PATRIMÔNIO CULTURAL - 1
ComĂŠrcio da Rua Saldanha Marinho, Tipografia Barillari e Casa Viesti
CONSELHO EDITORIAL LOURENÇO TARANTELLI EDITOR LOURENÇO TARANTELLI DIRETOR DE ARTE NENI ALMEIDA PROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃO NENI ALMEIDA CAPA BETO CANDIA COLABORADORES ADRIANA SILVA ILUSTRAÇÕES BETO CANDIA FOTOS ALFREDO FROSCULO AMIGOS DA FOTOGRAFIA DE RIBEIRÃO PRETO ARISTIDES MOTTA ARQUIVO PÚBLICO E HISTÓRICO DE RIBEIRÃO PRETO ARQUIVO NICOLAU VIANNA CLÁUDIO TÓRTORO EMILIANO CARDOSO FLÁVIO RASSA J. MATTOS J. GULACCI JOÃO PASSIG KAZUO TONI MIYASAKA WALDEMAR VELLUDO CONSULTORA JURÍDICA KARINE VIEIRA DE ALMEIDA OAB/SP 214 345 JORNALISTA RESPONSÁVEL LOURENÇO TARANTELLI MTB:42-783 RIBEIRÃO PRETO - PATRIMÔNIO CULTURAL É UMA PUBLICAÇÃO DA GALPÃO DAS ARTES COMUNICAÇÃO LTDA-ME, WWW.GALPAODASARTES.COM.BR É EXPRESSAMENTE PROIBIDA A REPRODUÇÃO OU CÓPIA DE PARTE OU DO TODO DE TEXTOS, FOTOS E ILUSTRAÇÕES PUBLICADOS NESTE LIVRO. OS ARTIGOS ASSINADOS SÃO DE EXCLUSIVA RESPONSABILIDADE DE SEUS AUTORES.
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índice Memória, esquecimento e patrimônio cultural Restaurar é preciso assim como navegar
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18
Escolas
Quarteirão Paulista THEATRO PEDRO II
70
PALACE HOTEL
78
EDIFÍCIO MEIRA\ PINGUIM
82
EDIFÍCIO DIEDERICHSEN
86
THEATRO CARLOS GOMES
92
MUSEU DE ARTE DE RIBEIRÃO PRETO
96
"PEDRO MANUEL GISMONDI" (MARP)
EE DR. GUIMARÃES JÚNIOR
26
EE DONA SINHÁ JUNQUEIRA
28
COLÉGIO SANTA ÚRSULA
30
EE OTONIEL MOTA
32
EE FÁBIO BARRETO
34
PRIMEIRA IGREJA MATRIZ
102
GINÁSIO DO ESTADO
36
CATEDRAL METROPOLITANA DE SÃO SEBASTIÃO
104
CAPELA DO MARISTA
106
IGREJA SANTO ANTONINHO PÃO DOS POBRES
108
IGREJA SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA
112
IGREJA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
116
PALACIO EPISCOPAL DE RIBEIRÃO PRETO
118 120
Casarões, Palacetes e Casas
Igrejas
SOLAR DA FAMÍLIA VELLUDO
40
CAPELA E ANTIGO PAVILHÃO DA SANTA
PALACETE JORGE LOBATO
42
CASA DE MISERICÓRDIA
PALACETE ALBINO DE CAMARGO NETO
44
RESIDÊNCIA DO MONSENHOR JOAQUIM ANTONIO
48
DE SIQUEIRA CASARÃO DA CARAMURU
50
SOLAR DO CORONEL QUINZINHO DA CUNHA
54
PALACETE JOAQUIM FIRMINO
56
PALACETE CAMILO DE MATTOS
58
IMÓVEL DA AVENIDA SAUDADE N. 222
64
PALACETE DO CEL. FRANCISCO MAXIMIANO JUNQUEIRA
66
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índice Praças PRAÇA DA REPÚBLICA (PRAÇA DA BANDEIRA)
126
ANTIGA FÁBRICA DE REFRIGERANTES DOURADINHA
182
PRAÇA AURELIANO DE GUSMÃO (SETE DE SETEMBRO)
128
BIBLIOTECA CULTURAL ALTINO ARANTES
184
PAVILHÃO DE MÚSICA - PRAÇA XV DE NOVEMBRO
130
CASSINO ANTARCTICA
186
PRAÇA XV DE NOVEMBRO
134
PRIMEIRO DISTRITO POLICIAL
188
PRAÇA LUIZ DE CAMÕES
135
RUA JOSÉ BONIFÁCIO
190
PRAÇA FRANCISCO SCHMIDT
136
POSTO DE SERVIÇO DIEDERICHSEN
194
FONTE LUMINOSA - PRAÇA XV DE NOVEMBRO
138
FAZENDA MONTE ALEGRE (USP)
196
CIA DE BEBIDAS IPIRANGA
202
EDIFÍCIO DA ESTAÇÃO BARRACÃO
204
PRIMEIRA ESTAÇÃO RODOVIÁRIA DE JARDINEIRAS
208
HOSPITAL DAS CLÍNICAS
210
CASA JAPÃO
212
UGT - UNIÃO GERAL DOS TRABALHADORES
214
Público & Privado RUA GENERAL OSÓRIO
142
AVENIDA JERÔNIMO GONÇALVES
144
RUA SALDANHA MARINHO
148
ANTIGA CASA DE CÂMARA E CADEIA
150
ANTIGA FÁBRICA DAS INDÚSTRIAS REUNIDAS
152
MATARAZZO (CIANÊ) PALÁCIO RIO BRANCO
154
DIÁRIO DA MANHA
158
MERCADO MUNICIPAL (MERCADÃO)
160
CÓRREGO DO RETIRO
164
HOSPITAL SANTA TERESA
166
HOTEL BRASIL
168
BANCO CONSTRUTOR
172
CERVEJARIA PAULISTA
174
Integrantes da Primeira corporação do Corpo de Bombeiros (1915) @Aristides Motta
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Memória, esquecimento e patrimônio cultural O CONCEITO DE PATRIMÔNIO CULTURAL é conformado pela consciência histórica de cada grupo. Portanto, as ações de preservação da cultura material e imaterial devem ser analisadas como condicionadas pelos usos e apropriações de cada sociedade do seu próprio passado. É a relação dinâmica entre o vivido (presente), a memória (passado) e as expectativas (futuro), que configuram o conceito de patrimônio cultural, que guarda em si várias camadas de significados. Pierre Nora (1993) problematiza que a morte da memória desperta o interesse crescente pelos “lugares de memória”. Quando a memória é viva e compartilhada pelo grupo não emerge a necessidade de preservação. Os próprios membros a ressignificam cotidianamente, fazendo novas leituras e, portanto, reinterpretando-a. A aceleração do tempo leva a uma percepção da finitude de algo que parece sempre ter estado lá. A sensação de perda e de ruptura com ancestralidade leva à criação de pontes de contato com o passado. Elas permitem “arrancar do que ainda sobrou de vivido no calor da tradição, no mutismo do costume, na repetição ancestral” (NORA, 1993, p.7). As pontes erguidas são rastros, indícios, fragmentos de experiências e ao mesmo tempo o amálgama que diminui o sentimento de esfacelamento da memória. Os usos desses fragmentos são variados e são indícios da imagem que a sociedade constrói de si mesma. Todos eles definidos a partir da contemporaneidade, que marca as escolhas dos testemunhos. Ao serem selecionados, organizados e eleitos à condição de patrimônio, de legado para as próximas gerações, os rastros deixam de ser somente memória e são reconfigurados tornando-se um misto de história e memória. Tornam-se espaços criados pelo indivíduo contemporâneo diante de uma crise que desconstrói as referências culturais, obrigando “cada um a se relembrar e a reencontrar o pertencimento, princípio e segredo da identidade” (NORA, 1993, p. 17-18). A preservação institucional desses lugares de memória passa a ser necessária, em decorrência da manutenção da própria subsistência do grupo como tal, contra o implacável esquecimento de si mesmo.
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O remédio por vezes amargo contra esse esquecimento de si é assumir a morte da memória vivida e reunir os rastros do passado cristalizando-os. São os monumentos que representam a negação do vivido, o diálogo com o morto, a lembrança do inexistente. Aquilo que não é mais, contudo, ainda guarda significado simbólico com o presente. “Os lugares de memória nascem e vivem do sentimento de que não há memória espontânea, que é preciso criar arquivos, organizar celebrações, manter aniversários” (NORA, 1993, p. 19), investindo os fragmentos do passado com uma aura simbólica, ritualizando-os. Compreendidos então como essenciais para a identidade da coletividade como tal, eles são institucionalizados, tornando-se responsabilidade compartilhada (ARÉVALO, 2004). Esse intróito quase poético problematiza de maneira bastante reducionista como as sociedades constituem e como compreendem o seu patrimônio cultural. Como este passa a representar o conjunto de bens culturais eleitos coletivamente por uma determinada sociedade, tornando-se portadores de significado e mantendo com ela relações de pertencimento, mesmo que construídas a partir do presente. Esse legado é a representação material e imaterial da identidade desejada, da particularidade que cada grupo defende em relação ao “outro”, do que o torna único e, ao mesmo tempo, parte de algo maior. Num sentido amplo, os bens culturais compreendem todo testemunho produzido pela sociedade e o seu meio, valorizado em si mesmo, sem limitações derivadas de propriedade, uso, antiguidade ou valor econômico. O valor cultural de um bem consiste na sua característica de ser portador de referência ao ser, ao fazer de cada grupo, sendo capaz de estimular a memória, contribuindo para fortalecer os laços identitários e para lembrar ao grupo o seu elemento fundador, as suas raízes.
O conjunto desses testemunhos forma o patrimônio cultural, que pode ser dividido em: Bem Culturais de natureza material: é dividido em dois grupos básicos. Os bens móveis, caracterizados pela produção pictórica, escultórica, material ritual, mobiliário e objetos utilitários. Os bens imóveis, grupo que não se limita as edificações isoladamente, mas compreendem, também, seu entorno, garantindo sua visibilidade e fruição. Nesse grupo incluem-se os núcleos históricos e os conjuntos urbanos e paisagísticos. Bens Culturais de natureza imaterial: compreendem toda a produção cultural de um povo, desde sua expressão musical, até sua memória oral, passando por elementos caracterizadores de sua civilização De acordo com o artigo 216 da Constituição Federal de 1988, Patrimônio Cultural pode ser definido:
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Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: I. as formas de expressão; II. os modos de criar, fazer e viver; III. as criações científicas, artísticas e tecnológicas; IV. as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; V. os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
De acordo com a Constituição Brasileira, cabe concorrentemente às três esferas do governo (federal, estadual e municipal) a proteção dos bens culturais. As instituições responsáveis pela preservação nos três entes federativos são: IPHAN - Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - órgão responsável pela política de preservação do patrimônio no âmbito federal; os Conselhos de preservação das unidades federativas, no caso do estado de São Paulo o CONDEPHAAT - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo; e os Conselhos instalados nos municípios, em Ribeirão Preto o órgão responsável pela preservação do patrimônio é o CONPPAC/RP - Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural de Ribeirão Preto. O tombamento é a forma mais tradicional e mais difundida de proteção legal ao patrimônio cultural. Ele é ato administrativo que submete bens ou coisas, públicas ou privadas, a um regime especial de proteção. O vocábulo “tombamento” provém do direito português, no qual a palavra tombar significa inventariar, arrolar, registrar ou inscrever os bens nos arquivos do reino, guardados na Torre do Tombo. Estes registros eram feitos em livros especiais chamados de Livros do Tombo. Por tradição, os legisladores brasileiros conservaram tais expressões na Lei de Tombamento (Decreto-lei Federal n. 25, de 30/11/1937). Ela não altera a propriedade, apenas proíbe a demolição, descaracterização ou mutilação do bem, que pode ser vendido, locado, doado, etc., não havendo restrição quanto à mudança de uso e ou usuário. Isto posto, resta concluir que ao selecionar memórias e criar monumentos por intermédio do tombamento, a sociedade paulatinamente constrói um grande estoque material e imaterial daquilo que foi esquecido, mas, que em algum momento talvez sinta o imperativo de se fazer lembrar.
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Restaurar é preciso assim como navegar O PATRIMÔNIO CULTURAL DE RIBEIRÃO PRETO, O TEMPO E FERNANDO PESSOA TEXTO: ADRIANA SILVA ILUSTRAÇÃO: BETO CANDIA
O HOMEM NAVEGA PELO TEMPO, DE GEOGRAFIA EM GEOGRAFIA, buscando se identificar com um lugar para assentar-se. O patrimônio, em especial o arquitetônico, permanece. Estático, se estabelece e passa a significar para o homem e para o local, podendo ser arredores, longas dimensões e até para todo o mundo, numa relação às vezes não muito aparente, mas sempre numa relação de transição entre a materialidade e os significados. A importância do patrimônio edificado transcede à sua estrutura e sua imagem para estabelecer relações de pertencimento, aí então o prédio, a casa, o palácio, o barracão, a torre, a fábrica, a ponte se fazem maiores e ao se tornarem refência, referenciam as pessoas do seu tempo e dos outros tempos que virão.
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Se navegar é preciso porque nos permite ir e vir na geografia, restaurar também é porque nos leva de um tempo ao outro sem mudar de lugar. É o hoje olhando o antigo, seja ele muito ou pouco antigo, belíssimo ou mais ou menos estético, isso não importa, mas é a preservação do patrimônio que permite esse passeio imóvel. Viver não é necessário, dizia Fernando Pessoa, o que é necessário é criar. O patrimônio cultural é a criação que perpetua o que o homem viveu. Em Ribeirão Preto, um passeio físico e imóvel revela o poder do café, a ascenção dos imigrantes, os poderes politicos, religiosos e culturais reproduzidos na triangulação do Palácio Rio Branco, da Catedral e do Quarteirão Paulista. O Mercadão exibi a proposta da ordenação dos vendedores que na rua interferiam no passear da elite. O patrimônio da família
Villalobos, localizado na Rua Caramuru mostra o que foi a fazenda, reduzida a chácara e então somente à casa. Pessoa queria tornar sua vida grande e de toda a humanidade, ainda que para isso a perdesse como dele. O patrimônio arquitetônico histórico quando maior que suas medidas se perde de seu dono, criador, construtor e se torna do público e então fica enorme. De tal tamanho que preservá-lo não é fácil e restaurar se faz preciso como hoje preciso é proteger Ribeirão Preto de seu desejo de ser absolutamente moderno em contraposição com o tradicional. Moderno, contemporânio sim, mas antigo e histórico com igual importância. Com este pensamento como a água que permite o návio navegar se deseja restaurar, requalificar, reestabelecer, recuperar, resignificar aquilo que nunca
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deixou de ser importante, mas ficou esquecido e como tal sofre ou sofreu com o peso cruel do tempo. Criar um Programa de Preservação e Proteção ao Patrimônio Cultural de Ribeirão Preto era preciso assim como navegar. E que os ventos soprem forte quando for necessário ser rápido para o dano não fazer ruir, ou leve quando for necessário só conduzir de um estado ao outro. Que a fábrica da Matarazzo/Cianê faça barulho outra vez e que não seja o do fogo, mas os das gargalhadas das meninas que lêem o livro abaixo da sombra no Parque da Literatura. Que o antigo prédio da Antarctica receba o seu ex-funcionário e mesmo que sua visita seja para fazer compras que ele se reencontre. Que o Cine São Paulo seja reaberto e se for o caso que os sapatos sejam exibidos, mas que a vitrine de hoje não ofusque o belo salão do cinema, suas paredes e seu teto. Que não se refaça, nunca, o que
se perdeu, mas que os portais da Casa da Caramuru que restam sejam protegidos e os desenhos das paredes ainda em pé contem como era ao lado do moderno vidro e ferro que recopõem o que já não se tem mais. Que o barracão do café exale o aroma da dança e a trilha sonora venha acompanhada dos aplausos da inauguração do Centro Cultural. Que o Teatro de Arena nunca mais seja silenciado. Que o centro de Bonfim Paulista receba o passado como rei dos dias de hoje. Que o antigo Hotel Brasil, os patrimônios da rua José Bonifácio, a praça da Maria Fumaça sejam nossos outra vez mesmo que não sejam públicos. Que os ventos nos dê força, coragem e muita determinação, mas que em breve o navio aporte mesmo que navegar seja preciso, pois tudo que começa precisa terminar senão se perde e deixa de ser de todos para ser de ninguém.
Rua da Estação (1899), hoje rua General Osório
Escolas
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EE Dr. Guimarães Júnior RUA LAFAIETE, 584
A INSTALAÇÃO DA ESCOLA FOI RESULTADO de uma indicação do Senador José Guimarães Júnior, em 1892. A escola foi criada por Ato do Presidente (governador) do Estado de São Paulo, Dr. Bernardino de Campos (17 de maio de 1892- 15 de abril de 1896). A instalação da escola contou com a colaboração e empenho de Luiz Pereira Barreto, então Deputado Estadual. Em 1895 o Primeiro Grupo foi instalado na Rua Barão do Amazonas, inicialmente o curso era de 5 anos. Posteriormente, foi instalado num prédio na Rua Duque de Caxias esquina com Cerqueira César (atual Escola Auxiliadora). O primeiro Diretor da escola foi o professor João Batista Ferreira da Cunha. Em 1902, o Diretor da escola foi o professor Orestes de Oliveira Guimarães (Cione, 1997). Para o edifício da escola foi feita uma doação de terreno pertencente a Arthur de Aguiar Diederichsen e sua
esposa, Adelaide Araújo Diederichsen, localizado entre as ruas Visconde de Inhaúma, Lafaiete e Barão do Amazonas. A escritura de doação foi passada no 1º. Tabelionato no dia 03 de janeiro de 1902. A escritura de doação foi passada no 1º. Tabelionato no dia 03 de janeiro de 1902. Em 04 de janeiro de 1902, em sessão da Câmara, foi lida a escritura de doação de um terreno à Câmara Municipal de Ribeirão Preto para a edificação do prédio próprio do Primeiro Grupo Escolar. Nesta sessão, a Câmara aprovou indicação para denominação da escola de Grupo Escolar Cel. Arthur Diederichsen (Cione, 1997). O projeto do prédio foi de autoria do engenheiro Samuel das Neves, o mesmo autor do projeto da Estação Julio Prestes, na cidade de São Paulo (Cione, 1997). O primeiro grupo passou a ser denominado Primeiro Grupo Escolar Dr. Guimarães Júnior (1852-1931).
Tipo de proteção: Tombamento definitivo estadual Órgão de proteção: CONDEPHAAT Instrumentos legais de preservação: Sessão Ordinária - 29/07/02 - Ata 1253 - Public. DOE de 25/09/02 seção I pag. 50. / Resolução SC60 de 21/07/2010 publicada no DOE de 11/11/2010 reconhece valor cultural
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PATRIMÔNIO CULTURAL - 29
EE Dona Sinhá Junqueira RUA CONSELHEIRO DANTAS, 358
A HISTÓRIA DA ESCOLA SE MISTURA COM A HISTÓRIA do bairro Vila Tibério. Com o crescimento da população do bairro, a comunidade passou a requerer junto à Câmara Municipal a doação de um terreno ao Estado para que ali fosse construída uma escola. Em 1919 a solicitação foi atendida com a lavratura da escritura do terreno. O prédio foi construído entre 1919 e 1921 e, no dia 21 de julho de 1921 o Terceiro Grupo Escolar de Ribeirão Preto foi solenemente inaugurado. As aulas tiveram início no dia 16 de outubro de 1921 – data esta em que se comemora o aniversário da escola. O primeiro diretor da escola foi o senhor Pascoal Moutno Salgado. Por meio do Decreto Estadual n° 23.949, de 16/12/1954, o Terceiro Grupo Escolar de Ribeirão Preto foi denominado de "D. SINHÁ JUNQUEIRA". (ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO). O edifício da escola ostenta piso de cerâmica portuguesa com lâminas de mármore de carrara nos detalhes e escada de madeira nobre. (Memórias do Terceiro Grupo, 2006).
Tipo de proteção: Tombamento definitivo estadual Órgão de proteção: CONDEPHAAT Instrumentos legais de preservação: Sessão Ordinária - 29/07/02 Ata 1253 - Public. DOE de 25/09/02 seção I pag. 50--Resolução SC-60 de 21/07/2010 DOE de 11/11/2010 reconhece valor cultural
Colégio Santa Úrsula, na rua São José 933, demolido para a construção do Shopping Santa Úrsula
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PATRIMÔNIO CULTURAL - 33
EE Otoniel Mota RUA PRUDENTE DE MORAES, 764
NO DIA 5 DE NOVEMBRO A CÂMARA DOS DEPUTADOS do Estado de São Paulo recebeu o projeto de lei para a criação do Ginásio do Estado de Ribeirão Preto, este projeto foi assinado pelos deputados: Herculano de Freitas, Manoel Aureliano de Gusmão, Fontes Júnior, Freitas Vale, Mário Tavares e Veiga Filho. Em 10 de novembro o projeto seguiu para o Senado e no dia 27 de novembro o Governador assinou a Lei n. 1045 criando o Ginásio do Estado em Ribeirão Preto. O Ginásio foi inaugurado em 01 de abril de 1907 e estiveram presentes: o governador Jorge Tibiriçá, deputados, senadores e diversas personalidades. A escola foi instalada num prédio provisório na rua Cerqueira César esquina com Duque de Caxias. Este prédio serviu anteriormente como sede do Primeiro Grupo (atual Escola Guimarães Júnior). Posteriormente, o local passou a funcionar o Colégio Auxiliadora. Em 1920 a escola foi transferida para um
prédio construído especialmente para sediar o Ginásio do Estado na rua Prudente de Moraes (frente) esquina com Rua Cerqueira César. Por meio do projeto de Lei n. 1166/51, de autoria de Arnaldo Laurindo, foi elaborada a lei n° 1.817, de 14/10/1952, denominando de Otoniel Mota o Colégio Estadual e Escola Normal de Ribeirão Preto.
Tipo de proteção: Tombamento definitivo estadual Órgão de proteção: CONDEPHAAT Instrumentos legais de preservação: Sessão Ordinária - 29/07/02 - Ata 1253 - Public. DOE de 25/09/02 seção I pag. 50. / Resolução SC60 de 21/07/2010 publicada no DOE de 11/11/2010 reconhece valor cultural
34 - RIBEIRร O PRETO
EE Fรกbio Barreto RUA AMADOR BUENO, 220
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O SEGUNDO GRUPO ESCOLAR FOI INSTALADO em 01 de setembro de 1912. A escola foi criada para suprir a carência de espaço e de vagas apresentadas pelo Primeiro Grupo Escolar (Escola Guimarães Júnior). (Cione, 1997). O edifico da escola foi construído num terreno localizado na esquina das ruasAmador Bueno e Mariana Junqueira. O Construtor foi o engenheiro João Pedro da Veiga Miranda. (Cione, 1997). Por meio do Decreto Estadual n° 18.383, de 07/12/1948, o Segundo Grupo Escolar de Ribeirão Preto foi denominado de "FÁBIO BARRETO". (Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo).
Tipo de proteção: Tombamento definitivo estadual Órgão de proteção: CONDEPHAAT Instrumentos legais de preservação: Sessão Ordinária - 29/07/02 - Ata 1253 - Public. DOE de 25/09/02 seção I pag. 50. / Resolução SC60 de 21/07/2010 publicada no DOE de 11/11/2010 reconhece valor cultural
Ginásio do Estado, instalado em 1907, localizado na esquina das ruas Duque de Caxias e Cerqueira César
CasarĂľes, Palacetes e Casas
Antigo sanatĂłrio e depois solar da famĂlia Velludo na rua Marechal Deodoro com Lafaiete
42 - RIBEIRÃO PRETO
Palacete Jorge Lobato
RUA ÁLVARES CABRAL, 716
PATRIMÔNIO CULTURAL - 43
Tipo de proteção: Tombamento definitivo municipal Órgão de proteção: CONPPAC Instrumentos legais de preservação: Decreto Municipal n° 219 de 11/07/2008. Tombo n° 0009
O IMÓVEL DA RUA ÁLVARES CABRAL Nº. 716 (antigo nº. 75) foi construído no ano de 1922, pelo escritório de engenharia Geribello& Quevedo - Engenheiros e Empreiteiros; aprovado pelo engenheiro municipal Antônio Soares Romeu. Foi residência do Dr. Jorge Lobato Marcondes Machado, nascido em Taubaté, S.P., em 23/04/1879 e falecido em Ribeirão Preto, em 27/04/1965, sepultado no Cemitério da Saudade em 28/04/1965. Filho de Rodrigo Lobato Marcondes Machado e Maria Isabel Varella Lobato, tendo por irmãos: Henrique Lobato e Henriqueta Lobato. Seu pai, Rodrigo Lobato, foi advogado e político atuante pelo Partido Liberal, foi vereador da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, posteriormente fixando residência na cidade de Taubaté; era filho do Capitão Alexandre Marcondes do Amaral Machado e de Dona Maria Delfina Marcondes de Andrade, tendo sido criado pelo Capitão José dos Reis Lobato, adotou o sobrenome Lobato pelo qual passou a ser conhecido. Rodrigo, foi ainda Presidente (atual cargo de governador) da província do Rio Grande do Norte, foi deputado provincial (estadual) de 1880 a 1886, deputado constituinte do Estado de São Paulo, em 1891, e Senador; falecido em 18/04/1918. Jorge Lobato cursou o ensino secundário no Colégio D. Pedro II, no Rio de Janeiro. Em 1898 ingressou na Escola Politécnica também no Rio de Janeiro, onde formou-se em engenharia civil. Chegou à Ribeirão Preto em 1905. Trabalhou como engenheiro na construção dos ramais de Igarapava e de Pontal, ambos da Cia. Mogiana de Estrada de Ferro e, a partir de 1909, ocupou a cadeira de Geometria e Trigonometria no Colégio do Estado (atual EE Otoniel Mota). Em Ribeirão Preto, também atuou como comerciante, agricultor, bancário e empresário, tendo sido proprietário da Casa Bancária Jorge Lobato e da Fazenda Palmital (em Sertãozinho, S.P.), de onde comercializava as águas minerais da Fonte Palmital. Foi casado com Anna Junqueira, filha do Coronel Joaquim da Cunha Diniz Junqueira, e dessa união nasceram os filhos: Maria Silvia Lobato, Laura Lobato Uchôa, Henrique Lobato Marcondes Machado, Vera Junqueira Lobato e Luiz Junqueira Lobato. Jorge Lobato atuou na política ribeirãopretana como vereador, pelo Partido Republicano Paulista (PRP) nas legislaturas de 1926-1929 e 1929-1932; foi eleito Presidente da Câmara Municipal de Ribeirão Preto em 27/04/1929, tendo exercido a presidência até a dissolução da Câmara Municipal em25/10/1930 (Arquivo Público e HIstórico de Ribeirão Preto, 2004).
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Palacete Albino de Camargo Neto RUA VISCONDE DE INHAÚMA, 241
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COM BASE NO LIVRO “RELAÇÃO DAS PLANTAS DE CONSTRUÇÃO e Reconstrução aprovadas pela Câmara Municipal 1902-1913”, constante no acervo do APHRP, o imóvel foi reconstruído no início do século XX, sob a responsabilidade do construtor Vicente LoGiudice, quando o proprietário era o Dr. Antonio Ezequiel de Camargo. Biografia de Albino de Camargo Netto Albino de Camargo Netto nasceu emSão Luiz do Paraítinga, SP, em 08 de novembro de 1893. Filho de Antônio Ezequiel de Camargo e Joana Sant’Anna Camargo; era irmão de Maria Monte Serrat Camargo, Maria da Graça Schalders e Antônio Ezequiel Camargo. Chegou a Ribeirão Preto com apenas 1 ano de idade, posteriormente, mudou-se para Jundiaí, SP, onde cursou o Ginásio. Em seguida foi para a cidade de São Paulo e estudou no Instituto de Ciências e Letras. Ainda em São Paulo ingressou na Faculdade de Direito, neste período foi colega de faculdade de Monteiro Lobato, residindo ambos na “república” Minarete, situada no bairro de São José do Belém. Durante o período de faculdade colaborou com apublicação “ A Patria” dirigida por Monteiro Lobato . Ainda na capital, foi frequentador do “Café Guarany” e da bodega do Maneco, localizada na Ladeira São João. A partir de 1903, sob o pseudônimo de “Guy d’Hã” foi colaborador da publicação “Minarete”, editada em Pindamonhangaba, SP. Foi o amigo Monteiro Lobato quem lhe apresentou as obras do filósofo Frederich Nietzsche. Em 1906 formou-se advogado, neste mesmo ano voltou para Ribeirão Preto e trabalhou como jornalista e Diretor do jornal “Diário da Manhã”; neste jornal integrou o grupo formado por João Pedro da Veiga Miranda, Tito Lívio dos Santos e Alceu Alcides. Entre 1911 e 1912 foi Juiz de Paz e suplente de Delegado de Polícia. Foi o fundador e diretor da revista do Centro Civilista. No ano de 1912 foi empossado como lente (professor) de Psicologia e Lógica no Ginásio do Estado (atual Otoniel Mota). Nesta escola ocupou o cargo de Diretor Substituto de 20/abril a 20/maio de 1921 e de 10/abril a 30/maio de 1922. Ainda na área de educação foi o primeiro diretor da Escola de Educação Física do
Comercial Futebol Clube e lecionou na Instituição Moura Lacerda e no Colégio Metodista. Albino de Camargo tinha o hábito de realizar caminhadas matinais pela cidade; depois, por volta do meio dia, acompanhado pelos professores Antônio e José Rodrigues da Silva e do seu compadre Antônio Ferreira de Souza, dirigia-se ao “Café Pinho” (propriedade de Antônio Ferreira de Souza), localizado na Rua General Osório quase esquina com a Praça XV. Em 1917 concorreu às eleições para vereador mas foi derrotado. No ano de 1918, durante o surto de gripe espanhola na cidade, trabalhou como voluntário no Pronto Socorro montado no prédio da Sociedade Legião Brasileira, na rua São Sebastião esquina com Visconde de Inhaúma. Em 1926 foi eleito Vereador, cargo que exerceu até o final do mandato em 1929. Integrou o quadro do PD – Partido Democrático, sendo presidente do diretório local por várias ocasiões. Em 1930, durante o período imediatamente após a Revolução de 1930, Albino de Camargo Netto foi outorgado Prefeito Municipal por cerca de 1 (uma) mês. Em 1932, foi combatente na Revolução Constitucionalistae presidente do Centro Paulista pró Constituição. Com a volta do regime constitucional, em 1934,foi um dos fundadores do Partido Constitucionalista. Foi novamente eleito Vereador; apesar de ter tomado posse renunciou em seguida para tomar posse como Deputado Estadual, cargo que exerceu até 10/11/1937. Na Câmara Estadual participou da Comissão de Justiça e foi o autor da lei que autorizou a venda do terreno da antiga Metalúrgica de Ribeirão Preto para a empresa Moinho Santista. Em São Paulo residia na Av. Brasil esquina com a Rua Atlântica. No dia 20/04/1933 ministrou a aula inaugural da Faculdade de Direito da Associação de Ensino de Ribeirão Preto, realizada no salão nobre da Sociedade Legião Brasileira. Ainda em Ribeirão Preto ocupou a cadeira “Ricardo Gonçalves” na Academia Ribeirão-pretana de Letras. Escreveu vários trabalhos e foi o tradutor do livro “Democracia” de Rudolf Laun. Foi casado com Altina Duate Camargo, dessa união nasceu a filha Maria José de Camargo Junqueira Reis (casada com Henrique Junqueira Reis). Faleceu em São Paulo, SP, em 12/12/1969.
Tipo de proteção: Tombamento definitivo municipal Órgão de proteção: CONPPAC Instrumentos legais de preservação: Decreto Municipal n° 132 de 06/05/2008. Tombo n° 0014.
Residência do Monsenhor Joaquim Antonio de Siqueira, na rua Visconde de Inhaúma, esquina da São Sebastião, doada depois para a diocese de Ribeião Preto
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Casarão da Caramuru AVENIDA CARAMURU,230/ 232
O IMÓVEL LOCALIZADO NA ATUALAV. CARAMURU, foi construído no final do século XIX, possivelmente, antes de 1894, por André Maria Ferreira de Villa Lobos. (Borges, 1983). As pinturas parietais e elementos decorativos nas paredes da Casa da Caramuru foram descobertos pela pesquisadora Maria Elízia Borges no início da década de 1980. As pesquisas realizadas por Maria Elizia culminaram com a apresentação de uma dissertação à Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, instituição complementar da USP, em 1983. Segundo Borges (1983), a pintura decorativa do imóvel abrange o “hall” de entrada, a sala de jantar e um dos dormitórios. A execução das pinturas são anteriores a 1894 e, uma destas decorações pode ser de autoria do pintor Rosaltino Santoro. Borges (1983) realizou um aprofundado estudo sobre as pinturas presentes na Casa da Caramuru. Segundo a autora “A decoração desta casa reflete gosto e costume, manifestados através de um saudosismo arraigado, preso a um ideal estático proveniente da cultura européia. Este fato talvez seja explicável por ser
seu proprietário um imigrante português de descendência espanhola.” (BORGES, 1983, P. 21). O proprietário da casa referido pela autora é André Maria Ferreira de Villa Lobos. (Borges, 1983). Segundo avaliação de Borges (1983) as pinturas presentes no imóvel à avenida Caramuru contribuem para a elaboração de uma compreensão sobre o gosto estético das pessoas que habitaram Ribeirão Preto no final do século XIX e início do XX. (Borges, 1983). Os conceitos e interpretações delineados por Borges (1983) quanto ao valor e importância das pinturas decorativas presentes no imóvel são corroborados pelos técnicos do CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo, em 1987, por ocasião da elaboração da Ficha de Identificação. O parecer dos técnicos que subsidiou o seu tombamento por meio de resolução da Secretaria Estadual da Cultura, expressa também que o imóvel possui um estilo representativo da arquitetura do final do século XIX.
Tipo de proteção: Tombamento definitivo estadual e provisório municipal Órgão de proteção: CONDEPHAAT e CONPPAC Instrumentos legais de preservação: Inscrição n° 285, Livro de Tombo Histórico, p. 73 de 08/06/1989. Resolução Estadual SC n° 61 de 28/10/1988. Lei Municipal n.º 4.881 de 06 de agosto de 1.986 considera de valor histórico e cultural.
Solar que pertenceu ao Coronel Quinzinho da Cunha, na rua Ă lvares Cabral, antes de 1936
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Palacete Joaquim Firmino
RUA FLORÊNCIO DE ABREU, 411, ESQUINA COM A RUA TIBIRIÇÁ, 714
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O IMÓVEL FOI RESIDÊNCIA DE JOAQUIM FIRMINO DE ANDRADE JUNQUEIRA, batizado em 25/08/1852, em Franca, S.P, filho de Francisco Maximiano Diniz Junqueira (ou Francisco Maximiano de Souza Junqueira) e Mariana Constança de Andrade Junqueira. Foi vereador na 7ª Legislatura da Câmara Municipal de Ribeirão Preto, entre 29/08/1892 a 1896. Casou-se com Rita Villela de Andrade Junqueira, filha de Modesto Villela dos Reis e de Maria Paula Adélia Villela de Andrade. Faleceu em Ribeirão Preto, em 25/01/1921. O casal Joaquim Firmino e Rita Villela (Dona Ritinha) teve 10 filhos: Francisco, Maria Paula, Adelina, Albertina, Alzira, Modesto, Aurélio, Georgina, Valdomiro, Alcebíades (todos Andrade Junqueira). Francisco de Andrade Junqueira, fazendeiro e engenheiro, foi (juntamente com o seu irmão Aurélio) diretor e maior acionista do banco do Estado de São Paulo S. A., foi vereador e presidente da Câmara de Vereadores de Ribeirão Preto por várias legislaturas; foi presidente do diretório local do P.R.P. (Partido Republicano Paulista). Adélia, casou-se com Afonso Geribello, fazendeiro e engenheiro. Alzira, casou-se com Eugênio Gomes do Val. Georgina, casou-se com Mário Luiz Monteiro da Silveira, que foi médico e vereador em Ribeirão Preto. Albertina de Andrade Junqueira casou-se, em 11/05/1905, com João Pedro da Veiga Miranda e tiveram três filhos: Waldemar da Veiga Miranda (solteiro falecido); Ciro da Veiga Miranda (casado com Beatriz Carvalhais, filhos: João Pedro e Marcos); Regina Junqueira da Veiga Miranda (casada com Valdo Rolim de Morais, filhos Valdo e João Pedro). Dr. João Pedro da Veiga Miranda, genro de Joaquim Firmino, nasceu em 11/04/1881, em Campanha (chácara Soledade), M.G.; filho de Manoel Ignácio de Miranda e de Josefina Carolina da Veiga. Mais conhecido como Veiga Miranda, a
convite de Epitácio Pessoa assumiu, em 1921, o Ministério da Marinha; foi vereador em Ribeirão Preto, entre 1908 e 1920, e prefeito da mesma cidade, de 1908 a agosto de 1909. Neste prédio, onde morava Dona Ritinha, sua sogra, Veiga Miranda recebeu como hóspedes, o Presidente da República Epitácio Pessoa e sua esposa, quando estiveram em Ribeirão Preto, em 27 de agosto de 1921. Veiga Miranda escreveu vários de seus trabalhos no andar térreo do palacete, onde funcionava o seu escritório. Também foi nesse imóvel que ele faleceu, em 17 de fevereiro de 1936, foi velado e de onde saiu o cortejo fúnebre para o Cemitério da Saudade. Em 1945 o Palacete de Joaquim Firmino já era propriedade da Associação de Ensino, responsável pela fundação da Faculdade de Farmácia e Odontologia, fundada em uma das salas do Ginásio do Estado (atual EE Otoniel Mota) em 1º junho de 1924. Posteriormente, a Faculdade funcionou na Rua São Sebastião e na rua Américo Brasiliense, até ser transferida para o palacete, na rua Tibiriçá, esquina com a Florêncio de Abreu. Para receber a Faculdade, o prédio passou por adaptações. Em 10/08/1945, o engenheiro Dario Cordovil Guedes, solicitou à Prefeitura a licença e a aprovação das plantas para a reforma do prédio, que foi concluída em novembro do mesmo ano, pelo construtor Joaquim Gervásio dos Santos. Em fevereiro de 1948, o diretor da escola solicitou ao diretor de obras do município a permissão para o início das obras de ampliação do prédio, sob a responsabilidade do engenheiro Henrique NuncioTerreri. Ao lado do Palacete foi construído um bloco de três pavimentos, (Proc. Adm. 61/1948). O Curso de Farmácia e Administração funcionaram nos edifícios das ruas Tibiriçá e Florêncio de Abreu até 1975 (CIONE, 1989. Pag. 14 a 27).
Tipo de proteção: Tombamento definitivo municipal Órgão de proteção: CONPPAC Instrumentos legais de preservação: Decreto Municipal n° 119 de 24/04/2008. Tombo n° 0006.
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Palacete Camilo de Mattos RUA DUQUE DE CAXIAS, 625
O EDIFÍCIO FOI CONSTRUÍDO PARA RESIDÊNCIA DE JOAQUIM CAMILO DE MATTOS. O prédio foi edificado em 1920 e o autor do projeto foi Antônio Soares Romeo, casado com Carolina, cunhada de Camilo de Mattos (Gazeta de Ribeirão). Joaquim Camilo de Moraes Mattos nasceu no distrito Rio Novo, no município de Barbacena, MG, 13/12/1892. Filho de Joaquim de Oliveira Mattos e Ambrosina de Moraes Mattos. São seus irmãos: Padre Mário Camilo de Mattos e Maria de Mattos Prata. Estudou em Barbacena e depois no colégio São Vicente de Paula em Petrópolis, RJ. Retornou a Barbacena e estudou no Ginásio Mineiro. Posteriormente, mudou-se para a cidade de São Paulo onde cursou a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco; durante a faculdade trabalhou como professor no Liceu Sagrado Coração de Jesus e como professor particular. Após a formatura em 1917, mudou-se para Ribeirão Preto à convite do Dr. Arthur Soares de Moura. Em seguida, foi nomeado Delegado de Cravinhos, SP. Ingressou na política e como integrante do diretório local do PRP – Partido Republicano Paulista foi eleitosuplente de Deputado Estadual. Foi Vereador nas legislaturas: de 1920 a 1923; de 1923 a 1926;de 1926 a 1929; de 1929 a 1932 (mandato interrompido
em 1930). Ocupou o cargo de Vice-Prefeito de 1929 a 1926 e foi Presidente da Câmara de 1926 a 1929. Em razão da renúncia do Prefeito José Martimiano da Silva, eleito para o mandato de 1929 a 1932, Camilo de Mattos assumiu o cargo de Prefeito no período de 27/04/1929 até 25/10/1930, quando todas as Câmara Municipais brasileiras foram dissolvidas devido a Revolução de 1930. Afastando-seda política atuou como consultor jurídico das Usinas Junqueira, em Igarapava, SP; foi Presidente da Associação dos Motoristas de Praça de Ribeirão Preto e foi ainda um dos fundadores do Hospital São Francisco. Auxiliou Dona Sinhá Junqueira na implantação do Educandário Coronel Quito Junqueira, local onde trabalhou comodiretor-presidente. Foi ainda um dos diretores do Asilo Anália Franco, Presidente da Associação dos Cegos e colaborador do Asilo Padre Euclides. Casouse em 1919 com Maria das Dores Gomes de Mattos, dessa união nasceram os filhos: Luiz Augusto Gomes de Mattos; Maria Camila; Célia Mattos e Nilza. Faleceu em 24/08/1945, em Ribeirão Preto, SP. O seu filho Luiz Augusto Gomes de Mattos foi Prefeito Municipal de Ribeirão Preto de 1944 a 1946.
Tipo de proteção: Tombamento definitivo municipal Órgão de proteção: CONPPAC Instrumentos legais de preservação: Decreto Municipal n° 221 de 15/07/2008. Tombo n° 0015.
Casa Tavares & Teixeira na Rua General Osório, esquina da Rua Visconde de Inhaúma (1920)
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Imรณvel da Avenida Saudade n. 222 AVENIDA SAUDADE, N. 222
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PRÉDIO NA PRAÇA SANTO ANTÔNIO N. 71 onde funcionou o Departamento de Cultura, Museu e Biblioteca Guilherme de Almeida.
Tipo de proteção: Tombamento provisório. Órgão de proteção: CONPPAC Instrumentos legais de preservação: Resolução n.001/2009, DOM
Palacete do Cel. Francisco Maximiano Junqueira na Rua Duque de Caxias em frente a Praรงa XV de Novembro
QuarteirĂŁo Paulista
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Theatro Pedro II RUA ÁLVARES CABRAL, 370
O LOCAL ONDE FOI CONSTRUÍDO O TEATRO PEDRO II era anteriormente ocupado pelo Hotel Central, um importante ponto de encontro de personalidades e palco de reuniões políticas no início do século XX. Em 1927, Cia. Cervejaria Paulista comprou os terrenos do antigo Hotel Central e começou a construir o Theatro Pedro II e o Edifício Meira Júnior. Nesta ocasião foi também adquirido o edifício da esquina das ruas Duque de Caxias e Alçares Cabral, o Central Hotel, construído por Adalberto Roxo e inaugurado em 1926. O Teatro Pedro II e o Edifício Meira Júnior foram projetados e construídos pelo escritório do Engenheiro-Arquiteto Hipólito Gustavo Pujol Jr., de São Paulo. As obras de construção ocorreram no período de 1928 a 1930. A parte estrutural foi executada pela empresa alemã Kemmitz, sendo Fritz Hans Urlass o diretor do projeto. A planta original do Teatro Pedro II foi inspirada na arquitetura de importantes teatros de ópera brasileiros, como o Amazonas de Manaus (1896), o do Rio de Janeiro (1909) e de São Paulo (1911). Todos estes, por sua vez, enquadrados na mesma composição do Ópera de Paris. Em linhas gerais, a arquitetura do teatro Pedro II se enquadra no chamado estilo “eclético”, decorrente da conjugação de vários estilos arquitetônicos. Assim, estão presentes elementos da arquitetura francesa do final do século XIX no saguão de entrada e na platéia; no foyer e moldura do proscênio há elementos do iluminismo francês; o art déco em alguns lustres e o barroco italiano expresso por carrancas, grandes colunas e os capitéis decorativos na fachada. Concebido para receber 2.500 pessoas, o teatro era dividido em seis pavimentos, incluindo o porão. No primeiro andar ficava o saguão de entrada e o acesso para a platéia. No segundo andar, a Sala dos Espelhos, utilizada para abrigar a platéia nos intervalos, uma varanda, galerias e camarotes. No terceiro andar, balcões e galerias. No quarto andar estavam localizadas outras galerias e salas de ensaio. O quinto abrigava as galerias e no sexto andar estavam instaladas a cabine de produção e aparelhagem.
O pano de boca, com 11 metros de altura, confeccionado em veludo azul e bordado a ouro, reproduzia o brasão da família imperial. O projeto do pano de boca, de autoria do pintor Dakir Parreiras, era uma alegoria em homenagem a Dom Pedro II. Para estabelecer uma mesma linguagem arquitetônica dos edifícios do Teatro e do Edifício Meira Jr,a fachada do Central Hotel, foi reformada por volta de 1930, o projeto foi de autoria do arquiteto Hipólito Gustavo Pujol Júnior; os três edifícios passaram então a ser conhecido como Quarteirão Paulista. Após a aquisição e a reforma do prédio pela Cia. Cervejaria Paulista, o antigo Central Hotel passou a ser denominado Palace Hotel, que permaneceu em funcionamento até o ano de 1992, quando encerrou as atividades. Um dos maiores idealizadores doprojeto do Quarteirão Paulista foi João Alves Meira Jr., diretos da Companhia Cervejaria Paulista. O Teatro Pedro II foi inaugurado em 08 de outubro de 1930, com a sessão cinematográfica de “Alvorada do Amor”, estrelada por Maurice Chevalier e Jeanette Mac Donald. Durante cinco décadas, o teatro foi sede de espetáculos de companhias nacionais e internacionais. Os acontecimentos cívicos e políticos também fizeram parte da história do teatro, que foi sede de pequenas e grandes manifestações tanto no seu interior como na esplanada do teatro. No final da década de 1960, o edifício já desgastado foi transformado em cinema, neste período foram feitas várias reformas que reduziu a platéia para 800 lugares e quando os camarotes foram encobertos com lambris de madeira. O teatro ficou fechado de 1978 a 1980. Em15 de julho de 1980 um curto circuito iniciou um incêndio de grandes proporções destruindo parcialmente o Teatro Pedro II, principalmente o teto. Após o incêndio uma mobilização da sociedade local, liderada por artistas e intelectuais, deu início ao movimento em prol da preservação do Teatro Pedro II. Em maio de 1982, o prédio foi tombado pelo CONDEPHAAT. Em setembro de 1991 a Prefeitura Municipal iniciou o projeto de restauração e modernização do teatro, uma obra orçada, na época, em
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4 milhões de dólares. As primeiras intervençõesficaram a cargo da Construtora Jábali Audi, e um consórcio formado por três empresas, que se encarregaram das obras de infraestrutura. Após um minucioso trabalho de restauração a solenidade de reabertura oficial doTheatro Pedro II aconteceu no dia 18 de maio de 1996. Área total aproximada: 5.800m². Altura total: 30m. O Theatro Pedro II é composto por três subsolos e cinco pavimentos. 1º Andar: Sala dos Espelhos (Foyer), café, sala de imprensa, acesso aos balcões, camarotes coletivos e camarotes do proscênio. 2º Andar: balcões voltados para a Sala dos Espelhos, café, sala de estar, sanitários, acesso as galerias laterais e de fundo, aos camarotes coletivos e aos camarotes de proscênios.
Tipo de proteção: Tombamento definitivo estadual Órgão de proteção: CONDEPHAAT Instrumentos legais de preservação: Resolução n° 32 de 07/05/82 DOE de 14/05/82 - Proc. 00297/73. Inscrição n° 186, Livro de Tombo Histórico 01, p. 44 de 17/06/1982.
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Vista da Praça XV de Novembro e Teatro Pedro II e parte do edifício Meira Júnior a partir do Teatro Carlos Gomes. No centro, Bar da Antarctica e vista do Monumento a Luis Pereira Barreto.
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Palace Hotel RUA DUQUE DE CAXIAS
A OBRA DO PALACE HOTEL FOI INICIADA EM 1924. Localizado na esquina da Rua Duque de Caxias com Álvares Cabral, viria a compor o Quarteirão Paulista de Ribeirão Preto. O proprietário do terreno e contratante da obra foi Adalberto Henrique de Oliveira Roxo, um importante comerciante de café estabelecido em Ribeirão Preto. Em 1927, o Central Hotel foi adquirido pela Cia. Cervejaria Paulista, empresa que comprou também o terreno paralelo ao hotel e começou a construir o Theatro Pedro II e o Edifício Meira Júnior (Pinguim). Para estabelecer uma mesma linguagem arquitetônica dos edifícios, a fachada do Central Hotel foi reformada por volta de 1930, o projeto foi de autoria do arquiteto Hipólito Gustavo Pujol Júnior. Após a aquisição e a reforma do prédio pela Cia. Cervejaria Paulista, o antigo Central Hotel passou a ser denominado Palace Hotel, que permaneceu em funcionamento até o ano de 1992, quando encerrou as atividades.
Em 07 de maio de 1982, a Resolução nº 32 do CONDEPHAAT, determinou o tombamento do Palace Hotel e do Theatro Pedro II. No dia 23 de julho de 1996 a Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto permutou o Palace Hotel com a Antarctica. Iniciou-se então um longo processo de recuperação do prédio acompanhado de perto pelo Conselho Municipal de Cultura, grande responsável pela modificação de Hotel a Centro Cultural. As obras finais foram entregues em 30 de setembro de 2011. No dia 20 de outubro as portas foram abertas novamente, e começou a ser escrita uma nova história. Abrir as portas do prédio para a cidade é preservar a história de Ribeirão Preto. É permitir que a população tenha acesso a um patrimônio arquitetônico. Fazer a ocupação a partir do cultural é a dar oportunidade a todos da área, além de oferecer ao cidadão acesso imediato a cultura. O Centro Cultural Palace atenderá a todas as áreas culturais e artísticas.
Tipo de proteção: Tombamento definitivo estadual / emtramitação no munícipio sob nº 02 2009 052841 3 / protocolo nº 01506001986/2011 – 78 IPHAN Órgão de proteção: CONDEPHAAT e CONPPAC Processo de Tombamento no IPHAN - SP Solicitado pelo então presidente do IPHAN Dr Carlos Heck Instrumentos legais de preservação: Resolução Estadual SC 26 de 15/12/93. Proc. 29840/92. Homologação DOE 16/12/93. Inscrição n° 285, Livro de Tombo Histórico, p. 73, de 08/06/1989. Lei Municipal 4584 de 13 de março de 1985 considera de valor histórico e cultural. Processo de Tombamento no IPHAN - SP Solicitado pelo então presidente do IPHAN Dr Carlos Heck.
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Edifício Meira\ Pinguim RUA ÁLVARES CABRAL, 370
O QUARTEIRÃO PAULISTA É COMPOSTO PELO EDIFÍCIO MEIRA JÚNIOR, o Teatro Pedro II e o Palace Hotel. A Praça XV de Novembro está ligada às origens da cidade, foi o antigo largo da matriz de São Sebastião, cuja capela construída por volta de 1963 foi demolida em 1905. A partir da década de 20, o centro da cidade tornou-se um ponto de referência para a iniciativa privada direcionar seus investimentos. Impulsionado pelo dinheiro “colhido” nos grandes cafezais, em pouco tempo, a paisagem urbana central mudou. Antigas construções localizadas nas esquinas das ruas Duque de Caxias e Álvares Cabral foram adquiridas por Adalberto Henrique de Oliveira Roxo. Próspero comerciante de café, Adalberto queria ser
um dos pioneiros na construção de um hotel de grandes dimensões, à altura da importância que Ribeirão Preto tinha na época. Com isso, em 1926, era inaugurado o Central Hotel, que mais tarde passaria a se chamar Palace. Esse edifício deu origem ao conjunto arquitetônico que ficou conhecido como Quarteirão Paulista. Marco importante da história de Ribeirão Preto, o Quarteirão Paulista, formado ainda pelos prédios do Theatro Pedro II e o Edifício Meira Júnior, onde a partir de 1978 passou a funcionar a choperia Pinguim II, teve o seu tombamento decretado em dezembro de 1993 pelo Condephaat. Os prédios foram considerados “bens culturais de interesse histórico-arquitetônico e paisagístico”.
Tipo de proteção: Tombamento definitivo estadual / emtramitação no munícipio sob nº 02 2009 052841 3 / protocolo nº 01506001986/2011 – 78 IPHAN Órgão de proteção: CONDEPHAAT e CONPPAC / Processo de Tombamento no IPHAN - SP Solicitado pelo então presidente do IPHAN Dr Carlos Heck Instrumentos legais de preservação: Resolução Estadual SC 26 de 15/12/93. Proc. 29840/92. Homologação DOE 16/12/93. Inscrição n° 285, Livro de Tombo Histórico, p. 73, de 08/06/1989. Lei Municipal 4584 de 13 de março de 1985 considera de valor histórico e cultural. Processo de Tombamento no IPHAN - SP Solicitado pelo então presidente do IPHAN Dr Carlos Heck.
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Edifício Diederichsen RUA ÁLVARES CABRAL, 469
ANTONIO DIEDERICHSEN INICIOU SEUS NEGÓCIOS EM RIBEIRÃO PRETO no início do século 20. Após a crise mundial que culminou com o crack da Bolsa de Valores de Nova Iorque, em 1929, o empresário Antonio Diederichsen, que desde o começo do século desenvolvia atividades de apoio à lavoura (serralheria, fundição emecânica, inclusive importando ferragens da
Alemanha), decide diversificar e ampliar seus negócios. Fundou um departamento de vendas da Ford e uma oficina de automóveis. Em 1934 adquiriu um terreno para construção de um grande edifício. Parte da área adquirida para construção do Edifício Diederichsen pertencia ao Coronel Joaquim da Cunha Diniz Junqueira (Quinzinho da Cunha), importante chefe político ligado
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ao Partido Republicano Paulista (PRP). Quinzinho residiu durante muitos anos numa casa na esquina da rua General Osório com Álvares Cabral. Após a aquisição dos terrenos foram procedidas, as demolições e iniciadas as edificações do primeiro “arranha céu” da cidade; com 5 pavimentos, além do térreo; na época, foi considerada uma construção audaciosa, principalmente porque seria destinado a vários usos (comércio, hotel, cinema), e para locação. (Valadão, 1997). A empresa contratada para a execução da obra foi Terreri& Vincenzo (AntonioTerreri arquiteto e Paschoal de Vincenzo o construtor). O edifício com 140 metros de frente para as ruas General Osório, Álvares Cabral e São Sebastião, em 1939 possuia: na parte térrea: instalado o Cine São Paulo (com capacidade para 1.200 pessoas), o bar e restaurante Pinguin e vários estabelecimentos (11 lojas – farmácia, barbeiro, café Unica, casas de modas, etc.). No primeiro e segundo andares 420 salas comerciais, com consultórios médicos, advogados, etc. No 3O. e 4.º andares com 46 apartamentos e o 5.º pavimento ocupado pelo luxuoso Grande Hotel Gullacci. No 6O. pavimento situam-se a residência do locatário do hotel e um amplo terraço com vista panorâmica (com o tempo o terraço necessitou de uma cobertura devido a intensa insolação e inexistência de materiais impermeabilizantes). Toda a estrutura do edifício foi construída em concreto
Tipo de proteção: Tombamento definitivo estadual Órgão de proteção: CONDEPHAAT Instrumentos legais de preservação: Resolução Estadual SC n° 33 de 08/08/2005.
armado e seu fechamento feito em alvenaria de tijolos vazados. A implantação do edifício obedece ao alinhamento da rua e se destaca pela valorização das fachadas frontais, com revestimento de cimento, cal, areia e malacacheta (material reflexivo à luz solar). A valorização da fachada é reforçada pelo barrado de mármore preto com 2 metros de altura no térreo. O Estilo do prédio é Art-Déco, com distribuição regular de vãos, platibanda em recortes geométricos e simétricos. No interior está presente no ladrilho hidráulico, decorado das escadarias, na paginação de piso no hall de entrada, nos vitrais e revestimento das paredes trabalhado com motivos geométricos, como ondas zigzag e temas florais simplificados. Este estilo Art-Déco do Edifício Diederichsen é representativo do caminho em direção à arquitetura moderna da cidade, como também da disseminação da técnica construtiva do concreto armado a partir da década de 1930. O edifício foi inaugurado oficialmente em 1936 (com a colocação de uma placa de bronze na entrada). Após o término da obra em 1937, AntonioDiederichsen continuou a investir na área de construção civil, com a inauguração em 1941, do Edifício ABC (Rua Saldanha Marinho, 566) e, em 1951 com a inauguração do Umuarama (Rua São Sebastião), o primeiro edifício alto da cidade. (Valadão, 1997, p. 136-140).
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Theatro Carlos Gomes - Inaugurado em 1897 e demolido em 1944
Flagrante da demolição do Theatro Carlos Gomes, em 1944
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Museu de Arte de Ribeirão Preto "Pedro Manuel Gismondi" (MARP) RUA BARÃO DO AMAZONAS, 323
O IMÓVEL DA RUA BARÃO DO AMAZONAS, nº 323, foi construído para abrigar sede da Sociedade Recreativa, que funcionou neste local entre 1908 e 1945, posteriormente, a Câmara municipal de Ribeirão Preto funcionou no prédio entre 1956 e 1984 e desde 1992 abriga o MARP – Museu de Arte de Ribeirão Preto. Em 02 de dezembro de 1906 um grupo de pessoas reuniu-se com o objetivo de fundar na cidade um Clube Recreativo. A reunião foi presidida por Eliseu Guilherme
Christiano (1.º Juiz de Direito de Ribeirão Preto), na sala do Cartório do 1.º Ofício. Por sugestão de João Alves Meira Júnior foi colocado em discussão a compra de um terreno para a sede. O cidadão Antônio Pereira da Silva Júnior comunicou que tendo contratado a compra de um terreno localizado na Rua Duque de Caxias (130 palmos) esquina com Rua Barão do Amazonas (80 palmos), pertencente a Dona Maria Delgado, se a Assembléia aprovasse, cederia o negócio para a Sociedade
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Recreativa. Aprovadaa idéia, foi nomeada uma comissão para elaboração dos estatutos da Sociedade Recreativa composta por: Antônio Vicente Ferraz Sampaio, José da Silveira Campos, Antônio Pereira da Silva Júnior e João Alves Meira Júnior. A Sociedade Recreativa foi oficialmente fundada em 16 de dezembro de 1906, quando do registro da Ata e Estatutos no 1.º Ofício ( DM – 18/12/1976 – Encarte Especial 70 anos da Sociedade Recreativa).O arquiteto Affonso Geribello (arquiteto ocupou o cargo de Engenheiro Municipal, exonerouse em 15/01/1908) dirigiu os trabalhos de construção do Palacete e o construtor foi Vicente LoGiudice. O Baile inaugural da Sociedade Recreativaaconteceu em 31/12/1908. No jardim do Palacete, a partir das 9 da noite a Banda Filhos da Euterpe tocou até o início do Baile.No palco do Salão Nobre a orquestra do Maestro José Delphino, composta por 9 músicos, executou a ouverture as 10h30 e as 11 h ouviu-se a primeira valsa.A direção das danças ficou a cargo de Antero Miranda e do farmacêutico Luiz Araújo. O serviço de bufet e buvette ficou a cargo de Francisco Cassoulet. A primeira sessão da Câmara Municipal no prédio da antiga sede da Recreativa aconteceu em 07/04 de 1956. Para o funcionamento da Câmata foi realizada pela PM uma reforma no prédio: no térreo Sala das Comissões, da Secretaria, dos Secretários, da Presidência, Arquivo e Bar. No primeiro andar Sala de Jornalistas, sala dos Edis
e Sala das Sessões. A solenidade de instalação da Câmara foi iniciada com a benção pelo Cõnego Jayme Luiz Coelho, presidiu a solenidade J. C. Morgade Miranda, e contou com a presença do Prefeito CostábileRomano.• A Câmara Municipal funcionou no antigo prédio da Sociedade Recreativa até 15/novembro de 1984, quando foi transferida para o pavimento superior da Casa da Cultura ( ali permanecendo até 1989 com a inauguração do novo prédio da Câmara. O MARP – Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismondi: O prédio passou por uma grande reforma. Em 22/12/1992, às 21h00, foi inaugurado o MARP – Museu de Arte de Ribeirão Preto. O MARP tem como objetivos reunir todo o acervo de artes plásticas da Prefeitura, (como as obras do SARPSalão de Arte de Ribeirão Preto e do SABBART – Salão Brasileiro de Belas Artes, adquiridas pelo poder público) as obras doadas, como o conjunto dos artistas Leonello Berti e Nair Opromolla, além de promover a recuperação do acervo. Desde o início das suas atividades, o MARP definiu um perfil voltado para a arte contemporânea, recebendo importante projetos como: Dali Monumental, Interior de Portinari, Lasar Segall – Maternidades, Viajando com Guignar e 100 anos de Pancetti, entre outros.Em 22/02/2000, através da Lei Municipal nº 8.692, o prédio que abriga o MARP foi denominado “Pedro Manuel Gismondi”.
Tipo de proteção: Tombamento definitivo municipal Órgão de proteção: CONPPAC Instrumentos legais de preservação: Decreto Municipal n° 318 de 22/09/2008. Tombo n° 0012.
Igrejas
Primeira Igreja Matriz curada de Ribeião Preto localizava-se naquela que hoje é a Praça XV de Novembro
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Catedral Metropolitana de São Sebastião FLORÊNCIO DE ABREU- LAFAIETE
DEVIDO ÀS MODESTAS ACOMODAÇÕES EM QUE SE ENCONTRAVA a Igreja de São Sebastião na praça XV de Novembro, houve a necessidade de se criar uma nova matriz. O responsável por montar uma comissão para a construção da nova igreja foi o Mons. Siqueira, no ano de 1901. Padre Euclides Gomes Carneiro também teve grande contribuição para a construção da nova matriz. Foi aberto um edital e publicado nos jornais da cidade para a escolha do projeto, chegando às mãos da Igreja trinta e três plantas. A comissão técnica não conseguia encontrar um projeto que atendesse ao edital e fosse digno da religião católica. Encontraram todas essas exigências no projeto do arquiteto Victor Dubugrás, porém o mesmo iria exceder em 50% o orçamento. Chamaram o arquiteto sueco Carlos Eckman, que teve seu projeto rejeitado anteriormente por também exceder o orçamento, o convidando para conhecer o local e fazer um projeto mais modesto. O arquiteto refez seu projeto, porém a construção da
Catedral levou anos para terminar. Com a chegada do bispo Dom Alberto José Gonçalves em 1909, ocorreu um grande avanço para que a Catedral fosse erguida o mais rápido possível. Porém, a igreja só foi inaugurada em 1917. (FREITAS, Nainôra Maria Barbosa de. A criação da Diocese de Ribeirão Preto e o Governo do primeiro Bispo: D. Alberto José Gonçalves. 2006. Tese (Doutorado em HIstória) - Universidade Estadual Paulista, Franca.
Tipo de proteção: Tombamento provisório Órgão de proteção: CONPPAC Instrumentos legais de preservação: Resolução: 09/2010 DOM 17/01/2011
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Capela do Marista RUA BERNARDINO DE CAMPOS, N. 550
OS IRMÃOS MARISTAS PERTENCEM A UMA DAS VÁRIAS CONGREGAÇÕES RELIGIOSAS devotadas à Virgem Maria; a congregaçãodos Pequenos Irmãos de Maria foi fundada em 1817, por Marcellin Champagnat, e é formada por religiosos leigos que tem no ensino a sua principal atividade. Marcellin (oi Marcelino) Champagnat fundou na França o Instituto dos Irmãos Maristas com o objetivo de formar educadores, e auxiliar a juventude mergulhada na ignorância, na degradação moral e social. A partir de então os Maristas se estabeleceramem 77 países. No Brasil, os Irmãos Maristas chegaram no 15 de outubro de 1897, estabelecendo-se na cidade de Congonhas do Campo, MG, posteriormente, expandiramse para outras regiões do país. Irmãos Maristas em Ribeirão Preto Os primeiros Irmãos Maristas chegaram em Ribeirão Preto, SP, em 30 de dezembro de 1937. As atividades pedagógicas foram iniciadas em 08 de fevereiro de 1938, com a inauguração da escola denominadade Colégio Nossa Senhora Aparecida, na atual rua Bernardino de Campos, 550. Em 12 de fevereiro de 1938 foi celebrada a primeira na escola.
Com a preocupação de dotar os seus alunos de uma formação religiosa foi construída uma grandiosa capela das dependências da escola. A capela foi inaugurada em 11 de junho de 1946, quando foi celebrada uma missa pelo Bispo Diocesano Dom Manoel Silveira D Elboux. O autor do projeto da capela, o engenheiro Armindo Paione, figura como nome de logradouro público em Ribeirão Preto; Armindo Paione figura como autor, juntamente com Brás Paione, do prédio da Estação Ferroviária de Varginha -MG, inaugurado em 1934. Sobre os aspectos arquitetônicos do imóvel em questão, trata-se de um exemplar de arquitetura eclética, com a marcante presença de elementos que caracterizam este estilo arquitetônico, tais como o uso diversificado de materiais e formas.
Tipo de proteção: Tombamento definitivo municipal Órgão de proteção: CONPPAC Instrumentos legais de preservação: Aguardando publicação de decreto
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Igreja Santo Antoninho Pão dos Pobres AV. DA SAUDADE, 222
FUNDAÇÃO DA CAPELA DE SANTO ANTÔNIO DOS POBRES - Conforme Tognetti (s/d) , o fundador da Capela de S. Antonio dos Pobres foi Alfredo Vianna Pinto de Souza. Em 27 de novembro de 1902, foi emitida uma Provisão pelo Bispo de São Paulo, Dom Antonio Candido de Alvarenga, autorizando a benção da Capela de S. Antonio, podendo a partir de então ser nela celebradas
missas e demais ofícios divinos. Esta autorização foi emitida a partir de uma representação feita por Alfredo Vianna, freguês da Paróquia de Ribeirão Preto. Ainda conforme Tognetti (s/d), a benção da Capela Mor de S. Antonio (dos Pobres), localizada na Rua Saldanha Marinho,foi realizada no dia 10 de maio de 1903, a cerimônia foi conduzida pelo Padre Euclides Gomes
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Carneiro. Nesta ocasião foi realizada uma procissão acompanhada por: Padre Euclides; Frei Eugenio do Carmo, superior da Congregação Agustiniana; Alfredo Vianna Pinto de Souza, fundador da capela de Santo Antonio dos Pobres e Frei Ângelo Sagastino da Congregação Augustiniana. A ata de benção da Capela deixa claro que a fundação da Capela coube a Alfredo Vianna Pinto de Souza. Conforme documento encontrado no Fundo JPM, do Arquivo Público e Histórico de Ribeirão Preto, o terreno onde foi construída a capela foi doado pelo Cel. Manoel Maximiano Junqueira e sua mulher Amélia Junqueira, por escritura de 3 de outubro de 1898, transcrita sob n. 7007, às fls. 37, do Livro 3 I, do Cartório de Registro Geral. Após a constituição da Confraria de S. Antonio dos Pobres em 1901, a capela foi construída e inaugurada em 1903. Descrição da Capela: A Capela comportava entre 300 e 400 pessoas. Havia somente um confessionário utilizado pelas mulheres enquanto os homens faziam as suas confissões na sacristia. No ano de 1909 foram realizados serviços de carpintaria para a construção dos dois altares laterais, foi adquirida uma imagem de São José e uma
estátua de Santa Luzia. Em 1913 foram realizadas as seguintes obras na Capela: pintura, colocação de piso ladrilhado, balaústre de mármore e construção de um chalé de madeira para a realização de quermesses. Foram adquiridos 24 cadeiras trabalhadas com torno e 14 bancos confeccionados por Bartolo Rigon (TOGNETTI, s/d). No ano de 1914 foi feita a restauração da torre do santuário, trabalho este realizado por Carlos Barberi. No ano de 1919 foram realizadas novas obras e melhoramentos na capela: novo piso em ladrilho do presbitério e conserto do telhado, trabalhos estes realizados pelo pedreiro Franceschini. Em 27 de fevereiro de 1935, o arquiteto e construtor Guilherme Losada requereu junto a Prefeitura Municipal, autorização para construção de um gradil.
Tipo de proteção: Tombamento definitivo municipal Órgão de proteção: CONPPAC Instrumentos legais de preservação: Aguardando publicação de decreto
Procissão religiosa da sexta-feira da Paixão, no centro da cidade, na década de 40
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Igreja Santo Antônio de Pádua RUA PARAÍBA, 767
O PRIMEIRO TEMPLO RELIGIOSO CONSTRUÍDO em Ribeirão Preto em louvor a Santo Antonio, foi aCapela de S. Antonio dos Pobres, na antiga rua Saldanha Marinho (atual Av. da Saudade). Em 27 de novembro de 1902, foi emitida uma Provisão pelo Bispo de São Paulo, Dom Antonio Candido de Alvarenga, autorizando a benção da Capela de S. Antonio, podendo a partir de então ser nela celebradas missas e demais ofícios divinos. Esta autorização foi emitida a partir de uma representação feita por Alfredo Vianna Pinto de Souza, fundador da capela. Em 10 de maio de 1903, foi realizada a benção da Capela, sob a coordenação do Padre Euclides Gomes Carneiro. A capela de Santo Antonio dos Pobres e a Associação de Santo Antonio foram administradas, entre 1908 e abril de 1919, pelos padres Escalabrinianos (ou Missionários de São Carlos), assim chamados em homenagem ao sobrenome do fundador da ordem D. João Batista Scalabrini. Em seguida, a partir de novembro de 1919, a administração ficou a cargo dos Monges de Nossa Senhora de Monte Oliveto, ou Olivetanos, como são comumente chamados. A Pia União Diocesana de Santo Antonio, cujos associados contribuíam para a manutenção da capela e dos serviços religiosos, foi criada em 1914, pelo Bispo Dom Alberto José Gonçalves (1908-1945) para atender principalmente a grande colônia italiana. Possivelmente, tenha sido a sucessora da Associação de Santo Antonio, constituída anteriormente. Os Olivetanos chegaram a Ribeirão Preto em 1919 e vieram substituir os padres Scalabrinianos que deixaram Ribeirão Preto “a fim de aumentar o número de padres no Rio Grande do Sul” (Tognetti, 1985, p. 22). A partir de então a Capela de Santo Antônio e a Pia União de S. Antonio ficaram sob a responsabilidade dos Olivetanos. A capela de Santo Antonio, inaugurada em 1903, na rua Saldanha Marinho, tornara-se pequena: comportava entre 300 a 400 pessoas, havia apenas um confessionário, usado pelas mulheres, os homens se confessavam na sacristia.
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Assim, os padres Olivetanos começaram a conceber a ideia de construção de um novo templo. Foi adquirido um terreno “na estrada de acesso” (Tognetti,1985, p. 63) e em 18 de junho de 1922 foi lançada a pedra fundamental. A nova igreja Santo Antônio foi projetada pelo engenheiro César Formenti, de Milão, Itália. Foi concebida com 57 metros de comprimento por 29 de largura. As obras continuaram durante os anos de 1923 e 1925, e aos poucos foi sendo erguido o grandioso templo e convento. Em 1930 a igreja já estava coberta e foi aberta ao público. Em 1934 a nova Igreja de Santo Antonio, na rua Paraíba, estava em funcionamento e os padres transferiram residência para o prédio ao lado do novo templo. O altar mor da igreja foi oferecido por Theolina Junqueira-Sinhá Junqueira, em memória do seu marido Quito Junqueira, falecido em novembro de 1938. No ano de 1940 os Padres Beneditinos Olivetanos entraram com um pedido
junto a Prefeitura Municipal para ampliar o prédio anexo à igreja. Em 15 de março de 1947 foi criada a Paróquia de Santo Antônio de Pádua, desmembrada do Curato da Catedral e da paróquia de Vila Tibério. A paróquia foi erigida por Dom Manuel da Silveira D’Elboux, Bispo Diocesano de Ribeirão Preto entre 1946 e 1952. A igreja construída pelos padres Olivetanos, passou a ser a Igreja Matriz da nova paróquia, conservando-se o mesmo orago: Santo Antonio.
Tipo de proteção: Tombamento provisório Órgão de proteção: CONPPAC Instrumentos legais de preservação: Aguardando publicação de decreto
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Igreja Nossa Senhora do Rosário R MARTINICO PRADO, 599
A PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO, no bairro Vila Tibério, foi criada em 12 de março de 1914. Esta paróquia foi instituída durante o bispado de Dom Alberto José Gonçalves, primeiro Bispo Diocesano de 1908 a 1945. A construção da Igreja Nossa Senhora do Rosário foi iniciada em 1918, quando em 02 de junho foi lançada a pedra fundamental da obra. A inauguração da igreja ocorreu em 24 de dezembro de 1919. No projeto da igreja não há menção do autor. A igreja está localizada de frente à Praça Coração de Maria (nome da praça ratificado pelo Ato n. 75/ 1939 da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto), no bairro Vila Lobato – Vila Tibério. O seu primeiro pároco foi o padre Waldomiro Griza, quem iniciou os trabalhos de construção da igreja. Antes da construção os serviços religiosos eram realizados na antiga sede da Sociedade Alemã, na rua Gonçalves Dias, prédio este dado ao Botafogo Futebol Clube. Posteriormente, as missas foram realizadas numa capela construída no pátio da ruaMartinico Prado, ao lado da atual Matriz. Em 1934 foi elaborado estudo para a instalação de um sistema de iluminação para a praça da Igreja Nossa Senhora do Rosário. Nesta época havia um coreto na praça onde ocorriam apresentações musicais sob a regência dos
maestros José Delfino, Ignácio Stábile, entre outros. No ano de 1969, era vigário substituto da paróquia de Vila Tibério o padre Antonio Gomes. Em 1972 o padre José Batista Rezende liderou uma campanha para angariar fundos para a reforma e restauração da igreja Nossa Senhora do Rosário. Foi composta a Comissão Pró-reforma da Igreja Matriz de Vila Tibério, presidida por Celso Zanato e composta pelos membros: Rubens Lombardi, Waldir Paulim, Pedro Amâncio dos Santos, Jordano Paulim, José Roberto da Silva Neto, Geraldo Amâncio dos Santos, Waldomiro Arcencio Costa, Anatalicio Cavalheiro, Pedro Sancyes Bueno, Flávio Degani e Pedro Antônio Gati. Nesta ocasião foi reconstruída a torre, originalmente erguida em madeira com revestimento de cimento, realizados serviços de pintura, limpeza e renovação das calhas, etc.
Tipo de proteção: Tombamento definitivo municipal Órgão de proteção: CONPPAC Instrumentos legais de preservação: Aguardando publicação de decreto
Palacio Episcopal de RibeirĂŁo Preto, localizado na Rua Lafaiete, 452
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Capela e antigo pavilhão da santa casa de misericórdia AV SAUDADE
Tipo de proteção: Tombamento provisório Órgão de proteção: CONPPAC Instrumentos legais de preservação: Resolução n. 04/2009. DOM: 04/12/2009.
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Em 23 de setembro de 1896 foi instituída a Sociedade Beneficente de Ribeirão Preto, uma associação de caridade que se propunha a criar um hospital para atender pacientes que não tinham condições de custear um tratamento de saúde. Em 1899 as obras de construção da “casa de misericórdia”já haviam sido iniciadas e a Câmara aprovou destinação de verba para a conclusão das obras, assim como uma subvenção anual a ser destinada para a entidade a partir do exercício de 1900. Em 1902, durante as comemorações do dia de São Sebastião (20 de janeiro), o santo padroeiro da cidade, em meio aos festejos realizados
no jardim, houve uma grande explosão. Um morteiro (dispositivo pirotécnico de ferro, provido de porção de pólvora que, queimada, faz disparar projéteis) defeituoso explodiu acidentalmente ferindo várias pessoas. A força da explosão foi tal que as vidraças do Theatro Carlos Gomes e diversas residências da rua Duque de Caxias foram estilhaçadas. Várias pessoas ficaram gravemente feridas e uma mulher foi atingida e morreu no local. Embora as obras do hospital não estivessem terminadas, diante do acidente com o morteiro, o Intendente Jéferson Barreto, no dia 03 de março de 1902, instalou oficialmente o hospital da Sociedade Beneficente. Foram nomeados o Sr. Antonio de Paula Barreto Ramos como zelador do hospital, um servente e um cozinheiro para atender os feridos do acidente com o morteiro. Em 22 de dezembro de 1902, padre Euclides Gomes Carneiro (1879-1945) chegou a Ribeirão Preto designado para auxiliar o Monsenhor Joaquim Antônio de Siqueira, vigário de Ribeirão Preto. No ano de sua chegada até final de março de 1903, uma grave epidemia de febre amarela assolou Ribeirão Preto. Padre Euclides assumiu a presidência da Sociedade Beneficente em meio a epidemia, além disso, as obras do hospital estavam paralisadas. Padre Euclides conseguiu junto ao Cel. Francisco Schmidt a doação de 30 contos de réis para o término das obras. Além disso, conseguiu autorização de Dom Alberto José Gonçalves, para trazer para Ribeirão Preto as irmãs Salesianas para auxiliá-lo no cuidado dos enfermos. Em 1910 o hospital foi denominado oficialmente de Santa Casa de Misericórdia. Padre Euclides ficou a frente da administração da Santa Casa até 1915, quando foi transferido para São José do Rio Pardo. Em 01 de agosto de 1915, o Cel. Saturnino de Carvalho assumiu interinamente a presidência da Sociedade Beneficente. No dia 03 de outubro de 1915, o médico João Leopoldo da Rocha Fragoso foi nomeado provedor do hospital. A partir de 1915, novas construções foram realizadas: pavilhão de residência das irmãs Salesianas, iniciado na administração de Rocha Fragoso e terminado em 13 de junho de 1919; e o pavilhão Pereira Barreto, projetado pelo engenheiro municipal Antônio Soares Romeo, inaugurado em 15 de novembro de 1923. Estes prédios foram inaugurados durante a provedoria de Antonio Carlos Tinoco Cabral. Em 1938 as irmãs Salesianas foram substituídas pelas irmãs Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus e, em dezembro de 1989 as religiosas deixaram em definitivo de prestar serviços na Santa Casa. No ano de 1952 foi construída a nova capela.
Praรงas
Praça da República denominada Praça da Bandeira em 1941 - Imagem: J. Mattos
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Praça Aureliano de Gusmão (Sete de Setembro)
QUADRILÁTERO FORMADO PELAS RUAS SETE DE SETEMBRO, LAFAIETE, FLORÊNCIO DE ABREU E FLORIANO PEIXOTO
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Tipo de proteção: Tombamento provisório municipal Órgão de proteção: CONPPAC Instrumentos legais de preservação: Ata de reunião ordinária de 4/10/2005, o CONPPAC votou favorável ao tombamento provisório. Resolução de Tomb. Provisório 07/05.
Pavilhão de Música, Coreto da Praça XV de Novembro
Praรงa XV de Novembro com o antigo Theatro Carlos Gomes ao fundo
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Praça XV de Novembro CENTRO
Tipo de proteção: Área de ambiência ( por conta do Tombamento do Quarteirão Paulista). Órgão de proteção: CONDEPHAAT e CONPPAC
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Praça Luiz de Camões RUA BERNARDINO DE CAMPOS
Tipo de proteção: Tombamento provisório municipal Órgão de proteção: CONPPAC Instrumentos legais de preservação: Ata de reunião ordinária de 4/10/2005, o CONPPAC votou favorável ao tombamento provisório. Resolução de Tomb. Provisório 09/05.
Praça Francisco Schmidt, construída pelo prefeito João Rodrigues Guião
Praรงa XV de Novembro com a Fonte Luminosa em frente ao Theatro Carlos Gomes
PĂşblico & Privado
Rua General Osório, a principal do comércio em 1940
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Avenida Jerônimo Gonçalves A AVENIDA JERÔNIMO GONÇALVES É A VIA QUE MARGEIA O RIBEIRÃO DENOMINADO PRETO; o nome da cidade de Ribeirão Preto advém desse córrego. A avenida inicia na confluência da Avenida Fábio Barreto com a Avenida Dr. Francisco Junqueira (anteriormente denominada rua Dr. Cesário Mota - em 1897 e, Avenida do Café - em 1927) e segue na direção sudeste, paralela às ruas José Bonifácio e Augusto Severo. O nome da avenida foi atribuído por meio da Lei n. 32, de 29 de junho de 1897 (Artigo 2); o nome foi ratificado através do Ato n. 75, de 05 de setembro de 1939. A Avenida Jerônimo Gonçalves é um dos primeiros referenciais viários da cidade, no seu entorno foram instalados, ao longo do tempo, inúmeros
edifícios, equipamentos e complexos comerciais, industriais e de transporte, como por exemplo, a Estação Ribeirão Preto da Cia. Mogiana, armazéns, rotunda, fábricas de cerveja (Antarctica e Paulista), Mercado Público Municipal, Estação de Jardineiras, Estação Rodoviária, hotéis, etc. As obras iniciais de intervenções urbanas realizadas na avenida Jerônimo Gonçalves e em seu entorno, datam da década de 1880, mais precisamente a partir do ano de 1883 com a chegada da Cia. Mogiana de Estradas de Ferro. Estas obras responderam a princípio, à necessidade de saneamento dos córregos da cidade, em função da epidemia de febre amarela e, posteriormente, aos postulados de “limpeza e embelezamento”
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empreendidos durante as décadas de 1910 e 1920 (Relatório da Presidência da Câmara de 1925, p. 10). Foram executadas também algumas obras para combater as enchentes, fenômeno este recorrente naquela avenida. A partir da década de 1930, com a crise da economia cafeeira e o declínio do transporte ferroviário ocorrido na década de 1960, foram empreendidas obras de demolição do complexo ferroviário. Paralelamente ao desmanche do complexo ferroviário instalado junto a Avenida Jerônimo Gonçalves, novos equipamentos foram instalados na avenida, como por exemplo, o Pronto Socorro Municipal e a Estação Rodoviária (década de 1970). As primeiras palmeiras plantadas nos arredores da Avenida Jerônimo Gonçalves datam de 1903 e localizavam-se próximo ao mercado municipal (antigo mercado inaugurado em 1900 e destruído por um incêndio em 1942). Entre 1913
e 1927 foram realizados outros plantios de palmeiras, inicialmente realizados por Max Bartsch, então Jardineiro contratado pela Prefeitura Municipal e por Cassiano Esteves, funcionário da Prefeitura entre os anos de 1913 e 1916. Em 2010, em razão de obras de contenção de enchentes foram retiradas inúmeras palmeiras do canteiro central da Avenida Jerônimo Gonçalves.
Tipo de proteção: Tombamento definitivo municipal Órgão de proteção: CONPPAC Instrumentos legais de preservação: Resolução 09/2004. Aguardando publicação de decreto
Rua Saldanha Marinho em 1929
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Antiga Casa de Câmara e Cadeia RUA CERQUEIRA CESAR, 383
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EM 1883, A CÂMARA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO PRETO formou uma comissão para escolha do local para a instalação da Casa de Câmara e Cadeia. O lado oposto a frente da Matriz foi a área escolhida para a construção do prédio, cujas obras se iniciaram em 1886, e interrompidas em 1887, assim permanecendo até 1889, quando a Assembléia Provincial autorizou a liberação de 3 contos de réis para continuidade das obras. Neste mesmo ano, apesar da construção inacabada, houve a transferência
dos presos para o novo prédio, onde funcionaria a cadeia pública até 1904. A Câmara Municipal, possivelmente, funcionou neste local, no pavimento superior, somente no período próximo a 1890-1892,permanecendo em funcionamento em casas alugadas até o ano de 1908. Nesse ano o prédio foi reformado para abrigar o Paço Municipal (Câmara e Prefeitura) que ali permaneceu até 1917, ano em que foi inaugurado o Palácio Rio Branco.
Tipo de proteção: Tombamento definitivo municipal Órgão de proteção: CONPPAC Instrumentos legais de preservação: Resolução 14/04 - DOM de 26/07/04. Publicação de errata – correção do nº p/ 371 01/12/04. Decreto Municipal 060/03 de 17/03/03 Patrimônio Histórico e Decreto Municipal n° 443 de 22/12/04 -Tombamento. Tombo n° 0001.
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Antiga Fábrica das Indústrias Reunidas Matarazzo (Cianê) AVENIDA COSTA E SILVA, 1111
O TOMBAMENTO É RESTRITO AS FACHADAS DOS TRÊS GALPÕES principais, área de circulação entre os galpões (piso paralelepípedos), esquadrias, volumes arquitetônicos e cobertura, ficando permitidas as adaptações necessárias quanto a acessibilidade e ocupação; fica definido como área abrangência os limites do lote. Os galpões remanescentes do complexo industrial IRFM–Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo,
deixou marcas profundas na constituição dos bairros Ipiranga e Campos Elíseos, famílias instalaram-se perto da fabrica, ruas foram abertas, escolas foram fundaram assim as máquinas de tecelagem também tecia o cotidiano dos bairros. Francisco Antonio Maria Matarazzo, conhecido como Conde Francisco Matarazzo, que veio da Itália para o Brasil em 1881 e estabelecia-se em Sorocaba onde fundou uma empresa de produção e comercio de banha de porco,
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em 1890 fundou com seus irmãos aIndústria Matarazzo & Irmãos, em 1891 foi dissolvida dando lugar à companhia Matarazzo S.A. Em 1900 na capital paulista fundou uma fábrica de trigo. Francisco ampliou e diversificou seus negócios para embalar o trigo que importava, começou uma tecelagem do caroço do algodão iniciou a produção de óleo. Em 1911 ele fundava a IRFM, que chegaram em Ribeirão preto em 1935 instalando-se na rua Saldanha Marinho com uma beneficiadora de algodão, já em 1945 foram iniciadas as obras para instalar a fábrica no Campos Elíseos, a inauguração ocorreu em 22 de junho de 1946, mas só foram concluídas as obras em 1951. A fábrica fez com que a econômica local alavancasse de uma forma considerável. Em 1976 haviam 4200 funcionários. Em novembro de 1981 a Matarazzo vai a falência. O complexo
foi adquirido pela Companhia Nacional de EstampariaCIANÊ, mas em 1994 abre falência, neste mesmo ano a Câmara Municipal declara de valor Histórico e cultural o conjunto arquitetônico, pela lei municipal nº 6. 826 e em 2002com a lei nº 507 “destomba” o complexo, havendo um projeto que pretendia instalar o Terminal Rodoviário, mas a comunidade se mobilizou contra a ameaça de demolição dos galpões.
Tipo de proteção: Tombamento definitivo Órgão de Proteção: Conppac
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Palácio Rio Branco PRAÇA BARÃO DO RIO BRANCO, S/N°
O EDIFÍCIO DENOMINADO PALÁCIO RIO BRANCO, foi inaugurado como Paço Municipal (sede da Câmara e Prefeitura) em 26 de maio de 1917. Este prédio veio substituir as antigas instalações da Câmara e Prefeitura sediadas no prédio de Câmara e Cadeia, localizado na Rua Cerqueira César 365 (endereço atual). A solenidade de inauguração aconteceu às 13h sob a presidência do coronel Francisco Schmidt (presidente da Câmara), e estiveram presentes o prefeito Joaquim Macedo Bittencourt, autoridades diocesanas, judiciais, policiais, vereadores, funcionários públicos e outros convidados. O Governo Municipal (Câmara e Prefeitura) funcionou no Palácio Rio Branco até 1956, quando a Câmara foi transferida para o antigo prédio da Sociedade Recreativa, na Rua Barão do Amazonas n. 323 (número atual). A partir do ano de 1956 o Palácio Rio Branco passou a sediar somente a Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto. Em 1921 o presidente da República Epitácio Pessoa visitou Ribeirão Preto e foi feito um baile de gala no Salão Nobre em sua homenagem. No dia 20 de julho de 1938 às 19h00, foi realizada no Salão Nobre a recepção oficial ao Presidente da República Getúlio Vargas; diversas
autoridades e personalidades foram recepcionadas no Palácio Rio Branco. A construção do edifício foi autorizada pela Câmara em 24 de outubro de 1914 por deliberação dos vereadores: Cel. Francisco Schmidt, Dr. Veiga Miranda, Joaquim Macedo Bittencourt, Cel. Manoel Maximiano Junqueira, Sr. Renato Jardim, Major Augusto Junqueira, Cel. Saturnino Correa de Carvalho, Cel. José de Castro, Cel. José Martiniano da Silva e Dr. João Alves Meira Júnior. O projeto do edifício é de autoria do engenheiro Antonio Soares Romeo, auxiliado pelo construtor José Michelletti. A decoração do pórtico exterior (que dá acesso à entrada principal) foi feita pelo pintor Carlos Baraldi; os serviços de carpintaria foram feitos por José Barbosa, Mario Nakamura e o estabelecimento de AntonioDiederichsen. A fachada foi executada por José Pontan. O serviço de iluminação foi feito pela Empresa Força e Luz de Ribeirão Preto e todo o mobiliário e tapeçaria foram adquiridos no Liceu de Artes e Ofício, Casa Alemã, Casa Coimbra, Domingos Innecchi& Filho, entre outras. O projeto custou à Prefeitura 216 mil réis e começou em agosto de 1915 com término em abril de 1917. No dia 3 de agosto de 1915 foi lançada a primeira pedra fundamental.
Tipo de proteção: Tombamento Provisório.Valor histórico e artístico. Tombamento definitivo sem decreto dia 06/09/11 Órgão de proteção: CONPPAC Instrumentos legais de preservação: Resolução n. 05/2009. DOM: 04/12/2009. Lei n.º 5.243 de 28 de março de 1.988 considera de valor histórico e artístico.
Rua Ă lvares Cabral onde esteve o DiĂĄrio da Manha, um jornal fundado em 1898
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Mercado Municipal (Mercadão) RUA SÃO SEBASTIÃO, 130 - CENTRO
O NOVO MERCADO - 1958: Após o incêndio que destruiu o prédio do primeiro mercado em 1942, foram iniciados uma série de discussões, estudos e projetos para a construção de um novo mercado. O incêndio do antigo mercado ocorreu num período de transição política, quando, após o final do Estado Novo, estava à frente do executivo municipal um prefeito nomeado pelo Interventor do Estado. Somente em 1948, após a realização de eleições diretas, José de Magalhães tomou posse como Prefeito Municipal de Ribeirão Preto. Em 31/12/1948 as barracas improvisadas, existentes no local do antigo mercado, foram interditadas pelo Departamento de Saúde do Estado (Mercado, pasta 41).
Em 02/12/1948, foi promulgada a lei n. 68, autorizando a Prefeitura Municipal a promover uma concorrência pública para construção do Mercado Municipal (Relatório 1951). Em março de 1949, o Engenheiro Chefe da Prefeitura Municipal, Nélson Rodrigues Nóbrega, apresentou ao Prefeito José de Magalhães uma proposta para construção de um novo mercado. Ainda durante o governo de José de Magalhães,foram promulgadas as leis: n. 146, de 04/07/1950, autorizando o Prefeito a construir prédios destinados ao funcionamento do Mercado e Estação de ônibus; n. 226, de 18/03/1952, autorizando a Prefeitura Municipal a contrair empréstimo junto ao Governo do Estado, para execução de obras e
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melhoramentos, entre eles, a construção do Mercado Municipal. Em 1951 foi realizada a demolição dos resquícios do antigo prédio do Mercado, obra esta realizada pelo Departamento de Engenharia da Prefeitura Municipal, sob a chefia do engenheiro Cícero Martins Brandão (Relatório PM, 1951). Durante o governo do Prefeito Alfredo Condeixa Filho (1952-1955), foram realizados novos estudos e projetos para a construção de um novo mercado: em 04/08/1953, o engenheiro Nélson Rodrigues Nóbrega, então Diretor do Departamento de Engenharia, apresentou um novo projeto para construção do prédio do mercado (Proc. Adm. 5985/1953). Foram também apresentados projetos por: Octávio Terreri e Empresa Federal de Construção. Após a renúncia do Prefeito Condeixa, José Costa assumiu o cargo de Prefeito Municipal e promulgou a Lei n. 434, de 04/10/1955, autorizando a abertura de concorrência para construção de entreposto e mercados municipais, concessão de domínios e desapropriações. Apesar das iniciativas durante os governos de José de Magalhães, Alfredo Condeixa Filho e José Costa, os prédios do Mercado Municipal e da Estação de Ônibus não foram construídos. Somente em 1957, durante a gestão do prefeito Costábile Romano, foram iniciadas as obras de construção do novo mercado. A construção do novo mercado teve início em 1957, na mesma praça onde existiu o antigo mercado. O projeto ficou a cargo do Departamento de Viação e Obras Públicas da Prefeitura Municipal, órgão este que se incumbiu da elaboração da planta para construção do prédio do mercado. O autor do projeto do novo mercado, muito ptovavelmente, foi Jaime Zeiger, então Diretor do Departamento de Viação
e Obras Públicas em 1958. Quanto à data de inauguração do novo mercado consta que foi realizada no final do ano de 1958 (Relatório 1956-1958), possivelmente em 28 de setembro de 1958. Desde a sua inauguração, o Mercado Municipal se destina à venda de gêneros alimentícios a varejo para o abastecimento da população. MURAL DE BASSANO VACCARINI: Na parede externa do prédio do Mercado Municipal há um mosaico (mural de azulejos) de autoria do artista plástico BassanoVaccarini, realizado em 28 de setembro de 1958 (GUIA DE MONUMENTOS EM LUGARES PÚBLICOS DE RIBEIRÃO PRETO, 2008). LEGISLAÇÃO REFERENTE À PROTEÇÃO E VALORIZAÇÃO DO MERCADO MUNICIPAL COMO UM ESPAÇO DE INTERESSE CULTURAL. Lei 6597, de 20/01/1993 – considera de valor histórico o imóvel onde está instalado o Mercado Municipal; Lei 9050, de 19/12/2000 – denomina próprio público “Mercado Municipal Costábile Romano” (a denominação será dada por decreto a ser baixado pelo Chefe do Executivo Municipal); Lei 10250, de 08/11/2004 – declara o “Mercado Municipal” ponto turístico do município.
Tipo de proteção: Tombamento Definitivo Municipal Órgão de proteção: CONPPAC Instrumentos legais de preservação: Lei ordinária municipal n. 6597 de 20/01/1993 Tombamento Definitivo Municipal Decreto nº 334 de 17/12/2010 .
Córrego do Retiro próximo à rua Sete de Setembro
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Hospital Santa Teresa RUA ALDEMO PERDIZZA, 495
AS PRIMEIRAS EDIFICAÇÕES fazem parte do conjunto arquitetônico de uma fazenda de café, anterior a 1911, que descreve o imóvel denominado "Sítio do Cafesal", na fazenda do Retiro, de Américo Baptista da Costa e sua mulher dona Francisca Isordina de Moraes. Em 1917, foi instalado neste área o "Posto Zoothechnico Federal de Ribeirão Preto", Diversos prédios foram construído para abrigar o referido posto, isto pode ser constatado no projeto de 9 de maio de 1928, que se encontra no Arquivo Municipal na pasta 602/1928 (APHRP; Proc. Adm 02 2004
015 495 1, fl. 48). A área onde se localiza hoje o Hospital Santa Teresa foi utilizada para diversas finalidades em diferentes períodos de tempo; sendo que para cada tipo de ocupação, conforme os resultados das pesquisas até o momento realizadas, foram efetivadas reformas e construções, modificações, intervenções e adequações para as diferentes finalidades destinadas àquela área. O nome Santa Teresa, pelo qual a área bem como o Hospital é hoje conhecido, refere-se à Estação Santa Teresa da Cia. Mogiana, criada no século 19, inicialmente, para
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atender o escoamento da produção do café da Fazenda Santa Teresa e adjacências. Datam de 1911 as primeiras iniciativas para a destinação daquela área para um uso institucional, ou seja, a instalação do Posto Zootécnico. A área destinou-se ainda para a instalação do Patronato Agrícola, do 3ª Batalhão, até que em 1944 foi instalado o Hospital. Fazenda Santa Theresa: fazenda de propriedade de Francisca Maria do Val. Com uma área de 1.300 alqueires, onde encontravam-se plantados 800 mil pés de café, alcançou uma média anual de produção de café de 100 mil arrobas (média calculada entre os anos de 1905 e 1911). A fazenda era administrada por Theotonio Monteiro de Barros (administrador desde 1897, uma vez que sua proprietária Francisca do Val residia na cidade de São Paulo (num palacete na Alameda dos Bambus). A população operária da fazenda Santa Teresa contava com uma população entre 1300 a 1500 pessoas (1/4 de origem espanhola e o restante italiana). O café era transportado até a Estação Santa Teresa da Cia. Mogiana, que ficava a meia hora de percurso da sede da fazenda, por grandes carroções puxados por mulas e bois. Estação Santa Thereza: a Estação foi inaugurada em 15 de novembro de 1896 e integrava o aglomerado de linhas que constituíam a rede férrea da Cia. Mogiana (total de 198 estações e 27 postos). Posto Zootécnico: na sessão da Câmara do dia 16/março de 1911 o então Prefeito Municipal Joaquim Macedo de Bittencourt comunicou que estivera em Ribeirão Preto o Sr. Atnassof, enviado do Ministério da Agricultura, numa visita para estudar a possibilidade de instalar no município um Posto Zootécnico Federal, para tanto necessitaria de uma área de 60 alqueires. A propriedade de Américo Baptista da Costa e sua mulher Francisco Isordina de Moraes – Antônio Ignácio da Costa e sua mulher Maria da Glória Ramos da Costa, denominada de Sítio Cafezal (da fazenda do Retiro), com uma área
de aproximadamente 48 e meio alqueires, possuindo edificações, cafezais, outra cultura, pastos e matas, foi adquirida pela Câmara Municipal em junho de 1911 para a construção do Posto. O mesmo era equipado com: máquinas para beneficiar café, instrumentos para cultivo da terra, mobiliário, animais de tiro e reprodutores. Em 11 de junho de 1917 a União dos Estados do Brasil passou o imóvel para a municipalidade de Ribeirão Preto. Patronato Agrícola: Em 1920 foi discutido pela Câmara as propostas do Prefeito João Rodrigues Guião para cessão do Posto Zootécnico à União, mediante compensações, para naquele local ser instalado uma escola profissional ou instituto correcional; foi então instalado o Patronato Agrícola Regente Feijó, destinado ao abrigo e atividades educacionais para menores. Hospital dos Psicopatas Santa Teresa: em 1937 foi decretada a criação do Hospital de Psycopatas de Ribeirão Preto, a ser instalado na área ocupada pelo Patronato Agrícola de Ribeirão Preto, com a inauguração programada para o ano seguinte. O decreto previa reformas para a instalação do hospital. Em 30 de dezembro de 1940, através do decreto n. 11.688 (revogando a instalação), a ideia da instalação de um hospital regional de insanos naquele local foi abandonada. Naquela área foi então instalado o quartel do 3º Batalhão da Força Pública, que estava em vias de ser transferido para as cidades de Batatais ou Franca. A certidão de nascimento do Hospital Santa Teresa foi um telegrama datado de 29/fevereiro/1944 enviado à Estação Santa Teresa da Cia. Mogiana, “[...] comunicando a transferência de 20 internados do sexo masculino do Hospício de Juqueri para o Hospital de Insanos de Ribeirão Preto.” (GUIMARÃES, 2001, p. 21). Assim, finalmente em 1944, foi criado o Hospital de Insanos, conhecido como Hospital Santa Teresa, pelo Interventor Federal do Estado de São Paulo (governador) Adhemar de Barros.
Tipo de proteção: Tombamento Definitivo municipal Órgão de proteção: CONPPAC Instrumentos legais de preservação: Resolução 03/2004, DOM 16/07/2004 - Aguardando Publicação de Decreto.
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Hotel Brasil GENERAL OSÓRIO , 20
O PEDIDO PARA APROVAÇÃO DO PROJETO DE CONSTRUÇÃO DE UM GRANDE HOTEL, de propriedade de Vicente Viccari, foi encaminhado à Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto em abril de 1921. O projeto, de autoria do engenheiro Antônio Soares Romêo, foi aprovado pelo Prefeito Municipal João Rodrigues Guião no mesmo ano (Proc. Adm. n.42/1921 - APHRP). Com o falecimento de Vicente Viccari o prédio do hotel foi herdado por sua filha, casada com Pedro Moschini. Como havia uma cláusula que não permitia a venda do mesmo, o Sr. Pedro Moschini permutou o prédio com o Sr. Pedro Biagi, em troca de 03 imóveis da Vila Amélia e 01 chácara. No final da década de 1980, o prédio do hotel foi vendido para o empresário Maurício Marcondes de Oliveira. Construído na esquina da Rua General Osório com a av. Jerônimo Gonçalves, o Hotel Brasil foi arrendado, ainda nos anos 1930, por um imigrante chinês. Posteriormente, por um imigrante italiano e um imigrante português, que locou o hotel até o ano de 1945. Em seguida, os irmãos da família Belíssimo permaneceram a frente dos negócios
até falecerem. Mais tarde, os filhos de Antonio Belíssimo, ficaram como sucessores do arrendamento até o ano de 1982. O último locatário do Hotel Brasil foi o Sr. Sebastião Gualberto Machado e seus filhos (organização Hoteleira Machado de Campos Ltda.). O hotel entre os anos de 1930 à 1955 o hotel recebeu muitos hospedes como estadistas, membros de associações internacionais, homens de negócios e muitos times do Brasil e até da Argentina. Por força da Lei Municipal n. 6.067, de 21 de agosto de 1991 o prédio do Hotel Brasil foi considerado de valor histórico e arquitetônico
Tipo de proteção: Valor histórico e arquitetônico. Tombamento Provisório Órgão de proteção: CONPPAC Instrumentos legais de preservação: Lei n.º 6.067 de 21 de agosto de 1.991 considera de valor histórico e arquitetônico.
Antigo Banco Construtor que pertencia ao Antonio Diederichsen, localizado na esquina da rua Saldanha Marinho com SĂŁo SebastiĂŁo (1916)
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Cervejaria Paulista RUA MARIANA JUNQUEIRA, 33
FUNDADA EM 25 DE ABRIL DE 1913, A COMPANHIA PAULISTA teve como primeiro e principal incorporador o sr.HanzScherholz. As primeiras reuniões para a organização da fábrica foram realizadas na antiga sede da Sociedade Dante Alighieri, na Rua Duque de Caxias, nº 98. A primeira diretoria era composta por: João Alves Meira Junior (Presidente), Alfio Messina (Gerente) e HanzScherholz (Diretor-Técnico). Posteriormente, com a saída de Alfio Messina, o seu cargo foi confiado a José Rossi, que trabalhou na cervejaria por vários anos, ocupando cargos administrativos e técnicos; faleceu no dia 15/6/1964, em Ribeirão Preto. João Alves de Meira Júnior, o primeiro presidente da cervejaria, nasceu em Piraí, R.J., em 26/9/1875. Formado em Direito, além de ter sido um dos fundadores da Cia.
Paulista, foi o principal idealizador e construtor do Theatro Pedro II. Vereador, deputado estadual, federal, senador por São Paulo, além de delegado de polícia, vice-presidente e presidente da Câmara Municipal de Ribeirão Preto. Participou da fundação da Orquestra Sinfônica e atuou como presidente da Ordem dos Advogados de São Paulo, na regional Ribeirão Preto, cidade onde faleceu em 27/7/1952. A primeira fábrica da Companhia Cervejaria Paulistafoi instalada à rua Visconde do Rio Branco, esquina com rua Barão do Amazonas e, em 18/04/1914, foi inaugurada a nova fábrica, contruída à avenida Jeronimo Gonçalves, às margens do Ribeirão Preto, próxima a Estação da Cia. Mogiana de Estradas de Ferro; o autor do projeto foi o Arquiteto-Construtor: Baudílio Domingues. Na
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margem oposta do mesmo córrego, estava instalada a fábrica da Cia. Antárctica Paulista, também fabricante de bebidas e sua principal concorrente. As primeiras marcas de bebidas lançadas pela Cia. Cervejaria Paulista foram: Sterlina, Cristalina, Niger, Kromo, Carabbo e Zurê. Posteriormente foi lançada a cerveja Trust. Com o tempo, as cervejas Poker, Niger e Trust tornaramse as principais marcas de cervejas produzidas pela Cia. Paulista e foi sob a égide desta“trilogia” que a Cia. tornou-se conhecida, a princípio regional e depois nacionalmente. A Cia. Paulista,foi organizada com um capital inicial de Rs. 300.000$000, este foi elevado para Rs 450.000$000 em 1914 e para Rs. 1.000.000$000 em 1915. A Cia. Paulista desenvolveu-seno contexto econômico do “ciclo do café” , dos “coronéis”, dos cassinos, da imigração européia e do desenvolvimento urbano que esta economia desencadeou no interior do estado de São Paulo. Desde a sua inauguração, em 1914,até a década de 1970, a fábrica de bebidas da Cia. Paulista, juntamente com a Cia. Antárctica, gerou muitos empregos e contribuiu para a formação de mão-de-obra especializada, operariado este, formado inicialmente por imigrantes, predominantemente. Localizada às margens do córrego (Preto), que dá origem ao nome da cidade, contribuiu ainda para os melhoramentos quanto ao abastecimento de água e energia daquela região da cidade, impulsionando o crescimento do bairro de vila Tibério e região central da cidade. A Cia. Paulista foi ainda precursora dos investimentos imobiliários que injetaram significativas cifras nas finanças locais, em meio à crise iniciada em 1929. Em1927, a Cia. Paulista investiu na compra de terrenos e antigos edifícios localizados à Praça XV de Novembro e, em 1930 inaugurou um Teatro de Ópera, um Edifício Comercial e um Hotel (o chamado Quarteirão Paulista, tombado pelo CONDEPHAAT). Apesar de uma crise financeira sofrida pela Cia. Paulista nas décadas de 1930 e 1940,a fábrica continuou sua produção, baseada principalmente na marca Niger de cerveja preta, até que, em 1973, fundiu-se com a sua grande rival a Cia. Antárctica Paulista, tornando-se a Cia. Antárctica Niger. Um dos elementos mais marcantes e significativos na memória do ribeirão-pretano, sobre a Cervejaria Paulista, é o toque da “sereia”, que se fazia ouvir em todo o centro e bairros das imediações. Em 1928, a diretoria da Companhia aprovou a criação da “Hora Certa”, ou oficial de Ribeirão Preto. Para tanto, adquiriram uma “sereia” da Fábrica Siemens, medindo 80
cm de altura por 25 cm de diâmetro. A peça foi instalada em cima da torre da esquerda do prédio, numa altura de 25 m. A partir de então o silvo passou a ser ouvido, por exatos 45 segundos, às 6h00, às 12h00 e às 18h00, todos os dias. Edgar Carlos Hermanson, responsável pela assistência mecânica da “sereia”, assumiu o posto que era do pai, em 1937, e conta em reportagem do jornal “Diário da Manhã” que algumas vezes foi obrigado a tocar a “sereia” fora dos horários pré-estabelecidos. No final da 2ª. Guerra Mundial, Edgar foi acordado no meio da
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noite, por uma multidão que exigia que a “sereia” fosse tocada em comemoração ao final da guerra. O mesmo ocorreu com a chegada dos expedicionários, vindos da Itália, e em outras ocasiões especiais. O silvo acordava os trabalhadores pela manhã, definia o horário de almoço e alertava o comércio e a indústria para o fechamento de suas portas. O som extridente deixava claro que Ribeirão Preto, paulatinamente, abandonava o ritmo do campo, marcado pelo nascer e pelo pôr-do- sol, e adotava o ritmo frenético da modernidade.
Tipo de proteção: Tombamento definitivo municipal e estadual Órgão de proteção: CONPPAC E CONDEPHAAT Instrumentos legais de preservação: Decreto Municipal n° 223 de 16/07/2008. Tombo n° 0011. Resolução Estadual SC n° 52 de 01/10/2007
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Antiga Fábrica de Refrigerantes Douradinha INDUSTRIAL, 98
A EMPRESA COMERCIAL SÃO DOMINGOS LTDA., foi fundada no ano de 1948 e foi durante alguns anos a fabricante do refrigerante “Douradinha” – Comandos. Em 1952 a empresa contava com uma estrutura fabril bastante significativa: máquinas de engarrafamento especialmente importadas, máquinas para a lavagem
e esterilização dos vasilhames e uma frota de oito caminhões para o transporte e escoamento da produção. A equipe da empresa era integrada por Francisco Innecchi, engenheiro industrial responsável pelo setor técnico da empresa; por Domingos Spinelli, responsável pelo setor comercial, trabalhando também
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com a difusão, entrega, fabricação e supervisão; e por Domingos Innecchi, economista, responsável pelo setor administrativo. Além do refrigerante “Douradinha”, a empresa fabricava soda-limonada, xaropes, licores finos, vinho quinado, vinagre e aguardente pura e composta. Para a produção de aguardente a Comercial São Domingos possuía uma propriedade agrícola no município de Jardinópolis, SP, onde produzia uma cana especial. O refrigerante “Douradinha” era produzido a partir das folhas de uma planta denominada Douradinha, nativa do Brasil e encontrada no sul do Estado de Minas Gerais. Para a produção do refrigerante as folhas da planta eram expostas ao sol, secadas e esterilizadas.
Posteriormente, o refrigerante “Douradinha” passou a ser fabricado pela empresa Indústria e Comércio de Bebidas Santo Antônio, localizada na Rua Industrial, n. 98, de propriedade de Gino Alpes.
Tipo de proteção: Tombamento Provisório Órgão de proteção: CONPPAC Instrumentos legais de preservação: Resolução 05/2010. DOM 26/11/2010
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Biblioteca Cultural Altino Arantes RUA DUQUE DE CAXIAS, 547
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SEGUNDO GAETA (1993), EM 1902 O CEL. FRANCISCO MAXIMIANO JUNQUEIRA (Quito Junqueira), começou a adquirir imóveis na cidade de Ribeirão Preto, morou muito tempo na Rua Duque de Caxias, 78 e depois adquiriu o terreno ao lado, onde construiu sua nova residência, o Palacete Quito Junqueira. A compra do terreno ocorreu no ano de 1912, quando o terreno foi adquirido de Carlos Barberi. As obras de construção do palacete foram iniciadas em 1928 e finalizadas em 1932. O imóvel foi projetado pelo arquiteto Ramos de Azevedo, o mesmo que projetou o Teatro Carlos Gomes e foi durante muitos anos residência de Quito Junqueira e Sinhá Junqueira. Segundo Valadão (1997), o palacete serviu de modelo para outras residências construídas em Ribeirão Preto durante as décadas de 1930 e 1940 e constitui um exemplar de arquitetura estilo neocolonial,com as fachadas em tijolo à vista, de valor histórico para a história da arquitetura de Ribeirão Preto. Sinhá Junqueira e Quito Junqueira viveram e morreram nesta residência. Em 1947, Dona Sinhá Junqueira, já
viúva, redigiu seu testamento onde criou com sua única herdeira a Fundação de Assistência Social Sinhá Junqueira, estipulando ainda que as rendas do patrimônio e custeio da maternidade Sinhá Junqueira, na manutenção do Educandário Quito Junqueira e na instalação da Biblioteca Pública de Ribeirão Preto.
Tipo de proteção: Tombamento Provisório - Municipal. Área de ambiência - Estadual. Órgão de proteção: CONDEPHAAT e CONPPAC Instrumentos legais de preservação: Resolução n. 03/2009. DOM:04/12/2009. Lei Municipal 4524 de 17 de agosto de 1984 considera de valor histórico e artístico.
Cassino Antarctica na rua AmĂŠrico Brasiliense (1920)
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Primeiro Distrito Policial RUA DUQUE DE CAXIAS, 1048
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Tipo de proteção: Tombamento definitivo Municipal Órgão de Proteção: Conppac
O processo de urbanização de Ribeirão Preto iniciou-se no período imperial, quando já havia ocorrido a separação dos poderes judiciários/policiais das funções administrativas, a partir de então exercidas pela Câmara. A construção do prédio do antigo Fórum e Cadeia, onde atualmente funciona o Primeiro Distrito Policial, entre 1901 e 1904, é um exemplar, embora tardio, dessa nova estrutura organizacional, que promoveu a separação definitiva dos poderes judiciários policiais dos poderes administrativos, representando a materialização de uma nova ordem organizacional da sociedade brasileira.O terreno onde se localiza o imóvel, foi adquirido pela Câmara Municipal de Ribeirão Preto de vários proprietários, conforme escrituras de compra e venda, lavradas em 31/10/1900, no 1o. Tabelião [...]. A Câmara cedeu o citado terreno ao Governo do Estado para edificação do prédio do Fórum e Cadeia, em compensação (troca) pelo terreno e edifício da antiga Casa de Câmara e Cadeia, então pertencente ao Governo do Estado. Com a construção do edifício de Fórum e Cadeia na rua Duque de Caxias, o antigo prédio na rua Cerqueira César passou a sediar o Paço Municipal (Câmara e Prefeitura Municipal) , em 1908. "A solicitação para construção de um novo edifício para Cadeia da Cidade e funcionamento do Jury', foi dirigida ao Dr Alfredo Pujol, secretário de Estado dos Negócios do Interior, após decisão da Câmara em sessão [...]”, de 26/12/1900. No ano de 1901 as obras de construção do edifício da cadeia e fórum já haviam iniciado, conforme relatório da Intendência apresentado em 1901 [...]. Em 1909 o prédio estava em pleno funcionamento como Fórum e Cadeia [...]. No pátio dos fundos do edifício de Fórum e Cadeia (atual rua Duque de Caxias, 1048) foi construído o Necrotério Municipal, que ali funcionou até 1933. (Laudo Técnico, 2006)
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Rua José Bonifácio
AO QUE TUDO INDICA O SURGIMENTO DA RUA JOSÉ BONIFÁCIO está intimamente ligado às obras de intervenção e de retificação do ribeirão Preto, uma vez que o desenho original do ribeirão, em forma de serpente, alcançava o atual traçado da rua (Mapa 1). Estas obras, por sua vez, estão ligadas à instalação do complexo da Cia. Mogiana de Estrada de Ferro. Em 23 de novembro de 1883 foi inaugurada a Estação provisória localizada nas proximidades do local hoje ocupado pelo início da Avenida
Caramuru; no final de 1884, foi inaugurada a Estação definitiva, localizada próxima às margens do ribeirão Preto, de frente para a Rua General Osório - contava com Seção de Despachos de Encomendas, Área livre para Passageiros, Telégrafo, Sala de Espera e Restaurante. As obras de intervenção realizadas na avenida Jerônimo Gonçalves e em seu entorno datam, portanto, da década de 1880. Segundo os documentos oficiais da Intendência e Prefeitura Municipal, estas obras responderam também à necessidade de saneamento dos córregos da cidade, em função da epidemia de febre amarela (Relatório da Intendência de 1896, p. 9) e, posteriormente, aos postulados de “limpeza e embelezamento” empreendidos durante as décadas de 1910 e 1920 (Relatório da
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Presidência da Câmara de 1925, p. 10). As obras de retificação, aterramento e desobstrução do leito do ribeirão Preto, citadas nos relatórios oficiais, tornaram possível o saneamento da região onde hoje se localiza a rua José Bonifácio. Por meio da Lei n. 31 de 29/04/1897, assinada pelo Intendente Municipal Joaquim Estanislau da Silva Gusmão, foram confirmadas as nomenclaturas de ruas dadas em épocas anteriores, entre estas ruas consta a Rua José Bonifácio (que principia no córrego do Retiro). O nome da rua foi ratificado pelo Ato n. 75 de 05/09/1939. Por meio da Lei n. 90 de 18/05/1939, ficou ratificado o início da rua José Bonifácio e a sua trajetória: inicia na Avenida Francisco Junqueira, junto ao córrego do Retiro e segue a direção sudoeste, paralela a Avenida
Jerônimo Gonçalves e Rua Saldanha Marinho. (ARY DE LAZARI, 1974). Embora haja indícios de que a rua José Bonifácio tenha sido traçada entre as décadas de 1880 e 1890, as mais antigas referências sobre a existência de edificações e atividades comerciais na Rua José Bonifácio foram encontradas somente a partir de 1896 (data esta referente ao documento mais antigo encontrado junto ao acervo Arquivo – referente a impostos).
Tipo de proteção: Tombamento provisório Órgão de proteção: CONPPAC Instrumentos legais de preservação: Processo em tramitação sem tombamento.
Posto de Serviço Diederichsen na rua AmÊrico Brasiliense com a Saldanha Marinho (1932)
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Fazenda Monte Alegre CAMPUS DA USP
A FAZENDA MONTE ALEGRE FOI FORMADA PELO CEL. JOÃO FRANCO DE MORAES OCTAVIO, por volta de 1877, a partir de partes das terras da Fazenda Ribeirão Preto Abaixo e da Fazenda Laureano (Zamboni, 1978). Embora possuísse diversas fazendas, foi à Monte Alegre que João Franco dispensou especial atenção: plantou milhares de cafeeiros, instalou máquinas de beneficiamento de café e construiu a casa sede, possivelmente no período entre o final da década de 1870 e início da década de 1880 (Zamboni, 1978). A casa edificada por João Franco é um exemplar típico de arquitetura rural cafeeira. Construída em forma de “L” num assento de meia encosta, com a fachada principal, assobradada, voltada para o córrego Laureano e a face posterior, de um único pavimento, diretamente apoiada sobre a parte mais elevada do terreno. Em 03 de maio de 1883 a sede da Monte Alegre passou a ser servida por iluminação elétrica, com energia produzida na própria fazenda. Foi o primeiro lugar de Ribeirão Preto a utilizar iluminação elétrica -a iluminação pública da cidade foi inaugurada somente em 26 de julho de 1899. Em novembro de 1890, o alemão Francisco Schmidt, em sociedade com Arthur Aguiar Diederichsen, adquiriu a Fazenda Monte Alegre. Poucos dias após a compra,Artur Diederichsen vendeu a sua parte a Francisco Schmidt, que passou a ser o único proprietário da fazenda. Esta transação comercial foi financiada pela firma alemã Theodor Wille& CO. De acordo com a escritura de compra a Monte Alegre continha as seguintes benfeitorias: casa de morada com subsolo, cafezais de todas as idades, máquinas a vapor para beneficiamento do café, engenho de serra vertical e serra francesa, engenho de cana, etc. (Moraes, 1980). O Cel. Francisco Schmidt passou a residir na Fazenda Monte Alegre e empreendeu
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uma série de reformas na casa sede: acrescentou as varandas circundantes sustentadas por grossas colunas, promoveu a remodelação dos jardins, construiu as fontes e o Belvedere. Da varanda da casa eram avistados os cafeeiros, os terreiros de café e as tulhas. A sede da Monte Alegre foi residência de Francisco Schmidt até o ano de 1918. Na década de 1910, existiam na Monte Alegre cerca de 1 milhão de cafeeiros da variedade Bourbon, que produziam 200 mil arrobas de café por ano. Para o beneficiamento do café existiam 22 máquinas de fabricação inglesa. A secagem dos grãos era realizada em terreiros ladrilhados com uma área de 225 mil metros quadrados. Além do café, a Monte Alegre possuía lavoura de cana de açúcar e dois engenhos; uma área de matas e outra de pastagens; cerca de 1.055 cavalos, 3.176 cabeças de gado e 525 carneiros (Moraes, 1980). Na sede da Monte Alegre também estavam instalados o escritório e a administração geral de todas as fazendas do Cel. Schmidt, um império econômico organizado como uma empresa - Cia. Agrícola Francisco Schmidt, que congregou 62 fazendas localizadas em diversos municípios. Após o falecimento do Cel. Schmidt, em 1924, e a dissolução da Cia. Agrícola, a Monte Alegre foi herdada por seu filhoJacob Schmidt. A partir de então a fazenda entrou num processo de decadência e fragmentação. Em 1927, Jacob Schmidt vendeu para seu irmão, Arthur Schmidt, 150 mil pés de café, além disso, cerca de 243 mil cafeeiros foram cortados, houve a diminuição drástica do número
de colonos e desativação dos trilhos e vagões usados no transporte do café (Moraes, 1980). Com 220 alqueires de terras e aproximadamente 99 mil pés de café a fazenda foi vendida a Thomaz Whately – cunhado de Jacob Schmidt, que logo em seguida vendeu a Monte Alegre para João Marchesi (Moraes, 1980). Em 1942 o Governo Estadual desapropriou a Fazenda Monte Alegre para a instalação da Escola Prática de Agricultura “Getúlio Vargas”. A casa sede foi utilizada como administração da escola e como sala de aula. Durante a década de 1940, outros espaços da fazenda foram aproveitados e novas instalações para a Escola de Agricultura foram construídas: o Ginásio de Esportes, um novo prédio para a administração (atual prédio central da Faculdade de Medicina), casas de moradias, etc.Após a desativação da Escola Agrícola, em 1950, o Governo do Estado emprestou à Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto a casa sede com o objetivo de instalar o Museu Municipal. Em 24 de dezembro de 1952, cerca de 240.000 alqueires da Fazenda Monte Alegre, foram doados à Universidade de São Paulo - USP,para a instalação da Faculdade de Medicina. Todavia, parte da fazenda foi doada ao Município de Ribeirão Preto, mediante autorização legal datada de 1956 e escritura lavrada em 05 de janeiro de 1957:uma área de aproximadamente 17.000 metros quadrados, correspondente a casa sede, construções anexas e cercanias (Arquivo Público e Histórico de Ribeirão Preto, 2010).
Tipo de proteção: Tombamento definitivo estadual e Valor histórico e arquitetônico municipal Órgão de proteção: CONDEPHAAT e CONPPAC /Processo de tombamento no Iphan-SP Instrumentos legais de preservação: Resolução SC n° 07 de 22/03/1994. Proc. 24699/86. Homologação DOE 24/03/94, p. 69. Seção I. Lei Municipal 5341 de 20 de setembro de 1988 considera de valor histórico e arquitetônico os prédios dos Museus Histórico e do Café.
Antigas instalações da Cia de Bebidas Ipiranga na Av. Francisco Junqueira com a rua José da Silva
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Edifício da Estação Barracão AVENIDA DOM PEDRO II ESQUINA COM RUA RIO GRANDE DO NORTE
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O DESENVOLVIMENTO DA GRANDE LAVOURA CAFEEIRA NO OESTE da provincia de São Paulo, por volta de 1870,impulsionou a instalação de vias férreas destinadas ao escoamento da produção até o porto de Santos. A via férrea da Cia. Mogiana de Estrada de Ferro, sobrepondose ao traçado da antiga estrada de Anhanguera, partiu de Campinas em 1873 e chegou à região de Ribeirão Preto no início dos anos de 1880 (Condephaat, 1982). Em 16 de agosto de 1882 foi inaugurada a Estação São Simão, e em 23 de novembro de 1883 as estações Cravinhos e Ribeirão Preto. A estação do Barracão foi inaugurada em 01 de junho de 1900 (Zamboni, 1993). O nome da estação, possivelmente, está relacionado à existência de um antigo barracão de madeira, construído próximo ao local onde foi construída a Estação Barracão, local onde os imigrantes, após o desembarque, aguardavam seus destinos às fazendas de café. “A arquitetura da Estação do Barracão segue o mesmo estilo das estações da época; apresenta esquema construtivo simples, com tijolos à vista, de procedência inglesa e telhamento francês, apoiado sobre estrutura de madeira. Na parte externa, apresenta colunas decocarivas com tujlos. O telhado em duas águas, projetase sobre os patamares e é apoiado sobre mãos-francesas de madeira. As fachadas laterais são constituídas por dois frontões decorados com tijolos em ressalto. Na parte central aparecem óculo de iluminação e, nas extremidades, pontaletes triangulares”. (CONDEPHAAT, 1982).
Tipo de proteção: Tombamento definitivo estadual / tramitando tombamento de ofício no CONPPAC sob o nº 02 2009 052829 4 Órgão de proteção: CONDEPHAAT Instrumentos legais de preservação: Inscrição n° 174, Livro de Tombo Histórico n. 01, p. 40, de 25/05/1982. Resolução SC n° 31 de 07/05/1982
Primeira Estação Rodoviária de Jardineiras com barracas de comércio à esquerda (1948)
Hospital das Clínicas na decada de 50, em fase de construção
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Casa Japão
RUA JOSÉ BONIFÁCIO, 465/467 ATÉ O ANO DE 1878 A RUA JOSÉ BONIFÁCIO não consta como existente. Ao que tudo indica, o surgimento da rua José Bonifácio está ligado às obras de intervenção e de retificação do Ribeirão Preto, uma vez que o desenho original do córrego, em forma de serpente, alcançava sobre o atual traçado da rua. As obras estão ligadas à instalação do complexo da Cia. Mogiana de Estrada de Ferro, a partir de 23 de novembro de 1883, quando foi inaugurada uma estação provisória próximo à Casa Vila Lobos, na Av. Caramuru. No final de 1884, foi inaugurada a Estação definitiva, localizada próxima às margens do Ribeirão Preto, com frente para a Rua General Osório. Por meio da Lei n. 31 de 29/04/1897, assinada pelo Intendente Municipal Joaquim Estanislau da Silva Gusmão, foram confirmadas as nomenclaturas de ruas dadas em épocas anteriores, entre estas ruas consta a Rua José Bonifácio (que principia no córrego do Retiro). O nome da rua foi ratificado pelo Ato n. 75 de 05/09/1939. Por meio da Lei n. 90 de 18/05/1939, ficou ratificado o início da rua José Bonifácio e a sua trajetória: inicia na Avenida Francisco Junqueira, junto ao córrego do Retiro e segue a direção sudoeste, paralela a Avenida Jerônimo Gonçalves e Rua Saldanha Marinho. (ARY DE LAZARI, 1974). Embora possivelmente a rua José Bonifácio tenha sido traçada entre as décadas de 1880 e 1890, as mais antigas referências sobre a existência de edificações e atividades comerciais foram encontradas somente a partir de 1896. Em 1899, existiam instalados na Rua José Bonifácio alguns estabelecimentos comerciais, com a predominância de Restaurantes; existiam também Botequim, Secos e Molhados e Serraria. A partir dos
anos 1920, as antigas construções térreas, marcadas por construções de caráter funcional, que serviam como comércio e moradia, começaram a ser substituídas por pequenos sobrados, que representavam afirmação do comerciante bem sucedido. O sobrado mantém a funcionalidade, reunindo num mesmo lugar a moradia e o trabalho, tipo construtivo mais elegante e bel, onde a fachada e o interior representavam as conquistas do comerciante (SILVA,1998, P.62) De acordo com Eder Silva, esses sobrados buscaram inspiração na construção colonial, caracterizados por uma arquitetura eclética, com desenhos simbólicos e inscrições. Com a crise econômica, estabelecida a partir dos anos 1930, paulatinamente o comércio de produtos voltados aos cafeicultores, no térreo destes sobrados, foi dando espaço a outros tipos de produtos. No andar superior, antes destinado a residência, começam a funcionar hospedarias e pequenos hotéis.
Tipo de proteção: Tombamento Definitivo Municipal Órgão de proteção: Conppac
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UGT - União Geral dos Trabalhadores RUA JOSÉ BONIFÁCIO, 59
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uma “associação cooperativa e de recreação, tendo como objetivo promover a defesa e a solidariedade da classe e dos associados, dando a estes a assistência, criando uma cooperativa de gêneros alimentícios de consumo e de primeira necessidade e uma caixa de socorros”. Dentre as suas atividades, está a organização de congressos de trabalhadores, greves, publicação de panfletos, educação para trabalhadores, peças de teatro, comícios no 1o. de maio, entre outras. Entre 1932 e 1933, os trabalhadores realizaram uma campanha para a arrecadação de fundos para a construção de uma sede própria para a associação. O projeto arquitetônico de Baudílio Domingues ficou pronto em 17 de abril de 1933 e, com mão-de-obra dos próprios associados, o prédio foi inaugurado em 4 de janeiro de 1934. Em 14 de maio de 1934, foi aprovado o projeto de construção de um palco. Nesse período, embora a UGT fosse o espaço de articulação do movimento operário de esquerda, em particular dos comunistas, também abrigava vários sindicatos ministerialistas, ligados ao governo federal de Vargas, e fomentava a implantação e organização de outras associações de defesa do trabalhador, não só em Ribeirão Preto, mas também nos municípios da região (ROSA, 1997). Com o Golpe Militar de 1964, a União Geral dos Trabalhadores foi fechada e o prédio passou a ser ocupado pelo Centro S.C.R.E.B. José do Patrocínio. Em 2003, o Ministério Público determinou uma ação indenizatória contra a Construtura Walter Torre Júnior Ltda, que havia demolido quase que completamente a Cerâmica São Luiz para construir um hipermercado. Como resultado da ação, ficou acordado que a Construtura (entre outras coisas) comprasse e restaurasse o prédio da UGT (projeto arquitetônio de Carlos Alberto Paladini) e o doasse ao Instituto do Livro de Ribeirão Preto, num processo que foi intermediado pelas ONGs VIVACIDADE e Pau Brasil. O prédio, nesse período, estava alugado para uma escola de cabeleiros e encontrava-se em estado de conservação precário. NO INÍCIO DA DÉCADA DE 1920, um grupo de anarquistas e de simpatizantes do comunismo iniciou as discussões para a criação de uma associação de defesa dos interesses dos trabalhadores em Ribeirão Preto. Como resultado, foi fundada em 30 de março de 1925, na rua Duque de Caxias no 11, a UGT – União Geral dos Trabalhadores de Ribeirão Preto, tendo seus estatutos registrados em cartório no dia 6 de maio do mesmo ano. A UGT caracterizou-se inicialmente como
Tipo de proteção: Tombamento definitivo municipal Órgão de proteção: CONPPAC Instrumentos legais de preservação: Resolução de tomb 02/03 – DOM de 11/11/03. Decreto Municipal n° 48 de 26/02/04. Tombo n° 0003.
Enchente dos córregos do Retiro e Ribeirão, atingindo o Bairro da República, Rua Guatapará, em 1927
PATROCÍNIO
REALIZAÇÃO