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ANUÁRIO IEL 200 MAIORES EMPRESAS NO ESPÍRITO SANTO - EDIÇÃO 2014
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editorial
Informação e competitividade
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ompetitividade e informação andam sempre lado a lado. Aproveitar oportunidades significa, antes de tudo, planejar bem para tomar a decisão correta. O nosso Estado é hoje um dos mais promissores do Brasil: novos setores produtivos têm desembarcado em terras capixabas, enquanto as maiores empresas do país ampliam seus investimentos no Espírito Santo – a exemplo de Petrobras, Vale, ArcelorMittal e Samarco. Buscando subsidiar com informações robustas aqueles que desejam conhecer o nosso potencial, o Sistema Findes tem o orgulho de apresentar a 18ª edição do Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo. Mais uma vez disponível em plataformas digitais e em versão bilíngue, a publicação conta com artigos de especialistas das mais diversas áreas, com avaliações precisas sobre infraestrutura, energia, educação, gestão, inovação e marketing, entre muitos outros temas. O Anuário celebra os 45 anos de história do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES), responsável pela rigorosa metodologia que elabora a lista das 200 maiores empresas capixabas. Reconhecido pela experiência na formação de bons gestores, o IEL-ES se fortalece cada vez mais como provedor de boas práticas, consolidando o Anuário entre as publicações mais respeitadas do Espírito Santo. O material que o leitor encontrará nas páginas a seguir é essencial para quem Marcos guerra deseja compreender o bom momento é presidente do Sistema Findes da nossa economia – apesar do processo de desindustrialização que vive a indústria nacional – e se planejar para as novas demandas. O Espírito Santo mais uma vez tem se destacado pela capacidade de reação diante dos desafios. No primeiro semestre deste ano, enquanto o Produto Interno Bruto brasileiro recuou 0,6%, o PIB capixaba avançou 1,1%, corroborando a perspectiva otimista de crescimento na produção física industrial local que defendemos nos últimos anos.
O bom desempenho é resultado da ampliação dos investimentos já existentes, em especial nas cadeias de minério de ferro e aço, das inaugurações relevantes – incluídos os novos shoppings, que movimentam o varejo – e da chegada de novos empreendimentos, principalmente no interior do Estado. A implantação de novas indústrias – como Estaleiro Jurong, Volare/Marcopolo, Bertolini, Manabi, Itatiaia, Bertolini, Paranapanema, Placas Brasil, Imetame Logística e Itaoca Offshore – vem movimentando novas cadeias produtivas em nossa economia, gerando empregos, oportunidades de negócios e distribuição de renda. O incremento das indústrias de maior valor agregado, como as dos segmentos naval, automobilístico e de móveis de aço, incentiva também a chegada de outras empresas para atender às novas demandas, beneficiando aqueles que atuam como fornecedores diretos das indústrias âncoras. Pensando nisso, o Sistema Findes anunciou neste ano o maior plano de investimentos de sua história, com foco na formação de profissionais atualizados com o que há de melhor nas indústrias. Paralelamente, temos dialogado com os sindicatos filiados para buscar soluções das demandas setoriais e discutir casos bem-sucedidos de inovação realizados dentro e fora do país. O caminho da competitividade implica também pensar em novas formas de produzir e alcançar melhores resultados. Dessa maneira, desejamos que esta publicação seja um instrumento de pesquisa e reflexão, com base no bom exemplo das grandes corporações que compõem nosso Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo. Uma boa leitura a todos!
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ÍNDICE Editorial
04 Informação e competitividade Marcos Guerra
Ranking 200 Maiores Empresas no Espírito Santo
10 Investimentos no Espírito Santo: oportunidades de norte a sul Renato Casagrande
130 Introdução 131 O que você encontra neste encarte 132 Análise Emanuel Junqueira 136 Metodologia 138 Informações gerais, análises e estatísticas 171 Análise Ideies
Indústria
institucional
ARTIGOS Desenvolvimento Econômico e Social
14 A indústria e o futuro do Brasil Robson Braga de Andrade 16 A importância do empresariado na economia Aristóteles Passos Costa Neto 18 Economia desacelera, indústria também José A. Martins
190 Sistema Findes
Economia capixaba (continuação)
26 O gargalo que impede nosso crescimento econômico Waldemar Rocha Junior
198 Agroindústria 202 Alimentos e Bebidas 204 Saúde 208 Comércio Varejista 210 Mercado Financeiro 214 Comércio Exterior 216 Turismo 220 Móveis 224 Vestuário 228 Educação 232 Inovação 234 Química e Embalagens 236 Meio Ambiente e Sustentabilidade 238 Indústria Criativa 240 Políticas Públicas
Justiça e Desenvolvimento
ARTIGOS (continuação)
Economia
20 Desafios do Brasil na economia global Marcos Troyjo
Gestão e Espiritualidade
24 Espiritualidade: a alma dos negócios Sidemberg Rodrigues
Logística e Infraestrutura
28 A rotina do atraso Pedro Valls Feu Rosa
Educação
30 Fortalecer a educação profissional é fortalecer o Brasil Rafael Lucchesi
Política e Cidadania
34 O futuro passa pela educação Paulo Hartung
Gerenciamento de Projetos
244 Gestão da inovação Fernando de Lellis Garcia Bertolucci
Indústria
246 Indústria naval no Espírito Santo Luciana Aboudib Sandri
Indústria
252 S ustentabilidade: tempo de construção Ricardo Vescovi
46 Inovação requer investimentos e ecossistema favorável Paulo Mól
254 A sustentabilidade está no DNA da Fibria Marcelo Castelli 258 Questões estruturais impedem avanços na competitividade Benjamin M. Baptista Filho 262 Energia para o desenvolvimento sustentável do Espírito Santo Miguel Dias Amaro
Economia capixaba
Economia
Abertura - Cenário e Perspectivas Petróleo e Gás Rochas Papel e Celulose Logística e Infraestrutura Mineração e Siderurgia Energia Construção Civil e Pesada Serviços Metalmecânico
Pesquisa IEL-ES 84 86 88 90 92 94
Metodologia Empresário Destaque Executivo Destaque Empresa Destaque Prêmio IEL em Gestão 2014 Prêmio IEL/ABRH
Destaques empresariais 96 Vale 100 Coimex 102 Soeta 104 Eletromil 106 Samarco 108 Garoto 112 Sicoob 114 Sesi-ES 118 Senai-ES 122 45 anos do IEL
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Presidente:
Marcos Guerra
1º vice-presidente: Vice-presidentes:
Gibson Barcelos Reggiani Aristoteles Passos Costa Neto, Benízio Lázaro, Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi, Elder Elias Giordano Marim, Egidio Malanquini, Houberdam Pessotti, Leonardo Souza Rogerio de Castro, Manoel de Souza Pimenta Neto e Sebastião Constantino Dadalto Elcio Alves Luciano Raizer Moura José Augusto Rocha Tharcício Pedro Botti Ronaldo Soares Azevedo Flavio Sergio Andrade Bertollo
1º diretor administrativo: 2º diretor administrativo: 3º diretor administrativo: 1º diretor financeiro: 2º diretor financeiro: 3º diretor financeiro: Diretores:
Almir José Gaburro, Atilio Guidini, Elias Cucco Dias, Emerson de Menezes Marely, Ennio Modenesi Pereira II, Jose Carlos Bergamin, José Carlos Chamon, Luiz Alberto de Souza Carvalho, Luiz Carlos Azevedo de Almeida, Luiz Henrique Toniato, Loreto Zanotto, Mariluce Polido Dias, Neviton Helmer Gasparini, Ocimar Sfalsin, Ortêmio Locatelli Filho, Ricardo Ribeiro Barbosa, Samuel Mendonça, Sérgio Rodrigues da Costa, Silésio Resende de Barros, Tullio Samorini e Vladimir Rossi
PRODUÇÃO TÉCNICA – Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES) Diretor Regional: Marcos Guerra Diretor para Assuntos do IEL-ES: Aristoteles Passos Costa Neto Superintendente: Fábio Ribeiro Dias Equipe Técnica:
F ernando Gomes Pereira – Gerente da Unidade de Negócios e Projetos e equipe Marcus Vinícius Tavares Cabral – Especialista Emanuel Junqueira de Mattos – Consultor Antônio Fernando Dória Porto – Diretor-executivo do Ideies e equipe
Equipe de Apoio:
Carla Mara Pereira Franco – Gerente da Unidade de Gestão Estratégica e Operações e equipe
Marketing:
Cintia Coelho Dias – Gerente da Unidade de Marketing do Sistema Findes e equipe
250 Um desenvolvimento que não acontece por acaso Nery Vicente Milani De Rossi
Indústria
48 56 60 62 64 68 72 74 78 80
Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes)
Desenvolvimento Econômico e Social Gestão Empresarial
Inovação
Ano XVIII - Nº 18 - Novembro/2014 - Publicação anual - Venda proibida
Inovação
40 Planejamento estratégico e gerenciamento de projetos: pilar para o sucesso corporativo Marcus Gregório Serrano
44 P essoas, um diferencial para o desenvolvimento industrial Maurício Max
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264 Cooperativismo e desenvolvimento Bento Venturim
Desenvolvimento Econômico e Social
Relações com o Mercado: Simone Dttmann Sarti – Gerente da Unidade de Relacionamento com o Mercado do Sistema Findes e equipe Contatos: (27) 3334 5721 Iel200maiores@findes.org.br Designer da Marca 200 Maiores: Cristina Xavier Jornalista Responsável:
Breno Arêas (MTB-ES 2933)
Endereço: Av. Nossa Senhora da Penha, 2.053, Ed. Findes, 2º andar, Santa Lúcia Vitória (ES), CEP: 29056-913 Tel: (27) 3334-5754 • Fax: (27) 3225-7958 200maiores@findes.org.br Produção Editorial:
268 As micro e pequenas empresas e o desenvolvimento do Espírito Santo José Eugênio Vieira
www.nexteditorial.com.br (27) 2123-6500
Marketing
Coordenação de produção: Cláudia Luzes
270 Nada mais será igual ao que se conhece Carlos Piazza
Justiça e Desenvolvimento
274 A influência do Poder Judiciário no desenvolvimento econômico e social Domingos Taufner
Inovação
278 Os desafios da inovação no Espírito Santo Ruy Quadros
Justiça e Desenvolvimento 284 Reforma tributária Gibson Barcelos Reggiani
RANKING OF THE 200 BIGGEST COMPANIES in ESPÍRITO SANTO 287 Somente na versão em inglês 286 Índice de anunciantes
Coordenação editorial:
Mário Fernando Souza
Coordenação de conteúdos:
Márcia Rodrigues
Textos:
Ana Lúcia Ayub, Camila Ferreira, Flávia Martins, Lui Lima Machado, Nádia Baptista, Rafael Moura, Sânnie Rocha e Thiago Lourenço
Arte da capa: Genison Kobe Editoração:
Michel Sabarense e Thiara Nascimento
Apoio:
Dayanne Lopes
Tradução:
Lorena Caetano
Fotos:
Arquivo Next Editorial, Jackson Gonçalves, Leonel Albuquerque, Renato Cabrini e Shutterstock
Revisão: Andréia Pegoretti Produção Gráfica:
www.grafitusa.com.br Tel: (27) 3434-2200
Selo do papel
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artigo | Desenvolvimento EconÔmico e Social
Investimentos no Espírito Santo: oportunidades de norte a sul
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ma das melhores oportunidades de investimentos do Brasil. Essa é a visão dos empresários nacionais e estrangeiros em relação ao Espírito Santo, e que os inspira na busca de oportunidades para montar ou ampliar seus negócios em terras capixabas. Os números são os mais positivos possíveis: atualmente, contamos com o maior investimento privado per capita do Brasil e, para os próximos cinco anos, estão previstos mais de R$ 100 bilhões em investimentos do setor privado, nos mais diversos segmentos industriais, incluindo automotivo, naval, mineração, celulose, móveis e linha branca, petróleo e gás, entre outros. As razões para isso são várias: vão desde a localização privilegiada do Estado às políticas de atração com regras claras e estáveis, passando ainda pelo incentivo à diversificação da economia e descentralização do desenvolvimento. Essa política de diversificação e descentralização econômica é uma das alavancas do crescimento sustentável, da geração de renda e da melhoria da qualidade de vida da população capixaba, pois se configura como um forte atrativo para novos investimentos adequados às características próprias de cada região, aumentando as oportunidades oferecidas aos cidadãos. Hoje, além da diversificação e da interiorização da economia, o Estado vive um ciclo de desenvolvimento baseado na inovação, na capacitação e na agregação de valor aos bens e serviços aqui produzidos. Assim, muito mais do que o invesrenato casagrande timento em si, o Espírito Santo gera riquezas e oportunidades, dinamizando a economia e a vida é governador do Estado do Espírito Santo da sociedade capixaba. A Secretaria de Desenvolvimento acompanha, atualmente, uma carteira com cerca de 180 projetos privados, cujos investimentos previstos estão acima de R$ 100 bilhões para os próximos cinco anos, gerando cerca de 80 mil empregos. São projetos que provocarão mudanças na realidade das microrregiões onde serão implantados, gerando desenvolvimento ao seu redor, movimentando e incrementando as atividades econômicas. Muitos desses investimentos já estão consolidados em terras capixabas, a exemplo da fábrica da Itatiaia, indústria de móveis para cozinha e linha branca, inaugurada em junho de 2013 em Sooretama;
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da fábrica de motores da WEG; da Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas, em operação em Linhares; do Terminal Aquaviário de Barro do Riacho, em Aracruz; além de altos investimentos na área de exploração e produção de petróleo e gás, entre outros. Temos também a fábrica de móveis da Bertolini, de pré-operação no município de Colatina; a Marcopolo, que está construindo uma planta para produzir ônibus da linha Volare, em São Mateus; e o Estaleiro Jurong, com obras avançadas para início de atividades ainda em 2014, em Aracruz. Podemos citar ainda o início de operação da oitava usina
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de pelotização da Vale, na Grande Vitória, e da quarta da Samarco, no município de Anchieta; além de outros investimentos com projetos em diversas fases de maturação, como o Complexo Gás-Químico a ser construído pela Petrobras e do Porto da Manabi, em Linhares; do Terminal Industrial Imetame, vizinho ao Estaleiro Jurong, das bases de apoio às operações marítimas de petróleo Itaoca Offshore e C-Port Brasil, da americana Edson Chouest, no município de Itapemirim; o do Porto Central, em Presidente Kennedy, entre vários outros. Todos são exemplos de projetos que se consolidaram nos últimos três anos, sinalizando o acerto
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das práticas adotadas no Estado na atração e desenvolvimento de novos projetos. Além dos projetos industriais, é importante ressaltar que o Espírito Santo está se transformando numa grande plataforma logística. O Governo Federal já anunciou a construção da Ferrovia Litorânea (EF-118), que ligará Vitória ao Rio de Janeiro e a toda a Região Sudeste. A Ferrovia Litorânea será interligada à EF-354, que vem do Centro-Oeste brasileiro até o norte fluminense, possibilitando o escoamento de grãos produzidos naquela região e do minério proveniente de Minas Gerais. Permitirá, também, o envio para a região central do Brasil
“Hoje, além da diversificação e da interiorização da economia, o Estado vive um ciclo de desenvolvimento baseado na inovação, na capacitação e na agregação de valor aos bens e serviços aqui produzidos”
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artigo | Desenvolvimento EconÔmico e Social dos fertilizantes que serão produzidos no Complexo Gás-Químico, que a Petrobras instalará em Linhares. Além das ferrovias, as duas principais rodovias federais que cortam o Espírito Santo serão duplicadas, a partir de concessões à iniciativa privada; e o Governo do Estado já trabalha na restauração e na construção de novas rodovias estaduais, formando uma grande malha que simplificará os deslocamentos. Além do Aeroporto de Vitória, novamente em fase de avaliações, o Estado também será servido por mais quatro aeroportos regionais: em São Mateus, Linhares, Colatina e Cachoeiro de Itapemirim. Tudo isso, somado aos sete projetos portuários em processo de implantação e à nossa posição geográfica estratégica, fará do Espírito Santo um dos principais expoentes logísticos do Brasil, fortalecendo nossa economia e contribuindo para a descentralização do desenvolvimento capixaba. Muito além de desenvolvimento econômico sustentável, o Estado também gera desenvolvimento social, oferecendo a seus habitantes
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meios de melhor aproveitar as oportunidades geradas pelos investimentos privados. Isso, aliado aos investimentos públicos que estão sendo feitos, tem possibilitado uma mudança social na realidade do Espírito Santo. Para isso, o Governo do Estado atua e investe, juntamente com instituições de ensino, o Sistema Findes – por meio do Sesi/Senai - e outras entidades, na capacitação dos jovens capixabas. A Rede Formar busca melhorar a educação técnica de nível médio. O programa, em suas diferentes modalidades de oferta, reúne as redes de ensino federal, estadual e privada e articula-se com as políticas nacionais, a exemplo do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), como forma de potencializar os esforços na formação técnica. Com essas ações se pretende tornar o Espírito Santo cada vez mais eficiente e o empresariado capixaba ainda mais competitivo, capaz de atender demandas no Estado, no Brasil e no mundo, gerando desenvolvimento sustentável, fonte de melhoria da qualidade de vida do povo capixaba.
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artigo | indústria
A indústria e o futuro do Brasil
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indústria é imprescindível para o país crescer mais. Ela é fonte para o desenvolvimento de novas tecnologias, para a inovação e para a geração de renda, e oferece os melhores empregos. Além disso, o setor é responsável por movimentar uma cadeia de atividades e fornecedores. Entendemos que a economia é cíclica e que alguns percalços fazem parte da rotina empreendedora. Mas podemos melhorar o ambiente de negócios no Brasil, por meio de mudanças estruturais para retomar o crescimento das empresas de maneira sólida. As transformações da economia mundial, a crise internacional e os problemas internos impõem desafios importantes. Estamos em um período de expectativas sobre as ações que serão desenvolvidas a partir de 2015. Acreditamos que o novo Governo terá condições de colocar o país de volta na rota do crescimento, promovendo mais igualdade e bem-estar para os cidadãos. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) já contribuiu com o futuro presidente. Elaboramos 42 propostas concretas e factíveis para os candidatos à Presidência da República. As sugestões, construídas em conjunto com as federações das indústrias dos estados e com as associações setoriais, vão de melhora do sistema educacional a avanços no sistema trabalhista, passando por redução da burocracia. Se fortalecermos esses fatores, vamos ajudar a criar o ambiente necessário para ampliar a competitividade das empresas brasileiras e aumentar a participação Robson Braga do país no mercado internacional. de Andrade A cada dia, mostramos a nossa capacidade é presidente da de superar barreiras e de sermos mais criativos. Confederação Nacional da Indústria (CNI) Tivemos avanços econômicos no Brasil na última década, assim como nos demais países do grupo chamado Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que permitiram que ganhássemos espaço na mesa de decisões sobre os destinos da economia mundial. Apesar desse avanço, o Brasil tem a 14ª mais alta carga tributária do mundo, que corresponde a 36,2% do PIB. Além disso, enfrentamos a concorrência com os importados. O Brasil necessita estabelecer uma forma própria de fazer a economia se expandir. É fundamental ter uma política de comércio exterior moderna, que reflita as novas formas de organização da indústria, como as cadeias
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globais de valor. Para isso, o país precisa negociar acordos comerciais com mercados dinâmicos, com economias complementares e avançar simultaneamente na criação de melhores condições internas para os negócios. Necessitamos, também, avançar na reforma tributária, modernizar a legislação trabalhista, investir mais em infraestrutura, aumentar as taxas de investimento e melhorar a educação. Sabemos que, para aumentar a
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produtividade do trabalhador brasileiro, é de suma importância a melhora da qualidade do ensino. A indústria precisa estar preparada para enfrentar os novos desafios que se apresentam, em razão das transformações tecnológicas e dos sistemas de produção globais. As dificuldades devem ser combatidas com um planejamento de longo prazo, proporcionado por uma ação estratégica e pragmática. É sabido que o tamanho do país e da população
“As dificuldades devem ser combatidas com um planejamento de longo prazo, proporcionado por uma ação estratégica e pragmática”
impõe desafios maiores, mas também permite soluções abundantes. A nossa disponibilidade de recursos naturais é incomparável. Além disso, o brasileiro é um dos povos mais empreendedores do mundo. Por isso, acreditamos na nossa capacidade. Devemos trabalhar ainda mais para que a indústria alcance um patamar sólido, contribua fortemente para a qualidade de vida da população brasileira e construa um futuro mais promissor para as próximas gerações.
Foto: Agência FIEP
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artigo | INDÚSTRIA
A importância do empresariado na economia
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Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo tornou-se uma importante publicação para a sociedade capixaba, na qual analistas e estudiosos dispõem de um rico banco de dados como fonte de informações econômico-financeiras, de conceito e credibilidade indiscutíveis. Ele representa um retrato fiel das empresas, cuja realidade econômico-financeira, captada no ano anterior, demonstra a performance das principais companhias que operam em nosso Estado. O trabalho de construção de cada edição do Anuário gera uma enorme expectativa para se conhecer quem é quem em nossa economia. Essa informação, muitas vezes, surpreende a todos. Afinal, cada ano tem sido um exercício de muita criatividade e superação de desafios de toda ordem para o setor empresarial. Temos a convicção de que estamos vivendo um momento de muitas incertezas em nosso país. Esse sentimento é movido pelos desafios que enfrentamos diariamente, mas também é provocado por uma cadeia de indicadores econômicos preocupantes, frequentemente disponibilizados pela mídia especializada. Tais incertezas comprometem a estabilidade da economia e geram inseguranças que acabam inibindo o investimento privado. AristOteles Na área da construção civil, por exemplo, Passos Costa Neto onde exerço minha atividade empresarial, é engenheiro eletricista tenho acompanhado os indicadores setoriais formado pela PUC-RJ. envolvendo toda a cadeia produtiva e posso Presidente do afirmar que estamos todos muito atentos ao Sinduscon-ES, momento pelo qual passa a nossa economia. vice-presidente da Esse acompanhamento tem norteado o planeFindes e diretor para Assuntos do IEL jamento estratégico de nossas empresas. O setor da construção civil é considerado o motor da economia, pois está envolvido em praticamente todos os projetos em desenvolvimento. Estamos presentes na construção de instalações industriais, comerciais e de serviços, e em todos os investimentos públicos de infraestrutura ligados a mobilidade, saúde, educação e telecomunicações. Enfim, podemos dizer que somos um bom termômetro para avaliação da performance de uma dada economia. Quando a atividade econômica está em crescimento, a construção civil vai muito bem, dando respostas rápidas com geração de empregos e renda. Todavia, também somos
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os primeiros a apresentar sinais de encolhimento quando a economia apresenta sintomas de fragilidade. Apesar dessa constatação, não podemos esmorecer; ao contrário, temos que transmitir aos colegas empreendedores sentimento
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de força e entusiasmo, motivando-os para o enfrentamento dos diversos desafios, pois nós, lideres empresariais, temos a missão institucional de, por meio de nossas entidades de classe, trabalhar pela construção de um ambiente favorável ao investimento privado.
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Essa responsabilidade, que visa a fomentar um processo de desenvolvimento sustentável, compreende uma série de ações articuladas com os diversos agentes públicos e privados. Todo esforço envolvendo a participação de empresários e gestores públicos objetiva energizar os nossos companheiros com otimismo e disposição para enfrentar os desafios que nos são impostos a todo instante. Em nosso Estado, vemos o incansável trabalho desenvolvido pelas federações empresariais e seus vários sindicatos patronais na busca disto que nós chamamos de ambiente favorável. Cada uma, em sua área de atuação, procura viabilizar condições para a sustentabilidade de suas empresas associadas. O Sistema Findes, por exemplo, tem tido um papel importante, com ações voltadas para educação profissional, saúde e segurança dos trabalhadores. Mas destaco como extremamente relevante o processo de interiorização da economia como importante vetor de desenvolvimento regional. Está provado que a interiorização da economia se faz necessariamente com a implantação de indústrias e, em seguida, chegam comércio e serviços, e o desenvolvimento urbano se estabelece, com geração de empregos, renda e qualidade de vida. Não se forma um núcleo urbano sem uma economia sustentável, onde não haja emprego, renda e consumidor. A indústria promove isso, gerando imediatamente, a partir de sua atividade de produção, empregos e renda. Daí vem a necessidade de moradia, de serviços de educação, comércio, enfim, tudo o que demanda um novo núcleo urbano. Essa avaliação de conjuntura está sempre presente em nossas preocupações. Procuramos, através das ações que envolvem treinamento, capacitação, captação de investimentos e políticas públicas adequadas, desenvolver nossas empresas e empresários, tornando o nosso mercado competente e competitivo diante das adversidades de uma economia cada vez mais globalizada.
“O setor da construção civil é considerado o motor da economia, pois está envolvido em praticamente todos os projetos em desenvolvimento”
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artigo | INDÚSTRIA
Economia desacelera, indústria também
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odos os segmentos que compõem o Produto Interno Bruto (PIB) – comércio, serviços, indústria – estão pessimistas com a performance da economia, com exceção do complexo agropecuário, que esboça um excelente preparo físico. No final de 2013, quando o PIB atingiu 2,3% e depois foi corrigido para 2,5%, os analistas estavam projetando um ano de 2014 um pouco pior, em função de juros elevados (Selic), alta taxa de inflação, defasagem do câmbio, infraestrutura patinando e não realização de investimentos. As projeções mostravam uma mediana do mercado, em janeiro, em 1,99%. À medida que o ano foi avançando, o mercado não sentiu ações fortes do governo central para impulsionar a economia. Os resultados de uma estratégia equivocada do Governo Federal, em 2012, no sentido de privilegiar o consumo, em vez de privilegiar o investimento, impactaram em alta inflação e juros Selic com tendência crescente. As medidas anticíclicas, como Plano Brasil Maior, PAC Mobilidade, PAC Equipamentos e outros planos, produziram grandes déficits fiscais, em função das desonerações e renúncias fiscais que o Governo proporcionou. O mercado interno tornou-se fortemente comprador, mas os preços subiram, a inflação cresceu, o Banco Central aumentou a taxa José A. Martins de juros para combater a inflação, famílias é vice-presidente de Relações se endividaram pelas facilidades dos créditos Institucionais da abundantes, surgiu aumento de inadimplência Marcopolo S/A e, com isso, houve a reviravolta: os bancos passaram a restringir fortemente as linhas de crédito, a economia foi esfriando, o consumo reduzindo-se, a indústria encolheu, e os segmentos de construção, serviços e comércio também foram atingidos. Veio então a queda de confiança dos empresários na economia, conforme quadro do Insper: Quando cai o Índice de Confiança dos empresários, os investimentos começam a não se efetivar e, sem investimentos, o PIB vai minguando. Isso, em linhas gerais, foi o que aconteceu e é o que estamos sentindo. O quadro intitulado “Pessimismo” mostra como a expectativa do PIB despencou:
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A indústria foi talvez o segmento mais afetado. Mês a mês vem caindo, mostrando uma queda de 1,4% em junho, com relação a maio, e uma retração no ano de 2,6%. Em 2014, todos os componentes da produção industrial, como sendo bens de capital (-8,3%), bens intermediários (-2,2%), bens de consumo duráveis (-8,6%) e insumos típicos da construção civil (-5,2%), estão mostrando índices negativos de
Índice de Confiança em pontos Da indústria Da construção 122 120 119 100
Do setor de serviços Do comércio 124
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IC - PMN (Índice de Confiança - Pequenas e Médias Empresas)
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Pessimismo 2,0
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performance, com exceção de bens de consumo não duráveis, que mostram ainda um pequeno crescimento, de +0,3%. O Governo Federal, visando a recompor essa situação preocupante, lançou um plano de grande alcance, intitulado “Medidas de Política Industrial” cujas premissas são: Objetivos: • Fortalecer a indústria no novo ciclo de desenvolvimento econômico; • Estimular aumentos de produtividade e da competitividade; • Promover a inovação e a mordernização; • Aumentar a inserção da indútria brasileira nos mercados externos; • Garantir emprego e renda aos trabalhadores na indútria. Medidas tributárias: • Desoneração da folha de pagamentos; • Desoneração tributárias; • Reintegra permanente; • Refis remodelado. anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Essas ações deverão recompor a trajetória descendente da economia, porém seus resultados não são de curto prazo. Mas já se sente que a inflação vem cedendo e deve fechar o ano na meta. Investimentos pesados em infraestrutura estão sendo realizados, as concessões de estradas, ferrovias, aeroportos, portos, etc, estão avançando, porém a expectativa é que tudo isso só comece a gerar resultados a partir do final de 2015 e em 2016, não antes. Nosso pensamento é que o Governo Federal agora encontrou o caminho certo, e o futuro vai mostrar o efeito dessas medidas amplas, que impactarão positivamente o PIB, não ainda em 2015, mas de 2016 em diante. A essa altura, é preciso varrer o pessimismo e continuar investindo, através de inovação e produtividade, para poder tornar nossas empresas mais competitivas. O otimismo eufórico pode destruir, porém o pessimismo excessivo apaga as grandes oportunidades que exatamente surgem quando o mercado está em crise. Não se esqueça de que, apesar de tudo, o Brasil ainda ostenta o grau de investimento concedido pelas agências de rating (Standard & Poor’s, Moody’s e Fitch) e mostra fundamentos macroeconômicos absolutamente sólidos e confiáveis. Neste exato momento, é preciso lembrar o sábio pensamento de Fernando Pessoa: “Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos”.
“Quando cai o Índice de Confiança dos empresários, os investimentos começam a não se efetivar e, sem investimentos, o PIB vai minguando”
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artigo | economia
Desafios do Brasil na economia global
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principal desafio para o Brasil, bem como para grande parte dos mercados emergentes, é relançar suas estratégias de crescimento, dando uma ênfase menor ao capitalismo de Estado e mais espaço ao setor privado. O caso dos BRICS ilustra bem esse ponto. O empreendedorismo está relacionado ao tipo de estratégia econômica que cada um desses países vem adotando nos últimos anos. Na China, isso significou especialmente empresas exportadoras e uma obsessão na conquista de mercados externos. Na Rússia, a aposta tem sido na ideia de que a fase de economia em transição que o país atravessa levará a uma orientação para setores intensivos em tecnologia. A Rússia tem os melhores padrões educacionais e o maior contingente de cientistas como percentual da população dentre todos os BRICS. Na Índia, a ênfase é na verticalização da especialização naqueles setores em que os indianos dispõem de vantagens competitivas, como nas indústrias de TI, farmacêuticos e têxteis. Já o empreendedorismo brasileiro está muito marcado pela presença maciça do Governo na economia. O Brasil tem uma “substituição de importações 2.0” e é uma das economias mais fechadas do mundo. Isso é um importante dilema para o país. O grande empregador é o Governo, em seus vários níveis administrativos. Combatemos o mal presente do desemMarcos Troyjo prego com a hipertrofia dos quadros estatais, é economista e com a carga tributária desproporcional às cientista político contrapartidas de serviços básicos. Com juros ainda muito altos. O Brasil precisa urgentemente mudar seu padrão de crescimento. Os principais desafios nacionais vão para muito além de sediar megaeventos esportivos, como a Copa do Mundo ou a Olimpíada. Nossa percepção do ponto de vista externo está muito relacionada ao ambiente de negócios, que continua muito cartorial, permeado por despachantes, atravessadores e hiper-regulações absolutamente desnecessárias à geração de prosperidade. O Brasil também precisa internacionalizar-se mais. Estar mais “vertebrado” à economia global. E, nisso, o papel a ser desempenhado
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pelo Estado é central. É dizer, o Governo é parte da solução e parte do problema. A opção pelo mercado interno por parte do Brasil tem sido cantada em prosa e verso como a grande
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responsável pela maneira quase incólume como o país passou pela crise deflagrada em setembro de 2008. Isso levou alguns a concluírem que é um erro a internacionalização da economia brasileira.
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Que não importa a pequena ênfase que o Brasil confere à conquista de mercados externos. Ora, nada mais errado. A China também atravessou a crise de cabeça erguida e ostenta 60% de seu PIB relacionados ao comércio exterior. Muitos acreditam que a baixa participação do Brasil no comércio mundial (pouco mais de 1% de tudo que se compra e vende no mundo) e do comércio exterior no Brasil (em torno de cerca de 20% do PIB) é fruto do protecionismo dos países mais ricos. No entanto, há questões prévias, ainda mais importantes que o resultado dessas negociações. Por exemplo: o Brasil quer fazer do comércio exterior sua principal via de inserção na economia global? Será que desejamos que o comércio exterior se torne nossa ferramenta privilegiada para a construção de poupança nacional e de recursos para investir? Temos, portanto, que substituir noções simplistas, como a ideia de que “o mercado mundial pode ser interessante para o Brasil se barreiras protecionistas forem eliminadas”, por questões como “qual nossa estratégia de promoção comercial, mesmo num mundo protecionista?” Sabemos que dois dos mais importantes vetores destes novos tempos são os mega-acordos comerciais e as redes globais de produção. O Brasil tem de enveredar por esse caminho. As lições da história econômica das últimas décadas ensinam claramente que aqueles países que buscaram a internacionalização tiveram mais êxito do que os atrelados dogmaticamente a seu mercado interno. Cabe ao Brasil aprender essa lição. Portanto, para o próximo presidente, além das reformas trabalhista, previdenciária e tributária, há um “quarteto” de prioridades: a facilitação da legislação interna para abertura de empresas de vocação exportadora; a ênfase nos aspectos logísticos de projetos a serem contemplados pelas PPPs (parcerias público-privadas); a formação de recursos humanos especializados, no âmbito do setor privado, para a promoção comercial no exterior e a atração de IEDs (investimentos estrangeiros diretos); e o fortalecimento da presença das micro
“Combatemos o mal presente do desemprego com a hipertrofia dos quadros estatais, com a carga tributária desproporcional às contrapartidas de serviços básicos”
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artigo | economia
e pequenas empresas mediante consórcios exportadores. Eis os passos essenciais para o fortalecimento do status econômico do Brasil. Os desafios são, assim, de uma dupla natureza. Em primeiro plano, a gestão cotidiana, e todo o cuidado com um período em que, a partir de 2015, ocorrerão ajustes e potencialmente o início de reformas. Ajustes em preços praticados por estatais, acomodação para baixo do preço dos ativos imobiliários e, eventualmente, um papel mais retraído do Governo na
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formação da demanda. Além disso, há todo o imperativo das reformas trabalhista, fiscal e de facilitação dos negócios, que têm de deslanchar não importa quem seja eleito em outubro. Já num nível mais amplo está se delineando um quadro mundial que chamo de “reglobalização”. Esse panorama será marcado pelo fortalecimento e expansão das redes globais de produção e pela continuada expansão econômica da China, não apenas em termos geográficos, mas também no que diz respeito a bens de alto valor agregado. Há também, infelizmente, uma espécie de “volta da geopolítica”. O que tem acontecido no âmbito da tensão Rússia-Ucrânia, ou mesmo na disputa de fronteiras marítimas entre Japão e China, afeta a todos globalmente. Por fim, vamos continuar a ver a emergência de uma “nova era do talento”, em que o capital humano será valorizado em níveis sem precedentes.
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artigo | Gestão e Espiritualidade
Espiritualidade: a alma dos negócios
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empre acreditei que ser espiritual é ser definitivo. E que, em termos de empresas, ser espiritual é ser lucrativo! Nunca me enganei. Desde 1989, quando ainda era um especialista em informática, propagava a necessidade de se considerar um componente espiritual nas gestões, para que se tornassem plenas. Senti muita pressão contrária, porque o mundo sempre foi eminentemente econômico, o que pouco ou nada oferecia de perspectiva a qualquer novo olhar que ousasse propor inovação ao universo gestor, que não dissesse respeito diretamente ao lucro. E, no espiritual, o lucro é indireto. E nunca menos! Mas os embates foram grandes. Em fóruns abertos, como o que estive em São Paulo nos anos 1980, promovido pelo Instituto de Direito das Empresas e do Trabalho (Idet), cheguei a ter sarcasmo velado e até mesmo explícito escárnio por parte de executivos na plateia. Hoje, com os sinais dos tempos mais claramente anunciados e também diante do incômodo entrave à expansão do capitalismo, não tenho dado conta da quantidade de convites para abordar esse tema em palestras magnas de eventos que variam da logística às finanças; da tecnologia à ciência. Outra coisa: redescobriu-se no século 21 que o ser humano é o principal ativo de qualquer organização. Por ter razão, emoção e uma alma que harmoniza tudo isso, não tardou para se constatar que Sidemberg a dimensão espiritual pode ter influência direta no Rodrigues comportamento e, por conseguinte, no entusiasmo, é presidente do na produtividade individual e na excelência coletiva. Conselho Temático de Pronto! Chancelada como algo favorável ao lucro, Responsabilidade Social só mesmo quem deseja retrocesso ou falência pode da Findes e gerente ignorar que a união entre gestão e espiritualidade de Comunicação e Relações Institucionais da é a alma do negócio hoje em dia. ArcelorMittal Tubarão Como isso pode ser feito? Por meio da comunicação. Um bom começo pode ser incluindo a espiritualidade dentro do escopo do conceito de sustentabilidade, como algumas empresas e cursos de MBA e mestrado já estão fazendo. Independentemente da forma como se deseja implementar, requer a difusão de um ideal através de estratégias que devem levar em conta a estrutura comunicacional e a natureza da empresa, de modo a se obter efetividade no estímulo contínuo de comportamentos e atitudes mais sensíveis e complementares. Qual o resultado? A inspiração das pessoas! A palavra “espiritual” traz Deus embutido em sua semântica. Gestores e empregados têm suas
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visões expandidas em uma perspectiva telescópica, que os faz ir mais longe, porque isso renova suas convicções e os encoraja a traçar metas grandiosas em suas vidas e no trabalho. Daí, muito mais entusiasmo e segurança relacional. Parcerias sublimam-se em alianças. A esperança que decorre de uma base composta de confiança e suavidade nas relações frutifica na vontade altruísta de se construir pontes, em vez de muros. Tanto em nível pessoal quanto profissional. Os empregados passam a ver novos horizontes nas oportunidades, porque se descobrem complementares em uma rede de possibilidades, onde cada membro se sente individualmente participante de uma anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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“Os empregados passam a ver novos horizontes nas oportunidades, porque se descobrem complementares em uma rede de possibilidades, onde cada membro se sente individualmente participante de uma fraternidade institucional e universal”
fraternidade institucional e universal. O senso de pertencimento à empresa coloca a imaginação a serviço da inovação. As equipes não concorrem, mas cooperam. O bom ambiente, teleguiado pela força invisível do bem e do pensamento positivo, acolhe a saúde organizacional; favorece menos acidentes, porque se terá consciência sistêmica e foco regulando a atenção; além de fazer predominar o que falta hoje, tanto às empresas quanto à vida de tantos: a satisfação. O espiritual é a maximização do sentido, que faz ocupações transformarem-se em missões; faz o senso de propriedade transmutar-se em senso de finalidade, ampliando o espectro de prazeres na grandiosidade existencial. É a força consanuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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trutiva e transversal que equaliza parâmetros comportamentais, processuais, tecnológicos, sistêmicos e atitudinais, modulando o conjunto na sintonia do equilíbrio. Complexo, porque depende de todos e de cada um. Imprescindível, porque os sinais estão óbvios. Possível, porque é tão filosófico quanto pragmático. Visivelmente considerada como prioridade por aqueles que já perceberam que a competitividade foi diluída na complementaridade. Na nova ordem anunciada, só cabem ideais fraternais, amorosos, colaborativos e o que mais inspirar o pensar coletivo, independentemente da forma de gestão. No mais, deve ser espiritual o que se pretender lucrativo. E definitivo! 25
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artigo | logística e infraestrutura
O gargalo que impede nosso crescimento econômico
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ntende-se por infraestrutura todo um conjunto de facilidades que serve de base para o desenvolvimento e o crescimento do país. Dessa maneira, podemos pensar nos sistemas de educação, saúde, moradia, abastecimento de água, fornecimento de energia elétrica e também na logística, incluindo o transporte, em todas as suas formas (rodoviário, ferroviário, aéreo, portos e hidrovias, e ainda, ampliando o conceito, incluir a mobilidade urbana). Uma infraestrutura deficiente carece de ações e investimentos, que podem ser do Governo, mas não se restringem a ele – que, no entanto, precisa promover o ambiente adequado e legal para a participação da iniciativa privada. A Confederação Nacional do Transporte (CNT) elaborou um detalhado estudo sobre as condições do transporte e da logística de todo o país, divulgando o Plano CNT de Transporte e Logística 2014, que tem por objetivo orientar, tanto o Governo quanto a iniciativa privada, sobre as ações e os investimentos que devem ser feitos, considerando que o setor foi esquecido por décadas. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, entre 148 países o Brasil ocupa a posição 114 em qualidade de infraestrutura, 120 em qualidade de estradas, 103 em ferrovias, 131 em portos e 123 no aéreo. Precisa dizer mais? Estradas insuficientes e deficientes, a maioria não pavimentada, com manutenção precária, portos carentes de investimentos em dragagem e acessos, apenas para citar alguns dos muitos Waldemar Rocha Junior problemas, aliados à burocracia e carga tributária, incluindo os encargos trabalhistas, coné presidente da Federação Nacional das tribuem para elevar o custo de bens e serviços Agências de Navegação que, no final, acabam nas prateleiras dos superMarítima (Fenamar) mercados, nos balcões das lojas e pousam nas nossas mesas, depois de corroer nosso bolso. Vitória, nossa querida capital, já sofre o reflexo do elevado número de veículos que circulam em suas ruas, que são as mesmas, com poucas mudanças nos últimos 20 anos, fruto de uma política equivocada que privilegia o carro, esquecendo-se de um transporte público de qualidade para ser usado por todas as classes econômicas. Parece que nos acostumamos (ou acomodamos?) ao trânsito caótico nas pontes que dão acesso da ilha ao continente, tanto Cariacica quanto Vila Velha, e também
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na BR-101 e na Rodovia Norte-Sul, acessos para a região de Laranjeiras e bairros vizinhos, cuja população cresce a cada dia com os lançamentos imobiliários. Os bondes foram retirados das grandes cidades brasileiras porque desenvolviam apenas 20 km/hora. Algumas cidades brasileiras ainda os mantêm como atração turística apenas, não como transporte público regular, diferentemente de algumas capitais europeias, que usam os bondes (trams) como eficiente veículo de mobilidade urbana. E pensar que a velocidade média dos carros na Grande Vitória é
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de apenas 16 km/hora (é o que marca o painel do meu carro). Ainda mencionando o interessante Plano de Transporte e Logística da CNT, já citado neste texto, é estimado investimento mínimo de R$ 1,6 bilhão para melhorar a logística e o transporte no nosso Estado. O estudo mostra a necessidade de implantação do transporte aquaviário, melhorias nas vias urbanas, abertura do corredor expresso (BRT) e construção de terminais de passageiros. Para todo o Estado do Espírito Santo, o investimento mínimo previsto nesse estudo é de R$ 11,8 bilhões.
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E como tudo isso impacta a vida do cidadão comum? Não se trata apenas dos aborrecimentos, que não são poucos, num trânsito caótico, rodovias mal pavimentadas, e do atraso para se chegar a um compromisso. Rodovias em péssima conservação causam mais custos de manutenção de carros e caminhões, gastos de combustível e pneus, avarias e defeitos. Portos sem dragagem de aprofundamento e manutenção impedem os navios de trazer, ou levar, mais mercadorias, aumentando o valor dos fretes. Os países mais desenvolvidos investem na infraestrutura logística, sabedores de que a eficiência nesse setor é fundamental para o crescimento da economia como um todo, para a sensação de bem-estar dos seus moradores, para a redução dos preços de bens e serviços. As pessoas, na sua maioria, identificam essas deficiências quando frequentam rodoviárias e aeroportos, pelos serviços prestados aquém do desejado. Percebem também pelo balanço dos ônibus nas estradas, pelas horas paradas no trânsito no trajeto casa-trabalho-escola, ou quando querem realizar uma simples viagem de Vitória a Salvador, e poucas são as opções de voos diretos, tendo que fazer escala em São Paulo, Brasília ou outra capital. No entanto, esses mesmos cidadãos não sabem qual a parcela disso no pão que compram para o café da manhã, nas compras do supermercado, ou nos serviços prestados pelas companhias telefônicas e provedores de internet (comunicação e tecnologia da informação também são partes importantes da infraestrutura). Finalmente, gostaria de compartilhar que são muitos os fóruns de debates, painéis, seminários e simpósios que acontecem por todo o país, não sendo novidade o que se discute sobre infraestrutura. É uma doença de diagnóstico conhecido. O remédio também! Está na hora, ou já passou, de se tratar esse assunto com a seriedade merecida; de os investimentos serem, de fato, aplicados, pelo poder público naquilo que lhe compete, ou pela iniciativa privada. Mãos à obra.
“Rodovias em péssima conservação causam mais custos de manutenção de carros e caminhões, gastos de combustível e pneus, avarias e defeitos”
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artigo | justiça e desenvolvimento
A rotina do atraso
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odo mundo fala de progresso, mas ninguém sai da rotina”. Essa frase, atribuída ao jornalista francês Émile de Girardin, bem que poderia ser aplicada ao Brasil que estamos deixando para as gerações seguintes. Nunca se falou tanto em progresso, desenvolvimento e modernidade – e paradoxalmente nunca se viu tamanha inércia, omissão e fatalismo. Começo pelo sistema tributário. Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), possuímos o sistema mais complexo do mundo, com 62 tributos. Para disciplinar a cobrança deles foram editadas, nos últimos 16 anos, 127.338 normas federais, 813.735 estaduais e 2.374.874 municipais. Calculou-se que aqui no Brasil uma norma tributária é editada a cada 40 minutos, em média. Toda esta rotina burocrática causa grandes prejuízos para o nosso país. Nossas empresas, por exemplo, gastam em média 2.600 horas por ano só para gerenciar o pagamento de impostos, contra apenas 332 horas da média dos demais países. A burocracia tributária – e só ela – consome 1,7% da receita das empresas que atuam no Brasil, e o próprio Governo gasta 1,3% de tudo que arrecada apenas para manter sua gigantesca estrutura de cobrança e fiscalização – contra apenas 0,4% dos Estados Unidos, 0,3% do Japão e Pedro Valls 0,1% da Noruega. Feu Rosa Esses números indicam, e de forma é desembargador clara, a necessidade urgente de se compado Tribunal de Justiça do Espírito tibilizar o nosso sistema tributário com os Santo (TJES) portais do século XXI. Porém, surpreendentemente, vítimas de uma rotina perversa, muitas vezes defendida por interesses cartoriais, vamos deixando isso para depois, e só ficamos falando do progresso. Há também o sistema legal como um todo. Calculou-se que a lentidão na aplicação das leis causa ao Brasil um prejuízo anual de US$ 100 bilhões. Constatou-se, em pesquisa realizada junto a 800 empresas, que se a eficiência do nosso sistema legal fosse elevada aos padrões dos países mais desenvolvidos, o volume de investimentos aumentaria 10,4%, a produção seria elevada em 13,7%, e a oferta de empregos seria 9,4% maior que a atual.
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Indo do macro ao micro, e só para fins de exemplo, cito a rotina do escrever cartas para si próprio, tão comum em nosso sistema judiciário. Imagine um juiz que esteja respondendo por dois juizados e que, despachando no primeiro deles, precisa de uma informação que esteja no segundo. Lá vai ele escrever uma carta para si próprio, solicitando que ele informe para ele mesmo alguma coisa. No dia seguinte, e já no outro juizado, esse juiz gentilmente deferirá o que ele havia pedido para si próprio, e ainda devolverá a carta dele para ele mesmo agradecendo a atenção dispensada e colocando-se à disposição dele para quando de si próprio ele precisar. Enquanto tudo isso acontece, de cada 100 crimes cometidos no nosso país, apenas dois resultam em condenação. Em São Paulo, 66% das vítimas de crimes não vão sequer anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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reclamar perante alguma autoridade – preferem buscar conforto psicológico em pensamentos do tipo “é assim mesmo, eu que dei bobeira”. Cito mais números: o crime “rouba” cerca de 10% do PIB brasileiro, e gastamos incríveis R$ 21 bilhões a cada ano apenas no atendimento das vítimas. No Rio de Janeiro o comércio gasta anualmente R$ 2,8 bilhões para se defender da violência. Achou muito? Os bancos gastam US$ 1 bilhão só nessa rubrica. Pois bem: como dinheiro não suporta desaforo, 52,2% das 1.642 empresas consultadas pelo Banco Mundial em recente pesquisa declararam cautela no que toca a investir no Brasil. Há, inclusive, o caso emblemático de uma grande fábrica de lâmpadas que empregava 2.000 brasileiros. Em função dos constantes anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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tiroteios na região, o primeiro passo foi reduzir o número de funcionários – 1.000 brasileiros perderam o emprego. O segundo passo foi fechar a unidade de produção. Em resumo: isso tudo gera desemprego e atrasa o desenvolvimento. Diante destes dados salta aos olhos a necessidade urgente de racionalizarmos nosso sistema legal, compatibilizando-o com este início de milênio. Mas que nada! Ressalvadas pequenas alterações pontuais, conseguidas à custa de incontáveis horas de debates e discussões, vamos tocando nossa rotina modorrenta, fruto de um imobilismo ampliado por alguns poucos interesses corporativos. Renunciamos à ordem e ficamos apenas sonhando com o progresso. E que dizer do nosso sistema político/eleitoral? No total, 43% dos eleitores brasileiros dizem ter conhecimento de compra de votos. Nas eleições de 2006, 8 milhões de compatriotas nossos confessaram a um instituto de pesquisa terem se vendido a troco de uma merreca qualquer. Enquanto isso, a Controladoria-Geral da União identificou irregularidades em praticamente 90% dos municípios brasileiros, e calculou-se que a bandalha traga anualmente R$ 26 bilhões do nosso país. A situação chegou a um ponto tal que precisamos de uma lei para banir da vida pública pessoas processadas criminalmente. Aos resultados disso: após pesquisa realizada em 18 países da América Latina, a ONU constatou que o Brasil ficou em 15º lugar quanto ao nível de adesão da população à democracia. Isso é sério. Muito sério. Seria de se esperar, também aqui, que a gravidade desse quadro impulsionasse mudanças verdadeiras – porém, exauridas as boas intenções, teme-se que estas acabem sucumbindo ao imobilismo apascentado por alguns interesses paroquiais. Não sei por qual motivo, mas subitamente lembrei-me de um pensamento de José Martí: “O maior inimigo do progresso é o hábito”...
“A burocracia tributária – e só ela – consome 1,7% da receita das empresas que atuam no Brasil, e o próprio Governo gasta 1,3% de tudo que arrecada apenas para manter sua gigantesca estrutura de cobrança e fiscalização”
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artigo | EDUCAÇÃO
Fortalecer a educação profissional é fortalecer o Brasil
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ano de 2014 pode ser considerado um marco importante para a educação profissional no Brasil. É o ano em que se consolidou o principal programa de Estado para fortalecer o acesso ao ensino técnico (com 8 milhões de matrículas) e em que o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), a maior instituição de formação profissional do país, alcançou a marca de 4 milhões de matrículas anuais. Não há mais dúvida de que o Brasil compreendeu que preparar melhor seus cidadãos e suas cidadãs para o mundo do trabalho é um dos caminhos para crescer, tanto do ponto de vista econômico, quanto do social. Empresas com profissionais mais bem preparados ganham em capacidade de inovar e agregar valor a seus produtos. Dessa forma, melhoram seu desempenho na disputa com outros mercados e, mais fortes, conseguem oferecer empregos de melhor qualidade. Na perspectiva dos trabalhadores, a educação profissional é uma oportunidade de alinhar sua formação às necessidades do setor produtivo. É por isso que ela facilita o ingresso de forma mais rápida e qualificada no mercado de trabalho. Tal característica faz do ensino técnico um importante caminho para os jovens. Conquistar um emprego e manter-se Rafael Lucchesi empregado é, em média, três vezes mais difícil é diretor de Educação para os jovens do que para a população adulta. e Tecnologia da Dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) Confederação Nacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estada Indústria (CNI) tística (IBGE) mostram que a taxa de desoe diretor-geral do cupação é três vezes maior entre quem tem Serviço Nacional de Aprendizagem de 18 a 24 anos do que entre quem já passou Industrial (Senai) dos 25. Uma realidade diferente da vivenciada por quem opta pela educação profissional. Estudos realizados pelo Senai mostram que, em média, 70% dos que concluem o curso técnico de nível médio nas escolas da instituição conseguem emprego no primeiro ano depois de formados. A maioria deles se ocupa em áreas relacionadas à de seu estudo, e sua renda média supera os dois salários mínimos e meio. Esses resultados não acontecem por acaso. Especialistas em mercado de trabalho defendem que a educação é o requisito mais importante
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para a determinação da renda do trabalho. Ou seja: melhores condições de trabalho, dentro da formalidade, e mais bem remuneradas estão relacionadas a mais anos de estudo e melhor qualificação. As nações que detêm alto conhecimento tecnológico já perceberam isso. Dados da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) apontam que, entre os países mais industrializados, 35% dos jovens optam pela educação profissional. Na Finlândia, esse percentual chega a 50% e, na França, a 58%. A educação tem um papel decisivo no crescimento econômico. Os índices educacionais pesam cada vez mais na avaliação do grau de desenvolvimento das nações. Mas é preciso apostar em um modelo de educação que favoreça o desenvolvimento econômico e social, que atenda às necessidades de crescimento do país. O modelo educacional do Brasil até hoje se distanciou daqueles adotados pelas grandes potências do mundo exatamente por estar
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Foto: Agência FIEP
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muito centrado na educação regular, em vez de no ensino profissional. No índice citado acima, o Brasil não chega aos 10% dos jovens. Já estamos no caminho de corrigir essa distorção. O que conseguimos em 2014 em relação ao preenchimento de vagas no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e nas instituições de formação profissional mostra que não podemos mais recuar. Os estudantes, os trabalhadores e o setor produtivo brasileiros estavam sedentos por qualificação profissional. É nesse ambiente que conseguiremos entrar em um círculo virtuoso: profissionais mais qualificados propiciam aumento na produtividade, e empresas mais produtivas geram empregos de melhor qualidade.
“A educação tem um papel decisivo no crescimento econômico. Os índices educacionais pesam cada vez mais na avaliação do grau de desenvolvimento das nações”
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artigo | política e cidadania
O futuro passa pela educação
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om os dois pés bem plantados no presente, meu olhar é para o horizonte. Como a maioria dos capixabas, tenho fé em nossas capacidades e potencialidades e acredito plenamente no trabalho como motor das transformações que precisamos fazer para garantir uma vida digna para as atuais e próximas gerações de capixabas. Tenho plena consciência dos entraves e dificuldades atuais ao nosso desenvolvimento. Mas reafirmo minha absoluta convicção de que o Espírito Santo tem muitas potencialidades. Potenciais que, se bem trabalhados e corretamente utilizados, podem gerar oportunidades para melhorar a vida do nosso povo e levar prosperidade a cada cantinho das terras capixabas. Essa janela de oportunidades ocorre principalmente em razão do negócio do petróleo e gás. Uma oportunidade que devemos aproveitar com sabedoria e visão estratégica, pois, para chegarmos até aqui, foram séculos de obstáculos e desafios internos e externos à nossa fronteira. Num primeiro momento de nossa história de ocupação colonial europeia, os principais dínamos do desenvolvimento foram os jesuítas. Com sua empreitada religiosa de catequização, eles ergueram os mais importantes polos de crescimento da colônia. Com sua expulsão, em 1759, o Espírito Santo vê desaparecer por Paulo Hartung decreto uma das principais forças de seu desené economista, volvimento. Também por decreto se vê impedido ex-governador e de ocupar a totalidade de seu território, tendo em governador eleito do vista a proteção das riquezas de Minas Gerais. Estado do Espírito Santo 2015-2018 O longo período de desterro, em que fomos governados por “estrangeiros” à capitania/província, só começará a ser efetivamente vencido com as políticas imigrantistas do Império Brasileiro. Em 1847 se instala a primeira colônia imperial no Estado, em Santa Isabel. Essa ocupação, que se estende ao longo da segunda metade do século XIX, incrementa a produção cafeeira, que sustentará por quase um século a economia capixaba. Isso, apesar dos projetos de industrialização pensados ou iniciados na virada do século XIX para o XX, tendo como protagonistas Muniz Freire e Jerônimo Monteiro. Em meados do século XX, “os frágeis ramos dos cafezais”, nas palavras do ex-governador
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Jones dos Santos Neves, já não podiam mais sustentar o sistema produtivo capixaba. O colapso da economia de base cafeeira, com a erradicação de milhões de pés de café, empurra o Espírito Santo à era dos grandes projetos industriais, num exercício nacional de conexão da economia brasileira com o planeta. Em certa medida, estivemos na vanguarda de inserção do país no cenário global de negócios. Portos e logística, agroindústria de base fabril-exportadora, urbanização acelerada – esses foram os pilares da industrialização tardia em terras capixabas. Se essa decisão político-econômica foi capaz de nos inserir no cenário planetário da produção e do comércio, dando-nos
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fôlego para a afirmação de uma identidade econômica em nível nacional e internacional, ela também foi responsável por um desarranjo socioeconômico nas terras capixabas. Experimentamos um modelo de desenvolvimento geograficamente concentrado, gerador de êxodo rural, sem as devidas retaguardas de políticas sociais e urbanas. Muitas das questões que hoje enfrentamos, inclusive algumas daquelas que oferecem desafios ao desenvolvimento atual, resultam de um modelo de crescimento marcado por lacunas de planejamento e ação em áreas estratégicas. Daí a formulação e a implementação, a partir de 2003, de um novo modelo de desenvolvimento para o Espírito Santo. Fundado na
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confiabilidade e estabilidade político-institucional, e mobilizado pelo negócio do petróleo e gás, o terceiro ciclo de nossa economia foi inaugurado buscando-se desconcentrar o desenvolvimento, numa perspectiva socialmente inclusiva e ambientalmente sustentável. Ao planejarmos e implementarmos esse paradigma, visamos a um desenvolvimento capixaba que levasse prosperidade a todos os capixabas, sendo a educação o maior investimento nessa direção. E falando em educação, retomo a conversa sobre petróleo e gás iniciada nos primeiros parágrafos. E o faço de forma proposital, pois enxergo que o melhor que podemos fazer das oportunidades geradas por esse novo negócio é investir em educação.
“Queremos e devemos ampliar a nossa base produtiva, agregando-lhe competitividade com investimentos em infraestrutura socioeconômica”
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Como se sabe, o negócio do petróleo e gás é um oportunidade ímpar, mas ele não é solução pronta e acabada para nada. É preciso sabedoria para bem aplicar os recursos advindos de royalties e participações especiais. Os maus exemplos, as experiências de uso equivocado do dinheiro desse negócio, são fartos, aqui no Brasil e mundo afora, como se pode ver na Venezuela, na Líbia, na Arábia Saudita. O bom exemplo, que precisamos voltar a seguir, é o da Noruega, que sequer gasta tudo o que provém da indústria do petróleo e gás. Os noruegueses mantêm um fundo
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para garantir desenvolvimento sem o petróleo, já que se trata de uma riqueza finita, não renovável. Nunca foi e nem é o caso de copiar a Noruega. Mas é o caso de voltarmos a nos inspirar nesse bom exemplo, pois precisamos nos preparar para o pós-petróleo. E a agenda mais importante, do meu ponto de vista, é a formação de nossos jovens. A educação de qualidade, a formação de capital humano, a instrução para a inovação e a produção de tecnologia é que garantirão a sustentabilidade de um novo tempo em terras capixabas, sendo mesmo o fundamento da produtividade e da prosperidade. Queremos e devemos ampliar a nossa base produtiva, agregando-lhe competitividade com investimentos em infraestrutura socioeconômica. Mas também podemos e devemos nos tornar produtores e exportadores de saber e de conhecimento. Nesse sentido, a educação deve ser a base do projeto de desenvolvimento econômico capixaba, no presente e no futuro.
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artigo | Gerenciamento de Projetos
Planejamento estratégico e gerenciamento de projetos: pilar para o sucesso corporativo
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perenidade e o sucesso das organizações, sejam elas públicas ou privadas, dependem de muitos fatores. O diferencial competitivo pode surgir de ações como a realização de boas parcerias, o lançamento de novos produtos, a execução de um criativo plano de marketing, a otimização de processos ou o investimento em tecnologia da informação. Todas essas iniciativas (projetos), bem como muitas outras, podem ser geradoras de diferencial competitivo. Esses projetos têm dois fatores em comum: devem ter sido definidos a partir de um processo de planejamento estratégico; e precisam ser planejados e acompanhados, tanto durante sua execução, quanto na avaliação de sua efetividade. O processo de planejamento estratégico consiste em uma avaliação criteriosa, por parte da alta administração, de informações a respeito da organização e também do ambiente externo. Ou seja, devem ser avaliadas suas forças e fraquezas (condições internas), bem como as oportunidades ou ameaças (condições externas). Com base nessas avaliações (entre outras), pode-se desenhar qual futuro se deseja alcançar, definindo-se então objetivos estratégicos que serão perseguidos e que a Marcus levarão a esse futuro almejado. Gregório Um exemplo de ferramenta que permite a Serrano formulação e organização desses objetivos é é presidente o BSC (Balanced Scorecard), modelo proposto do PMI ES, em 1992 pelos professores Robert Kaplan e diretor-executivo David Norton, da Harvard Business School. da Macrogestão Consultoria e Ensino, Nele, os objetivos são definidos de acordo com consultor e professor quatro perspectivas: Aprendizado e Crescimento; Processos Internos; Cliente e Mercado; e Financeira. Ao se estabelecer objetivos de forma balanceada (daí o nome “balanced” do modelo), temos então uma visão daquilo que é necessário alcançar para garantir o sucesso. Uma vez definidos os objetivos, a organização se vê diante de um grande desafio: quais projetos devem ser executados para que se alcancem os objetivos estratégicos? Definir uma carteira de projetos alinhada aos objetivos é vital para que a organização concentre esforços naquilo que é estratégico e gera diferencial competitivo. Toda e qualquer empresa tem limitações (recursos humanos, financeiros, espaço físico, etc.) 40
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para executar suas atividades. Assim, precisa-se selecionar e priorizar as ações, visto que não será possível realizar “tudo ao mesmo tempo agora”. Porém, pesquisas têm comprovado que as organizações ainda possuem clara necessidade de aprimoramento dos processos de definição, seleção e priorização de projetos. O PMI – Project Management Institute, maior associação sem fins lucrativos do mundo para a profissão de gerenciamento de projetos, conduz uma iniciativa global chamada PMSURVEY.ORG. Trata-se de uma pesquisa anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Gráfico 1
Alinhamento entre estratégia e projetos
10% 9% 42%
39%
Estão sempre alinhados ao planejamento estratégico Nem sempre alinhados ao planejamento estratégico Não há alinhamento algum, pois o planejamento estratégico não é comunicado Não há alinhamento algum, pois o planejamento estratégico não existe Fonte: pmsurvey.org - 2013
anual, organizada voluntariamente pelos chapters (seções regionais) do PMI de diversos países. A pesquisa atual (2013) contou com 676 participantes, provenientes de Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, França, México, Estados Unidos e Uruguai, representando diversos segmento da economia, como tecnologia da informação, Governo, terceiro setor, educação, mineração, siderurgia, telecomunicações, petróleo e gás, dentre outros. Alguns dados permitem uma avaliação dos desafios atuais para a manutenção do anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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alinhamento entre a estratégia e os projetos. Conforme o gráfico 1, percebe-se que 19% das organizações não conseguem garantir alinhamento algum entre a estratégia definida e os projetos correntes, ora por não haver uma clara comunicação da estratégia, ora por não haver sequer planejamento estratégico. Por outro lado, 39% das organizações mantêm algum alinhamento, mas existem projetos sendo realizados que não contribuem para a estratégia. Apenas 42% indicam que sempre há alinhamento entre estratégia e projetos. Já o gráfico 2 acende um grave sinal de alerta de que as organizações precisam amadurecer seus processos para garantir que os projetos representem a visão estratégica. Quando se fala no nível de utilização de processos formais para seleção e priorização do portfólio (projetos que compõem a carteira da organização e que deveriam entregar tudo aquilo que representa a estratégia definida), 40% dos respondentes da pesquisa indicam não ter nenhum tipo de iniciativa para seleção e priorização, desvinculando assim os projetos da estratégia, gerando disputas e conflitos. Em sua 5ª Edição, o Guia PMBOK® (Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos, principal publicação do PMI), define projeto como “um esforço temporário
“Definir uma carteira de projetos alinhada aos objetivos é vital para que a organização concentre esforços naquilo que é estratégico e gera diferencial competitivo”
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artigo | Gerenciamento de Projetos empreendido para criar um produto, serviço ou resultado único.” Dessa forma, projetos são indutores de mudanças e são eles que traduzem a estratégia em ações e resultados reais. E como cumprem esse importante papel, devem ser gerenciados de forma eficiente, objetivando sempre ser concluídos no prazo definido, nos custos aprovados e atendendo a critérios de qualidade determinados. Porém, ressalta-se aqui a necessidade de não apenas “fazer certo os projetos”, mas sim de “fazer os projetos certos”! Concluindo, é imperativo que as organizações pautem-se em práticas sistematizadas e disciplinadas para garantir o alinhamento entre estratégia e projetos. Isso passa pela definição de critérios claros para a seleção e priorização de projetos, bem como pela disciplina ao usar os métodos propostos. Mudar as prioridades ao sabor de quaisquer ventos é um dos maiores erros que um executivo pode cometer ao gerenciar seu portfólio de projetos. Deve haver real compromisso com os métodos disponíveis, avaliando continuamente os benefícios gerados pelos projetos e seu apoio ao cumprimento da estratégia.
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Gráfico 2
Seleção e priorização de projetos
16% 40%
20%
24%
Não existe processo estruturado. Projetos não estão sempre conectados à estratégia e a priorização gera disputas Existe processo estruturado, com critérios claros e definidos, tanto para seleção quanto para priorização Existe um processo estruturado, com critérios claros e fefinidos, mas apenas para priorização Existe um processo estruturado, com critérios claros e definidos, mas apenas para seleção Fonte: pmsurvey.org - 2013
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artigo | indústria
Pessoas, um diferencial para o desenvolvimento industrial
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tualmente o fator humano é um grande diferencial das empresas para garantir a competitividade e a possibilidade de crescimento dos negócios. De fato, pessoas estão por trás do sucesso de empresas de todos os portes e de todos os setores. Se no setor de serviços o atendimento ao cliente evidencia claramente a importância de investir na qualificação e no bem-estar dos empregados, nas indústrias podemos ver que, ao investir no capital humano, estamos buscando também, além de qualificação e bem-estar, a inovação e a melhoria contínua dos processos. Afinal, máquinas não têm ideias, não resolvem problemas, não agarram e muito menos criam oportunidades. Somente pessoas proativas e motivadas podem fazer a diferença. Com o desenvolvimento e o aumento do acesso à tecnologia, o maquinário das indústrias tende a se igualar, fazendo com que empresas possam produzir com qualidade semelhante, competindo pelo mesmo mercado. É o modo como as pessoas trabalham e interagem nas atividades do dia a dia que pode fazer a diferença. O investimento em capital humano é um dos critérios – ao lado de instituições sólidas, infraestrutura, sofisticação do mercado e dos negócios – considerados fundamentais para a inovação em qualquer atividade. Com empresas e governos investindo nesses parâmetros, é possível transformar a educação, o conhecimento, a pesquisa e a criatividade em inovação, ampliando a competitividade Maurício Max do país no cenário mundial. é diretor de Sabemos hoje que as organizações constituem Pelotização da Vale o ambiente no qual as pessoas passam a maior parte de seu tempo realizando atividades em troca de algo. E apenas uma boa remuneração não é suficiente para reter e motivar os empregados ou atrair mão de obra qualificada. É necessário um ambiente onde as pessoas se comprometam de fato com os resultados, que tenham real sentimento de “dono” em relação às atividades que exercem. Para isso, é preciso oferecer oportunidades de qualificação profissional, promover atitudes para um ambiente saudável e seguro, reconhecer bons desempenhos e promover desafios suficientes para gerar oportunidades de crescimento e realização profissional e pessoal.
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O ambiente de trabalho deve ser cada vez mais atrativo. Na Vale, temos empreendido esforços nessa transformação aplicando ações dos sistemas de gestão de Saúde e Segurança e de Meio Ambiente, do Programa Vale de Qualidade de Vida, revitalizando os espaços físicos com o Vale em Cores, apoiando iniciativas de trabalho voluntário e incrementando diálogos sociais com públicos externos e o nível de visitação à nossa área operacional, entre outras. O Brasil tem um grande desafio rumo ao crescimento econômico sustentável e deve estimular e contar com a contribuição das empresas. Para suportar a nova condição econômica do país, recursos financeiros e tecnológicos não bastam. Investir em talentos passou a ser fator de competitividade para o desenvolvimento. É preciso desenvolver mais competências para obtermos mais produtividade. Nesse sentido a Vale tem implementado um robusto plano de carreiras e e sucessões. Nele, a partir da definição clara das responsabilidades e competências necessárias para cada cargo, é identificado o potencial de carreira no curto e médio prazos e traçado o perfil de competências de cada profissional, que é avaliado por gestores, clientes e colegas de trabalho,
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Foto: Agência Vale
“O investimento em capital humano é um dos critérios considerados fundamentais para a inovação em qualquer atividade” para, então, elaborar um plano de desenvolvimento individual. Países como China e Coreia, que obtiveram forte crescimento econômico e tecnológico nas últimas décadas, incluíram educação e formação profissional como itens estratégicos de desenvolvimento de longo prazo. E o empresariado tem uma contribuição importante para dar ao país em relação ao desenvolvimento profissional. Contribuição essa que terá efeitos diretos nos negócios de cada empresa que se dispuser a investir, e também um resultado mais amplo para o cenário econômico do país. O Senai tem exercido um papel importante no Espírito Santo e no Brasil no auxílio à formação profissional de acordo com o perfil demandado pela indústria, que, por sua vez, já foca há um longo tempo em programas para formação básica e técnica dos trabalhadores. Hoje vemos organizações voltadas para o futuro, preparando-se para garantir competitividade e crescimento no mercado por meio do investimento em seu capital humano. Por isso é tão importante a gestão de pessoas dentro das organizações, atuando em toda a estrutura, desde o nível de produção até a presidência, gerenciando os
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talentos, o conhecimento produzido no ambiente de trabalho e o capital humano disponível. As indústrias vêm acompanhando o movimento de reestruturação e flexibilização dos formatos organizacionais, incentivando seus líderes a assumirem novos papéis, com foco voltado não apenas para a gestão de processos, mas também para a construção de espaços de trabalho mais leves, democráticos, apoiadores, distributivos de poder e realizadores de objetivos mútuos. Uma maior aproximação entre a educação formal dos meios acadêmicos e do meio produtivo gera uma possibilidade maior de aceleração das transformações tão necessárias para o futuro do nosso país. O que está por trás de toda essa mudança é a necessidade de administrar as pessoas mais de perto. De aproximar todos os empregados da alta direção e do planejamento estratégico das empresas. De perceber as pessoas, permitindo que elas realmente trabalhem com o coração e com a inteligência, e não apenas com os músculos ou com os hábitos. Sobretudo, que participem da empresa não como recursos diretos de produção, mas como pessoas criativas, inteligentes, responsáveis, que podem dar contribuições proveitosas e necessárias ao sucesso empresarial.
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artigo | inovação
Inovação requer investimentos e ecossistema favorável
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novação é o que permite conquistar novos mercados, elevar a empregabilidade, o poder de compra e a qualidade de vida da sociedade. A capacidade de inovar é fundamental para as estratégias empresariais, a fim de alcançar lucros mais elevados, que se convertem em investimentos, crescimento econômico e mais oportunidades para o país. São muitas as transformações que reforçam esse papel. A internet e a globalização dos mercados permitem a rápida difusão do conhecimento, de tecnologias, de novos produtos e abrem as portas a pequenos empresários, novos empreendedores, inventores, cientistas, designers. Mais do que nunca, esses atores dispõem dos meios para inventar, divulgar e comercializar suas criações. A participação de todos faz-se fundamental para que práticas inovadoras ocorram cada vez em maior escala e de maneira sustentada. A experiência internacional demonstra que não há crescimento econômico sustentável sem o uso criativo do conhecimento orientado para novos produtos, serviços e processos. Isso reforça a necessidade de as empresas brasileiras intensificarem o desenvolvimento de seus núcleos de inovação. Nesse sentido, é preciso aumentar a inovação nos produtos e serviços, ampliar a produtividade e a inserção das pequenas e médias empresas nas exportações, fortalecer a proteção da propriedade intelectual e de leis comerciais, reduzir os custos de produção, ampliar acordos comerciais/acesso a mercados e aumentar a participação do país na rede de acordos internacionais de comércio, investimento e de tributação. Avançar nessa pauta é tarefa árdua. Entender e aplicar esses conceitos, atuar como facilitador Paulo Mól para criar ambientes favoráveis na empresa, é superintendente identificar oportunidades, priorizar ideias e projetos, do IEL Nacional localizar fontes de fomento e realizar o planejamento da inovação e sua inserção na gestão estratégica da organização são competências essenciais para as lideranças empresariais. A inovação deve perpassar toda a organização. A integração e o trabalho conjunto de áreas distintas são fundamentais para o sucesso de um sistema de gestão voltado a novos desenvolvimentos. Os líderes devem criar formas de estimular e capacitar os colaboradores na busca de soluções criativas e alternativas para que os profissionais possam contribuir e participar do processo. Tais ações proporcionam a melhoria do ambiente de trabalho e da produtividade.
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Para implementar a gestão da inovação numa organização de forma sistematizada – com resultados mensuráveis – é necessário definir uma estrutura organizacional, como ter clareza sobre as variáveis que afetam seu potencial inovador, identificar pontos fortes e necessidades de melhoria. Essa análise deve considerar o fluxo do processo decisório da empresa, o alinhamento e o posicionamento estratégicos em relação à inovação e às práticas de gestão utilizadas. Estabelecer a segmentação de mercado, anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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metas de crescimento e o papel da inovação como suporte à estratégia da empresa são questões-chave a serem contempladas. Uma vez implementado o planejamento, a utilização de indicadores para avaliar os resultados na empresa permitirá a análise do desempenho do processo e subsidiará a equipe de gestores na tomada de decisões embasadas em conhecimento da situação atual e tendências futuras. Inovar é um processo que exige abertura ao erro, desde que reforce o aprendizado. Fomentar um ecossistema na empresa que anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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permita o erro em função da busca de um diferencial competitivo requer mudanças no paradigma cultural dos empresários. Para contribuir com a inovação na indústria brasileira, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) coordena a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) – movimento que conta com o entusiasmo e protagonismo de mais de 100 lideranças empresariais e autoridades do Governo. Atualmente, a MEI é um exemplo bem-sucedido de diálogo privado-público por meio da construção conjunta de soluções para impulsionar a inovação e torná-la um tema permanente nas empresas brasileiras. Na MEI, as soluções em gestão da inovação são promovidas em conjunto com 26 Núcleos de Inovação dos Estados, que visam a incentivar as empresas a inovarem por meio de consultorias, capacitações, elaborações de planos de inovação e projetos para captação de recursos. Além disso, o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), oferece o Inova Talentos – programa criado para incentivar projetos inovadores e capacitar jovens talentos por meio de desafios empresariais. Trajetórias inovadoras trazem bons resultados, e isso é incontestável. Servem, por exemplo, para abrir ou consolidar mercados. A redução de custos, do consumo de matérias-primas ou de energia, diminuição de desperdícios e tempo de produção ou de setup de plantas industriais são resultados econômicos tangíveis. Ganhos em termos de sustentabilidade são relevantes, quer pelo compromisso de cada empresa com os desafios globais do meio ambiente, quer pela valorização que clientes ou sociedade em geral dão a este posicionamento. Inovar é uma questão de sobrevivência para as empresas que desejam se destacar no cenário econômico. Os brasileiros possuem grande potencial inovador por natureza. O desafio é fazer com que essas capacidades sejam absorvidas, organizadas e multiplicadas no mercado nacional e internacional de forma sistemática.
“Inovar é uma questão de sobrevivência para as empresas que desejam se destacar no cenário econômico”
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ABERTURA | CENÁRIO E PERsPECTIVAS
Estagnação da economia preocupa a indústria A instabilidade do mercado está se refletindo de modo negativo no índice de confiança dos empresários capixabas, o que prejudica os investimentos
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m meio a um cenário de alta da inflação e baixo crescimento, a economia vem encolhendo em 2014, caracterizando um quadro definido pelos economistas como recessão técnica. Para a classe empresarial,
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os primeiros sete meses do ano apresentaram muitas oscilações, emitindo sinais de cautela. No Brasil, a produção industrial acumula recuo de 2,8% de janeiro a julho, sendo que este último mês registrou anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Mesmo com a inércia da economia, a expectativa é de que o Estado feche o ano com desempenho acima da média nacional
uma pequena alta de 0,7% frente a junho, depois de cinco meses seguidos de retração. Na avaliação de especialistas, o resultado ainda não deve representar o início de uma tendência de recuperação para o setor. Já o segmento industrial capixaba, após sucessivas quedas durante o ano, em julho avançou 3,6% frente ao mês anterior, mas no acumulado do ano – de janeiro a julho – continuou assinalando redução (-0,2%) ante igual período de 2013. As principais contribuições negativas vieram das atividades de metalurgia básica (-10,1%), produtos alimentícios (-8,3%) anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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e indústria de transformação (-4,5%), enquanto o setor extrativo assinalou o impacto positivo mais relevante (+ 3,4%). O presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, estima que o setor produtivo vai ter um bom crescimento, alavancado pelas ampliações de plantas industriais já existentes e pelos projetos que serão implantados em várias regiões do Estado. “Acredito que vamos fechar o ano com um desempenho acima da média nacional e que esse crescimento vai continuar em 2015. As ampliações da 8ª Usina da Vale, 49
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Nove anos após o início das obras de ampliação e modernização do aeroporto de Vitória, o projeto não decolou, e o Governo Federal vai começar um novo processo da estaca zero
da 4ª Usina da Samarco, a reativação do alto-forno da ArcelorMittal e o início de operação da Bertolini (Itatiaia), do Estaleiro Jurong e da Weg Motores vão agregar muito à produção industrial do Estado”, afirmou. No segmento de rochas, as expectativas para o Espírito Santo eram de franco crescimento no início de 2014, mas uma retração no mercado externo a partir do segundo semestre levou o segmento a reavaliar as perspectivas. Além do mercado norte-americano, outros países também diminuíram a demanda pelas rochas capixabas.
“Acredito que o Espírito Santo vai fechar o ano com um desempenho acima da média nacional e que esse crescimento vai continuar em 2015” Marcos Guerra, presidente do Sistema Findes
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“Acredito que não vamos fechar o ano de 2014 com saldo negativo, mas devemos ter um retorno menor que em 2013”, avaliou o presidente do Sindirochas do Espírito Santo, Samuel Mendonça. Nos primeiros sete meses do ano, até julho, a atividade movimentou US$ 603 milhões, uma expansão de 4,16% em relação ao mesmo período do ano passado.
Cai a confiança dos empresários na economia A instabilidade do mercado já provoca expectativas negativas no meio empreendedor. No país, a confiança do empresário caiu 7,7 pontos em setembro, em comparação ao mesmo mês de 2013. A falta de confiança já perdura por seis meses seguidos, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Ante agosto de 2014, o índice ficou no mesmo nível. O levantamento mostra que a falta de confiança é generalizada em todos os portes de empresas e que a queda no índice é resultado da percepção de piora nas condições da economia e das empresas, o que compromete a atividade industrial e prejudica os investimentos. No Espírito Santo, apesar de o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) ter apresentado uma elevação de 5,4 pontos em setembro em relação ao mês anterior, a tendência tem sido de queda e, na comparação com setembro de 2013, cujo indicador era de 55,1 pontos, o Icei mostrou um recuo de 5,0 pontos, segundo o Instituto de anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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“O baixo crescimento da economia nacional, a inflação alta e o endividamento das famílias estão se refletindo de modo negativo no índice de confiança dos empresários capixabas” - Doria Porto, diretor-executivo do Ideies
Desenvolvimento Educacional e Industrial do ES (Ideies). Abaixo de 50 pontos, o índice representa falta de confiança no crescimento da economia, tanto em termos atuais como para os próximos seis meses. “O que elevou a confiança no mês de setembro foi a crença que o empresário está sentindo no seu próprio negócio, que é levada a produzir mais nessa época do ano para suprir o comércio, mas as expectativas em relação à economia e ao Estado continuam pessimistas para os próximos seis meses. O baixo crescimento da economia nacional, a inflação alta e o endividamento das famílias estão se
refletindo de modo negativo na confiança dos empresários”, destacou o diretor-executivo do Ideies, Doria Porto. O Produto Interno Bruto (PIB) nacional dá sinais de que vai ficar bem abaixo do que o inicialmente esperado. Segundo o relatório Focus, do Banco Central, em setembro os economistas reduziram a previsão para o crescimento da economia brasileira em 2014 para 0,29%, percentual menor ainda do que a estimativa anterior, de 0,30%, e bem abaixo do PIB de 2013, cujo avanço já foi tímido, de 2,3%. Ao longo do ano, essa foi a 18ª redução feita pelo BC nas projeções para o PIB de 2014. Os novos números já impactam as perspectivas para 2015, cuja estimativa caiu de 1,1% para 1,04%. As previsões do relatório para a produção da indústria nacional também não são animadoras: retração de 1,95% no ano e provável expansão de apenas 1,50% em 2015. Em contrapartida, no Espírito Santo o PIB estadual cresceu 1,1% de janeiro a junho em relação ao mesmo período de 2013, demonstrando uma recuperação da economia capixaba no primeiro semestre, segundo o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). O bom desempenho do segundo trimestre reverteu o comportamento negativo registrado no trimestre anterior.
Novos investimentos Apesar do cenário, o Espírito Santo tem uma carteira de projetos com investimentos previstos de R$ 113 bilhões até 2017, o que mostra a capacidade do Estado em atrair empreendimentos Foto: Divulgação
A implantação do Estaleiro Jurong em Aracruz, que está em fase final de construção e entrará em operação no final deste ano, vai consolidar o polo naval do Estado
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que dinamizam a economia, de acordo com o IJSN. Desse total, o setor de infraestrutura possui a maior participação, com 55,2% dos projetos (R$ 62,3 milhões). O destaque fica por conta do segmento energia (R$ 41,8 milhões), especialmente nas áreas de petróleo e gás. Em seguida, está a indústria, com 29,7%. Na área de petróleo e gás, há investimentos previstos para até 2020, com R$ 60 bilhões distribuídos em 90 projetos no setor energético, de acordo com informações do Governo do Estado. Entre as companhias que estarão à frente dos novos negócios encontram-se Imetame, Vipetro, Shell, Statoil (Noruega), Balmoral (Escócia), Petrobras e Prysmian. Mesmo com o cenário de retração na economia, na avaliação do secretário de Estado de Desenvolvimento, Nery De Rossi, o Espírito Santo continua competitivo para atrair novos investimentos. “Desafios sempre irão existir, mas contamos com regras claras e um ambiente institucional estável, além de os 28 municípios no norte do Estado estarem inseridos na região da Sudene e de sermos a ponte de ligação entre as regiões Sudeste e Nordeste, um mercado em ascensão, o que nos permite pensar na descentralização e na diversificação da economia”, afirma. “Além dos contratos de competitividade e dos incentivos do Invest-ES, que já atraiu 140 investimentos, superiores a R$ 11 bilhões, vários empreendimentos vão agregar valor econômico, atrair novas empresas e fortalecer as cadeias produtivas locais”, aposta Rossi. Ele cita o Estaleiro Jurong, de Aracruz, a fábrica de ônibus da Marcopolo e a indústria de móveis da Bertolini, já em fase final de instalação, além da Weg Motores, a Itatiaia e o Terminal de GLP da Petrobras, em Barra do Riacho, que já estão em operação. “Só o segmento de petróleo e gás garantirá ao Estado mais de 500 mil barris de óleo por dia nos próximos cinco anos. Além das bases consolidadas, estamos avançando para atividades complementares, como a indústria naval, o que coloca o Estado numa nova etapa de desenvolvimento”, conclui. O Sistema Findes tem atuado desde a prospecção dos novos empreendimentos até a articulação junto ao poder público, contribuindo para a diversificação do perfil da produção capixaba e para a consolidação de um novo ciclo industrial. Uma das metas agora é incentivar a indústria anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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“Já temos bases consolidadas e estamos avançando para atividades complementares, como a indústria naval, o que coloca o Estado numa nova etapa de desenvolvimento” Nery De Rossi, secretário de Estado de Desenvolvimento do Espírito Santo
local a trabalhar com conteúdo tecnológico de maior valor agregado, para que a economia não fique tão dependente das commodities. “As commodities vão continuar sendo importantes para a economia do Estado, mas temos que buscar um outro tipo de indústria para atender ao mercado nacional e ao internacional. A vinda de novas plantas, que fazem uso mais intensivo da tecnologia - como a Weg, a Itatiaia, a Marcopolo e o Estaleiro Jurong -, agrega mais valor aos produtos, atrai novas empresas fornecedoras e, com isso, gera mais oportunidades e novos negócios para as indústrias capixabas”, afirmou o presidente da Findes, Marcos Guerra. Um problema a ser resolvido é a carência de mão de obra qualificada para as empresas que chegam e para aquelas já instaladas no Estado. Para isso, o Sistema Findes vai realizar investimentos no valor de R$ 150 milhões, dos quais mais de 80% são voltados à educação profissional. Até 2017, segundo levantamento da Federação das Indústrias, serão abertos 44,5 mil novos postos de trabalho com a vinda dos futuros empreendimentos. Os recursos do Sistema Findes já estão sendo aplicados para o aumento de matrículas no Senai, no Sesi e no IEL-ES. Serão mais de um milhão de vagas em diversos cursos até 2017, distribuídos por todas as regiões do Estado. 53
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economia | petróleo e gás
Espírito Santo mais forte e competitivo Atento aos novos investimentos, Sistema Findes anuncia a criação do Fórum Capixaba de Petróleo e Gás para capacitar mais empresas no segmento
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erramenta para dar visibilidade à indústria e capacitá-la, o Fórum Capixaba de Petróleo e Gás foi anunciado em fevereiro deste ano para integrar 19 entidades do Espírito Santo na discussão sobre o fomento da cadeia de produção, que receberá investimentos bilionários na região nos próximos anos. A iniciativa tem a Federação das Indústrias do Estado (Findes) em seu Comitê Executivo, formado também pelo Governo do Espírito Santo, representado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento (Sedes), e pela Petrobras. O Fórum se torna um importante mecanismo diante dos vultosos investimentos da cadeia capixaba de petróleo-gás. No norte do Estado, será construído em Urussuquara (São Mateus) o terminal portuário Petrocity, que deve começar a operar no fim de 2015. Ele receberá aporte financeiro de R$ 1 bilhão para trabalhar no reparo de plataformas e embarcações de apoio offshore, entre outros serviços. Em ritmo acelerado de construção, o Estaleiro Jurong Aracruz (EJA) já é uma realidade, e seu projeto está orçado em R$ 800 milhões. Já no sul, estão com licenças ambientais garantidas, em Itapemirim, a base de apoio logístico da Edison Chouest – com investimentos de R$ 400 milhões e previsão de entrada em operação em dois anos –, e o terminal marítimo de apoio da Itaoca Offshore, cujo projeto é de R$ 450 milhões, representando outros reforços à cadeia. Diante dessa realidade, a palavra-chave do Fórum, de acordo com o presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, é “capacitar”. “Precisamos capacitar as indústrias para atender ao segmento. Vale desde as tarefas mais complexas até, por exemplo, servir alimentos para plataformas. As oportunidades vão surgindo, e nós estamos nos preparando”, garantiu Guerra.
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Para melhor se estruturar, o Fórum Capixaba definiu alguns pilares de atuação, compilados em sua “Agenda Estratégica” (veja as propostas na tabela ao final). Entre os objetivos do grupo, estão o incentivo ao desenvolvimento de novos produtos e serviços que atendam ao setor; a geração de oportunidades para as empresas anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Foto: Agência Petrobrás
Agenda Estratégica para o Desenvolvimento da Cadeia Petróleo-Gás O Fórum Capixaba de Petróleo e Gás definiu cinco pilares para consolidar o segmento no Espírito Santo: • Elaboração de agenda integrada de participação em eventos (responsabilidade da Sedes); • Programa de Promoção de Joint Ventures: ambientes favoráveis à criação de joint ventures por meio de transferência de tecnologia (responsabilidade do IEL-ES); • Polo de Inovação em Petróleo e Gás: promoção de pesquisa e inovação em processos (responsabilidade do Ifes); • Programa de Atendimento a Demandas Tecnológicas: ampliação de negócios às empresas capixabas por meio de empresas-âncoras (responsabilidade do IEL-ES e do Programa de Desenvolvimento de Fornecedores [PDF]); • Observatório de Formação e Qualificação: ações de capacitação e identificação de novas demandas (responsabilidade do Senai).
serviu para resgatar parcerias entre noruegueses e empresariado local. O Espírito Santo também contou com maciça divulgação durante a feira Rio Oil and Gas, principal evento de petróleo e gás da América Latina, ocorrida entre 15 e 18 de setembro.
Mais investimentos
Petrobras vai investir US$ 16,2 bilhões em petróleo e gás no Estado até 2018
locais; e o fortalecimento da imagem do Estado para atração de investimentos. Nestes últimos quesitos, já em agosto, uma comitiva de 12 empresários, sob a coordenação do Centro Internacional de Negócios (CIN-ES) do Sistema Findes, foi à Noruega participar da feira Offshore Northern Seas. A viagem anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Os investimentos direcionados pela Petrobras para o Espírito Santo nos próximos anos registraram crescimento. Se no Plano de Negócios 2013-2017 havia a previsão de aportes de US$ 14,4 bilhões, o Plano 2014-2018 projeta US$ 16,2 bilhões, de acordo com o gerente-geral de Exploração e Produção (E&P) da estatal no Espírito Santo, José Luiz Marcusso. Os investimentos futuros tiveram projeção de aumento pela inserção, no Plano, de duas plataformas de petróleo: ES Águas Profundas e Sul Parque das Baleias, que ainda serão implementadas. Com produção média de 350 mil barris de petróleo/dia, o Estado capixaba deve chegar à produção diária de meio milhão de barris por dia até o final de 2014, especialmente pela eficiência da plataforma P-58, última a entrar em
R$ 5 bilhões É o valor estimado para investir no Complexo Gás-Químico UFN-IV em Linhares 57
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economia | petróleo e gás
Fórum Capixaba de Petróleo e Gás vai dar maior competitividade às indústrias no Espírito Santo
operação, em março de 2014. Ela tem capacidade para extrair 180 mil barris de petróleo/dia. Quanto ao Brasil, a estatal prevê investir, até 2018, US$ 220,6 bilhões, sendo US$ 153,9 bilhões para Exploração e Produção; US$ 38,7 bilhões para Abastecimento; US$ 10,1 bilhões para Gás e Energia; US$ 9,7 bilhões para Internacional;
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US$ 2,7 bilhões para Distribuição; US$ 2,3 bilhões para Biocombustíveis; US$ 2,2 bilhões para Engenharia, Tecnologia e Materiais; e mais US$ 1 bilhão em outras áreas. Subsidiária da Petrobras, a Transpetro comemorou o bom desempenho do Terminal Aquaviário de Barra do Riacho (TABR), em Aracruz, no primeiro semestre de 2014, que quadruplicou o carregamento de carretas com gás liquefeito de petróleo (GLP). A unidade, que em novembro de 2013 era responsável por 22% do abastecimento do mercado local, hoje, concentra toda a movimentação capixaba de GLP por via rodoviária. Desde o início do ano, o TABR tem movimentado, mensalmente, cerca de 12 mil toneladas do produto. São, em média, 530 carretas por mês. Em Linhares, está entre os planos da estatal a implantação do Complexo Gás-Químico UFN-IV, cujo projeto está em elaboração. Com estimativa de mais de R$ 5 bilhões em investimentos, o empreendimento ficou de fora, desta vez, do Plano 2014/2018.
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economia | ROCHAS ornamentais
Apesar do mercado ruim, Espírito Santo mantém a posição de maior exportador de rochas ornamentais do Brasil. Até julho, 79% das vendas externas saíram de território capixaba
Preocupação no setor de rochas Retração do mercado no segundo semestre surpreende empresariado
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o início de 2014, a expectativa para o setor de rochas no Espírito Santo era de franco crescimento. O parque industrial capixaba se planejou para um aumento na demanda, vinda principalmente do mercado externo. “As empresas capixabas se prepararam para alcançar uma alta produção. Foram investidos milhões em teares multifios, novas politrizes e novas linhas de resina. Hoje, há empresários que afirmam conseguir finalizar o beneficiamento de um bloco em um dia, o que, sem investir pesado em tecnologia, é pouco provável”, explicou o presidente do Sindirochas, Samuel Mendonça. Até meados de julho, os investimentos valeram a pena, e os empresários do segmento esperavam repetir o sucesso de 2013, quando, de acordo com dados do Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas), o Espírito Santo exportou quase 2 milhões de toneladas de pedras, o que representa 70% do total embarcado pelo Brasil e 27% a mais que o alcançado no ano anterior.
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No entanto, uma retração no mercado externo levou o setor a reavaliar as expectativas. “No primeiro semestre, o Espírito Santo foi responsável por 79% das exportações brasileiras de rochas ornamentais. Era esperado um bom resultado no segundo semestre, mas dificilmente alcançaremos os números de 2013”, afirmou Mendonça, que atribui o retorno abaixo do esperado a um recuo do mercado externo. “No início do ano, os Estados Unidos, nosso principal cliente, estavam abertos aos negócios e com disponibilidade para comprar. Mas no segundo semestre o mercado norte-americano esfriou e foi acompanhado pelo restante do mundo”. Além da redução na quantidade exportada no segundo semestre de 2014, a atividade também registrou uma importante queda no valor médio de comercialização de pedras, só que, dessa vez, desde o início do ano. Em julho, o preço médio da tonelada de rocha bruta exportada pelo Brasil já acumulava uma queda anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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de quase 50% em relação a 2013. O Espírito Santo sentiu esse recuo de forma mais severa. Naquele mês, quando o mercado brasileiro registrava, em média, um valor 2,26% menor que no mesmo período de 2013, as rochas capixabas estavam 4,28% mais baratas. A baixa no preço, segundo Mendonça, está relacionada, justamente, ao cenário apresentado no início desta reportagem: o aumento da capacidade produtiva, conseguido a partir dos altos investimentos na modernização acelerada do parque industrial. “Houve uma explosão na oferta, e o mercado não absorveu. Com a grande quantidade de material de boa qualidade à disposição, os produtores tiveram que reduzir os preços para garantir o fechamento de negócios e não ficar com estoque parado. Hoje, isso preocupa”, explicou. Ao fechar as contas, o que afasta o setor de um 2014 com resultados no vermelho é o superávit no volume de vendas do primeiro semestre. Apesar de venderem mais barato, os produtores capixabas conseguiram repor os investimentos e manter a balança positiva. Segundo informações retiradas da base de dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e repassadas pelo Sindirochas, até julho o Estado vendeu, para o mercado externo, 1,12 milhão de toneladas de rochas ornamentais, 6,6% a mais que o exportado no mesmo período de 2013. Traduzindo em valores, as vendas totalizaram US$ 603 milhões no período, 4,16% a mais que o acumulado no primeiro semestre do ano passado. Mesmo com os dados do segundo semestre ainda não consolidados, o presidente do Sindirochas avalia o cenário: “Não fechamos 2014 com saldo negativo, mas sem dúvida, teremos um retorno menor que em 2013”.
Cenário capixaba Ainda que com resultados abaixo do esperado, o Estado se reafirma como liderança no setor. anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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O Espírito Santo mantém a posição de maior exportador de rochas ornamentais do Brasil, acumulando mais de 90% dos investimentos do parque industrial brasileiro desse segmento. Hoje, cerca de 3.500 empresas - que atuam desde a extração/produção de rochas ornamentais até a sua exportação – estão instaladas em terras capixabas. Segundo dados do Centrorochas, dentre as 40 maiores companhias exportadoras do Estado, 14 atuam nesse mercado, que ocupa o terceiro lugar na balança comercial local. Informações divulgadas pelo Governo do Estado dão conta de que a exploração de pedras ornamentais é o terceiro maior gerador de receita para o Espírito Santo e responde por 7% do Produto Interno Bruto (PIB) capixaba. Por sua importância, o Espírito Santo foi escolhido para receber o primeiro núcleo regional do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. O núcleo, que já desenvolvia pesquisas no Estado desde 2007, teve sua sede própria inaugurada em agosto, na cidade de Cachoeiro de Itapemirim. O objetivo é desenvolver pesquisas tecnológicas na área mineral, além de oferecer serviços técnicos ao setor. As projeções para 2015, segundo Mendonça, são complicadas. “É difícil fazer projeção nessa área. Os empresários apenas acreditam no mercado e fazem o que acham que tem que ser feito. O setor está se organizando para conseguir fazer uma análise de futuro, projeção de demandas... mas, por enquanto, trabalhamos na intuição”. Mas o presidente dá uma dica: “Nosso crescimento depende de uma mudança nas ações de marketing das empresas. É necessário divulgar mais os produtos para o consumidor final, como os arquitetos, que são quem vai determinar a compra. Dessa forma, estimulamos o consumo e provocamos o desejo de compra. Esse investimento, inclusive, deve se voltar para o mercado externo”, finalizou.
US$ 603 milhões Foi o total exportado pelo Espírito Santo até julho deste ano 61
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economia | Papel e celulose Foto: Divulgação/Fibria
Lucro líquido da Fibria no segundo trimestre foi de R$ 631 milhões
Mercado internacional empolga indústria da celulose Vendas para o exterior crescem e preços se elevam
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bom cenário de vendas para o mercado internacional tem deixado otimistas as indústrias de celulose e de papel em todo o país e também no Espírito Santo. Nos sete primeiros meses de 2014, as exportações de celulose, painéis de madeira e papel somaram US$ 4,346 bilhões, um aumento de 4,3% na comparação com igual intervalo de 2013, segundo a Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ). A tendência é de crescimento até o fim do ano. Historicamente, o segundo semestre é de demandas melhores em todo o mundo.
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Na Ásia, as compras estão em um bom ritmo, e na Europa os negócios começam a melhorar. Um dos fatores do avanço foi o anúncio de fechamento de fábricas de celulose na Europa, como a espanhola Ence, que resultará na saída do mercado de cerca de 600 mil toneladas por ano da matéria-prima, o que pode elevar os preços no curtíssimo prazo. Na avaliação da consultoria financeira Goldman Sachs, é possível que as cotações encerrem o ano com um aumento de US$ 40 por tonelada em relação aos níveis atuais (US$ 726 por
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tonelada na Europa) – US$ 20 por tonelada a partir de outubro e outros US$ 20 por tonelada em dezembro. O volume de celulose exportado pela Fibria, maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, que tem no Estado (em Aracruz) a sua maior fábrica, refletiu a expansão da demanda: cresceu 13,6% no período levantado pela IBÁ, com 6,065 milhões de toneladas vendidas e receita de US$ 3,092 bilhões. A unidade de Aracruz produz 2.340 milhões de toneladas do produto ao ano. As vendas são direcionadas especialmente à Europa (46%) e à Ásia (26%). No segundo trimestre deste ano, a Fibria teve lucro líquido de R$ 631 milhões, muito acima dos R$ 19 milhões registrados no primeiro trimestre, recuperando-se do prejuízo de R$ 593 milhões ocorrido no segundo trimestre de 2013. O presidente do Sindicato da Indústria de Papel e Celulose do Espírito Santo (Sindipapel), José Braulio Bassini, acredita que há ainda mais potencial para a empresa se destacar e conquistar outros mercados internacionais. Com esse bom desempenho da Fibria, uma cadeia de produção se beneficia. No primeiro semestre de 2014, a produção de celulose representou 57,5% das exportações do agronegócio capixaba. Boa parte da matéria-prima vem de florestas plantadas, que servem de alternativa de renda a produtores rurais em 68 municípios. A partir dos lucros, a Fibria aponta para novos investimentos no Estado. Há a intenção de criar uma fábrica de biocombustível e de ampliar o Portocel. Os setores de celulose e papel empregam no Estado cerca de 10 mil trabalhadores, de acordo com estimativa do Sindipapel.
Incentivo ao papel O setor de papel no Espírito Santo vai se fortalecer ainda mais com a chegada da Carta Fabril a Aracruz. De acordo com o
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secretário de Desenvolvimento local, Antônio Eugênio Cunha, a companhia iniciará a terraplanagem até dezembro. O ato de licença municipal de instalação foi concedido no último dia 14 de agosto. A proximidade com a Fibria foi um dos motivos que levaram a fabricante a se instalar na cidade. Ela vai investir na produção de papel tissue – de uso pessoal, como guardanapos e papel higiênico – e terá no Espírito Santo a maior fábrica desse material no mundo, instalada numa área de 60 hectares. O investimento é estimado em US$ 1 bilhão até 2024. A primeira etapa de operação deve ser iniciada até 2015, segundo previsão da empresa. Para o presidente da Findes, Marcos Guerra, há inúmeros benefícios com a instalação da Carta Fabril no Espírito Santo. “A matériaprima (celulose) está bem do lado. A transação de ICMS vai ser muito boa. Ela vai vender produtos elaborados e tem tudo para dar certo.”
10 mil Trabalham nas empresas de celulose e papel no Espírito Santo
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economia | LOGíSTICA E INFRAESTRUTURA Foto: Elizabeth Nader
As obras no Porto de Vitória devem aumentar a sua capacidade de 8 milhões para 12 milhões de toneladas por ano
Logística: gargalos limitam desenvolvimento do Estado Ausência de estrutura eficiente para escoamento de cargas é um dos principais entraves a um maior dinamismo da economia capixaba
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s problemas de infraestrutura logística continuam sendo um grande desafio, e estradas precárias, portos e aeroportos ineficientes, entre outras questões, geram uma conta cara para a economia brasileira. Segundo pesquisa do Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), o custo logístico equivale a 11,5% do PIB nacional, algo em torno de US$ 500 bilhões. Os dados, divulgados em outubro de 2013, referem-se ao ano de 2012. Um dos maiores problemas da agenda de infraestrutura é o atraso das obras, que compromete o desenvolvimento do país. Recente pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que em apenas seis obras atrasadas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) o prejuízo é de R$ 28 bilhões. Uma das obras
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analisadas é a do Aeroporto de Vitória, que gerou um prejuízo de R$ 179,5 milhões. A ‘novela’, que se arrasta desde 2005, teve início com a paralisação da obra, em 2008, por suspeitas de irregularidades. Um novo projeto foi encaminhado para análise do Tribunal de Contas de União, e, após muitas marchas e contramarchas, este ano os ministros determinaram uma nova licitação para o caso. O edital para a escolha da empresa foi publicado em julho e a abertura das propostas, que inicialmente tinha sido marcada para 8 de outubro, foi adiada para o dia 20 de novembro, a pedido das próprias empresas que participarão da licitação. Segundo o estudo da CNI, o aeroporto opera com uma das maiores taxas de anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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ocupação entre os 20 principais terminais desse modal do país. Mesmo com algumas melhorias realizadas, funciona acima de sua capacidade. “Esperamos que não haja mais atrasos, pois já pagamos uma conta muito alta. O Estado é um dos que menos recebem investimentos do Governo Federal. Em 2013, segundo dados da Receita Federal, o Estado pagou R$ 18,5 bilhões em impostos à União, e desse valor só 36,6% retornaram em investimentos – a 19ª pior taxa de retorno entre os estados brasileiros”, disse o presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Marcos Guerra.
Sobrevida ao Porto de Vitória As deficiências se estendem para a infraestrutura portuária. Hoje, navios cada vez maiores fazem o transporte transcontinental, e o Porto de Vitória não tem capacidade para recebê-los – problema que afeta também outros portos brasileiros –, fazendo o Espírito Santo perder mercado para o Rio de Janeiro (35% da exportação de café e 30% da de granito) e para portos de outros estados, além de linhas de navegações internacionais. Para dar sobrevida ao porto, a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) investiu R$ 500 milhões em obras no mar e em terra, mudando a profundidade e a largura do canal de acesso, o que propiciará que a carga dos navios passe de 40 mil para 70 mil toneladas e aumentará a capacidade do porto de 8 milhões para 12 milhões de toneladas por ano. As obras, que terminam em dezembro, devem contribuir para que as exportações de mármore e granito voltem a ser realizadas pelo Porto de Vitória. Atualmente, esses embarques são feitos pelos portos de Ubu e do Rio. A ampliação dará sobrevida ao terminal até que seja construído o porto de águas profundas. “Aí, sim, teremos o Espírito Santo em plena competitividade para receber as grandes embarcações mundiais”, afirmou o presidente da Codesa, Clóvis Lascosque. Segundo ele, estudos desenvolvidos pela companhia apontam Vila Velha como o melhor local para a construção do superporto. “Em dezembro de 2013 concluímos e entregamos o estudo à Secretaria de Portos e aguardamos um sinal verde para que possamos prosseguir com anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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os estudos ou definir o modelo a ser adotado, que pode ser uma parceria público-privada”, diz.
Rodovias As rodovias federais no Espírito Santo têm parte do problema equacionado com a duplicação da BR-101, que está sendo realizada pela concessionária ECO 101. Já o trecho da BR-262 (ES-MG) não conquistou o interesse dos investidores no leilão promovido em setembro de 2013, e o Governo Federal anunciou que a via será duplicada com verbas públicas. “A via é de fundamental importância para escoar a produção do Estado. Esperamos que o Governo faça todos os esforços para a sua conclusão, para que não se comprometa ainda mais o nosso sistema logístico”, disse o presidente do Conselho de Infraestrutura (Coinfra) do Sistema Findes, Constantino Dadalto. Na esfera estadual, o Governo promete entregar em 2015 a obra completa da Rodovia Leste-Oeste, que ligará Cariacica a Vila Velha, e que havia sido prometida para 2008. O atraso elevou seu custo de R$ 70 milhões para R$ 180 milhões. A estrada vai reduzir em 20 minutos o percurso entre as BR-262/BR-101 e a Rodovia Darly Santos e será uma importante ligação com o Terminal Portuário de Capuaba, resultando num menor custo do frete e em maior competitividade das operações portuárias. Já a construção da ferrovia entre Vila Velha, Campos e Rio de Janeiro, que irá viabilizar uma alternativa para escoar vários tipos de carga, é um projeto que não avançou porque nenhum leilão foi realizado ainda no Programa de Investimentos em Logística (PIL) do Governo Federal. Em 2013, o Executivo teve que revisar as regras de concessão por determinação do TCU, que as considerou juridicamente frágeis.
Integração de projetos Para solucionar os gargalos logísticos, o Estado vem apostando na integração de projetos com o Programa Estadual de Desenvolvimento Sustentável (Proedes), que contempla investimentos acima de R$ 3 bilhões, a serem executados a longo prazo. Além de intervenções em 39 vias do modal rodoviário, o programa articula os investimentos da iniciativa privada e do Governo Federal, como o Porto Norte Capixaba (Manabi), em Linhares, o Estaleiro Jurong Aracruz
US$ 500 bilhões Que equivalem a 11,5% do PIB nacional, é o valor do custo logístico do país devido às deficiências em infraestrutura 65
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O prejuízo pelo atraso das obras do Aeroporto de Vitória, que se arrastam desde 2005, já é de R$ 179,5 milhões
(EJA) e os projetos para criar quatro aeroportos regionais no Estado. O Aeroporto de Linhares é o que se encontra em estágio mais avançado, com o estudo de viabilidade técnica concluído. Após análise da Secretaria de Aviação Civil, será elaborado o edital para licitar a obra. Mas os de Colatina, Cachoeiro e São Mateus ainda estão em fase de estudo preliminar.
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O problema da logística não é novo e não vai ser solucionado a curto prazo. Mas os empresários alegam no estudo da CNI que os prejuízos com o atraso nas construções poderiam ser evitados se não ocorressem obstáculos como má qualidade dos projetos usados para a execução do orçamento e posterior licitação das obras; demora na obtenção de licenças ambientais e nas desapropriações; e má gestão das intervenções, fatos recorrentes no país. Para o presidente da Federação das Empresas de Transportes do Espírito Santo (Fetransportes), José Antonio Fiorot, os investimentos em projetos integrados são, de fato, importantes para o desenvolvimento do Estado e de todo o país, mas as obras precisam estar (bem) planejadas para que os resultados sejam alcançados. “Essas obras exigem eficiência na sua condução, com estudos e projetos bem elaborados, mão de obra qualificada e compromisso do poder público – sem atrasos com a burocracia e com as licenças ambientais, as grandes vilãs dos entraves. Se esses fatores não estiverem alinhados, corremos o risco de perder os investimentos”, afirmou.
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economia | mineração e siderurgia
Indústria do minério alavanca PIB capixaba Mineração alcança novos patamares positivos de produção
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e 2013 foi um ano incerto para a indústria de siderurgia e mineração, 2014 representou a retomada de fôlego do setor. De acordo com dados do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), o segmento extrativo foi responsável por puxar para cima o Produto Interno Bruto (PIB) capixaba, devido ao aumento da produção de minérios de ferro pelotizados ou sintetizados. O incremento deve-se, principalmente, ao início do funcionamento de novas usinas da Vale e da Samarco Mineração.
Samarco Em abril, a inauguração da Quarta Pelotização representou um salto na capacidade produtiva da empresa. A execução incluiu obras no Espírito Santo e em Minas Gerais. Em terras capixabas, o projeto contemplou a construção da Quarta Usina de Pelotização e a ampliação da capacidade do Terminal Portuário de Ubu. A Quarta Usina conta com o maior forno de pelotização do mundo, com 204 metros, e tem capacidade de produzir 8,25 milhões de toneladas de pelotas de minério de ferro por ano, incrementando em 37% a capacidade nominal da Samarco. A previsão é de que a companhia atinja esse patamar em 2015, produzindo 30,5 milhões de toneladas de pelotas de minério de ferro por ano. “A ampliação da capacidade de produção consolida a posição da Samarco como uma das maiores exportadoras do Brasil e a coloca entre as principais fornecedoras de pelotas de minério de ferro do mundo”, ressaltou o diretor-presidente da corporação, Ricardo Vescovi. De acordo com o Relatório de Produção do primeiro semestre de 2014 da Vale – uma das acionistas da Samarco – a nova usina produziu 1,1 milhão de toneladas de pelotas no segundo trimestre deste ano, elevando a produção da planta de Ubu em 34,7% com relação ao primeiro trimestre. 68
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A produção das quatro unidades de pelotização da Samarco no segundo trimestre, juntas, foi de 3,1 milhões de toneladas.
Vale No primeiro semestre de 2014, a Vale aplicou US$ 941,5 milhões no Estado, um aumento de 4% em relação a igual período do ano passado. Em agosto, após alguns meses operando em fase de testes, sua oitava usina de pelotização no Complexo de Tubarão, anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Foto: Agência Vale
mercado”, afirmou o diretor de Pelotização da Vale, Maurício Max. No Brasil, a mineradora mantém 11 usinas de pelotização, sendo o Espírito Santo o maior polo exportador de pelotas do mundo. No primeiro semestre de 2014, as estuturas de Tubarão alcançaram 11,6 milhões de toneladas de pelotas, mais de 50% da produção da empresa no Brasil, que foi de 19,8 milhões de toneladas no semestre.
Siderurgia
Produção de pelotas de minério de ferro retoma crescimento no Estado
em Vitória, entrou em ramp up. Com capacidade para produzir 7 milhões de toneladas de pelotas por ano, a Usina 8 vai elevar para 36,2 milhões de toneladas a capacidade anual de produção do complexo, um aumento de 24%. “Com investimento de mais de US$ 1,3 bilhão, a unidade é a maior do Complexo de Tubarão. Esse investimento consolida o Estado como o maior exportador de pelotas de ferro do mundo, garantindo nosso atendimento à demanda do anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Enquanto a indústria da mineração experimenta um momento de expansão, a siderurgia ainda prevê um cenário de dificuldades, pelo menos até o primeiro semestre de 2015. Em agosto, o Instituto Aço Brasil (IABr) revisou para baixo estimativas sobre vendas e produção do setor neste ano, com tendência de queda de 2,5% na produção de aço bruto em 2014. O otimismo fica por conta das exportações, cuja expectativa de crescimento passou de 2,3% para 3,9%. O número positivo é possível graças à reativação do Alto-Forno 3 da ArcelorMittal Tubarão, em julho deste ano. A unidade, localizada na Serra, teve suas atividades suspensas em 2012 para manutenção e, desde então, prosseguia paralisada, por causa da situação global de excesso na produção de aço. O Alto-Forno 3 tem capacidade nominal de 2,8 milhões de toneladas por ano e possibilitou que a planta de Tubarão retomasse a capacidade de operação total, de 7 milhões de toneladas por ano, reduzida desde a crise mundial de 2008. A produção da estrutura é destinada, principalmente, ao abastecimento da AM/NS Calvert, laminadora localizada no Estado do Alabama (EUA), adquirida pela ArcelorMittal, em parceria com a Nippon Steel & Sumitomo, no final de 2013.
Câmara Setorial Quando se fala em mineração, é importante lembrar que o setor não é composto apenas por grandes companhias. Para apoiar os pequenos e médios empresários, a Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes) instalou, em março deste ano, a Câmara Setorial das
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economia | mineração e siderurgia Foto: Divulgação ArcelorMittal Tubarão
O Alto-Forno 3 tem a capacidade nominal de 2,8 milhões de toneladas por ano
Indústrias de Mineração, que busca melhorar a eficiência, logística e competitividade das empresas de pequeno e médio porte do segmento, possibilitando seu desenvolvimento no Espírito Santo. A Câmara é composta por três entidades patronais: Sindicato da Indústria de Extração de Pedreiras e Areia de Vitória (Sindipedreiras); Sindicato da Indústria de Rochas Ornamentais,
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Cal e Calcários do Estado do Espírito Santo (Sindirochas); e Sindicato das Indústrias de Cerâmica do Estado do Espírito Santo (Sindicer). “Os problemas registrados pelas pequenas e médias empresas do setor são os mesmos, sejam elas de extração de rochas, areia ou produção de cerâmica, e giram em torno da burocracia para regularização das atividades. Hoje, quase 100% delas enfrentam entraves burocráticos. A instalação de uma empresa nesse ramo demanda, no mínimo, dois anos de processo”, afirmou o vice-presidente do órgão, Evandro Simonassi. Como primeiro passo, a Câmara tem mantido o diálogo com o Governo do Estado e o Departamento Nacional de Produtos Minerais (DNPM), do Governo Federal, em busca de reduzir a burocracia e agilizar o processo de liberação para a atividade de extração mineral.
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economia | energia Foto: Divulgação EDP
No início do ano, o Conerg avaliou como muito alto o risco de corte no fornecimento de energia para o Estado. Em 2015, segundo o órgão, o risco deve persistir
Crescimento pode ser prejudicado por escassez de energia Norte do Estado, que tem atraído grandes investimentos, ainda enfrenta dificuldades com o abastecimento de energia elétrica
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isco de racionamento, reajuste tarifário elevado, acionamento de termelétricas. Em resumo, 2014 foi um ano para se refletir a respeito do abastecimento energético do Brasil e também do Espírito Santo. No final de 2013, a expectativa era de que o crescimento do Estado estava garantido, com a implantação de novas empresas impulsionadas por um fornecimento seguro e estável de energia. No entanto, ao fechar 2014, o que se nota é que as metas previstas não foram alcançadas em sua totalidade, e a segurança energética ainda não é realidade.
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Das duas linhas de transmissão previstas para começar a operar em 2014, apenas uma foi concluída. Em setembro, a linha Mesquita-Viana iniciou sua fase de testes e deve estar pronta para entrar em franca operação a partir de novembro. Com 248 km de extensão e capacidade de 500kV, a estrutura representa reforço no abastecimento do Espírito Santo. “O Espírito Santo ocupa uma posição de ponta no sistema de transmissão energia, mas hoje estamos em situação favorável. Com esta, são três linhas abastecendo o Estado, o que nos deixa confortáveis. A situação anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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melhorou em um contexto geral, porque chegou mais energia, mas continuamos acompanhando os problemas vividos por todo o Brasil com relação à energia”, afirmou o presidente do Conselho Temático de Energia (Conerg) da Findes, Nélio Rodrigues Borges.
O ES e a crise energética nacional Em abril deste ano, o Conerg emitiu uma nota técnica alertando sobre o iminente risco de desabastecimento. Na época, o Conselho afirmou que o “risco-apagão”, como chamou a possibilidade de falta de energia para o Espírito Santo, alcançou 40%, quando o normal é que o índice fique em torno de 5%. O cenário de crise, então, permeava todo o país. Para evitar o racionamento, o Governo Federal optou pelo acionamento das termelétricas, que manteve o abastecimento, mas a um preço alto. O valor do megawatt/ hora chegou a R$ 822,33 no mercado de curto prazo e pesou no bolso dos consumidores. A EDP Escelsa, que atende 94% dos domicílios capixabas, reajustou sua tarifa em 22,74%, com autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) – um dos três maiores repasses tarifários do Brasil. “O cenário continua o mesmo da nota técnica, porque não houve mudança nos parâmetros da hidrologia. Os reservatórios continuam com níveis baixos, e todas as térmicas estão ativadas. A perspectiva é que o risco-apagão continue elevado para o ano que vem, e a insegurança energética é um empecilho para o crescimento econômico”, afirmou Borges.
Norte Segundo o representante do Conerg, o norte do Estado já vem enfrentando essa realidade. Cerca de 100 projetos empresariais deixaram de ser instalados porque a distribuição de energia na região norte não atenderia à demanda projetada, ocasionada pela estratégia estadual de interiorização do crescimento. O fornecimento extra de energia seria garantido pela linha Mascarenhas-Linhares, com extensão de 99 km e anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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capacidade de 230 kV. No entanto, sua construção ainda não foi concluída. “As empresas não podem se instalar porque não conseguem fazer conexão com as linhas de transmissão de energia. Antes, as linhas existentes atendiam à demanda da região, mas houve a atração de novos investimentos sem que houvesse um planejamento energético adequado. Agora, é necessário desenvolver projetos de emergência para atender, minimamente, à demanda das novas empresas”, explicou Borges. O Conerg, junto com as Diretorias Regionais da Findes atuantes no norte do Estado, vem desenvolvendo ações que modifiquem esse cenário. O diretor adjunto da Findes em Linhares e região, Wilmar Barros Barbosa, explicou que duas empresas sucroalcooleiras já têm projetos para fornecer energia advinda do bagaço da cana-de-açúcar, e que o principal desafio é conseguir a construção de linhas que permitam a distribuição dessa energia. “A única fonte geradora no norte do Estado é a termelétrica de Linhares. Nós somos o ponto final para as linhas que vêm de outros estados e, se amanhã houver baixa produção, o primeiro a correr risco de desabastecimento é o norte. Temos que trabalhar alternativas para isso, e a cogeração é uma boa opção. É a indústria gerando energia para a própria indústria”, disse Wilmar.
Petróleo e gás Já quando o assunto é a exploração e produção de petróleo e gás, o Espírito Santo vai muito bem: ocupa o posto de segundo maior produtor do Brasil, com 100 mil barris/dia – um quinto do total nacional – apenas na exploração da camada pré-sal, e o número ainda deve subir. Em julho, durante comemorações do recorde de 500 mil barris/dia extraídos do pré-sal, a Petrobras anunciou novos investimentos no litoral capixaba, que devem elevar a capacidade produtiva do Estado para 180 mil barris/dia até 2018. Não foi informado, no entanto, o montante a ser aplicado nas bacias do Espírito Santo. Com os investimentos, a produção de gás do Estado, que alcança a casa de 150 metros cúbicos, também deve registrar alta.
180 mil barris. É a produção diária prevista para o ES até 2018 com investimentos da Petrobras 73
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economia | construção civil e pesada
Construção Civil registra queda no volume de negócios e no emprego Entre julho de 2012 e julho de 2014, o número de postos de trabalho gerados pela atividade caiu 10,6%
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ara a indústria da construção civil, a lembrança de 2014 não será nada positiva. Isso porque houve queda no volume de negócios, com a produção imobiliária reduzindo o número de unidades habitacionais e
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comerciais. Dados do 25º Censo Imobiliário do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Espírito Santo (Sinduscon-ES), divulgado em maio de 2014, mostram que havia 30.552 unidades em construção, enquanto no relatório anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Foto: Guilherme Rosa
A redução de investimentos dos setores público e privado fez cair a demanda das 40 empresas que atuam na atividade da construção pesada
anterior, de novembro de 2013, eram 31.343, uma queda de 2,5%. “As empresas de obras públicas apresentaram dificuldades financeiras, e o segmento de obras industriais não teve perspectivas de novos negócios. Um dado que comprova isso está no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que registra um pico de emprego da construção civil no Espírito Santo em julho de 2012, com 64.621 trabalhadores. Em julho de 2014, ou seja, dois anos depois, esse número era de 57.768. Uma queda impressionante, de 10,60%”, analisa o presidente do Sinduscon-ES, Aristóteles Passos Costa Neto. anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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A falta de perspectivas para os novos negócios marcou o período. “A fragilidade da economia refletiu-se na insegurança da população para investimentos, o que reduziu a velocidade de vendas de imóveis. Na área de prestação de serviços, tivemos uma diminuição forte nos investimentos industriais”, aponta Passos. Quanto às tendências para o mercado imobiliário capixaba nos próximos anos, o presidente do Sinduscon-ES avalia que o setor caminha para o equilíbrio entre oferta e demanda, motivado pelo forte crescimento nos últimos anos, que também contou com muita euforia. “Atualmente estamos trabalhando para alcançar o equilíbrio, e para, termos a estabilidade necessária ao mercado. Somente assim poderemos ver a retomada das atividades em ritmo adequado ao tamanho de nosso mercado. Acreditamos que 2015 será um ano um pouco melhor, mas talvez no segundo semestre”, estima Passos.
Construção pesada De acordo com o Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Espírito Santo (Sindicopes), o ano foi de retração na demanda para as 40 empresas que atuam no setor. Com o segmento privado, houve redução significativa na contratação, devido ao término das obras de ampliação da Vale e da Samarco, além da finalização da primeira etapa da duplicação da BR-101, pela concessionária Eco 101, restando em andamento apenas a construção do Estaleiro Jurong Aracruz (EJA). Já no setor público, houve forte queda no faturamento, segundo informa o presidente do Sindicopes, José Carlos Chamon. Para o dirigente, isso aconteceu “devido a procedimentos adotados pelos órgãos de controle, que têm criado entraves de conceito, como interpretações subjetivas, deixando tanto a fiscalização quanto as empresas inseguras para
2,5% É o índice de queda no número de unidades em construção no Espírito Santo entre novembro de 2013 e maio de 2014 75
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Para o Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Espírito Santo (Sindicopes), o ano foi de retração na demanda para as 40 empresas que atuam no setor
tomar decisões, principalmente nas alterações contratuais, para adequação de projetos, jazidas, entre outros, com considerável demora na liberação de aditivos, onerando significativamente os contratos, pelo alongamento de seus prazos de execução, além das questões envolvendo licenciamentos ambientais”. O setor iniciou o ano registrando um aumento na demanda, após as fortes chuvas que caíram no Estado em dezembro de 2013. “Os danos foram maiores nas rodovias municipais. O impacto nas rodovias estaduais foi pequeno, devido à boa conservação dos sistemas de drenagem. As maiores intervenções foram em contenção de encostas, com demanda considerável para o setor”, ressalta Chamon. No entanto, ao longo do primeiro semestre, os feriados e a realização da Copa do Mundo quebraram o ritmo da produção. Já no segundo semestre houve a realização das eleições, que normalmente impactam a atividade positivamente. “O Governo Estadual tem puxado os investimentos no setor praticamente de forma isolada no Estado, enquanto o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) tem aplicado valores bem tímidos. A dificuldade existe na execução dos investimentos por questões de ordem burocrática”, explica o presidente do Sindicopes.
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A burocracia é exatamente o principal entrave que, na visão de José Carlos Chamon, “está levando à falência do segmento na prestação de serviços públicos”. Ele entende que “a situação é séria em todo o Brasil, mas em especial no Espírito Santo, onde existem questões conceituais de procedimentos administrativos, tanto dos contratantes quanto dos órgãos de controle”. De acordo com Chamon, a insegurança jurídica é a grande responsável por gerar prejuízos ao setor, pelos desequilíbrios nos contratos, em função das dificuldades com o cumprimento dos prazos de execução. “O alongamento dos prazos, por deficiência nos projetos, insegurança nas alterações, está deixando um rastro de desequilíbrio econômico e financeiro em todos os contratos. As regras têm de ser mais bem adequadas às necessidades de execução. A premissa dos órgãos de controle hoje é que todos os contratos têm dolo ao Erário. Criou-se a cultura do terror, e quem está sofrendo as consequências são as empresas e a população”, analisa. No balanço, José Carlos Chamon diz que 2014 não é um ano para se comemorar, pelo contrário; o setor só tem reclamações. “A demanda dos sindicatos laborais está além do aceitável; os custos e os responsabilidades sociais estão aumentando, e os preços de venda dos serviços, diminuindo”, conclui.
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economia | serviços
Setor que cresce e gera empregos Embora em ritmo mais lento e a taxas menores que no ano passado, o setor de serviços continua crescendo e empurrando o saldo positivo de empregos no Brasil e no Espírito Santo
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iante de um cenário de incertezas na economia, o setor de serviços vem crescendo, embora em taxas que diminuíram ao longo do ano mas que, ainda assim, preservaram sua força também na geração de empregos. A receita do setor no país fechou o primeiro semestre com crescimento nominal de 4,6% em julho, na comparação com o mesmo mês de 2013, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e é inferior às taxas de junho e maio. A PMS é o primeiro indicador mensal que investiga o setor no Brasil e abrange as atividades do segmento não financeiro, exceto de saúde, educação e administração pública. No acumulado do semestre, a receita cresceu 7%, chegando a 7,6% no acumulado em 12 meses. Esses índices também foram os menores desde o início da série. Comparando os meses de julho deste ano e do ano passado, as taxas de crescimento das atividades que compõem o setor terciário foram: 5,4% nos “serviços prestados às famílias”; 2,1% nos “serviços de informação e comunicação”; 7% nos “serviços profissionais, administrativos e complementares”; 4,6% nos “transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio”; e 8,3% em “outros serviços”. As áreas de informação e comunicação, que abrangem os serviços de telecomunicações e de tecnologia da informação (TI), foram as que menos se elevaram no período (2,1%), contribuindo com os resultados menores de julho, enquanto o índice de junho chegou a 5,7%. A atividade é a que tem maior peso, representando 35,7% da formação do indicador global da PMS. Já o segmento “outros serviços”, embora com um peso menor na composição relativa do índice,
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aumentou sua importância, com um avanço de 1,8% em junho para 10,9% em julho. Os “serviços prestados às famílias”, que incluem alojamento e alimentação, acumularam crescimento de 10,6% no primeiro semestre, com variação nominal de 5,4% em julho. Em julho, o segmento de “transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio” também registrou expansão, de 4,6% na comparação com o mesmo mês de 2013 – percentual, no entanto, inferior aos de junho (4,7%) e maio (7,5%). Dentre as atividades do segmento, três apresentaram resultados positivos em julho: “transporte terrestre” (4,3%), “transporte aquaviário” (2,3%) e “armazenagem, serviços auxiliares de transportes e correio”, com 8,4%. Já apenas o transporte aéreo apresentou queda, de -2,5%. Segundo análise do IBGE a redução deveu-se a uma queda no turismo de negócios no período. anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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empregos, no setor de serviços o saldo foi de 8.481 vagas, fechando o período com incremento de 2,54% na empregabilidade.
Oportunidades
Setor de “serviços às famílias”, como alojamento e alimentação, foi um dos que apresentaram maior crescimento no país no primeiro semestre deste ano
Das 27 unidades da Federação, 19 apresentaram variação positiva na comparação com julho de 2013, enquanto o Espírito Santo teve a maior variação nominal negativa, com -6,4%. O acumulado no semestre no Estado apontou um crescimento do setor de serviços de apenas 0,9%. Já o crescimento nos 12 meses, entre julho de 2013 e julho de 2014, chegou a 2,8%.
Vagas no Espírito Santo Mesmo com crescimento menor que a média nacional, o setor de serviços tem papel crucial na geração de empregos no Estado. Segundo a Federação do Comércio, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES), as empresas ligadas aos sindicatos que a compõem empregam 60% da mão de obra. No Espírito Santo, enquanto a indústria fechou em agosto um período de 12 meses com saldo de 2.977 vagas e um crescimento de 2,34% nos anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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O secretário de Estado de Desenvolvimento, Nery de Rossi, destacou que o setor de serviços é beneficiado com a atração de novos investimentos para o Espírito Santo. “Por meio da implantação de novas indústrias, gera-se ao redor uma demanda por serviços. Para cada emprego direto criado em uma indústria, criam-se três a quatro indiretos, a maioria em serviços terceirizados, como alimentação e vigilância, por exemplo”, explicou. Rossi ressaltou que a descentralização dos empreendimentos, com investimentos sendo realizados em diferentes regiões capixabas, fortalece ainda mais esta área. “A chegada de novas empresas exige qualificação e melhora o nível salarial dessas regiões. Além disso, muitos desses serviços acabam sendo prestados por micro e pequenas empresas (MPEs). A atração de grandes indústrias deixa um rastro de oportunidades. E queremos que essas comunidades se apropriem dessas oportunidades”, ressaltou. Apesar da desaceleração do crescimento do setor de serviços, o diretor-presidente da Aderes, Valdemar Fonseca dos Santos, acredita que as perspectivas são boas. “A atuação das MPEs é muito intensa nos bairros. E a pesquisa apontou que 82,5% desses empresários estão otimistas quanto ao futuro, mesmo com todo o cenário de incertezas na economia que estamos vivendo. Isso porque nos bairros o comércio é intenso, há muita demanda pela contratação de serviços corriqueiros, como de beleza, reparos etc. Para eles, o mercado está aquecido, pois as classes D e E, hoje, têm maior poder aquisitivo e acesso a serviços antes exclusivos das classes B e C”, explicou. Ele frisou que a busca por qualificação também tem ampliado o mercado, tanto para o varejo quanto para os serviços. “Fizemos 46 mil capacitações em 2014. O empresariado tem se capacitado, e isso já começa a se refletir na queda da mortalidade das empresas. Há 10 anos, essa mortalidade era de 70%, entre os dois e três primeiros anos da empresa. Hoje, está em torno de 50%. Ainda é um índice alto, mas tem caído, por causa da melhoria na gestão e no planejamento”, ressaltou.
7% Foi o crescimento da receita do setor de serviços no país no primeiro semestre deste ano 79
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economia | metalmecânico
Transformações revolucionárias no ES Formação de polos automobilístico e naval criará novas oportunidades para o empresariado e os trabalhadores da indústria metalmecânica
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etor produtivo tradicional do Espírito Santo, a área da metalmecânica vai ganhar novo fôlego para os próximos anos. Além da cadeia petróleo-gás, a formação de novos polos industriais no Estado possibilitará que empresas e profissionais capixabas possam se dedicar a empreendimentos de porte, que têm demandas contínuas, propiciando a geração de novas oportunidades de trabalho e de negócios. Essa é a visão do presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Espírito Santo (Sindifer), Manoel Pimenta, que se mostra animado com a magnitude da empreitada. “Agora é a oportunidade de os empresários reavaliarem seus processos produtivos e analisarem
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seus potenciais de criatividade. Estamos sofrendo com a concorrência asiática. Devemos treinar as pessoas e trabalhar em todas as frentes”, destacou. Numa breve avaliação sobre a situação atual e futura da atividade, Pimenta é otimista com relação ao horizonte de curto prazo. “Não tivemos nem alegrias nem tristezas em 2014. Criamos 500 empregos até junho. Mas tenho certeza que 2015 será um ano bem melhor. Se conseguirmos abrir 2 mil postos de trabalho, será um ano de muita alegria”, pontuou o presidente do Sindifer. O segmento metalmecânico capixaba reúne mais de 1.500 empresas, com mais de 44 mil empregos diretos e faturamento superior a R$ 8 bilhões por ano. anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Trabalhador do setor metalmecânico: perspectivas positivas para 2015 em novos polos no Espírito Santo
Fôlego em 2014 Embora muitos setores da indústria considerem o ano de 2014 como perdido, Manoel Pimenta ressaltou que os indicadores no Espírito Santo relacionados à metalmecânica são positivos, apesar das dificuldades, por dois motivos. O primeiro deles foi o religamento do Alto Forno 3 da ArcelorMittal Tubarão, que estava parado desde julho de 2012. O outro fator favorável foi a entrada em operação da Usina 8 da Vale. Com potência para fabricar 7 milhões de toneladas de pelotas por ano, a usina vai aumentar em 24% a capacidade de produção do complexo, que vai passar para 36,2 milhões de toneladas de pelotas por ano. Para Manoel Pimenta, as dificuldades encontradas em 2014 pelo setor da metalmecânica, especialmente pelas empresas que se dedicam às estruturas metálicas de caldeiraria, vão servir como boas lições para que haja uma reviravolta favorável ao empresariado. anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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No entanto, o presidente do Sindifer considera que os governos municipais, estaduais e federal deveriam dar maior apoio à melhora do cenário e à aceleração do crescimento promovendo o investimento em inovação. “Isso tem feito toda a diferença na China. Mas o que deve mesmo ocorrer é a mudança da política. A indústria está com baixa participação no PIB (Produto Interno Bruto). O que precisa ser levado em conta é que é a indústria quem gera os empregos de maior qualidade”, finalizou. Também o secretário de Estado de Desenvolvimento, Nery De Rossi, avalia o presente e o futuro dessa área como positivos. Para ele, a criação de um polo naval, em Aracruz, e de um polo automobilístico, entre Linhares e São Mateus, vai auxiliar o crescimento da região norte capixaba e demandar muitos trabalhadores. “A instalação dessas plantas vai gerar forte demanda para o setor metalmecânico, de forma contínua”, destacou. Um dos exemplos citados por De Rossi, a catarinense Librelato vai construir uma fábrica de implementos rodoviários em Linhares, com investimentos estimados de R$ 40 milhões. Já a Volare, empresa do Grupo Marcopolo especializada na montagem de micro-ônibus, anunciou, durante o lançamento da pedra fundamental da planta em São Mateus, em abril de 2014, que de 10 a 15 empresas devem se instalar na região. As operações devem começar em 2016; será a fábrica mais moderna do grupo no mundo. Segundo o secretário, ao lado do polo automobilístico, também a indústria naval, inaugurada em Aracruz com a instalação do Estaleiro Jurong e ainda com o terminal da capixaba Imetame, tem dado às empresas de metalmecânica a oportunidade de prestar serviços e aumentarem sua competitividade. A empresa de Singapura já havia feito reuniões junto a Governo, representantes do setor e Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) para firmar parcerias com o intuito de privilegiar as indústrias e a mão de obra local. O segmento deve ganhar fôlego também com a implantação do polo tecnológico a ser erguido nas proximidades do campus de Manguinhos, na Serra, do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes). A iniciativa é federal, o protocolo de intenção
44 mil É o número de empregos diretos que o setor da metalmecânica possui 81
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economia | metalmecânico
Estande da Findes na Mec Show: mais de 17 mil visitantes passaram pela feira, cujos negócios movimentaram mais de R$ 50 milhões
já foi assinado, e a área da metalmecânica é uma das contempladas.
Negócios somam mais de R$ 50 milhões A força do setor metalmecânico capixaba fica evidente a cada ano, com a realização da Mec Show - Feira da Metalmecânica,
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Energia e Automação, realizada desde 2008. Mais de 17 mil visitantes de 17 estados brasileiros circularam pela aguardada edição 2014 do evento, que ocorreu de 22 a 25 julho, no Carapina Centro de Eventos, na Serra. Os negócios e contratos futuros estimados ultrapassaram a marca de R$ 50 milhões para os próximos 12 meses. Visitantes internacionais, de países como Estados Unidos, Canadá, Portugal e Itália, vieram ao evento motivados, principalmente, para contatos no setor de petróleo e gás natural. A feira de 2015 já está confirmada e será realizada entre os dias 28 e 31 de julho. Em 2014, o prêmio Mec Inova, promovido pelo Sindifer e pelo Centro Capixaba de Desenvolvimento Metalmecânico (Cdmec), agraciaram a empresa capixaba Frioar em 1º lugar. Ela se preparou durante 14 meses para desenvolver um equipamento inédito, um supercondicionador de ar de 700 kg, capaz de resfriar, em pouco tempo, espaços de confinamento dos jatos militares, como a asa. O produto foi adquirido pela Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer).
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Pesquisa DESTAQUES 2014 | metologia
Empresário, Executivo e Empresa Destaques 2014
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ais uma vez, o anuário IEL 200 Maiores Empresas no ES, traz a eleição do Empresário, da Empresa e do Executivo Destaque. Esse processo de escolha foi realizado via internet, com participação de um público representativo, formado por empresas, fornecedores do Prodfor, órgãos de apoio e fomento, diretores, conselheiros, executivos e gerentes do Sistema Findes, membros dos Conselhos Temáticos e da Assessoria Técnica da Findes, Federação do Comércio, jornalistas e editores dos principais veículos de comunicação do estado do Espírito Santo e outros formadores de opinião. A eleição ocorre em duas fases: • Primeira etapa: Eleição por meio de livre votação dos pré-candidatos a Empresário, Executivo e Empresa Destaque 2014; • Segunda etapa: Consistiu na efetiva eleição do Empresário, do Executivo e da Empresa Destaque 2014, a partir dos três mais votados em cada categoria na primeira fase. Para essa finalidade, foram adotados os seguintes conceitos: • Empresário Capixaba Destaque: empresário capixaba que mais se destacou no ano de 2014.
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• Empresa Destaque em Operação no ES: empresa em operação no Espírito Santo que mais se destacou em 2014. • Executivo Destaque: principal executivo de empresa em operação no ES, que mais se destacou em 2014 na condição de dirigente. Todo o processo e o sistema de eleição foram desenvolvidos e acompanhados pela equipe do IEL-ES, em ambiente web, por meio de uma interface para o usuário (eleitores) e uma área restrita para os administradores do sistema, atendendo aos requisitos de segurança e performance, que permitem a cada destinatário votar apenas uma única vez. Os e-mails foram disparados por dispositivos do sistema, a partir das informações alimentadas no banco de dados pela equipe do IEL-ES. O conteúdo do texto esclareceu que a forma de votação indicava um link para acesso ao site da eleição, em que o sistema gerava um código de forma aleatória, não permitindo nova indicação. A votação ocorreu nos meses de setembro e outubro de 2014. Após esse período, foram gerados os relatórios com os resultados da apuração.
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Pesquisa 2014 | empresário destaque
Luiz Wagner Chieppe O empresário construiu uma carreira de sucesso num dos maiores conglomerados empresariais do país
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diretor de Relações Institucionais do Grupo Águia Branca e membro do Conselho de Administração, Luiz Wagner Chieppe, 64 anos, foi eleito o Empresário Destaque 2014 graças à sua trajetória de sucesso na organização. Graduado em Ciência Contábeis, ele possui 43 anos de experiência profissional e já atuou em diferentes frentes de negócios na empresa, que possui sede administrativa em Vitória (ES). Em 1971, com apenas 21 anos, o empresário iniciou sua trajetória no grupo, quando ainda funcionava na Avenida Lindenberg (na época rodovia), em Vila Velha. Dois anos depois, então com 23, foi convidado a administrar a recém-comprada Viação Penedo, voltada ao transporte urbano de Vitória. Em 1974, foi para a cidade de Itabuna, na Bahia, onde atuou na Expresso São Jorge, adquirida pela Águia Branca quando tinha apenas 12 ônibus. No período entre 1974 a 1992, Wagner dirigiu e promoveu a expansão do grupo na Bahia, onde também presidiu a Federação das Empresas de Transporte da Bahia e Sergipe (Fetrabase). Depois de 20 anos de atuação naquele estado, em 1993 ele retorna a Vitória e assume a Diretoria da Águia Branca Cargas, cargo que ocupou até 2004, quando foi nomeado para exercer a Diretoria de Relações Institucionais do Grupo. A trajetória do empresário caminha em paralelo com a própria história do Grupo Águia Branca, que teve origem em 1946 e que tem passado por um crescimento contínuo nesses 68 anos de existência. Atualmente, é constituído por uma holding e
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12 empresas que geraram um volume de negócios de R$ 4,6 bilhões em 2013. “Em 2014, nosso faturamento deve ser de 5,2 bilhões, com a geração de 15 mil empregos. Já em 2015, nossa perspectiva de crescimento é de 10% a 12%”, afirma Chieppe, para quem a premiação é fruto de mais de quatro décadas de dedicação aos negócios da companhia e de sua atuação em movimentos voltados para a classe empresarial. “Parte desse reconhecimento vem de nossa atuação em entidades de classes, cujo propósito é lutar pelo desenvolvimento sustentável do Espírito Santo e por uma sociedade melhor e mais justa. Isso nos estimula a continuar nesse caminho”, diz ele. Em paralelo à carreira profissional, o empresário foi, por dois mandatos, presidente da Federação das Empresas de Transportes do Estado do Espírito Santo (Fetransportes). Atualmente, é o presidente do movimento empresarial Espírito Santo em Ação e diretor da Confederação Nacional do Transporte (CNT). Além disso, coordena o Fórum de Entidades e Federações (FEF), que reúne as principais entidades de classe do Estado. Sua carreira empresarial já lhe valeu outros prêmios. Ele já foi homenageado como Empresário Destaque pelo IEL-ES em 2012 e foi agraciado pela Confederação Nacional do Transporte com a Ordem do Mérito do Transporte Brasileiro Medalha Juscelino Kubitschek nos anos de 2011 e 2013, no grau de Grande Oficial. anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Pesquisa 2014 | executivo destaque
Ricardo Vescovi de Aragão Engenheiro metalúrgico, Ricardo Vescovi atua há 21 anos na Samarco, onde passou por várias áreas até chegar à presidência
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ascido em Vitória, no Espírito Santo, Ricardo Vescovi de Aragão, 44 anos, é graduado em Engenharia Metalúrgica pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e pós-graduado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Após passar por várias áreas da Samarco Mineração, desde 2012 exerce o cargo de diretor-presidente. O executivo ingressou na Samarco em fevereiro de 1993, como engenheiro de Processo nas operações da Unidade de Ponta Ubu, em Anchieta. Sua trajetória na empresa inclui a chefia do Departamento de Pelotização, a gerência da Produção e as gerências gerais de Marketing e Operações de Pelotização, além da diretoria de Operações e Sustentabilidade. Entre os cursos que realizou estão “Skills, Tools and Competencies” pela Fundação Dom Cabral (FDC), “Kellogg School of Management”, nos Estados Unidos; “Insead”, na França, e “Orchestrating Winning Performance” pelo IMD, na Suíça. Colecionador de vários prêmios ao longo da carreira, este ano ele foi eleito o “Executivo Destaque 2014”. Para Vescovi, ser reconhecido por meio de uma instituição tão importante para o Espírito Santo, como o IEL, representa o reflexo da aprovação da sociedade. “São indicações que nos mostram que estamos seguindo no rumo certo, enfrentando novos desafios a cada dia, mas com o olhar voltado para o futuro e em busca de resultados que nos impulsionem sempre”, diz ele. Vescovi tem mostrado que a experiência adquirida ao longo de sua vida profissional tem sido
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fundamental para o crescimento da mineradora. Durante sua gestão, inaugurou a quarta usina de pelotização e adotou um modelo que prioriza o desenvolvimento sustentável e o relacionamento de confiança com seus clientes, colaboradores e a sociedade. A expansão aumentou em 37% a capacidade de produção da Samarco, que passa a ser de 30,5 milhões de toneladas de pelotas de minério de ferro por ano. Para alcançar a cultura de excelência e o desenvolvimento de um ambiente favorável à criatividade, a Samarco utiliza as metodologias Lean Seis Sigma e Kaizen, que contribuem para a redução de variação de processos, a redução dos custos e o aumento de produtividade. Somente em 2013, foram implantados 93 projetos Lean Seis Sigma e 514 Kaizens, que contaram com a participação de 913 empregados, o que gerou retorno financeiro de R$ 196 milhões para a empresa, além de diversos benefícios voltados à segurança, ao meio ambiente e à qualidade. Sua atuação na Samarco já lhe rendeu diversos prêmios, entre eles o troféu Amigo da Indústria da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e a homenagem concedida no Prêmio Líder Empresarial, promovido pela Rede Vitória, ambos em 2014, e a Medalha da Inconfidência (2013), a mais alta condecoração concedida pelo Governo de Minas Gerais. anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Pesquisa 2014 | empresa destaque
Lorenge: expansão e novos desafios no mercado
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Lorenge S.A. começou sua história em 1980, quando os filhos mais velhos dos Lorenzon migraram de Marilândia, no interior do Estado, para Vitória, a fim de estudar e conquistar uma profissão. Por meio de reuniões familiares, lideradas pelo patriarca camponês Vicente Lorenzon, foi firmado o primeiro trabalho de construção de um sobrado em Jardim Camburi. Nascia, assim, a história do Grupo, que foi eleito novamente a Empresa Destaque pela pesquisa do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES). Agora, três décadas depois, a construtora se destaca entre as de maior crescimento no país. Os números recentes mostram isso. Em 2013, o faturamento superou os R$ 304 milhões. Hoje a companhia atua nos segmentos de prédios residenciais, corporativos, shopping centers e condo-hotel, com um total de 7 mil imóveis entregues em terras capixabas. Já em 2014, a previsão é de fechar com R$ 412 milhões de faturamento, um crescimento de 36% em relação ao ano passado. Para o presidente da Lorenge, José Élcio Lorenzon, a conquista dessa premiação é resultado de um trabalho sério e responsável ao longo dos anos e graças à solidez e credibilidade da empresa. “A Lorenge sempre busca as melhores práticas de mercado e a excelência em termos de governança corporativa para manter os bons procedimentos administrativos”, comenta. Com o passar do tempo, a empresa buscou novos sócios e transformou o negócio em sociedade
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anônima (S.A), com práticas consolidadas de governança corporativa. De acordo com Élcio Lorenzon, essa boa performance estimula a Lorenge S.A. a seguir sua trajetória com metas de crescimento arrojadas e desenvolvimentistas, ampliando cada vez mais sua área de atuação. “As ações realizadas nos últimos anos tiveram como pilares nosso valores, que primam pela transparência e respeito ao público. Além disso, estamos em constante desenvolvimento e trabalhamos para implantar soluções práticas e inovadoras que acompanham as tendências do mercado”, explica. A empresa opera hoje em oito cidades do Espírito Santo e este ano está expandindo seus negócios para as cidades de Campos dos Goyatacazes e Macaé, no Rio de Janeiro, cujos emprendimentos totalizam R$ 385 milhões no valor geral de vendas. “A expansão é um fator natural no processo de desenvolvimento empresarial e como estratégia de crescimento, vislumbramos novas oportunidades externas e outros mercados fora do território capixaba”, diz Lorenzon. Outra decisão estratégica para 2014 é que a construtora passará a destinar a maior parte de seus projetos para as classes A e B, saindo dos empreendimentos de categoria econômica. “Queremos nos aperfeiçoar para atender a um público específico, por isso os próximos projetos contemplam produtos de alto padrão. Esse novo posicionamento é resultado de uma análise de mercado, que aponta para a demanda por esse perfil de empreendimento, em especial nas regiões onde eles serão construídos”, explica o empresário. anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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PRÊMIO IEL EM GESTÃO 2014
A Pred Engenharia investiu em processos de gestão e conquistou o Prêmio IEL em Gestão Empresarial 2014
Pred Engenharia se sobressai em Gestão Empresarial
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m sistema de gestão baseado em planejamento estratégico e alinhado com os melhores resultados para a satisfação total do cliente. Foi com esse resultado que a Pred Engenharia conseguiu se consolidar no mercado de engenharia de manutenção, com forte atuação na prestação de serviços de planejamento sobre o ciclo de vida de equipamentos industriais. Fundada há 21 anos e com sede no bairro Jardim Camburi, em Vitória, a empresa desenvolveu em 2002 um software que oferece um pacote de soluções integradas para gestão industrial, batizado de S3i. Em 2006, implementou um modelo próprio de gestão de manutenção e conseguiu expandir seus negócios por todo o Brasil e outros países da América Latina. O método associa conceitos de gestão de qualidade e de manutenção preditiva, visando ao aumento da produtividade. “As ações são baseadas em fatos e dados obtidos de forma segura, sistemática e periódica, diretamente dos equipamentos na linha de produção, o que reduz os custos e aumenta a produtividade”, diz o diretor da Pred Engenharia, Ozório Rezende Correia Filho. Com a solução, a empresa conseguiu reduzir os custos de manutenção de seus clientes em torno de 25%, segundo ele. “São ganhos representativos, uma vez que o custo para manter as máquinas
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industriais funcionando gira em torno de 20% a 40% do custo total da produção”, explica. Em 2011, a convite da Vale, a empresa, que conta com 21 funcionários, entrou no programa de encadeamento produtivo do “Sebrae Mais”, e novas oportunidades de melhorias e inovação surgiram. O planejamento estratégico foi revisto, com investimentos em melhorias de processos. “Foi um divisor de águas. Mudamos a nossa missão e ganhamos visibilidade”, define Rezende. Entre 2012 e 2013 o faturamento da Pred Engenharia aumentou 78%, e a carteira de clientes cresceu 15%. “No período, mantivemos 90% do número de contratos, com 93 empresas que já eram nossas clientes”, diz o empresário. Para se manter competitiva no mercado, a companhia investe cerca de 8% do seu faturamento bruto em pesquisa e desenvolvimento, e costurou alianças estratégicas com empresas gigantes mundiais de tecnologia. “O próximo passo é consolidar a empresa para se transformar numa franquia”, diz Rezende. Além de vencedora do Prêmio IEL em Gestão, a empresa é certificada pelo Prodfor, foi vencedora nas categorias “serviço” e “inovação” da etapa Espírito Santo do Prêmio Micro e Pequena Empresa (MPE) Brasil do Sebrae, em 2013. anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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PRÊMIO IEL/ABRH | MELHOR EMPRESA PARA SE TRABALHAR NO ES
Nova premiação vai destacar a melhor empresa para se trabalhar no Espírito Santo Prêmio levará em conta as boas práticas em gestão de pessoas, identificando, também, o grau de satisfação dos funcionários
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sucesso de uma organização não depende exclusivamente de um bom produto ou de um alto capital. Cada vez mais, a adequada gestão de pessoas e, por consequência, a valorização do capital humano corporativo estão reconhecidamente entre os principais investimentos das empresas preocupadas com a qualidade de vida e a retenção de talentos como fatores que contribuem diretamente para o seu desenvolvimento. A partir de 2015, a primeira edição do “Prêmio IEL/ABRH - Melhor Empresa para se Trabalhar no Espírito Santo” será concedida pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES) e pela Associação Brasileira de Recursos Humanos – Seccional Espírito Santo (ABRH), que estabeleceram uma parceria para identificar as organizações que mostram grande preocupação com os seus funcionários e que têm boas práticas em programas de gestão de pessoas. As inscrições serão abertas para todas as empresas do Estado a partir de janeiro de 2015. A pesquisa vai avaliar cases de referência nas áreas de clima organizacional, desenvolvimento de colaboradores e aperfeiçoamento dos líderes, e serão avaliados critérios como grau de satisfação dos funcionários e grau de engajamento da equipe.
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“Um prêmio desse porte representa um reconhecimento para as empresas. E esse reconhecimento da sociedade, dos clientes, e, sobretudo, dos funcionários, elegendo-a como a melhor empresa para se trabalhar no Espírito Santo, sem dúvida, irá colocá-la num patamar diferenciado no mercado, o que despertará o interesse de muitos profissionais. Uma equipe feliz, que se sente valorizada e reconhecida e atendida em suas expectativas, certamente, é a grande responsável pelos resultados de qualquer organização”, explica Fábio Dias, superintendente do IEL-ES. Para a psicóloga e presidente da ABRH-ES, Danielle Quintanilha, o prêmio vem marcar o momento que o mundo dos negócios está vivendo. “Diante da competitividade acirrada, não bastam somente a alta tecnologia e os investimentos nos processos produtivos. É necessário inovação, para possibilitar o aumento de produtividade, item essencial nesse cenário. Para isso, a gestão de pessoas ganha uma dimensão muito maior. O prêmio surge, então, como um instrumento de orientação para as empresas capixabas, contribuindo para o desenvolvimento das pessoas e das organizações, o que certamente impactará em empresas mais produtivas e rentáveis e funcionários mais realizados e saudáveis em seus ambientes de trabalho”, disse. anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Destaque empresarial VALE Fotos: Vale
Investimento de mais de US$ 1,3 bilhão, a Usina 8 é a maior do Complexo de Tubarão e um dos maiores projetos privados do Espírito Santo
Vale: Usina 8, novo trem e modernização do porto A operação da oitava usina de pelotização, a chegada do novo trem de passageiros e o investimento na modernização do Porto de Tubarão marcaram as atividades da Vale no Espírito Santo em 2014
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Vale concentra suas atividades no Estado no Complexo de Tubarão, em Vitória, com 14 quilômetros quadrados de área física. No local funcionam as diretorias de Pelotização, de Operações Portuárias e de Operações Logísticas da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM). Cerca de 20 mil pessoas, entre empregados próprios, contratados, clientes e fornecedores, circulam diariamente pela área operacional da empresa no Espírito Santo. Este ano a companhia deu início à operação de sua oitava usina de pelotização no Complexo de Tubarão. Com capacidade para produzir 7 milhões de toneladas de pelotas por ano, a unidade vai aumentar em 24% a capacidade de produção do complexo, que vai passar para 36,2 milhões de toneladas de pelotas por ano. Investimento de mais de US$ 1,3 bilhão, a Usina 8 é a maior de Tubarão e um dos maiores investimentos privados do Espírito Santo.
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Sua instalação gerou negócios de US$ 566,6 milhões com empresas do Estado, que responderam por 60% de todos os contratos assinados durante a obra. O projeto da usina empregou diretamente mais de 12.200 pessoas durante sua implantação. Nove entre cada 10 dos postos de trabalho gerados foram ocupados por moradores do Espírito Santo. Cerca de 300 empregados próprios atuam na operação da usina, que também gera outras 30 vagas permanentes para empregados de empresas terceirizadas. Por se tratar de mão de obra técnica, que requer qualificação, as contratações próprias foram realizadas há mais de um ano. Além de contratar profissionais experientes do Estado, a Vale também investiu na capacitação dos mais jovens, por meio de parceria com o Senai que incluiu formação teórica e técnica, além de treinamento nas demais usinas já em funcionamento. anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Com sistemas automatizados que garantem eficiência na produção, segurança aos operadores e cuidado com o meio ambiente, a Usina 8 entra em operação como uma das mais modernas plantas de pelotização do mundo. A Usina 8 e seu pátio de estocagem de pelotas foram projetados com os mais avançados controles ambientais, testados e aprovados em diversos países e já implantados nos últimos anos no Complexo de Tubarão. Trata-se de precipitadores eletrostáticos, supressores de pó, barreiras de vento (wind fences), enclausuramento de casas de transferências de correias e sistemas que permitem o reuso de água e garantem a eficácia da gestão ambiental das operações da Vale em Tubarão. Além disso, o forno da usina está preparado para operar 100% com gás natural e apresenta uma eficiência energética 15% superior às plantas tradicionais.
Novo trem de passageiros Também este ano a Vale deu início à operação do novo Trem de Passageiros da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM). Única empresa do país a oferecer, diariamente, o transporte ferroviário de passageiros em longa distância, a mineradora anunciou um investimento de US$ 80,2 milhões para a compra de novos vagões. Fabricados na Romênia, os vagões obedecem a padrões europeus de qualidade. São ao todo 56 novos carros, sendo 10 executivos e 30 econômicos, além de carros restaurante, lanchonete, gerador e cadeirante (destinado a pessoas com dificuldade de locomoção). Cada carro executivo tem capacidade para transportar 57 passageiros. Já nos econômicos há 75 lugares. Em ambas as classes os carros são climatizados e contam com tomadas elétricas individuais nas poltronas para possibilitar o carregamento de equipamentos eletrônicos, como notebooks e telefones celulares. Os novos carros também são equipados com monitores de vídeo para oferecer uma opção de entretenimento aos passageiros durante a viagem. Além disso, toda a composição conta com detector de fumaça, aumentando a segurança dos usuários. Os carros da classe executiva contam com sistema de som e iluminação individualizados para dar maior conforto e comodidade aos anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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O Porto de Tubarão, considerado o mais eficiente do mundo, também está recebendo investimentos para modernização de suas instalações
viajantes. Outro diferencial são as poltronas, mais confortáveis. Considerada uma das ferrovias mais produtivas do Brasil e uma das mais modernas do mundo graças aos investimentos em recursos humanos e em modernas tecnologias EFVM completou, em 2014, 110 anos de operação. Por seus 905 quilômetros de extensão passam diariamente pelo menos 60 tipos de produtos, entre minério de ferro, aço, soja, carvão e calcário, entre outros, o que representa 40% de toda a carga ferroviária do país.
Modernização do Porto de Tubarão O Porto de Tubarão, considerado o mais eficiente do mundo em termos de giro de pátio (eficiência na movimentação de minério e pelotas nos pátios de estocagem), também está recebendo investimentos. Nos próximos cinco anos, o porto passará por um plano de investimentos voltados à modernização das suas instalações. O trabalho, que envolve um montante de R$ 1,8 bilhão, compreende desde a revitalização do sistema elétrico dos seus terminais marítimos, até a substituição de máquinas de pátio. Trata-se do maior exportador de minério de ferro e pelotas do mundo. Inaugurado no dia 1º de abril de 1966, o Porto de Tubarão recebe cerca de 1.200 navios por ano, entre eles os maiores graneleiros do mundo, os Valemax, com capacidade para 400 mil toneladas 97
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Destaque empresarial
Fabricados na Romênia, os novos vagões da EFVM obedecem a padrões europeus de qualidade. São ao todo 56 novos vagões, todos climatizados
De 2,9 milhões em 1966 para as atuais 120 milhões de toneladas de minério e pelotas por ano, o modal portuário teve participação decisiva no escoamento da crescente produção da Vale ao longo dos anos e marcou seu lugar na história da empresa, do Espírito Santo e do Brasil. Sempre à frente do seu tempo, o Porto de Tubarão, quando inaugurado, tinha capacidade fora do comum para a época. Podia receber navios de 150 mil toneladas, embora a maioria da frota da época tivesse, no máximo, 60 mil toneladas. O porto foi a mola propulsora das atividades da Vale no Espírito Santo e o trampolim para que o Estado, cuja economia era centrada no café, pudesse diversificar suas atividades atuando em outros atrativos industriais e comerciais. Com a instalação das usinas de pelotização, o porto se transformou em Complexo de Tubarão. Hoje, Tubarão é o maior complexo exportador de pelotas do mundo. Também fazem parte do Complexo Portuário de Tubarão o Terminal de Praia Mole (TPM), que atua na movimentação de carvão mineral, coque e manganês; o Terminal de Granéis Líquidos, que é operado pela Petrobras na movimentação de combustíveis; e o Terminal de Produtos Diversos (TPD), responsável pela movimentação de grãos e fertilizantes.
Responsabilidade socioambiental Até o primeiro semestre deste ano, a Vale investiu US$ 941,5 milhões no Espírito Santo. 98
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Recursos destinados a iniciativas socioambientais somaram US$ 22,8 milhões nos primeiros seis meses deste ano. A Vale mantém importantes ativos socioambientais no Espírito Santo, como o Museu Vale, o Parque Botânico Vale, a Reserva Natural Vale, o Trem de Passageiros e a Estação Conhecimento, que fomentam o desenvolvimento ambiental, social e cultural do Estado por meio do acesso à cultura, ao lazer e ao conhecimento. Nos últimos anos a empresa investiu cerca de R$ 700 milhões na modernização e implantação de novos equipamentos de proteção ambiental no Complexo de Tubarão. O objetivo é investir cada vez mais em ações e alternativas voltadas a controlar e a reduzir o impacto das operações e, assim, contribuir de forma ainda mais efetiva para a qualidade de vida dos moradores da Grande Vitória. Um bom exemplo do investimento social é a Estação Conhecimento, na Serra, com três anos de atuação e que tem o objetivo de colaborar na formação integral de crianças e jovens por meio do esporte, do convívio social, da cultura, da profissionalização e do empreendedorismo. Cerca de 1500 crianças adolescentes são atendidos pelo projeto. Em Vila Velha, o Museu Vale desenvolve há 16 anos programas de arte-educação e capacitação de jovens atrelados às exposições que recebe e já se tornou referência para a arte contemporânea no Brasil. anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Destaque empresarial COIMEX Fotos: Coimex
A Tegma é uma das empresas do segmento de logística do grupo Coimex. Foi criada em 1998 e abriu seu capital em 2007
Grupo Coimex: há 65 anos impulsionando o desenvolvimento do Espírito Santo Fundado por Otacílio Coser há 65 anos, o Grupo Coimex nasceu no Espírito Santo e sempre contribuiu para a evolução da economia e da infraestrutura do Estado
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ascido em Itaguaçu (ES) em 1927, Otacílio Coser cresceu em meio aos cafezais da região e com apenas 17 anos estabeleceu-se na capital, Vitória. Em 1949 criou a Sinal Corretagem de Café, já demonstrando seu apurado olhar empreendedor que o transformaria em um dos mais notáveis empresários capixabas. No mesmo ano foi um dos fundadores do Centro de Comércio de Café de Vitória (CCCV) e em 1952 criou a exportadora Otacílio Coser & Cia, mais tarde Coser Café. Sempre atento às oportunidades criadas com a evolução urbana e econômica do Estado, Otacílio fundou em 1953 a Sociedade Imobiliária Nova América, que implantou o loteamento Cobilândia. Em 1955, comprou a Vitoriawagen, que seria a maior concessionária Volkswagen do Espírito Santo, abrindo importante frente de atuação nesse setor. 100
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Na década seguinte, diante da crise da cafeicultura que afetou seriamente o Estado, Otacílio saiu em busca de alternativas. Em 1970 apoiou a implementação do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap), mecanismo de fomento para intensificar a utilização da infraestrutura portuária, até então focada em exportações. No ano posterior criou a primeira empresa a operar pelo Fundap, a Blomaco, que se notabilizou pela importação de cobre. Pouco depois, o Grupo iniciou uma série de investimentos agroindustriais. Com a Agrosuco, inaugurada em 1973, tentou iniciar o plantio e a industrialização do abacaxi. O empreendimento não seguiu adiante, mas representou a introdução da cultura no Estado. Em 1980 também investiu na instalação de uma usina de álcool em São Mateus, a Almasa. anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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A grande evolução do Grupo, porém, foi na área de comércio internacional. Em 1976 foi adquirida a Companhia Importadora e Exportadora, a Coimex, empresa que legou o nome ao Grupo, dando origem à Coimex Trading. A empresa estendeu sua atuação para São Paulo e Rio de Janeiro, com a implantação de infraestrutura voltada à logística de distribuição, como a Coimex Armazéns Gerais, em 1989, mais tarde integrada à Coimex Logística Integrada (CLI). Na década de 1990 a Coimex deu um importante salto em seu desenvolvimento. Com a abertura comercial promovida pelo governo Collor, a empresa convenceu as indústrias automobilísticas de que o Fundap conferia ao Espírito Santo um diferencial competitivo em relação aos maiores portos do país para as operações de importação de veículos. De fato, em 1994 mais de 80% dos veículos importados no Brasil chegaram por lá – e por meio da Coimex. O resultado foi um crescimento sem precedentes que levou o Grupo, que já contava com a atuação da segunda geração dos Coser, a iniciar um processo de profissionalização e de redefinição estratégica, resultando na estruturação da holding Coimex Empreendimentos e Participações, a CoimexPar, em 2000.
Fundação Otacílio Coser Alinhada ao processo de profissionalização do Grupo Coimex, a Fundação Otacílio Coser foi criada em 1999, visando a promover a substituição da filantropia tradicional pelo investimento social privado. A Fundação atua apoiada no tripé formado pelo princípio de Desenvolvimento de Base (programas e projetos que promovam o desenvolvimento do potencial e a autonomia dos públicos visados), Educação e Voluntariado Corporativo. Em 2003 a Fundação foi certificada como Instituição de Utilidade Pública no âmbito federal e municipal. Até 2014 seus projetos e programas já beneficiaram cerca de 100 mil pessoas, entre crianças, jovens e adultos nos estados do Espírito Santo e de São Paulo.
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Enquanto isso, o Grupo investiu em empreendimentos de maior envergadura. Em 1998 era criada a Empresa Brasileira de Terminais Portuários (Embraport), com o objetivo de construir em Santos, litoral de São Paulo, o maior complexo portuário privado do país. No ano seguinte foi adquirida participação na Rodosol – Concessionária Rodovia do Sol S/A. Na área de logística, em 1996, o Grupo integrou a Companhia Portuária de Vila Velha (CPVV), que se destacou a partir dos anos 2000 como porto offshore. Em 1998 a Coimex constituiu a Tegma Gestão Logística, especializada no transporte de veículos zero quilômetro. Em 2002 participou da composição da Companhia Energética de Petrolina (CEP), em Pernambuco, uma das mais modernas usinas do país. Esse ciclo de grandes investimentos só foi interrompido pela crise econômica global de 2008, que afetou os resultados do comércio exterior, levando o Grupo a concluir que era necessário centrar-se em negócios que tivessem forte geração de caixa, não sendo viável permanecer num segmento que apresentava enorme volatilidade de preços e não oferecia margens compatíveis. Assim, em 2009 as atividades da Coimex Trading foram finalizadas, e começaram a ser vendidos outros ativos não estratégicos, como as concessionárias de veículos, embora fosse mantida a Coimex Administração de Consórcios – Consórcio Viwa, líder no mercado capixaba. A empresa ingressaria no segmento de imóveis, atividade que ganhou força a partir de 2006, sob a Coimex Capital Empreendimentos Imobiliários. Em 2013, com a Eco 101, o Grupo reforçou sua presença no segmento de concessão rodoviária, detendo parcela do capital da concessionária que administra o trecho da BR 101 que corta o Espírito Santo. Hoje a CoimexPar se consolidou como uma holding de investimentos, totalmente profissionalizada e apoiada num modelo exemplar de governança. Buscando manter a sinergia e a identidade dos investimentos do Grupo, tanto em relação às empresas das quais detém o controle acionário como àquelas em que tem participação, a Coimex chega aos 65 anos como um dos maiores grupos empresariais do Espírito Santo, sua terra natal, onde até hoje mantém parcela expressiva de seus investimentos. 101
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Destaque empresarial SOETA
Fotos: Tadeu Brunelli
O restaurante já é convidativo pela fachada. Uma bucólica casa na Praia do Canto, em Vitória, ganhou ares sofisticados.
Soeta Restaurante: talento em transformar o simples em genial Inaugurado oficialmente em 2010, o Soeta é fruto da idealização dos sócios Marly Farah, Bárbara Verzola e Pablo Pavón. Em menos de cinco anos, o restaurante capixaba já figura entre os melhores do país
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esmo jovens, os sócios do Soeta Restaurante – uma empresária e dois chefs de cozinha – têm um currículo de peso. Os três reuniram toda a experiência que acumularam trabalhando nos melhores restaurantes do país e do mundo para investir no Espírito Santo. A chef capixaba Bárbara Verzola tinha certeza de que, após longa experiência em restaurantes estrelados nacionais e internacionais, acabaria voltando à terra natal para colocar em prática sua grande paixão. O chef equatoriano Pablo Pavón, que também tem um currículo extenso pelas melhores cozinhas do planeta, também
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embarcou nessa viagem, e os dois abriram, junto a administradora Marly Farah, o Soeta – o primeiro restaurante de alta gastronomia do Estado. A meta, na época, era apresentar ao mercado capixaba um serviço de excelência e transformar o estabelecimento em referência no segmento, com projeção nacional. Os desafios foram além da questão comercial. “Nós estudamos muito o mercado do Espírito Santo e nos adaptamos a ele. Da abertura do restaurante pra cá, tivemos que seduzir o cliente e mostrar que o Soeta é uma proposta possível para os capixabas”, explica Marly Farah.
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E tem dado certo. Com reconhecimento dos clientes e da mídia especializada, o Soeta continuou investindo no negócio e, antes de completar os primeiros cinco anos de existência, o restaurante já é sucesso de crítica e campeão em premiações Brasil afora. A casa foi considerada pelo Guia 4 Rodas a “Melhor Novidade do Brasil”. Isso em 2011, em seu segundo ano, quando dava os primeiros passos. Desde então, foi campeã de todas as edições da Veja Espírito Santo, nas categorias “Melhor Restaurante da Grande Vitória” e “Chefs do Ano”. E não é para menos. O emprendimento é de dois chefs de cozinha que trabalharam juntos no então melhor restaurante do mundo: o extinto El Bulli, na Costa Brava espanhola, cuja cozinha arrebatou várias estrelas do Guia Michelin, o prêmio máximo da culinária mundial. Com um currículo desse, quem disse que precisa sair do Espírito Santo para ter uma experiência única em um restaurante de alta gastronomia? Aliados a Marly Farah, os chefs fizeram mais: colocaram Vitória na rota do público, dos críticos e dos guias gastronômicos brasileiros. Hoje, o Soeta é considerado um dos melhores restaurantes de cozinha contemporânea do Brasil.
Especializado em alta gastronomia, o Soeta aposta em pratos que lembram obras de arte
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Na foto (da esquerda para à direita) Pablo Pavón, Marly Farah e Barbara Verzola
Esperteza de coruja Soeta, no dialeto vêneto, significa coruja. E ela pode ser vista em cada cantinho do espaço, que fica na Praia do Canto, em Vitória. Foi com sabedoria digna das corujas, criatividade e senso de oportunidade que o Soeta conseguiu deslanchar no mercado abrindo um leque extenso de negócios e se tornando uma empresa de sucesso. A inovação constante se tornou necessidade, principalmente diante da crise no segmento gastronômico capixaba. A partir desse cenário, para que a empresa fosse viável economicamente, os sócios estruturaram uma maratona de estratégias para seguir inovando e proporcionando novas experiências a seu público. Já no segundo ano de funcionamento, o restaurante abriu as portas, durante o dia, para almoço executivo, cursos e eventos em seu espaço reservado. Criou ainda o festival “Soeta Recebe”, quando a casa recebe também aos chefs nacionais, para que desembarquem em Vitória e mostrem o melhor de sua cozinha. É uma oportunidade única de apresentar aos capixabas o que há de mais atual na cena gastronômica brasileira. Foi assim, se reinventando, que o Soeta, coruja capixaba, conseguiu estabelecer o negócio no mercado do Espírito Santo e alçar voos ainda mais altos. Evolução da espécie.
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Destaque empresarial ELETROMIL
Grupo Eletromil, comemora 30 anos de sucesso
Eletromil, um grupo com muita energia A Eletromil Comercial Ltda é especializada em materiais elétricos, com amplo estoque para pronta-entrega e estacionamento fácil. Montagem especializada de quadros e painéis elétricos, com atendimento personalizado e 30 anos de tradição no mercado
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om otimismo e apaixonado pelo Estado do Espírito Santo, Joatham Flores apostou no segmento de materiais elétricos, onde atuou por 15 anos como representante comercial, até abrir seu próprio negócio em 1984, a Eletromil, e de imediato criou seu slogan, “Pensou em material elétrico? Eletromil!”. Seu conceito de comércio estabelece que na loja não pode faltar produto, o cliente precisa encontrar o que precisa, e a negociação
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e a entrega precisam fluir rapidamente, o que resulta na satisfação do cliente. Natural de Nova Venécia, vindo de família humilde, mudou-se para Vitória aos 20 anos de idade, e desde então este capixaba não parou de crescer. Hoje dirige o Grupo Eletromil, com faturamento anual de R$ 140 milhões. Acompanha de perto o crescimento e o desenvolvimento de nosso Estado, onde acredita que ainda há oportunidades potenciais.
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A trajetória nestes 30 anos de atividade teve vários obstáculos, principalmente os planos econômicos. Contudo, com a criação do plano Real, a economia se estabilizou, e o planejamento fluiu. As dificuldades vividas no passado ajudaram a construir o futuro, pois todas as experiências são válidas para o amadurecimento e desenvolvimento das novas estratégias.
Eletrotintas
Controle em família: (da esquerda para à direita) Cleyder Marcos, Glaicon Luppi e André Flores
Em 1988, o empreendedor criou a Eletrotintas, loja varejista especializada em tintas imobiliárias, com filial em Vitória e Vila Velha.
Dismil Em 1996, inaugurou a Dismil e foi nomeado distribuidor exclusivo para o Estado do Espírito Santo da marca Suvinil, atendendo à Grande Vitória e ao interior, com frota própria.
Avanti Iluminação Em 1998, Flores montou junto com sua esposa, Rita de Cássia, a Avanti Iluminação, especializada em iluminação decorativa e comercial. Com uma excelente equipe dedicada e criativa, a loja é referência no Estado.
Expansão e conquista de novos mercados - Andaluz Ainda faltava algo mais de impacto para dar maior sustentabilidade à Eletromil. Daí, o empresário montou sua própria fábrica em agosto de 2000, a Andaluz Indústria Metalúrgica Ltda, que desenvolve produtos metálicos e termoplásticos no segmento de materiais elétricos com boa participação nos mercados do Espírito Santo, do Rio de Janeiro e na Bahia.
Filial no Rio de Janeiro Visando à maior visibilidade comercial, em 2013 a Eletromil abriu filial no Rio de Janeiro, em Bonsucesso, onde é o coração das lojas do segmento. Hoje o Grupo emprega 500 pessoas diretas, com política de recursos humanos que valoriza a boa remuneração e com mínima rotatividade de pessoal. Joatham quer uma empresa duradoura, e é por isso que se empenha em construir uma cultura de satisfação no ambiente interno e boa reputação externa da marca Eletromil. Além disso, preocupa-se dentro do ambiente corporativo em ter a pessoa certa no lugar certo.
Empresa familiar
Joatham Flores, diretor do Grupo Eletromil
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Joatham Flores, de 63 anos, é casado, pai de três filhos e avô de sete netos, e graduado em Administração de Empresas. Como nada se faz sozinho, ele conseguiu unir boa parte da família, trabalhando nas empresas em diversos setores. Hoje já está implantando o plano de sucessão com o mesmo pensamento: investir e acreditar no potencial do Estado do Espírito Santo. 105
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Destaque empresarial SAMARCO
Foto: Jefferson Rocio
Vista noturna da Quarta Usina na unidade de Ubu, em Anchieta, ES. O projeto de expansão é um marco na história da Samarco
Quarta Pelotização da Samarco consolida a empresa entre as maiores exportadoras do Brasil A conclusão do projeto amplia em 37% a capacidade de produção da mineradora
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naugurada em abril de 2014, a Quarta Pelotização da Samarco marcou o início de uma nova fase na história da empresa, ampliando em 37% sua capacidade de produção, que passa a ser de 30,5 milhões de toneladas de pelotas de minério de ferro por ano. A nova expansão foi um dos maiores projetos privados do país neste ano, com investimentos de R$ 6,4 bilhões, em 35 meses de obras que mobilizaram até 13 mil trabalhadores simultaneamente, no Espírito Santo, na unidade de Ubu, em Anchieta, e em Minas Gerais, na unidade de Germano, localizada em Ouro Preto e Mariana. A conclusão do projeto é um marco na trajetória da Samarco, que há 37 anos produz pelotas de minério de ferro de alta qualidade, fornecidas a clientes em mais de 20 países do mundo. Hoje, a empresa se consolida como uma das
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maiores exportadoras do Brasil e entre as principais fornecedoras mundiais de pelotas. “A entrega da Quarta Pelotização marca a construção de uma nova história, escrita a muitas mãos. A Samarco devolve à sociedade o resultado de uma história de confiança. Com vistas ao futuro, a empresa atua agora em um novo patamar, considerando as novas oportunidades que certamente surgirão com sua nova capacidade de produção, a ser atingida plenamente em 2015”, afirma Ricardo Vescovi, diretor-presidente da Samarco. A implantação da quarta usina de pelotização da Samarco, com capacidade de produzir 8,25 milhões de toneladas de pelotas de minério de ferro por ano, faz parte de um projeto que incluiu também a construção de um terceiro concentrador, com capacidade de 9,5 milhões de toneladas por ano, na unidade de Germano, e do terceiro anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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mineroduto da Samarco, ao lado dos outros dois já existentes. Com 400 quilômetros de extensão, passa por 25 municípios mineiros e capixabas e tem capacidade para transportar 20 milhões de toneladas de polpa de minério de ferro por ano, ligando as duas unidades da empresa. O Terminal Portuário de Ubu, em Anchieta, também passou por adaptações durante o projeto e teve sua capacidade de movimentação de carga aumentada de 23 milhões para até 33 milhões de toneladas por ano, garantindo todo o escoamento do novo volume de produção da Samarco.
Crescimento com envolvimento “Para a Samarco, a Quarta Pelotização representou mais do que um projeto de expansão. Foi a oportunidade de mostrar que é possível planejar e realizar ações de crescimento integradas, que contem com a participação e a aprovação dos diferentes setores da sociedade. A empresa inicia sua nova fase produtiva com a percepção de valor gerado e compartilhado”, explica Vescovi. Do valor total investido no projeto, R$ 1,8 bilhão correspondem a compras realizadas somente no Espírito Santo. Entre 2005 e 2013, foram gerados pela Samarco cerca de R$ 7,4 bilhões em tributos. A partir da operação da Quarta Pelotização, entre 2014 e 2018, essa cifra deverá alcançar cerca de R$ 12 bilhões. Um dos exemplos das ações que permitiram à Samarco compartilhar seu momento de crescimento com as comunidades dos territórios onde atua é o Programa de Investimento Social e Institucional, que contou com a aplicação de R$ 8,6 milhões. Com o apoio da Samarco, foram desenvolvidos 72 projetos, nas cerca de 60 comunidades participantes, em 25 municípios, com foco em educação e geração de renda. Além disso, o programa destinou recursos para a compra de equipamentos, escolhidos pelas próprias prefeituras, como caminhões, tratores, carros, ambulâncias, equipamentos hospitalares, entre outros, doados a 23 municípios capixabas e mineiros envolvidos no empreendimento, em 2012 e 2013. Já por meio do Programa de Desenvolvimento Profissional, a Quarta Pelotização investiu R$ 5 milhões em cursos criados para preparar tecnicamente a mão de obra local para o mercado de trabalho, formando 1,4 mil pessoas no Espírito Santo e também em Minas Gerais. Durante os cursos, como os de eletricista montador, ajustaanuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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dor mecânico, encanador industrial, mecânico montador de máquinas industriais, soldador, entre outros, os participantes receberam bolsa de estudo, material didático, lanche e uniforme. Muitos desses profissionais foram admitidos nos quadros da Samarco e de empresas contratadas para a execução das obras. Além disso, após a conclusão do projeto, a Samarco criou aproximadamente 1.100 novos empregos, entre diretos e indiretos, nos dois estados onde atua. A execução da Quarta Pelotização também permitiu à Samarco realizar um levantamento inédito e mostrar os efeitos do projeto para os estados do Espírito Santo e de Minas Gerais. De forma pioneira, a companhia monitorou, por meio de indicadores socioeconômicos, as possíveis interferências do projeto nos sete municípios de influência direta nas unidades de Ubu (Anchieta, Guarapari e Piúma) e Germano (Catas Altas, Mariana, Ouro Preto e Santa Bárbara). O processo foi participativo e compartilhado entre lideranças da Samarco, sociedade civil, iniciativa privada e poder público. Dentre as ações voluntárias relacionadas ao projeto, vale destacar, ainda, a carboneutralização, ou seja, a compensação integral das emissões de gases de efeito estufa durante a fase de obras (prevista em 150 mil toneladas de CO 2 equivalente). Em três anos, o P4P recebeu investimento de R$ 1,7 milhão para a carboneutralização. Esse foi o primeiro grande projeto de expansão no Brasil totalmente carboneutro. Para isso, foram adotadas medidas de compensação como o plantio de seringueiras e de espécies nativas da Mata Atlântica, além da reabilitação de áreas protegidas. A Samarco investiu, ainda, R$ 250 milhões em ações ambientais ao longo de todo o seu projeto de expansão. No Espírito Santo, outra inovação do projeto Quarta Pelotização foi a assinatura do termo de compromisso socioambiental (TCSA) no qual a Samarco aplicou mais de R$ 12 milhões para a execução das ações definidas. O acordo foi firmado entre a Samarco, o Estado do Espírito Santo, com interveniência técnica do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), o Ministério Público e os municípios de Anchieta, Guarapari e Piúma. No contexto do TCSA foram elaborado o Plano de Uso e Ocupação da Rede Hoteleira e o Plano Integrado de Prevenção, Controle e Fiscalização de Áreas Ocupadas e/ou em Risco de Ocupação, e estão sendo realizados investimentos em infraestrutura, que incluem as obras do Hospital Municipal de Piúma, a construção da Unidade de Saúde de Jabaraí e a pavimentação do bairro Porto Grande, em Guarapari, e a edificação da Casa do Cidadão, em Anchieta. 107
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Destaque empresarial GAROTO Fotos: Arquivo Garoto
Com uma história que começou no final da década de 1920, a empresa é uma das mais antigas e tradicionais do Espírito Santo
Um Garoto de 85 anos A empresa celebra oito décadas e meia de forte presença na vida dos brasileiros com novos produtos, melhorias em marcas consagradas e lançamento de selo comemorativo
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á 85 anos nascia em Vila Velha uma pequena fábrica de balas, vendidas em pontos de bonde: a brasileiríssima Chocolates Garoto. Em uma trajetória de sucesso, a marca celebra o grande crescimento atribuído principalmente à proximidade com seus consumidores, responsáveis inclusive pela escolha do nome da empresa. Em clima de comemoração, a Garoto lançou uma série de novidades que traduzem seu compromisso com o Espírito Santo e com seus consumidores. Após um ano de estudos, a empresa desenvolveu novos produtos e investiu para renovar a sua fórmula de chocolate ao leite, que com adição de mais cacau, tornou os produtos ainda mais saborosos. “Relançamos a marca após um projeto que envolveu análises com o consumidor. Nosso chocolate ao leite recebeu mais cacau. Mesmo com o preço desse insumo em alta, decidimos fazer isso”, afirma o gerente de Negócios e Marketing, Leandro Cervi.
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A nova receita traz um sabor com características sensoriais únicas e compõe os produtos da Linha de Tabletes Familiares (150g) e Linha Chocolateria. A marca, que investe constantemente em inovação, desenvolveu a nova receita, com um claro perfil de cacau, baseada em pesquisas e testes realizados com consumidores de chocolate ao leite. Outra saborosa novidade da Garoto em 2014 é o seu primeiro chocolate aerado, o Aero, marca já conhecida ao redor do mundo. O produto chegou ao Brasil em setembro, em versão chocolate ao leite, com um exclusivo sistema de produção que garante uma aeração única e proporciona um sabor delicado com textura leve. O Aero insere a empresa em um dos segmentos que mais crescem no mercado brasileiro de chocolates: o de chocolates aerados. Outra novidade é a reformulação da Caixa de Bombons Sortidos Garoto – a famosa Caixa Amarela, da qual são vendidas mais de 100 milhões de unidades ao ano. O produto conta com dois novos bombons maciços de chocolate ao leite -
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Uma história de sucesso • 1929 Fundação da Garoto, em Vila Velha (ES) • 1948 Lançamento do Leite Mel (atual Baton) e do bombom Opereta • 1949 Lançamento do bombom Serenata de Amor • 1959 Lançamento da Caixa de Bombons Sortidos primeira no mercado brasileiro • 1968 Lançamento dos Tabletes de Chocolate • 1973 Início das exportações • 1976 Leite e Mel é rebatizado e passa a se chamar Baton • 1981 Lançamento do bombom It Coco • 1982 Lançamento do bombom Caribe • 1993 Lançamento do chocolate Talento • 1999 Lançamento do bombom Surreal e do Baton branco • 2002 Aquisição da Chocolates Garoto pelo grupo Nestlé Brasil • 2007 Lançamento dos sorvetes e picolés da marca Garoto • 2013 Patrocínio à Copa das Confederações da Fifa 2013 • 2014 Patrocínio à Copa do Mundo da FIFA 2014TM, lançamento de portfólio comemorativo, reformulação do Baton, entre outros
sabor preferido dos consumidores. Além disso, o Baton ganhou 65% a mais de leite em sua composição, tornando-o ainda mais saboroso e com textura mais cremosa. Já a linha de uso culinário da Garoto, barras e chocolate em pó para transformadores de chocolate foi batizada de Chocolateria e também está com fórmula que leva mais cacau em sua composição. Os produtos estão com novos rótulos, que resgatam a icônica imagem do Garoto e a fachada histórica da fábrica. A embalagem traz a informação “Chocolateria. Espírito Santo, Brasil. Desde 1929”. Segundo Leandro Cervi, é um orgulho para a marca ter a história ligada ao Espírito Santo.
Selo comemorativo
Responsabilidade social
Como parte das celebrações dos 85 da empresa, a Garoto, em parceria com os Correios, lançou selo e carimbo comemorativos. O selo reproduz a famosa imagem do “Garoto”, ícone da empresa desde 1933.
A Chocolates Garoto atua com um conceito de responsabilidade social baseado na plataforma CSV (Creating Shared Value), de criação de valor compartilhado. Conheça algumas ações:
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Projeto Salas de Leitura leva oportunidade de leitura para alunos e comunidades
Salas de Leitura: Uma das mais bem-sucedidas ações, o projeto “Vamos Todos Ler – Sala de Leitura” está sendo ampliado. Ainda neste ano de 2014, na capital, Vitória, serão inauguradas 16 Salas de Leitura. A partir do projeto, são montadas minibibliotecas, com mil livros cada, doados pela Garoto e disponibilizados 109
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Destaque empresarial
A Terceira Ponte faz parte do percurso dos corredores da prova Dez Milhas Garoto
para estudantes e comunidades, gratuitamente. A iniciativa tem parceria da Secretaria de Educação de Vitória e do Instituto Oldemburg de Desenvolvimento. Desde 2004, já foram implantadas 127 Salas de Leitura por todo o Espírito Santo. Programa Nestlé Nutrir Crianças Saudáveis: Colaboradores voluntários da Chocolates Garoto também desenvolvem o projeto Nutrir na Escola Municipal Naydes Brandão, localizada nos arredores da fábrica. Pais e alunos aprendem sobre alimentação saudável nas Folias Culinárias desenvolvidas na instituição. Dez Milhas Garoto: Outro importante projeto da marca – esse reconhecido não só no Brasil, mas no mundo – é a Dez Milhas Garoto que, a cada ano, reúne número recorde de participantes. A última edição, realizada em agosto, contou com a adesão de 8 mil corredores de várias idades e nacionalidades. Criada para comemorar os 60 anos da Garoto, a Dez Milhas, assim como a empresa, também registra vários marcos importantes em sua história. Inicialmente chamada de Corrida Rústica, teve sua primeira prova realizada em 17 de setembro de 1989, com 735 corredores. Em 1991, passou pela primeira vez pela Terceira Ponte e, quando completou 10 anos, passou a receber a participação de estrangeiros. Em 1999, a prova adotou a utilização de chips para o controle de resultados e, em 2002, nasceu a Corrida Garotada, então com 300 crianças participantes. 110
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Corrida Garotada: Este ano, contou com um diferencial importante: Durante 30 dias antes da corrida, profissionais realizaram visitas em escolas do ensino público e privado da Grande Vitória para incentivar o bem-estar e a prática esportiva. A proposta foi promover minicircuitos esportivos nessas instituições, que impactaram mais de dois mil professores de educação física e alunos com a celebração da Garoto, por meio de ações que disseminaram saúde e alegria. O resultado foi um sucesso. Mil jovens, entre 10 e 17 anos, participaram da 13ª Corrida Garotada, divididos em masculino e feminino e por idade, e correram 800 metros ou três quilômetros, de acordo com a categoria. As famílias foram incentivadas a torcer pelas crianças e recebê-los na linha de chegada. Vencedores do Esporte: O projeto de incentivo ao esporte é apoiado pela Chocolates Garoto e realizado em parceria com o Instituto Viva Vida. Neste segundo semestre de 2014, 21 atletas do projeto foram para o Rio de Janeiro para participar do Circuito Brasileiro de Bodyboarding. O número foi um recorde para a instituição que, pela primeira vez, pode levar vários esportistas de alto nível para representar o Estado em um campeonato nacional. Viabilizado desde maio do ano passado, o programa movimenta, ao todo, cerca de 150 atletas de divisões de base, sendo 100 no basquete e 50 no bodyboarding. A iniciativa é inédita no Estado e promove a inclusão social por meio do esporte. anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Destaque empresarial SICOOB
Sicoob oferece inovação tecnológica e atrativos para empresas Comodidade e segurança: movimentação pode ser feita em celulares, tablets e computadores
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Sicoob é uma cooperativa financeira aberta a empresas e a pessoas físicas que dispõe dos mesmos serviços e produtos oferecidos pelos bancos tradicionais. Para pessoas jurídicas, a instituição oferece serviços como antecipação de recebíveis, soluções de recebimentos, conta salário, financiamento, seguros, investimentos, domicílio bancário e folha de pagamento, entre outros. Terceira maior rede em pontos de atendimento do Espírito Santo, a cooperativa compartilha os resultados com seus associados, que são donos do negócio. Os recursos disponibilizados aos clientes são utilizados no Estado, assim, a instituição promove o desenvolvimento na região em que está inserida. “O Sicoob é uma instituição financeira reconhecida e valorizada por toda a sociedade capixaba, e tem o diferencial de estar sempre próximo ao seu público, pronto para atendê-lo com produtos e serviços bancários eficientes e personalizados”, afirma o presidente do Sicoob-ES, Bento Venturim.
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Banking do Sicoob é o que possui a melhor avaliação dos usuários dos sistemas Android e do iOS da categoria. Pela plataforma, o associado tem acesso à sua conta ou à da sua empresa e pode realizar transações diretamente do seu aparelho móvel, além de conseguir imprimir e exportar extratos e comprovantes a qualquer momento. Dentre as soluções tecnológicas oferecidas para pessoas jurídicas está o Sicoobnet Empresarial, que permite movimentar as contas de maneira simples e segura pela internet. Já com o programa de Cobrança Sicoob, o associado evita maiores preocupações com cobranças, que fica como tarefa da cooperativa. Ainda voltado para esse público, o Sicoob oferece o Débito Direto Autorizado (DDA), que é ecologicamente correto e dispensa o uso de boletos impressos para pagar contas. Pelo DDA, o pagamento ocorre através de acesso eletrônico, agilizando o serviço e facilitando sua administração, que pode ser feita por internet, celular ou caixas eletrônicos do Sicoob.
Inovações tecnológicas
97% dos associados recomendam o Sicoob
No que diz respeito à tecnologia, a entidade vai além do habitual e procura sempre inovar seus serviços e trazer melhorias, gerando comodidade aos seus associados. Toda movimentação pode ser realizada por internet, tablet e celular, e a cooperativa ainda dispõe de aplicativos que facilitam as atividades. Premiado diversas vezes por suas inovações, a instituição tornou a tecnologia de ponta uma aliada para que possa oferecer sempre um serviço qualificado e de excelência. O aplicativo Mobile
O reconhecimento do trabalho realizado pelo Sicoob é cada vez maior. O índice geral de satisfação entre os associados no Espírito Santo é de 82%, de acordo com a última pesquisa realizada pelo Instituto Futura, entre outubro de 2013 e janeiro último. No levantamento, 97% dos entrevistados afirmaram que recomendariam a cooperativa. De acordo com Bento Venturim, “o resultado é reflexo do trabalho sério e de credibilidade que a equipe da instituição vem realizando, aliado à prestação de um atendimento diferenciado aos associados.” anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Destaque empresarial SESI
Educação, Saúde e Segurança no Trabalho, Esporte, Lazer, Cultura e Responsabilidade Social Empresarial: pilares trabalhados pelo Sesi-ES
Sesi-ES promove qualidade de vida nas indústrias do Estado Ações em áreas como educação, saúde e segurança, esporte, lazer, cultura e responsabilidade social empresarial elevam o bem-estar dos trabalhadores da indústria
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s exigências atuais do mercado corporativo têm refletido diretamente na qualidade de vida de seus trabalhadores, pois estimula uma busca por alto rendimento e melhores resultados pessoais, o que em contrapartida, se reflete em comportamentos que trazem risco à saúde como: tabagismo, estresse, consumo de álcool e outros, aumentando assim o índice de presenteísmo, absenteísmo e o número de acidentes/ incidentes no trabalho, comprometendo a produtividade e obtenção de lucro. O local de trabalho é um importante espaço para o desenvolvimento de intervenções ambientais e educacionais socialmente responsáveis, visando a mudanças dos comportamentos de risco a saúde.
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Objetivando proporcionar ações que estimulem a adoção de um estilo de vida saudável no ambiente laboral o Sesi-ES oferece atividades nas áreas de educação, saúde e segurança, esporte, lazer, cultura e responsabilidade social empresarial com o intuito de auxiliar na detecção e controle de fatores que influenciam na baixa produtividade do trabalhador quando atrelada a questões relacionadas ao estresse da atividade laboral e na ausência deste por motivo de doença. O presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, destaca a importância do Sesi-ES para as indústrias, por meio da prestação de serviços educativos e preventivos, que melhoram as relações internas e o bem-estar dos funcionários. “Anualmente, anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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mais de 800 mil atendimentos nessas áreas são realizados, com foco na prevenção e na melhora da qualidade de vida”, frisou ele. Atualmente, o Sesi-ES tem diversas ações desenvolvidas pelo Departamento de Qualidade de Vida. A superintendente do Sesi-ES, Solange Siqueira, destaca, por exemplo, o Mais Saúde, por meio do qual uma equipe de enfermagem realiza o levantamento das condições gerais de saúde dos empregados das indústrias que aderem ao programa e identifica grupos de risco, trabalhando com temas pertinentes individual e coletivamente, por meio de palestras e campanhas, além de apoiar o RH das empresas no desenvolvimento de mais ações. Em sua opinião, “o Mais Saúde é especialmente importante por identificar as principais causas de afastamento do trabalho, entre elas, os transtornos mentais, sobretudo estresse, e por orientar a empresa nas ações mais eficazes para revertê-las”. “O Programa Mais Saúde presta consultoria às empresas industriais que praticam o Modelo Sesi em Segurança e Saúde no Trabalho, com visitas periódicas à empresa, com objetivo de auxiliá-la no atendimento de saúde, conscientizando os trabalhadores quanto às ações necessárias ao seu bem-estar físico, social e emocional. O programa oferece aos trabalhadores consultas de enfermagem, orientações de saúde e palestras informativas, auxílio ao médico coordenador na implantação do PCMSO, além de suprir o RH da empresa de informações valiosas sobre as condições de saúde de seus trabalhadores, conservando o sigilo ético”, destacou o gerente do Departamento de Qualidade de Vida do Sesi-ES, Marcos Alex Silva. Ainda nessa área, outra opção ao alcance das indústrias é o Sesi Desafio Saúde, que atua dentro das empresas, diretamente junto ao trabalhador. “É um projeto que visa a oferecer aos trabalhadores das indústrias do Espírito Santo ações para mudanças de hábitos relacionados a alimentação e atividade física, além de orientações fisioterapêuticas - postural e funcional -, objetivando melhorar seu estilo de vida e incentivar a adoção de hábitos saudáveis. A equipe do programa compõe-se de especialistas em educação física, nutrição e fisioterapia, e desenvolve as seguintes atividades: avaliações física, nutricional, funcional e postural; consulanuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Ações de destaque do Sesi • Indústria Positiva • Desafio Mais Saúde • Programa Mais Saúde • Ginástica na Empresa • Indústria Segura
• DSEV • Corrida do Trabalhador • Teatro Socioeducativo • Orquestra Camerata
toria e prescrição de atividades; orientações e acompanhamentos; além de palestras motivacionais e informativas e ações físico-esportivas, em grupo e individuais”, disse Marcos Alex.
Projeto inovador ganha destaque nacional O Sesi-ES oferece ainda às empresas capixabas uma ação pioneira, que obteve recentemente o primeiro lugar nacional no Edital de Inovação do Sesi/Senai. É o projeto Indústria Positiva, que busca desenvolver serviços integrados de segurança, saúde e qualidade de vida, com base em um diagnóstico completo com dados da indústria e dos trabalhadores, que tem como premissa identificar e avaliar indicadores considerados “negativos” e atuar na alteração destes para “positivos”, propondo soluções específicas e realizando ações customizadas, possibilitando a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores e o aumento da produtividade e competitividade da empresa. “O projeto surgiu a partir da demanda das indústrias capixabas pelo acompanhamento das condições de saúde e qualidade de vida de seus empregados e, consequentemente, de suas empresas. Seu objetivo principal é ofertar soluções integradas, a partir do desenvolvimento de competências específicas”, explicou José Carlos Bergamin, diretor para Assuntos do Sesi-ES. “O programa contribui para reduzir os afastamentos do trabalho provocados por doenças, que hoje representam em torno de 11% do custo da indústria”, destaca Solange Siqueira. O Sesi-ES acompanha de perto a questão do estresse e a promoção da qualidade de vida, realizando pesquisas e programas específicos. “Estamos buscando a elaboração de um indicador de qualidade de vida que avalie os funcionários das empresas”, revela o empresário Alejandro Duenas, 115
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Destaque empresarial
Apresentações teatrais, feitas no ambiente da empresa, levam entretenimento e conhecimento por meio da arte cênica
da empresa Agrosabor Industrial Ltda, onde é aplicado o projeto piloto. O Sesi-ES oferece ainda o programa Sesi Ginástica na Empresa, que atende atualmente cerca de 23.500 trabalhadores com a realização de sessões de ginástica laboral comandadas por educadores físicos dentro das indústrias, contribuindo para a mudança do estilo de vida e, consequentemente, para a melhoria das condições de saúde dos trabalhadores uma vez que a atividade física constante e moderada tem efeitos benéficos na condição geral de quem a pratica, podendo reduzir a ansiedade e melhorar a autoestima e a autoconfiança.
Cultura ao alcance de todos A melhoria do ambiente de trabalho e da autoestima do trabalhador, além da redução do estresse, também passa pela cultura. Pensando nisso, o Sesi-ES realiza ações como o Teatro Socioeducativo, que em 2014 está completando 20 anos de atividades. São apresentações teatrais curtas, feitas dentro do ambiente da empresa, levando entretenimento e conhecimento por meio da arte cênica. Ao todo mais de 60 mil trabalhadores por ano assistem às esquetes, que abordam temas como estresse, relacionamento interpessoal, álcool e drogas, entre outros. “É um veículo de diálogo que facilita a comunicação entre empresas e funcionários utilizando a linguagem cênica, que possibilita emoções, reflexões, diversão e abordagem de uma 116
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infinidade de conflitos, tornando-se uma poderosa ferramenta para envolver o trabalhador e tratar os diversos temas relacionados à sua rotina na empresa, no que tange a segurança e saúde do trabalhador”, explica Marcos Alex. A arte musical também se faz presente para a indústria e a comunidade por meio das apresentações da Orquestra Camerata Sesi, que permitem o acesso à música erudita a todas as classes sociais. Para Solange Siqueira, trabalhar em um local onde o ambiente é alegre e o serviço dá prazer significa encontrar um antídoto para o estresse e uma ajuda importante para o empregado equilibrar os aspectos pessoal e profissional da sua vida. “A empresa deve fazer esforços para melhorar a condição de trabalho e o bem-estar coletivo de seus trabalhadores. Com certeza ela terá retorno positivo, com as pessoas tornando-se mais proativas em suas funções e papéis profissionais”, disse a superintendente do Sesi-ES. Mas como as empresas do Estado podem ter acesso a todos esses serviços? O Sistema Findes coloca à disposição a sua equipe de Relações com o Mercado – profissionais que visitam as indústrias e, juntamente com a equipe técnica, identificam as demandas e mobilizam todas as unidades operacionais do Sesi para promover programas de qualidade de vida. Com tantas ações, o Serviço Social da Indústria do Espírito Santo se coloca como grande aliado das empresas capixabas, que podem cuidar ainda melhor do seu maior patrimônio: o capital humano. anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Destaque empresarial SENAI
Consultorias do processo produtivo oferecidas pelo Senai Soluções ajudam a otimizar e melhorar processos e produtos
Senai-ES investe em soluções para tornar a indústria mais competitiva Entidade oferece serviços de assessoria, consultoria e diagnóstico para empresas
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econhecido por sua atuação na capacitação da mão de obra para o setor industrial capixaba, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-ES) é referência no apoio ao desenvolvimento da indústria capixaba em qualificação profissional. E por meio do Senai Soluções em Tecnologia e Inovação, a entidade oferece também assessoria ao setor produtivo. A iniciativa presta diversos serviços e consultorias para as indústrias capixabas, visando a suprir as principais demandas em tecnologia, assessorias específicas, inovação e pesquisa aplicada para alavancar a competitividade. “O Senai cumpre um papel essencial no desenvolvimento da indústria. Cientes disso, nós do Sistema Findes atuamos em mais de 80% dos municípios capixabas, levando educação e qualificação profissional a todas as regiões do Estado, seja em unidades fixas, móveis ou em parceria com os municípios. Estamos realizando obras de modernização e ampliação, em um investimento que supera os R$ 150 milhões, o maior da história do Sistema Indústria. Estão previstas novas
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unidades em Cachoeiro de Itapemirim e Anchieta, um núcleo integrado em Nova Venécia, a duplicação da unidade na Serra, o primeiro Instituto Senai de Tecnologia do Estado, uma obra inovadora, entre muitas outras ações. Com os investimentos, o Senai estará ainda mais preparado para formar mão de obra qualificada, gerando profissionais que, além de operar equipamentos de alta tecnologia, serão capazes de inovar, pensar novos processos produtivos e contribuir para o crescimento industrial”, declara Marcos Guerra, presidente do Sistema Findes. As consultorias e assessorias apresentam ferramentas que podem ser personalizadas de acordo com a estrutura de cada negócio, gerando respostas efetivas para toda a organização. As soluções baseiam-se em diagnósticos e orientações técnicas e tecnológicas, customizadas para cada cliente. “As ações de educação e consultoria do Senai-ES estão intrinsecamente ligadas aos valores da instituição. Atuamos para servir à indústria capixaba. Um dos diferenciais do Senai Soluções é a competência do nosso corpo técnico, composto por anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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consultores certificados pelo Senai Nacional”, afirmou a diretora regional do Senai-ES, Solange Siqueira.
Tecnologia do processo produtivo As consultorias em tecnologia do processo produtivo adequam-se às demandas de cada segmento, com o objetivo de elevar a competitividade dos produtos e a qualidade dos processos
das indústrias do Espírito Santo. As atividades oferecidas abrangem trabalhos de diagnóstico, orientação e assessoria técnica, voltados à implantação, otimização e melhoria de procedimentos e produtos. A solução é, em geral, implementada de forma customizada à realidade de cada empresa. “Sua aplicação é focada nas áreas de produção e gestão, sempre voltadas para as atividades-meio
Senai Soluções em Tecnologia e Inovação • Consultoria em Tecnologia do Processo Produtivo Segmento das Indústrias do Vestuário/Confecção Design Têxtil 1. Processo produtivo e Lean Manufacturing 2. Desenvolvimento de Novos Produtos 3. Desenvolvimento de Modelagens 4. Digitalização e Gradação de Moldes 5. Encaixe e Plotagem de Risco Marcador 6. Plotagem de Risco Marcador Segmento Industrial de Alimentos e Bebidas Alimentos e Bebidas 1. Elaboração de projetos para produção de Alimentos e Bebidas 2. Elaboração e Adequação de Layout 3. Desenvolvimento de embalagens para alimentos (parceria com Design de produto) 4. Rotulagem de Alimentos e Bebidas 5. Implantação de Boas Práticas de Fabricação, pelo programa de Alimentos Seguros 6. Implantação do Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle - APPCC, pelo Programa de Alimentos Seguro 7. Auditoria para declaração de conformidade em Boas Práticas de Fabricação – BPF, pelo programa de Alimentos Seguros 8. Auditoria para declaração de conformidade em Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) pelo programa de Alimentos Seguros 9. Orientação Técnica para obtenção dos selos de inspeção Municipal, Estadual e Federal (SIM, SIE e SIF) 10. A ssessoria para Registro de Produto: Assessoria para registro e/ou dispensa de registro de produtos alimentícios junto à ANVISA e ao MAPA 11. Pesquisa, desenvolvimento e inovação de produtos e processos. 12. Capacitação em Boas Práticas de Fabricação, pelo programa de Alimentos Seguros Segmento Industrial em Geral Eficiência Energética 1. Diagnósticos Energéticos 2. Análise Tarifária
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3. Elaboração de Laudos para solicitação de crédito do ICMS da energia 4. Otimização de Processos, dentre outros serviços Meio Ambiente 1. Planos de Controle Ambiental 2. Diagnósticos Ambientais 3. Plano de Educação Ambiental 4. Plano de Gerenciamento de Resíduos 5. Estudos e Relatórios de Impacto Ambiental 6. Pesquisa e Desenvolvimento - Aplicada e Experimental Processo Produtivo 1. Processo Produtivo e Lean Manufacturing Design Gráfico 1. Desenvolvimento de Embalagem 2. Desenvolvimento e Criação de Logomarcas 3. Desenvolvimento e Criação de Websites Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação 1. PD&I de produto 2. PD&I de processo • metrologia Segmento Industrial em Geral Calibração 1. Calibração de Instrumentos de Medição e Geração de Grandeza Elétrica Segmento Industrial da Construção Civil 1. Ensaios de Cerâmica Vermelha 2. Ensaios de Concreto 3. Ensaios de Cimento 4. Ensaios de Agregados Mais informações www.sistemafindes.org.br Telefones: (27) 3334-5200 • 3334-5201 • 3334-5202
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Destaque empresarial
Educação e consultoria são áreas de atuação do Senai, que busca capacitar mão de obra para a indústria capixaba
dos processos da indústria. Entre os resultados alcançados, estão elevação da produtividade, redução de custos e desperdícios, e melhoria dos processos; além do avanço da confiabilidade dos produtos e processos”, destacou o gerente do Senai Soluções, Eugênio Carrijo. As indústrias do segmento de vestuário e confecções, por exemplo, encontram no Senai Soluções serviços como assessoria no desenvolvimento de novos produtos e modelagens, digitalização e gradação de moldes, entre outros. Já para as indústrias de alimentos e bebidas, a entidade disponibiliza em seu portfólio serviços como elaboração e adequação de layout, desenvolvimento de embalagens para alimentos, além de orientações técnicas para registro de produtos alimentícios junto a órgãos como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A instituição também realiza pesquisa, desenvolvimento e inovação de produtos e processos.
Ações de eficiência energética O Programa de Eficiência Energética do Senai Soluções atende micro e pequenas, médias e grandes empresas que buscam o uso racional da energia. Inicialmente, é realizado o diagnóstico de equipamentos e processos, para identificar onde estão os pontos de possíveis melhorias. Esse diagnóstico energético inclui análise tarifária, elaboração de laudos para solicitação de crédito do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da energia, otimização de processos, dentre outros serviços. “Por meio da consultoria, auxiliamos as indústrias na identificação do potencial de economia previsto, avaliando as diversas áreas e propondo 120
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melhorias nos processos analisados. O objetivo é promover a melhor gestão dos custos, de modo a otimizar os valores contratados junto à concessionária de energia local e tornar gerenciáveis todas as grandezas medidas ou faturadas pela concessionária, eliminando possíveis multas e otimizando o processo de produção da empresa”, esclareceu Carrijo.
Meio ambiente Serviços de meio ambiente para as indústrias também fazem parte do portfólio do Senai Soluções. Essas atividades incluem o desenvolvimento de projetos de adequação tecnológica para o tratamento de emissões atmosféricas, efluentes líquidos e resíduos sólidos. Todos são elaborados de forma personalizada e atendendo à legislação ambiental vigente. Desenvolvidos por profissionais devidamente capacitados, os trabalhos compreendem, por exemplo, planos de controle ambiental (PCAs), diagnósticos ambientais, planos de educação ambiental, estudos e relatórios de impacto ambiental e planos de gerenciamento de resíduos. “As soluções de meio ambiente oferecidas pelo Senai permitem à empresa atender às necessidades ambientais, reduzindo, reciclando, reutilizando e tratando os resíduos sólidos, efluentes e emissões atmosféricas, com o intuito de tornar o processo industrial sustentável e ecologicamente viável. Essa assessoria permite, também, redução dos custos e dos possíveis impactos ambientais na disposição final dos resíduos sólidos”, ressaltou o gerente. “A empresa passa a desenvolver suas atividades de maneira segura, eximindo-se dos possíveis riscos de degradação de ecossistemas, e trabalhando de acordo com as leis ambientais”, destacou Benízio Lázaro, diretor para Assuntos do Senai-ES. anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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45 anos iel-es
IEL-ES: 45 anos contribuindo para o aumento da competitividade das empresas capixabas São 45 anos de qualidade nos serviços prestados, oferecendo variadas soluções para as empresas capixabas
O
Instituto Euvaldo Lodi (IEL), entidade do Sistema Federação das Indústrias (Findes), sempre esteve na vanguarda quando o tema é melhorar a gestão das empresas e dotar as pessoas das competências necessárias às reais necessidades do
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mercado. Quando iniciou sua trajetória no Espírito Santo, no dia 4 de setembro de 1969, o Instituto trouxe consigo uma proposta que se tornaria extremamente necessária para o contínuo crescimento industrial: o de levar o mundo acadêmico para as fábricas, anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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O Instituto Euvaldo Lodi completa 45 anos de uma rica história em defesa da indústria capixaba. O IEL-ES atua em diferentes níveis, formando bons estagiários, qualificando profissionais, estimulando o espírito inovador e atualizando os empreendedores com o que há de mais moderno em gestão eficiente e sustentável. Há 18 anos, o Instituto desenvolve também o anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo, publicação respeitada por sua rigorosa metodologia. Sempre trabalhando em favor do desenvolvimento econômico do Estado, o IEL soube se posicionar nos últimos 45 anos, atuando de forma propositiva, apontando caminhos que possam melhorar nossos resultados e ampliar as oportunidades para os empreendedores capixabas.” Marcos Guerra, presidente do Sistema Findes
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Equipe IEL-ES comemora 45 anos de trajetória
apostando na interação entre as instituições de ensino superior e o empresariado local, por meio da promoção de práticas como o estágio supervisionado. Nascia ali um novo caminho para a modernização gerencial no Estado e começava-se a pavimentar uma estrada que facilitaria o acesso à inovação. Durante anos, promover essa interação foi o grande foco do Instituto. Porém, com os desafios impostos pelo mercado cada mais global e competitivo, o trabalho do IEL se estendeu para outras duas vertentes importantes que são: Educação Empresarial/ Executiva e Soluções Empresariais a porta de suas diversas consultorias. Hoje o IEL-ES trabalha em três vertentes. A primeira se propõe oferecer a inserção de anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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O Instituto Euvaldo Lodi – IEL chega aos 45 anos com excelência na construção de pontes sólidas entre a Universidade e o mundo empresarial. Nesse período, cumpriu importantes funções de assessoria no recrutamento de mão de obra especializada para o setor industrial e no treinamento de profissionais. Mas não ficou por aí. Sempre em busca de soluções e caminhos para garantir mais eficiência e qualidade à gestão das empresas, o Instituto foi incorporando novas atribuições. E, nesse passo, assumiu papel importante no intercâmbio de experiências empresariais, dando suporte essencial ao trabalho de promoção do desenvolvimento que realizamos no Governo do Espírito Santo. Quero agradecer ao apoio que recebemos durante a nossa gestão e parabenizar a todos que participam diariamente do aprimoramento do IEL-ES. É trabalhando em parceria com entidades assim que poderemos dar mais competitividade e sustentabilidade à nossa economia e seguir em frente na construção de uma sociedade mais próspera e mais igualitária.” - Renato Casagrande, governador do Espírito Santo
trabalhadores no mercado por meio de estágios supervisionados. Além disso, também são oferecidos cursos de pós-graduação e MBA para profissionais que queiram se aperfeiçoar. Os cursos são realizados em parceria com as principais faculdades do Espírito Santo. Para a capacitação de executivos e empresários, o IEL promove programas em parceria com as maiores escolas internacionais de negócios situados em países como Alemanha, França e Estados Unidos, entre outros. 123
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(Da esquerda para direita) Aristoteles Passos, vice-presidente da Findes e diretor para Assuntos do IEL, Aridelmo Teixeira, diretor da Fucape, Marcos Guerra, presidente do Sistema Findes, e Fábio Dias, superintendente do IEL firmam parceria para realizar MBA em Estratégia e Inovação para Lideranças Empresariais
De outro lado, o IEL-ES também prepara os gestores das empresas com seminários e cursos gerenciais de curta e média duração, para que eles passem a exercer uma gestão mais profissional, promovendo assim a otimização dos recursos nas suas organizações. Por fim, o Instituto também trabalha para desenvolver as empresas, oferecendo diversas consultorias que permitem melhorar os
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O IEL, há 45 anos, se dedica a dar à indústria capixaba o suporte adequado na formação e na capacitação de pessoas, principalmente os gestores das empresas. Podemos hoje, com segurança, afirmar que sua missão institucional vem sendo alcançada com pleno êxito, além de ter ampliado e muito seu portfólio de serviços. Essa performance é produto de um trabalho contínuo de identificação das demandas do setor industrial, num processo de permanente atualização e conhecimento do setores como um todo. Essa capacidade adquirida é fruto da competência e das iniciativas inovadoras das gestões executivas que passaram pelo IEL. Necessário se faz creditar esse sucesso, também e principalmente, a todas as gestões da Federação das Indústrias que souberam apoiar e estimular a equipe do IEL no alcance de indicadores tão positivos.” Aristoteles Passos Costa Neto, presidente do Sinduscon-ES, vice-presidente da Findes e diretor para Assuntos do IEL 124
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processos de produção, logística ou outras necessidades que a indústria apresente para continuar se fortalecendo. Entre as soluções disponíveis estão diagnóstico empresarial, auditoria interna de sistemas de gestão, planejamento estratégico e mapeamento e racionalização de processos, e diversas soluções customizadas atendendo a real necessidade da empresa. O superintendente do IEL no Espírito Santo, Fábio Dias, explica: “Com isso, a entidade consegue atender às necessidades de evolução das empresas de modo abrangente, preparando os profissionais para solucionar eventuais problemas e melhorar a gestão. Ao atualizar o empresário ou executivo que esteja em posição estratégica de novas informações sobre o mercado em que está inserido, por meio da sua linha de educação executiva, o IEL também contribui consideravelmente para que estas empresas possam ser cada vez mais competitivas. Por fim, ainda contribuímos para a profissionalização da gestão, garantindo novas práticas e soluções. Ou seja, nós conseguimos atender todos os aspectos que uma empresa necessita para se manter no mercado”, comenta Dias. Inovação, aliás, é palavra de ordem para o IEL-ES, ciente de que é ela um componente anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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fundamental para que as empresas se mantenham competitivas num mercado cada vez mais exigente. “A inovação não é apenas aquela radical, em que você cria um produto ou solução que não existe no mercado. Há também aquela que é incremental, ou seja, quando são agregados valores ao seu processo produtivo, ao seu produto, design, marketing, enfim algo inovador que possa ser percebido pelo seu cliente e que garanta o resultado esperado e sobretudo tornar a sua empresa perene por mais tempo no mercado ”, explica Dias. Para ele, é aí que entra o papel do IEL-ES. “Os empresários precisam despertar em si essa visão estratégica e procurar fomentar isso em suas equipes. Uma empresa só se torna efetivamente inovadora, se a cultura inovadora permear todos os setores da organização ”, ressalta. Uma das estratégias para fomentar essa questão é o programa nacional Inova Talentos, uma parceria do IEL com o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), que está abrindo as portas de inúmeras empresas para estudantes e recém-formados que buscam a oportunidade de mostrar o seu conhecimento para inovar. O objetivo é ampliar o quadro de profissionais em atividades de inovação no setor brasileiro.
“Trabalhamos para que as empresas capixabas se tornem cada vez mais competitivas, oferecendo as melhores condições e recursos para que os negócios e as pessoas continuem crescendo” - Fábio Dias, superintendente do IEL no Espírito Santo O programa prevê que cada bolsista tenha até 12 meses para desenvolver o projeto e receba bolsa mensal entre R$ 1,5 mil (graduação) e R$ 3 mil (mestrado), além de capacitação, coaching e tutoria de profissional da empresa contratante. A cada projeto submetido, permite-se requisitar até três bolsistas, e as empresas podem submeter múltiplos projetos. As vagas são abertas e publicadas para consulta e inscrição dos candidatos no portal do Inova Talentos (www.portaldaindustria. com.br/iel/canal/inova-talentos). Fábio Dias destaca que: “Um dos motivos de orgulho do IEL-ES é ser o responsável pela coordenação executiva do maior e melhor programa de desenvolvimento de fornecedores do Brasil, que é o Prodfor”.
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Ao longo de seus 45 anos de existência, o IEL tem cumprido com louvor seu objetivo de promover a interação entre a indústria e as instituições de ensino. O estabelecimento de parcerias importantes e o foco na capacitação empresarial, no aperfeiçoamento da gestão, e a oferta de programas de estágios e bolsas educacionais contribuem ainda mais para reforçar sua importância para o setor. O diálogo permanente com o setor empresarial torna o IEL uma das mais importantes entidades brasileiras no suporte ao desenvolvimento da indústria, contribuindo para que as empresas possam superar os desafios e identificar oportunidades de crescimento e diversificação de forma sustentável.” - Maurício Max, diretor de Pelotização da Vale anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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O IEL, originalmente criado com o objetivo de intermediar programas de estágio para a indústria, ao longo do tempo foi expandindo e aperfeiçoando sua linha de atuação. Hoje podemos afirmar que é uma entidade de atuação multifacetada, tendo como principais linhas de atuação o desenvolvimento gerencial e a aproximação cliente-fornecedor para o setor industrial. Nesta última linha, ao longo dos últimos 16 anos, temos contado com a parceria do IEL-ES no Programa de Desenvolvimento e Qualificação de Fornecedores (Prodfor) por meio da gestão executiva do projeto bem como a transferência da metodologia de certificação aos fornecedores indicados. Esta ação por si só já se constituiu em case de sucesso, tendo sido objeto de teses de mestrado e doutorado, além de vários reconhecimentos nacionais e internacionais, modelo este que está sendo replicado a outras unidades da Federação. Hoje temos o conforto e a tranquilidade de contar com uma Instituição do quilate do IEL-ES na condução de um programa dessa magnitude que tantos resultados já trouxe para o Estado do Espírito Santo. Acreditamos que o IEL-ES representa um forte apoio no que tange ao desenvolvimento de lideranças empresariais e no estreitamento da comunicação dentro do setor industrial.” - Paulo Edson, gerente de suprimentos e estoques da Fibria e coordenador geral do Prodfor em 2014
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O IEL-ES completa neste ano 45 anos com excelentes trabalhos realizados em favor do setor produtivo capixaba, principalmente para as pequenas e médias indústrias. O IEL-ES se tornou referência estadual e nacional em capacitação de empresários e executivos, implantação de sistemas de gestão da qualidade e desenvolvimento de fornecedores, além da interação entre o saber e fazer pelo estágio supervisionado. Tenho o maior orgulho de ter participado da gestão superior do Instituto, na condição de superintendente, por 19 anos, de 1991 até 2010, quando fui eleito diretor técnico do Sebrae/ES, e fico muito feliz por saber que tudo o que foi construído pela equipe do IEL-ES nesse período foi continuado inclusive com melhorias.”- Benildo Denadai, diretor técnico do Sebrae e ex- superintendente do IEL
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O Instituto Euvaldo Lodi (IEL) completa seus 45 anos preparando as empresas capixabas para um ambiente de alta competitividade, oferecendo soluções em gestão corporativa, educação empresarial e desenvolvimento de carreiras. Trata-se, portanto, do segmento do Sistema Indústria que lida com os níveis de qualificação profissional, buscando atender às demandas mais atuais de um mercado competitivo e envolto em um ambiente de constante renovação. Parabéns ao IEL-ES pelos seus 45 anos!” - Solange Siqueira, superintendente do Sesi-ES e diretora regional do Senai-ES
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Criado em 1997, o Programa Integrado de Desenvolvimento e Qualificação de Fornecedores (Prodfor) é uma ação conjunta de 11 das maiores indústrias estabelecidas no Espírito Santo, para promover a capacitação dos fornecedores locais, por meio da certificação de seus sistemas de gestão. De acordo com o superintendente do IEL, mais de 600 empresas fornecedoras já foram capacitadas e certificadas pelo Programa. Empresas de grande porte do país participam como mantenedoras do Prodfor. São elas ArcelorMittal Cariacica, ArcelorMittal Tubarão, Canexus, Chocolates Garoto, Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan), Fibria, Espírito Santo Centrais Elétricas (EDP Escelsa), Petrobras, Samarco Mineração, Technip e Vale. Além da coordenação técnica do IEL-ES, elas contam com a parceria institucional do Sebrae e o apoio da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes). Todas essas ações realizadas pelo IEL-ES visam ao crescimento da indústria local. Mas o benefício não fica apenas com o empresariado. Afinal, uma indústria forte gera emprego, renda e move a economia do país em direção ao desenvolvimento. “Trabalhamos para que as empresas capixabas se tornem cada vez mais competitivas, oferecendo as melhores condições e recursos para que os negócios e as pessoas continuem crescendo”, ressalta Dias. Para ele a principal conquista do Instituto em todos esses anos é o reconhecimento da sociedade capixaba e brasileira. “O IEL-ES é uma referência na agenda de inovação, desenvolvimento empresarial e de fornecedores”, afirma. Esse reconhecimento fortalece o IEL-ES em seu desafio de manter o foco no seu maior objetivo e continuar na posição que sempre manteve: a vanguarda.
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Ranking | introdução
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enhores leitores, mesmo após 18 anos, não externar nossa alegria e satisfação por termos concluído e entregue mais uma edição do anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo seria um contrassenso. Como nas oportunidades anteriores, mantivemos o compromisso com a qualidade, o rigor técnico e a ampliação do número de empresas pesquisadas, superando o sucesso das edições passadas. O IEL-ES, autor deste estudo, sente-se honrado e orgulhoso em produzir e disponibilizar esta publicação, consolidada com credibilidade ante a empresários, academia, técnicos e meio político do Estado. Graças à participação de nossas empresas e seus empreendedores, grandes motivadores para a realização deste importante projeto, o anuário “IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo” analisa, desde 1997, o setor produtivo capixaba e divulga seu desempenho. A publicação traz matérias diversas de economia, gestão, inovação e tecnologia, além de artigos correlatos, com discussões e abordagens atuais. Todo este conteúdo poderá ser acessado na forma impressa, como também pela digital, por meio da internet, em formato de flippingbook e aplicativos para tablet (versões iOS e Android), gratuitamente. Importante ressaltar que este ano lançamos o Prêmio IEL – ABRH Melhor Empresa Para Se Trabalhar no Espírito Santo. Essa categoria visa a estimular a participação de empresas a apresentarem seus cases de sucesso na gestão de pessoas. Com a excelente receptividade que tivemos no ano passado com o caderno de análises do Instituto de Desenvolvimento Educacional e IndusFábio Dias trial do Espírito Santo – Ideies, entidade do Sistema é superintendente Findes, promovemos sua reedição, elevando o valor do IEL-ES agregado das informações. Não menos importante, os balanços e resultados desta edição traduzem-se em indicadores relevantes para investimentos e análises de desenvolvimento de mercados, regiões, tornando o anuário em uma importante fonte de dados sobre o Estado do Espírito Santo. A consolidação dos cálculos contábeis das empresas participantes fornecem quadros relevantes e refletem vários aspectos da economia capixaba. As 200 Maiores Empresas no Espírito Santo apresentaram, em 2013, uma Receita Opera-
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cional Bruta (ROB) de R$ 103,1 bilhões, 32% superior à apurada na classificação da ROB 2012. Por outro lado, somente no Estado, registramos 11.845 empregos a mais em relação à pesquisa passada. Foram 101.507 empregos diretos gerados pelas 200 Maiores em 2013. O levantamento feito junto a grupos empresariais capixabas apontou mais uma vez os 10 maiores por Patrimônio Líquido. Esses grupos são compostos por 79 empresas que obtiveram, em conjunto, um patrimônio líquido de R$ 5,6 bilhões em 2013, uma média de R$ 71,1 milhões por empresa. Tais dados apurados pela pesquisa e atribuídos ao Espírito Santo são muito significativos e refletem o perfil das companhias e de nossa economia e as influências de um mercado cada vez mais globalizado e suscetível a crises, conforme conteúdos divulgados no transcorrer dos últimos anos. Análises mais profundas destes e de outros números poderão ser apreciados na publicação. Este empreendimento de sucesso só conseguiu se consolidar em razão do profissionalismo, da perseverança e do processo de melhoria contínua nele implementado por nossa equipe, com a participação de grupos empresariais e empresas dos setores produtivos da economia capixaba, assim como dos colaboradores externos, com suas análises e impressões sobre os variados temas relacionados na publicação. Acreditamos que o resultado total de geração de conhecimento advindo das informações que aqui encontramos compõe a visão e o entendimento sobre os aspectos econômicos nacionais e internacionais, demonstrado com elementos cada vez mais relevantes para o entendimento da conjuntura, de nossas vocações e potencialidades, transformando o anuário “IEL 200 Maiores Empresas” em um referencial sobre o Estado do Espírito Santo. Somos gratos a todos os que contribuíram para a concretização deste projeto. Este agradecimento vai aos empresários e executivos capixabas pela liberação de informações de seus negócios, como também aos parceiros e anunciantes que viabilizaram financeiramente o veículo, permitindo, mais uma vez, a possibilidade da divulgação da atividade empreendedora do Estado do Espírito Santo.
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O QUE VOCÊ ENCONTRA NESTE ENCARTE | Ranking
As 200 Maiores Empresas no Espírito Santo classificadas pela Receita Operacional Bruta, com informações econômicas e financeiras.
Informações consolidadas dos setores industrial, comercial e de serviços e por atividade.
As 20 empresas com melhor desempenho, segundo diversos indicadores econômicos, financeiros e sociais. As 10 maiores empresas, segundo os setores: alimentos, comércio atacadista, comércio varejista, concessionárias de veículos, construção, serviços financeiros e seguros, atendimento hospitalar, serviços de importação e exportação e transportes. A Melhor Empresa dentre as 200 Maiores. As 100 Maiores Empresas Privadas com controle de capital capixaba, classificadas pela Receita Operacional Líquida.
Ranking dos 10 Maiores Grupos Empresariais, segundo o critério de Patrimônio Líquido, contendo algumas informações econômicas e financeiras consolidadas.
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Ranking | análise
Na espera por dias melhores
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Comparativo da evolução dos principais itens do balanço e da demonstração do resultado
R$ 47,4 bi
R$ 4,5 bi
R$ 4,5 bi
R$ 19,3 bi
R$ 20,9 bi
R$ 40,7 bi
R$ 68,4 bi
R$ 60,0 bi
R$ 51,4 bi
ROL
| Gráfico 1
2013
2012
R$ 48,6 bi
O
ano de 2013 foi de estagnação no desempenho das empresas se comparado a 2012. Apesar da desaceleração na economia, observamos um aumento no investimento e na contratação de colaboradores, o que ainda não impactou o lucro líquido, que permaneceu inalterado em relação ao ano anterior. A análise integrada de indicadores levou em consideração a evolução entre os anos de 2012 e 2013 das empresas relacionados no ranking desse ano. Foram excluídas da análise as que informaram somente a receita operacional bruta, 13 empresas no total, o que representa pouco mais de 6% das listadas no ranking. A receita operacional líquida (ROL) das 187 empresas que divulgaram essa informação cresceu 7,1% em relação ao ano anterior. Apesar disso, o lucro líquido permaneceu estável, indicando que a alta de preços e/ou do volume de vendas foi suficiente apenas para cobrir os crescentes custos operacionais. Importante ressaltar que a estabilidade no lucro, quando comparado ao ano anterior, desconsidera a inflação do período. O cenário de estagnação nos resultados não impediu que as empresas aumentassem seus investimentos em 13,9%, refletidos no ativo total. A elevação foi financiado em sua maioria com Emanuel Junqueira capital de terceiros, que subiu 16,4%, em detrié doutor em mento do capital próprio, com um crescimento Contabilidade e de apenas 8,5%, sempre em relação ao ano de Controladoria pela Universidade de 2012. Além do aumento do investimento, São Paulo, professor foram criados 5.284 novos postos de trabalhos, adjunto da Universidade ampliação de 7,7% em relação ao ano anterior. Federal do Espírito Santo O impulso do investimento e dos postos de e consultor associado trabalho indica um incremento na capacidade do IEL-ES produtiva das empresas que compõem o ranking, apesar da aparente estagnação da economia no ano de 2013. O capital investido nas empresas aumentou, pelo terceiro ano consecutivo. No entanto, houve queda na intenção dos gestores em elevar os investimentos executados, sendo que a maioria (62%) indicou que pretende manter (55%) ou reduzir (7%) os investimentos realizados durante o biênio 2014/2015. Esse resultado pode ser consequência da percepção de que a economia capixaba, quando comparada com o ano anterior, melhorou
Lucro Líq.
PL
Ativo
Passivo Exigível
apenas para 21,4% dos gestores respondentes. A análise pessimista da economia capixaba contrasta com o otimismo em relação à capacidade competitiva das empresas, que para 56% dos gestores melhorou em relação ao ano anterior. A análise global da avaliação dos gestores permite inferir que os efeitos da crise interna poderiam ser piores se a capacidade de competição não tivesse melhorado ao longo dos últimos anos, lembrando que esse número sempre esteve acima de 50% nas pesquisas desde 2011. Considerando a expectativa de que 2015 será um ano difícil e com baixo crescimento, recomenda-se uma maior atenção à necessidade
Decisões de investimento
| Tabela 1
Decisões de investimento
2011
2012
2013
Pretendo reduzir os investimentos
5%
9%
7%
Pretendo manter os investimentos
51%
48%
55%
Pretendo aumentar os investimentos
44%
43%
38%
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de aumentar a produtividade das empresas, o que pode melhorar a relação entre os custos operacionais e o resultado. Recomenda-se nesse caso o investimento em treinamento e capacitação dos colaboradores e também do incentivo à inovação.
O Governo como principal acionista O montante de impostos incidentes sobre os produtos e serviços comercializados manteve-se estável em relação ao ano anterior, com uma
Comparativo da evolução dos impostos e do lucro líquido
2010
2011
Uma preocupação na análise das empresas diz respeito à forma como o desempenho dos gestores é avaliada, considerando que uma avaliação adequada deve contemplar uma visão de curto prazo, normalmente expressa no desempenho
R$ 4,5 bi
Forma de avaliação do desempenho dos gestores
R$ 6,8 bi
R$ 4,5 bi 2012
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Avaliação e remuneração dos gestores
Lucro Líquido
R$ 6,9 bi
R$ 4,0 bi R$ 6,0 bi
R$ 5,1 bi
R$ 5,1 bi
Imposto sobre vendas
| Gráfico 2
pequena redução de 1,4% no montante pago, que totalizou R$ 6,8 bilhões. Considerando que esses valores não contemplam os impostos e as contribuições incidentes sobre o lucro e a folha de pagamento, o Governo, em suas diferentes esferas, continua sendo “o principal acionista” das empresas capixabas.
2013
avaliação de desempenho dos gestores
| Tabela 2
2012
2013
A empresa não possui avaliação formal
45%
32%
A empresa considera somente o resultado financeiro
6%
6%
A empresa considera o resultado financeiro e medidas não-financeiras na avaliação do desempenho
49%
62%
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econômico-financeiro, somada a uma visão de longo prazo, que contempla as medidas qualitativas (não financeiras) e contribui para a análise da capacidade da empresa em continuar a gerar resultados positivos no futuro. Quando comparado com o ano de 2012, observa-se um aumento de 49% para 62% no percentual de empresas que utilizam medidas balanceadas para avaliação dos gestores. Outro dado positivo é a redução de 45% para 32% no percentual de empresas que não têm avaliação formal de desempenho dos gestores. A falta desse item parece estar associada à gestão familiar. De fato, apenas 26% das empresas que não possuem avaliação formal
Forma de remuneração dos gestores Tipo de Remuneração Totalmente fixa, independente do desempenho do gestor Totalmente variável, em função do desempenho do gestor Uma parcela fixa e outra variável, em função do desempenho do gestor
| Tabela 3
2012
2013
59%
53%
1%
1%
40%
46%
Adoção de práticas contábeis práticas contábeis
| Tabela 4
2011
2012
2013
Apresentou informações contábeis comparativas
95%
96%
96%
Calculou a vida útil dos ativos imobilizados para alocação do valor depreciável
33%
41%
35%
Divulgou as práticas contábeis adotadas para avaliar estoques
38%
44%
40%
Realizou teste de redução ao valor recuperável de ativos imobilizados (impairment)
30%
26%
26%
Ajustou recebimento e/ou pagamentos ao valor justo
24%
34%
23%
Mensurou os ativos intangíveis pelo custo menos amortização acumulada e qualquer perda acumulada por redução ao valor recuperável
26%
30%
28%
Realizou provisão com descrição da natureza da obrigação, valor esperado e as datas de quaisquer pagamentos resultantes
39%
49%
42%
134
Geral.indb 134
são administradas por profissionais contratados para esse fim. As demais declararam ser administradas pelo acionista/cotista principal. Considerando a importância da avaliação dos gestores para o aprendizado e o crescimento organizacional, entendemos que as empresas que são gerenciadas pela família também devem realizar esse tipo de avaliação. Quanto à forma de remuneração dos gestores, apesar do aumento do número de empresas que oferece a seus gestores também uma parcela variável em função do desempenho, de 40% para 46%, a maioria das respondentes (53%) continua a pagar-lhes com valores fixos, independente do desempenho obtido. Ao adotar uma política de remuneração fixa, as empresas estão perdendo a oportunidade de utilizar um instrumento eficaz no alinhamento dos objetivos organizacionais com os interesses dos seus colaboradores. Interessante ainda ressaltar que 50% das empresas que declararam possuir avaliação formal de desempenho não utilizam esse tipo de estudo para alinhar as metas estabelecidas com a remuneração de seus gestores.
Adoção das novas Normas Brasileiras de Contabilidade Mais uma vez este ano, realizou-se um levantamento para avaliar a adoção de pronunciamentos técnicos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). O resultado, quando comparado ao ano anterior, indica uma pequena redução na adoção dos mesmos. Essa retração pode ser atribuída à inclusão/exclusão de empresas em relação aos anos anteriores ou à percepção de que a relação custo-benefício da adoção não é compensatória para a organização. É importante ressaltar que essas práticas contábeis têm por objetivo melhorar a evidenciação e, consequentemente, a tomada de decisão por parte dos usuários da informação contábil. No entanto, os resultados indicam que essas informações ainda são pouco utilizadas pelas empresas pesquisadas.
Práticas gerenciais Neste ano, foram incluídas no levantamento questões relacionadas às práticas de gestão das empresas, com o objetivo de identificar se aquelas anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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consideradas fundamentais para a gestão das organizações estavam sendo adotadas. Com relação à preparação de suas atividades, 15% das empresas informaram não possuir o planejamento estratégico, e 13% não possuem o orçamento. A ausência dessas práticas prejudica os planejamentos de longo e curto prazo, o que dificulta avaliar se a empresa está no rumo desejado pelos seus controladores. Com relação ao acompanhamento frequente do desempenho econômico-financeiro, chama a atenção o fato de 10% das empresas não utilizarem as demonstrações contábeis básicas (Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado e Demonstração do Fluxo de Caixa) adaptadas para auxiliar os gestores no acompanhamento da evolução patrimonial das organizações. Outra ferramenta importante para esse processo é o balancedscorecard ou qualquer outro instrumento de avaliação balanceada que inclua medidas financeiras e não financeiras de avaliação de desempenho. Nesse caso, 52% das empresas indicaram não possuir esse tipo de recurso, o que prejudica uma adequada avaliação com foco para o longo prazo. A adoção das chamadas “melhores práticas de gestão” pode contribuir para procedimentos de sucesso que são implementados internamente ou por outras empresas, do mesmo setor ou de segmentos diferentes. No entanto, 36% afirmaram não fazer uma análise de benchmarking externo, e 34% sequer analisam a possibilidade de adoção de práticas de sucesso implantadas em outros setores ou unidades da empresa. A análise da lucratividade do cliente permite avaliar aqueles que são mais lucrativos e, por isso, devem ter as vendas estimuladas, bem como os que não geram um retorno adequado e que devem ser substituídos por outros mais lucrativos. Apesar da importância dessa análise, 38% dos gestores afirmaram não adotar essa prática em suas empresas. O estudo do ciclo de vida do produto permite identificar os itens que estão com a demanda em crescimento, aqueles que atingiram a maturidade e os que estão com as vendas em declínio e poderão ser descontinuados pela falta de demanda futura. De posse dessa informação, é possível identificar a necessidade de substituição de produtos e servi-
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
Geral.indb 135
Principais práticas gerenciais não adotadas pelas empresas
| Gráfico 3
10%
Dem. contábeis adaptadas
13%
Orçamento
15%
Planejamento estratégico
34%
Benchmarking interno
36%
Benchmarking externo Lucratividade do cliente
38%
BSC ou medidas
52%
balanceadas
54%
Ciclo de vida produto
61%
Lucro residual 0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
ços, a capacidade de geração de fluxo de caixa com os produtos e serviços existentes, o estágio do ciclo de vida do mix de produtos e serviços, dentre outras importantes análises. Ainda na análise do conjunto de práticas gerenciais que podem ser adotadas pelas empresas melhorando a informação para auxiliar nas decisões, o lucro residual e o EVA ®, que são indicadores importantes para avaliar a adequada remuneração do capital investido, não são utilizados por 61% das empresas. Esses indicadores são calculados reduzindo, do lucro obtido, o custo ponderado do capital investido (próprio e de terceiros) e permitem identificar se a empresa está criando ou destruindo valor para o acionista. O cenário descrito pelos gestores indica uma expectativa de que 2015 será um ano difícil para as empresas. No entanto, a manutenção dos empregos e o aumento dos investimentos são um sinal claro de que o empresariado capixaba está disposto a enfrentar mais esse desafio. Mais uma vez, chamamos a atenção para a necessidade de avanços no modelo de gestão das empresas, com a adoção de práticas gerenciais que possam melhorar a qualidade da informação utilizada para a tomada de decisão.
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Ranking | metodologia
A
edição 2014 da pesquisa sobre as maiores empresas no Espírito Santo foi realizada a partir de mais de 4.500 contatos e da avaliação de dados de aproximadamente 270 empresas, além dos grupos empresariais do Estado. Foram analisados os números referentes às operações efetuadas no Espírito Santo das empresas e dos grupos que enviaram suas demonstrações contábeis ou responderam ao questionário eletrônico até o dia 11 de setembro de 2014. O universo do levantamento inclui sociedades anônimas de capital aberto e fechado, cooperativas, entidades sem fins lucrativos e sociedades limitadas. As mudanças promovidas pelo anuário desde 2011 foram mantidas, pois esta iniciativa busca adequá-lo às práticas contábeis verificadas junto
às organizações e em conformidade aos pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e às normas contábeis em vigor. No entanto, ainda mantivemos a classificação do Ranking das 200 Maiores Empresas tendo por base a Receita Operacional Bruta (ROB), incluindo a informação da Receita Operacional Líquida (ROL) para as corporações que divulgaram essa informação. Da mesma forma que nos anos anteriores, foram considerados os dados de todas as participantes para o estabelecimento dos rankings setoriais, das 20 maiores segundo os principais indicadores e das 10 maiores por atividade. Dessa forma, uma empresa que não está classificada entre as 200 Maiores poderá fazer parte de um ranking específico, como o de Liquidez Corrente (LC), por exemplo.
Conceitos metodológicos INDICADOR
136
Geral.indb 136
CONCEITO
Receita Operacional Bruta
Receita proveniente do total das vendas de bens e serviços prestados pela empresa.
Variação da Receita Operacional Bruta
Apresenta a evolução da receita bruta de vendas, em percentual.
Receita Operacional Líquida
É calculada pela diferença entre o valor das vendas, deduzidas das devoluções e abatimentos, e os impostos sobre vendas.
Variação da Receita Operacional Líquida
Apresenta a evolução da receita líquida de vendas, em percentual.
Ebitda
Abreviatura da expressão em inglês Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, que significa lucro antes de descontar os juros, os impostos sobre o lucro, a depreciação e a amortização. Em essência, corresponde ao caixa gerado pela operação da empresa.
Variação do Ebitda
Apresenta a evolução do Ebitda, em percentual.
Lucro Líquido do Exercício
É o resultado do exercício, apurado de acordo com as regras legais, depois de descontados o Imposto de Renda e a Contribuição Social Sobre o Lucro.
Variação do Lucro Líquido do Exercício
Apresenta a evolução do lucro líquido, em percentual
Patrimônio Líquido
É a soma do capital, das reservas e dos ajustes de avaliação patrimonial, menos a soma do capital a integralizar, das ações em tesouraria e dos prejuízos acumulados. Mede a riqueza da empresa.
Rentabilidade das Vendas
É calculada pela divisão entre o lucro líquido e a receita líquida.
Rentabilidade do Patrimônio Líquido
Mede o retorno do investimento para os proprietários. Resulta da divisão do lucro líquido pelo patrimônio líquido.
Liquidez Corrente
É a divisão do ativo circulante pelo passivo circulante e indica a capacidade da empresa em honrar seus compromissos no curto prazo.
Endividamento Geral
É a soma das dívidas de curto e longo prazos. O resultado é mostrado em porcentagem, em relação ao ativo total, e representa a participação de recursos financiados por terceiros na operação da empresa.
Endividamento de Longo Prazo
Indica o quanto a empresa está comprometida com dívidas de longo prazo. É expresso em porcentagem, em relação ao ativo total.
Empregados no Espírito Santo
Número de funcionários em 31 de dezembro de 2012.
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Esse método permite às empresas, independente de seu porte, serem classificadas pelo seu desempenho segundo os critérios dos indicadores utilizados pela Revista. Para elaborar o ranking das 200 Maiores, foi adotado o critério da Receita Operacional Bruta, um indicador da contribuição da companhia para a sociedade em termos receita gerada com a venda de produtos e serviços. Além da receita bruta, são fornecidas informações como Receita Líquida, Ebitda, Lucro Líquido, Patrimônio Líquido e Número de Empregados no Espírito Santo. Não menos importante, os indicadores para análise econômico-financeira também são apresentados, como: Rentabilidade do Patrimônio Líquido, Liquidez Corrente, Endividamento Geral e Endividamento de Longo Prazo.
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
Geral.indb 137
Além dessas informações, a Revista apresenta diversas outras listas de empresas, organizadas por “setor da economia”, “empresas capixabas”, consolidadas por atividade, dentre outras. Lembramos ainda que, para a versão do anuário em português e inglês, os valores foram convertidos em moeda americana, considerando o dólar comercial de venda médio do ano de 2013, que fechou em R$ 2,1605, segundo dados do Banco Central do Brasil (http://www4.bcb.gov.br/pec/taxas/port/ ptaxnpesq.asp?id=txcotacao). Destacamos ainda que eventuais diferenças de valores poderão ser encontradas, mas são frutos de arredondamentos promovidos pelo sistema utilizado e não tiveram influências sobre os resultados apurados.
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ranking | informações gerais
O
anuário 200 Maiores Empresas no Espírito Santo, considerado uma das mais importantes publicações de avaliação da economia capixaba, tem ao longo dos últimos 18 anos disponibilizado informações sobre o desempenho econômico financeiro das companhias e grupos empresariais instalados no Estado. Esta edição apresenta os resultados referentes ao ano de 2013, analisados a partir dos dados contábeis e financeiros fornecidos pelas empresas, como receita operacional bruta, lucro líquido do exercício, patrimônio líquido, número de empregados, rentabilidade, liquidez, dentre outros. No estabelecimento do ranking das 200 Maiores pela Receita Operacional Bruta (ROB) foram utilizadas as seguintes informações: • Empresas com sede fiscal no Espírito Santo, que tiveram o total de suas receitas apropriadas; • Para empresas com sede fiscal em outro estado, apropriou-se o percentual da receita gerada no Espírito Santo, tendo por base a informação fornecida pelo gestor responsável; • Para empresas com sede fiscal em outro estado, somente foram consideradas as demais informações quando elas eram específicas da(s) unidade(s) localizada(s) no Espírito Santo ou quando sua receita foi totalmente gerada no Estado;
138
Geral.indb 138
Dessa forma, empresas cuja sede fiscal é em outro estado e que não comunicaram indicadores contábeis específicos das operações executadas no Espírito Santo estão com dados assinalados como “N/D” (não disponível) nas tabelas. O mesmo ocorre para as demais empresas que deixaram de informar alguma das informações solicitadas. A Receita Operacional Bruta das 200 Maiores Empresas no Espírito Santo apresentou, em 2013, um total de R$ 103,1 bilhões gerados no Estado, um aumento de aproximadamente 32% na comparação com ano de 2012. O total de colaboradores diretos no ES no final de 2013 era de 101.507, um avanço de aproximadamente 13,2% em relação ao ano anterior. O lucro líquido permaneceu praticamente estável, com uma redução de pouco mais de 3%, o mesmo ocorrendo com o patrimônio líquido, com elevação de aproximadamente 5% Quando comparados com 2012, embora esses números indiquem uma possível recuperação no potencial de geração de resultados futuros, com a ampliação do número de funcionários e do investimento, é preciso ressalvar a diferença entre as companhias que compuseram os dois indicadores, pois a composição do ranking das 200 Maiores em 2013 difere desta mesma composição em 2012. A distribuição das 200 Maiores Empresas no Espírito Santo por Mesorregião (IBGE), anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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mostra mais uma vez a concentração das empresas na região central do Estado, abrangendo a região metropolitana e adjacências. A região central do Estado concentrou 157 empresas (78,5%), uma redução de 1,26% em relação ao ano anterior. Destas, 64 se encontram em Vitória, 46 na Serra, 18 em Cariacica, e 13 em Vila Velha. Já a região litoral norte mostrou uma queda de 4,76%, representando 10% das empresas (20), sendo Linhares o município com maior concentração (13). A região Noroeste concentra 14 empresas, ou seja, 7%, sendo 11 delas em Colatina. Na região sul não houve alterações,permanecendo 4,5%, com um total de nove empresas. Cachoeiro de Itapemirim ainda se destaca, com sete empresas. Em relação à distribuição da receita operacional bruta, a região central concentrou 90,18% do total das 200 Maiores (R$ 92,9 bilhões), a região litoral norte, 6,41% (R$ 6,6 bilhões), a região noroeste, 2,51% (R$ 2,5 bilhões), e a região sul, 0,9% (R$ 925 milhões).
Distribuição das 200 Maiores (Empresas por Região) 10,00% 7,00% 4,50%
Central 78,50%
Noroeste Sul
Distribuição da Receita Bruta e Pessoal Empregado das 200 Maiores Empresas no ES por Região Região
Central
90,18%
6.617.667
6,41%
Noroeste
2.587.248
2,51%
Sul
925.463
0,9%
103.089.285
100,0%
Nº de Empresas 157
Alfredo Chaves
1
Anchieta
2
Cariacica
18
Guarapari
1
Santa Maria de Jetibá
2
Serra
46
Venda Nova do Imigrante
2
Viana
8
Distribuição da Receita Bruta por Região 2,51% 6,41%
0,90%
Vila Velha
13
Vitória
64
Litoral Norte
20
Aracruz
5
Conceição da Barra
1
Linhares
13
Montanha
1
Noroeste
Noroeste
14
Sul
Colatina
11
Nova Venécia
1
São Gabriel da Palha
2
SUL
9
Atílio Vivacqua
1
Cachoeiro de Itapemirim
7
Itapemirim Total
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
Geral.indb 139
% ROB
92.958.907
Total Regiões e Municípios
Receita Bruta (R$ em milhares)
Litoral Norte
Central
Distribuição das 200 Maiores Empresas por região e município
Litoral Norte
1 200
Central 90,18%
Litoral Norte
A pesquisa também revelou que das 200 Maiores Empresas no Espírito Santo, 81% possuem controle de capital capixaba e 19% têm controle acionário em outros estados e países. Além disso, entre as empresas participantes da pesquisa, 91% apresentam sua sede fiscal no Estado.
139
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RANKING DAS 200 MAIORES EMPRESAS Ranking segundo Receita Operacional Bruta no Espírito Santo (valores em R$ milhares) CLASSIF. 2013
EMPRESA
SETOR
24.469.787
10,9%
N/D
N/D
N/D
N/D
9.787.565
5,5%
N/D
N/D
N/D
N/D
1
PETROBRAS - UO - ES *
Indústria
Extração de Petróleo e Gás Natural
VALE
Indústria
Mineração
REC. OP. LÍQ.
VAR. EBITDA 13/12 %
REC. OP. BRUTA
2
VAR. ROB. 13/12 %
VAR. ROL. 13/12 %
ATIVIDADE
EBITDA
3
SAMARCO MINERAÇÃO
Indústria
Mineração
7.240.165
9,5%
7.204.417
10,0%
3.869.900
8,9%
4
HERINGER
Indústria
Química e Petroquímica
5.502.808
2,0%
5.427.935
1,8%
267.895
8,6%
5
ARCELORMITTAL BRASIL
Indústria
Siderurgia e Metalurgia
3.748.360
4,6%
N/D
N/D
N/D
N/D
6
FIBRIA CELULOSE
Indústria
Papel e Celulose
3.527.231
33,9%
N/D
N/D
N/D
N/D -35,8%
7
COTIA
Serviços
Serv. Importação e Exportação
2.967.299
7,0%
2.328.637
12,4%
60.688
8
ESCELSA
Serviços
Eletricidade e Gás
2.933.837
-4,2%
2.027.508
6,4%
365.333
4,3%
9
CISA TRADING
Serviços
Serv. Importação e Exportação
2.792.833
-0,8%
2.157.544
5,5%
66.447
-30,5% -109,0%
10
CHOCOLATES GAROTO
Indústria
Alimentos
1.927.414
-3,8%
1.349.160
-8,0%
-5.696
11
TROP COMÉRCIO EXTERIOR
Serviços
Serv. Importação e Exportação
1.870.535
21,8%
1.555.471
24,6%
N/D
N/D
12
BANESTES
Serviços
Serv. Financeiros e Seguros
1.797.688
11,9%
1.743.919
12,1%
N/D
N/D
13
ARCELORMITTAL TUBARÃO COMERCIAL
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
1.780.439
18,7%
1.286.112
20,4%
-24.621
-362,3%
14
COLUMBIA TRADING
Serviços
Serv. Importação e Exportação
1.444.799
-10,8%
1.188.191
-8,7%
-508
-102,1%
15
SERTRADING (BR)
Serviços
Serv. Importação e Exportação
1.166.567
24,1%
968.496
19,3%
39.693
-1,0%
16
TANGARÁ FOODS
Indústria
Alimentos
1.158.047
-17,1%
1.081.022
-18,0%
65.321
245,9%
17
BANCO DO BRASIL
Serviços
Serv. Financeiros e Seguros
1.143.886
9,5%
N/D
N/D
N/D
N/D
18
VIX LOGÍSTICA
Serviços
Transporte
1.137.939
27,4%
1.014.652
27,6%
214.025
15,1%
19
BR DISTRIBUIDORA
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
975.252
-3,5%
N/D
N/D
N/D
N/D
20
HORTIFRUTI
Comércio Varejista
Comércio Varejista
846.070
23,7%
782.446
25,4%
57.706
59,8%
21
KURUMÁ VEÍCULOS
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
826.701
10,9%
794.631
9,8%
-6.338
-193,9%
22
UNIMED VITÓRIA
Serviços
Plano de Saúde
811.407
-0,3%
806.147
-0,1%
27.847
88,3%
23
FRISA FRIGORÍFICO
Indústria
Alimentos
698.833
15,9%
655.994
17,0%
52.355
39,1%
24
VITÓRIA DIESEL
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
683.425
-4,3%
596.013
-2,6%
-24.495
-746,2% 300,3%
25
EXCIM
Indústria
Fabricação de Produtos Têxteis
650.106
-8,0%
541.098
0,8%
18.520
26
CESAN
Indústria
Cap. Trat. e Distrib. de Água
592.475
13,4%
555.639
12,3%
179.174
25,7%
27
UNICAFÉ
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
583.457
-7,5%
580.381
-7,4%
48.334
163,2%
578.998
16,1%
463.085
14,2%
N/D
N/D
531.361
11,3%
470.540
13,7%
18.352
-13,1%
28
UNILIDER
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
29
SUPERMERCADO CASAGRANDE
Comércio Varejista
Comércio Varejista
30
SAVIXX
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
483.246
-13,5%
392.745
-6,1%
349
5716,7%
31
WEG LINHARES
Indústria
Fabr de Maq. Mat. Elétricos
443.750
103,4%
319.718
103,8%
41.188
263,8%
32
PERFILADOS RIO DOCE
Indústria
Siderurgia e Metalurgia
436.938
4,2%
349.787
4,1%
N/D
N/D
33
TRISTÃO
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
415.421
7,3%
407.429
8,0%
N/D
N/D
34
LORENGE
Indústria
Construção
398.644
31,4%
304.423
29,8%
89.165
47,0%
35
CUSTÓDIO FORZZA
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
378.512
-26,8%
357.453
-26,5%
-21.422
-130,4%
36
SUPERMERCADO PERIM
Comércio Varejista
Comércio Varejista
372.253
-9,4%
328.815
-7,2%
N/D
N/D
37
FORTLEV
Indústria
Fabr. de Borracha e de Mat. Plástico
355.364
32,6%
247.863
32,1%
23.466
141,4%
38
RDG PRODUTOS SIDEÚRGICOS
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
350.024
6,2%
285.325
6,6%
N/D
N/D
39
PODIUM VEÍCULOS
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
321.406
-4,9%
319.874
-4,6%
7.133
-42,3%
40
CVC
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
320.073
-6,8%
287.562
-4,5%
1.459
-83,2%
* Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP
140
Geral.indb 140
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
04/11/2014 14:48:21
A Petrobras conquistou o título de maior empresa em solo capixaba. A estatal, que tem sede fiscal no Rio de Janeiro, ficou em 1º lugar em 2013, com uma receita operacional bruta de R$ 24,469 bilhões. Após dois anos consecutivos de queda, a petrolífera conseguiu reverter e fechou 2013 com lucro líquido de R$ 23,570 bilhões. O montante representa 11,3% sobre 2012, impulsionado pelos reajustes de combustíveis. Para o gerente geral da Unidade de Operações de Exploração e Produção do Espírito Santo (UO-ES), José Luiz Marcusso, o resultado é motivo de orgulho. Em 2013, a produção da Petrobras no Estado foi de 305 mil barris de óleo por dia – um novo recorde e 6,7% superior ao ano anterior. Foi, também, um ano de preparação para o futuro, pois garantimos participação em todos os 12 blocos exploratórios ofertados pela ANP no Estado e recebemos a plataforma P-58, que iniciou a produção em março de 2014 e já contribui para um novo aumento da produção de óleo e gás do Espírito Santo neste ano”, afirma.
“
LUCRO LÍQ. EX.
VAR. LUCRO LÍQ. EX. 13/12%
ATIVO TOTAL
RENTABILIDADE DAS VENDAS
RENTABILIDADE DO PATRIM. LÍQ.
LIQUIDEZ CORRENTE
ENDIVIDAMENTO GERAL
ENDIVIDAMENTO DE LONGO PRAZO
EMPREGADOS ES 2013
CLASSIF. 2013
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
7.157
1
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
8.177
2
2.731.397
3,2%
15.031.891
3.758.049
37,9%
72,7%
0,9
75,0%
59,7%
1.260
3
-33.904
-1274,6%
2.996.698
437.242
-0,6%
-7,8%
0,9
85,4%
8,8%
271
4
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
5.074
5
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
938
6
40.783
-30,0%
937.400
128.773
1,8%
31,7%
1,1
86,3%
4,6%
5
7
134.009
-15,5%
2.372.139
687.191
6,6%
19,5%
0,7
71,0%
37,3%
953
8
53.161
-16,2%
945.687
192.002
2,5%
27,7%
1,5
79,7%
21,3%
12
9
-5.124
-111,3%
1.094.760
161.028
-0,4%
-3,2%
1,0
85,3%
17,8%
N/D
10
41.127
5,9%
469.865
170.029
2,6%
24,2%
1,8
63,8%
10,5%
N/D
11
109.944
43,9%
14.040.945
967.684
6,3%
11,4%
0,8
93,1%
20,5%
2.377
12
-361.497
-1350,2%
436.012
58.546
-28,1%
-617,5%
1,5
86,6%
32,3%
126
13
-5.714
-148,0%
402.890
23.371
-0,5%
-24,4%
1,0
94,2%
0,1%
7
14
18.847
-13,0%
409.395
58.296
1,9%
32,3%
1,1
85,8%
0,5%
16
15
22.159
135,1%
603.501
146.124
2,0%
15,2%
1,8
75,8%
32,7%
353
16
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
1.589
17
61.826
22,1%
994.580
245.740
6,1%
25,2%
1,2
75,3%
51,8%
2.692
18
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
28
19
19.761
67,1%
227.300
67.910
2,5%
29,1%
1,0
70,1%
26,4%
330
20
-6.338
-170,8%
157.612
40.319
-0,8%
-15,7%
1,0
74,4%
29,0%
367
21
11.749
159,4%
376.965
87.801
1,5%
13,4%
1,0
76,7%
27,4%
2.110
22
23.680
54,5%
264.509
108.861
3,6%
21,8%
1,6
58,8%
19,0%
1.408
23
-25.146
-1823,3%
241.519
20.938
-4,2%
-120,1%
1,2
91,3%
16,8%
437
24
12.749
188,4%
616.367
32.559
2,4%
39,2%
1,7
94,7%
38,7%
488
25
70.748
-7,2%
2.358.741
1.718.808
12,7%
4,1%
1,5
27,1%
20,7%
1.530
26
19.011
222,3%
379.666
235.554
3,3%
8,1%
1,5
N/D
N/D
141
27
11.575
52,2%
159.408
34.133
2,5%
33,9%
1,3
78,6%
5,3%
291
28
12.038
-13,5%
139.952
91.008
2,6%
13,2%
1,5
35,0%
0,8%
2.549
29
-764
-212,7%
96.640
4.341
-0,2%
-17,6%
1,0
95,5%
0,0%
3
30
32.518
277,7%
242.922
133.722
10,2%
24,3%
1,0
45,0%
1,7%
2.597
31
49.478
21,9%
381.615
325.284
14,1%
15,2%
5,4
14,8%
3,2%
337
32
4.354
-67,9%
473.632
173.632
1,1%
2,5%
1,3
63,3%
28,7%
N/D
33
77.050
85,3%
664.165
252.500
25,3%
30,5%
1,7
62,0%
21,3%
1.600
34
-21.422
-130,4%
188.092
34.897
-6,0%
-61,4%
N/D
N/D
6,5%
96
35
944
103,2%
70.135
17.023
0,3%
5,5%
1,0
75,7%
0,0%
1.341
36
17.624
70,0%
160.947
140.761
7,1%
12,5%
5,9
12,5%
0,7%
663
37
80.322
32,0%
372.665
324.988
28,2%
24,7%
1,9
12,8%
0,5%
335
38
4.100
-54,9%
79.776
36.321
1,3%
11,3%
1,3
54,5%
6,2%
343
39
1.459
-80,5%
125.728
52.990
0,5%
2,8%
1,1
57,9%
19,8%
378
40
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
Geral.indb 141
PATRIM. LíQUIDO
141
04/11/2014 14:48:24
RANKING DAS 200 MAIORES EMPRESAS
CLASSIF. 2013
EMPRESA
SETOR
ATIVIDADE
REC. OP. BRUTA
VAR. ROB. 13/12 %
REC. OP. LÍQ.
VAR. ROL. 13/12 %
EBITDA
VAR. EBITDA 13/12 %
41
ÁGUIA BRANCA
Serviços
Transporte
309.382
5,4%
243.380
3,7%
21.951
-26,5%
42
NICCHIO SOBRINHO CAFÉ
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
301.522
6,3%
284.749
8,2%
-2.489
-277,6% 35,5%
43
BRAMETAL
Indústria
Siderurgia e Metalurgia
298.712
16,1%
269.508
16,7%
43.221
44
COOABRIEL
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
259.826
-13,5%
241.397
-13,5%
N/D
N/D
45
BIANCOGRES
Indústria
Fabr. de Minerais Não Metálicos
257.146
29,2%
196.265
29,5%
61.579
82,8%
46
TERRA NOVA
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
247.521
-12,1%
187.446
-6,2%
1.371
-78,7%
47
SELITA
Indústria
Alimentos
244.443
15,3%
224.123
15,7%
2.625
-9,1%
48
MIZU
Indústria
Fabricação de Cimento
242.828
10,1%
177.499
10,1%
N/D
N/D
49
CORREIOS
Serviços
Telecomunicações
240.998
9,0%
240.752
9,5%
N/D
N/D 126,2%
50
SÃO BERNARDO SAÚDE
Serviços
Plano de Saúde
239.241
6,9%
237.218
7,3%
5.381
51
COOPEAVI
Comércio Varejista
Comércio varejista
237.294
27,5%
229.873
27,4%
14.379
81,5%
52
CEDISA
Comércio Atacadista
Comércio atacadista
219.858
17,6%
168.557
18,9%
5.478
-5,0%
53
AEBES
Serviços
Atendimento hospitalar
208.468
108,1%
207.898
111,7%
4.546
55,6%
54
AMBITEC
Serviços
Coleta, trat. E dist. Residuos
207.270
14,6%
179.404
14,2%
22.843
109,7%
55
EMPRESA LUZ E FORÇA SANTA MARIA
Serviços
Eletricidade e gás
194.624
-4,2%
144.221
4,7%
N/D
N/D
56
MERCOCAMP
Serviços
Serv. Importação e exportação
192.863
-46,0%
150.667
-43,4%
N/D
N/D
57
SAMP ES
Serviços
Plano de saude
191.930
57,7%
189.197
57,9%
3.748
17,0%
58
FULL COMEX
Serviços
Serv. Importação e exportação
191.197
-14,5%
145.440
-12,3%
2.881
165,3% 96,3%
59
BUAIZ ALIMENTOS
Indústria
Alimentos
189.845
20,3%
178.166
24,9%
11.578
60
ELKEM
Indústria
Química e petroquímica
188.781
11,4%
145.261
10,4%
19.510
61
QUIMETAL
Serviços
Serv. Importação e Exportação
186.987
55,3%
155.436
67,8%
6,0%
11.164
81,5%
62
CONCREVIT
Indústria
Construção
180.142
1,6%
169.595
1,0%
14.532
-15,4%
63
TVV
Serviços
Gestão de Portos e Terminais
176.303
-10,3%
158.527
-9,7%
43.900
-37,7%
64
HOSPITAL MERIDIONAL
Serviços
Atendimento Hospitalar
166.109
17,0%
157.106
16,9%
17.985
53,8%
65
UNIMED SUL CAPIXABA
Serviços
Plano de Saúde
166.079
16,8%
163.808
16,7%
1.109
150,2% -37,4%
66
REALCAFÉ
Indústria
Alimentos
165.638
2,8%
158.856
2,7%
18.730
67
EXTRAFRUTI
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
153.780
29,6%
152.745
30,0%
N/D
N/D
68
KOBRASCO
Serviços
Arrendamento de Ativos
151.293
-33,0%
137.298
-34,6%
126.142
-15,3%
69
CPVV
Serviços
Gestão de Portos e Terminais
150.159
10,0%
132.530
10,3%
36.486
9,8%
70
VESSA
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
146.057
11,5%
137.382
10,7%
1.209
-28,6%
71
TRACBEL
Comércio Varejista
Comércio Varejista
143.760
13,4%
N/D
N/D
N/D
N/D
72
BANESTES SEGUROS
Serviços
Serv. Financeiros e Seguros
143.173
11,7%
139.697
11,4%
18.519
-3,4%
73
HOSPITAL SANTA RITA
Serviços
Atendimento Hospitalar
141.541
13,4%
135.295
14,2%
21.744
2,9%
74
VIMINAS
Indústria
Fab. Prod. Minerais Não Metálicos
139.932
17,0%
104.659
18,9%
14.620
11,3%
75
SUPERMERCADOS SANTO ANTÔNIO
Comércio Varejista
Comércio Varejista
132.907
12,5%
119.605
15,6%
5.071
119,1%
76
VENEZA
Indústria
Alimentos
128.260
17,8%
119.783
16,1%
-817
-117,5%
77
MAFRICAL
Indústria
Alimentos
127.589
N/D
124.694
N/D
N/D
N/D
78
NIBRASCO
Serviços
Arrendamento de Ativos
126.704
-43,9%
114.984
-29,1%
157.467
22,3%
79
VENAC
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
122.599
81,1%
111.069
78,9%
4.778
19,8%
80
COSENTINO LATINA
Indústria
Fab. Prod. Minerais Não Metálicos
120.726
27,5%
110.421
30,1%
19.375
59,7%
81
PORTOCEL
Serviços
Gestão de Portos e Terminais
117.400
6,4%
104.202
6,5%
26.647
9,8%
82
SPASSU
Serviços
Tecnologia da Informação
117.246
-12,0%
107.911
-14,2%
6.103
-54,5%
83
CLAC
Serviços
Serv. Importação e Exportação
114.317
-39,2%
89.479
-38,3%
N/D
N/D
84
PORTO DE VITÓRIA
Serviços
Gestão de Portos e Terminais
110.768
1,7%
98.993
0,9%
18.242
12,6% 65,2%
85
DAMARE
Indústria
Alimentos
110.634
51,9%
104.254
53,8%
11.484
86
USINA PAINEIRAS
Indústria
Alimentos
110.107
-8,0%
97.982
-4,1%
N/D
N/D
87
KIFRANGO
Indústria
Alimentos
109.084
25,0%
105.658
23,1%
11.262
112,9%
88
ALCON
Indústria
Química e Petroquímica
108.488
15,3%
105.382
17,5%
11.460
3,8%
89
VILA PORTO
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
107.377
13,4%
82.261
17,7%
-1.401
43,9%
90
MORAR CONSTRUTORA
Indústria
Construção
106.357
35,9%
101.610
35,9%
16.074
59,4%
91
SICOOB LESTE CAPIXABA
Serviços
Serv. Financeiros e Seguros
101.375
21,9%
25.053
21,1%
26.948
39,7%
92
ABAV
Indústria
Alimentos
101.257
23,0%
91.830
21,9%
N/D
N/D
93
SOL COQUERIA
Indústria
Siderurgia e Metalurgia
99.099
-16,0%
89.932
-14,9%
88.972
7,8%
94
BANDES
Serviços
Serv. Financeiros e Seguros
97.142
24,0%
58.490
43,2%
15.302
27,1%
95
MARBRASA
Indústria
Fabr. de Minerais Não Metálicos
96.925
16,1%
87.561
15,8%
18.985
37,7%
142
Geral.indb 142
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
04/11/2014 14:48:25
VAR. LUCRO LÍQ. EX. 13/12%
ATIVO TOTAL
13.261
-33,7%
503.950
344.664
5,4%
3,8%
1,5
31,6%
20,4%
1.464
41
-2.489
-383,6%
92.872
40.987
-0,9%
-6,1%
1,8
55,9%
2,6%
62
42
38.680
49,7%
240.760
164.419
14,4%
23,5%
2,0
50,3%
20,7%
582
43
220
312,9%
151.659
16.711
0,1%
1,3%
1,0
89,0%
0,2%
219
44
24.178
48,8%
229.770
109.089
12,3%
22,2%
3,3
52,5%
35,3%
475
45
19
-99,5%
114.588
8.142
0,0%
0,2%
1,1
92,9%
2,5%
4
46
LUCRO LÍQ. EX.
RENTABILIDADE DAS VENDAS
RENTABILIDADE DO PATRIM. LÍQ.
LIQUIDEZ CORRENTE
ENDIVIDAMENTO GERAL
ENDIVIDAMENTO DE LONGO PRAZO
EMPREGADOS ES 2013
CLASSIF. 2013
2.620
-9,2%
89.029
34.972
1,2%
7,5%
1,2
60,7%
15,5%
465
47
7.140
-57,7%
125.495
42.551
4,0%
16,8%
3,1
66,1%
48,6%
N/D
48
18.893
-58,0%
27.842
18.893
7,8%
100,0%
0,5
32,1%
0,0%
N/D
49
606
102,5%
N/D
15.959
0,3%
3,8%
0,8
N/D
N/D
225
50
11.621
80,8%
144.505
63.635
5,1%
18,3%
1,4
56,0%
7,3%
463
51
3.542
-5,7%
84.715
53.909
2,1%
6,6%
3,1
36,4%
7,5%
234
52
4.546
55,6%
88.597
15.012
2,2%
30,3%
1,1
68,7%
8,9%
2.559
53
16.623
108,9%
162.208
81.453
9,3%
20,4%
1,6
49,8%
18,3%
351
54
15.607
-60,9%
173.164
121.297
10,8%
12,9%
1,2
30,0%
11,1%
319
55
716
6,2%
78.191
975
0,5%
73,4%
1,0
98,8%
39,3%
N/D
56
2.486
16,5%
46.745
8.294
1,3%
30,0%
1,2
82,3%
16,2%
233
57
2.474
154,3%
75.196
5.994
1,7%
41,3%
1,1
92,0%
5,5%
13
58
5.831
168,3%
330.322
181.110
3,3%
3,2%
0,8
45,2%
22,0%
410
59
13.400
23,8%
134.861
83.716
9,2%
16,0%
4,0
37,9%
25,0%
187
60
8.787
53,5%
85.706
22.742
5,7%
38,6%
1,8
73,5%
39,4%
42
61
3.627
-59,9%
74.665
37.447
2,1%
9,7%
1,1
49,8%
17,1%
252
62
24.587
-40,1%
204.938
84.201
15,5%
29,2%
1,4
58,9%
37,1%
416
63
9.327
46,9%
101.846
40.306
5,9%
23,1%
1,1
60,4%
28,7%
1.359
64
322
114,1%
76.513
22.600
0,2%
1,4%
1,3
70,5%
26,1%
672
65
5.373
-62,2%
181.728
69.453
3,4%
7,7%
1,2
61,8%
14,7%
330
66
8.787
114,7%
30.962
6.500
5,8%
135,2%
1,1
78,8%
5,8%
675
67
83.487
-15,9%
454.324
405.822
60,8%
20,6%
3,2
10,7%
0,2%
0
68
23.485
9,0%
87.787
61.525
17,7%
38,2%
2,0
29,9%
10,1%
168
69
735
-32,4%
43.833
11.997
0,5%
6,1%
1,3
72,6%
10,4%
187
70
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
98
71
12.666
0,8%
229.292
96.549
9,1%
13,1%
1,0
57,9%
2,6%
99
72 73
21.744
2,9%
176.949
132.655
16,1%
16,4%
2,1
25,0%
4,2%
1.344
10.800
12,5%
74.547
58.547
10,3%
18,4%
2,4
21,5%
0,1%
478
74
2.377
4306,3%
30.780
4.663
2,0%
51,0%
1,1
84,9%
10,8%
996
75
-4.256
-278,6%
68.484
23.064
-3,6%
-18,5%
1,0
66,3%
23,1%
452
76
1.576
N/D
15.393
1.764
1,3%
89,4%
1,0
88,5%
6,1%
N/D
77
114.062
28,3%
808.505
755.697
99,2%
15,1%
6,3
6,5%
0,2%
0
78
3.758
11,5%
64.094
30.988
3,4%
12,1%
2,4
51,7%
21,9%
111
79
6.932
16,5%
181.250
68.499
6,3%
10,1%
1,7
62,2%
20,9%
158
80
18.043
31,3%
126.420
94.601
17,3%
19,1%
1,5
25,2%
10,2%
295
81
4.726
-46,6%
21.401
3.985
4,4%
118,6%
1,1
81,4%
3,3%
1.212
82
-2.669
-444,9%
92.043
5.002
-3,0%
-53,4%
0,8
94,6%
7,3%
0
83
6.843
-21,8%
402.234
273.885
6,9%
2,5%
2,8
31,9%
23,7%
345
84
4.385
2178,5%
49.069
10.619
4,2%
41,3%
0,7
78,4%
13,9%
279
85
4.959
152,2%
325.777
100.966
5,1%
4,9%
1,0
69,0%
54,0%
669
86
6.053
673,7%
72.289
12.281
5,7%
49,3%
1,0
83,0%
50,4%
639
87
107.411
908,0%
188.484
112.389
101,9%
95,6%
2,4
40,4%
23,9%
285
88
907
-38,8%
233.466
3.952
1,1%
23,0%
1,2
98,3%
20,3%
47
89
8.518
18,5%
124.999
47.864
8,4%
17,8%
2,9
61,7%
29,6%
685
90
24.811
21,1%
600.871
140.238
99,0%
17,7%
1,0
76,7%
3,1%
149
91
459
-21,6%
32.016
13.977
0,5%
3,3%
1,5
56,3%
10,4%
594
92
28.537
211,1%
1.608.290
1.562.071
31,7%
1,8%
2,1
2,9%
1,1%
0
93
33.348
678,8%
1.560.422
257.474
57,0%
13,0%
2,1
83,5%
65,7%
194
94
14.968
29,5%
103.588
46.407
17,1%
32,3%
1,6
55,2%
19,2%
418
95
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
Geral.indb 143
PATRIM. LíQUIDO
143
04/11/2014 14:48:26
RANKING DAS 200 MAIORES EMPRESAS
CLASSIF. 2013
EMPRESA
SETOR
ATIVIDADE
REC. OP. BRUTA
VAR. ROB. 13/12 %
REC. OP. LÍQ.
VAR. ROL. 13/12 %
EBITDA
VAR. EBITDA 13/12 %
96
PREMIUM VEÍCULOS
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
96.595
-25,1%
94.085
-25,5%
65
97
UNIMAR
Serviços
Transporte
96.386
5,8%
89.032
5,8%
18.664
-98,1% 5,3%
98
RIMO MOVEIS
Indústria
Fabricação de Móveis
94.101
6,2%
71.806
6,5%
3.311
-36,6%
99
TV GAZETA
Serviços
Informação e Comunicação
93.924
6,4%
86.930
7,7%
15.084
-2,9%
100
INSPECTION
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
91.511
-48,5%
74.043
-44,8%
908
200,9%
101
DIAÇO
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
90.905
18,6%
75.415
21,2%
9.090
49,2%
102
METALOSA
Indústria
Fabricação de Produtos de Metal
89.002
11,6%
71.092
12,7%
3.035
-3,7%
103
UNIVIX
Serviços
Educação
88.570
28,0%
77.483
30,7%
N/D
N/D
104
CARAIVA
Serviços
Admin. de Empresas do Grupo
87.445
-18,2%
87.445
-18,2%
87.012
-17,1%
105
CORPUS SANEAMENTO E OBRAS
Serviços
Coleta, Trat. e Dist. Resíduos
83.841
5,0%
N/D
N/D
N/D
N/D
106
JSL
Serviços
Transporte
83.171
20,5%
N/D
N/D
N/D
N/D -23,7%
107
HIRO MOTORS
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
82.778
2,9%
81.356
2,5%
772
108
VITÓRIA APART HOSPITAL
Serviços
Atendimento Hospitalar
82.743
4,8%
78.136
4,7%
7.365
9,0%
109
PANAN MOVEIS
Indústria
Fabricação de Móveis
82.650
0,9%
68.913
5,6%
829
1343,2%
110
HOSPITAL VILA VELHA
Serviços
Atendimento Hospitalar
81.248
13,0%
77.007
13,0%
18.837
5,2%
111
ACP MOVEIS
Indústria
Fabricação de Móveis
80.007
35,3%
63.706
40,8%
4.533
124,7% 73,0%
112
SICOOB SUL SERRANO
Serviços
Serv. Financeiros e Seguros
79.798
21,7%
18.864
29,2%
18.585
113
ELSONS
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
79.543
37,1%
67.912
38,1%
N/D
N/D
114
HOSPITAL METROPOLITANO
Serviços
Atendimento Hospitalar
79.214
20,0%
72.099
15,3%
9.583
-9,2% 130,0%
115
FIBRASA SUDESTE
Indústria
Fabr. de Borracha e de Mat. Plástico
78.594
29,6%
56.513
26,3%
3.457
116
UNIMED NOROESTE CAPIXABA
Serviços
Plano de Saúde
77.846
15,0%
76.147
14,7%
N/D
N/D
117
SERDEL
Serviços
Serv. de Limpeza e Conservação
77.465
0,9%
67.515
0,9%
9.353
5,4%
118
SUPERMERCADO PORTO NOVO
Comércio Varejista
Comércio Varejista
76.708
8,0%
70.448
12,2%
632
330,3%
119
ISH TECNOLOGIA
Serviços
Tecnologia da Informação
75.735
29,1%
62.206
22,5%
10.759
90,5%
120
VAMTEC VITÓRIA
Indústria
Siderurgia e Metalurgia
73.878
49,9%
60.184
46,1%
N/D
N/D
121
CN AUTO
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
72.578
-0,9%
49.248
12,0%
N/D
N/D
122
SICOOB SUL
Serviços
Serv. Financeiros e Seguros
72.537
21,0%
25.960
31,1%
25.648
41,0%
123
SICOOB NORTE
Serviços
Serv. Financeiros e Seguros
70.641
13,5%
12.989
-29,1%
14.455
-20,8%
124
A GAZETA
Serviços
Informação e Comunicação
70.166
0,2%
61.212
-1,0%
-2.916
46,8%
125
PLENA VEÍCULOS
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
69.196
-18,4%
68.538
-18,6%
164
-72,3%
126
RODOSOL
Serviços
Concessionária de Rodovias
68.075
-11,9%
61.974
-12,1%
22.732
-37,8%
127
DECOLORES MÁRMORE E GRANITOS
Indústria
Fab. Prod. Minerais Não Metálicos
66.524
43,4%
63.746
45,1%
26.999
45,7%
128
PARANASA
Indústria
Construção
66.337
-36,6%
N/D
N/D
N/D
N/D
129
TERCA
Serviços
Logística
66.158
-7,3%
53.511
-6,6%
9.075
4,0%
130
ESPIRAL ENGENHARIA
Serviços
Loc. Maq. e Equip. Construção
131
HISPANOBRÁS
Serviços
Arrendamento de Ativos
65.411
3,5%
57.341
-2,7%
14.695
11,3%
64.302
-71,5%
64.302
-90,7%
51.778
-69,4% -102,1%
132
VITÓRIA MOTORS
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
63.543
-0,3%
61.756
-0,4%
-28
133
LASA
Indústria
Química e Petroquímica
62.458
53,3%
59.601
54,5%
N/D
N/D
134
ITABRASCO
Serviços
Arrendamento de Ativos
58.942
-73,9%
53.439
-14,7%
28.859
-93,9%
135
ATACADO SÃO PAULO
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
57.858
5,9%
50.307
6,0%
4.191
-38,1%
136
VITÓRIA MOTORS CHRYSLER
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
56.988
24,2%
56.073
24,2%
380
-29,8%
137
MATRICIAL
Indústria
Construção
56.805
38,9%
52.484
39,7%
N/D
N/D
138
VIAÇÃO JOANA D´ARC
Serviços
Transporte
56.360
14,3%
52.490
14,6%
3.743
4,2%
139
SANTA FÉ TRADING
Serviços
Serv. Importação e Exportação
55.991
22,9%
42.606
17,5%
N/D
N/D
140
THORK TRADING
Serviços
Serv. Importação e Exportação
55.488
184,7%
44.843
186,6%
1.921
299,1%
141
SHOPPING VITÓRIA
Serviços
Admin. de Shopping Center
54.662
6,4%
51.896
6,2%
33.702
6,9%
142
UNIMED NORTE CAPIXABA
Serviços
Plano de Saúde
54.035
-6,0%
44.752
-22,1%
189
-90,4%
143
CHEIM TRANSPORTES
Serviços
Transporte
53.920
-20,1%
50.265
-19,2%
-2.607
-2,8%
144
SICOOB CENTRO-SERRANO
Serviços
Serv. Financeiros e Seguros
53.758
26,6%
9.655
-3,7%
10.789
17,3%
145
ELETROMIL
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
53.217
13,6%
46.171
15,4%
8.649
7,6%
146
SICOOB CENTRAL ES
Serviços
Serv. Financeiros e Seguros
52.960
-7,1%
4.652
17,0%
1.248
22,1%
147
VIGSERV
Serviços
Vigilância e Segurança
51.229
-7,2%
46.979
-7,4%
N/D
N/D
148
FAMEX
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
48.441
-1,0%
38.892
4,1%
88
202,0%
149
CONSTRUTORA ÉPURA
Indústria
Construção
48.281
9,5%
46.872
10,0%
13.567
37,5%
150
ENGE URB
Serviços
Coleta, Trat. e Dist. Resíduos
47.295
9,4%
43.704
12,0%
14.019
9,0%
144
Geral.indb 144
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
04/11/2014 14:48:27
VAR. LUCRO LÍQ. EX. 13/12%
LUCRO LÍQ. EX.
ATIVO TOTAL
RENTABILIDADE DAS VENDAS
RENTABILIDADE DO PATRIM. LÍQ.
LIQUIDEZ CORRENTE
ENDIVIDAMENTO GERAL
ENDIVIDAMENTO DE LONGO PRAZO
EMPREGADOS ES 2013
CLASSIF. 2013
50
-97,9%
19.558
6.011
0,1%
0,8%
1,0
69,3%
0,0%
149
2.940
-53,0%
116.120
76.403
3,3%
3,8%
1,7
34,2%
12,6%
1.519
97
616
-52,6%
35.216
11.927
0,9%
5,2%
1,3
66,1%
16,3%
372
98
96
15.191
-3,1%
98.341
84.834
17,5%
17,9%
6,6
13,7%
1,6%
337
99
557
154,8%
54.305
16.935
0,8%
3,3%
1,4
68,8%
0,1%
1
100
8.484
177,3%
72.143
56.667
11,2%
15,0%
4,0
21,5%
6,6%
115
101
1.496
-18,8%
43.520
21.174
2,1%
7,1%
2,0
51,3%
12,6%
269
102
31.898
64,2%
39.141
26.481
41,2%
120,5%
1,0
32,3%
0,2%
N/D
103
87.012
-16,9%
623.668
622.166
99,5%
14,0%
28,1
0,2%
0,0%
N/D
104
N/D
N/D
#VALOR!
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
1.263
105
N/D
N/D
#VALOR!
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
1.272
106
-177
-283,0%
16.106
4.752
-0,2%
-3,7%
0,9
70,5%
6,5%
49
107
776
298,3%
136.283
65.520
1,0%
1,2%
1,0
51,9%
25,3%
1.115
108
-2.143
20,4%
46.423
5.836
-3,1%
-36,7%
1,0
87,4%
12,8%
266
109
3.208
36,8%
70.459
26.801
4,2%
12,0%
0,7
62,0%
21,6%
1.035
110
4.453
121,4%
40.883
20.917
7,0%
21,3%
1,9
48,8%
17,0%
252
111
18.622
27,8%
493.824
117.522
98,7%
15,8%
1,0
76,2%
2,5%
192
112
7.567
2985,0%
25.934
13.297
11,1%
56,9%
1,2
48,7%
0,0%
232
113
880
-70,0%
101.451
34.808
1,2%
2,5%
1,4
65,7%
37,3%
680
114
4.221
632,8%
45.307
17.453
7,5%
24,2%
1,6
61,5%
31,2%
323
115
31
131,2%
48.945
8.117
0,0%
0,4%
1,0
83,4%
36,6%
329
116
8.263
8,1%
53.251
44.502
12,2%
18,6%
6,6
16,4%
1,4%
3.147
117
37
108,8%
12.779
5.621
0,1%
0,7%
1,4
56,0%
0,4%
553
118
4.150
72,3%
42.894
9.344
6,7%
44,4%
1,1
78,2%
15,4%
131
119
-455
-121,8%
36.564
9.887
-0,8%
-4,6%
1,3
73,0%
21,3%
N/D
120
-5.398
62,4%
82.351
1.999
-11,0%
-270,0%
2,5
104,1%
70,2%
N/D
121
25.639
31,2%
437.965
113.044
98,8%
22,7%
1,0
74,2%
7,6%
142
122
12.733
-29,5%
460.296
109.580
98,0%
11,6%
1,1
76,2%
2,7%
160
123
-2.916
46,8%
32.919
15.651
-4,8%
-18,6%
1,2
52,5%
14,4%
717
124
-430
-535,4%
16.962
6.387
-0,6%
-6,7%
1,8
62,3%
17,7%
67
125 126
13.218
-45,8%
73.075
54.184
21,3%
24,4%
0,5
25,9%
15,2%
260
22.541
61,1%
82.686
57.966
35,4%
38,9%
2,7
29,9%
0,7%
100
127
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
168
128
6.079
-0,6%
87.634
64.903
11,4%
9,4%
1,4
25,9%
17,9%
198
129
5.211
117,6%
40.631
22.038
9,1%
23,6%
1,8
45,8%
30,3%
516
130
13.537
-87,1%
462.862
380.345
21,1%
3,6%
10,2
17,8%
15,6%
0
131
-28
94,0%
29.960
8.337
0,0%
-0,3%
1,0
72,2%
0,0%
37
132
1.635
132,2%
191.378
77.671
2,7%
2,1%
0,7
59,4%
47,3%
784
133
24.702
-23,5%
350.051
275.235
46,2%
9,0%
6,8
21,4%
17,5%
0
134
4.469
-18,2%
12.503
9.583
8,9%
46,6%
2,7
N/D
N/D
137
135
274
-36,7%
12.429
3.237
0,5%
8,5%
1,5
73,9%
18,8%
29
136
1.089
-53,4%
29.609
18.144
2,1%
6,0%
3,1
38,7%
16,9%
729
137
2.425
3,4%
50.584
27.692
4,6%
8,8%
1,7
45,3%
24,5%
945
138
1.598
43,3%
22.220
1.510
3,7%
105,8%
2,8
93,2%
58,0%
2
139
1.020
197,3%
10.216
3.240
2,3%
31,5%
1,8
68,3%
13,3%
1
140
27.654
13,6%
315.733
285.552
53,3%
9,7%
0,8
9,6%
4,7%
315
141
51
209,7%
36.115
8.000
0,1%
0,6%
1,0
77,8%
36,2%
247
142
-2.123
-1905,3%
98.608
29.160
-4,2%
-7,3%
1,8
70,4%
31,3%
N/D
143
9.416
-4,7%
341.967
65.592
97,5%
14,4%
1,1
80,8%
16,2%
148
144
7.090
0,4%
29.825
21.036
15,4%
33,7%
3,5
29,5%
6,5%
137
145
4.662
17,6%
582.948
70.336
100,2%
6,6%
0,7
87,9%
0,2%
69
146
2.397
163,1%
50.722
7.583
5,1%
31,6%
1,9
85,0%
52,7%
1.530
147
691
-27,5%
20.239
648
1,8%
106,7%
1,9
96,8%
45,7%
7
148
11.553
48,2%
85.562
49.748
24,6%
23,2%
10,5
41,9%
32,9%
173
149
9.771
28,1%
97.970
76.520
22,4%
12,8%
4,4
21,9%
2,0%
599
150
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
Geral.indb 145
PATRIM. LíQUIDO
145
04/11/2014 14:48:27
RANKING DAS 200 MAIORES EMPRESAS
CLASSIF. 2013
EMPRESA
SETOR
ATIVIDADE
151
REDE VITÓRIA DE COMUNICAÇÕES
Serviços
Informação e Comunicação
152
POLITINTAS
Comércio Varejista
Comércio Varejista
153
ANDRADE MÁRMORES E GRANITOS
Indústria
Fabr. de Minerais Não Metálicos
REC. OP. BRUTA
VAR. ROB. 13/12 %
REC. OP. LÍQ.
VAR. ROL. 13/12 %
EBITDA
VAR. EBITDA 13/12 %
47.221
1,3%
45.465
2,3%
9.873
46.285
15,2%
38.070
16,1%
N/D
-1,6% N/D
41.501
16,6%
39.060
17,8%
9.693
85,8% -118,0%
154
CSV BENETECH BRASIL
Serviços
Manut., Repar. e Inst. de Máq. e Equip.
40.658
-4,5%
34.116
-4,2%
-572
155
SAMEDIL
Serviços
Plano de Saúde
40.588
62,2%
39.803
62,9%
N/D
N/D
156
PLANTÃO SERVIÇOS DE VIGILÂNCIA
Serviços
Vigilância e Segurança
39.759
5,4%
N/D
N/D
N/D
N/D
157
GRANVITUR
Serviços
Transporte
37.876
7,2%
34.890
7,1%
-246
-125,3%
158
SÃO BERNARDO APART HOSPITAL
Serviços
Atendimento Hospitalar
37.491
7,5%
35.373
11,1%
-3.503
-739,1%
159
UNIMED PIRAQUEAÇU
Serviços
Plano de Saúde
36.888
1,4%
36.518
1,1%
3.898
182,2%
160
UNIPETRO
Serviços
Loc. Maq. e Equip. Construção
36.862
16,2%
34.473
16,4%
24.334
20,4%
161
BRASPRESS
Serviços
Transporte
36.143
-0,9%
N/D
N/D
N/D
N/D
162
REDE BRISTOL
Serviços
Alojamento e Alimentação
36.061
-10,0%
32.864
-10,1%
4.568
-32,5%
163
PW BRASIL
Indústria
Confec. de Vestuário e Acessórios
35.923
2,8%
32.587
3,6%
17.148
79,5%
164
MARCA CAFÉ
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
35.833
-23,9%
35.831
-23,8%
-661
-104,8%
165
CIMOL MOVEIS
Indústria
Fabricação de Móveis
35.519
-15,3%
27.155
-4,0%
N/D
N/D
166
COFRIL
Indústria
Alimentos
35.295
1308,6%
33.156
39,6%
10.171
132,0% 54,7%
167
GS INTERNACIONAL
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
34.201
4,5%
25.716
15,5%
-1.291
168
CETURB-GV
Serviços
Transporte
33.682
2,0%
32.438
2,1%
N/D
N/D
169
CAFENORTE
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
33.564
73,6%
33.564
73,6%
8.307
-70,3% 10,8%
170
SICOOB CREDIROCHAS
Serviços
Serv. Financeiros e Seguros
32.296
22,3%
6.417
9,3%
4.853
171
ANDRADE INDÚSTRIA E MINERAÇÃO
Indústria
Extração de Minerais Não Metálicos
32.171
26,4%
29.243
25,1%
14.257
21,5%
172
VIAÇÃO TABUAZEIRO
Serviços
Transporte
31.093
-1,7%
29.086
-1,5%
225
118,1%
173
FROTA COMÉRCIO EXTERIOR
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
30.909
11,2%
24.569
19,9%
N/D
N/D
174
VIAÇÃO GRANDE VITÓRIA
Serviços
Transporte
30.699
-1,5%
28.710
-1,3%
-3.819
-65,0%
175
TEGMA
Serviços
Logística
29.198
-59,2%
N/D
N/D
N/D
N/D
176
EMBALI
Indústria
Fabr. de Borracha e de Mat. Plástico
28.945
5,5%
23.602
6,0%
-888
-200,6% -30,1%
177
COOPGRANÉIS
Serviços
Transporte
28.611
-7,5%
28.048
-7,4%
756
178
BEBIDAS REGIANNI
Indústria
Fabricação de Bebidas
28.598
-5,0%
17.687
-4,4%
N/D
N/D
179
LISA
Serviços
Logística
28.247
-5,1%
21.506
-0,1%
N/D
N/D
180
PETERFRUT AGRÍCOLA
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
27.546
-10,7%
26.413
-11,9%
N/D
N/D
181
TRANSCAMPO
Serviços
Transporte
27.323
-5,3%
22.628
-4,4%
N/D
N/D -56,7%
182
BRASIL EXPORTAÇÃO
Indústria
Fabr. de Minerais Não Metálicos
27.234
-17,8%
26.044
-20,1%
864
183
SOLUÇÃO EPI
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
27.229
413,6%
21.758
-5,0%
N/D
N/D
184
SILOTEC
Serviços
Logística
26.929
-31,7%
22.023
-31,7%
N/D
N/D
185
SANTA FÉ
Serviços
Eletricidade e Gás
26.784
-3,3%
25.806
-3,3%
20.415
-4,4%
186
ECO 101
Serviços
Concessionária de Rodovias
26.581
N/D
26.581
N/D
-32.664
-736,0% 22,3%
187
SICOOB SUL LITORÂNEO
Serviços
Serv. Financeiros e Seguros
25.715
14,4%
5.418
8,8%
3.507
188
HOSPITAL PRAIA DA COSTA
Serviços
Atendimento Hospitalar
25.625
17,9%
24.522
18,4%
N/D
N/D
189
SICOOB CORRETORA DE SEGUROS
Serviços
Serv. Financeiros e Seguros
25.242
46,1%
23.572
46,2%
21.937
49,3%
190
SERVINEL
Serviços
Vigilância e Segurança
23.203
6,1%
19.894
5,8%
N/D
N/D
191
BUTERI COMÉRCIO E REPRESENTAÇÕES
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
22.693
12,5%
21.209
13,5%
1.447
95,5%
192
HOSPITAL SÃO FRANCISCO
Serviços
Atendimento Hospitalar
22.008
8,3%
20.755
7,9%
N/D
N/D
193
BRICK ENGENHARIA E COMÉRCIO
Indústria
Construção
20.254
28,8%
18.545
26,6%
N/D
N/D
194
SIMEX
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
20.106
-18,2%
10.455
-26,6%
N/D
N/D
195
FRISA COMERCIAL
Comércio Varejista
Alimentos
19.169
0,4%
18.534
7,6%
619
21,0%
196
SOBRITA
Indústria
Extração de Minerais Não Metálicos
17.854
-3,9%
15.972
-3,4%
N/D
N/D
197
UCL - FACULDADE DO CENTRO LESTE
Serviços
Educação
17.082
12,4%
16.983
11,7%
3.200
-4,3%
198
GRAFITUSA
Serviços
Informação e Comunicação
16.667
2,3%
14.881
2,4%
N/D
N/D
199
VIPASA
Indústria
Papel e Celulose
16.182
35,2%
13.333
53,3%
N/D
N/D
200
ANDALUZ
Indústria
Metalurgia
15.947
36,3%
14.782
38,9%
-2.353
-149,5%
146
Geral.indb 146
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
04/11/2014 14:48:29
VAR. LUCRO LÍQ. EX. 13/12%
ATIVO TOTAL
7.150
-8,9%
53.250
1.065
-14,9%
15.546
LUCRO LÍQ. EX.
RENTABILIDADE DAS VENDAS
RENTABILIDADE DO PATRIM. LÍQ.
LIQUIDEZ CORRENTE
ENDIVIDAMENTO GERAL
29.557
15,7%
9.885
2,8%
24,2%
1,9
44,5%
32,1%
331
151
10,8%
2,3
36,4%
0,0%
184
152
ENDIVIDAMENTO DE LONGO PRAZO
EMPREGADOS ES 2013
CLASSIF. 2013
8.288
132,5%
113.198
59.604
21,2%
13,9%
5,8
47,3%
41,0%
90
153
-3.979
-661,3%
19.037
-1.214
-11,7%
327,8%
1,2
106,4%
39,7%
126
154
295
266,2%
9.812
2.071
0,7%
14,2%
1,1
78,9%
4,3%
N/D
155
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
1.029
156
-198
-132,6%
18.144
4.610
-0,6%
-4,3%
1,3
74,6%
46,2%
596
157
378
-44,1%
55.740
28.658
1,1%
1,3%
N/D
N/D
25,9%
348
158
2.829
251,3%
30.760
10.182
7,7%
27,8%
1,9
66,9%
30,6%
78
159
20.472
15,4%
59.499
56.714
59,4%
36,1%
10,0
4,7%
0,0%
109
160
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
196
161
3.212
-34,0%
9.330
N/D
9,8%
N/D
1,0
100,0%
0,0%
650
162
13.418
118,5%
75.076
46.161
41,2%
29,1%
3,2
37,9%
25,4%
437
163
-831
-109,2%
54.894
23.087
-2,3%
-3,6%
1,6
N/D
N/D
15
164
630
-66,3%
19.034
9.936
2,3%
6,3%
1,6
47,8%
12,6%
132
165
9.109
150,2%
12.948
6.695
27,5%
136,1%
1,7
48,3%
3,4%
374
166
-2.297
21,1%
23.247
6.270
-8,9%
-36,6%
1,4
73,0%
10,4%
76
167
-3.285
-62,9%
87.525
4.100
-10,1%
-80,1%
1,3
95,3%
90,5%
212
168
2.347
-74,6%
41.517
11.779
7,0%
19,9%
1,2
71,6%
23,6%
16
169
6.290
8,6%
198.541
38.082
98,0%
16,5%
0,8
80,8%
1,1%
74
170
13.233
20,0%
84.559
58.126
45,3%
22,8%
2,2
31,3%
12,9%
87
171
58
104,7%
21.043
-419
0,2%
-13,9%
0,6
102,0%
85,8%
579
172 173
2.537
163,1%
18.970
3.852
10,3%
65,9%
9,4
79,7%
71,6%
N/D
5.356
429,1%
67.115
32.363
18,7%
16,5%
0,2
51,8%
43,3%
648
174
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
278
175
-2.180
-440,8%
11.385
-404
-9,2%
540,0%
1,0
104,2%
47,7%
193
176
756
-29,2%
5.943
3.611
2,7%
20,9%
2,6
39,2%
5,6%
25
177
553
2,0%
30.386
7.612
3,1%
7,3%
1,5
74,9%
25,5%
N/D
178
92
-1,7%
41.956
9.310
0,4%
1,0%
1,0
77,8%
0,0%
N/D
179
-8
-100,2%
10.178
3.305
0,0%
-0,2%
0,9
67,5%
25,8%
N/D
180
-754
54,7%
12.724
4.920
-3,3%
-15,3%
1,1
61,3%
35,1%
119
181
587
-48,8%
71.690
-33.313
2,3%
-1,8%
1,8
146,5%
128,5%
75
182
852
-56,5%
14.743
5.287
3,9%
16,1%
1,3
64,1%
8,0%
35
183
2.215
-59,3%
25.588
19.790
10,1%
11,2%
1,9
22,7%
2,8%
175
184
12.535
-5,8%
171.319
107.381
48,6%
11,7%
1,7
37,3%
31,2%
N/D
185
-19.441
-1223,3%
68.880
54.162
-73,1%
-35,9%
0,8
21,4%
0,0%
197
186
5.269
6,6%
153.063
35.221
97,3%
15,0%
1,0
77,0%
7,6%
66
187
803
139,7%
11.216
4.725
3,3%
17,0%
1,9
57,9%
21,6%
301
188
19.173
50,2%
3.128
145
81,3%
13222,6%
3,0
95,4%
65,8%
18
189
224
-80,5%
17.463
2.392
1,1%
9,4%
N/D
86,3%
39,9%
784
190
731
1783,9%
12.308
10.334
3,4%
7,1%
4,1
16,0%
0,0%
21
191
-348
-123,9%
11.816
3.863
-1,7%
-9,0%
1,2
67,3%
24,3%
215
192
-620
57,6%
19.425
10.459
-3,3%
-5,9%
1,5
46,2%
5,4%
115
193
-1.020
-15,1%
7.538
10.917
-9,8%
-9,3%
1,2
58,5%
5,4%
N/D
194
390
17,7%
3.789
2.610
2,1%
14,9%
2,3
N/D
N/D
34
195
2.380
-28,0%
27.832
15.548
14,9%
15,3%
4,1
44,1%
39,5%
N/D
196
1.963
-18,6%
20.817
14.699
11,6%
13,4%
2,6
29,4%
19,2%
174
197
-130
-119,8%
18.008
8.911
-0,9%
-1,5%
0,9
50,5%
36,3%
N/D
198
-6.760
19,6%
23.520
3.361
-50,7%
-201,1%
0,3
85,7%
25,9%
N/D
199
-2.353
149,5%
12.880
-5.934
-15,9%
39,7%
0,6
127,8%
76,2%
185
200
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
Geral.indb 147
PATRIM. LíQUIDO
147
04/11/2014 14:48:29
Ranking | PARTICIPAÇÃO SETORIAL DAS EMPRESAS
D
as empresas componentes do ranking das 200 Maiores de 2013, 46,5% são do setor de prestação de serviços e tiveram uma participação no faturamento de 24,4%, sendo responsáveis por 44,7% dos empregos diretos. O setor industrial representa 29,0% das empresas do ranking, com 63,2% do faturamento bruto e 43,7% do total de empregos diretos. Já o setor comercial é o que teve o menor peso, com 24,5% das empresas e um faturamento de 12,4% do total. O percentual de empregos diretos foi de 11,6% do total. Como em anos anteriores, não houve registros de companhias do setor agropecuário na lista das 200 Maiores Empresas no Espírito Santo em 2013. As informações consolidadas dos segmento somaram uma receita bruta de aproximada-
148
Geral.indb 148
Faturamento e empregados por setor Serviço
Indústria
Comércio
63,2% 46,5%
44,7% 43,7% 29,0% 24,5%
24,4% 12,4%
% Empresas
% ROB
11,6%
% Empregados
mente R$ 103,1 bilhões e um efetivo de 101.507 trabalhadores em 2013.
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
04/11/2014 14:48:31
CONSOLIDAÇÃO DAS 200 MAIORES EMPRESAS Ranking Segundo Receita Operacional Bruta no Espírito Santo ( valores em R$ milhares) SETOR/ATIVIDADE
REC. OP. BRUTA
REC. OP. LÍQ.
EBITDA
LUCRO LÍQ. EX.
ATIVO TOTAL
PATRIM. LíQUIDO
EMPREGADOS ES 2013
SERVIÇOS
93
25.135.211
19.545.761
1.841.965
1.313.488
33.703.620
8.771.214
45.417
ADMIN. DE EMPRESAS DO GRUPO
1
87.445
87.445
87.012
87.012
623.668
622.166
N/D
ADMIN. DE SHOPPING CENTER
1
54.662
51.896
33.702
27.654
315.733
285.552
315
ALOJAMENTO E ALIMENTAÇÃO
1
36.061
32.864
4.568
3.212
9.330
N/D
650
ARRENDAMENTO DE ATIVOS
4
401.240
370.022
364.247
235.788
2.075.742
1.817.100
0
ATENDIMENTO HOSPITALAR
9
844.449
808.190
76.556
41.314
754.357
352.349
8.956
COLETA, TRAT. E DIST. RESÍDUOS
3
338.405
223.108
36.862
26.394
260.179
157.973
2.213
CONCESSIONÁRIA DE RODOVIAS
2
94.656
88.556
-9.933
-6.223
141.955
108.347
457
EDUCAÇÃO
2
105.652
94.467
3.200
33.862
59.958
41.180
174
ELETRICIDADE E GÁS
3
3.155.245
2.197.535
385.748
162.151
2.716.622
915.869
1.272
GESTÃO DE PORTOS E TERMINAIS
4
554.630
494.252
125.275
72.957
821.378
514.213
1.224
INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
4
227.978
208.489
22.041
19.294
202.518
138.953
1.385
LOC. MAQ. E EQUIP. CONSTRUÇÃO
2
102.273
91.814
39.029
25.682
100.131
78.752
625
LOGÍSTICA
4
150.533
97.041
9.075
8.387
155.178
94.003
651
MAN., REPARAÇÃO E INSTALAÇÃO DE MAQ. E EQUIPAMENTOS
1
40.658
34.116
-572
-3.979
19.037
-1.214
126
PLANO DE SAÚDE
8
1.618.015
1.593.590
42.171
18.370
625.854
163.025
3.894
SERV. DE LIMPEZA E CONSERVAÇÃO
1
77.465
67.515
9.353
8.263
53.251
44.502
3.147
SERV. FINANCEIROS E SEGUROS
13
3.696.211
2.074.687
161.790
282.571
19.103.263
2.011.468
5.277
SERV. IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO
11
11.038.876
8.826.811
182.286
160.129
3.528.807
611.934
98
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
2
192.981
170.117
16.863
8.875
64.295
13.329
1.343
TELECOMUNICAÇÕES
1
240.998
240.752
N/D
18.893
27.842
18.893
N/D
TRANSPORTE
13
1.962.586
1.625.621
252.693
80.261
1.976.336
772.845
10.267
VIGILÂNCIA E SEGURANÇA
3
114.191
66.873
N/D
2.621
68.185
9.975
3.343
INDÚSTRIA
58
65.197.540
21.706.178
5.069.103
3.370.857
29.806.015
10.464.717
44.335
ALIMENTOS
13
5.106.447
4.324.678
177.014
76.824
3.139.826
870.914
5.973
CAP. TRAT. E DISTRIB. DE ÁGUA
1
592.475
555.639
179.174
70.748
2.358.741
1.718.808
1.530
CONFECÇÃO DE ARTIGOS DO VESTUÁRIO E ACESSÓRIOS
1
35.923
32.587
17.148
13.418
75.076
46.161
437
CONSTRUÇÃO
7
876.819
693.529
133.338
101.218
998.424
416.161
3.722
EXTRAÇÃO DE MINERAIS NÃO METÁLICOS
2
50.025
45.215
14.257
15.613
112.391
73.674
87
EXTRAÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL
1
24.469.787
N/D
N/D
N/D
N/D
N/D
7.157
FAB. PROD. MINERAIS NÃO METÁLICOS
3
327.182
278.826
60.994
40.273
338.484
185.013
736
FABRICAÇÃO DE BEBIDAS
1
28.598
17.687
N/D
553
30.386
7.612
N/D
FABRICAÇÃO DE CIMENTO
1
242.828
177.499
N/D
7.140
125.495
42.551
N/D
FABRICAÇÃO DE MÁQUINAS, APARELHOS E MATERIAIS ELÉTRICOS
1
443.750
319.718
41.188
32.518
242.922
133.722
2.597
FABRICAÇÃO DE MÓVEIS
4
292.277
231.580
8.673
3.557
141.556
48.616
1.022
FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DE BORRACHA E DE MATERIAL PLÁSTICO
3
462.903
327.978
26.035
19.666
217.639
157.810
1.179
FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DE METAL
1
89.002
71.092
3.035
1.496
43.520
21.174
269
FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DE MINERAIS NÃO METÁLICOS
4
422.806
348.929
91.121
48.020
518.247
181.787
1.058 488
FABRICAÇÃO DE PRODUTOS TÊXTEIS
1
650.106
541.098
18.520
12.749
616.367
32.559
METALURGIA
1
15.947
14.782
-2.353
-2.353
12.880
-5.934
185
MINERAÇÃO
2
17.027.730
7.204.417
3.869.900
2.731.397
15.031.891
3.758.049
9.437
PAPEL E CELULOSE
2
3.543.413
13.333
N/D
-6.760
23.520
3.361
938
QUÍMICA E PETROQUÍMICA
4
5.862.535
5.738.178
298.865
88.542
3.511.421
711.018
1.527
SIDERURGIA E METALURGIA
5
4.656.987
769.411
132.193
116.240
2.267.229
2.061.661
5.993 11.755
COMÉRCIO
49
12.756.533
10.157.859
118.183
-205.177
4.747.436
1.675.917
ALIMENTOS
1
19.169
18.534
619
390
3.789
2.610
34
COMÉRCIO ATACADISTA
28
7.488.786
5.441.940
36.326
-226.268
3.212.722
1.189.287
3.053
COMÉRCIO VAREJISTA
8
2.386.638
2.039.798
96.140
47.842
640.998
259.745
6.514
CONCESSIONÁRIA DE VEÍCULOS
12
2.861.940
2.657.587
-14.902
-27.141
889.927
224.275
2.154
103.089.284
51.409.798
7.029.251
4.479.168
68.257.071
20.911.848
101.507
TOTAL DAS 200 EMPRESAS
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
Geral.indb 149
Nº DE EMPRESAS
200
149
04/11/2014 14:48:32
Ranking | Participação setorial - 20 maiores por setor
AS 20 MAIORES EMPRESAS INDUSTRIAIS Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES - Em R$ milhares POSIÇÃO
CLASSIF. 2013
EMPRESA
ATIVIDADE
1
1
PETROBRAS - UO - ES *
Extração de Petróleo e Gás Natural
2
2
VALE
Mineração
REC. OP. BRUTA 2013
VAR. ROB. 2013/2012 %
REC. OP. LÍQ. 2013
VAR. ROL. LUCRO LÍQ. 2013/2012 EX. 2013 %
PATRIM. LÍQUIDO 2013
EMPREGADOS ES 2013
24.469.787
10,9%
N/D
N/D
N/D
N/D
7.157
9.787.565
5,5%
N/D
N/D
N/D
N/D
8.177 1.260
3
3
SAMARCO MINERAÇÃO
Mineração
7.240.165
9,5%
7.204.417
10,0%
2.731.397
3.758.049
4
4
HERINGER
Quiímica e Petroquímica
5.502.808
2,0%
5.427.935
1,8%
-33.904
437.242
271
5
5
ARCELORMITTAL BRASIL
Siderurgia e Metalurgia
3.748.360
4,6%
N/D
N/D
N/D
N/D
5.074
6
6
FIBRIA CELULOSE
Papel e Celulose
3.527.231
33,9%
N/D
N/D
N/D
N/D
938
7
10
CHOCOLATES GAROTO
Alimentos
1.927.414
-3,8%
1.349.160
-8,0%
-5.124
161.028
N/D
8
16
TANGARÁ FOODS
Alimentos
1.158.047
-17,1%
1.081.022
-18,0%
22.159
146.124
353
9
23
FRISA FRIGORÍFICO
Alimentos
698.833
15,9%
655.994
17,0%
23.680
108.861
1.408
10
25
EXCIM
Fabricação de Produtos Têxteis
650.106
-8,0%
541.098
0,8%
12.749
32.559
488
11
26
CESAN
Cap. Trat. e Distrib. de Água
592.475
13,4%
555.639
12,3%
70.748
1.718.808
1.530 2.597
12
31
WEG LINHARES
Fabr. de Máquinas, Apar. e Mat. Elétricos
443.750
103,4%
319.718
103,8%
32.518
133.722
13
32
PERFILADOS RIO DOCE
Siderurgia e Metalurgia
436.938
4,2%
349.787
4,1%
49.478
325.284
337
14
34
LORENGE
Construção
398.644
31,4%
304.423
29,8%
77.050
252.500
1.600
15
37
FORTLEV
Fabr. de Prod. de Borracha e de Mat. Plástico
355.364
32,6%
247.863
32,1%
17.624
140.761
663
16
43
BRAMETAL
Siderurgia e Metalurgia
298.712
16,1%
269.508
16,7%
38.680
164.419
582
17
45
BIANCOGRES
Fabr. de Prod. de Minerais Não Metálicos
257.146
29,2%
196.265
29,5%
24.178
109.089
475
18
47
SELITA
Alimentos
244.443
15,3%
224.123
15,7%
2.620
34.972
465
19
48
MIZU
Fabricação de Cimento
242.828
10,1%
177.499
10,1%
7.140
42.551
N/D
20
59
BUAIZ ALIMENTOS
Alimentos
189.845
20,3%
178.166
24,9%
5.831
181.110
410
* Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP
150
Geral.indb 150
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
04/11/2014 14:48:34
AS 20 MAIORES EMPRESAS COMERCIAIS Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES – Em R$ milhares POSIÇÃO
CLASSIF. 2013
ATIVIDADE
EMPRESA
VAR. ROB. REC. OP. 2013/2012 BRUTA 2013 %
REC. OP. LIQ. 2013
VAR. ROL. LUCRO LIQ. 2013/2012 EX. 2013 %
PATRIM. LÍQUIDO 2013
Empregados ES 2013
1
13
ARCELORMITTAL TUBARÃO COMERCIAL Comércio Atacadista
1.780.439
18,7%
1.286.112
20,4%
-361.497
58.546
2
19
BR DISTRIBUIDORA
Comércio Atacadista
975.252
-3,5%
N/D
N/D
N/D
N/D
126 28
3
20
HORTIFRUTI
Comércio Varejista
846.070
23,7%
782.446
25,4%
19.761
67.910
330
4
21
KURUMÁ VEÍCULOS
Concessionária de Veículos
826.701
10,9%
794.631
9,8%
-6.338
40.319
367
5
24
VITÓRIA DIESEL
Concessionária de Veículos
683.425
-4,3%
596.013
-2,6%
-25.146
20.938
437
6
27
UNICAFÉ
Comércio Atacadista
583.457
-7,5%
580.381
-7,4%
19.011
235.554
141
7
28
UNILIDER
Comércio Atacadista
578.998
16,1%
463.085
14,2%
11.575
34.133
291 2.549
8
29
SUPERMERCADO CASAGRANDE
Comércio Varejista
531.361
11,3%
470.540
13,7%
12.038
91.008
9
30
SAVIXX
Comércio Atacadista
483.246
-13,5%
392.745
-6,1%
-764
4.341
3
10
33
TRISTÃO
Comércio Atacadista
415.421
7,3%
407.429
8,0%
4.354
173.632
N/D
11
35
CUSTÓDIO FORZZA
Comércio Atacadista
378.512
-26,8%
357.453
-26,5%
-21.422
34.897
96
12
36
SUPERMERCADO PERIM
Comércio Varejista
372.253
-9,4%
328.815
-7,2%
944
17.023
1.341
13
38
RDG PRODUTOS SIDERÚRGICOS
Comércio Atacadista
350.024
6,2%
285.325
6,6%
80.322
324.988
335
14
39
PODIUM VEÍCULOS
Concessionária de Veículos
321.406
-4,9%
319.874
-4,6%
4.100
36.321
343 378
15
40
CVC
Concessionária de Veículos
320.073
-6,8%
287.562
-4,5%
1.459
52.990
16
42
NICCHIO SOBRINHO CAFÉ
Comércio Atacadista
301.522
6,3%
284.749
8,2%
-2.489
40.987
62
17
44
COOABRIEL
Comércio Atacadista
259.826
-13,5%
241.397
-13,5%
220
16.711
219
18
46
TERRA NOVA
Comércio Atacadista
247.521
-12,1%
187.446
-6,2%
19
8.142
4
19
51
COOPEAVI
Comércio Varejista
237.294
27,5%
229.873
27,4%
11.621
63.635
463
20
52
CEDISA
Comércio Atacadista
219.858
17,6%
168.557
18,9%
3.542
53.909
234
AS 20 MAIORES EMPRESAS PRESTADORAS DE SERVIÇOS Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES – Em R$ milhares POSIÇÃO
CLASSIF. 2013
EMPRESA
VAR. ROB. REC. OP. 2013/2012 BRUTA 2013 %
REC. OP. LIQ. 2013
VAR. ROL. LUCRO LIQ. 2013/2012 EX. 2013 %
PATRIM. LÍQUIDO 2013
EMPREGADOS ES 2013
1
7
COTIA
Serv. Importação e Exportação
2.967.299
7,0%
2.328.637
12,4%
40.783
128.773
5
2
8
ESCELSA
Eletricidade e Gás
2.933.837
-4,2%
2.027.508
6,4%
134.009
687.191
953
3
9
CISA TRADING
Serv. Importação e Exportação
2.792.833
-0,8%
2.157.544
5,5%
53.161
192.002
12
4
11
TROP COMÉRCIO EXTERIOR
Serv. Importação e Exportação
1.870.535
21,8%
1.555.471
24,6%
41.127
170.029
N/D 2.377
5
12
BANESTES
Serv. Financeiros e Seguros
1.797.688
11,9%
1.743.919
12,1%
109.944
967.684
6
14
COLUMBIA TRADING
Serv. Importação e Exportação
1.444.799
-10,8%
1.188.191
-8,7%
-5.714
23.371
7
7
15
SERTRADING (BR)
Serv. Importação e Exportação
1.166.567
24,1%
968.496
19,3%
18.847
58.296
16
8
17
BANCO DO BRASIL
Serv. Financeiros e Seguros
1.143.886
9,5%
N/D
N/D
N/D
N/D
1.589
9
18
VIX LOGÍSTICA
Transporte
1.137.939
27,4%
1.014.652
27,6%
61.826
245.740
2.692
10
22
UNIMED VITÓRIA
Plano de Saúde
811.407
-0,3%
806.147
-0,1%
11.749
87.801
2.110
11
41
ÁGUIA BRANCA
Transporte
309.382
5,4%
243.380
3,7%
13.261
344.664
1.464 N/D
12
49
CORREIOS
Telecomunicações
240.998
9,0%
240.752
9,5%
18.893
18.893
13
50
SÃO BERNARDO SAÚDE
Plano de Saúde
239.241
6,9%
237.218
7,3%
606
15.959
225
14
53
AEBES
Atendimento Hospitalar
208.468
108,1%
207.898
111,7%
4.546
15.012
2.559
15
54
AMBITEC
Coleta, Trat. e Dist. Resíduos
207.270
14,6%
179.404
14,2%
16.623
81.453
351
16
55
EMPR. LUZ E FORÇA SANTA MARIA
Eletricidade e Gás
194.624
-4,2%
144.221
4,7%
15.607
121.297
319
17
56
MERCOCAMP
Serv. Importação e Exportação
192.863
-46,0%
150.667
-43,4%
716
975
N/D
18
57
SAMP ES
Plano de Saúde
191.930
57,7%
189.197
57,9%
2.486
8.294
233
19
58
FULL COMEX
Serv. Importação e Exportação
191.197
-14,5%
145.440
-12,3%
2.474
5.994
13
20
61
QUIMETAL
Serv. Importação e Exportação
186.987
55,3%
155.436
67,8%
8.787
22.742
42
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
Geral.indb 151
ATIVIDADE
151
04/11/2014 14:48:36
Ranking | As maiores Empresas segundo principais indicadores
A
pesquisa 200 Maiores Empresas no Espírito Santo também permite ao IEL classificar as empresas em rankings elaborados de acordo com os principais indicadores econômicos e financeiros, destacando os 20 melhores desempenhos em cada um deles. Para a elaboração dos rankings, são consideradas todas as empresas participantes, independentemente de estarem ou não classificadas entre as 200 Maiores pela Receita Operacional Bruta.
As 20 Maiores Receitas Brutas As 20 maiores ROBs totalizaram um faturamento de R$ 78,2 bilhões, aproximadamente 75,9% do faturamento das 200 Maiores Empresas, percentual ligeiramente superior ao do ano anterior, que foi de 75,2%, indicando uma estabilidade nessa participação. O crescimento da ROB das 20 maiores empresas foi de 8,0%, percentual superior ao crescimento das demais empresas do ranking, que ficou em torno de 4,3%.
As 20 Maiores segundo o Patrimônio Líquido Quanto ao critério de patrimônio líquido, as 20 maiores empresas somaram R$ 14,4 bilhões, representando 68,7% do montante de capital próprio das maiores empresas em 2013 e um aumento de aproximadamente 10% em relação ao PL das 20 maiores empresas do ano anterior.
Os 20 Melhores Lucros Líquidos Com relação ao lucro líquido, as 20 maiores empresas somaram R$ 4,1 bilhões, representando 90,4% do montante de lucro líquido das 200 Maiores em 2013 e um valor R$ 100 milhões superior ao obtido no ano anterior.
As 20 Maiores Empregadoras As 20 empresas com maior número de empregados possuíam, no final de 2013, 53.123 trabalhadores diretos. Esse número corresponde a um aumento de 18,4% em relação ao de 2012 e a 52,3% do total de empregos diretos das 200 Maiores Empresas de 2013.
Os 20 Maiores Crescimentos da Receita Operacional Líquida O faturamento líquido das 20 melhores empresas nesse indicador representou 66,3% da ROL das 200 Maiores Empresas, 0,7 ponto percentual superior ao do ano anterior. A ROL das 200 Maiores cresceu 5,7% em relação ao ano anterior. Quando analisadas de forma segregada, observa-se um crescimento superior das 20 melhores empresas nesse índice, com 6,9% de avanço em relação às demais empresas, com alta de 3,6%.
152
Geral.indb 152
As 20 Melhores em Liquidez Corrente Na apuração das melhores empresas por liquidez corrente, observa-se o predomínio de empresas do setor de serviço, com 16 empresas, e quatro empresas do setor comercial. Nenhuma empresa industrial entrou nesse ranking.
As 20 de Melhor Rentabilidade do Patrimônio Líquido A rentabilidade média das 20 melhores empresas nesse indicador foi de pouco mais de 120%. Quando comparada às demais empresas participantes do ranking, essa rentabilidade é 118 pontos percentuais superior. Essa discrepância decorre do grande número de companhias que apresentaram prejuízo em 2013 (33 empresas).
As 20 Melhores em Rentabilidade das Vendas As 20 maiores em rentabilidade das vendas tiveram como melhor performance o resultado de 655,5%, e o 20º melhor desempenho, registrando 19,6%. Entre as empresas neste ranking, destaca-se o setor de serviços, com participação de 14 empresas entre as 20. Quatro empresas são do setor industrial e duas são do setor comercial.
As 20 Melhores na apuração do Lucro Líquido por Empregado O lucro médio por empregado das 20 maiores empresas foi de R$ 1,2 milhão. Se considerarmos o resultado das demais empresas do ranking das 200 Maiores, observa-se um resultado negativo de R$ 5,1 mil por empregado, decorrente do prejuízo no período de 25 empresas participantes.
As 20 Melhores em Receita Líquida por Empregado A ROL média por empregado das 20 maiores empresas foi de R$ 63,5 milhões, valor significativamente superior às demais empresas que divulgaram essa informação (138 no total), que apresentaram uma ROL por empregado de apenas R$ 441 mil.
Os 20 Maiores Ativos Os 20 maiores ativos totais somaram R$ 49,5 bilhões. Isso representa cerca de 72,4% do apurado junto às 200 Maiores Empresas no ES. Quando analisado conjuntamente com o lucro líquido, observa-se que essas empresas ficaram com 90,4% do lucro líquido gerado pelas 200 Maiores, indicando uma rentabilidade do ativo significativamente superior às demais empresas do ranking.
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
04/11/2014 14:48:36
AS 20 MAIORES EMPREGADORAS
AS 20 MAIORES PELO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Classificação das Empresas pelo Número de Empregados no ES
Classificação das Empresas por Patrimônio Líquido - em R$ milhares
POSIÇÃO
CLASSIF. 2013
EMPRESA
SETOR
EMPREGADOS ES 2013
POSIÇÃO
CLASSIF. 2013
PATRIM. LÍQ. 2013
SETOR
EMPRESA
1
2
VALE
Indústria
8.177
1
3
SAMARCO MINERAÇÃO
Indústria
3.758.049
2
1
PETROBRAS - UO - ES *
Indústria
7.157
2
26
CESAN
Indústria
1.718.808
3
5
ARCELORMITTAL BRASIL
Indústria
5.074
3
93
SOL COQUERIA
Indústria
1.562.071
4
117
SERDEL
Serviços
3.147
4
12
BANESTES
Serviços
967.684
5
18
VIX LOGÍSTICA
Serviços
2.692
5
78
NIBRASCO
Serviços
755.697
6
31
WEG LINHARES
Indústria
2.597
6
8
ESCELSA
Serviços
687.191
7
53
AEBES
Serviços
2.559
7
104
CARAIVA
Serviços
622.166
8
29
SUPERMERCADO CASAGRANDE
Comércio Varejista
2.549
8
213
CAMPO PARTICIPAÇÕES IMOBILIÁRIAS Serviços
479.438
9
12
BANESTES
Serviços
2.377
9
4
HERINGER
Indústria
437.242
10
22
UNIMED VITÓRIA
Serviços
2.110
10
68
KOBRASCO
Serviços
405.822
11
34
LORENGE
Indústria
1.600
11
131
HISPANOBRÁS
Serviços
380.345
12
17
BANCO DO BRASIL
Serviços
1.589
12
41
ÁGUIA BRANCA
Serviços
344.664 325.284
13
26
CESAN
Indústria
1.530
13
32
PERFILADOS RIO DOCE
Indústria
14
147
VIGSERV
Serviços
1.530
14
38
RDG PRODUTOS SIDERÚRGICOS
Comércio Atacadista
324.988
15
97
UNIMAR
Serviços
1.519
15
141
SHOPPING VITÓRIA
Serviços
285.552
16
41
ÁGUIA BRANCA
Serviços
1.464
16
134
ITABRASCO
Serviços
275.235
17
23
FRISA FRIGORÍFICO
Indústria
1.408
17
84
PORTO DE VITÓRIA
Serviços
273.885
18
64
HOSPITAL MERIDIONAL
Serviços
1.359
18
94
BANDES
Serviços
257.474
19
73
HOSPITAL SANTA RITA
Serviços
1.344
19
34
LORENGE
Indústria
252.500
20
36
SUPERMERCADO PERIM
Comércio Varejista
1.341
20
18
VIX LOGÍSTICA
Serviços
245.740
* Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP
AS 20 MAIORES RENTABILIDADES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
AS 20 MAIORES PELO EBITDA Classificação das Empresas pelo Ebitda - em R$ milhares (Lucro antes dos juros, impostos sobre o lucro, depreciação, amortização e exaustão)
Classificação das Empresas pelo Lucro Líquido do Exercício sobre o Patrimônio Líquido - % POSIÇÃO
CLASSIF. 2013
EMPRESA
RENTAB. DO PL
POSIÇÃO
CLASSIF. 2013
EMPRESA
EBITDA 2013
SETOR
1
176
EMBALI
Indústria
540,0%
1
3
SAMARCO MINERAÇÃO
Indústria
3.869.900
2
154
CSV BENETECH BRASIL
Serviços
327,8%
2
8
ESCELSA
Serviços
365.333
3
166
COFRIL
Indústria
136,1%
3
4
HERINGER
Indústria
267.895
4
67
EXTRAFRUTI
Comércio Atacadista
135,2%
4
18
VIX LOGÍSTICA
Serviços
214.025
5
103
UNIVIX
Serviços
120,5%
5
26
CESAN
Indústria
179.174
6
82
SPASSU
Serviços
118,6%
6
78
NIBRASCO
Serviços
157.467 126.142
7
148
FAMEX
Comércio Atacadista
106,7%
7
68
KOBRASCO
Serviços
8
139
SANTA FÉ TRADING
Serviços
105,8%
8
34
LORENGE
Indústria
89.165
9
49
CORREIOS
Serviços
100,0%
9
93
SOL COQUERIA
Indústria
88.972
10
88
ALCON
Indústria
95,6%
10
104
CARAIVA
Serviços
87.012
11
77
MAFRICAL
Indústria
89,4%
11
9
CISA TRADING
Serviços
66.447
12
56
MERCOCAMP
Comércio Atacadista
73,4%
12
16
TANGARÁ FOODS
Indústria
65.321
13
3
SAMARCO MINERAÇÃO
Indústria
72,7%
13
45
BIANCOGRES
Indústria
61.579
14
173
FROTA COMÉRCIO EXTERIOR
Comércio Atacadista
65,9%
14
7
COTIA
Serviços
60.688
15
113
ELSONS
Comércio Atacadista
56,9%
15
20
HORTIFRUTI
Comércio Varejista
57.706
16
204
AVANTI
Comércio Varejista
54,9%
16
23
FRISA FRIGORÍFICO
Indústria
52.355
17
234
SOLUÇÃO, MANUTENÇÃO E SERVIÇOS Serviços
52,1%
17
131
HISPANOBRÁS
Serviços
18
211
MILANEZ & MILANEZE
Serviços
51,2%
18
27
UNICAFÉ
Comércio Atacadista
48.334
19
75
SUPERMERCADOS SANTO ANTÔNIO
Comércio Varejista
51,0%
19
63
TVV
Serviços
43.900
20
219
CAMPO CONSTRUTORA
Indústria
49,3%
20
43
BRAMETAL
Indústria
43.221
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
Geral.indb 153
SETOR
51.778
153
04/11/2014 14:48:38
Ranking | As maiores Empresas segundo principais indicadores
AS 20 MAIS LUCRATIVAS
OS 20 MAIORES ATIVOS
Classificação das Empresas pelo Lucro Líquido - em R$ milhares
Classificação das Empresas pelo Ativo Total - em R$ milhares
POSIÇÃO
CLASSIF. 2013
EMPRESA
SETOR
LUCRO LÍQ. 2013
POSIÇÃO
CLASSIF. 2013
EMPRESA
SETOR
ATIVO TOTAL 2013
1
3
SAMARCO MINERAÇÃO
Indústria
2.731.397
1
3
SAMARCO MINERAÇÃO
Indústria
15.031.891
2
8
ESCELSA
Serviços
134.009
2
12
BANESTES
Serviços
14.040945
3
78
NIBRASCO
Serviços
114.062
3
4
HERINGER
Indústria
2.996.698
4
12
BANESTES
Serviços
109.944
4
8
ESCELSA
Serviços
2.372.139
5
88
ALCON
Indústria
107.411
5
26
CESAN
Indústria
2.358.741
6
213
CAMPO PARTICIPAÇÕES IMOBILIÁRIAS Serviços
90.417
6
93
SOL COQUERIA
Indústria
1.608.290
7
104
CARAIVA
Serviços
87.012
7
94
BANDES
Serviços
1.560.422
8
68
KOBRASCO
Serviços
83.487
8
10
CHOCOLATES GAROTO
Indústria
1.094.760
9
38
RDG PRODUTOS SIDERÚRGICOS
Comércio Atacadista
80.322
9
18
VIX LOGÍSTICA
Serviços
994.580
10
34
LORENGE
Indústria
77.050
10
9
CISA TRADING
Serviços
945.687
11
26
CESAN
Indústria
70.748
11
7
COTIA
Serviços
937.400
12
18
VIX LOGÍSTICA
Serviços
61.826
12
78
NIBRASCO
Serviços
808.505
13
9
CISA TRADING
Serviços
53.161
13
34
LORENGE
Indústria
664.165
14
32
PERFILADOS RIO DOCE
Indústria
49.478
14
104
CARAIVA
Serviços
623.668
15
11
TROP COMÉRCIO EXTERIOR
Serviços
41.127
15
25
EXCIM
Indústria
616.367
16
7
COTIA
Serviços
40.783
16
16
TANGARÁ FOODS
Indústria
603.501
17
43
BRAMETAL S.A
Indústria
38.680
17
91
SICOOB LESTE CAPIXABA
Serviços
600.871
18
94
BANDES
Serviços
33.348
18
146
SICOOB CENTRAL ES
Serviços
582.948
19
31
WEG LINHARES EQUIP. ELÉTRICOS
Indústria
32.518
19
213
CAMPO PARTICIPAÇÕES IMOBILIÁRIAS Serviços
506.109
20
103
UNIVIX
Serviços
31.898
20
41
ÁGUIA BRANCA
Serviços
503.950
AS 20 DE MAIOR LIQUIDEZ CORRENTE
OS 20 MAIORES CRESCIMENTOS DA RECEITA BRUTA
Classificação das Empresas pelo Índice de Liquidez Corrente (Ativo Circulante sobre Passivo Circulante)
POSIÇÃO
CLASSIF. 2013
EMPRESA
SETOR
Classificação das Empresas pelo crescimento % da Receita Bruta
LIQUIDEZ CORRENTE
POSIÇÃO
CLASSIF. 2013
EMPRESA
SETOR
VAR. ROB 2013/2012 %
1
222
RIO DO FRADE
Serviços
250,5
1
166
COFRIL
Indústria
2
234
SOLUÇÃO, MANUTENÇÃO E SERVIÇOS Serviços
72,7
2
232
IVC
Comércio Atacadista
3
104
CARAIVA
Serviços
28,1
3
183
SOLUÇÃO EPI
Comércio Atacadista
413,6%
4
227
VESTSUL CALÇADOS
Indústria
25,7
4
218
VAMTEC SERVIÇOS
Serviços
360,4% 184,7%
1.308,6% 866,4%
5
217
TERVAP
Indústria
19,5
5
140
THORK TRADING
Serviços
6
238
AZUL TURISMO
Serviços
19,3
6
53
AEBES
Serviços
108,1%
7
224
VENTORIM PARTICIPAÇÕES
Serviços
16,3
7
222
RIO DO FRADE
Serviços
105,7%
8
232
IVC
Comércio Atacadista
14,6
8
31
WEG LINHARES
Indústria
103,4%
9
201
RHODES
Serviços
13,3
9
224
VENTORIM PARTICIPAÇÕES
Serviços
84,2%
10
203
IMPACTO ENGENHARIA
Indústria
13,1
10
79
VENAC
Comércio Varejista
11
149
CONSTRUTORA ÉPURA
Indústria
10,5
11
169
CAFÉ NORTE
Comércio Atacadista
12
131
HISPANOBRÁS
Serviços
10,2
12
230
SANTA LÚCIA PARTICIPAÇÕES
Serviços
71,2%
13
160
UNIPETRO
Serviços
10,0
13
155
SAMEDIL
Serviços
62,2%
14
236
AFFINITY
Serviços
9,4
14
57
SAMP ES
Serviços
57,7%
15
173
FROTA COMÉRCIO EXTERIOR
Comércio Atacadista
9,4
15
61
QUIMETAL
Serviços
55,3%
16
223
COTY BRAZIL
Comércio Atacadista
7,5
16
219
CAMPO CONSTRUTORA
Indústria
54,2%
17
212
CENTRALFER
Serviços
6,9
17
133
LASA
Indústria
53,3%
18
134
ITABRASCO
Serviços
6,8
18
85
DAMARE
Indústria
51,9%
19
99
TV GAZETA
Serviços
6,6
19
120
VAMTEC VITÓRIA
Indústria
49,9%
20
117
SERDEL
Serviços
6,6
20
189
SICOOB CORRETORA DE SEGUROS
Serviços
46,1%
154
Geral.indb 154
81,1% 73,6%
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
04/11/2014 14:48:38
OS 20 MAIORES CRESCIMENTOS DA RECEITA LÍQUIDA
AS 20 DE MAIOR PRODUTIVIDADE POR EMPREGADO
Classificação das Empresas pelo crescimento % da Receita Líquida
Classificação das Empresas pela Receita Líquida por Empregado - em R$ milhares
POSIÇÃO
CLASSIF. 2013
EMPRESA
SETOR
VAR ROL 2013/2012 %
CLASSIF. 2013
ROL. POR EMPREGADO
SETOR
EMPRESA
1
232
IVC
Comércio Atacadista
4.572,7%
1
7
COTIA
Serviços
465.727
2
218
VAMTEC SERVIÇOS
Serviços
348,4%
2
9
CISA TRADING
Serviços
179.795
3
140
THORK TRADING
Serviços
186,6%
3
14
COLUMBIA TRADING
Serviços
169.742
4
53
AEBES
Serviços
111,7%
4
30
SAVIXX
Comércio Atacadista
130.915 74.043
5
222
RIO DO FRADE
Serviços
105,7%
5
100
INSPECTION
Comércio Atacadista
6
31
WEG LINHARES
Indústria
103,8%
6
15
SERTRADING (BR)
Comércio Atacadista
60.531
7
79
VENAC
Comércio Varejista
78,9%
7
46
TERRA NOVA
Comércio Atacadista
46.861
8
230
SANTA LÚCIA PARTICIPAÇÕES
Serviços
74,4%
8
140
THORK TRADING
Serviços
44.843
9
169
CAFÉ NORTE
Comércio Atacadista
73,6%
9
139
SANTA FÉ TRADING
Serviços
21.303
10
61
QUIMETAL
Serviços
67,8%
10
4
HERINGER
Indústria
20.029
11
155
SAMEDIL
Serviços
62,9%
11
58
FULL COMEX
Serviços
12
57
SAMP ES
Serviços
57,9%
12
13
ARCELORMITTAL TUBARÃO COMERCIAL
Comércio Atacadista
13
133
LASA
Indústria
54,5%
13
3
SAMARCO MINERAÇÃO
Indústria
5.718
14
219
CAMPO CONSTRUTORA
Indústria
54,2%
14
148
FAMEX
Comércio Atacadista
5.556 4.593
11.188 10.207
15
85
DAMARE
Indústria
53,8%
15
42
NICCHIO SOBRINHO CAFÉ
Comércio Atacadista
16
199
VIPASA
Indústria
53,3%
16
27
UNICAFÉ
Comércio Atacadista
4.116
17
189
SICOOB CORRETORA DE SEGUROS
Serviços
46,2%
17
35
CUSTODIO FORZZA
Comércio Atacadista
3.723
18
120
VAMTEC VITÓRIA
Indústria
46,1%
18
61
QUIMETAL
Serviços
3.701
19
127
DECOLORES MÁRMORES E GRANITOS
Indústria
45,1%
19
16
TANGARÁ FOODS
Indústria
3.062
20
203
IMPACTO ENGENHARIA
Indústria
44,6%
20
164
MARCA CAFÉ
Comércio Atacadista
2.389
OS 20 MAIORES LUCROS POR EMPREGADO Classificação das Empresas pelo Lucro Líquido por Empregado - em R$ milhares
POSIÇÃO
CLASSIF. 2013
EMPRESA
SETOR
AS 20 MAIORES RENTABILIDADES DAS VENDAS Classificação das Empresas pela Margem Líquida das Vendas - em %
LUCRO LIQ. P/ EMPREGADO
POSIÇÃO
CLASSIF. 2013
EMPRESA
SETOR
RENTAB. DAS VENDAS
1
7
COTIA
Serviços
8.157
1
213
CAMPO PARTICIPAÇÕES IMOBILIÁRIAS
Serviços
1.278,5%
2
9
CISA TRADING
Serviços
4.430
2
222
RIO DO FRADE
Serviços
1.046,2%
3
239
BANESTES DTVM
Serviços
2.188
3
238
AZUL TURISMO
Serviços
912,5%
4
3
SAMARCO MINERAÇÃO
Indústria
2.168
4
217
TERVAP
Indústria
491,2%
5
15
SERTRADING (BR)
Comércio Atacadista
1.178
5
88
ALCON
Indústria
101,9%
6
189
SICOOB CORRETORA DE SEGUROS
Serviços
1.065
6
146
SICOOB CENTRAL ES
Serviços
100,2% 99,5%
7
140
THORK TRADING
Serviços
1.020
7
104
CARAIVA
Serviços
8
139
SANTA FÉ TRADING
Serviços
799
8
78
NIBRASCO
Serviços
99,2%
9
100
INSPECTION
Comércio Atacadista
557
9
91
SICOOB LESTE CAPIXABA
Serviços
99,0%
10
88
ALCON
Indústria
377
10
122
SICOOB SUL
Serviços
98,8%
11
206
ELETROSOLDA
Comércio Atacadista
271
11
112
SICOOB SUL SERRANO
Serviços
98,7%
12
38
RDG PRODUTOS SIDERÚRGICOS
Comércio Atacadista
240
12
123
SICOOB NORTE
Serviços
98,0%
13
201
RHODES S/A
Serviços
236
13
170
SICOOB CREDIROCHAS
Serviços
98,0%
14
127
DECOLORES MÁRMORES E GRANITOS
Indústria
225
14
144
SICOOB CENTRO-SERRANO
Serviços
97,5%
15
61
QUIMETAL
Serviços
209
15
187
SICOOB SUL LITORÂNEO
Serviços
97,3%
16
58
FULL COMEX
Serviços
190
16
224
VENTORIM PARTICIPAÇÕES
Serviços
87,1%
17
160
UNIPETRO
Serviços
188
17
236
AFFINITY
Serviços
83,0%
18
122
SICOOB SUL
Serviços
181
18
189
SICOOB CORRETORA DE SEGUROS
Serviços
81,3%
19
217
TERVAP
Indústria
175
19
218
VAMTEC SERVIÇOS
Serviços
77,9%
20
94
BANDES
Serviços
172
20
230
SANTA LÚCIA PARTICIPAÇÕES
Serviços
75,1%
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
Geral.indb 155
POSIÇÃO
155
04/11/2014 14:48:39
Ranking | AS MAIORES EMPRESAS POR SETOR
O
s rankings setoriais apresentam as 10 Maiores Empresas no Espírito Santo que enviaram suas informações para análise na pesquisa do anuário. Dessa forma, é possível que empresas não listadas entre as 200 Maiores Empresas façam parte dos rankings setoriais. Isso ocorrerá quando a receita operacional bruta anual estiver entre as 10 maiores da organização, mas não for suficiente para inclusão da segmento no ranking geral. Consideramos importante ressaltar que a ausência de eventuais empresas de destaque nas classificações setoriais deve-se ao não interesse em participar da pesquisa. Relativos a 2013, os seguintes rankings foram elaborados: • As Dez Maiores Indústrias de Alimentos: Obtiveram um faturamento bruto de R$ 4,9 bi no ES, montante 2,2% inferior ao registrado por essas empresas em 2012. Oito delas informaram o número de colaboradores, totalizando 4.366 empregados e um faturamento por empregado de R$ 642,6 mil, apenas 0,2% menor do que no ano anterior. • As Dez Maiores Indústrias de Construção: Apresentaram uma receita bruta de R$ 908 milhões, uma redução
156
Geral.indb 156
de 10%, na comparação com 2012. O número de colaboradores totalizou 4.025, com um faturamento médio por empregado de R$ 225,6 mil. • As Dez Maiores Empresas de Comércio Atacadista: Totalizaram um faturamento de R$ 6,1 bilhões, 1,5% superior ao apurado em 2012 e que representa um faturamento médio de R$ 4,4 milhões por empregado, quando consideramos as nove empresas que divulgaram essa informação.O total de postos de trabalho foi de 1.301 em 2013. • As Dez Maiores Empresas de Comércio Varejista: Totalizaram um faturamento de R$ 2,4 bilhões e um efetivo de 6.599 colaboradores. O faturamento médio por empregado foi de R$ 365,6mil, um aumento de 2,7% em relação ao ano anterior. • As Dez Maiores Empresas Concessionárias de Veículos: Totalizaram um faturamento de R$ 2,7 bilhões e um efetivo de 2.088 colaboradores, quando consideramos as nove empresas que divulgaram essa informação. Quando comparados com o ano anterior, a ROB desse segmento teve um pequeno aumento de 1,2% e um faturamento por empregado de R$ 1,3 milhão.
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
04/11/2014 14:48:40
• As Dez Maiores Empresas de Serviços Financeiros e Seguros: Totalizaram uma receita bruta de R$ 3,6 bilhões, gerando 5.119 empregos diretos no Espírito Santo, indicando um aumento de 11,9% no faturamento e uma receita bruta média por empregado de R$ 705,8 mil. • As Dez Maiores Empresas de Importação e Exportação: Contabilizaram R$ 10,9 bilhões de ROB, um aumento de 3,4% em relação ao ano anterior. O faturamento médio por empregado foi de R$ 92 milhões, para as oito empresas que divulgaram essa informação, com 97 colaboradores. • As Dez Maiores Empresas de Transporte: Somaram uma receita operacional
bruta de R$ 1,9 bilhão e contribuíram com 9.475 postos de trabalho. Observa-se um aumento de aproximadamente 17,2% na receita quando comparado ao ano de 2012. O faturamento médio por empregado foi de R$ 168,9 mil. • As Dez Maiores Empresas de Atendimento Hospitalar: Somaram uma receita operacional bruta de R$ 857 milhões e contribuíram com 9.108 postos de trabalho, representando um faturamento médio por empregado de R$ 94,1 mil. Quando comparado com o ano de 2012, houve um aumento de 27,3% no faturamento bruto dessas empresas.
AS 10 MAIORES EMPRESAS DE COMÉRCIO ATACADISTA Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES - em R$ milhares POSIÇÃO
CLASSIF. 2013
EMPRESA
REC. OP. BRUTA
VAR. ROB. 2013/2012 %
REC. OP. LÍQ.
VAR. ROL. 2013/2012 %
LUCRO LÍQ. EX.
PATRIM. LÍQUIDO
EMPREGADOS ES 2013
1
13
ARCELORMITTAL TUBARÃO COMERCIAL
1.780.439
18,7%
1.286.112
20,4%
-361.497
58.546
2
19
BR DISTRIBUIDORA
975.252
-3,5%
N/D
N/D
N/D
N/D
126 28
3
27
UNICAFÉ
583.457
-7,5%
580.381
-7,4%
19.011
235.554
141 291
4
28
UNILIDER
578.998
16,1%
463.085
14,2%
11.575
34.133
5
30
SAVIXX
483.246
-13,5%
392.745
-6,1%
-764
4.341
3
6
33
TRISTÃO
415.421
7,3%
407.429
8,0%
4.354
173.632
N/D
7
35
CUSTÓDIO FORZZA
378.512
-26,8%
357.453
-26,5%
-21.422
34.897
96
8
38
RDG PRODUTOS SIDERÚRGICOS
350.024
6,2%
285.325
6,6%
80.322
324.988
335
9
42
NICCHIO SOBRINHO CAFÉ
301.522
6,3%
284.749
8,2%
-2.489
40.987
62
10
44
COOABRIEL
259.826
-13,5%
241.397
-13,5%
220
16.711
219
A ArcelorMittal Tubarão alcançou o primeiro lugar no setor de comércio atacadista entre as 10 maiores empresas do Estado em 2013, com um faturamento bruto de R$ 1,780 bilhão. Em 2013, o grupo ArcelorMittal obteve um lucro líquido de R$ 379,7 milhões no Brasil, revertendo, assim, um prejuízo de R$ 878,2 milhões registrado em 2012. Parte da melhora operacional da siderúrgica veio com o fortalecimento de seus negócios no país e com o crescimento mais acentuado da demanda por aço no ano passado. O presidente da ArcelorMittal Brasil, Benjamin Baptista Filho, acredita que, independente da perspectiva pela qual se olha a performance de uma empresa, deve-se considerar que bons resultados dependem fundamentalmente de seu principal ativo: o ser humano. Com isso, questões como saúde, segurança, satisfação profissional, equilíbrio emocional, estrutura familiar e congêneres, nos levam a crer que uma gestão holística, que priorize a excelência em todos os processos organizacionais, parece o melhor caminho para uma instituição que se pretende sustentável”, explica.
“ anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
Geral.indb 157
157
04/11/2014 14:48:43
AS 10 MAIORES EMPRESAS DE ALIMENTOS Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES - em R$ milhares POSIÇÃO
CLASSIF. 2013
EMPRESA
REC. OP. BRUTA
VAR. ROB. 2013/2012 %
REC. OP. LÍQ.
VAR. ROL. 2013/2012 %
LUCRO LÍQ. EX.
PATRIM. LÍQUIDO
EMPREGADOS ES 2013
1
10
CHOCOLATES GAROTO
1.927.414
-3,8%
1.349.160
-8,0%
-5.124
161.028
2
16
TANGARÁ FOODS
1.158.047
-17,1%
1.081.022
-18,0%
22.159
146.124
N/D 353
3
23
FRISA FRIGORÍFICO
698.833
15,9%
655.994
17,0%
23.680
108.861
1.408 465
4
47
SELITA
244.443
15,3%
224.123
15,7%
2.620
34.972
5
59
BUAIZ ALIMENTOS
189.845
20,3%
178.166
24,9%
5.831
181.110
410
6
66
REALCAFÉ
165.638
2,8%
158.856
2,7%
5.373
69.453
330
7
76
VENEZA
128.260
17,8%
119.783
16,1%
-4.256
23.064
452
8
77
MAFRICAL
127.589
N/D
124.694
N/D
1.576
1.764
N/D
9
85
DAMARE
110.634
51,9%
104.254
53,8%
4.385
10.619
279
10
86
USINA PAINEIRAS
110.107
-8,0%
97.982
-4,1%
4.959
100.966
669
A maior fábrica de chocolates da América Latina foi destaque no setor de alimentos, com uma receita bruta de R$ 1,927 bilhão em 2013. Com uma linha de mais de 100 produtos comercializados em todo o Brasil, a Garoto fechou contrato com a Fédération Internationale de Football Association (Fifa) e com a Confereração Brasileira de Futebol (CBF) no ano passado para ser o chocolate oficial da Copa do Mundo e da seleção brasileira em 2014 e anunciou que o investimento em marketing, incluindo patrocínios, ativações e mídia, chegaria a R$ 200 milhões. Por ser um dos patrocinadores oficiais do torneio, a empresa aproveitou a ocasião com ovos temáticos e réplicas de chocolate da Taça e estipulou como meta elevar a participação do mercado para até 26% em 2014. Em 2013, fechou com share de 22,5%. Dentre suas atividades de comunicação destacam-se as 10 Milhas Garoto, uma das maiores provas de corrida de rua do Brasil, e a criação da fanpage no Facebook no ano passado, chegando a conquistar a marca de 10 milhões de fãs com ações de interatividade entre os consumidores.
AS 10 MAIORES EMPRESAS DE SERV. DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES - em R$ milhares POSIÇÃO
CLASSIF. 2013
EMPRESA
REC. OP. BRUTA
VAR. ROB. 2013/2012 %
REC. OP. LÍQ.
VAR. ROL. 2013/2012 %
LUCRO LÍQ. EX.
PATRIM. LÍQUIDO
EMPREGADOS ES 2013
1
7
COTIA
2.967.299
7,0%
2.328.637
12,4%
40.783
128.773
5
2
9
CISA TRADING
2.792.833
-0,8%
2.157.544
5,5%
53.161
192.002
12 N/D
3
11
TROP COMÉRCIO EXTERIOR
1.870.535
21,8%
1.555.471
24,6%
41.127
170.029
4
14
COLUMBIA TRADING
1.444.799
-10,8%
1.188.191
-8,7%
-5.714
23.371
7
5
15
SERTRADING (BR)
1.166.567
24,1%
968.496
19,3%
18.847
58.296
16 N/D
6
56
MERCOCAMP
192.863
-46,0%
150.667
-43,4%
716
975
7
58
FULL COMEX
191.197
-14,5%
145.440
-12,3%
2.474
5.994
13
8
61
QUIMETAL
186.987
55,3%
155.436
67,8%
8.787
22.742
42
9
83
CLAC
114.317
-39,2%
89.479
-38,3%
-2.669
5.002
0
10
139
SANTA FÉ TRADING
55.991
22,9%
42.606
17,5%
1.598
1.510
2
A Cotia, que alcançou o primeiro lugar com uma receita operacional bruta de R$ 2,967 bilhões, nasceu em 1976 com o objetivo de exportar carne de um frigorífico da cidade de Cotia, no interior de São Paulo, para a Nigéria, na África. Com o tempo, os sócios decidiram focar as atividades do grupo na exportação, em logística internacional e doméstica e na prestação de serviço na importação, passando a operar com uma grande variedade de produtos, de medicamentos e aeronaves a automóveis e equipamentos agroindustriais. Hoje, é uma das maiores empresas de comércio exterior do Brasil.
“
158
Geral.indb 158
O ano foi de grandes desafios, com mudanças importantes na legislação tributária, mas conseguimos superá-los e alcançar bons resultados. O ambiente favorável propiciado pelo Espírito Santo, com apoio às empresas aí instaladas, também contribui para o crescimento das indústrias”, afirma o presidente da companhia, Eduardo Albernaz. anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
04/11/2014 14:48:43
AS 10 MAIORES EMPRESAS DE COMÉRCIO VAREJISTA Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES - em R$ milhares POSIÇÃO
CLASSIF. 2013
EMPRESA
REC. OP. BRUTA
VAR. ROB. 2013/2012 %
REC. OP. LÍQ.
VAR. ROL. 2013/2012 %
LUCRO LÍQ. EX.
PATRIM. LÍQUIDO
EMPREGADOS ES 2013
1
20
HORTIFRUTI
846.070
23,7%
782.446
25,4%
19.761
67.910
330
2
29
SUPERMERCADO CASAGRANDE
531.361
11,3%
470.540
13,7%
12.038
91.008
2549
3
36
SUPERMERCADO PERIM
372.253
-9,4%
328.815
-7,2%
944
17.023
1341
4
51
COOPEAVI
237.294
27,5%
229.873
27,4%
11.621
63.635
463
5
71
TRACBEL
143.760
13,4%
N/D
N/D
N/D
N/D
98
6
75
SUPERMERCADO SANTO ANTÔNIO
132.907
12,5%
119.605
15,6%
2.377
4.663
996
7
118
SUPERMERCADO PORTO NOVO
76.708
8,0%
70.448
12,2%
37
5.621
553
8
152
POLITINTAS
46.285
15,2%
38.070
16,1%
1.065
9.885
184
9
204
AVANTI
13.920
17,3%
11.340
16,4%
3.207
5.840
39
10
207
ELETROTINTAS
12.573
5,0%
11.435
2,7%
327
2.906
46
O Hortifruti alcançou o primeiro lugar na categoria Comércio Varejista. Nos últimos cinco anos, a companhia se reestruturou, adotou políticas de governança corporativa e vendeu, em 2010, 30% do seu capital para o FIB Brasil, fundo administrado pela BR Investimentos. Apesar do crescimento, a empresa se mantém fiel ao estilo feira livre, e diariamente os 220 caminhões próprios abastecem as 28 lojas do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo.
“ “
Há 25 anos trabalhamos para crescer no mercado, com o diferencial de excelência na qualidade dos produtos e serviços.” Gilberto Lopes, sócio.
Esse reconhecimento reflete o constante processo de expansão da rede, marcada pela entrada do Fundo de Investimentos Bozano e pela abertura de novas lojas nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, já vislumbrando outros mercados.” Tadeu Fachetti, sócio.
AS 10 MAIORES EMPRESAS CONCESSIONÁRIAS DE VEÍCULOS Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES - em R$ milhares POSIÇÃO
CLASSIF. 2013
EMPRESA
REC. OP. BRUTA
VAR. ROB. 2013/2012 %
REC. OP. LÍQ.
VAR. ROL. 2013/2012 %
LUCRO LÍQ. EX.
PATRIM. LÍQUIDO
EMPREGADOS ES 2013
1
21
KURUMÁ VEÍCULOS
826.701
10,9%
794.631
9,8%
-6.338
40.319
367
2
24
VITÓRIA DIESEL
683.425
-4,3%
596.013
-2,6%
-25.146
20.938
437
3
39
PODIUM VEÍCULOS
321.406
-4,9%
319.874
-4,6%
4.100
36.321
343
4
40
CVC
320.073
-6,8%
287.562
-4,5%
1.459
52.990
378
5
70
VESSA
146.057
11,5%
137.382
10,7%
735
11.997
187
6
79
VENAC
122.599
81,1%
111.069
78,9%
3.758
30.988
111
7
96
PREMIUM VEÍCULOS
96.595
-25,1%
94.085
-25,5%
50
6.011
149
8
107
HIRO MOTORS
82.778
2,9%
81.356
2,5%
-177
4.752
49
9
121
CN AUTO
72.578
-0,9%
49.248
12,0%
-5.398
1.999
N/D
10
125
PLENA VEÍCULOS
69.196
-18,4%
68.538
-18,6%
-430
6.387
67
A Kurumá Veículos, do Grupo Águia Branca, alcança a 1ª posição dentre as 10 maiores empresas concessionárias de veículos, segundo a receita operacional bruta em 2013, que foi de R$ 826,7 milhões, um crescimento de 10,9% em relação a 2012. Atualmente, o grupo possui 15 concessionárias Toyota, presentes nos estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro, sob a marca Kurumá, e em Minas Gerais, sob a marca Osaka. O diretor da unidade de comércio do Grupo, Riguel Chieppe, agradece o resultado.
“
O Grupo Águia Branca e a Toyota têm uma caminhada de mais de 20 anos no Espírito Santo. Fomos uma das cinco primeiras capitais a comercializar a marca no Brasil e nesse período trabalhamos para oferecer um padrão de serviços e atendimento alinhados com a qualidade dos produtos Toyota. Agradecemos a confiança e o reconhecimento do consumidor capixaba, que nos deu a oportunidade de atendê-lo e nos permitiu chegar até aqui.”
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
Geral.indb 159
159
04/11/2014 14:48:44
AS 10 MAIORES EMPRESAS DE CONSTRUÇÃO Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES - em R$ milhares POSIÇÃO
CLASSIF. 2013
EMPRESA
REC. OP. BRUTA
VAR. ROB. 2013/2012 %
REC. OP. LÍQ.
VAR. ROL. 2013/2012 %
LUCRO LÍQ. EX.
PATRIM. LÍQUIDO
EMPREGADOS ES 2013
1
34
LORENGE
398.644
31,4%
304.423
29,8%
77.050
252.500
2
62
CONCREVIT
180.142
1,6%
169.595
1,0%
3.627
37.447
1.600 252
3
90
MORAR CONSTRUTORA
106.357
35,9%
101.610
35,9%
8.518
47.864
685
4
128
PARANASA
66.337
-36,6%
N/D
N/D
N/D
N/D
168
5
137
MATRICIAL
56.805
38,9%
52.484
39,7%
1.089
18.144
729
6
149
CONSTRUTORA ÉPURA
48.281
9,5%
46.872
10,0%
11.553
49.748
173
7
193
BRICK ENGENHARIA E COMÉRCIO
20.254
28,8%
18.545
26,6%
-620
10.459
115
8
203
IMPACTO ENGENHARIA
14.140
42,3%
13.805
44,6%
3.225
10.215
56
9
208
STAN
12.335
1,5%
10.981
-4,1%
2.710
8.213
128
10
217
TERVAP
4.888
-30,8%
4.242
-32,1%
20.837
236.738
119
Com mais de 30 anos no mercado imobiliário capixaba, a Lorenge é hoje uma das principais construtoras do Estado e conta com 7 mil imóveis entregues em terras capixabas, atuando em oito cidades do Espírito Santo. Este ano, está expandindo seus negócios para as cidades de Campos dos Goyatacazes e Macaé, no Rio de Janeiro. Outra estratégia para 2014 é sair dos empreendimentos de categoria econômica e passar a destinar a maior parte de seus projetos às classes A e B. O presidente da companhia, José Élcio Lorenzon, credita a premiação ao trabalho da equipe, que está focada no crescimento real e sustentável da empresa. O reconhecimento só é possível graças à solidez e credibilidade da empresa, que possui grande experiência de mercado e que não abre mão de seus valores”, afirma.
“
AS 10 MAIORES EMPRESAS DE TRANSPORTES Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES - em R$ milhares POSIÇÃO
CLASSIF. 2013
EMPRESA
REC. OP. BRUTA
VAR. ROB. 2013/2012 %
REC. OP. LÍQ.
VAR. ROL. 2013/2012 %
LUCRO LÍQ. EX.
PATRIM. LÍQUIDO
EMPREGADOS ES 2013
1
18
VIX LOGÍSTICA
1.137.939
27,4%
1.014.652
27,6%
61.826
245.740
2.692
2
41
ÁGUIA BRANCA
309.382
5,4%
243.380
3,7%
13.261
344.664
1.464
3
97
UNIMAR
96.386
5,8%
89.032
5,8%
2.940
76.403
1.519
4
106
JSL
83.171
20,5%
N/D
N/D
N/D
N/D
1.272 945
5
138
VIAÇÃO JOANA D´ARC
56.360
14,3%
52.490
14,6%
2.425
27.692
6
143
CHEIM TRANSPORTES
53.920
-20,1%
50.265
-19,2%
-2.123
29.160
N/D
7
157
GRANVITUR
37.876
7,2%
34.890
7,1%
-198
4.610
596 196
8
161
BRASPRESS
36.143
-0,9%
N/D
N/D
N/D
N/D
9
168
CETURB-GV
33.682
2,0%
32.438
2,1%
-3.285
4.100
212
10
172
VIAÇÃO TABUAZEIRO
31.093
-1,7%
29.086
-1,5%
58
-419
579
A Vix Logística é classificada como a maior empresa de transportes. A receita bruta totalizou R$ 1,1 bilhão em 2013, um acréscimo de 27,4% em comparação a 2012. Com base no Espírito Santo e contando com 2.692 empregados, a Vix, controlada pelo grupo Águia Branca, tem atuação no segmento rodoviário e possui quatro linhas: transporte de veículos, fretamento de ônibus, transporte de peças, e gestão e aluguel de frota. Para o diretor-geral, Kaumer Chieppe, o resultado endossa o crescimento da empresa, baseado na sustentabilidade e na qualidade dos serviços. Hoje, estamos presentes em todo o território brasileiro e na Argentina. No Espírito Santo, temos atividades em diversos segmentos de mercado e atuamos com foco na segurança, respeito, ética e inovação, privilegiando o relacionamento com os nossos colaboradores, clientes e sociedade”, ressaltou.
“ 160
Geral.indb 160
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
04/11/2014 14:48:45
AS 10 MAIORES EMPRESAS DE ATENDIMENTO HOSPITALAR Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES - em R$ milhares POSIÇÃO
CLASSIF. 2013
EMPRESA
REC. OP. BRUTA
VAR. ROB. 2013/2012 %
REC. OP. LÍQ.
VAR. ROL. 2013/2012 %
LUCRO LÍQ. EX.
PATRIM. LÍQUIDO
EMPREGADOS ES 2013
1
53
AEBES
208.468
108,1%
207.898
111,7%
4.546
15.012
2
64
HOSPITAL MERIDIONAL
166.109
17,0%
157.106
16,9%
9.327
40.306
2.559 1.359
3
73
HOSPITAL SANTA RITA
141.541
13,4%
135.295
14,2%
21.744
132.655
1.344
4
108
VITÓRIA APART HOSPITAL
82.743
4,8%
78.136
4,7%
776
65.520
1.115
5
110
HOSPITAL VILA VELHA
81.248
13,0%
77.007
13,0%
3.208
26.801
1.035
6
114
HOSPITAL METROPOLITANO
79.214
20,0%
72.099
15,3%
880
34.808
680
7
158
SÃO BERNARDO APART HOSPITAL
37.491
7,5%
35.373
11,1%
378
28.658
348
8
188
HOSPITAL PRAIA DA COSTA
25.625
17,9%
24.522
18,4%
803
4.725
301
9
192
HOSPITAL SÃO FRANCISCO
22.008
8,3%
20.755
7,9%
-348
3.863
215
10
205
HOSPITAL SÃO LUIZ
12.694
2,3%
12.142
2,2%
-1.402
987
152
O destaque em atendimento hospitalar saltou do sexto lugar em 2012 para a primeira posição em 2013. Com 41 anos de experiência em gestão de saúde, o Hospital Evangélico é gerido pela Associação Evangélica Beneficente Espírito-Santense (Aebes), entidade civil sem fins lucrativos e de caráter filantrópico, que além de prestar serviços de pronto-socorro, ambulatório e hospital dia, conta com 260 leitos e é a única, do SUS, dotada de equipamento de hemodinâmica que realiza cateterismo e angioplastia 24 horas por dia.
“
A classificação do 1º lugar significa que a missão da Aebes foi ampliada nas atividades de promoção da saúde, da educação e da assistência espiritual à população, sem qualquer distinção. O resultado é fruto da prestação de serviços de três unidades hospitalares geridas pela Aebes”, comemora o presidente da Associação, Sebastião Vicente de Oliveira.
AS 10 MAIORES EMPRESAS DE SERVIÇOS FINANCEIROS E SEGUROS Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES - em R$ milhares POSIÇÃO
CLASSIF. 2013
EMPRESA
REC. OP. BRUTA
VAR. ROB. 2013/2012 %
REC. OP. LÍQ.
VAR. ROL. 2013/2012 %
LUCRO LÍQ. EX.
PATRIM. LÍQUIDO
EMPREGADOS ES 2013
1
12
BANESTES
1.797.688
11,9%
1.743.919
12,1%
109.944
967.684
2.377
2
17
BANCO DO BRASIL
1.143.886
9,5%
N/D
N/D
N/D
N/D
1.589
3
72
BANESTES SEGUROS
143.173
11,7%
139.697
11,4%
12.666
96.549
99
4
91
SICOOB LESTE CAPIXABA
101.375
21,9%
25.053
21,1%
24.811
140.238
149 194
5
94
BANDES
97.142
24,0%
58.490
43,2%
33.348
257.474
6
112
SICOOB SUL SERRANO
79.798
21,7%
18.864
29,2%
18.622
117.522
192
7
122
SICOOB SUL
72.537
21,0%
25.960
31,1%
25.639
113.044
142
8
123
SICOOB NORTE
70.641
13,5%
12.989
-29,1%
12.733
109.580
160
9
144
SICOOB CENTRO-SERRANO
53.758
26,6%
9.655
-3,7%
9.416
65.592
148
10
146
SICOOB CENTRAL ES
52.960
-7,1%
4.652
17,0%
4.662
70.336
69
O Banestes ocupa o primeiro lugar no ranking entre as 10 empresas com melhor desempenho no setor de serviços financeiros e seguros, segundo a Receita Operacional Bruta, que foi de R$ 1,797 bilhão em 2013, um crescimento de 11,9% em relação a 2012. A evolução foi em função do aumento das receitas com operações de crédito e da gestão e controle das despesas administrativas. Para o presidente da instituição, Guilherme Dias, o anuário das 200 Maiores Empresas no Espírito Santo traduz a vitalidade e a diversificação da economia capixaba. Com muito orgulho, o Banestes apresenta evolução positiva nos seus indicadores de desempenho operacional e econômico-financeiro, mantendo sua condição de líder regional no segmento bancário e de seguros, competindo com as maiores instituições financeiras com atuação no mercado brasileiro”, afirma.
“
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
Geral.indb 161
161
04/11/2014 14:48:46
ranking | A MELHOR EMPRESA NO ESPÍRITO SANTO EM 2013 COFRIL Foto: Divulgação Cofril
C
omo um dos mais importantes veículos de informação da economia capixaba, de gestão empresarial e divulgação das empresas, o anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo, ao longo dos anos de sua edição, tem buscado manter o seu padrão técnico e a melhoria contínua da qualidade. Mudanças metodológicas têm sido implementadas de forma a tornar os dados e resultados da pesquisa mais consistentes e alinhados aos interesses da comunidade empresarial. Assim, o IEL apresenta pelo oitavo ano consecutivo, o prêmio “A Melhor Empresa no Espírito Santo”, entre as 200 constantes no ranking.
A MELHOR EMPRESA Pontuação pelo melhor desempenho econômico-financeiro CLASSIF.
162
Geral.indb 162
EMPRESA
SETOR
PONTUAÇÃO 4,80
1
Cofril
Indústria
2
Rio do Frade
Serviços
3,70
3
Embali
Indústria
3,50
4
CSV Benetech Brasil
Serviços
3,15
5
Extrafruti
Com. atacadista
2,45
6
IVC
Com. atacadista
2,40
7
Univix
Serviços
2,10
8
Caraiva
Serviços
2,00
9
Tervap
Serviços
1,90
10
Solução, Manut. e Serv.
Serviços
1,80
Metodologia A metodologia consiste em atribuir pontos pelo desempenho das empresas em cada indicador – 10 para o primeiro lugar, 9 para o segundo, e assim sucessivamente até a 10ª companhia, que recebe um ponto. Em seguida, os pontos são multiplicados por um peso atribuído a cada indicador. Importante esclarecer que “A Melhor Empresa em 2013” em nada se assemelha a uma escolha fundamentada em competências na atuação em seus respectivos mercados. Além disso, a classificação não é segregada por setor de atividade. Embora o objetivo seja analisar de forma integrada os índices das empresas, o conjunto de indicadores e seus respectivos pesos são determinados de maneira subjetiva. Os indicadores de desempenho e seus respectivos pesos são os seguintes:
Crescimento das Vendas Brutas – Peso 20 Indica se a participação da empresa no mercado aumentou ou diminuiu e sua capacidade de, crescendo, gerar novos empregos. Pode ser utilizado no estabelecimento de metas de crescimento da companhia para os próximos períodos.
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
04/11/2014 14:48:47
No mercado desde 1987, a Cofril é destaque em produtos derivados, principalmente de suínos. Com um faturamento de R$ 35,29 milhões, o frigorífico emprega 374 pessoas e alcançou uma rentabilidade nas vendas de 27,5% em 2013 em relação ao ano de 2012. A empresa conta com um abatedouro de suínos e bovinos e uma indústria de embutidos em Cachoeiro de Itapemirim. Para o presidente da Cofril, José Carlos Correa Cardoso, o dinamismo da companhia vem sendo amparado em pilares fundamentais, como qualidade dos produtos, respeito às parcerias e ética nas relações. É muito trabalho. Investimos constantemente na estrutura física adequada, com aprimoramento dos equipamentos e cuidado com o meio ambiente, e na motivação da mão de obra. A inovação periódica dos produtos, aliada a um atendimento eficaz dos clientes, faz com que a receptividade do mercado seja crescente e coloque a empresa como líder no seu segmento”, diz ele.
“ Rentabilidade das Vendas – Peso 10
Mede o percentual das vendas líquidas que permanecem na empresa como lucro do período, ou seja, é o percentual da receita operacional líquida que restou para a empresa, depois de deduzidos todos os custos e despesas. A análise indica quanto a empresa obtém de lucro para cada R$ 100,00 vendidos.
Rentabilidade do Patrimônio Líquido – Peso 35 Mede a remuneração do capital investido pelos proprietários, sendo resultado da eficiência da empresa na gestão dos negócios. O cálculo da rentabilidade do patrimônio líquido permite saber quanto a administração, por meio de uso dos ativos, obteve de rendimento com a respectiva estrutura, seja esta financiada com capital próprio ou de terceiros. Essa rentabilidade deve ser comparada a taxas de mercado, para avaliar se a firma oferece rentabilidade superior ou inferior a essas opções. A rentabilidade do patrimônio líquido é utilizada como critério de desempate entre as empresas que apresentam o mesmo número de pontos no desempenho geral.
Lucratividade por Empregado – Peso 15 Mede a lucratividade gerada por empregado e a contribuição média de cada um para o lucro obtido pela empresa.
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
Geral.indb 163
Perfil da empresa Razão social: Frigorífico Cofril Ltda Nome fantasia: Cofril Atividade: Alimentos Pessoal empregado no ES: 374 Faturamento: R$ 35,295 milhões Crescimento das vendas 2013/2012: 1.308,6% Rentabilidade das vendas: 27,5% Rentabilidade do patrimônio líquido: 136,1% Liquidez corrente: 1,7
Liquidez Corrente – Peso 20 Importante indicador da saúde financeira da empresa, apontando a segurança com que ela está operando no curto prazo. Quanto maior a liquidez corrente, melhor se apresenta a capacidade da empresa em financiar suas necessidades de capital de giro. Representa o quanto de recursos se dispõe no curto prazo para se liquidarem as dívidas também de curto prazo. Assim, quanto maior o valor apurado, melhor será a solvência da organização. Para os casos de desempate, o critério é o indicador de maior peso. Nesse caso, a Rentabilidade do Patrimônio Líquido. Segundo os critérios acima definidos, “A Melhor Empresa no Espírito Santo em 2013” é o Frigorífico Cofril Ltda, que atingiu 4,8 pontos.
163
04/11/2014 14:48:49
Ranking | AS 100 MAIORES EMPRESAS PRIVADAS COM CONTROLE DE CAPITAL CAPIXABA
Comércio
ROL
Empregados 44,2%
Nº de empresas
21,7%
27,9%
33,3% 23,2%
33%
31%
43,5%
50,4%
Indústria
Serviço
14%
22,1%
33,7%
40,9%
Na análise dos resultados desse ranking, observou-se que as 100 Maiores Empresas Privadas com Controle de Capital Capixaba estavam distribuídas da seguinte forma: 36% no setor de serviços; 31% no industrial; e 33% no comercial. A receita operacional líquida total foi de R$ 25,4 bilhões, 7,6% maior que a obtida no ano de 2012. Entre os setores, a ROL foi distribuída da seguinte forma: 43,5% no setor de serviços; 23,2% no setor industrial e 33,3% no setor comercial. O número total de colaboradores foi de 50.587, 5,6% superior ao ano anterior, e distribuído da seguinte forma: 50,4% no setor de serviços; 27,9% no industrial e 21,7% no comercial.
Participação setorial no ranking 100 ES
45,1%
1 - Controle acionário e origem do capital privado estadual; 2 - Localização da matriz/sede fiscal no Espírito Santo; 3 - Empresa originalmente constituída no Espírito Santo; 4 - Registro de unidade operacional no Espírito Santo.
O total de capital próprio investido aumentou 10,5% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 6,8 bilhões distribuídos da seguinte forma: 44,2% no setor de serviços; 33,7% no setor industrial; e 22,1% no setor comercial. Apesar do ano difícil, as 100 maiores empresas participantes do ranking de 2013 conseguiram aumentar o lucro em 15,8%, totalizando R$ 1,1 bilhão.
36%
O
ranking das “100 Maiores Empresas Privadas com Controle de Capital Capixaba” é estabelecido a partir da Receita Operacional Líquida (ROL) das empresas e tem por objetivo apresentar a contribuição para o desenvolvimento do Espírito Santo das empresas privadas capixabas, definidas como tal a partir dos seguintes critérios:
Lucro líquido
PL
No ranking de maior empresa privada com controle de capital capixaba, o primeiro lugar ficou com a Cisa Trading. Com patrimônio líquido de R$ 192 milhões e 277 funcionários em todo o Brasil, a empresa é a quinta maior entre todas as importadoras do país, atrás somente de gigantes como Petrobras, Samsung, Brasken e Toyota, segundo ranking do Ministério do Desenvolvimento. Sua atuação abrange áreas que vão da importação de aeronaves executivas à logística de distribuição de cosméticos e produtos farmacêuticos. O presidente da companhia, Antonio Pargana, comemora os resultados alcançados em 2013. A Cisa Tranding movimentou mais de R$ 8,1 bilhões em operações para mais de 200 clientes, líderes de mercado em diversos setores. Também foram aprovados investimentos em duas novas empresas, a Cisa Rental, que se dedicará ao aluguel de equipamentos, e a Steel Warehouse Cisa, que processará bobinas de aço”, diz.
“ 164
Geral.indb 164
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
04/11/2014 14:48:49
AS 100 MAIORES EMPRESAS CAPIXABAS Segundo a Receita Operacional Líquida (ROL) no ES - Em R$ milhares POSIÇÃO
CLASSIF. 2013
EMPRESA
SETOR
REC. OP. LÍQUIDA
VAR. ROL. 2013/2012 %
LUCRO LÍQ. EX.
PATRIM. LÍQUIDO
RENTAB. DAS VENDAS
RENTAB. DO PL
LIQUIDEZ CORRENTE
EMPREGADOS ES 2013
1
9
CISA TRADING
Serviços
2.157.544
5,5%
53.161
192.002
2,5%
27,7%
1,5
12
2
11
TROP COMÉRCIO EXTERIOR
Serviços
1.555.471
24,6%
41.127
170.029
2,6%
24,2%
1,8
N/D N/D
3
10
CHOCOLATES GAROTO
Indústria
1.349.160
-8,0%
-5.124
161.028
-0,4%
-3,2%
1,0
4
14
COLUMBIA TRADING
Serviços
1.188.191
-8,7%
-5.714
23.371
-0,5%
-24,4%
1,0
7
5
18
VIX LOGÍSTICA
Serviços
1.014.652
27,6%
61.826
245.740
6,1%
25,2%
1,2
2.692
6
15
SERTRADING (BR)
Serviços
968.496
19,3%
18.847
58.296
1,9%
32,3%
1,1
16
7
22
UNIMED VITÓRIA
Serviços
806.147
-0,1%
11.749
87.801
1,5%
13,4%
1,0
2.110
8
21
KURUMÁ VEÍCULOS
Comércio Varejista
794.631
9,8%
-6.338
40.319
-0,8%
-15,7%
1,0
367
9
20
HORTIFRUTI
Comércio Varejista
782.446
25,4%
19.761
67.910
2,5%
29,1%
1,0
330
10
23
FRISA FRIGORÍFICO
Indústria
655.994
17,0%
23.680
108.861
3,6%
21,8%
1,6
1.408
11
24
VITÓRIA DIESEL
Comércio Varejista
596.013
-2,6%
-25.146
20.938
-4,2%
-120,1%
1,2
437
12
27
UNICAFÉ
Comércio Atacadista
580.381
-7,4%
19.011
235.554
3,3%
8,1%
1,5
141
13
29
SUPERMERCADO CASAGRANDE Comércio Varejista
470.540
13,7%
12.038
91.008
2,6%
13,2%
1,5
2.549
14
28
UNILIDER
Comércio Atacadista
463.085
14,2%
11.575
34.133
2,5%
33,9%
1,3
291
15
33
TRISTÃO
Comércio Atacadista
407.429
8,0%
4.354
173.632
1,1%
2,5%
1,3
N/D
16
30
SAVIXX
Comércio Atacadista
392.745
-6,1%
-764
4.341
-0,2%
-17,6%
1,0
3
17
35
CUSTÓDIO FORZZA
Comércio Atacadista
357.453
-26,5%
-21.422
34.897
-6,0%
-61,4%
N/D
96
18
32
PERFILADOS RIO DOCE
Indústria
349.787
4,1%
49.478
325.284
14,1%
15,2%
5,4
337
19
36
SUPERMERCADO PERIM
Comércio Varejista
328.815
-7,2%
944
17.023
0,3%
5,5%
1,0
1.341
20
39
PODIUM VEÍCULOS
Comércio Varejista
319.874
-4,6%
4.100
36.321
1,3%
11,3%
1,3
343
21
34
LORENGE
Indústria
304.423
29,8%
77.050
252.500
25,3%
30,5%
1,7
1.600
Comércio Varejista
287.562
-4,5%
1.459
52.990
0,5%
2,8%
1,1
378
285.325
6,6%
80.322
324.988
28,2%
24,7%
1,9
335
22
40
CVC
23
38
RDG PRODUTOS SIDERÚRGICOS Comércio Atacadista
24
42
NICCHIO SOBRINHO CAFÉ
Comércio Atacadista
284.749
8,2%
-2.489
40.987
-0,9%
-6,1%
1,8
62
25
43
BRAMETAL
Indústria
269.508
16,7%
38.680
164.419
14,4%
23,5%
2,0
582
26
37
FORTLEV
Indústria
247.863
32,1%
17.624
140.761
7,1%
12,5%
5,9
663
27
41
ÁGUIA BRANCA
Serviços
243.380
3,7%
13.261
344.664
5,4%
3,8%
1,5
1.464
28
44
COOABRIEL
Comércio Atacadista
241.397
-13,5%
220
16.711
0,1%
1,3%
1,0
219
29
50
SÃO BERNARDO SAÚDE
Serviços
237.218
7,3%
606
15.959
0,3%
3,8%
0,8
225
30
51
COOPEAVI
Comércio Varejista
229.873
27,4%
11.621
63.635
5,1%
18,3%
1,4
463
31
47
SELITA
Indústria
224.123
15,7%
2.620
34.972
1,2%
7,5%
1,2
465
32
53
AEBES
Serviços
207.898
111,7%
4.546
15.012
2,2%
30,3%
1,1
2.559
33
45
BIANCOGRES
Indústria
196.265
29,5%
24.178
109.089
12,3%
22,2%
3,3
475
34
57
SAMP ES
Serviços
189.197
57,9%
2.486
8.294
1,3%
30,0%
1,2
233
35
46
TERRA NOVA
Comércio Atacadista
187.446
-6,2%
19
8.142
0,0%
0,2%
1,1
4
36
59
BUAIZ ALIMENTOS
Indústria
178.166
24,9%
5.831
181.110
3,3%
3,2%
0,8
410
37
48
MIZU
Indústria
177.499
10,1%
7.140
42.551
4,0%
16,8%
3,1
N/D
38
62
CONCREVIT
Indústria
169.595
1,0%
3.627
37.447
2,1%
9,7%
1,1
252 234
39
52
CEDISA
Comércio Atacadista
168.557
18,9%
3.542
53.909
2,1%
6,6%
3,1
40
65
UNIMED SUL CAPIXABA
Serviços
163.808
16,7%
322
22.600
0,2%
1,4%
1,3
672
41
66
REALCAFÉ
Indústria
158.856
2,7%
5.373
69.453
3,4%
7,7%
1,2
330
42
64
HOSPITAL MERIDIONAL
Serviços
157.106
16,9%
9.327
40.306
5,9%
23,1%
1,1
1.359
43
61
QUIMETAL
Serviços
155.436
67,8%
8.787
22.742
5,7%
38,6%
1,8
42
44
67
EXTRAFRUTI
Comércio Atacadista
152.745
30,0%
8.787
6.500
5,8%
135,2%
1,1
675 N/D
45
56
MERCOCAMP
Serviços
150.667
-43,4%
716
975
0,5%
73,4%
1,0
46
58
FULL COMEX
Serviços
145.440
-12,3%
2.474
5.994
1,7%
41,3%
1,1
13
47
55
EMP. LUZ E FORÇA SANT. MARIA Serviços
144.221
4,7%
15.607
121.297
10,8%
12,9%
1,2
319
48
70
VESSA
Comércio Varejista
137.382
10,7%
735
11.997
0,5%
6,1%
1,3
187
49
73
HOSPITAL STA. RITA
Serviços
135.295
14,2%
21.744
132.655
16,1%
16,4%
2,1
1.344
50
69
CPVV
Serviços
132.530
10,3%
23.485
61.525
17,7%
38,2%
2,0
168
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
200 Maiores 2014_Ranking 100 Maiores Empresas Privadas_THI.indd 165
165
04/11/2014 17:35:28
AS 100 MAIORES EMPRESAS CAPIXABAS Segundo a Receita Operacional Líquida (ROL) no ES - Em R$ milhares POSIÇÃO
CLASSIF. 2013
EMPRESA
SETOR
REC. OP. LÍQUIDA
VAR. ROL. 2013/2012 %
LUCRO LÍQ. EX.
PATRIM. LÍQUIDO
RENTAB. DAS VENDAS
RENTAB. DO PL
LIQUIDEZ CORRENTE
EMPREGADOS ES 2013
51
77
MAFRICAL
Indústria
124.694
N/D
1.576
1.764
1,3%
89,4%
1,0
52
76
VENEZA
Indústria
119.783
16,1%
-4.256
23.064
-3,6%
-18,5%
1,0
N/D 452
53
75
SUPERMERC. SANTO ANTÔNIO
Comércio Varejista
119.605
15,6%
2.377
4.663
2,0%
51,0%
1,1
996
54
79
VENAC
Comércio Varejista
111.069
78,9%
3.758
30.988
3,4%
12,1%
2,4
111
55
82
SPASSU
Serviços
107.911
-14,2%
4.726
3.985
4,4%
118,6%
1,1
1.212
56
87
KIFRANGO
Indústria
105.658
23,1%
6.053
12.281
5,7%
49,3%
1,0
639
57
88
ALCON
Indústria
105.382
17,5%
107.411
112.389
101,9%
95,6%
2,4
285
58
74
VIMINAS
Indústria
104.659
18,9%
10.800
58.547
10,3%
18,4%
2,4
478
59
85
DAMARE
Indústria
104.254
53,8%
4.385
10.619
4,2%
41,3%
0,7
279
60
90
MORAR CONSTRUTORA
Indústria
101.610
35,9%
8.518
47.864
8,4%
17,8%
2,9
685 669
61
86
USINA PAINEIRAS
Indústria
97.982
-4,1%
4.959
100.966
5,1%
4,9%
1,0
62
96
PREMIUM VEÍCULOS
Comércio Varejista
94.085
-25,5%
50
6.011
0,1%
0,8%
1,0
149
63
92
ABAV
Indústria
91.830
21,9%
459
13.977
0,5%
3,3%
1,5
594
64
83
CLAC
Serviços
89.479
-38,3%
-2.669
5.002
-3,0%
-53,4%
0,8
0
65
97
UNIMAR
Serviços
89.032
5,8%
2.940
76.403
3,3%
3,8%
1,7
1.519
66
95
MARBRASA
Indústria
87.561
15,8%
14.968
46.407
17,1%
32,3%
1,6
418
67
104
CARAIVA
Serviços
87.445
-18,2%
87.012
622.166
99,5%
14,0%
28,1
N/D
68
99
TV GAZETA
Serviços
86.930
7,7%
15.191
84.834
17,5%
17,9%
6,6
337
69
89
VILA PORTO
Comércio Atacadista
82.261
17,7%
907
3.952
1,1%
23,0%
1,2
47
70
107
HIRO MOTORS
Comércio Varejista
81.356
2,5%
-177
4.752
-0,2%
-3,7%
0,9
49 1.115
71
108
VITÓRIA APART HOSPITAL
Serviços
78.136
4,7%
776
65.520
1,0%
1,2%
1,0
72
103
UNIVIX
Serviços
77.483
30,7%
31.898
26.481
41,2%
120,5%
1,0
N/D
73
110
HOSPITAL VILA VELHA
Serviços
77.007
13,0%
3.208
26.801
4,2%
12,0%
0,7
1.035
74
116
UNIMED NOROESTE
Serviços
76.147
14,7%
31
8.117
0,0%
0,4%
1,0
329
75
101
DIAÇO
Comércio Atacadista
75.415
21,2%
8.484
56.667
11,2%
15,0%
4,0
115
76
100
INSPECTION
Comércio Atacadista
74.043
-44,8%
557
16.935
0,8%
3,3%
1,4
1
77
114
HOSPITAL METROPOLITANO
Serviços
72.099
15,3%
880
34.808
1,2%
2,5%
1,4
680
78
98
RIMO MOVÉIS
Indústria
71.806
6,5%
616
11.927
0,9%
5,2%
1,3
372
79
102
METALOSA
Indústria
71.092
12,7%
1.496
21.174
2,1%
7,1%
2,0
269
80
118
SUPERMERCADO PORTO NOVO
Comércio Varejista
70.448
12,2%
37
5.621
0,1%
0,7%
1,4
553
81
109
PANAN MÓVEIS
Indústria
68.913
5,6%
-2.143
5.836
-3,1%
-36,7%
1,0
266
82
125
PLENA VEÍCULOS
Comércio Varejista
68.538
-18,6%
-430
6.387
-0,6%
-6,7%
1,8
67
83
113
ELSONS
Comércio Atacadista
67.912
38,1%
7.567
13.297
11,1%
56,9%
1,2
232
84
117
SERDEL
Serviços
67.515
0,9%
8.263
44.502
12,2%
18,6%
6,6
3.147
85
127
DECOLORES MÁRM. E GRAN.
Indústria
63.746
45,1%
22.541
57.966
35,4%
38,9%
2,7
100
86
111
ACP MOVÉIS
Indústria
63.706
40,8%
4.453
20.917
7,0%
21,3%
1,9
252
87
119
ISH TECNOLOGIA
Serviços
62.206
22,5%
4.150
9.344
6,7%
44,4%
1,1
131
88
126
RODOSOL
Serviços
61.974
-12,1%
13.218
54.184
21,3%
24,4%
0,5
260
89
132
VITÓRIA MOTORS
Comércio Varejista
61.756
-0,4%
-28
8.337
0,0%
-0,3%
1,0
37
90
124
A GAZETA
Serviços
61.212
-1,0%
-2.916
15.651
-4,8%
-18,6%
1,2
717
91
120
VAMTEC VITÓRIA
Indústria
60.184
46,1%
-455
9.887
-0,8%
-4,6%
1,3
N/D
92
133
LASA
Indústria
59.601
54,5%
1.635
77.671
2,7%
2,1%
0,7
784
93
130
ESPIRAL ENGENHARIA
Serviços
57.341
-2,7%
5.211
22.038
9,1%
23,6%
1,8
516
94
115
FIBRASA SUDESTE
Indústria
56.513
26,3%
4.221
17.453
7,5%
24,2%
1,6
323
95
136
VITÓRIA MOTORS CHRYSLER
Comércio Varejista
56.073
24,2%
274
3.237
0,5%
8,5%
1,5
29
96
138
VIAÇÃO JOANA D´ARC
Serviços
52.490
14,6%
2.425
27.692
4,6%
8,8%
1,7
945
97
137
MATRICIAL
Indústria
52.484
39,7%
1.089
18.144
2,1%
6,0%
3,1
729
98
141
SHOPPING VITÓRIA
Serviços
51.896
6,2%
27.654
285.552
53,3%
9,7%
0,8
315
99
135
ATACADO SÃO PAULO
Comércio Atacadista
50.307
6,0%
4.469
9.583
8,9%
46,6%
2,7
137
100
143
CHEIM TRANSPORTES
Serviços
50.265
-19,2%
-2.123
29.160
-4,2%
-7,3%
1,8
N/D
166
200 Maiores 2014_Ranking 100 Maiores Empresas Privadas_THI.indd 166
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
04/11/2014 17:35:30
CONSOLIDAÇÃO DAS 100 MAIORES EMPRESAS PRIVADAS COM CONTROLE DE CAPITAL CAPIXABA Ranking segundo Receita Operacional Líquida no Espírito Santo (valores em R$ milhares) SETOR/ATIVIDADE
REC. OP. LÍQUIDA
EBITDA
LUCRO LÍQ. EX.
ATIVO TOTAL
PATRIM. LÍQUIDO
EMPREGADOS ES 2013
SERVIÇOS
36
11.059.266
726.605
484.230
7.149.573
3.011.505
25.493
ADMIN. DE EMPRESAS DO GRUPO
1
87.445
87.012
87.012
623.668
622.166
N/D
ADMIN. DE SHOPPING CENTER
1
51.896
33.702
27.654
315.733
285.552
315
ATENDIMENTO HOSPITALAR
6
727.540
80.060
40.481
675.585
315.103
8.092
CONCESSIONÁRIA DE RODOVIAS
1
61.974
22.732
13.218
73.075
54.184
260
EDUCAÇÃO
1
77.483
N/D
31.898
39.141
26.481
N/D
ELETRICIDADE E GÁS
1
144.221
N/D
15.607
173.164
121.297
319
GESTÃO DE PORTOS E TERMINAIS
1
132.530
36.486
23.485
87.787
61.525
168
INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
2
148.142
12.168
12.275
131.260
100.485
1.054
LOC. MAQ. E EQUIP. CONSTRUÇÃO
1
57.341
14.695
5.211
40.631
22.038
516
PLANO DE SAÚDE
5
1.472.518
38.084
15.195
549.168
142.772
3.569
SERV. DE LIMPEZA E CONSERVAÇÃO
1
67.515
9.353
8.263
53.251
44.502
3.147
SERV. IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO
8
6.410.724
119.677
116.729
2.558.972
478.411
90
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
2
170.117
16.863
8.875
64.295
13.329
1.343
TRANSPORTE
5
1.449.820
255.776
78.328
1.763.842
723.660
6.620
INDÚSTRIA
31
5.892.697
436.789
438.484
5.443.998
2.296.327
14.116
ALIMENTOS
11
3.210.500
101.521
45.555
2.523.376
718.094
5.246
CONSTRUÇÃO
4
628.112
119.771
90.285
893.437
355.955
3.266
FAB. PROD. MINERAIS NÃO METÁLICOS
2
168.405
41.619
33.341
157.233
116.514
578
FABRICAÇÃO DE CIMENTO
1
177.499
N/D
7.140
125.495
42.551
N/D
FABRICAÇÃO DE MÓVEIS
3
204.424
8.673
2.926
122.522
38.681
890
FAB. DE PRODUTOS DE BORRACHA E DE MATERIAL PLÁSTICO
2
304.376
26.923
21.845
206.254
158.213
986
FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DE METAL
1
71.092
3.035
1.496
43.520
21.174
269
FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DE MINERAIS NÃO METÁLICOS
2
283.825
80.564
39.146
333.358
155.496
893
QUÍMICA E PETROQUÍMICA
2
164.983
11.460
109.046
379.862
190.060
1.069
SIDERURGIA E METALURGIA
3
679.479
43.221
87.703
658.939
499.590
919
COMÉRCIO
33
8.481.317
125.647
150.172
2.202.777
1.506.362
10.978
COMÉRCIO ATACADISTA
16
3.871.250
44.408
125.138
2.543.250
1.034.226
2.592
COMÉRCIO VAREJISTA
6
2.001.728
96.140
46.777
625.451
249.860
6.232
CONCESSIONÁRIA DE VEICULOS
11
2.608.339
-14.902
-21.743
807.576
222.276
2.154
TOTAL DAS 100 EMPRESAS
100
1.289.041
1.072.887
14.796.348
6.814.194
50.587
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
Geral.indb 167
Nº DE EMPRESAS
25.433.281
167
04/11/2014 14:48:52
ranking | RANKING DOS 10 MAIORES GRUPOS EMPRESARIAIS
M
antendo o procedimento adotado nos anos anteriores, esta 14ª edição traz o ranking dos 10 Maiores Grupos Empresariais no Espírito Santo, composta por aquelas organizações que possuíam duas ou mais empresas independentes, formalmente constituídas sob o mesmo controle acionário, cujo capital de origem capixaba seja superior a 50%. O ranking foi elaborado a partir do envio das informações econômico-financeiras pelos grupos empresariais, utilizando-se o patrimônio líquido como critério para classificação. Dados complementares são adicionados para refletir a importância desses grupos para a economia do Estado.
168
Geral.indb 168
Em 2013, os 10 maiores grupos empresariais somaram 79 empresas, com um patrimônio líquido de R$ 5,6 bilhões, valor 14,5% superior ao verificado no ano de 2012, e que representa um aumento significativo do investimento com recursos próprios por esses Grupos. A receita operacional bruta (ROB) dos maiores grupos empresariais do Estado foi de R$ 7,2 bilhões em 2013, queda de 18,7% em relação à ROB desses grupos em 2012. Desse total, 64,9% foram gerados no Espírito Santo, totalizando R$ 4,7 bilhões, um montante 14,8% inferior ao registrado no ano anterior. A maior retração nas vendas foi observada nas operações realizadas fora do Estado, com queda de 25,1%, sempre em relação ao ano anterior.
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
04/11/2014 14:48:53
O Grupo Incospal conquistou o título do maior grupo empresarial do Estado, obtendo em 2013 um patrimônio líquido de R$ 1,63 bilhão. As empresas que compõem o conglomerado atuam em segmentos diversificados como importação e exportação, logística, comunicação, construção e operação portuária, concessão rodoviária, engenharia de obras pesadas, entre outros. O Grupo é composto por 12 empresas, que empregam 2.550 pessoas no Espírito Santo. Em 2014, entrou no segmento de shopping center e inaugurou o Shopping Vila Velha, em parceria com a empresa Littig, que será administrado pela BR Mall. O prêmio significa o reconhecimento a um trabalho que começou há mais de 30 anos e que foi construído em cima de três pilares: a visão de que não se pode crescer a não ser através de parcerias; o reconhecimento ao talento e ao esforço da equipe e a visão de que é importante diversificar, pois é através de uma diversificação bem planejada que se consegue ultrapassar com segurança os períodos de turbulência da economia”, diz o presidente do Grupo Incospal, Fernando Camargo.
“
Apesar da elevação da produtividade das empresas dos grupos, seguindo a tendência de queda verificada ano anterior, o lucro líquido do exercício de 2013 sofreu um decréscimo de 26,6%, somando R$ 640,8 milhões. Essa redução pode ser resultado do aumento das taxas de juros e da recorrente pressão inflacionária, que provocou altas nos custos de produção e nas despesas administrativas e de vendas, e que não foram totalmente repassadas para o consumidor final. Observa-se, da mesma forma que em anos anteriores, que os empresários capixabas estão mantendo os postos de trabalho, apesar da redução dos lucros das empresas. Essa estratégia pode ser modificada caso não ocorra uma recuperação da economia do país nos próximos anos.
Apesar do recuo observado no faturamento das empresas componentes dos grupos empresariais, o total de empregos gerados por esses parcipantes participantes do ranking de 2013 chegou a 30.973, um avanço de 3,5% em relação ao ano anterior. Desse total, 13.888 empregados estão no Espírito Santo, o que representa 44,8%. A produtividade por empregado é um importante indicador de competitividade organizacional. A produtividade dos grupos no Estado apresentou uma retração de 18,0%, com um faturamento médio de R$ 336 mil por funcionário. Incluindo-se as operações realizadas fora do território capixaba, a baixa foi de 21,5%, com um faturamento médio de R$ 232,3 mil por funcionário, resultado da manutenção dos empregos, embora tenha havido queda no faturamento dos grupos participantes.
OS DEZ MAIORES GRUPOS EMPRESARIAIS, SEGUNDO O PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Valores em R$ milhares) POSIÇÃO
GRUPO
Nº EMPRESAS
MUNICÍPIO
PATRIM. LIQ.
VAR PL 2013/2012
REC. BRUTA NO ES
RECEITA BRUTA TOTAL
% ROB NO ES
VAR ROB 2013/2012
Nº EMPREG. NO ES
Nº EMPREG. TOTAL
LUCRO LIQ. EXERC.
1
INCOSPAL
12
SERRA
1.623.995
15,2%
377.395
87,70%
430.325
-26,82%
2.550
2.987
2
ÁGUIA BRANCA
12
VITÓRIA
929.043
9,2%
1.426.967
41,40%
3.446.781
-5,33%
4.955
14.270
231.098 44.646
3
RDG AÇOS DO BRASIL
7
SERRA
674.425
14,8%
819.077
98,00%
835.793
4,46%
893
949
88.058
4
SICOOB
9
VITÓRIA
597.630
33,7%
551.474
100,00%
551.474
14,79%
1.053
1.053
109.551
5
COIMEX
9
VITÓRIA
571.770
7,3%
2.849
100,00%
2.849
-99,82%
770
6.266
44.387
6
GRUPO BUIAZ
11
VITÓRIA
534.618
27,5%
304.587
100,00%
304.587
4,88%
980
980
37.325
7
FRISA
6
COLATINA
251.970
10,4%
632.718
69,00%
916.982
10,93%
1.761
3.006
38.470
8
GRUPO TRISTÃO
2
VIANA
173.632
2,0%
394.650
95,00%
415.421
7,34%
388
426
8.580
9
GRUPO ANDRADE
9
SERRA
151.170
18,3%
77.797
87,00%
89.422
21,17%
215
265
31.169
10
FIBRASA
2
SERRA
116.366
-15,7%
78.436
39,00%
201.118
19,89%
323
771
7.604
79
-
5.624.618
13.888
30.973
640.888
TOTAL
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
200 Maiores 2014_Ranking 10 maiores grupos empresarias_MIC.indd 169
-
4.665.949
-
7.194.751
-
169
04/11/2014 17:36:28
200 Maiores 2014_Anuncios_MIC.indd 170
04/11/2014 15:03:49
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ranking | análise ideies
As 200 maiores em foco
A Egidio Malanquini é diretor para Assuntos do Ideies e vice-presidente da Findes
172
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edição das “200 Maiores Empresas no Espírito Santo” contempla, pelo segundo ano consecutivo, a análise do Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies) referente à distribuição da quantidade de empresas e das respectivas receitas operacionais brutas pelas regionais do Sistema Findes, com a Região Metropolitana da Grande Vitória concentrando o maior número de empresas (149), correspondendo a 82,5% da receita total. Quanto à concentração nessa Região, vale destacar, mais uma vez, que uma das principais prioridades do Sistema Findes é a interiorização do desenvolvimento, razão pela qual instituiu oito Diretorias Regionais que atuam no sentido de buscar novos investimentos industriais que permitam um crescimento econômico mais equilibrado no Espírito Santo. Também é analisado o peso relativo das 20 maiores empresas quanto à Receita Operacional Bruta (ROB) e à quantidade de empregados no total das 200 Maiores Empresas no Estado e das 20 maiores dos setores industrial, comercial e de serviços. O estudo traz ainda a
participação do total de empregos das 200 Maiores Empresas em relação aos empregos no Espírito Santo apurados na Rais/MTE. A edição de 2014 destaca que a receita operacional bruta das 20 maiores empresas em 2013 representa 75,9% do total da receita das 200 Maiores e a quantidade de empregos de 18 delas (duas não deram essa informação) corresponde a 30,9% do total de empregos do ranking geral. A análise apresenta também os resultados da pesquisa de clima realizada com as 200 Maiores Empresas desta edição, obtendo respostas de 150 delas. O objetivo da pesquisa foi avaliar o potencial do Espírito Santo e o clima dos empresários capixabas em relação à economia em diversos aspectos, sendo alguns deles comparados aos resultados apresentados na pesquisa de clima feita no ano anterior. Por último, agradeço a Doria Porto, diretor-executivo do Ideies, e a toda a equipe da entidade pelo trabalho realizado para esta edição das “200 Maiores Empresas no Espírito Santo”. Boa leitura!
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200 Maiores Empresas sob o ponto de vista das Diretorias Regionais da Findes
C
onsiderando que uma das prioridades do Sistema Findes é colaborar para a interiorização do desenvolvimento econômico capixaba, a Findes instituiu oito Diretorias Regionais, distribuindo os municípios sob a lógica do desenvolvimento econômico (por esse motivo não são as mesmas microrregiões administrativas do
Estado), cujas sedes estão localizadas em locais estratégicos para o setor industrial: Anchieta, Aracruz, Cachoeiro de Itapemirim, Colatina, Linhares, Nova Venécia, São Mateus e Venda Nova do Imigrante (ver figura 1). Essas Regionais oferecem toda a estrutura para atender aos sindicatos do setor produtivo e suas principais demandas. Além delas,
Diretorias Regionais da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo
| Figura 1
RMGV - Região Metropolitana da Grande Vitória, com exceção de Fundão e Guarapari Diretoria de Linhares Diretoria de Colatina Diretoria de Aracruz Diretoria de Anchieta Diretoria de Cachoeiro de Itapemirim Diretoria de Venda Nova do Imigrante Diretoria de São Mateus Diretoria de Nova Venécia
Fonte: Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo - Ideies Elaboração: Ideies / MKT Findes
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Geral.indb 173
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ranking | análise ideies
a Região Metropolitana da Grande Vitória (incluindo Santa Leopoldina e excluindo Guarapari e Fundão) atende às demandas, à representação e à defesa de interesses de todas as indústrias do Estado do Espírito Santo. Neste estudo, as listadas no ranking das “200 Maiores Empresas”, inicialmente, foram distribuídas por município do Espírito Santo, conforme sua localização, e posteriormente, pela Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV) e pelas Diretorias Regionais da Findes (DRFs), com o objetivo de conhecer o desempenho de cada região, a partir da receita operacional bruta e do número de empresas na sua área de atuação. A atuação de cada Diretoria Regional do Sistema Findes abrange os seguintes municípios: • Região Metropolitana da Grande Vitória: Cariacica, Santa Leopoldina, Serra, Viana, Vila Velha e Vitória. • Diretoria Regional da Findes em Anchieta: Alfredo Chaves, Anchieta, Guarapari, Iconha e Piúma. • Diretoria Regional da Findes em Aracruz: Aracruz, Fundão, Ibiraçu, João Neiva e Santa Teresa. • Diretoria Regional da Findes em Cachoeiro de Itapemirim: Alegre, Apiacá, Atílio
174
Geral.indb 174
Vivácqua, Bom Jesus do Norte, Cachoeiro de Itapemirim, Castelo, Divino de São Lourenço, Dores do Rio Preto, Guaçuí, Itapemirim, Jerônimo Monteiro, Marataízes, Mimoso do Sul, Muqui, Presidente Kennedy, Rio Novo do Sul, São José do Calçado e Vargem Alta. • Diretoria Regional da Findes em Colatina: Águia Branca, Alto Rio Novo, Baixo Guandu, Colatina, Governador Lindenberg, Itaguaçu, Itarana, Mantenópolis, Marilândia, Pancas, São Domingos do Norte, São Gabriel da Palha, São Roque do Canaã e Vila Valério. • Diretoria Regional da Findes em Linhares: Linhares, Rio Bananal e Sooretama. • Diretoria Regional da Findes em Nova Venécia: Água Doce do Norte, Barra de São Francisco, Boa Esperança, Ecoporanga, Nova Venécia e Vila Pavão. • Diretoria Regional da Findes em São Mateus: Conceição da Barra, Jaguaré, Montanha, Mucurici, Pedro Canário, Pinheiros, Ponto Belo e São Mateus. • Diretoria Regional da Findes em Venda Nova do Imigrante: Afonso Cláudio, Brejetuba, Conceição do Castelo, Domingos Martins, Ibatiba, Ibitirama, Irupi, Iúna, Laranja da Terra, Marechal Floriano, Muniz Freire, Santa Maria de Jetibá e Venda Nova do Imigrante.
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Distribuição das 200 Maiores Empresas segundo Diretorias Regionais da Findes e municípios DIRETORIAS REGIONAIS DA FINDES E MUNICÍPIOS
Geral Nº empresas
RMGV
1
149
Indústria ROB*
Comércio
Nº empresas
ROB*
Nº empresas
R$ 85.095.386
33
R$ 50.788.542
40
| Tabela
Serviço ROB*
Nº empresas
ROB*
R$ 10.771.802
76
R$ 23.535.043
Cariacica
18
R$ 3.010.946
4
R$ 393.481
7
R$ 1.970.357
7
R$ 647.107
Serra
46
R$ 9.139.005
16
R$ 6.082.542
10
R$ 2.043.477
20
R$ 1.012.986
Viana
8
R$ 6.358.023
5
R$ 5.740.460
3
R$ 617.562
-
-
Vila Velha
13
R$ 5.040.680
3
R$ 3.133.742
4
R$ 1.209.144
6
R$ 697.794
Vitória
64
R$ 61.546.733
5
R$ 35.438.316
16
R$ 4.931.261
43
R$ 21.177.156
DRF2 em Anchieta
4
R$ 7.465.124
2
R$ 7.306.502
1
R$ 132.907
1
R$ 25.715
Alfredo Chaves
1
R$ 25.715
-
-
-
-
1
R$ 25.715
Anchieta
2
R$ 7.306.502
2
R$ 7.306.502
-
-
-
-
Guarapari
1
R$ 132.907
-
-
1
R$ 132.907
-
-
DRF em Aracruz
5
R$ 3.971.959
1
R$ 3.527.231
-
-
4
R$ 444.728
Aracruz
5
R$ 3.971.959
1
R$ 3.527.231
-
-
4
R$ 444.728
DRF em Cachoeiro de Itapemirim
9
R$ 925.463
6
R$ 654.551
-
-
3
R$ 270.912
Atilio Vivácqua
1
R$ 101.257
1
R$ 101.257
-
-
-
-
Cachoeiro de Itapemirim
7
R$ 714.099
4
R$ 443.187
-
-
3
R$ 270.912
Itapemirim
1
R$ 110.107
1
R$ 110.107
-
-
-
-
DRF em Colatina
13
R$ 2.458.989
3
R$ 823.758
4
R$ 959.028
6
R$ 676.203
Colatina
11
R$ 2.128.522
3
R$ 823.758
3
R$ 699.203
5
R$ 605.562
São Gabriel da Palha
2
R$ 330.466
-
-
1
R$ 259.826
1
R$ 70.641
DRF em Linhares
13
R$ 2.426.586
9
R$ 1.643.219
2
R$ 627.956
2
R$ 155.411
Linhares
13
R$ 2.426.586
9
R$ 1.643.219
2
R$ 627.956
2
R$ 155.411
DRF em Nova Venécia
1
R$ 128.260
1
R$ 128.260
-
-
-
-
Nova Venécia
1
R$ 128.260
1
R$ 128.260
-
-
-
-
DRF em São Mateus
2
R$ 219.122
2
R$ 219.122
-
-
-
-
Conceição da Barra
1
R$ 108.488
1
R$ 108.488
-
-
-
-
Montanha
1
R$ 110.634
1
R$ 110.634
-
-
-
-
DRF em Venda Nova do Imigrante
4
R$ 398.396
-
-
2
R$ 264.840
2
R$ 133.556
Santa Maria de Jetibá
2
R$ 291.052
-
-
1
R$ 237.294
1
R$ 53.758
Venda Nova do Imigrante
2
R$ 107.344
-
-
1
R$ 27.546
1
R$ 79.798
Total Geral
200
R$ 103.089.285
57
R$ 65.091.184
49
R$ 12.756.533
94
R$ 25.241.568
Fonte: Revista 200 Maiores Empresas no ES – Edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes *Receita Operacional Bruta em R$ milhares 1 Região Metropolitana da Grande Vitória 2 Diretoria Regional da Findes
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
Geral.indb 175
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ranking | análise ideies De acordo com a tabela 1, a Grande Vitória é a regional da Findes que concentra o número de empresas com a maior receita operacional bruta total entre as 200 Maiores (R$ 85 bilhões), corresponde a 82,5%. Também é a Regional que possui o maior número de empresas (149), ou seja, 74,5%. Vitória é o destaque principal nessa área: a ROB das empresas localizadas no município (64) soma R$ 61,5 bilhões. Em contrapartida, os números apurados nesta edição apresentam que a interiorização do desenvolvimento aumentou, visto que o número de empresas concentradas na RMGV reduziu em relação ao ano anterior. Em 2012, eram 153 empresas significando uma redução em 2,7%. Em seguida, destaca-se a Diretoria Regional da Findes em Anchieta: as quatro empresas (2%) no município possuem uma ROB de R$ 7,4 bilhões, ou 7,2% da receita total. Vale destacar ainda o desempenho das Regionais da Findes em Aracruz, Colatina e Linhares, respectivamente, com receitas de R$ 3,9 bilhões, R$ 2,4 bilhões e R$ 2,4 bilhões, e com cinco, 13 e 13 empresas. Na avaliação por setor econômico, as 57 empresas industriais do ranking representam 63,1% da receita operacional bruta. As 94 prestadoras de serviço se destacam em seguida com 24,5% da ROB e por fim as 49 empresas comerciais, com 12,4% (ver gráfico 1). Os resultados da ROB total apresentado na revista 200 Maiores Edição de 2013 (com dados de 2012) evidenciam que as indústrias tiveram
Número de empresas e participação na ROB total (%), por setor Indústria
Comércio
| Gráfico 1
Evolução da participação por setor na ROB 2012 x 2013 Indústria
Comércio
1 empresa 5,4% da ROB
| Gráfico 2
Serviço 63,1%
50%
30,1% 24,5% 19,9% 12,4% ROB 2012
ROB 2013
Fonte: Revista 200 Maiores Empresas no ES – Edição 2013 e 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes
Indústria Das 200 Maiores Empresas no Espírito Santo, o gráfico 3 mostra como as 57 empresas industriais estão distribuídas. Na Região Metropolitana da Grande Vitória estão localizadas 33 organizações, com receita operacional bruta de R$ 50,7 bilhões. Já a Diretoria Regional de Anchieta registra apenas duas empresas, representando 11,2% da ROB total dos negócios industriais (R$ 7,3 bilhões). Merecem destaque, também, as empresas localizadas na área de abrangência da Diretoria de Aracruz e Linhares: ROB de R$ 3,5 bilhões e R$ 1,6 bilhão respectivamente.
Número de empresas industriais e participação na ROB total (%), por Diretoria Regional da Findes 6 empresas 1% da ROB
Serviço
crescimento na sua participação, para 13,1 pontos percentuais em 2013 (ver gráfico 2).
3 empresas 2 empresas 1,3% da ROB 0,3% da ROB 9 empresas 2,5% da ROB 1 empresa 0,2% da ROB
94 empresas 24,5% da ROB
| Gráfico 3
RMGV DRF2 em Anchieta DRF em Aracruz DRF em Cachoeiro de Itapemirim
2 empresas 11,2% da ROB
DRF em Colatina DRF em Linhares
49 empresas 12,4% da ROB
Fonte: Revista 200 Maiores Empresas no ES – Edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes
176
Geral.indb 176
DRF em Nova Venécia 57 empresas 63,1% da ROB
33 empresas 78% da ROB
DRF em São Mateus
Fonte: Revista 200 Maiores Empresas no ES – Edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Comércio
Serviço
No setor do comércio, as 40 empresas na área de abrangência da Região Metropolitana da Grande Vitória representam 84,4% da ROB total deste setor (R$ 10,7 bilhões). Destacam-se, também, a Diretoria Regional de Colatina – suas quatro empresas representam 7,5% da ROB total (R$ 959 milhões) – e a Regional de Linhares – suas duas empresas alcançam 4,9% da ROB total deste setor (R$ 627 milhões) (ver gráfico 4).
As prestadoras de serviço também apresentam maior peso na Região Metropolitana, sendo 76 empresas representando 93,2% da ROB total deste setor (R$ 23,5 bilhões) conforme o ranking da revista 200 Maiores Empresas no Espírito Santo (ver gráfico 5).
Número de empresas comerciais e participação na ROB total (%), por Diretoria Regional da Findes 2 empresas 4,9% da ROB 4 empresas 7,5% da ROB
| Gráfico 4
RMGV
2 empresas 2,1% da ROB
DRF2 em Anchieta
6 empresas 3 empresas 2,7% da ROB 2 empresas 0,6% da ROB 1,1% da ROB 4 empresas 1,8% da ROB
| Gráfico 5
RMGV DRF2 em Anchieta
2 empresas 0,5% da ROB
DRF em Aracruz
1 empresa 0,1% da ROB
DRF em Linhares
DRF em Cachoeiro de Itapemirim DRF em Colatina
DRF em Venda Nova do Imigrante
DRF em Linhares
DRF em Colatina
1 empresa 1% da ROB
Número de empresas prestadoras de serviço e participação na ROB total (%), por Diretoria Regional da Findes
DRF em Venda Nova do Imigrante 40 empresas 84,4% da ROB
Fonte: Revista 200 Maiores Empresas no ES – Edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
Geral.indb 177
76 empresas 93,2% da ROB Fonte: Revista 200 Maiores Empresas no ES – Edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes
177
04/11/2014 14:49:01
ranking | análise ideies
Empregos das 200 Maiores Empresas em relação aos empregos do Espírito Santo
A
s 200 Maiores Empresas no Espírito Santo empregaram 11% do total de trabalhadores do Estado em 2013, conforme levantamentos realizados com base na Rais/MTE de 2013 e na pesquisa “200 Maiores Empresas no Espírito Santo em 2013 – edição 2014” (ver gráfico 6). No ano anterior a participação foi de 10%, considerando a Rais de 2012.
Participação do número de empregados das 200 Maiores Empresas no total de empregados da economia capixaba
Participação do número de empregados das 200 Maiores Empresas no total de empregados da economia capixaba segundo setores
| Gráfico 7
8,4%
| Gráfico 6 22,3% 6,7%
200 Maiores Empresas 11% Empresas Industriais
Empresas Comerciais
Empresas de Serviço Fonte: Revista 200 Maiores Empresas no ES em 2013 - edição 2014 e Rais 2013/MTE Elaboração: Ideies/Sistema Findes
Demais empresas 89% Fonte: Revista 200 Maiores Empresas no ES em 2013 - edição 2014 e Rais 2013/MTE Elaboração: Ideies/Sistema Findes
A comparação da soma de empregos gerados pelas 200 Maiores Empresas em 2013 com o do total de empregos do Espírito Santo (Rais/MTE 2013) por setor, mostrou que as empresas industriais do ranking abrangeram 22,3%
178
Geral.indb 178
do total de empregos da indústria capixaba. Os postos de trabalho ofertados pelas empresas comerciais classificadas no estudo representaram 6,7% do total desse setor no Estado, enquanto as empresas do setor serviço contribuíram com 8,4% dos empregos desse setor no Espírito Santo (ver gráfico 7). Na edição do ano anterior, considerando o ranking das 200 Maiores Empresas de 2012 e a Rais de 2012, as participações foram: indústria (17,7%), comércio (6,2%) e serviços (8,3%).
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Um panorama setorial das 20 maiores em relação às 200 Maiores no Espírito Santo
O
estudo “200 Maiores Empresas no Espírito Santo” possibilita vários tipos de análises, sendo esta com o objetivo de evidenciar a participação das 20 maiores empresas do ranking no total das 200 Maiores no Espírito Santo em 2013 e, a participação das 20 maiores dos setores industrial, comercial e de serviço, sob a ótica da receita operacional bruta e do pessoal empregado, que são extremamente relevantes para a avaliação do cenário econômico.
Quantidade e participação (%) das empresas por setor no Ranking das 200 Maiores Empresas no ES e das 20 Maiores Empresas 200 Maiores Empresas SETOR
QUANT. DE EMPRESAS
Indústria
| Tabela 2
PARTICIPAÇÃO (%)
PARTICIPAÇÃO (%)
PARTICIPAÇÃO NA rob (%)
57
28,5
8
40,0
72,6
Comércio
49
24,5
3
15,0
4,6
Serviço
94
47,0
9
45,0
22,8
Total
200
100,0
20
100,0
100,0
Fonte: Revista 200 Maiores Empresas no ES – Edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes
20 Maiores Empresas do Ranking Geral Receita Operacional Bruta Na análise das 20 maiores empresas do ranking das 200 Maiores Empresas no Espírito Santo, constatou-se que somente elas abarcaram a parcela significativa de 75,9% do total da receita operacional bruta, percentual maior que o de 2012 (69,5%), ficando as outras 180 com os 24,1% restantes (ver gráfico 8). Essas empresas estão divididas entre os setores industrial (oito empresas), comercial (três) e de serviços (nove). A maioria da receita bruta pertenceu às companhias do setor industrial (72,6%), que em quantidade de estabelecimentos alcançou 40% das 20 maiores em 2013. O setor de serviços participou com 22,8% do total da receita bruta das 20 maiores empresas no Estado, apesar de ter contado com mais empresas (nove ou 45% das 20 maiores). Já o setor comercial abrangeu 15% das 20 maiores empresas (três) e participou com apenas 4,6% da receita bruta dessas 20 maiores (ver tabela 2).
Geral.indb 179
Participação da ROB das 20 maiores empresas no total da ROB das 200 Maiores Empresas no ES
| Gráfico 8
Demais Empresas 24,1%
20 MAIORES DO RANKING GERAL QUANT. DE EMPRESAS
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
Pessoal Empregado Embora as 20 primeiras empresas do ranking das 200 Maiores tenham concentrado a maioria da receita bruta total em 2013,
20 Maiores Empresas 75,9% Fonte: Revista 200 Maiores Empresas no ES - edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes
Participação do número de empregados das 18 maiores empresas no total de empregados das 200 Maiores Empresas no ES
| Gráfico 9
18 Maiores Empresas 30,9%
Demais Empresas 69,1% Fonte: Revista 200 Maiores Empresas no ES - edição 2014 - Elaboração: Ideies/Sistema Findes *Considerando que 2 das 20 maiores empresas e 22 das 200 maiores não divulgaram essa informação
179
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ranking | análise ideies o mesmo não ocorreu em relação aos empregos, pois o total de postos de trabalho ofertados pelos 18 estabelecimentos que forneceram essa informação correspondeu a 30,9% das vagas do ranking geral (ver gráfico 9). Considerando que 178 empresas do ranking comunicaram o dado de pessoal empregado, significa que as demais empresas classificadas (160) ofertaram os 69,1% dos empregos apurados nas 200 Maiores Empresas. Em 2012, a participação das 18 maiores empresas (duas também não forneceram a informação) no total de empregos do ranking foi inferior a de 2013 (28,9%).
empresas industriais compuseram um percentual menor da receita das 200 Maiores (46,8%). Mas no ranking geral, o setor industrial contribuiu em 2012 com um maior número de estabelecimentos (59).
Participação da receita operacional bruta (ROB) das 20 maiores empresas industriais no total da ROB das 200 Maiores Empresas no ES
| Gráfico 11
Demais Empresas 39,7%
20 Maiores Empresas no Espírito Santo Indústria Receita Operacional Bruta As 20 maiores empresas industriais totalizaram 95,5% da receita operacional bruta (ROB) das 57 contempladas nas 200 Maiores Empresas no Espírito Santo em 2013, o que indica que as companhias industriais contantes do estudo (37) perfizeram apenas 4,5% (ver gráfico 10). Em relação à ROB total das 200 Maiores Empresas no Espírito Santo, a participação das 20 maiores empresas industriais equivaleu a 60,3%, deixando os 39,7% restantes para serem distribuídos entre comércio, serviço e as demais indústrias classificadas entre as 200 Maiores Empresas (ver gráfico 11). No ano anterior, as 20 maiores
Participação da receita operacional bruta (ROB) das 20 maiores empresas industriais no total da ROB das empresas industriais contempladas nas 200 Maiores Empresas no ES
| Gráfico 10
20 Maiores Empresas Industriais 60,3% Fonte: Revista 200 Maiores Empresas no ES - edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes
Pessoal Empregado Quanto ao total de empregos das 20 maiores empresas industriais, observou-se que 18 delas forneceram essa informação e que das 57 indústrias contempladas no ranking das 200 Maiores, 50 informaram a quantidade de pessoal empregado.
Participação do número de empregados das 18* maiores empresas industriais no total de empregados das empresas industriais contempladas nas 200 Maiores Empresas no ES
| Gráfico 12
Demais Empresas Industriais 22,6%
Demais Empresas Industriais 4,5%
20 Maiores Empresas Industriais 95,5% Fonte: Revista 200 Maiores Empresas no ES - edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes
180
Geral.indb 180
18 Maiores Empresas Industriais 77,4% Fonte: Revista 200 Maiores Empresas no ES - edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes *Considerando que 2 dentre as 20 maiores indústrias e 7 entre as 57 indústrias do ranking não divulgaram essa informação.
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Dessa forma, a participação das 18 maiores empresas industriais em relação ao total de empregados das 50 empresas industriais do ranking foi de 77,4% em 2013, o que significa que as demais empresas industriais (32) perfizeram 22,6% de participação (ver gráfico 12). A participação das 18 maiores empresas industriais no total de empregos do ranking das 200 Maiores no Espírito Santo foi de 33,3%. A maioria dos empregos, 66,7%, foi absorvida pelos setores de comércio e serviço e pelas demais empresas industriais classificadas entre as 178 maiores que forneceram essa informação, conforme se observa no gráfico 13. A participação dessas 18 empresas em 2013 foi superior à participação das 18 empresas do ano de 2012 (27,9%).
Participação do número de empregados das 18* maiores empresas industriais no total de empregados das 200 Maiores Empresas no ES Demais Empresas 66,7%
Participação da Receita Operacional Bruta (ROB) das 20 maiores empresas comerciais no total da ROB das empresas comerciais contempladas nas 200 Maiores Empresas no ES Demais Empresas de Comércio 16,0%
20 Maiores Empresas Industriais 95,5% 20 Maiores Empresas de Comércio 84,0% Fonte: Revista 200 Maiores Empresas no ES - edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes
| Gráfico 13
18 Maiores Empresas Industriais 33,3%
Participação da Receita Operacional Bruta (ROB) das 20 maiores empresas comerciais no total das 200 Maiores Empresas no ES
20 Maiores Empresas Industriais 95,5%
Fonte: Revista 200 Maiores Empresas no ES - edição 2014 - Elaboração: Ideies/Sistema Findes *Considerando que 2 dentre as 20 maiores indústrias e 22 empresas do ranking geral não divulgaram essa informação
Comércio Receita Operacional Bruta As 20 maiores empresas do setor comercial participaram com 84,0% da receita operacional bruta das 49 empresas comerciais contempladas nas 200 Maiores, o que indica que as restantes (29) totalizaram uma participação de 16,0% (ver gráfico 14). No tocante à receita das 200 Maiores no Espírito Santo, as 20 maiores do setor comercial participaram com 10,4%, ficando a maioria da receita (89,6%) distribuída entre indústria e serviço e pelas demais empresas do setor comercial classificadas entre as 200 Maiores Empresas (ver gráfico 15). Assim, a participação das 20 maiores empresas
Geral.indb 181
| Gráfico 15
20 Maiores Empresas Comerciais 10,4%
20 Maiores Empresas Industriais 95,5%
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
| Gráfico 14
Demais Empresas 89,6% Fonte: Revista 200 Maiores Empresas no ES - edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes
comerciais na receita total de 2013 foi inferior à das 20 maiores empresas comerciais contempladas no ranking do ano anterior (17,1%). Já o total de empresas comerciais no ranking das 200 Maiores em 2012 foi superior (54 empresas). Pessoal Empregado Na análise das 20 maiores empresas do setor comercial, 19 forneceram dado de pessoal empregado e do total de 49 empresas comerciais contidas no ranking das 200 Maiores, essa informação
181
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ranking | análise ideies Participação do número de empregados das 19* maiores empresas comerciais no total de empregados das empresas comerciais contempladas nas 200 Maiores Empresas no ES
ano não foi muito diferente de 2012, quando as 19 empresas participaram com 7,5% dos empregos do ranking geral. | Gráfico 16
Serviço Receita Operacional Bruta A participação das 20 maiores empresas de serviço no total da receita operacional bruta das empresas do setor serviço contempladas nas 200 Maiores em 2013 foi de 80,1%. Considerando que este setor foi contemplado com 94 empresas no estudo, as outras 74 empresas de serviços participaram com apenas 19,9% (ver gráfico 18).
Demais Empresas Comerciais 34,1%
20 Maiores Empresas Industriais 95,5% 19 Maiores Empresas Comerciais 65,9% Fonte: Revista 200 Maiores Empresas no ES - edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes *Considerando que 1 das 20 maiores empresas comerciais e 5 das 49 empresas comerciais do ranking não divulgaram essa informação
foi cedida por 44 empresas. Assim, a participação das 19 no total de empregos das 44 foi de 65,9%. Isso significa que as demais empresas do setor que cederam essa informação (25) totalizaram 34,1% dos empregos do setor (ver gráfico 16). Essas 19 empresas participaram ainda com 7,6% do total de empregos do ranking das 200 Maiores. A grande maioria dos empregos, 92,4%, foi absorvida pelos setores industrial e de serviço e pelo restante das empresas do setor comercial classificadas entre as 178 maiores empresas que forneceram essa informação (ver gráfico 17). O percentual de participação este
Participação do número de empregados das 19* maiores empresas comerciais no total de empregados das 200 Maiores Empresas no ES
| Gráfico 17
19 Maiores Empresas Comerciais 7,6% 20 Maiores Empresas Industriais 95,5% Demais Empresas 92,4% Fonte: Revista 200 Maiores Empresas no ES - edição 2014 - Elaboração: Ideies/Sistema Findes *Considerando que 1 das 20 maiores empresas comerciais e 22 do Ranking geral não divulgaram essa informação
182
Geral.indb 182
Participação da Receita Operacional Bruta (ROB) das 20 maiores empresas de serviços no total da ROB das empresas de serviços contempladas nas 200 Maiores Empresas no ES
| Gráfico 18
Demais Empresas de Serviços 19,9%
20 Maiores Empresas Industriais 95,5%
20 Maiores Empresas de Serviços 80,1% Fonte: Revista 200 Maiores Empresas no ES - edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes
Em relação à receita operacional bruta das 200 Maiores em 2013, a participação das 20 maiores do setor serviço foi de 19,6%, ficando 80,4% divididos entre empresas industriais, comerciais e pelas demais empresas de serviços que constam das 200 Maiores Empresas (ver gráfico 19). Em 2012, as 20 maiores do setor serviços tiveram uma maior participação na receita total das 200 Maiores (24,6%). Entretanto, contaram no ranking geral com um menor número de empresas (87). Pessoal Empregado Das 20 maiores empresas do setor serviços, 17 forneceram o total de postos de trabalho. Considerando que das empresas do setor serviços classificadas no ranking das 200 Maiores, 84 informaram anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
04/11/2014 14:49:03
Participação do número de empregados das 17* maiores empresas de serviços no total de empregados das empresas de serviços contempladas nas 200 Maiores Empresas no ES
| Gráfico 20
17 Maiores Empresas de Serviços 32,5%
Participação da Receita Operacional Bruta (ROB) das 20 maiores empresas de serviços no total da ROB das 200 Maiores Empresas no ES
| Gráfico 19
20 Maiores Empresas de Serviços 19,6%
20 Maiores Empresas Industriais 95,5%
Demais Empresas 80,4% Fonte: Revista 200 Maiores Empresas no ES - edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes
esse dado, a participação dos empregos dessas 17 maiores empresas foi de 32,5% desse total. Assim, todas as demais empresas que informaram o dado (67) participaram com 67,5% (ver gráfico 20). Essas 17 empresas participaram ainda com 14,7% do total de empregos das 178 maiores empresas no Espírito Santo que forneceram essa informação. Os 85,3% dos empregos do ranking de 2013 ficaram distribuídos entre os setores industrial e comercial, além do restante das empresas de serviços (ver gráfico 21). O percentual de 2013 ficou próximo ao de 2012, quando as 16 empresas das 20 maiores que cederam esse dado, participaram com 15,2% no ranking geral.
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
Geral.indb 183
Demais Empresas de Serviços 67,5% Fonte: Revista 200 Maiores Empresas no ES - edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes *Considerando que 3 das 20 maiores empresas de serviços e 10 das 94 de serviços do ranking não divulgaram essa informação
Participação do número de empregados das 17* maiores empresas de serviços no total de empregados das 200 Maiores Empresas no ES
| Gráfico 21
17 Maiores Empresas de Serviços 14,7%
Demais Empresas 85,3% Fonte: Revista 200 Maiores Empresas no ES - edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes *Considerando que 3 das 20 maiores empresas de serviços e 22 do ranking geral não divulgaram essa informação
183
04/11/2014 14:49:03
ranking | análise ideies
Pesquisa de Clima
A
revista das 200 Maiores Empresas no Espírito Santo, considerada uma importante publicação de avaliação da economia capixaba, tem proporcionado dados e informações valiosas acerca das empresas e dos grupos empresariais instalados no Estado. O Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies) analisa pelo segundo ano consecutivo os resultados da pesquisa de clima realizada com as 200 Maiores, obtendo respostas de 150 empresas nesta edição. O objetivo é avaliar o potencial de crescimento do Espírito Santo e o clima de negócios na percepção dos empresários capixabas em relação à economia em diversos aspectos, sendo alguns deles comparados aos resultados apresentados na pesquisa realizada nos anos anteriores. É importante ressaltar que foram adotados os seguintes critérios para análise das notas atribuídas pelas empresas respondentes (de 0 a 10):
Localização geográfica avaliação em 2014
41,3%
25,3% 20,7% 8,7% 0,0% 0,7% 0,0% 0a3 4 5
Para melhor compreender a percepção das empresas com relação ao Espírito Santo apresenta-se a seguir a avaliação do potencial do Estado realizada pelos empresários das 200 Maiores – edição 2014. Os gráficos 1 e 2 mostram a opinião das empresas no que se refere à localização geográfica do 184
Geral.indb 184
3,3% 6
7
8
9
10
Fonte: Pesquisa de Clima/Revista 200 Maiores Empresas no ES – edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes
Evolução da avaliação com nota 10 para localização geográfica 2012 a 2014
| Gráfico 2
41,3%
• Notas baixas: 0 a 4 pontos • Notas médias: 5 a 7 pontos • Notas altas: 8 a 10 pontos
Avaliação do potencial do Espírito Santo e perspectivas para a economia capixaba
| Gráfico 1
37,8% 35,7%
2012
2013
2014
Fonte: Pesquisa de Clima/Revista 200 Maiores Empresas no ES – edições 2012 a 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes
Estado, onde 41,3% delas avaliaram com nota máxima (10) esse quesito, em 2014, representando um aumento de 5,6 pontos percentuais em relação aos últimos dois anos. anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
04/11/2014 14:49:04
O gráfico 3 demonstra a percepção geral das empresas com relação à infraestrutura logística do Espírito Santo. As notas medianas destacaram-se em relação às demais (60,7% das empresas classificaram com notas 5, 6 e 7). Apesar de o resultado de 2014 não ter se destacado com notas altas (8, 9 e 10), o gráfico 4 apresenta dados positivos quando comparado com as avaliações realizadas em 2012 e 2013, significando uma redução em 10,7 pontos percentuais em 2014 nas avaliações de média classificação.
Infraestrutura logística avaliação em 2014
| Gráfico 3
A infraestrutura logística, quando detalhada em portos, rodovias e aeroportos, obteve os resultados indicados no gráfico 5. As avaliações do quesito “Aeroporto “destacaram-se por um percentual expressivo de empresas que o classificou com baixa qualidade (58,0%). “Portos” e “Rodovias” obtiveram maior percentual na avaliação de média qualidade (50,7% e 46,7% das empresas). Os gráficos 6, 7 e 8 apresentam a evolução das avaliações dos empresários no que diz respeito à infraestrutura logística nos anos de
Portos - evolução das avaliações 2012 a 2014 Baixo
60,7% 50% 28% 11,3%
18%
Baixa
Média
Alta
Infraestrutura Logística: evolução da avaliação de média classificação 2012 a 2014
| Gráfico 4
2014
Fonte: Pesquisa de Clima/Revista 200 Maiores Empresas no ES – edições 2012 a 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes
50,7% 34% Portos
Médio
| Gráfico 5
Alto
7,3%
6,0%
46,7%
36%
46%
58%
Médio
15% 2014
| Gráfico 7
Alto 47%
62%
46%
42%
33%
3%
3%
7%
2012
2013
2014
Aeroporto - evolução das avaliações 2012 a 2014 Baixo
Médio
67% 70% 29%
Rodovia
Aeroporto
Fonte: Pesquisa de Clima/Revista 200 Maiores Empresas no ES edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
Geral.indb 185
34%
Fonte: Pesquisa de Clima/Revista 200 Maiores Empresas no ES – edições 2012 a 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes
Infraestrutura logística avaliação em 2014 Baixo
36%
Rodovias - evolução das avaliações 2012 a 2014 Baixo
60,7%
2013
51%
2013
55%
2012
51%
12%
2012
71,4% 60,9%
Alto
Fonte: Pesquisa de Clima/Revista 200 Maiores Empresas no ES – edições 2012 a 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes
Fonte: Pesquisa de Clima/Revista 200 Maiores Empresas no ES – edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes
15,3%
32%
Médio
| Gráfico 6
| Gráfico 8
Alto 58%
24%
36%
4%
6%
6%
2012
2013
2014
Fonte: Pesquisa de Clima/Revista 200 Maiores Empresas no ES – edições 2012 a 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes
Redução em pontos percentuais na classificação da infraestrutura logística com notas médias (5, 6 e 7) de 2012 para 2014 (Gráfico 4)
10,7 185
04/11/2014 14:49:04
ranking | análise ideies
2012 a 2014. As avaliações dos “Portos” mantiveram a mesma média nos três anos. Já as “Rodovias” apresentaram em 2014 uma inversão das classificações de baixa e média qualidade, quando as avaliações médias ficaram superiores as avaliações baixas (47% dos empresários classificaram os portos em média qualidade). Por fim, “Aeroporto” obteve uma redução na avaliação de baixa qualidade passando de 70% em 2013 para 58% em 2014. A qualificação da mão de obra destacou-se novamente nas avaliações de média qualidade, conforme representado no gráfico 9 (71% das empresas classificam a mão obra capixaba como
Qualificação da mão de obra avaliação de 2014 Baixo
Médio
| Gráfico 9
Alto
15%
14%
71% 186
Geral.indb 186
| Gráfico 10
18% 16% 14% 2012
2013
2014
Fonte: Pesquisa de Clima/Revista 200 Maiores Empresas no ES – edições 2012 a 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes
na avaliação da mão de obra de alta qualidade do Espírito Santo de 2012 a 2014). Quanto às políticas de incentivos fiscais para contribuir com o desenvolvimento capixaba, 48% das empresas respondentes avaliaram com nota média as atuais políticas existentes (ver gráfico 11). Entretanto, ao analisar as melhorias nas políticas de incentivos fiscais
Política de incentivos fiscais avaliação de 2014 71%
Fonte: Pesquisa de Clima/Revista 200 Maiores Empresas no ES – edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes
Avaliaram a mão de obra capixaba como de média qualidade (Gráfico 9)
Evolução da avaliação de alta qualidade para mão de obra capixaba 2012 a 2014
de média qualidade, no ano de 2014). Apenas 14% das empresas responderam que a qualificação é de alta qualidade no Espírito Santo, uma situação preocupante já que o gráfico 10 apresenta que, para os empresários, a mão de obra capixaba de alta qualidade do Estado tem reduzido nos últimos dois anos (queda de 4 pontos percentuais
Baixo
Médio
| Gráfico 11
Alto
23%
29%
48%
Fonte: Pesquisa de Clima/Revista 200 Maiores Empresas no ES – edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes
anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
04/11/2014 14:49:05
nos últimos anos, é possível perceber que as mudanças já vêm demonstrando resultados positivos segundo os empresários capixabas, pois houve um aumento na satisfação em 6 pontos percentuais ao observar as notas altas conforme apresentado no gráfico 12.
Comparativo da economia 2013 x 2014 Pioraram muito 2%
| Gráfico 14 Melhoraram muito 1% Melhoraram 19%
Política de Incentivos Fiscais: evolução da avaliação de alta classificação 2012 a 2014
| Gráfico 12
Pioraram 30%
25% 23% 2013
Fonte: Pesquisa de Clima/Revista 200 Maiores Empresas no ES – edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes
2014
Fonte: Pesquisa de Clima/Revista 200 Maiores Empresas no ES – edições 2012 a 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes
Questionadas sobre as condições gerais da economia capixaba, as empresas demonstraram grande otimismo, visto que 90% avaliaram que estão confiantes ou muito confiantes nesse cenário para o próximo ano (45% para cada um dos dois itens (ver gráfico 13).
Pessimista 1%
| Gráfico 13 Muito pessimista 7%
Deve permanecer 2%
Confiante 45%
Expectativas da empresa para 2015
Muito Confiante 45%
O resultado de 2014 em relação ao ano anterior (para 48% das empresas, não se alteraram; para outros 30% pioraram) não desmotivou as empresas capixabas (ver gráfico 14). Quando questionadas sobre as condições gerais em relação à sua empresa, as avaliações demonstraram grande otimismo: 64% avaliaram que estão muito confiantes no crescimento de sua empresa para o próximo ano. Apenas 1% e 3% das empresas estão “pessimistas” e “muito pessimistas”, respectivamente, para o ano de anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
| Gráfico 15 Muito pessimista 3%
Deve permanecer 13%
Confiante 19%
Fonte: Pesquisa de Clima/Revista 200 Maiores Empresas no ES – edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes
Geral.indb 187
2015. Esse otimismo é reflexo do resultado do ano anterior, pois para 48% dos empresários as condições gerais da empresa melhoraram muito (ver gráficos 15 e 16).
Pessimista 1%
Expectativas da economia para 2015
6,0
Não se alteraram 48%
29%
2012
Aumento em pontos percentuais na avaliação com nota alta para política de incentivos fiscais existentes (Gráfico 12)
Muito Confiante 64%
Fonte: Pesquisa de Clima/Revista 200 Maiores Empresas no ES – edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes
Comparativo da empresa 2013 x 2014
| Gráfico 16
Pioraram muito 1%
Pioraram 10%
Melhoraram muito 48% Não se alteraram 34%
Melhoraram 7%
Fonte: Pesquisa de Clima/Revista 200 Maiores Empresas no ES – edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes
Muito confiantes no crescimento da empresa para o próximo ano (Gráfico 15)
64% 187
04/11/2014 14:49:05
ranking | análise ideies
Por fim, ao avaliar o poder político do Espírito Santo em relação ao cenário nacional, a maior parte (53%) apontou que o Estado possui uma baixa influência, conforme apresentado no gráfico 17.
Poder político no cenário nacional avaliação em 2014
| Gráfico 17
7%
39%
53%
Baixo
Médio
Alto
Fonte: Pesquisa de Clima/Revista 200 Maiores Empresas no ES – edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes
Para os empresários capixabas, cada vez mais o Estado tem perdido poder político, já que nos últimos dois anos a avaliação de baixa influência aumentou em 11,0 pontos percentuais (ver gráfico 18).
Poder Político no Cenário Nacional: evolução da avaliação de baixa influência 2012 a 2014 51%
| Gráfico 18
53%
42% 2012
2013
2014
Fonte: Pesquisa de Clima/Revista 200 Maiores Empresas no ES – edições 2012 a 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes
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Conclusão A pesquisa de clima permite ter uma estimativa do ponto de vista dos empresários capixabas em relações às condições gerais da economia do Estado. As empresas puderam observar diversos fatores, como infraestrutura e mão de obra capixaba, explicitando seu grau de satisfação por meio das atribuições de notas entre zero a dez. Os resultados apresentados demonstraram que apesar das condições favoráveis que, o Espírito Santo apresenta devido sua localização geográfica, o Estado tem deixado a desejar com a infraestrutura logística, principalmente no quesito “Aeroporto” que amargou uma avaliação negativa por maior parte dos empresários. Outra avaliação negativa foi em relação à qualidade da mão de obra capixaba, que regrediu nos últimos dois anos, pois os empresários acreditam que a força de trabalho de alta qualidade está escassa no mercado local. Os empresários também apontaram que o Espírito Santo tem baixo poder político, no entanto acreditam que o nível de influência aumentou entre os anos de 2012 a 2014. Por outro lado, as empresas avaliaram que há outros pontos que estão melhorando: a pesquisa comprovou um aumento na satisfação das políticas de incentivos fiscais existentes. Os empresários demonstraram também expectativas positivas para o próximo ano em relação à economia capixaba, visto que 64% das empresas estão muito confiantes para o crescimento do seu negócio em 2015. anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Sistema Findes: comprometimento com a indústria capixaba Ações integradas buscam o desenvolvimento da indústria capixaba e o fortalecimento da economia no Espírito Santo
T
rabalhar pelo desenvolvimento social e econômico no Espírito Santo, representando e defendendo os interesses das cerca de 18 mil indústrias capixabas. Esse é o principal objetivo e a razão de existir do Sistema Findes. A Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes), composta por 31 sindicatos, é a entidade máxima de representação e principal interlocutora do setor produtivo capixaba, que hoje é responsável por 38,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado e pela geração de cerca de 240 mil postos de trabalho.
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Além de fazer a representação institucional, política e estratégica de todos os segmentos industriais capixabas junto aos poderes constituídos e aos setores organizados da sociedade, a entidade é responsável por diversas iniciativas que buscam interiorizar o desenvolvimento e qualificar mão de obra em todo o Estado. As ações da instituição contribuem para o crescimento e a modernização do parque produtivo do Espírito Santo, para a formulação da política industrial do Estado, e ainda fazem a ponte entre os sindicatos filiados e outros campos sociais e empresariais.
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No que diz respeito à defesa dos interesses da indústria, a Federação atua, ainda, nas áreas de infraestrutura, relações de trabalho, legislativa, comércio exterior, inovação tecnológica, meio ambiente, responsabilidade social e micro e pequenas empresas, elaborando e executando também programas de fortalecimento da base sindical e do associativismo. A atual gestão dirige os rumos da organização desde 2011. Nos últimos três anos, concentrou esforços na tarefa de ampliar, manter e aumentar a qualidade da educação regular e profissional que o Sistema Findes oferece ao industriário e à sociedade capixaba em geral. Além disso, promoveu ações que incentivam o associativismo, direcionadas a atrair novos sindicatos filiados. A estratégia implementada objetiva a formação de mão de obra qualificada, a produção de maior valor agregado no Estado, o aumento da competitividade da indústria, a identificação das vocações industriais nas regiões, o crescimento da indústria no interior, o fortalecimento da união e da representatividade dos sindicatos e a participação dos empresários no processo de definição dos investimentos públicos. “Nestes três anos à frente da Federação das Indústrias, trabalhamos a integração dos sindicatos e das entidades empresariais com foco num mesmo objetivo: o desenvolvimento sustentável e a competitividade da indústria capixaba. Também são feitas ações de interiorização em prol de uma indústria diversificada e com maior valor agregado, educação, associativismo, relacionamento institucional e investimentos,
Escola Móvel Para levar às cidades que não possuem unidades do Sesi/Senai uma estrutura capaz de oferecer todo o seu portfólio de cursos e produtos, o Sistema Findes iniciou em 2013 o projeto Escola Móvel. Definida como ambiente de ensino e de prestação de serviços que atua como oficina volante, a escola torna disponíveis diversas opções de formação e capacitação profissional, de acordo com a demanda industrial da região. A unidade é montada com módulos educacionais articuláveis, que formam salas de aula e laboratórios que permanecem ativos em uma localidade até que as formações estejam completadas, sendo depois montada em outro município. Em 2014, somente em Governador Lindenberg, foram mais de 600 matrículas realizadas num período de oito meses. A Escola Móvel formou, no município, 38 turmas em cursos de educação para o trabalho do Sesi, qualificação profissional do Senai e formação gerencial do IEL. Os cursos vão desde mecânicos, costureiros, eletricistas e operadores até formação de líderes.
que têm sido os pilares de nossa gestão”, afirmou o presidente do Sistema Findes, o industrial colatinense Marcos Guerra. Os bons resultados e as metas alcançadas culminaram na reeleição de Guerra para a presidência do Sistema, em 2014, com 100% dos votos válidos. A entidade tem atuado juntos aos poderes públicos e grupos de investidores para diversificar a indústria capixaba e diminuir a dependência em relação às commodities.
As entidades do Sistema Oito entidades que trabalham de forma integrada pelo desenvolvimento da indústria capixaba compõem o Sistema Findes. Juntos,
Nova diretoria do Sistema Findes para o triênio 2014-2017
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a Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes); o Centro da Indústria do Espírito Santo (Cindes); o Serviço Social da Indústria (Sesi-ES); o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-ES); o Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES); o Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies); Instituto Rota Imperial (IRI); e o Condomínio do Edifício Findes (Conef) promovem ações de forma coordenada e articulada, com o objetivo de garantir uma posição de destaque para a indústria do Estado nos níveis político, econômico e social. Cada entidade representa um setor de interesse estratégico do industrial capixaba e oferece serviços diferenciados nas diversas áreas de negócios do Sistema Findes: educação básica e qualificação profissional, difusão tecnológica, desenvolvimento industrial, saúde e segurança do trabalhador, lazer e cultura, além da representação institucional. Atuando pelos interesses da indústria capixaba, o Sistema Findes cumpre, em consequência, a tarefa de impulsionador do desenvolvimento da economia do Estado. Presente no Espírito Santo há 56 anos, a instituição desempenha papel importante na construção de um futuro melhor para as próximas gerações de capixabas.
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Findes pode acompanhar de perto o processo de desenvolvimento econômico dessas regiões. Outro objetivo dessas Diretorias é a integração com os demais segmentos econômicos (comércio e serviços), trazendo os empresários para a discussão e a construção coletiva da economia local, ajudando a distribuir o desenvolvimento sustentável para todo o território capixaba.
Diretorias para Assuntos Específicos O atual presidente, em seu primeiro ano de gestão, criou oito Diretorias para Assuntos Específicos. O objetivo era mapear mais de perto as necessidades das principais áreas temáticas que são foco de especial atenção da entidade: tributos; meio ambiente; micro e pequenas indústrias; desenvolvimento da indústria capixaba; capacitação humana; representação sindical; marketing e comunicação; e inovação. Essa estratégia de gestão, participativa nas decisões e segmentada nas ações, permite avançar em várias frentes, com a finalidade de conferir um novo perfil à indústria capixaba, com maior agregação de valor aos produtos, gestões mais eficientes e empresas mais competitivas, aptas a buscar novas oportunidades e expandir os investimentos.
Atuação regionalizada
Sesi
Com o objetivo de colaborar com a interiorização do desenvolvimento econômico capixaba, uma das prioridades entre as suas ações, o Sistema Findes instituiu as Diretorias e Núcleos Regionais. Além de representarem institucionalmente a Federação no interior do Estado, as Diretorias funcionam como ponto de apoio do industrial nas macrorregiões do Espírito Santo. Encontram-se distribuídas nos municípios de Anchieta, Cachoeiro de Itapemirim, Venda Nova do Imigrante, Aracruz, Colatina, Linhares, São Mateus e Nova Venécia, considerados estratégicos do ponto de vista industrial. Em cada uma das oito Diretorias ou Núcleos Regionais da Findes, os sindicatos dos setores produtivos obtêm toda a estrutura e conforto necessários para suas principais demandas. São espaços para a realização de reuniões e encontros que promovam a atividade industrial de cada região. Por meio delas, o Sistema
Sesi-ES oferece soluções sociais para as indústrias capixabas, seus trabalhadores e dependentes. Suas ações estão focadas em quatro
Agências de Treinamento Municipal Para viabilizar a formação em municípios onde não há unidade fixa do Sesi/Senai/IEL, o Sistema Findes atua por meio das Agências de Treinamento Municipais (ATMs). Desde 2013, foram inauguradas sete unidades: em Ibiraçu; no Sambão do Povo, Vitória; em São Gabriel da Palha; em Guaçuí; em Santa Teresa; em Itaguaçu e em Itarana. Em pouco mais de um ano, o número de matrículas realizadas em cursos de qualificação e aperfeiçoamento profissional supera os 1,1 mil. Esses cursos têm como objetivo formar trabalhadores dotados das competências requeridas pelo mercado e qualificá-los para o exercício de uma ocupação, além de proporcionar a complementação de competências e habilidades daqueles que já estão no mercado.
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áreas de negócios: Educação; Lazer e Cultura; Segurança e Saúde do Trabalho; e Responsabilidade Social Empresarial. A entidade atua por meio de 14 unidades, distribuídas em sete municípios capixabas, localizadas nas regiões de maior concentração de indústrias: Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Linhares, Colatina, Anchieta, São Mateus e Cachoeiro de Itapemirim. Na educação básica, o Sesi-ES oferece desde a educação infantil até o ensino médio articulado com a educação profissional (Ebep), além do Projeto Intensivo para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e da educação de jovens e adultos (EJA). Somente no primeiro semestre de 2014, a Rede Sesi de Ensino do Espírito Santo contabilizou mais de 12,4 mil matrículas. Um dos grandes diferenciais e atrativos da instituição é que, além de seguir as Diretrizes e Parâmetros Curriculares Nacionais nos anos do ensino fundamental, ainda trabalha junto aos alunos princípios como a importância da saúde, da alimentação saudável, da qualidade de vida, da cultura e do exercício da cidadania. Os alunos do Sesi-ES têm à disposição, ainda, atividades especiais, como, por exemplo, os projetos ligados à robótica. Equipes de estudantes participam de torneios regionais, nacionais e
Com projeto inovador, equipe do Sesi de Cachoeiro de Itapemirim participou de torneio nacional de robótica em 2014
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Senai inaugurou este ano em São Mateus um Módulo de Treinamento de Trabalhos em Altura, com uma torre de 13 metros
internacionais, com tecnologias desenvolvidas em sala de aula.
Senai Para superar o desafio da escassez de mão de obra qualificada, o Sistema Findes tem investido em educação, não de forma paliativa, mas permanente. A entidade responsável por capacitar os profissionais de que o setor industrial capixaba necessita é o Senai-ES. A atenção às novas tecnologias, aprimoramento e o aumento da oferta de serviços técnicos e tecnológicos e de educação profissional fizeram com que o Senai-ES se tornasse referência no apoio ao desenvolvimento da indústria do Estado. Somente em 2014, a entidade deve oferecer 156 mil matrículas, em cursos variados. Hoje, são nove unidades operacionais, localizadas em Vitória, Vila Velha, Serra, Cachoeiro de Itapemirim, Colatina, Linhares, São Mateus, Anchieta e Aracruz. Nelas, o Senai-ES atua na capacitação e na qualificação de recursos humanos, na prestação de serviços, na assessoria ao setor produtivo, nos serviços de laboratório e informação tecnológica. A atuação do Senai-ES se estende para além das estruturas físicas: por meio do Programa de Ações Móveis,
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institucional | sistema findes a entidade leva o conhecimento aos locais mais distantes do Estado. As unidades da entidade localizadas na Grande Vitória estão sendo contempladas com investimentos de cerca de R$ 34 milhões, destinados não só para as reformas, mas também para a aquisição de novas máquinas e equipamentos. Esses espaços passarão, ainda, por modernização das salas de aula.
Senai Centromoda No começo de 2014, o Sistema Findes inaugurou o Senai Centromoda Colatina. O complexo, com 775 m2, possui um modelo inovador de minifábrica têxtil que simula o ambiente industrial e onde os alunos poderão aprender como de fato atuarão no ambiente de trabalho real. “O Senai Centromoda é um novo conceito de educação profissional, que desperta o prazer de estar em sala de aula. Precisamos gerar satisfação nos estudantes, formando pessoas criativas e inovadoras. É esse o tipo de profissional que queremos para o Espírito Santo”, ressaltou o presidente Marcos Guerra.
IEL Dar suporte ao desenvolvimento da indústria, contribuindo para a superação de gargalos e a identificação de oportunidades para as empresas. Esse é um dos papéis desempenhados pelo IEL-ES, instituto do Sistema Findes que atua, ainda, para promover soluções em conhecimento, gestão e inovação, contribuindo para a melhoria da competitividade das empresas capixabas. Suas ações têm foco na educação executiva e no aperfeiçoamento da gestão. Promovem o desenvolvimento das competências individuais, realizando cursos abertos e in company de curta duração, cursos gerenciais de média duração, seminários, palestras técnicas e diagnóstico das necessidades de treinamento para as empresas. Somam-se aos serviços oferecidos pelo IEL-ES cursos de pós-graduação e programas de estágios. E, em 2014, um novo serviço foi adicionado ao portfólio da entidade: programas de recrutamento e seleção.
Inaugurado em 2014, Senai Centromoda em Colatina possui 775 m2 e simula ambiente industrial
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Dia DE Associar-se
Ideies O Ideies também apoia o Sistema Findes na defesa de interesses da indústria, desenvolvendo posicionamentos e estudos estratégicos setoriais, com foco em inteligência competitiva, voltados para o fortalecimento do setor industrial capixaba e para a interiorização do desenvolvimento. A entidade é responsável pela elaboração de pesquisas e análises econômicas que tratam do desempenho do setor industrial, levantando dados, identificando problemas enfrentados pela indústria capixaba e apontando soluções.
Centro de Apoio aos Sindicatos O CAS assessora o atendimento às demandas internas e externas dos sindicatos filiados ao Sistema Findes, disponibilizando profissionais das áreas de administração, marketing, eventos, direito, contabilidade, arrecadação e associativismo.
Centro Internacional de Negócios
Instituto Rota Imperial – IRI
O CIN-ES tem como objetivo oferecer serviços de inteligência comercial, atendimento, promoção comercial e capacitação em comércio exterior e negócios internacionais, por meio de ações direcionadas às micro, pequenas e médias indústrias capixabas.
O IRI foi criado para fomentar o desenvolvimento turístico e a economia dos municípios situados no trajeto da Rota Imperial. No Espírito Santo, 14 cidades fazem parte da Rota, que liga Ouro Preto, em Minas Gerais, à capital capixaba, Vitória.
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Criado pela Findes em 2012, o projeto “Dia DE Associar-se” propiciou um crescimento de 10% (3.458) no número de indústrias associadas, somente na comparação com agosto de 2011, período anterior à promoção dos eventos. A proposta é realizar eventos e outras ações em torno do fortalecimento do associativismo industrial em diversos municípios do Estado, sempre com o apoio de outras instituições, como o Governo do Estado, prefeituras, Sebrae-ES e instituições bancárias. O formato do “Dia DE Associar-se” foi eleito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) como exemplo a ser adotado nas demais federações na promoção do associativismo. Em 2014, o projeto passou por uma reformulação, transformando-se no “Dia DE Associar-se Regional”. O foco, agora, será trabalhar temas mais próximos da realidade local dos municípios do interior e apresentar os serviços oferecidos pelo Sistema Findes, além de despertar empresários sobre a importância de se associar e aproximar os associados, viabilizando suas potencialidades econômicas e os desafios enfrentados pelas indústrias de cada região. O evento levará palestras motivacionais e contará com a presença de representantes do Sebrae-ES e dos bancos estaduais, que apresentarão seus serviços e as linhas de crédito disponíveis para o setor produtivo, respectivamente.
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Em maio, foi inaugurado na sede do Sistema Findes o primeiro Impostômetro do Estado, que desde então tem revelado o rápido crescimento da carga tributária
A Rota Imperial Capixaba começa no Palácio Anchieta - Marco Zero - e vai até Iúna, na região do Caparaó. O caminho está demarcado e sinalizado com 385 totens - chamados de marcos. O Sistema Findes é o responsável pela gestão do Instituto Rota Imperial, com o apoio do Ministério do Turismo e em parceria com os governos estaduais do Espírito Santo e de Minas Gerais.
Investimentos de R$ 150 milhões No início de 2014, o Sistema Findes anunciou o maior plano de investimentos de sua história: R$ 150 milhões, dos quais 84% estão voltados para educação e qualificação.
O Sistema Findes vai investir R$ 16,6 milhões em um novo Centro Integrado Sesi/Senai/IEL em Cachoeiro de Itapemirim
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Até 2017, pela primeira vez, os investimentos da entidade deixarão de estar concentrados apenas na Grande Vitória, e serão distribuídos pelo interior do Estado. Os recursos serão aplicados nos municípios de Linhares, Colatina, Anchieta, São Mateus, Aracruz, Nova Venécia, Cachoeiro de Itapemirim, Venda Nova do Imigrante, Vila Velha, Serra, Cariacica e Vitória. O Plano de Investimentos do Sistema Findes tem visão estratégica de futuro e foi realizado de acordo com a demanda de cada região, apontando o tamanho da mão de obra necessária para trabalhar nas localidades e que tipo de profissionais serão requisitados e que hoje não existem em quantidade suficiente para atender à demanda. Ao investir na qualificação dessas pessoas, o Sistema Findes propiciará novas oportunidades de trabalho, já que a prioridade de contratação será para quem morar na região. Para a elaboração do plano, de forma inédita, todas as Diretorias Regionais da Federação foram ouvidas democraticamente. Foi realizado, junto a elas, um levantamento das necessidades de suas áreas junto aos sindicatos e às indústrias locais. Os investimentos podem mudar a face das cidades e o panorama da indústria capixaba, provocando impactos econômicos e sociais positivos ao interior do Espírito Santo. Os recursos serão destinados a ações diversas, com destaque para reforma, modernização tecnológica, ampliação e criação de novas unidades para o Senai, o Sesi e o IEL. anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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economia | agroindústria
Mesmo com a redução na produção de café arábica, o conilon elevou a produção total do Estado em 2014
Ano próspero para o café do Estado Conab estima que o Espírito Santo tenha aumento de 9,86% na produção de café em relação ao ano passado, enquanto a safra nacional deve cair 8,16%
O
ano para a agroindústria do Espírito Santo tem sido de comemoração. A projeção é que 2014 se encerre com números positivos para a produção e exportação. A terceira estimativa de colheita do ano, apresentada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no dia 16 de setembro, aponta que as lavouras capixabas de café, principal produto do agronegócio do Estado, irão produzir 12,8 milhões de sacas – 9,86% a mais do que no ano passado. A confirmação desse desempenho superará a safra 2012 – a maior da história, quando na estadual foram obtidas 12,5 milhões de sacas. Segundo a Conab, do total do Espírito Santo, serão 9,95 milhões de sacas de café
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conilon (77,44% da produção) e 2,89 milhões de sacas de café arábica (22,56%). Comparando com os números de 2013, o resultado do conilon será 21,18% superior, enquanto a do arábica será inferior em 16,82%. “O Espírito Santo se consolida como o grande produtor nacional de conilon, com três de cada quatro sacas produzidas pelo Brasil sendo colhidas pelos cafeicultores capixabas. Quanto ao arábica, que teve seu ano de safra baixa devido à característica cíclica dessa espécie de café das nossas montanhas, deve-se registrar a busca contínua da evolução da qualidade pelos cafeicultores, mesmo num ano em que o clima não favoreceu a obtenção de grandes volumes de cafés especiais, que garantem uma anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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boa remuneração para os produtores”, destaca o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli. Ao todo, o Brasil deve produzir este ano 45,1 milhões de sacas de café. O resultado representa uma redução de 8,16%, ou 4,01 milhões de sacas a menos que as 49,15 milhões da safra 2013. A confirmação será divulgada em dezembro.
Exportações As exportações também vão muito bem. O agronegócio capixaba fechou os primeiros sete meses do ano com uma receita cambial de US$ 1,14 bilhão em produtos exportados. O valor equivale a mais de 1,5 milhão de toneladas comercializadas para o exterior. Comparando com o mesmo período do ano anterior, o valor e o volume embarcados registraram acréscimos de 10% e 6,6%, respectivamente. “Esperamos que a tendência positiva se mantenha, pela tradição de primarmos pelo fortalecimento das relações interinstitucionais com os nossos parceiros, visando à construção de um sentido de unidade; pelo cuidado cada vez maior com profissionalismo e planejamento, com ações voltadas para pontos estratégicos, como a assistência técnica, a logística (envolvendo principalmente os transportes) e a comercialização; e mediante a busca pela integração aos principais blocos de comércio exterior, pela liberdade comercial que deve prevalecer nessas relações, diferentemente de acordos ultrapassados e restritivos, como as obrigações estabelecidas no Bloco do Mercosul, o qual integramos”, destacou o presidente da Federação da Agricultura do Espírito Santo (Faes), Julio Rocha. No entanto, ele acrescentou sua preocupação com 2015, por conta dos desdobramentos que podem resultar das eleições de 2014 no âmbito presidencial que, em sua opinião, dependendo do resultado, podem desestimular o investimento no país. “Podemos sofrer mudanças nesse crescimento ao nos afastarmos da política de câmbio flutuante, de compromisso com a responsabilidade fiscal e com as metas de controle da inflação, pela adoção de medidas econômicas populistas, que estimularam o consumo sem embasamento econômico, levando os consumidores a aumentarem suas dívidas e os municípios a perderem receita, exigindo cada vez mais esforço para nos mantermos competitivos”, afirmou. anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Produção de café do Espírito Santo Discriminação
Safra 2013 (mil sacas)
Safra 2014 (mil sacas) 3ª Estimativa
% variação
Arábica
3.486
2.899
- 16,82
Conilon
8.211
9.950
21,18
Total Geral
11.697
12.849
9,86
Fonte: Conab/Seag
Celulose e café continuam sendo os itens mais importantes do agronegócio capixaba no comércio exterior, pois respondem por quase 90% do total comercializado. Fazem parte da lista também produtos como pimenta-do-reino, chocolates, derivados lácteos, carne bovina, mamão, gengibre, peixes ornamentais e macadâmia, entre outros. De janeiro a julho, as exportações de celulose atingiram US$ 640 milhões, uma alta de 2% em relação ao mesmo período do ano passado. O café, produto agrícola que está presente na maioria das propriedades rurais do Estado, atingiu um montante de US$ 374,6 milhões, incluindo todas as formas de exportação, como grãos verdes, café solúvel e torrado. “Os preços médios internacionais dos cafés continuam em níveis inferiores àqueles praticados no ano passado, mas ampliamos muito o volume exportado, o que foi determinante para um crescimento na geração de divisas da ordem de quase 29% para café verde”, explica o secretário Bergoli. As exportações de pimenta-do-reino foram de US$ 46,3 milhões, uma expansão de quase 73% em relação ao mesmo período de 2013. “Em nenhum outro ano inteiro se exportou um valor tão elevado quanto nesses sete primeiros meses do ano, em que se estabeleceu um recorde histórico de comercialização internacional, o que consolida o condimento na terceira colocação no ranking das exportações do nosso agronegócio”, comemora Enio Bergoli. O volume vendido de gengibre no ano subiu 60%, atingindo 1,6 mil toneladas, gerando uma receita cambial de quase US$ 4 milhões de janeiro a julho de 2014. “O gengibre é um produto típico da agricultura familiar e cerca de 40% da produção capixaba são comercializados no exterior. A fase de preços altos tem resultado
12,849 milhões de sacas. É a estimativa de produção de café no Estado em 2014 199
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Exportações do agronegócio capixaba - janeiro a julho 2014
As exportações de pimenta-do-reino foram de US$ 46,3 milhões, um crescimento de quase 73% em relação ao mesmo período de 2013
em ótima remuneração para os produtores rurais”, enfatiza o secretário.
Agricultura familiar Para fortalecer a agroindústria da celulose, produtores do Estado estão recebendo incentivo para desenvolver o cultivo de eucalipto em suas propriedades. Serão distribuídos 4,4 milhões de mudas e insumos, através de parceria entre a Secretaria de Estado da Agricultura e a empresa Fibria. O objetivo é ampliar a cobertura florestal, desenvolver cultivos para a produção de madeira e/ou recuperar e preservar os recursos naturais, em especial a água, por meio da agricultura familiar. O investimento será de R$ 500 mil da Fibria para a realização de estudos estratégicos, pesquisa, experimentação, eventos, treinamentos e consultorias na área florestal, incluindo projetos para fins econômicos e de recomposição ambiental. A parceria da Fibria contribui com programas do Governo do Espírito Santo (Reflorestar, Campo Sustentável e Florestas Piloto) que estimulam a produção e recomposição vegetal com espécies florestais. A parceria da Fibria com o Executivo capixaba para desenvolvimento da silvicultura já existe desde 1985. De lá para cá, a empresa já repassou ao Estado cerca de 70 milhões de mudas, com o objetivo de estimular o crescimento da silvicultura e ampliar o reflorestamento em imóveis rurais do Estado. Cada produtor pode receber, gratuitamente, até duas mil mudas de eucalipto. Os interessados devem procurar o escritório do Incaper em seus respectivos municípios e manifestar o interesse. O convênio conta com a participação de um 200
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PRODUTO
US$ 1.000
%
Celulose
640.095
56,39
Café e derivados
374.579
33,00
Pimenta-do-reino
46.295
4,08
Chocolates e preparados com cacau
15.840
1,40
Derivados lácteos
15.500
1,37
Carnes e miudezas de bovinos
14.340
1,26
Mamão
12.144
1,07
Gengibre
3.991
0,35
Peixes ornamentais
1.458
0,13
Outros produtos
10.890
0,96
TOTAL
1.135.132
100
Fonte: Alice/MDIC e GIA/Seag
Comitê de Gerenciamento coordenado pela Seag, integrado ainda por Incaper, Idaf, Iema e Fibria. Um estudo viabilizado por recursos dessa parceria identificou que, nos últimos 20 anos, a área degradada foi reduzida em 34%, saindo de 600 mil hectares para 393 mil hectares. Os espaços destruídos ainda correspondem a 17% do total cultivado no Estado.
ES vai produzir “filhotes” de camarão para todo o Brasil Outra novidade do agronegócio capixaba em 2014 é a produção de filhotes de camarão em Governador Lindenberg, no noroeste do Estado. O maior laboratório da espécie foi desenvolvido no município para produzir 1,4 milhão de filhotes por mês. Além de atender prioritariamente aos 12 municípios tradicionais na produção de camarão da água doce em terras capixabas, as pós-larvas também serão comercializadas para carcinicultores de todo o Espírito Santo e dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. Atualmente a produção capixaba gira em torno de 82 toneladas/ano, gerando faturamento de R$ 2,5 milhões. O Espírito Santo é o maior produtor de camarão de água doce do Brasil, e os principais cultivos estão instalados nos municípios de São Domingos do Norte, Governador Lindenberg e São Gabriel da Palha. anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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economia | alimentos e bebidas
Indústria de alimentos e bebidas cresce no Brasil, mas encolhe no ES Enquanto setor nacional acumula alta real de 1% no faturamento de janeiro a junho de 2014, no Estado esse resultado caiu 9% no mesmo período
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indústria brasileira de alimentos e bebidas, ainda que timidamente, está conseguindo crescer no Brasil em 2014. De acordo com o presidente da Câmara Setorial das Indústrias de Alimentos e Bebidas da Findes, Claudio José Rezende, o faturamento real aumentou 1% de janeiro a junho. Entretanto, o mesmo não pode ser dito sobre a atividade no Espírito Santo, que registrou retração de 9% no mesmo período, como efeito do desaquecimento da economia nacional. A indústria capixaba do segmento é composta por 860 companhias do ramo de alimentação – responsável pela geração de 20.270 empregos diretos, – e 55 do ramo de bebidas, que criam mais de 1.650 postos de trabalho direto. Na avaliação de Rezende, o fraco desempenho ocasiona queda no número de vagas oferecidas pela indústria, que reage com prudência para não produzir um efeito cascata: menor faturamento, menos empregos, aumento do preço final dos produtos e menor consumo. “Porém, não adianta os empresários fazerem o dever de casa se não existir uma contrapartida do Governo – principalmente nas questões ambiental, sanitária e, particularmente, fiscal – em criar condições igualitárias de competirmos com os estados vizinhos, nossos maiores concorrentes. Queremos apenas competir em pé de igualdade; aí, sim, poderemos mostrar nossa eficiência e compromisso”, destaca. Ele acrescenta que “cabe à iniciativa privada e ao Governo estudarem esse cenário e apresentar soluções concretas para a reversão desse quadro. Precisamos de uma indústria de base mais forte, menos dependente do mercado mundial e mais focada no mercado interno nacional. Temos que produzir o que consumimos, porque essa é uma indústria autossustentável e que
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possui grande poder de geração de empregos. Após essa etapa, vamos buscar o mercado nacional”, analisa o executivo. Queda de produção, altos volumes em estoque, parque industrial ocioso, gerando altos custos, redução no faturamento e na margem de lucro, com resultados no vermelho. Essa é a realidade do setor de alimentos e bebidas no Espírito Santo em 2014. O aumento do endividamento da população, a queda do poder aquisitivo e a inflação próxima do teto da meta estabelecida pelo Governo Federal são outros fatores que tornam o cenário ainda mais complicado. “A queda do poder de consumo faz com que as famílias acabem migrando para a alimentação básica, deixando de lado alguns produtos industrializados, como massas, pães e biscoitos diferenciados”, conta o presidente do Sindicato da Indústria de Massas Alimentícias e Biscoitos do Espírito Santo (Sindimassas), Emerson de Menezes Marely. De acordo com dados da Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), o superávit da balança comercial brasileira do setor caiu anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Lekker investe em Afonso Cláudio
Realidade do setor de alimentos e bebidas no Estado é de queda de produção, altos volumes em estoque, parque industrial ocioso, redução no faturamento e resultados no vermelho
de US$ 29,2 bilhões em 2011 para US$ 2,6 bilhões em 2013. Assim como já acontece em outros campos, como o de confecções, a concorrência com as indústrias de outros países está crescendo. “Essa é uma tendência natural; em decorrência da crise econômica mundial, as empresas europeias, asiáticas e norte-americanas buscam novos mercados e diversificam seus canais de distribuição”, explica Rezende. Porém, conforme o dirigente, essa tendência não afetou o mercado de alimentos e bebidas no Estado. “Até agosto, o Espírito Santo importou cerca de US$ 366 milhões em alimentos e bebidas, sendo que este valor é 5,84% menor do que o registrado no mesmo período de 2013. As empresas capixabas têm se movimentado para conhecer novas tecnologias, inovações de processo produtivo e de embalagem. É por isso que os empresários estão participando das maiores feiras internacionais do setor, como Fispal, Sial, Anuga e IFE Americas”, esclarece.
Inovação A 3ª edição do Prêmio Capixaba de Inovação em Alimentos e Bebidas – Prêmio IAB, anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Em junho, a Lekker inaugurou sua nova unidade, em Afonso Cláudio. A empresa é considerada uma das maiores panificadoras do Estado, atendendo 23 municípios com uma produção de 12 a 15 toneladas de pão por dia. A novidade da fábrica recém-inaugurada é que o processo operacional será automatizado, permitindo um aumento de até oito vezes na capacidade produtiva. Com isso, existe a expectativa de que a produção seja distribuída nos estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. “Essa inauguração da Lekker mostra o potencial do mercado capixaba e também o empreendedorismo do industrial do nosso setor”, analisa Emerson Marely.
foi lançada durante a feira Super Acaps Panshow, realizada de 2 a 4 de setembro, no Pavilhão de Carapina, na Serra. Criada pelo Sistema Findes, por meio de sua Câmara Setorial das Indústrias de Alimentos e Bebidas, a premiação destaca, entre as empresas associadas aos sindicatos filiados à Federação das Indústrias, aquelas que desenvolveram inovação em suas embalagens ou produtos e conseguiram aumentar a competitividade dos seus negócios. “O prêmio se faz importante por incentivar e reconhecer as inovações realizadas no setor, dando visibilidade aos ganhadores tanto por meio de participação em eventos, quanto na mídia local”, reforça Rezende. Em sua segunda edição, as empresas vencedoras tiveram a oportunidade de participar, com todas as despesas pagas, da missão à feira Anuga, que acontece na Alemanha e é considerada o maior evento mundial do segmento de alimentos e bebidas. A primeira etapa do prêmio é a inscrição on-line, que estará disponível a partir de janeiro de 2015 pelo site www.premioiab.org.br.
915 empresas compõem o setor capixaba de alimentos e bebidas, responsáveis por quase 22 mil postos de trabalho diretos 203
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economia | saúde
Saúde: investimento para superar desafios Ações públicas e privadas ajudam a trazer qualidade de vida para os capixabas
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prevenção é um dos principais caminhos para se alcançar a qualidade de vida. Quando ela não é possível ou totalmente eficaz, é preciso intensificar os investimentos, sejam públicos ou privados, para promover ou até mesmo resgatar a saúde. No Espírito Santo, diversas iniciativas das gestões estadual e municipais buscam superar os desafios do setor, de modo a garantir bem-estar e qualidade de vida aos capixabas. Segundo o secretário de Estado de Saúde, Tadeu Marino, no Espírito Santo, assim como
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em outros estados brasileiros, um dos grandes entraves do setor ainda é o financiamento federal, insuficiente para atender às demandas da população. Como forma de compensar esse déficit, o Governo do Estado está investindo, em 2014, 19,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em ações voltadas à saúde. O montante é 7,5 pontos percentuais acima do mínimo (12%) exigido constitucionalmente. “Em 2014, estamos realizando um orçamento de cerca de R$ 2,2 bilhões. Desses recursos, 75% são próprios do Tesouro Estadual, e apenas 25% anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Serviços e produtos de saúde oferecidos pelo Sesi/ES • Exames complementares: São exames para diagnóstico de doenças, como audiometria, espirometria, acuidade visual, eletrocardiograma e radiologia, entre outros. • Odontologia ocupacional: Serviço oferecido por meio das unidades móveis, que realizam atendimento odontológico in company ou em consultórios fixos dentro das empresas industriais. • Assistência odontológica: Serviços odontológicos, com atendimentos de ações curativas em clínica geral, endodontia, prótese, periodontia, odontopediatria e radiologia de diagnóstico.
Poder público investe na atenção primária em saúde para superar gargalos históricos
vêm da União. Os municípios capixabas também estão investindo mais do que é exigido pela Constituição”, avaliou.
Investimento público Embora o financiamento ainda restrinja muitas ações que visam a garantir a saúde dos capixabas, o Estado tem trabalhado para mudar essa situação. A atenção primária é um dos focos de investimento. De acordo com Marino, no Espírito Santo, pelo menos 60% da população (cerca de 2,3 milhões de pessoas) possuem cobertura dos Programas de Saúde da Família (PSFs). “Repassamos, entre maio de 2013 e maio de 2014, R$ 43 milhões para os municípios, apenas para custeio da atenção primária. Essas pessoas têm o atendimento básico, mas são em seguida encaminhadas para o que chamamos de média complexidade, que são as consultas e os exames especializados anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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• Diagnóstico de Saúde e Estilo de Vida (DSEV): Determina o grau de risco dos trabalhadores de uma empresa para doenças crônicas não transmissíveis, apoiando o desenvolvimento e a priorização de atividades que promovam a saúde de seus colaboradores. O objetivo é incentivar a adoção de um estilo de vida saudável pelo trabalhador da indústria, fomentando o desenvolvimento de serviços para a promoção da qualidade de vida. • Mais Saúde: Oferece ao trabalhador da indústria capixaba consultas de enfermagem, orientações em saúde e palestras informativas, para que o mesmo desenvolva suas atividades diárias e laborais com saúde e qualidade de vida.
e as cirurgias eletivas. Estamos investindo para ampliar, também, essa cobertura”. Até o final de 2014, a previsão é de que o Governo do Estado entregue cinco centros especializados de média complexidade de saúde, em Linhares, Nova Venécia, Venda Nova do Imigrante, Guaçuí e Santa Teresa. “Procuramos descentralizar a média complexidade ambulatorial no Estado. Vamos interiorizar as consultas e exames de especialidades. Cada um desses centros regionais atenderá a uma população mínima de abrangência de 150 mil pessoas”, destacou Tadeu Marino. Outra das principais queixas dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), a falta de leitos, foi, nos últimos quatro anos, contornada no Espírito Santo. Nesse período, foram entregues à população capixaba 1.250 leitos hospitalares. Atualmente, cerca de 30% do orçamento
2,3 milhões De capixabas possuem cobertura dos Programas de Saúde da Família (PSFs) 205
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economia | saúde
Com apoio do Sesi-ES, indústrias capixabas implementam ações para garantir qualidade de vida aos seus trabalhadores
estadual da Saúde são destinados à manutenção da rede hospitalar própria.
Iniciativas privadas Longe das dificuldades da área pública com a saúde, as empresas do setor privado investem, cada vez mais, na qualidade de vida de seus colaboradores. Se antes a preocupação com esse item se restringia ao cumprimento de normas legais, hoje ela já se configura como um conceito consolidado de qualidade da gestão, ampliando seu foco inclusive para ações preventivas, que visam a reduzir a incidência de doenças entre os trabalhadores, trazendo-lhes bem-estar e, em consequência, bons resultados para as empresas. Com o compromisso de levar às indústrias capixabas a promoção de saúde e segurança no trabalho (SST) de forma integrada, a Divisão de Saúde e Segurança do Trabalho do Sesi-ES atendeu, em 2013, nos serviços de SST, cerca de 52 mil trabalhadores de 1,9 mil empresas. Já no ano de 2014, somente até agosto, foram 1,5 mil empresas e 48 mil trabalhadores beneficiados pelas iniciativas da entidade. 206
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O foco principal das ações implementadas é a prevenção, por meio de programas de saúde. A entidade oferece, por exemplo, o Sesi Clínica e o Laboratório de Análises Clínicas, onde são prestados serviços nas áreas médica, odontológica, laboratorial e exames complementares. O trabalhador dispõe, ainda, de serviços odontológicos prestados nos Centros de Atividades do Sesi, além de atendimento em unidades móveis realizados diretamente nas empresas. “O Sesi-ES preza pela qualidade do serviço. Nossas ações beneficiam, de um lado, a indústria – que, melhor assessorada, resguarda-se com relação a ações trabalhistas –, e, de outro, também o trabalhador, que ganha em qualidade de vida. Com isso, aumentam a competitividade e a produtividade das indústrias e diminuem os índices de acidentes e de doenças. Outro ganho é a satisfação do trabalhador, que entende que a empresa se preocupa com ele e cuida da sua saúde”, afirmou Fernanda Arpini, gerente da Divisão de SST do Sesi-ES. anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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economia | comércio varejista
Comércio varejista: perspectivas para o crescimento estão desaquecidas Influenciado pelo cenário econômico desfavorável, empresariado segue com investimentos para os próximos meses, porém com menos dinamismo
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alta taxa de juros cobrada no crédito ao consumidor e a queda do movimento das lojas, provocada pela redução de dias úteis durante a Copa do Mundo, levaram o comércio varejista nacional a fechar o 1º semestre no vermelho, com recuo de 0,8%. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), esse é o pior resultado desde 2003 (-1,1%) e fez a entidade revisar a expectativa de crescimento em 2014 de 4,4% para 4%. No acumulado do ano, até junho, o setor registrou um avanço de 4,2% em relação ao ano anterior, e nos últimos 12 meses, a alta foi de 4,9%, resultados abaixo das previsões do mercado, de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Espírito Santo, no 1º semestre de 2014 o varejo capixaba registrou uma variação positiva de 1,4%. Em junho, na comparação com junho de 2013, o desempenho foi negativo, apresentando queda de -2,9%, enquanto outras 17 das 27 unidades da Federação apresentaram resultado positivo. No acumulado dos últimos 12 meses, o Estado capixaba apresentou um crescimento de 1%. Quanto à geração de empregos formais, o setor comercial capixaba fechou 2.055 postos de trabalho nos seis primeiros meses deste ano, até junho, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. No total, o comércio gera mais de 215 mil postos de trabalho em todo o Estado e tem mais de 32 mil empresas, que são responsáveis por uma receita bruta de R$ 74,8 bilhões, segundo dados do IBGE de 2013.
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Famílias retomam o consumo Em julho, as famílias capixabas retomaram o consumo depois de oito meses seguidos de queda, mas com um tímido crescimento de um ponto, segundo pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES). O índice da pesquisa Intenção de Consumo das Famílias (ICF) subiu de 104,2 pontos em junho para 105,2 em julho. Porém, mesmo com o consumo esboçando pequena reação, as perspectivas para o crescimento seguem desaquecidas. “A desaceleração recente da inflação de alimentos e os efeitos temporários produzidos pela Copa do Mundo podem ter auxiliado na manutenção geral das perspectivas. Apesar do resultado positivo de julho, a percepção das famílias não muda tão rapidamente, e as perspectivas de consumo seguem desaquecidas”, destaca o presidente da Fecomércio-ES, José Lino Sepulcri. Os empresários do comércio, mesmo se mostrando um pouco mais otimistas quanto aos investimentos e às contratações na empresa, ainda não estão seguros em relação à economia, anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Variação (%) no volume de vendas do comércio varejista Abril/ 2014*
Maio/ 2014*
Junho/ 2014*
Acumulado no ano
Acumulado 12 meses
Brasil
6,7%
4,7%
- 0,8%
4,2%
4,9%
Espírito Santo
5,9%
1,9%
-2,9%
1,4%
1,0%
Local
*Igual mês do ano anterior / Fonte: IBGE
Supermercados: vendas oscilantes
Crédito mais caro e inflação alta inibem a intenção de compras do consumidor, gerando expectativas contidas para o comércio no segundo semestre
de acordo com o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), que recuou, no geral, 1% em junho. Outros, os índices de Investimento do Empresário e o de Contratação de Funcionários (IC), apresentaram crescimento de 0,7% e 2,5%, respectivamente. “O empresariado segue com investimentos para os próximos meses, porém em ritmo moderado, influenciado pelas condições atuais da economia, que não apresenta um cenário favorável. Estamos lidando com desaceleração econômica, juros altos, inflação elevada, entre outros fatores”, ponderou Sepulcri. Analisando as condições atuais e as perspectivas da economia, as estimativas da Fecomércio-ES são de que o volume de vendas obtenha um crescimento de cerca de 4% em 2014. “O crédito mais caro e a inflação alta ainda persistem e inibem a intenção de compras do consumidor. Espera-se que, seguindo a tendência de anos anteriores, esse cenário, ainda que de forma contida, melhore no segundo semestre. Mas não será nem perto do que tivemos no segundo semestre de 2013, quando o volume de vendas subiu 5,8%”, enfatiza Sepulcri. anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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No Brasil, o segmento de hiper e supermercados foi o que menos sentiu o impacto da redução dos dias úteis no período da Copa, registrando alta de 0,5% em junho em relação a maio, e de 3,5% no acumulado do ano (de janeiro a junho). Os estabelecimentos, em geral, fecharam no horário dos jogos, mas reabriam em seguida. Em junho, o segmento supermercadista foi o único das oito atividades de varejo monitoradas pelo IBGE que apresentou variação positiva. Enquanto no Brasil houve uma pequena alta, o Espírito Santo amargou queda nas vendas em junho, com variação negativa de 3,7% em relação a maio. No acumulado dos seis primeiros meses do ano, a retração foi de 0,8%, enquanto nos últimos 12 meses foi de 1,3%. Os números do IBGE diferem um pouco daqueles apurados pela Associação Nacional de Supermercados (Abras). De acordo com o superintendente da Associação Capixaba de Supermercados (Acaps), Helio Schneider, as diferenças devem-se ao fato de que a pesquisa do IBGE inclui produtos vendidos fora das redes supermercadistas. “Considerando só o setor de supermercados, no Espírito Santo a queda foi de 1,4% em junho e no ano, até junho, registramos crescimento de 1,57% em relação ao mesmo período do ano passado. No momento, o panorama é de retração da economia, com menos dinheiro circulando e inflação em alta, o que afeta as vendas no varejo”, afirmou. Segundo ele, as festas de fim de ano sempre alavancam as vendas, mas com o atual cenário econômico, o seu impacto será pequeno. “Se não houver melhorias na economia e combate à inflação, teremos um cenário ruim até o final do ano, e com perspectivas ainda piores para 2015”, afirmou.
1,4% Foi o índice de crescimento do varejo capixaba nos seis primeiros meses de 2014 209
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economia | mercado financeiro
Bancos capixabas alcançaram resultados positivos em 2014. O Banestes comemorou o lucro líquido de R$ 67,8 milhões no segundo semestre
Economia capixaba volta a crescer Na contramão do Brasil, que alcança segundo semestre em recessão técnica, Estado experimenta índices positivos
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ntre julho de 2013 e junho de 2014, o Produto Interno Bruto do Espírito Santo atingiu patamar recorde dos últimos 10 anos: R$ 115,9 bilhões. O número é do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) e indica que o Estado reencontrou o caminho do crescimento, depois de amargar índices econômicos negativos, fechando 2013 com retração de -1,1% no PIB. De acordo com os dados do IJSN, o avanço do PIB registrado no segundo trimestre de 2014, em relação aos primeiros três meses do ano, foi de + 1,8%, o melhor resultado dos últimos 13 trimestres. No acumulado do ano, o Espírito Santo somou 1,1% de crescimento, enquanto a economia brasileira apresentou queda de - 0,6% no PIB na comparação entre os primeiro e segundo trimestres. Em relação ao mesmo período de 2013, o recuo do PIB brasileiro foi de - 0,9%. A retomada da expansão econômica capixaba pode ser explicada pelo bom desempenho da maioria das atividades que compõem o cálculo. Das 17 atividades econômicas analisadas,
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11 apresentaram crescimento, com destaque para a indústria extrativa, que obteve expansão de +4,7%, representando a maior contribuição para o avanço do PIB estadual. Nas previsões do diretor-executivo do Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies), Doria Porto, o cenário positivo deve se manter até 2015, na contramão da conjuntura brasileira. “Esperamos que o Espírito Santo feche 2014 com o PIB pouco acima de zero, acompanhando o nacional, em torno de 0,3% de crescimento. No entanto, para nós isso significa melhora, já que desde 2012 estamos registrando resultados negativos. Já para o Brasil, representa uma recessão técnica”, explicou.
Indústria redesenhada Historicamente, o desempenho do setor produtivo reflete diretamente a movimentação da economia capixaba e, para Doria Porto, a mudança no perfil do parque anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Foto: Divulgação Marcopolo
industrial do Estado é o principal fator que impulsiona a retomada de crescimento. “Mais de 50% do PIB capixaba sempre dependeram das commodities, mas hoje o Estado vive um redesenho da planta industrial.Estão chegando novas cadeias produtivas, como é o caso das indústrias naval, automobilística, de linha branca e de motores. Isso nos possibilita visualizar um futuro próximo diferente do previsto para o resto do Brasil”, afirmou o diretor. Em setembro, a projeção para PIB da indústria brasileira era de recuo de -1,7% em 2014. A previsão foi feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e demonstra o pessimismo do setor. Em julho, a estimativa de retração era de -0,5%. O reflexo está na confiança do empresariado. O Índice de Confiança da Indústria (ICI), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), vem caindo mês a mês, atingindo 46,5 pontos em setembro, o menor patamar desde 1999. Já no Espírito Santo, dados do Ideies apontam que, em setembro, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) atingiu 50,1 pontos, um aumento de 5,4 pontos em relação ao mês anterior. “O Espírito Santo vive seu quarto ciclo de desenvolvimento econômico. Já passamos pelo ciclo do café, das grandes indústrias e do petróleo. Agora, é o momento do redesenho do perfil industrial. A previsão de investimentos nessa área gira em torno de R$ 70 bilhões até 2018. Para 2015, a expectativa é que o Espírito Santo continue crescendo”, explicou Porto.
Movimentação bancária No mundo das finanças, o Estado vai bem, com o Banestes comemorando bons resultados. Em agosto, o balanço semestral do banco estadual demonstrou resultado positivo, com R$ 67,8 milhões de lucro líquido – montante 35,4% maior em comparação ao mesmo período de 2013. Reflexo disso está na ascensão no ranking dos 100 maiores bancos do país, divulgado anualmente na pesquisa “Valor 1000”, do jornal Valor Econômico. Em 2014, a instituição capixaba ficou em 26º lugar, subindo em uma posição com relação ao ranking de 2013. O Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo também experimenta bons resultados. No primeiro semestre, o Bandes aprovou anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Chegada de novas empresas redesenha o perfil industrial capixaba e estimula crescimento da economia
1.536 contratos de financiamento, disponibilizando R$ 102,5 milhões em investimentos. O patrimônio líquido da entidade atingiu R$ 258,7 milhões, ultrapassando em 8,7% o montante do primeiro semestre de 2013. Outra instituição que vive bom momento é o Sicoob-ES. O Sistema de Cooperativas de Crédito chegou a 87 agências capixabas, contando com mais de 155 mil sócios ativos. O patrimônio líquido acumulado no primeiro semestre superou a marca de R$ 707 milhões, representando incremento de 30,15% na comparação com mesmo período de 2013. A sobra bruta, correspondente ao lucro líquido bancário, foi 31,78% maior que o registrado no primeiro semestre de 2013, alcançando mais de R$ 84 milhões. No âmbito nacional, o primeiro semestre de 2014 foi positivo para os bancos brasileiros, de acordo com dados da 6ª edição do estudo “Desempenho dos Bancos”. O maior lucro líquido foi do Itaú Unibanco (R$ 9,5 bilhões), um incremento de 33,2% em relação ao primeiro semestre de 2013. O Bradesco teve o segundo maior lucro (R$ 7,3 bilhões) e a segunda maior variação no período, um crescimento de 22,9%, em 12 meses. No Banco do Brasil, o lucro foi de R$ 5,4 bilhões, um aumento de 2,2% em relação ao primeiro semestre de 2013. A Caixa Econômica Federal registrou lucro líquido de R$ 3,4 bilhões, com alta de 7,9% na comparação semestral.
R$ 70 bilhões É o valor previsto para investir na indústria até 2018
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economia | comércio exterior Foto: Divulgação Codesa
Rever sua política comercial e celebrar acordos bilaterais ou regionais com os Estados Unidos e a Europa são o caminho para o Estado e o país intensificarem seu comércio exterior
Comércio exterior se mantém estável em 2014 Apesar de ter iniciado o ano com elevação, exportações e importações não conseguiram evoluir nos meses seguintes, deixando o setor estagnado
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comércio exterior capixaba se comportou nos primeiros meses de 2014 seguindo a mesma linha de 2013, com um volume de US$ 4,80 bilhões em importações e de US$ 6,90 bilhões em exportações. Não houve queda ou elevação, comparando os dois anos, apontando para um 2015 sem expectativas de melhora. O Estado ainda sente o impacto da perda do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap) com redução da alíquota de importação de 12% para 4%, que contribuiu para o recuo da competitividade da empresas capixabas junto a outros portos do país.
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A variação do dólar no acumulado do ano registrou depreciação no primeiro semestre, com retração de 5,95%. O fundo cambial apresentou baixa ainda maior, de 6,44%, o que contribuiu para que a atividade se comportasse sem variações durante o ano. As crises internacionais, as guerras e a turbulência do mercado argentino – um dos parceiros comerciais mais atrativos para o Brasil e destino de 5% das exportações capixabas – foram pontos que fizeram com que o comércio exterior do Estado não decolasse em 2014. Em exportação, o Espírito Santo obteve aumento de 7% em janeiro e fevereiro, anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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na comparação com o mesmo período do ano anterior, alcançando US$ 1,8 bilhão. O setor que mais contribuiu para o resultado foi o de rochas ornamentais, com incremento de 30%, seguido de óleo bruto (21%) e tubos de ferro e aço (20%). Esses desempenhos conseguiram compensar as perdas em minério de ferro e aço, que tiveram quedas de 6% e 40%, respectivamente. No Espírito Santo, os únicos produtos com boa performance de janeiro a julho no quesito exportação foram a celulose, que atingiu US$ 640 milhões – alta de 2% em relação ao mesmo período do ano passado –, e o café, que chegou a um montante de US$ 374,6 milhões, incluindo todos os tipos exportados, como grãos verdes, café solúvel e torrado. Para as importações capixabas, 2014 também se iniciou com uma pequena elevação, de 15% (índice superior à média nacional) em janeiro e fevereiro, atingindo US$ 1,3 bilhão, mas no decorrer do ano os números passaram a cair gradativamente. O que impulsionou essa expansão inicial foi a compra de vagões e trens da Vale, provenientes da Romênia, além da retomada do Alto-Forno 3 da ArcelorMittal Tubarão, que impulsionou em 53% as importações de carvão. A compra de automóveis vindos do exterior também aumentou nesse período. O volume das importações, porém, permaneceu praticamente o mesmo de janeiro a agosto, em relação a igual período de 2013. “Nosso volume de importações em 2008 cerca de 17% maior. De lá para cá não conseguimos ampliá-lo, pois só houve recuo. Precisamos encontrar meios para mudar essa queda gradativa, mas nossas expectativas para 2015 ainda não são as melhores. A não ser que algo muito importante aconteça para modificar esse quadro”, explicou o presidente do Sindicato do Comércio de Importação e Exportação do Espírito Santo (Sindiex) e do Conselho Temático de Comércio Exterior (Concex) da Findes, Marcílio Rodrigues Machado. Os principais produtos exportados pelo Estado do Espírito Santo em 2014 foram minério de ferro, celulose, granito, café e produtos de ferro e aço, destacando-se a participação de minério anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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de ferro, que é de cerca de 44%. Do lado das importações, os itens mais demandados foram veículos, carvão mineral, matérias têxteis, aeronaves e máquinas. “As exportações totais do Brasil e do Estado do Espírito Santo não aumentaram nos primeiros oito meses do ano. A participação dos produtos manufaturados do Brasil não tem apresentado nenhuma evolução nos últimos cinco anos. Continuamos com uma participação muito pequena, de cerca de 1,3%, nas exportações mundiais”, destacou. Segundo Machado, o Brasil não é competitivo, pois muitas são as barreiras para a inclusão de pequenas e médias empresas no setor de exportação. O país é vendedor de commodities agrícolas e industriais, que representam aproximadamente 80% das exportações. “O grande problema é que, quando o preço das commodities cai no mercado internacional, como está ocorrendo atualmente, fica difícil apresentar superávit na balança comercial. A Argentina é tradicionalmente um dos maiores parceiros comerciais do Brasil. Entretanto, a crise naquele país e as constantes dificuldades – barreiras que a Argentina tem imposto às importações brasileiras – têm afetado as nossas exportações”, acrescenta. Marcílio sustenta que a solução para o Brasil aumentar as exportações de manufaturados é rever sua política comercial e celebrar acordos bilaterais ou regionais com os Estados Unidos e a Europa. “Os Estados Unidos, por exemplo, são compradores de produtos manufaturados brasileiros, mas se o país concretizar acordos comerciais com a Europa e a Ásia, o Brasil terá dificuldades em vender para aquele mercado, pois os nossos concorrentes colocarão produtos lá com eliminação total ou redução de impostos. Embora a Europa compre commodities brasileiras, existe um mercado potencial a ser explorado caso progrida a negociação entre o Mercosul e a União Europeia. O Brasil precisa rever, e creio que esteja revendo, a sua política comercial de modo a se aproximar por meio de acordos com países mais ricos, com uma população com poder de compra maior”, salientou.
17% Foi a redução no volume de importações do Espírito Santo de 2008 até hoje 215
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economia | turismo
Eventos ajudam a fortalecer turismo capixaba Copa do Mundo atraiu visitantes ao Espírito Santo; investimentos e qualificação foram diferenciais
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ocalização próxima aos maiores mercados emissores do país, infraestrutura urbana ampla e de boa qualidade, complexo portuário utilizado no receptivo de cruzeiros marítimos, variedade de ecossistemas e belezas naturais e patrimônio cultural e histórico diversificado. Essas são apenas algumas das características da Região Metropolitana da Grande Vitória que têm atraído turistas para o Espírito Santo. Ao mesmo tempo, o segmento de eventos ajuda a diminuir o efeito da sazonalidade, contribuindo para o incremento do fluxo de turistas e, também, para a mudança do perfil do público que visita o Estado. Mas, ao contrário dos anos anteriores, em 2014 o grande destaque não ficou por conta somente dos eventos empresariais. A escolha do Espírito Santo como centro de treinamento das seleções de Austrália e Camarões, durante a Copa do Mundo 2014, ajudou a aquecer o turismo de lazer, atraindo visitantes ao Estado, principalmente à região metropolitana. As delegações da Austrália e de Camarões prepararam-se para os jogos da Copa em Cariacica. Junto com os atletas, vieram pelo menos 20 mil conterrâneos das seleções, segundo a Secretaria de Estado de Turismo (Setur). Para melhor recebê-los, foram desenvolvidas estratégias especiais para o período: ações de marketing de padronização de folheteria, mapas e guias; ampliação dos Serviços de Atendimento ao Turista (SATs) mantidos pela Setur no aeroporto, na rodoviária, uma estação ferroviária e nos demais postos das prefeituras; oferta de cursos de qualificação em inglês, de atualização de atrativos turísticos e qualidade no atendimento ao turista para taxistas, garçons e guias de turismo, bem como para policiais e guardas de trânsito. “A Copa do Mundo do Brasil começou no Espírito Santo. A primeira seleção que pisou em
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solo brasileiro ficou hospedada em Vitória e aqui permaneceu por 26 dias, sendo que durante uma semana foi a única seleção já no Brasil. Nesse período, todas as atenções do mundo e do país estavam voltadas para cá. Fomos o único Estado brasileiro que não foi sede de jogos e que conseguiu trazer duas seleções. O Espírito Santo preparou-se muito bem para receber essas equipes, desde a captação, e tudo correu perfeitamente”, afirma a secretária de Estado de Turismo, Diomedes Caliman Berger. A vinda das seleções comprovou o preparo dos capixabas para receber os turistas, como destaca o presidente do ES Convention anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Foto: Thiago Guimarães - Secom/ES
Reforma e ampliação do complexo esportivo Kleber Andrade foram feitas no período da Copa do Mundo
& Visitors Bureau (ESC&VB), Alfonso Silva. “A escolha da região metropolitana como a ‘casa’ das seleções da Austrália e de Camarões aqueceu o setor e proporcionou uma experiência única, mostrando o quanto estamos preparados para receber os mais exigentes turistas”. Se por um lado a Copa do Mundo foi responsável por fomentar o turismo de lazer, o torneio também desaqueceu o turismo de negócios, nos meses de junho e julho. A desaceleração do ritmo do setor também foi influenciada pelas eleições de outubro. “O segmento de eventos em 2014, em comparação com anos anteriores, em todo o país, está passando por uma desaceleração. anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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É o chamado ‘efeito Copa e eleições’. Trata-se de um ano bem atípico, por envolver eventos de grande porte, fazendo com que o setor se encolha, para que não se prejudique. O turismo de negócios deverá retomar seu ritmo após as eleições, em outubro, com mais intensidade, compensando os meses perdidos”, ressalta Alfonso.
Preparação e investimentos Tanto para receber e participar de grandes eventos, quanto para atrair turistas de lazer, o Espírito Santo tem investido em infraestrutura, qualificação e divulgação. “Nos últimos
R$ 400 milhões Foram investidos no turismo capixaba, desde 2011 217
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Seleções de Camarões e Austrália atraíram a atenção para o Espírito Santo durante a Copa
três anos e meio, o turismo no Espírito Santo foi tratado como prioridade. As ações desenvolvidas e as transformações operadas no setor foram muito grandes. De 2011 para cá, temos investimentos da ordem de R$ 400 milhões em andamento, entre qualificação, promoção e obras de infraestrutura no setor de turismo. Temos, por exemplo, o Centro de Eventos de Vitória, com investimentos de R$ 98 milhões, cujas obras já se iniciaram. A estrutura nos permitirá captar eventos que hoje estamos perdendo por falta de um espaço desse tamanho. Também estamos fazendo grandes investimentos em Guarapari, que é o mais importante balneário do Espírito Santo e o destino capixaba mais conhecido no Brasil e no exterior. Um exemplo é a reurbanização da orla do canal do município, com obras sendo iniciadas este ano”, enumera Diomedes. Segundo a secretária de Turismo, um contrato de empréstimo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), no valor de US$ 80 milhões, deve ser assinado ainda em 2014 e possibilitará a criação e fortalecimento de polos turísticos na região metropolitana. “Os recursos possibilitarão a realização do Programa de Desenvolvimento do Turismo do Espírito Santo (Prodetur), um fato 218
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inédito no turismo do Espírito Santo”, complementa Diomedes. Com o intuito de proporcionar um melhor atendimento aos visitantes a Setur-ES reforçou em 2014 os investimentos na qualificação de profissionais que atuam na cadeia produtiva do segmento, como taxistas, profissionais de hotéis, de bares e de restaurantes, por meio do Programa Qualifica ES Turismo.
Promoção No setor de promoção, o investimento também é alto. Em 2013, teve início a campanha nacional “Descubra o ES”, com custo de cerca de R$ 5 milhões e divulgação nos cinco principais canais abertos de televisão e nos principais veículos da imprensa nacional. A campanha continuou em 2014. A divulgação nacional do Estado foi reforçada com a veiculação ao vivo, em rede nacional, pelo segundo ano consecutivo, dos desfiles do Carnaval de Vitória. “Aliamos o trabalho que vem sendo realizado na qualificação e modernização da nossa infraestrutura turística com a divulgação e comercialização do destino Espírito Santo, pois acreditamos que dessa forma seremos em breve um dos roteiros mais competitivos do país”, concluiu a secretária de Turismo. anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Em ano de desaceleração econômica, setor moveleiro torce por um empate Insegurança na economia, alta dos juros e queda no consumo impactam diretamente a atividade, que deve encerrar 2014 registrando estagnação
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epois de crescer 5% menos que o esperado no 1º semestre de 2014, o setor moveleiro do Espírito Santo trabalha para recuperar as perdas e encerrar o ano com, pelo menos, um empate. É o que revelam as autoridades que representam o segmento no Estado, composto por empresas de móveis seriados, móveis sob encomenda e correlatos, que além da Câmara Setorial da Indústria (CSI) Moveleira, ainda conta com três sindicatos que cobrem toda a base territorial capixaba: o Sindimol, no norte; o Sindmóveis, no noroeste; e o Sindmadeira, no centro-sul. Copa do Mundo, eleições, insegurança na economia brasileira e no controle da inflação, alta dos juros e aumento no endividamento da população, o que se reflete diretamente em queda do consumo, são algumas das dificuldades que as 850 empresas que compõem a atividade moveleira no Estado têm enfrentado em 2014. Ainda assim, foi possível manter os 9 mil empregos diretos que são gerados por esse mercado. “A indústria atua fazendo a retenção dos talentos, então trabalhou no vermelho porque há uma expectativa de melhoria por parte do empresariado”, explica o presidente do Sindmóveis, Ortêmio Locatelli Filho.
Entraves Além dos fatores que influenciaram negativamente a economia brasileira como um todo em 2014, o setor moveleiro capixaba enfrenta ainda entraves estruturantes que, apesar de já 220
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serem conhecidos, ainda seguem sem solução. Entre eles está a alta carga tributária. Em janeiro, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) do segmento passou de 3,5% para 4% e deveria ter chegado a 5% em junho, não fosse a decisão do Governo Federal de prorrogar a alíquota até dezembro. Para o presidente do Sindimol, Alvino Pessoti, o benefício tem sido pontual e em momentos de baixa demanda. “É necessário que se estabeleçam políticas permanentes que garantam mais produtividade e lucratividade para as indústrias”, destaca. “Essa manutenção é uma grande ajuda para as empresas, mas representa muito pouco dentro da nossa carga tributária. Esperamos e precisamos das reformas tributária e trabalhista para que possamos reduzir anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Fotos: Divulgação Serpa Marcenaria
Apesar do baixo crescimento, segmento moveleiro conseguiu manter os 9 mil empregos gerados no Espírito Santo
custos e sermos mais competitivos no mercado interno e externo”, reivindica o presidente da CSI Moveleira, Luiz Rigoni. Locatelli destaca ainda que o IPI para móveis representa muito pouco na arrecadação federal. “É uma arrecadação pífia sobre um setor de alta empregabilidade e que está presente praticamente em todos os 78 municípios capixabas. A isenção do imposto, como já foi oferecida em anos anteriores, seria uma forma de manter os empregos nas pequenas cidades”, propõe. Em nível local, o Governo do Estado oferece benefícios por meio de um contrato de competitividade, que reduz a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para as empresas que se comprometem a ampliar negócios, gerar empregos anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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e qualificar os profissionais. “Se não contássemos com esse benefício, não conseguiríamos competir com fabricantes de outros estados. Com um equilíbrio nos impostos, diminuímos os riscos de que eles vendam seus produtos no Espírito Santo a preços que as fábricas locais não tenham condições de arcar, caso tenham custos menores”, ressalta o presidente do Sindmadeira, Luiz Henrique Toniato. Outra dificuldade apontada por Toniato é a Norma Regulamentadora nº 12 (NR 12), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que trata da segurança em máquinas e equipamentos e passou por mudanças que a tornaram mais complexa, ampliando de 40 para 340 os requisitos a serem cumpridos pelas indústrias. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima um custo de R$ 100 bilhões para que as empresas possam adequar-se à NR 12, caso o texto alterado seja mantido. “A indústria que comprou máquinas há poucos anos corre o risco de ter que arcar com esse ônus, que deveria ser colocado para o setor de máquinas. Felizmente, conseguimos uma prorrogação no prazo, mas essa é uma sombra que ficou, e o Congresso Nacional precisa tomar uma providência”, reforça Luiz Henrique Toniato. Segundo Rigoni, as empresas ainda enfrentam outro problema, que é a distância dos principais fornecedores. “O frete é um fator que encarece nossos produtos. Teremos uma boa ajuda quando tivermos a fábrica de chapas de MDF, que será implantada no norte do Espírito Santo e proporcionará um alívio nessa parte”, esclarece. Por fim, a falta de mão de obra qualificada continua sendo um gargalo, mas algumas ações estão sendo desenvolvidas para amenizar essa necessidade, como o Curso Técnico em Móveis, oferecido no Senai de Araçás, em Vila Velha. “A primeira turma, com 25 alunos, está prevista para se formar no final de 2014. A ideia é fornecer mão de obra mais qualificada, que esteja preparada para operar em uma indústria com bases tecnológicas mais elevadas. O curso atende tanto as empresas, que encaminham seus funcionários, quanto a sociedade, visto que alunos buscam esse treinamento de forma espontânea.
850 Empresas compõem o setor moveleiro no ES 221
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Esperamos que a capacitação seja uma incubadora de novos profissionais”, revela Toniato.
2º semestre é esperança Alvino Pessoti lembra que o setor moveleiro encerrou 2013 com uma pequena queda nas vendas, cenário que se manteve no primeiro semestre de 2014, apesar de não ter sido esperado. “Acreditamos que teremos um segundo semestre melhor, em função de ações
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que têm auxiliado as empresas a alavancarem as vendas, como a Espírito Santo Móvel Show, feira do setor moveleiro criada pelo Sindimol e realizada no mês de agosto no Carapina Centro de Eventos, na Serra. Tradicionalmente, os últimos meses do ano apresentam melhores resultados, daí nosso otimismo”, disse. Tanto o presidente do Sindmadeira quanto o do Sindmóveis preveem um empate para as empresas do setor moveleiro em 2014. “O Brasil vai crescer, se muito, 1%, e no nosso segmento não deve ser diferente, visto que a indústria de transformação é a que mais tem sofrido no país”, reforçou Toniato. “Esperamos pelo menos igualar a produção de 2013, mas essa é uma dúvida, já que não há nada novo por parte da política econômica”, destacou Locatelli. Já Luiz Rigoni é mais otimista. “Um crescimento de 5% mais inflação para este ano é o que vamos continuar buscando”, finaliza.
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Em cinco anos, consumo aparente de vestuário cresceu 13,3%, e a participação dos importados no setor passou de 4,4% para 12,1%
Depois de quedas, indústria do vestuário comemora estagnação Consumo cresce no Brasil, mas beneficia principalmente indústrias de países asiáticos e grandes varejistas mundiais
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esta altura, devemos comemorar o simples fato de termos parado de cair”. Quem afirma é o presidente da Câmara Setorial da Indústria (CSI) do Vestuário, José Carlos Bergamin, que acredita em um “pequeno crescimento” do setor
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para 2014, ressaltando que a comparação leva em consideração os anos anteriores, ou seja, “uma base muito baixa”. Equipamentos de produção superados; falta de capital para renovar a indústria; dificuldade para obter mão de obra; interferências de órgãos anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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do Governo proibindo a produção por encomenda, entendendo tratar-se de terceirização; juros mais altos; encarecimento das matérias-primas, devido à alta do dólar e da inflação; baixo crescimento do mercado e endividamento da população são alguns dos fatores apontados como dificuldades enfrentadas pelo segmento no decorrer deste ano. Um relatório publicado pelo Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI) mostra que a produção da indústria brasileira do vestuário cresceu 0,8% em 2013 na comparação com 2012, chegando a 6,2 milhões de peças, alta de 3,9% em cinco anos. Desde 2009, o consumo aparente no Brasil avançou 13,3% em volume de peças, mas essa expansão está voltada principalmente para os produtos importados. “A demanda por vestuário no Brasil é crescente, e no caso do setor de confecções, a população passou a comprar mais peças por ano. Esse aumento foi atendido pelo crescimento das importações, especialmente da China”, considera Bergamin. Essa informação é reforçada pelo estudo do IEMI, que aponta para uma expansão da participação dos importados no setor, que passou de 4,4% em 2009 para 12,1% em 2013. “Todas as grandes redes de varejo mundial estão no Brasil e também contribuíram muito para a decadência da nossa indústria. Elas possuem grande poder de pesquisa de produtos e preços em todo o mundo, negociam em grande escala, usam capital mais barato e conseguem trazer o produto a preços 40% a 50% menores. O produto brasileiro é colocado apenas no pequeno comércio, e atendendo nichos nos quais os importados não têm interesse ou vocação, como a moda praia”, analisa José Carlos Bergamin.
investimentos em pesquisa e nos processos criativos, a valorização da identidade nacional e desoneração por completo de toda a cadeia têxtil. “É preciso investir mais na indústria criativa do design de moda, identificando nichos de mercado com maior valor agregado, buscando sair do enfrentamento da concorrência, principalmente, dos produtos asiáticos”, destaca. O Governo do Espírito Santo contribui com o segmento através do Contrato de Competitividade, que concede redução no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), mas o Governo Federal desonerou as poucas companhias de grande porte, sendo que grande parte do setor é formada por micro e pequenos empreendimentos, que estão enquadrados no Simples Nacional e, por isso, possuem limite máximo de faturamento anual de R$ 3,6 milhões, o que emperra seu crescimento. No Espírito Santo, segundo o Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies), o faturamento do setor no acumulado do 1º semestre de 2014 se manteve estável, com queda de 0,01%, em relação ao mesmo período de 2013. Já o número de empregos na indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos caiu 20% no período. “O Brasil está perdendo o setor do vestuário, que emprega muito, polui pouco, não gera impacto na mobilidade urbana e retém as pessoas em suas cidades. O segmento precisa ser considerado como estratégico sob a ótica do social, sendo intensivo em mão de obra de baixa qualificação. É urgente desonerar 100% toda a cadeia têxtil”, conclui Bergamin.
Soluções
Já o mercado internacional tem se mostrado cada vez mais promissor para o setor de calçados do Espírito Santo. Nessa área, os resultados das indústrias capixabas chegam a superar a média nacional. Em 2013, a exportação cresceu 8% em número de pares e 1,9% em faturamento,
Para reverter esse quadro, Bergamin aposta em soluções como a sofisticação do produto nacional, o fortalecimento das marcas, a implementação de tecnologias na produção, o desenvolvimento da gestão das empresas, anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Cresce exportação de calçados capixabas
20% É a queda no número de empregos do setor de vestuário do ES no 1º semestre de 2014, na comparação com 2013 225
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Empregos da indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos caíram 20% no 1º semestre de 2014 em comparação a 2013
enquanto o segmento brasileiro registrou expansões de 8,5% e 0,2%, respectivamente. No período, os principais compradores dos produtos do Estado foram Equador (22%), Colômbia (10,3%), Arábia Saudita (7,4%), Angola (7,3%) e Bolívia (6,3%). Essas informações constam em relatório elaborado pela Associação Brasileira da Indústria de Calçados (Abicalçados), com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Para o presidente do Sindicato da Indústria de Calçados do Espírito Santo (Sindicalçados), Altamir Martins, a explicação para o bom desempenho são os investimentos que as fábricas locais estão realizando em design e em seu parque fabril. “A valorização do calçado capixaba se dá tanto no mercado externo quanto no interno, e isso acontece porque estamos investindo em modelos diferenciados”, esclarece. O ritmo apresentado pelo setor em 2014 indica que o desempenho será ainda melhor que o de
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2013. De janeiro a julho deste ano, as receitas com exportações superaram os R$ 2,51 milhões, expansão de 40% em relação ao mesmo período do ano passado. Em sete meses, o segmento exportou quase 73% do volume negociado em 2013, quando fechou em R$ 3,45 milhões. No total de unidades, os resultados são ainda melhores: crescimento de 58%, com 233.291 pares, o que representa mais de 82% dos 282.105 pares exportados durante todo o ano anterior. No mesmo período, a indústria nacional acumula alta de 3,4% em número de pares e queda de 3,1% em montante financeiro. “Em 2014, está se consolidando uma tendência observada nos últimos anos e é possível que continuemos crescendo, visto que as empresas continuam investindo na participação em feiras internacionais e em campanhas para os distribuidores. De modo geral, o setor capixaba deve fechar com crescimento de 5%, o que é um grande feito, tendo em vista o fraco desempenho da economia brasileira”, finaliza Martins.
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Revolução no ensino para aumentar a produtividade O caminho para a indústria brasileira é aumentar sua produtividade, e isso passa por revolução tecnológica e melhora na formação da mão de obra
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e quiser se manter e competir no mercado global, não há saída para a para a indústria brasileira que não seja aumentar sua produtividade. E isso exige uma verdadeira revolução na educação para a formação dos profissionais que irão atuar ou já atuam em empresas desse nível. É o que afirma o presidente do Conselho Temático de Educação da Findes (Conedu), Luciano Raizer. Ele aponta para a necessidade de investimentos no ensino, desde a base. “Nossa produtividade é cinco vezes menor do que a norte-americana. Nossa preocupação é que estamos estagnados nos últimos 20 anos. Precisamos passar por uma revolução tecnológica nas indústrias, e isso vai exigir outro nível de profissional. Sai o braçal e entra o tecnológico. Esse é um grande desafio. Precisamos ter educação básica de excelência”, ressaltou. Raizer destacou que o Conedu vem atuando de forma a apontar medidas que contribuam para uma melhor formação dos profissionais. Entre as propostas, o Conselho defende que haja um grande programa de avaliação da educação. “Sem medição, não existe melhoria. E precisamos ter referências, comparar com o que há de melhor e buscar modelos que deram certo”, ressaltou. Outro tema importante, segundo ele, é discutir inovação na educação, que independe do aparato tecnológico utilizado no ensino. “O aprendizado é individual, então é preciso inovar nas metodologias de ensino. Uma tendência é a sala de aula invertida, em que o aluno tem acesso ao conhecimento em qualquer ambiente, e a sala de aula se torna um espaço para aplicação daquele conteúdo”, explicou Raizer.
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Educação profissional Na educação profissional no Espírito Santo, o Senai se destaca. Foram 121.855 matrículas realizadas em 2013. Em 2014, o número subiu para 156 mil matrículas, o que deve ser superado em 2015. São quase 300 cursos, entre técnicos de nível médio, qualificações, aperfeiçoamentos e iniciações. De acordo com o diretor para Assuntos do Senai, Benízio Lázaro, a oferta de vagas tem crescido a cada ano, e a meta é a melhora constante da qualidade. “Queremos começar a mudança da educação no país pelo Senai-ES”, afirmou. anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Serra, Anchieta, Cachoeiro, São Mateus, Colatina, Linhares e Aracruz –, além das unidades móveis e agências de treinamento instaladas em parceria com prefeituras, a instituição já atende a 60 deles, em todas as regiões do Espírito Santo. “A meta é chegarmos aos 78 municípios. Para isso, estamos buscando parcerias com as prefeituras, e os cursos serão oferecidos após estudo das vocações locais e das demandas de cada um deles”, disse o diretor.
Ensino básico
Aula no Senai de Colatina: serviço atende a todas as regiões do Estado com unidades fixas e móveis
O dirigente informou que está sendo desenvolvido um projeto de avaliação que deve ser colocado em prática ainda este ano. O objetivo é fazer uma pesquisa detalhada com egressos da instituição para medir o nível de conhecimento adquirido durante os cursos e promover melhoras na formação. “Queremos o aluno do Senai sendo disputado pelas empresas. Nosso objetivo é provocar mudança para colocar no mercado profissionais do jeito que as empresas necessitam”, explicou. Outra meta para 2015 é levar o Senai a todos os municípios capixabas. Hoje, em suas nove unidades fixas – Vitória, Vila Velha, anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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O preparo para o mundo do trabalho começa na educação básica. E, no Sesi, ela é oferecida com uma metodologia que, já desde a educação infantil até o nono ano do ensino fundamental, é voltada para o empreendedorismo e o desenvolvimento de habilidades como trabalho em equipe, liderança e autonomia. São 11 unidades do Sesi no Estado, atendendo cerca de 12 mil alunos. O objetivo, segundo o diretor para Assuntos do Sesi, José Carlos Bergamin, é investir em inovação para melhorar cada vez mais a formação desses estudantes. Uma das novidades para 2015 é que os 16 músicos da Camerata Sesi vão ficar lotados nas escolas para desenvolver projetos com os alunos. “Sabemos que a música contribui muito para o desenvolvimento criativo do aluno. A indústria tradicional que conhecemos vai ser muito demandada em produtos sofisticados, de design, com alto valor agregado. Precisamos desenvolver na escola básica instrumentos que proporcionem o desenvolvimento criativo dos jovens”, ressaltou Bergamin.
Rede pública A educação em tempo integral e o ensino técnico são apostas da Secretaria de Estado da Educação (Sedu) para melhorar a qualidade do ensino e aumentar o interesse dos alunos da rede estadual, que tem 293.634 matriculados. O secretário de Estado da Educação, Klinger Barbosa, destacou que neste ano a jornada foi ampliada em 16 escolas de ensino fundamental e médio, e a meta é estendê-la para mais unidades. Nessa modalidade, a jornada é das 7h às 16h20, e mais de 2.000 alunos são beneficiados com atividades extras, como reforço escolar e preparação para o trabalho.
12 mil
alunos são atendidos em 11 unidades do Sesi no Estado
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e na continuidade dos investimentos em infraestrutura”, concluiu o secretário.
Rede privada
Feira de Robótica do Sesi: ensino é voltado para despertar criatividade e empreendedorismo nos alunos
Na educação profissional, foram abertas neste ano 22.675 vagas em diferentes modalidades de cursos técnicos. O secretário também destacou que, desde 2011, foram concluídas obras de construção, reconstrução, reforma e manutenção de 205 escolas, com investimento superior a R$ 217 milhões. Há outras 188 em andamento, e a previsão total de gastos é de R$ 213 milhões. Mais nove escolas estão em fase final de projeto, somando outros R$ 2 milhões na área de infraestrutura. Somente em 2014, foram dadas e concluídas 51 ordens de serviço, com investimento superior a R$13 milhões. Além disso, foram distribuídos 9.300 tablets para professores, e 6.500 educadores passaram por qualificação em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). “Acertando a infraestrutura, temos de focar muito na questão da aprendizagem”, justificou Klinger. Ele acrescentou que o Espírito Santo avançou em todos os níveis no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), avaliado pelo Ministério da Educação. “Só sete estados avançaram, e o Espírito Santo é um deles. Temos desafios muito grandes, principalmente no ensino médio, mas consideramos os resultados positivos. Para o próximo ano, teremos investimento forte em qualificação de professores, na chegada de tecnologia para a sala de aula, na jornada ampliada com aulas de reforço
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Na rede privada de ensino, apesar de 2014 ter sido um ano marcado por incertezas na economia como um todo, as perspectivas para 2015 são positivas, segundo avalia o presidente do Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Espírito Santo (Sinepe-ES), padre João Batista Gomes de Lima. Atualmente, a rede privada do Estado tem 83.202 alunos no ensino superior. Na educação básica, o segmento registrou 114.690 matrículas em 2013. Já nos cursos profissionais de nível técnico são mais 35 mil matrículas regulares. O setor emprega mais de 9.000 professores e cerca de 7.500 diretores, coordenadores e técnicos administrativos em geral, segundo o Sinepe-ES. “Nossa expectativa de crescimento para 2015 segue a tendência do Sudeste, que é de 8,21% no segmento de creche, por causa das mudanças na lei das empregadas domésticas e do aumento da modalidade do ensino infantil em tempo integral”, apontou padre João. Para o ensino fundamental, a expectativa é de crescimento acima de 3,5%. “Entendemos que esse percentual poderá ser estimulado com a maior oferta da modalidade em tempo integral, uma demanda das famílias de classe média que as escolas estão se organizando para atender”, acrescentou. Situação oposta acontece com o ensino médio, que vem registrando taxa negativa de crescimento desde 1999. Na modalidade da formação profissional de nível técnico, o setor privado está se organizando para aumentar sua oferta de vagas financiadas pelo Governo Federal. A expectativa é de que haja nesse segmento crescimento de 5,80% em 2015. Em todos os níveis de ensino, o que mais se expandiu foi o superior, cujo número de matriculas ampliou-se à taxa média anual de 8,17% no período de 2000 a 2010. “Nos três últimos anos esse ritmo de crescimento teve uma redução significativa, mas a nossa expectativa é de que o setor registre taxa de crescimento em torno de 6,5% em 2015”, disse o presidente do Sinepe-ES.
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economia | inovação Foto: Agência FIEP
Apesar de tímidos, avanços na área de inovação são considerados importantes para o arranjo industrial capixaba
Inovação: novidade para empresas capixabas Incentivos destinados ao ES ficaram em torno de R$ 50 milhões em 2014, mas empresários ainda não aprenderam a aplicar os recursos
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novação para apoiar o desenvolvimento. Em economias de vanguarda, esse é o cenário, e o Espírito Santo já deu os primeiros passos nessa direção. De acordo com dados do Conselho Temático de Política Industrial e Inovação Tecnológica (Conptec) da Findes, somados, recursos federais, estaduais e de iniciativas não governamentais disponibilizados para o Espírito Santo chegaram a mais de R$ 50 milhões em 2014. “São recursos para investir em desenvolvimento de novas tecnologias. Com o montante disponibilizado e as iniciativas que foram tomadas, podemos dizer que o ano de 2014 foi muito bom para a inovação”, afirmou o presidente do Conptec, Franco Machado.
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Só por meio do Tecnova, programa do Governo Federal desenvolvido em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), R$ 13 milhões foram investidos em 37 projetos. Outros R$ 30 milhões foram disponibilizados pelo Fundo de Desenvolvimento de Inovação, da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Trabalho (Sectti), gerido pelo Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes). Já o Inovacred, também administrado pelo Bandes, porém com recursos do Governo Federal, tem oferecido financiamentos de até RS 2 milhões para projetos de pequenas e médias empresas. Estas também anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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puderam obter recursos por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), pelos programas BNDES Inovação e MPME Inovadora. Em 2013, uma das principais reivindicações do empresariado capixaba era justamente a ampliação dos incentivos financeiros. No entanto, segundo Machado, ainda falta aos capixabas conhecimento suficiente para obter os recursos que agora estão disponíveis. “Na realidade, ter o valor disponível não significa que ele será efetivamente aplicado. Infelizmente falta-nos a cultura para inovar. Embora avanços significativos já tenham sido obtidos, os esforços ainda são tímidos”, explicou. Para incrementar os resultados nessa área, o InovaFindes – Núcleo de Inovação do Sistema Findes – desenvolveu importantes atividades no sentido de instruir e conscientizar empresários
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e outros atores envolvidos na cadeia produtiva estadual sobre a importância da inovação. O Movimento para Inovar, que oferece capacitação e consultoria para as micro e pequenas indústrias, esteve presente em sete eventos espalhados pelo Espírito Santo e alcançou mais de 100 participantes. Já por meio do Edital Senai Sesi de Inovação, seis projetos capixabas foram submetidos a análise para captação de recursos este ano. O Inova Findes também desenvolveu o Inova Talentos, que busca captação, preparação e monitoramento de talentos, oferecendo bolsas de estudos para graduação e mestrado. “Já notamos um esforço crescente na formação de uma cultura voltada para a inovação. Acredito que, nos próximos anos, o desenvolvimento da indústria naval e do segmento de óleo e gás vai forçar os empresários a buscarem novos desafios”, concluiu Machado.
R$ 30 milhões Foi o valor disponibilizado em 2014 pelo Fundo de Desenvolvimento de Inovação da Sectti
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economia | Química e Embalagens
Alta carga tributária, aumento de custos e baixa qualificação de mão de obra são entraves para crescimento da indústria química e de embalagens no Espírito Santo
Setores de químicos e embalagens buscam alternativas Qualificação de mão de obra pode ser saída para cenário negativo
O
ano foi de qualificação de mão de obra para as indústrias química e de embalagens no Espírito Santo. Depois de experimentarem resultados pouco animadores em 2013, os dois setores fecharam parcerias em cursos de especialização de trabalhadores, mesmo enfrentando um 2014 com cenário econômico praticamente idêntico. Na indústria química, os principais investimentos foram para o segmento de cosméticos.
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O Brasil é o terceiro maior consumidor de cosméticos do mundo e, de olho nesse nicho, o Sindicato da Indústria de Produtos Químicos do Espírito Santo (Sindiquímicos-ES), em uma parceria com o Sebrae-ES, iniciou os cursos do projeto coletivo “Desenvolvimento das Indústrias de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos do Espírito Santo”. De acordo com o Sindiquímicos, das 27 empresas capixabas do setor, 23 aderiram. anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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“O objetivo é qualificar as indústrias dentro das normativas exigidas pelo mercado, e o alto índice de adesão indica que temos empresários conscientes. Isso torna o setor mais unido”, afirmou o presidente do Sindiquímicos-ES, Elias Cucco Dias. Segundo ele, a indústria de cosméticos é o que “salva o setor químico”, que vem enfrentando tempos difíceis. “O primeiro semestre de 2014 foi muito ruim para a indústria em geral, e o setor de químicos é o primeiro a sentir. E neste segundo semestre não observamos nenhuma melhora”, disse. Para o presidente, o maior problema é a carga tributária, que chega a 35% do custo operacional e interfere negativamente nas vendas. Em julho deste ano, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), as vendas de produtos químicos para o mercado interno tiveram queda de 10,20% em relação a julho de 2013. Já a participação dos importados no mercado brasileiro chega a 35%, maior nível registrado desde o início dos anos 1990. Para a indústria de embalagens, 2014 também foi um ano negativo. Levantamentos do anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Sindicato da Indústria de Material Plástico do ES (Sindiplast-ES) apontaram que o setor sofreu uma série de aumentos em seus custos, incluindo 5,7% em mão de obra, 14,86% em peças e serviços, 22% a 26% em energia elétrica e, 9,61% em resinas termoplásticas. Em seu site, o sindicato sugere que o repasse “deve ser acima dos 10%, sob risco de perda de competitividade e inviabilização do negócio caso esta medida não seja tomada”. A esperança pode estar em uma parceria firmada entre o Sindiplast-ES e o Senai-ES. A Escola do Plástico, que iniciou suas atividades em novembro de 2013, tem como objetivo atender uma das grandes deficiências do setor, que é a falta de mão de obra qualificada para a área de produção, qualidade e desenvolvimento de novos produtos. “Estamos requalificando trabalhadores que já atuam na indústria. Melhorando o conhecimento técnico, aumentamos a qualidade do produto e o desempenho da indústria. Neste primeiro ano obtivemos resultados muito positivos”, afirmou o presidente do Sindiplast-ES, Neviton Helmer Gasparini.
35% É o índice de participação dos importados no mercado brasileiro de produtos químicos 235
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economia | meio ambiente e sustentabilidade
Avanços na questão ambiental Entre as conquistas da indústria em 2014, sistema de licenciamento ambiental passou a ser informatizado, dando mais agilidade e transparência ao processo
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ano de 2014 marca uma mudança primordial para que o desenvolvimento econômico do Espírito Santo aconteça de maneira ambientalmente sustentável. Com mais de 7.000 pedidos de licenciamento ambiental na fila aguardando andamento, o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) implantou um pacote de ações, como o Iema On-Line, que conseguiram reduzir esse passivo para 4.000 processos. Essa foi uma das principais conquistas do ano, apontou o presidente do Conselho Temático de Meio Ambiente (Consuma) da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Wilmar Barros Barbosa. O grupo vem atuando na interlocução com diferentes setores no sentido de propor medidas que facilitem às empresas o cumprimento das leis. A meta, segundo o diretor-presidente do Iema, Tarcísio Föeger, é zerar a fila de pedidos de licenciamento este ano. Com o Iema On-Line, implantado em julho, mais de dois milhões de documentos dirigidos ao órgão ambiental foram digitalizados, e o sistema de licenciamento passou a ser via internet. O programa permite obter Certidões Negativas de Débitos Ambientais (CNDAs) e solicitar dispensas de licenciamento, além de Licenças Simplificadas (LSs) e Licenças Únicas (LUs) para empreendimentos de pequeno porte, ou seja, que não precisam apresentar relatórios/estudos de impactos ambientais. “Antes, uma CNDA, que é necessária para dar entrada em qualquer processo de licenciamento, levava em média dois meses para ficar pronta. Agora, é em tempo real”, explicou Föeger. Já são emitidas on-line também as Licenças Simplificadas para torres de telefonia, aplicações de produtos para controle de pragas e vetores e para o transporte rodoviário. Há também a Licença Única disponível para a atividade de transporte rodoviário de produtos perigosos.
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O próximo passo é a inclusão de solicitação e emissão de licenças ambientais para empreendimentos de médio e grande impacto ambiental, incluindo setores como o da mineração. O contrato para implementar o sistema foi de aproximadamente R$ 2,8 milhões. O diretor-presidente do Iema acrescentou que houve outros investimentos no sentido de agilizar os processos, como melhorias na infraestrutura do órgão, implantação do Sistema de Gerenciamento Eletrônico de Documentos e a contratação de novos funcionários, assim como uma reorganização interna. Além disso, foi firmado um contrato de R$ 8 milhões com a Fundação Coordenação de Projetos, Pesquisas e Estudos Tecnológicos (Coppetec-UFRJ), um dos maiores centros de pesquisa da América Latina, para dar mais celeridade à tramitação dos processos e agilidade e segurança às análises técnicas. “São dois grandes desafios que o Estado vem encarando. O primeiro é dinamizar a economia, gerar emprego e renda; e o outro é manter a qualidade ambiental, ou seja, atrair grandes anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Com a criação do Iema On-Line, mais de 2 milhões de documentos do órgão ambiental foram digitalizados e o sistema de licenciamento passou a ser via internet
investimentos conservando o meio ambiente”, destacou Tarcísio Föeger.
Atuação do Consuma De acordo com Wilmar Barbosa, o Consuma tem um papel fundamental para o desenvolvimento sustentável das indústrias capixabas. Além de orientar os empresários nas questões ambientais, também representa o setor em diversos fóruns, onde acontecem discussões e deliberações importantes acerca do cenário ambiental estadual e federal. “O Estado passou por um processo de avanços em diferentes enfoques da problemática ambiental, e o órgão hoje tem dado uma atenção crescente às soluções para os problemas dos empreendedores. A relação de empreendedor e órgão ambiental está plena”, ressaltou Barbosa. Comprovando a afirmação, o diretor exemplifica citando a formação de um Grupo de Trabalho entre Iema, Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Seama), Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) e a Findes, anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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por meio do Consuma. “A formação desse grupo foi uma grande conquista, um desejo de muitos anos, pois nele serão debatidos e deliberados assuntos ligados ao meio ambiente e recursos hídricos das micro e pequenas empresas do Espírito Santo, dando a elas maior oportunidade de apresentarem, por meio da representação do Consuma, e resolverem seus problemas ambientais”, destacou Barbosa.
Prêmio destaca boas práticas empresariais Outro destaque do ano foi o Prêmio Findes/ Senai de Meio Ambiente 2014, que recebeu quase o dobro do número de inscrições da edição anterior. A premiação reconhece iniciativas das indústrias na adoção de ações que resultem na melhoria do meio ambiente e da qualidade de vida no seu entorno. São oito categorias: Resíduos Sólidos, Qualidade do Ar, Proteção dos Recursos Hídricos, Uso de Tecnologias Limpas, Educação Ambiental, Responsabilidade Social, Micro e Pequenas Indústrias e Relação com Partes Interessadas.
7 mil pedidos de
licenciamento ambiental aguardavam na fila antes da implantação do Iema On Line 237
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economia | INDÚSTRIA CRIATIVA
Indústria criativa pode impulsionar a economia capixaba A economia criativa emerge, no mundo, como um dos principais pilares do desenvolvimento econômico
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om uma cadeia produtiva extensa, a indústria criativa responde, no Brasil, por uma movimentação econômica de cerca de R$ 735 bilhões– o equivalente a 18% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, segundo dados da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) relativos ao ano de 2012. Os números levam em conta áreas que vão desde cinema e música até arquitetura e design, incluindo atividades indiretas, relacionadas a apoio em produção e serviços. Definidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) como “o conjunto de atividades baseadas no conhecimento, na inovação e na tecnologia da informação, que produz bens – tangíveis ou intangíveis (serviços intelectuais ou artísticos) – com conteúdo criativo, valor cultural e valor econômico, que ampliam os objetivos de mercado”, essas indústrias respondem por 10% de toda a economia mundial. No Espírito Santo, também em 2012, apenas o núcleo criativo movimentou R$ 1,6 bilhão, com uma participação de 1,7% no PIB estadual. Mas, se considerada a produção de todos os elos da cadeia da indústria criativa, que inclui atividades relacionadas e de apoio, a cifra chega a R$ 16,4 bilhões no período, o equivalente a 18% do PIB capixaba. As empresas geram mais de 222 mil empregos formais, segundo o Instituto de Desenvolvimento Industrial do Espírito Santo (Ideies).
Articulação com a cadeia produtiva Atenta ao crescimento desse segmento, a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) vem promovendo ações para mapear iniciativas, capacitar profissionais e fomentar atividades da área criativa junto aos setores tradicionais, para identificar as potencialidades capixabas. “A indústria criativa é de 238
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suma importância para a indústria tradicional. Em 2013, o PIB capixaba encolheu 1,1%, e deve ficar próximo de zero ou ter uma queda em 2014. E o que está puxando essa queda é, principalmente, a indústria da transformação, que retraiu 10,51% em 2013 e 5,7% até junho/2014. Setores como o de alimentos e bebidas, vestuário e moveleiro precisam buscar nichos de mercado para se desenvolver, e a indústria criativa pode ajudar a melhorar a sua competitividade, pois trata-se de inserir a cultura do design nas empresas e descobrir como essa ferramenta pode ajudá-las a serem mais competitivas”, explicou o consultor do Comitê para Desenvolvimento da Indústria Criativa do Sistema Findes, Antonio Doria Porto. O primeiro passo foi criar o Comitê, em 2012, que trabalha com um projeto piloto em conjunto com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae-ES), Sesi e Senai. De 600 empresas catalogadas, foram selecionadas 15 do setor de confecções, moveleiro e de rochas ornamentais, que já tinham um processo criativo formalizado. A aplicação da metodologia, desenvolvida pelo anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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trabalhar e valorizar a marca de Vitória aos olhos do mundo, podendo competir com outras cidades para atrair talentos e investimentos e fortalecer o turismo. Além de fóruns e seminários, um portal está sendo elaborado para servir de vitrine para as empresas e os profissionais dos setores criativos.
Iniciativas locais
O Vitória Moda, que já se encontra na sua sétima edição, é um case de sucesso da indústria criativa capixaba e mobiliza milhares de visitantes e compradores de outros estados
Ideies, já está sendo executada nessas empresas e será finalizada em dezembro deste ano. “Quando terminar, o projeto será aplicado pelo Sebrae Nacional em outros estados”, afirma Porto. Segundo ele, como o público-alvo do Sebrae são as micro e pequenas empresas, a intenção é que o método também seja aplicado nas médias empresas, através do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES). Para o presidente do Comitê, José Carlos Bergamin, o método estimulará as companhias a continuar se aprimorando. “As empresas já estão demandando outras necessidades para acelerar o seu crescimento, especialmente na área de gestão”, disse. Após trabalhar com entidades e projetos no Sistema Findes, o Comitê passou a se alinhar a outros órgãos capixabas que desenvolvem projetos relacionados à economia criativa. Com isso, nasceu a parceria entre a Findes, a Prefeitura de Vitória – por meio das secretarias de Turismo, Trabalho e Renda e de Cultura –, a Companhia de Desenvolvimento de Vitória (CDV) e o Sebrae, para lançar o projeto Vitória Criativa. O objetivo é articular e impulsionar o desenvolvimento dos diversos elos das cadeias produtivas e formular estratégias para anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Em dezembro de 2013, o primeiro modelo de Arranjo Produtivo Local (APL) foi criado e já selecionado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior: o Corredor Criativo Nestor Gomes, uma das principais vias do Centro de Vitória, formado por 11 empreendimentos que convergem para o eixo cultural, tais como artes visuais e cênicas, música, cinema e vídeo, arquitetura, design, artesanato e eventos culturais. Um dos objetivos do Corredor é requalificar e revitalizar o centro histórico de Vitória. O Sistema Findes é parceiro do projeto e apoia as ações de governança. Outro setor que vem tendo uma atenção especial é o do vestuário, um dos mais influenciados pela indústria criativa e que vem buscando agregar valor à produção capixaba. Com esse objetivo, o Sistema Findes implantou em 2014 o Senai Centromoda em Colatina, um centro de referência da indústria da moda que vai atender às demandas do segmento, principalmente para a qualificação de mão de obra. Em 2015, será inaugurado o Centromoda de Vila Velha. “Precisamos estimular e qualificar o setor para oferecer produtos com design e de maior valor agregado. O Estado já faz moda com qualidade, mas temos que trabalhar para o desenvolvimento das marcas de modo que elas sejam percebidas e se posicionem melhor no mercado”, explicou Bergamin. Segundo ele, o Vitória Moda, evento promovido pelo Sistema Findes, Câmara do Vestuário e Sebrae-ES, é a base desse movimento. Este ano ele foi todo redesenhado e contou com duas etapas: uma em Vitória, onde foi lançado o Salão da Economia Criativa, mostrando os produtos e serviços de 20 micro e pequenas empresas; e outra em Colatina, realizada em agosto, onde funcionou o Balcão de Negócios, iniciativa que movimentou cerca de R$ 17 milhões. “Ao transformar o artista em empresário da arte e a sua arte em negócio, as empresas vão aumentar o faturamento e a competitividade no mercado”, finaliza Bergamin.
222 mil É o número de empregos formais que as empresas de toda a cadeia da indústria criativa geram no ES 239
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economia | políticas públicas
Burocracia e termos legais obscuros são empecilhos para que a indústria capixaba possa se desenvolver melhor
Luta contra a desburocratização no mercado capixaba Sistema Findes cria Diretoria de Políticas Públicas para melhorar competitividade das empresas capixabas e enfrentar obstáculos das leis
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esburocratização e melhores leis para que a indústria tenha condições de se desenvolver no Estado. Essas são algumas das metas que a recém-criada Diretoria para Assuntos de Políticas Públicas Industriais da Findes pretende alcançar. A Diretoria é uma das novidades do segundo mandato do presidente Marcos Guerra à frente do Sistema Findes. Para conduzi-la, ele nomeou como diretor para Assuntos de Políticas Públicas Industriais o empresário da indústria da construção civil Paulo Baraona, que explicou que as atividades estão ainda em fase inicial. “A ideia é nos inteirarmos sobre os projetos de lei que estão sendo analisados nas áreas federal, estadual e municipal para que possamos acompanhá-los com o apoio de entidades como a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Sistema Findes”, esclareceu.
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O dirigente apontou que um dos entraves para o desenvolvimento e o crescimento da indústria tem sido a burocracia, além dos termos empregados nas leis, que acabam gerando dúvidas, interpretações dúbias e insegurança. Assim, até que haja um panorama mais claro, muitos investimentos do empresariado ficam em suspenso. A atenção à burocracia é fundamental para que a indústria se mantenha pujante. Pesquisa da CNI mostrou que ela foi um dos grandes vilões do déficit da indústria brasileira em 2013, que chegou a US$ 105 bilhões.
Conquistas A criação da Diretoria de Políticas Públicas Industriais na Findes está alinhada com o “Marco Estratégico da Indústria Capixaba
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Confira as propostas da indústria para o desenvolvimento do Estado • Educação: melhorar a qualidade do ensino básico e profissional. • Infraestrutura logística e comércio exterior: construção e implantação de vários portos atualmente previstos. • Complexo portuário e cadeias de valor: fazer uma agressiva política de atração de empresas transnacionais. • Petróleo e gás: articular parcerias para inserção do Estado nas iniciativas do desenvolvimento do setor no Brasil. • Energia: articular ações de expansão de geração e abastecimento de energia elétrica no Espírito Santo, priorizando a utilização do gás natural. • Comércio exterior: criar o Conselho Estadual de Comércio Exterior. • Malha ferroviária: atuar junto ao Governo Federal e à Vale para viabilizar a Ferrovia Litorânea Sul e a ampliação da utilização da EFVM. • Malha viária: agilizar a implantação dos eixos logísticos estaduais previstos. • Aeroportos regionais: viabilizar as melhorias previstas, para que possam operar independentes do aeroporto de Vitória. • Mobilidade urbana: agilizar a implantação do BRT. • Licenças e alvarás: discutir previamente com o setor privado os planos e os prazos para implantação de medidas que tenham impacto econômico e financeiro. • Reciclagem: linhas de financiamento para as empresas ligadas à área de resíduos sólidos. • Questão tributária: estender o prazo de recolhimento do ICMS a fim de aproximá-lo da data de recebimento das vendas. • Sistema financeiro do Governo Estadual: criar programas e linhas de atuação do Bandes e do Banestes diferenciados para as regiões fora da área da Sudene. • Inovações tecnológicas e não tecnológicas: apoiar, financeiramente, a implantação do Parque Tecnológico de Vitória. • Indústria criativa: criar o Conselho Estadual da Indústria Criativa. • Interiorização do desenvolvimento: apoiar a construção de novos polos industriais. • Relações trabalhistas: articular com a bancada federal visando à aprovação, no Congresso, de projeto de lei que regulamente a terceirização realizada com responsabilidade e segurança para trabalhadores e empresas.
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2013/2022”, que serve como “Agenda para o Desenvolvimento da Indústria Capixaba”. O documento traça metas para o segundo setor no período entre 2015 e 2022. A nova pasta vai garantir outras importantes conquistas, como as que foram obtidas pela Findes em 2014. Em junho, o Governo do Estado, após antiga reivindicação, anunciou o lançamento do Sistema de Licenciamento Ambiental Online, o Iema Online. A partir de então, é possível obter, via internet, Certidões de Débitos Ambientais (CNDAs) e dispensas de licenciamento, além de licenças simplificadas e licenças únicas. O responsável pela obra não precisará apresentar relatórios/estudos ambientais para a obtenção dos documentos. “Isso foi ótimo, tirou muitas indústrias da fila. Também destaco que os nossos pedidos em relação à mobilidade urbana têm sido ouvidos. Algumas obras já estão sendo feitas. Em Colatina, foi feito um desvio do Centro da cidade, o que melhorou em muito os gargalos que existiam antes. Já na Grande Vitória, há a questão do BRT e da construção do Contorno de Jacaraípe (orçado em quase R$ 90 milhões e previsto para ser finalizado em 2015)”, frisou Guerra. Além disso, dentro da “Agenda para o Desenvolvimento da Indústria Capixaba” encontra-se o projeto da Findes, em parceria com os governos, para a interiorização da educação técnica. Um dos marcos da iniciativa foi a formatura de 4.800 alunos do Senai-ES pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), em julho de 2014. E para manter o Estado no caminho do crescimento sustentável, a Findes entregou aos candidatos ao Governo do Estado a agenda “Caminhos para o Desenvolvimento Econômico do Espírito Santo” (veja algumas propostas na tabela). Trata-se de um documento com sugestões em 18 áreas. No dia 11 de setembro de 2014, a entidade realizou evento para apresentar suas demandas e ouvir as propostas dos candidatos ao Governo do Estado Roberto Carlos (PT), Paulo Hartung (PMDB) e Renato Casagrande (PSB). “Todos os candidatos foram muito receptivos. Digo que nossas demandas não propõem volume, mas, sim, qualidade”, finalizou Marcos Guerra.
R$ 90 milhões É o valor previsto para construção do contorno de Jacaraípe
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artigo | inovação
Gestão da inovação
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a sua noção mais abrangente, inovação significa novidade ou renovação, aplicada aos inúmeros aspectos relacionados à criatividade humana. Atualmente, o termo inovação tem sido empregado de forma mais específica para designar ideias capazes de gerar produtos que tenham valor para a sociedade em geral. É um daqueles conceitos que surgem de tempos em tempos e que tendem a ser utilizados como panaceia, isto é, “remédio para todos os males”. Entretanto, a gestão da inovação na vida real, de forma a transformá-la no pilar capaz de fazer a diferença entre sucesso e fracasso, é algo mais complexo do que pode parecer. Neste artigo, abordarei aspectos que entendo como fundamentais, de maneira a assegurar que a jornada da ideia à geração de valor seja a mais eficaz possível. O primeiro passo para transformar ideias em ativos é fugir da armadilha do corte de investimentos em áreas estratégicas, que tendem a entregar os seus resultados mais a médio e longo prazo. Isso é válido para qualquer tipo de organização, de uma pequena empresa a um país. Para evitar que isso ocorra, é essencial buscar um estreito alinhamento entre as frentes de inovação e a estratégia das organizações, pois nesse caso será mais fácil quantificar o dano que uma redução de custo imediatista pode provocar na sustentabilidade dos negócios. Esse talvez seja um dos principais problemas atuais do Brasil, em que as prioridades de curto prazo, somadas à falta de planejamento estratégico, acabam por reduzir a alocação dos recursos nas áreas que demandam maior inovação. Fernando de Lellis Estas pressupõem maior risco, mas podem sigGarcia Bertolucci nificar saltos de competitividade para o país. é presidente da Fibria Um segundo aspecto, essencial para a boa gestão da inovação nas organizações, é estabelecer uma carteira de projetos com objetivos alinhados com os reais compromissos assumidos junto às partes interessadas. Para fazer isso com sucesso, há que se desenvolver análises de cenários, com visão de curto, médio e longo prazo, para que a decisão sobre os projetos a conduzir e a interromper seja a mais técnica e isenta possível, sem influência de interesses individuais, como muitas vezes ocorre. Sobretudo, o que se consegue com esse processo é evitar o foco em assuntos “da moda”, em vez de colocar recursos naquelas linhas de inovação que realmente fazem diferença.
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Outra armadilha, quando a discussão dos objetivos não é bem feita, é a definição dos projetos com base na capacitação dos recursos humanos disponíveis. Ou seja, em lugar de se focar os projetos nas reais necessidades da organização, constrói-se um portfólio com base na formação técnica daqueles que estão disponíveis para conduzir os projetos. Um erro crasso e comum, por exemplo, em algumas universidades. Adicionalmente, ainda tratando da gestão da carteira de projetos de inovação, esta deve apresentar um bom equilíbrio entre projetos ligados à inovação incremental, com entregas de curto prazo essenciais para a sustentabilidade imediata do empreendimento; projetos de inovação radical, que envolvem maior risco, mas que potencialmente podem gerar saltos de competitividade nos negócios atuais; e projetos de inovação disruptiva, que buscam explorar novos mercados. Finalmente, é importante ressaltar que a gestão da inovação pressupõe soluções imediatas mas, sobretudo, um compromisso com o longo prazo em busca de ganhos anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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realmente diferenciais. A título de ilustração desse conceito, cito algumas inovações esperadas até 2025, segundo estudo publicado este ano pela Thomsom Reuters (“The World in 2025 – 10 Predictions of Innovation”): • Redução dos níveis de demência e mal de Alzheimer, por meio de novas descobertas ligadas ao genoma humano e à genética das mutações. • A energia solar será a maior fonte de energia do planeta, graças a novas descobertas relacionadas a captação, estocagem e conversão da luz solar. • O transporte de passageiros ainda será feito principalmente por carros e aviões, mas estes serão mais inteligentes, leves e movidos a baterias recarregáveis. • Embalagens derivadas de petróleo ou de outras fontes fósseis serão história, em função do desenvolvimento de produtos à base de nanocelulose, 100% biodegradáveis. • Tratamentos para o câncer terão reduzido os efeitos colaterais, graças ao desenvolvimento de drogas com proteínas e anticorpos com mecanismos de ação muito mais precisos. anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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• Mapeamento de DNA no momento do nascimento será uma realidade e uma norma, como forma de gerenciamento antecipado de possíveis doenças. Encerrando esta reflexão, pelos exemplos apresentados, fica evidente que a inovação, desde que bem conduzida, pode ser uma estrada segura para nos levar a um mundo melhor. Uma prova disso é o quanto nos tornamos mais longevos nos últimos séculos. Todavia, novos desafios surgem continuamente. Estudos indicam que em 2050 poderemos ter um déficit global de vários tipos de recursos (terra e água, por exemplo), em função do crescimento populacional - afinal, seremos quase 10 bilhões de pessoas! É responsabilidade de todos nós encontrarmos saídas para mitigar esses impactos, gerando mais valor para a sociedade, com menor uso dos recursos naturais. Temos que tornar real o mantra do “produzir mais, com menos”. Isso só será possível se a pesquisa e a inovação forem tratadas com a devida prioridade, além de gerenciadas de forma eficaz e moderna, com a visão holística que os recursos naturais merecem.
“É importante ressaltar que a gestão da inovação pressupõe soluções imediatas mas, sobretudo, um compromisso com o longo prazo em busca de ganhos realmente diferenciais”
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artigo | INDÚSTRIA
Indústria naval no Espírito Santo
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pós um período de estagnação, a indústria naval brasileira experimentou na última década um movimento de retomada de investimentos que se refletiu tanto na expansão e modernização da capacidade produtiva, quanto no aumento da produção de embarcações. Essa retomada ocorre especialmente em função das encomendas da Petrobras. Coube aos estaleiros o desafio da recuperação da competitividade e da produtividade. Nesse contexto, a Petrobras passou a encomendar plataformas e navios no mercado doméstico seguindo regras de conteúdo nacional. Essa política foi importante para o ressurgimento da indústria naval, que havia nascido pelas mãos do presidente Juscelino Kubitschek, em meados dos anos 50, foi significativa na década de 70, mas entrou em crise a partir dos anos 80. Hoje, o grande desafio da indústria nacional ainda é atender às demandas de conteúdo local de forma competitiva, vencidas as etapas de reativação da indústria e capacidade de produção. Há previsão de demanda por 25, 30 anos, o que vai sustentar a indústria naval brasileira. Nesse período terão que ser resolvidos problemas da curva de aprendizado, como produtividade, custo da mão de obra, domínio da tecnologia. Se no país a indústria naval vem passando Luciana por um processo de restruturação e renasAboudib Sandri cimento desde 2000, no Espírito Santo ela é diretora ainda está nascendo. Nesse cenário, destaca-se institucional do Estaleiro Jurong a instalação aqui no Estado do Estaleiro Jurong Aracruz (EJA) Aracruz (EJA), uma empresa subsidiária do Grupo Sembcorp Marine de Singapura, líder mundial na produção de embarcações off-shore, tais como: navios-sonda, jack-ups e plataformas do tipo FPSO, entre outras. O estaleiro está em fase de construção simultânea com início da produção de chapas de aço para o primeiro navio-sonda, a ser entregue em junho de 2015 à Petrobras. O Estaleiro Jurong Aracruz já possui contrato assinado com a Sete Brasil para construção de sete navios-sondas no modelo Jurong Espadon, para serem afretados pela Petrobras e operados pelas empresas norueguesas
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Fotos: Divulgação
Vista aérea da obra do Estaleiro Jurong Aracruz, com o quebramar sul e o finger píer em destaque
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Seadrill e Odjefell, além da integração de duas FPSOs: a P-68 e a P-71. Na fase de construção, estão sendo gerados cerca de 2.000 empregos diretos e indiretos, mas esse número aumentará no pico de contratação para 5.400 empregos diretos, em agosto de 2016. As perspectivas são promissoras, uma vez que estudo recente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta crescimento da indústria naval brasileira de 19,5% ao ano desde 2000, e os investimentos no setor já atingem cerca de R$ 149,5 bilhões. Desde então, as encomendas da Petrobras, que gradativamente priorizaram o conteúdo local, impactaram o setor e atraíram investimentos. Na época eram 1.900 empregados no setor naval e, hoje, são aproximadamente 70 mil trabalhadores. Esse crescimento demonstra a importância que a indústria naval e off-shore passou a ter no mercado nacional. O ressurgimento se deu graças a estímulos vinculados à expansão do setor de petróleo e gás e ao início da exploração do présal, que aumentou a demanda e multiplicou os estaleiros, em sua maioria especializados em embarcações de apoio às plataformas. Os próximos 30 anos são promissores, pois ainda há pré-sal a ser descoberto e petróleo a ser explorado em águas profundas.Com as encomendas já realizadas até 2020, os investimentos no setor devem ultrapassar os R$ 200 bilhões. O grande desafio continua sendo a competitividade com o mercado internacional devido ao custo Brasil, uma vez que a atual carteira de encomendas é garantida pela Petrobras. Na indústria naval, a demanda por embarcações off-shore é sustentável no longo prazo, já que o Plano de Negócios e Gestão 20142018 da Petrobras prevê investimento total direcionado para essa indústria da ordem de US$ 100,7 bilhões até 2020. Segundo a companhia, esse investimento se refere à contratação de 38 plataformas, 28 sondas de perfuração, 88 navios petroleiros e 146 embarcações de apoio, o que gera oportunidades para os diversos elos da cadeia de fornecimento.
“Com as encomendas já realizadas até 2020, os investimentos no setor devem ultrapassar os R$ 200 bilhões. O grande desafio continua sendo a competitividade com o mercado internacional”
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artigo | INDÚSTRIA
Estaleiro Jurong
Ainda de acordo com a Petrobras, a manutenção da curva de produção em quatro milhões de barris por dia até 2030, segundo seu plano estratégico, indica que a empresa continuará demandando a indústria naval brasileira e seus fornecedores, tanto para investimento em novas embarcações quanto para manutenção e reposição de equipamentos, com exigência de conteúdo local. A estatal também garantiu que outras 14 novas plataformas serão contratadas de estaleiros nacionais até 2018. No horizonte 2020-2030, a previsão é de contratação de mais 41 plataformas, que serão alocadas em Libra, no excedente da cessão onerosa, em outros campos do pós-sal já concedidos, bem como em campos previstos oriundos de novas rodadas de licitação. O reaquecimento da indústria naval alavanca também outros segmentos da indústria, como os de máquinas, equipamentos pesados, caldeiraria, elétrica e automação. Um destaque é o guindaste flutuante, o maior da América Latina, construído especialmente para o Estaleiro Jurong Aracruz, com capacidade de 3.600 toneladas, que também atenderá a demandas do mercado brasileiro.
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No caso do Estaleiro Jurong Aracruz, várias ações vêm sendo desenvolvidas buscando a preparação e aproveitamento da mão de obra local, tais como treinamentos, programas de trainees e jovem aprendiz. O programa de trainee levou 21 engenheiros para treinamento de seis meses nos estaleiros do grupo em Singapura. Até o momento, cerca de R$ 2 milhões foram investidos pela empresa no treinamento de quase duas mil pessoas das comunidades vizinhas ao empreendimento. Além disso, 23 estudantes formados pelo Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) tiveram oportunidade de passar por treinamento em tecnologia naval no Instituto Ngee Ann de Singapura, que é referência no setor. Esse grupo já retornou e está atuando no início das operações do Estaleiro Jurong Aracruz. Um grupo de 27 estudantes do Ifes encontra-se em Singapura, e uma nova turma de 30 estudantes está sendo selecionada para o ano que vem. O programa tem a duração de cinco anos e é financiado integralmente pelo Grupo Sembcorp Marine, um investimento de US$ 4 milhões. O desafio da indústria naval brasileira é alcançar competitividade, com qualidade, preços e prazos respeitados, trabalhando com tecnologia, produtividade e a cadeia de fornecedores.
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artigo | Desenvolvimento econômico e Social
Um desenvolvimento que não acontece por acaso
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om crise se cresce”. Essa expressão ficou famosa durante a crise econômica que assolou a economia mundial no ano de 2008. E, de fato, parece fazer algum sentido, já que os revezes nos fazem pensar de maneira diferente, exercitar a criatividade e buscar novos caminhos para chegar aos objetivos desejados. Aqui no Espírito Santo também passamos por algumas crises. Estamos superando os desafios das mudanças no Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap) e convivemos com o debate sobre a distribuição dos royalties do petróleo – por hora, sob os cuidados do Supremo Tribunal Federal – e, ouso dizer, estamos no caminho certo. Isso porque, para evitar, ou ao menos reduzir, os efeitos das “crises”, decidimos apostar numa política de diversificação e interiorização do desenvolvimento. Nosso objetivo é levar empresas para além da Grande Vitória, fortalecendo a economia e permitindo que as pessoas ganhem em qualidade de vida sem saírem de suas regiões. Além disso, entendemos que uma economia diversificada deixará nosso Espírito Santo menos suscetível aos altos e baixos dos mercados, já que os segmentos em avanço servem como uma espécie de “contrapeso” para os setores que, por algum motivo, estejam em dificuldades, assim equilibrando o sistema. Nery Vicente Como o desenvolvimento não acontece por Milani De Rossi acaso, temos no Estado uma “caixa de ferraé secretário mentas” que auxilia o processo de atração de de Estado de Desenvolvimento do empresas e favorece o processo de diversificação e Espírito Santo descentralização. Nossa proposta é oferecer diferenciais para que os empreendedores encontrem aqui as condições ideais para a implantação de seus negócios, com competitividade e perspectiva de crescimento. Além da localização geográfica privilegiada e de uma política com regras claras e estáveis, nossas ferramentas incluem ainda itens como o Invest-ES, Programa de Incentivo ao Investimento. De 2011 a 2013, conquistamos cerca de 140 novos empreendimentos, que consolidaram investimentos superiores a R$ 11 bilhões no Estado. Contamos também com os Contratos de Competitividade, que garantem diferenciais
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para que 21 importantes setores produtivos da economia capixaba se tornem mais competitivos. O Fundepar – Fundo de Desenvolvimento e Participações –, com aporte de R$ 200 milhões do Governo do Estado, tem papel importante na atração e desenvolvimento de empresas no Espírito Santo. A essas ações soma-se ainda o fato de contarmos com 28 municípios incluídos na área da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), que prevê incentivos fiscais federais para a implantação de novos empreendimentos. E essa soma vem gerando excelentes resultados. Recente publicação do Valor Econômico, a Valor 1000, que lista as mil maiores empresas do Brasil, tendo como base a receita líquida, revela que nossa política
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de desenvolvimento tem gerado resultados positivos. Dentre as companhias relacionadas pela publicação, mais de duas dezenas estão no Espírito Santo, distribuídas em diversos segmentos, como químico, comércio atacadista e exterior, agropecuária, alimentos, transportes e logística, comércio varejista, petróleo e gás, água e saneamento, metalurgia e mineração. O Espírito Santo tem hoje a maior carteira de investimentos privados do Brasil. Para os próximos cinco anos, são previstos mais de R$ 110 bilhões em investimentos nos mais diversos campos, como indústria, infraestrutura e petróleo e gás, entre outros. Além da diversificação, essas empresas agregam valor à economia capixaba com inovação, tecnologia e qualificação profissional, tornando nosso mercado cada vez mais atraente
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aos olhos dos empresários brasileiros e internacionais. Temos em nossa carteira indústrias de móveis, porcelana, painéis solares, ônibus, chassis e implementos rodoviários, beneficiamento de alumínio e vidros, estaleiro, além de oito projetos portuários que, associados aos investimentos nas rodovias federais e estaduais, nos aeroportos regionais e nas ferrovias previstas, prometem transformar o Estado em uma grande plataforma logística para o Brasil. As melhorias na infraestrutura são nossa aposta para manter a competitividade capixaba. Nossa crença é de que somente aliando investimentos em infraestrutura e capacitação das pessoas o Espírito Santo poderá dar o salto para consolidação de seu quarto ciclo de desenvolvimento. Também estamos avançando na qualificação profissional. Para isso, temos atuado em parceria com instituições de ensino Instituto Federal do Espírito Santo - Ifes e - universidades e com a Federação das Indústrias (Senai), entre outras, e investido forte em ações de educação e capacitação. Outro ponto relevante nessa política de transformação econômica do Estado é a potencialização das características e vocações de cada região, seja através da agricultura, do turismo ou da indústria. Com a instalação de empresas-âncoras, buscamos consolidar a vinda de empreendimentos da cadeia de fornecimento, dinamizando a economia. Com esses novos negócios, conquistaremos inúmeros postos de trabalho nos municípios, seja no setor industrial ou no fornecimento de serviços. Para alavancar esse modelo, trabalhamos para tornar o Espírito Santo cada vez mais eficiente, as pessoas mais qualificadas, e o empresariado capixaba ainda mais competitivo. A partir desse tripé, conseguiremos dinamizar e economia, gerando riqueza e qualidade de vida para a sociedade capixaba. Eventuais crises podem existir, mas com trabalho, dedicação, criatividade e inovação, o Espírito Santo continuará a ser uma terra de oportunidades. Afinal, o desenvolvimento que tanto queremos, diversificado e equilibrado, não acontece por acaso.
“Como o desenvolvimento não acontece por acaso, temos no Estado uma ‘caixa de ferramentas’ que auxilia o processo de atração de empresas e favorece diversificação e a descentralização”
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artigo | gestão empresarial
Sustentabilidade: tempo de construção
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o longo de minha carreira, tenho afirmado que a gestão estratégica deve ser praticada pelas lideranças de forma contínua. Já se foi o tempo em que era possível manter uma companhia com esforços momentâneos de planejamento, capacitação, gestão de pessoas, entre tantos outros aspectos que compõem a atividade. E, se o planejamento sempre foi um ponto positivo para qualquer negócio, a competitividade e o mercado cada vez mais instável elevaram essa etapa à categoria de imprescindível, seguida de uma execução igualmente rigorosa. Além da complexidade do mercado, que nos impõe um olhar diário e atento, passamos por novo momento no aspecto social. Hoje, felizmente, vemos as pessoas mais conscientes de seu papel na comunidade e, também, de sua posição de coautores do trabalho de governos e empresas. Esse cenário trouxe consigo novas formas de enxergar as companhias integradas à sociedade, o que gerou a revisão dos padrões de conduta para todos os setores. Diante desse cenário, estou seguro de que um dos principais desafios para os gestores nas próximas décadas será preparar suas companhias para atuar em um contexto social com maior nível de crítica e exigência de padrões éticos, operacionais, ambientais e de relacionamento. Acredito que reside aí uma grande oportunidade para que as empresas, atendendo a essas exigências, evoluam e se Ricardo Vescovi tornem mais competitivas. é o diretor-presidente Afinal, se desejamos que nosso negócio da Samarco Mineração, perdure para as próximas gerações, é necesdesde janeiro de 2012 sário que tenhamos, desde agora, a percepção do impacto – positivo e negativo – que ele tem e terá nos aspectos econômico, social e ambiental, para além da empresa. Essa compreensão nos permitirá guiar as organizações por uma trajetória que ultrapasse o ganho financeiro imediato, e vá ao encontro dos objetivos da sociedade. É o chamado caminho da geração de valor compartilhado, capaz de conectar e beneficiar indivíduos, empresas, comunidades e todo um país. Na Samarco, incentivamos a busca de soluções sustentáveis em nossa rotina de trabalho. Ideias simples com potencial de gerar inovações. Fazemos isso por acreditar que o pensamento sustentável deve ser entendido
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como indutor da inovação e da renovação dos negócios. Não há como desatrelar esses temas: competitividade e sustentabilidade andam juntas. Reforço aqui a questão da simplicidade: inovação não significa apenas buscar algo moderno, inédito ou vindo dos grandes centros
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de pesquisa tecnológica. A inovação deve estar a serviço do negócio e pode ser feita dentro de casa, principalmente a partir das ideias das próprias equipes, ou da observação do que vem sendo desenvolvido no entorno. Um dos exemplos que temos na Samarco é o Campo de Ideias, programa que estimula
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empregados e contratados a sugerirem melhorias em suas atividades, e que já implantou mais de 8 mil ideias em 15 anos existência. Além de ganho financeiro expressivo – para R$ 1,00 investido, temos R$ 8,00 de retorno –, conseguimos aumentar a eficiência e a segurança de nossas operações, com impacto positivo no ambiente de trabalho. Afinal, nada melhor do que se sentir corresponsável por melhorias que beneficiam seu entorno. Internamente, já avançamos muito na inclusão da sustentabilidade no planejamento de longo prazo, nas metas de nosso mapa estratégico e em nossas perspectivas de crescimento. Trabalhamos, também, com um modelo de sustentabilidade próprio, que pauta as decisões tomadas pela empresa, e buscamos envolver nossos empregados na temática “liderança e sustentabilidade”. Adicionalmente a esses esforços, sabemos que temos como desafio a consolidação do tema desenvolvimento sustentável em nossa cultura organizacional. Para isso, é preciso que as pessoas da organização passem a realizar suas atividades segundo uma visão de longo prazo e entendam a conexão entre o que fazem hoje e seu reflexo futuro. Creio que o lucro por si só não é capaz de mobilizar, mas, sim, a possibilidade de transformação social que cada pessoa traz em si; o potencial de ser indutora ou protagonista de uma mudança, seja na sua vida ou no seu entorno. Isso sim é contagiante, tem incrível efeito multiplicador e enorme potencial transformador. Para contribuir com a criação desse senso de propósito, cabe aos líderes o papel de sensibilização e, é claro, de atuar como exemplo de reflexão, comportamento e abertura para novas ideias. Afinal, da mesma maneira que as mudanças de valor na sociedade não ocorrem da noite para o dia, a cultura organizacional e o modelo mental das pessoas também demandam um tempo de construção. É por isso que estou bastante otimista quanto ao fato de que o pensamento sustentável alcançará esse patamar de naturalidade no coração das pessoas e nas empresas. Felizmente, a sustentabilidade veio para ficar.
“Se desejamos que nosso negócio perdure para as próximas gerações, é necessário que tenhamos, desde agora, a percepção do impacto – positivo e negativo – que ele tem e terá nos aspectos econômico, social e ambiental, para além da empresa”
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artigo | indústria
A sustentabilidade está no DNA da Fibria
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ano de 2014 é um marco na história da Fibria. Em setembro, completamos nosso quinto aniversário com uma trajetória de sucesso entre nossos clientes, funcionários, acionistas e nas comunidades onde atuamos. Somos muito mais que uma empresa de produção de celulose. Acreditamos no uso eficiente dos recursos naturais, na inovação, no diálogo, na transparência, no engajamento social, na valorização das pessoas e do meio ambiente. Para nós, sustentabilidade é mais que um conceito ou um quadro pendurado na parede. A sustentabilidade está na nossa missão e intrinsicamente ligada a um negócio baseado em florestas renováveis. É uma prática que faz parte do nosso dia a dia, que está inserida no nosso “DNA”. Fabricante de celulose certificada pelo Forest Stewardship Council® (FSC®) e pelo CERFLOR/ PEFC, a Fibria reforçou seu compromisso com esse tema ao instituir, em 2011, um conjunto de metas de longo prazo que sinalizam o caminho da empresa até 2025. A definição dessas metas levou em consideração os temas prioritários destacados na Matriz de Materialidade e os riscos socioambientais identificados no Enterprise Risk Management (ERM). O resultado foi um conjunto de 90 variáveis que afetam direta ou indiretamente o manejo florestal e a produção e comercialização de celulose. Essas variáveis foram agrupadas em seis temas cruciais para nortear a atuação da empresa: mercado e retorno para o acionista; Marcelo Castelli ecoeficiência; modelo de gestão florestal; é presidente da Fibria relacionamento com as partes interessadas; Celulose S/A aceitação e legitimidade social; gestão de pessoas e cultura organizacional. O desenho das metas passou por um trabalho de pensamento sistêmico, permeando mais de uma área, levando em consideração não apenas os benefícios para a empresa ao atingi-las, mas também os benefícios gerados para a sociedade. Por ser um negócio de base florestal, duas das nossas metas estão ligadas diretamente ao manejo e ao uso de terras. O primeiro ponto é otimizar o consumo de recursos naturais, a partir da redução em um terço da quantidade de terras necessária para a produção de celulose. Nesse sentido, a Fibria investe em desenvolvimento e tecnologia na área de manejo florestal e recursos
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naturais para o aumento da produtividade tanto da área da silvicultura quanto de suas fábricas. A companhia tem conseguido, cada vez mais, melhores clones para as condições ambientais de cada unidade florestal, com árvores capazes de produzir maior quantidade de celulose por área de floresta plantada. Já o manejo florestal conta com o desafio de proteger a biodiversidade, promovendo a restauração ambiental em 40 mil hectares de Mata Atlântica até 2025. Em 2013, a empresa já havia alcançado 20% da meta, tendo recuperado 9.000 hectares. Cultivando eucalipto apenas em áreas que eram degradadas, a Fibria tem uma estratégia anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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Foto: Divulgação
Vista aérea da Fibria
de compor mosaicos entremeando florestas de eucalipto e mata nativa. Com isso, hoje, 35% das áreas da empresa são reservas nativas conservadas, e essa combinação cria o ambiente ideal para a preservação da biodiversidade. Tanto é que identificamos e mantemos um banco de dados de biodiversidade que já contabiliza 652 espécies de aves, 122 espécies de mamíferos e 1.943 espécies de plantas nas áreas da empresa. Outras duas metas são a redução de resíduos e a contribuição para a mitigação do efeito estufa, duplicando a absorção de carbono na atmosfera. A pegada de carbono, segundo o inventário divulgado no ano passado, indica que a Fibria absorve três toneladas de carbono para cada anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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tonelada de carbono que a produção de celulose emite. Com relação ao objetivo de aumentar a ecoeficiência da empresa e reduzir em 91% a quantidade de resíduos sólidos industriais destinados a aterros até 2025, a Fibria comemorou no ano passado a marca de 60% de redução. Por fim, duas das metas mais envolventes e inovadoras têm o objetivo de fortalecer a interação entre a corporação e sociedade. O desenvolvimento desse plano conseguiu um diferencial ao usar metodologias de mensuração para avaliar a favorabilidade das comunidades. As metas são atingir 80% de aprovação nas comunidades vizinhas e ajudá-las a tornar autossustentáveis 70% dos projetos de geração de renda apoiados pela organização. Assim, a empresa tem projetos onde atua com diversas comunidades, entre elas indígenas, quilombolas e pescadores, envolvendo e beneficiando mais de 5.000 famílias. O projeto prevê a ampliação do modelo PDRT – Programa de Desenvolvimento Rural e Territorial; promoção de capacitação técnica e gerencial, por meio de consultorias e parcerias; atração de apoio de outros parceiros, oferecendo protagonismo da comunidade em seu processo de desenvolvimento; aumento da qualificação gerencial e técnica dos membros das comunidades; e autonomia das comunidades em relação aos setores privado e público. Em 2013, os investimentos sociais da Fibria somaram R$ 31,6 milhões. Essas frentes de atuação já têm contribuído para o desenvolvimento das comunidades e criado um clima de confiança mútua, baseado em transparência e diálogo. Essa é a nossa filosofia de trabalho, o jeito Fibria de ser. Ele se reflete em melhorias na área socioambiental, contribui para a manutenção de nossa posição de líder global em celulose de eucalipto, cria oportunidades de crescimento, reduz os riscos, garante nossa participação de mercado, motiva nossos 17 mil profissionais diretos e indiretos e faz da Fibria uma empresa que admira o valor da vida.
“O desenho das metas passou por um trabalho de pensamento sistêmico, permeando mais de uma área, levando em consideração não apenas os benefícios para a empresa ao atingi-las, mas também os benefícios gerados para a sociedade”
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artigo | indústria
Questões estruturais impedem avanços na competitividade
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entro de uma visão histórica, estamos passando por uma transformação econômica mundial, que irá gerar um novo arranjo na organização dos negócios e da sociedade como um todo. É um momento de intensas mudanças, iniciado a partir da deflagração da crise financeira em 2008. Traz instabilidade e incertezas, mas será importante para a evolução do capitalismo, como foram outras épocas de transformação, em especial a que ocorreu no final do século XIX e início do século XX. A diferença fundamental deste para outros ciclos do capitalismo é que hoje vivemos numa sociedade melhor capacitada para entender o cenário e aproveitar as oportunidades de forma positiva. No entanto, no Brasil, país visto, mesmo durante a crise, como um dos melhores e mais promissores mercados mundiais, estamos perdendo espaço devido a problemas estruturais que, embora identificados há pelo menos uma década, continuam sem soluções à vista. Duas questões, em especial, afetam a todos os setores produtivos, não só à indústria do aço. Em primeiro lugar, temos a questão tributária. Estudos de diferentes origens mostram que temos uma carga tributária em torno de 36%, equivalente à de países como Noruega, Benjamin M. Baptista Filho Finlândia e Suécia. Não haveria problema algum, é presidente e CEO caso a sociedade tivesse o retorno dos impostos da ArcelorMittal Brasil pagos em infraestrutura, saúde, segurança e edudesde outubro de 2009 cação adequadas. A carga tributária afeta o nosso custo diretamente, tornando quase imperceptíveis todos os esforços que a indústria tem feito para a melhoria de processos, lançamentos de novos produtos e outros investimentos. Os dados de um estudo feito para a indústria siderúrgica demonstram a gravidade dessa questão. Levando em consideração o custo líquido da bobina a quente, antes dos impostos e encargos, o Brasil tem o menor custo em relação aos demais grandes produtores. A China, que tem sido um dos nossos concorrentes mais fortes, produz bobinas com um custo líquido 9% superior ao brasileiro. Mas, quando incluímos impostos e encargos de produção e vendas no
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custo do mesmo produto, o Brasil passa para o último lugar, com custo 54% superior ao líquido. Como manter a competitividade quando mais da metade do custo está relacionada a um fator que não faz parte do processo? Outra questão fundamental é a infraestrutura logística, que tem deficiência tanto na parte física – ferrovias, portos, estradas, etc. – como na regulamentação. Ou seja, temos pouca quantidade e qualidade, com alto custo, na estrutura de logística e, ainda, uma legislação excessivamente burocrática para o uso dessa estrutura. Isso faz com que, em alguns casos, o custo de importação de um determinado produto seja menor do que a aquisição do mesmo produto em uma região mais distante do Brasil. Dentro do cenário atual, a paridade cambial é uma terceira questão que afeta diretamente a nossa competitividade. Dados de junho de 2014 demonstram que o real está sobrevalorizado frente ao dólar em 22%, enquanto a moeda chinesa tem desvalorização de 43%, a russa, de 47%, e a japonesa, de 24%. Ou seja, a valorização relativa da nossa moeda é muito grande, mostrando que nossa taxa cambial não está alinhada com a realidade mundial. Sabemos que essa é uma questão sensível, de difícil resolução, mas toda a indústria brasileira precisa estar unida para reivindicar que algo seja feito em relação à paridade cambial. Especificamente no setor de aço, esses fatores estruturais da economia brasileira explicam o ritmo preocupante do crescimento da importação nos últimos anos. O Brasil, que sempre teve superávit nesse segmento, exportando mais do que importando, a partir de 2010 passou a ter déficit. Em 2007, o país importou cerca de 1,6 milhão de toneladas de aço que, somados aos 2,4 milhões de toneladas das importações indiretas (aço em mercadorias), totalizou 4 milhões de toneladas importadas. Em 2013, as importações diretas foram de 3,7 milhões de toneladas e as indiretas, de 5,6 milhões de toneladas, anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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“A carga tributária afeta o nosso custo diretamente, tornando quase imperceptíveis todos os esforços que a indústria tem feito para a melhoria de processos, lançamentos de novos produtos e outros investimentos”
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artigo | indústria
ou seja, 9,3 milhões de toneladas no total. O volume aumentou quase 2,5 vezes, representando 32% do consumo aparente de aço no país. Nesse ritmo, vamos chegar a 2023 com as importações representando 53% do consumo aparente de aço. Diante desse cenário, estamos fazendo a nossa parte, investindo continuamente no aumento da competitividade de nossas operações e já estamos colhendo frutos importantes. A ArcelorMittal Aços Planos América do Sul, da qual fazem parte as unidades de Tubarão e Vega, investiu em redução de custo, no aumento da capacidade de produção e no lançamento de novos produtos. Neste ano, estamos voltando ao ritmo de produção máxima e, paralelamente, damos continuidade a novos investimentos. Com o retorno da operação do Alto-Forno 3, que ocorreu em 6 de julho, a ArcelorMittal Tubarão voltou a produzir em sua capacidade máxima, que é de 7,5 milhões de toneladas/ano. Além de gerar maior receita, essa retomada na produção dos três altos-fornos nos permitirá diluir os custos fixos, aumentando a nossa rentabilidade. Parte dessa produção será direcionada à unidade de produção de aço na cidade de Calvert, no Alabama (EUA), adquirida pelo Grupo ArcelorMittal em joint-venture com a
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Nippon Steel & Sumitomo Metal Corporation no final de 2013. E ainda teremos condições de voltar a atuar no mercado internacional de placas, do qual fomos pioneiros. Estamos também realizando novos investimentos na planta de Vega, os quais vão ampliar a produção e também a linha de produtos, com a inclusão do Usibor. Voltado a atender demandas específicas do setor automotivo, esse novo tipo de aço tem tecnologia exclusiva do Grupo ArcelorMittal e é um grande sucesso na Europa e nos EUA. Por fim, estamos implantando, ainda, uma linha de produção para o Usibor em Vega, que deverá estar pronta até abril de 2015. Mesmo em meio à crise mundial e enfrentando problemas estruturais no Brasil, realizamos e vamos continuar realizando ações para o aumento da nossa competitividade. Ao mesmo tempo, trabalhamos ativamente para, junto com os demais setores industriais, contribuir para a construção de soluções para essas questões. Estamos empenhados em demonstrar para o Governo e demais atores sociais, com dados e informações objetivas, a necessidade de agilizar as mudanças estruturais, dando ao Brasil condições para crescer com sustentabilidade e aproveitar as oportunidades criadas pelas transformações históricas que vivenciamos.
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artigo | indústria
Energia para o desenvolvimento sustentável do Espírito Santo
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ontribuindo para o desenvolvimento sustentável do Espírito Santo e levando conforto e qualidade de vida aos capixabas, a EDP Escelsa, empresa do Grupo EDP Brasil, realiza investimentos no sistema elétrico para suportar o aumento da demanda do mercado e o crescimento econômico do Estado, que tem evoluído acima da média nacional. Atendendo a 70 dos 78 municípios do Espírito Santo e abrangendo mais de 90% do seu território e população, a EDP Escelsa apoia-se em pilares fundamentados na garantia de qualidade dos serviços oferecidos aos seus clientes, investimentos na expansão, modernização e manutenção das redes, além de implantação de projetos de inovação tecnológica, sustentabilidade e responsabilidade sociocultural. Trazendo o futuro para o Espírito Santo, a companhia iniciou a implantação do projeto InovCity, nos municípios de Domingos Martins e Marechal Floriano, que serão as primeiras cidades do Estado dotadas de uma rede inteligente de energia (smart grid). A iniciativa, realizada em parceria com o Governo do Estado, com a Agência de Serviços Públicos de Energia do Espírito Santo (Aspe) e com as prefeituras locais, integra a estratégia mundial de invesMiguel timento em inovação do Grupo EDP, que tem o Dias Amaro desenvolvimento de redes inteligentes como uma é diretor-vice-presidente de suas importantes ações. de Operações da O projeto, cujo investimento é de Distribuição da R$ 5 milhões, prevê a implantação de um EDP Brasil e diretor-presidente conjunto de tecnologias que permitirão maior da EDP Escelsa eficiência e qualidade na prestação de serviços ao cliente, como a medição inteligente, iluminação pública eficiente, microgeração com fontes renováveis de energia, mobilidade elétrica e ações de eficiência energética. As redes inteligentes ainda se encontram em estágio inicial de desenvolvimento em todo o mundo, e a EDP está à frente desse processo na cidade de Aparecida, em São Paulo, e na Europa, onde o Grupo já registra uma experiência muito bem-sucedida e reconhecida pela Comunidade Europeia, na cidade portuguesa de Évora. E, com o projeto, o Espírito Santo passa a contar com dois municípios dotados das mais modernas tecnologias mundiais de redes inteligentes.
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O projeto foi viabilizado após homologação, pelo Inmetro, do primeiro medidor inteligente do setor elétrico brasileiro, obtida pela EDP e pela ECIL Energia. No Espírito Santo, o InovCity inicia com a instalação de 5,5 mil medidores eletrônicos, desenvolvidos no âmbito do programa de P&D (pesquisa e desenvolvimento) da EDP. Tendo como prioridade assegurar a melhor utilização do produto distribuído aos seus clientes, promovendo soluções inovadoras e sustentáveis, a EDP Escelsa atua rigorosamente no combate ao furto de energia, que provoca prejuízos para toda a sociedade, como sobrecargas no sistema elétrico que podem levar a interrupções no fornecimento de energia, oscilações que queimam eletrodomésticos e acidentes que podem ser fatais. Nas áreas de alta complexidade social, a distribuidora desenvolve um plano de investimentos com o objetivo de reforçar as ações de regularização de consumidores ligados clandestinamente à sua rede, associado a programas anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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de eficiência energética e orientações para o uso racional e seguro da energia, tornando o valor da conta de energia elétrica sustentável do ponto de vista do orçamento familiar. Entre os projetos no âmbito do seu Programa de Eficiência Energética – PEE, destaca-se o “Agentes da Boa Energia”. Por meio de agentes comunitários e técnicos, é realizada a regularização de unidades consumidoras, de forma que os consumidores clandestinos passem a fazer parte da base formal da EDP Escelsa. Além disso, os clientes com débitos ou na iminência de se tornarem inadimplentes passam a ter o consumo de energia elétrica dentro de valores adequados à sua capacidade de pagamento, por meio de ações que incluem, por exemplo, a substituição de lâmpadas e equipamentos ineficientes por outros, mais eficientes. A EDP Escelsa também está investindo e ampliando um novo conceito de rede elétrica, que elimina os cabos de distribuição da baixa tensão e leva a energia para as unidades consumidoras por meio de ramais individuais já compostos por anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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aparelhos de medição instalados em concentradores, que, por sua vez, estão ligados diretamente na saída dos transformadores de distribuição. A partir desse novo conceito, qualquer intervenção na rede ou nos ramais poderá ser identificada por meio de sistema remoto de monitoramento. Para gerenciamento dos equipamentos e informações, a distribuidora possui o Centro Integrado de Medição, que, com o auxílio de softwares dos dispositivos móveis e aplicações inteligentes de tratamento de dados, torna possível identificar, com rapidez e segurança, qualquer anormalidade nos sistemas de medição, seja por alguma falha física dos equipamentos, por manipulação ou por furto de energia elétrica. É, também, por meio desse Centro, localizado no Centro de Operação de Carapina, na Serra, que é feita a medição das instalações atendidas em média e alta tensão, grupo que representa 57% da energia distribuída pela companhia. Como consequência dos amplos investimentos que a EDP Escelsa vem fazendo em a toda a sua área de concessão, registra-se a expressiva melhoria da qualidade do serviço prestado à população capixaba. Os indicadores de qualidade de serviço comprovam que o fornecimento de energia pela EDP Escelsa é um dos melhores do país, sendo registrado, em 2013, um DEC (duração equivalente de interrupção) de 9,67 horas, e um FEC (frequência equivalente de interrupção) de 5,78 vezes, índices melhores que os padrões estabelecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) (10,42 horas e 8,13 vezes, respectivamente). Esses números tornaram a cidade de Vitória, nos últimos anos, a capital brasileira com o menor tempo de duração de interrupção de energia elétrica por consumidor e demonstram os esforços e investimentos empreendidos pela distribuidora. A utilização de tecnologia de ponta na automação da rede elétrica, que permite a religação automática da rede e a transferência automática de cargas, bem como a manutenção preventiva, também está entre os fatores que têm possibilitado alcançar esses positivos resultados.
“Trazendo o futuro para o Espírito Santo, a Escelsa iniciou a implantação do projeto InovCity, que dotará os municípios de Domingos Martins e Marechal Floriano de uma rede inteligente de energia (smart grid)”
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artigo | economia
Cooperativismo e desenvolvimento
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ntes da queda do Muro de Berlim, o cooperativismo era visto como uma terceira via entre o capitalismo e o socialismo. Hoje temos um desafio a mais, que é unir as duas vertentes de maneira harmoniosa, atendendo a princípios e ideais de ambos e proporcionando crescimento sustentável e equilibrado tanto aos cooperados quanto à região em que a cooperativa está inserida. Essa nova concepção tem encontrado eco no Brasil, mas esbarra na falta de uma educação voltada para os princípios coletivos. Nos países desenvolvidos, essa barreira é facilmente transposta, com a educação formal acompanhada de valores filosóficos e práticos, como cooperação, solidariedade, união e participação. Porém, também no nosso país as instituições cooperativas vêm desenvolvendo um trabalho técnico, profissional e ético, que muito tem contribuído para que venham deixando de ser consideradas apenas algo filosófico. Hoje, ocupam lugar de destaque entre as empresas que se configuram como instrumento de desenvolvimento regional. É inegável a presença dessas organizações nas mais diversas localidades, bem como sua participação ativa na economia. As cooperativas têm um modo diferente de se inserir no mundo econômico. Todos os participantes, que não podem ser limitados a um número máximo, são sócios, donos do negócio. Há um número mínimo de pessoas necesBento Venturim sário à criação de uma empresa cooperativa, é presidente do para assegurar o bom desempenho e o alcance Sicoob Espírito Santo dos objetivos comuns dos associados. Em vista de tais particularidades, a legislação que rege as organizações desse tipo também é bastante específica. Outra característica própria é o crescimento do patrimônio líquido que, a qualquer momento e de acordo com as definições dos sócios, pode ser providenciado por meio da participação no negócio com cotas maiores. Assim, a cooperativa não depende de investimentos de terceiros ou da abertura de capital na Bolsa de Valores para expandir seu tamanho. Somos diferentes também no sentido de que, para usufruir dos serviços da cooperativa, é necessário ser associado a ela,
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integralizar capital e, só então, ser cliente. Pode parecer complexo, mas, participando e, cada vez mais, ajudando a construir regras sólidas e rígidas, podemos criar a empresa que desejamos. Todas essas vantagens somam-se ao fato de que os associados tomam as decisões que deverão ser seguidas pela instituição e, quando digo isso, refiro-me não apenas àqueles que se colocam à disposição para disputar um cargo nos conselhos administrativos internos, mas a todos os cooperados, que têm direito a voto nas assembleias realizadas periodicamente e que podem dizer quais serão os rumos da empresa. Certamente a mais acentuada das diferenças desse tipo de organização é a sua característica de conhecer os associados e clientes. No caso das instituições financeiras
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cooperativas, isso lhes dá a tranquilidade de, em tempos difíceis, ter informações a respeito da situação deles e avaliar as concessões de crédito de maneira responsável e criteriosa. Por esse motivo, em 2008 e 2009, no auge da crise iniciada nos Estados Unidos, o cooperativismo no mundo cresceu, enquanto os bancos encolheram. Essa é a razão pela qual a Organização das Nações Unidas (ONU), reconhecendo essa característica, instituiu 2012 como o “Ano Internacional do Cooperativismo”. No Espírito Santo, diversas cooperativas atuam em diferentes áreas. Aliás, as soluções colaborativas existem para a maioria das questões que nos cercam. É o caso do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob). A instituição presta serviços bancários e financeiros aos seus associados,
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de acordo com seus princípios, valores e filosofia, e se tornou um instrumento de desenvolvimento local sustentável. Iniciamos nossas atividades há 25 anos no Estado e já somos responsáveis por aproximadamente 10% do crédito concedido aos capixabas e por 8% dos depósitos feitos aqui. Nossa eficiência está calculada em 39%, e administramos R$ 3 bilhões em ativos. Também registramos uma inadimplência de apenas 1,6% da carteira de crédito, quando no mercado esse índice gira em torno de 3%. Os números mostram que nós construímos uma solução coletiva. Quanto mais crescemos, maiores e mais numerosos são os desafios que se colocam em nosso caminho. Por esse motivo, e para atender a cada dia melhor os nossos associados, investimos cada vez mais na profissionalização, na educação para a cooperação e na eficiência de nossos serviços. Mostramos as vantagens de se fazer algo em conjunto. E, em especial, provamos que essa atividade coletiva soluciona problemas que são da sociedade, da comunidade onde a cooperativa está inserida. O cooperativismo só vai bem quando abraçado por uma comunidade que tenha os mesmos problemas que a instituição se propõe resolver, e quando a solução individual da questão não é possível, ou é muito mais difícil. Contribuir com alternativas para os problemas locais faz parte da nossa cultura e é um de nossos princípios, já que trabalhamos pelo desenvolvimento sustentável. Não podemos impulsionar o avanço econômico de uma área e esquecer as condições ambientais, educacionais e das que envolvem a saúde pública e a promoção de empregos. Portanto, não cabe à cooperativa apenas o papel de reunir pessoas em prol de um interesse comum e de alcançar representatividade para o setor em que atua, mas, especialmente, colaborar para o equilíbrio e o crescimento da comunidade como um todo, visando aos associados e a todas as pessoas que estão em volta da instituição.
“Não podemos impulsionar o avanço econômico de uma área e esquecer as condições ambientais, educacionais e das que envolvem a saúde pública e a promoção de empregos”
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artigo | Desenvolvimento econômico e social
As micro e pequenas empresas e o desenvolvimento do Espírito Santo
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s micro e pequenas empresas (MPEs) ocupam posto fundamental na história da economia do Brasil. São elas que ajudam a manter o equilíbrio econômico do país, sendo responsáveis pela maior fatia na geração dos empregos líquidos – resultado total das admissões menos as demissões – gerados. Fator fundamental que tem contribuído para o desenvolvimento das MPEs no Estado é a descentralização dos atendimentos aos empreendedores, com a criação das Agências de Desenvolvimento Regional (ADRs) do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae-ES). As ADRs nasceram para levar dinamismo econômico às microrregiões do Estado. Atualmente, o Sebrae-ES conta com as seguintes ADRs, além de Vitória: Aracruz, Linhares, Anchieta, Colatina, Cachoeiro de Itapemirim, São Mateus, Nova Venécia, Guaçuí, Venda Nova e Serra. Além dessa capilarização, o Sebrae-ES intensificou o atendimento a pequenos comércios com o projeto Comércio Total, desenvolvido
pioneiramente pela instituição. Dados computados até julho do corrente ano mostram que, desde o seu início, em 2012, os 189 eventos do projeto realizados em todos os 78 municípios capixabas atenderam a 25.459 pessoas e 8.078 empresas. As consultorias prestadas chegaram a 15.097, e foram realizados 1.542 planos de negócios. Como principal agente de apoio aos pequenos negócios, o Sebrae-ES desenvolve projetos para promover e estimular o desenvolvimento e a sustentabilidade das MPEs, contribuindo para melhores resultados e fomentando a cultura do empreendedorismo em solo capixaba. Por meio de atendimentos individuais e setoriais, projetos, cursos, palestras, consultorias, promoção e acesso ao mercado e a serviços financeiros a quem deseja abrir o seu próprio negócio ou garantir condições
José Eugênio Vieira é superintendente do Sebrae-ES
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de se manter no mercado, o Sebrae-ES contribui de forma significativa para o fomento da economia capixaba e para a geração de empregos e benefícios claramente voltados para a sociedade. Para se ter uma ideia, existem vários setores que se ressaltam no Estado, e o Sebrae-ES atua junto a todas essas cadeias. Alguns exemplos são: comércio e serviços – com destaque para serviços de beleza; agronegócio – sobretudo o leite e a cafeicultura; agroturismo; indústria, com enfase para as áreas de “mármore e granito”, “petróleo e gás” e “moda e vestuário”. Também temos grande número de empreendedores em nosso Estado, que tem se destacado com o empreendedorismo feminino. Por exemplo, no ano passado três capixabas ficaram com o primeiro, o segundo e o terceiro lugares no Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, uma disputa nacional.
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Outro dado importante é a taxa de sobrevivência das empresas no Espírito Santo, que é uma das maiores do país. Atualmente 77,1% delas se mantêm abertas após dois anos de atividades, enquanto a média brasileira é de 75,6%. Olhando para o futuro, vale a pena destacar que a partir de 2015 mais de 450 mil empresas no Brasil poderão aderir ao regime tributário Supersimples. No Espírito Santo, mais de 60 mil empresas poderão ser beneficiadas com a Lei Federal, sancionada no dia 7 de agosto. Essa é uma medida esperada há tempos por empresários de mais de 140 atividades, como profissionais da saúde, jornalistas, advogados, corretores de imóveis e de seguros, entre outros. Com a inclusão dessas novas categorias, um grupo maior de profissionais poderá se formalizar, conquistar seus direitos e ajudar ainda mais no desenvolvimento econômico do Estado e do país, deixando a informalidade.
“O Sebrae-ES desenvolve projetos para promover e estimular o desenvolvimento e a sustentabilidade das MPEs, contribuindo para melhores resultados e fomentando a cultura do empreendedorismo em solo capixaba”
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artigo | marketing
Nada mais será igual ao que se conhece
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informação que nos chegou pela Babson Olin School of Business em 2011 foi a mais aterrorizante possível. Segundo a instituição, a profunda transformação que os ambientes digitais, em aceleração exponencial, estão promovendo em nosso mundo fará com que em 10 anos, 40% das empresas listadas na Fortune 500 desapareçam, por falta de adaptabilidade. Não obstante ser uma informação preocupante, devemos nos voltar a entender esse cenário e o que está em curso nele, para que se possa aumentar o poder de resposta e mesmo estabelecer um padrão de compreensão sobre o momento que vivemos e como apontar uma forma de reação a um quadro tão hostil. Esse movimento, na realidade, começou nos anos 1990, com o padrão de convergência das mídias, que estabelece uma nova forma de dar significado para as relações individuais e coletivas, em um processo que não acontece nas áreas de TI das corporações, mas dentro da cabeça das pessoas, que passaram a contar com uma série infindável de Carlos Piazza novas formas de relacionamento, que associavam é consultor palestrante novos recursos e habilidades compartilhadas em de pós-graduação, MBA e EDPs um ambiente de extrema transformação. em Marketing Parece lógico quando se observa que, ao se e Comunicação dominar a tecnologia, a sociedade e o homem Integrados, Marketing passam a ter uma série enorme de ofertas de de Relacionamento, sistemas de comunicação para consumo de Marketing Digital & Storytelling e Tecnologia conteúdos diversos. Com isso, estabeleceu-se a & Inovação e instrutor convergência de meios, contemplando cultura do IEL-ES participativa e inteligência coletiva, criando o que se chama de “era do protagonismo”, em que as pessoas tomam o controle das mídias para se expressarem, ao mesmo tempo estabelecendo um novo padrão de consumo de produtos, serviços e de informação. Esses movimentos estão intrinsecamente ligados ao desenvolvimento das tecnologias, porque elas, em si, também transformam o mundo, proporcionam novas e continuadas soluções e, como decorrência, também mudam hábitos de consumo e comportamentos – e a evolução das tecnologias está cada vez mais acelerada, por conta da velocidade com que se dominam os ambientes tecnológicos.
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Por outro lado, as tecnologias sempre estiveram presentes nos sonhos das pessoas. Quem não se lembra do relógio intercomunicador que o Dick Tracy usava em 1945? Da Rose, a secretária dos Jetsons, que em 1962 nos encantava com sua eficiência? Ou mesmo do Dr. Smith, que tinha um robô em “Perdidos no Espaço”, que começou em 1965, mas cujo futuro se passava em 1997? Como um prenúncio do Google, ele tinha seu próprio sistema de busca, e não havia pergunta que o Robby, o robô B9, não soubesse responder. Nessas obras, como em “Viagem ao Fundo do Mar”, “Terra de Gigantes” e “Túnel do Tempo”, o mote central sempre foi a mobilização pela tecnologia e pela inovação. Em 1982 veio então aquilo que se transformou em um clássico cult: “Blade Runner”. “O Caçador de Androides” se passa na decadente cidade de Los Angeles, no ano 2019. No cardápio de desafios, tudo que se tem hoje, menos o movimento de captura do surgimento da internet, mas inteligência artificial, biometria, carros que voam, sistemas de medicina digital, engenharia genética e robótica já mobilizavam as mentes, em um momento de reflexão voltado à compressão das culturas em ambientes multiculturais e de diversidade entre máquinas e homens. Exatamente como assistimos no mundo hoje. Esses movimentos são mais reais do que se possa imaginar e vieram ao longo dos anos trazendo mais e mais sistemas de comunicação – e deve-se ressaltar que ela acompanha o desenvolvimento da humanidade, e sua necessidade aumenta com o desenvolvimento da sociedade em seus movimentos evolutivos. Essas intensas e profundas modificações no ambiente tecnológico trouxeram para os dias de hoje uma série de mudanças no mundo da comunicação e do marketing. Passamos a ter os consumidores no centro do processo de decisão e de transações. Eles buscam ativamente informações e referências nas redes digitais, anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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“Essas intensas e profundas modificações no ambiente tecnológico trouxeram para os dias de hoje uma série de mudanças no mundo da comunicação e do marketing”
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artigo | indústria
compartilham decisões, e mais: procuram marcas que não lhes transmitam sensações de risco. Fundamentalmente, hoje os consumidores estão baseados no centro de suas redes e buscam informações e recomendações até de estranhos e que aos poucos, devido ao protagonismo e à tecnologia que lhes dão essa condição, são seres conectados e ativos, deslocando as empresas do foco das atenções, colocando a comunicação a partir delas, e não mais das empresas a elas. Para as empresas, é preciso compreender que o comando não está mais em suas mãos, e isso traz tensões e dificuldades em se buscar um novo padrão de respostas que considere fortemente o que disse Peter Drucker: “Pode-se presumir que sempre haverá necessidade de algum esforço de vendas, mas o objetivo do marketing é tornar a venda supérflua”. A afirmativa ganha força uma vez que o consumidor é quem procura as marcas hoje, não o contrário e, com isso, também o conceito de lucratividade muda, passando a ter melhor compreensão no CLTV – Customer Lifetime Value, em detrimento de lucratividade por transações individuais. Devido ao fato de que os ambientes, bem como o padrão de comunicação, mudam, e com velocidade estonteante, há de se apontar que hoje o mundo é mais complexo e muito mais comprimido. Há atualmente apenas duas maneiras adequadas de se estabelecer relacionamento das empresas com as pessoas: transmidia&storytelling e gamification, digitalizando e desmaterializando em ambientes
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DIY (Do it yourself, ou “faça você mesmo”), como forma de dar novos significados. Parafraseando Arthur Bender, muito em breve existirão apenas duas arenas para se competir nos mercados: uma de preço, que exigirá competência na gestão de custos, ou uma segunda, a de significados, que exigirá competência na geração de valor. Ao se considerar isso, ganha muita importância a capacidade das empresas em fazerem promessas críveis e se comunicar no segmento multistakeholder. No esteio desses pontos todos, estão muitas coisas com às quais nunca tivemos que nos relacionar de maneira objetiva, que são os ambientes com extrema sobrecarga de informações em um ritmo galopante de mudanças, aumento de incertezas e complexidade, menos precedentes históricos e metas conflitantes, onde se devem assumir riscos maiores em ambientes muito menos clementes. Respostas? Elas estarão cada vez mais no processo de inteligência compartilhada, nos ambientes multistakeholders, ativadas pela diversidade de pensamento adquirida nos processos de interação nas redes digitais e fora delas. Portanto, o momento é de reflexão e de extrema flexibilidade, pois nada está tão em equilíbrio instável quanto o momento que se vive hoje, no ambiente das empresas e das pessoas, e a aceleração exponencial já nos traz muitas adversidades, mas muitas e muitas oportunidades. Basta focar o olhar em um mundo pouco conhecido, mas igualmente fascinante.
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artigo | justiça e desenvolvimento
A influência do Poder Judiciário no desenvolvimento econômico e social
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á em cada ser humano um senso de justiça equivalente ao grau de conhecimento, percepção cultural e caráter. É discernimento que passa a existir subjetivamente e se forma de acordo com a noção que se tem de sociedade. Trata-se da virtude soberana, cujo papel está em harmonizar e aperfeiçoar as demais virtudes. No seio social, ela atribui a cada pessoa a tarefa de contribuir para a construção da sociedade, considerando-se nessa empreitada uma enorme lista de direitos e deveres pelos quais se faz possível desenvolver um projeto político. Assim entendida, justiça é o começo de tudo, o êmbolo gerador da perspectiva de construir um plano objetivo, ideal para a maioria, a que se pode chamar de desenvolvimento. Trata-se da circunstância plausível, ideal na visão de muitas nações que o construíram à custa de vontades juntadas, não raras vezes motivadas por calcinação e dor. Não há como dissociar justiça e desenvolvimento. São valores coexistentes e interdependentes por meio dos quais é possível gerar e distribuir bem-estar. Não é por acaso que o tema está posto entre os conteúdos desta respeitada publicação. Empresários e gestores públicos são por ânimo e delegação aqueles de quem mais se deve cobrar quando a perspectiva é o ideal, o justo e o bom para todos, valores intrínsecos à coexistência. Num conceito mais específico, a justiça também pode ser entendida como o Poder JudiDomingos Taufner ciário, fundamentado nos artigos 92 a 126 da é conselheiro-presidente Constituição Federal, que é um conjunto de do Tribunal de Contas do órgãos que decide os conflitos entre as pessoas, Estado do Espírito Santo sejam particulares ou públicas; e será melhor para a sociedade quando as decisões respeitarem o senso de justiça voltado para o bem comum. De qualquer maneira, há de se registrar uma diferença significativa: o senso de justiça não exerce uma coerção direta sobre as pessoas e as empresas, apenas emite indicativos de ordem subjetiva com influência maior no médio e no longo prazo; ao passo que o Poder Judiciário emite comandos coercitivos, com influência direta no curto prazo. A palavra “desenvolvimento” é muito ampla e está relacionada com crescimento, avanço, conquistas e progresso, entre outros valores que podem ser humanos, sociais, econômicos,
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urbanos, agrários, pessoais, sustentáveis e organizacionais, por exemplo. No tocante ao meio empresarial, o desenvolvimento econômico, sem prejuízo da preocupação com questões de ordem social, é aquele que mais impacta. Dele pode decorrer o sucesso ou insucesso das indústrias, do comércio e dos serviços. A economia tem uma proximidade com as ciências exatas, pois nela analisamos números, índices e equações. No entanto, a economia possuem grandes doses de volatilidade, muito ligada a questões de mercado, sendo sensível até mesmo a um mero boato ou a comentários na imprensa. Um boato que atinja um determinado segmento pode-lhe ser danoso; a divulgação de um pessimismo exagerado com
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“Não sejam negligentes no acompanhamento de processos judiciais e administrativos que possam ter influência negativa nos seus negócios e, consequentemente, no crescimento. Acompanhar os processos é fundamental”
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a situação econômica é capaz de influenciar numa redução de investimentos muito maior do que talvez pudesse ocorrer. Alguém poderia perguntar: será que a Justiça influencia no desenvolvimento? Ou será que a economia é forte o bastante para sofrer influência somente do mercado, tendo a Justiça um poder mínimo de influência? Se um mero boato pode causar especulação e até danos financeiros, imagine então uma decisão judicial com repercussão econômica. Uma decisão que determine que o poder público pague quantias astronômicas a algum particular pode aumentar a carga tributária da coletividade; o rigor excessivo em decisões sobre instalação de empresas pode resultar, por exemplo, em recessão.
Outro problema no Judiciário que resulta em consequências negativas para o desenvolvimento é a morosidade. A demora na solução definitiva de um processo gera insegurança jurídica. Por exemplo: uma dúvida sobre isenção tributária que não seja resolvida no tempo certo pode ter como consequência a não instalação de uma indústria em determinado local. Também temos as situações em que é concedida uma liminar no início de um processo impedindo a instalação de determinado empreendimento. Anos depois, quando o processo é finalmente julgado, comprova-se que poderia ter sido liberado por atender a todos os requisitos legais e ambientais. Entretanto, a demora na solução pode ter inviabilizado totalmente o projeto. Essa morosidade é tão danosa que sensibilizou o Congresso Nacional a inserir, por meio da Emenda 45/2004, o princípio da duração razoável do processo, conforme art. 5º LXXVIII da Constituição da República, que também é válido para os processos administrativos. Cumpri-lo é algo vital para o desenvolvimento com um todo. Um ponto sobre o qual devemos orientar as empresas, inclusive as suas entidades representativas, é que não sejam negligentes no acompanhamento de processos judiciais e administrativos que possam ter influência negativa nos seus negócios e, consequentemente, no crescimento. Acompanhar os processos é fundamental. Não quero dizer aqui, de maneira nenhuma, que as empresas devam sempre ganhar os processos em detrimento de outras pessoas ou do bem-estar da sociedade, e nem que ocorra o contrário. O importante é que ocorram resultados razoáveis e justos e no tempo certo e isso dependerá de muitos fatores, inclusive das argumentações apresentadas pelas empresas e pela sociedade. O desenvolvimento com sustentabilidade tem o condão de provocar benefícios para todos nós. Portanto, devemos envidar esforços para que as decisões do Poder Judiciário caminhem nesse sentido. anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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artigo | inovação
Os desafios da inovação no Espírito Santo
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ão existe dúvida de que a inovação é um dos grandes motores de desenvolvimento das economias capitalistas. O economista austríaco Joseph Schumpeter, um dos fundadores do campo de estudos de inovação, já no início do século XX apontava a importância de novos materiais, novos produtos ou serviços, novos mercados, novos processos e novos formas organizacionais para o aumento do bem-estar econômico. O economista americano Robert Solow, por sua vez, mostrou que a maior parte do crescimento econômico americano do período 1909-1949 não era fruto exclusivo do aumento do estoque de capital e mão de obra no país. O incremento médio observado na produtividade do trabalhador era, em grande parte, decorrente do progresso técnico, uma das facetas da inovação e, em parte, resultado dos esforços de pesquisa e desenvolvimento (P&D) dos atores econômicos. Ainda que não seja fator suficiente, o investimento em P&D constitui elemento-chave nos esforços de inovação das empresas, sobretudo na inovação tecnológica industrial. Sendo esses esforços, em grande parte, determinantes na competividade das empresas no longo prazo, mensurar e avaliar a P&D em diferentes empresas e setores se torna primordial para nossa compreensão dos avanços e retrocessos ocorridos no país. Superando o conceito linear, a análise de sistemas nacionais e regionais de inovação, proposta por estudiosos como o sueco Charles Edqvist, ressalta que os processos inovadores são interconectados, e nenhum ator é capaz de agir isoladamente. A capacidade inoRuy Quadros vadora de uma determinada região não é exclusié professor titular da Unicamp e consultor líder vidade das empresas locais ou do governo central. da Innovarelab Os estados, sobretudo em uma federação como o Brasil, são atores de suma importância para incentivar a inovação em suas economias. Os dados da Pesquisa de Inovação (Pintec), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a cada três anos, demonstram que o dispêndio das empresas industriais do Estado do Espírito Santo realizado em atividades internas de P&D teve uma redução em valores corrigidos (cifras em reais de 2011) de R$ 67 milhões para R$ 48 milhões (confira no gráfico). Como houve também redução da atividade industrial entre 2008 e 2011, o dispêndio em P&D interno em relação à receita líquida de vendas se manteve estável,
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variando de 0,19% em 2003 para 0,22% em 2011, enquanto a evolução do mesmo indicador em território nacional foi de 0,53% para 0,71%. Além disso, esse pequeno dispêndio é concentrado na indústria extrativa, nas indústrias de papel e celulose e de siderurgia, e nos poucos atores que, de fato, realizam P&D. Mesmo o Governo Estadual, que poderia agir como indutor de desconcentração das atividades de pesquisa, foca suas atividades em algumas poucas áreas. O apoio do poder público é predominantemente voltado para pesquisa agrícola e o abastecimento (55%) e para subsidiar políticas públicas por meio do Instituto Jones dos Santos Neves (15%). O restante é dividido entre o Fundo Estadual de Ciência e Tecnologia (12%), a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (7%), o Instituto de Pesos e Medidas (6%) e a Fundação de Amparo à Pesquisa (5%).
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“Os estados, sobretudo em uma federação como o Brasil, são atores de suma importância para incentivar a inovação em suas economias”
Em última instância, quem promove inovações são as pessoas. É notável constatar que a quantidade de profissionais com nível superior realizando P&D na indústria diminuiu de 0,58% (por total de profissionais ocupados), ou 458 profissionais, em 2003 para 0,20% ou 227 profissionais, em 2011, uma tendência oposta ao observado no país, onde se nota um crescimento de 0,41% para 0,61% no mesmo período. Uma comparação interessante surge quando consideramos a evolução desses indicadores no estado vizinho de Minas Gerais, que ilustra os resultados de uma iniciativa coerente e inclusiva de fomento às atividades inovadoras em nível regional. Entre 2003 e 2011, o dispêndio em P&D, em relação à receita líquida de vendas, subiu de 0,18% para 0,7% (conforme o gráfico). Esse dispêndio é também mais diversificado, abrangendo a indústria extrativa, de fabricação de produtos
Dispêndio (R$ de 2011) em atividades internas de P&D na indústria nos estados do Espírito Santo e de Minas Gerais entre 2000 e 2011 1600 0,77%
1400 1200
0,62% 0,53%
0,45%
600 400 200 0
0,71% 1326 0,70%
0,57%
1000 800
1490
645 0,19% 0,18% 67 206 2003
0,23%
0,22%
71
48
0,14% 43 2005
Dispêndio total (R$ de 2011) em P&D Espírito Santo Minas Gerais
2008
2011
Percentual de dispêndio em P&D em relação à receita líquida Brasil Espírito Santo Minas Gerais
Fonte: IBGE
alimentícios, siderúrgicos, automotivo, telecomunicações e tecnologias de informação. A despeito de suas fraquezas, o Espírito Santo possui algumas vantagens que deveriam ser melhor exploradas e constituir o ponto de partida para uma política agressiva de C&T. A cooperação entre empresas e universidades ou institutos de pesquisa aumentou, passando de 1,4% (sobre o total de empresas inovadoras) para 3,9%, seguindo a tendência de crescimento da economia nacional, na qual os valores passaram de 1,6% para 6,6%. A pesquisa acadêmica também deu um salto, como evidenciado pela quantidade de publicações acadêmicas do Estado indexadas nas bases Science Citation Index Expanded (SCIE) e Social Sciences Citation Index (SSCI). Entre 2002 e 2006, a produção mais que duplicou, representando a maior taxa de crescimento da Região Sudeste, embora a contribuição para o total brasileiro continue baixa, no valor de 0,7%. Frente ao grande desafio de impulsionar a inovação no Espírito Santo, torna-se necessário uma iniciativa política que aumente o dispêndio público em atividades de ciência e tecnologia, diversifique os atores que se beneficiam desses recursos e incentive a colaboração entre empresas, setor acadêmico e Governo, tanto dentro quanto fora do Estado. André Neiva Tavares é consultor e pesquisador da Innovarelab (coautor)
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artigo | Justiça e Desenvolvimento
Reforma tributária
A
proximidade das eleições presidenciais sempre nos suscita expectativas de melhorias sociais. Este, por certo, é o momento mais propício para se discutir a pauta das grandes reformas sociais. Nesse rol podemos incluir saúde, educação, previdência, política, segurança, tributação, gestão pública etc. São esses os grandes temas que determinam nosso desenvolvimento e qualidade de vida e sobre os quais temos tantas expectativas e necessidades. Apesar da insatisfação pública quanto a cada uma dessas áreas, externada das mais diversas formas, a nossa sociedade ainda não identificou o caminho mais adequado para equacionar tão complexos problemas. Como é possível custear educação, saúde, segurança e previdência sem um sistema político menos permeável ao populismo e mais comprometido com as necessidades atuais e futuras de nossa população, e ainda, sem a geração de riqueza necessária para arcar com os custos dessas necessidades? Nessa toada, sem muito esforço podemos deduzir que, sem geração de riqueza, de nada adiantarão as demais reformas. É preciso destravar o sistema produtivo deste país. Estruturar um sistema tributário mais racional e uma regulamentação mais simples, Gibson Barcelos blindada contra “palpiteiros”, que justificam Reggiani a sua existência criando exigências que subé doutor em Engenharia vertem as necessidades e prioridades dentro de Produção, do sistema produtivo e de nossa sociedade. primeiro vice-presidente É estarrecedor saber que o conjunto da Findes e diretor financeiro das Bebidas de normas tributárias em vigor ocuparia, Reggiani segundo o Movimento Brasil Eficiente (MBE), um livro de sete toneladas, com mais de 40 mil páginas de três metros quadrados cada uma, o que exige de uma empresa-padrão brasileira, segundo o Banco Mundial, um total de 2.600 horas anuais para apuração e pagamento de impostos, enquanto a segunda nação colocada nesse ranking, a Nigéria, gasta 1.120 horas/ano, e dos 177 países analisados, apenas 23 exigem mais de 500 horas/ano. Um sistema tributário e regulamentações eficientes podem representar ganhos de produtividade para empresas, municípios, estados e União. Para tomarmos o rumo do crescimento econômico, é preciso uma mudança
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radical, no sentido da simplificação e da unificação de tributos, da eliminação ou da redução de impostos e das alterações nos marcos legais. À luz das propostas e discussões pré-eleitorais, surgem alternativas interessantes, dentre as quais podemos destacar a do MBE, que sugere a concentração dos principais tributos atuais em dois impostos. Um, o ICMS nacional, tributo de valor adicionado que reuniria impostos e contribuições sobre a produção anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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“Sabe-se que para o país voltar a crescer e se desenvolver é preciso bem mais do que a reforma tributária: também temos que tratar da reforma trabalhista, da reforma política, da estabilidade jurídica e de vários outros aspectos da economia e da vida em sociedade”
e o consumo (ICMS, IPI, PIS, Cofins, ISS) e seria arrecadado pela União e distribuído, automaticamente, aos estados e municípios. O outro seria um novo Imposto de Renda, que substituiria o atual e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). A alternativa nos parece interessante por unificar um tributo, o ICMS, que obedece a legislações diferentes em cada um dos 27 estados da Federação. Associada a essas simplificações teríamos uma anuário iel 200 Maiores Empresas 2014
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promessa de redução da carga tributária até 2022, dos atuais 36% para 30% do PIB. Sabe-se que para o país voltar a crescer e se desenvolver é preciso bem mais do que a reforma tributária: também temos que tratar da reforma trabalhista, da reforma política, da estabilidade jurídica e de vários outros aspectos da economia e da vida em sociedade. Mas não resta dúvida de que, com a reforma tributária, teríamos dado um grande passo, talvez o mais importante. 285
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ÍNDICE DE ANUNCIANTES ANUNCIANTES
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ANUNCIANTES
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Alphaville
127
Next Editorial
249
ArcelorMittal
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OCB/ES
201
Bandes
13
One Eventos
242
Banestes
83
Painel Digital
282
Buaiz Alimentos
22
Ponto
231
CCCV
12
Preservar
266
Primer
121
Chocolates Garoto
32 e 33
Cindes
273
Prosegur
37
Cisa Trading
51
Rede Gazeta - CBN
243
Cofril
70
Rede Sim
111
Consentino Latina
85
Rede Sim - FM
207
Construtora Épura
99
RedeTV
Coopeavi
223
Revista ES Brasil
71
Corpus
66
Samarco
281
Divulgue Outdoor
197
Samp
227
Domus Itálica
233
Sebrae
77
Espiral Engenharia
67
Senai-ES
Fertilizantes Heringer
5
Serdel
58
Findes
117
Servinel
82
Grupo Coimex
261
Servinel Technology
279
Grupo Eletromil
59
Sesi-ES
8e9
Hiper Export
43
Shopping Vitória
89
Hospital Metropolitano
23
Sicoob
288
Hospital Santa Rita - Afeec
42
Sistema Findes
Ideies
189
Soeta
275
IEL-ES
2 e 170
Terca
3
267 e 277
212 e 213
256 e 257
Imobiliária Universal
31
TV Capixaba
95
IRI
128
Unimed Vitória
113
ISH Tecnologia
91
Vale
Kia
38 e 39
54 e 55
Veneza
219
Leonel Albuquerque - Foto Aérea
222
Vigauto
279
Lorenge
87
Viminas
36
Morar Construtora
93
Vix Logística
7
Metro Jornal
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