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EDITORIAL
15 anos de credibilidade e informação referencial Marcos Guerra Presidente do Sistema Findes
O
anuário “IEL 200 Maiores Empresas do Espírito Santo” surgiu durante um momento muito importante para a economia brasileira. Em 1997, ano da primeira edição, o Brasil finalmente contava com uma economia estável, após três anos do lançamento do Plano Real por parte do Governo Federal e que pavimentou a formação de um País forte e em crescente processo de desenvolvimento através, primeiramente, da instauração da Unidade Real de Valor (URV) e, a seguir, do lançamento de uma nova moeda, o Real, ambos em 1994. Ter um anuário que falasse de um número tão expressivo de grandes empresas num só Estado talvez fosse impossível antes do ano em que foi lançado. Não à toa, o próprio nome desta publicação mudou de “IEL 150 Maiores Empresas” para “IEL 200 Maiores Empresas”, a partir de 2006, demonstrando que, finalmente, o Brasil estava no caminho certo para o desenvolvimento, tendo o Espírito Santo um grande destaque. Gostaria de ressaltar o peso simbólico de assinar este editorial numa publicação bem sucedida que, nesta edição, completa 15 anos consolidada como fonte de informação de qualidade e referencial sobre as maiores empresas capixabas e toda a economia do Espírito Santo, tendo, inclusive, sido publicada em momentos de crise econômica que afetaram profundamente nosso Estado. O anuário “IEL 200 Maiores” não é apenas uma simples publicação com o ranking das grandes empresas capixabas. É, na verdade, uma fonte valiosa de informações sobre o nosso Estado, atuando como peça importante na captação de investimentos e realização de novos negócios. Por ser bilíngue, abre as nossas fronteiras para o mundo, tornando-se vitrine do Espírito Santo para investidores que, certamente, se impressionam com o nosso potencial. Quando destaco o valor das informações contidas no anuário “IEL 200 Maiores”, refiro-me 4
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ao excepcional material produzido por colaboradores de peso. Ao longo destes 15 anos, tivemos articulistas e entrevistas com personagens de expressão nacional, entre os quais podemos citar Dilma Rousseff, Fernando Henrique Cardoso, Celso Amorim, Ricardo Boechat, Mirian Leitão, Delfim Neto, Armando Monteiro Neto, entre outros. Também contamos com diversos nomes importantes do Espírito Santo em nossas páginas, sempre traçando diagnósticos e projeções precisas sobre a economia capixaba, nacional e mundial. Nesta edição comemorativa de 15 anos, contamos com a colaboração de grandes nomes que falam sobre assuntos de extrema importância para o desenvolvimento econômico brasileiro e também mundial. Temas como inovação, educação profissional, energia e infraestrutura, gestão empresarial, gestão e qualidade, políticas públicas, marketing, entre outros, são tratados por algumas das maiores autoridades nesses assuntos. Por fim, gostaria de ressaltar que o Sistema Findes atua como agente e parceiro de outras entidades empresariais e do Poder Público na promoção do desenvolvimento sustentável do Espírito Santo e do Brasil. Temos enfrentado constantes ameaças por conta das oscilações do mercado internacional, mas o empreendedor capixaba tem conseguido superar esses altos e baixos da economia mundial. Todos nós temos o objetivo em comum de promovermos o melhor para a nossa economia, pois empresas fortes e competitivas se traduzem na geração de empregos, renda, arrecadação de tributos e a consequente melhoria na qualidade de vida de toda a população. E um Estado que não tem uma indústria forte é um Estado sem identidade. Parabéns pelos 15 anos do anuário “IEL 200 Maiores Empresas do Espírito Santo”. Espero que tenham uma ótima leitura! 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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ÍNDICE ESPECIAL 15 ANOS 10 16 18 22
“IEL 200 Maiores Empresas”: há 15 anos retratando a economia capixaba Uma proposta realista de crescimento Renato Casagrande IEL-ES: contribuindo para o desenvolvimento e interiorização da indústria capixaba Benízio Lázaro O desenvolvimento econômico do Espírito Santo nos últimos 15 anos
ARTIGOS
Desenvolvimento econômico e social Prospecções para o desenvolvimento socioeconômico do Espírito Santo Ana Paula Vescovi 38 A micro e pequena empresa como vetor de desenvolvimento regional Benildo Denadai 40 A indústria criativa no Espírito Santo e a sustentabilidade Antonio Fernando Doria Porto 42 Na hora certa Clóvis Abreu Vieira 44 Pense nas pequenas primeiro Lucas Izoton 46 Desenvolvimento é educação Paulo Hartung 48 Desafios do desenvolvimento econômico do século XXI Renato Caporali 36
“Caminhos do Campo”: desenvolvimento e eficiência na aplicação de recursos públicos Enio Bergoli
Economia 54 58
Revisitando o ES 2025 Guilherme Dias O Brasil e suas escolhas: “potência emergente” ou modelo à beira da exaustão? José Antonio Bof Buffon
Indústria 60 Desenvolvimento da indústria capixaba José Tadeu de Moraes 64 Os dois lados da história Benjamin M. Baptista Filho 68 O desafio da inovação Fernando Pimentel 70 O futuro se assegura hoje Marcelo Castelli 72 Sustentabilidade e desenvolvimento industrial Maurício Max 74 Ampliar a competitividade é estratégia nacional Robson Braga de Andrade
ECONOMIA CAPIXABA 80 84 88 92 96 100 104 108 112 114
Abertura Petróleo e Gás Mineração e Siderurgia Rochas Celulose Logística e Infraestrutura Energia Construção Civil Serviços Metalmecânico
Ano XIV - Nº 15 - Novembro/2011 - Publicação anual - Venda proibida
ECONOMIA CAPIXABA (CONTINUAÇÃO)
FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO (FINDES)
186 190 194 198 202 206 210 214 218 222
Presidente:
Marcos Guerra
1º vice-presidente: 2º vice-presidente: 3º vice-presidente: 1º diretor administrativo: 2º diretor administrativo: 3º diretor administrativo: 1º diretor financeiro: 2º diretor financeiro: 3º diretor financeiro:
Manoel de Souza Pimenta Neto Ernesto Mosaner Junior Sebastião Constantino Dadalto Ricardo Ribeiro Barbosa Túllio Samorini Luciano Raizer Moura Tharcício Pedro Botti Ronaldo Soares Azevedo Antônio Tavares Azevedo de Brito
Diretores:
Ademar Antonio Bragatto Ademilse Guidini Alejandro Dueñas Benízio Lázaro Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi Edvaldo Almeida Vieira Egidio Malanquini Élcio Alves Evandro Simonassi Flávio Sergio Andrade Bertollo Gibson Barcelos Reggiani José Domingos Depollo Leonardo Souza Rogerio de Castro Luiz Alberto de Souza Carvalho Mariluce Polido Dias Ortêmio Locatelli Filho Paulo Alexandre Gallis Pereira Baraona Rogério Pereira dos Santos Vladimir Rossi Wilmar Barros Barbosa Wilmar dos Santos Barroso Filho
Agroindústria Alimentos e Bebidas Comércio Varejista Comércio Exterior Turismo Vestuário Móveis Química e Embalagens Meio Ambiente Indústria Criativa
ARTIGOS Energia e Infraestrutura 228 Energia renovável: potencial para o desenvolvimento do Espírito Santo Márcio Félix Carvalho Bezerra 232 Infraestrutura José Armando de Figueiredo Campos 234 A contribuição do gás natural capixaba para o desenvolvimento do Espírito Santo Luiz Robério Silva Ramos
236 Gestão e qualidade da informação: a governança corporativa e a contabilidade criativa em debate Annor da Silva Junior 240 Negócios de futuro, e o futuro dos negócios Aron Belinky
Gestão Empresarial 244 Economia, estratégia e confiança Oscar Motomura
PRODUÇÃO TÉCNICA – INSTITUTO EUVALDO LODI (IEL-ES) Diretor Regional: Marcos Guerra Diretor para Assuntos do IEL-ES: Benízio Lázaro Superintendente: Fábio Ribeiro Dias Equipe Técnica:
Cleide Maria Perin Motta Fernando Gomes Pereira Marcus Vinícius Tavares Cabral
Revisão Metodológica:
Emanuel Junqueira Marília Nascimento Rafael de Lacerda Moreira
Equipe de Apoio:
256 Mundo projetizado e o crescimento do Espírito Santo Miriam Machado
Carla Mara Pereira Franco Jacqueline Ribeiro Diz Ros Lílian Dalla Pria Pereira Poliana Lauer Rosilene de Carvalho Pedro Sayonara Rodrigues Moreira
Colaboração:
Marketing
Leonel Aparecido Piovezan Marketing do Sistema Findes
Pesquisadores:
Marcelo Domingos dos Santos Isabela Ferraz Ana Luiza Silva Duarte
Comercialização:
Relacionamento com o Mercado Sistema Findes (RM)
Inovação e Tecnologia 248 Inovação: moda ou modo? Arlindo Villaschi 252 Mudar incentivos e formar engenheiros, as soluções para ampliar a inovação no Brasil Carlos Cavalcante
Gerenciamento de Projetos
258 Valor dos ativos intangíveis da empresa Eduardo Tomiya 262 O futuro é digital para as 200 maiores do Espírito Santo Nino Carvalho 266 Tendências do Marketing 2011 Ronald Z. Carvalho
270 Políticas de inovação para o desenvolvimento sustentável: aplicações para o Espírito Santo Guilherme Henrique Pereira 276 Gestão estratégica em governos Rodrigo Chamoun
Designer da Marca 200 Maiores: Cristina Xavier Jornalista Responsável:
Lucia Bonino (DRT-ES 586)
Endereço:
Av. Nossa Senhora da Penha, 2.053, Ed. Findes, 2º andar, Santa Lúcia Vitória (ES), CEP: 29056-913 Tel: (27) 3334-5754 • Fax: (27) 3225-7958 200maiores@findes.org.br
Produção Editorial: www.nexteditorial.com.br
Educação 280 Os avanços e desafios da educação superior brasileira Luiz Cláudio Costa 284 Educar para competir Rafael Lucchesi
Critérios de eleição Empresário Destaque Executivo Destaque Empresa Destaque Prêmio em Gestão Empresarial
RANKING OF THE 200 BIGGEST COMPANIES OF ESPÍRITO SANTO
DESTAQUES EMPRESARIAIS 128 132 136 138 140 142 144
Introdução O que você encontra neste encarte Metodologia Informações gerais, análises e estatísticas
Políticas Públicas
PESQUISA IEL-ES 118 120 122 124 126
150 151 152 154
Gestão e Qualidade
Gestão Empresarial 52
RANKING 200 MAIORES EMPRESAS NO ESPÍRITO SANTO
Cesan Garoto Samarco São Bernardo Sesi-ES Vale TV Vitória
291 Somente na versão com boocklet em inglês 346 Lista de Anunciantes
Coordenação editorial:
Mário Fernando Souza
Coordenação de conteúdo:
Ariani Caetano
Coordenação de arte:
Fábio Barbosa
Tráfego:
Cristiane Muritiba
Textos:
Heliomara Mulullo Jacqueline Vitória Patrícia Grosman Nadia Baptista
Tradução:
Mônica Regina de Souza
Revisão:
Andréia Pegoretti
Produção Gráfica: www.grafitusa.com.br
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ESPECIAL – 15 ANOS
Fotos: Arquivo Next
“IEL 200 Maiores Empresas”: há 15 anos retratando a economia capixaba Inédito no Estado, o anuário sempre teve o objetivo de retratar as transformações em todos os setores industriais
É
frequente a assertiva de que neste mundo de constantes mudanças, onde a capacidade técnica precisa estar aliada às competências, o foco das matérias jornalísticas precisa estar sempre voltado à capacidade de levar ao leitor informações que possam impulsioná-lo a mudanças em prol de seu próprio crescimento e também de sua sociedade. E, nesse processo, há histórias que se repetem e outras que se 10
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alteram, possibilitando interpretações diferentes de quem as ouve ou lê, em qualquer tempo ou época. Assim ocorre também com o anuário “IEL 200 Maiores Empresas do Espírito Santo”. Contar sua trajetória é reviver a história dos 15 anos da publicação, retratando as variações no ranking das organizações, juntamente com suas análises do mercado capixaba. Por isso, o anuário é um verdadeiro manual da economia do Espírito Santo, que se tornou 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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referência e fonte de informação não só para formadores de opinião, como também para toda a sociedade. O desenvolvimento do anuário “IEL 200 Maiores Empresas do Espírito Santo” leva a assinatura da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), através do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES) e do Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies). No conjunto do seu conteúdo e contexto, há a certeza de que as informações contidas nele estão sendo debatidas num nível de antecipação do futuro, tendo o anuário esse conceito desde sua primeira edição, há 15 anos. A partir da edição número 1, a proposta do anuário era a de compilar as transformações em todas as áreas e setores industriais. Assim, carimbou-se um veículo inédito, que, de forma dinâmica, retrata, ano a ano, o desempenho econômico e financeiro das empresas em operação no Estado. Atento aos acontecimentos, o anuário acompanhou as perspectivas de mudança no setor econômico do País diante da troca de governantes, nas esferas municipal, estadual e federal, e pontuou alternativas de investimentos para o setor produtivo e de geração de renda e emprego diante das expansões das indústrias em território capixaba.
que as empresas guardavam em suas gavetas, mas que retratavam, de forma bastante completa, a atividade empresarial do Espírito Santo. “Mas jamais imaginei que o anuário teria hoje esse sucesso todo”, admira Benildo. Nos anos seguintes, a proposta de Benildo, já como superintendente do IEL-ES, órgão responsável pelo anuário até os dias de hoje, foi a de manter esse estudo e compartilhálo com o mundo. Como resultado, a cada ano o anuário tem se mostrado melhor, mais completo e com novidades, como a versão em inglês, por exemplo. A credibilidade do anuário pôde ser constatada com a procura cada vez maior por parte de três públicos fiéis da publicação: os bancos; as empresas, principalmente as que figuravam no ranking, e as faculdades, que começaram a utilizá-lo como importante fonte de informação. Hoje, Benildo se diz feliz por ter sido o idealizador desse projeto, junto com sua equipe. “E fico mais contente porque, mesmo não estando à frente do IEL, seu novo superintendente, Fábio Dias, mantém a mesma estratégia e continua com o projeto, surpreendendo a cada ano. Dedico o sucesso do anuário ‘200 Maiores Empresas’ a toda a equipe, anunciantes e parceiros. Estamos todos de parabéns”, ressaltou.
O início de tudo
Mudanças e evolução
O idealizador do anuário “IEL 200 Maiores Empresas do Espírito Santo” é Benildo Denadai que, há 15 anos, era diretor-geral do Ideies. Ele lembra que o objetivo à época, com sua criação, foi o de mostrar as informações importantíssimas
Desde então, há 15 anos, o então anuário “IEL 150 Maiores Empresas do Espírito Santo e atual “IEL 200 Maiores Empresas do Espírito Santo” tem mapeado o desenvolvimento de toda economia capixaba, com especial destaque às inovações tecnológicas,
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“O anuário cresce na mesma velocidade com que o nosso Estado vem evoluindo” - Marcos Guerra, presidente da Findes
já antecipando que a convivência com a tecnologia provocaria mudanças substanciais no comportamento do ser humano e também das empresas. Com tiragem total de 170 mil exemplares, até o ano de 2010, o anuário “IEL 200 Maiores Empresas do Espírito Santo” mostrou que o mundo empresarial e industrial mudou. E nas divulgações e avaliações apresentadas nos anos anteriores, seja através de matérias, seja por meio de artigos de especialistas, há vários relatos de indústrias que, diante da análise do anuário, tiveram seu processo de gestão empresarial revisto. Não obstante, em suas 2.750 páginas até a 14ª edição foi possível, ano a ano, a tabulação dos balanços patrimoniais que deram origem à formação das análises complementares e do ranking, que formou de 1997 a 2005 as “150 Maiores Empresas do Espírito Santo” e, a partir de 2006, as “200 Maiores Empresas do Espírito Santo”. Em suas edições, o anuário teve articulistas e entrevistas com personalidades
de expressão nacional, entre os quais podemos citar Fernando Henrique Cardoso, Celso Amorim, Ricardo Boechat, Mirian Leitão, Delfim Neto etc. Algumas edições também mostraram as superações gradativas por parte das indústrias em épocas de crise, assim como entrevistas com especialistas que ditavam no momento regras para a economia. Foi o que ocorreu, por exemplo, em 2009, quando a então ministra da Casa Civil e hoje presidente da República, Dilma Rousseff, em entrevista exclusiva à “200 Maiores”, falou sobre projetos futuros, como Minha Casa, Minha Vida, PAC, a exploração de petróleo no pré-sal e outros temas que impulsionariam a indústria nos anos subsequentes e que hoje são as vedetes da vez. E a participação das empresas nos rankings setoriais deu a certeza da importância do anuário no mercado, onde a confiança e a credibilidade nesse veículo de comunicação possibilitaram a publicação do balanço patrimonial e o demonstrativo contábil das empresas. “‘200 Maiores’ não é um anuário comum. É um manual de economia, um manual do Espírito Santo, que se torna referência e fonte de informação não só para formadores de opinião, como também para toda a sociedade”, destacou o presidente da Findes, Marcos Guerra.
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“O anuário é o cartãopostal da nossa potencialidade econômica e social. Considerando a riqueza de dados e informações, ele é uma forma de exposição das empresas” - Fábio Dias, superintendente do IEL-ES
Reconhecimento pelo mercado Como prova do reconhecimento do anuário enquanto ferramenta de apresentação de dados sólidos e consolidados da economia capixaba, as empresas que estão desde o início como anunciantes e/ou no seu ranking são as grandes, como Vale, ArcelorMittal, Chocolates Garoto, Banestes, Buaiz, entre outras. Nem todas foram anunciantes assíduas, mas entre aquelas que participaram da pesquisa em diversas edições estão ArcelorMittal, Fibria, Samarco, Águia Branca e Unimed. O superintendente do IEL, Fábio Dias, assegura que o anuário colabora também para divulgar as empresas e o Espírito Santo fora do Estado e do País, sem concorrência com outra publicação. “O anuário é o cartãopostal da nossa potencialidade econômica e social. Quando alguém do Governo do Estado sai do País para uma missão, solicita exemplares para serem distribuídos lá fora. O Itamaraty também é um grande parceiro na distribuição dos anuários. Considerando a riqueza de dados e informações, ele é uma forma de exposição das empresas que mostram suas reais condições econômicas e financeiras junto à comunidade”, avalia. Para o diretor-presidente do Banestes, Bruno Negris, o anuário “IEL 200 Maiores Empresas do Espírito Santo”
é um importante trabalho em favor do fortalecimento da economia do Estado. Ele destaca que esse é o seu grande mérito e credita à publicação a referência que o mercado empresarial e investidores precisam para aplicar, com segurança, recursos em terras capixabas. “Em suas páginas, o leitor tem um panorama da economia capixaba, seu desempenho e suas potencialidades. E isso não apenas por meio da leitura dos diversos rankings, mas também por meio dos artigos de renomados profissionais. O Banestes sente-se honrado por ser uma das empresas sempre presentes nos rankings de ‘200 Maiores’. Estar nesse seleto grupo empresarial nos dá a certeza de que estamos realmente contribuindo para o desenvolvimento do Estado do Espírito Santo”, ressaltou Bruno. Buscando aprimorar a gestão a cada dia, adotando eficientes e modernas ferramentas de gerenciamento, o presidente da Unimed Vitória, Márcio de Oliveira Almeida, sente orgulho e satisfação ao ver a Unimed entre
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“Dedico o sucesso do anuário 200 Maiores Empresas a toda a equipe, anunciantes e parceiros” Benildo Denadai, diretor-técnico do Sebrae-ES
modernização da gestão, produção e difusão de informações para negócios, internacionalização de empresas, dentre outros projetos que ajudam na manutenção da competitividade das empresas.
Ranking
as “200 Maiores Empresas do Espírito Santo”. “É a vitória do esforço, da dedicação, do empenho de cada um dos 2.204 médicos que apostaram nesse projeto de vida e de trabalho, que é a nossa cooperativa. Os desafios são muitos e, por isso, estar no ranking das maiores empresas é ainda mais valoroso. Isso repercute positivamente sobre a qualidade do atendimento ao cliente, a preocupação com os rumos da empresa e o zelo para tornála melhor e mais forte. O fato de a Unimed Vitória ser o que é deve-se também ao anuário ‘IEL 200 Maiores Empresas do Espírito Santo’. Parabenizamos a Findes pela realização desse valioso trabalho, que completa 15 anos”, destaca Márcio. De fato, o anuário mostra, na prática, ações e projetos de todo os órgãos ligados ao Sistema Findes em prol do desenvolvimento industrial no Estado. Exemplo disso é o IEL-ES, que expandiu seus serviços para prestar atendimento de excelência às empresas capixabas. E, assim, vem oferecendo capacitação empresarial, consultoria para
Quando se analisa o ranking das “200 Maiores”, observa-se que há uma dinâmica interessante: “Aqueles que estão entre os primeiros, sempre estão entre os primeiros. Mas aqueles que estão em posições mais abaixo no ranking apresentam uma dinâmica diferente, havendo entre eles maior variação de posições. Isso ocorre porque uma empresa grande não surge de um ano para o outro, mas, na medida em que a pesquisa vai agregando novas empresas, estas ‘concorrem’ em posições mais abaixo do ranking”, explica o especialista da Unidade de Desenvolvimento Empresarial do IEL Marcus Vinicius Cabral. Nesses 15 anos, registrou-se nas páginas de “200 Maiores” a expansão da ArcelorMittal Tubarão, líder mundial no fornecimento de aço semiacabado. Também ganharam destaque a trajetória de crescimento da Vale e seus novos projetos, como a Companhia Siderúrgica Ubu (CSU), o ramal ferroviário no litoral sul e a oitava usina de pelotização. Figuraram também no anuário empresas com destaque empresarial, como a Chocolates Garoto, e algumas públicas, como a Cesan, que hoje é referência em saneamento básico. O anuário “IEL 200 Maiores Empresas do Espírito Santo” deu destaque ainda para as empresas emergentes e apresentou o ranking das melhores empresas privadas com controle de capital capixaba. Em cada
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edição, está sublinhada a melhor empresa dentre as 200, alem de informações sobre as empresas do ranking geral, segundo setores industrial, comercial e de serviços, consolidadas por atividade e setor. Também está na história da publicação a criação de prêmios para incentivar a gestão nas micro e pequenas empresas capixabas, como o Prêmio IEL, lançado no ano passado pelo anuário e que alcança aquelas organizações que não estão entre as 200 maiores. O superintendente do IEL-ES considera o anuário um instrumento extremamente importante para a divulgação do Espírito Santo, pois é a principal radiografia da economia capixaba. “A Findes, através do IEL-ES, é o responsável pelo anuário, e estamos muito felizes com esta edição de 15 anos, pois ela cumpre o seu papel, que é o de incentivar o desenvolvimento da indústria capixaba, bem como divulgar e fomentar grandes e novos negócios. Estamos todos de parabéns, o sucesso da nossa economia é um trabalho conjunto dos principais atores públicos e privados capixabas”, aplaude Fábio Dias.
Ampliando a credibilidade O anuário “200 Maiores” é, sem dúvida, uma importante fonte de consulta para os negócios empresariais, na visão do ex-presidente da Findes José Bráulio Bassini, em cuja gestão o anuário foi lançado. “‘IEL 200 Maiores Empresas’ tem um conceito extraordinário. Iniciamos com 150 empresas, agora são 200 e, em breve, serão as ‘300 Maiores Empresas’. Orgulho-me de ter o anuário dentro da minha história na Findes”, destaca Bassini.
“Orgulho-me de ter o anuário dentro da minha história na Findes”- José Braulio Bassini, ex-presidente da Findes
Marcos Guerra parabeniza o anuário “200 Maiores” pelo sucesso e por sua destreza de ter passado por diferentes momentos econômicos ao longo desses 15 anos sem nunca deixar de ser publicado e sempre ampliando sua credibilidade. “Vale lembrar que essa publicação surgiu num momento complicado para o Espírito Santo economicamente falando e, hoje, cresce na mesma velocidade com que o nosso Estado vem evoluindo. O anuário mostra com muita propriedade o desenvolvimento das grandes empresas que representam o Estado nos mercados nacional e internacional”. Ele assinala ainda que “200 Maiores” é uma publicação do Sistema Findes de grande sucesso, aguardada ansiosamente pelo mercado a cada ano e que, no fundo, representa a solidez da indústria e da economia capixaba como um todo. Por isso, a cada edição, tem-se a certeza de que o anuário é publicação única no propósito de apoiar o desenvolvimento econômico e financeiro do Espírito Santo.
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Uma proposta realista de crescimento Renato Casagrande é governador do Estado do Espírito Santo
Porque é chegada a hora de oferecer suporte ao desenvolvimento e à competitividade
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“No campo social, que é inseparável de qualquer programa de dinamização da economia, lançamos programas de segurança, saneamento, tratamento de resíduos sólidos, combate à pobreza extrema, reflorestamento e proteção dos nossos recursos hídricos”
s resultados desta nova edição da pesquisa “200 Maiores Empresas no Espírito Santo”, retratando o desempenho econômico e financeiro de cada uma delas, constituem um convite à reflexão sobre nosso potencial de crescimento e os caminhos que devemos trilhar ao longo dos próximos anos. Órgão essencialmente técnico da Findes, o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) analisa nossa realidade econômica a partir da receita operacional bruta de cada empresa e longe de qualquer pressuposto ou preconceito político ou ideológico, o que tornam ainda mais relevantes as informações aqui reunidas. E se o desempenho das maiores empresas dos setores comercial, industrial, agropecuário e de serviços não retrata, evidentemente, toda a realidade econômica do Estado, é suficiente para confirmar nosso grande potencial de crescimento e a importância de adotarmos políticas públicas que contribuam para que esse potencial se concretize. Nas últimas décadas, muitas vezes sob a denominação geral de “política industrial”, o Estado brasileiro elaborou e anunciou – e nem sempre colocou em prática – uma série de ações destinadas a acelerar o crescimento econômico do País. Na maioria das vezes, a prioridade do combate à inflação acabava por esterilizar essas iniciativas. Além disso, no período do autoritarismo, o governo federal quis induzir ou impor ao setor produtivo processos, metas e formas de organização absolutamente incompatíveis com a livre iniciativa. Por tudo isso, é compreensível que as empresas ainda vejam com desconfiança qualquer nova ação governamental destinada a induzir e apoiar o crescimento da economia. Penso, entretanto, que é chegada a hora
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de superarmos essa desconfiança mútua e elaborarmos um programa de suporte ao desenvolvimento que envolva não apenas a União, os Estados e as maiores organizações industriais, mas também as pequenas e médias empresas de todos os setores, a universidade, os centros de pesquisa e educação tecnológica, os municípios e o conjunto das forças sociais. Respeitadas as diferenças históricas, políticas, econômicas e culturais entre o Brasil e outras nações emergentes, devemos analisar e absorver a experiência de países que realizaram incríveis saltos de crescimento em tempo relativamente curto, pois não há milagre algum no êxito alcançado por eles. Existe, sim, nitidez de propósitos e estratégias, continuidade de políticas públicas e permanente mobilização de toda a sociedade em torno de objetivos e metas. O Brasil atingiu um patamar de desenvolvimento que não nos obriga mais a escolher entre tecnologia industrial e produção agrícola voltada para o mercado mundial. Nossa dimensão continental, nossa experiência histórica, a riqueza do nosso solo e as demandas do mercado externo recomendam a continuidade dos investimentos na produção agrícola, na exploração mineral e na oferta de produtos primários. Mas, ao mesmo tempo, dispomos de instituições universitárias e técnicas que nos permitem ampliar nosso grau de competitividade industrial com os países mais desenvolvidos. Só que, para isso, não basta produzir mais e melhor. É preciso desenvolver a capacidade e a qualidade dos nossos organismos de comércio exterior, aí incluída uma diplomacia econômica cada vez mais agressiva e eficaz. No âmbito de nossa responsabilidade direta, política e administrativa – o Estado do Espírito Santo – estamos cuidando de dar um exemplo 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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ao Brasil, no limite extremo dos nossos recursos atuais. Apesar das ameaças ao Fundap e à nossa participação nos royalties pela produção de petróleo, estamos cumprindo, com rigor, o cronograma de investimentos em setores vitais para o crescimento sustentado e sustentável da economia capixaba e executando ambiciosos projetos de melhoria da qualidade de vida, saúde e segurança do nosso povo. No campo social, que é inseparável de qualquer programa de dinamização da economia, lançamos programas de segurança, saneamento, tratamento de resíduos sólidos, combate à pobreza extrema, reflorestamento e proteção dos nossos recursos hídricos. Ao mesmo tempo, estamos investindo em educação profissional, técnica e tecnológica, desde o nível médio até o doutorado. Executado, em conjunto, pelas secretarias de Educação e de Ciência e Tecnologia, o programa se divide em duas vertentes. Na primeira, oferecemos aos alunos do ensino 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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médio cursos profissionalizantes básicos e mais rápidos, simultaneamente com as aulas regulares. Na segunda, vamos implantar uma rede estadual de instituições dedicadas à pesquisa, formação e desenvolvimento de tecnólogos e tecnologias. Essas e outras iniciativas vão produzir resultados convergentes e que se multiplicarão, de forma positiva e harmoniosa, nos campos da economia e do desenvolvimento social. E tenho certeza de que o governo federal, ao compreender a importância desse conjunto de programas, não hesitará mais em executar os projetos de modernização e ampliação da nossa infraestrutura, pois verá que o Brasil será sempre beneficiário direto das conquistas que alcançarmos aqui. Afinal, se nosso compromisso com os capixabas é promover o crescimento equilibrado, sustentável e socialmente justo do Espírito Santo, é nossa responsabilidade coletiva compartilhar com o País este caminho que nos leva ao futuro. 17
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Benízio Lázaro é diretor da Findes para Assuntos do IEL-ES
IEL-ES: contribuindo para o desenvolvimento e interiorização da indústria capixaba
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a atuação do IEL-ES, principalmente na interiorização de suas ações. É verdade afirmar que é na região da Grande Vitória que se concentram hoje as maiores plantas industriais de nosso Estado, responsáveis pelo maior percentual de desenvolvimento e crescimento do Espírito Santo. Mas é verdade também que grandes empresas estão vindo se instalar nos diversos municípios do interior Foto: shutterstock
Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES) vem ao longo dos seus 42 anos de existência cumprindo bem a sua missão, focando na gestão e educação executiva/empresarial, prestando um serviço de grande qualidade para as indústrias capixabas. Porém, os desafios são cada vez maiores e a exigência pela excelência nas empresas cresce de forma considerável. O IEL, atento a essas exigências, busca um constante aprimoramento de sua equipe e revisa constantemente o seu portifólio, no intuito de trazer para as empresas capixabas produtos e serviços inovadores. Um exemplo claro dessa estratégia é a parceria firmada com uma das maiores instituições de educação executiva do País, a HSM Educação. Instituições de reconhecida reputação no mercado, IEL e HSM se uniram e idealizaram o Programa de Desenvolvimento Empresarial, que tem como slogan “Educação para Resultado”, ou seja, focado para o resultado das empresas. Esse programa tem como ponto principal conteúdos elaborados pelos grandes gurus internacionais da HSM Educação, como, por exemplo, Philip Kotler (Marketing) e Lawrence Hrebiniaki (Estratégia), mas também por um diversificado grupo de consultores e professores da HSM Educação e de toda a rede do IEL espalhada pelo Brasil. O programa é baseado em conteúdos teóricos e prática empresarial. Como diretor para assuntos do IEL-ES para o triênio 2011-2014, compondo a atual diretoria da Findes para o mesmo período, juntamente com o empresário Marcos Guerra, pretendo não só dar continuidade ao belo trabalho que vem sendo realizado, mas, sobretudo, ampliar
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de nosso Estado, trazendo desenvolvimento e oportunidades de grandes negócios. Por isso é que o IEL-ES precisa atuar nessas regiões, levando conhecimento, inovação e, principalmente, contribuindo para o aumento da competitividade das empresas situadas no interior. Essa é uma estratégia da atual diretoria da Findes, e o IEL-ES, como entidade do Sistema, tem também esse importante papel. A criação de novos produtos ou adequação de alguns programas, se for o caso, será de fundamental importância para o atendimento das demandas regionais do interior. Não dá para falar em interiorização e desenvolvimento sustentável sem pensar nas reais necessidades de cada região. É importante destacar que o IEL possui duas unidades de negócios: a Uede e a Ugem. A Uede (Unidade de Educação Empresarial e Estágio) oferta cursos gerenciais de curta, média e
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longa duração, incluindo três cursos de pósgraduação, além, obviamente, do Programa de Desenvolvimento Empresarial. O IEL também é um agente de integração, ou seja, através do seu diversificado e preparado banco de estagiários oferece para as empresas a oportunidade de esses jovens talentos serem preparados como os grandes profissionais do futuro. Temos como lema neste programa “Estágio Responsável”. Oferecemos às empresas toda a orientação sobre a nova lei do estágio e um curso de supervisor de estágio, onde o profissional responsável pelo estagiário na empresa é orientado sobre a melhor maneira de tornar esse período produtivo tanto para o estagiário, quanto para a própria empresa. Pela outra unidade de negócios, a Ugem (Unidade de Gestão Empresarial), oferecemos serviços de inteligência competitiva, que vão desde a implantação de todos os sistemas de gestão certificáveis, até consultorias customizadas de acordo com as necessidades das empresas. Podemos destacar alguns produtos, como Sistema de Gestão da Qualidade, Gestão Ambiental, Saúde e Segurança e um inédito sistema, que é o Fiscal, Financeiro e Trabalhista. É importante frisar que esses sistemas são hoje utilizados dentro do Programa Integrado de Qualificação e Desenvolvimento de Fornecedores (Prodfor), um programa de reconhecimento nacional que tem como mantenedoras 12 grandes empresas do Estado, sendo o IEL responsável pela coordenação-executiva do programa, que já desenvolveu, qualificou e certificou mais de 500 empresas até o ano de 2011. Essa é uma pequena mostra da competência e da diversificada ação do IEL-ES no nosso Estado e, a partir desta nova gestão da Findes, temos o compromisso de disponibilizar toda essa competência e expertise para todo o Estado do Espírito Santo. Estamos sempre atentos aos movimentos do mercado e com o compromisso de levar soluções inteligentes às empresas do nosso Estado. Estamos em fase de conclusão de novos programas e brevemente vamos disponibilizá-los ao mercado. Para saber mais detalhes de todos os programas e do portifólio total do IEL-ES, acesse o site www.iel-es.org.br.
“É verdade também que grandes empresas estão vindo se instalar nos diversos municípios do interior de nosso Estado, trazendo desenvolvimento e oportunidades de grandes negócios”
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ESPECIAL 15 ANOS - ANÁLISE Foto: Arquivo Next
O desenvolvimento econômico do Espírito Santo nos últimos 15 anos
O
Autores: Equipe do Ideies, coordenada por Antonio Fernando Doria Porto, com a colaboração de Sávio Bertochi Caçador, mestre em Economia
anuário “IEL 200 Maiores Empresas de 2011”, elaborado pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES) e pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies) com as maiores empresas localizadas no Espírito Santo, completa 15 anos de existência, com o Estado passando por um bom momento econômico, após ter enfrentado um baque em 2009, como reflexo da crise financeira internacional que se instalou no final de 2008. Esta matéria destaca os principais eventos que contribuíram para o desenvolvimento econômico do Estado entre 1996 (ano no qual foram levantadas as informações referentes às principais empresas para o primeiro anuário “150 Maiores Empresas do Espírito Santo”, publicado em 1997) e 2011,
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bem como alguns fatos que dificultaram maiores avanços no Brasil e no Espírito Santo nesse período. Também faz uma análise sobre a evolução do perfil econômico até 2008, ano em que os últimos dados foram divulgados pelas várias fontes oficiais, com as informações subdivididas nas atividades de agropecuária, indústria e serviços (incluindo o comércio). É importante destacar que, conforme acontece em outras localidades, na medida em que a renda da população vai aumentando, o setor primário (agropecuário) vai cedendo espaço para o setor secundário (indústria) e, posteriormente, para o setor terciário (serviços). E é isso que se verifica nesses últimos anos no Espírito Santo, conforme mostram os dados levantados para esta matéria.
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Foto: Agência Vale
Evolução da economia do Espírito Santo entre 1996 e 2011
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Fotos: Shutterstock
É público e notório que a economia do Espírito Santo vem apresentando taxas de crescimento expressivas, principalmente a partir do final do século passado. No período 1996-2011 isso não foi diferente, embora algumas “pedras” tenham aparecido no caminho, como será mostrado a seguir. Por isso, cabe fazer aqui uma cronologia dos principais fatos diretamente ligados à economia que ocorreram no Espírito Santo no período em questão. Em 1996, talvez o grande evento econômico do ano no Espírito Santo tenha sido a descoberta de petróleo no campo de Fazenda Alegre, em Jaguaré. Tal descoberta permitiu que as atividades da Petrobras ganhassem uma sobrevida no Estado, já que a produção vinha declinando desde o início dos anos 90. No Brasil, o grande destaque foi o início do boom da internet, que iria causar enormes transformações nas comunicações, nas empresas, no comércio e no entretenimento. Em 1997, três fatos merecem destaque. No campo político, a aprovação no Congresso Nacional da Lei n. 9.478, também conhecida como Lei do Petróleo, que abriu a exploração e a produção de petróleo e gás natural às empresas estrangeiras. Esse novo marco institucional permitiu o Brasil se tornar uma das grandes potências energéticas do mundo e aumentou consideravelmente a importância da cadeia de petróleo e gás para a economia capixaba. Naquele mesmo ano, foi descoberto gás
natural no campo de Peroá, litoral norte capixaba. Além disso, a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), atualmente denominada apenas Vale, foi privatizada em maio de 1997. Em 1998, o Brasil passou por uma grave crise econômica, que culminou na adoção do câmbio flutuante e consequente desvalorização do real, em 1999. Se, por um lado, essa crise provocou um aumento no nível de preços, por outro, o real desvalorizado favoreceu as exportações, atividade importante para a economia capixaba em função de seu significativo parque industrial de produção de commodities.
Nos últimos 15 anos, o Espírito Santo apresentou um notório crescimento econômico, motivado, principalmente, pelo desenvolvimento da indústria
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ESPECIAL 15 ANOS - ANÁLISE
Consolidação das maiores empresas no Espírito Santo - 1996 a 2009 (%)
Gráfico 1
100,0%
Serviço Indústria
90,0%
Agropecuária
80,0%
70,0%
60,0%
50,0%
40,0%
30,0% 20,0%
10,0%
0,0%
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
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2009
Fonte: IEL-ES - Elaboração: Ideies
Consolidação das maiores empresas/empregados no Espírito Santo - 1997 a 2009 (%)
Gráfico 2
100,00%
Serviço
90,00%
Indústria
80,00%
Agropecuária
70,00% 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00%
1998
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Fonte: IEL-ES - Elaboração: Ideies
Passando para 2001, o Brasil e o Espírito Santo viveram maus momentos. No cenário nacional, a crise do “apagão” se fez presente em maio daquele ano, o que afetou o fornecimento e a distribuição de eletricidade, quando o País viu a necessidade de racionar o consumo de energia elétrica até o início de 2002. No caso do Espírito Santo, a situação foi um pouco pior, pois “descobrimos” que
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somos a ponta final no sistema nacional de distribuição energética, denotando extrema fragilidade para a continuidade do nosso crescimento econômico. E para não dizer que 2001 foi somente de notícias ruins, foi descoberto petróleo no campo marítimo de Jubarte, no sul do Estado. Em 2002, notícias boas e ruins continuavam estampando as manchetes dos
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Foto: Agência Vale
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o campo terrestre de Inhambu e o campo marítimo de Canapu. Nesse mesmo ano de 2005, a CST foi comprada pela Arcelor – junto com a Companhia Siderúrgica Belgo Mineira e a ArcelorMittal Vega –, dando origem ao grupo Arcelor Brasil. Além disso, mais um “apagão” ocorreu e afetou o Rio de Janeiro e o Espírito Santo, elevando as incertezas com relação ao fornecimento de energia capaz de garantir o crescimento do Estado. No ano de 2006, a Petrobras inaugurou empreendimentos na área de óleo (Estação de Fazenda Alegre e Terminal Norte Capixaba) e de gás natural (Plataforma de Peroá e Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas), além de começar a produção do campo de Golfinho e Foto: Secon/Thiago Guimarães
noticiários de economia. Comecemos com as boas: início da produção em águas profundas no campo de Jubarte e descoberta do Campo de Cachalote; a Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST) inaugurou o Laminador de Tiras a Quente (LTQ), diversificando sua produção; a Aracruz Celulose inaugurou a fábrica C da Unidade de Barra do Riacho, e a Garoto, tradicional fabricante de chocolates, foi comprada pela multinacional Nestlé. Contudo, a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas para as eleições de 2002 causaram temor no mercado financeiro, provocando uma elevação do RiscoPaís e desvalorização do real, consequência da “fuga” de capitais. Esse cenário de incerteza provocou um aumento da inflação e um “congelamento” nos investimentos privados no País. Esse quadro começou a ser revertido em 2003, quando Lula foi conduzido à presidência da República e Paulo Hartung assumiu o governo estadual. A equipe econômica do presidente Lula adotou metas fiscais e de combate à inflação severas, ganhando a confiança do mercado, enquanto o governador Hartung tratava de sanear as contas públicas do Tesouro Estadual. E, em 2003, mais decobertas de petróleo aconteceram no Espírito Santo nos campos marítimos de Baleia Franca, Anã e Azul, na área conhecida como Parque das Baleias, no litoral sul, e no campo de Golfinho, no litoral norte. Em 2004, chega a plataforma P-34 ao Porto de Vitória e, em 2005, foram descobertos
O petróleo foi uma grande descoberta para o Espírito Santo e é um dos grandes impulsionadores da economia capixaba
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ESPECIAL 15 ANOS - ANÁLISE
Produto Interno Bruto do Espírito Santo a preço de mercado (R$ bilhões)
Gráfico 3
80,0 70,0 69 ,9
60,0 60 ,3
PIB
50,0
52 ,8 47 ,2
40,0 30,0
34 ,5
20,0 10,0
14 ,8
16 ,2
17 ,4
18 ,8
21 ,5
22 ,5
24 ,7
24 ,0
0,0 1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
Fonte: IBGE - Elaboração: Ideies
Gráfico 4
Participação do Espírito Santo no Produto Interno Bruto do Brasil (%) 2,5
2,3
Participação no PIB
2, 3 2, 22
2,1
2, 3
,2
2, 1 2, 0
1,9 1, 9
1, 9
1, 9
1, 9
1, 9 1, 8
1,7
1, 8
1,5 1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
Fonte: IBGE - Elaboração: Ideies
do campo de Jubarte, com a P-34. Ademais, foram iniciadas as obras de construção da sede de unidades da Petrobras em Vitória e anunciada descoberta de gás durante a perfuração do poço 6-ESS-168, no bloco BM-ES-5, ao norte do campo de Camarupim. E mais uma mudança no controle acionário no setor siderúrgico: em junho de 2006, a Mittal Steel fundiu-se com a Arcelor e criou o grupo ArcelorMittal. No plano político estadual, Hartung encerra seu primeiro mandato colocando as contas do Estado em dia e ainda lança um planejamento estratégico de longo prazo para o Espírito Santo, o “ES 2025”. O grande fato econômico de 2007, no Espírito Santo, foi o início da operação do terceiro alto-forno da ArcelorMittal Tubarão. Com um investimento de US$ 1 bilhão,
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foram construídas novas unidades produtivas, que elevaram a capacidade de produção de 5 milhões para 7,5 milhões de toneladas de aço por ano. O governo Lula, em seu segundo mandato, lança o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que previa investimentos de mais de R$ 300 bilhões. Nesse mesmo ano, o mercado de derivativos do setor imobiliário americano, conhecido como subprime, apresentava seus primeiros problemas, que culminaram numa crise financeira nos Estados Unidos em setembro de 2008. Ainda naquele ano, teve início a extração experimental de óleo na camada do présal no Campo de Jubarte, sul do Estado, considerada uma das mais importantes jazidas de petróleo já descobertas no Brasil. A Samarco começou a operar a terceira usina de pelotização, o que aumentou a capacidade
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Foto: Secon/Romero Mendonça
Produto Interno Bruto per capita do Brasil, Região Sudeste e Espírito Santo 1996 - 2008 (R$/habitantes)
Gráfico 5
24.750 21.183
22.000 Brasil
19.250
20.231 Sudeste
16.500
Espírito Santo 12.424
PIB
13.750
11.140
14.009
15.990
11.998 9.498
11.000 8.378 8.250
6.483
5.500
4.743
10.692 9.425
8.258
4.583 2.750 0 1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
Fonte: IBGE - Elaboração: Ideies
de produção para 23,5 milhões de toneladas de pelotas por ano, e anunciou o projeto da quarta usina. No último trimestre de 2008, estoura a crise financeira nos Estados Unidos, afetando a atividade no Brasil e, sobretudo, no Espírito Santo, em função de seu maior grau de abertura externa. A crise atingiu em cheio várias empresas brasileiras, dentre elas a Aracruz Celulose. Por conta disso, a empresa capixaba ficou em situação financeira ruim e em setembro de 2009 fundiu-se com a VCP para formar a Fibria, tornando-se líder global no mercado de celulose. Ainda naquele ano, a ArcelorMittal 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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Tubarão, com investimento da ordem de US$ 120 milhões, inaugurou a expansão do LTQ, que permitiu ampliar sua capacidade de produção de 2,8 milhões para 4 milhões de toneladas de bobinas a quente por ano. Já em 2010, os destaques ficam por conta do governo estadual. Primeiro, com o anúncio de um pacote de investimentos de R$ 1 bilhão, o maior da história capixaba. Segundo, com o lançamento do Plano Estratégico de Logística e Transportes do Espírito Santo (Peltes), importante instrumento para o desenvolvimento da infraestrutura do Estado. E foi inaugurado o 27
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ESPECIAL 15 ANOS - ANÁLISE
Consolidação das maiores empresas/empregados no Espírito Santo - 1997 a 2009 (%)
Gráfico 6
70,0
Participação no valor adicionado bruto
60,0 50,0
55 ,6
Serv iços
61 ,2
58 ,2
57 ,9
56 ,9
56 ,5
10,0
28, 3
22, 9
16 ,1
15 ,1
25 ,7
24, 4
12 ,9
24 ,6 8, 7
8, 2
14 ,9
9, 2 6, 0
0,0 1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
19 ,9
23 ,0
16 ,1
10 ,8
9, 4
3, 8
2005
Indúst ri a Ex tr ativ a A gro pecuá ri a
28, 2
26, 8
24, 5
36 ,0
34 ,0
32 ,7
31 ,8
20,0
Indúst ri a Ou tra s Indús tri as *
40,0 30,0
57 ,1
9, 59 2006
,3 2007
6, 8 2008
*Ind. Transformação Produção e distribuição de eletricidade e água e esgoto e limpeza urbana Construção Civil Fonte: IBGE - Elaboração: Ideies
Gasoduto Sudeste Nordeste (Gasene), de 1,4 mil quilômetros de extensão e capacidade de transporte de 20 milhões de metros cúbicos diários de gás natural. Por fim, o PAC 2 foi lançado em março daquele ano. E o que esperar para os próximos anos? Vários investimentos importantes estão previstos, destacando-se: exploração de petróleo e gás pela Petrobras; a Companhia Siderúrgica de Ubu (CSU), da Vale; complexo portuário e de pelotização da Ferrous; oitava usina de pelotização da Vale; Ferrovia Litorânea Sul, da Vale; estaleiro naval da Jurong; expansão do aeroporto de Vitória, entre outros. Além disso, desafios ainda se fazem presentes, dentre eles: a necessária interiorização do desenvolvimento, ainda muito
concentrado na Grande Vitória e indo, praticamente, em direção à orla maritima do Estado; redução da dependência da produção de commodities; as repercussões da crise soberana nos Estados Unidos e na zona do euro na economia brasileira e capixaba, entre outros.
A evolução das empresas do Espírito Santo que compuseram os 15 anos do anuário “200 Maiores” Quando se analisa a participação das empresas, por ramo de atividade (agropecuária, indústria e serviços – que inclui o comércio), no total das maiores empresas do Espírito Santo que compuseram as 15 edições do anuário, verifica-se que a participação do setor industrial diminuiu em favor do setor de serviços em 2004 (38,7%), mesmo percentual que em 1996 e 1997 (ver Gráfico 1). O mesmo aconteceu quanto à participação da quantidade de empregados das maiores empresas que compuseram as várias edições do anuário. O pico de trabalhadores na indústria também foi em 2004, quando atingiu 53,6% da quantidade total, caindo para 42,5% em 2009, enquanto nos serviços passaram de 44,5% para 56,5%, nos mesmos anos (ver Gráfico 2).
O PIB do Espírito Santo e sua posição no Brasil (1996-2008) Em 1996, o Produto Interno Bruto (PIB) do Espírito Santo era R$ 14,8 bilhões, participando com 1,9% no PIB brasileiro, que foi R$ 778,9 bilhões. Em 2008 (último ano com dados disponíveis), o PIB do 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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Foto: Arquivo Next
Em 2004, houve o grande pico de trabalhadores na indústria, que, nesse ano, empregou 53,6% da mão de obra local
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Foto: Incaper
Série encadeada do volume do valor adicionado bruto a preços básicos, Espírito Santo e Brasil 1996-2008 (Base 100 = 2005)
Gráfico 7
200,0 18 0, 9 180,0
16 8, 5
Série encadeada do PIB
BR 160,0
156, 8
ES 146, 3 14 0, 7
140,0
13 1, 1 12 1, 2
120,0 10 6, 2 100,0 10 1, 9
105, 8
109, 8
111, 2
10 4, 9
105, 2
105, 9
1997
1998
1999
133, 0
14 5, 5 13 8, 9
12 2, 1 123, 0
110 ,0
111 ,6
11 5, 0
11 6, 5
2002
2003
12 6, 6
13 1, 3
80,0 1996
2000
2001
2004
2005
2006
2007
2008
Fonte: IBGE - Elaboração: Ideies
Espírito Santo atingiu R$ 69,9 bilhões, representando 2,3% do PIB brasileiro, que foi de R$ 3 trilhões. No período 1996-2008, o PIB do Espírito Santo cresceu quase cinco vezes, a preços correntes, com a participação no PIB brasileiro entrando na casa dos 2%, a partir de 2004 (ver gráficos 3 e 4). Entre 1996 e 2003, a economia capixaba estava em 12º lugar no ranking nacional do PIB, mudando de patamar a partir de 2004, quando assumiu a 11ª colocação. Quanto ao PIB per capita, em 1996, ele era R$ 4.583,00, inferior à Região Sudeste, de R$ 6.483,00, e do Brasil, com R$ 4.743,00. 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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Em 2002 e 2003, os PIBs per capita do Espírito Santo eram praticamente os mesmos do Brasil. A partir de 2004, o PIB per capita do Espírito Santo se descola do PIB per capita brasileiro e torna-se maior, aproximando-se rapidamente da média da Região Sudeste (ver Gráfico 5). Em 2008, oito unidades federativas tiveram o PIB per capita acima da média brasileira: Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Paraná, ou seja, todos os Estados da Região Sul, três da Sudeste e dois da Centro-Oeste. Naquele ano, 29
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ESPECIAL 15 ANOS - ANÁLISE
Série encadeada do volume do valor adicionado bruto a preços, por atividades econômicas, no Espírito Santo 1996-2008 (Base 100 = 2005)
Gráfico 8
Agropecuária
420,0
400,4
Indústria Outras Indústrias
360,0
Série encadeada do PIB
Indústria Extrativa
315,3
Serviços
300,0
243,7 240,0 203,6
216,5
216,1
184,8
187,2
206,1
180,0
166,7
179,8 130,2
128,7
161,2
122,0
120,0 102,1
100,4
103,0
104,3
108,7
1996
1997
1998
1999
2000
108,1
2001
120,8
121,9
2002
2003
219,6
128,4
135,5
142,1
148,4
2006
2007
152,3
60,0 2004
2005
2008
Fonte: IBGE - Elaboração: Ideies
o PIB per capita capixaba foi R$ 20.231,00 (5º lugar); o da média da Região Sudeste, de R$ 21.183,00, e a do Brasil, R$ 15.990,00.
A evolução das atividades econômicas do Espírito Santo no Valor Adicionado Bruto a preços básicos (1996-2008) Quando se analisa a participação de cada atividade econômica (agropecuária, indústria e serviços) no Valor Adicionado Bruto (VAB) total (base para o cálculo do PIB) a preços básicos, verifica-se que a indústria
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Foto: Arcelor
A inovação, com a inserção de novos processos e métodos, foi grande responsável pela diversificação e agregação de valor aos produtos industriais
capixaba cresceu sua participação de 28,3%, em 1996, para 36%, em 2008, 7,7 pontos percentuais a mais. Porém, quando é separada a participação da indústria extrativa com a das indústrias de transformação; de distribuição de água, eletricidade, esgoto e limpeza urbana, e da construção, verifica-se que o crescimento da indústria no VAB deveu-se à primeira (indústria extrativa). No período 1996 a 2008, a indústria extrativa passou sua participação de 3,8% (1996) para 16,1% (2008), 12,3 pontos percentuais a mais, enquanto as demais indústrias recuaram 4,6 pontos percentuais, de 24,5% (1996) para 19,9% (2008). Quanto à agropecuária, sua participação no VAB, que era de 16,1% em 1996, caiu para 6,8% em 2008 (queda de 9,3 pontos percentuais), e os serviços passaram de 55,6% em 1996 para 57,1% em 2008, acrescendo 1,5 ponto percentual (ver Gráfico 6). Quando se considera o ano de 1995 como base, a economia capixaba cresceu 80,9% até 2008, acima da média brasileira, que aumentou 45,5% (ver Gráfico 7), o quarto maior crescimento do País, superado pelo Mato Grosso (124,3%), Amazonas (100,9%) e Amapá (90,3%). Para esse período de 13 anos, a agropecuária capixaba cresceu mais do que o dobro (119,6%), enquanto a média brasileira foi de 68,1%. Também nessa atividade, o Espírito Santo foi o quarto colocado entre os Estados, ficando atrás de Mato Grosso (283,6%), Amapá (130,9%) e Bahia (121,8%).
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IDH do Brasil, Região Sudeste e Espírito Santo 1996 a 2007
Gráfico 9
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0,850 0,824 0,820
0,803
0,802
0,793
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0,788
0,790
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0,794
0,770 0,760
0,821
0,813
0,808
0,782
0,755
0,773
BR
0,765 0,752
Sudeste
0,730
Espírito Santo
0,700 1996
1997
19981
9992
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001
2002
20032
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2005
2006
2007
Fonte: Pnud - Elaboração: Ideies
Foto: Agência Vale
Quanto à indústria, o Espírito Santo cresceu 87,2% no período, o nono maior crescimento do País que foi, na média, 33,7%. O crescimento da indústria capixaba foi puxado pela indústria extrativa, que aumentou 300,4%, o maior do Brasil (excluído Tocantins, cujo ano base é 2002 e cresceu 394%), enquanto a indústria de transformação cresceu 52,3%, superior à média brasileira de 28,3% e à do Sudeste (17,6%). No setor de serviços, o Espírito Santo cresceu, entre 1996 e 2008, 61,2%, acima do crescimento da indústria de transformação, da média brasileira (48,8%) e da média da Região Sudeste (44,8%). Ver Gráfico 8.
A evolução do IDH no Espírito Santo
IDH O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) foi criado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) para medir o nível de desenvolvimento humano dos países a partir de indicadores de educação (alfabetização e taxa de matrícula); longevidade (esperança de vida ao nascer) e renda (PIB per capita). O índice varia de 0 a 1. Os países com IDH até 0,499 têm desenvolvimento humano considerado baixo; os países com índices entre 0,500 e 0,799 são considerados de médio desenvolvimento humano e os com IDH maior que 0,800 têm desenvolvimento humano considerado alto.
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Quanto ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), entre 1996 (0,755) e 2005 (0,802), e com estimativas do Banco Central do Brasil para 2006 (0,808) e 2007 (0,821), o Espírito Santo, caso fosse um País, estaria entre os de desenvolvimento humano elevado, acima da Rússia e próximo da Sérvia (ver Gráfico 9). No período entre 1996 e 2007, o Espírito Santo teve o IDH sempre superior ao do Brasil e inferior ao da Região Sudeste, ocupando, em 2007, o 10º lugar entre os Estados brasileiros, estando atrás de todos os Estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com exceção do Mato Grosso. 31
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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL
Ana Paula Vescovi é mestre em Administração Pública e Economia
Prospecções para o desenvolvimento socioeconômico do Espírito Santo
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“A capacidade fiscal precisa ser mantida e melhorada e os riscos são conhecidos: mudanças no ICMS, na distribuição dos royalties e dos recursos de fundos federais” 36
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redemocratização no Oriente Médio e norte da África vierem a se concretizar. As principais causas desse descolamento estão assentadas na evolução diferenciada dos fundamentos nas economias em desenvolvimento: capacidade fiscal, com redução do endividamento público; estabilidade política ou democrática; e desenvolvimento do mercado de capitais. As oportunidades estão mais claras em duas vertentes: os hiatos tecnológicos, que geram vantagens de apropriação das novas tecnologias a um custo inferior ao seu desenvolvimento, e o ciclo de alta de preços dos recursos naturais, que poderá perdurar por alguns anos. Os riscos, contudo, também existem: a euforia nos emergentes pode ensejar falta de cuidado com os fundamentos; a inflação em alta poderá Foto: Arquivo Next
desenvolvimento do Espírito Santo é incontestável e muito já se evidenciou sobre sua evolução temporal, determinantes e virtudes. Foi possível comprovar sua viabilidade com os ganhos institucionais a partir de 2002, que permitiram a conjunção de crescimento acelerado com distribuição da renda. Por conviver com maiores taxas de investimento e crescimento e com uma transição demográfica e produtiva, a economia do Estado se revela muito volátil, com reflexos para as finanças públicas, ciclos de negócios e mercado de trabalho. O início de novo ciclo político no Legislativo e no Executivo enseja o deslocamento das discussões sobre os resultados recentes para a prospecção de cenários e oportunidades. O contexto internacional sinaliza elevação dos riscos e maior instabilidade nos mercados financeiros, com redução dos mecanismos para sua mitigação e descolamento do núcleo dinâmico do crescimento mundial. Simultaneamente, a nova ordem ambiental viabiliza a sustentabilidade e a economia criativa como novas fronteiras de negócios. A dinâmica dos países em desenvolvimento tem como componentes a expansão do mercado interno e profundas melhorias institucionais. O mundo, que tem prestado muita atenção na China, Brasil, Rússia e Índia, começa a perceber a reconstrução em países da África, especialmente após o fim de longas disputas civis. Essas regiões têm atraído investimentos e contribuirão para o fortalecimento do comércio internacional sul-sul, fora dos núcleos prevalecentes. As consequências estão em curso e implicam mudanças na interdependência econômica entre economias avançadas e em desenvolvimento. Esses processos poderão se aprofundar no futuro se os movimentos de
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abortar o ciclo expansionista; os eventos nas economias avançadas poderão levar à desarticulação do euro e da dívida norte-americana; o excesso de liquidez internacional poderá contaminar a taxa de câmbio e desarticular os preços relativos nas economias emergentes; o endividamento corporativo em alta nos emergentes impõe riscos quando houver elevação dos juros internacionais. Feito o balanço de oportunidades e riscos para os emergentes, onde se inclui o Brasil, resta refletir sobre o posicionamento do Espírito Santo. Ou seja: de que modo promover o desenvolvimento das instituições locais para ensejar ganhos de bem-estar para os capixabas, a partir do crescimento econômico e dos riscos que se vislumbram nos próximos anos? Sugiro três pontos principais, trazidos a partir do diagnóstico das condições socioeconômicas e institucionais prevalecentes no Estado. Primeiro, a manutenção dos fundamentos. A capacidade fiscal precisa ser mantida e melhorada e os riscos são conhecidos: mudanças no ICMS, na distribuição dos royalties e dos recursos de fundos federais. O monitoramento sistemático e transparente do fluxo de caixa nas contas estaduais e dos maiores municípios pode edificar um modelo de reservas contingenciais para fazer frente às fortes oscilações da economia. Um passo à frente pode ser a constituição de uma poupança pública de longo prazo, como fonte concursável para financiamento de projetos
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estruturantes, fora da dependência de recursos externos, o que somente será obtido por meio do desenvolvimento de altas capacidades técnicas dentro dos órgãos de Estado. O segundo ponto seria a promoção do desenvolvimento local, com dinâmica do litoral para o interior, que poderá ser impulsionado por um conjunto de mecanismos: • O modelo de desenvolvimento do agronegócio, baseando-o no tripé tecnologia pró-ativa, financiamento e securitização, novos mercados e associativismo. O fortalecimento do café conilon e a diversificação na direção da pecuária, fruticultura, silvicultura e aquicultura integrados à indústria são pressupostos atuais a serem fortalecidos; • Modernização dos sistemas de licenciamento ambiental, de modo a conferir diferencial para o avanço das parcerias público-privadas e para o desenvolvimento da infraestrutura local; • O desenho de mecanismos regulatórios para infraestrutura e serviços sociais, por meio da construção de um Estado gerencial, mais leve e efetivo, capaz de formar redes e funcionar alinhado à sociedade; • Promoção do fortalecimento das instituições para pensar e realizar o desenvolvimento local, com foco no adensamento das redes de cidades e na interlocução estratégica com as instâncias privadas e governamentais voltadas à interiorização; • Inovação tecnológica, por meio do incentivo à absorção de tecnologias da informação e da pesquisa e desenvolvimento para a sustentabilidade. O terceiro ponto seria promover um salto de qualidade na política social, por meio de um conjunto viável de ações, entre elas: • Uso intensivo da tecnologia da informação para melhorar a prestação de serviços e sua focalização e avançar na adaptação às mudanças climáticas; • Construção de sistemas gerenciais na saúde, educação, assistência e segurança voltados à transparência dos resultados para a sociedade e meritocracia, o que pode esbarrar em interesses corporativos cristalizados na legislação brasileira para o setor público e exigir criatividade e segurança jurídica para suplantá-los; • Intensificar o uso de parcerias públicoprivadas para a gestão de serviços sociais; • Avançar no gerenciamento do território, identificando fluxos e hiatos de equipamentos e serviços, antecipando impactos interpostos pela dinâmica socioeconômica e ambiental. 37
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MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
A micro e pequena empresa como vetor de desenvolvimento regional Benildo Denadai é diretor-técnico do Sebrae-ES
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s micro e pequenas empresas (MPEs) representam a grande oportunidade de desenvolvimento regional para os Estados e o Brasil. Seu grande papel é o de geração de emprego, renda e desenvolvimento regional, na medida em que estão presentes em todos os municípios brasileiros, enquanto as médias e grandes existem em apenas cerca de 300 deles, cabendo, portanto, a elas a responsabilidade de gerar recursos fiscais e oportunidades para as MPEs. No campo do encadeamento produtivo, temos no Brasil muito para avançar, já que as grandes empresas brasileiras ainda compram muito pouco das MPEs. Se essa prática for mais e consistentemente explorada, a relação de compra das grandes para com as MPEs pode chegar a 20%, contra uma média praticada hoje, segundo a literatura, que não passa de 7%. Outro campo a avançar são as compras governamentais, cuja participação das micro e pequenas empresas ainda é muito aquém daquilo que seria considerado ideal. Nesse sentido, um grande trabalho está sendo feito pelo Sebrae-ES para ampliar essa participação, com base na Lei Geral das MPEs. As exportações também representam uma grande oportunidade para as MPEs, principalmente para as mais inovadoras e competitivas. Apenas cerca de 0,5% das MPEs brasileiras exportam e são responsáveis por menos de 1,5% do valor total exportado pelo Brasil. Muito tem sido feito em favor das MPEs brasileiras, porém, há muito por fazer para que elas possam oferecer para a nação, em sua plenitude, toda sua capacidade de fomentar o desenvolvimento regional do País. Também no Espírito Santo, as MPEs ajudam a impulsionar o desenvolvimento capixaba. Responsáveis por 99% do total de empresas e pela geração de mais de 332.800 empregos no Estado, as MPEs capixabas lideram o
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desenvolvimento regional do Espírito Santo, que vive um dos mais importantes momentos de sua história, despontando no cenário nacional com altas taxas de crescimento econômico e atraindo grandes investimentos nos mais diversos setores. As MPEs capixabas foram parte atuante e eficaz para impulsionar esse desenvolvimento da economia do Estado, já que representam 99% do total de empresas no Espírito Santo, somando 119.387 estabelecimentos, e são responsáveis por 68% de todos os postos de trabalho criados, segundo dados da pesquisa Rais e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), publicado pelo Ministério do Trabalho e Emprego em maio de 2011.
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Somando-se o aumento da diversificação de produtos e serviços à crescente geração de emprego e renda, as MPEs do Estado têm alavancado o desenvolvimento econômico capixaba. Para isso, elas contam com um grande investimento do governo, de parceiros e da iniciativa privada. Em sintonia com a nova realidade do setor econômico estadual, o Sebrae-ES viu crescer sua responsabilidade, consolidando e intensificando um modelo de desenvolvimento baseado na facilitação do acesso a insumos produtivos – conhecimento, crédito, tecnologia e capacitação – em favor de micro e pequenas empresas, de empreendimentos emergentes e de empreendedores individuais e, por isso, tem contribuído para uma mudança geral na cultura das micro e pequenas empresas. Como principal agente de apoio às MPEs, a entidade desenvolve projetos para promover e estimular o desenvolvimento e a sustentabilidade desses negócios, contribuindo para os resultados e fomentando a cultura do empreendedorismo capixaba, o que se traduz em investimentos, melhoria de renda e geração de postos de trabalho. Foto: Shutterstock
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Em um esforço conjunto com diversos parceiros privados, entidades de representação empresarial, órgãos de apoio e fomento e secretarias de governos estadual e municipais, o Sebrae-ES atua com projetos voltados para o desenvolvimento do agronegócio, comércio e serviços, cultura, indústria, multissetorial e turismo, desenvolvendo ações de conhecimento, tecnologia, modernização de gestão, acesso a crédito e mercados, projetos de políticas públicas / articulação institucional, além de capacitação do empreendedor visando à melhoria da qualidade de sua decisões na empresa. Graças aos resultados dessas ações, o Espírito Santo está em primeiro lugar no ranking de sobrevivência dos micro e pequenos negócios ao final dos dois primeiros anos de vida, mantendo o menor índice de mortalidade de MPE no Brasil, com 14%, comparado ao índice nacional, que é de 22%. O crescimento do número de Empreendedores Individuais (EIs) também é um dado que superou as expectativas. Em 2010, o Estado alcançou a 4ª colocação no ranking nacional, contribuindo para a marca de 1 milhão de EIs. A meta era de 16 mil EIs registrados no Espírito Santo, mas o Sebrae-ES, em conjunto com seus parceiros, superou a marca de 21 mil – contabilizando 131% de realização dessa meta. Outro fator fundamental foi a descentralização do desenvolvimento regional do Espírito Santo, com a criação das Agências de Desenvolvimento Regional do Sebrae-ES (ADRs), que nasceram para levar dinamismo econômico às microrregiões do Estado e expandir a atuação do Sebrae nas regiões mais afastadas da Grande Vitória. Hoje, o Sebrae-ES conta com cinco ADRs: Linhares, Anchieta, Colatina, Cachoeiro de Itapemirim e Venda Nova do Imigrante, além da agência da Grande Vitória. Vale lembrar que os setores com presença de maior número de micro e pequenos empresas são o de comércio e o de serviços. É através desses segmentos que os jovens têm maior oportunidade do primeiro emprego e são eles que também oferecem mais trabalho às pessoas de maior idade. Tudo isso contribui para o crescente desenvolvimento regional do Estado e para o aquecimento da economia capixaba.
“O Espírito Santo está em primeiro lugar no ranking de sobrevivência dos micro e pequenos negócios ao final dos dois primeiros anos de vida, mantendo o menor índice de mortalidade de MPE no Brasil”
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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL
A indústria criativa no Espírito Santo e a sustentabilidade Antonio Fernando Doria Porto é engenheiro metalurgista com mestrado em Engenharia de Produção e Administração e gerente-executivo do Ideies
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Espírito Santo vive, no momento, um cenário muito positivo do ponto de vista de seu desenvolvimento econômico. Os novos investimentos que estão sendo realizados, ou que irão se realizar nos próximos anos, mudarão o perfil de sua indústria, com menor peso relativo das commodities, embora estas continuem sendo importantes para o Estado. Fábricas de motores elétricos, fertilizantes nitrogenados, linha branca (geladeira e fogão), papel, usina siderúrgica, construção naval, entre outras, aumentarão o valor agregado da produção industrial, com reflexos positivos na geração de emprego e na renda dos capixabas. Tudo isso na hoje chamada indústria tradicional. Outro grande salto importante começa a ser delineado no Espírito Santo em direção à sustentabilidade de seu futuro, ancorado no desenvolvimento de sua indústria criativa. Sustentabilidade, a palavra-chave do momento, é um conceito sistêmico com base em quatro pilares: econômico, social,
ambiental e cultural e, paralelamente, em que toma força a conscientização mundial voltada para a construção de uma economia verde. A indústria criativa também passa a ter seu lugar ao sol, dado que sua matéria-prima não são os recursos naturais, mas, sim, a criatividade, o conhecimento e os recursos culturais de uma localidade. Seu grande diferencial é que elas promovem desenvolvimento sustentável, e não apenas econômico, servindo, inclusive, de âncora para a indústria tradicional, promovendo a inclusão social e preservando o meio ambiente. O primeiro Fórum Internacional das Indústrias Criativas, realizado na cidade de St. Petersburg, na Rússia, em 2002, definiu essas indústrias como “o termo utilizado para descrever a atividade empresarial na qual o valor econômico está ligado ao conteúdo cultural. Indústria Criativa une a força tradicional da chamada cultura clássica com o valor agregado do talento empresarial e os novos talentos da mídia eletrônica e da comunicação”.
A contribuição da Indústria Criativa no PIB e no emprego (%) 12,0
11,1
11,1
11,0
PIB
10,0
Emprego 8,7
8,5 8,0 6,7 5,7 5,8
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5,6 4,5
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4,0
7,3
7,1 6,1 4,9
4,5
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5,6 4,8
4,8
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4,4 4,2
3,4
4,8
4,2 3,0
4,3 3,6
3,5 2,5
2,0
1,9
COREIA
UCRÂNIA
PERU
ROMÊNIA
JAMAICA
CROÁCIA
LÍBANO
RÚSSIA
MÉXICO
BULGÁRIA
FILIPINAS
HUNGRIA
LETÔNIA
CANADÁ
CINGAPURA
EUA
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Fonte: Ompi / Elaboração: Ideies
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Foto: Arquivo Next/Julio Marcelo Stabnow
Segundo a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (Ompi), a contribuição econômica das indústrias criativas varia de mais que 10% do PIB nos Estados Unidos até em torno de 2% a 2,5% na Bulgária e Ucrânia. São, também, importantes empregadoras de mão de obra formal e informal (ver gráfico). No Brasil, estima-se que as indústrias criativas movimentam 2,6% do PIB e empregam 638 mil trabalhadores, envolvendo os setores de arquitetura, moda, design, software, mercado editorial, televisão, filme e vídeo, artes visuais, música, publicidade, expressões culturais e artes cênicas.
O Espírito Santo e as indústrias criativas As características do Espírito Santo – com sua população descendente principalmente de italianos, alemães, portugueses, africanos e indígenas – moldaram uma cultura única e diferenciada dos grandes centros, possuindo, por isso, grande oportunidade para desenvolver suas indústrias criativas e incrementar o comércio capixaba tanto nacional quanto internacional, com alto valor agregado. Do congo, com seu instrumento típico, a casaca, até o Carnaval e a panela de barro, para sua moqueca, até sua arquitetura, design de moda e de interiores, o potencial é muito grande. Outros setores que podem contribuir para a alavancagem da indústria criativa no Estado é o do turismo, tanto o de negócios quanto o de lazer ou ecológico, assim como a indústria de entretenimentos. Porém, como vários experts já observaram, as indústrias criativas não nascem por geração espontânea, necessitando de planejamento, aprendizado em elaboração e execução de projetos, apoio de organizações 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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governamentais, empresariais e do terceiro setor, de incentivos e financiamentos para se transformarem em um setor industrial forte e sustentável. Com o tempo, e com esse apoio, as indústrias criativas do Espírito Santo acabarão por eliminar suas fronteiras com a indústria tradicional, na medida em que os avanços tecnológicos vão surgindo, elevando o valor agregado de vários setores industriais capixabas, como o de vestuário, moveleiro, de alimentos e bebidas, de embalagem e da construção, entre outros. Os dados sobre as indústrias criativas no Espírito Santo, levantados pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies), mostram que em 2009 existiam mais de 600 empresas empregando formalmente cerca de 5.800 trabalhadores constituindo-se importante segmento de nossa economia. Atenta a esse fato, a Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes) instituiu o Comitê para o Desenvolvimento da Indústria Criativa Capixaba, sob a coordenação do Ideies e com a participação de representantes de sindicatos da indústria, Governo do Estado do Espírito Santo, academia e organizações não governamentais visando ao desenvolvimento do setor de forma articulada. Com o objetivo de profissionalizar o universo criativo capixaba, que ainda é muito informal (artesão, escritor, artista plástico, entre outros), além de fortalecer e expandir a indústria criativa formal, acreditamos que as entidades componentes do Comitê contribuirão para escrever a história do desenvolvimento do Espírito Santo, com sustentabilidade, no século 21.
“A indústria criativa também passa a ter seu lugar ao sol, dado que sua matéria-prima não são os recursos naturais, mas, sim, a criatividade, o conhecimento e os recursos culturais de uma localidade”
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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL
Na hora certa Clóvis Abreu Vieira é economista e sócio da Vieira e Rosenberg Consultoria
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s fundamentos da economia brasileira – políticas monetária e fiscal, balanço de pagamentos, distribuição de renda e nível de atividade – têm experimentado excelentes resultados. Em consequência, têm incentivado os agentes econômicos para iniciativas de investimentos e chamado a atenção dos investidores internacionais para o Brasil.
Entretanto, essas características estruturais da economia brasileira e suas boas repercussões devem ser mais bem analisadas no contexto atual do melancólico quadro internacional, em que os desafios são impostos ao bom funcionamento da atividade produtiva capitalista. Nos Estados Unidos, os dados revelados indicam uma trajetória não persistente de Foto: Arquivo Next
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recuperação; as expectativas dos consumidores e produtores não são otimistas e, ainda o pior, encerrou-se o programa de estímulo macroeconômico para a dinamização da economia sem uma solução para o imbróglio em torno da elevação do teto de endividamento, dadas as dificuldades impostas pelos republicanos. Na Europa, as crises financeiras se sucedem a partir da Grécia e indicam uma redução da confiança, um menor desejo de os “ricos” direcionarem mais recursos e da população local continuar atrelada ao Euro. No recente teste de estresse dos bancos europeus, que avalia a solvência dessas instituições diante de um cenário de retração econômica e elevação de desempregos, falharam oito dos 90 bancos pesquisados. É de se frisar que dos bancos reprovados cinco são da Espanha, dois da Grécia e um da Áustria, indicando uma necessidade de 2,5 bilhões de euros em capital. O teste revelou ainda que a exposição dos bancos a títulos da Grécia totaliza 98,2 bilhões de euros, da Irlanda 52,7 bilhões de euros e de Portugal 43,2 bilhões de euros. Na China, a inflação ultrapassa 5%, os juros continuam a subir e já se espera que o governo permita uma significativa elevação do Yuan para conter a alta interna dos preços. Como resultado, poderá exportar inflação para todo o mundo, via preços da produção chinesa, que abastece o planeta. Sinteticamente, podemos dizer que, apesar da gravidade da situação engendrada pela superalavancagem dos Estados Unidos em 2008, o cenário continua positivo, ainda que cruel. Contudo, com o passar do tempo, as dívidas estarão sendo recicladas
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pelo plano estabelecido pela União Europeia (UE) e Fundo Monetário Internacional (FMI), com a participação dos credores privados, evitando, assim, o temido colapso e possibilitando uma saída sem ruptura. Nesse cenário apresentado para a economia mundial, nossa política econômica é dada como “exemplar” para o mundo. Na política monetária, os juros sobem assustadoramente e não há “fumaça” no nosso sistema financeiro. Na política fiscal, vê-se um exuberante crescimento da arrecadação tributária. Na política cambial, as reservas crescem ao lado da persistente valorização do Real, ícone de uma solidez que o País jamais apresentou. É, no entanto, necessário considerar que, há décadas, praticamos juros reais inconcebíveis; que o gasto público cresce pressionado pelas demandas políticas e não dá expansão aos investimentos; que não conseguimos agregar valor às nossas commodities investindo em tecnologia; que a carga tributária é cada vez maior, com o setor público apoderando-se cada vez mais do produto do setor privado, e que não fizemos nada para implantar um arcabouço institucional moderno e sustentável economicamente. Ainda assim, para o mundo, ofuscamos pela qualidade de nossos indicadores de curto prazo, minimizando a repercussão das críticas aos que apontam as debilidades estruturais de nosso sistema. Salvo se houver um agravamento mais intenso do cenário internacional, estamos na hora certa de enfrentarmos os desafios, de pormos a casa em ordem e de crescermos sustentavelmente. Em definitivo, o futuro do Brasil está nas mãos dos brasileiros.
“Nesse cenário apresentado para a economia mundial, nossa política econômica é dada como ‘exemplar’ para o mundo”
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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL
Pense nas pequenas primeiro Lucas Izoton é vice-presidente da CNI e presidente do Conselho Temático Superior da Micro e Pequena Empresa da CNI (Compem)
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ode parecer curioso ou mesmo contraditório que, na edição comemorativa dos 15 anos do Anuário “200 Maiores Empresas do Espírito Santo”, eu esteja falando justamente sobre os pequenos negócios. Na verdade, gostaria de levar ao leitor uma reflexão sobre o destino das pequenas empresas em nosso País. Existe um conceito exitoso nos países de primeiro mundo intitulado “Pense nas pequenas primeiro”. No fundo, essa frase significa que, sempre que um governo ou entidade elaborar uma política de desenvolvimento, é necessário avaliar qual será o impacto sobre as pequenas empresas. Dessa maneira, garante-se que as políticas públicas vão beneficiar realmente os micro e pequenos empresários, pois eles são a maioria de qualquer país. É importante destacar que 99% das empresas brasileiras são de micro e pequeno porte, e estas representam cerca de 20% do PIB brasileiro e por volta de 50% dos empregos gerados. No setor industrial, das cerca de 600 mil indústrias brasileiras, 0,5% são de grande porte; 2,5%, de médio, e 97% de micro e pequeno porte. Ou seja, os micro e pequenos negócios são predominantes no Brasil tanto na geração de empregos, quanto no número de empreendedores. Por isso, é fundamental garantirmos não somente sua sobrevivência, mas também a possibilidade de crescimento dessas empresas. Outro dado importantíssimo é que em países ou regiões onde existe uma política clara e específica voltada para o estímulo do empreendedorismo e desenvolvimento de negócios de pequeno porte, é notória a melhoria na qualidade de vida e também no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que é baseado no trinômio educaçãolongevidade-renda per capita. Aqui no Espírito Santo, como em todo o Brasil, temos contradições. Nossa capital,
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Vitória, possui qualidade de vida praticamente de primeiro mundo, muito próxima à de países europeus. Ao mesmo tempo, possuímos municípios, principalmente na região noroeste,
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Otimismo
Foto: Montagem/Arquivo Next e Shutterstock
cujos índices são similares a nações africanas de reconhecida pobreza. E é justamente por conta dessas diferenças que enfatizo um trabalho especial voltado para micro e pequenos empresários.
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Continuo acreditando no Brasil e sendo muito otimista com ele, e em particular, comoEspíritoSanto.DigoatéqueonossoEstado é o Brasil que está dando certo, pois, na área industrial, estamos tendo crescimento muito acima da média nacional e constatando um processo de industrialização, ao contrário da tendência atual brasileira. Na Confederação Nacional da Indústria (CNI), onde atuo como vice-presidente e presidente do Conselho Temático Superior da Micro e Pequena Empresa (Compem), temos desenvolvido um trabalho muito forte no intuito de melhorar a competitividade dos pequenos negócios industriais, principalmente através da melhoria da gestão, da implementação da inovação, da capacitação do empreendedor e de suas equipes, do aumento do crédito, da redução da burocracia governamental e, inclusive, de melhores condições para que os micro e pequenos empresários também possam exportar. Acreditamos fortemente que a grandeza da nossa nação passa pelo fortalecimento dos pequenos negócios. Todos sabemos que, para que as empresas de médio e grande porte sejam bem-sucedidas, é necessário que elas tenham uma ampla gama de parceiros, onde se incluem os negócios de pequeno porte. Portanto, se queremos crescer ainda mais no Espírito Santo ou mesmo no Brasil, sugiro uma reflexão a respeito do conceito “Pense nas pequenas primeiro”. Nosso país só será mais forte se tiver empresas fortes e, principalmente, micro e pequenos negócios com competitividade e capacidade de sobreviver ao ritmo acelerado de desenvolvimento em que vivemos atualmente. Fico feliz quando constato que o governo federal tem efetuado manifestações claras e objetivas em fortalecer os pequenos negócios e está consciente de que “pensar nas pequenas primeiro” é realmente uma política acertada e inteligente, onde todos ganharemos.
“O nosso Estado é o Brasil que está dando certo, pois, na área industrial, estamos tendo crescimento muito acima da média nacional e constatando um processo de industrialização, ao contrário da tendência atual brasileira”
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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL
Desenvolvimento é educação Paulo Hartung é economista e ex-governador do Estado do Espírito Santo (2003-2010)
“Nos tempos da sociedade da informação, articulada planetariamente em rede, não se pode pensar em desenvolvimento sem investimento em educação”
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os últimos anos, o debate acerca de modelos de desenvolvimento passou a movimentar o País. De modo particular, essa questão se tornou estratégica para o nosso Estado, que, a partir de 2003, conquistou confiança político-institucional, além de qualificação gerencial pública, tendo inaugurado um novo ciclo econômico, o terceiro de sua história. No quadro ampliado, a estabilidade econômica, as demandas internacionais por commodities, a dinamização do negócio do petróleo e gás, entre outros, revitalizaram o debate sobre o desenvolvimento. Além disso, o século XXI vem questionando as bases de seu progresso, produtor de uma era com desigualdades, exclusões e graves prejuízos ambientais. Nessa contingência, pergunta-se: que modelo de desenvolvimento nos levará a um futuro de prosperidade e bem-estar compartilhados? Em linhas gerais, desenvolvimento é um processo dinâmico, que deve resultar em mudanças e avanços em diversas áreas. A distinção básica entre os mais diversos conceitos de desenvolvimento, e que faz toda a diferença histórica, está relacionada a como se caminha e a quais alvos se objetivam no processo de transformação de nossas sociedades. Nessa perspectiva, tenho trabalhado por um modelo de desenvolvimento socialmente inclusivo, ambientalmente sustentável, tecnologicamente atualizado e geograficamente desconcentrado. À frente do Governo do Estado do Espírito Santo, lideramos a implantação desse modelo, em substituição a um paradigma gerador de significativos desafios para o povo capixaba. Por seus fundamentos, o modelo que implementamos conecta de forma definitiva o desenvolvimento a duas questões-chave no processo civilizatório: oportunidade e sustentabilidade.
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“Qualidade do que é oportuno”; “ocasião favorável”. Assim descrevem os dicionários o que significa a palavra oportunidade. Mas o campo da política amplia esse conceito. As palavras do ex-presidente norte-americano Abraham Lincoln acerca do que deve ser um governo são exatas para classificar o sentido político do termo oportunidade. Disse Lincoln que o objetivo essencial do governo é “elevar a condição dos homens [...] para permitir um começo a todos e uma chance justa na corrida da vida”. Mario Quintana, que vinculou o conceito de democracia à garantia de acesso igualitário às oportunidades, poetizou: “Democracia?
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É dar a todos o mesmo ponto de partida. Quanto ao ponto de chegada, isso depende de cada um”. O que seria, hoje, “um começo a todos e uma chance justa”? Em função das peculiaridades da atualidade, não consigo imaginar outra resposta que não seja educação. Deve-se investir na formação cidadã e na capacitação profissional da juventude, para que as novas e as futuras gerações tenham como horizonte o reino da igualdade entre nós. Mais ainda: nos tempos da sociedade da informação, articulada planetariamente em rede, não se pode pensar em desenvolvimento sem investimento em educação e capacitação para geração de tecnologia e conhecimento. Ou seja, na contemporaneidade, uma sociedade desenvolvida tem seu fundamento essencial na educação de qualidade, focada na formação de cidadãos e na produção qualificada, inovadora e sustentável. Nesse sentido, desenvolvimento é educação! Falando em sustentabilidade – a outra questão-chave do desenvolvimento –, de forma Foto: Shutterstock
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bastante efetiva e pertinente, o debate contemporâneo tem vinculado sustentabilidade a questões ambientais. Discute-se muito se o modo de produção capitalista tem condições de se manter ou mesmo de garantir a existência humana, em função da sua voracidade e do desrespeito à natureza. No entanto, a sustentabilidade também tem de ser observada a partir da perspectiva das relações sociopolíticas, culturais e econômicas. Preservar e respeitar o meio ambiente é vital para a existência humana, mas é necessário que se institua uma sociabilidade que respeite os homens. Sem tal comprometimento, parece inviável qualquer modelo de civilização sustentável. Como escreveu Hannah Arendt, há uma peculiaridade definitiva na condição humana: “a condição da pluralidade, o fato de que homens, e não o Homem, vivem na Terra e habitam o mundo”. Nenhum modelo de desenvolvimento prospera sem inclusão social produtiva, respeito ao próximo, e compartilhamento das conquistas históricas relativas à qualidade de vida e cidadania. A sustentabilidade é, antes de tudo, humana – um conceito de civilização fundado no equilíbrio e no respeito ao semelhante, com prosperidade compartilhada. Aqui o desenvolvimento encontra novamente a educação como seu principal sustentáculo, tendo em vista que esse conceito e essa prática ampliada acerca do que seja sustentabilidade é questão de informação e formação. Trata-se de um verdadeiro marcador ético-cultural, resultante do investimento, por meio da educação, em uma nova cidadania, base de um novo tempo. Ou seja, a educação é fundamental para o conceito que temos de desenvolvimento como um processo que oferte oportunidade a todos e seja sustentável, do ponto de vista social, produtivo, tecnológico e ambiental. Se desenvolvimento requer oferta democrática de oportunidades e um amplo espectro de sustentabilidades, só poderia reforçar: desenvolvimento é, antes de tudo, educação. Que optemos, pois, neste momento de oportunidades históricas para o País e o Estado, pelo investimento prioritário em educação – o paradigma do desenvolvimento que faz a diferença.
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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL
Desafios do desenvolvimento econômico no século XXI Renato Caporali é economista e mestre em Filosofia pela UFMG, doutor em Desenvolvimento Econômico pela Universidade de Paris e gerente de Cooperação Internacional da Confederação Nacional da Indústria (CNI)
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alvez o maior desafio presente no cenário que se descortina à frente da humanidade neste novo século seja a compatibilização da capacidade de produção de riqueza diante de uma população crescente e já chegando aos limites do que os ecologistas consideram ser a capacidade de suporte do sistema nos limites impostos pelo planeta Terra. Vale dizer que o desafio é construir um mundo em que as necessidades de riqueza da maior parte da população mundial sejam atendidas sem provocar danos irreversíveis no clima, nas águas e na disponibilidade de recursos naturais. Cem anos atrás, os desafios eram semelhantes quanto ao objetivo e completamente distintos quanto ao contexto. Eram semelhantes na medida em que o grande problema da época era construir mecanismos políticos
e econômicos de inclusão da grande massa de trabalhadores nos mercados de consumo da produção industrial. A evolução do sistema produtivo no século XIX havia criado tecnologia capaz de difundir o consumo, mas os padrões salariais e de gestão existentes não abriam espaço para a incorporação das massas no mercado do mundo capitalista. Tratava-se de passar de um mundo feito à feição e à medida de elites aristocráticas a um mundo que incorporasse os trabalhadores, os alimentasse e se alimentasse deles, não só como produtores, mas também como consumidores. Boa parte da história do mundo no século XX pode ser contada em torno desse processo. Aos poucos, o consumo de massa foi se difundindo; os países mais avançados viram sua classe trabalhadora alçada à classe média; passou-se a consumir bens industriais e agroalimentares Foto: Shutterstock
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“O desafio é construir um mundo em que as necessidades de riqueza da maior parte da população mundial sejam atendidas sem provocar danos irreversíveis no clima, nas águas e na disponibilidade de recursos naturais”
a que antes não se tinha nenhum acesso. A empresa que melhor exprimiu as mudanças dessa época foi a Ford, que colocou a meta de que seus próprios trabalhadores deveriam ser consumidores de seus automóveis. Um terço da população mundial foi incorporado a esse processo e se tornou agente econômico pelo lado do consumo, quando antes eram agentes apenas na produção. Os padrões de consumo subiram rapidamente para esse terço da população mundial; as inovações tecnológicas se sucederam numa velocidade vertiginosa, multiplicando bens e satisfazendo toda sorte de necessidades, das mais concretas às imaginárias, difundindo patamares de consumo bastante elevados, totalmente impensáveis para trabalhadores de eras passadas. Foi esse processo, de duração secular, que criou características básicas do mundo em que vivemos no início deste século: consumo de massas, consumismo, obsolescência, inovação incessante etc. Na verdade, o processo não se encerrou e, aliás, faz parte do problema o fato de que não tenha esgotado seus impulsos de incorporar massas de trabalhadores que estão fora do sistema de consumo. Agora, caberia levar aos dois terços da população mundial ainda virtualmente fora do processo a possibilidade de adentrar o universo do consumo de massas. Por que faz esse processo parte do problema atual? Porque o que não havia no mundo do início do século XX, problema que só surgiu no seu final, é que a natureza, abundante e aparentemente infinita quando o processo começou, foi se tornando escassa e começou a dar sinais de não ter a capacidade de suportar
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o consumo de riquezas naturais e a geração de resíduos engendrada na dinâmica da industrialização do século passado. A grande questão começou então a ser como manter a difusão de capacidade industrial que tornou inexorável a incorporação das massas trabalhadoras do mundo todo um elemento da democracia moderna e a manutenção das condições de sustentabilidade ambiental da estrutura produtiva. A grande dúvida, que hoje paira sobre o desenvolvimento econômico mundial, é se o mundo será capaz de estender os benefícios de que desfrutam os trabalhadores do mundo desenvolvido à grande maioria dos habitantes do planeta sem destruir as condições de sustentabilidade ambiental. O modelo de desenvolvimento do século XXI deverá responder à conjugação desses dois grandes desafios. De um lado, terá de produzir bens e serviços que hoje fazem parte do consumo deste terço da população mundial para os dois terços que ficaram excluídos ao longo do século passado. De outro, terá de conseguir fazer isso preservando as condições de sustentabilidade desse sistema produtivo. Para usar o conceito hoje conhecido, produzir soluções para a “base da pirâmide” e tornar sustentável o sistema produtivo voltado para essa enorme massa adicional de pessoas. Seriam esses os dois principais vetores de um modelo de desenvolvimento virtuoso, que contempla duas necessidades fundamentais do mundo contemporâneo: produzir inclusão e justiça social e ser ambientalmente sustentável. Inovações para a sustentabilidade e para a inclusão da população mundial nos benefícios da vida moderna. Toda uma política de inovações poderia e deveria ser construída a partir desses dois vetores. Todo sistema tributário deveria ser reconstruído, onerando o uso de recursos naturais, remunerando a prestação de serviços ambientais, difundindo o consumo responsável e punindo o consumo perdulário. Sem dúvida, um modelo de desenvolvimento revolucionário. Se vingar, podemos presumir que o mundo chegará ao final do século ostentando boas condições de vida, com a virtual totalidade da população mundial vivendo bem e em harmonia com a natureza. Uma aventura digna das mais elevadas esperanças do milênio. Se não vingar... Bem, talvez não tenhamos a escolha de esse modelo não vingar. 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL
Enio Bergoli é engenheiro agrônomo e secretário de Agricultura do Espírito Santo
“Caminhos do Campo”: desenvolvimento e eficiência na aplicação de recursos públicos
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praticamente consenso que a pavimentação de rodovias se configura como fator indutor de dinamismo econômico. Também não se discute a importância das estradas no processo de desenvolvimento socioeconômico da sociedade como um todo. Para os distritos e comunidades rurais, essa importância assume proporções ainda maiores, uma vez que é somente através das estradas que as localidades rurais têm acesso aos serviços de educação, saúde, esportes e lazer. São essas estradas tipicamente rurais que oferecem a capilaridade necessária ao sistema de transporte rodoviário de um Estado composto por rodovias federais e estaduais. Aqui no Espírito Santo, estimamos em 45 mil quilômetros a malha de rodovias vicinais rurais, aquelas pelas quais os municípios são responsáveis pela construção, conservação e manutenção. Ressalta-se ainda que parcela significativa dessas estradas rurais localiza-se em regiões com altos índices de pluviosidade e topografia acidentada. Essas condições prejudicam a trafegabilidade em vários períodos ao longo do ano, com prejuízos econômicos e sociais para as comunidades rurais. E é justamente nas rodovias vicinais rurais que ocorre, por exemplo, o primeiro transporte de produtos agrícolas, e o Espírito Santo se destaca nacionalmente na produção de café, mamão, seringueira, leite, carnes, ovos, pimentado-reino, dentre tantos outros produtos. É sempre bom lembrar que o agronegócio, ou seja, a agricultura e seus negócios associados, é o principal gerador de emprego e de renda para 61 dos 78 municípios capixabas, além de representar 30% do PIB do Estado.
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Considerando essa realidade, o Governo do Estado do Espírito Santo conduz desde 2004 um programa de pavimentação de estradas rurais, denominado “Caminhos do Campo”. O objetivo geral desse programa é prover uma pavimentação adequada, utilizando para isso estruturas de pavimentos compatíveis com o tráfego local e com custos adequados. O “Caminhos do Campo” prioriza as áreas de maior concentração de agricultura familiar e de elevado potencial agroturístico, uma iniciativa
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para melhorar o escoamento da produção e o acesso das pessoas às comunidades interioranas. Também contribui com o meio ambiente, pois, no processo de construção da rodovia, evitam-se grandes cortes e aterros e, após a conclusão do pavimento, há drástica redução do assoreamento de cursos d’água. O propósito é dotar as estradas vicinais de uma superfície que elimine a lama e a poeira, permitindo seu uso permanente. E para construir estradas trafegáveis sem transformá-las em rodovias, se faz necessário fugir, em alguns momentos, dos cânones da pavimentação rodoviária. O jargão oficial chama de “estradas” as vias de terra e de “rodovias” as estradas pavimentadas, em seu sentido mais usual. Outra grande inovação desenvolvida foi a redução significativa do custo/km na pavimentação das estradas rurais. Para cada quilômetro pavimentado por outros programas, no “Caminhos do Campo” são pavimentados cinco. Isso foi possível com a adoção de critérios que envolvem a preservação do traçado e greide originais (o que reduz o volume de terraplanagem), velocidades de tráfego baixas e Foto: Shutterstock
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utilização de materiais disponíveis na própria região da obra, dentre outros. Atualmente, já são cerca de 650 quilômetros de estradas rurais pavimentadas, sendo mais de 90 trechos em 49 municípios capixabas. Desde o início do programa, foram investidos cerca de R$ 200 milhões em obras já concluídas e há obras em andamento que totalizaram aproximadamente R$ 60 milhões. As obras inauguradas somadas às que estão em andamento já perfazem o total de 771 km, em 118 trechos. Mas a real avaliação do programa ocorreu pela própria população capixaba por ocasião das dez audiências públicas regionais realizadas em 2011 pelo Governo do Estado do Espírito Santo, com vistas à construção do Plano Plurianual (PPA 2012/2015). Em todas as regiões, o programa foi referenciado como prioridade. Assim, o “Caminhos do Campo” fará parte do PPA 2012/2015, e a perspectiva é de que todos os anos, pelo menos, mais 100 km de rodovias vicinais rurais sejam inauguradas. Até o final do ano de 2014, todos os municípios capixabas, à exceção de Vitória, que não possui área rural, serão contemplados com, pelo menos, um trecho pavimentado. Essa é uma determinação do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande. Após sete anos, é possível afirmar que a pavimentação de estradas rurais no Espírito Santo contribuiu para a melhoria das condições de trafegabilidade, o que facilitou e reduziu os custos de transporte da produção da agricultura e da pecuária, disponibilizou acesso às ações de saúde, educação, esporte e lazer e também potencializou e induziu novos negócios no campo, gerando mais oportunidades no interior capixaba. Como exemplo, em quase todos os casos, o número de pessoas empregadas/ocupadas nos estabelecimentos agroturísticos já estabelecidos duplicou ou triplicou após a conclusão das obras. Essa experiência genuinamente capixaba de pavimentar estradas rurais gerou emprego, renda e novos negócios no campo. Também comprovou que é possível pavimentar estradas rurais com dimensionamento adequado, custo baixo e ainda respeitar o meio ambiente. Portanto, é tema estratégico para que o Espírito Santo alcance o tão sonhado desenvolvimento sustentável, harmônico e equilibrado em todas as nossas regiões e para todos os capixabas.
“O agronegócio é o principal gerador de emprego e de renda para 61 dos 78 municípios capixabas, além de representar 30% do PIB do Estado”
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ECONOMIA
Revisitando o ES 2025 Guilherme Dias foi ministro do Planejamento, secretário estadual de Planejamento e de Desenvolvimento e coordenou o ES 2025
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á cinco anos, foi lançado o Plano de Desenvolvimento Espírito Santo 2025, que identificou uma trajetória sustentável para a obtenção de elevado padrão de qualidade de vida para a sociedade capixaba. Algumas singularidades marcaram o ES 2025. Primeiro, o trabalho contou com a efetiva participação não governamental em seu processo de elaboração. Segundo, o plano estabeleceu metas e projetos para o conjunto do ambiente socioeconômico, não se limitando ao campo de atuação do governo. Terceiro, o plano teve natureza indicativa e mobilizadora, desprovido de caráter normativo ou legal. O ES 2025 tornou-se referência para numerosos exercícios de planejamento e gestão de municípios, segmentos econômicos, empresas e outras organizações. Mais importante do que o conteúdo do plano, sujeito a questionamentos e diferentes abordagens, foi pautar a reflexão sobre o futuro como uma ferramenta estratégica para a gestão. De fato, o ES 2025 representou um esforço coletivo de afirmação do desenvolvimento sob o ponto de vista da identidade capixaba, e não apenas caudatário de iniciativas no plano federal. Os programas e metas foram estruturados num conjunto de 11 estratégias, das quais quatro formaram o núcleo principal: erradicação da pobreza e redução das desigualdades; desenvolvimento do capital humano; diversificação econômica competitiva, e desenvolvimento do capital social e qualidades das instituições. Um balanço, mesmo preliminar e parcial, indica um progresso considerável em direção às principais metas. Por outro lado, novos desafios e mudanças no ambiente nacional e internacional demandam a revisão e atualização do plano. O comportamento dos indicadores entre 2003 e 2009, que constam da “Síntese dos Indicadores Sociais”, publicada pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), revela excepcional avanço quanto à inclusão social, superior
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à evolução do quadro nacional. A substancial redução da taxa de pobreza de 29,4% para 15% da população sugere a viabilidade da sua erradicação no horizonte do plano. Esse processo foi acompanhado pela redução da concentração de renda medida pelo Gini (de 0,554 para 0,528) e pelo crescimento da classe média de 36,6% para 50% da população. Outro importante indicador social, a mortalidade infantil, apresentou redução de 16,4 para 12 por mil nascidos vivos. Os indicadores relativos ao capital humano também avançaram. Houve redução do
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analfabetismo e aumento da escolaridade. Enquanto os ganhos nos indicadores sociais foram amplamente superiores à média nacional, nos indicadores educacionais a melhoria acompanhou o desempenho do Brasil. Em 2009, a escolaridade da população adulta atingiu 9 anos, igual à média brasileira, enquanto na Região Sudeste o indicador alcançou 9,7 anos. A intensa melhoria dos indicadores sociais foi suportada pelo crescimento econômico e seus efeitos positivos no mercado de trabalho, Foto: Shutterstock
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além do efeito das políticas públicas específicas. À exceção de 2009, reflexo da crise internacional, a economia capixaba cresceu a taxas superiores a 6% ao ano. O excepcional crescimento capixaba foi alavancado pelo contexto internacional favorável às commodities. Esse também foi o caso da economia brasileira, beneficiada pelo inédito ganho nos termos de troca no comércio exterior. Entretanto, o deslocamento do eixo da economia global para a China introduz novos dilemas para as políticas de desenvolvimento. Se a gigantesca demanda chinesa por matérias-primas proporciona ganhos para os produtores de commodities, também dificulta a implantação de uma estratégia de diversificação e agregação de valor. Se mesmo as regiões mais industrializadas sofrem os efeitos da “desindustrialização” proporcionada pela excessiva valorização do real, o que dizer daquelas que buscam avançar na escala de valor da cadeia produtiva? Exemplificando: na cadeia da mineração e siderurgia, os projetos de pelotização continuam atrativos, enquanto a expansão da siderurgia foi duramente afetada pelas mudanças no mercado. Apesar desse quadro, há oportunidades de sustentação do crescimento e simultânea diversificação econômica através de maior integração com o mercado interno, fortalecimento dos arranjos produtivos locais e aprofundamento de novos segmentos, como o petróleo e gás. De fato, os resultados e perspectivas do petróleo e gás superaram o cenário-base, inclusive pelas descobertas no pré-sal, amplificando os desdobramentos na cadeia produtiva. É o caso do polo gás-químico em Linhares, estaleiro em Aracruz, termelétricas a gás natural, terminais de apoio off-shore e atração de fornecedores e prestadores de serviços. Algumas ameaças pairam sobre a sustentação desta trajetória. A mais óbvia é a deficiência da infraestrutura sob a responsabilidade federal, a chamada “agenda velha” (porto, aeroporto, rodovias), submetida à
“Da síndrome de ‘primo pobre’, o Espírito Santo tornou-se o ‘primo rico’, ainda que ambas visões não correspondam à realidade”
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ECONOMIA
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paralisia decorrente da escassez de recursos públicos e da gestão de caráter político-partidário. Somente a adoção de um modelo de investimento e gestão descentralizado e com a participação do setor privado viabilizará a superação desses gargalos.
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No âmbito institucional, o maior protagonismo do Estado mudou a perspectiva pela qual é percebido na Federação. Da síndrome de “primo pobre”, o Espírito Santo tornou-se o “primo rico”, ainda que ambas visões não correspondam à realidade. O fato é que a mudança radical de gestão através de práticas de responsabilidade fiscal gerou um diferencial competitivo em favor do Estado. E não são pequenas as ameaças para sua manutenção, como é o caso das alterações relativas ao ICMS e aos royalties do petróleo. No balanço de oportunidades e ameaças, ganhos e perdas e novos cenários, nada eclipsa a mudança de patamar socioeconômico e institucional conquistada pelo Espírito Santo no contexto brasileiro. Mas as conquistas realizadas não são garantia de apropriação do futuro. Planejar também não garante, mas é indispensável para navegar e iluminar as alternativas disponíveis. Essa é a contribuição do planejamento estratégico para a gestão.
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ECONOMIA
José Antonio Bof Buffon é economista, professor e pesquisador do Departamento de Economia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e diretor Comercial do Banestes. É associado ao Ibef-ES
“O Brasil soube aproveitar como poucos as oportunidades oferecidas por essas mudanças na ordem mundial. Controle de inflação, solidez do sistema financeiro e distribuição de renda deram ensejo a um ciclo virtuoso de desenvolvimento”
O Brasil e suas escolhas: “potência emergente” ou modelo à beira da exaustão?
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Brasil está bem, em um mundo que não vai muito bem. Está certo que toda prosperidade é sempre fruto de um desequilíbrio. Mas, a partir de certo ponto, o desequilíbrio compromete o crescimento e o desenvolvimento, quando não remete a economia para a estagnação ou mesmo para o colapso. Nos últimos 20 anos, a ordem mundial mudou drasticamente. Vivemos um longo período de crescimento, chancelado, sobretudo, pela desregulamentação dos mercados, cujos crescentes desequilíbrios culminaram na crise de 2008. Uma crise que está longe de ser resolvida, pois seu equacionamento repousou quase que exclusivamente na elevação drástica da dívida pública na Europa e Estados Unidos. De outro lado, observamos o deslocamento da produção industrial para fora dos tradicionais países industrializados e a emergência de novos atores no cenário global, em especial a China, como nova economia cêntrica – embora ainda muito longe de lograr construir uma nova hegemonia. Não só houve forte crescimento nessas duas últimas décadas, mas crescimento internacionalmente desequilibrado, que implicou na “desindustrialização” do Ocidente, na desvalorização do dólar, na fragilização do euro e, como disse, no surgimento da China como “oficina do mundo”. Em suma, um quadro estrutural ruim para o mundo, mas muito oportuno para grandes países industrializados e exportadores de
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matérias-primas, como é o caso do Brasil. O cenário de médio prazo que decorre desse quadro é o crescimento, embora mais lento da China, arrastando o Brasil e demais economias complementares, estagnação e forte instabilidade na Europa e incertezas sobre os novos rumos da economia americana. O Brasil soube aproveitar como poucos as oportunidades oferecidas por essas mudanças na ordem mundial. Controle da inflação, solidez do sistema financeiro e distribuição de renda são fatores que, combinados com a valorização do câmbio e o crescimento das exportações, deram ensejo a um circulo virtuoso de desenvolvimento capaz de combinar crescimento econômico, redução da pobreza e redução da desigualdade. O mercado interno se expandiu, sob o impulso do crescimento da massa de salários e dos novos investimentos. Cresceu a utilização da capacidade instalada e as empresas se modernizaram, passando a usufruir de significativas economias de escala, o que permitiu que transferissem ganhos de produtividade para salários e preços. Embora longe de qualquer perspectiva de crise ou estagnação, no Brasil, esse padrão de crescimento começa a emitir sinais de exaustão. Paira a ameaça de ressurgimento de uma espiral salário-preços, impulsionada pelo mercado de serviços e pelos preços externos das matérias-primas e chancelada por um preocupante retorno na indexação de contratos. A valorização do real, nesse contexto,
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ECONOMIA
José Antonio Bof Buffon é economista, professor e pesquisador do Departamento de Economia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e diretor Comercial do Banestes. É associado ao Ibef-ES
“O Brasil soube aproveitar como poucos as oportunidades oferecidas por essas mudanças na ordem mundial. Controle de inflação, solidez do sistema financeiro e distribuição de renda deram ensejo a um ciclo virtuoso de desenvolvimento”
O Brasil e suas escolhas: “potência emergente” ou modelo à beira da exaustão?
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Brasil está bem, em um mundo que não vai muito bem. Está certo que toda prosperidade é sempre fruto de um desequilíbrio. Mas, a partir de certo ponto, o desequilíbrio compromete o crescimento e o desenvolvimento, quando não remete a economia para a estagnação ou mesmo para o colapso. Nos últimos 20 anos, a ordem mundial mudou drasticamente. Vivemos um longo período de crescimento, chancelado, sobretudo, pela desregulamentação dos mercados, cujos crescentes desequilíbrios culminaram na crise de 2008. Uma crise que está longe de ser resolvida, pois seu equacionamento repousou quase que exclusivamente na elevação drástica da dívida pública na Europa e Estados Unidos. De outro lado, observamos o deslocamento da produção industrial para fora dos tradicionais países industrializados e a emergência de novos atores no cenário global, em especial a China, como nova economia cêntrica – embora ainda muito longe de lograr construir uma nova hegemonia. Não só houve forte crescimento nessas duas últimas décadas, mas crescimento internacionalmente desequilibrado, que implicou na “desindustrialização” do Ocidente, na desvalorização do dólar, na fragilização do euro e, como disse, no surgimento da China como “oficina do mundo”. Em suma, um quadro estrutural ruim para o mundo, mas muito oportuno para grandes países industrializados e exportadores de
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matérias-primas, como é o caso do Brasil. O cenário de médio prazo que decorre desse quadro é o crescimento, embora mais lento da China, arrastando o Brasil e demais economias complementares, estagnação e forte instabilidade na Europa e incertezas sobre os novos rumos da economia americana. O Brasil soube aproveitar como poucos as oportunidades oferecidas por essas mudanças na ordem mundial. Controle da inflação, solidez do sistema financeiro e distribuição de renda são fatores que, combinados com a valorização do câmbio e o crescimento das exportações, deram ensejo a um circulo virtuoso de desenvolvimento capaz de combinar crescimento econômico, redução da pobreza e redução da desigualdade. O mercado interno se expandiu, sob o impulso do crescimento da massa de salários e dos novos investimentos. Cresceu a utilização da capacidade instalada e as empresas se modernizaram, passando a usufruir de significativas economias de escala, o que permitiu que transferissem ganhos de produtividade para salários e preços. Embora longe de qualquer perspectiva de crise ou estagnação, no Brasil, esse padrão de crescimento começa a emitir sinais de exaustão. Paira a ameaça de ressurgimento de uma espiral salário-preços, impulsionada pelo mercado de serviços e pelos preços externos das matérias-primas e chancelada por um preocupante retorno na indexação de contratos. A valorização do real, nesse contexto,
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Desenvolvimento da indústria capixaba
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indústria do Espírito Santo é a que mais cresce no Brasil e, com ela, cresce o número de empregos e de empresas de pequeno, médio e grande porte, assim como se desenvolvem outros setores da economia. Em 2010, o Estado registrou o maior crescimento industrial: 22,31%, em comparação ao ano anterior, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A boa notícia, que foi destaque nos principais jornais do País, encontra-se ancorada na indústria extrativa, de mineração, de petróleo e de gás natural, que, de janeiro de 2010 a fevereiro deste ano, cresceu 59,86%, retomando os níveis de produção pré-crise. As expectativas para 2011 se mantêm bem otimistas. O parque industrial capixaba vai se expandir, contando com várias ações, entre elas o anúncio da construção de uma nova usina siderúrgica, a ampliação dos portos, o aumento da exploração de petróleo e gás natural, além do início do projeto de expansão da Samarco, o Projeto Quarta Pelotização, que elevará a capacidade de produção de pelotas de minério de ferro da empresa dos atuais 22,25 milhões de toneladas/ano para 30,5 milhões de toneladas/ano. O aporte de recursos é da ordem de R$ 5,4 bilhões. De acordo com a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), o minério continua sendo muito demandado, e o aço começa a se recuperar, assim como o setor de rochas ornamentais. Além disso, a produção de petróleo vai subir de 330 mil barris/dia para 400 mil barris/dia e a de gás natural deve alcançar os 20 milhões de metros cúbicos por dia, durante este ano. Os grandes projetos, que aquecem a indústria, trarão inúmeras outras oportunidades, com tantos empreendimentos previstos para os próximos anos, assim como desafios para superar toda a demanda desse desenvolvimento, como gargalos logísticos, volume de mão de obra capacitada e disponibilidade de fornecimento de materiais e serviços.
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No quesito mão de obra, deverão ser geradas 20 mil novas vagas pela indústria capixaba em 2011, segundo a Findes. As obras do Projeto Quarta Pelotização da Samarco, por exemplo, vão gerar 6.500 vagas de empregos temporários, só no Espírito Santo, até 2014. Para isso, a empresa vem realizando um Foto: Shutterstock
José Tadeu de Moraes é diretor-presidente da Samarco Mineração
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trabalho intensivo de capacitação de pessoas residentes próximas à área industrial, em Anchieta, Guarapari e Piúma. A iniciativa de capacitar mão de obra da indústria, e priorizar a contratação local, é extremamente importante para promover o desenvolvimento socioeconômico dessa microrregião,
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assim como preparar moradores para as vagas que surgirão em outros empreendimentos, previstos para os municípios do sul do Estado. São importantes, também, a instalação, expansão e especialização dos centros de ensino, em especial o técnico, sendo uma característica estruturante para o desenvolvimento sustentável da indústria. Sem mão de obra qualificada, não existe êxito econômico. Outro cenário que se apresenta otimista para o crescimento da indústria capixaba é a interiorização do desenvolvimento, que vem assumindo novos contornos, com a instalação de empreendimentos industriais em municípios além da Grande Vitória, como Presidente Kennedy, Anchieta, Cachoeiro de Itapemirim, Linhares, Colatina, entre outras cidades promissoras. A interiorização estimula o surgimento de novos negócios que permitem a elevação dos investimentos nessas cidades, reforçando os arranjos produtivos locais e gerando ainda mais competitividade entre as empresas da região. Nesse ponto, os programas de desenvolvimento e certificação de fornecedores (como o Programa de Desenvolvimento de Fornecedores do Espírito Santo - PDF-ES e o Programa Integrado de Desenvolvimento e Qualificação de Fornecedores - Prodfor) são agentes essenciais, pois incentivam a qualidade de gestão e de produtos, inovações e tecnologia, inteligência de mercado, infraestrutura e logística, segurança do trabalho, além da inserção da sustentabilidade nas operações de rotina e do aumento do diálogo com a sociedade – ações tão essenciais para a saúde e sobrevivência das grandes e médias empresas. As empresas instaladas em solo capixaba estão fazendo a sua parte, aperfeiçoando todos esses quesitos, com o objetivo de aumentar cada vez mais sua participação no mercado. Os investimentos das empresas que priorizam a sustentabilidade do seu negócio são reconhecidos. Prova disso é o recente
“Outro cenário que se apresenta otimista para o crescimento da indústria capixaba é a interiorização do desenvolvimento, que vem assumindo novos contornos, com a instalação de empreendimentos industriais em municípios além da Grande Vitória”
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prêmio recebido pela Samarco, de melhor empresa de mineração do País, concedido pelo anuário Melhores e Maiores 2011 da revista Exame. A companhia teve o melhor desempenho econômico-financeiro entre as mineradoras nacionais e foi a que mais
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contribuiu com produtos e serviços para a sociedade no último ano. Também atingiu o segundo lugar entre as maiores empresas do segmento, alcançando a 66ª colocação geral entre as 500 maiores do Brasil. O ano de 2011 se mantém bastante promissor para as empresas capixabas. A Findes prevê um crescimento de 8% na indústria (enquanto no resto do País a expansão deve variar entre 3% e 4%), além de um PIB superior aos R$ 30 bilhões, provenientes da indústria no ano passado. Na pesquisa do IBGE sobre “Indicadores de Desenvolvimento Sustentável”, referente a 2010, o Estado possui o quarto maior PIB per capita do Brasil. A renda por cidadão capixaba chega a R$ 18 mil, ficando à frente de Estados como Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Tudo isso, certamente, reflete-se num cenário de boas expectativas, que incentivará o crescimento e a melhoria de vida do cidadão para os próximos anos.
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Os dois lados da história Benjamin M. Baptista Filho é diretor-presidente da ArcelorMittal Tubarão, presidente da ArcelorMittal Brasil e CEO da Aços Planos América do Sul
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ivemos hoje, no Brasil, e especialmente no Espírito Santo, uma revolução na economia. Capitaneada por investidores daqui, de outros Estados e países, esse processo deverá culminar na implantação, nos próximos anos, de grandes novos projetos e em expansões das empresas já aqui instaladas e, consequentemente, na geração de milhares de novas oportunidades de trabalho e carreira. Como toda boa história que se preze, entretanto, esse roteiro tem dois lados. O positivo – e muitíssimo importante – está na conscientização do empresariado de que, para permanecer competitiva interna e externamente, gerando mais empregos e renda para a sociedade, a indústria capixaba precisa estar focada no desenvolvimento sustentável. Nós entendemos que o crescimento precisa levar em conta também o equilíbrio ecológico e a preservação da qualidade de vida da população. E precisamos praticar esse conceito. Essa preocupação é vivenciada dia a dia nas grandes corporações. A sustentabilidade é que norteia todas as ações das empresas e está hoje naturalmente integrada ao processo de tomada de decisões. Com gestão focada em práticas operacionais voltadas para a melhoria contínua e para a redução sistemática dos impactos de suas atividades sobre o meio ambiente, a estratégia ambiental deve priorizar o atendimento das necessidades da geração atual e a garantia da qualidade de vida das gerações futuras. A atuação ecoeficiente contínua, com forte programa de investimentos na implantação de novos equipamentos e projetos, por exemplo, tem gerado evolução constante nos índices de ecoeficiência das empresas, com destaque para o aumento da recirculação de água, reaproveitamento e comercialização
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de coprodutos, além de autossuficiência energética. Os aspectos positivos do atual cenário de crescimento industrial estão, também, na geração de renda que ele tem proporcionado ao Estado e à sua população.
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Não obstante a sua tardia industrialização em relação a outros Estados mais desenvolvidos do Brasil, o fato é que o Espírito Santo experimenta hoje significativo crescimento industrial com taxas superiores às observadas no restante do País. E esse setor detém uma participação de cerca de 15% no ICMS, com tendência de crescimento à medida que sejam implantados novos projetos. Além disso, inserido nesse limiar de um novo ciclo econômico, o Estado detém, hoje, o quinto maior Produto Interno Foto: Shutterstock
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Bruto (PIB) per capita do país. Ou seja, mesmo ocupando apenas 0,54% do território brasileiro, responde por pouco mais de 2,2% do PIB. O parque de produção de aço contribui fortemente para esses bons resultados e tem atuado como importante impulsionador de negócios e divisas. E a expectativa é de que essa contribuição cresça ainda mais diante dos novos mercados que estão por surgir, originados a partir de projetos, como os relacionados ao pré-sal, e que, por sua vez, deverão impulsionar outros setores, numa proliferação de novas oportunidades. Confiante de que, ao longo do tempo, o consumo de aço no País vai aumentar – vide os grandes eventos esportivos que estão programados, como a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016, que demandarão pelo produto – a ArcelorMittal tem projetos, ainda em análise, para expandir seu parque no Estado. Um segundo laminador de tiras a quente (LTQ) deverá ser instalado quando o cenário macroeconômico mostrar sua viabilidade. A empresa tem também planos de instalar, no futuro, um complexo de laminação a frio (LTF) e linha de galvanização, em Tubarão, para a produção de aço destinado aos mercados da construção civil, de automóveis e de linha branca. A execução desses e outros planos deverá mudar o modelo de negócios da ArcelorMittal Tubarão, transformando-a, finalmente, de maior produtora de semiacabados destinados à exportação em importante fornecedora de produtos acabados para o mercado nacional. Esse conjunto de novos projetos também deverá gerar e multiplicar negócios em toda a cadeia metalmecânica. Deverá atrair, ainda, prestadores de serviços de logística, que chegarão para atender a uma demanda que promete se estender ainda por mais alguns anos. Mas, no outro lado dessa história, há aspectos a serem considerados e melhorados, sob o risco de criarem-se sérios gargalos ao desenvolvimento econômico local. Entendemos,
“Consideramos necessário e urgente o desenvolvimento de um sistema logístico eficiente, que permita o escoamento dos produtos fabricados no Estado”
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por exemplo, que é necessário sensibilizar os governos estaduais que incentivam a importação de aço e de produtos da cadeia metalmecânica. Precisamos avançar mais na questão do aço junto a essas administrações que
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acabam por impor condições predatórias à indústria local. Também consideramos necessário e urgente o desenvolvimento de um sistema logístico eficiente, que permita o escoamento dos produtos fabricados no Estado. O desenvolvimento do Espírito Santo só será, efetivamente, uma realidade, quando eventuais ameaças à competitividade e à expansão dos diversos setores produtivos forem extintas, dando lugar a ações que estimulem a competitividade saudável e a desburocratização. É preciso ter visão de futuro e unir forças entre governo, sociedade civil e iniciativa privada rumo ao desenvolvimento desse Estado, que oferece, hoje, uma das melhores, se não a melhor, ambiência para o investidor e o empreendedor nacional e internacional.
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O desafio da inovação Fernando Pimentel é ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
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“Nosso país vive um momento singular da sua história. Nossa economia está muito bem porque tem fundamentos fiscais muito sólidos, construídos ao longo de uma trajetória que começou bem atrás”
mundo vive um paradoxo. Temos os países desenvolvidos, o G8 ou G12, como queiram compor o quadro, ainda enfrentando enormes dificuldades para sair da crise de 2008. Os Estados Unidos, com a economia patinando, sem alcançar taxas de crescimento razoáveis, com desemprego alto, déficit público gigantesco e grandes dificuldades de financiamento de sua dívida, andam às voltas com ameaças de rebaixamento de sua nota pelas agências de risco. A União Europeia também patina e não consegue readquirir velocidade nem dar sustentação ao crescimento econômico. De outro lado, os países ditos emergentes conseguiram enfrentar bem o cataclismo financeiro de 2008-2009 e sair bem da crise. O Brasil passou com relativo êxito pela crise internacional. Tivemos uma queda forte do crescimento, mas, em seguida, retomamos a marcha ascendente da economia. Deve-se esse sucesso, em boa medida, à coragem do governo do ex-presidente Lula de enfrentar a crise com uma receita diferente da seguida pela maioria dos governos: a ampliação do gasto público. A resposta foi positiva e hoje temos uma situação do ponto de vista econômico muito confortável, embora com problemas e desafios. Entre os emergentes, no entanto, o grande destaque é a China. Com a crise, o país assumiu de vez o papel de protagonista econômico da cena internacional, seja pelo peso no comércio mundial, seja pela importância como alavanca financeira – o gigante da Ásia é o principal financiador da dívida norte-americana. Esse protagonismo é o desfecho de um processo iniciado décadas atrás. Nos últimos 15 anos, o mundo sofreu uma mudança muito profunda no seu paradigma industrial. E, por extensão, no seu comércio internacional.
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A transformação foi justamente a consolidação da China como potência industrial. Para não ficarmos na caricatura, vamos trabalhar com o conceito de modo asiático de produção. Atualmente, a China organiza em torno de si uma série de outros países, como Vietnã, Tailândia, Malásia e Japão – a economia japonesa é extremamente dependente da chinesa como fornecedora de componentes. Esse bloco é capaz de produzir qualquer mercadoria industrializada a custos muito abaixo da média internacional. Essa capacidade é inédita na história da humanidade. Desde a Revolução Industrial, os países que foram hegemônicos na cena internacional sempre dominaram um terço, um quarto da pauta comercial do mundo. No auge do seu poderio, a Inglaterra dominava um terço da pauta de industrializados. Os Estados Unidos, no século passado, também detinham de 25% a 30% dela. Estamos, portanto, diante de um problema com o qual o mundo ainda não sabe lidar. Todos buscam resposta para essa questão. Nas regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) não está escrito, em nenhum lugar, que um país é proibido de fabricar mercadorias sistematicamente a custos inferiores à média internacional. Não existe essa proibição, nem poderia. Ocorre que esse país existe e num futuro brevíssimo será membro pleno da OMC. Como nós, o Brasil e o mundo ocidental, vamos conviver com isso? Nosso país vive um momento singular da sua história. Nossa economia está muito bem porque tem fundamentos fiscais muito sólidos, construídos ao longo de uma trajetória que começou bem atrás, quando o povo brasileiro soube fazer a transição da ditadura militar para 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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Foto: Arquivo Next
o regime democrático sem ruptura, sem derramamento de sangue. Depois de vivermos o flagelo da inflação, conseguimos a estabilidade da nossa moeda nos governos Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. O governo Lula soube transformar essa estabilidade em uma alavanca para o crescimento econômico com distribuição de renda. Tornamo-nos um país confiável, estável, com instituições sérias e responsáveis. Metas de inflação e câmbio flutuante são os dois pilares da nossa estabilidade econômica. O câmbio mudou de patamar e essa relação entre dólar e real veio para ficar. A força da China – ou do modo asiático de produção – torna o nosso desafio maior. Há quem diga que o Brasil corre o risco real de desindustrialização. Não é verdade. O que acontece no Brasil é o mesmo que está ocorrendo e já ocorreu em muitos outros países, inclusive nos desenvolvidos. A tendência de que a indústria comece a diminuir a sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) é histórica nos países capitalistas. O setor de serviços cresce e o 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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industrial diminui um pouco. O problema não está nesse ajuste, mas na perda de qualidade e competitividade da nossa indústria. O Brasil tornou-se um grande exportador de commodities, matérias-primas. Em 2001, exportávamos pouco mais de US$ 1,5 bilhão para a China. Dez anos depois, exportamos US$ 31 bilhões. Nossa indústria não conseguiu acompanhar esse ritmo. Um novo paradigma está colocado. Temos que recuperar a nossa competitividade, independentemente da questão cambial, valendo-nos das condições sob nossa governança: o bom aproveitamento das vantagens naturais que temos, da rica biodiversidade, da nossa capacidade de inovar e de absorver tecnologia. O governo brasileiro está preparado para liderar um grande programa de estímulo à competitividade, que vai apontar o caminho da inovação com incentivos e desonerações, para que possamos reproduzir em toda a nossa indústria a capacidade de inserção internacional que observamos no agronegócio, na mineração e na indústria aeronáutica. 69
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O futuro se assegura hoje Marcelo Castelli é presidente da Fibria
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m negócio sustentável pressupõe sucesso financeiro, responsabilidade no uso dos recursos naturais e relações harmoniosas com os diversos públicos de interesse da organização. É a capacidade de gerar benefícios econômicos, ambientais e sociais hoje e nas gerações seguintes. A empresa que assume abertamente um compromisso com o futuro aumenta seu valor de mercado e otimiza o retorno para seus acionistas. Ela ganha acesso a financiamento com custos mais competitivos e fica mais bem preparada para fazer face a riscos econômicos, sociais e ambientais. Sua imagem e sua reputação se fortalecem, assim como sua capacidade de atender às exigências sempre em evolução da sociedade. E, claro – talvez o mais importante –, ao perseguir a sustentabilidade, a empresa se capacita a contribuir efetivamente para a construção de um mundo melhor. Sabemos bem disso e, na Fibria, harmonizar as dimensões econômica, ambiental e social do negócio e contribuir para uma sociedade sustentável é uma premissa estratégica. A busca da sustentabilidade pauta todas as nossas atividades: da produção florestal renovável à operação industrial; dos recursos humanos aos financeiros; da pesquisa à logística; da abertura de novos mercados às boas relações com as comunidades vizinhas. Na rotina da empresa, isso significa, entre outras iniciativas, combater desperdícios; ser responsável no uso dos recursos naturais; manter profissionais capacitados e motivados; apoiar projetos que promovam o crescimento e o bem-estar das pessoas; proteger e recuperar matas nativas; administrar com transparência; estreitar o relacionamento com as partes interessadas. Na Unidade Aracruz, temos feito importantes investimentos que contribuem para a sustentabilidade do negócio. No final de junho, inauguramos o projeto de modernização da linha de branqueamento da Fábrica A,
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que resultou no aprimoramento da nossa eficiência operacional, melhoria da performance ambiental, redução da necessidade de manutenção e aumento da nossa competitividade. Durante sua execução, o projeto chegou a gerar mais de 600 empregos na região, que contribuíram para movimentar a economia local. Os ganhos ambientais também foram significativos. O novo Branqueamento A reduziu consideravelmente o consumo de produtos químicos, como o dióxido de cloro (-35%) e soda (-45%), e o consumo de energia (-62%). Estamos comprometidos com atuação proativa na questão das mudanças climáticas e em liderar a nossa cadeia produtiva na mesma direção. Expressamos isso de muitas formas, mas especialmente nos fundamentos do nosso negócio: 37% das nossas áreas florestais – aproximadamente 323 mil hectares – são dedicados à preservação. Mas temos consciência de que ainda há muitos desafios. Estamos presentes em 252 municípios brasileiros. Em algumas áreas, ainda encontramos desigualdades sociais, e somos o único ou um dos poucos atores econômicos. É claro que essa situação pode gerar diferenças com os vizinhos. No entanto, a empresa não é indiferente, mesmo quando a solução não depende somente dela. Por isso, valorizamos a construção conjunta de soluções, numa relação fundamentada em confiança e respeito entre as partes. Entendemos que o caminho para isso é a promoção do diálogo e a realização de ações e projetos que contribuam para oferecer alternativa de renda, inclusão social e desenvolvimento às comunidades de que fazemos parte. Um dos exemplos foi a criação do Programa Integrado de Desenvolvimento e Qualificação de Fornecedores (Prodfor), realizado em parceria com o Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES) no Espírito Santo para promover o desenvolvimento dos nossos fornecedores locais.
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Foto: Fíbria
A certificação local com qualidade mundial vem servindo de modelo para outros Estados do Brasil desde 1997 e já contemplou mais de 400 empresas. Há outras iniciativas que reforçam nosso compromisso com a sustentabilidade. Constituímos um Comitê de Sustentabilidade com profissionais internos e externos que assessoram o Conselho de Administração em diversas questões. Cientes de que as certificações são importantes balizadores para o setor e a empresa, submetemos nossas operações a auditorias independentes para alcançar certificações florestais, com o FSC e o Cerflor. A Fibria integra a carteira global do Índice Dow Jones de Sustentabilidade 2010/2011, sendo uma das três empresas selecionadas no setor de papel e florestas (de um total de 12 avaliadas). A empresa também está listada no Índice de Sustentabilidade Empresarial da BM&FBovespa 2010/2011. E ainda na 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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“A empresa que assume abertamente um compromisso com o futuro aumenta seu valor de mercado e otimiza o retorno para seus acionistas. E, claro, ao perseguir a sustentabilidade, a empresa se capacita a contribuir efetivamente para a construção de um mundo melhor”
BM&FBovespa, foi anunciada como uma das 42 empresas de capital aberto que compõem o Índice Carbono Eficiente (ICO2). Somos signatários do mais importante pacto internacional de proteção dos direitos humanos, o Pacto Global, e de outras iniciativas ligadas à melhoria da qualidade de vida no planeta, entre elas o monitoramento estreito das nossas pegadas hídrica e de carbono. A empresa recebeu pelo terceiro ano consecutivo o Certificado Carbon Footprint 2011 (ano base 2010) como reconhecimento ao sequestro de mais de 19 milhões de toneladas de gás carbônico. O cenário em que operamos é de crescente complexidade, e as demandas da sociedade nos desafiam constantemente. Ao evoluir na promoção de ganhos mais equilibrados em suas diversas dimensões de atuação, as empresas também estão buscando resgatar no capitalismo o seu viés mais social. E assegurar seu próprio futuro e o de todos nós. 71
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Sustentabilidade e desenvolvimento industrial Maurício Max é diretor de Pelotização da Vale
“O crescimento econômico de uma região também deve envolver necessariamente o desenvolvimento de seus cidadãos e da cultura local”
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úmeros divulgados pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) na primeira semana de outubro apontam que o Espírito Santo alcançou o maior crescimento da produção industrial entre todos os Estados brasileiros no primeiro semestre deste ano, resultado que reflete a maturidade que a indústria capixaba tem alcançado ano após ano. O termo progresso, que até pouco tempo remetia a aspectos puramente econômicos, atualmente não é dissociado do conceito de sustentabilidade. Hoje, o crescimento econômico de uma região também deve envolver necessariamente o desenvolvimento de seus cidadãos e da cultura local. Nesse contexto, como parte do seu compromisso com o desenvolvimento das regiões nas quais está presente, a Vale tem ultrapassado o papel de mero agente econômico e pautado os seus negócios em um relacionamento que envolve confiança, credibilidade, respeito e interação genuína com as comunidades com as quais convive em seus territórios de influência. Como exemplo desse compromisso, temos investido fortemente no desenvolvimento da cadeia de fornecedores capixaba e na geração de oportunidades de trabalho para trabalhadores locais em um dos nossos principais projetos em execução no momento: a construção da Usina VIII no Complexo de Tubarão. A planta, que já nascerá com os mais avançados sistemas de controles ambientais, deverá gerar 3 mil postos de trabalho no pico das obras e outros 350 empregos permanentes na operação. Dos mais de 1.200 empregados em atuação na obra atualmente, 92% são capixabas. Desse universo, cerca de 68% são moradores do município de Serra. No que diz respeito ao desenvolvimento da cadeia de fornecedores local, mais de 60% do total de contratos firmados até o momento envolvem empresas do Espírito Santo ou com filial no Estado. O índice de
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nacionalização de produtos e serviços, que chega a 93% e representa quase a totalidade do projeto, também demonstra o compromisso da Vale com o desenvolvimento sustentável do País. Em se tratando especificamente dos impactos na economia local, somente durante a fase de implantação, a Usina VIII vai gerar mais de R$ 28,5 milhões em impostos municipais. No que tange aos tributos estaduais, o empreendimento irá injetar ainda R$ 88,15 milhões na economia capixaba. Na escala federal, a contribuição da pelotizadora será de quase R$ 146 milhões à economia nacional. Com isso, o volume total de tributos gerados durante a fase de construção da Usina VIII vai ultrapassar os R$ 262 milhões. Contribuir com a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos capixabas por meio de parcerias com o poder público também é um dos pilares nos quais apoiamos a nossa atuação regional. Nesse sentido, no início deste ano, a Vale fez a entrega de projetos estruturantes às prefeituras de Vila Velha, Vitória e Cariacica e das obras da Estação Conhecimento à Prefeitura de Serra. Elaborados por meio do Plano de Gestão dos Investimentos Sociais da empresa, esses projetos foram identificados a partir do Diagnóstico Socioeconômico da Grande Vitória, desenvolvido pela Fundação Vale entre os anos de 2007 e 2008 com o objetivo de identificar a dinâmica territorial desses municípios nos aspectos econômicos, sociais, ambientais e urbanos. O diagnóstico buscou também levantar seus déficits de infraestrutura e, assim, orientar as ações e investimentos da Vale nessas cidades como forma de contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população. Outro aspecto tão importante para a Vale quanto o progresso das comunidades com as quais nos relacionamos, e que também permeia o conceito de desenvolvimento sustentável, é a preocupação da empresa em realizar as suas operações de forma a causar o menor 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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Foto: Agência Vale
impacto possível às comunidades e com os cuidados necessários com o meio ambiente. Nesse sentido, firmamos um compromisso com a sociedade capixaba a partir da assinatura do Termo de Compromisso Ambiental (TCA) que tem também como atores o Ministério Público Estadual, as associações de moradores da Grande Vitória e o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema). O TCA envolve investimentos da ordem de R$ 500 milhões por parte da Vale e prevê sete ações principais para controlar a emissão de particulados no Complexo de Tubarão: a instalação das barreiras de vento (wind fences) nos pátios, precipitadores eletrostáticos nas usinas, supressores de pó nas pilhas de minério e novas calhas nos carregadores de navios, entre outros. O cumprimento de todas essas
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ações foi celebrado em outubro, com a entrega, à comunidade capixaba, da quinta barreira de vento do Complexo de Tubarão. Esses e outros investimentos realizados pela Vale em seus territórios de atuação e que contribuem para o desenvolvimento socioeconômico das comunidades com as quais nos relacionamos e que temos buscado um relacionamento cada vez mais próximo demonstram que temos caminhado na direção correta. Somado a isso, participar deste momento vertiginoso pelo qual passa o Espírito Santo e contribuir para alavancar a indústria capixaba e, consequentemente, a nacional, mostra que a preocupação de operar de forma sustentável, com respeito às pessoas e ao meio ambiente, é o verdadeiro sentido da palavra progresso.
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Ampliar a competitividade é estratégia nacional Robson Braga de Andrade é empresário e presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI)
“A lentidão nos avanços essenciais ao aumento da competitividade das empresas brasileiras é inversamente proporcional à perda de mercados”
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mpliar a competitividade das empresas brasileiras não é prioridade zero somente da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A agenda da competitividade tem de extrapolar as preocupações do empresariado e se tornar também a agenda do Congresso Nacional, do governo e da sociedade como um todo – enfim, do próprio País. Dar um salto na competitividade é uma questão de estratégia nacional. Por uma razão básica: sem competitividade, o Brasil não vai avançar num mercado globalizado de concorrência cada vez mais feroz, estreitado pela crise do euro e pelas dificuldades econômicas dos Estados Unidos. É vital melhorar nossa capacidade de concorrência, sob pena de continuarmos a perder mercados, interna e externamente. Os sinais são preocupantes. Pesquisa da CNI com 1.529 empresas revela que 45% das indústrias que concorrem com empresas da China perderam participação no mercado interno no ano passado. O último levantamento do Fórum Econômico Mundial informa que o Brasil caiu de 56º para 58º lugar no ranking da competitividade de 139 economias em 2010. Estamos atrás de 13 países de economia semelhante (África do Sul, Argentina, Austrália, Canadá, Chile, China, Colômbia, Coreia, Espanha, Índia, México, Polônia e Rússia) em oito fatores que determinam a competitividade do produto nacional: disponibilidade e custo da mão de obra; disponibilidade e custo de capital; infraestrutura e logística; peso dos tributos; ambientes macro e microeconômico; educação, e tecnologia e inovação. A participação brasileira no comércio internacional continua baixa: somos a 8ª maior economia do mundo, mas ocupamos apenas a 20ª posição entre os principais exportadores,
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descendo ao 28º lugar se consideradas apenas as manufaturas. Apesar do bom desempenho das exportações no primeiro semestre de 2011, as importações, com US$ 105,3 bilhões, foram 28,5% maiores do que em igual
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período de 2010. O diagnóstico que trava a competitividade brasileira é bem conhecido, como confirma a posição bisonha no ranking dos 13 países que acabamos de mencionar. Passa por uma legislação tributária ruim,
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complexa, que penaliza investimentos e exportações, e por uma infraestrutura deficiente, para citar somente dois fatores, sem detalhar a legislação trabalhista arcaica e de custo elevado, as dificuldades de acesso ao crédito e a educação de baixa qualidade. O receituário também é conhecido. Começa por uma reforma tributária que, pelas dificuldades políticas para ser ampla, pode ser fatiada, sem necessidade de se usar Proposta de Emenda Constitucional (PEC). Por meros atos legais e administrativos, pode-se desonerar amplamente investimentos e exportações. Exemplos: crédito imediato de PIS-Cofins de bens destinados ao ativo fixo; cronograma de redução do prazo de incorporação dos créditos do ICMS sobre bens de capital; redução a zero das alíquotas de IPI sobre bens de capital; depreciação acelerada integral, no próprio ano de aquisição, de máquinas, equipamentos e construções industriais para efeito de apuração do imposto de renda e da CSLL. Eventuais perdas de receita com a desoneração, temor no qual pesam componentes corporativistas, serão amplamente compensadas pelo aumento da produção e da renda. Não há por que adiar, portanto, medidas tão racionais quanto urgentes. Na área de infraestrutura, é fundamental começar a rever os pesados encargos incidentes sobre a energia elétrica, embora o governo pareça caminhar na direção oposta. Tais encargos tornam a tarifa brasileira uma das mais caras do mundo – três vezes mais elevada do que na França e Canadá e o dobro da cobrada na Alemanha, Estados Unidos e Coreia do Sul. Na contramão da competitividade, foi um retrocesso que não deve nos desanimar a recente aprovação de medida provisória que prorrogou, até 2035, a Reserva Global de
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INDÚSTRIA
Reversão (RGR), um dos vários ônus incidentes na conta de energia elétrica. Como se não bastassem esses dois pesados componentes do Custo Brasil, as empresas nacionais ainda enfrentam uma perversa valorização cambial. A apreciação do real se deve, em boa parte, ao uso excessivo da política monetária (leia-se altas taxas de juros) no combate às pressões inflacionárias, em detrimento da política fiscal (leia-se contenção dos gastos públicos). E juro alto, obviamente, atrai uma avalanche de dólares. Em resumo: é preciso cortar resolutamente as despesas. É preciso transferir à iniciativa privada, por meio de concessões, a gestão dos portos públicos como forma de modernizá-los em padrões internacionais. Portos ruins e energia cara, sabemos, minam consideravelmente nosso poder de concorrência. É preciso acelerar obras estruturantes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como a
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BR-163, ligando Santarém, no Pará, ao Mato Grosso, as Ferrovias Norte-Sul e Transnordestina, a ampliação e modernização dos aeroportos, a exploração da camada de petróleo do pré-sal. A lentidão nos avanços essenciais ao aumento da competitividade das empresas brasileiras é inversamente proporcional à perda de mercados. Significa dizer que quanto mais retardarmos as mudanças, mais rapidamente, pela velocidade da globalização, enfrentaremos queda de produção, de faturamentoe,emconsequência,deofertadeemprego. É preciso agir, e logo. Ficar para trás na competitividade pode anular conquistas inestimáveis dos últimos anos, como uma distribuição de renda menos perversa, maior mobilidade social e redução da pobreza – conquistas, a propósito, que consolidaram um robusto mercado interno. O Brasil não pode retroceder.
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ECONOMIA |
INDÚSTRIA Foto: Montagem/Fíbria, Petrobras, Sindirocha, ArcelorMittal e Arquivo Next
Indústria capixaba: competitividade à mostra em todo o mundo Produtividade e participação da indústria na economia capixaba crescem em 2011, assim como oferta de empregos
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os últimos anos, o Espírito Santo apresentou uma importante redução de sua taxa de pobreza, que caiu de 32,8% em 2001, para 15% em 2009. Isso representa uma queda de 54,3% no número de pessoas pobres no Estado ao longo desse período, conforme estudo divulgado em junho de 2011, pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). E a indústria capixaba, certamente, tem enorme responsabilidade por essa estatística. Prova disso é a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) da indústria local, que passou 80
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de R$ 18,8 bilhões, em 2004, para R$ 30,6 bilhões, em 2010. Tais valores indicam uma evolução real de 62,6%, com taxa média real de crescimento de 8,4% ao ano. Esse índice, aliás, esteve bem acima do crescimento de 17,8% do PIB da indústria nacional entre 2004 (R$ 501,8 bilhões) e 2010 (R$ 591,1 bilhões), com média de crescimento de 2,8% ao ano nesse mesmo período. E se houve alta na produtividade e participação da indústria na economia capixaba, aumentou também a oferta de empregos. Em 2004, a indústria capixaba empregava 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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131,3 mil pessoas, enquanto em 2010 o número de empregos subiu para 195,3 mil (um incremento de 48,7%), com taxa de crescimento de 6,8% ao ano. Além disso, a projeção para 2011 é de que esse número suba para 218,5 mil postos de trabalho (evolução de 11,9%). As ações da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) contribuíram em muito para que tudo isso fosse possível, já que o Sistema se articulou para colocar em prática projetos nas áreas de gestão, empreendedorismo, fortalecimento do associativismo, qualificação da mão de obra e capacitação profissional, saúde do trabalhador, incentivo a projetos de desenvolvimento sustentável e à exportação, dentre outros. Nesse sentido, ao longo deste e de outros anos, a Findes direcionou a indústria capixaba no sentido da competitividade nacional, principalmente com foco na inovação, de modo a assegurar uma tendência mundial de qualidade, por meio de projetos de inovação tecnológica e agregação de valor. É o caso das indústrias que trabaPIB da indústria lham com rochas, por exemplo, local fechou 2010 que após a crise econômica em R$ 30,6 bi internacional de 2008-2009 estão retomando o crescimento das exportações. No período de crise, elas tiveram a iniciativa de inovar, buscando novos mercados, mas também trabalhando no sentido de conquistar espaço para a retomada das vendas de rochas ornamentais. Vários outros setores da indústria, como a construção civil, de alimentos e bebidas, de vestuário, moveleiro e metalmecânico, foram impulsionados, bem como a comercialização de commodities. A indústria criativa, “a indústria do futuro”, também teve uma atenção especial neste ano, afinal esse setor tem condições de contribuir para a ampliação dos negócios no Espírito Santo, gerando mais postos de trabalho, arrecadação de impostos, melhor distribuição de renda e, consequentemente, mais qualidade de vida.
Para se ter uma ideia do peso das indústrias criativas, o Brasil possui o maior setor criativo da América Latina. As atividades que compõem a economia criativa movimentaram, no País, US$ 14,6 bilhões em 2005 e estima-se que tenham superado US$ 22 bilhões em 2010, com uma taxa de crescimento anual média de 8,4%. Voltada para artes, a indústria criativa compõe um dos setores mais dinâmicos da economia mundial e lida com aspectos intercalados entre a economia, a cultura e a tecnologia.
30,6 bi (R$)
Foi o PIB da indústria capixaba em 2010
Cenário favorável O incremento à produção industrial devese, sobretudo, ao cenário favorável à indústria que tem se descortinado no Espírito Santo. Até 2015, por exemplo, o Estado deverá receber R$ 98,8 milhões de investimentos públicos e privados em 1.129 projetos, de acordo com a estimativa prevista por um estudo realizado pelo Instituto Jones Santos Neves (IJSN).
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ECONOMIA CAPIXABA |
INDÚSTRIA
Foto: Arquivo Next
Historicamente, a Região Metropolitana é a que reúne a maior quantidade e diversidade de investimentos. Entretanto, com uma maior destinação de recursos para o interior, o ritmo de crescimento na Grande Vitória deve desacelerar, com destaque para projetos no setor de serviços. Contudo, a Região Metropolitana não deixará de crescer. Segundo o IJSN, a Região Metropolitana se configura como uma região de estágio avançado economicamente, e nos próximos anos, o setor de serviços se desenvolverá mais. A região não vai deixar de crescer, só não vai concentrar recursos como concentrou no passado. Fora da Região Metropolitana, a microrregião sul deve atrair a maior quantidade de recursos. Pelo tamanho da população e participação no PIB, a Região Expandida Sul deve acompanhar o ritmo de crescimento da Região Metropolitana. Embora a região norte, representada, sobretudo, pela cidade de Colatina, não acompanhe o mesmo ritmo de crescimento da Grande Vitória, essa foi a microrregião que mais tem se destacado pela
diversidade de investimentos, especialmente no setor de transportes e educação. Para o secretário estadual de Desenvolvimento do Espírito Santo, Márcio Felix, este é um momento único para o desenvolvimento do Espírito Santo, resultante, sobretudo, das atividades petrolíferas. Para ele, é um momento de crescimento virtuoso, sendo necessário aproveitá-lo para levar o desenvolvimento de forma harmônica para todo o Estado. O presidente da Findes, Marcos Guerra, também acredita que este é um momento positivo para a indústria capixaba, decorrente principalmente das exportações de commodities. Guerra avalia que, no geral, os setores mais promissores são o de petróleo e gás e metalurgia básica, que concentram a maior parte do volume de investimentos para os próximos cinco anos. O presidente da Federação também registra os bons desempenhos dos setores de construção civil, moveleiro, alimentos e bebidas e vestuário. “Temos uma indústria sólida e estamos localizados numa região privilegiada geograficamente. Porém, para nos tornarmos mais fortes e menos vulneráveis às oscilações do mercado mundial, é preciso estarmos atentos a algumas questões. Os desafios agora dizem respeito à infraestrutura e logística, educação profissional e contenção da ameaça de desindustrialização”, pontua Marcos Guerra.
Investimentos O setor de infraestrutura lidera o ranking de investimentos para até 2015 (R$ 59,6 milhões), seguido pelo setor de energia (R$ 47,9 milhões) e indústria (R$ 28,4 milhões). Isso é uma necessidade, afinal, o setor de infraestrutura melhora o ambiente de negócios e gera atrativos para novos investidores, contribuindo para o crescimento do Estado. Ainda segundo o IJSN, a construção da siderúrgica de Ubu, em Anchieta, representa o maior projeto privado do País atualmente. De propriedade da Vale, o empreendimento deve ser implantado em março de 2012, com orçamento de cerca de R$ 10 bilhões. No ranking dos dez grandes empreendimentos previstos até 2015, cinco são de propriedade da Petrobras. A maior parte dos recursos destinase às atividades de setor de petróleo e gás. As empresas Samarco e Ferrous também integram o topo de grandes investimentos.
“Temos uma indústria sólida e estamos localizados numa região privilegiada geograficamente” Marcos Guerra, presidente da Findes
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Atuação da Findes No mesmo ritmo de crescimento, o Sistema Findes articulou uma série de ações em prol de outros setores econômicos, como a indústria criativa. A cultura é outro elemento sempre presente na indústria criativa. E, por isso, a Findes, através do Sesi, investiu em um Espaço Cultural inovador não só em sua estrutura, mas também em seu conceito, para ser palco dos principais eventos artísticos e culturais promovidos pelo Sistema Findes, beneficiando trabalhadores e seus dependentes. Da área da cultura à educação, a Federação ampliou bastante a capacitação profissional, via Sistema Sesi/Senai, principalmente para suprir as demandas por mão de obra surgidas a partir dos grandes projetos industriais do Estado. O resultado dessa atuação da Federação é o desenvolvimento de uma indústria sólida, madura o suficiente para
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fazer o índice de crescimento industrial registrado no Espírito Santo ser maior do que a média nacional. E para isso se concretizar, Marcos Guerra ressalta que o Sistema Findes tem como meta dobrar o número de matrículas nas entidades que oferecem educação profissional. “Além disso, estamos promovendo o atendimento nesse sentido a todos os 78 municípios capixabas e contamos com a atuação de nossas oito Diretorias e Núcleos Regionais e também com a utilização de unidades móveis do Sesi/Senai, além de parcerias com prefeituras e governos estadual e federal.” Nas próximas páginas deste anuário, você confere os setores da economia que mais alavancaram esse desenvolvimento e qual tem sido a contribuição de cada um deles para colocar a indústria capixaba no topo do Brasil.
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ECONOMIA |
PETRÓLEO E GÁS Foto: Petrobras
ES é segunda maior reserva petrolífera do País, com 2,5 bilhões de barris
Petróleo e gás dão impulso à economia estadual O mercado crescente do setor de petróleo e gás no Espírito Santo tem atraído investimentos e diversificado a pauta de exportações
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difícil falar de petróleo no Brasil sem citar o Espírito Santo. Com as descobertas na camada do pré-sal e o anúncio de mais investimentos no setor, o Estado passou da 5ª posição no ranking brasileiro de reservas, em 2002, para se tornar a segunda maior reserva petrolífera do País, com 2,5 bilhões de barris, ficando atrás somente de Santos, em São Paulo. 84
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Essas descobertas e investimentos geram renda e mobilizam uma cadeia produtiva que conta hoje com cerca de 2 mil fornecedores somente no Espírito Santo. Até março de 2010, para se ter uma ideia, a média de extração diária em território capixaba era de 172.242 barris de petróleo e 6.248 milhões de metros cúbicos de gás natural. Esses números quase dobraram em 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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2011: hoje, a média diária é de 276 mil barris de óleo e 11,115 milhões de metros cúbicos de gás natural. A entrada em produção de dois poços, o JUB-11 e o JUB-13, em fevereiro deste ano, no Campo de Jubarte, foi determinante para alavancar o nível da produção. Além disso, somam-se a esse desempenho o aumento da produção do FPSO (unidade que produz e armazena petróleo) capixaba e a eficiência operacional das unidades de produção no Campo de Golfinho e da área terrestre no Ativo de Produção Norte Capixaba. A tendência, conforme dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Espírito Santo (Sedes), é de que o Estado alcance, até o final de 2011, uma produção de cerca de 400 mil barris por dia. Ao que tudo indica, a Petrobras deverá alcançar, em 2015, uma produção diária de 500 mil barris de petróleo, com capacidade de entregar até 15 milhões de metros cúbicos diários de gás natural ao mercado local e aos consumidores da malha de dutos das regiões Nordeste e Sudeste.
Incremento da economia A indústria do petróleo é, sem dúvida, uma das responsáveis pelo avanço econômico do Espírito Santo, juntamente com a agropecuária, a siderurgia básica, a celulose, a produção de rochas, as atividades portuárias e a crescente indústria do turismo. O petróleo levou o Estado a crescer acima da média nacional e incrementou a pauta de exportações,
basicamente de commodities, influenciando toda a cadeia produtiva. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), de maio de 2011, revelam que somente a exportação de óleos brutos, já figura no 2º lugar do ranking de exportações do Estado. De janeiro a maio, foram US$ 468.415,40 exportados, contra US$ 396.928,91 no mesmo período em 2010. O incremento das operações no Estado gera um ciclo positivo que beneficia a economia estadual como um todo. O gerente da Unidade de Operações de Exploração e Produção da Petrobras no Espírito Santo, Luiz Robério Silva Ramos, explica que a movimentação se dá pela complexidade dessa cadeia produtiva. “Para a construção de uma plataforma, por exemplo, é necessário adquirir equipamentos como bombas, que são compostas de itens menores, como válvulas e parafusos. Também há a necessidade de uma série de serviços, especializados ou não, para manter a atividade – desde a manutenção e a calibração de equipamentos eletrônicos até serviços de hotelaria e alimentação. Podemos dizer que um amplo leque de setores da indústria tem seu lugar na cadeia produtiva de petróleo e gás.”
276 mil
barris de óleo e
11,115 milhões
de metros cúbicos de gás são produzidos pelo ES
O futuro Só de investimentos para o setor de petróleo e gás, o Espírito Santo deverá receber, até 2013, cerca de US$ 17,2 bilhões, destinados a diferentes projetos. Dentre eles,
Plataformas em operação da Petrobras • Plataforma de Peroá: produção de gás nos campos de Peroá e Cangoá (litoral norte). Está em operação desde 2006. • FPSO Cidade de São Mateus: produção de gás no campo de Camarupim (litoral norte). Está em operação desde 2009. • FPSO Cidade de Vitória: produção de gás no campo de Canapu e produção de petróleo e gás no campo de Golfinho (litoral norte). Está em operação desde 2007. • FPSO Capixaba: produção de petróleo e gás nos campos de Cachalote e Baleia Franca e produção de óleo e gás no pré-sal (litoral sul). Está em operação desde 2010.
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• P-34: produção de petróleo no campo de Jubarte (litoral sul). Está em operação desde 2006. • P-57: produção de petróleo e gás no campo de Jubarte (litoral sul). Está em operação desde dezembro de 2010. • UTGC em Linhares: a produção de gás das plataformas no litoral norte é enviada para a Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC), em Linhares, onde o gás é especificado para ser entregue ao mercado. Atualmente, a produção de gás das plataformas no litoral sul é enviada para a Unidade de Tratamento de Gás Sul Capixaba, em Anchieta.
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ECONOMIA |
PETRÓLEO E GÁS
Foto: Petrobras
UTG de Cacimbas, em Linhares, que recebe a produção de gás das plataformas do litoral norte
Investimento em capital humano Para atender à demanda por mão de obra, o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), coordenado pelo Ministério de Minas e Energia, será um grande aliado dos empreendedores que buscam aumento qualitativo na sua cadeia de fornecimento. Estão sendo desenvolvidas, no âmbito do Prominp, três grandes iniciativas: a inserção de micro e pequenas empresas na cadeia de petróleo e gás, por meio do convênio entre Petrobras e Sebrae; a utilização de mecanismos alternativos de captação de recursos financeiros, e o Portal de Oportunidades da Cadeia de Suprimentos de Petróleo e Gás. E em junho deste ano, a Petrobras lançou o programa Progredir. Com ele, a estimativa é de que o custo de captação dos fornecedores sofra uma redução de 20%, pois beneficia aqueles que não dispõem de capital de giro, com linhas de crédito nas quais as empresas poderão negociar com os bancos seus contratos com a estatal. O Progredir foi criado em parceria com o Prominp e é desenvolvido em conjunto com os seis maiores bancos de varejo do País: Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, HSBC e Santander.
está a implantação do Gasoduto Sul Norte Capixaba, que ligará um PLEM (Pipe Line End Manifold, equipamento que interliga gasodutos) instalado na região do Parque das Baleias (litoral sul) a outro PLEM na região de Camarupim (litoral norte).
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Outra previsão é de que entre em operação no primeiro semestre de 2012 uma FPSO em Anchieta, que vai realizar o Piloto de Produção do Pré-Sal do Campo de Baleia Azul, no litoral sul do Estado. A plataforma terá capacidade para processar diariamente até 100 mil barris de óleo e comprimir até 3,5 milhões de metros cúbicos de gás. Já o início da operação da P-58, um navio-plataforma, deve acontecer em 2014. A estrura produzirá petróleo e gás de vários campos do Parque das Baleias, tanto na camada do pré-sal quanto na do pós-sal. A plataforma terá capacidade para processar, diariamente, 180 mil barris de óleo e comprimir 6 milhões de metros cúbicos de gás.
Batalha pelos royalties A expectativa é de que os investimentos anunciados e previstos na cadeia do petróleo e gás gerem riqueza para os 78 municípios do Espírito Santo. Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), de janeiro a abril deste ano, o repasse para os municípios chegou a 108,48%, volume que dobrou em relação ao mesmo período no ano passado. Neste ano, de janeiro a abril, o Espírito Santo recebeu, em royalties e participação especial, R$ 315,56 milhões, enquanto no mesmo período de 2010 foram R$ 156,5 milhões. Esses repasses se referem somente às áreas
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em produção e, com a exploração do pré-sal, tais números apresentarão uma nova sistemática de distribuição. De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Espírito Santo (Sedes), durante todo o ano de 2010, o Estado recebeu cerca de R$ 890 milhões de royalties e participação especial. A estimativa é de que em 2011 os repasses cheguem a R$ 1,2 bilhão, em função do crescimento da produção, principalmente no litoral sul. O único entrave a essa onda de desenvolvimento econômico que a extração de petróleo e gás proporcionará ao Estado está na aprovação, pelo Congresso Nacional, do Projeto de Lei Substitutivo do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que prevê uma nova forma de distribuição dos royalties do petróleo. Aprovado pelo Senado em 19 de outubro, o projeto causaria para o Espírito Santo uma perda de 52% da receita prevista para 2012.
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Pela proposta aprovada no Senado, ficou estabelecida a divisão dos royalties no regime de partilha (campos do pré-sal a serem licitados), da seguinte forma: 22% para a União, 22% para Estados confrontantes, 5% para municípios confrontantes, 2% para municípios afetados por operações de embarque e desembarque e 49% para o fundo especial que será distribuído a todos os Estados e municípios, sendo metade para Estados e metade para municípios. Estimativas feitas pelo Governo do Espírito Santo com base na produção de 2011 mostram que, mantidos os percentuais propostos pelo substitutivo, somente em 2012 o Estado perderia R$ 500 milhões, sendo a perda para os municípios capixabas de R$ 300 milhões. Mas, de acordo com as projeções do aumento da produção, esse valor pode chegar a perdas de até R$ 525 milhões para o Espírito Santo, apenas no próximo ano.
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ECONOMIA |
MINERAÇÃO E SIDERURGIA Foto: Agência Vale
Vale: mineradora injetou US$ 708,559 milhões no Espírito Santo no primeiro trimestre de 2011
Siderurgia e mineração em expansão no Espírito Santo Setores são responsáveis por grande parte do desenvolvimento do Estado e geração de emprego e renda para milhares de capixabas
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etores de destaque para a economia capixaba, a mineração e a siderurgia tiveram um bom desempenho em 2011. A ArcelorMittal Tubarão, por exemplo, deve investir US$ 50 milhões até o final deste ano na ampliação da capacidade do seu laminador de tiras a quente (LTQ), passando de 4 milhões para 4,6 milhões de toneladas produzidas por ano, e na construção de um novo pátio para resfriamento de bobinas. O objetivo da siderúrgica com as ampliações é agilizar o processo produtivo e o fluxo operacional para atendimento da crescente demanda dos mercados nacionais de automóveis, de linha branca e de construção civil. 88
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Para isso, as obras deverão ser iniciadas ainda no final deste ano. A ArcelorMittal Tubarão avalia ainda investimento de US$ 1 bilhão até 2012 em um novo laminador de tiras a quente para a produção de bobinas em sua usina localizada na Serra. A matéria-prima atenderá à crescente demanda dos mercados internos de construção civil, gás e rodas para automóveis. A expectativa é iniciar as obras no próximo ano e a operação, em 2014. Além disso, o grupo ArcelorMittal estuda a ampliação da produção de sua usina em Cariacica. Com capacidade de produção de 600 mil toneladas de aços longos por ano, 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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no que se refere ao licenciamento ambiental. Com isso, a expectativa é de que a CSU inicie suas operações em 2014. O projeto da nova siderúrgica demandará recursos orçados em US$ 6,2 bilhões e poderá gerar cerca de 18 mil empregos, sendo 6 mil na operação da usina e outros 12 mil indiretos. Estima-se que a nova empresa tenha capacidade anual de produção de 5 milhões de toneladas de placas de aço. E, assim como no P4P da Samarco, a CSU pretende dar oportunidades principalmente para colaboradores e fornecedores da região, movimentando a cadeia de fornecimento local.
a usina pode receber um novo laminador para aumentar em 40% a produção, que é, principalmente, de vergalhões, voltados para o setor de construção civil. A empresa vai fazer ainda a duplicação da ArcelorMittal Monlevade, que é hoje o principal investimento do grupo ArcelorMittal no Brasil. Localizada em João Monlevade (MG), a usina passa por processo de expansão para duplicar, para 2,4 milhões de toneladas, a capacidade anual de produção de aço bruto. O projeto está orçado em US$ 1,2 bilhão. E somente neste ano estão sendo desembolsados aproximadamente US$ 480 milhões.
Samarco em ampliação e ritmo acelerado
É o valor de investimentos para a P4P, da Samarco
Mineração Para além do projeto da CSU, a mineradora Vale injetou US$ 708,559 milhões no Espírito Santo no primeiro trimestre de 2011 (entre investimento e custeio), o que representou um crescimento de 51% em relação aos US$ 469,031 milhões investidos no mesmo período do ano anterior. Já os investimentos socioambientais somaram US$ 17,3 milhões no primeiro trimestre de 2011. Nesse mesmo período, a Vale contratou mais de 1 mil empregados para a expansão de suas operações, atingindo um total de 11.696 empregados próprios e terceiros Foto: ArcelorMittal
Com investimentos da ordem de R$ 5,4 bilhões, o Projeto Quarta Pelotização (P4P) da Samarco Mineração significará um grande salto na produção da empresa. Atualmente na casa dos 22,25 milhões de toneladas de pelotas anuais, a capacidade produtiva da mineradora será ampliada em 8,25 milhões de toneladas por ano, atingindo 30,5 milhões de toneladas de pelotas anuais. O P4P abrange a construção da Quarta Usina e de um terceiro mineroduto, instalado paralelamente aos dois já existentes, ao longo de cerca de 400 quilômetros de extensão entre o Espírito Santo e Minas Gerais. Além disso, será instalado um terceiro concentrador de minério de ferro na unidade de Germano, situada nos municípios mineiros de Ouro Preto e Mariana. A previsão é de que as obras do Projeto Quarta Pelotização estejam finalizadas no primeiro semestre de 2014. Segundo o gerente-geral de Comunicação e Relações Institucionais da Samarco, Fernando Künsch, serão gerados 4.823 postos de trabalho durante as obras no Estado, além de outros 500 com o início das operações. “É o maior investimento da história da Samarco, algo que eleva nossa capacidade de produção e já está levando desenvolvimento para o Espírito Santo e Minas Gerais”, frisou.
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Novo LTQ vai agilizar processo produtivo e fluxo operacional da ArcelorMittal Tubarão
CSU começa operações E não foi só a Samarco que investiu na região sul do Estado neste ano. A Companhia Siderúrgica Ubu (CSU), da Vale, também está em vias de iniciar suas operações, já que teve seu projeto aprovado 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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permanentes no Estado. Em função dos diversos investimentos que a Vale mantém no Espírito Santo, a mineradora está gerando ainda cerca de 1.787 empregos em canteiros de obras dos projetos em andamento.
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Foto: Samarco
P4P significará grande salto na capacidade de produção da Samarco
E para suprir sua necessidade energética, a Vale pretende inaugurar a Usina Termelétrica Integrada de Vitória (Utei). No primeiro semestre deste ano, a mineradora submeteu ao Governo do Estado o EIA/Rima do novo empreendimento, que funcionará no Complexo de Tubarão, com capacidade para produzir, aproximadamente, 600 megawatts. A planta será projetada para funcionar com gás natural e poderá, no futuro, processar o recurso extraído dos blocos de exploração dos quais a empresa participa na bacia do Estado. A expectativa é de que a usina seja implantada em 35 meses, a partir da obtenção das licenças ambientais, com investimentos da ordem de US$ 600 milhões. O empreendimento deve gerar cerca de 2,5 mil empregos durante a fase de implantação, prevista para ser concluída em 2014. A energia produzida abastecerá as sete usinas de pelotização da Vale em operação no Complexo de Tubarão e a oitava, prevista para iniciar produção no final de 2012.
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ECONOMIA |
ROCHAS Foto: Leonel Albuquerque
A produção brasileira de rochas ornamentais saltou de 7,6 milhões de toneladas, em 2009, para 8,9 milhões de toneladas, em 2010
Setor de rochas: momento de confiança Em 2011, exportações mantêm ritmo de 2010 e importações têm crescimento
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epois de sobreviver à crise internacional de 2008 e 2009, o mercado de rochas ornamentais volta a agir com cautela diante da nova instabilidade no cenário norte-americano. Mesmo tendo conquistado novos mercados na crise anterior e com o crescimento do demanda interna, o fato é que os Estados Unidos ainda continuam sendo o maior mercado consumidor das pedras brasileiras, destino de quase 75% das exportações. O presidente do Sindicato das Indústrias de Rochas Ornamentais, Cal e Calcário do Espírito Santo (Sindirochas), ligado a Federação da Indústria do Espírito Santo
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(Findes), Emic Malacarne, explica que o setor de rochas está em alerta com a situação e que, desta vez, os empresários se antecipam ao que pode acontecer. “Estamos em alerta, mas, ao mesmo tempo, confiantes. Vivemos um momento de iminentes crises no mundo com a instabilidade dos mercados americano e europeu. Mas o mercado interno está cada vez mais aquecido e, a nosso favor, há o apoio dos governos estadual e federal, que estão adotando medidas que desafoguem as indústrias. E o Sindirochas, juntamente com outras entidades, busca incluir o setor de rochas ornamentais dentro dessas medidas”, explica Emic. 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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Um exemplo de como o mercado interno de rochas ornamentais está aquecido e de como tem atraído a atenção dos empresários é a Cachoeiro Stone Fair. A feira de mármore, que acontece anualmente em agosto, é caracterizada por sua capacidade de fomentar o mercado nacional. A edição de 2011 esteve 10% maior do que a do ano anterior e, além do interesse dos empresários brasileiros, contou também com uma grande quantidade de expositores e visitantes internacionais. “A feira de Cachoeiro tem crescido a cada ano. Diferente da Vitória Stone Fair, que é voltada para o mercado externo, ela tem características do mercado interno, com maquinários e insumos. Neste ano, com as crises, os empresários não apenas brasileiros, mas também estrangeiros, estão percebendo no Brasil uma chance real de bons negócios, o que fez com que crescêssemos em relação à última edição”, conta Emic. O presidente do Sindirochas, que também é presidente do Centro Tecnológico do Mármore e Granito (Cetemag), explica ainda que várias ações estão sendo pensadas pelas
entidades para que o setor não sofra com as novas crises. Desde parcerias com entidades internacionais, como o Centro Tecnológico De La Piedra (Ctap), entidade espanhola número um em desenvolvimento de tecnologias para o setor de rochas ornamentais, como também iniciativas que busquem fomentar de forma sustentável o arranjo de rochas capixaba. “Estamos em contato direto com os parlamentares, governos federal e estadual e órgãos licenciadores e fiscalizadores para buscarmos soluções que fortaleçam o setor. O meio ambiente também tem sido uma preocupação tanto do Cetemag quanto do Sindirochas, e essas entidades têm realizado inúmeras ações que visam ao desenvolvimento pleno da atividade de rochas, ao mesmo tempo em que não causem danos ao meio ambiente.”
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de toneladas Foi a produção brasileira de rochas em 2010
Exportações e importações Os números consolidados para valor e volume físico das exportações brasileiras de rochas ornamentais no primeiro quadrimestre de 2011 são muito semelhantes aos do mesmo período do ano passado. As taxas de crescimento das importações de rochas continuam A expectativa é de mais elevadas do que as taxas que no fechamento das exportações. Também de 2011 haja um se mantém mais exprescrescimento nas siva a taxa de crescimento exportações de das exportações de rochas rochas na brutas frente às de rochas ordem de 10% processadas. A expectativa é de que no fechamento de 2011 haja um crescimento nas exportações de rochas na ordem de 10%. A superintendente do Centro Brasileiro de Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas-ES),OlíviaTirello, é otimista e diz que os empresários do setor estão em busca de novos mercados, sendo que o alvo, hoje, é atender à grande
Foto: Leonel Albuquerque
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Foto: Sindirochas
As rochas processadas ainda são menos exportadas do que as brutas
demanda do Oriente Médio, cujo mercado está em expansão, com o crescimento da construção civil na região. Já as importações de rochas brutas e processadas representavam, entre janeiro e abril de 2010, 5% do valor das exportações.
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Em 2011, no mesmo período, esse índice foi de 7,2%, o que demonstra um significativo aumento das importações em relação ao valor exportado. Foram importadas 7.308 toneladas de rochas brutas, no valor total de US$ 4.049.244,00, representando preço médio de US$ 554.083,74, por tonelada. O aumento das importações, em relação ao mesmo período de 2010, foi de 34,32% em valor e 18,6% em peso. Só de rochas processadas foram importadas 24.740 toneladas, no valor total de US$ 15.729.360,00, representando preço médio de US$ 635.786,58, por tonelada. O aumento das importações de rochas processadas, em relação a 2010, foi de 49,93% em valor e 36,75% em peso. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Rochas (Abirochas), estima-se que a produção brasileira de rochas ornamentais tenha evoluído de 7,6 milhões de toneladas, em 2009, para 8,9 milhões de toneladas, em 2010, um crescimento de 17,1%. Desse total, também estimativamente, 3 milhões de toneladas foram destinadas ao atendimento do mercado externo e 5,9 milhões de toneladas ao mercado interno.
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ECONOMIA |
CELULOSE
Fotos: Divulgação Fíbria
Em 2010, a Unidade de Aracruz da Fibria investiu R$ 19,8 milhões para melhorar a ecoeficiência de suas operações
Celulose: indústria se moderniza e amplia produção Com 2,3 milhões de toneladas de celulose produzidas por ano, Unidade de Aracruz responde por 44% da produção total da Fibria
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cenário econômico previsto para a indústria capixaba de papel e celulose em 2011 leva em consideração a necessidade de duas premissas básicas para a competitividade: investimentos e modernização. O setor demonstra recuperação e otimismo, deixando para trás, de vez, a crise financeira global de 2008. Neste ano, a Fibria ampliou sua capacidade produtiva, intensificando seu papel estratégico na economia capixaba. A empresa, a partir do segundo semestre,
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encontra-se em nova fase, que inclui a modernização de seu parque industrial e a atração de investimentos, sob o comando do novo presidente, Marcelo Castelli. Atualmente, a companhia emprega aproximadamente 6 mil pessoas no Espírito Santo, entre diretos e indiretos. Considerando apenas os empregados diretos, a folha de pagamento (incluindo salários, encargos e benefícios de curto prazo) na Unidade Aracruz, incluindo o Portocel, equivale a aproximadamente R$ 6,5 milhões mensais, que contribuem para 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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Porto é referência As operações da Unidade de Aracruz da Fibria são realizadas pelo Terminal Especializado de Barra do Riacho (Portocel), o único do Brasil especializado no embarque de celulose. Sua estrutura está preparada para receber navios continuamente, com capacidade de embarque anual de 7,5 milhões de toneladas de celulose. O porto pertence aos grupos Fibria (51%) e Cenibra (49%), duas das maiores empresas produtoras de celulose no Brasil. Pelo porto também escoam parte da celulose produzida pela Suzano, na Bahia, e 100% da celulose, que chega por barcaças, produzida pela Veracel, tambem instalada na Bahia, uma joint venture entre Fibria e Stora Enso. Em 2010, o porto bateu a marca de 60 milhões de toneladas de celulose embarcadas, desde que iniciou suas operações, em 1978. Outra marca de destaque é de embarque anual, que, em 2010, somou 5.630.282 de toneladas de celulose em 281 embarcações, incluindo produtos siderúrgicos.
movimentar a economia nos municípios onde a empresa atua. É importante destacar que 89% dos trabalhadores da empresa são recrutados no Espírito Santo e, dentre estes, 80% no próprio município. Como incremento à própria produção e contribuindo ainda mais para o desenvolvimento econômico do Espírito Santo, em julho, a Fibria anunciou a modernização da linha de branqueamento da Fábrica A, em Barra do Riacho, num investimento de R$ 110 milhões. A empresa trocou dez equipamentos antigos por três modernos, e o resultado disso é a redução de 60% no consumo de energia, 50% do consumo de produtos químicos como dióxido de cloro e soda, além da redução de 50% na vazão de efluentes e impactos ambientais. E investimento tem sido o fator fundamental de crescimento da indústria capixaba. Em 2010, a Unidade de Aracruz da Fibria investiu R$ 19,8 milhões para melhorar a ecoeficiência de suas operações. Segundo o gerente-geral industrial da unidade, Paulo Silveira, em 2011, a modernização da Fábrica A resultou na redução considerável do consumo de produtos químicos, como o dióxido de cloro (35%) e soda (45%), e o consumo de energia (62%). “Toda essa 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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economia influenciou diretamente na diminuição da carga de efluentes destinada à estação de tratamento: a vazão foi reduzida para menos da metade do que era descartado”.
Setor forte no ES Conforme a Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), a Fibria vai investir US$ 20 bilhões em suas indústrias no Brasil até 2020, o que inclui a Unidade de Aracruz. Esses recursos serão utilizados para aumentar a base florestal e a capacidade de produção e, de modo geral, toda sua cadeia produtiva. O único gargalo do setor, que pode interferir nesses investimentos, é o cenário macroeconômico atual , no qual o preço das commodities e da apreciação do real frente ao dólar tem alarmando os investidores da Bolsa de Valores. Mas, por enquanto, não é isso que o mercado capixaba tem sentido. Apesar de o Estado ser atingido diretamente com a oscilação de mercados, no Espírito Santo, a celulose movimenta tanto o setor industrial quanto o de agronegócios. Dados da Secretaria Estadual de Agricultura indicam que a celulose alavancou os números de exportações do setor de agronegócios. De janeiro a junho de 2011, a celulose capixaba foi responsável pela movimentação de US$ 565.766, ou seja, 55,45% do registro de exportações de agronegócios capixabas.
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Foi o valor que a Fibria adquiriu de fornecedores do ES e sul da BA em 2010
O eucalipto é uma alternativa de renda para muitos agricultores do Estado
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Matéria-prima
A Fibria vai investir US$ 20 bilhões em suas indústrias no Brasil até 2020, o que inclui a Unidade de Aracruz
A pesquisa “Panorama Econômico do Espírito Santo”, divulgada pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) em abril deste ano e referente ao quarto trimestre de 2010, atestou a importância do produto para a economia do Espírito Santo. Segundo a publicação, o cenário econômico do período foi impulsionado pelo desempenho dos setores de extração de minerais metálicos (+15,23%), metalurgia (+54,27%) e fabricação de celulose (+40,37%), que, juntos, representaram quase 85% do total de exportações. Hoje, a Unidade de Aracruz abastece os mercados da América do Norte, Ásia e Europa, saindo do município de Aracruz 70% de toda a celulose do Brasil, por meio do Terminal de Barra do Riacho (Portocel). No Espírito Santo, são produzidas aproximadamente 2,3 milhões de toneladas de celulose por ano, 44% da produção total da companhia. E toda essa produção movimenta uma cadeia de fornecedores locais, contribuindo para a geração de riquezas. “Apenas em 2010, a Unidade de Aracruz adquiriu de fornecedores locais no Espírito Santo e sul da Bahia o equivalente a R$ 703,2 milhões, montante 55% maior do que o registrado em 2009. O percentual de compras desses fornecedores passou de 17,72%, em 2009, para 68,68%, em 2010”, disse Paulo Silveira. 98
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A matéria-prima da indústria do papel e da celulose é o eucalipto, planta que é uma alternativa de renda para muitos agricultores do Estado. Isso se dá porque o eucalipto pode ser consorciado a outras culturas e, além disso, parte do município de Aracruz está voltada para a agricultura. Em 2010, o setor teve o maior peso na soma do PIB da cidade e impulsionou a economia local, pois a produção e o beneficiamento do eucalipto promoveram a circulação de recursos na cidade de Aracruz. Além do município, o eucalipto também é destaque em Conceição da Barra e São Mateus.
Recordes de produção em julho No mês de julho de 2011, a Fibria, na Unidade de Aracruz, demonstrou sua força frente ao mercado oscilante e bateu cinco recordes. Produção total, produção da Fábrica C, produção diária da máquina de secagem 1, queima de sólidos nas caldeiras de recuperação e produção de cal registraram performance de destaque. A produção mensal total de celulose somou 209.587 toneladas, superando em 795 toneladas o recorde anterior, registrado em março de 2010. O recorde de produção mensal da Fábrica C ultrapassou o de julho de 2009, com 86.011 toneladas, e a produção diária da máquina de secagem, responsável pela secagem da celulose, superou a marca registrada em agosto de 2006, a maior até então, com 988 toneladas. Paulo Silveira enfatiza que os recordes são fruto da excelência conquistada no conjunto das operações, passando pela garantia do abastecimento da madeira na qualidade especificada até a obtenção do produto final. “Os nossos parceiros e empregados têm contribuído de forma diferenciada para o alcance desses resultados. Seguiremos engajados para consolidarmos, por meio dessa estabilidade operacional exemplar, as metas estabelecidas para este ano”, ressaltou. Novos investimentos para o Espírito Santo, incluindo a ampliação da quarta fábrica, estão previstos para a partir de 2020. Atualmente, a Fibria está investindo na ampliação da unidade de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, e o próximo passo será a expansão da fábrica da Veracel na Bahia. 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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ECONOMIA |
LOGÍSTICA E INFRAESTRUTURA Foto: Arquivo Next
Para que navios de maior porte entrem no porto, está prevista a obra de dragagem e derrocagem do Porto de Vitória, ampliando de 10 para 14 metros sua profundidade
Logística: o caminho para o crescimento Gargalos logísticos evidenciam atraso do Estado em infraestrutura
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Espírito Santo registra um crescimento acima do nacional: são 13% ao ano, contra a média brasileira de 10%. Essa realidade tem atraído para o Estado indústrias de diversos segmentos, gerando emprego e renda. Somente a carteira de projetos anunciados para o Espírito Santo com valores individuais acima de R$ 1 bilhão, entre 2010 e 2015, se somada, atinge a cifra de R$ 98,8 bilhões. Entretanto, a grande preocupação da área empresarial é a infraestrutura de logística capixaba, que passa por sérios problemas que podem reduzir ou, até mesmo, inviabilizar os investimentos previstos. A atualização do Plano de Logística Integrada, do Governo do Estado, que deve ficar pronta em meados de 2012, vai levantar
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as deficiências, apontar as soluções e buscar investimentos junto ao governo federal e parcerias para solucionar os problemas de infraestrutura que afetam a indústria e a economia capixaba. A verdade é que a agilização dessa e outras medidas podem assegurar investimentos para o desenvolvimento ainda maior da economia do Estado. Para o presidente do Comitê de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Coinfra), Ernesto Mosaner, os problemas perpassam os diversos modais logísticos, indo desde o portuário até o aeroportuário, sem excluir as ferrovias e rodovias. Ele explica que, ao encarecerem o transporte e dificultarem o fluxo de mercadorias, esses gargalos prejudicam não só a indústria, mas também toda a 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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Foto: Arquivo Next
mobilidade urbana. “Toda a parte logística do Espírito Santo, nos diferentes modais, precisa ser urgentemente repensada”, afirma. “Essa situação reduz a competitividade, os investimentos e, consequentemente, a geração de emprego”, complementa. Os custos de transporte por vias portuárias são altíssimos no Espírito Santo, o que impacta negativamente a competitividade das empresas, atrapalhando a importação e a exportação, encarecendo o transporte e onerando a indústria, que depende de muitas matérias-primas que vêm de outros países. Com isso, o empresário capixaba acaba pagando mais caro por causa dos problemas de logística do Estado. Mosaner lembra que a vantagem competitiva duramente conquistada é, com frequência, consumida pelo custo do transporte, pelas condições das estradas, pelo valor do combustível, entre outros gargalos.
Faltam investimentos O secretário de Transportes e Obras Públicas do Espírito Santo, Fábio Damasceno, revela que a falta de investimentos em infraestrutura no Estado é a razão dos problemas logísticos, principalmente por parte do governo federal. “O Espírito Santo apresenta um atraso de quase 20 anos no desenvolvimento de sua infraestrutura. Faltam investimentos nas rodovias, em ferrovias, em portos e também no aeroporto”, enumera. Segundo ele, essa realidade prejudica a indústria, que atualmente não é atraída somente por incentivos fiscais. “Ela busca, sobretudo, uma infraestrutura logística implantada, que lhe dê condições de trabalhar sua logística de forma plena, facilitando a importação e o próprio comércio de sua produção”, afirma. Ernesto Mosaner compartilha da mesma opinião. “Os empresários brasileiros já têm de enfrentar outros problemas que aumentam o custo da produção, como o preço da energia, a carga tributária e uma legislação trabalhista obsoleta. Com a taxa cambial, a indústria brasileira perdeu muito em competitividade no mercado internacional. A fragilidade logística dificulta os investimentos e inibe as possibilidades de desenvolvimento. Com isso, deixamos de produziregerarimpostosaqui,paraimportar”, comenta Mosaner. 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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O executivo destaca alguns dos grandes investimentos que o Estado já está recebendo, como a exploração de petróleo na área do pré-sal. Também será instalada uma fábrica de fertilizantes no Estado, além do polo gás-químico, na região de Linhares. Esses e outros projetos vão gerar oportunidades para a criação de indústrias periféricas. Mas Mosaner lembra que, para que tudo isso aconteça, é preciso contar com uma condição de logística favorável, caso contrário, esses investimentos acabarão sendo dirigidos para outros Estados. Uma das soluções apontadas pela Findes é a parceria públicoprivada (PPP). Para Mosaner, a concessão do serviço público pode agilizar o processo e desonerar o investimento. “É responsabilidade do governo, em nível federal, investir para que essa situação seja resolvida. Mas, se não houver condições de o governo investir, é preciso buscar parcerias e concessões, que podem ser a solução”. Desafios logísticos O presidente da Federação das Empresas de Transportes do Espírito Santo (Fetransportes), Luiz Wagner Chieppe, que participou da construção do Plano Estratégico de Logística e Transportes do Espírito Santo (Peltes), lançado em 2010 e cujo objetivo é descentralizar e direcionar o crescimento do Estado, levando em consideração toda sua cadeia logística, faz um alerta: “Através da criação desse plano de logística, temos a oportunidade de planejar a direção do nosso crescimento. No entanto, é importante destacar que o Peltes não tem receitas prontas”. E ele ainda acrescenta: “Outra coisa nos preocupa, o excesso de burocracia que tem atrapalhado o governo federal na solução dos gargalos. Em 2003 foi feito o primeiro relatório que enumerava os problemas de infraestrutura do Estado e os estudos dos gargalos daquela época eram exatamente os mesmos de hoje. É preciso rever 101
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ECONOMIA |
LOGÍSTICA E INFRAESTRUTURA
Foto: Infraero
Ícone dos problemas logísticos capixabas, aeroporto tem suas obras embargadas pelo TCU
Defasagem Logística pode inviabilizar investimentos previstos no ES
as estratégias e adotar medidas para o desenvolvimento econômico”, ressalta Chieppe. Um exemplo é a Rodovia do Contorno, que há dez anos passa por reformas. O prazo previsto pelo Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit) para a conclusão da obra é dezembro de 2012. A BR 262, que, desde 1966, quando foi entregue, possui o mesmo traçado, deve passar por obras em breve. Está prevista ainda a duplicação no trecho que vai do quilômetro 16, em Viana, até o quilômetro 71, além de um conjunto de obras de melhoria em mais seis pontos de risco até o quilômetro 196. De acordo com o secretário Fábio Damasceno, a BR 101 está em processo de preparo para licitação e concessão. Outra modalidade logística seriamente defasada em relação às necessidades estaduais – sem falar em comparação ao resto do País – é a aeroportuária. O aeroporto de Vitória se tornou um ícone dos problemas do Espírito Santo. As autoridades capixabas defendem a privatização do Aeroporto Eurico Salles para que o terminal fique pronto antes da Copa do Mundo em 2014. Depois de as obras serem embargadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por supostos desvios de verba pública e sobrepreço nos materiais comprados para a construção, as empreiteiras responsáveis por realizar o serviço tiveram o contrato rescindido pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Segundo a estatal, no início de 2010, o TCU realizou uma nova fiscalização nas obras do aeroporto de Vitória e não encontrou qualquer nova irregularidade.
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Em relação ao transporte portuário, a prioridade é a obra de dragagem e derrocagem do Porto de Vitória, ampliando de 10 para14metrosaprofundidadedocanal.Issovai possibilitar que navios de maior porte entrem no porto. O projeto foi liberado pelo TCU e já tem licitação em curso. Com a liberação dos recursos, poderá ser dada a ordem de serviço. Entretanto, o porto de águas profundas, que permitiria que o Estado recebesse navios de qualquer porte, expandindo a capacidade portuária capixaba, ainda está apenas no conceito, inclusive não há recursos disponíveis para ele. “As iniciativas nesse sentido já evoluíram, mas o projeto ainda carece de definição técnica e de influência política na definição do local onde vai ser construído o porto”, explica Ernesto Mosaner. Na área ferroviária, segundo Mosaner, a implantação da Ferrovia Litorânea Sul, que interligará a Estrada de Ferro Vitória a Minas (Vale) e a Região Metropolitana ao Porto de Ubu, chegando até Cachoeiro de Itapemirim, vai diminuir bastante o tráfego nas estradas de rodagem, principalmente de produtos como rochas e granito. Além disso, a ferrovia vai facilitar a instalação da Companhia Siderúrgica de Ubu (CSU), em Anchieta.
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ECONOMIA |
ENERGIA Foto: Arquivo EDP
O Espírito Santo tem oferta de energia elétrica maior do que a demanda
Mais investimentos na área energética Busca por fontes renováveis para fornecimento de energia é uma das prioridades do Espírito Santo
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onsiderada confortável, a matriz energética capixaba deixa o Estado em situação de equilíbrio, com uma oferta de energia elétrica maior do que a própria demanda, inclusive. Não à toa, a cidade de Vitória tem sido nos últimos cinco anos a capital do País com o menor tempo de duração de interrupção de energia elétrica por consumidor. Além disso, há três anos é a capital que tem o menor número de interrupções de energia por cliente, segundo o Ministério de Minas e Energia. As boas notícias devem-se, principalmente, à qualidade da matriz energética do Espírito Santo e aos investimentos que têm sido realizados. O Espírito Santo, que, segundo o presidente do Conselho Superior de Infraestrutura da Findes (Coinfra), Ernesto Mosaner Junior, até 2006 se encontrava na ponta de linha do Sistema Interligado Nacional (SIN), atualmente possui um anel de segurança formado pelas linhas de 104
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transmissão Adrianópolis-Campos-Vitória e Ouro Preto-Vitória, que garantem à Região Metropolitana da capital maior confiabilidade em seu abastecimento. Já o norte do Estado é suprido pela Linha de Transmissão Mascarenhas-Verona. Mosaner lembra também que duas novas linhas de transmissão se encontram em construção no Estado: a linha MascarenhasLinhares e a linha de transmissão Mesquita -Viana 2. A previsão é de que elas sejam energizadas entre junho de 2011 e abril de 2012, contribuindo para a formação de um segundo anel de segurança para a Região Metropolitana e fortalecimento do norte do Espírito Santo, elevando substancialmente a qualidade e confiabilidade do abastecimento elétrico em solo capixaba. E confiabilidade energética é um pontochave para o Espírito Santo, que deve receber, até 2015, R$ 98,8 milhões de investimentos 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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públicos e privados, segundo estimativa prevista por um estudo realizado pelo Instituto Jones Santos Neves (IJSN), divulgado em junho de 2011 junto com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento (Sedes). Do total de investimentos previstos, cerca de 5% são do Governo do Estado e o restante da iniciativa privada. As principais áreas que vão receber os recursos são infraestrutura (R$ 59,6 milhões), energia (R$ 47,9 milhões) e indústria (R$ 28,4 milhões). Para além dos investimentos, a matriz energética do Estado precisa mudar também por conta de seu alto custo. O fornecimento de energia no Espírito Santo é um dos mais caros do País, o que impede que as indústrias daqui sejam mais competitivas, principalmente as do noroeste do Estado. Reféns de uma única opção, empresários dessa região temem o deslocamento de suas indústrias para os grandes centros urbanos capixabas, atraídos, principalmente, pela energia mais barata ou alternativa. O próprio presidente da Findes, Marcos Guerra, quando esteve senador assegurou um equilíbrio no custo da energia paga às pequenas concessionárias e distribuidoras, a partir da constatação de uma diferença que variava entre 8% e 10,5%. Também por isso, a busca por fontes renováveis tem sido tão perseguida no Espírito Santo, para servir de alternativa às altas taxas praticadas.
Busca por fontes renováveis Em junho, a Agência de Serviços Públicos de Energia do Espírito Santo (Aspe), autarquia da Secretaria de Estado de Desenvolvimento (Sedes), realizou a IV edição do Fórum Capixaba de Energia, que teve justamente como tema “Energia, meio ambiente e desenvolvimento: a busca pelo equilíbrio”. De acordo com o diretor-técnico da Aspe, Ayrton de Souza Porto Filho, o assunto foi bastante discutido, especialmente porque, apesar de o Espírito Santo estar hoje bem próximo de uma matriz energética confortável, com uma oferta de energia elétrica (3,5 GW) maior do que a demanda (2,3 GW), o Estado produz internamente cerca de 1 GW, sendo, portanto, importador dessa diferença de energia elétrica pelo sistema interligado nacional. “Enquanto no mundo 13% da energia consumida provêm de fontes renováveis, no Espírito Santo temos o dobro dessas fontes 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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de energia. Mas a questão é que no Brasil a participação de renováveis chega a 47%”, esclareceu o diretor da Aspe. Dentre outras iniciativas na busca pelas fontes renováveis de energia, o Estado já elaborou e lançou o Atlas do Potencial Eólico do Espírito Santo, que tem atraído a atenção de muito investidores interessados em explorar o potencial identificado de 1,7 GW de geração elétrica em terra e de outros 4,5 GW em mar. Aliás, o Atlas Eólico capixaba foi o primeiro a identificar o potencial de geração off-shore no País. Ainda neste ano, a Aspe inicia os estudos para a elaboração de um Atlas do Potencial Solarimétrico do Estado, que deverá ser concluído no primeiro trimestre de 2012. A busca por fontes renováveis de energia, como a eólica, a solar e a de biomassa, é de suma importância para o Espírito Santo, que apresenta um dos maiores consumos de energia per capita no Brasil. Por isso, o desenvolvimento do Atlas Eólico foi fundamental para que o Estado participasse, em 2009, do primeiro leilão de energia eólica do País, promovido pelo governo federal, através da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Ministério de Minas e Energia. Segundo a Sedes, seis projetos foram apresentados, ofertando uma geração de 153 MW de energia. Todos eles fazem parte do Complexo Eólico de Linhares, do Grupo EDP Brasil. Caso seja implantado, o Complexo Eólico de Linhares terá capacidade estimada de produção de cerca de 440.000 MWh/ano, o que seria suficiente para atender 184 mil residências com consumo médio mensal de 200 kWh/mês. Para se ter ideia do que isso representa, pressupondo-se que cada residência possua, pelo menos, cinco moradores, esse potencial seria suficiente para abastecer a população das cidades de Vitória, com 322.142 habitantes, e Serra, com 400.659.
+1,2 GW
É a diferença entre a oferta e a demanda de energia elétrica no ES
Termelétricas O Espírito Santo deverá ter mais um linhão de 500 KV para abastecer São Mateus e cidades próximas, podendo sair de Minas Gerais, da subestação de Viana 2 ou, ainda, do sul da Bahia. O pedido de nova linha já foi encaminhado ao governo federal pelo governador Renato Casagrande. O estudo de viabilidade será feito pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O primeiro 105
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linhão de 500 KV já está em construção e ligará Mesquita (MG) à subestação Viana 2, em Viana, devendo entrar em operação em junho de 2012. A subestação também será construída pelo consórcio que venceu o leilão do linhão, formado pela Votorantin e Furnas.
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Foto: Arquivo Next
O Estado tem potencial eólico de 1,7 GW de geração elétrica em terra e de outros 4,5 GW em mar
O segundo linhão de 500 KV unirá as seis usinas termelétricas que o grupo Bertin construirá em Linhares também à subestação de Viana 2. Quatro das usinas do grupo Bertin serão a gás e outras duas a óleo combustível. Outro linhão, este de 230 KV, também está em construção e ligará a usina de Mascarenhas a Linhares. Essa linha ficará pronta em junho de 2012. Além de duas usinas térmicas já em operação – em Viana, a Tevisa, e no norte, a Linhares Energia –, o Estado tem mais um projeto de térmica que participará do leilão de energia total em julho. Na verdade, o projeto não é totalmente novo, já que se trata da ampliação da unidade da Linhares Energia. Outros cinco projetos de termelétricas movidas a gás estão em processo de licenciamento com o objetivo de participar do leilão A-5 (para entrar em operação em cinco anos), previsto para acontecer até o final do ano. Os projetos são para uma unidade em Aracruz, outra no Sul e três no Norte do Estado.
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ECONOMIA |
CONSTRUÇÃO CIVIL Foto: Arquivo Next
Censo Imobiliário mostrou que mercado da construção civil alcançou o equilíbrio em 2011
Construção civil em alta no Estado Facilidade de financiamento e programa federal “Minha Casa, Minha Vida” impulsionam setor
O
ano de 2011 foi realmente aquecido para o setor. Segundo dados do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-ES), publicados no 19º Censo Imobiliário em junho de 2011, nos seis primeiros meses do ano, 33.374 unidades estavam em construção na Grande Vitória, um crescimento de 25% em comparação ao mesmo período de 2010. E o programa do governo federal “Minha Casa, Minha Vida” foi um dos fatores que impulsionaram esse aumento. O Censo mostrou também as áreas onde há maior expansão na construção civil, apontando a Serra como o município com o
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maior número de lançamentos. Das mais de 33 mil unidades em obras em todo o Estado, 40% estão na Serra, 37% em Vila Velha, 20% em Vitória e 3% em Cariacica. Já com relação aos imóveis lançados de novembro de 2010 a junho de 2011, 49% estão em Vila Velha, ficando a Serra em segundo lugar, com 43%. Vitória, por não ter mais espaço para seu crescimento, registrou 8% dos imóveis lançados no período. O diretor da indústria imobiliária do Sinduscon-ES, Pedro Zamborlini, acredita que essa disputa é saudável para o mercado. “A Serra era o município que tinha o maior espaço de infraestrutura implantado, e isso 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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principalmente no que diz respeito à qualificação de mão de obra, afinal, desde 2000 há uma demanda emergente do mercado pela busca de profissionais na área. E, para suprir essa necessidade da indústria da construção civil, o Senai oferece cursos de eletricista, carpinteiro, armador, pintor, almoxarifado, instalador predial e drywall, técnico em edificações, pedreiro, dentre outros.
Censo Imobiliário O Censo Imobiliário é um levantamento de unidades em construção e à venda com área de construção superior a 800 m2. São analisados na pesquisa bairros de Vitória, Serra, Vila Velha e Cariacica. E os dados de 2011 foram realmente animadores para o setor. Nos primeiros seis meses de 2010, por exemplo, as unidades em construção eram 26.614, com lançamentos concentrados no segundo semestre, reflexo da crise econômica internacional de 2008 e 2009. De novembro de 2009 a junho de 2010, foram lançadas 2.698 unidades, enquanto de junho a novembro de 2010, foram 8.727. Já o atual Censo mostra que o mercado alcançou o equilíbrio, com 5.594 lançamentos no período de novembro 2010 a junho de 2011.
O número de shoppings também está crescendo em todo o Estado e contribuindo para o aquecimento do setor de construção. O Grupo Sá Cavalcante, por exemplo, está investindo no Estado o maior valor de seus recursos nos próximos três anos: serão quatro shoppings na Grande Vitória, gerando para o Espírito Santo investimentos da ordem de R$ 800 milhões, com 12 mil empregos diretos, 36 mil indiretos, cerca de mil lojas e fluxo de 40 milhões de pessoas por ano. O presidente da Sá Cavalcante Shoppings Centers (SC2), Leonardo de Sá Cavalcante, avalia que o momento é propício para investir nesse mercado. “A empresa investe na criação de opções para a sociedade. Segundo dados de 2003 da Associação Brasileira de Shoppings Centers, menos de 50% dos frequentadores de shopping vão
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Foto: Arquivo ABr
Aquecimento na Grande Vitória
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unidades estavam em construção na Grande Vitória
Shoppings
viabilizou a demanda do mercado. Vila Velha começou a descobrir alguns espaços, como Aribiri e Santa Inês. Ainda existe nesse município um grande espaço para viabilizar esses produtos. Então, a tendência é de que os dois dominem o percentual de unidades econômicas e do ‘Minha Casa, Minha Vida’”, afirma. O diretor de Estatística do Sinduscon-ES, Rodrigo Almeida, faz um balanço dos números apresentados pelo Censo Imobiliário e diz que, além do aumento no número de lançamentos, também houve um equilíbrio entre a oferta e a procura por imóveis. Prova disso é que 78% das unidades em construção em todo Estado já estavam vendidas na ocasião da publicação do Censo. Para Rodrigo, hoje, os gargalos do setor estão na falta de infraestrutura oferecida pelos municípios, que poderiam apresentar um desenvolvimento muito maior se houvesse, por parte do governo federal, uma parceria nesse setor. Exemplo disso é a carência de mão de obra capacitada no Estado. Entretanto, apesar dessa dificuldade, de acordo com o presidente do Sinduscon, Constantino Dadalto, ainda neste ano o sindicato fechou convênios com cinco faculdades de Administração da Grande Vitória para promover o primeiro curso do Brasil para gestores da indústria da construção, justamente com o objetivo de suprir a falta de gerentes técnicos nas obras. O sistema Sesi/Senai também vem contribuindo para suprir as necessidades do mercado no setor da construção civil,
33.374
Apesar de aquecimento do setor, ainda falta mão de obra capacitada
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ECONOMIA |
CONSTRUÇÃO CIVIL
com o único objetivo de fazer compras, o que leva a anexar valores aos nossos empreendimentos, levando o estilo lifestyle ao Shopping Mestre Álvaro, na Serra; criando um shopping na capital capixaba, o Ilha Mall, anexo a uma arena esportiva, em parceria com o Vitória Futebol Clube”, detalhou.
Interiorização Ampliando os limites territoriais para além da Grande Vitória, a Construtora Lorenge decidiu levar os modelos logístico urbano (Masterplan) e núcleo urbano planejado (Total Life) para os municípios do interior do Estado. “Vitória recebeu suas cotas, nos obrigando a levar essas inovações para outros municípios, como Cariacica, Serra, Aracruz e Linhares. E já estão em estudo as cidades de Guarapari, Cachoeiro de Itapemirim e Colatina”, conta o diretor-presidente da Lorenge, José Élcio Lorenzon. O modelo Masterplan faz com que a moradia coletiva sobreponha-se à individual, onde os espaços construídos têm um planejamento de moradia inteligente, levando conforto e melhoria de qualidade de vida para a população ali instalada. O Total Life tem um modelo de economia diferenciado, onde dentro do condomínio há espaço para serviços comerciais e lojas, dentre outros. E, como informou Lorezon, o valor de aquisição desses imóveis se enquadra ao poder aquisitivo da população. “A interiorização é a valorização das cidades do Espírito Santo, pois todos merecem oportunidade de se desenvolverem com as inovações”, constata Lorenzon.
Financiamentos Ainda com desafios a vencer, os bons números vêm de longa data para o setor. Em termos de financiamento o ano de 2010 foi histórico. Só a Caixa Econômica Federal realizou seu maior investimento
Comparativo dos financiamentos (em milhões) de todas as modalidades da Caixa Econômica do primeiro trimestre de 2010 com o mesmo período de 2011, no Espírito Santo ANO
2010
2011
CRESCIMENTO
ES
260,664
355,429
36%
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“Minha Casa, Minha Vida” fortalece setor Em relação ao financiamento da casa própria, o ano de 2010 foi histórico para a Caixa Econômica Federal, que realizou seu maior investimento habitacional: R$ 77,8 bilhões, o que corresponde a 70% de todo o crédito imobiliário do mercado. Apenas no Espírito Santo, os contratos financiados chegaram à marca de 21.293, no valor total de R$ 1,612 bilhão. Foram 16.055 contratações, utilizando linhas de crédito com recursos do FGTS, que passaram dos R$ 830 milhões, dos quais R$ 794,9 milhões estão dentro do programa “Minha Casa, Minha Vida”, com 13.825 unidades. Novas faixas do programa “Minha Casa, Minha Vida”, aliás, que tiveram a publicação no início deste ano, proporcionam o aumento dos valores dos imóveis, de R$ 130 mil para R$ 150 mil, em Vitória. Já nos demais municípios da Grande Vitória, esse valor passou de R$ 100 mil para R$ 130 mil. E em virtude do preço final dos apartamentos, tem sido mais viável para as construtoras fazer empreendimentos de dois quartos. Já os empreendimentos de um quarto não são expressivos nem viáveis para o programa “Minha Casa, Minha Vida”, porque existe a obrigação de haver, pelo menos, uma vaga de garagem para cada unidade. Em 2011, os moradores de Vitória ganharam mais uma opção para sair de vez do aluguel. Um edifício com 94 apartamentos pelo “Minha Casa, Minha Vida” começou a ser construído na região de Santo Antônio para famílias com renda entre três e seis salários mínimos. As unidades custam de R$ 115 mil a R$ 130 mil, no bairro Mario Cypreste, com subsídio de até R$ 17 mil da Caixa Econômica Federal. O empreendimento foi lançado no meio do ano e os imóveis devem ser entregues em até o final de 2012. Também em 2012 devem ser lançados projetos com até 300 imóveis nas regiões de Maruípe e Santo Antônio.
habitacional: R$ 77,8 bilhões, um aumento de 57,2% em relação aos investimentos realizados em 2009 e que correspondeu a 70% de todo o crédito imobiliário do mercado. No Espírito Santo, os contratos financiados chegaram à marca de 21.293, no valor total de R$ 1,612 bilhão. Foram 16.055 contratações, utilizando linhas de crédito com recursos do FGTS, que passaram dos R$ 830 milhões, dos quais R$ 794,9 milhões estão dentro do programa “Minha Casa, Minha Vida”, com 13.825 unidades. Para as operações do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo, o volume foi de R$ 781,4 milhões, beneficiando 5.238 famílias. 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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ECONOMIA |
SERVIÇOS Foto: Arquivo Next
Predominantes nas capitais, as empresas de serviço empregaram, em 2010, 20 mil capixabas a mais do que em 2009
Serviços: setor é o que mais cresce no Estado Informação e comunicação, transportes e serviços administrativos e complementares são os destaques do setor
O
setor de serviços é, de fato, “a bola da vez” da economia nacional, representando em 2011 mais de 40% dos empregos formais. O dado acompanha a tendência mundial e faz parte da realidade capixaba. De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o setor tem sido o que apresenta o melhor desempenho em termos absolutos na geração de empregos. E, entre os capixabas, mais de 285 mil estavam empregados no segmento em 2010, cerca de 20 mil a mais do que em 2009, o que 112
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significa uma taxa de crescimento de 7,2%. Além disso, o que se observa, de acordo com o Serviço Nacional de apoio à Micro e Pequena Empresa do Espírito Santo (Sebrae-ES) é que as empresas de serviços estão predominando nas capitais, enquanto as indústrias têm feito o caminho da interiorização. Prova de que o momento é positivo para o setor foi o resultado da mais recente pesquisa de opinião realizada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) junto a 2.591 empresários. O estudo indicou que cresceu o Índice de 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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Pesquisa Anual de Serviços 2009 Número de empresas
17.485 unidades
Pessoal ocupado em 31/12
197.459 pessoas
Receita bruta de serviços
R$ 14.387.027 mil
Salários, retiradas e outras remunerações
R$ 2.576.876 mil
Confiança de Serviços (ICS) na economia. O índice alcançou 132,6 pontos em julho, numa escala que vai até 200 pontos, subindo 0,8% em relação a junho. O setor em números O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realiza todos os anos a Pesquisa Anual de Serviços. Os dados totalizados de 2010 mostram que as empresas do setor de serviços da Região Sudeste foram responsáveis por 66,4% da receita bruta de prestação de serviços; 60,7% do total de pessoal ocupado; 67,2% da massa de salários e outras remunerações pagas, e por 60,2% do número de empresas. Para o IBGE, “as estruturas das atividades de serviços nas grandes regiões brasileiras não apresentaram diferenças significativas entre si. No tocante à receita bruta de serviços, os “serviços de informação e comunicação” apareceram com a maior participação na variável receita bruta de prestação de serviços, nas regiões Norte (32,7%), Sudeste (31,8%) e Centro-Oeste (34,6%)”. Ainda conforme o estudo, nas variáveis “pessoal ocupado” e “massa de salários pagos”, a atividade dos serviços profissionais, administrativos e complementares se destacou em todas as grandes regiões. Nacionalmente, as empresas que mais contrataram neste ano estão nos setores que prestam serviços de comércio de administração de imóveis (imobiliários) e técnicos profissionais; transportes e comunicações; serviços de alojamento, alimentação, reparação e manutenção (predial, oficinas mecânicas); serviços médicos e odontológicos, e as instituições financeiras e de ensino. No âmbito nacional, os serviços administrativos concentraram 40,2% do pessoal ocupado e 34,3% da massa salarial; 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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os serviços prestados principalmente às famílias, 31,4% do total; serviços profissionais, administrativos e complementares respondem pela maior parcela do pessoal ocupado, 40,2% do total. Quanto à receita, e também quando se observa o Brasil de maneira geral, os serviços de informação e comunicação; transportes; serviços auxiliares aos transportes e correio, e os serviços profissionais, administrativos e complementares representaram 82,1% do total da receita operacional líquida gerada pelo setor de serviços não financeiros, em 2009. Ainda dentro do segmento de serviços de informação e comunicação, a atividade de tecnologia da informação se destacou quanto ao número de empresas (67,3%), de pessoas ocupadas (49,6%) e do total de salários, retiradas e outras remunerações pagos (50,1%).
132,6 pontos É o Índice de Confiança de Serviços
Formalização Uma das maiores dificuldades do setor ainda é a informalidade entre os prestadores de serviços, conforme relatou a gerente da Unidade de Acesso a Serviços Financeiros do Sebrae-ES, Alline Zanoni: “O grande receio dos empresários em buscar a formalização é o aumento da carga tributária. Falta informação para os pequenos e microempresários, que, em sua maioria, são os formadores do setor de serviços, sobre os benefícios da formalidade”. Nesse sentido, segundo a gerente, o programa Empreendedor Individual, do Sebrae-ES, tem melhorado a percepção da necessidade e dos benefícios da legalização de empresas, principalmente entre os prestadores de serviços. A falta de capacitação e qualificação também foi citada pela gerente do Sebrae-ES como empecilho para o desenvolvimento do setor de serviços no Estado. Entretanto, segundo ela, muitas iniciativas têm sido implantadas para a melhoria desse cenário. Para Alline, o próprio Sebrae-ES deve ser visto como fonte de referência para o empresariado local de todos os setores da economia. “É necessário que o empresário prestador de serviços esteja atento e estabeleça um planejamento. Além disso, que se capacite, que aprenda como atender seu cliente, como melhorar a qualidade de seus serviços, que entenda os custos e aprenda sobre a gestão do seu negócio.” 113
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ECONOMIA |
METALMECÂNICO Foto: Agência Vale
Setor metalmecânico é um dos mais fortes da economia capixaba, empregando mais de 150 mil pessoas
Metalmecânico: setor de consolidação da indústria capixaba O setor metalmecânico movimenta cerca de R$ 8 bilhões ao ano, o que representa 17% do PIB capixaba
A
expertise do setor metalmecânico capixaba tem acompanhado o desenvolvimento econômico do Espírito Santo ao longo das décadas. Se em 1998 a indústria de base participava com apenas 1% de fornecimento para os investimentos industriais instalados no Estado, hoje essa participação chega a 45%, movimentando cerca de R$ 8 bilhões ao ano, o que representa cerca de 17% do PIB capixaba. Não à toa, o metalmecânico é considerado um setor dinâmico, que cresce conforme a demanda de oportunidades na indústria. A perspectiva de investimentos previstos até 2015 no Estado – algo em torno de US$ 41,4 bilhões – tem gerado grandes expectativas nesse mercado, já que serão demandados 46 mil trabalhadores para a implantação dos novos empreendimentos. Além disso, serão gerados cerca de 22 mil novos postos de trabalho na operação das plantas industriais.
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Deixando para trás a crise econômica internacional de 2008 e 2009, o setor se consolida como um dos mais importantes da economia capixaba. Também os fornecedores dessa cadeia estão cada vez mais qualificados e preparados para atender às demandas oriundas da implantação de novas indústrias ou em virtude do aumento das plantas industriais já existentes. Para o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Espírito Santo (Sindifer), Luiz Alberto de Souza Carvalho, o momento é, portanto, favorável. “As empresas locais estão se modernizando para aproveitar as oportunidades que surgirão com os investimentos previstos para os próximos anos no Estado. Atualmente, o setor emprega mais de 30 mil pessoas de forma direta e mais de 120 mil indiretamente.” E entre os municípios onde o segmento é mais forte, destaca-se a Serra, que concentra 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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mais de 150 empresas, responsáveis pela geração de 15,5 mil empregos diretos e indiretos e com faturamento anual superior a R$ 1,9 bilhão. De modo geral, as empresas capixabas alcançam importância pelo alto nível tecnológico, o que as coloca em condições de grande competitividade com empresas de outros Estados. Já no sul do Estado, está prevista a criação de um polo industrial metalmecânico, em parceria entre Findes e Governo do Estado, para atender a uma reivindicação do próprio setor. O assunto ainda está sendo discutido na Federação e a expectativa é de que Findes e governo deem objetividade ao tema e estabeleçam um cronograma que concretize esse objetivo.
Vitrine de sucesso e competência “As empresas de metalmecânica estão se credenciando para crescer do tamanho que mundo permitir”, enfatiza o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado do Espírito Santo, Márcio Félix. Segundo ele, o setor metalmecânico capixaba é uma vitrine de sucesso e competência da indústria capixaba. “Ele foi nascendo à luz do setor da siderurgia, do mármore e do petróleo e se tornou altamente qualificado e competitivo. O Estado, ao longo de sua história, se tornou um dos parceiros fortes desse segmento”, declarou. E para garantir esse cenário de evolução e de negócios, empresários estão buscando aprimorar seus produtos e serviços, tornando-se mais competitivos nas áreas de siderurgia, mineração, papel e celulose e infraestrutura.Mas é do setor de petróleo e gás que se originam as maiores expectativas e perspectivas. Uma prova da maturidade da metalmecânica capixaba é o recorde de fornecimento de produtos e serviços (60,3%) para a construção da 8ª usina de pelotização da Vale. Até junho de 2011, o fornecimento local somava cerca de R$ 805 milhões em contratação. “Esse alto índice de contratação local mostra a competência da indústria de base capixaba”, declarou o diretor do Sindifer, Rusdelon Rodrigues de Paula.
Gargalo da falta de mão de obra Mas em meio a um cenário de prosperidade, esse arranjo produtivo encontra na falta de mão de obra especializada entraves que atrapalham um crescimento ainda maior. Iniciativas de sindicatos, entidades 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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de classe e da Findes, entre outros têm sido importante aliadas para que a indústria do setor permaneça competitiva e apta não só para atender o mercado local, mas também a demanda externa. E, no sentido de se tornar e manter competitivo, o segmento conta com um importante aliado: o Programa Integrado de Desenvolvimento e Qualificação de Fornecedores (Prodfor), coordenado pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES), entidade do Sistema Findes. O Programa tem seus conteúdos baseados na norma internacional ISO 9001:2008, acrescidos dos itens Meio Ambiente, e Saúde e Segurança no Trabalho, além da norma ISO 14001:2004 e OHSAS 18001:2007. O grande objetivo do Prodfor é estabelecer e implementar um modo integrado para desenvolvimento e qualificação dos fornecedores das grandes empresas instaladas no Espírito Santo. A partir da definição dos requisitos que caracterizam um fornecedor qualificado, o sistema visa a ordenar o processo de orientação e adequação dos fornecedores a essas condições e, ainda, estabelecer uma forma frequente e independente de verificação da conformidade da organização dos fornecedores com base nos requisitos estabelecidos. Com 14 anos, o Prodfor é mantido por 12 grandes empresas com atuação no Estado:
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pessoas são absorvidas pelos postos de trabalho no setor
Feiras são vitrines do segmento Participações em feiras alavancam negócios, geram importantes parcerias e ampliam a visibilidade do setor. A edição da Feira da Metalmecânica, Energia e Automação (Mec Show) de 2011 superou as expectativas e atraiu um público de mais de 8 mil pessoas – 10% superior à edição anterior. Máquinas de última geração, robôs, equipamentos submarinos e Rodadas de Negócios foram responsáveis por contratos e futuros negócios. Somente as rodadas, organizadas pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-ES), foram responsáveis por R$ 29 milhões. Ao todo, 150 expositores estiveram presentes em uma área de 12 mil metros quadrados e fecharam bons negócios. A Mec Show é promovida pelo Sindicato da Indústria Metalúrgica e de Material Elétrico (Sindifer-ES), pelo Centro de Desenvolvimento Metalmecânico do Espírito Santo (CDMEC) e pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento (Sedes), com realização da Milanez&Milaneze.
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ECONOMIA |
METALMECÂNICO
ArcelorMittal Cariacica, ArcelorMittal Tubarão, Canexus, Cesan, Chocolates Garoto, EDP Escelsa, Fibria, Oi, Petrobras, Samarco, Technip e Vale, que desenvolvem ações em conjunto visando à melhoria dos serviços prestados por seus fornecedores. Ainda neste ano, o Programa deverá alcançar a marca de 500 empresas fornecedoras
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Foto: Arquivo Next
Mec Show 2011 reuniu 8 mil pessoas e 150 expositores
certificadas no Espírito Santo. Já consolidado, o Prodfor alça voos ainda mais altos, tornando-se referência para outros Estados do País e buscando, inclusive, reconhecimento junto ao Inmetro. Outro agente de desenvolvimento dessa cadeia produtiva é o Programa de Desenvolvimento de Fornecedores do Espírito Santo (PDF-ES), que conta com empresas da indústria de base dos segmentos de fabricação, montagem e manutenção industrial; construção civil predial, industrial e pesada, e engenharia e gerenciamento de projetos. O diretor do Sindifer, Rusdelon Rodrigues, que também é coordenador do PDF-ES, destaca a importância do programa para as empresas que atuam no mercado local. “O principal objetivo do projeto é facilitar a integração dos fornecedores locais com as grandes investidoras e detentoras de tecnologia, promovendo parcerias entre empresários de diversos setores. Isso é essencial para promovermos uma economia sustentável e mais competitiva”, afirmou.
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PESQUISA 2011 |
METODOLOGIA
Critérios de eleição dos destaques de 2011
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eguindo a mesma dinâmica e critérios adotados nos anos anteriores, a pesquisa para eleição do empresário, empresa e executivo de destaque em 2011, foi ouvido um público representativo, formado pelas empresas que participaram do estudo das 200 Maiores Empresas, pelos fornecedores do Prodfor, órgãos de apoio e fomento, diretores, conselheiros, executivos e gerentes do Sistema Findes, membros dos Conselhos Temáticos e Assessoria Técnica da Findes, jornalistas e editores dos principais veículos de comunicação do Estado do Espírito Santo e outros formadores de opinião, que escolheram o empresário, o executivo e a empresa que mais se destacaram no Estado em 2011. Para que fosse feita a escolha, essas pessoas adotaram como critério de eleição: • Empresário Capixaba Destaque: empresário capixaba que mais se destacou em 2011. • Empresa Destaque em Operação no Espírito Santo: empresa em operação no Espírito Santo que mais se destacou em 2011. • Executivo Destaque: principal executivo de empresa em operação no Espírito Santo que mais se destacou em 2011 na condição de dirigente. Apesar de seguir critérios iguais aos dos anos anteriores, a eleição de 2011 aconteceu de forma diferente, sendo realizada em dois turnos. A votação e a apuração foram realizadas a partir do envio de e-mail a esse público, tendo todas as fases acontecido de forma online. 118
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Para isso, foi utilizado um sistema de eleição desenvolvido pela equipe de apoio operacional do IEL-ES, que incluía um software de pesquisa, com uma interface para o usuário (eleitores) e uma área restrita para os administradores do sistema, que atende aos requisitos de segurança e performance e permitiu a cada usuário votar apenas uma vez em cada uma das fases. Na primeira fase da eleição, foram enviados e-mails aos eleitores, que indicaram nomes de empresas, executivos e empresários que consideravam aptos a vencer a disputa. Ao fim das indicações, a equipe do IEL-ES verificou aqueles que foram mais citados nessa primeira fase e elaborou um questionário, dando como opções os mais lembrados. Esse questionário foi reenviado aos eleitores, que votaram e escolheram os destaques no meio empresarial capixaba em 2011. Os e-mails foram disparados através de dispositivos do sistema, a partir das informações alimentadas no banco de dados (listagem dos eleitores) pelo Data Wharehouse da equipe do IEL-ES. O conteúdo do texto enviado esclarecia a forma de votação e continha um link que dava acesso ao site da eleição. As duas etapas da votação aconteceram nos meses de agosto e setembro de 2011. Após esse período, foram gerados os relatórios com os resultados da apuração.
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PESQUISA 2011 |
EMPRESÁRIO DESTAQUE
Renan Chieppe
Foto: Divulgação Grupo Águia Branca
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EMPRESÁRIO DESTAQUE
iretor-geral da Unidade de Passageiros do Grupo Águia Branca, Renan Chieppe foi eleito Empresário Destaque 2011 graças aos anos de dedicação ao grupo, um dos maiores do Espírito Santo. Sua história profissional teve início quando, em 1980, começou a trabalhar na Viação Águia Branca. Durante 12 anos, Renan atuou na área operacional da empresa, realizando atividades também nas áreas comercial e gestão com ênfase em processos de qualidade. Hoje, 31 anos depois, além de diretor-geral da Unidade de Passageiros do Grupo Águia Branca, Renan é também presidente do Conselho de Administração da Trip Linhas Aéreas, atuações que o ajudaram a ser eleito Empresário Destaque. Para Renan, o reconhecimento na pesquisa do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES) é importante. “Sinto-me honrado. É o reconhecimento não só do meu trabalho, mas de toda a nossa organização e das pessoas que, junto comigo, dividem o desafio”, afirma o empresário. Desde que Renan, que é formado em Administração, assumiu a direção da unidade, em 1993, a Viação Águia Branca
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Formado em Administração, Renan dirige um dos maiores grupos de transporte de passageiros do País e dedica o reconhecimento ao trabalho em equipe
vem conquistando títulos e se destacando entre as empresas de transporte de passageiros. A empresa, que começou quando a família Chieppe comprou um ônibus em 1946, está entre as três melhores no ranking da publicação Maiores e Melhores do Transporte e Logística. Além disso, recebeu por duas vezes o Prêmio Volvo de Segurança no Trânsito em nível nacional e regional e já ficou duas vezes entre as 100 Melhores para se trabalhar no Guia Exame, dentre outras premiações. Hoje, o Grupo Águia Branca está presente em quase todos os Estados do Brasil e na Argentina. No Brasil, integram o grupo empresas de destaque, como Viação Águia Branca, Trip Linhas Aéreas, Vix Logística, Salutaris, Savana, Kurumá, Osaka e Vitória Motors. Paralelamente à carreira empresarial, Renan Chieppe foi presidente da Federação de Transportes de Passageiros do Estado do Espírito Santo (Fetransportes) por dois mandatos (1998-2001 e 2001-2004). Atualmente, é o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Transportes Rodoviário Intermunicipal, Interestadual e Internacional de Passageiros (Abrati).
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EXECUTIVO DESTAQUE
José Tadeu de Moraes Engenheiro mecânico, José Tadeu está há 31 anos na Samarco, onde ocupou diversos cargos até chegar à presidência Foto: Divulgação Samarco
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EXECUTIVO DESTAQUE
iretor-presidente da Samarco Mineração desde novembro de 2003, José Tadeu de Moraes foi eleito o Executivo Destaque 2011. Em oito anos à frente da companhia mineira, José Tadeu tem mostrado que a experiência adquirida ao longo de sua carreira tem sido fundamental para gerir um negócio do tamanho da Samarco. Desde que assumiu o cargo, o executivo tem contribuído ativamente para o crescimento da mineradora, em particular para o projeto Terceira Pelotização, que foi inaugurado em 2008 e que aumentou a capacidade produtiva da empresa em 54%. José Tadeu também foi responsável pela recente aprovação de um novo ciclo de expansão, o Projeto Quarta Pelotização (P4P), que prevê um aumento de 37% na produção de pelotas de minério de ferro pela Samarco, com previsão de conclusão em 2014. Engenheiro mecânico, graduado pela PUC Minas, José Tadeu participou em 2003 do Programa de Gestão Avançada (PGA), da Fundação Dom Cabral/Insead, em Fontainebleau, França. Iniciou sua carreira na Samarco em 1980 e, ao longo destes 31 anos, ocupou diversos cargos nas unidades industriais de Minas Gerais e do Espírito Santo da empresa, com atuação nas áreas de lavra, beneficiamento e engenharia. O trabalho comandado pelo executivo tem gerado frutos para a Samarco. Em 2011,
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a companhia foi eleita a Melhor Empresa de Mineração do Brasil, pelo prêmio Maiores e Melhores da revista Exame. Atualmente, a mineradora possui 2.061 funcionários, além de 2.856 de empresas contratadas. “É um orgulho receber esse prêmio e ser distinguido no meio de tantas outras pessoas que se destacam no mercado capixaba. É uma importante homenagem, que reforça que estamos no caminho certo, com uma gestão baseada no crescimento sustentável, promovido a partir do equilíbrio das dimensões econômica, social e ambiental, tendo sempre como base a ética nas relações”, afirmou o executivo. “Temos evoluído em nossos esforços de aprimoramento contínuo dos processos de gestão e da inserção da sustentabilidade em nossas operações e em nosso dia a dia, e as percepções das pessoas e da sociedade têm sido positivas. Questões como gerenciamento integrado, eficiência nos negócios e nos processos, qualidade dos produtos, preocupação constante com a valorização e a segurança dos funcionários e contratados, cuidados com o meio ambiente, contribuição para avanços sociais nas comunidades em que estamos presentes, qualificação de mão de obra local e diálogo constante com os nossos públicos de relacionamento estão na pauta estratégica e no planejamento da Samarco”, defende José Tadeu. 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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Foto: Shutterstock
Fortalecendo o associativismo
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umprindo seu papel no sentido de contribuir para o fortalecimento dos sindicatos que compõem a Federação, a Findes reforçou o Centro de Apoio aos Sindicatos (CAS), que agora trabalha diretamente com o Ideies, entidade responsável pelos estudos de inteligência competitiva voltados para a indústria capixaba. Com as informações do Ideies e a estrutura do CAS, os sindicatos associados à Findes terão, em primeira mão, pesquisas e análises da realidade do mercado capixaba, e as perspectivas futuras para a economia 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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do Estado. Segundo o gerente do CAS, Darcy Lannes Cometi, “a meta é tornar o CAS um interlocutor dos sindicatos, articulado ao Ideies como núcleo de inteligência”. Essa união de forças permitirá ao CAS uma atuação de forma mais eficiente nos projetos desenvolvidos através do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA) da Confederação Nacional das Indústrias. Além disso, a Findes está trabalhando numa maior integração entre os sindicatos, seus executivos e diretores regionais, destacando como prioridade as ações voltadas para o associativismo. 123
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EMPRESA DESTAQUE
Lorenge: tradição e inovação na construção civil Foto: Arquivo Next
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rinta e um anos atrás, a família Lorenzon, composta por camponeses, entrava no mercado de reparos domésticos buscando uma alternativa de emprego para seus membros. A ideia de trabalhar com reparos não deu muito certo, pois já na primeira experiência ficou claro que eles podiam ir além. Foi assim que começou a história de uma das maiores empresas de construção civil capixaba e que, neste ano, foi eleita Empresa Destaque pela pesquisa do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES). Para o atual presidente da Lorenge, José Élcio Lorenzon, o reconhecimento significa aumento nas responsabilidades. “Ser Empresa Destaque é aumento de responsabilidade. A partir do momento em que a Lorenge implantou o modelo de governança corporativa, tendo estabelecido a DiretoriaExecutiva, o Conselho de Administração, os comitês de análises internas, a empresa se viu organizada com predisposição para crescer, para ficar grande, dentro de modelos administrativos universalmente aceitos. Quando a empresa implanta esses conceitos, essas boas práticas de administração, ela acaba fazendo negócios mais bem feitos”, comenta. Nos últimos anos, o modelo de governança corporativa implantado pela Lorenge propiciou crescimento expressivo à empresa, de cerca de 40 a 50% ao ano. “A implantação da governança pressupôs a presença, dentro dos quadros da empresa,
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de profissionais de mercado. O modelo familiar foi dando lugar ao de profissionais de mercado que vinham com outras culturas e outros conhecimentos. E essa inteligência nova que se incorporou à empresa permitiu a alavancagem para mais negócios. Então, a empresa teve crescimento nos últimos anos de 40 a 50% a cada ano, permitindo que hoje estejamos presentes no mercado imobiliário de Vitória, Vila Velha, Cariacica, Serra, Aracruz, Linhares e com projetos para outros municípios do Espírito Santo”, explica José Élcio. Além disso, a constante busca pela inovação tem sido um diferencial da empresa, que prima pela qualidade nos empreendimentos imobiliários que entrega. A Lorenge mantém acesos três elementos de sustentabilidade – criatividade, inteligência de preservação do planeta e longevidade para o seu produto – como requisitos de inovação. “O mercado hoje exige, além da inteligência, uma dinâmica voltada para a inovação”, acredita o presidente. Nos próximos anos, a empresa deve continuar investindo na série de Villaggios, empreendimentos no estilo total life que, além de ambientes residenciais, agregam também salas comerciais. “Criamos um núcleo urbano, que surge com qualidade de vida e com sustentabilidade”, defende José Élcio. A Lorenge está expandindo seus negócios para os municípios de Guarapari, Cachoeiro de Itapemirim, Colatina e São Mateus. 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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PRÊMIO IEL EM GESTÃO EMPRESARIAL
Foto: Divulgação Dikma
Dikma é destaque em Gestão Empresarial
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PRÊMIO IEL EM GESTÃO EMPRESARIAL
ançado no ano passado pelo anuário “200 Maiores Empresas do Espírito Santo”, o Prêmio IEL em Gestão Empresarial incentiva boas práticas de gestão nas micro e pequenas empresas capixabas. A premiação é voltada para as empresas que priorizam a busca pela melhoria contínua de seus processos. Empresas capixabas de diversos setores da economia responderam a um questionário, elaborado pelo IEL-ES, e apresentaram evidências quanto à manutenção de um sistema de gestão referente aos aspectos: planejamento estratégico, foco no cliente, conhecimento, pessoas, processos, resultados, tecnologia de gestão, finanças e contabilidade, uso e desenvolvimento de tecnologias, logística de distribuição, marketing e vendas. A vencedora da edição de 2011 é a Dikma Serviços Gerais. Presente no mercado de prestação de serviços desde 1996, a Dikma é organizada por uma gestão que, de modo estratégico, alinha seus objetivos com os melhores resultados para a satisfação total de seu cliente. Com modernidade, experiência e inovação, a Dikma assegura as melhores práticas e tecnologias em seus serviços, o que fez com que ao longo de sua trajetória a empresa adquirisse credibilidade e confiança. O diretor da empresa, Djalma Quintino Malta Filho, comemora o resultado do prê-
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mio. “É mais um reconhecimento de que nós estamos no caminho certo. Significa uma motivação enorme, uma razão de muita alegria para todos nós. É uma construção de todos”, afirma. Com 350 funcionários, a Dikma tem sede no bairro Civit II, na Serra, e presta serviços de conservação e limpeza, manutenção de áreas verdes e fornecimento de mão de obra de apoio. “Fazemos planejamento e execução de serviços de limpeza e manutenção de ambientes e também fornecemos mão de obra de apoio, como copeiras, auxiliares administrativos, entre outros”, explica Djalma. Com o planejamento estratégico implantado na empresa, a Dikma conseguiu aumentar o volume de negócios em cerca de 25% nos últimos dois anos. Além disso, como destaca Djalma, a empresa se profissionalizou mais, teve uma análise de cenário de mercado que levou a investimentos, em melhorias de processos, aquisição de equipamentos e contratação de profissionais. “Nosso próximo passo é consolidar a nossa visão, até 2015, como a melhor opção de terceirização estratégica do Espírito Santo”, almeja o diretor. Além de ser fornecedora certificada pelo Prodfor, a Dikma recebeu do Governo do Estado o prêmio Modelo de Excelência em Gestão (MEG), dentro do Compete. 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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DESTAQUE EMPRESARIAL CESAN Foto: Charley Fernandes
A Estação de Tratamento de Esgoto Mulembá é parte do sistema que vai tornar Vitória a primeira capital brasileira com 100% de esgoto coletado e tratado
Cesan transforma história do saneamento no Espírito Santo
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fórmula da Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan) para estar entre as grandes empresas do País e entre as 200 maiores do Espírito Santo é uma equação que envolve respeito ao cliente, gestão responsável de recursos públicos, planejamento estratégico e inteligência empresarial. A evolução da Companhia é o resultado da prioridade de investimento dada ao setor de saneamento pelo Governo do Estado, seu principal acionista, aliada ao sucesso dos sistemas integrados de gestão corporativa, adoção de modelos de excelência e obtenção de certificações internacionais da qualidade. Essas ações e a solidez financeira conquistada deram à Cesan credibilidade junto ao mercado e às instituições de fomento, permitindo que a empresa realize grandes investimentos. O resultado é uma transformação no setor de saneamento sem precedentes na história do Espírito Santo.
Plano Estadual de Saneamento Em 2011, a empresa conclui o Programa Águas Limpas, iniciado em 2003, que inves128
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tiu mais de R$ 1 bilhão, universalizou o fornecimento de água tratada nas áreas urbanas de 52 municípios onde a Cesan atua e vai elevar a cobertura com coleta e tratamento de esgoto de 20,6% (2002), para 60% da população. O destaque fica para Vitória, que será a primeira capital brasileira com 100% de esgoto coletado e tratado. O crescimento não para por aí. A Cesan iniciou a execução do Plano Estadual de Saneamento, que vai investir mais R$ 1 bilhão até 2014. É o dobro do que a empresa investiu nos últimos quatro anos. Serão implantados 594 mil metros de redes de esgoto, 393 mil metros de redes de água, 120 estações de bombeamento de esgoto, nove reservatórios de água de grande porte, além da construção e ampliação de 14 estações de tratamento de esgoto e de 11 estações de tratamento de água. O objetivo é ampliar continuamente o abastecimento de água para garantir a universalização e acompanhar o crescimento urbano dos municípios, além de oferecer coleta e tratamento de esgoto para 70% da população, muito acima da média brasileira 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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Foto: Romero/Secom
Esgoto é responsabilidade de todos “Onde os seres humanos esvaziam a bexiga e os intestinos é determinante para saber se ainda estão mergulhados na barbárie do subdesenvolvimento ou se já começaram a progredir.” O ganhador do prêmio Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa aponta, com propriedade, no livro “O Cheiro da Pobreza”, que o nosso desenvolvimento como seres civilizados impreterivelmente passa pelo tratamento adequado do esgoto que produzimos em nossas residências. A cidadania nunca será completa se nos dermos o direito de ter serviço de coleta e tratamento de esgoto disponível em nossas ruas e não fizermos a ligação dos nossos imóveis ao sistema. É uma responsabilidade coletiva, pois o impacto desse ato afeta todos, principalmente nos indicadores de saúde e de qualidade ambiental. O Governo do Espírito Santo e a Cesan estão realizando os investimentos necessários e dando prioridade à ampliação dos serviços de coleta e tratamento de esgoto. É parte importante do planejamento estratégico de governo e temos metas objetivas para alcançar. Mas todo esse esforço pode literalmente ir por água abaixo sem a participação efetiva do cidadão. Neivaldo Bragato, presidente da Cesan
de 36%. Com isso, a Cesan melhora a saúde preventiva dos capixabas e, ao mesmo tempo, contribui para a preservação dos recursos hídricos, necessários para garantir o abastecimento de água potável.
Olhar para o futuro Planejamento é essencial para investimentos desse porte. Para isso, a Cesan desenvolveu os Planos Diretores de Água e de Esgoto da Região Metropolitana da Grande Vitória, que concentra quase a metade da população do Estado. Os planos orientam as obras e o investimento necessário para universalizar o serviço de esgoto até 2025. No interior, a empresa desenvolve, em parceria com as prefeituras, os planos municipais de saneamento e atua principalmente nos aspectos técnicos e de engenharia.
Satisfação Todo esse crescimento é acompanhado por uma gestão responsável, voltada para o respeito ao cliente, valorização do conhecimento e evolução organizacional. A pesquisa de satisfação realizada anualmente pelo 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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Instituto Futura aponta uma aprovação de 85,8% dos clientes com o serviço de abastecimento de água prestado pela Cesan e de 69,37% com água e esgoto, considerado ótimo para o setor de serviços públicos. Um dos fatores que levaram a empresa a obter índices tão significativos foi a certificação internacional da qualidade, padrão ISO 9001:2008, obtida pelo Centro de Controle Operacional, Call Center, Atendimento ao Cliente na Região Metropolitana da Grande Vitória e pelo controle da qualidade da água.
Evolução A busca pela excelência no atendimento ao cliente é acompanhada de investimentos em evolução organizacional e inteligência empresarial. Uma das ações nesse sentido é a aplicação do Modelo de Excelência da Gestão na administração da companhia. Além do reflexo na qualidade dos serviços prestados e da melhoria contínua de seus processos, a adoção do modelo já garantiu à Cesan a conquista de prêmios de destaque no setor empresarial e de saneamento, como o Prêmio Nacional de Qualidade em Saneamento e o Prêmio Qualidade Espírito Santo. O conceito de inteligência empresarial também evolui ano a ano na Cesan. A empresa opera hoje com um sistema ERP (Enterprise Resource Planning), que integra as áreas de controladoria, empreendimentos, manutenção, suprimentos e recursos humanos. Outros dois grandes projetos vão permitir o gerenciamento integrado dos aspectos ambientais e operacionais de produção, além de mapear toda a infraestrutura, que abrange 46 mil km², em um sistema de informações geográficas. O investimento nessas áreas ultrapassa R$ 20 milhões. Com uma expressiva evolução organizacional, a Cesan é citada nos principais rankings de negócio do País. É apontada pela revista Isto É Dinheiro entre as cinco melhores empresas de serviços público do Brasil e está entre as maiores empresas de saneamento brasileiras, de acordo com a publicação Valor 1000, ocupando o 11º lugar. A empresa também é destaque no Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto, do Ministério das Cidades, pelo ótimo resultado, figurando entre as únicas três empresas de saneamento brasileiras com superávit acima de 15%, na comparação entre receita operacional e despesa total com os serviços. E a Cesan consegue esse feito praticando a menor tarifa de serviços da Região Sudeste e uma das menores do País. 129
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DESTAQUE EMPRESARIAL GAROTO Foto: Divulgação Garoto
Dos garotos vendedores de balas a uma fábrica moderna e multinacional. Em 82 anos, a Garoto se consolidou no Brasil e no mundo quando o assunto é chocolate
Renovação e sustentabilidade marcam história da Chocolates Garoto
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uando garotos saiam às ruas de Vila Velha, no final de década de 1920, para vender balas e doces nos pontos de bondes da cidade, certamente não imaginavam a história de sucesso que começavam a protagonizar. Dos pequenos tabuleiros de madeira até hoje, os produtos “Garoto” ganharam o mundo e se transformaram em referência de sabor e qualidade. As antigas balas viraram bombons, tabletes, achocolatados, pastilhas e outros 100 produtos que fizeram da Chocolates Garoto uma das três maiores fabricantes de chocolate de todo o Hemisfério Sul. 132
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Essa diversificação no portifólio tem sido um dos principais diferenciais da empresa nestes 82 anos de história. O ano de 2011, por exemplo, marcou sua entrada em um novo e promissor mercado: o de biscoitos. Com investimentos da ordem de R$ 5 milhões, a nova linha chegou para participar de um negócio que, só no ano passado, movimentou quase R$ 8 bilhões em todo o País. A estreia das versões em biscoitos dos tradicionais chocolates Talento, Baton e Serenata de Amor repetiu o sucesso de outras duas linhas recém-lançadas: as barras de cereais, em 2009, e os sorvetes, em 2008. 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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Outra novidade apresentada pela Garoto neste ano foi a versão mini do tradicional Serenata de Amor. Batizado de “Serenatinha de Amor”, o produto, mini no tamanho e mega no sabor, tem apenas 51 calorias e é comercializado em embalagem de 500 gramas. E, por falar em renovação, a Páscoa Garoto deste ano foi especialmente inovadora. Oitenta por cento do portifólio da produção de mais de 20 milhões de ovos ganharam novos formatos, embalagens e sabores, com destaque para a tradicional caixa amarela de bombons que, transformada em chocolate, conquistou públicos de todas as idades. Essa estratégia de desenvolver novas versões para produtos já consagrados ou mesmo renovar suas embalagens tem se mostrado altamente promissora. A marca top of mind do público infantil, o Baton, é um desses cases. Ela teve sua identidade visual alterada, ficando mais moderna e divertida. Com isso, espera-se aumentar ainda mais o consumo, estimado atualmente em mais de 1.380 unidades por minuto, no Brasil. Já o tradicional Serenata de Amor, famoso por suas figurinhas românticas, ganhou novas frases e uma campanha especialmente voltada para os apaixonados.
acervo que conta sua história, desde os garotos e seus velhos tabuleiros de madeira até hoje. Aberto ao público, o espaço já recebeu mais de 240 mil visitantes desde que foi inaugurado, em 1999. De tão abrangente em arquivos, fotos, maquinários e informações históricas, o CDM foi incluído, neste ano, no roteiro da 9ª Semana Nacional dos Museus, promovido pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). Vale lembrar ainda que a empresa é o segundo ponto turístico mais visitado do Estado.
Muito além do sabor Especializada em fabricar produtos logo associados à energia e ao prazer, a Garoto também é sinônimo de responsabilidade e inclusão social. Tanto é que se tornou referência na inserção de profissionais com deficiência auditiva no seu quadro de pessoal. Hoje, já são 130, trabalhando lado a lado com ouvintes nas mais diversas áreas, totalizando mais de 200 colaboradores com deficiência no quadro geral da empresa. Para garantir a total interação com os demais colaboradores, a Garoto investe em cursos de Libras (Língua Brasileira de Sinais), palestras, comunicação visual e escrita adaptada.
Para ficar na memória Presença constante em eventos internacionais, a Chocolates Garoto tem levado sua marca aos quatro cantos do mundo. Somente neste ano participou de feiras na Alemanha, Emirados Árabes, Panamá, Canadá, Estados Unidos, México e Japão. Em cada um desses países, apresentou seus principais produtos, com destaque para os carroschefes do seu portifólio de exportação. Com essas participações, a empresa busca mais que fazer negócios. Ela quer consolidar cada vez mais sua imagem nos diversos mercados onde atua e conquistar novos públicos. Fixar sua imagem é tão importante para a empresa, aliás, que ela faz questão de manter um Centro de Documentação e Memória (CDM) com rico 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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Para garantir a interação dos 130 profissionais surdos com os demais colaboradores da empresa, a Garoto oferece cursos de Libras
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DESTAQUE EMPRESARIAL |
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Dentro da fábrica, divero respeito à diver sidade faz parte da rotina. Fora dos muros, a lição de cidadania continua. Ações voltadas para a educação, a conscientização ambiental e a formação profissional estão no escopo das atividades de responsabilidade social da Chocolates Garoto. A Chocolateria é uma das mais conhecidas. A partir dela, todos os meses, na loja da fábrica, são ministradas aulas gratuitas e abertas à comunidade com o objetivo de democratizar o conhecimento na área de chocolate e ensinar uma opção de renda extra. Somente neste ano, 3 mil pessoas participaram do curso e novas turmas estão sendo abertas. O envolvimento sustentável da empresa também pode ser visto nas escolas de Vila Velha. Desde o início deste ano letivo, mais de 5,4 mil alunos de 15 escolas públicas do município participam de um concurso que escolherá o melhor projeto socioambiental desenvolvido por estudantes da rede de ensino municipal. A campanha, batizada de Programa Cuidar, é uma realização da Nestlé e foi trazida ao Estado pela Chocolates Garoto,
numa parceria com a Secretaria de Educação de Vila Velha. A premiação dos vencedores está sendo programada para os próximos meses. Mais que o prêmio, entretanto, a iniciativa tem um objetivo ainda mais nobre: o de promover a sustentabilidade socioambiental por meio da conscientização das crianças e adolescentes a respeito da temática da preservação do meio ambiente.
Criação do Valor Compartilhado
Iniciativas como a Chocoloteria e o Cuidar fazem parte das ações de responsabilidade social da Garoto (nutrição, água e desenvolvimento rural), instituídas dentro do CSV (Criação do Valor Compartilhado), um conceito inovador de responsabilidade social corporativa, criado pela Nestlé e lançado, recentemente, também na fábrica capixaba. A partir do tema “Água”, por exemplo, a Garoto promove a educação ambiental, envolvendo seus colaboradores e conscientizando-os para a preservação deste e de outros valiosos recursos naturais. Entre essas ações, está um programa de controle do consumo de água e de energia elétrica realizado em parceria com times de TPM e Kaizen (metodologia japonesa para controle de perdas, aplicado há três anos na Garoto). A empresa também promove, já há algum tempo, o sistema de coleta seletiva. Por toda a fábrica, é possível encontrar recipientes adequados para o descarte correto dos resíduos, e os colaboradores participam ativamente desse processo. Também há de se enfatizar que a Chocolates Garoto conquistou, em dezembro último, a certificação internacional na norma ISO 14.001/2004, que atesta a eficiência do sistema de gestão ambiental da empresa, contemplando todos os processos relacionados ao meio ambiente. Ainda dentro do escopo dos O Centro de Documentação e temas do CSV, a empresa desenMemória conta a história da Garoto e volve o Nutrir, programa promojá recebeu mais de 240 mil visitantes vido há quatro anos e voltado à Foto: Divulgação Garoto
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educação alimentar saudável. Uma das ações do Nutrir é a “Ecofolia Culinária”, projeto que tem mobilizado famílias da região, uma vez por mês, em torno da cozinha. Por meio dessa ação, profissionais qualificados dão orientações sobre a utilização dos alimentos como ferramenta para uma vida mais saudável. O programa também estimula a solidariedade, uma vez que conta com a participação voluntária dos colaboradores da empresa. Para estimular a participação dos seus profissionais em atividades socioambientais, a Chocolates Garoto tem como prática realizar palestras e encontros, distribuir material informativo, como cartilhas explicativas, apresentar os projetos via comunicação interna e promover
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Foto: Garoto/ Valter de Lima Monteiro
Por meio da Chocolateria, todos os meses, são ministradas na fábrica da Garoto aulas gratuitas de receitas com chocolate
ações diferenciadas. É o caso das Caminhadas Ecológicas, eventos socioambientais realizados há dois anos em comemoração à Semana do Meio Ambiente. A partir delas, colaboradores da Garoto fazem passeios por morros e praias para apreciar a natureza, além de contribuir com a conscientização para a preservação e a retirada de lixo deixado nas trilhas. Os colaboradores, aliás, têm papel fundamental nas ações empreendidas. Todos os anos, eles participam do Arraiá Garoto Solidária que, somente em 2011, arrecadou quase duas toneladas de alimentos e R$ 17 mil em dinheiro, doados a instituições escolhidas por eles próprios. Também são eles os grandes responsáveis pelo sucesso da Dez Milhas Garoto e da Corrida Garotada, que reuniu, neste ano, quase 7 mil atletas do Brasil e do mundo numa grande festa esportiva. Iniciativas como essas fazem da Chocolates Garoto uma empresa além do seu tempo e atenta ao seu papel de corresponsável pela melhoria do bem-estar da sociedade. Os garotos dos pontos de bondes ficariam orgulhosos. 135
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DESTAQUE EMPRESARIAL SAMARCO Foto: Sagrilo
Terceira usina de pelotização de Ubu
Samarco planeja expansão com foco em sustentabilidade O desenvolvimento sustentável faz parte da visão de negócios e da estratégia de atuação da empresa, promovendo o crescimento socioeconômico das regiões onde atua
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Samarco anunciou, no final de abril de 2011, o início das obras do Projeto Quarta Pelotização (P4P), plano de expansão que receberá investimentos da ordem de R$ 5,4 bilhões e elevará a capacidade de produção de pelotas de minério de ferro das atuais 22,25 milhões de toneladas/ ano para 30,5 milhões de toneladas/ano, um crescimento de 37%. A previsão é de que as obras estejam finalizadas no início de 2014. Durante o pico das obras, deverão ser criados cerca de 13 mil postos temporários de trabalho, sendo 4.100 na unidade de Germano, 4.800 na unidade de Ubu e 4.000 no mineroduto. Faz parte das práticas de 136
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sustentabilidade da Samarco, e de suas contratadas, dar prioridade à contratação de mão de obra local, visando promover o desenvolvimento socioeconômico das regiões onde atua. Com as obras do Projeto Quarta Pelotização, a Samarco também vem gerando oportunidades de negócios no Espírito Santo. A companhia está adquirindo, prioritariamente, produtos e serviços de fornecedores locais. Para se tornar um fornecedor, é necessário que a empresa esteja devidamente cadastrada; atenda aos requisitos em relação ao preço, à qualidade dos produtos e aos serviços oferecidos, e disponha de capacidade técnica necessária. 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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Foto: Divulgação Samarco
Atualmente, a Samarco contabiliza, em seu banco de dados, aproximadamente 15 mil fornecedores de pequeno, médio e grande porte. Desse total, 4 mil empresas estão em seu cadastro ativo. As principais demandas da companhia e de suas contratadas, para as obras do P4P, com potencial de fornecimento local, são por materiais elétricos, de construção, de escritório e ferramentaria em geral; hospedagem; transporte de cargas e de pessoal; assistência médica; alimentação; pequenos serviços de apoio; entre outros.
Estrutura O P4P contempla a construção do terceiro concentrador na unidade de Germano e da quarta usina de pelotização, capaz de produzir 8,25 milhões de toneladas/ano, na unidade de Ponta Ubu. Também será construído um terceiro mineroduto, paralelo aos dois já existentes. O Terminal Portuário de Ubu, que possui capacidade atual para escoar 23 milhões de toneladas/ano, sofrerá adaptações que aumentarão a sua capacidade para 33 milhões de toneladas/ano.
Sustentabilidade levada a sério Desde a sua fundação, a Samarco entende que qualquer estratégia de negócio e de crescimento passa pelo desenvolvimento sustentável. O desenvolvimento sustentável faz parte da visão de negócios e da
Cidadão do Futuro Entre os projetos sociais desenvolvidos pela Samarco, está o Cidadão do Futuro, lançado em 2009, que visa criar oportunidades para que crianças e jovens, de 8 a 16 anos, desenvolvam práticas esportivas, culturais e pedagógicas complementares ao currículo escolar. Os alunos da Escola Municipal Maria Luíza Flores, de Mãe-Bá (Anchieta), participam de atividades artísticas, como aulas de hip hop, jazz, violão, guitarra e teatro, além de escolinhas de futebol e ginástica. Os resultados das ações são visíveis dentro e fora da sala de aula. De acordo com uma pesquisa, com pais e professores, os jovens participantes apresentam notas acima da média nas aulas regulares, reforçando o objetivo do projeto de promover uma transformação social e impactar positivamente no desempenho dos alunos e no relacionamento com a família e comunidade, além de combater o risco social e melhorar a qualidade de vida na região.
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A Samarco apoia diversos programas socioambientais na Lagoa de Mãe-Bá, em Anchieta-ES
estratégia de atuação, reforçando o posicionamento da empresa: desenvolvimento com envolvimento. Desde 2007, quando a companhia lançou a Política de Investimento Institucional e Social, foram apoiados 110 projetos sociais e 129 patrocínios, nas vertentes de empreendedorismo, educação e geração de renda. Em meio ambiente, são cerca de R$ 84 milhões investidos em 31 iniciativas voltadas para proteção de mananciais, recursos hídricos e manutenção da fauna e flora, além dos investimentos permanentes em equipamentos modernos para proteção e segurança ambiental nas operações. Entre as inúmeras ações nesse campo, está o desenvolvimento do projeto de redução das emissões de gases de efeito estufa. No final de 2010, a Samarco obteve o registro de um projeto de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), concedido pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Trata-se da substituição do óleo combustível pelo gás natural no processo de queima nos fornos de pelotização das três usinas, localizadas na planta industrial de Anchieta. Com a mudança, realizada em 2010, a empresa deixa de emitir o equivalente a 160 mil toneladas de gás carbônico por ano, o que ainda poderá gerar créditos de carbono. Todos os anos, a Samarco publica em seu site o Relatório da Administração e o Relatório de Sustentabilidade. Acesse: www.samarco.com.br. 137
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DESTAQUE EMPRESARIAL SÃO BERNARDO
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ara oferecer atendimento integral e mais humanizado e desenvolver programas de prevenção a doenças, como hipertensão, diabetes e obesidade, o Grupo São Bernardo inaugurou em 2011 as Estações Saúde. Nas clínicas próprias, os associados ao PHS e ao São Bernardo Saúde podem realizar consultas com médicos de diversas especialidades, em instalações confortáveis e de fácil acesso. As unidades funcionam como centros de atenção à saúde e têm como finalidade proporcionar mais comodidade e oferecer atendimento com atenção mais especial a cada paciente, sem o clima de pronto-socorro.
Atendimento pediátrico Um importante destaque das clínicas é o atendimento pediátrico, que conta com os melhores profissionais do Estado e visa a acompanhar todas as fases do desenvolvimento infantil. Para o Grupo São Bernardo, esse acompanhamento é fundamental, pois pode garantir um futuro mais saudável para as crianças. Os profissionais estão à disposição com agenda aberta, facilitando o atendimento rápido ao associado. 138
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Fotos: Arquivo São Bernardo
Estações Saúde: Grupo São Bernardo inaugura novo padrão de serviços de saúde A disponibilidade de médicos das mais diversas especialidades e de uma equipe multidisciplinar composta por enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, fonoaudiólogos, assistentes sociais e psicólogos, entre outros, é um dos principais diferenciais das Estações Saúde. Os profissionais estudam o paciente, fazendo uma abordagem mais geral e completa de seu caso, conhecendo seu histórico e preocupando-se não só com o tratamento de doenças, mas com a vida do paciente e de sua família.
Atendimento domiciliar O acompanhamento especial aos pacientes de alta complexidade pode continuar em casa, por meio do programa Estação Saúde Domiciliar. Entre as vantagens dessa assistência, oferecida às pessoas que não têm condições clínicas de sair de casa, está um tratamento mais humanizado e a proximidade da família para fazer o tratamento no conforto do lar. “Menor risco de infecção hospitalar, melhoria das condições emocionais e mais facilidade para a família são outros benefícios percebidos por nossa equipe”, destaca Ieda Lucia Thomaz, enfermeira coordenadora do serviço Estação Saúde Domiciliar. 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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Programas preventivos Prevenção de doenças é outro foco do trabalho da equipe, que direciona, se necessário, seus pacientes a programas preventivos para, por exemplo, hipertensos, diabéticos e fumantes, além de recomendar mudanças de hábitos. A finalidade é combater o desenvolvimento de doenças que podem ser evitadas com hábitos simples, como a prática de exercícios físicos e alimentação balanceada, proporcionando ainda mais qualidade de vida às pessoas. Nas instalações confortáveis e de fácil acesso das clínicas Estação Saúde, são realizadas consultas em diversas outras especialidades, como Alergologia, Angiologia, Cardiologia, Dermatologia, Endocrinologia, Gastroenterologia, Ginecologia, Hematologia, Obstetrícia, Ortopedia, Otorrinolaringologia, Pediatria, Proctologia e Urologia. Além disso, existe uma equipe multidisciplinar com enfermeiros, nutricionistas e psicólogos, que dá todo o suporte de que os pacientes necessitam. Com toda essa estrutura, o Grupo São Bernardo inaugura um novo conceito de cuidados com a saúde. “Nosso objetivo é ser um plano de saúde que envolve saúde na íntegra para as pessoas, em casa, na empresa e nos locais de atendimento. Entendemos que as pessoas estão reservando cada vez menos tempo para o cuidado com a saúde. Por isso, focamos nosso trabalho no oferecimento de serviços integrados que proporcionam cuidados e apoio aos clientes, promovendo mais qualidade de vida a eles”, ressalta Daniela Lima, que coordena os atendimentos nas unidades.
Qualidade reconhecida pelos pacientes As Estações Saúde são compostas por salas de emergência e consultórios, desenvolvidos com equipamentos de qualidade, que dispõem melhor acomodação durante as consultas. Os pacientes que chegam com problemas, como alergias, pressão alta ou dificuldades respiratórias, são encaminhados para as salas de repouso ou pediatria, onde são atendidos pelos médicos e enfermeiros das unidades. A empresária Darcy Soares Fernandes utiliza os serviços do Grupo São Bernardo há dois anos. Darcy revela que a rapidez 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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Inauguração da Estação Saúde Noroeste, em Colatina
no processo de marcação de consultas e a qualidade da recepção dos profissionais foram estímulos para que ela indicasse os serviços das Estações Saúde para familiares e vizinhos. “Meus gastos são recompensados. Sinto o retorno no bom atendimento dos funcionários e médicos”, relata.
Mais investimentos Atualmente, a rede de clínicas Estação Saúde conta com seis pontos de atendimento: quatro na Grande Vitória, em Vitória, Serra, Vila Velha e Cariacica; além de duas no interior, em Colatina e Linhares. O agendamento das consultas é feito por telefone, mas também são oferecidos atendimentos imediatos. Nos próximos anos, o Grupo pretende direcionar ainda mais investimentos para essa estrutura de clínicas próprias e a programas de prevenção. O objetivo é proporcionar aos associados mais qualidade de vida e atendimento mais humanizado feito por uma equipe multidisciplinar que dá atenção especial a cada paciente.
Funcionamento Na Grande Vitória, os associados que sentirem algum tipo de desconforto leve pode procurar as unidades da rede, onde vão receber atenção especial. O horário de funcionamento das unidades é das 7h às 21h, de segunda a sexta-feira. Aos sábados, o atendimento é das 7h às 12h. O telefone para marcação de consultas é (27) 3334-3888. 139
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DESTAQUE EMPRESARIAL SESI Foto: Divulgação Sesi
Sesi-ES oferece serviços que ajudam as empresas a pensarem a saúde do trabalhador
Viver melhor é um bom negócio Garantir a qualidade de vida do trabalhador é atuar diretamente na produtividade “O Sesi-ES é uma instituição que se preocupa com a saúde, o bem-estar e a segurança do trabalhador” Solange Siqueira, superintendente do Sesi-ES
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rabalhadores e empresas são os dois lados de uma mesma moeda. Juntos, são eles que fazem a economia girar. Dificuldades enfrentadas por qualquer um dos lados atrapalham o resultado final para ambos. Por isso, pensar na qualidade de vida do trabalhador e investir na melhoria das condições de segurança e saúde no ambiente de trabalho é um tema tão importante. O fato é: a saúde do trabalhador tem impacto direto na saúde da empresa. Empregados saudáveis e satisfeitos garantem o sucesso da empresa. Pensar na saúde do trabalhador significa dar atenção ao seu desenvolvimento integral, promovendo a qualidade de vida dele
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e de sua família. Essa é a missão do Serviço Social da Indústria do Espírito Santo (Sesi-ES), que busca fortalecer a área de segurança e saúde do trabalho nas indústrias capixabas. “Por si só, a segurança do trabalhador já é um tema importante. As empresas estão se atentando para o fato de que trabalhar a qualidade de vida do trabalhador é atuar diretamente na produtividade. Em contrapartida, se o trabalhador entende que o empregador está investindo em sua saúde, ele valoriza o fato de fazer parte da empresa da qual é funcionário. Com esse entendimento, o Sesi está focado na estruturação da saúde e da segurança desse colaborador, desenvolvendo um programa 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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Indústria como cliente prioritário Conheça os programas de segurança e saúde do trabalhador que o Sesi-ES oferece às indústrias capixabas: • Segurança e Saúde no Trabalho Público-alvo: empresa industrial e trabalhadores • Medicina Assistencial Público-alvo: trabalhadores e seus dependentes • Odontologia Ocupacional Público-alvo: trabalhadores da indústria • Odontologia Preventiva para Trabalhadores da Indústria Público-alvo: trabalhadores da indústria • Odontologia Assistencial Público-alvo: trabalhadores e seus dependentes • Diagnóstico de Saúde e Estilo de Vida Público-alvo: trabalhadores da indústria • Programa Indústria Segura Público-alvo: micro e pequenas empresas industriais, prioritariamente filiadas a sindicatos patronais da Findes • Programa Mais Saúde Público-alvo: micro e pequenas empresas industriais, prioritariamente filiadas a sindicatos patronais da Findes e com coordenação de PCMSO • Sesi Espaço Saudável Público-alvo: trabalhadores e seus dependentes • Educação Continuada em Saúde (Cipa) Público-alvo: empresas industriais e seus trabalhadores • Ações Educativo-Preventivas / Ações de Saúde Público-alvo: trabalhadores em especial, também estendidas à comunidade • Unidade Móvel de Audiometria Público-alvo: trabalhadores da indústria • Auxílio Diagnóstico Público-alvo: trabalhadores e seus dependentes • Site Pró-SST Público-alvo: trabalhadores da indústria • Campanha SST Público-alvo: trabalhadores da indústria A empresa/indústria que se interessar pelos programas de saúde e segurança do Sesi-ES pode buscar atendimento na unidade mais próxima. Mais informações pelo telefone (27) 3334-5729.
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que atenda às necessidades em comum do trabalhador e do empresário, com serviços de saúde que constroem um diagnóstico do qual o Sesi é o gestor da informação”, explica o diretor para Assuntos do Sesi-ES, Alejandro Dueñas. O Sesi trabalha em parceria com as empresas desenvolvendo e apoiando a implantação de programas que garantam a saúde e a segurança dos seus trabalhadores. Isso destaca a importância de se estabelecer uma gestão socialmente responsável das indústrias, que só têm a ganhar, já que reduzem o tempo de funcionários afastados por doenças ou os casos de acidentes de trabalho. Nas corporações, o impacto é percebido no aumento com custos de planos de saúde e também na queda de produtividade. Especialistas apontam, inclusive, que um colaborador doente pode custar, em média, até cinco vezes mais para o empregador. No Brasil, a maior parte dos investimentos em saúde é aplicada no atendimento curativo, e pouco é destinado à prevenção de doenças. A consequência disso é o aumento das filas dos hospitais e do gasto com remédios.
“As empresas estão se atentando para o fato de que trabalhar a qualidade de vida do trabalhador é atuar diretamente na produtividade” Alejandro Dueñas, diretor para assuntos do Sesi-ES
Programa Indústria Saudável Com base na premissa de que viver melhor é um bom negócio, o Sesi criou o programa Indústria Saudável, que busca fortalecer a área de segurança e saúde no trabalho por meio da gestão de informações sobre a saúde do trabalhador. A partir de um diagnóstico realizado com os trabalhadores da indústria, pode-se conhecer mais sobre seus hábitos e estilo de vida, dentro e fora da empresa. Assim, o Sesi-ES pode apresentar ao empresário um diagnóstico de saúde da sua empresa, permitindo a implementação de medidas que ajudem seus funcionários a manterem hábitos saudáveis de vida. Segundo a superintendente do Sesi-ES, Solange Siqueira, o Sesi é um provedor de soluções para a indústria, em prol do trabalhador. “Somos uma instituição que se preocupa com a saúde, o bem-estar e a segurança do trabalhador, que, por meio de uma orientação baseada numa análise individualizada, pode se manter saudável e ter qualidade de vida. Aliado a isso, as empresas garantem em seus quadros funcionários saudáveis e produtivos”, ressalta. 141
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DESTAQUE EMPRESARIAL VALE Foto: Agência Vale
Para diminuir a emissão de poeira, a Vale já instalou cinco wind fences, que têm, juntas, nove quilômetros de extensão e cada uma tem uma vez e meia a altura da pilha de estocagem
Controles ambientais da Vale contribuem com a melhoria da qualidade do ar Comprovando o seu compromisso com a comunidade, a Vale finalizou em outubro a instalação da quinta wind fence, marcando, dessa forma, a conclusão de todos os itens previstos no Termo de Compromisso Ambiental (TCA), que representaram investimentos da ordem de R$ 500 milhões em diversas iniciativas
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o dia 20 de outubro, a Vale realizou o evento de entrega da quinta wind fence, sistema de controle ambiental que reduz a velocidade do vento, diminuindo em até 80% a emissão de poeira. Com isso, a empresa sela a conclusão de todas 142
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as ações previstas no Termo de Compromisso Ambiental (TCA) firmado em 2007, fruto do diálogo e da interação entre a Vale, as comunidades, o Ministério Público Estadual (MP-ES) e o Instituto Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema). 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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Outras iniciativas Para modernizar o embarque de minérios nos navios, a Vale adquiriu dois novos carregadores equipados com uma espécie de tubo na extremidade. Essa solução impede que a poeira seja arrastada pelo vento ao aproximar o carregador do porão das embarcações. Além disso, a Vale vem aprimorando o sistema de umectação (molhar com água) das pelotas movimentadas entre os pátios de estocagem e embarque nos navios, com a instalação de medidores automáticos de umidade. Outra ação desenvolvida pela empresa foi o enclausuramento das casas de transferências entre correias transportadoras, que é um sistema que impede o arraste da poeira pelo vento. Todas as iniciativas fazem parte do jeito da Vale de crescer, por meio do desenvolvimento sustentável, da abertura para o relacionamento com a comunidade, do respeito ao meio ambiente e do caminhar junto e de forma responsável para a geração de riquezas.
De acordo com o gerente de Desenvolvimento Sustentável da Vale, Romildo Fracalossi, as cinco wind fences têm, juntas, nove quilômetros de extensão e cada uma tem uma vez e meia a altura da pilha de estocagem, o que equivale a um prédio de dez andares e resiste a ventos de até 120 km/h. Romildo ressalta que, além dessa melhoria, a Vale tem feito mais. “Desde 2007, estamos realizando estudos de novas tecnologias e implantando diversas melhorias em nossos controles ambientais. Um exemplo disso é que nossa equipe desenvolveu um produto chamado supressor de pó, que é aplicado nas pelotas, formando uma película protetora ao seu redor, evitando a geração de poeira. Além disso, a empresa instalou cinco novos precipitadores eletrostáticos, totalizando 21 desses equipamentos, em operação no Complexo de Tubarão. Esse equipamento tem a função de filtrar o ar que sai dos fornos das pelotizadoras, retendo mais de 99% da poeira”, diz Romildo. O representante da comunidade na Comissão de Acompanhamento do Termo de Compromisso Ambiental, Paulo Esteves, afirma que os resultados da wind fences e dos outros controles ambientais já podem ser sentidos pela comunidade. “Percebemos a diminuição de poeira em nossas casas. 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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Estamos muito satisfeitos com o trabalho realizado pela Vale e achamos que estamos no caminho certo. A Vale teve a ousadia de assumir esse desafio de reduzir a emissão de poeira em tão pouco tempo. Foram realizadas obras gigantescas, muito bem feitas e dentro do prazo. Hoje, a Vale é uma empresa na qual eu confio”, afirma.
Compromisso com a comunidade O caminho para a ampliação e a melhoria dos controles ambientais da Vale foi marcado por transparência, diálogo constante e busca conjunta das melhores soluções. Isso foi possível graças à formação de uma comissão para acompanhamento da implantação das ações previstas no termo. Formado por representantes da Vale, do Ministério Público Estadual (MP-ES), do Iema e de associações de moradores da Grande Vitória, o grupo realizou reuniões mensais e visitas às obras. O representante das associações, Paulo Esteves, que é engenheiro civil e ex-funcionário da Vale, explica que a tecnologia da wind fences foi importada das melhores usinas do mundo e adaptada. “Visitamos quatro plantas do Japão e da Coreia e reunimos o que cada uma tinha de melhor e construímos a nossa. Com isso, conseguimos trazer para o Brasil uma tecnologia de controle de particulados melhor do que a deles atualmente para esse modelo de estocagem e manuseio. Estamos um passo à frente”, orgulha-se.
Novos desafios Mesmo após a conclusão dessa etapa, o trabalho desenvolvido pela empresa junto com a comunidade não acabou. “Agora, apesar do fim das obras, a Vale pediu que a nossa comissão se tornasse permanente e continuasse dialogando mensalmente para buscar mais melhorias. Uma empresa que faz isso é uma organização responsável”, diz Paulo. O desafio agora, segundo ele, é maior ainda. “Já conseguimos reduzir em até 80% a emissão de poeira da Vale, mas ainda temos os outros 20%. Além disso, tem a poeira de outras fontes industriais, de veículos e construção civil. A Vale não é a única responsável pela emissão de poeira industrial”, conclui o representante da Associação de Moradores. 143
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DESTAQUE EMPRESARIAL TV VITÓRIA Foto: Arquivo Next
Programação com a cara dos capixabas Emissora é destaque em jornalismo e cobertura esportiva
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m 2011, a TV Vitória/Record foi eleita a melhor TV Regional do Brasil, pela Associação Brasileira de Marketing e Propaganda. Foi a terceira vez, nos últimos quatro anos, que a emissora venceu essa eleição, sendo a única TV tricampeã nessa categoria no País. O título destaca todo o profissionalismo de uma emissora que trabalha para oferecer uma programação com informação e entretenimento com qualidade para todo o Espírito Santo.
Jornalismo A central de jornalismo da TV Vitória foi destaque no Estado em 2011. A emissora é líder no Espírito Santo na hora do almoço, com o programa “Balanço Geral”. O telejornal leva à população informação rica em detalhes, com a credibilidade do jornalismo da TV Vitória. Outro telejornal de sucesso da emissora Vitória, o “Jornal da TV Vitória”, exibido nas noites de segunda a sexta-feira e aos sábados ao meio-dia. Uma equipe competente de jornalistas trabalha para levar a todo o Espírito Santo os principais fatos políticos, econômicos e sociais do Estado. O ano também foi de destaque para a Rede Record, da qual a TV Vitória é afiliada. 144
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Pela primeira vez, a emissora transmitiu os Jogos Pan-Americanos, realizados em Guadalajara, no México. “Com o Pan-Americano de Guadalajara, a Record demonstrou, mais uma vez, que tem estrutura e competência para exibir grandes eventos”, afirma o Diretor Geral da TV Vitória, Fernando Machado.
Novidades Em 2012, produzir conteúdo que mostre os capixabas estará entre as prioridades da TV Vitória. “Vamos repetir todos os projetos já consolidados e estamos desenvolvendo algumas séries na produção jornalística. Pretendemos mostrar o Estado com outra visão. O capixaba quer se ver, e esse é o papel da TV Vitória”, defende Fernando Machado. No ano que vem, a Rede Record transmitirá, pela primeira vez e com exclusividade, as Olimpíadas de Londres. Paralelo a esse trabalho, durante todo o ano, a TV Vitória vai estimular o esporte capixaba. “O sucesso dos atletas capixabas no Pan 2011 provou que o esporte no Espírito Santo precisa de espaço. Por isso, em 2012, a TV Vitória vai estar presente nos eventos regionais, estimulando os atletas de nossa terra”, garante o Diretor Geral. 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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RANKING |
INTRODUÇÃO
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Fábio Dias é superintendente do IEL-ES
uinze anos. Esta edição do anuário “IEL 200 Maiores Empresas do Espírito Santo” é mesmo de comemoração. Atingimos um patamar de maturidade digno das grandes publicações brasileiras e nos consolidamos como uma das principais fontes de informações estatísticas e de avaliação do desempenho econômicofinanceiro das maiores empresas capixabas. O anuário tem sua importância reconhecida nacional e internacionalmente, o que muito nos orgulha e incentiva a buscar aprimoramento e inovação constantes. Além das informações sobre as 200 maiores empresas capixabas, o anuário traz ainda dados sobre vários aspectos da economia do Espírito Santo, ressaltando não só a atividade industrial, como também todos os outros setores que movimentam o Estado, desde o comércio até a novata indústria criativa. Juntas, essas informações constituem um quadro econômico, social e mesmo político do Espírito Santo no período e traçam um panorama tão completo que ajuda, inclusive, a fazer projeções para os próximos anos. Há uma década e meia, o que o anuário tem mostrado é o que percebemos através de estudos econômicos e no cotidiano: a melhoria dos indicadores da economia capixaba e das maiores empresas do Espírito Santo. Os dados de receita e geração de emprego são significativos e acabam por refletir o dinamismo da economia do Estado. A Receita Operacional Bruta (ROB) das 200 maiores empresas, da ordem de R$ 76,8 bilhões gerados no Estado, é revelada nesta 15ª edição do anuário e dá a dimensão desse crescimento, 32,7% superior aos dados registrados na edição anterior. Vale destacar ainda que a indústria representou 51% do total da ROB das 200 maiores empresas (R$ 39 bilhões), seguida pelo setor de serviços, com 26%, e comércio, com 23%. No setor industrial, a indústria da mineração apresentou uma ROB de R$ 19 bilhões (48%). Além dos dados econômicos e financeiros das 200 maiores empresas do Espírito
Este anuário também pode ser acessado eletronicamente, por meio do site www.iel-es.org.br. 150
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Santo, esta edição comemorativa traz ainda artigos de renomados especialistas em economia, desenvolvimento social e industrial, inovação, marketing, gerenciamento de projetos e políticas públicas. Tudo com foco na economia capixaba, que, neste anuário, é observada sob o prisma do desenvolvimento, do crescimento e da vocação para a inovação que apresenta. O trinômio educação, inovação e competitividade, aliás, está muito presente nos artigos, o que torna evidente a relação entre esses temas e o desenvolvimento da indústria capixaba. É importante destacar ainda que o anuário traz um estudo técnico que retrata a evolução da indústria capixaba nos últimos 15 anos, assinado por Antonio Fernando Doria Porto, gerente-executivo do Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies), órgão de inteligência do Sistema Findes. Ressalto ainda a importância das empresas destacadas nesta publicação para a construção de um Espírito Santo melhor, que cresce não só em âmbito econômico, como também em qualidade de vida e geração de oportunidades para todos que escolheram aqui trabalhar, produzir e viver. Reitero também que, como em edições anteriores, este anuário foi todo produzido por fornecedores locais, aos quais queremos agradecer e parabenizar pelo belo e eficaz trabalho. O anuário “IEL 200 Maiores Empresas do Espírito Santo 2011” será distribuído não só no Espírito Santo, mas em todo o País e também no exterior. Por fim, externamos nosso reconhecimento às empresas participantes e aos empreendedores, que são os grandes inspiradores deste projeto, bem como a toda a equipe do IEL-ES, que trabalhou intensamente no levantamento e análise das informações, planejamento e execução de mais uma edição. Aos anunciantes, que certamente contribuem para a credibilidade do anuário, seguem também os nossos agradecimentos pela confiança. Que venham mais 15 anos de bons números e boas notícias da economia capixaba! 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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O QUE VOCÊ ENCONTRA NESTE ENCARTE
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As 200 maiores empresas no Espírito Santo classificadas pela Receita Operacional Bruta, com informações econômicas e financeiras.
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As 20 empresas com melhor desempenho segundo diversos indicadores econômicos, financeiros e sociais.
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A melhor empresa dentre as 200 maiores.
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Ranking dos 10 maiores grupos empresariais, segundo o critério de Patrimônio Líquido, contendo algumas informações econômicas e financeiras consolidadas.
Informações consolidadas dos setores industrial, comercial e de serviços e por atividade.
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As 10 maiores empresas, segundo os setores: alimentos, comércio atacadista, comércio varejista, concessionárias de veículos, construção, serviços financeiros e seguros, serviços de importação e exportação e transportes.
As 100 maiores empresas privadas com controle de capital capixaba, classificadas pela Receita Operacional Líquida.
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RANKING | METODOLOGIA
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sta edição do anuário “IEL 200 Maiores Empresas do Espírito Santo” foi feita com a avaliação dos dados de aproximadamente 300 empresas, além dos maiores grupos privados do Estado. O conjunto compreende todas as que enviaram demonstrações contábeis para o IEL até o dia 14 de outubro de 2011 e inclui sociedades anônimas de capital aberto e fechado, cooperativas, entidades sem fins lucrativos e sociedades limitadas. Para os próximos anos, estamos estudando a possibilidade de criar um ranking separado para as cooperativas e sociedades sem fins lucrativos, devido às especificidades dessas empresas. A partir deste ano, foram incluídas informações sobre a Receita Operacional Líquida, que representa a receita operacional após os impostos, devoluções e os descontos incondicionais. Essa informação permite excluir os efeitos das diferentes cargas tributárias das diversas atividades contempladas no anuário, além da ineficiência representada pelas devoluções e descontos incondicionais. Também foram incluídas informações sobre o Lucro Operacional das empresas. Entendemos que essa é a melhor medida
para a eficiência operacional do que o Lucro Líquido, que pode incluir resultados não operacionais significativos, que distorcem a análise da capacidade da empresa de gerar resultados futuros com suas operações. Vale ressaltar, que, embora a nova legislação tenha acabado com o grupo “não operacional”, percebemos que as empresas continuam informando esses valores. O Ebitda, da expressão em inglês Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, e que significa o lucro antes dos juros, dos impostos sobre o lucro, a depreciação e a amortização, também passa a compor os indicadores do anuário e corresponde, em essência, ao caixa gerado pela empresa. Outra alteração diz respeito à fórmula para o cálculo da rentabilidade das vendas, que passou a ser calculada pela divisão do Lucro Líquido pela Receita Líquida, e não mais pela Receita Bruta. A tabela a seguir apresenta um resumo das principais mudanças introduzidas. Para elaborar o ranking das 200 maiores empresas, foi utilizado o critério da Receita Bruta de vendas, um indicador da contribuição da empresa para a sociedade em termos de produtos e serviços oferecidos.
Conceitos metodológicos Receita Operacional Bruta
Receita proveniente do total das vendas de bens e serviços prestados pela empresa.
Variação da Receita Operacional Bruta
Mostra a evolução da receita bruta de vendas, em reais.
Receita Operacional Líquida
É calculada pela diferença entre o valor das vendas, deduzidas das devoluções e abatimentos, e os impostos sobre vendas.
Lucro Operacional
É o resultado da receita líquida, apurado de acordo com as regras legais, depois de descontadas as despesas administrativas, com vendas e financeiras.
Ebitda
Abreviatura da expressão em inglês Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, que significa lucro antes de descontar os juros, os impostos sobre o lucro, a depreciação e a amortização. Em essência, corresponde ao caixa gerado pela operação da empresa.
Lucro Líquido do Exercício
É o resultado do exercício, apurado de acordo com as regras legais, depois de descontados o imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro.
Patrimônio Líquido
É a soma do capital, das reservas e dos ajustes de avaliação patrimonial, menos a soma do capital a integralizar, das ações em tesouraria e dos prejuízos acumulados. Mede a riqueza da empresa.
Rentabilidade das vendas
É calculada pela divisão entre o lucro líquido e a receita líquida.
Rentabilidade do Patrimônio Líquido
Mede o retorno do investimento para os proprietários. Resulta da divisão do lucro líquido pelo Patrimônio Líquido.
Liquidez Corrente
É a divisão do ativo circulante pelo passivo circulante e indica a capacidade da empresa em honrar seus compromissos no curto prazo.
Endividamento Geral
É a soma das dívidas de curto e longo prazos. O resultado é mostrado em porcentagem, em relação ao ativo total e representa a participação de recursos financiados por terceiros na operação da empresa.
Endividamento de Longo Prazo
Indica o quanto a empresa está comprometida com dívidas de longo prazo. É expresso em porcentagem, em relação ao ativo total.
Empregados no Espírito Santo
Número de funcionários em 31 de dezembro de 2010.
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200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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Avaliação do potencial do ES pelos gestores das 200 maiores Poder político no cenário nacional Portos Rodovias Aeroporto Política de incentivos fiscais Qualificação da MO Infraestrutura logística Localização geográfica 0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
10,0
Avaliação realizada com as informações da pesquisa “200 Maiores Empresas do Espírito Santo”
Além da Receita Operacional Bruta, são fornecidas informações como Receita Operacional Líquida, Lucro Operacional, Ebitda, Lucro Líquido, Patrimônio Líquido e o número de empregados no Espírito Santo. Também são apresentados indicadores para análise econômico-financeira, como rentabilidade das vendas, rentabilidade do Patrimônio Líquido, liquidez corrente, endividamento geral e endividamento de longo prazo. Vale ressaltar que, a partir deste ano, somente foram divulgados os resultados obtidos no Espírito Santo, permitindo uma melhor análise comparativa entre as empresas. Além dessas informações, o anuário apresenta diversas outras listas de empresas, organizadas por setor da economia, empresas capixabas, consolidadas por atividade, dentre outras. Importante ressaltar que, para a versão do anuário em português e inglês, os valores foram convertidos em moeda americana, considerando o dólar comercial venda médio do ano de 2010, que fechou em R$ 1,764, segundo o Banco Central do Brasil.
Quem são as 200 e o que pensam seus gestores? Aproximadamente metade das empresas participantes da pesquisa é familiar e gerenciada pelo principal acionista/cotista. Esse resultado indica a necessidade de políticas que preparem a empresa e a geração futura para a sucessão do negócio, lembrando que esse é um momento crítico e que pode colocar em risco a continuidade da empresa. No ano de 2010, as empresas venderam, na média, 40% a mais do que em 2009, indicando uma boa recuperação da crise econômica, que também se refletiu no aumento de mais 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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de 119% no Lucro Líquido do período, quando comparado também com 2009. Juntas, as 200 maiores empresas do Estado pagaram mais de R$ 6 bilhões em impostos sobre vendas durante o ano de 2010, distribuídos entre as esferas federal, estadual e municipal, um montante equivalente a mais da metade do orçamento do governo estadual para o período. Esse número é ainda mais significativo se considerarmos que não estão computadas nesse valor informações de empresas como Vale, ArcelorMittal, Petrobras, Fibria, Banco do Brasil, entre outras. Outra informação relevante é que esse valor é maior que os quase R$ 5 bilhões que foram distribuídos como lucros aos proprietários das empresas e, quando somados aos impostos e contribuições sobre o lucro, indicam que o governo, nas suas diferentes esferas, é o “principal acionista” das empresas capixabas, ficando com a maior parte da riqueza gerada pelas mesmas. Na pesquisa de avaliação do potencial do Espírito Santo, o único quesito bem avaliado foi a localização geográfica do Estado. Isso indica a necessidade de uma revisão no foco da aplicação dos impostos arrecadados, principalmente no setor de infraestrutura, que impacta de forma direta na competitividade das empresas capixabas. Esse resultado é reflexo, dentre outros, das condições de nossos portos, rodovias e aeroporto. Chama a atenção também a necessidade de uma melhor qualificação da mão de obra, o que demanda uma maior aproximação entre os representantes empresariais capixabas e as instituições de ensino superior. 153
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RANKING | INFORMAÇÕES GERAIS Fotos: Leonel Albuquerque
A
pesquisa das 200 maiores empresas no Espírito Santo, considerada uma das mais importantes publicações de avaliação da economia capixaba, tem ao longo dos últimos 15 anos proporcionado dados e informações acerca das empresas e grupos empresariais instalados no Estado, com seus desempenhos econômicos e financeiros. Esta edição apresenta os resultados das principais empresas em 2010, analisados a partir de indicadores financeiros e contábeis, como Receita Operacional Bruta, Lucro Líquido do exercício, Patrimônio Líquido, número de empregados, rentabilidade, liquidez, dentre outros. Neste ano, para a formação do ranking das maiores empresas e demais tabelas, promoveu-se a revisão metodológica do estudo, levando a adequações necessárias ao conjunto de informações contábeis. Desta forma, foram estabelecidos alguns critérios: • Empresas com sede fiscal no Espírito Santo tiveram o total de sua receita apropriada no Estado;
154
200 Maiores 2011_ an in _In or a
• Para empresas cuja sede fiscal se encontra em outro Estado, apropriou-se o percentual da receita gerada no Espírito Santo; • Ainda para empresas com sede fiscal em outra Unidade da Federação, somente foram consideradas as demais informações contábeis, caso estas se referissem a dados da empresa no Estado ou quando sua receita foi totalmente gerada no Espírito Santo; • Empresas cuja sede fiscal fica em outro Estado e que não informaram dados contábeis específicos no Espírito Santo estão com dados assinalados com N/D (não disponível) nas tabelas. As 200 maiores empresas no Espírito Santo apresentaram, em 2010, uma receita operacional bruta de R$ 76,8 bilhões gerados no Estado, um expressivo acréscimo de 32,7% quando comparado ao ano de 2009 (R$ 57,9 bilhões). Em relação ao número de empregos, essas empresas criaram, em 2010, 93.784 postos de trabalho no Espírito Santo, contra 93.281 em 2009, havendo um incremento de 0,5%. Tais resultados, superiores aos do ano
200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
es
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Distribuição das 200 maiores empresas por região e município REGIÕES E MUNICÍPIOS Central
Nº DE EMPRESAS 154
Anchieta
1
Cariacica
17
Domingos Martins
1
Guarapari
1
Marechal Floriano
1
Santa Maria de Jetibá
2
Serra
38
Venda Nova do Imigrante
1
Viana
5
Vila Velha
18
Vitória
69
Litoral Norte
23
Aracruz
6
Barra de São Francisco
1
Conceição da Barra
1
Ibiraçu
2
Linhares
12
Montanha
1
Noroeste
13
Colatina
10
Nova Venécia
1
São Gabriel da Palha
2
Sul
10
Atílio Vivacqua
1
Cachoeiro de Itapemirim
8
Itapemirim
1
Total
200
anterior, são indicativos da superação da crise econômica internacional, com aumento de produtividade por emprego. Importante observar que, no ano de 2009, a última empresa no ranking apresentou
200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
200 Maiores 2011_ an in _In or a
es
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Localização das 200 maiores empresas Região Sul 5,0%
Região Central 77,0%
Região Noroeste 6,5% Região Litoral Norte 11,5%
receita operacional bruta no Espírito Santo de R$ 22,3 milhões. Em 2010 a 200ª colocada fechou o ranking com R$ 25,9 milhões, 16% superior. Ao observar a distribuição das 200 maiores empresas por Mesorregião (IBGE) em que estão localizadas, verifica-se que a grande maioria concentra-se na região central do Estado (77%), ou seja, 154 empresas. Destas, 69 se encontram em Vitória, 38 na Serra, 17 em Cariacica e 18 em Vila Velha. Na região litoral norte, situam-se 23 empresas, representando 11,5%, sendo Linhares o município com maior concentração (12 empresas). A região noroeste concentra 13 empresas, ou seja, 6,5%, sendo 10 em Colatina. Na região sul, encontram-se 10 empresas, perfazendo 5%, ressaltando-se Cachoeiro de Itapemirim, com 8 empresas. De todas as empresas participantes da pesquisa, 93,7% têm sua sede fiscal no Estado, 76,8% com controle acionário privado estadual e 73,6% apresentaram balanços consolidados com estabelecimentos de outros Estados.
155
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RANKING
RANKING DAS 200 MAIORES EMPRESAS Ranking segundo Receita Operacional Bruta no Espírito Santo (valores em R$ milhares) CLASSIF. 2010
EMPRESA
SETOR
ATIVIDADE
REC. OP. BRUTA
VAR. ROB. 10/09 %
REC. OP. LIQ.
LUCRO OPERACIONAL
EBITDA
1
VALE
Indústria
Mineração
11.948.000
118,07%
N/D
N/D
N/D
2
SAMARCO
Indústria
Mineração
6.324.347
122,91%
6.239.799
3.493.132
3.738.560
3
ARCELORMITTAL BRASIL
Indústria
Siderurgia e Metalurgia
5.491.271
23,82%
N/D
N/D
N/D
4
FERT. HERINGER
Indústria
Química e Petroquímica
3.586.174
9,97%
3.521.473
169.589
212.331 370.050
5
BRAZIL TRADING
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
3.224.159
104,54%
2.099.871
367.264
6
PETROBRAS DISTRIBUIDORA
Comércio Atacadista
Eletricidade e Gás
2.525.016
23,41%
1.939.077
N/D
N/D
7
EDP ESCELSA
Serviços
Eletricidade e Gás
2.522.778
13,14%
1.503.482
253.054
356.386 78.103
8
COTIA
Serviços
Serv. Importação e Exportação
2.367.584
101,28%
1.882.943
58.794
9
FIBRIA
Indústria
Papel e Celulose
2.176.263
92,51%
N/D
N/D
N/D
10
CHOCOLATES GAROTO
Indústria
Alimentos
2.007.813
6,72%
1.173.225
200.460
200.460
11
CISA
Serviços
Serv. Importação e Exportação
1.750.373
70,20%
1.388.935
56.596
47.075
12
ARCELORMITTAL TUB. COMERCIAL
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
1.682.930
12,74%
1.218.750
12.060
20.614
13
BANESTES
Serviços
Serv. Financeiros e Seguros
1.520.286
-2,37%
1.473.359
257.803
N/D
14
TROP
Serviços
Serv. Importação e Exportação
1.334.787
15,88%
1.140.368
96.638
96.916
15
HISPANOBRÁS
Indústria
Mineração
1.166.558
734,69%
1.166.558
213.737
230.794
16
COLUMBIA TRADING
Serviços
Serv. Importação e Exportação
1.025.602
144,41%
842.757
26.350
32.151
17
BANCO DO BRASIL
Serviços
Serv. Financeiros e Seguros
851.537
24,76%
N/D
N/D
N/D
18
TANGARÁ FOODS
Indústria
Alimentos
849.589
14,83%
815.885
189.513
186.647
19
SABB - SIST. ALIM. E BEBIDAS
Indústria
Alimentos
803.520
33,58%
593.219
51.227
N/D
20
VIX LOGÍSTICA
Serviços
Transportes
771.201
15,22%
703.642
48.167
117.414
21
EISA - EMP. INTERAGRÍCOLA
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
666.259
10,88%
607.766
72.852
N/D
22
BR DISTR. ES - GN
Serviços
Eletricidade e Gás
666.015
49,31%
491.592
89.753
94.794
23
VITORIA DIESEL
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
661.253
50,73%
563.673
28.774
30.060
24
UNIMED VITÓRIA
Serviços
Planos de Saúde
617.461
11,42%
597.417
4.999
7.784
25
BMC
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
572.587
386,05%
486.600
49.610
49.610
26
KURUMÁ VEÍCULOS
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
551.249
23,64%
540.429
4.314
54.545
27
UNICAFÉ
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
550.903
-12,70%
540.560
47.006
47.789
28
SERTRADING
Serviços
Serv. Importação e Exportação
533.586
51,24%
466.218
29.161
29.161
29
TRISTÃO
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
493.406
2,40%
488.625
57.905
58.498 16.070
30
HORTIFRUTI
Comércio Varejista
Comércio Varejista
451.883
12,58%
406.637
5.547
31
FRISA
Indústria
Alimentos
439.010
20,15%
411.153
15.715
21.874
32
CESAN
Indústria
Capt., Trat. Distr. Água
432.715
7,55%
408.096
98.218
118.969 14.076
33
SUP. CASAGRANDE
Comércio Varejista
Comércio Varejista
389.158
16,61%
335.779
13.186
34
UNIÃO ENGENHARIA
Indústria
Siderurgia e Metalurgia
381.296
-7,97%
301.548
-15.293
-1.421
35
CUSTODIO FORZZA
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
377.049
-8,45%
346.780
5.939
6.289
36
PERFILADOS RIO DOCE
Indústria
Siderurgia e Metalurgia
357.060
40,47%
285.998
50.236
52.821
37
PROIMPORT
Serviços
Serv. Importação e Exportação
347.756
106,76%
286.525
11.882
12.717
38
VITORIAWAGEN
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
342.303
8,03%
285.310
9.873
N/D
39
SOUZA CRUZ
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
307.600
9,54%
N/D
N/D
N/D
40
PODIUM
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
296.299
5,79%
290.110
9.684
10.156
41
RDG ACOS DO BRASIL
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
291.694
14,04%
235.418
101.643
101.653
42
CVC
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
291.528
-1,61%
256.636
6.955
5.773
43
NIBRASCO
Serviços
Arrendamento de ativos
290.660
204,35%
263.774
222.692
221.248
44
ÁGUIA BRANCA
Serviços
Transportes
258.022
7,24%
206.533
28.010
31.004
45
CONTAUTO
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
248.172
13,82%
232.429
-847
N/D
46
TRACBEL
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
234.106
60,34%
211.246
37.656
37.789
47
NICCHIO SOBRINHO CAFÉ
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
228.438
-5,74%
206.799
8.383
9.168
48
KOBRASCO
Serviços
Arrendamento de ativos
220.874
176,85%
200.443
195.075
199.227
49
INSPECTION
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
215.904
14,16%
165.156
3.348
3.348
50
TERRA NOVA
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
209.949
76,57%
149.778
3.580
N/D
156
200 Maiores
200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
an in das 200
aiores.indd 156
15/11/2011 14:0 :40
LUCRO LIQ. EX.
PATRIM. LÍQUIDO
N/D
N/D
2.247.385
1.376.923
RENTABILIDADE DAS VENDAS
LIQUIDEZ CORRENTE
ENDIVIDAMENTO GERAL
ENDIVIDAMENTO DE L. PRAZO
EMPREGADOS ES
CLASSIF. 2010
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
6.609
1
36,02%
163,22%
0,77
75,16%
39,59%
940
2
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
4.622
3
61.805
409.722
1,76%
15,08%
0,91
79,74%
14,97%
262
4
254.929
798.490
12,14%
31,93%
6,22
N/D
N/D
12
5
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
72
6
178.567
810.083
11,88%
22,04%
0,99
64,66%
33,97%
956
7
35.783
80.782
1,90%
44,30%
1,10
85,10%
0,73%
4
8
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
1.647
9
124.147
311.515
10,58%
39,85%
1,46
65,10%
23,97%
3.338
10
42.833
141.122
3,08%
30,35%
1,60
78,94%
28,72%
22
11
21.740
256.666
1,78%
8,47%
2,57
31,04%
1,72%
136
12
167.023
790.151
11,34%
21,14%
0,89
91,66%
19,61%
2.240
13
64.878
82.430
5,69%
78,71%
1,63
75,03%
16,55%
20
14
131.534
386.215
11,28%
34,06%
1,50
59,99%
5,01%
158
15
12.295
17.377
1,46%
70,75%
1,07
90,99%
1,71%
5
16
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
1.560
17
143.012
268.549
17,53%
53,25%
1,97
50,60%
4,25%
439
18
41.633
236.849
7,02%
17,58%
1,73
57,64%
28,62%
785
19
36.423
157.250
5,18%
23,16%
2,02
74,11%
52,70%
1.642
20
58.989
127.817
9,71%
46,15%
1,28
78,57%
5,03%
7
21
59.261
148.622
12,05%
39,87%
1,18
46,94%
0,79%
18
22 23
16.607
50.862
2,95%
32,65%
0,93
73,99%
1,17%
337
7.065
108.661
1,18%
6,50%
0,94
65,08%
38,25%
1.732
24
23.043
28.058
4,74%
82,13%
1,31
74,84%
2,19%
13
25 26
-1.823
37.546
-0,34%
-4,86%
1,20
69,87%
33,72%
313
31.112
232.272
5,76%
13,39%
0,14
N/D
N/D
134
27
15.225
31.868
3,27%
47,78%
1,15
86,53%
1,16%
16
28
40.037
153.288
8,19%
26,12%
0,79
56,24%
2,61%
58
29
3.352
47.270
0,82%
7,09%
1,35
62,83%
17,94%
247
30
1,94%
10,93%
1,25
60,82%
23,30%
1.164
31
15,29%
5,92%
1,07
41,55%
35,09%
1.437
32
7.986
73.034
62.413
1.053.991
9.299
53.709
2,77%
17,31%
1,30
39,39%
1,99%
1.757
33
-18.115
114.521
-6,01%
-15,82%
1,41
43,78%
2,02%
836
34
4.756
60.141
1,37%
7,91%
1,15
68,90%
0,05%
116
35
43.226
197.055
15,11%
21,94%
5,50
11,55%
2,28%
345
36
11.270
34.368
3,93%
32,79%
1,31
74,29%
4,27%
50
37
9.893
40.990
3,47%
24,13%
1,36
48,76%
15,33%
477
38
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
36
39
6.625
22.717
2,28%
29,16%
1,47
100,00%
61,42%
320
40
98.109
229.878
41,67%
42,68%
7,71
3,66%
0,32%
296
41
6.955
43.748
2,71%
15,90%
1,13
52,10%
15,85%
418
42
150.372
607.019
57,01%
24,77%
4,01
19,46%
8,46%
0
43
30.934
270.034
14,98%
11,46%
2,47
37,19%
23,57%
1.115
44
1.696
6.200
0,73%
27,36%
1,02
89,68%
17,80%
319
45
37.785
125.310
17,89%
30,15%
4,78
21,57%
0,84%
48
46
6.043
41.829
2,92%
14,45%
1,90
53,21%
3,29%
93
47
133.472
381.719
66,59%
34,97%
1,92
25,54%
1,59%
0
48
2.054
17.643
1,24%
11,64%
1,26
76,79%
0,00%
4
49
2.278
5.279
1,52%
43,16%
1,16
90,64%
8,06%
6
50
200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
200 Maiores
RENTABILIDADE DO PATRIM. LIQ.
an in das 200
aiores.indd 15
157
15/11/2011 14:0 :54
RANKING DAS 200 MAIORES EMPRESAS Ranking segundo Receita Operacional Bruta no Espírito Santo (valores em R$ milhares) CLASSIF. 2010
EMPRESA
SETOR
ATIVIDADE
REC. OP. BRUTA
VAR. ROB. 10/09 %
REC. OP. LIQ.
LUCRO OPERACIONAL
EBITDA
51
FORTLEV
Indústria
Produtos de Borracha e Plástico
206.902
39,74%
148.497
22.431
52
SELITA
Indústria
Alimentos
199.121
9,67%
180.514
5.113
30.560 7.400
53
LUVEP VOLVO
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
180.590
111,51%
156.536
9.905
10.229 20.291
54
CORREIOS
Serviços
Telecomunicações
178.510
6,13%
178.104
20.291
55
SÃO BERNARDO SAÚDE
Serviços
Planos de Saúde
177.062
38,49%
163.663
31.053
2.057
56
EMP. LUZ E FORÇA STA. MARIA
Serviços
Eletricidade e Gás
173.939
17,80%
115.802
25.891
30.464
57
CLAC
Serviços
Serv. Importação e Exportação
164.317
-2,33%
125.906
-23
333
58
TVV
Serviços
Gestão de Portos e Terminais
163.194
27,10%
144.426
56.456
62.781
59
BRASCOMEX
Serviços
Serv. Importação e Exportação
162.792
17,56%
139.140
399
1.057
60
BIANCOGRÊS
Indústria
Ind. Min. Não-Metálicos
161.852
20,19%
124.156
20.550
30.828
61
ELKEM
Indústria
Química e Petroquímica
156.999
24,99%
121.102
21.008
27.180
62
BRAMETAL
Indústria
Siderurgia e Metalurgia
156.644
14,03%
143.633
19.499
19.369
63
CEDISA
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
156.421
34,92%
120.628
14.834
14.834
64
LOJAS SIPOLATTI
Comércio Varejista
Comércio Varejista
154.068
20,96%
117.771
1.530
4.507
65
DIEVO
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
152.604
124,81%
122.394
6.122
8.811
66
FULL TRADING
Serviços
Serv. Importação e Exportação
146.595
44,41%
110.119
4.231
7.736
67
LORENGE
Indústria
Indústria da Construção
144.342
11,02%
128.100
34.272
36.054
68
DACASA
Serviços
Serv. Financeiros e Seguros
140.959
22,91%
140.959
49.581
52.030
69
COOABRIEL
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
140.397
51,85%
125.432
1.062
1.604
70
SUPERMERCADO PERIM
Comércio Varejista
Comércio Varejista
133.265
113,85%
113.128
6.316
N/D
71
POLTEX
Indústria
Têxteis
123.210
-12,50%
88.215
-19.621
-13.366 8.996
72
CONCREVIT
Indústria
Indústria da Construção
122.640
3,12%
115.929
8.199
73
COOPEAVI
Comércio Varejista
Comércio Varejista
122.299
10,72%
119.153
4.940
6.715
74
ODEBRECHT
Indústria
Indústria da Construção
121.124
-35,65%
111.836
-18.710
-18.710
75
BUAIZ ALIMENTOS
Indústria
Alimentos
118.214
-6,45%
107.765
1.132
N/D
76
CPVV
Serviços
Gestão de Portos e Terminais
115.487
77,82%
101.194
3.236
33.944
77
BANESTES SEGUROS
Serviços
Serv. Financeiros e Seguros
109.299
6,24%
109.299
15.372
15.383
78
SOL COQUERIA
Indústria
Siderurgia e Metalurgia
107.868
-89,98%
97.890
30.132
86.759 4.572
79
VILA PORTO
Serviços
Serv. Importação e Exportação
106.857
30,66%
77.152
4.572
80
UNIMED SUL CAPIXABA
Serviços
Planos de Saúde
104.723
13,54%
103.411
-671
864
81
FIESA
Indústria
Têxteis
100.500
13,73%
76.744
-492
4.211
82
SUPERGASBRAS
Comércio Atacadista
Eletricidade e Gás
100.478
6,43%
81.070
-944
69
83
MERCOCAMP
Serviços
Serv. Importação e Exportação
99.337
486,68%
74.381
611
1.425 83.931
84
ITABRASCO
Serviços
Arrendamento de Ativos
97.466
93,95%
88.450
81.486
85
SUP. SANTO ANTONIO
Comércio Varejista
Comércio Varejista
95.550
19,38%
83.154
1.028
1.747
86
PORTOCEL
Serviços
Gestão de Portos e Terminais
93.257
12,41%
82.699
13.500
18.252 N/D
87
JSL
Serviços
Transportes
92.180
34,53%
N/D
N/D
88
VIMINAS
Indústria
Ind. Min. Não-Metálicos
92.160
36,82%
66.170
13.406
N/D
89
REALCAFÉ
Indústria
Alimentos
90.702
-18,80%
84.598
-5.847
-1.159
90
VESSA
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
89.503
14,91%
86.838
1.936
894
91
WHITE MARTINS
Indústria
Química e Petroquímica
89.301
-3,89%
72.199
N/D
N/D
92
SAMP ES
Serviços
Planos de Saúde
87.785
17,31%
86.399
3.983
4.014 12.033
93
CODESA
Serviços
Gestão de Portos e Terminais
86.196
22,85%
75.097
7.311
94
SPASSU TECNOLOGIA
Serviços
Tecnologia da Informação
85.074
23,13%
80.212
987
1.092
95
AFECC - HOSP. STA. RITA
Serviços
Atendimento Hospitalar
83.045
11,17%
83.527
83.527
21.210 4.325
96
VENEZA
Indústria
Alimentos
82.368
27,62%
77.816
2.711
97
TERVAP
Indústria
Indústria da Construção
82.147
129,96%
82.059
61.203
N/D
98
USINA PAINEIRAS
Indústria
Alimentos
81.806
-3,54%
71.141
-9.666
12.487
99
UNIMAR
Serviços
Transportes
81.241
15,27%
75.089
-3.133
11.999
100
PANAN MOVEIS
Indústria
Móveis
79.060
32,92%
58.348
3.457
6.789
158
200 Maiores
200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
an in das 200
aiores.indd 15
15/11/2011 14:0 :12
LUCRO LIQ. EX.
PATRIM. LÍQUIDO
RENTABILIDADE DAS VENDAS
LIQUIDEZ CORRENTE
ENDIVIDAMENTO GERAL
ENDIVIDAMENTO DE L. PRAZO
EMPREGADOS ES
CLASSIF. 2010
20.049
99.087
13,50%
20,23%
5,14
N/D
N/D
416
51
4.504
29.906
2,50%
15,06%
1,84
56,64%
25,24%
465
52
5.174
14.256
3,31%
36,29%
1,40
66,91%
4,94%
20.291
20.291
11,39%
100,00%
1,33
N/D
N/D
120
53
2.084
54
1.889
8.398
1,15%
22,49%
1,36
82,95%
27,18%
267
55
18.724
86.656
16,17%
21,61%
1,25
42,95%
19,17%
332
56
164
8.839
0,13%
1,86%
0,90
90,80%
0,92%
4
57
38.838
112.591
26,89%
34,49%
3,24
26,08%
17,13%
380
58
1.688
0,29%
23,67%
0,60
79,92%
0,63%
16
59
70.301
13,54%
23,92%
3,06
43,16%
22,38%
314
60
399 16.815 16.438
77.018
13,57%
21,34%
4,23
35,46%
23,08%
205
61
17.372
82.789
12,09%
20,98%
1,76
44,62%
3,42%
521
62
9.618
57.664
7,97%
16,68%
3,95
24,37%
1,58%
137
63
3.087
8.911
2,62%
34,64%
1,39
73,22%
5,07%
759
64
4.355
6.034
3,56%
72,17%
1,16
85,42%
0,58%
2
65
3.074
11.310
2,79%
27,18%
1,25
79,04%
1,89%
21
66
30.521
148.150
23,83%
20,60%
2,52
43,47%
17,10%
519
67
29.163
107.418
20,69%
27,15%
1,93
64,65%
14,44%
160
68
966
12.949
0,77%
7,46%
1,10
82,75%
0,38%
113
69
6.316
41.978
5,58%
15,05%
2,59
47,27%
9,72%
407
70
-21.280
96.295
-24,12%
-22,10%
0,84
63,95%
30,80%
549
71
5.573
22.190
4,81%
25,12%
1,35
50,51%
16,58%
198
72
4.650
44.721
3,90%
10,40%
1,71
45,05%
11,64%
315
73
-18.755
8.465
-16,77%
-221,56%
1,33
N/D
N/D
583
74
59.648
1,05%
1,90%
0,78
66,09%
36,55%
368
75 76
1.132 22.831
45.677
22,56%
49,98%
1,60
38,63%
5,41%
130
10.537
75.986
9,64%
13,87%
1,54
53,29%
2,17%
94
77
36.485
1.352.550
37,27%
2,70%
0,33
10,17%
2,07%
0
78
3.763
8.029
4,88%
46,87%
1,26
94,70%
23,13%
105
79
-1.003
15.654
-0,97%
-6,41%
1,40
69,52%
34,37%
530
80
-2.399
159.756
-3,13%
-1,50%
2,70
24,50%
12,08%
369
81
-3.004
16.009
-3,71%
-18,77%
0,99
43,90%
11,52%
200
82
1.510
0,57%
28,28%
1,77
97,15%
56,22%
21
83
268.116
66,40%
21,91%
2,87
24,62%
15,78%
0
84
427 58.733 494
3.429
0,59%
14,40%
1,15
86,55%
20,15%
950
85
8.829
47.871
10,68%
18,44%
0,61
65,09%
37,64%
306
86
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
645
87
13.290
35.652
20,08%
37,28%
2,59
24,67%
3,51%
354
88
-3.117
55.186
-3,68%
-5,65%
0,63
60,53%
10,99%
288
89
545
9.893
0,63%
5,51%
1,17
63,17%
1,42%
149
90
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
63
91
2.516
7.228
2,91%
34,81%
1,01
74,02%
28,53%
143
92
2.956
96.976
3,94%
3,05%
3,31
56,93%
46,82%
393
93
1.273
0,70%
44,19%
1,03
91,71%
4,24%
117
94
17.265
71.185
20,67%
24,25%
1,40
35,32%
8,44%
1.174
95
1.549
20.939
1,99%
7,40%
1,17
55,99%
22,35%
315
96
562
57.901
160.438
70,56%
36,09%
11,45
2,36%
0,46%
125
97
-8.272
100.903
-11,63%
-8,20%
1,34
71,23%
57,41%
503
98
-2.374
27.044
-3,16%
-8,78%
0,38
58,52%
26,48%
1.462
99
3.457
8.148
5,93%
42,43%
1,11
75,97%
7,29%
352
100
200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
200 Maiores
RENTABILIDADE DO PATRIM. LIQ.
an in das 200
aiores.indd 15
159
15/11/2011 14:0 :31
RANKING DAS 200 MAIORES EMPRESAS Ranking segundo Receita Operacional Bruta no Espírito Santo (valores em R$ milhares) CLASSIF. 2010
EMPRESA
SETOR
ATIVIDADE
REC. OP. BRUTA
VAR. ROB. 10/09 %
REC. OP. LIQ.
LUCRO OPERACIONAL
EBITDA
101
ITACAR CARROS
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
78.444
13,09%
69.704
2.402
N/D
102
FOZ DO BRASIL
Indústria
Capt., Trat. Distr. Água
77.360
68,96%
73.133
13.562
17.384
103
IND. e COM. QUIMETAL
Serviços
Serv. Importação e Exportação
76.259
5,37%
58.811
8.789
8.789
104
CHEIM
Serviços
Transportes
75.666
14,25%
69.716
-5.441
-2.568
105
BANDES
Serviços
Serv. Financeiros e Seguros
75.619
12,83%
42.662
10.939
16.236
106
CONTEK ENGENHARIA
Indústria
Indústria da Construção
74.953
24,36%
70.732
15.242
19.543 3.054
107
REFRIGERANTES COROA
Indústria
Bebidas
74.786
18,70%
49.449
1.660
108
VISEL
Serviços
Vigilância e Segurança
73.275
19,65%
66.963
8.333
8.333
109
KIFRANGO
Indústria
Alimentos
73.211
38,11%
65.879
-12.832
-5.369
110
TV GAZETA
Serviços
Informação e Comunicação
72.543
12,47%
68.954
12.604
16.047
111
ALLMAX TRADING
Serviços
Serv. Importação e Exportação
72.243
304,35%
57.040
2.256
2.215
112
HOSPITAL EVANGÉLICO
Serviços
Atendimento Hospitalar
70.532
46,47%
70.461
1.698
4.023
113
VITÓRIA MOTORS
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
70.008
30,94%
68.271
-317
N/D
114
DIAÇO
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
69.470
2,38%
55.822
4.691
4.952 2.031
115
METALOSA
Indústria
Siderurgia e Metalurgia
67.897
11,29%
53.040
1.477
116
HOSPITAL MERIDIONAL
Serviços
Atendimento Hospitalar
67.312
29,65%
64.106
5.475
N/D
117
VENAC
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
66.968
139,99%
59.829
6.045
7.575
118
ALCON
Indústria
Química e Petroquímica
64.502
-8,10%
60.946
14.297
14.297
119
A GAZETA
Serviços
Informação e Comunicação
64.381
-1,21%
59.434
1.557
2.401
120
VIAÇÃO PRAIA SOL
Serviços
Transportes
64.022
7,44%
61.685
2.940
N/D
121
RIMO MÓVEIS
Indústria
Móveis
63.495
26,59%
45.265
-4.234
-2.366
122
VITÓRIA APART HOSPITAL
Serviços
Atendimento Hospitalar
62.544
22,56%
59.793
11.528
3.493
123
RODOSOL
Serviços
Concessionária de Rodovias
61.375
5,93%
56.056
24.872
33.412
124
SUPERM. PORTO NOVO
Comércio Varejista
Comércio Varejista
60.753
4,17%
56.396
396
911
125
MARBRASA
Indústria
Ind. Min. Não-Metálicos
59.484
-5,63%
52.510
3.310
5.193
126
PROSEGUR
Serviços
Vigilância e Segurança
59.461
25,67%
54.633
N/D
N/D
127
MORAR
Indústria
Indústria da Construção
58.967
-35,20%
55.956
6.483
16.249
128
AUTOVIL
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
58.763
-15,27%
57.965
447
447
129
UNIMED NOROESTE
Serviços
Planos de Saúde
57.562
3,92%
56.591
-555
9
130
SERDEL
Serviços
Serv. Limpeza e Conservação
57.051
21,03%
49.749
9.915
10.421
131
SIDERURGICA IBIRAÇU
Indústria
Siderurgia e Metalurgia
56.549
26,07%
48.315
-763
-763
132
ELSON'S
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
55.691
11,56%
40.605
782
3.165
133
ESTRUTURAL
Indústria
Indústria da Construção
55.550
23,53%
52.516
6.040
6.940
134
COSENTINO LATINA
Indústria
Ind. Min. Não-Metálicos
54.769
23,83%
49.468
2.892
8.427
135
CORPUS
Serviços
Coleta, Trat. e Disp. Resíduos
54.294
0,81%
46.534
N/D
N/D
136
SICOOB LESTE CAPIXABA
Serviços
Serv. Financeiros e Seguros
53.216
156,31%
10.124
10.124
11.727
137
METSO
Serviços
Manut. Máq. e Equipamentos
53.008
-30,11%
N/D
N/D
N/D
138
CAFEEIRA STOCKL
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
51.710
-3,42%
47.561
3.377
3.377
139
SANTA FÉ TRADING
Serviços
Serv. Importação e Exportação
50.805
39,55%
40.234
993
993
140
TERCA
Serviços
Logística
50.684
-2,34%
40.328
6.823
9.997
141
ACP MÓVEIS
Indústria
Móveis
50.301
44,51%
37.264
5.422
N/D
142
PARANAPANEMA
Indústria
Siderurgia e Metalurgia
49.797
13,02%
37.910
3.408
3.408
143
VILA VELHA HOSPITAL
Serviços
Atendimento Hospitalar
49.545
31,51%
46.920
1.362
4.567
144
VAMTEC VITÓRIA
Indústria
Siderurgia e Metalurgia
49.358
26,41%
40.773
2.828
2.828
145
VIGSERV
Serviços
Vigilância e Segurança
48.674
45,93%
44.626
4.974
N/D
146
HOSPITAL METROPOLITANO
Serviços
Atendimento Hospitalar
47.440
12,37%
43.490
5.134
6.311
147
UNIMED NORTE
Serviços
Planos de Saúde
47.029
13,12%
45.575
-553
616
148
MARCA CAFÉ
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
46.796
2,68%
46.235
2.400
2.974
149
DAMARE
Indústria
Alimentos
46.390
48,50%
44.993
6.637
6.909
150
ATACADO SÃO PAULO
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
45.653
20,79%
41.541
2.688
2.688
160
200 Maiores
200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
an in das 200
aiores.indd 160
15/11/2011 14:0 :55
LUCRO LIQ. EX.
PATRIM. LÍQUIDO
RENTABILIDADE DAS VENDAS
LIQUIDEZ CORRENTE
ENDIVIDAMENTO GERAL
ENDIVIDAMENTO DE L. PRAZO
EMPREGADOS ES
CLASSIF. 2010
1.662
22.662
2,38%
7,33%
1,84
52,55%
15,14%
145
101
9.443
76.446
12,91%
12,35%
1,45
34,06%
26,68%
202
102
7.781
19.369
13,23%
40,18%
2,12
63,64%
42,83%
44
103
475
12.104
0,68%
3,92%
1,10
87,21%
32,74%
369
104
11.807
140.993
27,68%
8,37%
1,27
83,42%
57,75%
200
105
12.974
41.610
18,34%
31,18%
7,83
22,27%
12,02%
319
106
1.289
10.232
2,61%
12,60%
0,69
82,93%
32,62%
238
107
4.081
6.884
6,09%
59,28%
1,64
59,56%
0,22%
2.282
108
-12.832
6.678
-19,48%
-192,14%
0,35
90,95%
45,47%
636
109
13.497
62.973
19,57%
21,43%
5,05
12,15%
0,06%
307
110
1.012
1.702
1,77%
59,46%
0,98
86,34%
0,57%
29
111
1.698
6.667
2,41%
25,47%
0,93
80,18%
20,01%
1.002
112
385
-0,46%
-82,34%
0,82
98,28%
23,56%
52
113
44.566
5,39%
6,75%
6,57
9,81%
0,21%
108
114
1.077
16.733
2,03%
6,43%
2,10
42,19%
3,15%
290
115
3.300
26.743
5,15%
12,34%
0,45
50,27%
15,95%
613
116
-317 3.007
5.399
16.475
9,02%
32,77%
3,08
22,40%
1,40%
93
117
11.392
69.042
18,69%
16,50%
2,93
28,18%
13,93%
219
118
1.883
24.932
3,17%
7,55%
3,34
26,92%
4,83%
716
119
562
2.648
0,91%
21,24%
0,14
93,39%
49,43%
1.187
120
-4.235
8.748
-9,36%
-48,41%
0,98
75,40%
19,00%
260
121
-1.371
57.696
-2,29%
-2,38%
0,75
43,24%
30,98%
1.007
122 123
16.545
53.641
29,52%
30,84%
0,25
17,78%
3,50%
256
638
5.692
1,13%
11,20%
1,42
N/D
N/D
497
124
98
14.361
0,19%
0,68%
0,89
73,65%
21,41%
399
125
1.607
126
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
5.131
38.833
9,17%
13,21%
2,68
69,26%
37,75%
152
127
330
3.529
0,57%
9,34%
0,87
64,81%
0,31%
116
128
9.160
10.591
16,19%
86,48%
0,58
74,01%
36,43%
297
129
6.646
24.540
13,36%
27,08%
3,74
34,96%
11,77%
3.378
130
-1.129
10.253
-2,34%
-11,01%
1,14
76,41%
5,35%
155
131
567
6.458
1,40%
8,78%
1,05
N/D
N/D
257
132
4.007
10.631
7,63%
37,69%
2,19
39,60%
5,88%
734
133
1.601
65.642
3,24%
2,44%
3,43
20,80%
3,45%
99
134
N/D 9.948
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
1.700
135
63.467
98,27%
15,68%
1,06
77,57%
9,18%
144
136
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
49
137
1.244
5.428
2,62%
22,92%
8,16
16,07%
6,06%
6
138
1.550
1,69%
43,83%
16,96
90,19%
84,30%
3
139
5.045
64.997
12,51%
7,76%
0,85
26,75%
18,80%
169
140
3.603
9.952
9,67%
36,20%
1,49
62,33%
14,84%
215
141
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
155
142
-1.814
16.914
-3,87%
-10,73%
0,48
72,44%
22,53%
834
143
1.570
8.288
3,85%
18,94%
1,59
68,43%
27,08%
147
144
679
N/D
1.848
3.881
4,14%
47,61%
2,09
91,07%
60,27%
1.645
145
1.399
19.079
3,22%
7,33%
1,02
67,20%
27,30%
495
146
-194
4.854
-0,43%
-4,01%
1,05
74,22%
34,14%
196
147
1.985
17.495
4,29%
11,35%
1,62
54,90%
1,41%
15
148
3.174
6.244
7,06%
50,84%
0,55
N/D
N/D
212
149
2.688
3.054
6,47%
88,03%
1,11
N/D
N/D
122
150
200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
200 Maiores
RENTABILIDADE DO PATRIM. LIQ.
an in das 200
aiores.indd 161
161
15/11/2011 14:0 :1
RANKING DAS 200 MAIORES EMPRESAS Ranking segundo Receita Operacional Bruta no Espírito Santo (valores em R$ milhares) CLASSIF. 2010
EMPRESA
SETOR
ATIVIDADE
REC. OP. BRUTA
VAR. ROB. 10/09 %
REC. OP. LIQ.
LUCRO OPERACIONAL
EBITDA
151
SICOOB SUL SERRANO
Serviços
Serv. Financeiros e Seguros
45.101
24,23%
7.717
7.717
152
FIBRASA SUDESTE
Indústria
Produtos de Borracha e Plástico
44.863
N/D
30.845
1.099
5.363 N/D
153
SICOOB NORTE
Serviços
Serv. Financeiros e Seguros
42.942
18,00%
3.564
3.564
5.447
154
ESPIRAL ENGENHARIA
Serviços
Locação de Máq. Equip. p/ Const.
42.527
62,32%
40.843
9.994
10.499
155
HIPER EXPORT
Serviços
Logística
42.398
-1,43%
40.142
-1.022
1.825
156
VIAÇÃO TABUAZEIRO
Serviços
Transportes
41.652
18,08%
29.342
13.658
13.658
157
SM SAUDE
Serviços
Planos de Saúde
40.815
29,31%
41.700
1.131
1.131
158
VIACAO JOANA D´ARC
Serviços
Transportes
40.575
7,12%
37.687
7.676
7.676 2.540
159
ELETROMIL
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
40.301
31,48%
37.339
2.540
160
TIME-NOW ENGENHARIA
Serviços
Serv. de Engenharia
40.050
28,02%
34.567
341
626
161
TRANSFINAL
Serviços
Transportes
39.960
9,66%
34.906
3.325
9.640
162
MC KINLAY
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
39.928
19,60%
38.288
885
N/D
163
CIMOL
Indústria
Móveis
39.866
46,52%
30.136
1.367
1.434
164
SICOOB SUL
Serviços
Serv. Financeiros e Seguros
39.780
15,91%
8.097
8.097
8.753
165
STA. CASA CACHOEIRO
Serviços
Atendimento Hospitalar
39.578
60,00%
38.824
3.998
3.998
166
FACULDADE UNIVIX
Serviços
Ensino
38.447
21,60%
37.105
11.343
11.343
167
ATLÂNTICA VEÍCULOS
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
37.833
-41,44%
36.091
628
701
168
SICOOB CENTRAL
Serviços
Serv. Financeiros e Seguros
37.686
37,41%
1.466
1.466
3.017
169
DECOLORES MARM. GRANITOS
Indústria
Ind. Min. Não-Metálicos
37.269
32,68%
36.373
9.649
N/D
170
FACULDADE SALESIANA
Serviços
Ensino
36.709
8,83%
32.744
2.123
N/D
171
COFRIL
Indústria
Alimentos
36.298
43,60%
32.482
691
1.114
172
PW BRASIL
Indústria
Vestuário
35.751
24,29%
29.969
6.030
6.841
173
TV VITÓRIA
Serviços
Informação e Comunicação
34.934
51,38%
33.630
7.760
N/D
174
NUTRIGAS
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
34.773
-1,81%
27.397
-10.227
-7.708
175
GS INTERNACIONAL
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
34.383
18,01%
23.005
190
792
176
LASA
Indústria
Química e Petroquímica
33.538
34,11%
30.469
698
11.177
177
POLITINTAS
Comércio Varejista
Comércio Varejista
33.397
2,43%
28.676
1.323
638
178
BONNO
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
33.279
53,44%
29.711
4.080
7.992
179
UNIMED PIRAQUEAÇU
Serviços
Planos de Saúde
32.083
9,51%
31.755
478
666
180
NACIONAL AUTO PEÇAS
Comércio Varejista
Comércio Varejista
31.866
-5,27%
31.617
6.813
6.873 4.318
181
CSV
Serviços
Manut. Máq. e Equipamentos
31.757
257,18%
27.365
4.136
182
TRIESTE VEÍCULOS
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
30.573
-9,11%
30.152
527
610
183
AST COM. INT.
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
30.503
-12,20%
25.723
-127
-116
184
MATRICIAL
Indústria
Indústria da Construção
30.123
-7,90%
27.844
4.479
N/D
185
EMBALI
Indústria
Produtos de Borracha e Plástico
30.103
7,75%
23.522
498
1.409
186
BUTERI COM. REPR.
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
29.992
-19,54%
27.648
2.750
2.644
187
SHOPPING VITÓRIA
Serviços
Adm. Shopping Centers
29.920
24,04%
28.841
18.056
20.727
188
VIAÇÃO GRANDE VITÓRIA
Serviços
Transportes
29.898
-3,45%
27.927
18.018
22.914
189
GRANVITUR
Serviços
Transportes
29.610
14,79%
27.271
1.755
3.952
190
CASTEL / CASAS SANTA TEREZINHA
Comércio Varejista
Comércio Varejista
28.241
4,60%
19.868
146
1.124
191
ORGBRISTOL
Serviços
Alojamento e Alimentação
28.074
15,50%
N/D
N/D
N/D
192
TRANSCAMPO
Serviços
Transportes
28.059
36,62%
22.768
477
3.636
193
SÃO BERNARDO APART HOSP.
Serviços
Atendimento Hospitalar
27.579
21,57%
25.659
423
2.888
194
AMBITEC
Serviços
Coleta, Trat. e Disp. Resíduos
27.265
-0,36%
24.212
1.696
2.451
195
TRACOMAL MINERAÇAO
Indústria
Mineração
27.065
32,52%
24.912
-2.485
170
196
ISH
Serviços
Tecnologia da Informação
26.960
13,68%
23.762
750
1.081
197
CAFENORTE
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
26.956
10,30%
26.549
4.660
4.729
198
SICOOB CENTRO-SERRANO
Serviços
Serv. Financeiros e Seguros
26.754
13,84%
3.679
5.696
3.093
199
TEGMA
Serviços
Logística
26.230
11,96%
N/D
N/D
N/D
200
CETURB-GV
Serviços
Ger. Transp. Coletivo
25.956
16,65%
25.004
-135
723
162
200 Maiores
200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
an in das 200
aiores.indd 162
15/11/2011 14:0 :35
LUCRO LIQ. EX. 7.564 19
PATRIM. LÍQUIDO
RENTABILIDADE DAS VENDAS
62.494
98,02%
12,10%
1,16
73,17%
2,88%
177
151
11.178
0,06%
0,17%
1,22
60,44%
19,98%
271
152
LIQUIDEZ CORRENTE
ENDIVIDAMENTO GERAL
ENDIVIDAMENTO DE L. PRAZO
EMPREGADOS ES
CLASSIF. 2010
3.254
59.788
91,31%
5,44%
1,22
75,04%
6,37%
174
153
5.096
18.487
12,48%
27,57%
5,39
39,28%
27,87%
580
154
-1.307
26.818
-3,26%
-4,88%
1,03
57,31%
32,24%
346
155
197
3.942
0,67%
4,99%
1,07
75,30%
50,22%
621
156
529
2.843
1,27%
18,61%
1,21
81,87%
20,81%
143
157
5.890
31.727
15,63%
18,56%
3,01
31,69%
19,35%
771
158
2.540
11.275
6,80%
22,53%
2,30
36,69%
2,89%
106
159
-660
2.730
-1,91%
-24,17%
1,13
75,42%
3,29%
175
160
2.806
13.905
8,04%
20,18%
2,59
49,74%
36,11%
590
161
34
15.033
0,09%
0,23%
1,83
46,02%
0,00%
13
162
1.145
4.113
3,80%
27,84%
1,27
61,63%
12,16%
138
163
7.947
52.598
98,14%
15,11%
1,08
76,54%
2,88%
123
164
3.998
9.732
10,30%
41,08%
0,78
77,99%
56,22%
745
165
11.148
17.487
30,05%
63,75%
1,70
26,76%
2,60%
364
166
627
1,74%
100,11%
1,22
95,12%
27,98%
162
167
1.430
28.584
97,50%
5,00%
0,93
92,88%
0,71%
47
168
628 8.392
34.760
23,07%
24,14%
3,53
23,60%
3,53%
90
169
2.123
37.065
6,48%
5,73%
1,24
19,66%
3,11%
1.259
170
456
3.349
1,40%
13,62%
0,84
65,28%
7,21%
238
171
5.976
21.768
19,94%
27,45%
1,09
42,57%
2,03%
412
172 173
6.876
34.674
20,45%
19,83%
1,28
35,28%
24,18%
222
-7.022
58.384
-25,63%
-12,03%
1,10
15,22%
10,94%
60
174
11.203
0,43%
0,89%
1,53
54,64%
21,11%
82
175 176
100 -2.521
75.885
-8,27%
-3,32%
0,37
48,90%
41,32%
952
11.428
22.768
39,85%
50,19%
2,59
16,97%
2,47%
162
177
2.778
8.900
9,35%
31,21%
1,99
47,20%
8,03%
102
178
294
4.378
0,93%
6,72%
1,64
77,42%
46,49%
68
179
6.456
14.289
20,42%
45,18%
1,52
N/D
N/D
80
180
2.264
2.306
8,27%
98,19%
1,50
77,97%
29,49%
303
181
421
4.231
1,40%
9,96%
1,39
51,62%
8,18%
71
182
-260
469
-1,01%
-55,50%
1,32
97,43%
37,73%
15
183
3.723
11.485
13,37%
32,42%
2,16
N/D
N/D
566
184
4
3.263
0,02%
0,12%
1,00
71,06%
12,09%
277
185
1.618
19.261
5,85%
8,40%
4,33
19,43%
2,79%
30
186
15.051
36.245
52,19%
41,53%
0,42
47,69%
24,07%
9
187
18.448
41.744
66,06%
44,19%
0,70
51,57%
46,17%
717
188
640
4,25%
180,86%
0,30
94,90%
56,53%
514
189
-4.462
0,60%
-2,66%
0,83
123,77%
19,02%
315
190
1.158 119 N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
322
191
385
6.722
1,69%
5,73%
2,33
51,78%
39,28%
157
192
-1.525
36.554
-5,94%
-4,17%
0,86
42,91%
26,79%
313
193
1.428
12.516
5,90%
11,41%
2,26
27,04%
9,85%
522
194
-2.145
15.157
-8,61%
-14,15%
1,82
72,82%
36,38%
164
195
105
2.065
0,44%
5,08%
1,46
94,81%
54,46%
63
196
3.210
3,49%
28,86%
0,72
75,50%
4,90%
14
197
30.928
96,82%
11,52%
1,08
78,36%
7,63%
110
198
927 3.562
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
226
199
-3.966
-2,62%
16,52%
3,15
104,97%
101,29%
207
200
N/D -655
200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
200 Maiores
RENTABILIDADE DO PATRIM. LIQ.
an in das 200
aiores.indd 163
163
15/11/2011 14:0 :0
RANKING | PARTICIPAÇÃO SETORIAL DAS EMPRESAS
A
distribuição das empresas que compõem o ranking das 200 maiores empresas no Espírito Santo em 2010 foi realizada de acordo com a participação em seus setores de atividade. A distribuição por setor, quando comparada às 200 maiores empresas em 2009, mostra uma queda na participação dos segmentos de comércio e indústria, em detrimento do crescimento da área de serviços. Os resultados apurados evidenciaram a liderança do setor serviços, tanto em número de empresas quanto em faturamento, sendo representado por 88 empresas (44% das 200 maiores). Somente no Espírito Santo, tais empresas foram responsáveis por R$ 20,1 bilhões, ou 26,1% do total da receita no Estado. Tais empresas geraram no Estado 46.161 empregos em 2010, contra 38.738 em 2009, um aumento de 19,2%. A relação receita bruta por empregado foi de R$ 319 mil no ano de 2009, contra R$ 435 mil em 2010, 36,4% de aumento. A segunda maior participação, em número de empresas, foi do setor industrial, representado por 57 estabelecimentos, ou seja, 28,5% das 200 maiores. Porém, no Espírito Santo, essas empresas continuam apresentando o maior faturamento entre os setores. As empresas industriais foram responsáveis R$ 39,6 bilhões, ou 51,5% da Receita Operacional Bruta gerada no Estado, ou 33,6% maior do que a receita operacional bruta de 2009. Também proporcionou empregos diretos num total de 36.629, que correspondem a 39,1% do total de postos de trabalho das 200 maiores empresas no Estado. Esses dados mostram uma relação Receita Operacional Bruta por empregado de R$ 1,08 milhão por empregado, 68,3% superior ao ano anterior. O setor comercial, representado por 55 empresas (27,5%), gerou uma receita bruta de R$ 17,2 bilhões (22,4%) e ofertou 10.994 empregos diretos (11,7%) em 2010. O faturamento bruto por empregado ficou em R$ 1,6 milhão.
164
200 Maiores 2011_ an in _ ar ici a
Participação das empresas por setor Serviços 44,5%
Indústria 28,0%
Comércio 27,5%
Participação do número de empregados por setor Serviços 49,4%
Indústria 38,9%
Comércio 11,7%
É válido ressaltar que não há registros de empresas do setor agropecuário no ranking das 200 maiores empresas no Espírito Santo em 2010. As informações consolidadas dos setores totalizaram uma Receita Bruta de R$ 76,8 bilhões e um efetivo de 93.794 trabalhadores em 2010. Esses resultados indicam um faturamento bruto por empregado de R$ 819 mil.
200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
o se oria da e
resas_
I.indd 164
15/11/2011 13:54:26
CONSOLIDAÇÃO DAS 200 MAIORES EMPRESAS - 2010 Segundo Receita Operacional Bruta (ROB) no ES - valores em R$ milhares SETOR DE ATIVIDADE
NÚMERO DE EMPRESAS
Indústria
REC. OP. BRUTA
LUCRO OPERACIONAL*
LUCRO LIQ. EX.*
PATRIM. LÍQUIDO*
EMPREGADOS NO ES
REC. OP. BR. POR EMPREG.
57
39.572.820
4.742.770
3.068.503
7.590.442
36.629
Ind. de Alimentos
12
4.828.041
444.854
303.373
1.172.799
8.751
1.080,37 551,71
Ind. de Bebidas
1
74.786
1.660
1.289
10.232
238
314,23
Ind. de Captação, Trat. Distr. Água
2
510.075
111.780
71.856
1.130.437
1.639
311,21
Indústria de Min. Não Metálicos
5
405.534
49.809
40.195
220.715
1.256
322,88
Indústria da Construção
8
689.846
117.210
101.076
441.800
3.196
215,85
Indústria de Mineração
4
19.465.970
3.704.384
2.376.774
1.778.295
7.871
2.473,13
Indústria de Móveis
4
232.722
6.012
3.970
30.961
965
241,16
Indústria de Papel e Celulose
1
2.176.263
N/D
N/D
N/D
1.647
1.321,35
Ind. de Produtos de Borracha e Plástico
3
281.868
24.027
20.073
113.528
964
292,39
Ind. de Química e Petroquímica
5
3.930.514
205.592
87.114
631.667
1.701
2.310,71
Ind. de Siderurgia e Metalurgia
9
6.717.740
91.524
80.486
1.782.190
7.071
950,04
Indústria Têxtil
2
223.710
-20.113
-23.679
256.050
918
243,69
Indústria Vestuário
1
35.751
6.030
5.976
21.768
412
86,78
55
17.173.301
928.562
702.649
2.886.491
10.994
1.562,06
Com. Atacadista
30
12.636.057
802.931
600.238
2.365.163
2.311
5.467,79
Com. Varejista
25
4.537.244
125.631
102.411
521.328
8.683
522,54
88
20.065.678
2.033.921
1.374.381
5.884.456
46.161
434,69
29.920
18.056
15.051
36.245
9
3.324,49 87,19
Comércio
Serviço Adm. de Shopping Centers
1
Alojamento e Alimentação
1
28.074
N/D
N/D
N/D
322
Arrendamento de Ativos
3
609.000
499.253
342.577
1.256.853
0
-
Atendimento Hospitalar
8
447.574
113.146
22.951
244.569
6.183
72,39
Coleta, Trat. e Disp. Resíduos
2
81.560
1.696
1.428
12.516
2.222
36,71
Concessionária de Rodovias
1
61.375
24.872
16.545
53.641
256
239,74 2.574,83
Eletricidade e Gás
3
3.362.732
368.698
256.552
1.045.361
1.306
Ensino
2
75.156
13.466
13.271
54.552
1.623
46,31
Ger. Transp. Coletivo
1
25.956
-135
-655
-3.966
207
125,39
Gestão de Portos e Terminais
4
458.134
80.502
73.454
303.116
1.209
378,94
Informação e Comunicação
3
171.858
21.921
22.256
122.579
1.245
138,04
Locação de Máq. Equip. p/ Const.
1
42.527
9.994
5.096
18.487
580
73,32
Logística
3
119.312
5.801
3.738
91.815
741
161,01
Manut. Máq. e Equipamentos
2
84.764
4.136
2.264
2.306
352
240,81
Planos de Saúde
8
1.164.520
39.866
20.256
162.607
3.376
344,94
Serv. de Engenharia
1
40.050
341
-660
2.730
175
228,86
Serv. Financeiros e Seguros
11
2.943.180
370.359
252.235
1.412.406
5.029
585,24
Serv. Importação e Exportação
14
8.238.893
301.249
199.584
441.943
360
22.885,81
Serv. Limpeza e Conservação
1
57.051
9.915
6.646
24.540
3.378
16,89
Tecnologia da Informação
2
112.034
1.737
667
3.337
180
622,41
Telecomunicações
1
178.510
20.291
20.291
20.291
2.084
85,66
Transportes
12
1.552.086
115.450
94.904
567.760
9.790
158,54
Vigilância e Segurança
3
181.411
13.307
5.929
10.765
5.534
32,78
76.811.799
7.705.253
5.145.533
16.361.388
93.784
819,03
TOTAL 200 MAIORES EMPRESAS
200
* Contempla apenas informações das empresas que forneceram dados no ES.
165
200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
200 Maiores 2011_ an in _ ar ici a
o se oria da e
resas_
I.indd 165
15/11/2011 13:5 :2
RANKING | PARTICIPAÇÃO SETORIAL - 20 MAIORES POR SETOR
Foto: Arquivo Next
AS 20 MAIORES EMPRESAS INDUSTRIAIS Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES - em R$ milhares POSIÇÃO
CLASSIF. 2010
EMPRESA
ATIVIDADE
RECEITA OP. BRUTA
VAR. ROB. 10/09
RECEITA OP. LIQ.
LUCRO OP.
LUCRO LIQ. EXERC.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
EMPREGADOS NO ES
6.609
1
1
VALE
Mineração
11.948.000
118,07%
N/D
N/D
N/D
N/D
2
2
SAMARCO
Mineração
6.324.347
122,91%
6.239.799
3.493.132
2.247.385
1.376.923
940
3
3
ARCELORMITTAL BRASIL
Sid. e Metalurgia
5.491.271
23,82%
N/D
N/D
N/D
N/D
4.622
4
4
FERT. HERINGER
Quim. e Petroquímica
3.586.174
9,97%
3.521.473
169.589
61.805
409.722
262
5
9
FIBRIA
Papel e Celulose
2.176.263
92,51%
N/D
N/D
N/D
N/D
1.647
6
10
CHOCOLATES GAROTO
Alimentos
2.007.813
6,72%
1.173.225
200.460
124.147
311.515
3.338
7
15
HISPANOBRÁS
Mineração
1.166.558
734,69%
1.166.558
213.737
131.534
386.215
158
8
18
TANGARÁ FOODS
Alimentos
849.589
14,83%
815.885
189.513
143.012
268.549
439
9
19
SABB - SIST. ALIM. E BEBIDAS
Alimentos
803.520
33,58%
593.219
51.227
41.633
236.849
785
10
31
FRISA
Alimentos
439.010
20,15%
411.153
15.715
7.986
73.034
1.164
11
32
CESAN
Capt., Trat. Distr. Água
432.715
7,55%
408.096
98.218
62.413
1.053.991
1.437
12
34
UNIÃO ENGENHARIA
Sid. e Metalurgia
381.296
-7,97%
301.548
-15.293
-18.115
114.521
836
13
36
PERFILADOS RIO DOCE
Sid. e Metalurgia
357.060
40,47%
285.998
50.236
43.226
197.055
345
14
51
FORTLEV
Prod. de Borracha e Plást.
206.902
39,74%
148.497
22.431
20.049
99.087
416
15
52
SELITA
Alimentos
199.121
9,67%
180.514
5.113
4.504
29.906
465
16
60
BIANCOGRES
Ind. Min. Não Metálicos
161.852
20,19%
124.156
20.550
16.815
70.301
314
17
61
ELKEM
Quim. e Petroquímica
156.999
24,99%
121.102
21.008
16.438
77.018
205
18
62
BRAMETAL
Sid. e Metalurgia
156.644
14,03%
143.633
19.499
17.372
82.789
521
19
67
LORENGE
Ind. da Construção
144.342
11,02%
128.100
34.272
30.521
148.150
519
20
71
POLTEX
Têxteis
123.210
-12,50%
88.215
-19.621
-21.280
96.295
549
166
200 Maiores 2011_ an in _ ar ici a
200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
o se oria a e as_
.indd 166
15/11/2011 14:00:12
AS 20 MAIORES EMPRESAS COMERCIAIS Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES - em R$ milhares POSIÇÃO
CLASSIF. 2010
1
5
BRAZIL TRADING
Com. Atacadista
2
6
PETROBRAS DISTRIBUIDORA
Elet. e Gás
EMPRESA
ATIVIDADE
RECEITA OP. BRUTA
LUCRO OP.
LUCRO LIQ. EXERC.
VAR. ROB. 10/09
RECEITA OP. LIQ.
3.224.159
104,54%
2.099.871
367.264
254.929
798.490
12
2.525.016
23,41%
1.939.077
N/D
N/D
N/D
72 136
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
EMPREGADOS NO ES
3
12
ARCELORMITTAL TUB. COMERCIAL
Com. Atacadista
1.682.930
12,74%
1.218.750
12.060
21.740
256.666
4
21
EISA - EMP. INTERAGRÍCOLA
Com. Atacadista
666.259
10,88%
607.766
72.852
58.989
127.817
7
5
23
VITÓRIA DIESEL
Conc. de Veículos
661.253
50,73%
563.673
28.774
16.607
50.862
337
6
25
BMC
Com. Atacadista
572.587
386,05%
486.600
49.610
23.043
28.058
13
7
26
KURUMÁ VEÍCULOS
Conc. de Veículos
551.249
23,64%
540.429
4.314
-1.823
37.546
313 134
8
27
UNICAFÉ
Com. Atacadista
550.903
-12,70%
540.560
47.006
31.112
232.272
9
29
TRISTÃO
Com. Atacadista
493.406
2,40%
488.625
57.905
40.037
153.288
58
10
30
HORTIFRUTI
Com. Varejista
451.883
12,58%
406.637
5.547
3.352
47.270
247 1.757
11
33
SUP. CASAGRANDE
Com. Varejista
389.158
16,61%
335.779
13.186
9.299
53.709
12
35
CUSTODIO FORZZA
Com. Atacadista
377.049
-8,45%
346.780
5.939
4.756
60.141
116
13
38
VITORIAWAGEN
Conc. de Veículos
342.303
8,03%
285.310
9.873
9.893
40.990
477
14
39
SOUZA CRUZ
Com. Atacadista
307.600
9,54%
N/D
N/D
N/D
N/D
36
15
40
PODIUM
Conc. de Veículos
296.299
5,79%
290.110
9.684
6.625
22.717
320
16
41
RDG ACOS DO BRASIL
Com. Atacadista
291.694
14,04%
235.418
101.643
98.109
229.878
296
17
42
CVC
Conc. de Veículos
291.528
-1,61%
256.636
6.955
6.955
43.748
418
18
45
CONTAUTO
Conc. de Veículos
248.172
13,82%
232.429
-847
1.696
6.200
319
19
46
TRACBEL
Com. Atacadista
234.106
60,34%
211.246
37.656
37.785
125.310
48
20
47
NICCHIO SOBRINHO CAFÉ
Com. Atacadista
228.438
-5,74%
206.799
8.383
6.043
41.829
93
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
EMPREGADOS NO ES
956
AS 20 MAIORES EMPRESAS DE SERVIÇOS Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES - em R$ milhares POSIÇÃO
CLASSIF. 2010
EMPRESA
ATIVIDADE
RECEITA OP. BRUTA
VAR. ROB. 10/09
RECEITA OP. LIQ.
LUCRO OP.
LUCRO LIQ. EXERC.
1
7
EDP ESCELSA
Eletricidade e Gás
2.522.778
13,14%
1.503.482
253.054
178.567
810.083
2
8
COTIA
Serv. Imp. e Exp.
2.367.584
101,28%
1.882.943
58.794
35.783
80.782
4
3
11
CISA
Serv. Imp. e Exp.
1.750.373
70,20%
1.388.935
56.596
42.833
141.122
22
4
13
BANESTES
Serv. Fin. e Seguros
1.520.286
-2,37%
1.473.359
257.803
167.023
790.151
2.240
5
14
TROP
Serv. Imp. e Exp.
1.334.787
15,88%
1.140.368
96.638
64.878
82.430
20
6
16
COLUMBIA TRADING
Serv. Imp. e Exp.
1.025.602
144,41%
842.757
26.350
12.295
17.377
5
7
17
BANCO DO BRASIL
Serv. Fin. e Seguros
851.537
24,76%
N/D
N/D
N/D
N/D
1.560
8
20
VIX LOGÍSTICA S/A
Transportes
771.201
15,22%
703.642
48.167
36.423
157.250
1.642
9
22
BR DISTR. ES - GN
Elet. e Gás
666.015
49,31%
491.592
89.753
59.261
148.622
18
10
24
UNIMED VITÓRIA
Planos de Saúde
617.461
11,42%
597.417
4.999
7.065
108.661
1.732
11
28
SERTRADING
Serv. Imp. e Exp.
533.586
51,24%
466.218
29.161
15.225
31.868
16
12
37
PROIMPORT
Serv. Imp. e Exp.
347.756
106,76%
286.525
11.882
11.270
34.368
50
13
43
NIBRASCO
Arrend. de ativos
290.660
204,35%
263.774
222.692
150.372
607.019
0
14
44
ÁGUIA BRANCA
Transportes
258.022
7,24%
206.533
28.010
30.934
270.034
1.115
15
48
KOBRASCO
Arrend. de ativos
220.874
176,85%
200.443
195.075
133.472
381.719
0
16
54
CORREIOS
Telecomunicações
178.510
6,13%
178.104
20.291
20.291
20.291
2.084
17
55
SÃO BERNARDO SAÚDE
Planos de Saúde
177.062
38,49%
163.663
31.053
1.889
8.398
267
18
56
EMP. LUZ E FORÇA SANTA MARIA
Elet.e Gás
173.939
17,80%
115.802
25.891
18.724
86.656
332
19
57
CLAC
Serv. Imp. e Exp.
164.317
-2,33%
125.906
-23
164
8.839
4
20
58
TVV
Gestão de Portos e Term.
163.194
27,10%
144.426
56.456
38.838
112.591
380
200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
200 Maiores 2011_ an in _ ar ici a
o se oria a e as_
.indd 16
167
15/11/2011 14:00:25
RANKING |
AS MAIORES EMPRESAS SEGUNDO PRINCIPAIS INDICADORES
Foto: Leonel Albuquerque
A
pós a definição das 200 maiores empresas no Espírito Santo em 2010, elaborou-se a classificação das empresas segundo os principais indicadores econômico-financeiros, extraindo-se os 20 melhores desempenhos. Ressalta-se que estão contempladas apenas aquelas empresas que forneceram informações para a elaboração destes rankings. As 20 maiores empresas geradoras de receitas no Estado totalizaram um faturamento de R$ 53,9 bilhões, equivalendo a 70,2% do faturamento das 200 maiores empresas no Espírito Santo. Quanto ao critério de Patrimônio Líquido, as 20 maiores empresas somaram R$ 10,4 bilhões, representando 63,4% do montante do Patrimônio Líquido das 200 maiores empresas em 2010. 168
200 Maiores As 20
As 20 maiores empresas segundo o Lucro Operacional somaram R$ 6,3 bilhões, que representam 81,8% das 200 maiores empresas no Espírito Santo. Na classificação das maiores empregadoras entre as 200 maiores, as 20 principais geraram 44.362 empregos diretos, equivalendo a 47,3% do total. Entre as empresas que mais cresceram em 2010 em termos de Receita Operacional Bruta, observou-se que 4 pertencem ao setor industrial, 6 ao setor comercial e 10 ao setor de serviço. Dentre as mais rentáveis segundo as vendas, foram contabilizadas 13 empresas do setor serviços, 5 do industrial e 2 do setor comercial. Já entre as mais por Patrimônio Líquido, encontram-se 4 do setor comercial, 10 do industrial e 6 do setor serviços.
200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
aiores.indd 16
15/11/2011 13:52:50
AS 20 MAIORES POR RECEITA OPERACIONAL BRUTA NO ES
AS 20 QUE MAIS CRESCERAM SEGUNDO A RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
Classificação das Empresas pela Receita Operacional Bruta - em R$ milhares
Classificação das Empresas pelo Crescimento Nominal da Receita Operacional Líquida
POSIÇÃO
EMPRESA
SETOR
REC. OP. BRUTA
POSIÇÃO
CLASSIF. 2010
EMPRESA
VAR. ROL. 10/09
SETOR
1
VALE
Indústria
11.948.000
1
136
SICOOB LESTE CAPIXABA
Serviços
4.221,03%
2
SAMARCO
Indústria
6.324.347
2
168
SICOOB CENTRAL ES
Serviços
2.381,35%
3
ARCELORMITTAL BRASIL
Indústria
5.491.271
3
15
HISPANOBRÁS
Indústria
734,69%
4
FERT. HERINGER
Indústria
3.586.174
4
83
MERCOCAMP
Serviços
693,03%
5
BRAZIL TRADING
Comércio Atacadista
3.224.159
5
25
BMC
Comércio Atacadista
371,61%
6
PETROBRAS DISTRIBUIDORA
Comércio Atacadista
2.525.016
6
111
ALLMAX TRADING
Serviços
316,45%
7
EDP ESCELSA
Serviços
2.522.778
7
181
CSV
Serviços
258,98%
8
COTIA
Serviços
2.367.584
8
43
NIBRASCO
Serviços
205,74%
9
FIBRIA
Indústria
2.176.263
9
48
KOBRASCO
Serviços
176,85%
10
CHOCOLATES GAROTO
Indústria
2.007.813
10
16
COLUMBIA TRADING
Serviços
149,97%
11
CISA
Serviços
1.750.373
11
37
PROIMPORT
Serviços
146,72%
12
ARCELORMITTAL TUB. COMERCIAL
Comércio Atacadista
1.682.930
12
117
VENAC
Comércio Varejista
143,74%
13
BANESTES
Serviços
1.520.286
13
97
TERVAP
Indústria
137,62%
14
TROP
Serviços
1.334.787
14
65
DIEVO
Comércio Atacadista
124,68%
15
HISPANOBRÁS
Indústria
1.166.558
15
2
SAMARCO
Indústria
121,84%
16
COLUMBIA TRADING
Serviços
1.025.602
16
198
SICOOB CENTRO-SERRANO
Serviços
118,68%
17
BANCO DO BRASIL
Serviços
851.537
17
53
LUVEP VOLVO
Comércio Varejista
111,93%
18
TANGARÁ FOODS
Indústria
849.589
18
70
SUPERMERCADO PERIM
Comércio Varejista
108,27%
19
SABB - SIST. ALIM. E BEBIDAS
Indústria
803.520
19
5
BRAZIL TRADING
Comércio Atacadista
99,20%
20
VIX LOGÍSTICA
Serviços
771.201
20
84
ITABRASCO
Serviços
93,95%
AS 20 QUE MAIS CRESCERAM SEGUNDO A RECEITA OPERACIONAL BRUTA
AS 20 MAIORES PRODUTIVIDADES POR EMPREGADO
Classificação das Empresas pelo Crescimento Nominal da Receita Operacional Bruta
Classificação das Empresas pela Receita Operacional Líquida por Empregado - em R$ milhares
POSIÇÃO
CLASSIF. 2010
EMPRESA
VAR. ROB. 10/09
POSIÇÃO
CLASSIF. 2010
EMPRESA
SETOR
ROL POR EMPREGADO
1
15
HISPANOBRÁS
Indústria
734,69%
1
8
COTIA
Serviços
470.736
2
83
MERCOCAMP
Serviços
486,68%
2
5
BRAZIL TRADING
Com. Atacadista
174.989
3
25
BMC
Comércio Atacadista
386,05%
3
16
COLUMBIA TRADING
Serviços
168.551
4
111
ALLMAX TRADING
Serviços
304,35%
4
21
EISA - EMP. INTERAGRÍCOLA
Com. Atacadista
86.824
5
181
CSV
Serviços
257,18%
5
11
CISA
Serviços
63.133
6
43
NIBRASCO
Serviços
204,35%
6
65
DIEVO
Com. Atacadista
61.197
7
48
KOBRASCO
Serviços
176,85%
7
14
TROP
Serviços
57.018
8
136
SICOOB LESTE CAPIXABA
Serviços
156,31%
8
49
INSPECTION
Com. Atacadista
41.289
9
16
COLUMBIA TRADING
Serviços
144,41%
9
25
BMC
Com. Atacadista
37.431
10
117
VENAC
Comércio Varejista
139,99%
10
57
CLAC
Serviços
31.477 29.139
11
97
TERVAP
Indústria
129,96%
11
28
SERTRADING
Serviços
12
65
DIEVO
Comércio Atacadista
124,81%
12
22
BR DISTR. ES - GN
Serviços
13
2
SAMARCO
Indústria
122,91%
13
6
PETROBRAS DISTRIBUIDORA
Com. Atacadista
26.932
14
1
VALE
Indústria
118,07%
14
50
TERRA NOVA
Com. Atacadista
24.963
15
70
SUPERMERCADO PERIM
Comércio Varejista
113,85%
15
4
FERT. HERINGER
Indústria
13.441
16
53
LUVEP VOLVO
Comércio Varejista
111,51%
16
139
SANTA FÉ TRADING
Serviços
13.411
17
37
PROIMPORT
Serviços
106,76%
17
12
ARCELORMITTAL TUB. COM.
Com. Atacadista
8.961
18
5
BRAZIL TRADING
Comércio Atacadista
104,54%
18
59
BRASCOMEX
Serviços
8.696
27.311
19
8
COTIA
Serviços
101,28%
19
29
TRISTÃO
Com. Atacadista
8.425
20
84
ITABRASCO
Serviços
93,95%
20
138
CAFEEIRA STOCKL
Com. Atacadista
7.927
200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
200 Maiores As 20
SETOR
aiores.indd 16
169
16/11/2011 1 :3 :23
RANKING |
AS MAIORES EMPRESAS SEGUNDO PRINCIPAIS INDICADORES
AS 20 MAIORES POR PATRIMÔNIO LÍQUIDO
AS 20 DE MAIOR RENTABILIDADE DAS VENDAS
Classificação das Empresas por Patrimônio Líquido - em R$ milhares
Classificação das Empresas pelo Lucro Líquido do Exercício sobre a Receita Operacional Líquida - em %
POSIÇÃO
CLASSIF. 2010
EMPRESA
SETOR
PATRIMÔNIO LÍQ.
POSIÇÃO
CLASSIF. 2010
EMPRESA
SETOR
RENTABILIDADE DAS VENDAS
1
2
SAMARCO
Indústria
1.376.923
1
97
TERVAP
Indústria
70,56%
2
78
SOL COQUERIA
Indústria
1.352.550
2
48
KOBRASCO
Serviços
66,59%
3
32
CESAN
Indústria
1.053.991
3
84
ITABRASCO
Serviços
66,40%
4
7
EDP ESCELSA
Serviços
810.083
4
188
VIAÇÃO GRANDE VITÓRIA
Serviços
66,06%
5
5
BRAZIL TRADING
Com. Atacadista
798.490
5
43
NIBRASCO
Serviços
57,01%
6
13
BANESTES
Serviços
790.151
6
187
SHOPPING VITÓRIA
Serviços
52,19%
7
43
NIBRASCO
Serviços
607.019
7
41
RDG AÇOS DO BRASIL
Com. Atacadista
41,67%
8
4
FERT. HERINGER
Indústria
409.722
8
177
POLITINTAS
Com. Varejista
39,85%
9
15
HISPANOBRÁS
Indústria
386.215
9
78
SOL COQUERIA
Indústria
37,27%
10
48
KOBRASCO
Serviços
381.719
10
2
SAMARCO
Indústria
36,02%
11
10
CHOCOLATES GAROTO
Indústria
311.515
11
166
FACULDADE UNIVIX
Serviços
30,05%
12
44
ÁGUIA BRANCA
Serviços
270.034
12
123
RODOSOL
Serviços
29,52%
13
18
TANGARÁ FOODS
Indústria
268.549
13
105
BANDES
Serviços
27,68%
14
84
ITABRASCO
Serviços
268.116
14
58
TVV
Serviços
26,89% 23,83%
15
12
ARCELORMITTAL TUB. COM.
Com. Atacadista
256.666
15
67
LORENGE
Indústria
16
19
SABB - SIST. ALIM. E BEBIDAS
Indústria
236.849
16
169
DECOLORES MARM. GRANITOS
Indústria
23,07%
17
27
UNICAFÉ
Com. Atacadista
232.272
17
76
CPVV
Serviços
22,56%
18
41
RDG AÇOS DO BRASIL
Com. Atacadista
229.878
18
68
DACASA
Serviços
20,69%
19
36
PERFILADOS RIO DOCE
Indústria
197.055
19
95
AFECC - HOSP. STA. RITA
Serviços
20,67%
20
97
TERVAP
Indústria
160.438
20
173
TV VITÓRIA
Serviços
20,45%
AS 20 MAIS RENTÁVEIS POR PATRIMÔNIO LÍQUIDO
OS 20 MAIORES LUCROS POR EMPREGADO
Classificação das Empresas pelo Lucro Líquido do Exercício sobre o Patrimônio Líquido - em %
Classificação das Empresas pelo Lucro Operacional por Empregado - em R$ milhares
POSIÇÃO
CLASSIF. 2010
EMPRESA
SETOR
RENTABILIDADE DO PL
POSIÇÃO
CLASSIF. 2010
EMPRESA
SETOR
LUCRO POR EMPREGADO
1
189
GRANVITUR
Serviços
180,86%
1
5
BRAZIL TRADING
Com. Atacadista
2
2
SAMARCO
Indústria
163,22%
2
8
COTIA
Serviços
14.699
3
167
ATLÂNTICA VEÍCULOS
Com. Varejista
100,11%
3
21
EISA - EMP. INTERAGRÍCOLA
Com. Atacadista
10.407
30.605
4
54
CORREIOS
Serviços
100,00%
4
16
COLUMBIA TRADING
Serviços
5.270
5
181
CSV
Serviços
98,19%
5
22
BR DISTR. ES - GN
Serviços
4.986
6
150
ATACADO SÃO PAULO
Com. Atacadista
88,03%
6
14
TROP
Serviços
4.832
7
129
UNIMED NOROESTE
Serviços
86,48%
7
25
BMC
Com. Atacadista
3.816
8
25
BMC
Com. Atacadista
82,13%
8
2
SAMARCO
Indústria
3.716
9
14
TROP
Serviços
78,71%
9
65
DIEVO
Com. Atacadista
3.061
10
65
DIEVO
Com. Atacadista
72,17%
10
11
CISA
Serviços
2.573
11
16
COLUMBIA TRADING
Serviços
70,75%
11
187
SHOPPING VITÓRIA
Serviços
2.006
12
166
FACULDADE UNIVIX
Serviços
63,75%
12
28
SERTRADING
Serviços
1.823
13
111
ALLMAX TRADING
Serviços
59,46%
13
15
HISPANOBRÁS
Indústria
1.353
14
108
VISEL
Serviços
59,28%
14
29
TRISTÃO
Com. Atacadista
998
15
18
TANGARÁ FOODS
Indústria
53,25%
15
49
INSPECTION
Com. Atacadista
837
16
149
DAMARE
Indústria
50,84%
16
46
TRACBEL
Com. Atacadista
785
17
177
POLITINTAS
Com. Varejista
50,19%
17
4
FERT. HERINGER
Indústria
647
18
76
CPVV
Serviços
49,98%
18
50
TERRA NOVA
Com. Atacadista
597
19
28
SERTRADING
Serviços
47,78%
19
138
CAFEEIRA STOCKL
Com. Atacadista
563
20
145
VIGSERV
Serviços
47,61%
20
97
TERVAP
Indústria
490
170
200 Maiores As 20
200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
aiores.indd 1 0
15/11/2011 13:53:21
AS 20 MAIORES EMPREGADORAS
OS 20 MAIORES LUCROS
Classificação das Empresas pelo Número de Empregados no ES
Classificação das Empresas pelo Lucro Operacional - em R$ milhares
POSIÇÃO
CLASSIF. 2010
EMPRESA
SETOR
EMPREGADOS ES
POSIÇÃO
CLASSIF. 2010
EMPRESA
SETOR
LUCRO OPER.
1
1
VALE
Indústria
6.609
1
2
SAMARCO
Indústria
2
3
ARCELORMITTAL BRASIL
Indústria
4.622
2
5
BRAZIL TRADING
Comércio Atacadista
3.493.132 367.264
3
130
SERDEL
Serviços
3.378
3
7
EDP ESCELSA
Serviços
253.054
4
10
CHOCOLATES GAROTO
Indústria
3.338
4
13
BANESTES
Serviços
257.803
5
108
VISEL
Serviços
2.282
5
43
NIBRASCO
Serviços
222.692
6
13
BANESTES
Serviços
2.240
6
18
TANGARÁ FOODS
Indústria
189.513
7
54
CORREIOS
Serviços
2.084
7
48
KOBRASCO
Serviços
195.075
8
33
SUP. CASAGRANDE
Com. Varejista
1.757
8
15
HISPANOBRÁS
Indústria
213.737
9
24
UNIMED VITÓRIA
Serviços
1.732
9
10
CHOCOLATES GAROTO
Indústria
200.460
10
135
CORPUS
Serviços
1.700
10
4
FERT. HERINGER
Indústria
169.589
11
9
FIBRIA
Indústria
1.647
11
41
RDG AÇOS DO BRASIL
Comércio Atacadista
101.643
12
145
VIGSERV
Serviços
1.645
12
14
TROP
Serviços
96.638
13
20
VIX LOGÍSTICA
Serviços
1.642
13
32
CESAN
Indústria
98.218
14
126
PROSEGUR
Serviços
1.607
14
22
BR DISTR. ES - GN
Serviços
89.753
15
17
BANCO DO BRASIL
Serviços
1.560
15
21
EISA - EMP. INTERAGRÍCOLA
Comércio Atacadista
72.852
16
99
UNIMAR
Serviços
1.462
16
84
ITABRASCO
Serviços
81.486
17
32
CESAN
Indústria
1.437
17
97
TERVAP
Indústria
61.203
18
170
FACULDADE SALESIANA
Serviços
1.259
18
36
PERFILADOS RIO DOCE
Indústria
50.236
19
120
VIAÇÃO PRAIA SOL
Serviços
1.187
19
11
CISA
Serviços
56.596
20
95
AFECC - HOSP. STA. RITA
Serviços
1.174
20
19
SABB - SIST. ALIM. E BEBIDAS
Indústria
51.227
AS 20 MAIORES POR EBITDA
AS 20 DE MAIOR LIQUIDEZ CORRENTE
Classificação das Empresas pelo Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização - em R$ milhares
Classificação das Empresas pelo Índice de Liquidez Corrente (Ativo Circulante sobre Passivo Circulante)
POSIÇÃO
CLASSIF. 2010
EMPRESA
EBITDA
POSIÇÃO
CLASSIF. 2010
EMPRESA
SETOR
LIQUIDEZ CORRENTE
1
2
SAMARCO
Indústria
3.738.560
1
139
SANTA FÉ TRADING
Serviços
16,96
2
5
BRAZIL TRADING
Com. Atacadista
370.050
2
97
TERVAP
Indústria
11,45
3
7
EDP ESCELSA
Serviços
356.386
3
138
CAFEEIRA STOCKL
Com. Atacadista
8,16
4
15
HISPANOBRÁS
Indústria
230.794
4
106
CONTEK ENGENHARIA
Indústria
7,83
5
43
NIBRASCO
Serviços
221.248
5
41
RDG AÇOS DO BRASIL
Com. Atacadista
7,71
6
4
FERT. HERINGER
Indústria
212.331
6
114
DIAÇO
Com. Atacadista
6,57
7
10
CHOCOLATES GAROTO
Indústria
200.460
7
5
BRAZIL TRADING
Com. Atacadista
6,22
8
48
KOBRASCO
Serviços
199.227
8
36
PERFILADOS RIO DOCE
Indústria
5,50 5,39
9
18
TANGARÁ FOODS
Indústria
186.647
9
154
ESPIRAL ENGENHARIA
Serviços
10
32
CESAN
Indústria
118.969
10
51
FORTLEV
Indústria
5,14
11
20
VIX LOGÍSTICA
Serviços
117.414
11
110
TV GAZETA
Serviços
5,05
12
41
RDG ACOS DO BRASIL
Com. Atacadista
101.653
12
46
TRACBEL
Com. Atacadista
4,78
13
14
TROP
Serviços
96.916
13
186
BUTERI COM. REPR.
Com. Atacadista
4,33 4,23
14
22
BR DISTR. ES - GN
Serviços
94.794
14
61
ELKEM
Indústria
15
78
SOL COQUERIA
Indústria
86.759
15
43
NIBRASCO
Serviços
4,01
16
84
ITABRASCO
Serviços
83.931
16
63
CEDISA
Com. Atacadista
3,95
17
8
COTIA
Serviços
78.103
17
130
SERDEL
Serviços
3,74
18
58
TVV
Serviços
62.781
18
169
DECOLORES MARM. GRANITOS
Indústria
3,53
19
29
TRISTÃO
Com. Atacadista
58.498
19
134
COSENTINO LATINA
Indústria
3,43
20
26
KURUMÁ VEÍCULOS
Com. Varejista
54.545
20
119
A GAZETA
Serviços
3,34
200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
200 Maiores As 20
SETOR
aiores.indd 1 1
171
15/11/2011 13:53:35
RANKING | AS MAIORES EMPRESAS POR SETOR Foto: Leonel Albuquerque
O
bjetivando valorizar setores e empresas que contribuem para o desenvolvimento da economia estadual, a equipe técnica do anuário “IEL 200 Maiores Empresas do Espírito Santo” buscou identificar as novas empresas que se instalaram no Estado para ampliação da participação das principais empresas de vários setores, visando à elaboração dos rankings setoriais. Os rankings setoriais constantes deste estudo técnico baseiam-se nas empresas que enviaram suas informações para análise na pesquisa “200 Maiores Empresas no Espírito Santo” e são compostos por dez empresas cada um. A participação de empresas nestes rankings independe da classificação entre as 200 maiores empresas, já que muitas delas não apresentam Receita Operacional Bruta suficiente para sua inclusão no ranking geral. Mais uma vez, diversas empresas e segmentos foram convidados a participar da pesquisa para que fossem mantidos os rankings já divulgados em anos anteriores e novos fossem incluídos no anuário. Alguns rankings tiveram seus títulos alterados devido à adequação da pesquisa à nova versão da Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE). Para o próximo ano, o IEL-ES espera maior participação das 172
200 Maiores 2011_ an in _As Maiores e
empresas, o que enriquecerá o trabalho, permitindo, entre outras possibilidades, a elaboração de novos rankings. Ressalta-se, mais uma vez, que a ausência de eventuais empresas de destaque nas classificações setoriais deve-se ao não interesse em participar da pesquisa, ao fechamento de balanço patrimonial e demonstrativo de resultados posterior à data limite para conclusão da pesquisa ou não remessa em tempo hábil. Relativo a 2010, os seguintes rankings foram elaborados: • As 10 maiores indústrias de alimentos: as 10 maiores empresas do setor de alimentos somaram um faturamento bruto de R$ 4,8 bilhões no Espírito Santo e geraram 8.513 empregos diretos. • As 10 maiores indústrias de construção: as 10 maiores empresas do setor de construção apresentaram uma Receita Bruta de R$ 733 milhões no Estado, ofertando 3.367 empregos. • As 10 maiores empresas de comércio atacadista: as 10 maiores empresas do setor de comércio atacadista totalizaram um faturamento de R$ 10,7 bilhões e um efetivo de 880 trabalhadores. Na comparação com os dados de 2009, verificou-se um acréscimo de 15% na receita 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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15/11/2011 14:01:51
• As 10 maiores empresas de comércio varejista: a análise desse setor exclui as empresas concessionárias de veículos, que possuem ranking específico. As 10 maiores do setor somaram uma Receita Operacional Bruta de R$ 1,5 bilhão (-11,8%) e geraram 5.489 empregos diretos. • As 10 maiores empresas concessionárias de veículos: as 10 maiores concessionárias de veículos no Estado compuseram uma Receita Operacional Bruta de R$ 2,8 bilhões e geraram 2.650 postos de trabalho, o que significa um acréscimo de 33,3% nas vendas e de 8,7% no efetivo empregado, em relação a 2008.
• As 10 maiores empresas de serviços financeiros e seguros: as 10 maiores empresas deste ranking totalizaram uma Receita Bruta de R$ 2,9 bilhões, gerando 4.919 empregos diretos no Espírito Santo. • As 10 maiores empresas de importação e exportação: as 10 maiores empresas de serviços de importação e exportação contabilizaram R$ 7,9 bilhões de faturamento e totalizaram 263 empregos no Estado. • As 10 maiores empresas de transporte: as 10 maiores do setor somaram uma Receita Operacional Bruta de R$ 1,5 bilhão e contribuíram com 9.119 postos de trabalho.
AS 10 MAIORES INDÚSTRIAS DE ALIMENTOS Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES (valores em R$ milhares) POSIÇÃO
CLASSIF. 2010
EMPRESA
REC. OP. BRUTA
VAR. ROB. 10/09%
REC. OP. LIQ
LUCRO OP.
LUCRO LIQ. EX.
PATRIM. LÍQUIDO
EMPREGADOS ES
1
10
CHOCOLATES GAROTO
2.007.813
6,72%
1.173.225
200.460
124.147
311.515
3.338
2
18
TANGARÁ FOODS
849.589
14,83%
815.885
189.513
143.012
268.549
439
3
19
SABB - SIST. ALIM. E BEBIDAS
825.299
33,58%
585.337
51.227
40.519
236.849
785
4
31
FRISA
439.010
20,15%
411.153
15.715
7.986
73.034
1.164
5
52
SELITA
199.121
9,67%
180.514
5.113
4.504
29.906
465
6
75
BUAIZ ALIMENTOS
118.214
-6,45%
107.765
1.132
1.132
59.648
368
7
89
REALCAFÉ
90.702
-18,80%
84.598
-5.847
-3.117
55.186
288
8
96
VENEZA
82.368
27,62%
77.816
2.711
1.549
20.939
315
9
98
USINA PAINEIRAS
81.806
-3,54%
71.141
-9.666
-8.272
100.903
503
10
109
KIFRANGO
73.211
38,11%
65.879
-12.832
-12.832
6.678
636
AS 10 MAIORES INDÚSTRIAS DA CONSTRUÇÃO Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES (valores em R$ milhares) POSIÇÃO
CLASSIF. 2010
EMPRESA
REC. OP. BRUTA
VAR. ROB. 10/09%
REC. OP. LIQ
LUCRO OP.
LUCRO LIQ. EX.
PATRIM. LÍQUIDO
EMPREGADOS ES
1
67
LORENGE
144.342
11,02%
128.100
34.272
30.521
148.150
519
2
72
CONCREVIT
122.640
3,12%
115.929
8.199
5.573
22.190
198 583
3
74
ODEBRECHT
121.124
-35,65%
111.836
-18.710
-18.755
8.465
4
97
TERVAP
82.147
129,96%
82.059
61.203
57.901
160.438
125
5
106
CONTEK ENGENHARIA
74.953
24,36%
70.732
15.242
12.974
41.610
319
6
127
MORAR
58.967
-35,20%
55.956
6.483
5.131
38.833
152
7
133
ESTRUTURAL
55.550
23,53%
52.516
6.040
4.007
10.631
734
8
184
MATRICIAL
30.123
-7,90%
27.844
4.479
3.723
11.485
566
9
202
CONSTRUTORA ÉPURA
23.853
-40,36%
23.002
-2.338
-2.376
28.320
84
10
208
CONSTRUTORA ATERPA
18.938
-38,57%
17.352
3.674
3.419
N/D
87
200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
200 Maiores 2011_ an in _As Maiores e
resas do se or_
I.indd 1 3
173
15/11/2011 14:02:04
AS 10 MAIORES EMPRESAS DE COMÉRCIO ATACADISTA Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES (valores em R$ milhares) POSIÇÃO
CLASSIF. 2010
1
5
2
6
REC. OP. BRUTA
VAR. ROB. 10/09%
BRAZIL TRADING
3.224.159
104,54%
2.099.871
367.264
254.929
798.490
12
PETROBRAS DISTRIBUIDORA
2.525.016
23,41%
1.939.077
N/D
N/D
N/D
72 136
EMPRESA
REC. OP. LIQ
LUCRO OP.
LUCRO LIQ. EX.
PATRIM. LÍQUIDO
EMPREGADOS ES
3
12
ARCELORMITTAL TUB. COMERCIAL
1.682.930
12,74%
1.218.750
12.060
21.740
256.666
4
21
EISA - EMP. INTERAGRÍCOLA
666.259
10,88%
607.766
72.852
58.989
127.817
7
5
25
BMC
572.587
386,05%
486.600
49.610
23.043
28.058
13 134
6
27
UNICAFÉ
550.903
-12,70%
540.560
47.006
31.112
232.272
7
29
TRISTÃO
493.406
2,40%
488.625
57.905
40.037
153.288
58
8
35
CUSTODIO FORZZA
377.049
-8,45%
346.780
5.939
4.756
60.141
116
9
39
SOUZA CRUZ
307.600
9,54%
N/D
N/D
N/D
N/D
36
10
41
RDG AÇOS DO BRASIL
291.694
14,04%
235.418
101.643
98.109
229.878
296
AS 10 MAIORES EMPRESAS DE COMÉRCIO VAREJISTA Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES (valores em R$ milhares) Posição POSIÇÃO
"Classif. CLASSIF. 2010" 2010
Rec. REC.Op. OP. Bruta BRUTA
EMPRESA EMPRESA
"Var Rob Lucro VAR. ROB. REC. LUCRO 10/09 Rec. Op. Líq 10/09% OP. LIQ Operacional OP. %"
LUCRO Lucro Liq. Ex LIQ. EX.
Patrim. PATRIM. Liquido LÍQUIDO
EMPREGADOS Empregados Es ES
1
30
HORTIFRUTI
451.883
12,58%
406.637
5.547
3.352
47.270
247
2
33
SUP. CASAGRANDE
389.158
16,61%
335.779
13.186
9.299
53.709
1.757
3
64
LOJAS SIPOLATTI
154.068
20,96%
117.771
1.530
3.087
8.911
759
4
70
SUPERMERCADO PERIM
133.265
113,85%
113.128
6.316
6.316
41.978
407
5
73
COOPEAVI
122.299
10,72%
119.153
4.940
4.650
44.721
315
6
85
SUP. SANTO ANTONIO
95.550
19,38%
83.154
1.028
494
3.429
950
7
124
SUPERM. PORTO NOVO
60.753
4,17%
56.396
396
638
5.692
497
8
177
POLITINTAS
33.397
2,43%
28.676
1.323
11.428
22.768
162
9
180
NACIONAL AUTO PEÇAS
31.866
-5,27%
31.617
6.813
6.456
14.289
80
10
190
CASTEL / CASAS SANTA TEREZINHA
28.241
4,60%
19.868
146
119
-4.462
315
AS 10 MAIORES EMPRESAS CONCESSIONÁRIAS DE VEÍCULOS Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES (valores em R$ milhares) POSIÇÃO Posição
CLASSIF. "Classif. 2010 2010"
REC. OP. Rec. Op. BRUTA Bruta
EMPRESA EMPRESA
"Var Rob VAR. ROB. REC. LUCRO Lucro 10/09 Rec. Op. Líq 10/09% OP. LIQ Operacional OP. %"
LUCRO Lucro Liq. Ex LIQ. EX.
PATRIM. Patrim. LÍQUIDO Liquido
EMPREGADOS Empregados Es ES
1
23
VITÓRIA DIESEL
661.253
50,73%
563.673
28.774
16.607
50.862
2
26
KURUMÁ VEÍCULOS
551.249
23,64%
540.429
4.314
-1.823
37.546
337 313
3
38
VITORIAWAGEN
342.303
8,03%
285.310
9.873
9.893
40.990
477
4
40
PODIUM
296.299
5,79%
290.110
9.684
6.625
22.717
320
5
42
CVC
291.528
-1,61%
256.636
6.955
6.955
43.748
418
6
45
CONTAUTO
248.172
13,82%
232.429
-847
1.696
6.200
319
7
53
LUVEP VOLVO
180.590
111,51%
156.536
9.905
5.174
14.256
120
8
90
VESSA
89.503
14,91%
86.838
1.936
545
9.893
149
9
101
ITACAR CARROS
78.444
13,09%
69.704
2.402
1.662
22.662
145
10
113
VITÓRIA MOTORS
70.008
30,94%
68.271
-317
-317
385
52
174
200 Maiores 2011_ an in _As Maiores e
200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
resas do se or_
I.indd 1 4
15/11/2011 14:02:21
AS 10 MAIORES EMPRESAS DE SERVIÇOS FINANCEIROS E SEGUROS Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES (valores em R$ milhares) Posição POSIÇÃO
"Classif. CLASSIF. 2010" 2010
EMPRESA EMPRESA
Rec. REC.Op. OP. Bruta BRUTA
"Var Rob Lucro VAR. ROB. REC. LUCRO 10/09 Rec. Op. Líq 10/09% OP. LIQ Operacional OP. %"
LUCRO Lucro Liq. Ex LIQ. EX.
Patrim. PATRIM. Liquido LÍQUIDO
EMPREGADOS Empregados Es ES
1
13
BANESTES
1.520.286
-2,37%
1.473.359
257.803
167.023
790.151
2.240
2
17
BANCO DO BRASIL
851.537
24,76%
N/D
N/D
N/D
N/D
1.560
3
68
DACASA
140.959
22,91%
140.959
49.581
29.163
107.418
160
4
77
BANESTES SEGUROS
109.299
6,24%
109.299
15.372
10.537
75.986
94
5
105
BANDES
75.619
12,83%
42.662
10.939
11.807
140.993
200
6
136
SICOOB LESTE CAPIXABA
53.216
156,31%
10.124
10.124
9.948
63.467
144
7
151
SICOOB SUL SERRANO
45.101
24,23%
7.717
7.717
7.564
62.494
177
8
153
SICOOB NORTE
42.942
18,00%
3.564
3.564
3.254
59.788
174
9
164
SICOOB SUL
39.780
15,91%
8.097
8.097
7.947
52.598
123
10
168
SICOOB CENTRAL
37.686
37,41%
1.466
1.466
1.430
28.584
47
"Var Rob Lucro VAR. ROB. REC. LUCRO 10/09 Rec. Op. Líq 10/09% OP. LIQ Operacional OP. %"
LUCRO Lucro Liq. Ex LIQ. EX.
AS 10 MAIORES EMPRESAS DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES (valores em R$ milhares) Posição POSIÇÃO
"Classif. CLASSIF. 2010" 2010
EMPRESA EMPRESA
Rec. Op. REC. OP. Bruta BRUTA
Patrim. PATRIM. Liquido LÍQUIDO
EMPREGADOS Empregados Es ES
1
8
COTIA
2.367.584
101,28%
1.882.943
58.794
35.783
80.782
4
2
11
CISA
1.750.373
70,20%
1.388.935
56.596
42.833
141.122
22 20
3
14
TROP
1.334.787
15,88%
1.140.368
96.638
64.878
82.430
4
16
COLUMBIA TRADING
1.025.602
144,41%
842.757
26.350
12.295
17.377
5
5
28
SERTRADING
533.586
51,24%
466.218
29.161
15.225
31.868
16
6
37
PROIMPORT
347.756
106,76%
286.525
11.882
11.270
34.368
50
7
57
CLAC
164.317
-2,33%
125.906
-23
164
8.839
4
8
59
BRASCOMEX
162.792
17,56%
139.140
399
399
1.688
16
9
66
FULL TRADING
146.595
44,41%
110.119
4.231
3.074
11.310
21
10
79
VILA PORTO
106.857
30,66%
77.152
4.572
3.763
8.029
105
AS 10 MAIORES EMPRESAS DE TRANSPORTE Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES (valores em R$ milhares) POSIÇÃO Posição
CLASSIF. "Classif. 2010 2010"
EMPRESA EMPRESA
REC. OP. Rec. Op. BRUTA Bruta
"Var Rob VAR. ROB. REC. LUCRO Lucro 10/09 Rec. Op. Líq 10/09% OP. LIQ Operacional OP. %"
LUCRO Lucro Liq. Ex LIQ. EX.
PATRIM. Patrim. LÍQUIDO Liquido
EMPREGADOS Empregados Es ES
1
20
VIX LOGÍSTICA
771.201
15,22%
703.642
48.167
36.423
157.250
2
44
ÁGUIA BRANCA
258.022
7,24%
206.533
28.010
30.934
270.034
1.642 1.115
3
87
JSL
92.180
34,53%
N/D
N/D
N/D
N/D
645
4
99
UNIMAR
81.241
15,27%
75.089
-3.133
-2.374
27.044
1.462
5
104
CHEIM
75.666
14,25%
69.716
-5.441
475
12.104
369
6
120
VIAÇÃO PRAIA SOL
64.022
7,44%
61.685
2.940
562
2.648
1.187 621
7
156
VIAÇÃO TABUAZEIRO
41.652
18,08%
29.342
13.658
197
3.942
8
158
VIACAO JOANA D´ARC
40.575
7,12%
37.687
7.676
5.890
31.727
771
9
161
TRANSFINAL
39.960
9,66%
34.906
3.325
2.806
13.905
590
10
188
VIAÇÃO GRANDE VITÓRIA
29.898
-3,45%
27.927
18.018
18.448
41.744
717
200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
200 Maiores 2011_ an in _As Maiores e
resas do se or_
I.indd 1 5
175
15/11/2011 14:02:33
RANKING |
A MELHOR EMPRESA NO ESPÍRITO SANTO EM 2010
SAMARCO
Foto: Samarco
O
anuário “IEL 200 Maiores Empresas do Espírito Santo”, ao longo de 15 anos, consolidou-se como um dos mais importantes veículos de divulgação das empresas, da economia e do Estado do Espírito Santo e vem buscando, a cada ano, manter seu padrão técnico, inovar e melhorar em qualidade. Neste ano, foram promovidas mudanças metodológicas importantes, que tornaram os dados e resultados da pesquisa mais consistentes. Dentro dessas modificações, o IEL apresenta, pelo quinto ano consecutivo, o prêmio “A Melhor Empresa no Espírito Santo”, cujos critérios foram atualizados. O ranking de 2010 foi definido a partir de indicadores econômico-financeiros já apurados no estudo das “200 Maiores Empresas”.
176
200 Maiores 2011_ an in _A
A MELHOR EMPRESA DENTRE AS 200 MAIORES Pontuação pelo melhor desempenho econômico-financeiro CLASSIFICAÇÃO
EMPRESA
PONTUAÇÃO
1
SAMARCO
3,7
2
GRANVITUR
3,5
3
BMC
3,3
4
CSV
3,3
5
ATLÂNTICA VEÍCULOS
2,8
6
TERVAP
2,8
7
COLUMBIA TRADING
2,6
8
CORREIOS
2,5
9
BRAZIL TRADING
2,3
10
HISPANOBRÁS
2,0
200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
e or
resa do
_
I.indd 1 6
16/11/2011 13:21:3
A metodologia de cálculo consiste em atribuir pontos pelo desempenho em cada indicador – 10 para o primeiro lugar, 9 para o segundo, e assim sucessivamente até a décima empresa, que recebe 1 ponto. Em seguida, os pontos são multiplicados por um peso atribuído a cada indicador. É importante esclarecer que o estabelecimento da melhor empresa em 2010 não é uma escolha fundamentada nas competências em seus respectivos mercados, pois a classificação não é segregada por setor de atividade. Os indicadores de desempenho e seus respectivos pesos são os seguintes:
Crescimento das Vendas Peso 20 Indica se a participação da empresa no mercado aumentou ou diminuiu e sua capacidade de, crescendo, gerar novos empregos. Pode ser utilizado no estabelecimento de metas de crescimento da empresa para os próximos períodos.
Rentabilidade das Vendas Peso 10 Mede o percentual das vendas líquidas que permanece na empresa, como o lucro do período, ou seja, é o percentual que restou para a empresa, depois de deduzidos todos os custos e despesas. A análise indica quanto a empresa obtém de lucro para cada R$100,00 vendidos.
Rentabilidade do Patrimônio Líquido – Peso 35 Mede a remuneração do capital investido pelos proprietários, sendo resultado da eficiência da empresa na gestão dos negócios. O cálculo da Rentabilidade do Patrimônio Líquido permite saber quanto a administração, por meio de uso dos ativos, obteve de rendimento com a respectiva estrutura, seja esta financiada com capital próprio ou de terceiros. Essa rentabilidade deve ser comparada com taxas de mercado, para
200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
200 Maiores 2011_ an in _A
e or
resa do
_
I.indd 1
Perfil da empresa a o social Samarco Mineração S.A. ome fantasia Samarco Ati idade Mineração Pessoal em re ado no 940 aturamento R$ 6,3 bilhões Crescimento das endas 2 1 2 122,91% enta ilidade das endas 36,02% enta ilidade do Patrimônio í uido 163,22% ucrati idade or em re ado R$ 3,7 bilhões i uide corrente 0,77
avaliar se a firma oferece rentabilidade superior ou inferior a essas opções. A rentabilidade do patrimônio líquido é utilizada como critério de desempate entre as empresas que apresentam o mesmo número de pontos no desempenho geral.
Lucratividade por Empregado - Peso 15 Mede a lucratividade gerada por empregado e a contribuição média de cada um para o lucro gerado pela empresa.
Liquidez Corrente Peso 20 Importante indicador da saúde financeira da empresa, apontando a segurança com que a empresa está operando no curto prazo. Quanto maior a liquidez corrente, melhor se apresenta a capacidade da empresa em financiar suas necessidades de capital de giro. Representa o quanto de recursos se dispõe no curto prazo para se liquidarem as dívidas também de curto prazo. Assim, quanto maior o valor apurado, melhor será a solvência da empresa. De acordo com os critérios acima definidos, “A Melhor Empresa no Espírito Santo – 2010” é a Samarco Mineração S.A., que atingiu 3,7 pontos.
177
15/11/2011 14:04:04
RANKING |
AS 100 MAIORES EMPRESAS PRIVADAS COM CONTROLE DE CAPITAL CAPIXABA Foto: Shutterstock
O
IEL-ES elabora, pelo quarto ano consecutivo, o Ranking das “100 Maiores Empresas Privadas com Controle de Capital Capixaba”. Esse é o reconhecimento às organizações que contribuem para o desenvolvimento do Espírito Santo e valorização das empresas essencialmente capixabas. Conforme definido na metodologia, esta classificação se dá por ordem decrescente de Receita Operacional Líquida, diferindo dos anos anteriores, quando esta era definida pela Receita Operacional Bruta. Para o enquadramento como empresa privada de controle de capital capixaba, definiram-se os seguintes critérios: 1. Controle acionário e origem do capital privado estadual; 2. Localização da matriz / sede fiscal no Espírito Santo; 3. Empresa originalmente constituída no Espírito Santo; 4. Possuir unidade operacional no Espírito Santo. Na análise dos resultados deste ranking, observou-se que as 100 maiores empresas privadas com controle de capital capixaba totalizaram uma Receita Operacional
178
200 Maiores
Líquida de R$ 14,5 milhões e um efetivo de 43.153 trabalhadores no Espírito Santo em 2010, denotando uma média por empregado de R$ 337 mil. Na distribuição das empresas entre os setores de atividades, coube ao setor de serviços a liderança, com 39 empresas, seguido do setor comercial (32 empresas), que, no ano passado, liderava as 100 maiores capixabas. O setor industrial apresenta 29 empresas classificadas nesse grupo. O setor comercial e de serviços tiveram um desempenho pela Receita Operacional Líquida muito próximo: R$ 5,8 bilhões (40,3%) e R$ 5,7 bilhões (39,0%), respectivamente. O setor industrial apresentou entre as capixabas um total de R$ 3 bilhões de Receita Operacional Líquida, 20,7% do total das 100 maiores capixabas. O total de empregos gerados foi de 23.601 no setor serviços (54,7%), de 11.080 no setor industrial (25,7%) e de 8.472 no setor comercial (19,6%). Os dados apurados indicam uma Receita Operacional Líquida por empregado de R$ 690,7 mil no setor comercial, de R$ 271,8 mil no setor industrial e R$ 239,8 mil no setor de serviços. 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
an in das 100
aiores e
resas ri adas.indd 1
15/11/2011 14:05:5
AS 100 MAIORES EMPRESAS PRIVADAS COM CONTROLE DE CAPITAL CAPIXABA Ranking segundo Receita Operacional Líquida (ROL) no Espírito Santo (valores em R$ milhares) POSIÇÃO
CLASSIF. 200 MAIORES
EMPRESA
REC. OP. LÍQUIDA
VAR ROL 10/09
LUCRO OPERACIONAL
LUCRO LÍQ. EX.
PATRIM. LÍQUIDO
EMPREGADOS ES
1
11
CISA
Serviços
1.388.935
70,90%
56.596
42.833
141.122
22
2
20
VIX LOGÍSTICA
Serviços
703.642
16,44%
48.167
36.423
157.250
1.642
3
24
UNIMED VITÓRIA
Serviços
597.417
9,99%
4.999
7.065
108.661
1.732
4
23
VITÓRIA DIESEL
Comércio Varejista
563.673
51,91%
28.774
16.607
50.862
337
5
27
UNICAFÉ
Comércio Atacadista
540.560
-12,78%
47.006
31.112
232.272
134
6
26
KURUMÁ VEÍCULOS
Comércio Varejista
540.429
24,05%
4.314
-1.823
37.546
313
7
29
TRISTÃO
Comércio Atacadista
488.625
2,89%
57.905
40.037
153.288
58
8
31
FRISA
Indústria
411.153
25,93%
15.715
7.986
73.034
1.164 247
9
30
HORTIFRUTI
Comércio Varejista
406.637
13,43%
5.547
3.352
47.270
10
35
CUSTODIO FORZZA
Comércio Atacadista
346.780
-7,59%
5.939
4.756
60.141
116
11
33
SUP. CASAGRANDE
Comércio Varejista
335.779
16,60%
13.186
9.299
53.709
1.757
12
34
UNIÃO ENGENHARIA
Indústria
301.548
-18,23%
-15.293
-18.115
114.521
836
13
40
PODIUM
Comércio Varejista
290.110
6,05%
9.684
6.625
22.717
320
14
37
PROIMPORT
Serviços
286.525
146,72%
11.882
11.270
34.368
50
15
36
PERFILADOS RIO DOCE
Indústria
285.998
40,13%
50.236
43.226
197.055
345
16
41
RDG AÇOS DO BRASIL
Comércio Atacadista
235.418
14,51%
101.643
98.109
229.878
296
17
45
CONTAUTO
Comércio Varejista
232.429
16,11%
-847
1.696
6.200
319
18
47
NICCHIO SOBRINHO CAFÉ
Comércio Atacadista
206.799
-5,67%
8.383
6.043
41.829
93
19
44
ÁGUIA BRANCA
Serviços
206.533
6,31%
28.010
30.934
270.034
1.115
20
52
SELITA
Indústria
180.514
9,68%
5.113
4.504
29.906
465
21
55
SÃO BERNARDO SAÚDE
Serviços
163.663
51,86%
31.053
1.889
8.398
267
22
53
LUVEP VOLVO
Comércio Varejista
156.536
111,93%
9.905
5.174
14.256
120
23
51
FORTLEV
Indústria
148.497
37,88%
22.431
20.049
99.087
416 160
24
68
DACASA
Serviços
140.959
22,91%
49.581
29.163
107.418
25
59
BRASCOMEX
Serviços
139.140
16,87%
399
399
1.688
16
26
67
LORENGE
Indústria
128.100
21,85%
34.272
30.521
148.150
519
27
57
CLAC
Serviços
125.906
-4,97%
-23
164
8.839
4
28
69
COOABRIEL
Comércio Atacadista
125.432
50,47%
1.062
966
12.949
113 314
29
60
BIANCOGRES
Indústria
124.156
19,82%
20.550
16.815
70.301
30
65
DIEVO
Comércio Atacadista
122.394
124,68%
6.122
4.355
6.034
2
31
63
CEDISA
Comércio Atacadista
120.628
37,24%
14.834
9.618
57.664
137
32
73
COOPEAVI
Comércio Varejista
119.153
9,83%
4.940
4.650
44.721
315
33
64
LOJAS SIPOLATTI
Comércio Varejista
117.771
19,13%
1.530
3.087
8.911
759
34
72
CONCREVIT
Indústria
115.929
3,47%
8.199
5.573
22.190
198
35
56
EMP. LUZ E FORÇA STA. MARIA
Serviços
115.802
17,20%
25.891
18.724
86.656
332
36
70
SUPERMERCADO PERIM
Comércio Varejista
113.128
108,27%
6.316
6.316
41.978
407
37
75
BUAIZ ALIMENTOS
Indústria
107.765
-5,75%
1.132
1.132
59.648
368
38
80
UNIMED SUL
Serviços
103.411
13,85%
-671
-1.003
15.654
530
39
76
CPVV
Serviços
101.194
75,57%
3.236
22.831
45.677
130
40
71
POLTEX
Indústria
88.215
-11,87%
-19.621
-21.280
96.295
549 149
41
90
VESSA
Comércio Varejista
86.838
15,88%
1.936
545
9.893
42
92
SAMP ES
Serviços
86.399
21,03%
3.983
2.516
7.228
143
43
89
REALCAFÉ
Indústria
84.598
-21,84%
-5.847
-3.117
55.186
288
44
95
AFECC - HOSP. STA. RITA
Serviços
83.527
15,93%
83.527
17.265
71.185
1.174
45
85
SUP. SANTO ANTONIO
Comércio Varejista
83.154
20,14%
1.028
494
3.429
950
46
97
TERVAP
Indústria
82.059
137,62%
61.203
57.901
160.438
125
47
94
SPASSU TECNOLOGIA
Serviços
80.212
23,27%
987
562
1.273
117
48
96
VENEZA
Indústria
77.816
27,32%
2.711
1.549
20.939
315
49
79
VILA PORTO
Serviços
77.152
25,07%
4.572
3.763
8.029
105
50
81
FIESA
Indústria
76.744
3,45%
-492
-2.399
159.756
369
200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
200 Maiores
SETOR
an in das 100
aiores e
resas ri adas.indd 1
179
15/11/2011 14:11:10
AS 100 MAIORES EMPRESAS PRIVADAS COM CONTROLE DE CAPITAL CAPIXABA Ranking segundo Receita Operacional Líquida (ROL) no Espírito Santo (valores em R$ milhares) POSIÇÃO
CLASSIF. 200 MAIORES
EMPRESA
SETOR
REC. OP. LÍQUIDA
VAR ROL 10/09
LUCRO OPERACIONAL
LUCRO LÍQ. EX.
PATRIM. LÍQUIDO
EMPREGADOS ES
51
99
UNIMAR
Serviços
75.089
12,51%
-3.133
-2.374
27.044
52
83
MERCOCAMP
Serviços
74.381
693,03%
611
427
1.510
1.462 21
53
98
USINA PAINEIRAS
Indústria
71.141
-4,66%
-9.666
-8.272
100.903
503
54
112
HOSPITAL EVANGÉLICO
Serviços
70.461
47,14%
1.698
1.698
6.667
1.002
55
104
CHEIM
Serviços
69.716
13,87%
-5.441
475
12.104
369
56
101
ITACAR CARROS
Comércio Varejista
69.704
15,19%
2.402
1.662
22.662
145
57
110
TV GAZETA
Serviços
68.954
12,27%
12.604
13.497
62.973
307
58
113
VITÓRIA MOTORS
Comércio Varejista
68.271
31,86%
-317
-317
385
52
59
88
VIMINAS
Indústria
66.170
40,20%
13.406
13.290
35.652
354
60
109
KIFRANGO
Indústria
65.879
38,98%
-12.832
-12.832
6.678
636
61
116
HOSPITAL MERIDIONAL
Serviços
64.106
29,36%
5.475
3.300
26.743
613
62
120
VIAÇÃO PRAIA SOL
Serviços
61.685
7,44%
2.940
562
2.648
1.187 219
63
118
ALCON
Indústria
60.946
-6,50%
14.297
11.392
69.042
64
117
VENAC
Comércio Varejista
59.829
143,74%
6.045
5.399
16.475
93
65
122
VITÓRIA APART HOSPITAL
Serviços
59.793
23,92%
11.528
-1.371
57.696
1.007 716
66
119
A GAZETA
Serviços
59.434
-0,36%
1.557
1.883
24.932
67
103
IND. e COM. QUIMETAL
Serviços
58.811
6,60%
8.789
7.781
19.369
44
68
100
PANAN MÓVEIS
Indústria
58.348
28,87%
3.457
3.457
8.148
352
69
128
AUTOVIL
Comércio Varejista
57.965
-15,02%
447
330
3.529
116
70
111
ALLMAX TRADING
Serviços
57.040
316,45%
2.256
1.012
1.702
29
71
129
UNIMED NOROESTE
Serviços
56.591
4,21%
-555
9.160
10.591
297
72
124
SUPERM. PORTO NOVO
Comércio Varejista
56.396
4,65%
396
638
5.692
497
73
123
RODOSOL
Serviços
56.056
5,93%
24.872
16.545
53.641
256
74
127
MORAR
Indústria
55.956
-34,61%
6.483
5.131
38.833
152
75
114
DIAÇO
Comércio Atacadista
55.822
1,00%
4.691
3.007
44.566
108 290
76
115
METALOSA
Indústria
53.040
11,41%
1.477
1.077
16.733
77
133
ESTRUTURAL
Indústria
52.516
23,16%
6.040
4.007
10.631
734
78
125
MARBRASA
Indústria
52.510
-3,53%
3.310
98
14.361
399
79
130
SERDEL
Serviços
49.749
20,87%
9.915
6.646
24.540
3.378
80
107
REFRIGERANTES COROA
Indústria
49.449
28,40%
1.660
1.289
10.232
238
81
131
SIDERÚRGICA IBIRAÇU
Indústria
48.315
24,16%
-763
-1.129
10.253
155
82
138
CAFEEIRA STOCKL
Comércio Atacadista
47.561
-4,15%
3.377
1.244
5.428
6
83
143
VILA VELHA HOSPITAL
Serviços
46.920
31,58%
1.362
-1.814
16.914
834
84
148
MARCA CAFÉ
Comércio Atacadista
46.235
2,19%
2.400
1.985
17.495
15
85
147
UNIMED NORTE
Serviços
45.575
10,32%
-553
-194
4.854
196 260
86
121
RIMO MÓVEIS
Indústria
45.265
22,85%
-4.234
-4.235
8.748
87
149
DAMARE
Indústria
44.993
47,81%
6.637
3.174
6.244
212
88
145
VIGSERV
Serviços
44.626
45,91%
4.974
1.848
3.881
1.645
89
146
HOSPITAL METROPOLITANO
Serviços
43.490
10,12%
5.134
1.399
19.079
495
90
157
SM SAÚDE
Serviços
41.700
34,31%
1.131
529
2.843
143
91
150
ATACADO SÃO PAULO
Comércio Atacadista
41.541
19,09%
2.688
2.688
3.054
122
92
154
ESPIRAL ENGENHARIA
Serviços
40.843
65,28%
9.994
5.096
18.487
580
93
132
ELSON'S
Comércio Atacadista
40.605
10,14%
782
567
6.458
257
94
155
HIPER EXPORT
Serviços
40.142
1,33%
-1.022
-1.307
26.818
346
95
162
MC KINLAY
Comércio Atacadista
38.288
17,47%
885
34
15.033
13
96
158
VIAÇÃO JOANA D´ARC
Serviços
37.687
7,12%
7.676
5.890
31.727
771 106
97
159
ELETROMIL
Comércio Atacadista
37.339
30,01%
2.540
2.540
11.275
98
141
ACP MÓVEIS
Indústria
37.264
34,53%
5.422
3.603
9.952
215
99
166
FACULDADE UNIVIX
Serviços
37.105
20,48%
11.343
11.148
17.487
364
100
169
DECOLORES MARM. GRANITOS
Indústria
36.373
31,69%
9.649
8.392
34.760
90
180
200 Maiores
200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
an in das 100
aiores e
resas ri adas.indd 1 0
15/11/2011 14:10:25
CONSOLIDAÇÃO DAS 100 MAIORES EMPRESAS PRIVADAS COM CONTROLE DE CAPITAL CAPIXABA Segundo Receita Operacional Líquida (ROL) no ES (em R$ milhares) NÚMERO DE EMPRESAS
RECEITA OPERACIONAL LÍQ.
29
3.011.259
Ind. de Min. Não Metálicos
4
Indústria da Construção
LUCRO LIQ. EX.
PATRIMÔNIO LIQ.
224.656
172.789
1.687.674
11.080
272
279.210
46.916
38.595
155.073
1.157
241
5
434.560
116.198
103.134
380.241
1.728
251
Indústria de Alimentos
8
1.043.860
2.964
-5.875
352.537
3.951
264
Indústria de Bebidas
1
49.449
1.660
1.289
10.232
238
208
Indústria de Móveis
3
140.877
4.645
2.825
26.848
827
170
Indústria de Produtos de Borracha e Plástico
1
148.497
22.431
20.049
99.087
416
357
Indústria de Siderurgia e Metalurgia
4
688.902
35.658
25.059
338.563
1.626
424
SETOR
INDÚSTRIA
EMPREGADOS ES
REC. OP. LIQ. POR EMPREG
Indústria Química e Petroquímica
1
60.946
14.297
11.392
69.042
219
278
Indústria Têxtil
2
164.959
-20.113
-23.679
256.050
918
180
COMÉRCIO
32
5.851.830
355.543
270.795
1.287.599
8.472
691
Comércio Atacadista
15
2.494.028
260.258
207.062
897.364
1.576
1.583
Comércio Varejista
17
3.357.801
95.285
63.733
390.236
6.896
487
SERVIÇO
39
5.660.371
465.343
306.635
1.547.729
23.601
240
Atendimento Hospitalar
6
368.297
108.725
20.478
198.283
5.125
72
Concessionárias de Rodovias
1
56.056
24.872
16.545
53.641
256
219
Eletricidade e Gás
1
115.802
25.891
18.724
86.656
332
349
Ensino
1
37.105
11.343
11.148
17.487
364
102
Gestão de Portos e Terminais
1
101.194
3.236
22.831
45.677
130
778
Informação e Comunicação
2
128.388
14.161
15.380
87.905
1.023
126
Locação de Máq. Equip. p/ Const.
1
40.843
9.994
5.096
18.487
580
70
Logística
1
40.142
-1.022
-1.307
26.818
346
116
Planos de Saúde
7
1.094.755
39.387
19.962
158.229
3.308
331
Serv. Financeiros e Seguros
1
140.959
49.581
29.163
107.418
160
881
Serv. Importação e Exportação
8
2.207.890
85.081
67.650
216.626
291
7.587
Serv. Limpeza e Conservação
1
49.749
9.915
6.646
24.540
3.378
15
Tecnologia da Informação
1
80.212
987
562
1.273
117
686
Transporte
6
1.154.352
78.218
71.909
500.807
6.546
176
Vigilância e Segurança
1
44.626
4.974
1.848
3.881
1.645
27
100
14.523.459
1.045.542
750.219
4.523.003
43.153
337
TOTAL 100 MAIORES EMPRESAS CAPIXABAS
200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
200 Maiores
LUCRO OPERACIONAL
an in das 100
aiores e
resas ri adas.indd 1 1
181
15/11/2011 14:10:4
RANKING | RANKING DOS 10 MAIORES GRUPOS EMPRESARIAIS
Foto: Samuel Vieira
E
m sua 11ª edição, o ranking dos 10 maiores grupos empresariais no Espírito Santo, definido de acordo com a metodologia como “duas ou mais empresas independentes, formalmente constituídas sob o mesmo controle acionário, cujo capital de origem capixaba seja superior a 50%”, foi estabelecido a partir do envio de informações econômico-financeiras pelos grupos empresariais. Dentre as informações coletadas, o Patrimônio Líquido é o critério de definição do ranking. Os demais dados são complementares e refletem a importância do grupo e seu impacto na economia do Estado. É válido ressaltar que, devido à falta de informações consolidadas, a não disponibilização de dados em tempo hábil, ou outros motivos, fizeram com que alguns grupos empresariais não figurassem neste ranking.
182
200 Maiores 2011_ an in _ran in dos 10
Na análise dos resultados desta pesquisa, pode-se observar que o rol dos dez maiores grupos empresariais no Espírito Santo é formado por 97 empresas, 18,3% a mais que o número de empresas no ranking no ano passado. Tais grupos apresentaram um Patrimônio Líquido de R$ 3,97 bilhões, um aumento de 19,2% em relação ao ano anterior. Outro dado interessante é que, no ano de 2009, o grupo classificado em primeiro lugar possuía um Patrimônio Líquido 460% maior que o décimo maior grupo. No ano de 2010, essa diferença alcançou 536%. A Receita Operacional Bruta dos maiores grupos em 2010 gerada no Espírito Santo foi de R$ 4,75 bilhões, cerca de 63% do total da Receita Operacional Bruta gerada. Na comparação ao ano anterior, a variação 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
aiores ru os_
I.indd 1 2
15/11/2011 14:12:56
foi pequena: 1,7%. Em relação ao total da Receita Operacional Bruta, essa variação foi maior: 11,8%, denotando maior crescimento das atividades dos grupos empresariais fora do Estado do Espírito Santo. Quando analisados os empregos gerados no Espírito Santo, 55,4% deles (ou 13.332) referemse àqueles criados no Estado. Comparando ao ranking de 2009, esse percentual foi de 54,4%, ou 12.628 postos de trabalho. São 704 empregos a mais, ou uma variação de 5,6%. Ao observarmos essas mesmas variações em relação aos empregos totais, verificamos que houve um incremento no emprego entre os maiores grupos da ordem de 3,9%, ou 896 novos postos de trabalho. Verificando-se a relação de Receita Operacional Bruta por empregado, em relação ao Brasil, o resultado foi de R$ 291,6 milhões em 2009. Essa relação no ano de 2010 passou para R$ 314 milhões, variação de 7,7%. Ao analisarmos esses mesmos
dados em relação ao Estado, temos: R$ 369,9 milhões em 2009 e R$ 356,3 milhões em 2010, registrando queda de 3,7%. O Lucro Líquido do exercício 2010 dos dez maiores grupos somou R$ 484 milhões, pouco superior ao apurado em 2009, quando esse resultado foi de R$ 479 milhões, apresentando variação de 0,99%. Ainda como parte da pesquisa dos maiores grupos empresariais no Espírito Santo, foi realizada pesquisa para avaliar o potencial do Estado em relação a diversos aspectos. Dentre as opções de respostas, a “Localização Geográfica” de nosso Estado foi a que recebeu maior pontuação entre os maiores grupos empresariais com 91 pontos, seguida da “Política de Incentivos Fiscais”, com 63 pontos. A “Infraestrutura Logística” e a “Qualificação da Mão de Obra” receberam 61 pontos. A “Qualidade das Rodovias” e “Qualidade do Aeroporto” foram os itens com pior avaliação, recebendo 46 e 23 pontos, respectivamente.
OS 10 MAIORES GRUPOS EMPRESARIAIS, SEGUNDO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Valores em R$ milhares) CLASSIF. 2010
GRUPO
1
INCOSPAL
2
ÁGUIA BRANCA
Nº DE EMPRESAS
MUNICÍPIO
PATRIMÔNIO REC. OP. LÍQUIDO BRUTA NO ES
% REC. OP. BRUTA NO ES
REC. OP. BRUTA TOTAL
CRESC. REC. 2010/2009
Nº EMPREG. NO ES
Nº EMPREG. TOTAL
LUCRO LÍQUIDO EXERC.
11
SERRA
935.130
470.009
100,00%
470.009
45,74%
2.333
2.333
211.950
28
VITÓRIA
705.507
1.106.609
38,50%
2.874.310
33,61%
4.454
11.137
101.595 63.770
3
RDG AÇOS DO BRASIL
6
SERRA
455.538
671.488
97,90%
685.891
27,26%
874
896
4
COIMEX
8
VITÓRIA
408.874
1.187.980
86,60%
1.371.801
-14,66%
659
3.376
3.472
5
BUAIZ
13
VITÓRIA
294.652
209.479
90,00%
232.754
5,41%
712
712
25.246
6
SICOOB
9
VITÓRIA
285.831
264.180
100,00%
264.180
13,26%
892
892
37.408
7
POLIDO
11
SERRA
254.797
231.803
95,30%
243.235
-4,92%
1.291
1.346
-23.252
8
FIBRASA
3
SERRA
238.440
44.571
35,00%
127.346
25,96%
271
624
1.294
9
TRISTÃO
3
VIANA
215.877
75.992
12,92%
588.170
18,77%
349
407
37.265
10
FRISA
5
COLATINA
174.497
487.990
69,26%
704.578
23,31%
1.497
2.363
25.431
3.969.143
4.750.101
-
7.562.275
-
13.332
24.086
484.180
TOTAL
97
200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
200 Maiores 2011_ an in _ran in dos 10
aiores ru os_
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-
183
15/11/2011 14:13:15
200 Maiores_Anuncio_MIC.indd 1 4
16/11/2011 15:4 :43
200 Maiores_Anuncio_MIC.indd 1 5
16/11/2011 16:12:0
ECONOMIA |
AGROINDÚSTRIA Foto: MCCVV - E.J. Manzi
Exportação de produtos do agronegócio teve crescimento de 11,8% no primeiro semestre. Destaque para o café, carro-chefe do agronegócio capixaba
Agronegócio: historicamente, um setor forte Pecuária, aquicultura, pesca, avicultura, suinocultura, produção de frango e de café e fruticultura são os grandes destaques da produção capixaba
D
eterminante para a economia do Espírito Santo, o tradicional agronegócio é responsável por 30% do PIB capixaba, rendendo anualmente R$ 21 bilhões ao Estado, de acordo com um estudo do Instituto Jones Santos Neves (IJSN) em parceria com a Secretaria Estadual de Agricultura (Seag). Os números referem-se aos quatro setores da cadeia produtiva do agronegócio: insumos (sementes, adubo, calcário etc); produção rural propriamente dita, feita nas propriedades; transporte, e agroindustrialização, ou seja, 186
200 Maiores_ e oria _A roind s ria_MIC.indd 1 6
o processamento e transformação da produção, de modo a agregar valor. E, atualmente, o agronegócio tem conquistado ainda mais espaço, principalmente por conta dos diversos programas de incentivo à implantação de empresas desse tipo, incluindo os fiscais. Na região norte do Estado, que está inserida na Sudene, soma-se ainda o oferecimento de linhas de crédito específicas para esses negócios. “Paralelamente aos incentivos à implantação, realizamos o que consideramos de 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
15/11/2011 14:32:33
fundamental importância, que é o fomento e o apoio à organização dos produtores para que possam se tornar fornecedores das indústrias já instaladas. O exemplo mais recente é o resgate do cultivo do coqueiro anão, na região norte do Espírito Santo. Dada a crescente demanda pela água de coco, duas importantes indústrias estão sendo parceiras em um programa de reestruturação da cadeia produtiva. Além de buscar atender à demanda já instalada, há o desafio de ampliarmos o fornecimento no curto prazo, em virtude da expansão das plantas envasadoras”, explicou o secretário de Agricultura, Enio Bergoli, destacando ainda que o Governo do Espírito Santo tem alavancado parcerias com órgãos e entidades ligadas ao agronegócio com vistas a estruturar e profissionalizar a relação de fornecimento da produção ao longo do ano.
Agronegócio em alta Em 2011, o setor mantém o ritmo de crescimento e caminha para bater um recorde histórico de produção, devendo superar, pela primeira vez, a marca de US$ 2 bilhões. De acordo com dados da Secretaria de Agricultura, as exportações do agronegócio capixaba, somente de janeiro a junho deste ano, alcançaram US$ 1,02 bilhão, apresentando um crescimento de 46,2% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o saldo foi de US$ 698,1 milhões. Para o secretário Enio Bergoli, os números das exportações do primeiro semestre do ano confirmam a tendência de recuperação do mercado internacional, após a crise mundial que atingiu fortemente o setor no final de 2008. A quantidade de toneladas comercializadas no mercado internacional de produtos do agronegócio teve crescimento de 11,8% no primeiro semestre de 2011, e os preços médios dos principais produtos exportados foram superiores, em média, 30,7%, em relação ao mesmo período do ano anterior. Quase todos os produtos exportados apresentaram preços médios acima daqueles praticados no mercado externo no primeiro semestre de 2010. Os preços médios foram melhores para as pimentas do reino e rosa, com alta de 51%; derivados (34%), e açúcar de cana (30%). Entretanto, houve decréscimo nos preços médios apenas de dois produtos e em percentuais pouco significativos: o mamão (-1,4%) e a noz macadâmia (-0,9%). 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
200 Maiores_ e oria _A roind s ria_MIC.indd 1
Principais produtos de exportação do agronegócio capixaba - Jan a Jun 2011 PRODUTO
US$ 1.000
%
Celulose
565.766
55,45
Café e derivados
365.717
35,84
Açúcar de cana
15.306
1,50
Chocolates e preparados com cacau
14.747
1,45
Carnes e miudezas de bovinos
13.843
1,36
Pimenta do Reino e Rosa
12.895
1,26
Mamão
10.917
1,07
Carne de frango
10.023
0,98
Outros produtos
8.019
0,79
Pescados em geral
1.824
0,18
Nozes (Macadâmia)
1.289
0,13
Total
1.020.346
100
2 bi
(US$)
Será o recorde de produção que o ES pode bater em 2011
Outro grande destaque do ano foi a produção de café. O Espírito Santo registrou a maior produtividade média brasileira do produto, segundo dados da terceira estimativa da safra 2011/2012, realizada pelo Incaper. Foram 11.573 milhões de sacas, sendo 3.079 milhões de café arábica e 8.494 milhões de conilon. Esse resultado, segundo o presidente do Sindicato da Indústria do Café do Espírito Santo (Sincafé), Egídio Malanquini, deve-se, principalmente, à alta demanda do mercado mundial, sendo que o consumo teve um crescimento maior do que a produção. “O café sofreu uma valorização na ponta, com a agregação de mais qualidade e, consequentemente, maior rentabilidade. O produto teve um aumento de 25% no preço em 2011, o que representa um grande avanço, porque significa que toda a cadeia vai bem. Com relação ao consumo, houve 5,5% de aumento na linha popular e 12% na gourmet, o que dá indícios de que em 2012 o cenário também seja de crescimento”, ressaltou Egídio. Os bons números do setor são, na verdade, “frutos” de planejamento. Desde 2003, o Espírito Santo conta com o Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura 187
15/11/2011 14:32:43
ECONOMIA |
AGROINDÚSTRIA
Capixaba (Pedeag), que contempla todas as cadeias produtivas do agronegócio estadual e revela todas as informações sobre ações e resultados de cada um dos programas desenvolvidos desde então pelo Governo do Espírito Santo. “Diversos investimentos estão sendo feitos. Temos um grande programa de crédito rural, que neste ano/safra investirá R$ 1,8 bilhão; temos o programa Caminhos do Campo, que vai construir quilômetros de asfalto a partir deste ano, e o programa de energia produtiva, para fortalecer o fornecimento de energia à população rural capixaba. Isso sem falar nas outras ações, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que adquire equipamentos para as associações de produtores. São muitos os programas e incentivos voltados para a atividade ligada ao meio rural. Acredito que a agricultura é um dos caminhos para o desenvolvimento do Estado”, declarou o governador do Estado, Renato Casagrande.
Destaques agrícolas Além das tradicionais pecuária, aquicultura, pesca, avicultura, suinocultura, produção de frango e de café, outro destaque da agricultura estadual é a fruticultura. Atualmente, são 12 polos de frutas – abacaxi, acerola, banana, coco, goiaba, mamão, manga, maracujá, morango, tangerina, pêssego e uva – distribuídos pelo território capixaba, em uma área de 85 mil hectares ocupados. A produção anual é de 1,4 milhão de toneladas, gerando renda de R$ 600 milhões. A meta do Estado é de que esses polos se diversifiquem. Com relação à pesca, outro destaque capixaba, há 48 comunidades organizadas que vivem dessa atividade no Estado. Pesca e aquicultura geram, juntas, cerca de 30 mil postos de trabalho, e a produção anual total de pescado no Espírito Santo é de 29 mil toneladas. A expectativa é que, em 2025, esse número chegue a 115 mil toneladas. A avicultura e a suinocultura, por sua vez são responsáveis pela geração de mais de 15 mil empregos diretos e 12 mil indiretos, além da contribuição na manutenção de 100 mil empregos em diversas áreas da agricultura capixaba. O setor de postura (produção de ovos) produz aproximadamente 500 mil caixas de ovos com 30 dúzias por mês, sendo Santa Maria de Jetibá o segundo maior produtor de ovos do País. Já a produção de frangos de corte em 2010 foi de 5 milhões de aves por mês. 188
200 Maiores_ e oria _A roind s ria_MIC.indd 1
ES - EXPORTAÇÕES DO AGRONEGÓCIO (US$ 1.000 FOB) 1.020.345 ALTA DE 46%
698.086
Jan a Jun 2010
Jan a Jun 2011
A produção de carne suína é totalmente consumida no mercado interno, com cerca de 40% da demanda capixaba de carne in natura, não incluindo os embutidos e defumados. A estimativa dos setores é de que a produção de suínos seja elevada em 30% nos próximos dois anos; que a de frango de corte tenha crescimento de 100% em cinco anos, e que o setor de postura possa aumentar sua produção em 30%, também nesse mesmo período.
Crédito A dificuldade de acesso ao crédito tem sido considerada a maior barreira para o desenvolvimento de pequenos e microprodutores rurais, o que é um entrave para agricultura familiar, responsável por 80% do que é produzido no Espírito Santo. Entretanto, em parceria, Cooperativas Brasileiras do Estado do Espírito Santo (OCB-ES), Secretaria de Estado da Agricultura (Seag) e Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) lançaram em setembro deste ano um projeto que beneficiará os produtores rurais que trabalham justamente com a agricultura familiar. “Serão disponibilizadas linhas de crédito de R$ 1 mil até R$ 15 mil na modalidade investimento para produtores rurais. Tratase de um programa de inclusão produtiva. Ao trabalharmos com o rural, nosso papel é harmonizar o crescimento. Precisamos ter uma agricultura familiar forte com o objetivo de produtividade e qualidade”, explicou o gerente de cooperativismo da Agência de Desenvolvimento em Rede do Espírito Santo (Aderes), Odmar Péricles. 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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Em 2010, houve um crescimento de 20% na produção de bebidas, de 5% na de alimentos e um incremento de 7,9% no faturamento
Alimentos e bebidas: nem crise abala esse segmento Maior poder aquisitivo e mudanças de hábito da população colaboraram para crescimento do consumo interno
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uito do que acontece com a indústria de alimentos e bebidas está diretamente relacionado ao poder de compra da população. Uma pesquisa realizada pela Associação Paulista de Supermercados (Apas), em 2010, elaborada pelas empresas Nielsen e Kantar WorldPanel, mostrou que o consumo nas classes D e E cresceu mais do que nas classes A, B e C.
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Enquanto entre os mais pobres o crescimento de consumo de alimentos e bebidas teve elevação de 16%, entre os mais abastados o aumento foi de 13%. Especificamente, o consumo nacional de bebidas não alcoólicas registrou alta de 9,6%, no ano de 2010, em relação ao ano anterior; e os alimentos perecíveis tiveram um aumento de 9,3%. A Apas detectou que novos itens
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passaram a integrar o carrinho de compras dos brasileiros, como leite em pó, absorvente, creme de leite, loções e temperos. No comparativo da Apas, aumentou também o número de vezes que as pessoas vão aos mercados e supermercados por ano. Em 2008, esse número era de 106 vezes. Já em 2010, quando a pesquisa foi finalizada, esse dado saltou para 123 vezes, o que representa uma média de três vezes por semana. A pesquisa apontou ainda que 80% dos consumidores vão a mais de três lojas diferentes para se abastecer. Segundo o superintendente da Associação Capixaba de Supermercados (Acaps), Hélio Schneider, todos esses bons índices de desempenho e de melhoria do poder de compra do consumidor final são ótimos para a indústria como um todo, já que fazem parte de um círculo virtuoso no qual toda a cadeia produtiva da fabricação de alimentos e bebidas se beneficia. Em outra análise do setor, o relatório da Confederação Nacional da Indústria (CNI) de 2010 apontou que indústria de alimentos e bebidas contratou 7,2% a mais de funcionários no período quando comparado ao ano de 2008. Também em 2010, houve um crescimento de 20% na produção de bebidas, de 5% na de alimentos e um incremento de 7,9% no faturamento. Ao mesmo tempo, as exportações desses itens aumentaram 8,7%, e as importações, 15,9%, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O presidente da Câmara Setorial da Indústria de Alimentos e Bebidas da Federação das Industrías do ES, Vladimir Rossi, acrescenta que um percentual acima de 90% das empresas desse segmento é formado por micro e pequenas empresas que, portanto, precisam de políticas específicas para seu crescimento. No Espírito Santo, esse universo é formado por mais de 800 empresas, que empregam um número acima de 19 mil pessoas, com destaque para a fabricação de
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produtos para panificação, que tem mais de 200 empresas e aloca quantidade superior a 2,5 mil funcionários, perdendo apenas para a indústria do chocolate.
Conjuntura Com relação à crise iminente na economia mundial, Hélio Schneider acredita que as empresas brasileiras devam ser afetadas pelos efeitos e dificuldades apenas em 2012. “Assim como toda e qualquer indústria, estamos acompanhando com precaução e atentamente essa situação”, disse. A Acaps acredita que o comportamento do consumidor, em especial o capixaba, não tem passado por grandes alterações e que, com a melhoria do poder aquisitivo das classes C e D, essa tendência deve se mantida. Já o presidente do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do Estado do Espírito Santo (Sindipães), Flávio Bertollo, acrescenta que, além do crescimento do poder de consumo, houve outro acréscimo importante, que é o do novo hábito de consumir refeições fora de casa. Ele citou uma pesquisa realizada pela Data Popular que revelou que as despesas com alimentação fora de casa no Brasil somam hoje R$ 121,4 bilhões, enquanto em 2002 esse montante era de apenas R$ 59,1 bilhões. Entretanto, é importante prestar atenção ao fato de que a flutuação do câmbio favorece o consumidor, mas não a indústria local, permitindo que os produtos importados entrem no mercado brasileiro com um preço acessível. Essa situação, quando prolongada, descapitaliza e prejudica a indústria nacional. “É preciso encontrar um ponto de equilíbrio que beneficie tanto os importadores quanto os exportadores”, disse Hélio. Flávio, por sua vez, destacou que os estabelecimentos estão investindo na profissionalização para aproveitarem o relativo bom momento dessa indústria. “Além da diversificação do mix de produtos, as padarias têm investido muito na capacitação de suas equipes e no oferecimento de serviços que
800 é o número de empresas de alimentos e bebidas, que empregam mais de
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pessoas no ES
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O setor de panificação é destaque no Estado, com mais de 200 empresas e 2,5 mil funcionários
agreguem valor à atividade. Para os estabelecimentos bem preparados e atentos ao que o novo perfil de consumidor deseja, certamente há sim muito que crescer”. A indústria dos alimentos e bebidas também possui suas reivindicações junto aos governos, como as relativas às questões tributárias e à falta de investimentos
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na qualificação de mão de obra. Por ser um segmento que absorve um grande número de trabalhadores, há hoje um grande déficit de contingente em âmbito nacional. “Em contrapartida, podemos citar iniciativas de grande sucesso do setor, especialmente as ações fruto de uma parceria entre o Sindipães e o Sebrae no Espírito Santo, por meio do Projeto de Desenvolvimento da Panificação Capixaba. Desde agosto de 2009, essa iniciativa vem fomentando a profissionalização do setor de norte a sul do Estado, com atenção especial para o interior”, contou. Uma boa oportunidade para o desenvolvimento da indústria de alimentos e bebidas seria a interiorização da produção industrial, já que no interior do Estado concentra-se, prioritariamente, o cultivo da matéria-prima que abastece essa indústria. Assim, “todo mundo ganharia”, sentencia Vladimir Rossi.
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COMÉRCIO VAREJISTA
Foto: Divulgação - Shopping Vitória
As cerca de 31 mil empresas de comércio geram mais de 200 mil postos de trabalho em todo o Estado
Comércio varejista: setor em alerta Apesar do clima de retração, setor é um dos grandes responsáveis pela geração de emprego e renda no Espírito Santo
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nova conjuntura de crise da economia mundial instigada por problemas com a União Europeia e Estados Unidos deixou o comércio varejista capixaba em alerta neste ano de 2011. O clima de cuidado levou os representantes do varejo a tomarem uma postura de retração nas compras e diminuição em investimentos diante do temor dos 194
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impactos que podem acontecer, principalmente em 2012. A julgar pela importância do setor dentro da economia capixaba, o comércio varejista precisa rapidamente de uma retomada. O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Espírito Santo (Fecomércio-ES), José Lino Sepulcri, afirma ainda que a atitude do 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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comércio deve ser a de manter uma gestão compatível com eficiência de seus processos de comercialização, o que compreende estoques ágeis e adequados à preferência dos consumidores, equipe capacitada e motivada e foco na saúde financeira do negócio, sem perder de vista a combinação de preço e valor agregado. “A evolução do comércio alia-se com a capacidade de reagir, criar e se inovar em ambientes dominados ora por crise, ora por euforia. Trata-se do setor mais vulnerável às mudanças econômicas, políticas, sociais, ambientais e tecnológicas, que afetam o processo de decisão das diversas cadeias produtivas e dos consumidores. O importante é sabermos que em um mundo em que o talento é quase uma mercadoria, o desafio do líder é criar um contexto de estímulo ao desempenho do capital humano”, defende Sepulcri. Uma pesquisa realizada em 2009 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Vendas online O surgimento de novas tecnologias e a consolidação da internet fizeram surgir uma nova categoria de lojas e consumidores que se reforçou no decorrer de 2011: a dos compradores e vendedores online. O Espírito Santo acompanhou o movimento nacional e, por aqui, as vendas do e-commerce também cresceram. O comércio eletrônico no Espírito Santo tem é formado por consumidores da faixa etária entre 28 e 35 anos, sendo 30% mulheres, com aproximadamente 50% dos usuários possuidores de curso superior. Os resultados alcançados pelo comércio eletrônico no Brasil crescem a cada aferição. Em 2010, essa modalidade de comércio faturou um total de R$ 14,8 bilhões, o que representa crescimento nominal de 40% frente aos R$ 10,6 bilhões registrados no ano anterior. Nos dados apurados pela consultoria E-bit, os setores de eletrodomésticos (14%); livros, assinaturas de revistas e jornais (12%); saúde, beleza e medicamentos (12%); informática (11%), e eletrônicos (7%) foram os que mais venderam no período. Para este ano, a expectativa é de que o comércio eletrônico fature R$ 20 bilhões, atraindo 4 milhões de novos consumidores, chegando a 27 milhões de pessoas comprando pela internet em todo o Brasil.
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(IBGE) e divulgado recentemente mostrou que o comércio gera mais de 200 mil postos de trabalho em todo o Espírito Santo e tem mais de 31 mil empresas, responsáveis pela geração de uma receita bruta de R$ 47 bilhões. O comércio varejista, especificamente, emprega 150 mil pessoas e tem o maior percentural de empresas registradas no Espírito Santo, chegando a 81% do total. Salários, retiradas e outras remunerações do comércio fazem circular R$ 1,9 bilhão na economia local, direcionando 62,5% desses recursos para empresários e funcionários do varejo. Quando avaliado, o ano de 2011 aponta uma tendência de alta nas contratações. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, revelam que em julho o comércio empregou 1.183 pessoas no Espírito Santo, ou seja, 21,5% a mais do que no mesmo mês em 2010, quando foram gerados 974 empregos. “O comércio tem sido um dos principais responsáveis pela geração de empregos e renda da população capixaba, fazendo com que a economia mantenha-se em constante aquecimento”, reforçou Sepulcri. O superintendente da Associação dos Supermercados Capixabas (Acaps), Hélio Schneider, acredita que o Espírito Santo não passará ileso pelo momento de dificuldade e recessão, mas disse que o setor trabalha com a expectativa de que as vendas se elevem, com relação ao ano passado, pelo menos em dezembro, ou de que as operações permaneçam no mesmo patamar. O fato é que, por causa de sua diversificação, cada segmento do comércio sentirá esses impactos de maneira diferenciada. “O que o comércio varejista espera é que aconteçam mudanças na política monetária do Brasil, como o encerramento do ciclo de elevação da taxa Selic, para provocar a diminuição das contas públicas e o barateamento do crédito para o incentivo às compras”, falou Schneider. Apesar da cautela do setor, um estudo realizado pela Associação Paulista de Supermercados (Apas) e elaborado pelas empresas Nielsen e Kantar WorldPanel detectou que o aumento do poder de
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É a receita bruta que o comércio gera no ES
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COMÉRCIO VAREJISTA
Foto: Arquivo Next
Migração de famílias das classes D e E para a classe C deve refletir em bons números para o comércio
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compra da população vai fazer com que 3% das famílias brasileiras migrem das classes D e E para a classe C, e isso deve refletir na manutenção dos bons números do comércio. Do total de lares no país, 41% deverão pertencer à classe C em 2011; as classes D e E devem ter sua participação reduzida de 39% para 36%; e as classes A e B devem se manter estáveis em 23%. De qualquer maneira, conforme finalizou Sepulcri, as expectativas favoráveis é que geram efeitos dinamizadores em diversas cadeias de negócios varejistas. Ainda segundo ele, a confiança do empresário e do consumidor fortalecerá o desempenho do varejo, pois eles são os pilares do movimento da economia real.
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COMÉRCIO EXTERIOR
Foto: Arquivo Next
Importações capixabas aumentaram em 46% nos primeiros seis meses de 2011
Comércio exterior tem ano de sucesso e incertezas Bons índices de exportação competem com falta de estrutura e dúvidas com relação aos incentivos
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ano de 2011 foi de bastante êxito para a economia capixaba com relação ao comércio exterior. Os números positivos da balança comercial, que apresentou um superávit de US$ 2,4 bilhões apenas no primeiro semestre, demonstram o incremento de 59% no saldo das exportações, em comparação ao mes-
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mo período do ano passado, sendo isso reflexo de melhoria de 50% nas exportações e de 46% nas importações. Em outras palavras, isso equivale dizer que as empresas locais exportaram US$ 7,2 bilhões e importaram US$ 4,8 bilhões. Esse resultado reflete um aumento no valor de comercialização das commodities, visto
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Foto: Arquivo Next
o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), que o volume de exportação e importação os primeiros meses de 2012 serão bons não se alterou significativamente. para todo o segmento de serviços que O fato é que o setor de comércio exterior atende às empresas importadoras já que movimentou na economia capixaba mais a tendência é o Brasil também ter um de US$ 12 bilhões, de acordo com dados da crescimento maior das importações, Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do caso continue se sustentando o crescimento Ministério do Desenvolvimento, Indústria e da renda doméstica brasileira. Comércio Exterior (MDIC). Minério de ferro, aço, petróleo, celulose, café e rochas ornaDesafios mentais continuam sendo os produtos mais O panorama é favorável, mas poderia ter comercializados no mercado internacional. sido melhor se não fossem a insegurança Outro fato relevante para o setor foi a jurídica instaurada pelo projeto de reforma recuperação dos Estados Unidos como o printributária em tramitação no Congresso cipal parceiro comercial do Espírito Santo, Nacional e a falta de investimentos federais refletindo a retomada do crescimento da em infraestrutura. Segundo Severiano economia norte-americana, o que está aconImperial, as incertezas são causadas pela tecendo de maneira lenta, mas tendendo à proposta do governo federal de realizar recuperação. Na lista das exportações capiuma reforma tributária fatiada que começa xabas para os Estados Unidos, destacam-se o pela redução drástica da alíquota do ICMS petróleo, a celulose e as rochas ornamentais. incidente nas operações interestaduais Já para a China, que vinha sendo o principal parceiro comercial do Espírito Santo nas exportações, tiveram mais relevância o minério de ferro, a celulose e as rochas ornamentais. Para a União Europeia, terceiro maior importador do Estado, os itens mais exportados são o minério de ferro, o aço e a celulose. Genericamente, minério de ferro, aço, petróleo, celulose, café e rochas, nessa ordem, são os produtos que mais se destacam na capixaba exportação. “A crise americana não afetou as nossas operações, mas é preciso ter cautela, tentar diversificar os mercados e negociar em outras moedas”, afirmou o presidente do Sindicato do Comércio de Exportação e Só no primeiro Importação do Estado do semestre de 2011, Espírito Santo (Sindiex), incremento no saldo Severiano Imperial. Com das exportações as importações capixabas capixabas foi de 59% tendendo a subir, segundo
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COMÉRCIO EXTERIOR
Foto: Leonel Albuquerque
Comércio exterior movimentou mais de US$ 12 bilhões na economia capixaba
com bens e mercadorias importados, a partir já do próximo ano. Severiano se refere ao Projeto de Resolução do Senado 72/2010, que, se aprovado sem modificações, incentivará as importações nas Unidades Federadas (UFs) consumidoras, principalmente São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Para ele, isso “vai gerar inflação, pois os bens importados por UFs que não são grandes consumidores ficarão mais caros ao serem vendidos nos centros consumidores, já que o ICMS de importação se tornará custo indireto para o importador”. Na visão da maioria dos empresários e políticos locais, no Espírito Santo, o atual projeto inviabiliza o Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap), já que não haverá recursos que permitam celebrar os contratos de financiamento, por exemplo. “Paralelamente, o projeto ofende, pelo menos, dois princípios constitucionais: federalismo e não cumulatividade do ICMS, tributo das UFs, 200
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cabendo a elas fixar as alíquotas”, disse o presidente do Sindiex. De acordo com ele, se as UFs perderem a capacidade de fixar as alíquotas de um tributo de sua competência, só lhes restarão as funções de fiscalizar e de arrecadar. Severiano explica que, “ao fixar em zero a alíquota do ICMS, este se tornará cumulativo, já que o valor pago a título de ICMS de importação não terá como ser aproveitado na operação subsequente nem o comprador da outra UF receberá crédito de ICMS da operação anterior”. O que os capixabas argumentam é que será necessário um prazo de carência de, pelo menos, oito anos, seguido de um período mínimo de escalonamento de quatro anos, chegando a uma alíquota de 7%, para que os governos dos entes federados menos favorecidos encontrem soluções para adequação ao novo cenário tributário, gargalos históricos de infraestrutura e manutenção das atividades já iniciadas. “Somos a favor de uma reforma tributária, mas que ela seja feita de forma justa”, declarou Severiano, complementando que, se a mudança acontecer nos moldes propostos pelo governo federal, ou seja, inviabilizando o Fundap, o impacto anual será de perda de R$ 2,2 bilhões na arrecadação de ICMS e redução drástica na capacidade de investimento da maior parte dos municípios capixabas, com perda anual de R$ 538 milhões nas receitas municipais. Haverá também redução de investimentos em projetos de infraestrutura realizados por empresas fundapeanas. Além disso, pode acontecer o fim da destinação de recursos ao Fundap Social e, por consequência, prejuízos ao Programa NossoCrédito.
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Por aqui, o maior desafio do comércio exterior é manter sua relativa competitividade. “Precisamos continuar trabalhando na defesa do Fundap, que garante alguma competitividade às empresas capixabas e desempenha papel crucial no processo de desenvolvimento econômico e social do Espírito Santo”, sentencia Severiano.
Gargalos Enquanto isso, empresários capixabas apontam que o Governo do Estado e a bancada federal capixaba precisam continuar buscando investimentos para suprir as necessidades de infraestrutura portuária e de transportes, inclusive a dragagem e a derrocagem da Baía de Vitória. “Urge pensarmos nas características necessárias à competitividade internacional, a médio e longo prazo, ou seja, profundidade na área de atracação
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e de acesso ao porto que dê condições de recebermos modernos supergraneleiros e porta-contêineres. Precisamos de profundidade adequada de acesso e dimensões dos berços, equipamentos eficientes para a movimentação de cargas, boa logística interna para acesso ao porto e transporte das mercadorias, acesso por terra à retroárea que deve ser eficiente, etc”, avalia o presidente do Sindiex. Ele também aponta o projeto do “novo” aeroporto, que precisa da construção de uma pista que permita pouso de cargueiros e a ampliação do terminal de cargas, além da necessidade de implantação e restauração de trechos rodoviários para adequar e expandir os acessos aos portos, em especial aos terminais que operam contêineres e carga geral, que têm o escoamento das cargas realizado principalmente por caminhões.
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Foi o superávit da balança comercial capixaba só no primeiro semestre do ano
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ECONOMIA |
TURISMO
Foto: Instituto Rota Imperial
Na Rota Imperial, cujo marco zero é o Palácio Anchieta, em Vitória, são 180 atrativos turísticos, divididos entre as 31 cidades cortadas por ela
Turismo no Espírito Santo Eventos corporativos atraem novo perfil de turistas ao Estado
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ocalização estratégica, belezas naturais e uma culinária baseada em frutos do mar são alguns dos atrativos turísticos do Espírito Santo, mas não os principais. A nova dinâmica econômica, aliada à qualidade de vida, tem despertado interesse de um público diferenciado que busca o Estado para a prática do turismo de eventos e negócios, colocando o Espírito Santo como o sexto desse segmento turístico no Brasil. De acordo com o Espírito Santo Convention & Visitors Bureau, em 2010 foram 97 eventos, que atraíram 31 mil turistas, movimentando R$ 54 milhões na economia estadual.
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O Espírito Santo também se projetou nacional e internacionalmente, com representantes do Estado participando de 11 eventos em outros países e de mais 19 eventos nos demais Estados do Brasil. “A crise internacional de 2009 afetou diretamente o turismo de eventos no mundo inteiro. As empresas patrocinadoras e realizadoras de eventos enxugaram seus investimentos na área, o que causou impactos nos destinos turísticos. No caso do Espírito Santo, embora ainda com resquícios de crise, 2010 foi um ano bom para o turismo de eventos, principalmente pela retomada dos investimentos 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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por dia cada vez que vem ao Espírito Santo, uma receita que vem crescendo conforme aumenta o fluxo. Em 2005, quando o Estado recebeu 378.290 turistas, o gasto médio diário foi de R$ 38,58 por pessoa. Já em 2010, foram 917.365 turistas, com gasto médio individual de R$ 69,85 ao dia. O Governo do Estado também mapeou o perfil dos participantes de eventos no Espírito Santo, além de sua origem e tempo de permanência em território capixaba, avaliando ainda sua opinião sobre a estrutura oferecida e qualificando seus gastos durante a estadia. A mostra foi realizada em fevereiro de 2011 durante a Feira Internacional do Mármore e Granito (Vitoria Stone Fair), em Carapina. A pesquisa destacou que grande parte dos turistas moram no próprio Perfil do novo turista Estado, mas dentre os que residem fora destacam-se os oriundos de São Paulo, O turista de eventos e negócios, na maioria Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia. Eles das vezes, viaja motivado em participar de são, em sua maioria, homens (87,9%), com atividades de enriquecimento técnico, como idade entre 26 e 60 anos (81,1%), com ensino congressos, feiras, seminários, palestras e superior, casados, empresários ou empredemais eventos focados no desenvolvimento gados de empresa privada. A média da renda cultural, movimentando uma cadeia produfamiliar dos entrevistados é de R$ 8.290,16, e tiva que envolve vários outros segmentos eles tiveram conhecimento do evento espeeconômicos, desde o taxista até o agenciador cialmente junto à empresa, a convite e por de viagem, passando por restaurantes e hotéis. trabalhar no setor de rochas ornamentais. Uma pesquisa divulgada pelo Instituto A média dos gastos de cada turista de fora Futura em 2011 revelou que o turista de do Estado (a maioria não possui dependentes eventos e negócios gasta, em média, R$ 70 incluídos nos gastos) foi de R$ 913,69 com hospedagem, R$ 457,38 com Quadro comparativo do fluxo alimentação, R$ 353,79 turístico do Espírito Santo com diversão, R$ 437,38 em compras e R$ 382,28 PERÍODO QUANTIDADE DE TURISTAS GASTO MÉDIO INDIVIDUAL (R$) em demais despesas. Além disso, a pesqui2005 378.290 38,58 sa aponta ainda que 2006 666.392 31,07 a maior parte desses visitantes não realizou 2007 522.841 45,74 turismo receptivo durante sua estadia na 2008 509.486 78,74 cidade. O que chama a 2010 atenção é que foi positiva 749.459 69,85 (Alta Temporada) a avaliação dos serviços 2010 e atrativos na cidade de 917.365 69,16 (Média Temporada) Vitória e a impressão * Em 2009 a pesquisa não foi realizada, e 2011 ainda não foi concluída a da média temporada e o comparativo. geral da cidade como Fonte: Instituto Futura destino de negócios. em patrocínios nacionais”, disse o presidenteexecutivo do Espírito Santo Convention & Visitors Bureau, Maely Coelho. O otimismo agora vem dos impactos da realização da Copa do Mundo, das Olimpíadas, da Copa das Américas e da Copa das Confederações. “Mesmo se não conseguirmos receber nenhuma equipe para a pré-temporada, ainda seremos destino para turistas do mundo inteiro que quiserem conhecer o Espírito Santo”. Maely acredita ainda que, para os próximos anos, haja predomínio do segmento de eventos e negócios no Estado. “Principalmente em virtude do grande número de investimentos futuros em novas plantas industriais e a ampliação de outras já instaladas”, avaliou.
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É o gasto médio diário de um turista no Espírito Santo
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TURISMO
A maioria dos turistas considerou “bons” esses aspectos e pretende retornar à cidade por motivo de lazer.
Promovendo o destino Espírito Santo Para capacitar o setor de turismo, Governo do Estado, prefeituras e entidades parceiras vêm promovendo ações que divulguem a terra capixaba. Por meio da Secretaria de Estado de Turismo (Setur), está sendo desenvolvida a campanha “Espírito Santo é seu Roteiro”, em parceria com a Agência de Desenvolvimento Sustentável da Região Turística Metropolitana (Adetur), que visa a incentivar a comercialização do produto turístico local. A campanha teve início em setembro de 2010 e está premiando os prestadores de serviços (agentes de viagens, agências de turismo emissivo e receptivo, operadoras de turismo e meios de hospedagem) que mais contribuem para a venda dos produtos turísticos tendo como destino o Espírito Santo. Com foco na Capital e nas três principais rotas turísticas capixabas – Rota do Sol e da Moqueca, Rota do Verde e das Águas e Rota do Mar e das Montanhas –, o trabalho já capacitou 5 mil agentes de viagem em vários Estados brasileiros: Rio de Janeiro, Paraná, 204
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Foto: Leonel Albuquerque
Em 2010, 97 eventos de negócios no Espírito Santo atraíram 31 mil turistas, movimentando R$ 54 milhões na economia estadual
Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Bahia, além do Distrito Federal. E o esforço já tem valido a pena: várias operadoras têm procurado a Setur em busca de parceria, aumentando a perspectiva de turistas que visitam o Estado a cada ano. Internamente, a Setur, em parceria com o Senac-ES, está desenvolvendooprograma“Qualifica ES Turismo”, que visa a qualificar os profissionais que atuam nos equipamentos turísticos dos municípios que compõem as regiões turísticas capixabas. O programa foi lançado em 2010, e contou com 48 turmas formadas e 1.134 profissionais qualificados. Em 2011, o programa tem como meta qualificar 1.850 profissionais. “A Setur desenvolve o ainda o programa ‘Qualifica Brasil’, promovido pelo Ministério do Turismo e pela Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares, que está voltado a proprietários e gerentes de bares, restaurantes, pousadas e hotéis. No Espírito Santo, o programa é executado em parceria com o Sindibares e a Abrasel-ES”, explicou o secretário estadual de Turismo, Alexandre Passos.
Rota Imperial como produto turístico do Brasil História, cultura, turismo e desenvolvimento industrial se misturam na Rota Imperial São Pedro D’Alcântara, que insere o Espírito Santo no âmbito da Estrada Real, reproduzindo caminhos abertos no início do século XIX. Desde outubro de 2010, quando houve o lançamento da Rota Imperial, o projeto é gerido pela Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes), que tem trabalhado num projeto executivo para colocar a rota como um produto turístico reconhecido pelo Ministério da Cultura (Minc). Em 2011, segundo 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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Foto: Agência Vale
a gerente do Instituto Rota Imperial, Viviane Gaudio, o instituto fará toda a demarcação e a sinalização da Rota Imperial, nas 14 cidades capixabas e nas outras 17 mineiras que a compõem. “São 180 atrativos turísticos sinalizados. A receptividade tem sido grande e estamos contando com a indústria para patrocinar essa sinalização”, pontuou Viviane, esclarecendo que o Sistema Findes é responsável pela gestão do Instituto Rota Imperial (IRI) e atua em parceria com os governos estaduais do Espírito Santo e de Minas Gerais, com o apoio do Ministério do Turismo, e também em conjunto com outras entidades. O marco zero da Rota Imperial é o Palácio Anchieta, em Vitória. O trajeto é a reprodução do caminho usado por Dom
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Governo do Estado, prefeituras e entidades têm promovido o destino Espírito Santo e suas potencialidades turísticas
Pedro II para chegar a Santa Leopoldina. O caminho abre as potencialidades dos Estados do Espírito Santo e Minas Gerais e promete uma nova rota, que esconde, além da rica culinária de ponta a ponta, paraísos ecológicos, cachoeiras, montanhas e muito charme.
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ECONOMIA |
VESTUÁRIO
Fotos: Arquivo Next
85% dos postos de trabalho na indústria do vestuário são ocupados por mulheres
Vestuário: setor é um dos que mais geram empregos no Estado Segmento que mais emprega mulheres no Espírito Santo, vestuário aposta em criatividade e inovação
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ada vez mais abrangente, a indústria do vestuário (ou indústria da moda) vem se destacando na economia estadual, não somente por sua criatividade e competência em inovação, mas também por sua capacidade de gerar empregos e de movimentar vários outros segmentos produtivos – que vão desde a indústria de confecções até a de decoração e estofamento. Dados do Ministério do Trabalho apontam que, depois da construção civil, esse setor é o que mais emprega no Espírito Santo, sendo responsável pela criação de 35 mil postos de trabalho – 85% deles ocupados por mulheres. Ao todo, o mercado do vestuário é composto por 1.500 empresas – incluindo micro, pequenas e médias, localizadas em diversos municípios capixabas. 206
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Segundo dados da Gerência de Arranjo Produtivo Local (APL), da Secretaria de Desenvolvimento do Estado, a indústria do vestuário está presente em grande parte dos municípios do Espírito Santo, com duas grandes concentrações: uma na região noroeste, compreendendo os municípios de Colatina, São Gabriel da Palha, Nova Venécia e Baixo Guandu, com indústrias focadas na produção de jeans; e outra na Grande Vitória, nas cidades de Vila Velha, Cariacica, Serra e Vitória, tendo o comércio do bairro da Glória, em Vila Velha, consagrado-se junto à população e revendedores de diversas regiões. “Temos um setor extremamente importante para a economia estadual e, neste novo ciclo de desenvolvimento capixaba em que privilegiamos a indústria criativa – moda e design –, tudo isso vai ocupar papel especial na 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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nossa economia. Creio que teremos espaços bem abertos para todos os profissionais do setor”, enfatizou o vice-presidente da CNI, Lucas Izoton Vieira, que também é presidente da marca de moda jovem Cobra D’Agua.
Investimentos em design e tecnologia “Para atender à demanda do mercado, o setor terá de investir em design e tecnologia a fim de se manter competitivo”. A afirmação é do presidente do Conselho de Micro e Pequenas Empresas (Copem) da Findes, Kléber Duarte. Ele conta que hoje o Espírito Santo possui muitas empresas pulverizadas ao longo do seu território, apresentando características diversas de produção. “Mas para essas empresas crescerem, necessitam promover uma cultura na área de tecnologia para dar diferencial ao produto e melhorar a produtividade. Se isso não acontecer, o empresário vai concorrer com a China por causa de preço”, argumentou. Kléber ressalta que a qualificação do setor também é uma necessidade e cita que no Estado existem duas realidades extremas: a indústria de ponta e a artesanal. “E visando a atender às demandas do segmento, principalmente em termos de qualificação de mão de obra, será construído em Vila Velha um Centro de Referência da Indústria da Moda (Centromoda), um local de referência da moda e também uma escola de formação profissional, que ajudará a formar novos estilistas, designers e outros profissionais da moda, atendendo, assim, todas as necessidades do setor, melhorando o nível de tecnologia das empresas”, ressaltou. Segundo Kléber, o Centromoda será uma vitrine das indústrias do setor, construída em um terreno localizado no bairro Santa Inês. A expectativa é de que o espaço seja concluído até 2013. A obra está orçada em R$ 7 milhões, mais R$ 4 milhões em maquinário.
Competitividade Embora a indústria da moda esteja em crescimento, a concorrência internacional é um dos gargalos que mais preocupa os empresários. Conforme ressalta o presidente da Câmara Setorial do Vestuário da Findes, Paulo Vieira, a invasão dos importados no Brasil praticamente dobrou de 2009 para 2010. “Isso acaba espremendo a indústria nacional, mas, 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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Capixabas gastarão R$ 11 bilhões em moda Uma recente pesquisa divulgada pelo Ibope revelou que os capixabas gastarão R$ 11 bilhões com moda, em 2011. Somente no segmento de confecções, serão R$ 5 bilhões, enquanto uma fatia de R$ 6 bilhões será gerada graças ao ramo de calçados e acessórios. Segundo a pesquisa, tanto o segmento de confecções quanto o de calçados e acessórios devem movimentar R$ 136 bilhões no país, com média de consumo de R$ 702 por pessoa nas duas categorias. Os números se referem apenas ao mercado interno; no mercado externo, a participação do Espírito Santo ainda é pequena, representando apenas 2% da pauta de exportações brasileiras.
de qualquer maneira, é um setor com um grande know how. Como a moda não é uma commodity, e sim uma indústria criativa, isso pode fazer diferença, principalmente na velocidade em que criamos”, disse. Outros gargalos apontados por Paulo Vieira é o Custo Brasil, a falta de infraestrutura, principalmente na parte de logística, e a regulação cambial. Entretanto, uma das apostas do setor para 2012 está na Medida Provisória 540, que traz importantes alterações na legislação tributária. A MP, proposta pelo governo federal por meio do Plano Brasil Maior, entra em vigor em 1º de dezembro de 2011. Por meio dela, o cálculo do INSS patronal é alterado, com o intuito de beneficiar algumas indústrias competitivas do País, entre elas, a do vestuário. Espera-se, com a medida, que mais empregos sejam gerados, apesar de ela, sozinha, ser insuficiente para garantir o crescimento do setor. “É necessário um conjunto de ações que garantam o crescimento e a competitividade. O brasileiro é competitivo, e a indústria brasileira também. Mas quando consideramos Vietnã, Bangladesh, China e Índia, temos uma diferença bem significativa no preço dos produtos, o que inviabiliza nossos produtos”, disse.
Representatividade e participação em eventos Tendo perfis de acordo com o seu segmento, os sindicatos são peças fundamentais para que os projetos e ações que visem à melhoria e à competitividade empresarial do setor do vestuário sejam promovidos. Para coordenar
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serão investidos no Centromoda 207
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Foto: Arquivo Next/Julio Marcelo Stabnow
Vitória Moda Show gerou um volume de negócios de R$ 10 milhões
essas ações, a Findes criou uma Câmara Setorial, que conta com a participação dos sindicatos do segmento. Hoje, no Estado, há vários sindicatos da indústria do vestuário: Sindicato das Indústrias de Vestuário de Colatina e Região (Sinvesco); Sindicato da Indústria do Vestuário de Linhares (Sinvel); Sindicato das Indústrias de Calçados do Espírito Santo
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(Sindicalçados); Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem em Geral, de Tinturaria, Estamparia e Beneficiamento de Fibras Artificiais e Sintéticas e do Vestuário do Estado do Espírito Santo (Sindutex), e Sindicato das Confecções do Sul (Sinconsul). Para além do apoio dos sindicatos, a participação em eventos de moda também ajuda os empresários a agregar ainda mais valor ao produto local, maximizando o consumo do que é fabricado pelas indústrias capixabas. É o caso, por exemplo, do Vitória Moda Show (VMS), cuja quarta edição superou expectativas, gerando um volume de negócios para a indústria têxtil na ordem de R$ 10 milhões. Além disso, cerca de 10 mil pessoas de vários Estados brasileiros estiveram no Centro de Convenções de Vitória, conhecendo o trabalho do Espírito Santo. O evento reuniu ainda 5 mil expectadores, que assistiram aos desfiles das coleções de oito marcas capixabas.
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ECONOMIA |
MÓVEIS
Fotos: Arquivo Next
Das mais de 1 mil empresas moveleiras, 98% são microempresas
Setor moveleiro: inovação pela competitividade Espírito Santo se destaca pela produção de móveis sob encomenda e seriados
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indústria moveleira do Espírito Santo não para de se expandir e encontra em 2011 um cenário de crescimento, inovação e investimentos. Isso tudo porque a pressão competitiva do mercado externo fez com que o setor se movimentasse no sentido de identificar e incorporar novas tecnologias e planejar suas necessidades para corresponder às expectativas de um mercado cada vez mais exigente. De acordo com os sindicatos representativos de classe do setor, existem instaladas em solo capixaba 1.135 empresas/indústrias de móveis, sendo a maioria (98%) composta por microempresas – muitas com perfil de empresa familiar. No Espírito Santo, o setor é dividido em dois segmentos: o de encomenda e o de seriados, que tem o polo de Linhares como o mais representativo. 210
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Em 2011, essas empresas foram responsáveis por criar 17,5 mil postos de trabalhos em diversas áreas produtivas – madeira, mobiliário, serrarias, carpintarias, tanoarias, madeiras compensadas, laminados, aglomerados, chapas de fibras de madeira, marcenarias, móveis de madeira, móveis de junco e vime, vassouras, cortinados, estofos, escovas e pincéis, entre outros. Apesar do investimentos e do bom momento, as empresas de Linhares, de acordo com o presidente do Sindicato da Indústria da Madeira e do Mobiliário de Linhares e Região Norte do Espírito Santo (Sindimol), Almir Gaburro, tiveram um primeiro semestre de 2011 aquém das expectativas. O resultado disso é que as medidas anunciadas pelo governo federal, por meio do Plano Brasil Maior, não vão refletir no 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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setor como era previsto. “Iniciamos um ano com uma previsão de crescimento da ordem de 10% no comparativo com 2010, mas, acreditamos que o cenário não deverá ser tão favorável. Neste momento, só podemos desejar que nossas vendas se mantenham no mesmo patamar registrado em 2010”, destacou.
Transpondo a tradição O segmento de móveis sob encomenda é representado pelo Sindicato da Indústria de Madeiras e Atividades Correlatas em Geral da Região Centro Sul (Sindimadeira) e alcança toda a Grande Vitória (com concentração em Cariacica), São Roque do Canaã, Santa Teresa, Cachoeiro de Itapemirim, Domingos Martins e Aracruz. O setor vem se destacando graças à iniciativa, pesquisa e criatividade do próprio empresariado. Para se manterem competitivas, essas empresas encontram como desafio o investimento em novas tecnologias visando a transpor a tradição, mas sem perder as características artesanais e, assim, alcançar mercados fora do Espírito Santo. Esse esforço tem feito diferença na gestão empresarial e repercutido na qualidade e na qualificação das indústrias do segmento. Também a relação estratégica com o Sistema Findes, por meio do Senai, IEL e Ideies; governo do estado; Sebrae-ES; prefeituras; sindicato e outras organizações e instituições públicas e privadas, tem motivado a instrumentalização do setor, melhorando seu desempenho e capacidade produtiva. Essa união de forças faz com que a indústria de móveis por encomenda do Estado seja considerada uma das melhores do Brasil. Seu mercado interno é composto principalmente pelas lojas do Espírito Santo, que consomem 80% do mobiliário sob encomenda; o restante atende ao mercado externo, sendo grife nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Minas Gerais. SINDICATO
EMPRESAS
EMPREGOS
Sindimadeira
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5 mil
Sindimol
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9 mil
Sindimóveis
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3,5 mil
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Linhares: um polo jovem Linhares possui uma indústria moveleira jovem, mas significativa para a economia do Espírito Santo. Suas empresas têm, no máximo, 30 anos de fundação, e a maioria produz móveis seriados que são comercializados em todo o País. “Essa produção nos coloca em condição diferenciada dos demais polos do Estado, que têm na indústria de encomenda a maior característica”, afirmou Almir Gaburro. Almir destaca que os elevados níveis de investimentos realizados pelas empresas em novas tecnologias e design influem positivamente nos bons índices de crescimento do setor. “Com o uso de tecnologia de ponta, as indústrias reduzem custos e aumentam a produtividade, tornando-se mais competitivas no mercado nacional. E com os investimentos em design diferenciados, nossas indústrias estão conquistando os consumidores e se colocam em destaque nos pontos de vendas de grandes redes varejistas nacionais.” Outro fator apontado por Almir é a participação em grandes feiras nacionais e a realização da Espírito Santo Móvel Show.
Sindicatos buscam fortalecer o setor
Para estimular ações de fomento e crescimento industrial, os três sindicatos – Sindicato da Indústria de Madeiras e Atividades Correlatas em Geral da Região Centro Sul (Sindimadeira), Sindicato das Indústrias de Madeira e do Mobiliário de Linhares (Sindimol) e Sindicato da Indústria de Serrarias, Carpintarias, Madeiras, Compensados, Marcenaria, Móveis de Junco, Vime e Vassouras, Cortinados e Estofados (Sindimóveis) – desempenham importante papel, mantendo suas características distintas e sendo agentes econômicos em suas localidades, tendo associadas empresas que, juntas, geram mais de 17,5 mil empregos diretos e indiretos. Somente o Sindimadeira conta com 813 indústrias. FATURAMENTO Destas, 92,5% são microempresas, que, juntas, geram 5 mil R$ 322 milhões empregos e detêm um faturamento de R$ 322 milhões. R$ 500 milhões O sindicato vem articulando oportunidades como a parti* valor não fornecido cipação em missões técnicas
80 % do mobiliário sob encomenda são para o mercado interno
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Polo de Linhares se destaca pela fabricação de móveis seriados
empresariais, visita a feiras, treinamento, wokshops e efetivação de programas com o Senai, Sesi e Sebrae. O presidente do Sindimadeiras, José Domingos Depollo, conta que o móvel de encomenda vem se destacando graças à iniciativa, à pesquisa e à criatividade do próprio empresariado. “A visão do negócio e a capacidade artesanal geram variação de produtos, chegando ao requinte de empresas possuírem produtos exclusivos. É claro que aqueles que inovam apresentam maior oportunidade sobre os demais. Entretanto, as empresas estão, aos poucos, se adaptando às novas tecnologias, investindo em máquinas e equipamentos, incorporando novo layout fabril. Aliado a tudo isso, o conjunto das empresas mobiliza-se institucionalmente para garantir condições de desenvolvimento”, declarou Depollo. O Sindimóveis reúne as empresas com base territorial em Colatina, Marilândia, Pancas, São Gabriel da Palha, Baixo Guandu, Nova Venécia, Barra de São Francisco, Governador Lindenberg e São Domingos. São 60 empresas, responsáveis pela geração de 3,5 mil empregos na região. Conforme o presidente do Sindimóveis, Mario Sérgio do Nascimento, as empresas de sua região estão investindo em equipamentos e tecnologia para melhorar o desempenho de sua atividade e garantir a competitividade. “Hoje, 90% de nossa produção são voltados para a Grande 212
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Vitória, gerando emprego e renda. Temos como característica a confecção e a produção de itens exclusivos no mercado, mas ainda temos como entrave ao nosso desenvolvimento a liberação dos licenciamentos ambientais. Sem tal documento é mais difícil a liberação do crédito e, consequentemente, o setor não avança. Cerca de 90% de nossas empresas estão aguardando licenciamentos”, declarou. Já o Sindimol representa as indústrias de móveis e da madeira instaladas nos municípios de Linhares, Sooretama, Jaguaré, Rio Bananal, São Mateus, Conceição da Barra, Pedro Canário, Pinheiros, Ponto Belo, Boa Esperança, Mucurici e Montanha, atendendo a 200 empresas, 3% de médio e grande porte e 81% de microempresas, que geram 9 mil empregos, entre diretos e indiretos. Destas, 90% estão localizadas em Linhares, o que torna o município o maior polo moveleiro do Espírito Santo e o sexto maior do País. Os três sindicatos fazem parte da Câmara Setorial da Indústria Moveleira da Findes, uma ferramenta da Federação das Industrias do ES significativa para o setor e criada para representar e defender os interesses do segmento moveleiro capixaba. O presidente da Câmara Setorial, Luiz Rigoni, informou que cada sindicato tem sua característica, sendo importante para fortalecer a atividade. “A Câmara existe desde 2004 e, desde então, tem concedido incentivo à inovação. De lá para cá, o segmento de seriados tem se sobressaído, obtendo maior fatia do mercado. Porém, por causa da expansão imobiliária, os móveis por encomenda estão com mercado em crescimento, devido ao fato de os imóveis exigirem cada vez mais móveis personalizados”, relatou. Segundo Rigoni, tanto o segmento de encomendas, quanto de seriados são importantes para a economia capixaba e estão se destacando nos mercados interno e externo. “Mas, para crescerem ainda mais, esbarram no problema da logística e entrega, além da carga tributária e da questão ambiental, com relação ao tratamento de resíduos das fábricas”, declarou. 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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ECONOMIA |
QUÍMICA E EMBALAGENS Foto: Divulgação Petrobras
A exemplo do Polo Gás-Químico de Cacimbas, o Complexo Gás-Químico de Linhares entrará em operação em 2014
Os desafios dos setores de química e embalagens Potencial do Espírito Santo vai de Complexo Gás-Químico a indústria de transformação do plástico
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resente em praticamente todos os segmentos industriais existentes, a indústria química participa com destaque da economia do País, sendo a segunda em importância na formação do PIB industrial, respondendo por 11,2% do PIB da indústria de transformação. E no Espírito Santo, nesta década, o grande desafio do Estado é entrar de vez no cenário químico e petroquímico nacional. Potencial para isso há. 214
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Um dos atrativos que o Espírito Santo pode oferecer às empresas do setor é o Complexo Gás-Químico em Linhares. Com previsão para entrar em operação em 2014 e investimentos da ordem de US$ 3 bilhões, o complexo produzirá fertilizantes nitrogenados (ureia e amônia), metanol, ácido acético, ácido fórmico e melamina, aumentando a oferta interna desses produtos derivados do gás, o que reduzirá a necessidade de importação. 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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O complexo de Linhares atrairá ainda a instalação de uma série de outras empresas de fertilizantes e da cadeia de produtos químicos e também empresas fornecedoras de serviços de manutenção de equipamentos, locação de máquinas, entre outras.
Investimentos no setor Para além do complexo de Linhares, outros investimentos registrados no setor para o Espírito Santo são os projetos da empresa canadense Canexus, em Aracruz, para o incremento na produção de cloro-soda e clorato de sódio e outro voltado ao desenvolvimento de tecnologia, à segurança e ao meio ambiente. No total, as iniciativas somam US$ 39,3 milhões em investimentos. Fabricante de produtos químicos para atender ao setor de papel e celulose, ao segmento de tratamento de água e à indústria química, a Canexus tem investimentos previstos somente para a área de fertilizantes que chegam a R$ 11,2 bilhões, dos quais R$ 9,1 bilhões serão aplicados entre 2011 e 2014 e os restantes, R$ 2,1 bilhões, para depois de 2014. Já a multinacional alemã Evonik, antiga Degussa, também investiu no Espírito Santo e instalou uma unidade de produção de peróxido de hidrogênio em Barra do Riacho, que começou a operar em setembro de 2010 e produz no Espírito Santo uma solução aquosa (Oxteril) com 35% de peróxido de hidrogênio destinada à higienização de embalagens cartonadas. E ainda que a demanda interna seja promissora, a empresa faz planos para exportar para países da América do Sul. A fábrica capixaba da Evonik tem capacidade para produzir 70 mil toneladas de peróxido de hidrogênio por ano. Além dela, no Brasil, só a Solvay tem uma fábrica desse produto, localizada no Paraná. A grande aposta do setor químico, entretanto, é no potencial do mercado brasileiro, onde são fabricadas mais de 10 bilhões de embalagens cartonadas por ano, fazendo do País um dos cinco maiores produtores mundiais. A tendência é o segmento continuar crescendo em média 6% ao ano, nos próximos cinco anos. 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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Oportunidades Segundo avaliação da diretora de Economia da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Fátima Giovanna Ferreira, o Espírito Santo tem grande potencial para desenvolver projetos do setor químico em geral e petroquímico, já que possui disponibilidade de matéria-prima, o gás natural, e localização estratégica no Brasil. O secretário-executivo do Sindicato de Indústrias de Produtos Químicos do Espírito Santo (Sindiquímico-ES), José Luciano Domingos, vai além e aposta na criação de um polo das micro e pequenas empresas da área química. Já a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), por sua vez, está fomentando uma cultura de cooperativismo entre essas empresas, a fim de que elas possam se beneficiar dos serviços em comum e vender e comprar em conjunto os produtos. “Entendemos que com a criação de um polo estaremos incentivando e apoiando a micro e pequena empresa na inclusão de renda e na responsabilidade social”, disse José Luciano.
11,2% É a participação da indústria química no PIB da indústria de transformação
Novos projetos no ES Com o intuito de diminuir a dependência brasileira por importação de fertilizantes, o que afeta o custo agrícola, a Petrobras vai instalar uma fábrica de fertilizantes no Espírito Santo. A nova unidade atende a uma reivindicação antiga do Estado e há um protocolo de intenções assinado com a estatal desde março de 2007. Além disso, o complexo atrairá a instalação de uma série de outras empresas da cadeia de fertilizantes, entre outras, como acredita o secretário de Estado de Desenvolvimento, Márcio Félix. Outro projeto a ser desenvolvido no Espírito Santo é a instalação de um empreendimento industrial para aproveitar outro recurso natural: a maior reserva de sal-gema da América Latina, que fica no município de Conceição da Barra, no norte capixaba. O sal-gema é matéria-prima utilizada para a fabricação de produtos como soda e cloro, que, por sua vez, são usados pela indústria de PVC, para serem transformados em tubos, conexões, esquadrias, entre outros. 215
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Foto: Divulgação Canexus
Os investimentos da canadense Canexus, em Aracruz, somam R$ 39,3 milhões
da Barra. O Espírito Santo, de qualquer forma, tenta atrair projetos diversos no setor químico por meio de incentivos e da melhor estrutura tarifária para uso de gás natural do País.
Indústria da transformação
“A criação de um polo cloroquímico no Estado é um sonho. Houve conversas sobre o assunto há alguns anos, mas não se falou mais nisso”, diz Márcio Félix. A jazida é da Petrobras e, segundo a estatal, não há planos para o momento em relação ao sal-gema de Conceição
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A indústria de transformação de plástico também está realizando diversos investimentos no Espírito Santo. O Grupo Torres, por exemplo, desenvolve um projeto para instalar uma indústria de tubos e conexões, assim como a Fibrasa e a indústria Mig, que estão investindo no aumento da capacidade de produção de embalagens no Estado, segundo informou o presidente do Sindicato de Embalagens do Espírito Santo (Sindiplast-ES), Leonardo de Castro. Hoje atuam no mercado cerca de 40 indústrias no setor de embalagens De acordo com Leonardo, o grande desafio deste ano e para 2012 é enquadrar o setor no modelo competitivo que permita um maior investimento da indústria. O pleito já foi feito ao Governo do Estado.
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MEIO AMBIENTE Foto: Agência Vale
Governo do Estado e iniciativa privada promovem ações para a conservação e recuperação dos recursos naturais, como a cobertura florestal
Meio ambiente: prioridade na pauta da indústria Empresários e governos querem o desenvolvimento, sim, mas de forma sustentável
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conceito de sustentabilidade abrange questões econômicas, sociais, culturais e ambientais e está cada vez mais em evidência na sociedade. A adoção de projetos sustentáveis com vistas à geração de energia limpa e renovável, proteção de florestas e recursos hídricos, além de medidas sociais e ambientais, pode, ao contrário do que se pensa, ser bastante vantajosa para as indústrias. Por isso, empresas, indústrias e órgãos governamentais já estão executando na prática a sustentabilidade, desenvolvendo ações e projetos que ajudam a criar uma sociedade sustentável com uma produção mais ética, do ponto de vista ecológico. 218
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Integrando as iniciativas estaduais que visam à conservação e recuperação dos recursos naturais do Governo do Estado, foi lançado em junho deste ano, por meio da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama) e do Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema), o Programa Estadual de Ampliação da Cobertura Florestal, com o intuito de potencializar os esforços para a preservação da Mata Atlântica. Composto por seis linhas de atuação, seu orçamento inicial é de R$ 200 milhões, sendo que a meta é aumentar a área preservada no Espírito Santo em 30 mil hectares até 2014. O objetivo principal é recuperar 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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e preservar as florestas capixabas, criando oportunidade de renda para os produtores rurais, utilizando como principal ferramenta de estímulo o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA – Lei 8.995/09). Também em junho deste ano, foi lançado pela Seama o quarto edital do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fundágua – Lei 8.960/08), que prevê recursos de mais de R$ 3 milhões para projetos que visam à recuperação dos rios capixabas ou o fortalecimento dos Comitês de Bacias Hidrográficas. Os recursos do Fundágua são provenientes de 3% do total dos royalties do petróleo e gás natural contabilizados no Estado e da compensação financeira do setor hidrelétrico, podendo ser complementados com o orçamento do governo. Além disso, o Fundo também tem viabilizado a aplicação do mecanismo de PSA no Espírito Santo. A vertente passou a ser utilizada pelo Estado a partir de 2009, para a remuneração de produtores rurais que preservam florestas em regiões importantes para a água nas Bacias dos Rios Benevente, Guandu e São José (estas duas últimas, afluentes da Bacia do Rio Doce). “O governo tem como premissa a responsabilidade ambiental e como visão de futuro a sustentabilidade. O Espírito Santo tem muitos empreendimentos acontecendo, por isso, estamos executando ações preventivas junto a diversas vertentes do setor empresarial, como energia, petróleo e mineração, para que os projetos cada vez mais contemplem cuidados com a questão ambiental”, disse o secretário de Meio Ambiente, Paulo Ruy Vallim Carnelli.
Investimentos Aproximadamente R$ 10 milhões por ano estão sendo investidos pela Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan) no projeto de ligação de imóveis aos sistemas de esgotamento sanitário operados pela concessionária. Com esse projeto, cerca de 120 mil clientes enquadrados na categoria de consumo “social” devem ser beneficiados com o custeio das despesas relacionadas à execução das ligações intradomiciliares de esgoto (da calçada até o interior do imóvel). 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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A isenção é proveniente de operações internas de energia elétrica destinadas ao consumo da Cesan, até dezembro de 2014. O projeto de ligações de esgoto está em consonância com o Plano Estadual de Saneamento 2011-2014, que faz parte de um dos dez eixos estratégicos do Planejamento do Governo Estadual chamado Desenvolvimento da Infraestrutura Urbana. “Vamos investir R$ 1 bilhão em quatro anos. Isso, basicamente, para mantermos os 100% de fornecimento de água com qualidade para os 52 municípios onde atuamos. A nossa meta é, até 2014, estar com obras concluídas ou em andamento em todos os municípios onde a Cesan atua com tratamento de esgoto. Isso é importante para a gente, para a saúde e para o meio ambiente. Não é admissível que um país que queira estar entre as grandes nações do mundo não colete e trate esgoto”, disse o diretorpresidente da Cesan, Neivaldo Bragato. Para o governador do Estado, Renato Casagrande, o investimento em saneamento, água e tratamento de esgoto aponta na direção da sustentabilidade do Estado. “E vai além. Temos investimentos na recomposição da cobertura florestal do Estado do Espírito Santo e diversas outras ações que têm o objetivo de melhorar nossa matriz energética”, relatou.
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É o orçamento inicial do Programa Estadual de Ampliação da Cobertura Florestal, que objetiva aumentar a área preservada de Mata Atlântica no ES em 30 mil hectares até 2014
Sustentabilidade na indústria Para tratar dos assuntos relacionados à sustentabilidade, a Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes) conta com o Conselho Superior de Meio Ambiente (Consuma), que orienta o posicionamento do empresariado sobre as políticas de gestão ambiental. De acordo com o presidente do Consuma, Wilmar Barros Barbosa, o conselho acompanha as legislações federal, estadual e municipal que tratam do tema. “É o nosso papel avaliar as ações de instituições públicas e privadas que buscam incorporar a sustentabilidade como condição do desenvolvimento econômico e social e produzir estudos sobre o licenciamento dos investimentos, as necessidades de saneamento, o planejamento e as políticas de 219
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ECONOMIA |
MEIO AMBIENTE
Foto: Divulgação Cesan
Aproximadamente R$ 10 milhões por ano estão sendo investidos pela Cesan no projeto de ligação de imóveis aos sistemas de esgotamento sanitário operados pela concessionária
gestão dos recursos hídricos e as possibilidades da gestão dos resíduos industriais e urbanos”, disse, explicando ainda que o conselho tem cadeira nas principais entidades do Estado, como o Iema e a Seama, entre outros. E, sob acompanhamento da Federação, diversas grandes indústrias já se organizaram e realizam ações de sustentabilidade ambiental. É o caso da ArcelorMittal Tubarão. Dentro da própria usina, há uma extensão de 7,5 quilômetros de área com 2,6 milhões de árvores plantadas. Essa iniciativa ajuda a evitar que os materiais estocados nos pátios sejam arrastados com o tempo para fora de sua propriedade, além de minimizar a emissão de particulados na atmosfera e o possível contato com as comunidades do entorno. Outro exemplo é sua operação hídrica. Os atuais índices da empresa para recirculação de água (97,6%) e o uso de água doce
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por tonelada de aço produzido (3,8 m3) apresentam melhor desempenho do que as médias do setor nacional de produção de aço, que são, respectivamente, de 94% e 10,5 m3. Em 2010, a ArcelorMittal Tubarão disponibilizou R$ 15 milhões para que unidades de conservação ambiental de três municípios do Espírito Santo – Serra, Vitória e Cariacica – pudessem ser preservadas. A ação seguiu o cumprimento de uma condicionante de compensação ambiental relativa ao seu projeto de expansão, concluído em 2007. Além disso, na empresa, 96% de todo o gás gerado em suas instalações são convertidos em energia e reaproveitados. Isso permite que, além de não precisar comprar energia de concessionárias públicas, a companhia comercialize o excedente. Somente em 2011, a expectativa é obter uma receita de US$ 24 milhões com essa venda. Na Chocolates Garoto, as questões relacionadas à sustentabilidade são foco das ações de responsabilidade social da empresa, instituídas dentro do conceito de Criação do Valor Compartilhado (CSV). A fábrica conquistou, em dezembro de 2010, a certificação internacional na norma ISO 14.001/2004. Outra iniciativa é o Programa Cuidar, que tem como proposta despertar um compromisso continuado com relação às questões ambientais. Desenvolvido em parceria com a Secretaria de Educação de Vila Velha, o projeto prevê a conscientização de crianças e adolescentes matriculados na rede municipal a respeito da temática da preservação do meio ambiente.
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ECONOMIA |
INDÚSTRIA CRIATIVA Foto: Arquivo Next
A economia criativa é centrada na prevalência de produtos e serviços com conteúdo criativo e valor cultural, como o Carnaval
Indústria criativa impulsiona produção tradicional Num mercado cada vez mais competitivo, principalmente devido à concorrência com produtos importados, a resposta para como se sobressair parece estar na indústria criativa
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efinida pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o conjunto de atividades baseadas no conhecimento, na inovação e na tecnologia da informação, a indústria criativa ainda é considerada uma novidade para os brasileiros. Surgida na Áustria em 1992, essa nova modalidade industrial se desenvolveu e seu conceito se espalhou primeiramente pela Europa, onde teve papel fundamental para o crescimento de empresas durante a crise econômica internacional de 2008 e 2009. Voltada para artes, mídia, moda, design, arquitetura, publicidade e patrimônio cultural, a indústria criativa compõe um dos setores mais dinâmicos da economia 222
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mundial e oferece oportunidades de crescimento principalmente para os países em desenvolvimento. A economia criativa lida com aspectos intercalados entre a economia, a cultura e a tecnologia, centrada na prevalência de produtos e serviços com conteúdo criativo e valor cultural. Para se dimensionar a importância dessa indústria, enquanto a demanda global do comércio internacional sofreu uma queda de 12% em 2008, as exportações de produtos e serviços criativos chegaram a US$ 592 bilhões no mesmo ano. O Brasil possui o maior setor criativo da América Latina. As atividades que compõem a economia criativa no País movimentaram US$ 14,6 bilhões 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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Classificação da indústria criativa A Unctad classifica as indústrias criativas em quatro grandes grupos: 1 - Patrimônio cultural (expressões culturais, artesanato, festivais e celebrações, locais culturais, monumentos históricos, museus, bibliotecas e arquivos) 2 - Artes (artes visuais, pintura, escultura, antiguidade, fotografia, artes cênicas, música ao vivo, teatro, dança, ópera, marionete, circo etc) 3 - Mídia (publicações e mídia impressa, livros, jornais, imprensa e outras publicações, audiovisual, filme, televisão e radiodifusão, novas mídias, conteúdo digital, software, videogames, animação etc) 4 - Criações funcionais (design, design de interior e gráfico, de joias e de brinquedos, arquitetura, publicidade, P&D, serviços culturais, serviços digitais, serviços criativos)
em 2005 e estima-se que tenham superado US$ 22 bilhões em 2010, com uma taxa de crescimento anual média de 8,4%. No Espírito Santo, a indústria criativa chegou em meados de 2010, com a retomada econômica dos mercados pós-crise. O gerente-executivo do Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial
do Espírito Santo (Ideies), Antônio Fernando Doria Porto, lembra que a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), ao entender a importância do assunto e ver que somente a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) estava colocando em pauta o conceito, decidiu discutir a indústria criativa no Estado. “A Findes, preocupada com a questão, resolveu dar o suporte necessário e melhor organizar as indústrias criativas do Estado, criando um comitê específico para o setor”, disse Doria Porto. O Comitê da Indústria Criativa foi criado em 15 de agosto deste ano e conta com a participação de representantes do Sistema Findes, governo estadual, Sebrae-ES, sindicatos, universidades, segmentos industriais voltados para a moda, propaganda e softwares. “Em julho, o comitê foi dividido em quatro grupos, que melhor expressam a economia criativa no Espírito Santo. Não adianta expandir muito o leque e realizar um trabalho sem qualidade”, destacou Doria Porto. Os setores escolhidos para compor os grupos foram moda; arquitetura e design de interiores, incluindo a indústria moveleira e tudo o que agrega valor nesse setor; gastronomia, turismo e artesanato, e software e aplicativos. “O movimento é para mostrar que o Espírito Santo tem uma indústria criativa e como o negócio envolve o mercado
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / ABr
Artesanato é um dos grupos que compõem a economia criativa
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Foto: Assessoria de Comunicação Sedu
A economia criativa responde por 7% do PIB mundial, com perspectivas de crescimento de 10% ao ano
da criatividade, pois, inovar não significa ser criativo. Hoje, 50% da economia estão voltados para o comércio exterior, de exportação de commodities. Nós temos uma indústria tradicional geradora de empregos, como as de vestuário, moveleira, de bebidas e de plásticos, que não está crescendo. Então, a indústria criativa pode colaborar para que a indústria capixaba dê um salto e aumente o valor agregado nesses segmentos”, relatou o gerente-executivo do Ideies. O governador do Estado, Renato Casagrande, prevê, com a indústria criativa, um novo momento para o Estado. “A criatividade e a inteligência são a base de qualquer desenvolvimento. Então, as empresas que apostam em criatividade e que as incentivam, aliando tecnologia e inteligência, terão papel importante no novo momento econômico do Brasil e Espírito Santo”, ressaltou.
Inovação e criatividade
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É o quanto a indústria criativa movimenta no mundo inteiro
Algumas empresas são pioneiras na área e estão aliando inovação com criatividade, buscando recursos oriundos, principalmente, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública brasileira de fomento à ciência, tecnologia e inovação em empresas e universidades que premia toda a melhoria de produtos ou processos que foram feitos nos últimos anos. Alguns casos bem-sucedidos já estão surgindo e colhendo bons frutos, como o da empresa de móveis Locatelli, que criou uma cadeira em madeira reflorestada para as costureiras, e o da Vlamar,
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que está buscando desenvolver a fórmula de uma bebida láctea sabor iogurte em pó. Essas empresas, aliás, contam com o aporte do Senai e da Findes. A própria Findes vem articulando uma série de iniciativas em prol da indústria criativa. Uma das ações em andamento é a construção do Centromoda, em Vila Velha, que privilegiará o desenvolvimento do design de moda capixaba. Além disso, em 2009, o Sistema Findes criou o Instituto Rota Imperial (IRI), em parceria com os governos do Espírito Santo e de Minas Gerais, a Assembleia Legislativa do Espírito Santo, o Sebrae-ES e o Sebrae-MG. O IRI é responsável pela revitalização da Rota Imperial, estrada percorrida pela família real entre 1814 e 1816. A estrada liga Vitória a Ouro Preto, passando por 14 municípios capixabas e 17 mineiros. De forma inovadora, a missão do IRI é promover o desenvolvimento integrado e sustentável do turismo nesse trajeto, criando novas oportunidades para a indústria capixaba. Dentro do conceito de indústria criativa, o Espaço Cultural do Sesi, que está sendo construído no topo do Edifício Findes, destina-se a ser palco dos principais eventos artísticos e culturais promovidos pelo Sistema Indústria Capixaba. Além disso, o Espaço Cultural será um monumento que simbolizará esta nova fase da indústria do Espírito Santo: a passagem de uma indústria tradicional, baseada em commodities, para a indústria criativa, mais simbólica e de maior valor agregado. 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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A indústria criativa e seu contexto Nos países desenvolvidos, de 2000 a 2005, a indústria criativa cresceu duas vezes mais do que os serviços tradicionais e quatro vezes mais do que o setor de manufaturas. Estima-se que atualmente a indústria criativa responda por 7% do PIB mundial, movimentando cerca de US$ 3 trilhões, com perspectivas de crescimento de, em média, 10% ao ano nas próximas décadas. No Brasil, o conceito chegou em 2005, por meio de um seminário sobre indústria criativa em São Paulo. Mas foi somente em 2008 que o mercado teve conhecimento do que era, na verdade, a sua proposta, por meio do primeiro Relatório sobre a Indústria Criativa. O documento, elaborado pela Conferência sobre o Comércio e Desenvolvimento das Nações Unidas (Unctad), foi divulgado justamente na época em que foi deflagrada a crise mundial, servindo de embasamento para pesquisadores e profissionais do ramo de desenvolvimento industrial. Em 2010, a Unctad divulgou novo estudo e percebeu-se o quanto as empresas da economia criativa estavam
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Agregação de valor da indústria criativa PRODUTO
VALOR DE MERCADO
1 kg de algodão
US$ 2
1 kg de pano
US$ 20
1 kg de design de moda
US$ 80
se desenvolvendo. O relatório aponta uma mudança significativa no mundo com a crise internacional, mostrando que, para um sistema mais eficaz de governança global, os países emergentes, dentre eles o Brasil, e em desenvolvimento, terão papel fundamental na recuperação econômica dos mercados mundiais. Em janeiro deste ano, o conceito alcançou o patamar de política pública nacional, com a criação da Secretaria da Economia Criativa, dentro da estrutura do Ministério da Cultura. A criação da Secretaria é, dentre outras finalidades, uma preparação para o Fórum Mundial de Economia Criativa, agendado para o final de 2012, no Rio de Janeiro.
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ENERGIA E INFRAESTRUTURA
Márcio Félix Carvalho Bezerra é secretário de Estado de Desenvolvimento
Energia renovável: potencial para o desenvolvimento do Espírito Santo
O
crescimento do Espírito Santo vem se construindo sobre o pilar do desenvolvimento sustentável. E dentro desse contexto, é importante ressaltar as diversas conquistas alcançadas no setor energético, que tornarão o Estado exportador de energia para todo o sistema brasileiro, e os novos investimentos que deverão ser realizados futuramente em energias renováveis. Ao longo dos últimos anos, o Espírito Santo obteve várias vitórias no setor energético seguindo uma política que permitirá, até 2013, tornar o Estado autossuficiente em energia. Entre os investimentos, destacamos as termelétricas contratadas, que deverão triplicar a geração elétrica em terras capixabas. Além disso, nosso consumo de gás natural dobrou e, diante das novas descobertas das empresas petrolíferas no litoral, da conclusão
do Gasoduto Sudeste e Nordeste (Gasene) no começo de 2010, da expansão da Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC) e da inauguração da Unidade de Tratamento de Gás Sul Capixaba (UTG Sul Capixaba), esses números aumentarão ainda mais. Uma prova disso foi a primeira rede de distribuição de gás natural canalizado no interior do Espírito Santo, inaugurada em agosto de 2010, em Cachoeiro de Itapemirim. Os 60 quilômetros de dutos, com capacidade de transporte de 600 mil m3/dia, abastecem veículos, residências e indústrias da região. O investimento foi da ordem de R$ 59 milhões. A escolha de Cachoeiro para esse primeiro empreendimento se deu devido à região abrigar empresas dos setores de extração e beneficiamento mineral, produção de cimento, laticínios e transportes, além de ser o Foto: Shutterstock
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ENERGIA E INFRAESTRUTURA
Foto: Shutterstock
“O Espírito Santo obteve várias vitórias no setor energético seguindo uma política que permitirá, até 2013, tornar o Estado autossuficiente em energia”
maior município do interior do Espírito Santo, com uma população de 200 mil habitantes. Em junho deste ano, já foi dada ordem de serviço para a chegada do gás natural em Linhares. Ao todo, 43 quilômetros de dutos levarão o gás para indústrias, postos de combustíveis e estabelecimentos comerciais do município capixaba. A obra vai gerar, em seu período de maior movimentação, 120 empregos diretos. E nossas vitórias no setor não param por aí. A busca pelas energias renováveis permitiu a produção do Atlas Eólico, através da Agência de Serviços Públicos de Energia do Espírito Santo (Aspe), que mostra o potencial eólico em mar territorial brasileiro (offshore) e locais com bom potencial no Estado, como Linhares, Presidente Kennedy e Marataízes. De acordo com o levantamento, a geração eólica no Espírito Santo é promissora (1,79 GW a 75 metros de altura para áreas com ventos iguais ou superiores a 6,5 m/s) e pode ser aproveitada gradativamente no limite de inserção do sistema elétrico regional, alavancando o crescimento econômico e a autossustentabilidade energética do Espírito Santo, já que seu potencial permite a duplicação da nossa atual capacidade de geração elétrica. A energia dos ventos é amplamente disponível e com baixo impacto ambiental, já que não emite resíduos, como gás carbônico. Diante disso, é importante a implantação de parques eólicos que vão agregar mais uma fonte de energia à matriz energética capixaba,
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dentro dos padrões de desenvolvimento sustentável implementado pelo Governo do Estado. Conforme debatido na quarta edição do Fórum Capixaba de Energia, realizado em junho deste ano, energia e meio ambiente andam sempre juntos, visto que tudo que fazemos pode ser para melhorar nosso planeta, o que torna a questão ambiental de grande importância nesse debate. Diante desse contexto, o Governo do Estado está elaborando um estudo para mapear as regiões do Espírito Santo com potencial de receber investimentos em energia solar. O trabalho está em fase inicial, mas os resultados deverão mostrar como nosso Estado é rico em recursos naturais para a produção de energia renovável. A expectativa é de que no próximo ano o mapa seja concluído e que através dele sejam identificadas as regiões com potencial para a produção de energia através do sol. Estudos preliminares apontam que as regiões litorâneas sul e norte se destacam com esse potencial, assim, a atração de investidores no setor se efetiva cada vez mais, fazendo nossa economia avançar. Segundo um recente estudo realizado pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), autarquia da Secretaria de Estado de Economia e Planejamento (SEP), o setor que deverá receber o maior número de investimentos até 2015 será o de energia. Dos R$ 98,8 bilhões em investimentos previstos para o Espírito Santo no período, o segmento receberá, em 93 projetos, cerca de R$ 48 bilhões, sendo o valor médio por projeto de R$ 500 milhões, o que representa 48,5% dos investimentos anunciados em infraestrutura pelas empresas privadas. Esse cenário mostra o bom momento econômico em que o Estado se encontra e a valorização de nosso potencial energético, destacando o Espírito Santo para todo o Brasil. O esforço e a dedicação do governo para diversificação e incremento da geração capixaba de energia são fundamentais para o aumento da confiabilidade energética no Espírito Santo, que respaldam os investidores e os atraem cada vez mais para o Espírito Santo, expandindo a economia local e gerando mais qualidade de vida para os capixabas. 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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ENERGIA E INFRAESTRUTURA
Infraestrutura
“Se quisermos manter a robustez e o dinamismo da economia capixaba nas próximas décadas, devemos mudar a forma de nos relacionarmos com o governo federal”
A
história do desenvolvimento econômico do Estado do Espírito Santo pode estar passando por um momento de inflexão. Com uma invejável sequência de indicadores econômicos que o coloca dentre os Estados com crescimento mais significativo nos últimos anos, o Espírito Santo pode, entretanto, estar entrando em declínio sem que percebamos isso com a clareza necessária. Nunca é demais lembrar que em 2008 o Produto Interno Bruto (PIB) do Espírito Santo apresentou alta de 7,8%, o que, convenhamos, é substancialmente maior do que a média nacional, que teve, no mesmo ano, 5,2% de crescimento. E para demonstrar que esse crescimento da economia local não foi simplesmente um surto ou ponto fora da curva, basta que analisemos nosso histórico desde 2002. Conforme nos informa o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), com base nas contas regionais, o PIB acumulado no Estado do Espírito Santo entre 2002 e 2008 cresceu 39,7%, o que dá média anual de 6,6%, contra um crescimento acumulado para o Brasil de 27,9%, ou seja, de 4,7% de média anual. A vantagem do Espírito Santo ainda é maior quando comparamos nosso crescimento acumulado em relação ao da Região Sudeste, que cresceu, em média, no mesmo período, apenas 4,5%. O risco de nos acostumarmos a essas comparações, sobejamente favoráveis ao Espírito Santo, é o de não nos darmos conta da importância da infraestrutura de logística e transporte para a manutenção, ou mesmo avanço, da atual posição competitiva do Estado. A nossa infraestrutura, como a de todo o País, está num estado lastimável, e todos sabem disso. Estradas federais mal cuidadas, portos públicos em visível decadência e um aeroporto com limitações de toda ordem. Por aqui, a unidade de tempo para obras de alguns quilômetros de duplicação de uma estrada ou de dragagem de um canal de acesso é a década.
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Porém, nada justifica que o Espírito Santo, com o tamanho de sua participação na balança de exportações brasileira, tenha sido contemplado com apenas R$ 312 milhões de investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no período compreendido entre 2007 e 2010, ou seja, menos de 1% dos recursos totais de R$ 31 bilhões alocados em sete Estados da federação. Menos de 20 vezes o que recebeu o Estado do Pernambuco ou Foto: Elizabeth Nader
José Armando de Figueiredo Campos é engenheiro de minas e atualmente preside o Conselho de Administração da ArcelorMittal Brasil, já tendo sido presidente do grupo no Brasil e também da ArcelorMittal Tubarão
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pouco menos de 38 vezes o que foi destinado ao Estado do Rio de Janeiro. Se quisermos manter a robustez e o dinamismo da economia capixaba nas próximas décadas, devemos mudar a forma de nos relacionarmos com o governo federal. Faz-se mais do que necessária a retomada dos caminhos de uma integração logística que nos una ao vasto território brasileiro, principalmente em direção ao oeste, sem nos esquecermos, obviamente,
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de que, por uma questão geográfica, impõese que estejamos igualmente ligados ao norte e ao sul. Ao não afrontar essa realidade, estaremos condenados a reclamar, eternamente, do nosso isolamento em relação ao resto do País. A história se repetiria. Essa integração logística a que nos referimos iria buscar seus fundamentos no Plano Nacional de Logística e Transporte (PNLT), que deve ser entendido como o melhor esforço de planejamento do setor de transportes no Brasil, desde o Prodest, desenvolvido pelo Geipot em 1985. Estaríamos inseridos, de fato, no chamado Vetor Leste do PNLT, região que congrega 25% do PIB brasileiro. A visão de território de influência nos guiaria para esse novo modelo de relacionamento com outras entidades federativas e com o governo central e nos desviaria dessa discussão fratricida (e, às vezes, corporativista) que nos impede de pensar em melhorias de sistemas logísticos e que nos leva a defender obras isoladas. Os mecanismos de planejamento estão aí, e caberá a nós definirmos nossas prioridades e nosso destino. Devemos nos estruturar em capacidade gerencial e administrativa para assumir papéis mais importantes nos próximos anos, visto que o modelo centralizado para implantar e gerir a infraestrutura de que o País tanto precisa pode estar se esgotando. Será inútil tentarmos concorrer com os mesmos argumentos com Estados como Minas Gerais, Rio de Janeiro ou Bahia, apenas para citarmos nossos vizinhos mais próximos. Além de “concorrerem” conosco para sanar problemas estruturais que são maiores do que os nossos, carregam isoladamente, qualquer um deles, peso político substancialmente maior do que o do Espírito Santo. Unirmo-nos aos vizinhos e a outras unidades da federação sem a costa que temos e com necessidade de fazer chegar seus produtos de maneira mais ágil e econômica talvez seja a forma mais inteligente de lutar. 233
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ENERGIA E INFRAESTRUTURA
Luiz Robério é gerente-geral da Unidade de Operações de Exploração e Produção da Petrobras no Espírito Santo
“O gás capixaba pode proporcionar ao Espírito Santo mais um vetor para o desenvolvimento acentuado e sustentável da sua economia”
A contribuição do gás natural capixaba para o desenvolvimento do Espírito Santo
A
participação do Espírito Santo no fornecimento de gás natural ao mercado brasileiro é significativa e crescente. A capacidade instalada de processamento e entrega de gás no Estado atualmente é superior a 15 milhões de metros cúbicos/dia (MM m3/d) – 13 MM m3/d na Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas (UTG-C), em Linhares, e outros 2,5 MM m3/d na Unidade de Tratamento de Gás Sul Capixaba, em Anchieta, devendo alcançar cerca de 20 MM m3/d até 2015. Considerando-se a localização estratégica do Estado, o gás produzido nos campos terrestres e marítimos do Espírito Santo pode ser disponibilizado às malhas regionais do Sudeste e do Nordeste, que reúnem grandes consumidores, através do Gasoduto Sudeste Nordeste (Gasene). Os campos de gás associado e não associado localizados no Espírito Santo foram responsáveis por cerca de 15% da produção nacional no primeiro semestre de 2011, demonstrando a importância do gás capixaba para o País. Para sustentar e incrementar a produção, tanto de gás quanto de petróleo, a Petrobras segue implantando uma série de importantes projetos. Com a produção atual superando 300 mil barris/dia de óleo e 11 MM m3/d de gás natural e em crescimento, já para 2012 está prevista a entrada em operação de uma nova unidade marítima, a FPSO Cidade de Anchieta, com capacidade para produzir 100 mil barris/dia. Em 2013, outra unidade entrará em operação, a FPSO P 58, com capacidade para 180 mil barris/dia. O gás produzido nesses dois FPSOs, com alta riqueza, será transportado através de um novo gasoduto marítimo, denominado Gasoduto Sul Norte Capixaba, até a Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas, no muni-
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cípio de Linhares, onde será processado. O Gasoduto Sul Norte Capixaba iniciará a operação também em 2012, em conjunto com o FPSO Cidade de Anchieta Esses novos projetos adicionarão cerca de 9 MM m3/d de gás natural à capacidade de fornecimento ao mercado, reforçando na sociedade capixaba o anseio pelo uso local do gás produzido no Estado. Atualmente, Foto: Shutterstock
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o consumo interno não térmico é da ordem de 2,9 MM m3/dia, distribuídos entre 35 industriais, 28 postos de GNV e 21 mil usuários nos segmentos residencial e comercial. Já a produção de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) passará das atuais 300 ton/dia para 1.400 ton/ dia em 2015, enquanto o consumo no Espírito Santo, de 374 ton/dia na média do primeiro semestre de 2011, projeta 470 ton/dia em 2015,
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demonstrando que o Estado será também exportador desse combustível de grande importância, tanto pelo fato de atualmente ser um produto importado, quanto pela grande abrangência de sua utilização nas diversas camadas sociais do País. A esse consumo local atual, somam-se os vários projetos que se ancoram na disponibilidade de gás, como as usinas termelétricas autorizadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e outras indústrias com instalação prevista no Estado. Entre os projetos de grande porte, está a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN-IV), da Petrobras, um verdadeiro complexo gás-químico que utilizará o gás natural para produzir principalmente ureia e metanol. Se somarmos ao cenário de crescimento da produção de petróleo e gás natural o aproveitamento da sua vantagem competitiva em termos de logística, confiabilidade de suprimento e por ser um combustível fóssil de menor emissão atmosférica, o gás capixaba pode proporcionar ao Espírito Santo mais um vetor para o desenvolvimento acentuado e sustentável da sua economia. Observando-se todos os empreendimentos de exploração e produção de petróleo e de processamento e transformação de gás natural, já implantados e com implantação prevista para o Estado nos próximos anos, consolida-se um cenário atraente para o fortalecimento de uma cadeia local de fornecedores de bens e de serviços focada em atender a essa indústria, tanto na etapa de implantação de empreendimentos quanto na fase operacional. Para tornar esse cenário uma realidade, é importante a tarefa dos empresários capixabas de intensificarem a qualificação de suas equipes, seus processos e seus produtos, para atuarem numa indústria que opera com elevados requisitos de qualidade e segurança. 235
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GESTÃO E QUALIDADE
Annor da Silva Junior é doutor em Administração pela UFMG e professor adjunto da Ufes
Gestão e qualidade da informação: a governança corporativa e a contabilidade criativa em debate
O
universo corporativo que impulsiona o desenvolvimento econômico das nações tem sido objeto de atenções e de discussões no meio acadêmico e empresarial. No contexto desse desenvolvimento, algumas temáticas têm se mostrado mais frequentes: mercado de capitais, contabilidade criativa e governança corporativa. O mercado de capitais é visto como um sistema de distribuição de valores mobiliários, cujo propósito é proporcionar liquidez
aos títulos de emissão de empresas e viabilizar seu processo de capitalização. Nesse mercado, os principais títulos negociados são as ações (títulos representativos do capital das empresas) e as debêntures (empréstimos tomados por empresas no mercado). Em termos práticos, é por meio da comercialização desses títulos que o capital circula, com a finalidade de custear o desenvolvimento econômico. Essa circulação de capital ocorre em um ambiente institucional Foto: Shutterstock
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constituído por entidades como Bolsas de Valores, sociedades corretoras e outras instituições autorizadas. No Brasil, o Sistema Financeiro Nacional é composto pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que define as diretrizes de atuação do sistema. Vinculados ao CMN estão o Banco Central do Brasil (Bacen), que atua como seu órgão executivo, e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que responde pela regulamentação e fomento do mercado de valores mobiliários, tanto na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), quanto no mercado de balcão. Com a globalização e maior proximidade e interdependência entre as nações, constatou-se que o mercado acionário como um todo assumiu posição central no cenário financeiro internacional. Por essa via, os países em desenvolvimento procuram abrir suas economias para captar recursos e investimentos externos como forma de viabilizar o crescimento das empresas, gerando, com isso, empregos, produção, renda e consumo, ou seja, condições essenciais para o desenvolvimento econômico e o progresso de uma nação. Para que essa relação entre crescimento corporativo e desenvolvimento econômico se concretize e produza efeitos econômicos, é fundamental o papel da contabilidade societária, considerada meio de comunicação pelo qual as informações financeiras das empresas (demonstrações contábeis) tornam-se acessíveis para que os agentes tomem suas decisões econômicas, dentre elas, a de investir em ações de empresas no mercado de capitais. Em razão da globalização e da consequente internacionalização dos mercados de capitais, há aproximadamente duas décadas, vem se discutindo no Brasil a necessidade de rever o padrão contábil nacional rumo à centralização e uniformização da produção de demonstrações contábeis, levando sempre em conta a convergência da contabilidade brasileira aos padrões internacionais. Como resultado dessas discussões, houve a alteração da Lei das Sociedades Anônimas em 2007 e a criação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), que, seguindo a lógica
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de que a essência econômica prevalece sobre a forma jurídica, vem, por meio de pronunciamentos, regulamentando a prática contábil, visando, entre outros fatores, à instituição de padrão internacional para as demonstrações contábeis, a flexibilização de certas normas contábeis e a redução dos custos de elaboração de relatórios contábeis, dos riscos e dos custos nas análises e nas decisões e do custo de capital. Mesmo cercado de todo cuidado, alguns efeitos colaterais têm sido produzidos no mercado de capitais na geração das informações e demonstrações contábeis de empresas de capital aberto, ocasionado “escândalos corporativos” que tanto comprometem a economia. No centro desses escândalos está a chamada earnings management (gestão de resultados), expressão utilizada para se referir à “contabilidade criativa”, processo pelo qual os profissionais da contabilidade utilizam conhecimentos das normas contábeis para manipular as cifras das demonstrações contábeis, maquiando a realidade patrimonial de uma entidade, de forma intencional para apresentar uma imagem irreal desejada pelos gestores da informação contábil. Como consequência dessa prática, empresas apresentam ao mercado informações e demonstrações contábeis indicando uma falsa realidade, induzindo o investidor a acreditar que a empresa possui uma situação patrimonial e financeira favorável, consistindo em um investimento com potencial lucrativo positivo no mercado de capitais. Quando essa “maquiagem” é revelada, ocorrem os “escândalos corporativos”, como os casos da WordlCom, da Enron e do Banco Panamericano. Normalmente, esses escândalos provocam crise de credibilidade e de confiança no mercado de capitais, afugentando o investidor e rompendo com o círculo virtuoso envolvendo o crescimento corporativo e o desenvolvimento econômico, prejudicando, com isso, não só o mercado de capitais, mas os sistemas econômico, político e social de uma nação. Em razão disso, a qualidade na geração de informações e demonstrações contábeis e a transparência no disclosure
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(divulgação de informações ao mercado) têm se tornado requisito essencial para o funcionamento dos mercados de capitais, fazendo com que órgãos como CMN, CVM, Bovespa e CPC desenvolvam um conjunto de medidas, normas e regras visando a impedir ou diminuir a prática da contabilidade criativa.
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Dentre essas medidas, está a governança corporativa, vista como um sistema de regulação da relação entre a propriedade e a direção, abrangendo múltiplos interesses, como os dos stakeholders, proporcionando à corporação transparência em suas operações, eficiência em seus processos internos e externos e eficácia em seus resultados de curto, médio e longo prazo. Tendo como fundamento os princípios de compliance (conformidade legal), accountability (prestação responsável de contas), disclosure (transparência) e fairness (senso de justiça), a governança corporativa apresenta-se como o meio pelo qual as informações e demonstrações contábeis são fornecidas pelas empresas ao mercado de capitais, atuando como alicerce para proporcionar ao mercado de capitais a segurança, a credibilidade e a confiança necessárias e essenciais para seu bom funcionamento e, consequentemente, da economia e da sociedade como um todo.
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Negócios de futuro, e o futuro dos negócios Aron Belinky é consultor especialista em sustentabilidade, responsabilidade social e consumo sustentável, com formação em Geografia (USP) e Administração Pública (FGV-SP)
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lguns meses atrás, a pessoa responsável por uma das mais importantes publicações brasileiras no campo da sustentabilidade empresarial me confessava uma frustração: como, hoje em dia, é possível elaborar um bom ranking de empresas sustentáveis ou socialmente responsáveis? Agora que o assunto entrou na moda e está no discurso de todos, como fazer para identificar as reais líderes na construção de uma sociedade ao mesmo tempo próspera, justa e em equilíbrio com o meio ambiente? Até pouco tempo, empresas comprometidas com a superação dos nossos desafios socioambientais eram poucas, e o simples fato de assumirem isso publicamente já era um grande avanço. Hoje, porém, todo mundo diz que faz alguma coisa pela sustentabilidade: desde pedir ao seu pessoal para apagar a luz e fechar as torneiras até sofisticados planos de ecoeficiência ou envolvimento comunitário. É um progresso, claro: melhor fazer algo do que não fazer nada. Mas “pintar de verde” todas as empresas não vai resolver o desafio da sustentabilidade. Como desta-
car as que, de fato, se diferenciam e inspiram as demais? Como sinalizar para empresários, investidores, funcionários, fornecedores e clientes quais negócios têm maiores chances de sucesso num mundo sustentável? A aflição de minha interlocutora é totalmente justificada e pertinente. Há anos sou jurado ou consultor de inúmeros prêmios, rankings, índices, indicadores, relatórios, normas, selos e certificações. Em alguns casos – como da norma ISSO 26000, do ISE/Bovespa ou dos Indicadores Ethos –, são trabalhos de fôlego, profundos, seriamente comprometidos com a busca de caminhos que viabilizem a continuidade de nossa civilização. Trata-se, em essência, de criar mecanismos ou instituições capazes de colocar na direção certa e no ritmo necessário a enorme energia criativa presente na sociedade em geral e, especialmente, nos empreendedores e no setor empresarial. São investimentos necessários e importantes de nossa sociedade, que certamente nos ajudam a melhorar. Mas a pergunta da jornalista era mais difícil: que perguntas – poucas e diretas – poderiam Foto: Shutterstock
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GESTÃO E QUALIDADE
“Muita gente ainda tenta ignorar a realidade de que nos últimos 40 anos a humanidade dobrou de tamanho, quadruplicou seu consumo e triplicou sua pegada ecológica, ultrapassando os limites sustentáveis do único planeta que temos”
ser feitas para saber se um negócio terá sucesso num mundo que precisa tornar-se sustentável? Respondi a sua provocação com três perguntas que, a meu ver, são práticas e tocam na raiz dos problemas, pela perspectiva empresarial: 1. Com que critérios a empresa avalia e paga seus executivos? Há fortes componentes na composição da sua remuneração que dependam de resultados efetivos no desempenho socioambiental, governança e responsabilidade social? Em termos práticos: sustentabilidade é um “algo mais” ou afeta radicalmente os ganhos de quem dirige a empresa? Lógico que isso depende, também, da política de remuneração dos proprietários, acionistas ou investidores: as empresas em geral estão pressionadas pela exigência de altos resultados em prazos curtos. Isso pode até estimular a produtividade e a inovação, mas também tende a sacrificar no altar dos balanços trimestrais a sustentabilidade de longo prazo. O que os dirigentes ou proprietários da empresa fazem para mudar isso? 2. Quais são suas apostas de longo prazo? Uma empresa que investiu grandes somas em projetos cuja maturação levará vários anos e cujo retorno projetado depende de fatores insustentáveis (a começar pela manutenção do business as usual em termos de crescimento, consumo e padrões de mercado ou produção) certamente terá resistência em apoiar mudanças para valer no cenário e cuidará da sustentabilidade apenas cosmeticamente, trabalhando ao mesmo tempo (e com mais empenho) na manutenção do status quo. Em outras palavras: que desempenho terá a empresa num cenário onde o mundo caminha para mais sustentabilidade? Suas projeções de viabilidade econômica consideram a hipótese de um mundo onde desperdícios são menores; onde gerar resíduos e usar recursos não renováveis custa muito mais caro; onde as prioridades não sejam mais a descartabilidade, a exuberância e a obsolecência planificada, mas sim prover boas condições de vida aos 3 bilhões de pessoas ainda alijadas do mercado?
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3. É possível a empresa crescer e prosperar em seus negócios aumentando o bem-estar das pessoas que utilizam seus produtos/ serviços, sem gerar aumento relevante nos seus impactos negativos sociais e ambientais? Isso pode até ser traduzido num “índice de desacoplamento”: qual a proporção entre o aumento no volume de bens e serviços ofertado pela empresa e o aumento no uso de recursos naturais, geração de resíduos e uso de bens comuns? Quanto maior esse índice, mais sustentável é o negócio. Por exemplo: se meu negócio é vender automóveis, tenho um grave problema, pois para cada nova unidade vendida gero um aumento praticamente constante no uso de recursos e ocupação das ruas, mesmo que o carro seja menos poluente. Já se meu negócio for prover mobilidade, terei chances muito melhores no mundo sustentável, pois posso encontrar soluções eficazes e criativas, capazes de transportar com qualidade e eficiência cada vez mais gente, com muito menor uso de recursos e espaço público. Hoje, essas perguntas podem parecer fantasiosas, mas, pense bem: não é isso mesmo que precisa ser levado em conta? Muita gente ainda tenta ignorar a realidade de que nos últimos 40 anos a humanidade dobrou de tamanho, quadruplicou seu consumo e triplicou sua pegada ecológica, ultrapassando os limites sustentáveis do único planeta que temos. Não dá para achar que um milagre tecnológico, sozinho, nos salvará. Não podemos nos iludir: a tecnologia é parte essencial da solução, mas sem inovações e mudanças profundas também nos campos organizacional e econômico, elas não serão implantadas com a urgência necessária. A Rio+20 vem aí. E com ela vem chegando o conceito de economia verde que – se resistir ao oportunismo e ao preconceito – deve ir exatamente nesta direção: um plano de reengenharia organizacional e institucional capaz de colocar a locomotiva da economia nos trilhos do desenvolvimento sustentável, com justiça social e rumo à sustentabilidade! 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL
Economia, estratégia e confiança Oscar Motomura é diretor-geral da Amana-Key, especializada em inovações radicais em gestão e estratégia
“Estamos tão habituados com os sistemas e controles ao nosso redor que nem sequer reparamos no imenso nonsense que a cultura da desconfiança provoca”
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á alguns anos entrevistei o economista Jeffrey Sachs, na época em Harvard, na Escola de Governo J. F. Kennedy. O mote de nossa conversa: sem confiança não é possível otimizar a economia de um país. Numa sociedade movida pelo interesse próprio, em que cada um tenta obter o máximo para si, em que tudo é uma questão de troca na base do “toma lá dá cá” e onde até a prestação de um favor pode deixar o outro se sentindo devedor -“Você fica me devendo essa...” - tudo parece contribuir para um clima geral de desconfiança e defensividade. Ao buscar maximizar ganhos para si todos buscarão tirar vantagem do outro? Não seria esse tipo de contexto que acaba gerando a busca de resultados máximos para si a qualquer preço? Não seria isso que gera a corrupção, que, por sua vez, potencializa a desconfiança em relação a tudo e a todos? Não seria assim que se geram resultados, na economia, que representam só uma mera fração do que uma sociedade é capaz de realizar quando prevalece a confiança e todos se empenham pela evolução de todos? Costumo provocar os líderes que participam de nossos programas com perguntas sobre o custo da desconfiança: “Vocês têm ideia do ‘custo controle’ em nosso país? E em nossas próprias organizações?”. Estamos tão habituados com os sistemas e controles ao nosso redor que nem sequer reparamos no imenso nonsense que a cultura da desconfiança provoca em nosso modo de vida, nas organizações e na própria sociedade. Mas é possível criar sistemas em que tudo aconteça num ambiente de confiança e ética? Esses sistemas sobreviveriam no mundo em que vivemos hoje? Sem dúvida. Veja o caso do Grameen Bank, criado pelo Nobel da Paz Muhammad Yunus. Um banco de Bangladesh que nasceu e cresceu centrado no valor da confiança. Embora se façam ali
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operações sem documentos, a inadimplência é baixíssima. Isso porque a confiança (depositada pelo banco no cliente de baixa renda) passa a ser o maior ativo do cliente (confiança que lhe assegurará apoio contínuo do banco e de todos os outros agentes da sociedade). Um ativo precioso que a pessoa nunca vai querer perder. Esse é o caso dos diversos tipos de cooperativas do mundo todo. E também do trabalho em conjunto entre pessoas e organizações que, com o tempo, em função de experiências positivas constantes, desenvolvem uma relação de tal respeito e confiança que são
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estamos chegando de gerar consistentemente crises econômicas, problemas ambientais, guerras e todo o tipo de violência que testemunhamos hoje em todo o mundo?
capazes de viabilizar negócios que seriam simplesmente impossíveis na “economia da desconfiança”. Quando todos confiam, tudo flui, sem análises excessivas e negociações penosas (que não só tiram a agilidade do processo, mas também reduzem, muitas vezes de forma drástica, o potencial de resultados de cada oportunidade). Até que ponto as recentes turbulências globais indicam a necessidade de revermos nossos sistemas de relacionamento e trabalho em conjunto? Será que num contexto de confiança plena – em que todos trabalhem pelo bem comum – teríamos chegado ao ponto que
Ética
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Por que a questão da ética está no núcleo das turbulências que percebemos hoje no mercado? Por que é o caminho essencial para a solução dos problemas sistêmicos que estão gerando todos esses distúrbios? Se a ética é a busca pelo bem comum (de todos os seres vivos), não está mais do que na hora de refletir sobre o que seria não ético no dia a dia de nossa sociedade, de nossa economia, de nossos foros políticos e do mundo dos negócios? Veja a seguir algumas reflexões livres que tenho feito sobre essa questão. Se ética é a escolha pelo bem comum, decidir não agir para o bem de todos porque existem dificuldades e incertezas não é ético. Se ética é a escolha pelo bem comum, agir pequeno porque é mais confortável para si não é ético. Omitir suas propostas, ideias e ações para não ir contra a maioria não é ético. Viabilizar o viável em vez de procurar tornar possível o impossível não é ético. Usar apenas parte do seu potencial (“poupando-o” para interesses pessoais) não é ético. Não persistir até o limite de suas forças não é ético. Se ética é a escolha pelo bem comum, não agir, manter-se em silêncio, deixando o medo prevalecer não é ético. Conformar-se com a “letra da lei” em vez de persistir no “espírito da lei” não é ético. Deixar seu poder, como cidadão do mundo, nas mãos dos outros não é ético. Não explorar novos caminhos porque ninguém até hoje tentou não é ético. Não fazer face aos desafios de grande escala e complexidade porque parecem “além da conta” não é ético. 245
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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL
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Se ética é a escolha pelo bem comum, deixar de buscar o melhor para todos e conformar-se com o “negociável” não é ético. Protelar ações ousadas de novo e de novo, esperando “o momento certo”, não é ético. Abster-se de agir para não contrariar convenções de sua “comunidade profissional” não é ético. Não ir
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em frente porque não será reconhecido como o autor da ideia não é ético. Se ética é a escolha pelo bem comum, “entrar no jogo”, fingindo não perceber manipulações em processo não é ético. Viver no reino das ideias, dos diagnósticos e das teorias em vez de assumir os riscos da ação não é ético. Agir só quando tudo puder ser cientificamente provado, mesmo quando a verdade for autoevidente, não é ético. Rejeitar toda e qualquer proposta “diferente” (inclusive as suas), mesmo quando as ideias tradicionais “não radicais” não estiverem funcionando, não é ético. Rejeitar qualquer proposta que pareça “idealista” ou “utópica” não é ético. Se ética é a escolha pelo bem comum, decidir deixar tudo como está porque o caminho para a perfeição é muito complexo e difícil de implementar definitivamente não é ético. Que mudanças poderão ser geradas em sua organização (ou até no próprio governo) se questões como essas forem debatidas em profundidade, por seus líderes e principais colaboradores, em sua próxima reunião de planejamento?
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INOVAÇÃO E TECNOLOGIA
Inovação: moda ou modo? Arlindo Villaschi é professor de Economia e coordenador do Grupo de Pesquisa em Inovação e Desenvolvimento Capixaba, da Ufes
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inda que a questão da inovação (tecnológica/organizacional, de processo/produto, incremental/radical/ paradigmática) faça parte da realidade de agentes dos vários segmentos econômicos, sociais e políticos há algumas décadas, é preciso verificar se e como ela efetivamente se incorpora à agenda desses agentes. Para alguns, parece ser coisa de moda: como é politicamente incorreto deixar de repetir que inovação é importante, vão sempre se referir a ela, mas pouco se faz além do discurso. Para outros, é uma questão de modo. Aprenderam com as evidências da história que o esforço permanente na busca por inovação está no cerne tanto da competitividade empresarial quanto da capacitação social. Por isso, vão além de slogans de marketing e buscam construir estratégias concorrenciais tendo como forte componente o enraizamento da capacitação inovativa.
Esse enraizamento vai muito além do ato de inovar. Inovar pode se dar pela incorporação de máquinas e equipamentos, pelo uso de novos insumos e técnicas organizacionais, pela busca de novos mercados supridores ou consumidores etc. Enraizar a capacitação inovativa implica um permanentemente construir e renovar competências que permitam fazer diferente e fazer a diferença em relações sociais envolvendo a produção, a circulação e a distribuição de bens, serviços e conhecimento. Ainda que inovar esteja longe de ser trivial (pelas próprias incertezas que caracterizam a inovação), enraizar capacitação inovativa é processo bem mais complexo. Em primeiro lugar, porque as competências para tal transcendem agentes individuais. Ou seja, esse enraizamento só pode se dar quando agentes econômicos, sociais e políticos se unem, se organizam e se mobilizam para tal. Foto: Shutterstock
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INOVAÇÃO E TECNOLOGIA
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“Enraizar a capacitação inovativa implica um permanentemente construir e renovar competências que permitam fazer diferente e fazer a diferença”
Em segundo lugar, porque esses agentes respondem a lógicas distintas (empresas buscam manter/ampliar fatias de mercado; governos, manter/ampliar estruturas de poder; grupos de pesquisas, firmarem-se junto a seus pares nacionais/internacionais etc). Isso implica na necessidade de serem superadas idiossincrasias para o estabelecimento de pautas comuns. Em terceiro lugar, porque esses agentes têm horizontes temporais diversos. Mesmo entre empresas, dependendo de seus respectivos portes e/ou mercados em que atuam, esses horizontes podem variar, e muito. Uma micro/ pequena empresa, muitas vezes, precisa sobreviver no curtíssimo prazo, enquanto aquelas de maior porte podem ter que estabelecer estratégias de mais longa duração para se manterem/ampliarem fatias sustentáveis de mercado. Essa diversidade de horizontes temporais sinaliza para possíveis dificuldades no estabelecimento de agendas comuns. Dessa simplificada listagem de dificuldades a serem superadas quando se busca o enraizamento de capacitação inovativa, pode-se depreender que tanto o desenho quanto a operacionalização de estratégias voltadas para a sua efetivação dificilmente acontecerão a partir de campanhas publicitárias, por mais competentes que sejam seus formuladores. Pode-se até ter belas peças de divulgação de um slogan, mas dificilmente se terá a efetivação do enraizamento da capacitação inovativa desejada/necessária. Isso quer dizer que os slogans e a moda pouco podem contribuir para sua efetivação. Ela exige um modo de mobilizar, articular e
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agir que mais se assemelha ao que acontece em redes sociais que interagem pelo espaço cibernético. Ou seja, elas têm que se propor enquanto um novo modo de construir relações sociais na produção, circulação e distribuição de bens, serviços e conhecimento. E a construção do novo assusta. Principalmente quando se dá em ambientes caracterizados por assimetrias entre os agentes. No caso dos que precisam ser mobilizados para o desejado enraizamento da capacitação inovativa, essas assimetrias abundam, sejam aquelas de cunho econômico/financeiro, as referentes do campo do conhecimento e mesmo aquelas ligadas a capacitações para entender os rápidos processos de mudanças pelos quais passam todos (agentes tecnológicos, econômicos e institucionais). Destaque-se que essas assimetrias econômico/financeiras, de conhecimento e de capacitações se dão para muito além do porte de empresas, governos e instituições de pesquisa. Elas ocorrem tanto entre essas instâncias quanto dentro delas. Apesar de todas essas dificuldades, é importante destacar que vale a pena enfrentá-las, se é que queremos (como meio empresarial, Estado, cidade, instituições de pesquisa, sociedade civil organizada etc) ser contemporâneos da economia do conhecimento. E isso deve ser buscado por uma razão singular: quem o faz com persistência e com visão de médio prazo sucede. Entre países, são reconhecidos os casos de sucesso como da Finlândia e da Coreia do Sul; entre Estados brasileiros, é marcante o diferencial de desenvolvimento entre o nosso Espírito Santo e Estados como Santa Catarina (como o é entre suas capitais); entre segmentos produtivos, o quanto se diferenciam estabelecimentos de pequeno porte produtores de café no Espírito Santo (impulsionados por pesquisas do Incaper-ES) daqueles de outros segmentos da indústria capixaba. As ilustrações são feitas apenas para se contrapor à síndrome do “eu sou pequenininho” – fugindo-se dos desafios – ou à do “eu já tenho o bastante” – conformando-se com o até onde chegamos. Os desafios e as oportunidades abertas para quem deseja inovar na era da economia do conhecimento transcendem a questão de tamanho. Mas, e talvez mais importante, dificilmente perdoam os que se acomodam com o atual estágio de desenvolvimento. 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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Carlos Cavalcante é superintendente do IEL nacional
Mudar incentivos e formar mais engenheiros, as soluções para ampliar a inovação no Brasil
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“Se a economia brasileira crescer mais de 4,5% ao ano, a oferta de engenheiros no mercado de trabalho não será suficiente para atender à demanda da indústria, da agroindústria, do comércio e das áreas de tecnologia em geral em 2020”
inovação é o grande motor de aumento da produtividade e a questão central na estratégia industrial brasileira. O Brasil tem dado passos positivos na agenda da inovação, mas falta muito para que ela se amplie e se torne prática corrente nas empresas. Um primeiro passo é aprimorar o sistema de incentivos à inovação. O marco legal de apoio à inovação no Brasil vem melhorando nos últimos anos, especialmente com as edições das chamadas Lei do Bem e Lei de Inovação, com a regulamentação das compras governamentais e maior diálogo entre governo e setor privado. Mas é preciso ir adiante. O 4º Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria, promovido em agosto último, em São Paulo, pelo Sistema Indústria, que reúne CNI, Sesi, Senai e IEL, concluiu pela necessidade de maior segurança jurídica e maior eficácia dos incentivos à inovação, de modo a estimular a ampliação dos gastos privados em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). A Lei do Bem é o principal instrumento de apoio à inovação empresarial e tem sido eficaz em alavancar o gasto em P&D, na medida em que os investimentos são seis vezes superiores à renúncia fiscal concedida. Ainda assim, poucas empresas usam os incentivos, por duas razões principais: a legislação é pouco conhecida e os incentivos se restringem às empresas que se enquadram no regime de lucro real, deixando de fora as micro e pequenas. O resultado é que, em 2009, apenas cerca de 540 empresas utilizaram os benefícios da Lei do Bem. Listamos, a seguir, algumas propostas de mudanças aprovadas no 4º Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria:
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• Alterar a legislação de incentivos, permitindo que os dispêndios com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica possam ser abatidos efetivamente em dobro; • Estender o benefício previsto na Lei do Bem às empresas que operam também pelo regime de lucro presumido e às enquadradas no Simples Nacional; • Tornar efetivo o adicional de 20% de incentivo concedido na Lei do Bem para empresas cujos projetos de P&D resultem em patentes, substituindo a concessão da patente por uma declaração do INPI de admissibilidade da patente; • Transformar a contratação de mestres e doutores em incentivos fiscais, permitindo o abatimento em dobro das despesas com esses profissionais; • Autorizar o Funtec, o Fundo Tecnológico do BNDES, a apoiar diretamente as empresas com subvenção e contribuição de capital. Com essas mudanças, o sistema de incentivos fiscais à inovação estará bem aparelhado para atender às necessidades brasileiras. Será preciso, contudo, ao mesmo tempo, melhorar a gestão das empresas, componente igualmente importante no processo de inovação. Nesse aspecto, o papel do IEL é fundamental ao preparar gestores empresariais, em especial de empresas de médio porte, para uma administração que estimula a inovação e que, paralelamente, transforma seus processos e decisões. Desde a sua criação, há 42 anos, o Instituto promove com competência a aproximação de empresas e instituições de ensino e pesquisa por meio de programas de estágio, capacitação 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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INOVAÇÃO E TECNOLOGIA
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e consultorias empresariais, estímulo ao empreendedorismo, entre outras iniciativas. A boa gestão empresarial nos remete, por sua vez, à necessidade premente de melhorar a qualidade da educação, absolutamente essencial ao aumento da competitividade das nossas empresas, como mostra a experiência dos países desenvolvidos. Por essa ótica, é urgente não apenas aumentar a oferta de engenheiros, como aperfeiçoar os cursos de Engenharia. A CNI, que opera desde 2006 o programa Inova Engenharia, que aproxima os currículos dos cursos de Engenharia às necessidades do mercado de trabalho, teve participação ativa na elaboração do Plano Nacional de Engenharia, cujo objetivo é aumentar a oferta de engenheiros no mercado de trabalho. Com essas iniciativas, pretende-se também reduzir a evasão nos cursos de Engenharia, que é superior a 50%. A maior parte das desistências ocorre nos dois primeiros anos da graduação e uma das possíveis causas é a distância entre os currículos dos cursos e a solução de problemas concretos imposta pela realidade do mercado. O estudo “Potenciais Gargalos e Prováveis Caminhos de Ajustes da Engenharia no Brasil”, realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), já detectou os riscos da escassez 254
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de engenheiros para o desenvolvimento do País. Informa, em resumo, que se a economia brasileira crescer mais de 4,5% ao ano, a oferta de engenheiros no mercado de trabalho não será suficiente para atender à demanda da indústria, da agroindústria, do comércio e das áreas de tecnologia em geral em 2020. O Ipea alerta ainda que se a economia crescer 6% anualmente, a quantidade de engenheiros necessários para a área de petróleo e gás subirá 19,3% até 2020. Mas o número de profissionais não será suficiente para atender à essa demanda. Nesse mesmo cenário, a indústria extrativa mineral precisará de 10,3% a mais de engenheiros e a procura na indústria de transformação crescerá 8,4%. O Brasil forma menos engenheiros por ano do que Rússia, Índia e China, os outros três integrantes do chamado grupo dos Brics, os países emergentes. Enquanto aqui esse número é inferior a 40 mil profissionais por ano, na Rússia chega a 120 mil, na Índia alcança 300 mil e na China ultrapassa 400 mil. O engenheiro foi um dos agentes propulsores do crescimento acelerado da China e da Índia. Para o Brasil sair da 8ª maior economia do mundo para a 5ª, esse profissional é indispensável. 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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GERENCIAMENTO DE PROJETOS
Mundo projetizado e o crescimento do ES Miriam Machado é vice-presidente do Instituto de Gerenciamento de Projetos do Espírito Santo (PMI-ES), diretora da Planning Consultoria, mestre em Administração e professora em MBAs de Gerenciamento de Projetos e de Marketing
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ode-se considerar o mundo como um ambiente projetizado. Afinal, as ideias até nascem na cabeça humana, mas só viram realidade a partir do momento em que se tornam um projeto para sua implantação. Vejamos alguns exemplos simples que ilustram essa dinâmica de transformar ideias em projetos: construir a tão sonhada casa própria; uma viagem de férias; planejar a festa de casamento; estudar fora do País, etc. Para a realização de sonhos mais ousados, a estruturação de ideias em projetos se torna ainda mais imprescindível. Imaginemos as seguintes situações: escalar o Monte Everest; treinar a equipe da Swat; construir uma planta industrial, seja um estaleiro, uma usina ou uma fábrica de fertilizantes; construir um gasoduto ou desenvolver um campo de petróleo. Para se obter sucesso na concretização dessas ideias, pessoas e empresas precisam utilizar as boas práticas, técnicas ou metodologias de gerenciamento de projetos, que têm por princípio básico planejar e monitorar as fases Foto: Shutterstock
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do projeto a partir das nove áreas de conhecimento (escopo, tempo, custo, riscos, qualidade, RH, comunicação, aquisição e integração). No que se refere às técnicas de gerenciamento de projetos, atualmente, encontramos no mercado uma diversidade, como as boas práticas do PMI (Instituto de Gerenciamento de Projetos), o Prince 2 (técnicas desenvolvidas pelo governo britânico), o IPMA, o IPA; além dos métodos ágeis (Agile). Dessa forma, observamos que o círculo está quase formado. Para realizarmos sonhos e ideias, precisamos desenvolver projetos formalizados, através de técnicas e metodologias que o mercado já oferece e que são viabilizadas por diversos softwares de gerenciamento de projetos. Fica faltando, apenas, um número suficiente de gerentes de projetos com formação adequada tanto na metodologia, quanto nas ferramentas. Considerando-se o grande número de novos empreendimentos no Espírito Santo, é necessário que os profissionais de todas as áreas (tecnologia da informação, recursos humanos, direito, administração etc) se interessem pelos cursos e eventos da área de projetos para que possam assumir as vagas que estão surgindo no Estado. Enfatizo que as vagas são para “profissionais de todas as áreas”, já que o gerenciamento de projetos passou a ser uma demanda do mercado para diversas especialidades, e não apenas para área de TI e de engenharia. E as vagas serão muitas daqui para frente, haja vista o fato de o Espírito Santo estar na rota dos empreendimentos internacionais de grande porte, como, para citar somente alguns, o Estaleiro Jurong (Aracruz), o Polo Gás-Químico (Linhares), UTGC e UTG Sul, a Quarta Usina de Pelotização da Samarco (Anchieta) etc, isso sem falar dos 14 municípios que se beneficiam e se destacam com o crescimento da exploração e produção de petróleo. Estamos na rota dos grandes empreendimentos e no foco de interesse das empresas multinacionais. Essa onda de prosperidade, entretanto, só se transformará 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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em crescimento e benefício para todos se tivermos mão de obra qualificada para atuar na implantação desses projetos e, posteriormente, nas fases de operação e produção das plantas industriais. Na área de gerenciamento de projetos, temos várias iniciativas que vêm ajudando na qualificação de profissionais, das empresas e do Poder Público em todo o Estado. Uma delas é a seção PMI do Espírito Santo, que tem contribuído com a oferta de palestras, rodas de projetos, apoio às ONGs para elaboração dos seus projetos e com a realização do Seminário de Gerenciamento de Projetos, que ocorre anualmente no mês de setembro. Além disso, pode-se citar a atuação da Subsecretaria de Estado de Planejamento e Projetos, criada na gestão de Paulo Hartung e que também é um exemplo de apoio ao desenvolvimento dessa área. Com essa Subsecretaria, foi possível implantar o escritório de projetos do poder estadual, treinar e desenvolver servidores na prática
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e técnicas de projetos e acompanhar os projetos estruturantes do governo de forma mais sistemática. Já as empresas privadas, por sua vez, têm participado dessa qualificação enviando seus funcionários para cursos de curta duração e/ou MBAs em gerenciamento de projetos, implantando escritórios de projetos e fazendo uso dos estudos de benchmarking internacionais que lhes dão um parâmetro para passos futuros. As instituições de ensino capixaba também têm dado sua contribuição, já que muitas delas já oferecem MBA em gerenciamento de projetos. Todas essas iniciativas têm ajudado o Espírito Santo a implantar seus projetos e grandes empreendimentos que trarão mais desenvolvimento para o Estado e que já estão dando visibilidade internacional para o mercado capixaba. Se é a hora de crescer, significa que é a hora de investir cada vez mais na qualificação de gerentes de projetos para assumir e comandar esse crescimento.
“Para se obter sucesso na concretização de ideias, pessoas e empresas precisam utilizar as boas práticas, técnicas ou metodologias de gerenciamento de projetos”
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MARKETING
Valor dos ativos intangíveis da empresa
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Eduardo Tomiya é sócio-fundador da BA BrandAnalytics Consultoria, engenheiro mestre e PhD em Engenharia de Produção. É autor do livro “Gestão do Valor da Marca” e professor de branding
efinitivamente, estamos na era dos ativos intangíveis. Eu desafiaria você a pegar o valor de mercado da empresa e compará-lo com o valor contábil ou patrimonial. A diferença entre o valor de mercado e o valor contábil de uma empresa é uma das maneiras de se calcular o valor dos ativos intangíveis. E o valor dos ativos intangíveis hoje supera, e muito, o valor dos ativos tangíveis. Por isso, o valor contábil, ou o dos balanços patrimoniais – fundamental para a corporação –, hoje não é o valor mais importante de se monitorar. Os ativos intangíveis da empresa são bem mais relevantes. Mas quais são os principais ativos intangíveis? É indiscutível em quase toda comunidade acadêmica que inovação, conhecimento, cultura organizacional são ativos intangíveis importantes. Por exemplo: em uma empresa de serviços ou da marca global mais valiosa, Google, o que estaria por trás do valor de mercado tão elevado? Com certeza, a tecnologia e a cultura empresarial são pontos fundamentais. Aproveitando o próprio exemplo da Google, e no caso os consumidores? E a percepção que vários de nós temos de não ter dúvida nenhuma, diante da necessidade de buscar um endereço ou algum assunto, de “Googlar”? E pelo fato de o usuário ter essa percepção, os anunciantes ficam interessados em anunciar na Google e, portanto, geram lucros atuais e projetados para a empresa. Essa projeção de lucros futuros atualizados a valor presente é uma proxi do valor do acionista.
1. Artigos intangíveis que geram valor • P&D • Capital humano • Conhecimento • Proteção legal
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2. Ativos intangíveis que extraem valor
• Percepção dos públicos • Processo de decisão (escolha)
Então, voltando ao caso da Google. A geração de ativos intangíveis está muito clara: inovação (podemos caracterizar inovação com o conjunto de proatividade com criatividade), tecnologia, conhecimento e até mesmo proteção legal. Isso, de fato, é fundamental, mas, com certeza, não garante a geração de lucros econômicos da empresa. Essa geração é garantida pelo que denominamos como sendo extração do valor dos intangíveis, que envolve todos os pontos de contato dos públicos externos (site, experiência de uso – efetividade dessa experiência –, comentários de amigos – em alguns casos, recomendações –, entre muitos outros). Essa experiência, quando consistente, cria uma percepção na mente dos públicos estratégicos. Essa percepção de fato faz com que os consumidores nem pensem em outra alternativa ao usarem seus computadores. A equipe de vendas da Google também é bastante competente em comercializar seu produto. Tudo isso são, sem dúvida, ativos da empresa e áticos importantes na extração do valor dos ativos intangíveis. Somente a combinação de empresas que possuem intangíveis que geram e extraem valor pode ser capaz de impactar as alavancas de valor da empresa e, portanto, desempenhar papel no seu valor econômico. A partir deste modelo, inclusive, derivamos para o gráfico na página ao lado. Existem nitidamente empresas que possuem um valor de intangíveis gerado muito pequeno e pequena percepção externa. Essas 3. Alavacancas de valor • Impacto no volume de vendas • Impacto no preço final dos produtos e serviços • Impacto nos custos e despesas da empresa • Impacto na taxa de desconto • (WACC) da empresa • Impacto nos investimentos da empresa 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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MARKETING
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Valor Extraído - Percepção Externa
Risco percepção existe, mas não é entregue
Ideal
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Riscos diferenciais existem, porém não são percebidos
Risco de comoditização
Valor Gerado - Percepções Internas (Capital Humano, P&D, Produtos, Processos, Tecnologia)
Valor Extraído - Percepção Externa
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Fonte: Value Driven Intellectual Capital - Patrick Sullivan
empresas normalmente buscam como estratégias de diferenciação preços mais baixos e, no fundo, são commodities (região 1). O problema existe quando, por algum motivo, os públicos esperam daquela marca algum atributo e o mesmo não é entregue (região 2). Essa é, talvez, a região de maior risco, pois é insustentável. Muito rapidamente as pessoas conhecerão a “experiência” que estão tendo com a marca e muito provavelmente a máscara caia. Já existe uma região 3, na qual a empresa tem intangíveis (tecnologia, produtos, P&D etc), mas infelizmente a percepção externa não é dela, e sim de alguma concorrente. Essa empresa que está nessa região não consegue ter prêmio de preço sobre a concorrente, que está na região 4, nem consegue ter o volume de vendas dessa concorrente. Um exemplo para tangibilizarmos isso são estes dois carros: Alguém tem alguma dúvida sobre a qualidade dos veículos da VW e do próprio Touareg? Porém, quando comparado com
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Risco percepção existe, mas não é entregue 1
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Risco de comoditização Valor Gerado - Percepções Internas (Capital Humano, P&D, Produtos, Processos, Tecnologia)
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o Porsche Cayenne, ele possui market share e preço completamente distinto, segundo dados do Automotive News 2008, dos Estados Unidos. Talvez, a razão dessa diferença em vendas e lucratividade esteja no fato da Porsche estar na região 4, enquanto a Touareg está na região 3. A fim de validar a tese de que marcas agregam valor aos acionistas, fizemos uma carteira de ações de empresas com marcas fortes (segundo dados de nossa pesquisa Global BrandZ, realizada anualmente com mais de um milhão de entrevistados no mundo inteiro) versus empresas com marcas fracas.
“O valor dos ativos intangíveis hoje supera, e muito, o valor dos ativos tangíveis”
Desempenho da performance das empresas com marcas fortes x fracas 500 450
Marcas fortes
400 350 300 250 200 150
Marcas fracas
100 50 0
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1996 1997
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Fonte: Proprietary BrandZTM brand strength data/ Bloomberg/ MB Optimor analysis
Empresas com marcas fortes monitoram anualmente, com pesquisas de mercado, a percepção junto aos públicos estratégicos elementos importantes da estratégia de negócios –, e, como resultado, há, inclusive, a remuneração variável dos colaboradores, que faz parte do balanced score card da empresa. Esse movimento ainda é relativamente novo nas empresas, mas está cada vez mais ganhando força no mercado nacional. Como sua empresa monitora sua imagem? Quanto estratégica (e sério) é esse monitoramento? Ele mexe no bolso das pessoas? Essas são somente algumas reflexões. 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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MARKETING
O futuro é digital para as 200 maiores do Espírito Santo Nino Carvalho é mestre em Administração e pós-graduado em Marketing e Estratégia no Reino Unido. Idealizador e coordenador dos cursos de MBA e Pós-MBA em Marketing Digital da FGV no Brasil. Desenvolve programas de capacitação executiva e estratégias digitais para diversas organizações
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pesar de os investimentos em ações de internet ainda representarem uma pequena fatia do orçamento de marketing das empresas brasileiras, não há nenhum outro segmento (do ponto de vista das organizações ou dos clientes) que cresça tanto quanto o ambiente digital. O Brasil é o quinto maior país do mundo na internet (atrás somente da China, Estados Unidos, Índia e Japão). Já somos mais de 70 milhões de internautas no País (quase 30 milhões já fizeram, ao menos, uma compra online); gastamos cerca de R$ 15 bilhões (Relatório WebShoppers, 2011) em comércio eletrônico todos os anos (com particular destaque para compras de eletrodomésticos, livros, saúde e beleza), além de ocuparmos o topo da lista em diversas variáveis importantes: somos os que mais produzem e consomem conteúdo gerado por usuários no mundo, os mais ativos em redes sociais no planeta, os que mais passam tempo conectados por mês e ocupamos bastante espaço no Orkut (o Brasil é o país com mais internautas nessa rede), Twitter, Facebook, LinkedIn e YouTube. Nesse novo e promissor universo, encontramos gigantescas oportunidades para as organizações capixabas. Uma recente
Possui site?
Gráfico 1
Não 18%
Sim 82%
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pesquisa avaliou como as 200 maiores empresas do Espírito Santo exploram o mundo digital como ferramenta de comunicação e marketing e pôde aferir duas grandes vertentes: de um lado, é notória a utilização tímida das organizações ao explorar a internet em suas ações de marketing (18% das empresas da lista nem sequer possuem site). De outro – e justamente devido a esse atual cenário embrionário – percebe-se um vasto leque de oportunidades que as principais empresas do Estado têm a sua frente (ver Gráfico 1).
Novo cenário com o mercado 2.0 Os tempos mudaram radicalmente desde o advento da internet (comercialmente no Brasil, acessível a pessoas físicas, desde meados da década de 90). O novo consumidor é mais exigente, menos leal, mais promíscuo em relação a marcas e muito mais inclinado a reclamar. Além disso, percebemos fortes diferenças na era digital no que tange ao consumo e produção de informação. Nunca os clientes tiveram tanto acesso (em volume, qualidade e facilidade de alcance) a informações das empresas – e isso já é uma enorme mudança no conceito de comunicação corporativa – e nunca foi tão fácil trocar experiências com outros consumidores. A internet possibilita que as organizações atinjam públicos que jamais seriam atingidos se não fossem as novas tecnologias. Pequenas empresas têm mais chances de concorrer com os grandes players, dado que os custos do mundo online são extremamente menores que os do mundo de tijolo. Somado a isso, a comunidade digital é meritocêntrica, o que significa que mesmo as menores organizações figuram no rol de opções dos internautas em suas buscas por produtos e serviços na internet.
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E como isso é possível? A internet e seus principais serviços (como o Google) são baseados em relevância. Isso quer dizer que quem dita as regras é a comunidade. Com base em recomendações, citações, links etc, os próprios internautas vão mostrando para sites como o Google o que eles consideram bom e ruim. Assim, a competição se torna mais igual e acirrada. Com isso, players pequenos e médios que entregam produtos ou serviços consistentes e focam verdadeiramente em atender a seus clientes e em satisfazer suas necessidades contarão com uma vastidão de depoimentos positivos recheando os diversos canais digitais. As empresas do Espírito Santo não diferem muito das de outros Estados brasileiros no que se refere ao uso inteligente da internet como ferramenta de marketing. Quase todas
Blog?
Link Patrocinado?
Sim 7%
Não 93% *Blog oficial ou de alguma campanha específica
*Nome da marca comprado no Google
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Twitter?
LinkedIn?
Facebook?
YouTube?
Sim 24%
Sim 18%
Sim 16%
Sim 12%
Sim 2%
Não 98%
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as organizações insistem em utilizar os canais virtuais como simples reproduções da Era 1.0, ou seja, do período pré-internet. Na prática, continuam com meras ações de venda, monólogos e descaso com o relacionamento e a gestão da marca. O ambiente online exige participação, diálogo e co-construção da marca e seus derivados. Especialistas em marketing digital costumam dizer que, na internet, o aumento dos lucros é uma consequência natural de um trabalho sólido, focado em relacionamento mutuamente benéfico em longo prazo. Ironicamente, a internet forçou as organizações a pregar e a agir como rezam os conceitos mais fundamentais de marketing: deve-se passar para o outro lado do balcão, ouvir o cliente e atender às suas necessidades. Cada vez mais, há menos espaço para discursos vazios e promessas superficiais.
Não 76% *Twitter oficial empresa
Não 82% *Página editada com foto
Não 84% *Página editada com foto
Gráfico 2
Não 88% *Canal oficial da empresa no YouTube
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“Nunca os clientes tiveram tanto acesso e nunca foi tão fácil trocar experiências com outros consumidores”
O conceito de relacionamento entre organizações e seus públicos está em xeque. Em pesquisa realizada no primeiro semestre de 2011 com as 200 maiores empresas do Estado, segundo o ranking do IEL, constatou-se que existe um longo caminho para as principais organizações do Espírito Santo. Somente 7% possuem blog (alguns estão sem atualização há meses) e ínfimos 2% investem em marketing de busca (táticas para colocar a empresa mais bem rankeada nos resultados de busca do Google). Quanto às redes sociais, os números também não são animadores: 24% estão no Twitter, 18% no LinkedIn, 16% no Facebook e 12% no YouTube (ver Gráfico 2). Vale dizer que em quase todos os casos, mesmo as que possuem perfis sociais ainda os utilizam como ferramenta tradicional, em via de mão única, como mais um canal para falar, em vez de escutar e conversar. A mensagem é clara: não há melhor momento para investir, de maneira planejada e estruturada, em marketing digital no Espírito Santo como agora. Michael Porter, um dos mais
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relevantes ícones de estratégia do mundo, diz que uma das principais vantagens competitivas existentes é o pioneirismo. Sem sombra de dúvidas, as organizações do Espírito Santo que utilizarem este momento para entrar estrategicamente na internet serão pioneiras em seus setores e poderão gozar de uma posição privilegiada, enquanto seus competidores falharem em compreender as novas regras do mercado digital e passarem a investir esforços em capacitar seus colaboradores e desenhar táticas eficientes para captar e manter clientes por meio da internet.
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MARKETING
Tendências do Marketing 2011 “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades...” (Camões) Ronald Z. Carvalho é consultor de Estratégia e Marketing
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unca se falou tanto em mudança. Nunca as empresas e os indivíduos trabalharam tanto nesse tema, ao mesmo tempo fascinante e desafiante... A HP, uma das empresas líderes em tecnologia no mundo, criou um cargo inédito em sua equipe de direção: “vice-presidente de Mudança”! As causas desse fenômeno podem ser claramente definidas em alguns temas básicos: rapidez de comunicação e locomoção; aceleração tecnológica e, consequentemente, aceleração dos processos de comunicação, e globalização. Tudo isso leva empresas, empresários, economia e sociedade como um todo a um contínuo processo de mudança.
Muitas dessas mudanças são globais e universais, mas algumas nos afetam diretamente no mercado, na economia e na sociedade capixaba. Quais são as mudanças mais próximas e como elas nos afetam no Espírito Santo? Em primeiro lugar, vivemos dramáticas alterações na pirâmide social brasileira e, consequentemente, na estratificação de mercado. Lembra-se da classificação ABA-Abipeme – classes A, B e C? Hoje, a dinâmica nos joga para as classes C, D e E como as mais movimentadas dos mercados. Particularmente num mercado emergente como o capixaba, é preciso lançar produtos e serviços para essas classes em todos os Foto: Shutterstock
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MARKETING
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“A dinâmica nos joga para as classes C, D e E como as mais movimentadas dos mercados. Particularmente num mercado emergente como o capixaba, é preciso lançar produtos e serviços para essas classes em todos os segmentos”
segmentos. O mercado tradicional, que vendia para uma classe A superior e para uma classe média relativamente pequena, começa a despontar para uma camada inferior ou, quem sabe, para uma classe média menos favorecida e mais numerosa, os mercados de consumidores emergentes – social, econômica e intelectualmente diferente, gerando processos quantitativos e qualitativos de mudança. As oportunidades estão em todos os setores, porém mais fortes em alimentação, imóveis, educação, saúde e vestuário (moda). Uma segunda tendência importante é a mudança na mídia. Os veículos tradicionais, rádio, TV e imprensa, são cada vez menos capazes, isoladamente, de atingir públicos segmentados, como jovens, idosos, classes emergentes etc. Para isso, as redes sociais exigem um preparo e um esforço especial, somando-se aos processos tradicionais e condicionando o sucesso a sua correta utilização. Não se iludam, pensando que mídia social é barata. Pode custar caro se não der resultado, sendo fruto de planejamento e execução improvisados e estrategicamente equivocados. Não falamos apenas do “feijão com arroz” de Facebook, Twitter ou LinkedIn, mas da correta utilização de sites de ofertas, blogs, newsletters, portais especializados e outros, num processo denominado, na prática, comunicação integrada. Em outras palavras, otimização do relacionamento com o consumidor. Outra palavra mágica do marketing moderno, ainda engatinhando em nosso Estado, é a sustentabilidade. Não apenas a questão ambiental ou um discurso vago
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e romântico de solidariedade. Correção no processo ambiental não é mais diferencial, é obrigação. Falamos, na verdade, da atuação concreta em economias operacionais, ação política e social, baseada num planejamento estratégico de sustentabilidade econômica, política e social. Processos de gestão sustentável. E a tradução disso em programas de comunicação segmentados para públicos especiais, para que um programa de sustentabilidade seja verdadeiramente um processo de economia e agregação de valor ao produto ou serviço. A próxima tendência é o marketing de nichos. A DPZ e depois o Washington Olivetto ganharam muito dinheiro vendendo mil e uma utilidades do Bombril, com o simpático Carlos Moreno. O mundo mudou... Hoje, o consumidor exige comunicação, distribuição, preço e, acima de tudo, especificação de produto e serviços para sua necessidade real. Segmentar não quer dizer apenas cores diferentes no cartão ou talão de cheques, mas todo um processo comercial dirigido e orientado com ética para um público específico. Desde a definição estratégica de um públicoalvo, até a criação diferenciada de produtos e serviços, e, só então, os aspectos exteriores da comunicação! Por último, mas não menos importante, há o planejamento. A dinâmica das mudanças não permite improvisação. Não o planejamento que demore um ano, mas a “planejação”, ou seja, o planejamento dentro da ação, o que chamamos de inteligência de marketing, uma dinâmica que acompanha o mercado em tempo real e com custos baixos com alto nível de participação de todas as partes interessadas da empresa. Correr na velocidade do mercado, mas com visão clara e escrita, partilhada por toda a organização, tendo como linha de chegada a satisfação superior do consumidor. Um processo, mais uma vez, de gestão continuada, apoiada em intensa eficácia tecnológica, em tempo real, ou seja, um processo contínuo e dinâmico de gestão moderna, ética e... isto mesmo, sustentável! No mercado contemporâneo, universal ou local, sustentabilidade, eficácia, ética e fidelização são termos cada vez mais próximos, coincidentes e até quase sinônimos. Aí estão as oportunidades de sucesso. Do outro lado, a ameaça do fracasso... A escolha é sua! 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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POLÍTICAS PÚBLICAS
Guilherme Henrique Pereira é doutor em Ciências Econômicas e atualmente é secretário de Economia e Planejamento do Estado do Espírito Santo
“O Espírito Santo é o único Estado industrializado do Brasil que não dispõe de instituições voltadas para o suporte de atividades de desenvolvimento e transferência de tecnologia para o setor produtivo”
Políticas de inovação para o desenvolvimento sustentável: aplicações para o Espírito Santo
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linha de argumentação deste artigo é a de que a formação econômica do espaço territorial capixaba, ao se caracterizar por atividades produtoras de commodities para o mercado internacional, estabeleceu uma cultura de baixo interesse pela produção local de conhecimento tecnológico. Daí decorre um perfil próprio de formação de recursos humanos que não privilegia as áreas tecnológicas, bem como políticas locais de desenvolvimento que não focalizam adequadamente as atividades geradoras de alto valor agregado, potencialmente possíveis a partir da aplicação de conhecimento ou novas tecnologias. Isso se expressa com clareza, por exemplo, na ausência de institutos locais de prestação de serviços tecnológicos. Uma situação com causas e consequências que se retroalimentam, desenhando o desafio que se apresenta para a política local quando se vislumbra uma menor dependência da estrutura atual de produção. Do primeiro movimento relevante de produção para o mercado com o café, passando pela formação de um parque local de pequenas e médias empresas em ramos tradicionais, até a chegada da siderurgia e da celulose, percebe-se em todos os casos que a demanda de formação de recursos humanos no Espírito Santo para pesquisa e desenvolvimento não foi aspecto determinante para o crescimento dessas atividades. A baixa oferta de vagas em cursos universitários, especialmente os da área tecnológica – é recente a expansão da Ufes e do Ifes –, e a falta de prestadores de serviços tecnológicos (salvo para a agricultura) são demonstrações incontestáveis da dissociação entre o sistema produtivo predominante e a necessidade de produção local de conhecimento.
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Por outro lado, esses ramos industriais e, mais recentemente, a exploração de petróleo oferecem oportunidades para o desenvolvimento regional, desde que a capacitação tecnológica das empresas locais seja alcançada em tempo adequado. A realização desse potencial exigirá a superação da cultura local de baixo interesse público e privado pela inovação. A atual taxa bruta de matrícula no terceiro grau, da ordem de 17% – total de matriculados em relação à população de 18 a 24 anos –, evidencia a baixa oferta de vagas no ensino superior. Regiões consideradas medianamente desenvolvidas exibem taxas
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superiores a 40%. Essa deficiência começa a ser enfrentada com a expansão do Ifes e a introdução na Ufes de novos cursos, bem como a consolidação de algumas instituições privadas. Certamente, o indicador atual mudará nos próximos anos, contudo, não parece provável que apenas essas ofertas anunciadas sejam suficientes para dobrar o número de matriculados, além de atender à taxa de crescimento da população. Os reflexos da baixa oferta de ensino superior evidenciam-se na qualificação da mão de obra disponível, quando apenas cerca de um terço dela conta com ensino médio completo, o que é reconhecidamente aquém do requerido pelas empresas no presente e muito baixo para a pretensão de empregos com salários médios mais elevados pagos pelas atividades mais intensivas em conhecimento. Os registros junto ao Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq) mostram 268 grupos de pesquisa cadastrados, que representam apenas 1,2% do total de grupos existentes no Foto: Shutterstock
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Brasil. Da mesma forma, os pesquisadores que compõem esses grupos representam cerca de 1%, enquanto o tamanho do Espírito Santo no conjunto nacional – em termos de PIB e população – gira em torno de 2,2%. Portanto, na dimensão da capacidade de pesquisa, o Espírito Santo está em torno de metade do esperado. Outro indicador também bastante desfavorável é o de número de doutores por 10 mil habitantes: 2,4 no Espírito Santo, enquanto Estados mais desenvolvidos já dispõem de mais de 5, e o Brasil, cerca de 4,2. A ausência de um parque de instituições de desenvolvimento tecnológico é outra característica dramática do ambiente estadual de inovação. O Espírito Santo é o único Estado industrializado do Brasil que não dispõe de instituições voltadas para o suporte de atividades de desenvolvimento e transferência de tecnologia para o setor produtivo. O Espírito Santo é o único que não possui uma unidade federal de pesquisa, desenvolvimento e inovação. Todos os Estados têm, pelo menos, uma unidade da Embrapa; vários têm unidades vinculadas a Ministérios; diversos Estados têm instituições vinculadas ao governo estadual, além de outras sem fins lucrativos e outras ainda de natureza privada. A falta de empregador nesse campo implica decisivamente no número de pesquisadores em atividade. O ambiente empobrecido para a inovação se completa: uma cultura de baixo interesse leva a uma oferta deficiente de formação de pessoal especializado, que leva também a inexistência de empregadores voltados para a inovação que, por seu turno, reforça o ambiente de baixa produção e estimulador da inovação. Os fatores apontados anteriormente refletem de forma muito forte nas possibilidades de interação das empresas com pessoal de pesquisa. O cadastro do CNPq mostra que apenas 21 grupos de pesquisa têm projetos em andamento com empresas. Apenas 8% dos grupos capixabas interagem com a atividade empresarial, enquanto nos demais Estados esse percentual é significativamente maior. Também o número de empresas envolvidas é bastante baixo. 271
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POLÍTICAS PÚBLICAS
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A presença nos demais Estados de uma rede de instituições de apoio e prestação de serviços tecnológicos é a principal hipótese explicativa para um volume maior de interação de pesquisadores com empresas e, consequentemente, de maior escala de produção técnica.
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Buscou-se demonstrar neste artigo que há um atraso considerável no Espírito Santo quando se refere a seu ingresso na chamada economia do conhecimento. Há baixo interesse para as atividades da produção do conhecimento, o que, por sua vez, contribui para a inexpressiva presença de instituições de apoio e baixa oferta de vagas no ensino superior tecnológico. Nessas condições, a produção de trabalhos técnicos e a interação de pesquisadores com as empresas reduzem-se a casos eventuais. Os desafios existentes requerem uma atuação forte do setor público para suprir a oferta de serviços e infraestrutura que as falhas naturais do mercado não proverão. Em outras palavras, a experiência de regiões de recente desenvolvimento demonstra alta eficiência do gasto público na promoção das atividades aqui preconizadas.
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ARTIGO |
POLÍTICAS PÚBLICAS
Gestão estratégica em governos Rodrigo Chamoun é deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo
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administração pública brasileira, ao longo de sua história, vivenciou três modelos distintos: a administração patrimonialista, a pública burocrática e a pública gerencial. É importante compreender o patrimonialismo e seus efeitos maléficos na administração pública. Herança da época
feudal, ele se apresentava como instrumento para o atendimento das classes dominantes numa das mais descaradas formas de usurpação do poder, onde o patrimônio do Estado se confundia com o patrimônio de seu governante, tendo o nepotismo e a corrupção como principais consequências do modelo. Foto: Arquivo Next
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Na ótica patrimonialista, o governante era o senhor e o Estado, uma extensão de suas propriedades. Achar que tal modelo foi extirpado da administração pública brasileira seria uma conclusão exageradamente otimista e fora de realidade. O patrimonialismo sofreu “mutações” na forma de operar, e as práticas escusas entre o público e o privado ainda persistem em alguns casos. Entretanto, não há a menor dúvida com relação aos avanços alcançados pela sociedade com a consolidação das instituições democráticas que, paulatinamente, se aperfeiçoam no sentido de deixar cada vez mais claro o que é público, o que é privado e a quem pertencem ambas as partes. O nosso atual arcabouço legal, o controle social das atividades públicas, o papel de uma imprensa completamente livre e a atuação especializada dos órgãos de controle constituem uma rede de combate às práticas do “neopatrimonialismo”. Já a administração pública burocrática apresenta como pontos norteadores a profissionalização, a carreira e hierarquia funcional, a impessoalidade e o formalismo. Ela surge como forma de combater a corrupção e o nepotismo do modelo anterior e institui uma espécie de controle que tem como base a desconfiança prévia dos administradores e dos cidadãos que procuram os serviços públicos para o atendimento de suas demandas. Por esse motivo, os processos de contratação do serviço público são baseados em controles rígidos e exageradamente formais. Um terceiro modelo, e mais necessário, é a administração pública gerencial. É consenso que a gestão pública deve perseguir um patamar de eficiência e resultados muito superiores aos praticados nos dias de hoje, sendo este o único caminho para que os desafios impostos a um país de dimensões continentais como o Brasil sejam vencidos. Conceitos como
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empreendedorismo, qualidade, produtividade, indicadores de desempenho, planejamento estratégico, ferramentas amplamente enraizadas na iniciativa privada devem migrar para a administração pública. Há de se implementar rapidamente um novo olhar que possibilite ao Brasil estabelecer foco no resultado e não mais no formalismo burocrático. Não dá mais para ignorar as questões relacionadas à eficácia e eficiência no setor público. O custo dessa “miopia política” é muito alto para o brasileiro. O modelo atual não tem sido capaz de eliminar a corrupção e o desperdício. Podemos dizer que um novo modelo de gestão pública deve ser aquele capaz de construir órgãos públicos que reconheçam a meritocracia, que busque a elaboração de diagnósticos precisos para a construção de políticas públicas com foco no cidadão. O modelo de gestão desejado deve implementar a melhoria contínua dos serviços prestados à sociedade, aperfeiçoar o controle social sobre as atividades exercidas e combater de forma implacável a corrupção e o desperdício de tempo e de dinheiro. Para reforçar: uma obra parada é desperdício de tempo e de dinheiro. Outra expectativa é para os servidores. Há de se valorizar os que atingem os melhores resultados, os que possuem o espírito empreendedor, os que fazem mais com menos. Não dá mais para aceitar que apenas o chamado “tempo de casa” seja o principal critério para os avanços funcionais. A premiação do mérito com regras claras é justa. E, por ser justa, impede a concorrência predatória e estabelece, por definitivo, um ambiente qualificado para o crescimento pessoal e profissional dos servidores públicos. Uma nova abordagem para o setor público é possível, estabelecendo-se valores, instituindo novas estratégias organizacionais, construindo apoio e legitimidade popular.
“Não há a menor dúvida com relação aos avanços alcançados pela sociedade com a consolidação das instituições democráticas que se aperfeiçoam no sentido de deixar claro o que é público, o que é privado e a quem pertencem ambas as partes”
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EDUCAÇÃO
Os avanços e desafios da educação superior brasileira Luiz Cláudio Costa é secretário de Educação Superior do Ministério da Educação
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educação superior brasileira passa por um momento de verdadeira transformação. Nos últimos anos, um conjunto de ações executadas pelo Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Superior, vem contribuindo para a ampliação do acesso da população ao ensino superior em nosso país. Além de ser uma das metas pactuadas no Plano Nacional de Educação, a expansão do acesso a esse nível de ensino é fator determinante para o desenvolvimento econômico e social do Brasil. Dados do Censo da Educação Superior mostram que, em nove anos, praticamente dobramos o número de matrículas, saindo de 3 milhões em 2001 para 5,9 milhões em 2009. Esse salto só foi possível porque o desafio foi enfrentado com seriedade pelo governo brasileiro, que criou novas ações e
ampliou programas já existentes. O Programa Universidade para Todos (Prouni) é um deles. Criado em 2005, o Prouni concede bolsas de estudo em instituições privadas de ensino superior. Graças a esse programa, mais de 863 mil estudantes puderam concretizar o sonho de ingressar no ensino superior. O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi reformulado e passou a ser o principal exame para ingresso no ensino superior. Em 2011, 5,4 milhões de candidatos inscritos estão aptos a realizar a prova. Por meio do Enem, o estudante tem condições de pleitear vagas em inúmeros cursos de diversas universidades públicas do País através do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). No primeiro semestre de 2011, foram ofertadas 83 mil vagas em 83 instituições públicas brasileiras. Foto: Shutterstock
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EDUCAÇÃO
“Podemos dizer que o Brasil passou do funil para banda larga em matéria de educação superior”
As instituições privadas também utilizam o Enem para seleção dos candidatos ao Prouni e para o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), que concede financiamento a juros subsidiados. Criado em 1999, o Fies foi radicalmente transformado em 2010, passando a ter juros subsidiados (3,4% ao ano), período de carência de 18 meses após a formatura e prazo para quitação do saldo devedor de até três vezes o período financiado do curso. Quase 700 mil estudantes já firmaram contrato com o Fies. O ensino superior público também passa por um momento de expansão. As universidades federais, que passaram anos sem investimentos por parte do poder público, vivem, desde 2003, um processo de ampliação de oportunidades. A oferta de vagas mais que dobrou nos últimos sete anos. Eram 109 mil vagas em 2003 e em 2010 a oferta foi de 222 mil vagas de ingresso. A expansão também contemplou a interiorização do ensino superior público, com a criação de 14 novas universidades e 126 novos campi. Com isso, o número de municípios atendidos pelas universidades passou de 114 em 2003 para 237 até o final de 2011. Pensando também na educação superior, enquanto importante etapa de formação do cidadão e dos futuros profissionais de nosso país, o governo federal trabalha atualmente em um projeto que vai oferecer, em quatro anos, 75 mil bolsas de estudo para pesquisa e estágio em universidades de excelência no exterior. Além dessas bolsas pagas pelo governo brasileiro, a presidente Dilma Rousseff espera que, com a participação do setor empresarial brasileiro, cheguemos à oferta de 100 mil bolsas. Fazendo referência a uma expressão já utilizada, podemos dizer que o Brasil passou do funil para banda larga em matéria de educação superior. E, nesse contexto de expansão, é importante que as funções de avaliação, regulação e supervisão de cursos e instituições sejam conduzidas com bastante seriedade, já que o Ministério tem um caro compromisso com a qualidade do ensino oferecido. Por essa razão, o Ministério da Educação trabalhou nos últimos anos para a construção de um novo marco regulatório para o setor.
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Esse processo teve início em 2004, quando foi editada a Lei n. 10.861, que criou o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). A partir do Sinaes, foi definido um processo contínuo de avaliação das instituições de educação superior e de seus respectivos cursos. A principal avaliação passou a ser o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), realizado anualmente pelos estudantes ingressantes e concluintes dos cursos de graduação. A partir do exame, são estabelecidos conceitos e indicadores de qualidade de cursos e instituições. Hoje, podemos dizer que as atividades de avaliação, regulação e supervisão da educação superior são consideradas de forma articulada, sendo a avaliação o principal referencial para as demais ações. Outra política bem definida pelo governo brasileiro nos últimos anos é a garantia de oportunidades iguais para nossos jovens, independente da condição social. Por essa razão, as políticas que garantem a permanência dos jovens nas universidades públicas e privadas estão sendo ampliadas. A Bolsa Permanência, a qual têm direito estudantes do Prouni e que tinha valor fixo definido em lei, a partir deste ano passará a ter seu valor vinculado às bolsas de iniciação científica, podendo ser reajustada periodicamente. No âmbito público, o Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) teve seu orçamento mais que triplicado em três anos, passando de R$ 125 milhões em 2008 para quase R$ 400 milhões este ano. Podemos dizer que o Brasil viveu nos últimos anos, e ainda vive, um processo de expansão das oportunidades de acesso ao ensino superior e que esse percurso teve como principal balizador a qualidade de cursos e instituições. Apesar dos avanços, ainda restam grandes desafios ao Brasil no ensino superior. Sem dúvidas, o maior deles é avançarmos, sempre com o compromisso da qualidade, na maior inserção de jovens de 18 a 24 anos no ensino superior. Apesar do número de concluintes ter aumentado significativamente nos últimos anos – eram 396 mil em 2001 e chegamos a 960 mil em 2009 – temos muito ainda que avançar. 200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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EDUCAÇÃO
Educar para competir
“As mudanças na qualidade da formação basilar que oferecemos aos nossos alunos são primordiais para que o País tenha um crescimento econômico consistente”
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última década foi de crescimento econômico e transformação social para o Brasil. E isso se reflete também na educação. Cerne do progresso, o conhecimento ganhou corpo: houve aumento no número de instituições educacionais, em todos os níveis (básico, profissional e superior), e de matrículas. Mas é preciso mais. A educação está entre os elementos-chave para a expansão da capacidade produtiva de um país, sobretudo porque viabiliza a disponibilidade de profissionais capacitados e a geração de novas tecnologias. E, embora o processo de universalização dela tenha sido fundamental para que milhares de crianças tivessem acesso à escola, temos que olhar agora para a qualidade do que se está ensinando. Para que isso aconteça, é indispensável que esse debate seja intensificado na agenda pública e que envolva o Estado, a iniciativa privada, especialistas em educação e a sociedade civil. Essa pauta precisa tornar-se, impreterivelmente, um compromisso nacional. Do ponto de vista da educação básica, que engloba os ensinos fundamental e médio, o País começa a alcançar resultados positivos. Um dos canais pelos quais se pode observar isso é o PISA, que, em português, chamase Programa Internacional de Avaliação de Alunos, realizado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) a cada três anos. Apesar de estarmos entre os três países que mais evoluíram na educação básica nesta década, segundo o relatório do PISA, ainda ocupamos a 53ª posição no ranking dos 65 países avaliados. Passamos de 368 pontos de média na primeira análise, em 2000, para 401 na última, o que representa um acréscimo de 33 pontos em termos de salto de qualidade – à frente estão Luxemburgo (38 pontos) e Chile (37). Entre as iniciativas apontadas pela OCDE como principais para essa evolução estão o aumento do investimento público (de 3,9% do Produto Interno Bruto em 2005
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para 5,1% em 2007) e a política de metas adotada no período pelo sistema educacional brasileiro. A Prova Brasil e o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) são algumas dessas estratégias, cujas funções são traçar diagnósticos. Ainda que pequenas, essas mudanças na qualidade da formação basilar que oferecemos aos nossos alunos são primordiais para que o País tenha um crescimento econômico consistente. E essa preocupação em promover a educação básica de qualidade como forma de Foto: Shutterstock
Rafael Lucchesi é economista e diretor de Educação e Tecnologia da Confederação Nacional da Indústria (CNI)
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investir e planejar o futuro também é requisito quando se pensa na preparação técnica da nossa força de trabalho. As políticas voltadas para a educação profissional devem estar alinhadas com as novas configurações da organização laboral e com as mudanças tecnológicas que acontecem dinamicamente e transformam o modus operandi das formas de produção. À luz das necessidades da indústria nacional, os cursos técnicos são o caminho mais rápido e eficaz para suprir as demandas de mão de
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obra em um mercado que exige quantidade com qualidade. De soldadores a operadores de tornos, passando por conhecedores da tecnologia da informação e técnicos em Edificações, todas as ocupações são substanciais para a expansão dos negócios do País. Postos de trabalho que, com a emergência constante de processos com crescentes níveis de complexidade tecnológica, exigem atualização de saberes e profissionais abertos para a inovação. E, portanto, prescindem constantes adaptações na oferta de cursos para a preparação de mão de obra. Atento a isso, o Sistema Indústria conta com uma gerência responsável por analisar a dinâmica da economia e, com base nela e em indicadores do momento atual, prospectar quais setores terão maior expansão da demanda por trabalhadores e quais devem ser as especializações deles. Esses dados servem como direcionadores para que o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) planeje a oferta de cursos técnicos com vistas a atender às necessidades do mercado e a viabilizar a inserção e a geração de renda aos brasileiros. Como principal fonte de qualificação de profissionais para a indústria, o Senai está sempre em busca de atender às necessidades do setor. E, por meio de uma parceria com o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), do governo federal, planejamos dobrar a sua capacidade educacional até 2014. Em 2010, alcançamos 2,3 milhões de matrículas em todo o País. Almejamos, com a amplificação da rede Senai, chegar à marca de 4 milhões de matrículas para cursos técnicos, em 28 áreas de conhecimento, direcionados aos jovens e aos trabalhadores. Um desafio que requererá ações conjuntas entre nós e o governo federal, e que, quando vencido, beneficiará os trabalhadores e a indústria. Além do Pronatec, outro projeto em fase de finalização vai impulsionar ainda mais a educação profissional e a superior no País. 285
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EDUCAÇÃO Foto: Shutterstock
O Plano Nacional Pró-Engenharia, proposto pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pelo Ministério da Educação e apoiado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), por meio do Senai e do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), volta-se para a formação de engenheiros.
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A iniciativa pretende aumentar, em quantidade e qualidade, os concluintes dessas graduações em instituições de ensino superior públicas e privadas. Escassos, os engenheiros são fundamentais para o desenvolvimento de áreas como infraestrutura, automobilística e TI. Estima-se que 65% desses profissionais estejam atuando em ocupações diferentes das suas áreas de conhecimento. Esse fator e a baixa qualidade da formação dificultam a competitividade, a produtividade e o desenvolvimento tecnológico. Por isso, a meta é formar, em 2015, 77 mil engenheiros, um volume de concluintes 60% maior que o de hoje. Todos esses projetos são parte do esforço que o Sistema Indústria faz pela educação nacional. Um esforço em nome do trabalhador, da indústria e do País. Uma busca pela sustentabilidade econômica brasileira diante dos desafios globais. E assumimos esse compromisso porque acreditamos que, antes de tudo, é preciso educar para competir.
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PUBLISHER
Fifteen years of credibility and referential information Marcos Guerra President of Sistema Findes
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he Yearbook “IEL 200 Biggest Companies of Espírito Santo” has arisen during a very important moment for Brazilian economy. In 1997, year of the first edition, Brazil had a stable economy after three years of Plano Real launch by Government Federal. This fact structured the formation of a strong country and in increasing development process, first, by means of establishment of Unidade Real de Valor – URV (Real Unit of Value – RUV) and then by the release of a new currency, Real, both in 1994. Having a Yearbook that talked about such significant number of big companies in only one State, perhaps it was impossible before the year in which this Yearbook was released. It was not deliberately, from 2006 on, the name of this publication changed from “IEL 150 Biggest Companies” for the current “IEL 200 Biggest Companies, showing that, finally, Brazil was on the right way to development, and Espírito Santo State was a great spotlight. I would like to emphasize the symbolic importance of signing this editorial in a successful publication that, in this edition, complete 15 years as a consolidated source of quality and referential information on the biggest companies and the whole economy of Espírito Santo, even being published in times of economic crisis that affected deeply our State. The Yearbook “TOP 200 IEL” is not a just simple publication with the ranking of major companies of Espírito Santo. In fact, it is a valuable source of information about our State, acting as an important part in attracting investments and implementing new business. For being bilingual, open our borders to the world, becoming a showcase of Espírito Santo to investors that, certainly, will be impressed with our potential.
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When I highlight the value of the information contained in the Yearbook “TOP 200 IEL”, I refer to exceptional material produced by great collaborators. Over the past 15 years, we had columnists, and we interviewed characters of national expression, among which we mention Dilma Roussef, Fernando Henrique Cardoso, Celso Amorim, Ricardo Boechat, Mirian Leitão, Delfim Neto, Armando Monteiro Neto and many others. We also have several important names from Espírito Santo in our pages, always plotting diagnostics and accurate projections about “capixaba”, national and global economy. In this edition commemorative of 15 years, we had the collaboration of great persons who write about issues of extreme importance for Brazilian and world economic development. Some of the leading authorities treat themes such as innovation, professional education, energy and infrastructure, business management, quality and management, public policy, among others. Finally, I would like to emphasize that Sistema Findes acts as an agent and partner of other business entities and Public Authorities to promote the sustainable development of Espírito Santo State and of Brazil. We have faced constant threats due to fluctuations of international market. However, the “capixaba” entrepreneur has managed to overcome these ups and downs of world economy. We all have the common goal of promoting the best for our economy because strong and competitive companies create job, income, tax revenue and the consequent improvement in quality of life of the entire population. Moreover, a State that does not have a strong industry is a State without identify. Congratulations on 15 years of Yearbook “IEL 200 Biggest Companies of Espírito Santo.” I hope you have a good read!
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RANKING |
Fábio Dias Superintendent of IEL-ES
This Yearbook also can be accessed by site: www.iel-es.org.br.
INTRODUCTION
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ifteen years. This Yearbook “IEL 200 Biggest Companies of Espírito Santo” edition is really a celebration. We have reached a maturity level worthy of the great Brazilian publications and we consolidated ourselves as one of the main sources of statistical information and evaluation of the economic-financial performance of the biggest companies in our State. This Yearbook is important because it is recognized nationally and internationally, what is a very pride for us and this stimulates us to seek for constant improvement and innovation. In addition to information about the 200 biggest companies of Espírito Santo, the Yearbook also brings data about various aspects of the economy of Espírito Santo, emphasizing not only the industrial activity as also all other sectors that move the State since the commerce to the more recent creative industry. All these information together constitute economic, social and even political scenario of Espírito Santo in the period and draw a perspective that helps to make some projections for the next years. A decade and a half, what the Yearbook has shown is that we perceive informally: the improvement of economic indicators and of the biggest capixaba companies of the Espírito Santo. The revenue data and the employment generation are significant and reflect the dynamism of the economy of our State. The Gross Operational Revenue (GOR) of the 200 biggest companies, US$ 43,5 billion generated in Espírito Santo and revealed in this 15th edition of this Yearbook, indicates the size of that growth (32.7% major to the data registered in last edition). It is still worth to note that industry represented 51% of total of GOR of the 200 biggest companies (US$ 21,5 billion), followed by services sector (with 26%) and commerce (with 23%). In industry sector, the mining presented a GOR of US$ 10,8 billion (48%). Besides economic and financial data of the 200 biggest companies of Espírito Santo, this
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commemorative edition also brings articles of renowned specialists in economy, social and industrial improvement, innovation, marketing, project management and public policies. Everything with a focus in capixaba economy that, in this Yearbook, is observed through the prism of development, growth and vocation for innovation. Nevertheless, the trinomial (education, innovation and competitiveness) is very present in the articles, what makes clear the relation between these themes and the development of capixaba industry. It is also important to say that the Yearbook brings a technical study that depicts the evolution of capixaba industry over the last 15 years, signed by Antonio Fernando Doria Porto, Executive Manager of Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Institute of Educational and Industrial Development of Espírito Santo), intelligence organ of Sistema Findes. We emphasize the importance of the companies highlighted in this publication for the construction of a better Espírito Santo, a State that grows not only in economic but also in quality of life and generation of opportunities for all who chose here to work, produce and live. I reiterate that, as in previous editions, this Yearbook was all produced by local suppliers to whom we thank and congratulate for a great and effective work. The Yearbook “IEL 200 Biggest Companies of Espírito Santo 2011” will be distributed not only in Espírito Santo but throughout the country and also abroad. Finally, we demonstrated our recognition to participating companies and to entrepreneurs, who are the great instigators of this project as well as the entire staff of IEL-ES who worked extensively on survey and analysis of information, planning and execution of another edition. To advertisers that certainly contribute to the credibility of this Yearbook, we are grateful for the trust. We hope more 15 years of great numbers and great news of capixaba economy!
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RANKING | WHAT DO YOU FIND IN THIS BOOKLET
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The 200 Biggest Companies of EspĂrito Santo classified by Gross Operational Revenue with economic and Financial Information.
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The 20 companies with better performance than others companies according to several economic, financial and social indicators.
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The best company among the 200 biggest companies is in this insert.
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Information consolidated of industrial, commerce and service sectors and per activities.
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The 10 biggest companies according to the sectors: food, wholesale commerce, retail commerce, car dealership, construction, finance and insurance services, import and export services and transport.
The 100 Biggest Private Companies (with control of Capixaba Capital) classified by Net Operational Revenue.
Ranking of the 10 Biggest Business Groups according to net worth, presenting some consolidated economic and financial information.
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RANKING | METHODOLOGY
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his edition of the Yearbook “IEL 200 Biggest Companies of Espírito Santo” was produced with the evaluation of the data of approximately 300 companies, in addition to the biggest private groups of our State. The collection includes all the companies that have sent statements to IEL Institute until October 14, 2011, and includes limited liability with closed and public corporation, cooperatives, non-profit entities and limited partnerships. For next years, we are studying the possibility of creating a separate ranking for cooperatives and non-profit companies due to the specificities of these companies. From this year, we included information about the net income, which represent Operational Income after taxes, rebates and unconditional discounts. This information allows excluding the effects of different tax loads of the various activities covered in the Yearbook, besides the inefficiency represented by returns and unconditional discounts. It is also included information about the operational profit of enterprises. We believe that this is the best measure for operational efficiency than the net profit, which may
include significant operational results and that distort the analysis of the company’s ability to generate future results with their operations. It is noteworthy that, although the new legislation has finished with the group “non-operational”, we realize that companies continue informing these values. Ebitda, abbreviation of Earnings Before Interest, Taxes, Depreciating and Amortization, means the profit before interest, taxes on profit, depreciation and amortization. Ebitda also begins to compose the indicators of the Yearbook and corresponds, in essence, the cash generated by the company. Another alteration concerns the formula for the calculation of sales profitability, which began to be calculated by dividing net profit by net income, and no more by gross revenue. The following table presents a synthesis of the main changes introduced. For preparing the ranking of the 200 Biggest Companies, it was used the criterion of gross income sales, an indicator of the company’s contribution to society in terms of products and services offered. In addition to the Gross Operational Revenue,
Methodological Concepts Gross Operational Revenue
It is the total revenue from sales of goods and services provided by the company.
Variation of Gross Operational Revenue
It shows the evolution of the gross sales in Reais (currency Brazilian).
Net Operational Revenue
It is calculated by the difference between the value of sales, deducted from returns and rebates, and sales taxes.
Operational Profit
Is the result of net revenues, determined according to legal rules, after administrative expenses is discounted with sales and financial.
Ebitda
Abbreviation of Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, that means profit before discounting interest, profit taxes, depreciation and amortization. In essence, it corresponds to the cash generated by the operation of the company.
Net Income for the Year
It is the result of the financial year, determined according to legal rules, after deducting the income tax and social contribution on profit.
Net Worth
It is the sum of the capital, reserves and adjustments of the evaluation sheet, less the sum of the capital, creating of Treasury Department shares and accumulated losses. It measures the wealth of the company.
Sales Profitability
It is calculated by dividing the net profit and net income.
Profit of Net Worth
It measures the return on investment for the owners. It results of the division of net profit by net worth.
Current Liquidity
It is the division of current assets by current liability and it indicates the company's ability to honor its commitments in the short term.
General Debt
It is the sum of short and long term debts. The result is shown in percentage in relation to the total asset. It represents the participation of resources financed by third parties on the operation of the company.
Long Term Debt
It indicates how much the company is committed to long term debts. It is expressed in a percentage in relation to total assets.
Employees in Espírito Santo
It is the number of employees in December 31, 2010.
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Evaluation of Espírito Santo Potencial Political power in national scenary Harbors Highways Airport Policy of tax incentives Qualification of labor Logist infrastructure Geographic location 0,0
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Assessment carried out with the survey information “200 Biggest Companies of Espírito Santo”
information is provided as Net Operational Revenues, Operational Profit, Ebitda, Net Income, Net Worth and the Number of Employees in Espírito Santo. Indicators for economic-financial analysis, as Sales Profitability, Return of Net Worth, Current Liquidity, Debt and Long Term Debt are also presented. It is important to say that from 2011 only the results obtained in Espírito Santo were disclosed, allowing a better comparative analysis among the companies. Besides all these information, the Yearbook presents several other lists of companies, organized by sector of the economy, capixaba companies consolidated by activity, among others. It is valid to emphasize, for the version of the Yearbook in Portuguese and English, the values were converted in U.S. currency, considering the average commercial dollar for sale, which closed at R$ 1.764, according to the Central Bank of Brazil.
Who are the 200 and what do their managers think? Approximately half of companies that participate are familiar and they are managed by the main shareholder/ quotaholder. This result indicates the need for policies that prepare the company and the future generation for the business succession, remembering that this is a critical moment and that could endanger the continuity of the company. In 2010, the companies sold, on average, 40% more than in 2009, indicating a good
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e odo o icas_I
_
recovery from economic crisis, which it also reflected in the increase of over 119% in net profit for the period, compared with 2009. Together, the 200 Biggest Companies of State paid more than US$ 3.4 billion in taxes on sales during 2010, an amount equivalent to more than half of the budget of State Government for the period. This number is even more significant if we consider that we are not computed in this value information from companies such as Vale, ArcelorMittal, Petrobrás, Fibria, Banco do Brasil (Brazil Bank), among others. Another relevant information is that this value is greater than the nearly US$ 2,8 billion that were distributed as profits to the enterprises owners. When this value is added to the taxes and contributions on the profit, it indicates that the Government, in its different spheres, is the “main shareholder” of capixaba companies, getting with the most of wealth generated by the companies. In the evaluation research of the potential of Espírito Santo, the only question favorably reviewed was the geographic location of the State. This indicates the need for a revision in the focus of the taxes raised, mainly in the infrastructure sector, which impacts, directly, on the competitiveness of capixabas companies. This result reflects the conditions of our ports, highways and airport, among others. The need for a better qualification of labor requires attention, and this demands a greater approximation among representatives of capixaba business and the Higher Education Institutions.
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The economic development of Espírito Santo in recent 15 years
T Authors: Ideies staff with the collaboration of Sávio Bertochi Caçador, Master of Economy
he Magazine “200 Biggest Companies of 2011”, drawn up at the beginning by Euvaldo Lodi Institute (Instituto Euvaldo Lodi – IEL-ES) and the Institute of Educational and Industrial of Development of Espírito Santo (Instituto Educacional e Industrial do Espírito Santo – Ideies) with the 150 biggest companies, located in Espírito Santo, complete 15 years of existence. At the moment, our State goes through a good economic moment based on exports commodities and with expectations of installing large industries in several sectors (steel, appliances, engines, shipbuilding, expansion of iron ore sector, among others), after facing a thud in 2009, as a reflex of international financial crisis that was installed in late 2008.
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However, this scenario is just one part of Espírito Santo State reality. Meanwhile, the sectors considered salary-goods (clothing, furniture, food and beverages), great employers of labor in Espírito Santo and composed mostly by micro and small enterprises with fall in their production face an international competition and from another Brazilian States, being more and more in a possible process of deindustrialization. This issue emphasize the main events that contributed to the economic development of our State between 1996 (year in which the information related to major companies were done for the first magazine “The 150 Biggest Companies of Espírito Santo”, published in 1997) and 2011. As well as some
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Photo: Agência Vale
the beginning of Internet “boom” that caused huge changes in communications, business, commerce and entertainment. In 1997, three facts deserve attention. Politically, the approval in National Congress of Law No. 9478, also known as the Petroleum Law (Lei do Petróleo) which opened the exploration and production of oil and natural gas to foreign companies. This new institutional framework has allowed Brazil to become one world’s energy great powers and increased the importance of oil and gas to the “capixaba” economy. In that same year, natural gas was discovered in Peroá field, North Coast of Espírito Santo. In addition, the Companhia
Evolution of Espírito Santo economy between 1996 and 2011 It is public and notorious that Espírito Santo economy has been showing significant growth rates, mainly from the late nineteenth century. In the period 1996/2001, this was not different, although some “stones have appeared on the road”, as it will be shown below. Therefore, it is doing here a chronology of the main events directly connected at the economy that occurred in Espírito Santo in the period analyzed. In 1996, perhaps the greatest economic event in Espírito Santo has been the discovery of oil in the field of Fazenda Alegre (Farm Alegre), in Jaguaré. This discovery allowed that activities of Petrobrás earned a survival in the State, since the production had been declining since 90s. In Brazil, the spotlight was 200 BIGGEST COMPANIES 2011 – 15 YEARS
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Photo: Shutterstock
events that hampered further advances in Brazil and in Espírito Santo during this period. It also makes an analysis about the evolution of economic profile until 2008, year in which the latest data were released by various official sources with information subdivided in following activities: agriculture, industry and services (including the commerce) It is important to emphasize that, as well as it happens in other locations, when the income of the population increases, the primary sector (agriculture) concedes space to secondary sector (industry) and, subsequently, to the tertiary sector (services). In addition, this is what occurs in the last year in Espírito Santo, as shown by the data collected for this issue.
Over the past 15 years, Espírito Santo presented a notorious economic growth, justified, mainly, by industry
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Consolidation of the biggest companies in Espírito Santo – from 1996 to 2009 (%)
Graph 1
100,0%
Service Industry
90,0%
Agriculture
80,0%
70,0%
60,0%
50,0%
40,0%
30,0% 20,0%
10,0%
0,0%
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
Source: IEL-ES - Elaboration: Ideies
Consolidation of the biggest companies/employers in Espírito Santo – from 1997 to 2009 (%)
Graph 2
100,00%
Service
90,00%
Industry
80,00%
Agriculture
70,00% 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00%
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
Source: IEL-ES - Elaboration: Ideies
Vale do Rio Doce (CVRD), current called just Vale, was privatized in May 1997. In 1998, Brazil experienced a severe economic crisis, which culminated in the adoption of floating exchange rate and consequent devaluation of Real, in 1999. If, on the one hand, this crisis has caused an increase in the price level, on the other hand, Real (our currency) devalue favoring the
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export, important activity for the Espírito Santo economy because of its significant industrial park of commodities production. In 2001, Brazil and Espírito Santo lived bad moments. On the national scenario, the crisis of “blackout” happened on May and affected the supply and distribution of electricity, when the country perceived the need to ration electricity consumption until early 2002. In the
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Photo: Agência Vale
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reorganize public accounts of State Treasury. In addition, in 2003 more discovered of oil occurred in Espírito Santo in maritime fields of Baleia Franca, Anã e Azul, in the area known as Parque das Baleias, in the South Coast, and in maritime field of Golfinho, in North Coast. In 2004, the platform P-34 arrives at Porto de Vitória (Vitória Port). In 2005, the field land of Inhambu and the maritime field of Canapu were discovered. In that same year (2005), CST was acquired by Arcelor – together with Siderúrgica Belgo Mineira (Belgo Mineira Steel Industry) – giving rise to the Group Arcelor Brazil. In addition, more a “blackout” occurred and affected Rio de Janeiro and Espírito Santo, raising uncertainties about the Photo: Secon/Thiago Guimarães
case of Espírito Santo, the situation was a little worse because we discovered that we are the final point in the national energy distribution, denoting the extreme fragility to the continuity of our economic growth. And for not to say that 2001 was only full of bad news, in this year, it was discovered oil in maritime field of Jubarte, in the South of Espírito Santo. In 2002, good and bad news continued stamping the headlines newscasts of economy. Let us start with the good news: the beginning of production in deep water in maritime field of Jubarte and the discovery of Campo de Cacholete (Cacholete field); Cia. Siderúrgica de Tubarão (CST) inaugurated the Hot Strip Mill (Laminador de Tiras a Quente – LTQ), diversifying its production; Aracruz Celulose inaugurated the Factory C of Unidade de Barra do Riacho (Barra do Riacho Unit) and Chocolates Garoto, traditional chocolate manufacturer, was bought by the multinational Nestlé. However, Lula’s leadership, in the polls for the elections of 2002, caused fear in the financial market, provoking a rise of risk-country and devaluation of Real as consequence of capital flight. This scene of uncertainty caused and increased of inflation and a freeze on private investments in our country. This scenario began to be reversed in 2003, when Lula assumed the Presidency of Brazil and Paulo Hartung assumed the State Government of Espírito Santo. The economic staff of President Lula adopted severe fiscal targets and of inflation combat, earning market reliability, while the Governor Hartung was
The oil was a great discovery for Espírito Santo and is the major leverage of capixaba economy
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SPECIAL 15 YEARS - ANALYSES
Graph 3
Gross Domestic Product (GPD) at Market Price (R$ billions) 80,0 70,0
69 ,9
60,0 60 ,3
GPD
50,0
52 ,8 47 ,2
40,0 30,0
34 ,5
20,0 10,0
14 ,8
16 ,2
17 ,4
18 ,8
21 ,5
22 ,5
24 ,7
24 ,0
0,0 1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
Source: IEL-ES - Elaboration: Ideies
Participation of GPD of Espírito Santo in GPD of Brazil (%)
Graph 4
2,5
PARTICIPATION IN GPD
2,3 2, 3 2, 22
2,1
2, 3
,2
2, 1 2, 0
1,9 1, 9
1, 9
1, 9
1, 9
1, 9 1, 8
1,7
1, 8
1,5 1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
Source: IEL-ES - Elaboration: Ideies
supply of energy capable to ensure the growth of the State. In 2006, Petrobrás inaugurated ventures in the oil area (Estação de Fazenda Alegre and Terminal Norte Capixaba – Capixaba North Terminal) and natural gas (Platform of Peroá and Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas – Unit of Gas Treatment Cacimbas), besides to begin the production of Golfinho and Jubarte fields with platform P-34. Moreover, the construction of Petrobrás Units headquarters in Vitória began and it was announced the gas discovery during the drilling of well 6-ESS-168, in the block BM-ES-5, in the North of Camarupim field. And more a changing in ownership of the steel sector: in June, 2006, Mittal Steel merged with Arcelor and created ArcelorMittal Group. In the political plan of our State, Paulo Hartung
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finished his first term of office, updating State accounts and still releasing a long term strategic planning for Espírito Santo (ES 2025). The major economic fact of 2007 in Espírito Santo was the beginning of the operation of third (3rd) blast furnace of ArcelorMittal Tubarão. With an investment of US$ 1 billion, new productive units were built, which increased production capacity from 5 to 7.5 million tons of steel per year. President Lula, in his second (2nd) term of office, launches Accelerate Growth Program – AGP (Programa de Aceleração do Crescimento – PAC), which provided for investments of over US$ 300 billion. In that same year, the derivatives market of the American housing sector, known as subprime, featured its early problems, which culminated in a financial crisis in U.S.A. (September 2008).
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Photo: Secon/Romero Mendonça
PIB (GPD) per capita of Brazil, Southeast Region and Espírito Santo – 1996 / 2008 (R$ / Population)
Graph 5
24.750 21.183
22.000 Brasil
19.250
20.231 Sudeste
GPD
16.500
Espírito Santo 12.424
13.750
11.140
14.009
15.990
11.998 9.498
11.000 8.378 8.250
6.483
5.500
4.743
10.692 9.425
8.258
4.583 2.750 0 1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
Source: IEL-ES - Elaboration: Ideies
Later that year, the experimental extraction of oil began in the pre-salt layer in field of Jubarte, South of our State, considered one of the most important oil fields ever discovered in Brazil. Samarco Mineração S/A (Mining Company) began operating the third (3rd) pelletizing plant, which increased the production capacity to 23.5 million tons of pellets per year. This company also announced the project of fourth (4th) plant. In the last quarter of 2008, the financial crisis in U.S.A. erupted, affecting the activity in Brazil and especially in Espírito Santo because of its higher degree of external openness. 200 BIGGEST COMPANIES 2011 – 15 YEARS
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The crisis affected several Brazilian companies, among them it was Aracruz Celulose. Because of this, the capixaba company was in bad financial situation and on September 2009, it merged with VCP to form Fibria, becoming global leader in pulp market. Later that year, ArcelorMittal Tubarão, with an investment of US$ 120 million, inaugurated the expansion of LTQ, which allowed expanding its production capacity from 2.8 to 4 million tons of hot coils per year. In 2010, the highlights are of the State Government. First, because of the 305
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Participation of economic activities in Gross Value Added at basic prices in Espírito Santo (1996 – 2008) – billion
Graph 6
70,0
PARTICIPATION IN GROSS VALUE ADDED
60,0 50,0
55 ,6
AGRICULTURE
61 ,2
58 ,2
57 ,9
56 ,9
56 ,5
10,0
28, 3
22, 9
16 ,1
15 ,1
25 ,7
24, 4
12 ,9
24 ,6 8, 7
8, 2
14 ,9
9, 2 6, 0
0,0 1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
19 ,9
23 ,0
16 ,1
10 ,8
9, 4
3, 8
OTHER INDUSTRIES SERVICES
28, 2
26, 8
24, 5
36 ,0
34 ,0
32 ,7
31 ,8
20,0
INDUSTRY QUARRYING
40,0 30,0
57 ,1
2005
9, 59 2006
,3 2007
6, 8 2008
* Ind. Processing production and distribution of electricity and water and sewer cleaning and urban construction Source: IBGE - Elaboration: Ideies
announcement of an investment package of US$ 1 billion – the biggest in history of Espírito. Second, with the release of Plano Estratégico de Logística e Transportes do Espírito Santo (Peltes) – Logistic and Transport Strategic Plan of Espírito Santo – an important instrument for the development of infrastructure of our State. And also it is inaugurated Gasoduto Sudeste Nordeste (Gasene) – Southeast Northeast Pipeline (Gasene) with 1,4 thousand kilometers of length and transport capacity of 20 million cubic meters of natural gas daily. Finally, the second Accelerate Growth Program – AGP (Programa de Aceleração do Crescimento – PAC) was released on March of that year.
And what expect for the next years? Several important investments are provided, including: oil and gas exploration by Petrobrás; Companhia Siderúrgica de Ubu (CSU), da Vale (Steel Company of Ubu, of Vale); Ferrovia Litorânea Sul, da Vale (Railway Coastal South, of Vale); port and pelletizing complex of Ferrous; eighth (8th) pelletizing plant of Vale; shipyard of Jurong; fertilizer factory, among others. In addition, challenges are still present, including: the required internalization of development, still very concentrated in Grande Vitória and going, practically, towards at the State waterfront; reduction of dependence on commodities production; the impact on “capixaba” and Brazilian economy, even in politic, from continuing crisis in U.S.A and, now, sovereign debt in Euro Zone. We cannot forget, mainly, the non-recovery of the industrial employers of labor and, mostly, micro and small enterprises, such as furniture, clothing, food and beverages, among others, which can go through a process of deindustrialization. It is good to say that it is happening in the rest of Brazil, reflection of the overvaluation of Real, the high interest rates, the large tax burden and of increased imports of products from these sectors.
The evolution of enterprises of Espírito Santo that composed the 15 years of Top 200 Magazine It was analyzed the participation of enterprises by branch of activity (agriculture, industry and services – including commerce) in the total of the biggest companies of Espírito Santo that composed the 15 200 BIGGEST COMPANIES 2011 – 15 YEARS
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Photo: Arquivo Next
In 2004, there was a large peak of workers in the industry, that, in this same year, employed 53.6% of local workforce
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Photo: Incaper
Chained series of the volume of Gross Added Value at basic prices – Espírito Santo and Brazil (1996 – 2008) (Base 100 = 2005)
Graph 7
200,0 18 0, 9 180,0
16 8, 5
CHAINED SERIES OF PIB
BR 160,0
156, 8
ES 146, 3 14 0, 7
140,0
13 1, 1 12 1, 2
120,0 10 6, 2 100,0 10 1, 9
105, 8
109, 8
111, 2
10 4, 9
105, 2
105, 9
1997
1998
1999
133, 0
14 5, 5 13 8, 9
12 2, 1 123, 0
110 ,0
111 ,6
11 5, 0
11 6, 5
2002
2003
12 6, 6
13 1, 3
80,0 1996
2000
2001
2004
2005
2006
2007
2008
Source: IBGE - Elaboration: Ideies
editions of the Magazine. They verified the participation of the industrial sector decreased in favor of the service sector in 2004 (38.7%), the same percentage that in 1996 and 1997 (see graph 1). The same happened on the participation of quantify of employees from biggest companies that made up the various editions of the Magazine. In 2004, it happened the high point of industrial workers, when it reached 53.6% of the total quantify, falling to 42.5% in 2009, while in services increased from 44.5% to 56.5% in the same year (see graph 2). 200 BIGGEST COMPANIES 2011 – 15 YEARS
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PIB (Produto Interno Bruto) – GPB (Gross Domestic Product) and its position in Brazil (1996 – 2008) In 1996, PIB (or GPB) of Espírito Santo was R$ 14.8 billion, participating with 1,9% in Brazilian PIB (or GPD), which was R$ 779.8 billion. In 2008 (latest year with available data), the PIB of Espírito Santo reached R$ 69.9 billion, representing 2.3% of Brazilian PIB that was R$ 3.0 trillion. During 1996/2008, PIB of Espírito Santo grew nearly five times the current prices with the participation of Brazil’s PIB coming in at around 2.0% from 2004 (see Graphs 3 and 4). 307
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Chained series of the volume of Gross Added Value at basic prices by economic activities in Espírito Santo and Brazil (1996 – 2008) (Base 100 = 2005)
Graph 8
AGRICULTURE
420,0
400,4
INDUSTRY QUARRYING
360,0
CHAINED SERIES OF PIB
OTHER INDUSTRIES
315,3
SERVICES
300,0
243,7 240,0 203,6
216,5
216,1
184,8
187,2
206,1
180,0
166,7
179,8 130,2
128,7
161,2
122,0
120,0 102,1
100,4
103,0
104,3
108,7
1996
1997
1998
1999
2000
108,1
2001
120,8
121,9
2002
2003
219,6
128,4
135,5
142,1
148,4
2006
2007
152,3
60,0 2004
2005
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Source: IBGE - Elaboration: Ideies
In 2008, eight Brazilian States had PIB (GPD) per capita above the Brazilian average: Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso and Paraná, i.e., all the States from South Region, three from Southeast and two from Midwest. In that year, the PIB (GDP) per capita of Espírito Santo was R$ 20,231.00 (5th place); the average of the Southeast Region was R$ 21,183.00 and of Brazil was R$ 15,990.00.
Between 1996 and 2003, the economy of Espírito Santo was in 12th place in Brazilian National ranking of PIB (GPD), changing of level since 2004 when our State took 11th. About PIB (GDP) per capita, it was R$ 4,583.00 in 1996, lower than Southeast Region (R$ 6,483.00) and Brazil (with R$ 4,743.00). In 2002 and 2003, PIBs (GPDs) per capita of Espírito Santo were about the same in Brazil. Since 2004, PIB (GDP) per capita of Espírito Santo takes off the Brazilian PIB (GPD) per capita and becomes larger, rapidly approaching the Southeast Region average (see Graph 5).
When it is analyzed the participation of each economic activity (agriculture, industry and services) in total Gross Value Added (basis for the calculation of PIB – GDP) at basic prices, it appears that the industry of our State increased its share from 28.3%, in 1996, to 36%, in 2008, i.e., 7.7 percentage points more. However, when it is separated the participation of the mining industry of the manufacturing industry (supply water, electricity, sewage and urban cleaning, and construction), it appears that the growth of industry in GVA was due to the first (mining industry). In the period from 1996 to 2008, the mining industry increased its participation of 3.8% (1996) to 16.1% (2008), 12.3 percentage points more, while other industries fell 4.6 percentage 200 BIGGEST COMPANIES 2011 – 15 YEARS
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Photo: Arcelor
Innovation, with insertion of new processes and methods, was very responsible for diversification and aggregation of value to industrial products
The evolution of the economic activities of Espírito Santo in Gross Value Added (GVA) at basic prices (1996 – 2008)
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Graph 9
HDI of Brazil, Southeast Region and Espírito Santo – 1996 to 2007 0,880
0,847
0,850 0,824 0,820
0,803
0,802
0,793
0,816
0,788
0,790
0,778
0,794
0,770 0,760
0,821
0,813
0,808
0,782
0,755
0,773
BR
0,765 0,752
Southeast
0,730
Espírito Santo 0,700 1996
1997
19981
9992
0002
001
2002
20032
004
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2007
Source: PUND - Elaboration: Ideies
points, from 24.5 % (1996) to 19.9% (2008). As for agriculture, its participation in GVA, which was 16.1% in 1996, fell to 6.8% in 2008 (down 9.3 percentage points), and the services rose from 55.6% in 1996 to 57.1% in 2008, adding 1.5 percentage points (see Graph 6). When we consider 1995 as base, we perceive that the economy of our State increased 80.9% until 2008, well above the national average, which increased 45.5% (see Graph 7), the fourth largest country’s growth, overcome by Mato Grosso (124.3%), Amazonas (100.9%) and Amapá (90.3%). For this period of thirteen years, the capixaba agriculture increased more than double (119.6%), while the Brazilian average was 68.1%. Also in this activity, Espírito Santo was fourth among the others States, behind Mato Grosso (283.6%), Amapá (130.9%) and Bahia (121.8%).
HDI United Nations Development Program (UNDP) created HDI to measure the development level of countries based on indicators of education (literacy and enrollment fee), longevity (life expectancy at birth) and income (GDP per capita). The index ranges from 0 to 1; countries with HDI to 0.499 are considered low human development; countries with rates between 0.500 and 0.799 are considered medium human development and the countries with HDI higher than 0.800 are considered high human development.
200 BIGGEST COMPANIES 2011 – 15 YEARS
200 Maiores 15 A
ana ise do ran in Mic_I
.indd 30
As for industry, Espírito Santo grew 87.2% in this period, the ninth largest country’s growth that was, on average, 33.7%. The growth of capixaba industry occurred because of the mining industry, which increased 300.4%, the largest in Brazil (excluded Tocantins whose base year is 2002 and grew 394%), while the manufacturing industry increased 52.3%, higher than the national average (28.3%) and Southeast Region (17.6%). In the service sector, Espírito Santo grew, between 1996 and 2008, 61.2%, higher than the growth of the manufacturing industry, the Brazilian average (48.8%) and the average of the Southeast Region (44.8%) – see Graph 8.
The evolution of HDI in Espírito Santo As Human Development Index (HDI) – Índice de Desenvolvimento Urbano (IDU) – of United Nations Development Program (UNDP) between 1996 (0.755) and 2005 (0.802), and with estimative of the Central Bank of Brazil for 2006 (0.808) and 2007 (0.821), Espírito Santo, if it was a country, would be among the high human development, above Russia and Serbia (see Graph 9). In the period between 1996 and 2007, Espírito Santo had the HDI always higher than Brazil and lower than the Southeast Region, occupying, in 2007, the 10th place among the Brazilian states, standing behind all States of the South, Southeast and Midwest, with exception of Mato Grosso. 309
15/11/2011 1 :3 :5
RANKING | GENERAL INFORMATION Photo: Leonel Albuquerque
T
he survey of 200 Biggest Companies in the Espírito Santo, considered one of the most important evaluation publications of the capixaba economy, over the past 15 years, publishes data and information about companies and business groups installed in Espírito Santo, with its economic and financial performances. This edition presents the results of the main entreprises in 2010, analyzed according to accounting and financial indicators such as Gross Operational Revenues, Net Income, Net Worth, Number of Employees, Profitability, Liquidity, among others. In 2011, for the formation of the Biggest Companies Ranking and other tables, it was promoted the methodological review of the study, proportionating the necessary adjustments to the complex of accounting information. Thus some criteria was established: • Companies with registered offices in Espírito Santo had the total of its income appropriated in our State; 310
200 Maiores 2011_ an in I
• For companies whose fiscal offices is in another State, the percentage of revenue generated in Espírito Santo was appropriated; • Even for companies with fiscal offices in another State of Brazil, just were considered the other financial information, if these information made reference to data of the company in State or when its revenue was generated entirely in Espírito Santo; • Companies whose fiscal offices are in another State and did not report specific accounting data in Espírito Santo are marked with N/A (not available) in the tables. In 2010, the 200 Biggest Companies in Espírito Santo presented a Gross Revenue of US$ 43.5 billion generated in the State, a significant increase of 32.7% compared to 2009 (US$ 32.8 billion). In relation to the number of jobs, these companies generated 93.784 jobs in Espírito Santo in 2010 against 93.281 in 2009, an increase of 0.5%. Such results, higher than 2010, indicate an overcoming of the international economic crisis, with increased of productivity per job. 200 BIGGEST COMPANIES 2011 – 15 YEARS
_In or a
es
erais_
.indd 310
1 /11/2011 1 :30:52
Location of the 200 Biggest Companies
Distribuition of the 200 biggest companies per region and city REGIONS AND MUNICIPALITIES Central
Nº de empresas 154
Anchieta
1
Cariacica
17
Domingos Martins
1
Guarapari
1
Marechal Floriano
1
Santa Maria de Jetibá
2
Serra
38
Venda Nova do Imigrante
1
Viana
5
Vila Velha
18
Vitória
69
North Coast
23
Aracruz
6
Barra de São Francisco
1
Conceição da Barra
1
Ibiraçu
2
Linhares
12
Montanha
1
Northwest
13
Colatina
10
Nova Venécia
1
São Gabriel da Palha
2
South
10
Atílio Vivacqua
1
Cachoeiro de Itapemirim
8
Itapemirim
1
Total
200
200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
200 Maiores 2011_ an in I
_In or a
es
erais_
.indd 311
South Region 5,0%
Central Region 77,0%
Northwest Region 6,5% North Coast Region 11,5%
It is important to note that in 2009 the last company in ranking had Gross Operatinal Revenues in Espírito Santo of US$ 12.6 million. In 2010 the 200th placed closed the ranking with US$ 14.7 million (16% higher). Observing the distribution of the 200 Biggest Companies by Mesoregion (IBGE) in which they are located, it verifies that the vast majority are concentrated in Central Region of State (77%), i.e., 154 companies. Among these companies, 69 are in Vitoria, 38 in Serra, 17 in Cariacica, and 18 in Vila Velha. Twenty-three companies are in North Coast Region, representing 11.5%. Linhares is the city with highest concentration (12 companies). Northwest Region concentrates 13 companies, i.e., 6.5%, being 10 in Colatina. In South Region, there are 10 companies, totalizing 5% (we emphasize Cachoeiro de Itapemirim with 8 companies). Of all the companies that participate of the research 93.7% have its fiscal offices in Espírito Santo; 76.8% with Private and State Stock Control, and 73.6% presented consolidated balance sheets with establishments in other states.
311
14/11/2011 15:14:1
RANKING
RANKING OF 200 BIGGEST COMPANIES Acoording to Gross Operational Revenue (GOR) in Espírito Santo (Values in US$ - thousands) RANKING 2010
COMPANIIES
SECTOR
ACTIVITY
GROSS OPERATIONAL GOR REVENUE VARIATION (GOR) US$ 10/09 %
REVENUE TOTALLED US$
OPERATIONAL PROFITE US$
EBITDA US$
1
VALE
Industry
Mining
6,773,243
118.07%
N/D
N/D
N/D
2
SAMARCO
Industry
Mining
3,585,231
122.91%
3,537,301
1,980,234
2,119,365
3
ARCELORMITTAL BRASIL
Industry
Steelmaking and Metallurgy
3,112,965
23.82%
N/D
N/D
N/D
4
FERT. HERINGER
Industry
Chemical and Petrochemical
2,032,978
9.97%
1,996,300
96,139
120,369 209,779
5
BRAZIL TRADING
Wholesale Com.
Wholesale Com.
1,827,755
104.54%
1,190,403
208,199
6
PETROBRAS DISTRIBUIDORA
Wholesale Com.
Eletricity and Gas
1,431,415
23.41%
1,099,250
N/D
N/D
7
EDP ESCELSA
Services
Eletricity and Gas
1,430,146
13.14%
852,314
143,455
202,033
8
COTIA
Services
Import and Export Services
1,342,168
101.28%
1,067,428
33,330
44,276
9
FIBRIA
Industry
Pulp and Paper
1,233,709
92.51%
N/D
N/D
N/D
10
CHOCOLATES GAROTO
Industry
Foods
1,138,216
6.72%
665,094
113,639
113,639
11
CISA
Services
Import and Export Services
992,275
70.20%
787,378
32,084
26,686
12
ARCELORMITTAL TUB. COMERCIAL
Wholesale Com.
Wholesale Com.
954,042
12.74%
690,901
6,837
11,686
13
BANESTES
Services
Finance and Insurance Services
861,840
–2.37%
835,238
146,147
N/D
14
TROP
Services
Import and Export Services
756,682
15.88%
646,467
54,783
54,941
15
HISPANOBRÁS
Industry
Mining
661,314
734.69%
661,314
121,166
130,836
16
COLUMBIA TRADING
Services
Import and Export Services
581,407
144.41%
477,753
14,938
18,226
17
BANCO DO BRASIL
Services
Finance and Insurance Services
482,731
24.76%
N/D
N/D
N/D
18
TANGARÁ FOODS
Industry
Foods
481,627
14.83%
462,520
107,434
105,809
19
SABB – SIST. ALIM. E BEBIDAS
Industry
Foods
455,510
33.58%
336,292
29,040
N/D
20
VIX LOGÍSTICA
Services
Transport
437,189
15.22%
398,890
27,306
66,561
21
EISA – EMP. INTERAGRÍCOLA
Wholesale Com.
Wholesale Com.
377,698
10.88%
344,538
41,299
N/D
22
BR DISTR. ES – GN
Services
Eletricity and Gas
377,559
49.31%
278,680
50,881
53,738 17,041
23
VITORIA DIESEL
Retail Com.
Car Dealership
374,860
50.73%
319,543
16,312
24
UNIMED VITÓRIA
Services
Health Insurance
350,035
11.42%
338,672
2,834
4,413
25
BMC
Wholesale Com.
Wholesale Com.
324,596
386.05%
275,850
28,124
28,124
26
KURUMÁ VEÍCULOS
Retail Com.
Car Dealership
312,499
23.64%
306,366
2,446
30,921
27
UNICAFÉ
Wholesale Com.
Wholesale Com.
312,303
–12.70%
306,440
26,647
27,091
28
SERTRADING
Services
Import and Export Services
302,486
51.24%
264,296
16,531
16,531
29
TRISTÃO
Wholesale Com.
Wholesale Com.
279,709
2.40%
276,998
32,826
33,162
30
HORTIFRUTI
Retail Com.
Retail Com.
256,169
12.58%
230,520
3,145
9,110
31
FRISA
Industry
Foods
248,872
20.15%
233,080
8,909
12,400
32
CESAN
Industry
Collecting, Treating and Distributing of Water
245,303
7.55%
231,347
55,679
67,443
33
SUP. CASAGRANDE
Retail Com.
Retail Com.
220,611
16.61%
190,351
7,475
7,980
34
UNIÃO ENGENHARIA
Industry
Steelmaking and Metallurgy
216,154
–7.97%
170,946
–8,669
–806
35
CUSTODIO FORZZA
Wholesale Com.
Wholesale Com.
213,747
–8.45%
196,587
3,367
3,565
36
PERFILADOS RIO DOCE
Industry
Steelmaking and Metallurgy
202,415
40.47%
162,130
28,478
29,944
37
PROIMPORT
Services
Import and Export Services
197,141
106.76%
162,429
6,736
7,209
38
VITORIAWAGEN
Retail Com.
Car Dealership
194,049
8.03%
161,741
5,597
N/D
39
SOUZA CRUZ
Wholesale Com.
Wholesale Com.
174,376
9.54%
N/D
N/D
N/D
40
PODIUM
Retail Com.
Car Dealership
167,970
5.79%
164,461
5,490
5,757
41
RDG AÇOS DO BRASIL
Wholesale Com.
Wholesale Com.
165,359
14.04%
133,457
57,621
57,626
42
CVC
Retail Com.
Car Dealership
165,265
–1.61%
145,485
3,943
3,273
43
NIBRASCO
Services
Leasing
164,773
204.35%
149,532
126,243
125,424 17,576
44
ÁGUIA BRANCA
Services
Transport
146,271
7.24%
117,082
15,879
45
CONTAUTO
Retail Com.
Car Dealership
140,687
13.82%
131,763
–480
N/D
46
TRACBEL
Wholesale Com.
Wholesale Com.
132,713
60.34%
119,754
21,347
21,422
47
NICCHIO SOBRINHO CAFÉ
Wholesale Com.
Wholesale Com.
129,500
–5.74%
117,233
4,753
5,197
48
KOBRASCO
Services
Leasing
125,212
176.85%
113,630
110,587
112,94
49
INSPECTION
Wholesale Com.
Wholesale Com.
122,394
14.16%
93,626
1,898
1,898
50
TERRA NOVA
Wholesale Com.
Wholesale Com.
119,018
76.57%
84,908
2,029
N/D
312
200 Maiores 2011_
200 BIGGEST COMPANIES 2011 – 15 YEARS
an in I
das 200
aiores.indd 312
16/11/2011 13:36:52
NET PROFIT US$
NET WORTH US$
N/D
N/D
1,274,028
780,569
SALES PROFITABILITY
CURRENT LIQUIDITY
GENERAL INDEBTEDNESS
LONG TERM INDEBTEDNESS
EMPLOYESS IN ESPÍRITO SANTO
RANKING 2010
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
6.609
1
36.02%
163,22%
0.77
75.16%
39.59%
940
2
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
4.622
3
35,037
232,269
1.76%
15,08%
0.91
79.74%
14.97%
262
4
144,518
452,659
12.14%
31,93%
6.22
N/D
N/D
12
5
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
72
6
101,228
459,231
11.88%
22,04%
0.99
64.66%
33.97%
956
7
20,285
45,795
1.90%
44,30%
1.10
85.10%
0.73%
4
8
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
1.647
9
70,378
176,596
10.58%
39,85%
1.46
65.10%
23.97%
3.338
10
24,282
80,001
3.08%
30,35%
1.60
78.94%
28.72%
22
11
12,324
145,502
1.78%
8,47%
2.57
31.04%
1.72%
136
12
94,684
447,932
11.34%
21,14%
0.89
91.66%
19.61%
2.240
13
36,779
46,729
5.69%
78,71%
1.63
75.03%
16.55%
20
14
74,566
218,943
11.28%
34,06%
1.50
59.99%
5.01%
158
15
6,970
9,851
1.46%
70,75%
1.07
90.99%
1.71%
5
16
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
1.560
17
81,073
152,239
17.53%
53,25%
1.97
50.60%
4.25%
439
18
23,601
134,268
7.02%
17,58%
1.73
57.64%
28.62%
785
19
20,648
89,144
5.18%
23,16%
2.02
74.11%
52.70%
1.642
20
33,440
72,459
9.71%
46,15%
1.28
78.57%
5.03%
7
21
33,595
84,253
12.05%
39,87%
1.18
46.94%
0.79%
18
22 23
9,414
28,833
2.95%
32,65%
0.93
73.99%
1.17%
337
4,005
61,599
1.18%
6,50%
0.94
65.08%
38.25%
1.732
24
13,063
15,906
4.74%
82,13%
1.31
74.84%
2.19%
13
25 26
–1,033
21,285
–0.34%
–4,86%
1.20
69.87%
33.72%
313
17,637
131,673
5.76%
13,39%
0.14
N/D
N/D
134
27
8,631
18,066
3.27%
47,78%
1.15
86.53%
1.16%
16
28
22,697
86,898
8.19%
26,12%
0.79
56.24%
2.61%
58
29
1,900
26,797
0.82%
7,09%
1.35
62.83%
17.94%
247
30
4,527
41,402
1.94%
10,93%
1.25
60.82%
23.30%
1.164
31
35,381
597,500
15.29%
5,92%
1.07
41.55%
35.09%
1.437
32
5,271
30,447
2.77%
17,31%
1.30
39.39%
1.99%
1.757
33
–10,269
64,921
–6.01%
–15,82%
1.41
43.78%
2.02%
836
34
2,696
34,093
1.37%
7,91%
1.15
68.90%
0.05%
116
35
24,505
111,709
15.11%
21,94%
5.50
11.55%
2.28%
345
36
6,389
19,483
3.93%
32,79%
1.31
74.29%
4.27%
50
37
5,608
23,237
3.47%
24,13%
1.36
48.76%
15.33%
477
38
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
36
39
3,756
12,878
2.28%
29,16%
1.47
100.00%
61.42%
320
40
55,618
130,317
41.67%
42,68%
7.71
3.66%
0.32%
296
41
3,943
24,800
2.71%
15,90%
1.13
52.10%
15.85%
418
42
85,245
344,115
57.01%
24,77%
4.01
19.46%
8.46%
0
43
17,536
153,080
14.98%
11,46%
2.47
37.19%
23.57%
1.115
44
962
3,515
0.73%
27,36%
1.02
89.68%
17.80%
319
45
21,420
71,038
17.89%
30,15%
4.78
21.57%
0.84%
48
46
3,426
23,713
2.92%
14,45%
1.90
53.21%
3.29%
93
47
75,664
216,394
66.59%
34,97%
1.92
25.54%
1.59%
0
48
1,165
10,002
1.24%
11,64%
1.26
76.79%
0.00%
4
49
1,292
2,993
1.52%
43,16%
1.16
90.64%
8.06%
6
50
200 BIGGEST COMPANIES 2011 – 15 YEARS
200 Maiores 2011_
NET WORTH PROFITABILITY
an in I
das 200
aiores.indd 313
313
15/11/2011 1 :16:13
RANKING OF 200 BIGGEST COMPANIES Acoording to Gross Operational Revenue (GOR) in Espírito Santo (Values in US$ - thousands) RANKING 2010
COMPANIIES
SECTOR
ACTIVITY
GROSS OPERATIONAL GOR REVENUE VARIATION (GOR) US$ 10/09 %
REVENUE TOTALLED US$
OPERATIONAL PROFITE US$
EBITDA US$
51
FORTLEV
Industry
Rubber and Plastic Products
117,291
39.74%
84,182
12,716
52
SELITA
Industry
Foods
112,880
9.67%
102,332
2,899
17,324 4,195
53
LUVEP VOLVO
Retail Com.
Car Dealership
102,376
111.51%
88,739
5,615
5,799 11,503
54
CORREIOS
Services
Telecommunications
101,196
6.13%
100,966
11,503
55
SÃO BERNARDO SAUDE
Services
Health Insurance
100,375
38.49%
92,779
17,604
1,166
56
EMP. LUZ E FORÇA STA. MARIA
Services
Eletricity and Gas
98,6050
17.80%
65,647
14,677
17,270
57
CLAC
Services
Import and Export Services
93,150
–2.33%
71,376
–13
189
58
TVV
Services
Port and Terminal Manegment
92,514
27.10%
81,874
32,005
35,590
59
BRASCOMEX
Services
Import and Export Services
92,286
17.56%
78,877
226
599
60
BIANCOGRES
Industry
Non–metallic Mineral Industry
91,753
20.19%
70,383
11,650
17,476
61
ELKEM
Industry
Chemical and Petrochemical
89,002
24.99%
68,652
11,909
15,408
62
BRAMETAL
Industry
Steelmaking and Metallurgy
88,800
14.03%
81,425
11,054
10,980
63
CEDISA
Wholesale Com.
Wholesale Com.
88,674
34.92%
68,383
8,409
8,409
64
LOJAS SIPOLATTI
Retail Com.
Retail Com.
87,340
20.96%
66,764
867
2,555
65
DIEVO
Wholesale Com.
Wholesale Com.
86,510
124.81%
69,384
3,471
4,995
66
FULL TRADING
Services
Import and Export Services
83,104
44.41%
62,426
2,399
4,386
67
LORENGE
Industry
Construction Industry
81,827
11.02%
72,619
19,429
20,439
68
DACASA
Services
Finance and Insurance Services
79,909
22.91%
79,909
28,107
29,495
69
COOABRIEL
Wholesale Com.
Wholesale Com.
79,590
51.85%
71,107
602
910
70
SUPERMERCADO PERIM
Retail Com.
Retail Com.
75,547
113.85%
64,132
3,580
N/D –7,577
71
POLTEX
Industry
Textiles
69,847
–12.50%
50,008
–11,123
72
CONCREVIT
Services
Highway Concessionaire
69,524
3.12%
65,719
4,648
5,100
73
COOPEAVI
Retail Com.
Retail Com.
69,331
10.72%
67,547
2,800
3,806 –10,607
74
ODEBRECHT
Industry
Construction Industry
68,664
–35.65%
63,399
–10,607
75
BUAIZ ALIMENTOS
Industry
Foods
67,015
–6.45%
61,091
642
N/D
76
CPVV
Services
Port and Terminal Manegment
65,469
77.82%
57,366
1,834
19,243
77
BANESTES SEGUROS
Services
Finance and Insurance Services
61,961
6.24%
61,961
8,714
8,720
78
SOL COQUERIA
Industry
Steelmaking and Metallurgy
61,150
–89.98%
55,493
17,082
49,183 2,592
79
VILA PORTO
Services
Import and Export Services
60,576
30.66%
43,737
2,592
80
UNIMED SUL CAPIXABA
Services
Health Insurance
59,367
13.54%
58,623
–380
490
81
FIESA
Industry
Textiles
56,973
13.73%
43,506
–279
2,387
82
SUPERGASBRAS
Wholesale Com.
Eletricity and Gas
56,960
6.43%
45,958
–535
39
83
MERCOCAMP
Services
Import and Export Services
56,313
486.68%
42,166
346
808 47,580
84
ITABRASCO
Services
Leasing
55,253
93.95%
50,142
46,194
85
SUP. SANTO ANTONIO
Retail Com.
Retail Com.
54,167
19.38%
47,139
583
990
86
PORTOCEL
Services
Port and Terminal Manegment
52,867
12.41%
46,881
7,653
10,347
87
JSL
Services
Transport
52,256
34.53%
N/D
N/D
N/D
88
VIMINAS
Industry
Non–metallic Mineral Industry
52,245
36.82%
37,512
7,600
N/D –657
89
REALCAFÉ
Industry
Foods
51,418
–18.80%
47,958
–3,315
90
VESSA
Retail Com.
Car Dealership
50,739
14.91%
49,228
1,098
507
91
WHITE MARTINS
Industry
Chemical and Petrochemical
50,624
–3.89%
40,929
N/D
N/D
92
SAMP ES
Services
Health Insurance
49,765
17.31%
48,979
2,258
2,276
93
CODESA
Services
Port and Terminal Manegment
48,864
22.85%
42,572
4,144
6,821
94
SPASSU TECNOLOGIA
Services
Information Technology
48,228
23.13%
45,472
560
619
95
AFECC – HOSP. STA. RITA
Services
Hospital Assistance
47,078
11.17%
47,351
47,351
12,024 2,452
96
VENEZA
Industry
Foods
46,694
27.62%
44,113
1,537
97
TERVAP
Industry
Construction Industry
46,569
129.96%
46,519
34,696
N/D
98
USINA PAINEIRAS
Industry
Foods
46,375
–3.54%
40,329
–5,480
7,079
99
UNIMAR
Services
Transport
46,055
15.27%
42,568
–1,776
6,802
100
PANAN MOVEIS
Industry
Furniture
44,819
32.92%
33,077
1,960
3,849
314
200 Maiores 2011_
200 BIGGEST COMPANIES 2011 – 15 YEARS
an in I
das 200
aiores.indd 314
16/11/2011 13:3 :3
NET PROFIT US$
NET WORTH US$
SALES PROFITABILITY
CURRENT LIQUIDITY
GENERAL INDEBTEDNESS
LONG TERM INDEBTEDNESS
EMPLOYESS IN ESPÍRITO SANTO
RANKING 2010
11,366
56,172
13,50%
20,23%
5,14
N/D
N/D
416
51
2,553
16,953
2,50%
15,06%
1,84
56,64%
25,24%
465
52
2,933
8,082
3,31%
36,29%
1,40
66,91%
4,94%
11,503
11,503
11,39%
100,00%
1,33
N/D
N/D
120
53
2.084
54
1,071
4,761
1,15%
22,49%
1,36
82,95%
27,18%
267
55
10,615
49,125
16,17%
21,61%
1,25
42,95%
19,17%
332
56
93 22,017 226 9,532
5,011
0,13%
1,86%
0,90
90,80%
0,92%
4
57
63,827
26,89%
34,49%
3,24
26,08%
17,13%
380
58
957
0,29%
23,67%
0,60
79,92%
0,63%
16
59
39,853
13,54%
23,92%
3,06
43,16%
22,38%
314
60
9,319
43,661
13,57%
21,34%
4,23
35,46%
23,08%
205
61
9,848
46,933
12,09%
20,98%
1,76
44,62%
3,42%
521
62
5,453
32,690
7,97%
16,68%
3,95
24,37%
1,58%
137
63
1,750
5,051
2,62%
34,64%
1,39
73,22%
5,07%
759
64
2,469
3,421
3,56%
72,17%
1,16
85,42%
0,58%
2
65
1,742
6,411
2,79%
27,18%
1,25
79,04%
1,89%
21
66
17,302
83,985
23,83%
20,60%
2,52
43,47%
17,10%
519
67
16,532
60,895
20,69%
27,15%
1,93
64,65%
14,44%
160
68
7,341
0,77%
7,46%
1,10
82,75%
0,38%
113
69
3,580
23,797
5,58%
15,05%
2,59
47,27%
9,72%
407
70
–12,063
54,589
–24,12%
–22,10%
0,84
63,95%
30,80%
549
71
3,159
12,579
4,81%
25,12%
1,35
50,51%
16,58%
198
72
2,636
73
548
25,352
3,90%
10,40%
1,71
45,05%
11,64%
315
–10,632
4,799
–16,77%
–221,56%
1,33
N/D
N/D
583
74
642
33,814
1,05%
1,90%
0,78
66,09%
36,55%
368
75
12,943
25,894
22,56%
49,98%
1,60
38,63%
5,41%
130
76
5,973
43,076
9,64%
13,87%
1,54
53,29%
2,17%
94
77
766,752
37,27%
2,70%
0,33
10,17%
2,07%
0
78
20,683 2,133
4,552
4,88%
46,87%
1,26
94,70%
23,13%
105
79
–569
8,874
–0,97%
–6,41%
1,40
69,52%
34,37%
530
80
–1,360
90,565
–3,13%
–1,50%
2,70
24,50%
12,08%
369
81
–1,703
9,076
–3,71%
–18,77%
0,99
43,90%
11,52%
200
82
856
0,57%
28,28%
1,77
97,15%
56,22%
21
83
151,993
66,40%
21,91%
2,87
24,62%
15,78%
0
84
242 33,295 280
1,944
0,59%
14,40%
1,15
86,55%
20,15%
950
85
5,005
27,138
10,68%
18,44%
0,61
65,09%
37,64%
306
86
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
645
87
7,534
20,211
20,08%
37,28%
2,59
24,67%
3,51%
354
88
–1,767
31,285
–3,68%
–5,65%
0,63
60,53%
10,99%
288
89
309
5,608
0,63%
5,51%
1,17
63,17%
1,42%
149
90
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
63
91
1,427
4,098
2,91%
34,81%
1,01
74,02%
28,53%
143
92
1,676
54,975
3,94%
3,05%
3,31
56,93%
46,82%
393
93
721
0,70%
44,19%
1,03
91,71%
4,24%
117
94
N/D
319
40,354
20,67%
24,25%
1,40
35,32%
8,44%
1.174
95
878
11,870
1,99%
7,40%
1,17
55,99%
22,35%
315
96
9,788 32,824
90,951
70,56%
36,09%
11,45
2,36%
0,46%
125
97
–4,689
57,201
–11,63%
–8,20%
1,34
71,23%
57,41%
503
98
–1,346
15,331
–3,16%
–8,78%
0,38
58,52%
26,48%
1.462
99
1,960
4,619
5,93%
42,43%
1,11
75,97%
7,29%
352
100
200 BIGGEST COMPANIES 2011 – 15 YEARS
200 Maiores 2011_
NET WORTH PROFITABILITY
an in I
das 200
aiores.indd 315
315
15/11/2011 1 :16:45
RANKING OF 200 BIGGEST COMPANIES Acoording to Gross Operational Revenue (GOR) in Espírito Santo (Values in US$ - thousands) RANKING 2010
COMPANIIES
SECTOR
ACTIVITY
GROSS OPERATIONAL GOR REVENUE VARIATION (GOR) US$ 10/09 %
REVENUE TOTALLED US$
OPERATIONAL PROFITE US$
EBITDA US$
101
ITACAR CARROS
Retail Com.
Car Dealership
44,469
13.09%
39,515
1,361
N/D
102
FOZ DO BRASIL
Industry
Collecting, Treating and Distrib. of Water
43,855
68.96%
41,459
7,688
9,855
103
IND. e COM. QUIMETAL
Services
Import and Export Services
43,231
5.37%
33,340
4,983
4,983
104
CHEIM
Services
Transport
42,895
14.25%
39,522
–3,085
–1,456
105
BANDES
Services
Finance and Insurance Services
42,868
12.83%
24,185
6,201
9,204
106
CONTEK ENGENHARIA
Industry
Construction Industry
42,491
24.36%
40,097
8,641
11,079
107
REFRIGERANTES COROA
Industry
Beverages
42,396
18.70%
28,032
941
1,732
108
VISEL
Services
Surveillance and Security
41,539
19.65%
37,961
4,724
4,724
109
KIFRANGO
Industry
Foods
41,503
38.11%
37,346
–7,274
–3,044
110
TV GAZETA
Services
Information and Communication
41,124
12.47%
39,090
7,145
9,097
111
ALLMAX TRADING
Services
Import and Export Services
40,954
304.35%
32,336
1,279
1,256
112
HOSPITAL EVANGÉLICO
Services
Hospital Assistance
39,984
46.47%
39,944
963
2,280
113
VITORIA MOTORS
Retail Com.
Car Dealership
39,687
30.94%
38,702
–180
N/D
114
DIAÇO
Wholesale Com.
Wholesale Com.
39,382
2.38%
31,645
2,659
2,807
115
METALOSA
Industry
Steelmaking and Metallurgy
38,490
11.29%
30,068
837
1,151
116
HOSPITAL MERIDIONAL
Services
Hospital Assistance
38,159
29.65%
36,341
3,104
N/D
117
VENAC
Retail Com.
Car Dealership
37,964
139.99%
33,917
3,427
4,294
118
ALCON
Industry
Chemical and Petrochemical
36,566
–8.10%
34,550
8,105
8,105
119
A GAZETA
Services
Information and Communication
36,497
–1.21%
33,693
883
1,361
120
VIAÇÃO PRAIA SOL
Services
Transport
36,294
7.44%
34,969
1,667
N/D
121
RIMO MOVEIS
Industry
Furniture
35,995
26.59%
25,661
–2,400
–1,341
122
VITORIA APART HOSPITAL
Services
Hospital Assistance
35,456
22.56%
33,896
6,535
1,980
123
RODOSOL
Services
Highway Concessionaire
34,793
5.93%
31,778
14,100
18,941
124
SUPERM. PORTO NOVO
Retail Com.
Retail Com.
34,440
4.17%
31,971
224
516
125
MARBRASA
Industry
Non–metallic Mineral Indsutry
33,721
–5.63%
29,768
1,877
2,944
126
PROSEGUR
Services
Surveillance and Security
33,708
25.67%
30,971
N/D
N/D
127
MORAR
Industry
Construction Industry
33,428
–35.20%
31,721
3,675
9,212 254
128
AUTOVIL
Retail Com.
Car Dealership
33,313
–15.27%
32,860
254
129
UNIMED NOROESTE
Services
Health Insurance
32,631
3.92%
32,081
–315
5
130
SERDEL
Services
Cleaning and Maintenance
32,342
21.03%
28,202
5,621
5,908
131
SIDERURGICA IBIRAÇU
Industry
Steelmaking and Metallurgy
32,057
26.07%
27,389
–432
–432
132
ELSON'S
Wholesale Com.
Wholesale Com.
31,571
11.56%
23,019
443
1,794
133
ESTRUTURAL
Industry
Construction Industry
31,491
23.53%
29,771
3,424
3,934
134
COSENTINO LATINA
Industry
Non–metallic Mineral Indsutry
31,048
23.83%
28,043
1,639
4,777
135
CORPUS
Services
Collection, Treatment and Disposal of Waste
30,779
0.81%
26,380
N/D
N/D
136
SICOOB LESTE CAPIXABA
Services
Finance and Insurance Services
30,168
156.31%
5,739
5,739
6,648
137
METSO
Services
Maintenance, Machinery and Equipment
30,050
–30.11%
N/D
N/D
N/D
138
CAFEEIRA STOCKL
Wholesale Com.
Wholesale Com.
29,314
–3.42%
26,962
1,914
1,914
139
SANTA FÉ TRADING
Services
Import and Export Services
28,801
39.55%
22,808
563
563
140
TERCA
Services
Logistic
28,732
–2.34%
22,862
3,868
5,667
141
ACP MOVEIS
Industry
Furniture
28,515
44.51%
21,124
3,074
N/D
142
PARANAPANEMA
Industry
Steelmaking and Metallurgy
28,229
13.02%
21,491
1,932
1,932
143
VILA VELHA HOSPITAL
Services
Hospital Assistance
28,087
31.51%
26,598
772
2,589
144
VAMTEC VITÓRIA
Industry
Steelmaking and Metallurgy
27,981
26.41%
23,114
1,603
1,603
145
VIGSERV
Services
Surveillance and Security
27,593
45.93%
25,298
2,820
N/D
146
HOSPITAL METROPOLITANO
Services
Hospital Assistance
26,893
12.37%
24,654
2,911
3,578
147
UNIMED NORTE
Services
Health Insurance
26,660
13.12%
25,836
–313
349
148
MARCA CAFÉ
Wholesale Com.
Wholesale Com.
26,529
2.68%
26,211
1,360
1,686
149
DAMARE
Industry
Foods
26,298
48.50%
25,506
3,763
3,917
150
ATACADO SÃO PAULO
Wholesale Com.
Wholesale Com.
25,880
20.79%
23,549
1,524
1,524
316
200 Maiores 2011_
200 BIGGEST COMPANIES 2011 – 15 YEARS
an in I
das 200
aiores.indd 316
16/11/2011 13:3 :15
NET PROFIT US$
NET WORTH US$
SALES PROFITABILITY
CURRENT LIQUIDITY
GENERAL INDEBTEDNESS
LONG TERM INDEBTEDNESS
EMPLOYESS IN ESPÍRITO SANTO
RANKING 2010
942
12,847
2,38%
7,33%
1,84
52,55%
15,14%
145
101
5,353
43,337
12,91%
12,35%
1,45
34,06%
26,68%
202
102
4,411
10,980
13,23%
40,18%
2,12
63,64%
42,83%
44
103
269
6,861
0,68%
3,92%
1,10
87,21%
32,74%
369
104
6,693
79,928
27,68%
8,37%
1,27
83,42%
57,75%
200
105
7,355
23,588
18,34%
31,18%
7,83
22,27%
12,02%
319
106
731
5,801
2,61%
12,60%
0,69
82,93%
32,62%
238
107
2,313
3,902
6,09%
59,28%
1,64
59,56%
0,22%
2.282
108
–7,274
3,786
–19,48%
–192,14%
0,35
90,95%
45,47%
636
109
7,651
35,699
19,57%
21,43%
5,05
12,15%
0,06%
307
110
574
965
1,77%
59,46%
0,98
86,34%
0,57%
29
111
963
3,779
2,41%
25,47%
0,93
80,18%
20,01%
1.002
112
–180
218
–0,46%
–82,34%
0,82
98,28%
23,56%
52
113
1,705
25,264
5,39%
6,75%
6,57
9,81%
0,21%
108
114
610
9,486
2,03%
6,43%
2,10
42,19%
3,15%
290
115
1,871
15,160
5,15%
12,34%
0,45
50,27%
15,95%
613
116
3,061
9,340
9,02%
32,77%
3,08
22,40%
1,40%
93
117
6,458
39,139
18,69%
16,50%
2,93
28,18%
13,93%
219
118
1,067
14,134
3,17%
7,55%
3,34
26,92%
4,83%
716
119
1,501
0,91%
21,24%
0,14
93,39%
49,43%
1.187
120
–2,401
4,959
–9,36%
–48,41%
0,98
75,40%
19,00%
260
121
–777
32,707
–2,29%
–2,38%
0,75
43,24%
30,98%
1.007
122
9,379
123
319
30,409
29,52%
30,84%
0,25
17,78%
3,50%
256
361
3,227
1,13%
11,20%
1,42
N/D
N/D
497
124
55
8,141
0,19%
0,68%
0,89
73,65%
21,41%
399
125
1.607
126
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
22,014
9,17%
13,21%
2,68
69,26%
37,75%
152
127
187
2,001
0,57%
9,34%
0,87
64,81%
0,31%
116
128
5,193
6,004
16,19%
86,48%
0,58
74,01%
36,43%
297
129
3,768
13,911
13,36%
27,08%
3,74
34,96%
11,77%
3.378
130
–640
5,813
–2,34%
–11,01%
1,14
76,41%
5,35%
155
131
321
3,661
1,40%
8,78%
1,05
N/D
N/D
257
132
N/D 2,909
2,272
6,026
7,63%
37,69%
2,19
39,60%
5,88%
734
133
907
37,212
3,24%
2,44%
3,43
20,80%
3,45%
99
134
N/D 5,640
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
1.700
135
35,979
98,27%
15,68%
1,06
77,57%
9,18%
144
136
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
49
137
705
3,077
2,62%
22,92%
8,16
16,07%
6,06%
6
138
879
1,69%
43,83%
16,96
90,19%
84,30%
3
139
2,860
36,846
12,51%
7,76%
0,85
26,75%
18,80%
169
140
2,042
5,642
9,67%
36,20%
1,49
62,33%
14,84%
215
141
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
155
142
–1,029
9,589
–3,87%
–10,73%
0,48
72,44%
22,53%
834
143
890
4,698
3,85%
18,94%
1,59
68,43%
27,08%
147
144
385
N/D
1,048
2,200
4,14%
47,61%
2,09
91,07%
60,27%
1.645
145
793
10,816
3,22%
7,33%
1,02
67,20%
27,30%
495
146
–110
2,751
–0,43%
–4,01%
1,05
74,22%
34,14%
196
147
1,125
9,918
4,29%
11,35%
1,62
54,90%
1,41%
15
148
1,799
3,540
7,06%
50,84%
0,55
N/D
N/D
212
149
1,524
1,731
6,47%
88,03%
1,11
N/D
N/D
122
150
200 BIGGEST COMPANIES 2011 – 15 YEARS
200 Maiores 2011_
NET WORTH PROFITABILITY
an in I
das 200
aiores.indd 31
317
15/11/2011 1 :1 :26
RANKING OF 200 BIGGEST COMPANIES Acoording to Gross Operational Revenue (GOR) in Espírito Santo (Values in US$ - thousands) RANKING 2010
COMPANIIES
SECTOR
ACTIVITY
GROSS OPERATIONAL GOR REVENUE VARIATION (GOR) US$ 10/09 %
REVENUE TOTALLED US$
OPERATIONAL PROFITE US$
EBITDA US$
151
SICOOB SUL SERRANO
Services
Finance and Insurance Services
25,567
24.23%
4,375
4,375
152
FIBRASA SUDESTE
Industry
Rubber and Plastic Products
25,432
N/D
17,486
623
3,040 N/D
153
SICOOB NORTE
Services
Finance and Insurance Services
24,343
18.00%
2,020
2,020
3,088
154
ESPIRAL ENGENHARIA
Services
Leasing of Machines and Equip. for Construc.
24,109
62.32%
23,154
5,666
5,952
155
HIPER EXPORT
Services
Logistic
24,035
–1.43%
22,756
–579
1,035
156
VIAÇÃO TABUAZEIRO
Services
Transport
23,612
18.08%
16,634
7,743
7,743
157
SM SAUDE
Services
Health Insurance
23,138
29.31%
23,639
641
641
158
VIACAO JOANA D´ARC
Services
Transport
23,002
7.12%
21,365
4,351
4,351 1,440
159
ELETROMIL
Wholesale Com.
Wholesale Com.
22,847
31.48%
21,167
1,440
160
TIME–NOW ENGENHARIA
Services
Engineering Service
22,704
28.02%
19,596
193
355
161
TRANSFINAL
Services
Transport
22,653
9.66%
19,788
1,885
5,465
162
MC KINLAY
Wholesale Com.
Wholesale Com.
22,635
19.60%
21,705
502
N/D
163
CIMOL
Industry
Furniture
22,600
46.52%
17,084
775
813
164
SICOOB SUL
Services
Finance and Insurance Services
22,551
15.91%
4,590
4,584
4,962
165
STA. CASA CAHOEIRO
Services
Hospital Assistance
22,436
60.00%
22,009
2,267
2,267
166
FACULDADE UNIVIX
Services
Education
21,795
21.60%
21,035
6,430
6,430 398
167
ATLANTICA VEICULOS
Retail Com.
Car Dealership
21,447
–41.44%
20,460
356
168
SICOOB CENTRAL
Services
Finance and Insurance Services
21,364
37.41%
831
831
1,711
169
DECOLORES MÁRM. GRANITOS
Industry
Non–metallic Mineral Indsutry
21,128
32.68%
20,620
5,470
N/D
170
FACULDADE SALESIANA
Services
Education
20,810
8.83%
18,562
1,203
N/D
171
COFRIL
Industry
Foods
20,577
43.60%
18,414
392
632
172
PW BRASIL
Industry
Clothing
20,267
24.29%
16,989
3,418
3,878
173
TV VITÓRIA
Services
Information and Communication
19,804
51.38%
19,064
4,399
N/D
174
NUTRIGAS
Wholesale Com.
Wholesale Com.
19,712
–1.81%
15,531
–5,797
–4,370
175
GS INTERNACIONAL
Wholesale Com.
Wholesale Com.
19,491
18.01%
13,041
108
449
176
LASA
Industry
Chemical and Petrochemical
19,012
34.11%
17,273
396
6,336
177
POLITINTAS
Retail Com.
Retail Com.
18,932
2.43%
16,256
750
362
178
BONNO
Retail Com.
Car Dealership
18,866
53.44%
16,843
2,313
4,531
179
UNIMED PIRAQUEAÇU
Services
Health Insurance
18,188
9.51%
18,002
271
377
180
NACIONAL AUTO PEÇAS
Retail Com.
Retail Com.
18,065
–5.27%
17,924
3,862
3,896
181
CSV
Services
Maintenance, Machinery and Equipment
18,003
257.18%
15,513
2,345
2,448
182
TRIESTE VEICULOS
Retail Com.
Car Dealership
17,331
–9.11%
17,093
299
346
183
AST COM. INT.
Wholesale Com.
Wholesale Com.
17,292
–12.20%
14,582
–72
–66
184
MATRICIAL
Industry
Construction Industry
17,077
–7.90%
15,784
2,539
N/D
185
EMBALI
Industry
Rubber and Plastic Products
17,065
7.75%
13,334
283
799
186
BUTERI COM. REPR.
Wholesale Com.
Wholesale Com.
17,002
–19.54%
15,673
1,559
1,499
187
SHOPPING VITORIA
Services
Management of Shopping Center
16,962
24.04%
16,350
10,236
11,750
188
VIAÇÃO GRANDE VITÓRIA
Services
Transport
16,949
–3.45%
15,832
10,214
12,990 2,240
189
GRANVITUR
Services
Transport
16,786
14.79%
15,460
995
190
CASTEL / CASAS SANTA TEREZINHA
Retail Com.
Retail Com.
16,009
4.60%
11,263
83
637
191
ORGBRISTOL
Services
Accommodation and Food
15,915
15.50%
N/D
N/D
N/D 2,061
192
TRANSCAMPO
Services
Transport
15,907
36.62%
12,907
270
193
SÃO BERNARDO APART HOSP
Services
Hospital Assistance
15,634
21.57%
14,546
240
1,637
194
AMBITEC
Services
Collection, Treatment and Disposal of Waste
15,457
–0.36%
13,726
961
1,389
195
TRACOMAL MINERAÇAO
Industry
Mining
15,343
32.52%
14,123
–1,409
96
196
ISH
Services
Technology of Information
15,283
13.68%
13,471
425
613
197
CAFENORTE
Wholesale Com.
Wholesale Com.
15,281
10.30%
15,050
2,642
2,681
198
SICOOB CENTRO–SERRANO
Services
Finance and Insurance Services
15,167
13.84%
2,086
3,229
1,753
199
TEGMA
Services
Logistic
14,870
11.96%
N/D
N/D
N/D
200
CETURB–GV
Services
Public Transport
14,714
16.65%
14,175
–76
410
318
200 Maiores 2011_
200 BIGGEST COMPANIES 2011 – 15 YEARS
an in I
das 200
aiores.indd 31
16/11/2011 13:3 :4
NET PROFIT US$
NET WORTH US$
4,288 11
SALES PROFITABILITY
CURRENT LIQUIDITY
GENERAL INDEBTEDNESS
LONG TERM INDEBTEDNESS
EMPLOYESS IN ESPÍRITO SANTO
RANKING 2010
35,427
98,02%
12,10%
1,16
73,17%
2,88%
177
151
6,337
0,06%
0,17%
1,22
60,44%
19,98%
271
152
1,845
33,893
91,31%
5,44%
1,22
75,04%
6,37%
174
153
2,889
10,480
12,48%
27,57%
5,39
39,28%
27,87%
580
154
–741
15,203
–3,26%
–4,88%
1,03
57,31%
32,24%
346
155
112
2,235
0,67%
4,99%
1,07
75,30%
50,22%
621
156
1,612
1,27%
18,61%
1,21
81,87%
20,81%
143
157
17,986
15,63%
18,56%
3,01
31,69%
19,35%
771
158
1,440
6,391
6,80%
22,53%
2,30
36,69%
2,89%
106
159
–374
1,548
–1,91%
–24,17%
1,13
75,42%
3,29%
175
160
300 3,339
1,591
7,883
8,04%
20,18%
2,59
49,74%
36,11%
590
161
19
8,522
0,09%
0,23%
1,83
46,02%
0,00%
13
162
649
2,332
3,80%
27,84%
1,27
61,63%
12,16%
138
163
4,505
29,817
98,14%
15,11%
1,08
76,54%
2,88%
123
164
2,267
5,517
10,30%
41,08%
0,78
77,99%
56,22%
745
165
6,320
9,913
30,05%
63,75%
1,70
26,76%
2,60%
364
166
356
356
1,74%
100,11%
1,22
95,12%
27,98%
162
167
810
16,204
97,50%
5,00%
0,93
92,88%
0,71%
47
168
4,757
19,705
23,07%
24,14%
3,53
23,60%
3,53%
90
169
1,203
21,012
6,48%
5,73%
1,24
19,66%
3,11%
1.259
170
258
1,898
1,40%
13,62%
0,84
65,28%
7,21%
238
171
12,340
19,94%
27,45%
1,09
42,57%
2,03%
412
172 173
3,388 3,898
19,656
20,45%
19,83%
1,28
35,28%
24,18%
222
–3,981
33,098
–25,63%
–12,03%
1,10
15,22%
10,94%
60
174
6,351
0,43%
0,89%
1,53
54,64%
21,11%
82
175 176
57 –1,429
43,019
–8,27%
–3,32%
0,37
48,90%
41,32%
952
6,478
12,907
39,85%
50,19%
2,59
16,97%
2,47%
162
177
1,575
5,045
9,35%
31,21%
1,99
47,20%
8,03%
102
178
167
2,482
0,93%
6,72%
1,64
77,42%
46,49%
68
179
8,101
20,42%
45,18%
1,52
N/D
N/D
80
180
1,283
1,307
8,27%
98,19%
1,50
77,97%
29,49%
303
181
239
2,399
1,40%
9,96%
1,39
51,62%
8,18%
71
182
3,660
–147
266
–1,01%
–55,50%
1,32
97,43%
37,73%
15
183
2,111
6,511
13,37%
32,42%
2,16
N/D
N/D
566
184
2
1,850
0,02%
0,12%
1,00
71,06%
12,09%
277
185
917
10,919
5,85%
8,40%
4,33
19,43%
2,79%
30
186
8,533
20,547
52,19%
41,53%
0,42
47,69%
24,07%
9
187
10,458
23,664
66,06%
44,19%
0,70
51,57%
46,17%
717
188
363
4,25%
180,86%
0,30
94,90%
56,53%
514
189
–2,529
0,60%
–2,66%
0,83
123,77%
19,02%
315
190
657 67 N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
322
191
219
3,811
1,69%
5,73%
2,33
51,78%
39,28%
157
192
–865
20,722
–5,94%
–4,17%
0,86
42,91%
26,79%
313
193
810
7,095
5,90%
11,41%
2,26
27,04%
9,85%
522
194
–1,216
8,593
–8,61%
–14,15%
1,82
72,82%
36,38%
164
195
1,171
0,44%
5,08%
1,46
94,81%
54,46%
63
196
59 525
1,820
3,49%
28,86%
0,72
75,50%
4,90%
14
197
2,019
17,533
96,82%
11,52%
1,08
78,36%
7,63%
110
198
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
226
199
–371
–2,248
–2,62%
16,52%
3,15
104,97%
101,29%
207
200
200 BIGGEST COMPANIES 2011 – 15 YEARS
200 Maiores 2011_
NET WORTH PROFITABILITY
an in I
das 200
aiores.indd 31
319
15/11/2011 1 :1 :50
RANKING | SECTORIAL PARTICIPATION OF THE COMPANIES
I
n 2010, the distribution of companies, which compose the ranking of the 200 Biggest Companies in Espírito Santo, was elaborated according to the participation in its sector of activity The distribution by sector, when compared to the 200 Biggest Companies in 2009, shows a decline in participation of commerce and industry sectors in relation to the growth in the services sector. The obtained results showed the leadership of service sector, both in number of companies and in invoicing, represented by 88 companies (44% of the top 200). Only in Espírito Santo such companies were responsible for US$ 11.4 billion or 26.1% of total revenues in the State. In 2010, these companies have generated 46.161 jobs in the State against 38.738 in 2009 (an increase of 19.2%). In 2009, the Gross Revenue per Employee was US$ 181 thousand against US$ 247 thousand in 2010 (an increase of 36.4%). The second biggest participation, in terms of number of enterprises, was the industrial sector, represented by 57 establishments or 28.5% of the top 200. However, in Espírito Santo, these companies are still showing the highest revenue among the sectors. Industrial companies were responsible for US$ 22.4 billion or 51.5% of Gross Operational Revenues generated in the State (or 33.6% greater than the Gross Operational Revenue in 2009). It also provided direct employment for a total of 36.629, corresponding to 39.1% of the jobs of the 200 Biggest Companies in the State. These data show a Gross Operational Revenue of US$ 612 thousand per employee (68.3% higher than last year). The commercial sector, represented by 55 companies (27.5%), generated a Gross Revenue of US$ 9.7 million (22.4%) and offered 10.994 direct jobs (11.7%) in 2010. Gross Revenue per Employee was US$ 885 thousand.
320
200 Maiores 2011_ an in I
Participation of companies per sector Services 44,5%
Industry 28,0%
Commerce 27,5%
Participation of employees number by sector Services 49,4%
Industry 38,9%
Commerce 11,7%
It is important to say that there are no records of companies in the agricultural sector in the ranking of the 200 Biggest Companies in Espírito Santo in 2010. The consolidated information of sectors totaled a Gross Revenue of US$ 43.5 million and an effective of 93.794 workers in 2010. These results indicate a gross income per employee of US$ 464 thousand. 200 BIGGEST COMPANIES 2011 – 15 YEARS
_ ar ici a
o se oria da e
resas_
.indd 320
16/11/2011 13:41:51
CONSOLIDATION OF THE 200 BIGGEST COMPANIES - 2010 According to Gross Operational Revenue (GOR) in Espírito Santo (Values in US$ - thousands) SECTOR OF ACTIVITY
NUMBER OF COMPANIES
Indústria
GROSS OPERATIONAL REVENUE (GOR)
OPERATIONAL PROFIT*
NET PROFIT*
NET WORTH*
EMPLOYEES IN ESPÍRITO SANTO
(GOR) PER EMPLOYEES
57
22,433,571
2,688,645
1,739,514
4,302,972
36,629
612.45
Foods Industry
12
2,736,985
252,185
171,980
664,852
8,751
312.76
Beverages Industry
1
42,396
941
731
5,800
238
178.13
Collec, Treat. and Distrib.of Water Ind.
2
289,158
63,367
40,735
640,837
1,639
176.42 183.04
Non-metallic Mineral Industry
5
229,895
28,236
22,786
125,122
1,256
Construction Industry
8
391,069
66,446
57,299
250,454
3,196
122.36
Mining Industry
4
11,035,130
2,099,991
1,347,377
1,008,104
7,871
1,402.00
Furniture Industry
4
131,929
3,408
2,251
17,551
965
136.71
Pulp and Paper Industry
1
1,233,709
N/D
N/D
N/D
1,647
749.06
Rubber and Plastic Products Industry
3
159,789
13,621
11,379
64,358
964
165.75
Chemical and Petrochemical Industry
5
2,228,183
116,549
49,384
358,088
1,701
1,309.93
Steelmaking and Metallurgy Industry
9
3,808,243
51,884
45,627
1,010,312
7,071
538.57
Textiles Industry
2
126,820
-11,402
-13,424
145,153
918
138.15
Clothing Industry
1
20,267
3,418
3,388
12,340
412
49.20
55
9,735,431
526,396
398,327
1,636,333
10,994
885.52
Wholesale Com.
30
7,163,298
455,176
340,271
1,340,795
2,311
3,099.65
Retail Com.
25
2,572,134
71,219
58,056
295,537
8,683
296.22
88
11,375,101
1,153,017
779,128
3,335,859
46,161
246.422
16,962
10,236
8,533
20,547
9
1,884.63 49.43
Commerce
Service Management of Shopping Center
1
Accommodation and Food
1
15,915
N/D
N/D
N/D
322
Leasing
3
345,238
283,023
194,205
712,502
0
-
Hospital Assistance
8
253,727
64,142
13,011
138,645
6,183
41.04
Collect., Treat. and Disp. of Waste
2
46,236
961
810
7,095
2,222
20.81
Highway Concessionaire
1
34,793
14,100
9,379
30,409
256
135.91
Eletricity and Gas
3
1,906,311
209,013
145,438
592,608
1,306
1,459.65
Education
2
42,605
7,634
7,523
30,925
1,623
26.25
Public Transport
1
14,714
-76
-371
-2,248
207
71.08
Port and Terminal Manegment
4
259,713
45,636
41,640
171,834
1,209
214.82
Information and Communication
3
97,425
12,427
12,617
69,489
1,245
78.25
Leasing of Machines and Equip. for Const.
1
24,109
5,666
2,889
10,480
580
41.56
Logistic
3
67,637
3,289
2,119
52,049
741
91.28
Maintenance, Machinery and Equipment
2
48,052
2,345
1,283
1,307
352
136.51
Health Insurance
8
660,159
22,600
11,483
92,181
3,376
195.54
Engineering Service
1
22,704
193
-374
1,548
175
129.74
Finance and Insurance Services
11
1,668,470
209,954
142,990
800,684
5,029
331.77 12,973.82
Import and Export Services
14
4,670,574
170,776
113,143
250,535
360
Cleaning and Maintenance
1
32,342
5,621
3,768
13,911
3,378
9.57
Technology of Information
2
63,512
985
378
1,892
180
352.84
Telecommunications
1
101,196
11,503
11,503
11,503
2,084
48.56
Transport
12
879,868
65,448
53,800
321,86
9,79
89.88
Surveillance and Security
3
102,841
7,544
3,361
6,103
5,534
18.58
43,544,103
4,368,058
2,916,969
9,275,164
93,784
464.30
GENERAL TOTAL
200
* It includes only information about companies that provided data in Espírito Santo.
321
200 BIGGEST COMPANIES 2011 – 15 YEARS
200 Maiores 2011_ an in I
_ ar ici a
o se oria da e
resas_
.indd 321
16/11/2011 13:41:31
RANKING | SECTORIAL PARTICIPATION OF THE COMPANIES
Photo: Archive Next
THE 20 BIGGEST INDUSTRY COMPANIES According to Gross Revenue (GOR) in Espírito Santo (values in US$ - thousand) POSITION
CLASSIF. 2010
COMPANIES
ACTIVITY
GROSS OPER. VREV.
GOR VAR 10/09
NET OPERAT. REV.
OPER. PROFIT
NET INC. FOR THE YEAR
NET WORTH 2010
EMPLOYEES IN ES
1
1
VALE
Mining
6,773,243
118.07%
N/D
N/D
N/D
N/D
2
2
SAMARCO
Mining
3,585,231
122.91%
3,537,301
1,980,234
1,274,028
780,569
6,609 940
3
3
ARCELORMITTAL BRASIL
Steelmaking and Metallurgy Industry
3,112,965
23.82%
N/D
N/D
N/D
N/D
4,622
4
4
FERT. HERINGER
Chemical and Petrochemical Industry
2,032,978
9.97%
1,996,300
96,139
35,037
232,269
262
5
9
FIBRIA
Pulp and Paper
1,233,709
92.51%
N/D
N/D
N/D
N/D
1,647
6
10
CHOCOLATES GAROTO
Foods
1,138,216
6.72%
665,094
113,639
70,378
176,596
3,338
7
15
HISPANOBRÁS
Mining
661,314
734.69%
661,314
121,166
74,566
218,943
158
8
18
TANGARA FOODS
Foods
481,627
14.83%
462,520
107,434
81,073
152,239
439
9
19
SABB - SIST. ALIM. E BEBIDAS
Beverages
455,510
33.58%
336,292
29,040
23,601
134,268
785
10
31
FRISA
Foods
248,872
20.15%
233,080
8,909
4,527
41,402
1,164
11
32
CESAN
Collec., Treat. and Dist. of Water Industry
245,303
7.55%
231,347
55,679
35,381
597,500
1,437
12
34
UNIÃO ENGENHARIA
Steelmaking and Metallurgy Industry
216,154
-7.97%
170,946
8,669
10,269
64,921
836
13
36
PERFILADOS RIO DOCE
Steelmaking and Metallurgy Industry
202,415
40.47%
162,130
28,478
24,505
111,709
345
14
51
FORTLEV
Rubber and Plastic Products Industry
117,291
39.74%
84,182
12,716
11,366
56,172
416
15
52
SELITA
Foods
112,880
9.67%
102,332
2,899
2,553
16,953
465
16
60
BIANCOGRES
Non-metallic Mineral Industry
91,753
20.19%
70,383
11,650
9,532
39,853
314
17
61
ELKEM
Chemical and Petrochemical Industry
89,002
24.99%
68,652
11,909
9,319
43,661
205
18
62
BRAMETAL
Steelmaking and Metallurgy Industry
88,800
14.03%
81,425
11,054
9,848
46,933
521
19
67
LORENGE
Construction Industry
81,827
11.02%
72,619
19,429
17,302
83,985
519
20
71
POLTEX
Textiles Industry
69,847
-12.50%
50,008
-11,123
-12,063
54,589
549
322
200 Maiores 2011_ an in I
200 BIGGEST COMPANIES 2011 – 15 YEARS
_ ar ici a
o se oria da e
resas
a e as_
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1 /11/2011 1 :32:16
THE 20 BIGGEST COMMERCIAL COMPANIES According to Gross Operational Revenue (GOR) In Espírito Santo (Values in US$ - thousands) POSITION
CLASSIF. 2010
1
5
BRAZIL TRADING
2
6
PETROBRAS DISTRIBUIDORA
GROSS OPER. VREV.
GOR VAR 10/09
Wholesale Com.
1,827,755
Eletricity and Gas
1,431,415
COMPANIES
ACTIVITY
NET OPERAT. REV.
OPER. PROFIT
NET INC. FOR THE YEAR
104.54%
1,190,403
208,199
144,518
452,659
12
23.41%
1,099,250
N/D
N/D
N/D
72 136
NET WORTH 2010
EMPLOYEES IN ES
3
12
ARCELORMITTAL TUB. COMERCIAL
Wholesale Com.
954,042
12.74%
690,901
6,837
12,324
145,502
4
21
EISA - EMP. INTERAGRÍCOLA
Wholesale Com.
377,698
10.88%
344,538
41,299
33,440
72,459
7
5
23
VITORIA DIESEL
Dealership Vehicle
374,860
50.73%
319,543
16,312
9,414
28,833
337
6
25
BMC
Wholesale Com.
324,596
386.05%
275,850
28,124
13,063
15,906
13
7
26
KURUMÁ VEÍCULOS
Dealership Vehicle
312,499
23.64%
306,366
2,446
-1,033
21,285
313 134
8
27
UNICAFÉ
Wholesale Com.
312,303
-12.70%
306,440
26,647
17,637
131,673
9
29
TRISTÃO
Wholesale Com.
279,709
2.40%
276,998
32,826
22,697
86,898
58
10
30
HORTIFRUTI
Retail Com.
256,169
12.58%
230,520
3,145
1,900
26,797
247 1,757
11
33
SUP. CASAGRANDE
Retail Com.
220,611
16.61%
190,351
7,475
5,271
30,447
12
35
CUSTODIO FORZZA
Wholesale Com.
213,747
-8.45%
196,587
3,367
2,696
34,093
116
13
38
VITORIAWAGEN
Dealership Vehicle
194,049
8.03%
161,741
5,597
5,608
23,237
477
14
39
SOUZA CRUZ
Wholesale Com.
174,376
9.54%
N/D
N/D
N/D
N/D
36
15
40
PODIUM
Dealership Vehicle
167,970
5.79%
164,461
5,490
3,756
12,878
320
16
41
RDG ACOS DO BRASIL
Wholesale Com.
165,359
14.04%
133,457
57,621
55,618
130,317
296
17
42
CVC
Dealership Vehicle
165,265
-1.61%
145,485
3,943
3,943
24,800
418
18
45
CONTAUTO
Dealership Vehicle
140,687
13.82%
131,763
-480
962
3,515
319
19
46
TRACBEL
Wholesale Com.
132,713
60.34%
119,754
21,347
21,420
71,038
48
20
47
NICCHIO SOBRINHO CAFÉ
Wholesale Com.
129,500
-5.74%
117,233
4,753
3,426
23,713
93
NET WORTH 2010
EMPLOYEES IN ES
956
THE 20 BIGGEST SERVICE COMPANIES According to Gross Operational Revenue (GOR) In Espírito Santo (Values in US$ - thousands) POSITION
CLASSIF. 2010
COMPANIES
ACTIVITY
GROSS OPER. VREV.
GOR VAR 10/09
NET OPERAT. REV.
OPER. PROFIT
NET INC. FOR THE YEAR
1
7
EDP ESCELSA
Wholesale Com.
1,430,146
13.14%
852,314
143,455
101,228
459,231
2
8
COTIA
Eletricity and Gas
1,342,168
101.28%
1,067,428
33,330
20,285
45,795
4
3
11
CISA
Wholesale Com.
992,275
70.20%
787,378
32,084
24,282
80,001
22
4
13
BANESTES
Wholesale Com.
861,840
-2.37%
835,238
146,147
94,684
447,932
2,240
5
14
TROP
Dealership Vehicle
756,682
15.88%
646,467
54,783
36,779
46,729
20
6
16
COLUMBIA TRADING
Wholesale Com.
581,407
144.41%
477,753
14,938
6,97
9,851
5
7
17
BANCO DO BRASIL
Dealership Vehicle
482,731
24.76%
N/D
N/D
N/D
N/D
1,560
8
20
VIX LOGÍSTICA S/A
Wholesale Com.
437,189
15.22%
398,890
27,306
20,648
89,144
1,642
9
22
BR DISTR. ES - GN
Wholesale Com.
377,559
49.31%
278,680
50,881
33,595
84,253
18
10
24
UNIMED VITÓRIA
Retail Com.
350,035
11.42%
338,672
2,834
4,005
61,599
1,732
11
28
SERTRADING
Retail Com.
302,486
51.24%
264,296
16,531
8,631
18,066
16
12
37
PROIMPORT
Wholesale Com.
197,141
106.76%
162,429
6,736
6,389
19,483
50
13
43
NIBRASCO
Dealership Vehicle
164,773
204.35%
149,532
126,243
85,245
344,115
0
14
44
ÁGUIA BRANCA
Wholesale Com.
146,271
7.24%
117,082
15,879
17,536
153,080
1,115
15
48
KOBRASCO
Dealership Vehicle
125,212
176.85%
113,630
110,587
75,664
216,394
0
16
54
CORREIOS
Wholesale Com.
101,196
6.13%
100,966
11,503
11,503
11,503
2,084
17
55
SÃO BERNARDO SAUDE
Dealership Vehicle
100,375
38.49%
92,779
17,604
1,071
4,761
267
18
56
EMP. LUZ E FORÇA SANTA MARIA
Dealership Vehicle
98,605
17.80%
65,647
14,677
10,615
49,125
332
19
57
CLAC
Wholesale Com.
93,150
-2.33%
71,376
-13
93
5,011
4
20
58
TVV
Wholesale Com.
92,514
27.10%
81,874
32,005
22,017
63,827
380
323
200 BIGGEST COMPANIES 2011 – 15 YEARS
200 Maiores 2011_ an in I
_ ar ici a
o se oria da e
resas
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16/11/2011 16:1 :23
RANKING |
THE BIGGEST COMPANIES ACCORDING TO MAIN INDICATORS
Photo: Leonel Albuquerque
A
fter the definition of the 200 Biggest Companies in Espírito Santo in 2010, it was elaborated the companies ranking according to the main financial indicators, excerpting the 20 best performances. It is important to say that we encompassed only those companies that have provided information for the elaboration of these rankings. The 20 Biggest Companies which generates revenues in our State totaled an invoicing of US$ 30.6 billion, equaling 70.2% of the invoicing of the 200 Biggest Companies in Espírito Santo. According to the net worth criterion, the 20 biggest companies totaled US$ 5.9 billion, representing 63.4% of the net worth amount of the 200 Biggest Companies in 2010.
324
200 Maiores 2011_ an in I
The 20 Biggest Companies according to the operating profit totaled US$ 3.6 billion, representing 81.8% of the Biggest Companies in Espírito Santo. In the classification of the major employers among the 200 major, the main 20 generated 44.362 direct jobs, amount to 47.3% of the total. In 2010, among the companies that have grown more in terms of Gross Operational Revenue, 4 companies belong to the industrial sector, 6 belong to trade sector and 10 belong to service sector. Among the most profitable according to sales, we accounted 13 companies in services sector, 5 in industry sector and 2 in trade sector. However, among the most profitable per net worth, there are 4 in trade sector, 10 in industry sector and 6 in services sector.
200 BIGGEST COMPANIES 2011 – 15 YEARS
_As20Maiores_
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15/11/2011 1 :24:34
200 Maiores_Anuncio_MIC.indd 325
14/11/2011 22:02:4
RANKING |
THE BIGGEST COMPANIES ACCORDING TO MAIN INDICATORS
THE BIGGEST COMPANIES BY GROSS OPERATIONAL REVENUE IN ESPÍRITO SANTO
THE 20 FASTEST GROWING COMPANIES ACCORDING TO NET OPERATIONAL REVENUE
Classification of Companies by Gross Operational Revenue in US$ (thousand)
Classification by Companies by Nominal Growth of Net Operational Revenue
CLASSIF
COMPANIES
GROSS OPERATIONAL REVENUE
SECTOR
POSITION
CLASSIF. 2010
COMPANIES
SECTOR
NOR (VARIATION) 10/09
1
VALE
Industry
6,773,243
1
136
SICOOB LESTE CAPIXABA
Services
4,221.03%
2
SAMARCO
Industry
3,585,231
2
168
SICOOB CENTRAL ES
Services
2,381.35%
3
ARCELORMITTAL BRASIL
Industry
3,112,965
3
15
HISPANOBRÁS
Industry
734.69%
4
FERT. HERINGER
Industry
2,032,978
4
83
MERCOCAMP
Services
693.03%
5
BRAZIL TRADING
Wholesale Com.
1,827,755
5
25
BMC
Wholesale Com.
371.61%
6
PETROBRAS DISTRIBUIDORA
Wholesale Com.
1,431,415
6
111
ALLMAX TRADING
Services
316.45%
7
EDP ESCELSA
Services
1,430,146
7
181
CSV
Services
258.98%
8
COTIA
Services
1,342,168
8
43
NIBRASCO
Services
205.74%
9
FIBRIA
Industry
1,233,709
9
48
KOBRASCO
Services
176.85%
10
CHOCOLATES GAROTO
Industry
1,138,216
10
16
COLUMBIA TRADING
Services
149.97%
11
CISA
Services
992,275
11
37
PROIMPORT
Services
146.72%
12
ARCELORMITTAL TUB. COMERCIAL
Wholesale Com.
954,042
12
117
VENAC
Retail Trade
143.74%
13
BANESTES
Services
861,840
13
97
TERVAP
Industry
137.62%
14
TROP
Services
756,682
14
65
DIEVO
Wholesale Com.
124.68%
15
HISPANOBRÁS
Industry
661,314
15
2
SAMARCO
Industry
121.84%
16
COLUMBIA TRADING
Services
581,407
16
198
SICOOB CENTRO-SERRANO
Services
118.68%
17
BANCO DO BRASIL
Services
482,731
17
53
LUVEP VOLVO
Retail Com.
111.93%
18
TANGARÁ FOODS
Industry
481,627
18
70
SUPERMERCADO PERIM
Retail Com.
108.27%
19
SABB - SIST. ALIM. E BEBIDAS
Industry
455,510
19
5
BRAZIL TRADING
Wholesale Com.
99.20%
20
VIX LOGÍSTICA
Services
437,189
20
84
ITABRASCO
Services
93.95%
THE 20 FASTEST GROWING COMPANIES ACCORDING TO GROSS OPERATIONAL REVENUE
THE 20 BIGGEST PRODUCTIVITY PER EMPLOYEE
Classification by Companies by Nominal Growth of Gross Operational Revenue POSITION
CLASSIF. 2010
COMPANIES
SECTOR
GOR (VARIATION)
Classification of Companies by Net Operational Revenue per Employee in US$ (Thousand) POSITION
CLASSIF. 2010
COMPANIES
SECTOR
NOR PER EMPLOYEE
1
15
HISPANOBRÁS
Industry
734.69%
1
8
COTIA
Services
2
83
MERCOCAMP
Services
486.68%
2
5
BRAZIL TRADING
Wholesale Com.
266,857 99,200
3
25
BMC
Wholesale Com.
386.05%
3
16
COLUMBIA TRADING
Services
95,550
4
111
ALLMAX TRADING
Services
304.35%
4
21
EISA - EMP. INTERAGRÍCOLA
Wholesale Com.
49,219
5
181
CSV
Services
257.18%
5
11
CISA
Services
35,789
6
43
NIBRASCO
Services
204.35%
6
65
DIEVO
Wholesale Com.
34,692
7
48
KOBRASCO
Services
176.85%
7
14
TROP
Services
32,323
8
136
SICOOB LESTE CAPIXABA
Services
156.31%
8
49
INSPECTION
Wholesale Com.
23,406
9
16
COLUMBIA TRADING
Services
144.41%
9
25
BMC
Wholesale Com.
21,219
10
117
VENAC
Retail Com.
139.99%
10
57
CLAC
Services
17,843
11
97
TERVAP
Industry
129.96%
11
28
SERTRADING
Services
16,518
12
65
DIEVO
Wholesale Com.
124.81%
12
22
BR DISTR. ES - GN
Services
15,482
13
2
SAMARCO
Industry
122.91%
13
6
PETROBRAS DISTRIBUIDORA
Wholesale Com.
15,267
14
1
VALE
Industry
118.07%
14
50
TERRA NOVA
Wholesale TCom.
14,151
15
70
SUPERMERCADO PERIM
Retail Com.
113.85%
15
4
FERT. HERINGER
Indústria
7,619
16
53
LUVEP VOLVO
Retail Com.
111.51%
16
139
SANTA FÉ TRADING
Services
7,602
17
37
PROIMPORT
Services
106.76%
17
12
ARCELORMITTAL TUB. COM.
Wholesale Com.
5,080
18
5
BRAZIL TRADING
Wholesale Com.
104.54%
18
59
BRASCOMEX
Services
4,929
19
8
COTIA
Services
101.28%
19
29
TRISTÃO
Wholesale Com.
4,775
20
84
ITABRASCO
Services
93.95%
20
138
CAFEEIRA STOCKL
Wholesale Com.
4,493
326
200 Maiores 2011_ an in I
200 BIGGEST COMPANIES 2011 – 15 YEARS
_As20Maiores_
.indd 326
16/11/2011 16:16:05
THE 20 HIGHEST PROFITABILITY OF SALES
THE 20 BIGGEST BY NET WORTH
Classification of Companies by Net Income for the Year on Net Operational Revenue (%)
Classification of Companies by Net Worth in US$ (Thousand) POSITION
CLASSIF. 2010
COMPANIES
SECTOR
NET WORTH
POSITION
CLASSIF. 2010
COMPANIES
SECTOR
PROFITABILITY OF SALES
1
2
SAMARCO
Industry
780,569
1
97
TERVAP
Industry
70.56%
2
78
SOL COQUERIA
Industry
766,752
2
48
KOBRASCO
Services
66.59%
3
32
CESAN
Industry
597,500
3
84
ITABRASCO
Services
66.40%
4
7
EDP ESCELSA
Services
459,231
4
188
VIAÇÃO GRANDE VITÓRIA
Services
66.06%
5
5
BRAZIL TRADING
Wholesale Com.
452,659
5
43
NIBRASCO
Services
57.01%
6
13
BANESTES
Services
447,932
6
187
SHOPPING VITORIA
Services
52.19%
7
43
NIBRASCO
Services
344,115
7
41
RDG AÇOS DO BRASIL
Wholesale Com.
41.67%
8
4
FERT. HERINGER
Industry
232,269
8
177
POLITINTAS
Retail Com.
39.85%
9
15
HISPANOBRÁS
Industry
218,943
9
78
SOL COQUERIA
Industry
37.27%
10
48
KOBRASCO
Services
216,394
10
2
SAMARCO
Industry
36.02%
11
10
CHOCOLATES GAROTO
Industry
176,596
11
166
FACULDADE UNIVIX
Services
30.05%
12
44
ÁGUIA BRANCA
Services
153,080
12
123
RODOSOL
Services
29.52%
13
18
TANGARÁ FOODS
Industry
152,239
13
105
BANDES
Services
27.68%
14
84
ITABRASCO
Services
151,993
14
58
TVV
Services
26.89% 23.83%
15
12
ARCELORMITTAL TUB. COM.
Wholesale Com.
145,502
15
67
LORENGE
Industry
16
19
SABB - SIST. ALIM. E BEBIDAS
Industry
134,268
16
169
DECOLORES MÁRM. GRANITOS
Industry
23.07%
17
27
UNICAFE
Wholesale Com.
131,673
17
76
CPVV
Services
22.56% 20.69%
18
41
RDG ACOS D BRASIL
Wholesale Com.
130,317
18
68
DACASA
Services
19
36
PERFILADOS RIO DOCE
Industry
111,709
19
95
AFECC - HOSP. STA. RITA
Services
20.67%
20
97
TERVAP
Industry
90,951
20
173
TV VITÓRIA
Services
20.45%
THE 20 MOST PROFITABLE BY NET WORTH
THE 20 HIGHER PROFITS PER EMPLOYEE
Classification of Companies by Net Income for the Year on Net Profit - % POSITION
CLASSIF. 2010
COMPANIES
SECTOR
PROFITABILITY OF NET WORTH
Classificatuion of Companies by Operational Profit per Employee in US$ (Thousand) POSITION
CLASSIF. 2010
COMPANIES
SECTOR
PROFIT PER EMPLOYEE
1
189
GRANVITUR
Services
180,86%
1
5
BRAZIL TRADING
Wholesale Com.
2
2
SAMARCO
Industry
163,22%
2
8
COTIA
Services
8,332
3
167
ATLANTICA VEÍCULOS
Retail Com.
100,11%
3
21
EISA - EMP. INTERAGRÍCOLA
Wholesale Com.
5,900
17,350
4
54
CORREIOS
Services
100,00%
4
16
COLUMBIA TRADING
Services
2,988
5
181
CSV
Services
98,19%
5
22
BR DISTR. ES - GN
Services
2,827
6
150
ATACADO SÃO PAULO
Wholesale Com.
88,03%
6
14
TROP
Services
2,739
7
129
UNIMED NOROESTE
Services
86,48%
7
25
BMC
Wholesale Com.
2,163
8
25
BMC
Wholesale Com.
82,13%
8
2
SAMARCO
Industry
2,107
9
14
TROP
Services
78,71%
9
65
DIEVO
Wholesale Com.
1,735
10
65
DIEVO
Wholesale Com.
72,17%
10
11
CISA
Services
1,458
11
16
COLUMBIA TRADING
Services
70,75%
11
187
SHOPPING VITORIA
Services
1,137
12
166
FACULDADE UNIVIX
Services
63,75%
12
28
SERTRADING
Services
1,033
13
111
ALLMAX TRADING
Services
59,46%
13
15
HISPANOBRÁS
Industry
767
14
108
VISEL
Services
59,28%
14
29
TRISTÃO
Wholesale Com.
566
15
18
TANGARÁ FOODS
Industry
53,25%
15
49
INSPECTION
Wholesale Com.
475
16
149
DAMARE
Industry
50,84%
16
46
TRACBEL
Wholesale Com.
445
17
177
POLITINTAS
Retail Com.
50,19%
17
4
FERT. HERINGER
Industry
367
18
76
CPVV
Services
49,98%
18
50
TERRA NOVA
Wholesale Com.
338
19
28
SERTRADING
Services
47,78%
19
138
CAFEEIRA STOCKL
Wholesale Com.
319
20
145
VIGSERV
Services
47,61%
20
97
TERVAP
Industry
278
200 BIGGEST COMPANIES 2011 – 15 YEARS
200 Maiores 2011_ an in I
_As20Maiores_
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327
16/11/2011 16:16:23
RANKING |
THE BIGGEST COMPANIES ACCORDING TO MAIN INDICATORS
THE 20 BIGGEST EMPLOYERS
THE 20 BIGGEST PROFITS
Classification of Companies by Number of Employees in Espírito Santo
Classification of Companies by Operational Income in US$ (Thousand)
POSITION
CLASSIF. 2010
COMPANIES
SECTOR
EMPLOYEES IN ESPÍRITO SANTO
POSITION
CLASSIF. 2010
COMPANIES
SECTOR
OPERATING INCOME
1
1
VALE
Industry
6,609
1
2
SAMARCO
Industry
2
3
ARCELORMITTAL BRASIL
Industry
4,622
2
5
BRAZIL TRADING
Wholesale Com.
1,980,234 208,199
3
130
SERDEL
Services
3,378
3
7
EDP ESCELSA
Services
143,455
4
10
CHOCOLATES GAROTO
Industry
3,338
4
13
BANESTES
Services
146,147
5
108
VISEL
Services
2,282
5
43
NIBRASCO
Services
126,243
6
13
BANESTES
Services
2,240
6
18
TANGARÁ FOODS
Industry
107,434
7
54
CORREIOS
Services
2,084
7
48
KOBRASCO
Services
110,587
8
33
SUP. CASAGRANDE
Retail Com.
1,757
8
15
HISPANOBRÁS
Industry
121,166
9
24
UNIMED VITÓRIA
Services
1,732
9
10
CHOCOLATES GAROTO
Industry
113,639
10
135
CORPUS
Services
1,700
10
4
FERT. HERINGER
Industry
96,139
11
9
FIBRIA
Industry
1,647
11
41
RDG ACOS DO BRASIL
Wholesale Com.
57,621
12
145
VIGSERV
Services
1,645
12
14
TROP
Services
54,783
13
20
VIX LOGÍSTICA
Services
1,642
13
32
CESAN
Industry
55,679
14
126
PROSEGUR
Services
1,607
14
22
BR DISTR. ES - GN
Services
50,881
15
17
BANCO DO BRASIL
Services
1,560
15
21
EISA - EMP. INTERAGRÍCOLA
Wholesale Com.
41,299
16
99
UNIMAR
Services
1,462
16
84
ITABRASCO
Services
46,194 34,696
17
32
CESAN
Industry
1,437
17
97
TERVAP
Industry
18
170
FACULDADE SALESIANA
Services
1,259
18
36
PERFILADOS RIO DOCE
Industry
28,478
19
120
VIAÇÃO PRAIA SOL
Services
1,187
19
11
CISA
Services
32,084
20
95
AFECC - HOSP. STA. RITA
Services
1,174
20
19
SABB - SIST. ALIM. E BEBIDAS
Industry
29,040
THE 20 BIGGEST BY EBITDA
THE 20 MOST CURRENT LIQUIDITY
Classification of Companies by Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization in US$ (Thousand)
Classification of Companies by Index of Current Liquidity (Current Assets over Current Liabilities)
POSITION
CLASSIF. 2010
COMPANIES
SECTOR
EBITDA
POSITION
CLASSIF. 2010
COMPANIES
SECTOR
CURRENT LIQUIDITY
1
2
SAMARCO
Industry
2,119,365
1
139
SANTA FÉ TRADING
Services
16.96
2
5
BRAZIL TRADING
Wholesale Com.
209,779
2
97
TERVAP
Industry
11.45
3
7
EDP ESCELSA
Services
202,033
3
138
CAFEEIRA STOCKL
Wholesale Com.
8.16
4
15
HISPANOBRÁS
Industry
130,836
4
106
CONTEK ENGENHARIA
Industry
7.83
5
43
NIBRASCO
Services
125,424
5
41
RDG ACOS DO BRASIL
Wholesale Com.
7.71
6
4
FERT. HERINGER
Industry
120,369
6
114
DIAÇO
Wholesale Com.
6.57
7
10
CHOCOLATES GAROTO
Industry
113,639
7
5
BRAZIL TRADING
Wholesale Com.
6.22
8
48
KOBRASCO
Services
112,940
8
36
PERFILADOS RIO DOCE
Industry
5.50 5.39
9
18
TANGARÁ FOODS
Industry
105,809
9
154
ESPIRAL ENGENHARIA
Services
10
32
CESAN
Industry
67,443
10
51
FORTLEV
Industry
5.14
11
20
VIX LOGÍSTICA
Services
66,561
11
110
TV GAZETA
Services
5.05
12
41
RDG ACOS DO BRASIL
Wholesale Com.
57,626
12
46
TRACBEL
Wholesale Com.
4.78
13
14
TROP
Services
54,941
13
186
BUTERI COM. REPR.
Wholesale Com.
4.33 4.23
14
22
BR DISTR. ES - GN
Services
53,738
14
61
ELKEM
Industry
15
78
SOL COQUERIA
Industry
49,183
15
43
NIBRASCO
Services
4.01
16
84
ITABRASCO
Services
47,580
16
63
CEDISA
Wholesale Com.
3.95
17
8
COTIA
Services
44,276
17
130
SERDEL
Services
3.74
18
58
TVV
Services
35,590
18
169
DECOLORES MÁRM. GRANITOS
Industry
3.53
19
29
TRISTÃO
Wholesale Com.
33,162
19
134
COSENTINO LATINA
Industry
3.43
20
26
KURUMÁ VEÍCULOS
Retail Com.
30,921
20
119
A GAZETA
Services
3.34
328
200 Maiores 2011_ an in I
200 BIGGEST COMPANIES 2011 – 15 YEARS
_As20Maiores_
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15/11/2011 1 :2 :0
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14/11/2011 22:03:41
RANKING | THE BIGGEST COMPANIES BY SECTOR
A
iming to highlight sectors and companies that contribute to the development of state economy, technical team of the Yearbook “IEL 200 Biggest Companies of Espírito Santo” sought to identify new companies that have settled in the State to extend the participation of the leading companies from various sectors, intending at the preparation of sectoral rankings. The sectoral rankings in this technical study based on companies that sent their information for analysis to the research “200 Biggest Companies in Espírito Santo” and are composed of ten companies each one. The participation of undertakings in these rankings is independent of classification among the 200 biggest companies, since many of them do not exhibit gross operational revenues enough for its inclusion in the general ranking. Once again, several companies and segments were invited to participate of the research for which kept rankings already disclosed in previous years and new rankings were included in the Yearbook.
330
200 Maiores 2011_ an in _As Maiores e
Some rankings have had their titles changed due to the suitability of the research to the new version of Classificação Nacional da Atividade Econômica – CNAE (National Classification of Economic Activity – NCEA). For the next year, IEL-ES expects greater participation of companies, which will allow the work, propitiating, among other possibilities, the development of new rankings. We emphasize, once again, that the absence of any prominent companies in sector classifications has occurred because some companies were not interested in participating in research, the sheet balance closing and statement of results occurred after deadline for conclusion or research or remittance not sent in time. According to 2010, the following rankings have been prepared: • The 10 biggest food industries: the 10 largest companies in the food sector totaled a gross invoicing of US$ 2.7 billion in Espírito Santo and generated 8.513 direct jobs. • The 10 biggest construction industries: the 10 largest companies in the construction
200 BIGGEST COMPANIES 2011 – 15 YEARS
resas do se or_MIC.indd 330
15/11/2011 1 :22:26
200 Maiores_Anuncio_MIC.indd 331
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sector showed a gross income of US$ 416 million in the State, offering 3.367 jobs. • The 10 biggest wholesale commerce companies: the 10 biggest companies in the wholesale commerce sector totaled an invoicing of US$ 6.1 billion and an effective of 880 workers. Comparing to 2009, there was an increase of 15% in revenue. • The 20 biggest retail commerce companies: the analysis of this sector excludes vehicle dealership, which have specific ranking. The 10 biggest in the industry totaled a Gross Operational Revenue of US$ 850 million (-11.8%) and generated 5.489 direct jobs. • The 10 biggest dealership car companies: the 10 biggest car dealerships in
state composed a Gross Operational Revenue of US$ 1.6 billion and generated 2.650 jobs, which means an increase of 33.3% in sales and 8.7% in effective employed, compared to 2008. • The 10 biggest companies of finance and insurance services: the 10 biggest companies of this ranking totaled a Gross Revenue of US$ 1.6 billion, generating 4.919 direct jobs in Espírito Santo. • The 10 biggest import and export companies: the 10 biggest import and export companies accounted for US$ 4.5 billion turnover and totaled 263 jobs in the State. • The 10 biggest transport companies: the 10 biggest in the sector totaled a Gross Operational Revenue of US$ 850 million and contributed with 9.119 jobs
THE 10 BIGGEST FOOD INDUSTRIES According to Groos Operational Revenue (GOR) in Espírito Santo - in US$ (thousands) POSITION
RANKING 2010
COMPANIES
GROSS OPERATIONAL REVENUES (GOR)
GOR Variation 10/09
NET PROFIT
OPERATIONAL PROFIT
NET PROFIT
NET WORTH
EMPLOYEES IN ESPÍRITO SANTO
1
10
CHOCOLATES GAROTO
1,138,216
6.72%
665,094
113,639
70,378
176,596
3,338
2
18
TANGARÁ FOODS
481,627
14.83%
462,520
107,434
81,073
152,239
439
3
19
SABB - SIST. ALIM. E BEBIDAS
467,857
33.58%
331,824
29,040
22,970
134,268
785
4
31
FRISA
248,872
20.15%
233,080
8,909
4,527
41,402
1,164
5
52
SELITA
112,880
9.67%
102,332
2,899
2,553
16,953
465
6
75
BUAIZ ALIMENTOS
67,015
-6.45%
61,091
642
642
33,814
368
7
89
REALCAFÉ
51,418
-18.80%
47,958
3,315
-1,767
31,285
288
8
96
VENEZA
46,694
27.62%
44,113
1,537
878
11,870
315
9
98
USINA PAINEIRAS
46,375
-3.54%
40,330
5,480
-4,689
57,201
503
10
109
KIFRANGO
41,503
38.11%
37,346
7,274
-7,274
3,786
636
NET WORTH
EMPLOYEES IN ESPÍRITO SANTO
THE 10 BIGGEST CONSTRUCTION INDUSTRIES According to Groos Operational Revenue (GOR) in Espírito Santo - in US$ (thousands) POSITION
RANKING 2010
COMPANIES
GROSS OPERATIONAL REVENUES (GOR)
GOR Variation 10/09
NET PROFIT
OPERATIONAL PROFIT
NET PROFIT
1
67
LORENGE
81,827
11.02%
72,619
19,429
17,302
83,985
519
2
72
CONCREVIT
69,524
3.12%
65,719
4,648
3,160
12,580
198 583
3
74
ODEBRECHT
68,664
-35.65%
63,399
-10,607
-10,632
4,799
4
97
TERVAP
46,569
129.96%
46,519
34,696
32,824
90,951
125
5
106
CONTEK ENGENHARIA
42,491
24.36%
40,097
8,641
7,355
23,588
319
33,428
-35.20%
31,721
3,675
2,909
22,014
152
31,491
23.53%
29,771
3,424
2,272
6,026
734
6
127
MORAR
7
133
ESTRUTURAL
8
184
MATRICIAL
17,077
-7.90%
15,784
2,539
2,111
6,511
566
9
202
CONSTRUTORA ÉPURA
13,522
-40.36%
13,040
-1,325
-1,347
16,054
84
10
208
CONSTRUTORA ATERPA
10,736
-38.57%
9,837
2,083
1,938
N/D
87
332
200 Maiores 2011_ an in _As Maiores e
200 BIGGEST COMPANIES 2011 – 15 YEARS
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THE 10 BIGGEST WHOLESALE COMMERCE According to Groos Operational Revenue (GOR) in Espírito Santo - in US$ (thousands) POSITION
RANKING 2010
COMPANIES
GROSS OPERATIONAL REVENUES (GOR)
GOR Variation 10/09
NET PROFIT
OPERATIONAL PROFIT
NET PROFIT
NET WORTH
EMPLOYEES IN ESPÍRITO SANTO
1
5
BRAZIL TRADING
1,827,755
104.54%
1,190,403
208,199
144,518
452,659
12
2
6
PETROBRAS DISTRIBUIDORA
1,431,415
23,41%
1,099,250
N/D
N/D
N/D
72 136
3
12
ARCELORMITTAL TUB. COMERCIAL
954,042
12.74%
690,901
6,837
12,324
145,502
4
21
EISA - EMP. INTERAGRÍCOLA
377,698
10.88%
344,538
41,299
33,440
72,459
7
5
25
BMC
324,596
386.05%
275,850
28,124
13,063
15,906
13 134
6
27
UNICAFÉ
312,303
-12.70%
306,440
26,647
17,637
131,673
7
29
TRISTÃO
279,709
2.40%
276,998
32,826
22,697
86,898
58
8
35
CUSTODIO FORZZA
213,747
-8.45%
196,587
3,367
2,696
34,093
116
9
39
SOUZA CRUZ
174,376
9.54%
N/D
N/D
N/D
N/D
36
10
41
RDG ACOS DO BRASIL
165,359
14.04%
133,457
57,621
55,618
130,317
296
NET WORTH
EMPLOYEES IN ESPÍRITO SANTO
THE 10 BIGGEST RETAIL COMMERCE According to Groos Operational Revenue (GOR) in Espírito Santo - in US$ (thousands) POSITION
RANKING 2010
COMPANIES
GROSS OPERATIONAL REVENUES (GOR)
GOR Variation 10/09
NET PROFIT
OPERATIONAL PROFIT
NET PROFIT
1
30
HORTIFRUTI
256,169
12.58%
230,520
3,145
1,900
26,797
247
2
33
SUP. CASAGRANDE
220,611
16.61%
190,351
7,475
5,271
30,447
1,757
3
64
LOJAS SIPOLATTI
87,340
20.96%
66,764
867
1,750
5,051
759
4
70
SUPERMERCADO PERIM
75,547
113.85%
64,132
3,580
3,580
23,797
407
5
73
COOPEAVI
69,331
10.72%
67,547
2,800
2,636
25,352
315
6
85
SUP. SANTO ANTONIO
54,167
19.38%
47,139
583
280
1,944
950
7
124
SUPERM. PORTO NOVO
34,440
4.17%
31,971
224
361
3,227
497
8
177
POLITINTAS
18,932
2.43%
16,256
750
6,478
12,907
162
9
180
NACIONAL AUTO PEÇAS
18,065
-5.27%
17,924
3,862
3,660
8,101
80
10
190
CASTEL / CASAS SANTA TEREZINHA
16,009
4.60%
11,263
83
67
-2,530
315
NET WORTH
EMPLOYEES IN ESPÍRITO SANTO
337
THE 10 BIGGEST CAR DEALERSHIP COMPANIES According to Groos Operational Revenue (GOR) in Espírito Santo - in US$ (thousands) POSITION
RANKING 2010
COMPANIES
GROSS OPERATIONAL REVENUES (GOR)
GOR Variation 10/09
NET PROFIT
OPERATIONAL PROFIT
NET PROFIT
1
23
VITORIA DIESEL
374,860
50.73%
319,543
16,312
9,414
28,833
2
26
KURUMÁ VEÍCULOS
312,499
23.64%
306,366
2,446
-1,033
21,285
313
3
38
VITORIAWAGEN
194,049
8.03%
161,741
5,597
5,608
23,237
477
4
40
PODIUM
167,970
5.79%
164,461
5,490
3,756
12,878
320
5
42
CVC
165,265
-1.61%
145,485
3,943
3,943
24,800
418
6
45
CONTAUTO
140,687
13.82%
131,763
480
962
3,515
319
7
53
LUVEP VOLVO
102,376
111.51%
88,739
5,615
2,933
8,082
120
8
90
VESSA
50,739
14.91%
49,228
1,098
309
5,608
149
9
101
ITACAR CARROS
44,469
13.09%
39,515
1,361
942
12,847
145
10
113
VITORIA MOTORS
39,687
30.94%
38,702
180
-180
218
52
200 BIGGEST COMPANIES 2011 – 15 YEARS
200 Maiores 2011_ an in _As Maiores e
resas do se or_MIC.indd 333
333
16/11/2011 13:10:21
THE 10 BIGGEST FINANCE AND INSURANCE COMPANIES According to Groos Operational Revenue (GOR) in Espírito Santo - in US$ (thousands) POSITION
RANKING 2010
COMPANIES
GROSS OPERATIONAL REVENUES (GOR)
GOR Variation 10/09 "
NET PROFIT
OPERATIONAL PROFIT
NET PROFIT
NET WORTH
EMPLOYEES IN ESPÍRITO SANTO
1
13
BANESTES
861,840
-2.37%
835,238
146,147
94,684
447,932
2,240
2
17
BANCO DO BRASIL
482,731
24.76%
N/D
N/D
N/D
N/D
1,560
3
68
DACASA
79,909
22.91%
79,909
28,107
16,532
60,895
160
4
77
BANESTES SEGUROS
61,961
6.24%
61,961
8,714
5,973
43,076
94
5
105
BANDES
42,868
12.83%
24,185
6,201
6,693
79,928
200
6
136
SICOOB LESTE CAPIXABA
30,168
156.31%
5,739
5,739
5,640
35,979
144
7
151
SICOOB SUL SERRANO
25,567
24.23%
4,375
4,375
4,288
35,427
177
8
153
SICOOB NORTE
24,343
18.00%
2,020
2,020
1,845
33,893
174
9
164
SICOOB SUL
22,551
15.91%
4,590
4,590
4,505
29,817
123
10
168
SICOOB CENTRAL
21,364
37.41%
831
831
810
16,204
47
THE 10 BIGGEST IMPORT AND EXPORT COMPANIES According to Groos Operational Revenue (GOR) in Espírito Santo - in US$ (thousands) POSITION
RANKING 2010
COMPANIES
GROSS OPERATIONAL REVENUES (GOR)
GOR Variation 10/09 "
NET PROFIT
OPERATIONAL PROFIT
NET PROFIT
NET WORTH
EMPLOYEES IN ESPÍRITO SANTO
1
8
COTIA
1,342,168
101.28%
1,067,428
33,330
20,285
45,795
4
2
11
CISA
992,275
70.20%
787,378
32,084
24,282
80,001
22 20
3
14
TROP
756,682
15.88%
646,467
54,783
36,779
46,729
4
16
COLUMBIA TRADING
581,407
144.41%
477,753
14,938
6,970
9,851
5
5
28
SERTRADING
302,486
51.24%
264,296
16,531
8,631
18,066
16
6
37
PROIMPORT
197,141
106.76%
162,429
6,736
6,389
19,483
50
7
57
CLAC
93,150
-2.33%
71,376
13
93
5,011
4
8
59
BRASCOMEX
92,286
17.56%
78,877
226
226
957
16
9
66
FULL TRADING
83,104
44.41%
62,426
2,399
1,742
6,411
21
10
79
VILA PORTO
60,576
30.66%
43,737
2,592
2,133
4,552
105
NET WORTH
EMPLOYEES IN ESPÍRITO SANTO
1,642
THE 10 BIGGEST TRANSPORT COMPANIES According to Groos Operational Revenue (GOR) in Espírito Santo - in US$ (thousands) POSITION
RANKING 2010
COMPANIES
GROSS OPERATIONAL REVENUES (GOR)
GOR Variation 10/09 "
NET PROFIT
OPERATIONAL PROFIT
NET PROFIT
1
20
VIX LOGÍSTICA
437,189
15.22%
398,890
27,306
20,648
89,144
2
44
ÁGUIA BRANCA
146,271
7.24%
117,082
15,879
17,536
153,080
1,115
3
87
JSL
52,256
34.53%
N/D
N/D
N/D
N/D
645 1,462
4
99
UNIMAR
46,055
15.27%
42,568
1,776
-1,346
15,331
5
104
CHEIM
42,895
14.25%
39,522
3,085
269
6,861
369
6
120
VIAÇÃO PRAIA SOL
36,294
7.44%
34,969
1,667
319
1,501
1,187 621
7
156
VIAÇÃO TABUAZEIRO
23,612
18.08%
16,634
7,743
112
2,235
8
158
VIACAO JOANA D´ARC
23,002
7.12%
21,365
4,351
3,339
17,986
771
9
161
TRANSFINAL
22,653
9.66%
19,788
1,885
1,591
7,883
590
10
188
VIAÇÃO GRANDE VITÓRIA
16,949
-3.45%
15,832
10,214
10,458
23,664
717
334
200 Maiores 2011_ an in _As Maiores e
200 BIGGEST COMPANIES 2011 – 15 YEARS
resas do se or_MIC.indd 334
16/11/2011 13:12:03
200 Maiores_Anuncio_MIC.indd 335
14/11/2011 22:05:06
RANKING |
THE BEST COMPANY OF ESPÍRITO SANTO IN 2011 Photo: Samarco
O
ver 15 years, the Yearbook “IEL 200 Biggest Companies of Espírito Santo”, has consolidated itself as one of the most important communication vehicles of enterprises, of economy and of Espírito Santo State and seeks every year to maintain its technical standard, to innovate and to improve in quality. In 2011, important methodological changes became the data and results of the research more consistent. Within these changes, IEL-ES presents, for the fifth consecutive year, “The Best Company in Espírito Santo” prize whose criteria were update.
BEST COMPANY AMONG THE 200 BIGGEST
Sales Growth – Weight 20
Score by the better economic and financial performance CLASSIFICATION
COMPANY
SCORE
1
SAMARCO
3,7
2
GRANVITUR
3,5
3
BMC
3,3
4
CSV
3,3
5
ATLANTICA VEICULOS
2,8
6
TERVAP
2,8
7
COLUMBIA TRADING
2,6
8
CORREIOS
2,5
9
BRAZIL TRADING
2,3
10
HISPANOBRÁS
2,0
336
200 Maiores 2011_RankingING_A melhor Empresa do ES_THI.indd 336
It was defined the ranking of 2010 with basis on financial indicators already established in the study of “200 Biggest Companies”. The calculation methodology attributes points for each performance indicator – 10 for first place / 9 for second and so on until the tenth company, which receives 1 point. Forthwith, the points are multiplied by a weight assigned to each indicator. It is important to clarify that the establishment of the best company in 2010 is not a choice based on skills in their respective markets, because the classification is not segregated by sector of activity. The performance indicators and their respective weights are the following: It indicates if the participation of company in the market has increased or decreased and its ability to generating new jobs is growing. It can be used to establish the company’s growth goals for the coming periods.
Profitability of Sales Weight 10 It measures the percentage of net sales that remains in the company, as profit of the period, i.e., it is the percentage that remained to the company after all costs and expenses were discounted. The analysis indicates how much the company gets of profit for each US$ 100.00 sold. 200 BIGGEST COMPANIES 2011 – 15 YEARS
16/11/2011 14:35:33
Company profile Corporate Name: Samarco Mineração S.A. Commerce Name: Samarco Activity: Mining Staff employed in Espírito Santo: 940 Invoicing: US$ 3,585 million Sales Growth 2010/2009: 122.91% ales Pro ta ilit 36.02% et ort Pro ta ilit 163.22% Pro ta ilit er m lo ee US$ 2.107 million Current Liquidity: 0.77
Profitability of Net Worth Weight 35 It measures the return on capital invested by the owners, being the result of the company’s efficiency in the management of the business. The calculation of the profitability of net worth lets everyone knows how much the administration, through use of the assets, obtained of income with its structure, even it is financed with equity or third parties. This profitability should be compared with market rates to evaluate if
200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
200 Maiores 2011_RankingING_A melhor Empresa do ES_THI.indd 337
the company provides profitability higher or lower to these options. The profitability of net worth is used as touchstone among the companies that have the same number of points in the overall performance.
Profitability per Employee Weight 15 It measures the profitability generated per employee and the average contribution of each one to the profit generated by the company.
Liquidity Current – Weight 20 Important indicator of financial health of corporations that indicates the security with the company operates in short term. The higher the current liquidity, better presents the company’s ability to finance their working capital needs. It represents how much resources available in the short term to liquidating debts in short term too. Thus, as the value assessed is higher, better will be the company’s solvency. According to the criteria above defined, “The Best Company in Espírito Santo – 2010” is Samarco Mineração S.A., which reached 3.7 points.
337
16/11/2011 14:36:04
RANKING |
THE 100 BIGGEST PRIVATE COMPANIES WITH CONTROL OF CAPIXABA CAPITAL Photo: Shutterstock
I
EL-ES Institute, for the fourth consecutive year, elaborates the Ranking of the “100 Biggest Private Companies with Capixaba Capital Control”. This is the recognition to companies that contribute for the development of Espírito Santo and valuation of companies essentially capixabas. As defined in the methodology, this classification is given in descending order of Net Operational Revenues, differing from last years, when Gross Operational Revenue defined this order. For the framework as private company with capital of capixaba control, the following criteria were defined: 1. Stock control and source of private and state capital; 2. Location of fiscal offices in Espírito Santo; 3. Company originally formed in Espírito Santo; 4. Operating unit located in Espírito Santo. In the results analysis of this ranking, it was noted that the 100 Biggest Private Companies with control of capixaba capital totaled a net operational revenues of US$ 8.2 million and an effective of
338
200 Maiores - Ranking das 100 maiores empresas privadas.indd 338
43.153 workers in Espírito Santo in 2010, denoting an average per employee of US$ 191 thousand. In the distribution of business among the activities sectors, the services sector led the ranking, with 39 companies, followed by the commerce sector (32 companies), which in 2010 led the 100 biggest capixabas companies. The industrial sector presents 29 companies classified in this group. The trade and services sectors got a closer performance by Net Operational Revenues: US$ 3.3 billion (40.3%) and US$ 3.2 billion (39%), respectively. The industrial sector presented among capixabas companies a total of US$ 1.7 billion of Net Operational Revenue, 20.7% of all 100 Biggest Capixabas Companies. In services sector, the total jobs generated was of 23.601 (54.7%). In industrial sector were 11.080 (25.7%), and in the commerce sector were 8.472 (19.6%). The data reached indicate a Net Operational Revenue per employee of US$ 391.6 thousand in commerce sector, of US$ 154.1 thousand in industrial sector, and US$ 135.98 thousand in services sector.
200 BIGGEST COMPANIES 2011 – 15 YEARS
16/11/2011 14:38:21
THE 100 BIGGEST PRIVATE COMPANIES WITH CONTROL OF CAPIXABA CAPITAL According to Net Operational Revenue (NOR) In Espírito Santo (Values in US$ - thousands) POSITION
RANKING 200 BIGGEST
COMPANIES
NET OPERATIONAL REVENUE (NOR)
NET VARIATION 10/09
OPERATIONAL PROFIT
NET PROFIT
NET WORTH
EMPLOYEES IN ESPÍRITO SANTO
1
11
CISA
Services
787,378
70.90%
32,084
24,282
80,001
22
2
20
VIX LOGÍSTICA
Services
398,890
16.44%
27,306
20,648
89,144
1,642
3
24
UNIMED VITÓRIA
Services
338,672
9.99%
2,834
4,005
61,599
1,732
4
23
VITORIA DIESEL
Retail Trade
319,543
51.91%
16,312
9,414
28,833
337
5
27
UNICAFÉ
Wholesale Com.
306,440
-12.78%
26,647
17,637
131,673
134
6
26
KURUMÁ VEÍCULOS
Retail Trade
306,366
24.05%
2,446
-1,033
21,285
313
7
29
TRISTÃO
Wholesale Com.
276,998
2.89%
32,826
22,697
86,898
58
8
31
FRISA
Industry
233,080
25.93%
8,909
4,527
41,402
1,164 247
9
30
HORTIFRUTI
Retail Com.
230,520
13.43%
3,145
1,900
26,797
10
35
CUSTODIO FORZZA
Wholesale Com.
196,587
-7.59%
3,367
2,696
34,093
116
11
33
SUP. CASAGRANDE
Retail Com.
190,351
16.60%
7,475
5,271
30,447
1,757
12
34
UNIÃO ENGENHARIA
Industry
170,946
-18.23%
- 8,669
- 10,269
64,921
836
13
40
PODIUM
Retail Com.
164,461
6.05%
5,490
3,756
12,878
320
14
37
PROIMPORT
Services
162,429
146.72%
6,736
6,389
19,483
50
15
36
PERFILADOS RIO DOCE
Industry
162,130
40.13%
28,478
24,505
111,709
345
16
41
RDG ACOS DO BRASIL
Wholesale Com.
133,457
14.51%
57,621
55,618
130,317
296
17
45
CONTAUTO
Retail Trade
131,763
16.11%
-480
962
3,515
319
18
47
NICCHIO SOBRINHO CAFÉ
Wholesale Com.
117,233
-5.67%
4,753
3,426
23,713
93
19
44
ÁGUIA BRANCA
Services
117,082
6.31%
15,879
17,536
153,080
1,115
20
52
SELITA
Industry
102,332
9.68%
2,899
2,553
16,953
465
21
55
SÃO BERNARDO SAUDE
Services
92,779
51.86%
17,604
1,071
4,761
267
22
53
LUVEP VOLVO
Retail Com.
88,739
111.93%
5,615
2,933
8,082
120
23
51
FORTLEV
Industry
84,182
37.88%
12,716
11,366
56,172
416 160
24
68
DACASA
Services
79,909
22.91%
28,107
16,532
60,895
25
59
BRASCOMEX
Services
78,877
16.87%
226
226
957
16
26
67
LORENGE
Industry
72,619
21.85%
19,429
17,302
83,985
519
27
57
CLAC
Services
71,376
-4.97%
-13
93
5,011
4
28
69
COOABRIEL
Wholesale Com.
71,107
50.47%
602
548
7,341
113 314
29
60
BIANCOGRES
Industry
70,383
19.82%
11,650
9,532
39,853
30
65
DIEVO
Wholesale Com.
69,384
124.68%
3,471
2,469
3,421
2
31
63
CEDISA
Wholesale Com.
68,383
37.24%
8,409
5,453
32,690
137
32
73
COOPEAVI
Retail Com.
67,547
9.83%
2,800
2,636
25,352
315
33
64
LOJAS SIPOLATTI
Retail Com.
66,764
19.13%
867
1,750
5,051
759
34
72
CONCREVIT
Industry
65,719
3.47%
4,648
3,160
12,580
198
35
56
EMP. LUZ E FORÇA STA MARIA
Services
65,647
17.20%
14,677
10,615
49,125
332
36
70
SUPERMERCADO PERIM
Retail Com.
64,132
108.27%
3,580
3,580
23,797
407
37
75
BUAIZ ALIMENTOS
Industry
61,091
-5.75%
642
642
33,814
368
38
80
UNIMED SUL
Services
58,623
13.85%
-380
-569
8,874
530
39
76
CPVV
Services
57,366
75.57%
1,834
12,943
25,894
130
40
71
POLTEX
Industry
50,008
-11.87%
-11,123
-12,063
54,589
549 149
41
90
VESSA
Retail Com.
49,228
15.88%
1,098
309
5,608
42
92
SAMP ES
Services
48,979
21.03%
2,258
1,427
4,098
143
43
89
REALCAFÉ
Industry
47,958
-21.84%
-3,315
-1,767
31,285
288
44
95
AFECC - HOSP. STA. RITA
Services
47,351
15.93%
47,351
9,788
40,354
1,174
45
85
SUP. SANTO ANTONIO
Retail Com.
47,139
20.14%
583
280
1,944
950
46
97
TERVAP
Industry
46,519
137.62%
34,696
32,824
90,951
125
47
94
SPASSU TECNOLOGIA
Services
45,472
23.27%
560
319
721
117
48
96
VENEZA
Industry
44,113
27.32%
1,537
878
11,870
315
49
79
VILA PORTO
Services
43,737
25.07%
2,592
2,133
4,552
105
50
81
FIESA
Industry
43,506
3.45%
- 279
-1,360
90,565
369
200 BIGGEST COMPANIES 2011 – 15 YEARS
200 Maiores
SECTOR
an in das 100
aiores e
resas ri adas.indd 33
339
16/11/2011 16:5 :12
THE 100 BIGGEST PRIVATE COMPANIES WITH CONTROL OF CAPIXABA CAPITAL According to Net Operational Revenue (NOR) In Espírito Santo (Values in US$ - thousands) POSITION
RANKING 200 BIGGEST
COMPANIES
SECTOR
NET OPERATIONAL REVENUE (NOR)
NET VARIATION 10/09
OPERATIONAL PROFIT
NET PROFIT
NET WORTH
EMPLOYEES IN ESPÍRITO SANTO
1,462
51
99
UNIMAR
Services
42,568
12.51%
-1,776
-1,346
15,331
52
83
MERCOCAMP
Services
42,166
693.03%
346
242
856
21
53
98
USINA PAINEIRAS
Industry
40,330
-4.66%
-5,480
-4,689
57,201
503
54
112
HOSPITAL EVANGÉLICO
Services
39,944
47.14%
963
963
3,779
1,002
55
104
CHEIM
Services
39,522
13.87%
- 3,085
269
6,861
369
56
101
ITACAR CARROS
Retail Com.
39,515
15.19%
1,361
942
12,847
145
57
110
TV GAZETA
Services
39,090
12.27%
7,145
7,651
35,699
307
58
113
VITORIA MOTORS
Retail Trade
38,702
31.86%
-180
-180
218
52
59
88
VIMINAS
Industry
37,512
40.20%
7,600
7,534
20,211
354
60
109
KIFRANGO
Industry
37,346
38.98%
-7,274
-7,274
3,786
636
61
116
HOSPITAL MERIDIONAL
Services
36,341
29.36%
3,104
1,871
15,160
613
62
120
VIAÇÃO PRAIA SOL
Services
34,969
7.44%
1,667
319
1,501
1,187 219
63
118
ALCON
Industry
34,550
-6.50%
8,105
6,458
39,139
64
117
VENAC
Retail Com.
33,917
143.74%
3,427
3,061
9,340
93
65
122
VITORIA APART HOSPITAL
Services
33,896
23.92%
6,535
-777
32,707
1,007
66
119
A GAZETA
Services
33,693
-0.36%
883
1,067
14,134
716
67
103
IND. e COM. QUIMETAL
Services
33,340
6.60%
4,983
4,411
10,980
44
68
100
PANAN MOVEIS
Industry
33,077
28.87%
1,960
1,960
4,619
352
69
128
AUTOVIL
Retail Com.
32,860
-15.02%
254
187
2,001
116
70
111
ALLMAX TRADING
Services
32,336
316.45%
1,279
574
965
29
71
129
UNIMED NOROESTE
Services
32,081
4.21%
-315
5,193
6,004
297
72
124
SUPERM. PORTO NOVO
Retail Trade
31,971
4.65%
224
361
3,227
497
73
123
RODOSOL
Services
31,778
5.93%
14,100
9,379
30,409
256
74
127
MORAR
Industry
31,721
-34.61%
3,675
2,909
22,014
152
75
114
DIAÇO
Wholesale Com.
31,645
1.00%
2,659
1,705
25,264
108 290
76
115
METALOSA
Industry
30,068
11.41%
837
610
9,486
77
133
ESTRUTURAL
Industry
29,771
23.16%
3,424
2,272
6,026
734
78
125
MARBRASA
Industry
29,768
-3.53%
1,877
55
8,141
399
79
130
SERDEL
Services
28,202
20.87%
5,621
3,768
13,911
3,378
80
107
REFRIGERANTES COROA
Industry
28,032
28.40%
941
731
5,801
238
81
131
SIDERURGICA IBIRAÇU
Industry
27,389
24.16%
-432
- 640
5,813
155
82
138
CAFEEIRA STOCKL
Wholesale Com.
26,962
-4.15%
1,914
705
3,077
6
83
143
VILA VELHA HOSPITAL
Services
26,598
31.58%
772
-1,029
9,589
834
84
148
MARCA CAFÉ
Wholesale Com.
85
147
UNIMED NORTE
Services
26,211
2.19%
1,360
1,125
9,918
15
25,836
10.32%
-313
-110
2,751
196 260
86
121
RIMO MOVEIS
Industry
25,661
22.85%
-2,400
-2,401
4,959
87
149
DAMARE
Industry
25,506
47.81%
3,763
1,799
3,540
212
88
145
VIGSERV
Services
25,298
45.91%
2,820
1,048
2,200
1,645
89
146
HOSPITAL METROPOLITANO
Services
24,654
10.12%
2,911
793
10,816
495
90
157
SM SAUDE
Services
23,639
34.31%
641
300
1,612
143
91
150
ATACADO SÃO PAULO
Wholesale Com.
23,549
19.09%
1,524
1,524
1,731
122
92
154
ESPIRAL ENGENHARIA
Services
23,154
65.28%
5,666
2,889
10,480
580
93
132
ELSON'S
Wholesale Com.
23,019
10.14%
443
321
3,661
257
94
155
HIPER EXPORT
Services
22,756
1.33%
-579
-741
15,203
346
95
162
MC KINLAY
Wholesale Com.
21,705
17.47%
502
19
8,522
13
96
158
VIACAO JOANA D´ARC
Services
21,365
7.12%
4,351
3,339
17,986
771 106
97
159
ELETROMIL
Wholesale Com.
21,167
30.01%
1,440
1,440
6,391
98
141
ACP MOVEIS
Industry
21,124
34.53%
3,074
2,042
5,642
215
99
166
FACULDADE UNIVIX
Services
21,035
20.48%
6,430
6,320
9,913
364
100
169
DECOLORES MARM. GRANITOS
Industry
20,620
31.69%
5,470
4,757
19,705
90
340
200 Maiores
200 BIGGEST COMPANIES 2011 – 15 YEARS
an in das 100
aiores e
resas ri adas.indd 340
16/11/2011 16:5 :42
CONSOLIDATION OF THE 100 BIGGEST PRIVATE COMPANIES WITH CONTROL OF CAPIXABA CAPITAL According to Net Operational Revenue (NOR) In Espírito Santo (Values in US$ - thousands) NET OPERATIONAL REVENUE (NOR)
OPERATIONAL PROFIT
29
1.707.063
127,356
97.953
956.731
11,080
154
Non-metallic Mineral Industry
4
158.282
26,596
21.879
87.910
1,157
137
Construction Industry
5
246.349
65,872
58.466
215.556
1,728
143
Foods Industry
8
591.757
1,680
-3.331
199.851
3,951
150
Beverages Industry
1
28.032
941
731
5.801
238
118
Furniture Industry
3
79.862
2,633
1.601
15.220
827
97
Rubber and Plastic Products Industry
1
84.182
12,716
11.366
56.172
416
202
Steelmaking and Metallurgy Industry
4
390.534
20,214
14.206
191.929
1,626
240
Chemical and Petrochemical Industry
1
34.550
8,105
6.458
39.139
219
158
Textiles Industry
2
93.514
(11,402)
-13.424
145.153
918
102
Commerce
32
3.317.364
201,555
153.512
729.931
8,472
392
Wholesale Commerce
15
1.413.848
147,539
117.382
508.709
1,576
897
Retail Commerce
17
1.903.515
54,016
36.130
221.222
6,896
276
Service
39
3.208.827
263,800
173.829
877.398
23,601
136
Hospital Assistance
6
208.785
61,635
11.609
112.406
5,125
41
Highway Concessionaire
1
31.778
14,100
9.379
30.409
256
124
Eletricity and Gas
1
65.647
14,677
10.615
49.125
332
198
Education
1
21.035
6,430
6.320
9.913
364
58
Port and Terminal Manegment
1
57.366
1,834
12.943
25.894
130
441
Information and Communication
2
72.782
8,028
8.719
49.833
1,023
71
Industry
NET PROFIT
NET WORTH
EMPLOYEES IN ESPÍRITO SANTO
Leasing of Machines and Equipment for Construction
1
23.154
5,666
2.889
10.480
580
40
Logistic
1
22.756
(579)
-741
15.203
346
66
Health Insurance
7
620.609
22,328
11.316
89.699
3,308
188
Finance and Insurance Services
1
79.909
28,107
16.532
60.895
160
499
Import and Export Services
8
1.251.639
48,232
38.351
122.804
291
4,301
Cleaning and Maintenance
1
28.202
5,621
3.768
13.911
3,378
8
Technology of Information
1
45.472
560
319
721
117
389
Transport
6
654.395
44,341
40.765
283.904
6,546
100
Surveillance and Security
1
25.298
2,820
1.048
2.200
1,645
15
100
8.233.253
592,711
425.294
2.564.060
43,153
191
TOTAL - 100 BIGGEST CAPIXABAS COMPANIES
200 BIGGEST COMPANIES 2011 – 15 YEARS
200 Maiores
NOR OPERATIONAL REVENUE PER EMPLOYESS
NUMBERS OF COMPANIES
SECTOR
an in das 100
aiores e
resas ri adas.indd 341
341
16/11/2011 16:5 :5
RANKING | RANKING OF 10 BIGGEST BUSINESS GROUPS
Photo: Samuel Vieira
I
n its 11th edition, business groups established the Ranking of 10 Biggest Business Groups of Espírito Santo, defined according to the methodology “two and more independent enterprises, formally constituted under the same controlling shareholder, whose capital of capixaba source exceeds 50%”, was established from sending economic and financial information by business groups. It is worth emphasizing that, due to the lack of consolidated information, the nonavailability of data in good time or other reasons have left some business groups outside of this ranking.
342
200 Maiores 2011_ an in _ran in dos 10
Analyzing the results of this research, we can observed that the list of the ten biggest business groups in Espírito Santo consists of 97 enterprises, 18.3% more than the number of enterprises in the ranking of the last year. These groups had a net worth of US$ 2.25 billion. There was an increase of 19.2% compared to the last year. Another interesting fact is that, in 2009, the group ranked first had a net worth 460% higher than the tenth biggest group. In 2010, this difference reached 536%. In 2010, the gross operational revenue of the biggest groups generated in Espírito Santo was about US$ 2.69 billion, about
200 BIGGEST COMPANIES 2011 – 15 YEARS
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63% of the total gross operational revenue generated. Comparing to the last year, the variation was small: 1.7%. In relation to the total gross operational revenue, this variation was higher: 11.8% denotes a growth of the activities of business groups outside Espírito Santo State. When analyzed the jobs generated in Espírito Santo, 55.4% of them (or 13,332) refer to those generated in our State. Comparing to the ranking of 2009, this percentage was 54.4% or 12,628 jobs (704 jobs more or a variation of 5.6%). When we observe these same variations in relation to total jobs, we verify an increase in employment among the biggest groups of order 3.9% or 896 new jobs. Verifying the relation of gross operational revenue per employee, in relation to Brazil, the result was US$ 165 million in 2009. This relation in 2010 got to US$ 178 million (variation of 7.7%). When we checked the
same data in relation to the state, we see: US$ 209.7 million in 2009 and US$ 202 million in 2010 (a decline of 3.7%). In 2010, the net income of the ten biggest groups totaled US$ 274 million, slightly higher than the value calculated in 2009, when this result was US$ 272 million (a variation of 0.99%). Even as part of the research of the biggest business groups in Espírito Santo, it was elaborated another research to evaluate the potential of our State in relation to various aspects. Among the options for answers, the “Geographic Location” of our State was the one that received the highest score among the biggest business groups with 91 points, followed by the “Policy Incentives,” with 63 points. The “Infrastructure Logistics” and “Qualification of Labor” received 61 points. The “Quality of Roads” and “Quality of Airport” were the items with the worst evaluation, receiving 46 and 23 points respectively.
THE TEN BIGGEST BUSINESS GROUPS, ACOORDING TO NET WORTH (Values U$$ - thousands) RANKING
GROUP
NUMBERS OF COMPANIES
CITY
NET WORTH
GROSS GROSS OPERATIONAL OPERATIONAL REVENUE REVENUE IN ES IN ES
GROSS OPERATIONAL REVENUE
INCREASING REVENUE 2010/2009
NUMBERS OF EMPLOYEES IN ES
TOTAL NUMBERS OF EMPLOYEES
NET PROFIT
11
Serra
530,119
266,445
100.00%
266,445
45.74%
2,333
2,333
120,153
28
Vitória
399,947
627,329
38.50%
1,629,427
33.61%
4,454
11,137
57,594
RDG AÇOS DO BRASIL
6
Serra
258,241
380,662
97.90%
388,827
27.26%
874
896
36,151
4
COIMEX
8
Vitória
231,788
673,458
86.60%
777,665
-14.66%
659
3,376
1,968
5
BUAIZ
13
Vitória
167,036
118,752
90.00%
131,947
5.41%
712
712
14,312
1
INCOSPAL
2
ÁGUIA BRANCA
3
6
SICOOB
9
Vitória
162,036
149,762
100.00%
149,762
13.26%
892
892
21,206
7
POLIDO
11
Serra
144,443
131,408
95.30%
137,888
-4.92%
1,291
1,346
-13,181
8
FIBRASA
3
Serra
135,170
25,267
35.00%
72,192
25,96%
271
624
734
9
TRISTÃO
3
Viana
122,379
43,079
12.92%
333,430
18,77%
349
407
21,125
10
FRISA
5
Colatina
98,921
276,638
69.26%
399,421
23,31%
1,497
2,363
14,417
2,250,081
2,692,801
13,332
24,086
274,478
TOTAL
97
200 BIGGEST COMPANIES 2011 – 15 YEARS
200 Maiores 2011_ an in _ran in dos 10
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4,287,004
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ÍNDICE DE ANUNCIANTES
ANUNCIANTES
ANUNCIANTES
PAG.
AG Trade
192
Kurumá - Toyota
07
Apoio Andaimes
102
Kyocera - Dimensão
145
La Mobili
247
297 e 347
ArcelorMittal Tubarão
73 e 311
Aroso Paço Hotel
59
Artmetal
253 e 325
Banco do Nordeste
243
Bandes Banestes Caetano e Carvalho
Lorenge S.A. Moraes e Barcelos Motta Leal Next Editorial
213 239 e 329 220 184, 185 e 227
331 e 348
Pelicano
277
57
Politintas
56
08 e 09
Caixa Econômica Federal
Ponto
267
Capital Público
283
Prefeitura da Serra
77
Cisa Trading
273
Preservar
226
CINDES
117
Primer
269
Codesa
205 e 330
Prosegur
265
Proteinorte
225
Rede Gazeta
281
Columbia
217
Consentino Latina
241
Coopeavi
66
Coroa
259
Corpus
94 249 e 293
Cotia Trading Cristal Produções
264
CSV
287
Departamento de Imprensa Oficial
116 51 e 335
Detran Divulgue
279
Eletromil
63
Eletrosolda
83
Eletrovan
91
Engesolda
238
Espiral Engenharia
281
Fertilizantes Heringer
05
Findes
103
Frisa
257
Garoto
130 e 131
Geres
95
RedeTV!
274
Sá Cavalcante
288
Samarco
231 e 295
Samp
49
Sebrae
20 e 21
Sedes
148
Serdel
196
Sescoop
229
Senai
107
Sesi
146 e 147
Sicoob
34 e 35
Sindcoopes
106
Sindfer
62
Sitra
216
SM Saúde
127
Solaris
289
Tangará Foods
209
Terca
03
Transportadora Jolivan
272
TV Capixaba
278
Grupo Águia Branca
261
Hiper Export
251
Hospital Metropolitano
67
TV Vitória
Hospital Santa Rita
246
USM
208
HSM Educação
02
Vale
189, 193 e 197
119
Veneza
76
121, 290, 344 e 345
Vig Serv
286
Internacional Aduaneiro
125
Viminas
87
IRI
111
Visel
ISH
255
Vitória Apart Hospital
99
Kia
32 e 33
VSG
90
IDEIES IEL
346
200 Maiores
PAG.
78 e 79
201 e 337
200 MAIORES EMPRESAS 2011 – 15 ANOS
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