DESENVOLVIMENTO REGIONAL
NACIONAL
Portugal regista o maior crescimento económico das últimas décadas O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu, em termos reais, 15,5% no segundo trimestre de 2021 face ao período homólogo, o crescimento mais elevado nas séries trimestrais disponíveis. Os dados divulgados a 30 de julho na estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam ainda, que face ao trimestre anterior, Portugal apresentou um crescimento de 4,9%, mais do que compensando a queda do PIB provocada pela pandemia no primeiro trimestre do ano. Portugal atinge o nível mais alto do PIB desde o início da pandemia, o que confirma a forte retoma económica em Portugal e a perspetiva de que com o avanço da vacinação e o controlo da situação pandémica, seja possível ultrapassarmos a estimativa
de crescimento de 4% apresentada no Programa de Estabilidade. MUITO ACIMA DA MÉDIA DA ZONA EURO Ta n t o o c re s c i m e n t o h o m ó l o go, como o crescimento em cadeia, situam-se consideravelmente acima das médias da Zona Euro e da UE, sinalizando a retoma do processo de convergência interrompido durante a
pandemia. Após uma queda acima da média no primeiro trimestre (-3,2% em cadeia), devido ao confinamento provocado pela pandemia, Portugal apresentou, no segundo trimestre, à data de 30 de julho, a taxa de crescimento mais elevada (4,9%) entre os países da UE, tais como Alemanha (1,5%), Espanha (2,8%), França (0,9%) ou Itália (2,7%).
Emprego atinge valor mais alto da década Os dados divulgados pelo INE a 11 de agosto evidenciam que, no segundo trimestre de 2021, Portugal conseguiu atingir a população empregada mais elevada desde 2011, o que mostra a capacidade coletiva de resposta à crise provocada pela pandemia por Covid-19. Este esforço foi possível graças a um conjunto alargado de apoios criados pelo Governo para assegurar a manutenção do emprego. Os apoios ao emprego abrangeram mais de 128 mil empresas e um milhão de trabalhadores e já ultrapassaram os 3.000 milhões de euros (incluindo isenções e reduções contributivas). Os dados relativos ao emprego mostram que o mercado de trabalho regressou a níveis pré-pandemia, tendo atingido um total de 4,81 milhões de pessoas empregadas, o valor mais alto da última década. Por outro lado, a taxa de desemprego, que se fixou em 6,7% (uma queda de 0,4 pontos percentuais face ao primeiro trimestre), está abaixo do
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registado no último trimestre completo antes da pandemia (6,9%, no 4.º trimestre de 2019). De igual forma, a população desempregada é agora de 345,7 mil pessoas, sendo também inferior à que se registou no 4.º trimestre de 2019 (352 mil pessoas). A Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, afirmou que “estes números mostram, uma vez mais, que os apoios extraordinários que foram criados para apoiar as empresas e o rendimento dos trabalhadores foram fundamentais para preservar o emprego durante a crise provocada pela pandemia”. O Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, afirmou que se trata de “números impressionantes”, destacando que “o setor dos serviços o mais afetado pela pandemia, criou, só por si, mais de 100 mil empregos”, dos quais 25 mil alojamento, restauração e similares. Siza Vieira, num vídeo gravado, acrescentou que estes números são “um sinal de vitalidade da economia”.
SETEMBRO 2021
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