligenciados por um grande número de funcionários.

Prever todos os tipos de riscos e se proteger contra o fator humano é impossível. No entanto, podem ser utilizadas soluções técnicas modernas como os sistemas DLP, que garantem a preservação de informações confidenciais e, portanto, protegem não apenas a empresa, mas também seus funcionários de danos à reputação e perdas financeiras. As redes sociais, assim como a internet em geral, não podem ser consideradas um espaço seguro, mas aparentemente verdades banais como estas, com o advento de novas ameaças, precisam ser reaprendidas. n

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EXPORTAÇÃO

FSA FAZ ANIVERSÁRIO E CRESCE NO MERCADO EXTERIOR Nascida da paixão pelo instrumento musical de origem afro-peruana e da confecção artesanal, a FSA Cajons comemora sua primeira década na indústria presente em cada vez mais países

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FSA Cajons surgiu 10º aniversário e planeja lançar dez novos produtos ao longo do em 2008, fundada por ano e organizar dez workshops Victor Menezes, atual com endorsers renomados. diretor da empresa. Com proA ação começou durante a dução própria em Araçatuba, feira Musikmesse, na AlemaSP, a FSA desenvolve produtos nha, onde lançaram o novo cacom design moderno e projeto jon Touch Magnetic. “É o quinacústico exclusivo, oferecendo to ano que a gente participa da opções desde cajons e acessóexpo e tivemos a visita de vários rios até o inovador Tajon. distribuidores”, contou Victor. Atualmente o Tajon conta O Magnetic Cajon é o novo com três versões: o modelo Tamodelo da série Touch. Este jon Standard é aquele que deu Victor Marques: mercado exterior como foco na empresa cajon tem um ímã de neodíforma e nome ao instrumento, mio na pele e, conforme ele é unificando a versatilidade do puxado para o meio da pele, cajon e as possibilidades sonovai secando o grave, por exemras de uma bateria, com A 67 x plo. “É muito legal porque é um L 53 x P 40 cm, pesando 11 kg e modelo que ainda não tinha no acompanhando peles de 8”, 10” mercado, ninguém fez até hoje.” e 14” no mesmo instrumento. A partir dele, contando Cajons lá fora com sua estrutura e tecnoloPois é, você leu bem: distrigia, surgiram dois modelos: o buidores. Os cajons da FSA Tajon Master, com acabajá estão presentes em vários mento laqueado e tendo como países do mundo. principal diferencial a utilizaEm julho de 2017, a empreção de peles da empresa norteCuidado especial com a matéria-prima sa fechou uma parceria com -americana Evans Drumheao Grupo Algam, um grande ds, e o Tajon Flip, que possui uma parte escamoteável, para deixar o duas sonoridades de pele — uma com distribuidor de instrumentos musiinstrumento mais confortável em apre- o Tajon fechado e outra com ele aberto. cais e equipamentos de áudio profisEm 2018, a empresa comemora seu sional na Europa, disponibilizando os sentações, podendo ser utilizado com

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cajons também em lojas da Espanha, Portugal, Alemanha, França, Bélgica, Holanda e Luxemburgo. A empresa ainda está presente nos Estados Unidos com a MLCF. “O acordo de distribuição com o Grupo Algam reafirma o comprometimento da FSA Cajons com sua produção”, comentou o diretor. “Mas toda empresa tem de considerar vários fatores ao trabalhar com o mercado internacional. Primeiro, você tem que aprender novas culturas, uma nova forma de negociar, porque cada país tem diferentes ideologias e modos de fazer negócios.” Além da Europa, o Grupo Algam iniciou seus trabalhos em mais um mercado promissor com o lançamento da Algam China. A Ásia é mais um território interessante para a FSA e a empresa está negociando distribuição na China no próximo semestre. Todos os modelos do portfólio da FSA Cajons são encontrados nas lojas europeias. “São os mesmos produtos, com qualidade idêntica. Não estamos diferenciando a produção, afinal, valorizamos o mercado nacional e pretendemos que os músicos europeus possam ter a mesma experiência sonora que os cajoneros da América Latina”, disse Victor. Para poder atender o mercado nacional e o comércio exterior, a empresa ampliou a linha de produção em sua fábrica. “Chegar a esse ponto na exportação é maravilhoso. Pensamos nisso, lutamos para conseguir, mas nunca imaginei que iria vender para uma empresa de exportação e que o produto seria tão bem-aceito”, afirmou.

Fácil de tocar Falando do cajon, Victor explicou que é um produto que muitas vezes inicializa a pessoa na música. A empresa fez uma pesquisa há alguns anos para conhecer o mercado e uma das perguntas foi: “Onde você conheceu o cajon?”. A pesquisa teve muito envolvimento do público consumidor final e a FSA des-

A empresa comemora seu 10º aniversário e planeja lançar dez novos produtos ao longo do ano cobriu vários fatos interessantes. “Uma coisa que chamou a atenção foi que muitas pessoas comentaram o seguinte: ‘Eu nunca toquei nenhum instrumento musical, nunca fui músico, mas fui à igreja e vi uma pessoa tocando cajon e achei legal, achei que era fácil. Comprei um e hoje eu também toco cajon na igreja’. Ou o cara viu em um barzinho e hoje também toca lá ou com amigos. Então o cajon é um instrumento que engloba todos os ritmos em nível mundial, um instrumento que se adapta ao rock, ao pop, ao flamenco, ao samba. Essa versatilidade em qualquer tipo de ritmo acaba introduzindo a pessoa à música. É como o pandeiro, um instrumento facílimo de tocar também, mas esse é mais focado no samba. Tem muita iniciação de pessoas na música por meio do cajon. É muito legal porque estamos trazendo as pessoas para o universo musical”, enfatizou o diretor. Pode ser um instrumento fácil de tocar, mas a qualidade sempre tem de estar presente. Esse é outro ponto destacado

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para a FSA. “Um bom cajon é um cajon que tem alguns critérios de construção. Tem que ser resistente; tem que seguir alguns critérios de tratamento de madeira, porque ela não pode ficar nem muito seca, nem muito úmida. Tem todo um processo com a madeira que tem que ser feito para se obter uma qualidade de som boa. O acabamento também é algo com que a gente se preocupa bastante e começamos a mudar, pois já não é só de madeira. Nesse aspecto, começamos a trazer designs novos para o cajon, artes diferentes, séries diferentes, e isso atrai as pessoas. Com isso você pode ir trazendo a identidade da pessoa para o instrumento dela”, explicou.

Mais novidades na Music Show A FSA Cajons vai participar da Music Show, de 13 a 16 de setembro, em São Paulo, onde fará um lançamento bem significativo. Será que haverá uma cajonada multitudinária? “Estamos muito empolgados com a feira. Acredito que será um sucesso porque vai atrair muitos consumidores finais, e essa interação entre o consumidor e o fabricante é ótima. Não se trata só de negócios. Convidamos todo mundo para nos visitar e ver de perto as novidades!”, concluiu Victor. n Mais informações fsacajons.com.br FSACajons

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INTERNACIONAL

ZOOM E AVID FORMAM ALIANÇA PARA PRODUTOS A Zoom Corporation anuncia uma nova colaboração com a Avid Technology, Inc., criadora do renomado software Pro Tools, que se tornou um padrão para a produção de música e som

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Zoom está colaborando com a Avid para oferecer o Avid Pro Tools | First com uma coleção de software adicional. O Pro Tools | First é uma versão simplificada, dedicada à criação de música, disponibilizando as mesmas ferramentas que os profissionais de áudio usam em estúdios de gravação. Esta oferta está disponível na aquisição dos modelos U-44, U-24 e U-22 de interfaces de áudio de mão da Zoom. Depois da compra, os usuários podem visitar avid.com/zoom e se cadastrar para fazer download da mais recente versão do Pro Tools | First junto com uma coleção valiosa

de software de áudio. “Estamos felizes e honrados de unir forças com a Avid”, comentou Massimo Barbini, chief sales marketing officer da Zoom Corporation. “As interfaces de áudio U-series da Zoom têm um preço acessível e fornecem grandes soluções móveis para usuários que trabalham com laptops e iPads. Combinadas com o Pro Tools | First, darão aos criadores de música a habilidade de fazer música de forma idêntica aos profissionais.” Além da oferta de software gratuito, a Zoom e a Avid se reunirão ao longo do ano para mostrar produtos Zoom trabalhando uniformemente com Pro Tools, não só em importantes feiras da indústria, mas também nos eventos e demons-

trações que a Avid fizer durante o ano. “Na Avid, estamos entusiasmados com esta colaboração com nossos amigos da Zoom”, destacou Ed Gray, diretor dos programas de colaboração da empresa. “O Pro Tools, com sua valiosa coleção de software e efeitos, é uma ótima ferramenta para aqueles que estão começando a usar os produtos da Zoom para expandir sua criatividade em áudio.” n Mais informações zoom.co.jp royalmusic.com.br avid.com quanta.com.br

Estes são os 21 plugins adicionais para os usuários da U-series da Zoom: BBD Delay

Black Op Distortion

Black Shiny Wah

Black Spring Reverb

C1 Chorus

DC Distortion

Eleven Lite

Flanger

Graphic EQ

Gray Compressor

Green JRC Overdrive

In-Tune digital tuner

Oranger Phaser

Roto Speaker

Sci-Fi Ring Modulator

Studio Reverb

Tape Echo

Tri-Knob Fuzz

Vari-Fi Speed Shifter

Vibe Phaser

White Boost

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EVENTO

MAKE MUSIC BRASIL: CAMPANHA MUNDIAL PROMOVE A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA Professores, instrumentistas e leigos celebraram a música na Semana Nacional do Ensino da Música – Make Music Brasil, que ocorreu de 18 a 24 de junho. A iniciativa é da Anafima, com recursos da NAMM Foundation e cooperação da Unesco no Brasil

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a semana de 18 a 24 de junho, o Brasil entrou na rota de uma campanha mundial que incentiva o ensino da música: o Make Music. Lançada inicialmente na França com a Fête de la Musique, a iniciativa do Make Music veio ao Brasil por meio da Anafima (Associação Nacional da Indústria da Música), em parceria com a Namm e cooperação da Unesco no Brasil. Evento de grande expressão mundial, o Make Music reúne músicos, professores e público em geral em mais de 800 cidades, em 120 países, normalmente no dia 21 de junho. Para aumentar a possibilidade de participação de todos, o Make Music no Brasil ampliou o evento para que fosse celebrado durante a semana de 21 de junho. Músicos, professores de música, escolas, conservatórios, núcleos culturais, igrejas, lojas de instrumentos, entre outros, ofereceram voluntariamente aulas gratuitas e ensinamentos musicais aos interessados. A ação teve como objetivo aumentar o interesse pelo aprendizado de música e realçar para a mídia a importância dessa arte para jovens, profissionais, pessoas da terceira idade ou com algum tipo de necessidade especial. O Make Music Brasil atingiu mais de 600 horas de aulas de música, em diversos eventos realizados durante a semana em 59 cidades de todo o País. Seguindo o espírito da celebração, a

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Comemoração na AMI (Associação de Músicos de Ilhabela)

Make Music Cuiabá: Escola Bateras Beat engajou-se em todo o Brasil

organização do Make Music sugere locais variados para os eventos em cada cidade, desde os mais tradicionais, como centros de artes, museus, teatros, igrejas e salas de concerto, até espaços ao ar livre, como parques e estacionamentos, sem descartar alternativas como bares, cafés, restaurantes, centros comerciais, hospitais, creches e asilos. Além de aulas e apresentações presenciais, o evento contou com aulas por YouTube e Facebook. Para Paula Moreira de Souza, gerente de marketing da loja A Serenata, de Belo Horizonte, “O Make Music Brasil uniu o mercado em um único propósito. Sentimos que as nossas

Olinda/PE: Make Music é destaque na Rede Globo

lojas tiveram um movimento maior que o normal e que isso provocou um resultado positivo nas nossas vendas, como cordas, acessórios e interesse em instrumentos”, explicou. A educadora musical Milca de Paula comenta: “Senti imensa alegria em ver o brilho no olhar de cada criança no Make Music Olinda”. O projeto de Milca foi ainda divulgado pela emissora da Rede Globo local. A loja Pro Music, de Belém, virou destaque no programa Sem Censura, da TV Cultura da cidade. “Foi uma honra participar do Make Music. O evento teve grande repercussão em nossa cidade, foi muito elogiado pela imprensa e também

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Loja Fox Trot, em Salvador: ProMusic, Belém: evento foi destaque Loja A Serenata, em Belo Horizonte, uma das primeiras a se engajar na TV e encantou convidados colocou música na calçada

Make Music Piracicaba

pudemos mostrar que não estamos só preocupados em vender instrumentos, mas em multiplicar e oportunizar o aprendizado da música”, explicou Moisés Freire, proprietário da loja.

São Paulo e Maringá: Make Music em shopping center Duas cidades também tiveram versões do Make Music em shopping center: São Paulo e Maringá, no Paraná. Na capital paulista, os shoppings Ibirapuera e Frei Caneca apresentaram uma exposição de produtos em parceria com a School of Rock, Rozini, PHX e Roland. No Shopping Frei Caneca, a Izzo Musical trouxe sua linha de cordas para exibição e interação com o público. Na cidade de Maringá, com organização do Núcleo Setorial de Escolas de Música (Núsica), ligado à Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim), em parceria com o Maringá Park, ocorreram apresentações, ensino, exposição e interação com o público. “A música fortalece a conexão social, reduz o estresse, baixa a pressão sanguínea, estimula a memória e é fundamental para uma vida completa e equilibrada. Ao participar do Make Music Brasil, o Núsica e a cidade de Maringá fomentam todo tipo de música”, diz Márcia Couto, empresária e integrante do Núcleo.

Make Music Maringá: exposição e apresentações em torno da música

Make Music 2019 e a importância do ensino de música Os especialistas são unânimes em dizer que, em matéria de música, quanto mais cedo ocorrer o aprendizado, melhor. Já está comprovado por estudos científicos que o ensino musical aplicado desde a infância favorece o desenvolvimento do indivíduo em diversas áreas, como o desempenho escolar, o aprendizado de línguas e a cidadania. De acordo com a revista americana Scientific American, estudantes do ensino médio com o mínimo de quatro anos de estudo musical têm uma performance escolar 40% melhor do que os alunos que estudaram música por um período entre um ano e seis meses. Iniciativas como o Make Music Brasil tornam-se ainda mais importantes tendo em vista que a música não faz parte da grade curricular das escolas brasileiras, e a maioria dos estudantes não tem acesso aos seus fundamentos. “O Make Music Brasil representa uma inovação no processo de engajamento das pessoas e instituições com a educação musical no Brasil. A iniciativa utiliza as tecnologias digitais e redes sociais para aproximar todos das mais diversas formas de aprender e de fazer música na contemporaneida-

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Itaboraí/RJ: A Time Music trouxe diversos eventos para falar da importância da música

de. A diversidade e a inovação musical são marcas registradas do Make Music Brasil. Venha fazer parte dessa comunidade!”, convida Liane Hentschke, diretora de educação musical da Anafima. “A Unesco no Brasil acredita que, ao utilizar tecnologias da comunicação e informação (TIC), a iniciativa da Anafima colabora com o acesso a bens e serviços culturais, e pode contribuir para ampla disseminação de conteúdos culturais produzidos e consumidos. Esta também é uma forma de promover a diversidade cultural”, explica o coordenador de comunicação e informação da Unesco no Brasil, Adauto Soares. “A iniciativa também vem ao encontro do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 9 (ODS 9) da ONU, cujos focos são a construção de infraestrutura resiliente e o fomento da inovação, sobretudo por meio das TIC. Isso gera impactos positivos e duradouros para a educação, a cultura, a economia, a inclusão social e a proteção ambiental”, complementa. Para participar do Make Music Brasil 2019 basta entrar em contato com adm@anafima.com.br n Mais informações makemusicbrasil.com.br MakeMusicBrasil

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REPRESENTANTE

MARCAS NACIONAIS NA EQUIPAUDIO REPRESENTAÇÃO Audio Leader, Alumitruss Estruturas, Magnum Alto-falantes e Taigar System estão entre as representadas, mas a empresa vai procurar ainda mais mercado

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aiane Fávero Antonio, bacharel em Administração de Empresas, atua com vendas há mais de dez anos. Com experiência adquirida em diferentes trabalhos e estudos, hoje faz parte da direção da empresa EquipAudio Representação. “Desde muito jovem comecei a trabalhar, pois minha família tinha uma empresa e foi lá que dei meus primeiros passos em vendas. Antes disso, trabalhei em todos os setores da empresa, até mesmo na linha de produção, e com o passar do tempo me identifiquei com o setor comercial. Como sempre

fui muito extrovertida, foi bem fácil me adaptar a essa área. No início, como não tinha prática em abordar clientes ou finalizar vendas, entre outras coisas, contei muito com a ajuda e apoio do sócio do meu pai, meu tio Valtrudes Médri. Foi ele que me ensinou muito do que hoje sei de vendas, porém, sempre fiz muitos cursos voltados a esse segmento, nos quais aprendi muito e que hoje fazem a diferença na minha profissão”, contou Daiane. Quando começou com a EquipAudio Representação?

A EquipAudio nasceu há dois anos, depois de analisar bastante o mercado de áudio, em cuja área a demanda de empresas é muito grande. Hoje eu e meu marido, Alexandre Ribeiro, estamos à frente da empresa, onde desenvolvemos, juntamente com as representadas, um trabalho em nível nacional. Como foi a transição entre trabalhar na Audio Leader e ser representante de sua própria empresa?

Desde que iniciei no departamento de vendas e tive contato com os representantes que por lá passaram, o desejo de ter uma empresa de representação onde eu pudesse atender vários clientes com um leque maior de produtos despertou em mim. Com quais marcas trabalha e para que Estados?

Atualmente somos representantes de quatro grandes marcas nacionais. Trabalhamos com a Audio

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Leader Amplificadores e a Alumitruss Estruturas em Alumínio em nível nacional. Já com a Magnum Alto-falantes trabalhamos nos Estados do Pará, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, e com a Taigar System, atuamos em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo. É difícil ser representante hoje?

Ser representante na área de áudio no Brasil está um pouco complicado por conta da economia atual, pois com os aumentos que foram repassados aos materiais finais devidos aos aumentos de matéria-prima, os clientes têm receio de investir em grandes compras. Qual o seu trabalho com as marcas que representa? Pensa em incorporar mais marcas?

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Nosso trabalho com as parceiras são de marketing, captação, abordagem e desenvolvimento de vendas, além do pós-venda e do feedback junto aos clientes para um melhor desempenho e fidelização destes com cada representada. A EquipAudio tem interesse de trabalhar com outras marcas de diversos segmentos, que ainda não temos, para que possamos atender melhor nossos clientes. Com quantas lojas você trabalha atualmente?

Hoje a EquipAudio trabalha com mais de 500 lojas em nível nacional. n Mais informações dagsom.com.br

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Chegou no Brasil, com distribuição ProShows.

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O SÉCULO É DA IZZO MUSICAL

Uma das empresas mais tradicionais no mercado brasileiro, a Izzo completa 100 anos com muita história, crescimento e mudanças na diretoria

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magine a situação do mercado de instrumentos musicais há 100 anos? O nível de empreendedorismo e inovação, de paixão, que uma pessoa devia ter para se arriscar e criar uma empresa relacionada com — nessa época — um novo mundo. Foi assim que começou a Izzo Musical, com inovação e paixão, duas palavras que seguem no DNA da empresa até hoje. Mais recentemente, a liderança de Aldo Storino Junior está passando para suas filhas, Priscila (CEO do grupo Izzo Musical) e Simone (VP comercial e marketing), marcando uma nova etapa na Izzo. Nesta entrevista, Aldo, Priscila e Simone, com a participação de Maikel Barroero, gerente internacional de vendas, contam o que está acontecendo dentro da Izzo e como está se desenvolvendo a comemoração do centenário.

das nesta jornada, iniciada pelo avô em 1918, são diretamente responsáveis por mudar a vida de outras pessoas por meio da música. O que na verdade é a missão da Izzo: transformar as pesso-

perados com auxílio de um time de profissionais altamente preparados e capazes, um corpo diretor conciso, colaborativo, que não tem medo de inovar e ousar quando necessário. Por todos esses anos fizemos questão de manter um perfil de trabalho arrojado, mas sempre muito analítico, com muito pé no chão nas decisões a serem tomadas.

Todas as pessoas envolvidas nesta jornada, iniciada pelo avô em 1918, são diretamente responsáveis por mudar a vida de outras pessoas por meio da música

Cem anos é um número importante para qualquer empresa. O que significa para a família Storino continuar com aquele trabalho que começou em 1918? Priscila: Gratidão. O legado de nosso

avô transcende o lado material, não é simplesmente a criação e desenvolvimento de instrumentos musicais e acessórios. Todas as pessoas envolvi-

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as na sua capacidade de pensar, sentir e agir por meio dos instrumentos musicais e da música. É uma mensagem muito forte e uma grande responsabilidade que a família Storino, e todos os seus colaboradores a abraçam com muita gratidão e empenho. Quais foram os momentos mais difíceis pelos quais a empresa passou e como conseguiram sair dessa fase? Aldo: Crises econômicas e instabili-

dades políticas abalaram o nosso país por um número incontável de vezes. Contudo, todos os desafios foram su-

Pensando nos últimos anos em que a família Storino tem trabalhado junta, quais são os fatos mais relevantes? Priscila: São muitos, mas

é importante ressaltar que a estrutura da família Storino influenciou muito o que hoje é a cultura e estrutura organizacional da empresa Izzo Musical. Essa cultura levou a Izzo a alcançar algumas conquistas, como: total consolidação da empresa em seu core business, sendo a maior empresa de acessórios musicais do Brasil; ampliação do seu mix de instrumentos musicais, que permite à Izzo prover soluções para os mais variados gêneros e estilos musicais com produtos de qualidade diferenciada; relevância no mercado de exportação, com fabricação de uma percussão brasileira con-

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A família Storino: “Confia teus negócios ao Senhor e teus planos terão bom êxito” Pv,16:3

ceituada e referenciada com primazia pelo mercado internacional. São pontos que julgamos bastante relevantes para tornar uma empresa sustentável e verticalizada no seu negócio. Qual é a situação da empresa hoje? Quais foram as principais mudanças? Priscila: Hoje a Izzo está consolidada

como uma das principais empresas do mercado de instrumentos musicais e acessórios no Brasil, com projeção internacional, comercializando marcas por mais de 30 países no globo. Um portfólio de marcas e produtos permite à Izzo atender diferentes e exigentes consumidores de instrumentos musicais. Nossas políticas comerciais possibilitam aos clientes comercializar uma gama incrível de produtos, que vai de palhetas a um sistema wireless dual channel, por exemplo. Grandes investimentos foram realizados no processo produtivo para tornar a planta em Osasco (SP) a maior fábrica de encordoamentos na América

Latina e uma das mais eficientes no segmento de percussão. Essas alterações nos permitiram ganhar espaço no cenário brasileiro e explorar, com grande sucesso, mercados internacionais. Com o intuito de reduzir custos e aumentar a velocidade na entrega de nossos produtos no País, abrimos um depósito em Santa Catarina. Investimentos também foram direcionados para a área de tecnologia da informação. Para uma melhor integração e fluxo de processo, a Izzo roda com um dos maiores ERPs do mundo, o SAP, aliado a um sistema de B.I. Qlik View que permite maior assertividade e velocidade nas decisões gerenciais. Marcas como Timbra, SG e Kalani foram assistidas por uma das agências de maior prestígio em branding no mundo — com filiais em Nova York e Londres — para a construção de seus conceitos e estratégias de comunicação. Também há investimento contínuo no capital humano, com contratação de grandes profissionais das áreas

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fabril, controladoria, gestão comercial e gestão de marketing/produto.

Processo sucessório Em junho de 2018, exatamente 100 anos após o início das operações da empresa, em 1918, Priscila Storino assumiu a presidência da Izzo Musical em caráter oficial. Como está sendo esse processo? Priscila: Nosso pai é um ícone do mer-

cado de instrumentos musicais e pavimentou com grande sucesso a estrada que seu pai criou. Nós estamos afirmando um novo momento, trazendo conosco a inovação e a modernidade, a representação do empoderamento feminino e a herança de liderança, carisma e paixão pelo mercado que ajudaram a construir a Izzo até hoje. Meu pai deixou um legado incrível e agora é a minha vez de dar continuidade a essa história. O processo sucessório foi planejado com cautela e antecipação, com o propósito de traduzir o caráter moderno e inovador da empresa para um

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CAPA novo mercado sem perder as características de liderança, carisma e paixão das gestões anteriores. A Izzo passa a contar com um conselho de administração que é presidido pelo sr. Aldo Storino Junior e integrado por mim em conjunto com a Fátima Storino, Kátia Storino, Simone Storino e Rogério Paes, cuja importância é fundamental, pois estabelece as diretrizes para que a diretoria desenvolva as estratégias e o posicionamento que a empresa deverá adotar. O sucesso do grupo Izzo Musical é uma das missões de vida de meu pai e honrá-lo com o sucesso da companhia é a minha mais nova missão.

Import & Export Como vocês dividem a gestão da importadora e da fábrica? Priscila: Na verdade, a

Montagem de pele nos pandeiros

Timbra, outra das marcas da Izzo

Qual é o sentimento de vocês diante do fato de duas mulheres estarem à frente de uma empresa centenária em um mercado que tende a ser masculino? Priscila: Acreditamos que isso tam-

bém faz parte desse novo momento, em que não só o nosso mercado, mas todo o mundo está em transformação. Mulheres foram responsáveis por muitas revoluções, mulheres marcaram a história com feitos incríveis, comandaram exércitos, lideraram com carisma e empatia, mas muito disso foi abafado. Esse protagonismo da mulher está em evidência, e nós viemos consolidar esse protagonismo no mercado musical junto a outras brilhantes executivas do nosso mercado. Acreditamos também que todas nós somos espelhos para as gerações futuras, uma grande responsabilidade de passar essa mensagem, de fazer acontecer, de cultivar boas vibrações para que grada-

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tivamente tenhamos um mundo melhor, com oportunidades iguais para todos. Existe um processo de coaching das diretoras Simone e Priscila? Priscila: Sim. Inclusive eu me formei

em Life & Professional Coach pelo Instituto Febracis. O processo de coaching, além de transformador, faz com que você tenha um olhar mais crítico e coerente sobre seus objetivos, tornando-os factíveis por meio de ferramentas nas quais você mesmo encontra as respostas para seus questionamentos. Além de que, ajuda e melhora sua comunicação com as pessoas, o que é uma chave importante para fazer funcionar uma empresa. Simon Sinek resume bem quando cita que “100% dos clientes são pessoas. 100% dos empregados são pessoas. Se você não entende de pessoas, você não entende de negócios”.

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divisão é feita em Fábrica, OEM e Importados. As três divisões são geridas pela mesma hierarquia, não há uma divisão, como observada em outros mercados. Acreditamos que existe uma sinergia maior e um aproveitamento melhor, comercialmente falando, em ter esses três segmentos em conjunto. Durante os últimos cinco anos, o crescimento na Izzo em relação às marcas com as quais trabalha tem sido enorme. O que está por trás do processo de mudança que permitiu esse crescimento? Simone: Citando Chur-

chill: “O pessimista vê dificuldade em cada oportunidade; o otimista vê oportunidade em cada dificuldade”. Encaramos esta instabilidade gerada pela situação econômica e política de nosso país como uma enorme possibilidade de melhorar nossos resultados e expandir nossa atuação. Em meio a esse cenário volátil, nossa atitude foi de diversificar os investimentos e reforçar nossa atuação nos mercados internacionais, como sul-americanos, europeus e asiáticos, que se apresentaram um solo fértil para marcas como SG e Timbra. Conte sobre as marcas que representam no País. Como é o relacionamento com elas? Simone: Temos um portfólio de mar-

cas internacionais escolhido estrategicamente para prover ao nosso cliente opções de acessórios premium que lhe

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Como descreveriam o cliente final em nosso mercado hoje? Quais seriam as características dele? Simone: O consumidor brasileiro

possibilitam uma excelente vitrine e um ótimo giro de produtos. As líderes em seus segmentos — Elixir, Dunlop, Remo e Encore, Vic Firth e Nova, Hercules e Nomad, Vandoren e Juno — são marcas já consolidadas no mercado e apresentam um ótimo desempenho de vendas. Esse grande sucesso deve-se a uma relação muito forte de confiança e uma gestão coparticipativa na qual desenhamos em conjunto as estratégias anuais, alinhando a força global das marcas à nossa força de atuação local como distribuidores. Existe alguma intenção de criar ou obter outra marca para o mercado brasileiro? Simone: Neste início de

Andreas Kisser, endorsee das cordas SG

Nesses últimos anos dividimos mais nossos esforços a atender nosso cliente direto, mas também atender às necessidades do ‘cliente de nosso cliente

segundo semestre de 2018 apresentaremos a marca Sabre, que é a evolução natural dos violões comercializados atualmente. Uma série de violões de náilon e aço para revolucionar o segmento de mid-level em acústicos. Violões com uma construção pensada para destacar melhor as harmonias e timbres quentes, equipados com captadores Fishman, um elevado padrão de excelência em violões eletroacústicos.

Terreno brasileiro Como vocês veem o a situação atual do mercado brasileiro? As coisas estão melhorando? Priscila: É um tanto desafiador apre-

sentar um panorama sobre nosso segmento sem números concretos do mercado, mas o sentimento que temos pelo contato com nossos clientes e consumidores é de que o Brasil tem apresentado sinais de recuperação, mesmo com oscilações naturais em um ano de eleições.

Contudo, como mencionamos anteriormente, crise é um momento perfeito para mudar o foco e criar novas soluções. Neste ano a Izzo decidiu por investir a maior parte de seu orçamento em campanhas que beneficiam diretamente seu cliente, como a campanha Voando Alto com Izzo, que vai levar cem pessoas em um avião fretado para o Caribe em um hotel all inclusive. Esta e outras campanhas, como os festivais de ofertas bimestrais e condições comerciais atrativas, têm trazido um aumento de performance se comparado ao ano de 2017.

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divide-se em diferentes perfis de consumidores de instrumentos musicais, por exemplo, um consumidor de áudio pro, com um pensamento mais racional, analítico, não tão sensível a mudanças de preços e fiel ao valor percebido de marca, que diverge de um consumidor de ukulele, mais jovem, entusiasta, que preza pelo seu estilo de vida, um pouco mais suscetível a alterações de preços. A questão atual é quem será o futuro consumidor de instrumentos e acessórios. Quanto a nova geração se interessa por criar e produzir música diante de tantas opções eletrônicas? Como incorporam tudo isso na direção e nas estratégias da empresa? Simone: O perfil e o compor-

tamento de nosso consumidor são constantemente analisados para que possamos tomar decisões assertivas quanto aos rumos de nossas marcas. Pesquisas próprias, comparativos de concorrência, benchmarking, dados de consumo, dados de comportamento extraídos das nossas mídias, dados de nosso ERP e B.I alinhados ao entendimento do contexto atual nos auxiliam nessas análises.

Gestão de produtos A Izzo contratou o profissional Eber Policate no ano passado para o desenvolvimento de instrumentos de corda. Perante tantos produtos e marcas no mercado, quanto será a área de foco para esses instrumentos dentro da Izzo? Priscila: O violão ainda é o instrumen-

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CAPA to musical mais fabricado e importado para o País. Porta de entrada para os entusiastas que desejam iniciar no mundo musical, o violão é — com toda a certeza — um grande foco para a nossa empresa. A própria contratação de Eber ratifica essa afirmativa. Um profissional Fábrica em Osasco gabaritado, que passou com grande sucesso em diversas empresas do mercado, destacando-se por um excelente trabalho nas linhas de cordas. Na Izzo não poderia ser diferente: ele iniciou o trabalho pelas novas linhas Dolphin AcousLinhas de produção tic, que trouxeram novos ares para a linha de acústicos da Izzo. Em seguida, redefiniu, junto ao conceito criado por Maikel Barroero, a marca Kalani com as linhas Tribe, Kayke e Maori, que já são um grande sucesso, com lotes sendo vendidos antes mesmo de sua chegada. E agora Eber prepara-se para receber a nova linha de violões de luxo Sabre, que elevarão o patamar dos instrumentos e melhorar linhas de produtos como a de corda para um novo nível. Dolphin, que, em sua linha Acoustic, Como vocês têm regido essa categoria apresenta opções para qualquer estilo, de produtos, considerando que ela desde a linha Classic, passando por demanda uma grande atenção e Artistic, Modern, Nylon, Slim, Wesinvestimento da empresa? tern até o Jumbo, com uma ressonânPriscila: Após algumas macro e mi- cia incrível e uma construção baseada croanálises do mercado, entendemos em maple que entrega um som mais que essa categoria de produtos deverá brilhante e um acabamento lindo. trazer resultados consideravelmente expressivos para a empresa nos próxi- As cordas SG têm embalagem mos três anos. Assim, dedicamos boa renovada. Como foi o briefing desse parte de nosso tempo e esforços a criar processo e o posicionamento desse

produto agora? Simone: Em 2016 a marca

SG não somente trocou sua embalagem, mas a marca se reinventou por meio de um processo de Re-branding completo para trazer um novo posicionamento para a marca: “qualidade internacional fabricada no Brasil. Mais lucro, mais giro”. Eu e o time de marketing da Izzo comandamos um trabalho incrível de reposicionamento de marca, assistido por uma das maiores agências de branding do mundo — a Fly Jabuti, com filiais em Londres e Nova York. Todo esse trabalho teve como consequência um novo conceito de marca sustentado pela campanha “Welcome to the Team”, que tinha por objetivo convidar todo músico, musicista, estudante ou entusiasta da música a se juntar ao time da SG, composto de nomes como Andreas Kisser, Juninho Afram, Marcinho Eiras, Mozart Mello, Lelo do Skank, Canisso e muitos outros. Junto a esse novo posicionamento, a marca tem um trabalho de marketing digital próprio (www.sgstrings. com.br), com um site independente do site da Izzo, vídeos com todos endorsees, além de uma rede social ativa e engajada com os propósitos da marca. Hoje, para nos manter em constante movimento e aprimoramento, fazemos periodicamente análises e pesquisas para que a SG continue sendo a melhor escolha de encordoamento no Brasil.

Grandes investimentos foram realizados no processo produtivo para tornar a planta em Osasco (SP) a maior fábrica de encordoamentos na América Latina

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Qual a importância dos encordoamentos para a Izzo?

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Simone: EncordoQual a maior dificuldade para uma amento é o cerne empresa brasileira de nossa empresa, é exportar hoje e o onde tudo começou. que a Izzo aprendeu A empresa iniciou no processo? com a comercializaMaikel: A localização ção de cordas, mas geográfica do Brasil é não muito tarde, um problema quando em 1950, inicia-se a o cliente está localizafabricação de algudo no leste europeu e mas marcas de enno continente asiático. cordoamento, incluA Izzo conta com um sive com a Tangará, grande leque de forneum sinônimo de Priscila Storino, Simone Storino, cedores de transporte bom custo-benefí- CEO do grupo Izzo Musical VP comercial e marketing e logística internaciocio, comercializada nais, e sempre que nos é requisitado, até hoje. Em 1970 inicia-se a fabricaassessoramos nossos clientes nesse ção das cordas São Gonçalo, incluindo quesito também, buscando sempre as os grandes sucessos, cordas de viola e melhores condições de mercado. Alguns de cavaco da marca, referências indispaíses ainda veem o Brasil com desconcutíveis de qualidade. fiança no que se refere a pagamentos e Com a tecnologia e a velocidaentrega/qualidade. A Izzo, empresa cende do novo milênio, também veio tenária, foca muito sua solidez financeia necessidade de um produto mais ra e tradição familiar, atendendo com conectado aos anseios do novo conexcelência todos os seus clientes. sumidor. As cordas SG representam um novo momento e apresentam O que a Izzo fez para se adaptar às um portfólio maior de opções, com novas demandas e concorrência? um perfil mais jovem, um conceito Simone: Somos uma das empresas na de alta qualidade aprovado até pelos América Latina que mais participa de exigentes mercados europeus e asiáfeiras internacionais e eventos relacioticos, que mensalmente recebem as nados à nossa indústria. Além de estar exportações da SG. sempre a par das novidades e lançaEsse grupo de cordas, ao qual se mentos, somos formadores de opinião une Elixir e seus encordoamentos A Izzo no exterior e lançamos com frequência novos proúnicos e aclamados pelos fãs da mar- Nos últimos anos a Izzo tem dutos e marcas. Um exemplo disso é a ca, representa hoje uma grande fatia claramente focado em exportação. internacionalização da nossa marca de da receita anual da empresa. Muito Poderiam fazer uma análise dos ukuleles, que passou por uma revisitase dá pelo investimento já coloca- investimentos e resultados? do em pesquisa e desenvolvimento, Priscila: Investimos com força na par- ção completa (produto e embalagens) e marketing, no processo fabril, que ticipação de feiras e viagens comerciais está ganhando mercado internacional possui a maior fábrica de cordas da internacionais. O relacionamento com com muita velocidade, num segmento América Latina, no maquinário e nas nossos clientes é nosso ponto de força, caracterizado por uma forte concorrênmatérias-primas importadas e cui- os clientes da Izzo se sentem parte de cia e a presença de marcas importantes. uma grande família e projeto interna- Nos últimos anos dividimos mais nossos dadosamente selecionadas. São muito mais do que fios, ligas, cional. Em apenas dez anos nossas mar- esforços em atender nosso cliente direto, bordões. Encordoamentos são parte da cas de percussão tornaram-se líderes de mas também atender às necessidades do alma do seu instrumento, as tradutoras mercado em seu segmento, resultado ‘cliente de nosso cliente’. As marcas que da vibração do seu corpo, da emoção de que alcançamos depois de muito esfor- não estiverem atentas aos anseios de ço, foco e dedicação. seus consumidores estão fadadas a desaseu coração para notas musicais.

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CAPA parecer no futuro. Com a velocidade em que tudo está acontecendo, esse futuro pode chegar mais depressa do que imaginamos.

je-

Que marcas atualmente estão comercializando no exterior? Maikel: Trabalhamos no mercado

internacional e exportamos as seguintes marcas: Izzo Percussion, Timbra Top Percussion e SG Strings. Todas elas estão apresentando um crescimento significativo. A Timbra vem se destacando muito no mercado internacional, sobretudo na Europa, onde patrocinamos festivais de percussão de verão e montamos um time de artistas internacionais. A Izzo exporta seus produtos e está presente em mais de 32 países.

A Izzo exporta seus produtos e está presente em mais de 32 países

Comemoração do centenário A celebração dos 100 anos em 2018 veio acompanhada de uma promoção inédita numa época em que tantas empresas têm investido só em feiras locais. Como vocês avaliam essa ação? Simone: Em meio a um mercado que

vem sofrendo constantemente com a volatilidade e resultados não satisfatórios, algumas empresas naturalmente acabam por segurar seus investimentos. Em uma direção totalmente oposta, a Izzo promove uma iniciativa totalmente inédita e tão grandiosa quanto seu próprio centenário. Em resposta a este cenário de incertezas, a Izzo Musical convida seus clientes a superar os desafios deste ano e juntos voarem bem mais alto que essa crise. Por meio de um planejamento de compra feito em conjunto, os clientes que atingirem a respectiva meta garantirão seus lugares nessa viagem.

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Afinal, não é todo dia que uma empresa freta um avião para cem convidados exclusivos com destino a um dos destinos mais procurados do mundo, em meio às paradisíacas ilhas do Caribe, com suas majestosas praias de areias macias e claras e a impressionante beleza do tom turquesa do azul do mar. Esses convidados terão acesso a uma experiência única, completa com a viagem, as praias, mar e clima fantásticos e, logicamente, com o conforto de um resort lindo e sem preocupações, desfrutando um completo sistema all inclusive pensado para eles. A campanha Voando Alto com a Izzo, que teve início em janeiro e se estenderá até 31 de agosto, prevê um objetivo de compras personalizado à realidade de cada cliente da Izzo. Os 50 primeiros clientes que atingirem seu ob-

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tivo de compra embarcarão conosco nessa viagem mágica com seus respectivos acompanhantes para aproveitar, de 28 de novembro a 2 de dezembro, momentos inesquecíveis. A campanha vem acompanhada de uma nova política comercial vigente no ano de 2018 que favorece — por meio de prazos e descontos atraentes — a compra e a manutenção dos itens Izzo no ponto de venda. Sendo assim, o cliente tem condições de efetuar as compras, manter um giro saudável de produtos na loja e ainda ganhar uma superviagem no final. Nesses cinco meses, a campanha vem apresentando excelentes resultados, ratificando nossa ideia de investir mais no sucesso do nosso cliente, que, por consequência, representa o nosso sucesso.

Como vocês veem a segmentação e situação do mercado da música com tantos eventos regionais no ano? Isso é positivo ou negativo? Simone: Tanto em cenários positivos

quanto negativos nós sempre podemos extrair aprendizado. Não existe fórmula, uma equação exata para o sucesso de uma empresa. A realidade, o momento de uma empresa pode permitir movimentos que em outras não seria possível. Para a Izzo, neste momento, os eventos regionais não vão ao encontro das diretrizes estabelecidas no planejamento de 2018. Mas, ao final do ano, iremos analisar novamente e debater se seria eficaz — ou não — retornar a estes. n Mais informações izzomusical.com.br IzzoMusical

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PÓS-FEIRA

ÁUDIO & MÚSICA BRASIL 2018 EM SALVADOR Mercado retraído? Primeiro semestre tímido? Que nada! O evento da Renaer veio para aquecer o segmento e está provando ser uma referência no calendário dos lojistas e da própria empresa

Equipe com representantes estrangeiros

Músico Saulo levou seu Takamine

O

Foco nos negócios

Leo Santana testando ukulele

Caixa retorno da Staner

Margarete Menezes também visitou

Áudio & Música Brasil 2018 foi realizado nos dias 8 e 9 de maio na pitoresca cidade de Salvador, na Bahia. Durante ambos os dias lojistas e clientes de vários estados do Brasil se reuniram para conhecer as novidades e falar com o pessoal do Grupo Renaer, formado pelas marcas Eros Alto-falantes, Staner, Sonotec e Musimax, além daquelas que o grupo representa no Brasil, como Gretsch, Takamine e Strinberg. O foco? Fazer negócios em um ambiente apropriado, mas agradável, que permitisse também um pouco de curtição para todos os visitantes — a empresa até montou o Palco Renaer

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com música de qualidade, que, depois das bandas, era liberado para os lojistas subirem e tocarem. “A feira tem funcionado muito como impulsionadora de negócios. Não só aquele negócio gerado durante o evento, mas também depois da conversa, do primeiro relacionamento, depois dessa espontaneidade do cliente de vir, agradecer e dizer que gostou do formato. Depois de tudo isso, o cliente volta para negociar”, disse Alexandre Seabra, diretor do Grupo Renaer. Neste bate-papo com Alexandre e Raul Del Trejo, diretor das empresas Eros e Staner, veremos a importância para a empresa de realizar esse tipo de

evento e como pode gerar bons resultados, apesar do momento adverso do mercado e da economia local. Que pontos poderiam destacar como mais importantes na realização do seu evento? Alexandre: Um dos principais é a visi-

ta dos parceiros, aqueles que escolhem nossas marcas e produtos, em vez de os da concorrência, e poder fortalecer a fidelidade do cliente. Raul: Também é bom porque os clientes podem ver produtos que às vezes nem sabem que nós temos. Por exemplo, veio um lojista de Mato Grosso e disse que não conseguia ter acesso à

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Violões da Takamine

Baterias da Gretsch

Alto-falantes Eros

Mais instrumentos de corda

Harmônicas e acordeões

Sistemas de som Staner

Staner porque o representante não o visitava por estar em um local muito distante. Ele teve a possibilidade de ver o nosso catálogo pessoalmente graças ao evento. Alexandre: Acho até que, na maioria das vezes, a gente consegue aumentar o potencial de compra do cliente a partir do evento. Não é comprando mais do que ele já compra, é abrindo o leque, porque aqui ele consegue ver produtos que não está acostumado a ver no dia a dia, só vê em catálogos e às vezes passa meio despercebido. Quando ele vê o produto, fala: “Mas vocês têm isso? Nunca atentei”. Ouvi isso no evento até de lojistas de São Paulo.

Então percebem que é realmente importante fazer este evento sem importar o tipo de condições adversas que possa apresentar o mercado, não é? Alexandre: Se você me perguntar

“Qual é o segredo do negócio, do evento?”, posso responder que não tem segredo. É um pouco de ousadia, porque se você não for ousado, não encara os desafios. Precisa ter empreendedorismo, acreditar no negócio e arriscar. Raul: Nós chegamos, em anos passados, no meio daquele “olho do furacão”, praticamente decididos a não fazer o evento. Analisamos os prejuízos, não só no financeiro, mas também em outros aspectos, mais de mercado; e en-

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xergamos que se a gente não fizesse, sairia com esses prejuízos maiores do que se desse tudo errado. Alexandre: O interessante é que no ano passado pensamos em evitar todos esses gastos e fazer uma ação de vendas que suprisse o evento. Uma ação de vendas em que oferecêssemos os benefícios direto aos clientes. Disparamos uma campanha em março, que era pra valer em março, abril e maio; não vou falar que não virou, pois virou um pouquinho, mas muito longe daquilo que a gente esperava. Levamos a campanha até o final de abril. Quando fechou o mês de abril, chamei o Raul e falei: “Não deu certo, vamos fazer o evento”. Fize-

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PÓS-FEIRA

Novidades da Strinberg

Pratos Zeus

D-One, marca da Renaer

Mais produtos da D-One

mos toda a preparação em 60 dias, o que mostrou que tinha de ser o evento. O que motiva os lojistas a querem vir para fazer negócio? Alexandre: Acho que é a solidez das

empresas perante o mercado, a solidez do grupo em si pesa muito. Às vezes o lojista que só compra Sonotec e não imagina o tamanho da Eros; às vezes aquele que é da parte da Eros, que é mais fechada para o lado automotivo, não sabe o tamanho do mix de produtos da Staner e da Sonotec. O cliente realmente se surpreende com isso, e aí é um peso perante o mercado, que é muito grande.

Quais são os lançamentos que vocês trouxeram para o evento? Alexandre: A Staner tem produtos

recém-lançados e que ainda estão em processo de trabalho. A Eros também, sempre com lançamentos dentro da área dela, com drivers, falantes, sempre trazendo novidades e desenvolvendo coisas novas. Da parte de instrumen-

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tos, em cada linha sempre tem alguma coisa a mais. Não tem uma linha que é lançamento, mas, se for olhar, temos um catálogo só de lançamentos, porque há três, quatro modelos da Takamine que são novos, da Strinberg a mesma coisa, bateria e microfone também. Então, há de tudo um pouquinho, que acabou formando um catálogo de 15, 16 páginas só de lançamentos. Como foi o ano passado para o Grupo Renaer? Alexandre: Difícil falar, pois atingimos

e até superamos nossas expectativas. Sinceramente, sem querer nos vangloriar, mas em um mercado relativamente quieto, retraído, com nossas ações principalmente a partir do evento do ano passado, conseguimos alavancar o faturamento, alavancar tudo de maneira geral e atingir o nosso objetivo dentro do planejado. Raul: Uma situação muito marcante para nós nas três empresas do grupo foi a divisão dos semestres, em que no primeiro, com uma economia frag-

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mentada, taxas cambiais, aumento de imposto, tudo contra uma recuperação econômica do mercado, mesmo assim acreditamos em fazer o evento. Fizemos justamente na ruptura da transcrição do primeiro para o segundo semestre e foi um divisor de águas. Foi nítida a recuperação das três empresas no segundo semestre, e ficou claro para nós que foi muito devido à realização do evento Áudio & Música Brasil. A gente sabe que para o mercado, como em quase todos os segmentos no País, o segundo semestre é mais forte que o primeiro, em questões culturais e até em questão de economia — depois que pagou os impostos, sobra um dinheirinho. Então existem essas sazonalidades no mercado, fazendo com que a disparidade entre os meses fosse absurda. Alexandre: Analisando o primeiro semestre isoladamente, a gente fala: “Puxa, esse foi um ano perdido”. Mas aí o segundo semestre recuperou aquela perda do primeiro e ainda trouxe superávit.

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Acordeões Cadenza

Expositor especial da Takamine

Violões Class, também da Renaer

Músicos curtiram o evento

E como estão vendo o mercado este ano? Raul: É mais ou menos um resumo do

que falamos do ano passado. O primeiro trimestre é o nosso pior período do ano, e mesmo assim conseguimos ter um trimestre equilibrado, positivo. Alexandre: Quer dizer, é um resumo, mas um pouco diferente, porque não foi negativo como no ano passado. Raul: Exatamente. Alguns clientes estão dizendo que não está bom, mas nossos números se mostram muito melhores do que nos últimos dois anos. Claro, sabemos que no mercado existe a possibilidade de atingirmos mais, mas perante os números conquistados nos últimos dois anos, está muito bom. As ações que o grupo está realizando estão dando certo? Alexandre: Sabemos que as ações têm

um tempo de duração. Seus efeitos só funcionam por um tempo, depois caem no esquecimento e temos de fazer uma nova ação para poder motivar de novo. Nosso objetivo no evento, inclusive permitindo programação por parte do

cliente, é sempre pensando em 90 dias. Então, essa ação já está mostrando que os números nos dão uma boa sustentação em nível de faturamento ao longo dos próximos 90 dias. Se conseguirmos aproveitar no mínimo os 80% consolidados que levamos do evento, não será difícil buscar os outros 20%, porque já temos uma carga de pedidos que abre a negociação com o cliente e você consegue compor muito mais coisas a partir daí. Então, é o que eu falei: no início, a ação tem um tempo de vida útil, 90 dias, principalmente os meses mais próximos, no terceiro mês um pouco menos. Mas a nossa intenção já era essa: tentar fazer um número que nos mantivesse pelos próximos 90 dias. A partir disso tem de vir outra ação, seja na feira Music Show (13 a 16 de setembro, em São Paulo) ou outra coisa. A realização do Áudio & Música Brasil no próximo ano está garantida então? Raul: Claro que sim! O único receio é

quanto ao período do ano. Sempre fizemos o evento no início do segundo

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semestre, ou seja, quando as coisas começam a dar aquela acelerada, mas em maio ainda está no mormaço do mercado, não está quente. Isso está nos provando o contrário, os negócios estão acelerando antes, então houve um deslocamento dos nossos negócios do segundo semestre. Eles se adiantaram graças à capacidade do evento. Voltando a uma pergunta anterior, sobre minha expectativa do ano, ela se torna muito boa automaticamente, porque estamos pegando resultados que teoricamente seriam de meses do segundo semestre e finalizando o primeiro semestre com esses números. O que esperar daqui para a frente? Alexandre: Estamos antecipando o momento da alavancagem, que é maio. Se vamos conseguir manter o volume de negócios, isso irá depender da gente, das ações futuras. n Mais informações renaer.com.br GrupoRenaer

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EVENTO

SEEGMA APRESENTA PRODUTOS DA BOSE PROFESSIONAL A distribuidora no Brasil realizou evento para representantes e integradores conhecerem os novos produtos da Bose, como o line array ShowMatch e o alto-falante portátil S1 Pro

O

line array ShowMatch está no mercado há um ano. A Seegma lançou o produto na feira Expomusic do ano passado, mas só agora foi demonstrado ao vivo no Brasil durante o Seegma Day Pro Audio, evento que reuniu representantes e integradores em São Paulo para conhecer não só as novidades da Bose, mas também da Allen & Heath, SKB e Whirlwind, distribuídas no País pela Seegma Pro Áudio. Nesse evento encontramos Alex Azevedo, que cuida da maioria dos países da América Latina para a Bose. “Estamos com algumas novidades!”, adiantou durante o nosso bate-papo. “O ShowMatch é um line array de grande porte focado em locadoras, empresas de rental. É um produto muito bom, fácil de montar e desmontar, e com uma potência que vai surpreender vocês. Além disso, temos o S1 Pro, que é o menor sistema portátil de todas as nossas linhas. O S1 é um produto extremamente versátil, com três canais, um deles com reverb e o terceiro canal com Bluetooth. É prático, fácil de utilizar, muito leve e, como acessório, inclui bateria com duração de até seis horas. Então, é um produto com uma tecnologia muito bacana para músicos, DJs e todas as pessoas

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Alex com o novo e pequeno S1

que precisem de portabilidade com áudio de qualidade”, disse. Como estão as vendas desse produto nos Estados Unidos? Alex Azevedo: Foi lançado na NAMM

deste ano, em janeiro, e está tendo muito sucesso. Já está em todas as lojas dos EUA. Tivemos que trabalhar dobrado para não ficar sem estoque. Está sendo um sucesso de vendas e o pessoal está adorando, especialmente pelas duas tecnologias que inclui, de array com três falantes no meio na parte da frente e Bluetooth. Para onde vai o áudio atualmente? Alex: Acho que uma das coisas fun-

damentais desde a criação da Bose é a qualidade — oferecer um produto de qualidade, um som de excelência por meio do resultado de pesquisa e desenvolvimento, que é o que a Bose continua fazendo todos esses anos. A busca atual de oferecer um produto de menor tamanho para o cliente e que ao mesmo tempo seja acessível e portátil, é algo que a Bose está fazendo há muito tempo e vai continuar. Isso começou com a divisão de consumer e vem ocorrendo com a divisão de audio pro desde a década de 1960, quando lançamos o primeiro produto profissional. O áudio vem avançando no sentido de oferecer ao cliente qualidade e portabilidade.

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Representantes e integradores no Seegma Day Pro Audio 2018

Considerando que o Brasil tem uma carga tributária alta, para um locador ou uma empresa de install, qual a vantagem de usar um produto da Bose? Alex: Fazemos testes exaustivos e somos

bastante conservadores, e, quando falamos que o produto atinge determinada potência, pode ter certeza de que é verdade. Somos muito cuidadosos com esses detalhes, então é um produto que fornece resistência e durabilidade mantendo a qualidade. Você pode ter um produto Bose com uma idade considerável, mas a qualidade do áudio será a mesma desde o primeiro dia. Esse é o foco da Bose.

O brasileiro está sendo mais exigente com a qualidade do som ou ainda só prefere ter mais e mais volume? Alex: Consigo perceber uma mudança

no mercado nacional. O brasileiro já começa a ter uma nova visão do áudio e passou a ser mais criterioso. Obviamente, como você falou, a carga tributária é algo que continua perjudicando muito os negócios no País. Poderíamos oferecer produtos com preços muito mais acessíveis ao cliente se não fosse pela carga tributária tão elevada, mas, da percepção do cliente, ele prefere economizar um pouco mais, guardar um pouco mais o dinheiro e acabar investindo em um produto de qualidade. Nesse sentido, estamos percebendo uma mudança.

Sistemas em coluna, uma das novidades

Alex mostrando os produtos

O que a Bose tem feito na questão do wireless? Alex: O Bluetooth está entrando bastan-

te no produto profissional, que é raro, pois é um protocolo que ainda tem limitações em termo de distâncias, de manter a conexão o tempo todo e acaba sendo instável. Você pode perder a qualidade, então somos muito resistentes em colocá-lo nos produtos profissionais, mas é uma realidade. É o que o público pede, principalmente pelo uso do smartphone. Por exemplo, temos um acessório chamado sound touch que vem junto

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Demo de line array com banda ao vivo

com o sistema L1, em que não só é Bluetooth, mas também wireless. Você pode conectar wireless na rede da sua casa e inclusive programá-lo com softwares de streaming de áudio como o Spotify. Como na nossa linha consumer esse sound touch já vem integrado, no futuro temos a possibilidade de talvez migrar também para produtos como o S1. n Mais informações seegma.com.br SeegmaProAudio

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BIOGRAFIA Referências de Wikipedia, fender.com, glguitars.com, Vintage Guitar Show e Museum of Making Music

QUEM NÃO CONHECE LEO FENDER? De luthier a poderoso empresário e fundador de uma das companhias mais importantes da história e das guitarras mais conhecidas, objeto de desejo de músicos de todos os tempos

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larence Leonidas Fender nasceu no dia 10 de agosto de 1909 em Anaheim, Califórnia, curiosamente lugar onde hoje é realizada a famosa expo NAMM Show a cada mês de janeiro. Foi um inventor e luthier norte-americano que fundou a companhia de instrumentos elétricos Fender (ou Paixão por instrumentos e eletrônica Fender Electric Instrument Manufacturing Company), hoje conhecida como Fender Musical Instruments Corporation, e mais tarde, a companhia G&L Musical Products (G&L Guitars). Desde criança se interessou pela eletrônica. Com os anos, estudou para ser contador e ao mesmo tempo era autodidata na eletrônica, brincando cantores se aproximaram para cocom partes de rádios e outros com- nhecer os sistemas de PA de Leo, que ponentes. Embora tenha trabalhado começou a construí-los, vendê-los e para várias empresas como contador alugá-los. Sua amplificação para vio— nessa época, uma banda pediu a ele lões também começava a ser vista na que fabricasse seis sistemas de PA —, cena musical do sul de Califórnia. Durante a Segunda Guerra Munsua paixão continuava sendo a eletrônica. Depois de tempos difíceis devido dial, Leo conheceu Clayton Orr “Doc” à guerra e à recessão, decidiu ir para a Kauffman e começaram a trabalhar cidade de Fullerton junto com a mu- com design e fabricação de amplifilher Esther Klosky — com quem se cadores e guitarras havaianas amplicasou em 1934 — e abriu sua própria ficadas. Ambos perceberam que fabricar instrumentos era muito mais oficina de conserto de rádios. Pouco tempo depois, músicos e rentável que consertá-los.

Suas guitarras, baixos e amplificadores continuam dominando a música popular mais de meio século depois

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Leo com uma Music Man no início de 1980

Em 1948, o engenheiro George Fullerton foi contratado por Leo, iniciando uma amizade que duraria mais de 40 anos. Começaram a trabalhar no design de uma guitarra de estilo espanhol, que depois conheceríamos como a Esquire.

Leo e sua paixão Suas guitarras, baixos e amplificadores criados desde 1950 continuam dominando a música popular mais de meio século depois. Leo Fender e o guitarrista Les Paul são citados, frequentemente, como as duas pessoas mais influentes no desenvolvimento dos instrumentos elétricos do século XX. Costumam dizer que a marca de Les Paul, a Gibson, tem sido a mais séria concorrente da Fender na fabri-

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BIOGRAFIA

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1.

Primeiro protótipo Fender Esquire em 1949 (Fender Guitar Factory Museum)

3.

A Fender Broadcaster foi uma guitarra elétrica produzida pela então iniciante Fender Electric Instrument Manufacturing Company, na década de 1950, que tinha um corpo de madeira, um braço de madeira sólida preso ao corpo por quatro parafusos e uma eletrônica que consistia em um par de captadores single-coils, controles do volume e do tom, e um seletor de três posições

2.

A Fender Esquire foi a primeira guitarra de corpo maciço vendida pela Fender, em 1950, com um só captador na ponte

4.

A chamada Nocaster foi uma variante de pouco tempo de vida da Telecaster. Produzida em meados de 1951, foi o resultado da ação legal da empresa Gretsch sobre o nome prévio Broadcaster (Gretsch já tinha cadastrado o nome ‘Broadkaster’ para uma linha de baterias). Nesse ínterim, os funcionários da fábrica cortaram o nome da cabeça e só deixaram Fender, sendo atualmente uma peça de coleção, lembrando aquela transição de nomes

cação de guitarras, tratando-se, na verdade, de designs e filosofias de construção muito diferentes, e com sucesso alternante ao longo da história. Em 1950, junto a George Fullerton, Fender apresentou seu primeiro modelo, a Esquire, e depois a Broadcaster, a primeira guitarra elétrica produzida pela Fender Electric Instrument Manufacturing Company. Devido a um conflito de marca com a Gretsch, outra companhia fabricante de instrumentos, a Broadcaster foi renomeada como Telecaster. Mais tarde, seguiriam-se outros sucessos de design, entre os quais se destaca a Stratocaster, modelo amplamente imitado desde seu lançamento no mercado, em 1954, e o Precision Bass, o primeiro

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5. 6.

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baixo elétrico comercialmente viável. Em 1965, Leo Fender vendeu sua companhia à Columbia Broadcasting System (CBS) por US$ 13 milhões, concordando em não participar da indústria de instrumentos musicais por dez anos após a compra.

Music Man & G&L Mas, já em 1970, Leo Fender começou a criar guitarras, baixos e amplificadores para a companhia Music Man. Em 1979, junto com seus velhos amigos George Fullerton e Dale Hyatt, fundou uma nova empresa chamada G&L (de George & Leo, embora durante um tempo tenha sido muito popular a crença de que o acrônimo significava

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O Precision Bass ou P-Bass é o primeiro modelo de baixo elétrico do mundo criado e introduzido no mercado por Leo Fender em 1951. Ele é produzido até hoje A Fender Telecaster, também conhecida como Tele, é uma típica guitarra elétrica de dois compartimentos e de corpo sólido. Inicialmente distribuída como Broadcaster em 1949, foi a primeira guitarra de seu tipo a ser produzida em uma escala significativa

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‘Guitars by Leo’) Musical Products. Nos anos seguintes, Fender continuou produzindo guitarras e baixos elétricos, melhorando seus próprios designs de décadas atrás e registrando novas patentes com designs inovadores de captadores magnéticos, sistemas de vibrato, construção de braços etc. Leo morreu no dia 21 de março de 1991 em Fullerton, Califórnia, por complicações da doença de Parkinson. Fender revolucionou a indústria desse tipo de instrumento e sabe de uma coisa? Ele nunca aprendeu a tocar guitarra! n Mais informações fender.com

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LOJISTA

PRODUTOS E ASSISTÊNCIA TÉCNICA NA SPUTNIK MAGAZINE A Sputnik conta com duas lojas no interior de São Paulo mais a venda on-line, que lhe permite vender para todo o Brasil. Paixão e comprometimento com o cliente descrevem o trabalho diário

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edro Ormelezi, proprietário da Sputnik Magazine, começou sua carreira há 12 anos, trabalhando com revenda de instrumentos musicais usados. Conforme foi aumentando a procura, percebeu que a loja precisava ter instrumentos musicais novos. Então logo viu que precisaria contatar empresas distribuidoras de marcas mundiais para ampliar sua oferta de produtos. A primeira empresa a estender-lhe a mão foi a Sonotec, com a qual fez uma excelente parceria. A loja Sputnik Magazine fica em Jaú, no interior do Estado de São Paulo. Pedro dirige o negócio há 12 anos, mas antes era do seu pai. “A loja completaria 40 anos. A escolha do nome — Sputnik — foi em homenagem ao primeiro satélite artificial criado pelos russos. Meu pai se encantou com o acontecimento e resolveu colocar o nome do satélite na loja. Por outro lado, a escolha do local foi bem acertada, por ficar bem no centro da cidade, na principal rua de Jaú”, contou. Mas a Sputnik Magazine tem ainda outra loja, que foi inaugurada há seis anos, em Pederneiras, também no interior paulista.

Loja em Jaú

Crescimento Em todos esses anos, a empresa cer- Pedro Ormelezi, proprietário da Sputnik Magazine tamente tem evoluído muito bem, em especial graças à paixão do Pedro: mentos musicais e acessórios de várias “Invisto cada vez mais no meu traba- marcas, trabalho também com celulalho e procuro sempre estar por dentro res e variados acessórios eletrônicos”. Ampliando o alcance das vendas, das novidades e do que há de melhor no mercado. Além de trabalhar com instru- a Sputnik conta com uma loja on-line

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há aproximadamente quatro anos. “Mas foi somente há uns dois anos que comecei a colher resultados positivos. Foi desenvolvida com muita dedicação e esforço, e valeu a pena, pois hoje a loja tem o merecido respeito dos clientes que utilizam o mercado virtual”, disse. Devido a isso, não só conseguem atender a clientela local e os clientes que moram em cidades vizinhas, como realizam vendas para todo o Brasil.

Marcas disponíveis A fim de atender o público em todos os gostos e demandas, a loja trabalha com multimarcas. “Temos uma variedade de pronta entrega de muitas marcas e

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também trabalhamos sob encomenda”, contou Pedro. “Na Sputnik Magazine, dificilmente um cliente não acha o que ele quer. Pode ser que seja devido à quantidade de opções — de produtos e de marcas — que oferecemos. Mas os produtos que mais temos vendido na loja são os violões.” Nessa variedade, a loja trabalha com as principais marcas nacionais. “Comparar as marcas nacionais com as importadas é um pouco difícil. Tem marcas nacionais muito boas, que oferecem produtos melhores que as importadas; e tem marcas internacionais que superam em qualidade as nacionais. É uma disputa constante. Cada marca e cada produto tem o seu ‘quê’ que o faz ser mais comercial.”

Banda na loja de Pederneiras

Equipamento de áudio

Experiência técnica Com assistência técnica própria, na Sputnik dificilmente um cliente sai Pedro quando criança sem ver o seu problema resolvido. Pe- na loja do seu pai dro lembra: “Fui criado dentro da loja. Cresci obtendo informações de áudio, informações técnicas sobre os instrumentos. Sou um luthier que é dono da loja. A experiência vem da minha infância. Além de fazer isso como trabalho, é uma das coisas de que mais gosto na vida pessoal. É mais do que um simples trabalho, é amor pela loja. Acho que os nossos diferenciais são a qualidade, o atendimento, a honestidade e a solução de problemas. Todos na loja trabalham com muito amor e carinho, porque compreendemos que essa é base do nosso negócio”. Seguindo com essa herança, Pedro pensa em continuar trabalhando honestamente e sempre se atualizando em favor do cliente. “Quero mostrar ao cliente, cada vez mais, que o lugar certo para ele vir comprar um produto, e onde ele encontrará informações técnicas seguras — além de um bom atendimento — é na nossa loja. O comércio musical no Brasil, infelizmente, segue a passos lentos. Está faltando incentivo cultural em nosso país. Só existe uma boa fatia de venda de instrumentos musicais por conta das igrejas. Elas são hoje os nossos maiores clientes, embora a música sertaneja também faça sua contribuição no comércio musical. E tem a questão dos impostos sobre os instrumentos musicais. Os impostos são muito altos, o que acaba dificultando a compra de um instrumento”, concluiu. n Mais informações sputnikmagazine.com.br

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ANIVERSÁRIO

ROTOSOUND CELEBRA SEIS DÉCADAS DE CORDAS A Rotosound é uma empresa familiar e segue tradições que passaram de geração em geração, o que lhe permitiu crescer em maquinário, produtos e reconhecimento internacional

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ames How foi o fundador, em 1958, e hoje seu filho, Jason How, está à frente do empreendimento. Ambos músicos e engenheiros, dividem a visão e paixão na criação de cordas, combinando conhecimento, herança e métodos de produção modernos. Em Kent, no Reino Unido, as cordas são produzidas com máquinas inventadas por Jason, seguindo a tradição do seu pai, e estão presentes em mais de 80 países, sendo escolhidas na sua maioria por músicos de rock. Embora o catálogo se concentre em cordas para baixo, guitarra elétrica, acústica e instrumentos para orquestras, a Rotosound também tem uma linha de pedais de efeitos e variados acessórios. “É uma grande conquista estar na indústria há 60 anos. Começamos quando também se iniciava o rock ’n’ roll, o que foi muito bom para a companhia. Isso fez com que pudéssemos dar suporte aos principais músicos e grupos desde os primórdios de 1960. Fornecemos cordas para Jimi Hendrix, The Who, Pink Floyd, Led Zeppelin, Rush (Geddy Lee), Billy Sheehan e bandas mais modernas, como Oasis (Noel Gallagher), Franz Ferdinand, Nothing but Thieves e You Me at Six. Sou apaixonado por manter a maior quantidade possível das tradições que meu pai iniciou. Temos que avançar, mas não podemos ignorar o passado”, comentou Jason How, CEO da Rotosound. Saiba mais a seguir.

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Jason How, atual CEO da Rotosound

Como você vê a evolução da empresa nessas seis décadas?

Quando assumi a liderança, grande parte das bobinas das cordas era feita de um modo antiquado. Passei quase dez anos idealizando e construindo máquinas de bobinas de cordas completamente novas. Agora temos uma produção bastante automatizada e mais eficiente do que no passado. É um mercado muito mais competitivo, então você tem que administrar bem a empresa para sobreviver. Não podemos esquecer que a Rotosound foi pioneira em muitos designs de cordas, como as cordas para baixo RS66 Swing Bass – Roundwound em 1964, as cordas para baixo de náilon RS88 Tru Bass – Black

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em 1962, as cordas para baixo de núcleo de contato RS99 Piano string design em 1974, as cordas para baixo RS55 Solo Bass — Pressurewound em 1977, e as cordas para baixo anodizadas RS6006 Spacer — Black em 1990. Tudo que fazemos é nos equipar para otimizar as operações, além de ser profissionais, mantendo a fabricação no Reino Unido, logicamente.

Jimi Hendrix com um dos produtos Rotosound distribuídos em 1960, os amplificadores Triumph

Como comemorarão este aniversário?

Estamos organizando um evento especial com vários de nossos artistas. Além disso, lançaremos em breve vários sets de cordas pioneiros em seu tipo.

Estande no NAMM Show 2018

Como se apresenta o mercado em geral para a Rotosound?

O mercado para nossas cordas é bastante forte. No ano-calendário, nossas vendas de exportação deverão exceder as do ano passado em mais de 20%. Todas as regiões estão crescendo, mas alguns países se destacam, como Argentina, Peru, México, Escandinávia, o leste da Europa, Austrália e partes da Ásia, como Filipinas e Japão.

James How no final de 1950

Fabricação de cordas à mão no passado

Como é a concorrência com outras marcas grandes na América Latina?

A situação é realmente boa para nós. Os dealers latino-americanos parecem-se com os de todas as partes do mundo: querem fortes margens de ganho e desejam oferecer a seus clientes um ótimo produto a um preço razoável. Felizmente podemos satisfazer ambas as condições. Além disso, estamos investindo muito mais do que antes no marketing para o consumidor, a fim de levar os clientes até os dealers. Sabemos que é uma das nossas responsabilidades mais importantes.

CABOS ESPECIAIS

Que tendências você vê no mercado de cordas hoje?

A tendência principal que vejo é que os guitarristas estão usando calibres mais pesados, longe do set 009, que foi muito popular por anos. As cordas para ukulele estão se tornando um dos produtos mais populares também, e estaremos lançando novos modelos para esse instrumento em breve: RS85C (Concert set), RS85T (Tenor set), RS85S (Soprano set) e RS85B (Baritone set). n Mais informações rotosound.com

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RotoSound

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VENDAS

LEALDADE DO CLIENTE É SINÔNIMO DE VENDAS Clientes leais criam ambiente de vendas favorável para o seu negócio

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ocê sabe qual é o significado da palavra lealdade? Segundo o Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa Michaelis, alguns dos significados dessa palavra são: cumprimento da palavra dada; fidelidade, respeito, responsabilidade. E você sabia que essa lealdade, fidelidade e respeito pela sua marca podem fazer o seu negócio gerar vendas? Caso responda com um “sim”, você sabe qual é o tipo de lealdade do seu consumidor? Se respondeu “não”, sem problemas. Agora é a oportunidade de aprender um pouco mais sobre “tipos de lealdade” e aplicar ao seu negócio. Todas as empresas querem clientes leais, mas às vezes os clientes assumem diferentes tipos de lealdade, como lealdade atitudinal ou lealdade comportamental. Pode parecer complicado, mas não é. E vou lhe explicar os motivos.

Atitude ou comportamento? A lealdade atitudinal, que também pode ser chamada de “emocional”, é quando o seu cliente é leal ao seu negócio porque ama sua marca ou seu produto. Por vezes, pode até não ser consumidor, mas se identifica com o perfil da empresa. É muito comum observar esse tipo de lealdade em fãs da marca Apple, por exemplo. Trazendo para o mercado musical: muitos clientes não

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trocam de jeito nenhum uma Fender por outra fabricante de guitarras. Os consumidores da Fender são leais à marca, são emocionalmente ligados. Um das características interessantes da lealdade atitudinal é que a chance de o seu cliente propagar a satisfação do seu produto a outras pessoas é muito maior. Assim, ele se torna um evangelizador da sua marca. A campanha boca a boca ou nas redes sociais é excelente para qualquer área do mercado musical, seja lojista ou fornecedor. Já a lealdade comportamental é quando o seu cliente é leal a você

PAULA MOREIRA DE SOUZA Publicitária e pós-graduada em Gerenciamento de Projetos pela Fundação Getulio Vargas. Já integrou o time de vendas e publicidade dos maiores sites de música do Brasil (Letras.mus.br, Cifra Club e Palco MP3). Hoje faz parte da equipe de marketing da loja de instrumentos musicais A Serenata, de Belo Horizonte

porque ele precisa. Ele compra sempre em uma mesma loja, pois é mais conveniente (por questões de localização, falta de opções). Esse tipo de lealdade também pode ser chamada de “lealdade intelectual”. É uma relação de necessidade entre você e seu cliente. E muitas empresas sabem que a lealdade do seu consumidor é comportamental. Tem luthierias, lojas e marcas, por exemplo, que compreendem que são necessárias em determinadas regiões e não transformam seus consumidores em verdadeiros apóstolos do serviço.

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Como essa mudança de lealdade impacta o mercado musical? Bom, no meu caso, quando tive a oportunidade de visitar a NAMM pela primeira vez, pude observar essa relação entre lealdade atitudinal e lealdade comportamental. A magia que corre por cada um dos corredores do Anaheim Convention Center é incrível (e dizem que o mundo mágico está, literalmente, do outro lado da rua — aqui também tem magia e diversão, Mickey!). Chegando à feira, antes de passar de estande em estande fui direto ao espaço exclusivo da Fender. Queria saber o que uma das minhas marcas preferidas havia feito. É uma marca com a qual me identifico, em relação à qual tenho lealdade emocional. Os meus grandes ídolos tocam em um instrumento dessa marca. É uma le-

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aldade que para mim “não tem preço” (na prática, o preço é alto, mas emocionalmente ele não é a prioridade). Ter a camisa da Fender já me faz sentir parte da história deles. Quando fui comprar meu primeiro amplificador, não tinha discussão: tinha que ser um Fender (que carinhosamente batizei como “John”). Viu como a minha lealdade à marca é emocional?

Para o seu negócio é a mesma premissa Você pode utilizar esses dois modelos de lealdade como ferramentas para relacionamento. A lealdade pode ser afetada na forma como resolvemos os problemas dos clientes (que podem comprar novamente com você se sentirem confiança no seu produto/serviço), por exemplo. Porém, tome cuidado com uma questão: recomprar várias vezes o mesmo pro-

duto ou utilizar o mesmo serviço não significa que seu cliente tem lealdade emocional. Ele pode ter uma lealdade comportamental por não ter outra opção de compra, e isso mascara a lealdade. É necessário um aprofundamento na análise desse comportamento. Então, lembre-se disso quando for realizar as suas estratégias de vendas: você quer ser lembrado por ser uma marca/produto que os clientes amem ou que apenas compram por comprar ou por falta de opção? As empresas acreditam que a lealdade atitudinal é a mais significativa, mas é a mais onerosa, que gera mais gastos, mas também a que pode trazer resultados muito mais duradouros. A lealdade do seu consumidor vale dinheiro e é preciso estar muito atento ao seu negócio na hora de posicionar a sua marca. n

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ARTIGO | JOEY GROSS BROWN

MITIGANDO RISCOS Entre os vários aspectos que merecem cuidado na nossa empresa, existe um fundamental: a saúde financeira

JOEY GROSS BROWN

Senior Associate da Forecast Capital Participações, especialista em vendas e marketing corporativo. Atua como Liason e Project Manager para back offices, projetos de captação de capital e aquisições & fusões (A&M), tendo 24 anos de experiência em gestão no mercado musical.

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esta edição, vou dedicar meu foco a uma questão que resume a saúde de uma empresa: saúde financeira. Isso inclui eliminar riscos desnecessários, independentemente do porte ou do tamanho da sua empresa. Considerando um país onde se governa por meio de medidas provisórias ou decretos de interesses próprios e onde a volatilidade político-financeira é tremenda, quais seriam as ações para mitigar o risco? Neste país, o assunto seguro é tratado de maneira superficial. Fazemos seguro de saúde, de incêndio, de roubo, de furto, de acidentes e de vida para agradar ao gerente do banco e conseguir uma taxa melhor para empréstimos. Mas não fazemos seguro do nosso dinheiro. Interessante, pois sem nosso dinheiro, talvez nenhum seguro fosse necessário. Você sabia que existem seguradoras de crédito que asseguram sua carteira de venda em até 100%, garantindo seu recebimento após 90 dias caso seu cliente não pague? Sabia que você pode colocar quem quiser como beneficiário da apólice, tornando esse seguro uma garantia bancária na obtenção de mais crédito a melhores taxas? A essa altura, enquanto você lê esta matéria, já tem duas empresas do segmento operando tal seguro. Eliminando risco e planejando o crescimento focado apenas em vender. Risco de inadimplência e de golpistas mitigado!

A eliminação Nesse contexto, onde mais é possível

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“A atualizaçao do valor de câmbio ou monetária de seu estoque é importante”

eliminar riscos? Talvez na atualização da taxa de conversão de seu estoque. Se você é fabricante ou importador, existem instituições com excelentes taxas de câmbio, o que certamente vai lhe favorecer a cada transação. Mas, e o que já foi comprado? Utilizar o conceito de que “o que vende é o mais barato” inviabilizaria a existência de concessionárias Ferrari, Bentley, Aston Martin etc. Ao aplicar uma regra de atualização de estoque, a segurança de manutenção de margens é garantida, sendo que sempre se pode conceder mais desconto de forma a encontrar o ponto ideal de preço e lucro. Melhor, pois se negocia melhor. Em todas as verticais do mercado de áudio, o consumidor em geral é um entusiasta, quando não profissional. No

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mercado de instalação, há necessidade de infraestrutura, levando em consideração que a comunicação global é feita por meio de tecnologia e uma empresa não pode mais ficar dependendo apenas do telefone. Mas, voltando ao assunto, um consumidor, quando se decide pela compra, vai comprar. É mais do que óbvio que haverá uma pesquisa de preços e conveniências relativas ao processo de compra (seja essa feita em locais físicos ou on-line), mas a compra será feita. Nesse contexto, a atualização do valor de câmbio ou monetária de seu estoque é importante para determinar se o produto em questão poderá ser comprado do fornecedor com o mesmo preço que foi anteriormente. E se então a cadeia fornecimento/venda completa

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seu ciclo normal de novo, mantendo preços sem solavancos grotescos.

Cotação em mudança Vejam o já batido caso do dólar: ao mesmo tempo que todos usam a taxa de dólar como indexador de produtos importados, se um estoque é adquirido com o dólar a R$ 3,10 e outro com o dólar a R$ 3,60 (taxa em 10 de maio de 2018), subitamente há um aumento de 14% na conversão livre. Isso quer dizer que às vezes a margem líquida pode ser perdida caso o preço de venda não seja alterado ou ajustado. Muitas empresas grandes usam Hedge, NDF ou Swap, mas acabam no risco de uma aposta malfeita. Mitigar risco significa equiparar seu estoque ao valor que permitirá a recompra dentro de uma variação mínima de preços ao consumidor. Por último, o maior risco a ser erradicado encontra-se na administra-

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ção do seu negócio. Considerando fatos culturais, é comum para qualquer empreendedor não deixar que ninguém cuide de seu dinheiro (negócio). É o famoso “o negócio é meu, então quem cuida sou eu!”, esquecendo-se de fazer o que sabe: vender! Venho batendo nessa tecla pois recentemente fui convidado a fazer uma consultoria em uma loja na qual, apesar de tudo, a administração e o financeiro estavam ajustados, mas ao mesmo tempo, bagunçados. O dono necessitava de mais tempo para planejar e executar ações de venda, e acabava gastando-o em apenas administrar. Isso faz sentido se sua empresa tem profissionais que fariam a venda melhor que você, mas se seu “balcão” necessita de sua presença e com ela mais negócios serão gerados, acaba não fazendo o menor sentido gastar seu tempo com isso! Já vi muitos “donos” voltando ao batente da

peregrinação por vendas durante esta crise que parece não querer ir embora. Com isso obtiveram mais inteligência de mercado e mais ideias a serem aplicadas para melhorar o resultado. Mas, e se estivessem confinados em seus escritórios apenas acompanhando números e resultados? Bom, é mais fácil culpar o gerente, né? O que é melhor se você fez seu negócio desde o começo, onde tudo era você? Contratar um vendedor e administrar mais ou menos ou contratar um administrador capacitado ou até mesmo uma empresa terceirizada? Pense nisso. Às vezes mitigar riscos significa voltar à linha de frente e garantir que a galinha continue colocando ovos. Ou simplesmente esperar o pior e, mais fácil, culpar seu gerente de vendas. Há muitas soluções inteligentes que o ajudarão a mitigar riscos e tornar sua empresa mais ágil. Aproveite-as! n

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ARTIGO | LUIZ CARLOS RIGO UHLIK

NOSSO RAMO PASSA POR UMA GRAVE CRISE DE CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO

LUIZ CARLOS RIGO UHLIK

É um amante da música desde o dia de sua concepção, no ano de 1961 uhlik@mandic.com.br

Crise de criatividade? Como assim, crise de criatividade? Não trabalhamos com instrumentos musicais? Não trabalhamos com música? Quer ramo mais criativo que o nosso?

É

, bom amigo, leitor da M&M, estamos, realmente, numa grave crise de criatividade, por incrível que pareça. Milhares de pessoas saindo das faculdades, principalmente de marketing, e muito pouca coisa do aprendizado é utilizado para incrementar o nosso setor. Vivemos, sim, uma crise de criatividade, uma crise de inovação. Repare. Você tem aquela ideia fantástica, sabe que não pode perder tempo, mas não consegue colocá-la em prática. Não é fácil conviver num meio em que as inovações são difíceis de ser implantadas. Mas quais são os entraves que normalmente prejudicam a evolução do varejo de instrumentos musicais? É claro que a grande maioria dos amigos sabe a resposta. Mas tenho certeza de que você vai se surpreender com alguns obstáculos.

Quais são eles?

1. existe quando você tem uma boa ideia é o tempo que precisa espeBurocracia: A pior coisa que

rar para ela ser aprovada pelos diversos “setores” da empresa. Um monte de aprovações, gente assinando, gente analisando, gente... Indiscutivelmente, a burocracia é sempre, nos formatos políticos, sociais e organizacionais, o grande bloqueador da criatividade. Veja se não é esse o seu caso.

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Você está fazendo isso certo?

2. grande entrave para a difusão das ideias são os próprios colaboraDisputas: Impressionante! Um

dores. As rixas, as disputas internas, as discussões sobre “pontos de vista” determinam a condenação da proliferação das mudanças necessárias para bons resultados. Não dá vontade de... Custos: Pouco ou quase nada se sabe de custos no ramo de instrumentos musicais. Estamos engatinhando. Imagine, então, analisar o impacto da implementação de alguma ideia diferente da usual para promover melhores vendas. Quase impossível. Quando vamos aprender

3.

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a investir e aplicar recursos em novas ideias para que coloquemos o nosso negócio pari passu com os demais bons negócios do mercado?

4. Nem por parte dos colaboradores, tampouco da alta administração, Falta de estímulo interno:

projetos ditos inovadores são implementados. Estamos ainda vivendo o “ranço” do armazém de secos e molhados. O nosso negócio é o mais promissor do mercado, mas parece que a “velhacaria” continua vencendo; e vencendo de larga distância. Medo: Não preciso me delongar com relação a esse item. Faz

5.

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Trabalhamos no ramo mais promissor do mercado, depois do petróleo, da mineração e dos bancos

parte da vida do ser humano ter medo, principalmente das inovações, das mudanças, das novas ideias. Mas veja que interessante: a grande maioria das ideias é engavetada porque os seus criadores têm medo de perder posição, status ou até mesmo o emprego. Pode? Não é só uma questão de medo das inovações. É o medo da posição. Já pensou se existisse esse medo em empresas como Microsoft, Apple e por aí afora? Trabalhamos no ramo mais promissor do mercado, depois do petróleo, da mineração e dos bancos. Entretanto, estamos embrenhados numa selva de ideias retrógradas e “peças de museu”.

Algumas dicas Tá bom, tá bom! Vou alavancar sugestões para que você possa inovar na sua loja, no seu negócio:

divulgue, com 1. veemência e responsabilidade, que você quer inovar. Fale com Seja claro:

a direção, com os sócios, com os colaboradores, que o momento exige criatividade e que a empresa precisa tomar novos rumos, alavancar novos mercados e clientes.

2. Se você reparar no dia a dia da

Determine um tempo para planejar e estudar sobre inovação.

loja, vai perceber que todos os colaboradores têm tempo ocioso, principal-

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mente nas primeiras horas da manhã, nos primeiros dias da semana. Excelente momento de direcionar este “tempo livre” para a criatividade, para a inovação. Incentive a turma a sair do marasmo.

3.

Controle os resultados. Depois de decidir

sobre o que fazer, é hora de controlar e averiguar os resultados. Isso tem que acontecer a toda hora. Você precisa medir a eficiência e a eficácia das ideias, do que você determinou como inovador!

4. A renovação tem que acontecer a todo Se deu certo, reconheça que deu certo e incentive novas ideias.

instante. As fórmulas são muitas para a criatividade, infinitas. Portanto, incentive as ações inovadoras e criativas. Viu como é simples? Vamos colocar as novas ideias em prática? n

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ARTIGO | CARLOS CRUZ

VENDEDOR, VOCÊ ATENDE ÀS NECESSIDADES DO SEU CLIENTE?

CARLOS CRUZ Diretor do Instituto Brasileiro de Vendas (IBVendas) www.ibvendas.com.br

Simplesmente por não encontrar o produto desejado, o cliente pode não voltar mais à sua loja. Sabe como lidar com isso?

O

que leva um cliente a buscar um produto? A resposta é simples: é a premissa básica de um desejo, algo tão profundo que vira um problema real e precisa ser atendido. Abraham Maslow, psicólogo norte-americano, em sua teoria “A Pirâmide da Hierarquia de Necessidades de Maslow”, criada na década de 1950, explica bem as necessidades humanas, inclusive as relacionadas ao consumo. De acordo com ele, as necessidades das pessoas são divididas em cinco partes: fisiológicas básicas; de segurança; sociais; de autoestima; e de autorrealização. Com base nessa ordem preestabelecida, podemos perceber que os indivíduos são movidos a executar ações que supram os seus desejos. Ao compreender esse contexto e trazê-lo para o mundo das vendas, entendemos que os clientes vão à busca de um produto impulsionados por uma necessidade — e, geralmente, eles não têm consciência disso.

Qual necessidade? Vou exemplificar com uma necessidade social: ao entrar em uma loja esportiva, a pessoa vai atrás de um determinado tipo de tênis, olha quais são suas indicações e questiona o vendedor sobre suas funcionalidades. O ‘xis’ da questão, no entanto, não está no produto em si, mas no simples fato de que, ao tê-lo em mãos, o cliente já tem a sensação de ser um atleta, de

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pertencer a uma tribo. Todo esse processo nada mais é que a construção de um desejo, o qual provoca uma compra. Agora, imagine que o cliente está ansioso para satisfazer a sua necessidade e, ao chegar à loja, não encontra o modelo ou o número de tênis que deseja. Qual é o tamanho da decepção? Quanto isso ficará registrado em sua memória emocional? É importante entender que o nosso cérebro evita o que é negativo. Ou seja, ao não encontrar o que procura, é bem provável que a pessoa não volte ao estabelecimento, simplesmente por não ter tido um desejo atendido.

O que fazer? Para evitar o desapontamento do cliente, quando não tiver o tênis solicitado, o bom profissional poderá in-

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dicar outros produtos que atendam às reais necessidades do consumidor e, dessa forma, ajudá-lo a ingressar em sua nova e desejada tribo. Outra solução é ativar outros desejos que possam ser satisfeitos com os produtos disponíveis em estoque. Afinal, como já dizia Adam Smith, o pai da economia moderna: “As necessidades humanas são infinitas”. Portanto, é fundamental que haja um preparo extremo e que o estabelecimento não se concentre apenas na vitrine — que não pode, em hipótese alguma, fazer propaganda enganosa — mas, principalmente, no treinamento dos vendedores. Afinal, eles são os responsáveis por garantir o bom atendimento, por identificar qual, de fato, é a necessidade do cliente que acaba de entrar pela porta. n

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PÓS-FEIRA

TECNOMULTIMÍDIA INFOCOMM NO BRASIL A edição de 2018 foi realizada de 22 a 24 de maio no São Paulo Expo

A

TecnoMultimídia InfoComm Brasil 2018, feira da indústria de áudio, vídeo, iluminação, automação e sistemas profissionais integrados, apresentou sua quinta edição no País. Entre as novidades, a AAT - Advanced Audio Technologies trouxe a linha de caixas acústicas Rakt, composta por modelos do tipo bookshelf, central e subwoofers com acabamento em pintura microtexturizada e disponíveis nas cores preto e branco ou personalizáveis sob encomenda. A LedWave mostrou pisos de LED que podem ser utilizados para festas e eventos. O produto pode ser aplicado em ambientes indoor ou outdoor, de pequeno ou grande porte. Também é possível atender demandas especiais, com formatos inusitados, telas curvas, côncavas e convexas e os pisos de LED. A AMCP-xtend apresentou sua nova linha de caixas bookshelf, agora ativas e com Bluetooth. O sistema é composto por uma caixa passiva e outra ativa, podendo atender a necessidades das mais diversas. As caixas contam também com entrada auxiliar em nível de linha, permitindo a reprodução do conteúdo de dispositivos móveis por Bluetooth (alcance de até 20 metros) ou pela conexão de saída de áudio de uma TV, por exemplo.

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Audio-Technica

Sennheiser do Brasil

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PÓS-FEIRA

Treinamento em LED por Leandro Marques, da LedWave

Soluções em vídeo e LED

O Grupo Discabos, que anunciou recentemente sua parceria de distribuição com a Work Pro, mostrou os variados produtos da empresa espanhola, como o sistema Blue Line Digital. Baseado em transmissão via Ethernet, funciona com baixa latência e pode ser utilizado para transportar vários canais de áudio na rede simultaneamente e para diferentes destinos.

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A Agis trouxe soluções de controle de display LED por meio dos produtos da NovaStar, companhia que projeta e desenvolve controladores de mídia para uma variedade de aplicações no mercado de soluções visuais e sinalização digital. Também mostrou o Raidus, o primeiro painel LED vendido em placas embaladas individualmente, com máxima eficiência

da iluminação LED para uso profissional, menor consumo de energia e maior durabilidade. O produto vem em duas versões: de 3,9 mm, ideal para escritórios, lojas, vitrines e aeroportos; e outra de 5,9 mm, para auditórios, igrejas, estádios e shows. A Audio-Technica mostrou os sistemas UHF sem fio da série 3000 de quarta geração. Com uma faixa de sintonia na categoria de 60 MHz, que é mais do que o dobro oferecido pelas versões anteriores, os novos sistemas da série 3000 estão disponíveis em duas bandas de frequência — DE2 (470 a 530 MHz) e EE1 (530 a 590 MHz). A empresa também lançou o sistema Atuc-50, projetado para uso intuitivo, com funcionalidade plug-and-play. Ele fornece áudio digital não comprimido para uma comunicação clara e inteligível, melhorando a comunicação em reuniões. A solução é ideal para aplicações empresariais (incluindo salas de reuniões), edifícios públicos, conferências multilíngue, hotéis, convenções, quadras e departamentos judiciais ou indústria educacional. Entre os expositores, a Sennheiser do Brasil e a Music Group, com todas as suas marcas, também estiveram presentes mostrando suas soluções para esses mercados. Os visitantes ainda aproveitaram uma extensa programação de seminários e fóruns. O evento foi organizado pela Avixa, em parceria com a Latin Press Inc., e contou com o apoio das associações Aureside e DSLatam. n Mais informações tecnomultimidia.com.br TecnoMultimidia

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ENTREVISTA

O NOVO FORMATO DA AES BRASIL EXPO Depois do cancelamento no ano passado, o evento foi realizado de 22 a 24 de maio no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo, apresentando renovações para os participantes

J

oel Brito, presidente da AES Brasil, conta sobre a experiência da feira e convenção deste ano e as mudanças que foram feitas para voltar a posicionar o evento como referência para os profissionais de áudio.

Por que decidiram adiar a edição da expo no ano passado? Joel Brito: Os eventos da AES Brasil

são reflexo do próprio mercado que ele representa. Com o agravamento da crise econômica que vem afetando o mercado desde 2016, optamos por não colocar os associados e empresas apoiadoras em uma situação de esforço financeiro e decidimos realizar somente o congresso, sem área de exposição, em novembro de 2017, na UFSC, em Florianópolis. Que diferenças apresentou esta edição da AES Expo se comparada com os anos anteriores? JB: Para esta edição, o foco principal

concentrou-se na programação técnica e na troca de experiências entre os técnicos e engenheiros, que sempre foram o cerne da AES, mesmo internacionalmente. A sociedade nasceu como um fórum para a evolução da tecnologia de áudio e uma forma de profissionais de diferentes verticais do mercado poderem trocar ideias e encontrar soluções fora da caixa para os desafios do seu dia a dia. Claro que as empresas do setor

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Joel Brito (presidente da AES): entrevista revela novo formato do evento

têm um papel fundamental em levar suas tendências e tecnologias para ter contato com este corpo qualificado, para que as pessoas possam conhecer e entender para onde o setor está levando o mercado e as empresas poderem colher um feedback precioso. Esse objetivo também foi trabalhado na parceria com as empresas para as visitas técnicas. A edição 2018 da convenção da AES representou o retorno a este espírito: menos show e mais qualificação de fato. Você acha que o novo modelo está dando certo? JB: Imputamos a edição 2018 da con-

venção como sucesso. Pesquisas de satisfação ainda estão sendo tabula-

das, mas as preliminares indicam um alto grau de satisfação. As publicações em redes sociais também têm sido bastante favoráveis. Claro que há um momento de transição ainda acontecendo, mas tanto visitantes como empresas e palestrantes nos procuraram para passar um diagnóstico positivo, e, para nós, este é o real objetivo: criar um evento que dê ao segmento as oportunidades que estão buscando. Quantos expositores e visitantes estiveram no evento? JB: É importante destacar que neste

novo conceito não classificamos as empresas como expositoras, mas sim como patrocinadoras da convenção. Ao

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Audio-Technica (Pride Music)

Avid

Auratec

Grupo Harman

MGA Pro Audio

AES, um evento educativo

todo foram 15 apoiadoras que puderam trocar suas experiências e demonstrar suas tecnologias a mais de 2.500 visitantes nos três dias de evento. Que outros eventos paralelos houve? JB: Além da programação de palestras,

treinamentos e workshops e o lounge dos patrocinadores, este ano realizamos quatro visitas técnicas e demos. A primeira delas foi a demonstração do novo sistema line array da Electro-Voice, que ocorreu no Bar Brahma. Em termos de visitas técnicas, foi realizada uma incursão até a sede do Facebook no Brasil para entender melhor os desafios do áudio instalado no mundo corporativo, e

Audio Et Design

PreSonus (Audio5)

até o Santuário Mãe de Deus para ver de perto como funciona uma operação de grande escala para o segmento religioso, incluindo sonorização para mais de 100 mil pessoas e transmissão ao vivo para TV e internet. Por fim, houve a visita até o Teatro Renault para conhecer os bastidores do espetáculo A Noviça Rebelde, como conteúdo complementar à palestra ministrada por Marcelo Claret, responsável pelo projeto de áudio da peça. Como você vê o mercado de áudio brasileiro atualmente? JB: É preciso dividir o mercado de áu-

dio em indústria e serviços. A indústria sofreu muito no biênio 2016-2017 devido,

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Oversound

principalmente, à depressão econômica e à flutuação cambial. Essas empresas de áudio sobrevivem da comercialização de produtos importados, ou fabricados no Brasil com componentes importados, e que são bens duráveis, cuja atualização tecnológica por parte dos clientes acontece para expansão ou vantagem econômica, mais do que por obsolescência. Logo, houve uma grande queda no faturamento da indústria que só agora, em 2018, parece que começa a se recuperar por conta de uma demanda represada, visto que ainda falta estabilidade econômica e cambial ao País. Já o setor de serviços não sofreu com demanda reduzida, pois a quan-

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PÓS-FEIRA

Focusrite/Novation voltam para a ProShows

Iluminação PLS (ProShows)

Electro-Voice (Quick Easy)

Daniel Reis (Sennheiser)

tidade de eventos, shows e espetáculos continuou praticamente a mesma. Mas houve uma queda no valor cobrado pelos serviços, o que ocasionou retração e menos poder de investimento. Para 2018, ainda há tensão e incertezas, mas o ritmo de novas aquisições parece estar começando a aumentar, apostando em um crescimento da demanda no futuro próximo. O que você acha do aparecimento de tantos eventos regionais que estão sendo realizados? Isso é bom para o mercado e as empresas participantes? JB: O Brasil é geográfica e demogra-

ficamente grande suficiente para que eventos regionais tenham um papel relevante. A AES Brasil mesmo organiza Encontros Regionais desde 2003, já tendo realizado mais de 20 e participado de diversos de terceiros. Sendo uma entidade que representa todos os segmentos de áudio, a AES Brasil vê sempre de forma positiva movimentos de mercado que buscam esforços

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Yamaha

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educacionais, de capacitação ou mesmo networking. Da mesma forma, há, sim, uma preocupação com relação ao surgimento de eventos meramente comerciais quando estes se disfarçam de esforços educacionais. Há uma preocupação também quanto à proliferação de encontros que acontecem à revelia de uma qualidade real no conteúdo que se pressupõe, pois acabam trazendo desinformação aos profissionais. A AES apoia todos os esforços para o crescimento do mercado, desde que realizados de maneira ética e profissional. Que outras mudanças ou novidades podemos esperar para a AES Expo no futuro? JB: Estamos no momento de aproximar

a AES Brasil dos profissionais de áudio para além da academia. Queremos ser vistos como uma entidade unificadora do mercado, à qual técnicos, engenheiros e produtores possam recorrer para capacitação e representação, e com a qual as empresas do setor possam con-

Sennheiser e Neumann

Taigar System

tar para ajudar a desenvolver o mercado. Devemos anunciar várias novidades nesses termos ainda este ano. n Mais informações aesbrasilexpo.com.br AESAudioBrasil

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A empresa atualizou sua linha completa de microfones e dispositivos de rede, oferecendo nova compatibilidade com AES67. Os nomes das novas versões terminam em “a”, incluindo o microfone de baixo perfil ATND971a, o microfone com pedestal de mesa ATND8677a, o módulo de alimentação ATND8734a, o microfone pescoço de ganso ATND931a e o microfone de fixação no teto ATND933a. Esses novos microfones e dispositivos de rede são projetados para interoperabilidade de áudio sobre IP, conectando-se diretamente a qualquer rede compatível com AES67, incluindo as que utilizam tecnologias Livewire, Ravenna e Q-LAN AoIP.

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Focusrite Clarett USB-C 4PRE Novidade na ProShows, a Focusrite chegou e com ela uma linha de ótimas interfaces. A Linha Clarett, agora com versões com USB, continua com seu alto desempenho, baixo ruído (–128 dB EIN), design ultralinear, quatro pré-amplificadores Clarett com modo “AIR”, possibilitando ter os clássicos timbres Focusrite ISA, com 119 dB de alcance dinâmico. Possui 18 canais de entrada e 4 de saída. A Clarett pode ser usada com Mac e PC com USB 2.0. (requisitos de sistema: Windows 7 ou MacOS acima de 10.8). A ProShows é a importadora oficial deste produto.

Contato: (11) 4083-2720 • proshows.com.br

Com décadas levando inovação à amplificação acústica com seus captadores e eletrônica, a L.R. Baggs lançou um novo produto para completar a cadeia desde a entrada até a saída: o Synapse — Personal PA System. Desenvolvido principalmente para cantores e atuações de solistas, este produto usa um design de alto-falante que projeta forma de onda horizontal a 180° em todas as frequências. Também inclui subwoofer de compressão especial da empresa que combina ambos os canais para um som uniforme. Procuram-se distribuidores na América Latina.

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Shure Microfone PGA58 Com a linha PG Alta, a Shure continua a tradição de mais de 90 anos fabricando produtos de áudio de alta qualidade e durabilidade. O microfone Shure PGA58 é a ferramenta ideal para captação de vocal ao vivo ou em estúdio. Sua cápsula dinâmica com padrão polar cardioide garante captação em qualquer ambiente a um valor mais acessível. Equipado com chave liga/desliga. Contato: (11) 3158-3105 • musical-express.com.br

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dBTechnologies VIO L208 Novo módulo ativo line array VIO L208 do fabricante italiano. É um sistema ativo line array de duas vias equipado com dois woofers de neodímio de 8” e um driver de compressão de 1,4” de neodímio (bobina de voz de 2,5”). Os transdutores estão montados atrás de um painel “tudo em um” que atua como um plugue de fase e uma guia de onda de altas frequências. A guia de onda atrás desse painel contribui para criar uma frente de onda cilíndrica, incrementando a distância na cobertura das altas frequências. Cada VIO L208 tem um módulo de amplificador Classe D Digipro G3 de 900 W com PSU de linha automático. O módulo de pré-amplificador está equipado com isolamento óptico digital, o que garante um sinal de entrada sem interferências. Contato: (11) 2795-4190 • someco.com.br

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Crest Audio Versarray PRO

Arwel Cordas

A linha inclui elemento line array VR112 e o subwoofer VR-PRO 215. Versarray PRO é um line array de tamanho médio para aplicações em eventos, como entretenimento ao vivo, teatros e igrejas. O VR112 conta com a última geração de drivers de fita Mark III e guia de onda propriedade de Clear Form para uma reprodução high end. O low end está a cargo do falante de neodímio de 12” NEO Black Widow com bobinas de voz duplas de 4” que trabalham em conjunto com o design Ram Air Cooling (RAC) da Crest. O subwoofer VR-PRO 215, também com design RAC, apresenta drivers duplos de 15” Black Widow Low Rider e projeta 35 Hz e um SPL pico de 135 dB. Ambos se beneficiam com uma potência dinâmica de 3.000 W.

A Arwel começou a distribuir a linha de fábrica mais popular da Izzo — Tangará —, exclusivamente para lojistas, no mesmo valor da fábrica. Os encordoamentos da São Gonçalo também serão comercializados pela Arwel com preço de fábrica, a exemplo do que a empresa fazia desde o começo do ano com a Rouxinol, Canário, NIG, Giannini e Cobra. Informações, entre em contato com o depto. comercial ou acesse o site.

Contato: (11) 2795-4190 • someco.com.br

HK Audio Cosmo A família de sistemas line array integradores Cosmo é composta por três modelos de sistemas diferentes e foi desenvolvida para oferecer uma solução flexível e configurável no setor profissional de PA. A Cosmo combina qualidades de áudio com uma direção simples e rentável. O primeiro lançamento foi a unidade Cosmo C8 (de 8”) com diretividade horizontal de 80° que a torna o componente central de um conjunto de sistemas “mix-and-match” pensados para proporcionar uma cobertura total para toda a área de audiência. Em 2019, serão lançados os modelos C6 (6,5”) e C10 (10”). Contato: (11) 3228-8623 • audiosystems.com.br

DiGiCo Quantum 7 O software foi desenvolvido com dispositivos FPGA de sétima geração que ampliam ainda mais a potência de processamento de áudio e, em última instância, permitem que a DiGiCo proporcione flexibilidade a seus usuários. O Quantum 7 expande uma mesa SD7 a mais de 600 canais de processamento em uma operação de 96 kHz que pode ser conectada ao mundo exterior com cerca de 3.000 potenciais E/S. O motor também está equipado com oito conexões MADI designáveis e dois espaços DMI (interfase multicanal DiGiCo) para AoIP e outras opções de conectividade de cartões DMI. Também traz outras melhorias, como Nodal Processing e True Solo. Contato: (11) 3228-8623 • audiosystems.com.br

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ASK AG Deluxe Pensado para músicos que querem transmitir sentimentos e personalidade junto a seus instrumentos, a ASK traz para o mercado o AG Deluxe, um novo conceito em suporte que traduz gostos e preferências pessoais. O suporte traz uma roupagem única e exclusiva, com modelos para diversos gostos e estilos. O AG Deluxe é fabricado com matéria-prima nobre, trazendo um visual personalizado, com brilho e beleza para qualquer ambiente, além da segurança e qualidade dos produtos ASK. Contato: (11) 4701-8664 • ask.ind.br

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D’Addario Kit de cuidados gerais PW-ECK-01

Desde head stand incluído, produtos de limpeza e cuidados gerais, este kit contém todos os itens essenciais para músicos de todos os estilos. O case incluso fornece acesso fácil a todos os produtos para manutenção de sua guitarra acústica, elétrica ou baixo. O kit contém: estojo com compartimentos de componentes individuais, bolsos para cordas extras (não incluídas) e ímã para segurar parafusos, porcas, arruelas etc.; Restore Polidor Mini Frasco — Detalhador (PW-PL-01S); Protect Polidor Mini Frasco — cera de guitarra (PW-PL-02S); Shine Polidor Mini Frasco — spray limpador (PW-PL-03S); Hydrate Mini Frasco — condicionador de escala (PW-FBCS); sistema Fret Polishing (PW-FRP); XLR8 — limpador de cordas e lubrificante (PW-XLR8-01); pano de microfibra (PW-MPC); head stand (PW-HDS) e tapete de apoio que protege o instrumento durante a troca de cordas. Contato: (11) 3158-3105 • musical-express.com.br

Rozini Série Custom em Mogno A Rozini lançou a Série Custom, uma nova linha de violões em mogno. A série tem quatro modelos disponíveis: o violão clássico RX230ATF-CD, o violão auditório RX540ATF-M, o violão folk 12 cordas e o violão folk 6 cordas, todos com rest arm elétrico. Com cordas de náilon ou aço, dependendo do modelo, os violões vêm em cor natural com acabamento fosco. Mais características no site da empresa. Contato: (11) 3931-3648 • rozini.com.br

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Novation Launchkey Mini MK2 O Launchkey Mini é o teclado controlador MIDI mais compacto e portátil da Novation. Pode parecer pequeno, mas ele dará tudo o que você precisa para criar suas músicas no Ableton Live, sem ocupar espaço. Teclado controlador MIDI 25 teclas Novation Launchkey Mini, com 16 pads sensíveis à pressão, alimentado via USB, com Ableton Live Lite incluso + Novation Bass Station + V Station Virtual Instruments + 1 GB de samples da Loopmasters. A ProShows é a importadora oficial deste produto. Contato: (11) 4083-2720 • proshows.com.br

Paiste Série Master Série de pratos Master com os modelos Dry Ride e Extra Dry Ride. Os Dry Rides de 20”, 21” e 22” são pratos facilmente controlados com um decaimento harmônico curto que se mantém articulado inclusive com figuras delicadas e rápidas. O som da baqueta rapidamente responde com um lavado seco, escuro e cálido. A superfície escura expressa adequadamente o som desses pratos. Já os Extra Dry Rides de 20”, 21” e 22” projetam um som geral ainda mais seco e impulsionam o som da baqueta para o primeiro plano. A série Masters é uma coleção de pratos feitos à mão com bronze CuSn20 para conseguir um som ideal em vários estilos musicais. Contato: (11) 2619-0130 • importmusicbrasil.com

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DE ÁUDIO PROFISSIONAL E INSTRUMENTOS MUSICAIS

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PRODUTOS Manhasset Music Stands Harmony Music Stand #81 Para o novo suporte Harmony, a Manhasset reservou suas melhores características de design — como o ajuste de altura sem cavanhaque Magic Finger Clutch e sua famosa garantia vitalícia — e criou um suporte para aqueles que precisam de um estande robusto e muito estável, em que o espaço de estocagem é limitado. Feito com uma tábua plástica em ABS muito duradoura, a nova base em formato de V permite que possam ser guardados 50 estandes em aproximadamente 3 metros de espaço. Também está disponível em alumínio clássico. Procuram-se distribuidores na América Latina. Contato: frederickexport.com

Solid Sound LT-BR Nova capa LT-BR fabricada com o mais alto padrão Solid Sound em couro sintético. Alças reforçadas, apoio de braço, zíper robusto, bolso grande e proteção externa na base são detalhes especiais pensados na segurança e praticidade que uma bag deve proporcionar ao músico. Contato: (41) 3596-2521

Rotosound Strings R11-54, R12-56, R12-60 A Rotosound comemora seu 60º aniversário este ano e, em homenagem a este fato, a empresa lança três novos sets para guitarra elétrica. As cordas são de níquel e aço e vêm em calibres personalizados. As Roto Whites, Silvers e Blacks já estão disponíveis com a mesma qualidade e som do que os sets usados por Jimi Hendrix, Geddy Lee e Duff McKagen, entre outros. Procuram-se distribuidores na América Latina. Contato: frederickexport.com

Elixir Cordas revestidas de alcance estendido A Elixir anunciou nove sets novos de cordas de alcance estendido em suas linhas de cordas revestidas Optiweb e Nanoweb. Disponíveis com ambos os revestimentos, que prolongam a vida da corda, esses sets vêm nos seguintes calibres para guitarras elétricas de sete e oito cordas: Optiweb, sete cordas Super Light (.009-.052), Optiweb, sete cordas Light (.010-.056), Optiweb, sete cordas Light/Heavy (.010-.059), Optiweb, sete cordas Medium (.011-.059), Optiweb, sete cordas Light (.010-.074), Nanoweb, sete cordas Super Light (.009-.052), Nanoweb, sete cordas Light/Heavy (.010-.059), Nanoweb, sete cordas Medium (.011-.059) e Nanoweb, sete cordas Light (.010-.074). Além disso, há 20 cordas individuais e dois novos sets de seis cordas Polyweb disponíveis — Custom Light (.009-.046) e Medium (.011-.049). Contato: elixirstrings.com.br

Yamaha YTS82ZS Amber

Fender Player Series

O saxofone YTS82ZS Custom Z Tenor se une à colorida família Custom Z com acabamento âmbar. Esta série evoluiu em colaboração com artistas e os designers do Yamaha Atelier, resultando em um instrumento que proporciona aos músicos profissionais níveis elevados de expressão musical, além de uma estética que os destaca no palco. A série também conta com um modelo na cor ouro, outro sem laca e um design em preto e dourado. O YS82Z7S vem com um estojo leve e uma correia de ombro.

Nova linha de guitarras e baixos criada para substituir a série Mexican Standard, com especificações melhoradas e várias cores novas. Esta série foi elaborada para fornecer a essência dos designs Fender clássicos com o nível justo de características modernas para os músicos contemporâneos. Seus designs contam com os formatos de corpo icônicos da marca, mas com hardware moderno. Esta combinação dá aos músicos acesso a uma guitarra moderna, com a aparência e o som de um instrumento Fender clássico.

Contato: (11) 3704-1377 • br.yamaha.com

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Contato: (11) 2975-2711 • fender.com.br

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Roland TD-17 Series V-Drums É um set de bateria eletrônica acessível que se soma à linha V-Drums. Combinando o som reconhecido da linha com pads desenvolvidos recentemente, os kits TD-17KVX, TD-17KV e TD-17K-L fornecem uma experiência similar à de tocar uma bateria acústica, duplicando o movimento físico, a coordenação de baqueta e o controle mão/pé de que todo baterista precisa. Também inclui acesso integrado a uma série de funções de coaching, mais Bluetooth embutido para tocar no ritmo das músicas e conteúdo de videoaulas transmitido de forma wireless de um smartphone. Contato: roland.com/br

Boss WL-20 O sistema WL-20 é tão simples de usar como um cabo de guitarra convencional. O pequeno transmissor conecta-se ao instrumento, enquanto o receptor correspondente conecta-se a um pedal ou amplificador para que seja possível tocar e caminhar livremente por onde se deseje sem cabos. Equipado com a tecnologia wireless da Boss, inaugurada no amplificador de guitarra Katana-Air. Trabalhando com banda de frequência em 2,4 GHz, o canal é automaticamente ajustado para uma performance de áudio sem falhas nem perda de sinal, e com latência ultra baixa de 2,3 ms. Até 14 sistemas sem fio podem ser usados simultaneamente no mesmo espaço, permitindo que diversos músicos aproveitem a liberdade sem cabos ao mesmo tempo. Contato: boss.info/br

PLS Par Cob O PAR COB é um refletor compacto, com a luz potente e concentrada de 30 W produzida com tecnologia de encapsulamento de LED, com pontos fortes de brilho, vida útil longa e baixo consumo de energia. A ProShows é a importadora oficial deste produto. Contato: (11) 4083-2720 • proshows.com.br

Korg Afinadores AW A empresa lançou novos afinadores clip-on, como os modelos OTB Polyphonic, para guitarra e baixo, com nova tecnologia de display Oled. Os AW-OTG-Poly e AW-OTB-Poly vêm equipados com essa tecnologia que permite que a tela seja visível de qualquer ângulo. Além disso, trazem uma função de afinador polifônico que permite tocar todas as cordas ao mesmo tempo e saber rapidamente qual está desafinada. O modelo AW-OTB é específico para baixo e inclui função de “buscador por tempo”. Trazem a característica Strobe opcional para mais precisão, bateria de vida longa, clipe ajustável e funções de calibração, backup de memória e desligamento automático. Contato: (11) 2975-2711 • korg.com.br

Robe MegaPointe Mais um aparelho “tudo em um” incluindo beam, projeção de gobo, movimento, mistura de cor CMY e dimming mais divisas de feixes, efeitos wash e shaping. A equipe de P&D da marca tcheca trabalhou com a Osram para fornecer uma lâmpada de 470 W que funcione em combinação com o sistema óptico da unidade. Tem zoom de 1,8° a 42°, gobos de vidro rotatórios e estáticos, e mais. Contato: (11) 3904-5892 • robebrasil.com.br

High End Systems SolaFrame 750 Uma recente introdução à família de luzes automatizadas Sola Series, tem tamanho compacto e muitas características. Um complemento adequado para lugares de porte pequeno a médio, projeta 11.300 lumens e possui zoom de 6° a 50°, disco de gobo rotatório, animação totalmente contínua e mais. Outro novo é o SolaFrame Theater, luz de LED automatizada, com funcionamento completamente silencioso. Criada sem ventiladores, conta com um motor especial LED de alto CRI, fornece 15.000 lumens e tem o aclamado sistema full frame da High End. O SolaFrame Theatre é ideal para designers que trabalham em TV, cinema, teatro e outras situações em que o ruído dos aparelhos não é tolerável. Contato: (11) 2361-7592 • artecena.com.br

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PRODUTOS Philips Vari-Lite VL2600 Profile

Liverpool Kamaleon

Produz 19.000 lumens com alta temperatura de cor de 7.200, saída de luz de alto contraste com um motor de luz de LED de 550 W e zoom de 7° a 48°. Conta com paleta de cor CMY com CTO variável ajustável. Os efeitos incluem íris, dois discos de gobo, um disco de cor fixo (sete mais open), prisma e frost variável. É compacto, leve e traz framing shutter completo com dois anos de garantia.

A Liverpool, sempre buscando inovação e modernidade, acaba de lançar a linha de baquetas Kamaleon, em duas cores: azul-roxo e rosa-verde, nos modelos 7A e 5A. As baquetas possuem uma pintura especial que altera sua cor conforme é movimentada.

Seymour Duncan Silver Lake Reverb

DTS Lighting Artemio Profile

Contato: (11) 2909-7844 • hotmachine.ind.br

É a mais recente adição à linha de pedais de efeito da empresa. Pensado para ser uma estação de trabalho de reverberação no lugar de um simples pedal reverb, apresenta uma coleção de oito algoritmos reverb, um grupo de opções de formato de tom e o controle Dynamic Expression da Seymour Duncan. Uma vez escolhido o efeito, os usuários podem modificá-lo com o botão Damp (para dar um tom mais escuro de reverb), o botão Grit (para agregar saturação) e o botão Tweak (para chorus ou vibrato no sinal de eco, como também filtros Lo Pass e Hi Pass). A unidade é totalmente programável. Traz 128 presets e MIDI In/Through, entradas e saídas estéreo, porta mini-USB e muito mais. Contato: (11) 2614-8349 • novitamusic.com.br

Contato: (47) 2107- 3250 • baquetasliverpool.com.br

É um profiler compacto baseado em tecnologia LED. Apresenta um sistema de formato de feixe (shaping) interno de quatro shutters. O corpo de luz pode ser combinado com quatro ópticas diferentes disponíveis para adaptar-se a qualquer aplicação com o ângulo de feixe correto. A unidade vem equipada só com uma fonte LED branca de 25 W (3.000 K) e é potencializada por fontes (controladores Drivenet 416, 832 ou 1664) ou por Drivenet 28C DIN; 1.830 lumens, CRI >90, disponível também com LED de 4.000 K ou 5.000 K, média de vida do LED 50.000 horas e mais. Contato: (11) 2088-9919 • hpl.com.br

Antari HZ-1000 Esta máquina de haze se soma à linha HZ. Com a opção de modos de compressor simples ou duplo, pode ser usada em uma ampla variedade de espaços de entretenimento. Possui uma tela tátil para facilitar a programação. Vem com case com rodas para mais proteção e mobilidade durante uma turnê. O ventilador turbo embutido não só leva a fumaça haze mais alto e mais longe, mas também ajuda a máquina a criar um efeito mais seco com resíduos mínimos. Contato: (11) 2088-9919 • hpl.com.br

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Work Pro BlueLine Sistema de áudio por IP da marca espanhola de soluções de áudio. O BlueLine Digital é um sistema de distribuição de áudio baseado na transmissão via Ethernet. Permite a transmissão de vários canais de áudio (mais controle) via Ethernet, com baixa latência. Pode ser uma transmissão simples de um ponto para outro ou para múltiplos pontos, mas também um sistema multicanal com controle e gestão de alarme. Este sistema é compatível com outros sistemas de PA. Contato: (11) 4138-8373 • discabos.com.br

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PAINEL DE NEGÓCIOS

Disponível em três cores: preta, branca e marrom

ANIVERSÁRIO

Em comemoração, ASK foca os produtos PÁG. 36 Assine e receba antes!

FÍSICA OU ON-LINE? | MARÇO E ABRIL DE 2018 | Nº 95

MÚSICA & MERCADO

A REVISTA DO SITE: W W W.MUSICAEMERCADO.ORG | MARÇO E ABRIL DE 2018 | Nº 95 | ANO 16

TIAFLEX POR DENTRO

Saiba como são feitos os cabos e acessórios da empresa, que está lançando novos produtos. PÁG. 26

OS ACESSÓRIOS DA FREE SAX’S

Com produção totalmente brasileira, a marca procura se consolidar não só no País, mas também no exterior. PÁG. 30

Sérgio Pais, presidente da Roland Brasil

POWER PLAY NO MERCADO

Com 3 anos de vida, a companhia apresenta seus produtos e anuncia crescimento do catálogo. Veja mais na PÁG. 34

FÍSICA OU ON-LINE? Sérgio Pais, presidente da Roland Brasil, analisa o mercado atual, destacando diferentes tendências nas vendas físicas e on-line. Como a Roland está se adaptando a essas mudanças? O que está acontecendo no mercado brasileiro? PÁG. 44

E AINDA Oversound, Harman, RMV, Arwel, Auratec, NAMM Show 2018 e muito mais! mm95_capa.indd 1

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CINCO PERGUNTAS

ESTRATÉGIAS PARA DEFINIR O PREÇO DE VENDA DE UM PRODUTO

TIAGO DAVI CEO do Olist. olist.com

Como definir o preço de cada produto? A resposta a esta pergunta envolve diversas variáveis. Veja aqui algumas recomendações

N

a definição do preço que será praticado no mercado devem ser levados em conta, entre outros, atributos como custos operacionais, concorrência e percepção de valor junto ao cliente. Para além de uma simples decisão comercial, a definição do preço de venda está diretamente relacionada à atração de clientes, servindo, portanto, também como uma tática de marketing. Isso permite uma série de combinações distintas que podem ser adotadas pelos lojistas para gerar vendas, sendo que cada uma delas serve a interesses e objetivos diversos. Tiago Davi, CEO do Olist, comunidade on-line que reúne e conecta micro e pequenos lojistas aos grandes market­places, ensina estratégias, sempre realizando testes e um estudo prévio antes de escolher uma delas. Qual é a estratégia de preço alto-baixo?

Na estratégia de preço alto-baixo, a loja oferece um desconto temporário para um determinado grupo de produtos, para depois retorná-lo ao preço normal. Essa redução de preço costuma ser amplamente divulgada e visa gerar um aumento pontual no fluxo de clientes. Os consumidores podem ser fidelizados ou estimulados a comprar mais produtos na mesma transação, elevando o ticket médio. Um dos principais desafios para essa prática é a gestão de estoque. A loja precisa estar preparada para comportar o aumento na demanda sem rup-

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tura (indisponibilidade de produtos), já que isso pode despertar reclamações. É bom aplicar o “preço baixo todo dia”?

A prática do preço baixo todo dia é uma decisão deliberada da loja em praticar o menor preço possível, diariamente. Nesse caso, não há grande variação de preços, resultando em uma curva de vendas mais estável e um volume de produtos em estoque mais equilibrado. O objetivo desse modelo é transmitir uma imagem positiva para a loja no longo prazo. Assim, não é necessário realizar gastos pontuais para divulgar promoções específicas, por exemplo. O principal desafio para o êxito dessa estratégia é o fato de que muitos consumidores ainda são seduzidos por grandes ofertas e promoções. Isso exige um esforço maior para superar os concorrentes.

A definição do preço de vendas está diretamente relacionada à atração de clientes A venda de kits pode ajudar?

Sim, isso se chama preço por volume, que se assemelha às vendas por atacado. Essa estratégia privilegia os consumidores que compram uma quantidade maior de um item, oferecendo descontos. Em geral, efetivamente, isso é feito

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na forma de kits ou pacotes com várias unidades. Para reforçar a divulgação, costuma-se destacar por quanto acaba saindo o valor unitário do produto nessa compra em escala. Essa prática permite que a loja obtenha ganhos de escala, ampliando o ticket médio e reduzindo o volume parado em estoque. Podemos ter em conta o preço segundo a época do ano?

Claro! O preço sazonal é aquele influenciado pelo calendário. Datas comemorativas ou períodos de elevada demanda por um produto geram elevação dos preços. Isso é compensado em momentos de queda na procura, quando são realizadas ofertas e promoções. Para que essa prática seja efetiva, a alta nos preços não pode soar abusiva para o consumidor. Também é preciso ter bom senso. De que se trata o chamado “preço psicológico”?

O preço psicológico tem o objetivo de confundir a percepção de valor do cliente diante de um produto. Para isso, um item é anunciado com preços como R$ 9,99 ou R$ 9,90. Mesmo custando praticamente R$ 10, essa diferença sutil é percebida como um desconto ainda maior pelo consumidor, que muitas vezes acaba ficando propenso a efetivar a compra. A análise desses diferentes modelos permite concluir que a definição da estratégia praticada por uma loja reflete a imagem que ela deseja transmitir para seus consumidores. Sendo assim, a precificação deve estar alinhada com as ações de marketing e construção da marca. n

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Tel.: (47) 3342-4886 facebook.com/blesstech

Tel.: (11) 3225-1000 www.multcomercial.com.br

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CONTATOS AS EMPRESAS LISTADAS ABAIXO SÃO OS ANUNCIANTES DESTA EDIÇÃO. USE ESTES CONTATOS PARA OBTER INFORMAÇÕES SOBRE COMPRAS E PRODUTOS. MENCIONE MÚSICA & MERCADO COMO REFERÊNCIA.

Instrumentos

Cordeiro Cabos....................11 2070-2300 mancinicabos.com.br • 59

Arwel....................................................... 11 3326-3809 arwel.com.br • 86 Izzo............................................................ 11 3797-1000 izzo.com.br • 11,71 Eagle......................................................... 11 2931-9130 eagle.com.br • 33 Takamine.............................................18 3941-2022 sonotec.com.br • 17

Discabos............................................. 11 4138-8373 discabos.com.br • 5

Amplificadores / Áudio Profissional Audio Technica............................11 2975-2711 pridemusic.com.br • 6 Celestion...................................................................... celestion.com • 10 JBL...........................................51 3479-4000 harmandobrasil.com.br • 55 DAS Áudio.............................................11 3333-0764 dasaudio.com • 45 Eminence..................................... 47 3342-4886 (Bless Technology) • 89 Focusrite................................... 51 3554-3139 proshows.com.br • 37, 83 Frahm ....................................................47 3531-8800 frahm.com.br • 55 Kadosh ...................... 21 3657-3005 templodosinstrumentos.com.br • 9 Meteoro.................... 11 2443-0088 amplificadoresmeteoro.com.br • 15 Novation...........................................51 3554-3139 proshows.com.br • 23 Power Click.................................21 2722-7908 powerclick.com.br • 21 Quick Easy................................ 19 3902-4405 quickeasy.com.br • 75,92 Sound Box....................................... 11 4661-4934 wlsaudio.com.br • 63 StudioXPro....................................12 3637-3302 oversound.com.br • 69 TSI...................................................................... 11 2672-3440 tsi.ind.br • 13

D’Addarío............................... 11 3158-3105 musical-express.com.br • 3 Elixir..............................................................11 3797-1000 izzo.com.br • 12 Free Saxs.................................................................freesaxs.com.br • 84 Musical Paganini ........... 11 4574-1191 musicalpaganini.com.br • 85 NIG........................................................ 11 4441-8366 nigmusic.com.br • 91 Evans....................................... 11 3158-3105 musical-express.com.br • 7 Solez.......................................................... 34 3661-0845 solez.com.br • 25 Tiaflex ....................................................... 11 2966-9095 tiaflex.com.br • 2 Vic Firth..................................................... 11 3797-1000 izzo.com.br • 65 Zildjian..............................................11 2975-2711 pridemusic.com.br • 8

Bateria e Percussão 4hands.................................................... 31 3333-6820 4hands.store • 85 Liverpool...........................47 2107-3250 baquetasliverpool.com.br • 87 Luen............................................................. 11 4448-7171 luen.com.br • 27 Torelli..........................................11 2408-2027 torellimusical.com.br • 61

Outros Vip Soft.................................................... 11 3393-7100 vipsoft.com.br • 4

Acessórios

Feiras / Eventos

ASK..................................................................24 2251-7050 ask.ind.br • 57

Music Show Exp................. 11 3567 3022 musicshowexp.com.br • 79

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