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EDITORIAL
Momento de mudanças e otimismo Marcos Guerra é presidente do Sistema Findes
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A
presentar mais uma edição do Anuário IEL 200 Maiores Empresas do Estado do Espírito Santo é muito gratificante. Em 2011, atingimos o marco histórico de 15 edições, consolidando a evolução das empresas capixabas num ano em que fomos destaque na produção física industrial brasileira, atingindo o segundo maior crescimento do país (6,8%), muito próximo do Estado do Paraná, que ocupou o primeiro lugar nesse ranking (7%), enquanto que a média nacional ficou praticamente estagnada (0,3%). Porém, se em 2012 sofremos com quedas nesses índices, por conta, principalmente, das oscilações do mercado internacional relativas às commodities, para 2013 estamos com projetos para estimular a indústria capixaba a conquistar um perfil com mais conteúdo tecnológico e maior valor agregado aos produtos. O Espírito Santo vive um momento de atenção. Temos previstas grandes perdas com a extinção do formato atual do Fundap (Fundo para o Desenvolvimento das Atividades Portuárias do Estado do Espírito Santo) e a possível mudança no sistema de partilha dos royalties do petróleo. Tais mudanças podem gerar impactos em todos os 78 municípios capixabas. Mas, em paralelo a isso, temos empresas ainda mais fortes, competitivas, e também estamos preparando um cenário bastante favorável à chegada de grandes investimentos no Estado, inclusive de segmentos que não estavam presentes anteriormente em nosso território, justamente aqueles com mais tecnologia e valor em seu produto. É importante ressaltar que contamos com um excelente programa do Governo do Estado, o Proedes (Programa de Desenvolvimento Sustentável do Espírito Santo), que visa a preparar o Espírito Santo para as mudanças citadas. E temos o próprio Sistema Findes, através de seu Plano de Investimentos 2012/2015, atuando em conjunto com as demais entidades empresariais e os poderes constituídos para que estejamos preparados não somente para as consequências
das perdas em arrecadação citadas, mas, fundamentalmente, para pavimentarmos o futuro que queremos, com empresas mais competitivas, melhor distribuição do desenvolvimento sustentável para todo o território capixaba e ações voltadas para a qualificação profissional em todo o Estado. O Sistema Indústria Capixaba está atuando fortemente no sentido de criarmos um ambiente mais favorável a esta evolução empresarial que almejamos. Dos R$ 104 milhões previstos em investimentos para até 2015, 82,07% serão destinados à educação profissional, o que inclui a construção de novas escolas do Senai, centros tecnológicos, unidades móveis de qualificação, além do desenvolvimento de parcerias em nível nacional e internacional voltadas para tecnologia e inovação. Também temos como meta ampliarmos a participação de fornecedores locais para a cadeia de petróleo e gás a um patamar de, pelo menos, 50%. Esse segmento é responsável por quase a metade dos investimentos previstos para os próximos anos no Espírito Santo. Ao promovermos o aumento da participação local, tornamos as empresas capixabas melhor qualificadas, estimulamos os investimentos em tecnologia e inovação e, dessa forma, podemos permitir que elas cresçam ao nível de, inclusive, poderem figurar na lista das 200 Maiores Empresas do Estado do Espírito Santo, a exemplo de algumas delas, que já evoluíram nesse sentido. Por fim, gostaria de ressaltar que o Estado do Espírito Santo é pequeno em território, mas enorme em representatividade empresarial. A prova disso está nas páginas a seguir. Após atingirmos a marca dos 15 anos, o Anuário IEL 200 Maiores Empresas do Estado do Espírito Santo passa agora a refletir um segmento empresarial ainda mais moderno, competitivo e em constante evolução. O momento atual sugere mudanças, mas é também de muito otimismo. Tenha uma boa leitura!
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ÍNDICE Editorial
04 Momento de mudanças e otimismo Marcos Guerra
ARTIGOS Abertura 10
O desafio de agregar valor Benízio Lázaro
Desenvolvimento Econômico e Social 12 14
Quando todos crescem juntos Renato Casagrande Indústria e Desenvolvimento Ana Paula Vescovi
Indústria 16
O caminho para o pleno desenvolvimento Robson Andrade
Desenvolvimento Econômico e Social 20 22 24 26
O desafio do desenvolvimento sustentável Lucas Izoton Sobrevivendo em tempos difíceis Clóvis Vieira O pequeno notável Martha Ferreira Encadeamento produtivo: o caminho para um futuro sustentável Benildo Denadai
Gestão e Qualidade 30 34 36
Economia verde: além da oportunidade, um desafio para empreendedores e gestores Aron Belink Trabalho e qualidade de vida: expectativas individuais, necessidades organizacionais e sustentabilidade Annor da Silva Junior Crise, transição, incertezas na economia mundial e o sentido das respostas nacionais José Antonio Bof Buffon
Indústria 38
Indústria e sustentabilidade Benjamin Baptista Filho
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O desafio de construir relacionamentos Marcelo Castelli
Desenvolvimento econômico e social 46
Design: Caminho para a inovação na indústria tradicional Antonio Fernando Doria Porto
ECONOMIA CAPIXABA 50 54 58 62 66 70 74 78 80
Cenário e Perspectivas Petróleo e Gás Rochas Logística e Infraestrutura Mineração e Siderurgia Energia Construção Civil e Pesada Serviços Metalmecânico
PESQUISA IEL-ES 84 86 88 90 92
Metodologia Empresário Destaque Executivo Destaque Empresa Destaque Prêmio em Gestão Empresarial
DESTAQUES EMPRESARIAIS 94 98 100 102 106 108
Garoto Sesi-ES Samarco Vale HSM TV Vitória
ECONOMIA CAPIXABA (CONTINUAÇÃO) 152 158 162 166 170 174 178 184 186 188 192 196 198 200 204 206
Casas do Sistema Agroindústria e Agronegócios Alimentos e Bebidas Saúde Comércio Varejista Mercado Financeiro Comércio Exterior Turismo Móveis Vestuário Química e Embalagens Inovação Meio Ambiente e Sustentabilidade Educação Indústria Criativa Políticas Públicas
ARTIGOS Desenvolvimento econômico e social
FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO (FINDES) Presidente:
Marcos Guerra
1º vice-presidente: 2º vice-presidente: 3º vice-presidente: 1º diretor administrativo: 2º diretor administrativo: 3º diretor administrativo: 1º diretor financeiro: 2º diretor financeiro: 3º diretor financeiro:
Manoel de Souza Pimenta Neto Ernesto Mosaner Junior Sebastião Constantino Dadalto Ricardo Ribeiro Barbosa Túllio Samorini Luciano Raizer Moura Tharcício Pedro Botti Ronaldo Soares Azevedo Antônio Tavares Azevedo de Brito
Diretores:
Ademar Antonio Bragatto Ademilse Guidini Alejandro Duenas Benízio Lázaro Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi Edvaldo Almeida Vieira Egidio Malanquini Elcio Alves Evandro Simonassi Flavio Sergio Andrade Bertollo Gibson Barcelos Reggiani José Domingos Depollo Leonardo Souza Rogerio de Castro Luiz Alberto de Souza Carvalho Mariluce Polido Dias Ortêmio Locatelli Filho Paulo Alexandre Gallis Pereira Baraona Rogério Pereira dos Santos Vladimir Rossi Wilmar Barros Barbosa Wilmar dos Santos Barroso Filho
210 Desenvolvimento social e econômico requer prioridade à educação Paulo Hartung
Energia e Infraestrutura
212 Inovação e tecnologia: novas fronteiras da economia Márcio Félix 214 Desafios e oportunidades dos próximos anos Luiz Robério Ramos 216 Energia: fator de competitividade e sustentabilidade para o desenvolvimento estadual Luiz Fernando Schettino
Inovação
218 Inovar: mais fácil falar do que fazer Arlindo Vilaschi
Gestão Empresarial
220 Produzir sim, mas com tecnologia, gestão e sustentabilidade! Enio Bergoli
Inovação
222 Inovação: o caminho para sustentabilidade Guerino Balestrassi
PRODUÇÃO TÉCNICA – INSTITUTO EUVALDO LODI (IEL-ES) Diretor Regional: Marcos Guerra Diretor para Assuntos do IEL-ES: Benízio Lázaro Superintendente: Fábio Ribeiro Dias Equipe Técnica:
Fernando Gomes Pereira Marcus Vinícius Tavares Cabral
Consultor:
Emanuel Junqueira de Mattos
Equipe de Apoio:
Carla Mara Pereira Franco Jacqueline Ribeiro Diz Ros Lílian Dalla Pria Pereira Rosilene de Carvalho Pedro Sayonara Rodrigues Moreira
Colaboração:
Leonel Aparecido Piovezan Marketing do Sistema Findes
Pesquisadores:
Adilson Castro do Xisto Alan Pierre Batista Vaz Marcelo Domingos dos Santos
230 Respeito no Marketing: a arma contra a morte Ronald Z. Carvalho
Comercial:
Relacionamento com o Mercado Sistema Findes (RM) - Contatos: (27) 3334 5721 Iel200maiores@findes.org.br
Especial
Designer da Marca 200 Maiores: Cristina Xavier
Políticas Públicas
224 O preço da energia no Brasil Ricardo Ferraço 226 Política de desenvolvimento contemporânea Guilherme Henrique Pereira
Justiça e Desenvolvimento
228 Poder Judiciário e desenvolvimento Pedro Valls Feu Rosa
Marketing
232 Os 15 anos de sucesso do Prodfor Luciano Raizer
Gerenciamento de Projetos
Arte da capa:
Marketing Findes
Jornalista Responsável:
Breno Arêas (MTB-ES 2933)
Endereço:
Av. Nossa Senhora da Penha, 2.053, Ed. Findes, 2º andar, Santa Lúcia Vitória (ES), CEP: 29056-913 Tel: (27) 3334-5754 • Fax: (27) 3225-7958 200maiores@findes.org.br
234 Gerenciamento de Projetos e o Espírito Santo Fábio Cretton
238 Por que investir em marcas para construir marcas valiosas Eduardo Tomiya
Produção Editorial: www.nexteditorial.com.br (27) 2123-6500
Indústria
244 IEL – um parceiro imprescindível para a competitividade e o desenvolvimento Paulo Afonso
RANKING 200 MAIORES EMPRESAS NO ESPÍRITO SANTO
RANKING OF THE 200 BIGGEST COMPANIES OF ESPÍRITO SANTO
114 115 116 118 120
251 Somente na versão em inglês 290 Índice de Anunciantes
Introdução O que você encontra neste encarte Artigo - Emanuel Junqueira Metodologia Informações gerais, análises e estatísticas
Ano XIV - Nº 16 - Novembro/2012 - Publicação anual - Venda proibida
Coordenação editorial:
Mário Fernando Souza
Cordenação de conteúdos:
Márcia Rodrigues
Cordenação de redação:
Elisangela Egert
Textos:
Heliomara Mulullo Jacqueline Vitória Taís Hirschmann Jacyra Pianes
Tradução:
Vitor Taveira
Fotos:
Leonel Albuquerque, Renato Cabrini e Samuel Vieira
Revisão:
Andréia Pegoretti
Produção Gráfica:
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ARTIGO |
INDÚSTRIA
O desafio de agregar valor Benízio Lázaro é diretor da Findes para Assuntos do IEL-ES
“Em se tratando da sustentabilidade do setor produtivo capixaba, a agregação de valor tecnológico é a lacuna que precisa ser preenchida, principalmente na indústria de transformação”
O
IEL – Instituto Euvaldo Lodi, entidade do Sistema Findes, entende que o Estado do Espírito Santo encontra-se em um momento histórico de desenvolvimento. Estamos diante de uma admirável janela de oportunidades, o que remete, ao mesmo tempo, a um desafio: aumentar o valor agregado da indústria, possibilitando sua sustentabilidade a longo prazo e, consequentemente, o aumento de sua competitividade, visando a atender à demanda posta no Estado e aquela além de suas fronteiras. O crescimento do Espírito Santo, provocado pela forte expansão dos investimentos, aponta para um horizonte promissor e raro, onde “ser competitivo” de forma engajada tende a gerar resultados positivos. Os novos projetos estão se concretizando e já é possível delinear um redesenho para o perfil da indústria capixaba. Isto será oportunizado, principalmente, por novos segmentos industriais que aqui surgem, como naval e automobilístico, como também pelo impulso do setor de petróleo e gás natural em terras e águas capixabas, que acontecerá no decorrer dos próximos anos. Em se tratando da sustentabilidade do setor produtivo capixaba, a agregação de valor tecnológico é a lacuna que precisa ser preenchida, principalmente na indústria de transformação. A necessidade agora é preparar nosso parque produtivo para atender às demandas, existentes e previstas, ou seja, proporcionar agregação de tecnologia em nossos bens e serviços. Esse aparato tem por consequência a longevidade das empresas e aumento da nossa competitividade no mercado, possibilitando a adoção do mundo como potencial cliente. A realidade que o Espírito Santo vive permite que sejamos mais ousados em querer fazer diferente em nossas indústrias. Permite contatos, articulações e projetos de curto, médio e longo prazo com parceiros do mundo inteiro. Precisamos somente entender que não
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é o momento de fazer mais do mesmo. É o momento de fazer mais do inusitado. É ousar em colocar os princípios da indústria criativa para inovar produtos e processos, conhecer novas possibilidades, buscar a informação e aproveitá-la de forma estratégica. É atuar em pesquisa e desenvolvimento utilizando os diversos meios que já estão disponíveis. É participar das discussões promovidas no Estado, com o propósito de melhorar nosso parque industrial. Esta é a janela de oportunidades que o Espírito Santo está atravessando neste momento. O IEL tem realizado sua missão, de “Prover soluções em conhecimento, gestão e inovação, contribuindo para a melhoria da competitividade das empresas capixabas”. E está trabalhando neste cenário de oportunidades para contribuir, decisivamente, com a consolidação de um novo ciclo de desenvolvimento industrial capixaba. Uma indústria forte faz um Estado forte.
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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL
Quando todos crescem juntos Renato Casagrande é governador do Estado do Espírito Santo
A
decisão de jogar luz sobre os principais empreendimentos dos setores comercial, industrial, agropecuário e de serviços no Espírito Santo tem significado muito especial para nós. Afinal, além de destacar e quantificar o potencial de crescimento e os notáveis resultados da economia capixaba, contribui ainda para a compreensão da nossa capacidade de manter o Estado organizado nas áreas política, social, administrativa e institucional. Por isso, é com alegria que celebramos mais uma edição do material compilado pelo Instituto Euvaldo Lodi – que anualmente realiza excelente análise da nossa realidade econômica a partir da receita operacional bruta do setor privado –, para a classificação das “200 Maiores Empresas no Espírito Santo”. Desde o início desta gestão, temos enfrentado, com eficiência e responsabilidade, grandes desafios nos campos econômico e administrativo. Questões que mal se delineavam no horizonte do futuro, quando assumimos o Governo, mas que ganharam corpo e velocidade nos meses seguintes e colocaram em risco o equilíbrio tão duramente conquistado em nosso Estado. Da crise econômica internacional, que teve influência direta na redução do crescimento brasileiro, às mudanças na tributação do ICMS, que enfraqueceram nosso mecanismo de incentivo às atividades portuárias, passando pelas ameaças às nossas receitas derivadas dos royalties do petróleo. Apesar da gravidade e da extensão desses desafios, não nos intimidamos. Mobilizamos os mais diferentes setores da sociedade capixaba e, juntos, trabalhamos muito na busca de aliados externos e no convencimento das autoridades federais. Assim, mobilizados em defesa dos direitos do Espírito Santo, assumimos o protagonismo 12
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no debate nacional sobre essas questões. Mas em nenhum momento descuidamos da administração e das finanças estaduais, o que nos permitiu conquistar um superávit econômico de suma importância para a aceleração do nosso desenvolvimento e para a obtenção de crédito junto a organismos nacionais e internacionais – que terão papel
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decisivo nos grandes investimentos que o Estado realizará nos próximos quatro anos. Ainda que a União não atenda plenamente às expectativas capixabas em relação à infraestrutura de sua responsabilidade – rodovias, portos, ferrovias e aeroportos –, estamos nos preparando para manter um alto nível de investimento com recursos próprios nos 78
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municípios. Esse foi o compromisso que assumimos, e realizá-lo é decisão fundamental para a atração de novos negócios e para a própria qualidade de vida dos capixabas. Foi com esse objetivo que organizamos as ações governamentais voltadas para o desenvolvimento estadual em nova política de Governo, traduzida e estruturada nos projetos e leis específicos que compõem o Programa de Desenvolvimento Sustentável do Espírito Santo – Proedes. Este é um instrumento de gestão ousado, que vai preparar o Estado para um novo ciclo de desenvolvimento, fortalecendo a economia e a competitividade das regiões e dos municípios, incentivando a inovação e a incorporação de tecnologias mais avançadas e diversificando a nossa produção. Tudo isso com a busca permanente de sustentabilidade para todas as ações do Governo e da iniciativa privada. O Proedes conta com diversos mecanismos de incentivo, como o Fundepar – com R$ 200 milhões reservados –, a Lei de Inovação e uma linha de crédito especial do Bandes para projetos municipais. Foi essa base que nos permitiu manter, em 2013, o mesmo volume de recursos oferecido aos municípios em 2011 e 2012, por meio de convênios. E é com essa base que vamos garantir a manutenção da marca histórica de R$ 1,5 bilhão em investimentos anuais, grande parte destinada à infraestrutura, logística, educação tecnológica e ações de inovação que tornam nossa economia mais eficiente e competitiva. Este é o Espírito Santo no qual se destacam as empresas classificadas nesta publicação. Um Estado cada vez mais presente no cenário nacional, como importante centro logístico e de geração de divisas para o país. Mas, acima de tudo, um Estado cada vez mais equilibrado, moderno, próspero e igualitário. Um Espírito Santo de todos, com oportunidades para todos.
“Temos enfrentado, com eficiência e responsabilidade, grandes desafios nos campos econômico e administrativo”
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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL
Indústria e desenvolvimento Ana Paula Vescovi é economista, assessora no Senado Federal e coordenadora da Câmara de Assuntos Fiscais e Tributários do Ibef-ES
A
desindustrialização tornou-se tema central nas discussões da política econômica brasileira. O atual Governo revelou sua estratégia para defesa da indústria no anúncio do Plano Brasil Maior (agosto de 2011). As principais causas do aumento das dificuldades competitivas da indústria brasileira no pós-crise, ali reveladas, seriam duas: a sobrevalorização do Real, após o aumento de liquidez internacional para conter a crise nas economias avançadas (“tsunami cambial”); e a agressividade da política comercial chinesa. Desde então, mais uma dezena de pacotes e medidas foram anunciados para fazer frente a esse cenário.
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A evidência empírica de fato associa desvalorizações cambiais ao crescimento da indústria e das economias emergentes. Esse fenômeno provavelmente acontece porque os setores mais produtivos (indústria) crescem relativamente aos menos produtivos (serviços). A indústria de transformação no Brasil representava 19% do PIB à época do Plano Real (1994). Com o regime cambial fixo e o Real apreciado, caiu para 16% (1998). Após a flexibilização do regime de câmbio (1999), voltou ao patamar de 19% em 2004, a partir de quando voltou a perder participação relativa e alcançar preocupantes 14,6% do PIB em 2011.
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Mas, antes da crise de 2008, a valorização do Real - relacionada aos ganhos de termos de troca no comércio exterior - foi utilizada para expandir o consumo e fazer a emergência da “nova classe média”. Agora, sob a batuta da crise, esse modelo de crescimento começa a realçar seus limites: as pressões inflacionárias cederam, pois deram lugar ao crescimento contido pelo aumento da inadimplência e da incerteza, e pela queda das exportações. O câmbio vem mudando de direção desde o final de 2011, mas, com custos crescentes nos últimos anos, as dificuldades de competição da indústria persistem: custo do trabalho e da Justiça; qualificação de trabalhadores; carga tributária; energia, infraestrutura e regulação; e burocracia. Embora declinante, pelo excesso de liquidez internacional, o custo do capital se mantém estruturalmente alto, pois o Brasil continua dependente da poupança externa para financiar seu crescimento. O BNDES, por sua vez, nunca será capaz de suprir o
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crédito necessário para uma expansão acelerada do investimento, o que, além de tudo, pressiona a carga tributária. Não bastasse, priorizamos acordos bilaterais de comércio com outros países em desenvolvimento - que importam matérias-primas do Brasil e nos exportam suas manufaturas - ao invés de acordos com países desenvolvidos que, historicamente, também importam manufaturas. O Brasil tem uma indústria diversificada, produz excelência e busca inovar, o que é compatível com um modelo de desenvolvimento que priorize a retirada dos entraves à competitividade. Com efeito, algo diferente do atual modelo, que busca compensar desvantagens competitivas com medidas tributárias e creditícias temporárias, por exemplo. Mas, para avançar nesse caminho alternativo, é preciso melhor esclarecer seus benefícios no longo prazo, além de obter apoio político e social a fim de ganhar espaço numa agenda nacional de desenvolvimento.
“O câmbio vem mudando de direção desde o final de 2011, mas, com custos crescentes nos últimos anos, as dificuldades de competição da indústria persistem”
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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL
O caminho para o pleno desenvolvimento Robson Braga de Andrade é empresário e presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI)
O
nome do jogo para a economia brasileira superar os efeitos da crise global e voltar a crescer num ritmo vigoroso é competitividade. Medidas anunciadas recentemente pelo Governo Federal têm potencial para diminuir alguns obstáculos ao reduzir custos, como os de financiamento e da energia elétrica. A participação do setor privado na área de infraestrutura foi estimulada, o que pode ampliar os investimentos tão necessários para o pleno desenvolvimento. Boa parte das iniciativas nasceu da legítima reivindicação do setor produtivo, tendo à frente o Sistema Indústria. Felizmente, temos encontrado receptividade por parte do Governo, interessado em tornar a indústria nacional mais competitiva tanto no mercado externo quanto no doméstico. Vencemos algumas batalhas, mas a guerra está longe de acabar. Muito há por fazer para retirar, definitivamente, uma série de entraves ao crescimento sustentado ao longo do tempo, num ritmo maior que o insuficiente 1,5% previsto para este ano. O Brasil exige ações em várias frentes para a solução de seus problemas. A agenda deve ter tanto planejamento de longo prazo quanto ações pragmáticas a curto prazo. As respostas às questões conjunturais não são incompatíveis com uma estratégia clara, que inclua objetivos e prazos, para resolver desafios estruturais. Precisamos definir para onde queremos ir. Se desejamos ser uma sociedade próspera, educada, justa e sustentável do ponto de vista ambiental, devemos agir com sensatez e obstinação. Necessitamos de determinação na execução de projetos para suplantar as deficiências de competitividade que a nossa economia
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enfrenta. A lista é conhecida: excesso de impostos, complexidade tributária, burocracia sufocante, legislação trabalhista anacrônica, infraestrutura precária, logística atrasada, energia cara, educação básica deficiente, pouco incentivo à inovação e altos custos de financiamento. A persistência na identificação e na remoção dos entraves deve ser diretamente proporcional ao tamanho da tarefa.
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Com um olho no presente e outro no futuro, teremos todas as condições para atingir um novo padrão socioeconômico. Habitado por um povo empreendedor, abençoado por recursos naturais, dono de uma indústria diversificada, de um amplo mercado interno e de uma democracia já consolidada, o Brasil pode almejar um ritmo de crescimento mais próximo ao de países como a China e a Índia. Para isso, basta que planeje com cuidado os próximos passos e tome medidas concretas para alcançar os objetivos. Setor mais dinâmico da economia, a indústria precisa de uma estratégia definida. Num país onde ainda há certa controvérsia sobre a conveniência de implantar uma política industrial, o Plano Brasil Maior foi um avanço. Ele deixou clara a necessidade de estimular a produção nacional, a atividade que cria empregos de melhor qualidade e paga os maiores salários. Mas, um ano depois de sua edição, é forçoso dizer que ficou no meio do caminho. Apesar dos estímulos, a economia não reagiu. De forma geral, os indicadores industriais se encontram no mesmo nível de 2009. Ou seja, estamos andando de lado. Em agosto, a produção caiu 2% em relação ao mesmo mês do ano anterior, na 12ª retração seguida nesse tipo de comparação. Nos últimos 12 meses, o recuo foi de 2,9% — esse é o pior resultado desde os 5% negativos acumulados em janeiro de 2010. A utilização da capacidade instalada e o emprego na indústria também mostram números desfavoráveis. Ao mesmo tempo, os custos do trabalho continuam altos. Por enquanto, as iniciativas do Plano Brasil Maior – desonerações setoriais, linhas de crédito do BNDES e mudança nas compras governamentais, entre outras – não se mostraram suficientes para impulsionar a recuperação econômica. Parece meio evidente que elas precisam ser complementadas por medidas mais amplas e de caráter perene. Como todo empresário sabe, o país necessita de uma redução permanente dos tributos sobre a folha de salários, produção, exportações e investimentos e de simplicidade na legislação fiscal.
“Precisamos definir para onde queremos ir. Se desejamos ser uma sociedade próspera, educada, justa e sustentável do ponto de vista ambiental, devemos agir com sensatez e obstinação”
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Além disso, requer maior aplicação de recursos públicos em infraestrutura, custos de produção e contratação menores, menos burocracia para abrir, tocar e fechar empresas, mudanças na legislação trabalhista e incentivos à inovação tecnológica. A ideia de ampliar as áreas de logística e infraestrutura concedidas ao setor privado tem potencial para estimular a expansão do setor, mas precisa sair do papel. Da mesma forma, a redução dos encargos pendurados no preço da energia elétrica deve ser efetivada — temos a quarta maior tarifa do mundo.
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Enfim, precisamos de um ambiente amigável aos negócios. Embora tenha gerado bons resultados, o modelo de crescimento econômico baseado no estímulo ao consumo já mostra nítidos sinais de esgotamento. As famílias estão endividadas num nível talvez maior do que suas rendas permitem, e a alta da inadimplência é indício de que é preciso apostar em outras saídas. A ocasião recomenda ênfase maior na promoção dos investimentos, que abrem caminho para crescimento mais sólido e duradouro. Segundo as estimativas da Gerência Executiva de Política Econômica da CNI, a indústria vai ficar estagnada neste ano, e o segmento de transformação deve recuar 1,9%. Para impedir que esse quadro se repita em 2013, é preciso apostar nos investimentos e dar um choque de competitividade na economia brasileira, o que deixaria os empresários mais confiantes para aumentar a produção. Sem nos descuidarmos da solução dos problemas mais prementes, temos que planejar o futuro. Assim, desenvolveremos plenamente o país – com crescimento econômico, justiça social e respeito ao meio ambiente.
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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL
O desafio do desenvolvimento sustentável Lucas Izoton é engenheiro, empresário, vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e presidiu a Findes no período 2004/2011
O
desenvolvimento verdadeiramente sustentável é aquele que consegue harmonizar e compatibilizar o retorno econômico com a proteção do meio ambiente e também promoção da equidade social. Esse equilíbrio é dever de todos nós, ou seja, Governo, empresas e cidadãos, pois temos que ter a responsabilidade de vivermos o presente com qualidade de vida, mas garantindo também o amanhã das gerações futuras. Temos que deixar para os nossos netos um mundo ainda melhor! Ao longo de minha vida, tive a oportunidade de atuar em várias funções e sei que o desafio é grande, mas é plenamente possível atingir os objetivos, desde que façamos corretamente o nosso dever de casa. A primeira reflexão que precisamos efetuar é sobre os 3Rs da Sustentabilidade, que são Reduzir, Reutilizar e Reciclar. O “Reduzir” significa comprarmos apenas bens e serviços que realmente sejam necessários, evitando desperdícios. O “Reutilizar” é evitar jogar no lixo objetos que poderíamos usar para outros fins. Já o “Reciclar” é transformar objetos que não podemos reutilizar em matérias-primas que podem retornar ao ciclo produtivo. O Brasil, com seus quase 200 milhões de habitantes, é considerado o futuro celeiro do mundo, possuindo ainda o maior reservatório de água potável do planeta. Temos também regiões muito ricas, como a Amazônia e o Pantanal. Como promover o desenvolvimento econômico, melhorar a qualidade de vida de nossa população e ainda proteger o nosso meio ambiente e as nossas belezas naturais? Como superar esse desafio? Na década de 80, tive a oportunidade de atuar como engenheiro ambiental na Cesan e pude aprender como os investimentos em saneamento economizam recursos que seriam gastos com saúde. É fundamental o nosso Brasil investir em serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário,
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drenagem pluvial, coleta de lixo e remanejamento de resíduos sólidos. Só assim teremos brasileiros mais saudáveis. Também precisamos ter um plano de longo prazo de investimento mais efetivo na melhoria da infraestrutura. É inadmissível que uma nação de dimensões continentais tenha tão poucas ferrovias. Os nossos portos precisam se adequar à nova logística mundial, a malha rodoviária urge ser recuperada e expandida, assim como nossos aeroportos requerem urgentes investimentos para serem ampliados. Enfim, é necessário investir mais e de maneira correta! O nível de investimentos do Governo Federal é ainda muito pequeno para quem almeja estar entre as cinco principais potências mundiais. A grande questão que se
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coloca é como obter recursos se a maior parte da arrecadação de impostos é gasta diretamente com o custeio da máquina? O Brasil tem uma das maiores cargas tributárias do mundo, incompatível com um país em desenvolvimento, agravada devido à má gestão governamental, que desperdiça boa parte de seus recursos e proporciona serviços públicos de má qualidade para a população. Essa prática inadequada, infelizmente ainda uma constante da maioria dos nossos administradores públicos, não promove o desenvolvimento sustentável. Temos que erradicar definitivamente o conceito de que o dinheiro público não é de ninguém. Precisamos nos conscientizar de que os recursos públicos são de todos os brasileiros, independentemente do nível social ou econômico. É fundamental ampliarmos a nossa fiscalização dos recursos governamentais e sermos mais seletivos ao escolher os nossos candidatos nas eleições. A educação brasileira está avançando, mas em velocidade ainda insuficiente para quem tem objetivos ousados de melhorar o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e o índice de Gini, que medem as desigualdades
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sociais. Como ampliar os indicadores de educação, saúde e longevidade em todas as regiões de nosso país? Como administrar um país com tantas desigualdades e promover a tão sonhada justiça social?
Esse desafio é de todos nós!
Atualmente, a maioria dos dirigentes empresariais e empreendedores já se conscientizou de que o mundo mudou, que todos nós estamos no mesmo barco e necessitamos remar na direção da sustentabilidade, pois o retorno econômico só acontecerá se efetivamente estivermos contribuindo para a comunidade onde estamos inseridos e preservando o meio ambiente. Apesar das dificuldades existentes, continuo otimista com o Brasil, pois creio que, mesmo com uma velocidade bem menor do que desejamos, estamos gradativamente avançando. O próprio Espírito Santo, Estado onde vivemos e temos a maior parte dos nossos negócios, certamente vai superar os atuais obstáculos e poderá não depender, no futuro, somente das commodities e do mercado internacional, nos direcionando também para o mercado doméstico. O Espírito Santo atualmente tem mais de 50% de sua economia, direta e indireta, dependente do comércio internacional e logicamente está sofrendo os impactos da crise mundial, que deverá durar alguns anos. Apesar desse cenário econômico desfavorável, acredito que os resultados de 2013 serão melhores que os de 2012 e certamente, se investirmos mais na indústria criativa, poderemos compensar eventuais perdas. O nível de investimentos, a maioria esmagadora privados, previstos para o Espírito Santo nos próximos anos, deverá compensar as dificuldades nas exportações de commodities e importações via Sistema Fundap, permitindo que o Estado mantenha a sua posição de crescimento acima da média nacional, garantindo assim uma melhor qualidade de vida para a sua população de 3,6 milhões de habitantes. Penso ainda que nós, capixabas, podemos nos dar o luxo de escolhermos e sermos mais rigorosos ao aceitarmos investimentos futuros em nossa terra, pois o que nos interessa é o desenvolvimento sustentável. Crescimento a qualquer preço, não! Almejamos um Espírito Santo ainda melhor para se viver, visitar, investir e trabalhar!
“Como obter recursos se a maior parte da arrecadação de impostos é gasta diretamente com o custeio da máquina?”
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ECONOMIA
Sobrevivendo em tempos difíceis Clóvis Abreu Vieira é economista e sócio da Vieira & Rosenberg Consultoria
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indo o primeiro semestre de 2012, a economia brasileira mostra um crescimento cadente, estimulada pelo lançamento de sucessivos pacotes, que longe estão de imprimir o ânimo necessário. Razões de o desaquecimento interno ter a ver com causas externas à parte, o Governo contribuiu para a perda desse dinamismo com a leniência excessiva na concessão de financiamentos, principalmente em 2010, favorecendo o crescimento da inadimplência, a substituição por importação da produção industrial doméstica e a lentidão na queda de juros na ponta do consumidor. Cresce a percepção de que, daqui para a frente, o consumo deve desacelerar, malgrado a oferta de crédito, pois a aposta implícita no atual quadro é que os consumidores
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irão privilegiar o pagamento das dívidas e os bancos privados reduzirão a oferta de crédito. Assim, mesmo com os bancos públicos funcionando como opção de crédito para pessoas físicas e ampliando a participação no mercado, os bancos menores dificilmente atuarão nesse cenário que o Governo pretende administrar. Continuaremos a assistir à redução do nível de atividade, que só não terá um maior impacto em função do aumento dos preços agrícolas, em razão da queda da safra mundial. Simultaneamente, a indústria perde cada vez mais a competitividade, não apenas pela elevada carga tributária, como também pela ausência de mão de obra qualificada, de infraestrutura e de uma redução nos preços de seus principais insumos, em destaque, a energia
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e a logística, que representam nada mais que o antigo e conhecidíssimo “Custo Brasil”. No setor de serviços, a inflação significativamente superior ao índice médio (IPCA), aliada ao endividamento do consumidor, ligeiramente alto para os padrões brasileiros, e a tendência à estagnação do emprego formal, já captada pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), influenciam a propensão ao consumo, resultando na queda da demanda e em uma desaceleração dos preços. No segmento financeiro, percebe-se uma redução do lucro dos bancos pequenos e médios, resultante da mudança promovida pelo Banco Central de não permitir que os mesmos cedam créditos e se apropriem imediatamente das receitas. É importante frisar que, no médio prazo, a tendência é de que ocorra uma maior concentração do mercado dessas instituições que estarão sendo compradas e, no curto prazo, uma demanda por redução de depósitos compulsórios nessa faixa de atuação. Além disso, espera-se que a taxa de juros continue caindo, terminando o ano em 7,5%, ou abaixo disso, dependendo da gravidade do
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quadro internacional, e que a taxa de câmbio se estabilize em torno de R$ 2,00/dólar, com um crescimento do PIB de 1,7%. Do que foi dito, deve-se levar em conta que no planejamento estratégico empresarial se privilegie o curto prazo. Mesmo que os fatores condicionantes da demanda (salário, emprego e crédito) de pessoa física e as vendas no comércio varejista continuem aquecidos, não se pode deixar de ter cautela daqui por diante. Também são significativos os efeitos da crise externa, percebidos pelos empresários e revelados pelos índices de confiança que vêm sendo divulgados e também pelos banqueiros, por meio da maior seletividade no crédito. Em face dessas questões, é primordial que, para a sobrevivência dos negócios em tempos difíceis, se observem as recomendações básicas de um maior rigor na concessão do crédito, haja uma adequada redução do estoque nos níveis e composição, considerando que o tíquete médio das compras deve cair e que se privilegie a liquidez para fazer frente às adversidades que, certamente, poderão surgir. Enfim, podemos ter um Natal de lembrancinhas.
“Continuaremos a assistir à redução do nível de atividade, que só não terá um maior impacto em função do aumento dos preços agrícolas”
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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SOCIAL
O pequeno notável Martha E. Ferreira é economista, pós-graduada em Logística e Comércio Internacional, professora de Conjuntura Econômica e palestrante
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Estado do Espírito Santo está localizado numa região de grande beleza natural e suas potencialidades turísticas são imensas. Os colibris, orquídeas, cachoeiras, cumes para escalada e bases de asadelta, da região serrana, proporcionam momentos inesquecíveis, assim como as plantações de café, cacau e frutas, entremeadas pelas trilhas ecológicas e pontões de granito, da zona rural. Nas praias ensolaradas, de mar azul-esverdeado, o céu se enche de paragliders e kitesurfs, os ventos atraem os barcos à vela e as lanchas procuram por marlins.
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A moqueca capixaba, massas e carnes especiais, acompanhadas pelos vinhos, sucos de frutas e chocolates, são um convite à gastronomia. E através da arquitetura secular, imortalizada nos casarões, museus, conventos, catedrais e capelas, é possível viajar pela história e consagrar-se à religiosidade. Praças, ipês-rosa e monumentos são atrativos à parte. Mas o turismo é apenas um dos setores dessa economia altamente diversificada e que oferece múltiplas oportunidades de negócios. O Estado também é sede de grandes indús-
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trias, integradas ao comércio nacional e internacional, que polarizam profissionais e empresas, do Brasil e do mundo. Ele é o maior produtor e exportador de rochas ornamentais da América Latina e sua pujante construção civil atrai grandes empresas brasileiras do setor. Possui a segunda maior indústria de suco de frutas do país, a terceira maior fábrica de chocolates do Hemisfério Sul e algumas indústrias de siderurgia, pelotização e celulose que estão entre as líderes mundiais. O Espírito Santo é o segundo maior produtor de petróleo e gás do Brasil e suas reservas gigantes, especialmente no pré-sal, ocupam o segundo lugar no ranking nacional. Com posição geográfica e logística privilegiadas, o Estado sedia mais de 600 empresas atacadistas, posicionando-se como o terceiro maior centro distribuidor brasileiro. O seu complexo portuário é um dos maiores da América Latina, o que favorece a corrente comercial com outras nações, desta-
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cando-se como o sétimo maior Estado exportador e o oitavo importador do país. É responsável por 25% do volume de cargas e 9% do faturamento do comércio exterior do Brasil. Sua produtividade nas florestas plantadas é referência internacional, seu polo moveleiro ocupa a sexta posição no ranking nacional e o setor têxtil e de confecções emprega mais de 25 mil pessoas em suas 1.600 unidades fabris. A falta de recursos para obras de infraestrutura, perda de incentivos, iminente redução do fundo de participação dos Estados e dos royalties do petróleo e gás - imprescindíveis para tornar sustentáveis o crescimento econômico e o desenvolvimento social - são adversidades que parecem estimular esse “pequeno notável”, impulsionando-o para frente. Tanto, que o volume de investimentos previstos para os próximos cinco anos está estimado em R$ 100 bilhões. E é assim que o Estado do Espírito Santo confirma a sua competência empresarial e capacidade de superar os desafios: maximizando seu potencial econômico e crescendo acima da média nacional.
“O turismo é apenas um dos setores dessa economia altamente diversificada e que oferece múltiplas oportunidades de negócios”
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MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
Encadeamento produtivo: o caminho para um futuro sustentável Benildo Denadai é diretor-técnico do Sebrae-ES
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Espírito Santo se encontra em um cenário de prosperidade, caminhando para um maior desenvolvimento nos âmbitos econômico e social. Essa melhoria passa pela promoção de um quadro sustentável da economia, o que envolve micro e pequenos negócios, grandes empresas e as esferas governamentais. E como é possível promover o desenvolvimento regional de uma maneira sustentável? O processo de fornecimento para grandes empresas tem sido uma excelente oportunidade para o crescimento e o desenvolvimento das pequenas, criando redes que são responsáveis por melhorar a qualidade de vida das pessoas através do trabalho.
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Chamado de encadeamento produtivo, esse sistema de negócios tem sido um grande aliado do Estado para promover a inserção de micro e pequenas empresas nas cadeias de valor e nas estratégias e políticas para o desenvolvimento. Para isso, não basta apenas existirem grandes e pequenas empresas em um mesmo território, mas incentivar o potencial de negócios entre as duas. Vale ressaltar que existe pelo menos um pequeno negócio em cada município do Brasil, enquanto apenas 350 cidades sediam grandes e médias empresas. De um lado, essas grandes empresas precisam de serviços e produtos. Do outro, os pequenos empreendimentos têm potencial para suprir as necessidades das grandes âncoras. Mas nem sempre essas pequenas empresas estão aptas ao
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fornecimento, seja por falta de gestão, qualidade, produto ou preço. É nesse ponto que o Sebrae atua, ajudando as micro e pequenas a se capacitarem para fornecer produtos e serviços de qualidade, com prazo. Ao iniciar ações de fomento ao encadeamento produtivo, o Sebrae promove cursos e programas de capacitação e gestão, como o Sebraetec e o Sebrae Mais, por exemplo. Depois de capacitado, é necessário também promover o contato entre esse gestor de micro ou pequeno negócio e a grande empresa, o que muitas vezes é mais complicado do que parece. O Sebrae organiza rodadas de negócios para aproximar as pequenas e as grandes empresas, tendo como fruto uma interação maior entre âncoras e pequenos negócios próximos às suas localidades. No Estado, três setores já contam com a ajuda de programas de engajamento para promover esse intercâmbio entre pequenas e grandes empresas.
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São eles o setor moveleiro, de vestuário e de bebidas, desenvolvendo pequenas empresas para atender às necessidades, desde a matéria-prima até a distribuição dos produtos. Certificações de programas como o Prodfor também têm mostrado bons resultados em engajar pequenas empresas no Estado, tendo como parceiros Findes, IEL, Sebrae-ES e mais 11 grandes empresas em âmbito nacional. Em se tratando de desenvolvimento econômico e social, o papel da grande empresa é gerar impostos para serem revertidos em bens sociais pelo Governo e criar serviços para as pequenas empresas locais, que por sua vez oferecem melhoria econômica e social para a região onde se encontram, através do emprego e da renda. Tudo isso resulta em melhoria de vida para a população capixaba, pela evolução de pequenos negócios, tornando nosso Estado cada vez mais forte na economia e promovendo um método de desenvolvimento social sustentável.
“Existe pelo menos um pequeno negócio em cada município do Brasil, enquanto apenas 350 cidades sediam grandes e médias empresas”
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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL
Aron Belinky é consultor especialista em sustentabilidade, responsabilidade e consumo consciente
Economia verde: além da oportunidade, um desafio para empreendedores e gestores
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ano de 2012 ficará marcado para os empresários brasileiros pelo agravamento da crise econômico-financeira global, incerteza no ritmo de investimentos e crescimento, eleições nos EUA e no Brasil e vários outros fatores que chamam a atenção para o curto prazo, o “aqui e agora” da sobrevivência imediata. É compreensível que assim seja, mas quem se deixa ofuscar apenas pelo lado mais gritante das manchetes corre o risco de não ver outro fato de grande alcance, representando pela Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Os eventos e debates deflagrados pela conferência da ONU representam um marco cuja importância demorará um bom tempo até ser totalmente compreendida. A sombra das crises imediatas e a decepcionante atuação dos chefes de Estado e diplomatas deixaram um gosto de fracasso, mas há muitas lições e indicações
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importantes a serem colhidas. Uma delas, crucial para empreendedores e gestores, é uma pergunta que ficou sem resposta: afinal, para onde seguirá a economia? Mesmo óbvia e permanentemente repetida, essa pergunta é especialmente relevante no momento em que, como há muito tempo não se via, um frisson de excitação e ansiedade ronda o mundo dos negócios. Há algo grande no ar: gigantes vão surgir, e outros desaparecerão. Grandes investidores já começam a se movimentar rumo às novas fronteiras dos negócios: energia limpa, mobilidade urbana descongestionada, ciclos fechados de produção, materiais inovadores, biotecnologia, gestão sustentável e socialmente responsável... Não se passa uma semana sem que notícias sobre novas oportunidades – mas também novos riscos – surjam no radar dos empreendedores dos mais variados ramos e portes.
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“A transição produtivotecnológica para a economia verde demandará esforços e investimentos só comparáveis aos maiores já realizados pela humanidade”
As evidências são claras: estamos no limiar de uma nova era econômica. Negócios que foram bons até hoje, gradualmente, deixarão de sê-lo.... Ou não será tão gradual assim? Haverá choques abruptos? Quanto tempo vai demorar até que os automóveis individuais se transformem em brinquedos de luxo, à medida que percam espaço para modos mais civilizados e racionais de transporte urbano? Dez anos? Vinte? Trinta? A transição produtivo-tecnológica para a economia verde demandará esforços e investimentos só comparáveis aos maiores já realizados pela humanidade, como as grandes navegações do século XV, as guerras mundiais do século XX ou a corrida espacial/armamentista. O que pode nos responder a ciência econômica? Do modo como a conhecemos, poderá construir modelos sofisticados para calcular os riscos de diferentes cenários. Fará previsões de crescimento e variações dos mercados e ativos. Permitirá compararmos diferentes opções de investimento e calcularmos as taxas de retorno de diferentes opções de investimento. Mas não poderá fornecer algumas das respostas mais cruciais: o que devemos produzir? Para que finalidade? Até onde podemos crescer? E depois? Construir uma economia verde digna desse nome, que seja não apenas ecoeficiente, mas também inclusiva, responsável e que caiba nos limites do planeta, demandará mais que bons modelos e fortes investimentos. Trazer para a classe média, em duas ou três décadas, os bilhões de concidadãos globais hoje na pobreza nos exigirá escolhas: cereais para produzir combustíveis ou alimentos? Dedicar as ruas aos automóveis ou ao deslocamento de pessoas? Continuar com bilionários subsídios aos combustíveis fósseis ou financiar energias renováveis? Reduzir por decreto o preço da energia elétrica ou promover a eficiência energética da indústria nacional? Manter a taxação sobre o consumo, onerando mais os mais pobres, ou aplicar políticas fiscais progressivas e investimentos redistributivos? A Rio+20 acertou, ao pautar como seus dois temas centrais a “Economia Verde” e a “Governança do Desenvolvimento Sustentável”. Muito corretamente, sinalizou que esses dois assuntos são indissociáveis: a economia, qualquer que seja, é uma
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expressão da sociedade em que opera, visto que se se configura – sempre – em contato com um certo quadro institucional e ético. Quando a sociedade permitia a escravidão, os mercados vendiam e compravam pessoas. Enquanto foi possível contar com a força produtiva de crianças e adolescentes, milhões de jovens perderam suas infâncias nas fábricas e minas de carvão. Estamos em plena construção do quadro que configurará o século XXI. A Rio+20 estabeleceu vários processos, que apontam 2015 como o próximo grande marco. Diferente de outras ocasiões, esses processos hoje seguem sob o escrutínio da sociedade em rede. Nesse contexto, empresários e suas lideranças não podem ser apenas espectadores passivos ou hábeis empreendedores: espera-se que participem da configuração do novo cenário, democraticamente interagindo com suas partes interessadas e o poder público, de modo a cumprir, plenamente, seu papel e sua responsabilidade social. Não por acaso, os debates na Rio+20 incluíram também a ISO 26000 (norma internacional sobre responsabilidade social, lançada no final de 2010). Essa norma, um “guia de diretrizes”, é reconhecida como a mais abrangente referência internacional para quem deseja se orientar no tema. Segundo ela, é por meio da gestão socialmente responsável que uma organização irá melhor contribuir para o desenvolvimento sustentável. Esse é o caminho para importantes respostas. Sobre ISO 26000, sugiro a publicação do grupo de trabalho do Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV (GVces) disponível em http://bit.ly/livro_iso26000. Sobre economia, o livro “Muito Além da Economia Verde”, de Ricardo Abramovay. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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GESTÃO E QUALIDADE
Annor da Silva Junior é doutor em Administração pela UFMG e professor adjunto da Ufes
Trabalho e qualidade de vida: expectativas individuais, necessidades organizacionais e sustentabilidade
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ão é de hoje que o tema “trabalho” tem chamado a atenção de pesquisadores e estudiosos do mundo todo. Ao longo da história, as concepções do que é “trabalho” se alteraram significativamente, desde a sua relação com o sofrimento até a visão de que se trata de uma experiência de vida, na qual o homem transforma o mundo e a natureza, com vistas a satisfazer suas expectativas, necessidades e contribuir para a sua “qualidade de vida”. Embora se reconheça a relevância do tema, a discussão sobre qualidade de vida é relativamente recente. Segundo a Organização Mundial
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da Saúde (OMS), trata-se da “percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”. Tendo como fundamento as concepções de “trabalho” como experiência de vida (positiva e/ou negativa) e de “qualidade de vida”, pretende-se nesse texto tecer algumas considerações sobre a articulação dessas temáticas no contexto organizacional. Para isso, assume-se a concepção da organização como uma estrutura sistemática, constituída por
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pessoas e que possui um propósito definido. É nesse espaço organizacional que as expectativas individuais se confrontam com as necessidades organizacionais, estabelecendo, via o trabalho, uma relação de mediação que proporciona qualidade de vida, ou a falta dela. Nesse campo de forças, de um lado, tem-se as expectativas individuais de promoção, de carreira e de satisfação de expectativas e de necessidades pessoais e familiares; e, de outro, as organizações buscando alcançar seus propósitos, por meio da racionalização dos processos produtivos e gerenciais, com vistas a obter qualidade e redução de custos na produção de bens e na prestação de serviços, como forma de se tornarem competitivas em seus mercados. A compatibilização das expectativas e das necessidades individuais e organizacionais se apresenta como uma relação com duas consequências possíveis: um lado sempre sairá perdendo; ou os dois saem ganhando. Em parte, o que pode determinar o tipo de consequência é a lógica sob a qual a relação entre o indivíduo e a organização será mediada. No primeiro caso, tem-se a típica lógica da
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teoria econômica clássica, em que os agentes econômicos agem para maximizar a sua função utilidade, visando o alcance de objetivos de curto prazo. Nesta lógica, as relações entre os agentes tendem a resultar em alguma forma de conflito em que uma parte perde e a outra ganha. Neste caso, todos perdem em qualidade de vida. Para que o indivíduo e a organização saiam ganhando, é necessário que essa relação seja mediada pela lógica do comportamento sustentável, em que a atividade empresarial seja holisticamente concebida, voltada não apenas para o desenvolvimento econômico, mas também o social e o ambiental, com vocação para o longo prazo ao considerar as expectativas e necessidades das gerações futuras. Para isso, é fundamental assumir uma postura de cooperação, em detrimento da competição. Por essa via, a qualidade de vida, em sua forma mais abrangente, poderá ser alcançada, contemplando não somente os interesses do indivíduo ou da organização, mas os de um conjunto maior de stakeholders, qual seja, a sociedade num sentido mais amplo.
“É fundamental assumir uma postura de cooperação, em detrimento da competição. Por essa via, a qualidade de vida, em sua forma mais abrangente, poderá ser alcançada”
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ECONOMIA
José Antonio Bof Buffon é economista, professor e pesquisador do Departamento de Economia da Ufes, diretor comercial do Banestes e vice-presidente técnico do Ibef-ES
Crise, transição, incertezas na economia mundial e o sentido das respostas nacionais
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arranjo financeiro, comercial e produtivo que sustentou o longo período de expansão da economia mundial, entre meados dos anos 90 do século passado e os anos finais da última década, rompeu-se abruptamente em meados de 2008. Deixou de existir não só porque foi desfeita sua sustentação financeira, calçada em níveis insustentáveis de alavancagem de famílias, bancos e empresas, mas também porque aquele crescimento promoveu (e se nutriu de) assimetrias nunca antes vividas entre as principais zonas econômicas do globo. A despeito de todos os aspectos positivos por ele ensejados, aquele período de expansão foi responsável pela cristalização de assimetrias e desequilíbrios estruturais, entre zonas econômicas e entre países, em níveis preocupantes - desequilíbrios que desafiarão os diversos estados nacionais e instituições multilaterais, colocando em xeque o crescimento econômico e, em risco, a estabilidade política do mundo nas próximas décadas. Tendo em vista a pouca eficácia das medidas que vêm sendo adotadas, nos últimos anos, sobretudo nos EUA e Europa, no contexto das tentativas de se restabelecer a credibilidade das instituições financeiras e a estabilidade da economia, que sucumbiram na esteira da crise de 2008, não está no horizonte desta década a emergência de um novo padrão sustentado de crescimento mundial. Mas, mesmo que as graves consequências econômicas decorrentes da necessidade dessa lavancagem das famílias, bancos, empresas, Tesouros Nacionais (e Bancos Centrais) pudessem ser administradas a contento, estaríamos ainda longe de ter uma nova ordem mundial – financeira, comercial e produtiva, simetricamente espelhada no redesenho dos organismos multilaterais , que conferisse oportunidade a um novo (e longo) ciclo de crescimento.
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De um lado, o forte endividamento dos Tesouros Nacionais, sobretudo na Europa e EUA, solapou as margens de manobra da política fiscal, num contexto em que os instrumentos de política monetária se tornaram flagrantemente inócuos. De outro, rompeu-se o equilíbrio instável, porque assimétrico e contraditório, que havia entre as principais zonas econômicas do globo, especialmente EUA, Europa e China. O longo período de expansão e prosperidade foi sucedido por estagnação, instabilidade, volatilidade e a certeza de que, apesar da “racionalidade” de todos os esforços empreendidos
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até o momento, os ajustes fiscal, econômico e patrimonial dos Tesouros Nacionais, empresas, bancos e famílias ainda estão muito longe do fim. Forte desalavancagem, fusões, aquisições, incorporações e, evidentemente, falências, estarão na pauta por muito tempo, além do desemprego. A exitosa e historicamente relevante experiência da União Europeia passou, rapidamente, do sonho à euforia expansionista; e, da euforia, ao desalento. Mais do que uma dificuldade de governança e uma crise fiscal sem par, a Europa vive mesmo é a crise dos próprios valores ocidentais, por ela fundados. Os EUA, ao mesmo tempo em que perderam a capacidade de “harmonizar” o mundo à sua “imagem e semelhança”, passaram a “desorganizar” o mundo a partir de suas idiossincrasias, subordinando a política externa à política interna. A China, antes uma oportunidade para o Ocidente, hoje se coloca claramente como uma ameaça e fonte de instabilidade. E o que é mais preocupante, na iminência de se tornar a primeira economia do mundo, está muito longe de se habilitar a ser uma potência capaz de contribuir, hegemonicamente, para a coordenação do processo de governança global.
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As incertezas são tão cruciais que não temos a menor ideia dos contornos que serão requeridos por um novo arranjo virtuoso, que seja capaz de presidir o crescimento da economia mundial, em um futuro mais ou menos distante. Sabemos pouco também a respeito dos papéis que serão atribuídos, naquele contexto futuro, aos EUA, China, Europa e a outros países grandes, tais como Brasil, Rússia e Índia. Enquanto isso, por uma década e meia, pelo menos, viveremos dias de permanente estado de incertezas e instabilidade, no qual a volatilidade dos preços dos ativos líquidos será a tônica prevalecente. Em consequência, estagnação, pequenos surtos de crescimento e uma acentuada assimetria de performances entre diferentes zonas econômicas, países e regiões subnacionais, serão um traço constitutivo, e cada vez mais evidente, da dinâmica econômica. Nesse contexto, a sanha protecionista precisa ser contida, excessos de subsídios evitados e o dumping fortemente combatido. Ao mesmo tempo, soluções cooperativas no plano internacional precisam ser recorrentemente suscitadas e as instâncias multilaterais fortalecidas. O período entre guerras, no século XX, é um exemplo a não ser seguido. Ao mesmo tempo, os diversos países devem fomentar o crescimento; realizar reformas; melhorar e ampliar a infraestrutura; promover inovações produtivas, tecnológicas e institucionais; buscar ganhos sinérgicos, além de gerar e difundir externalidades nas cadeias e arranjos produtivos. O crescimento se tornou o “fator escasso”, a competitividade, o imperativo maior, e o nível de emprego, o foco de todas as atenções. Todas as políticas e decisões que emanarem do setor público precisam tê-los em perspectiva. Cada país, dependendo da suas vantagens comparativas e competitivas, do acervo de instrumentos de política econômica, do porte e complexidade de suas economias, mediante a cooperação, deve contribuir para a melhoria do ambiente internacional. O Brasil, nesse contexto, encontra-se admiravelmente bem postado. Somos um dos principais atores em vários temas portadores de futuro, sobretudo os relacionados à sustentabilidade. Assim, além de contribuir para harmonizar e promover o crescimento da economia mundial, o Brasil poderá se reposicionar estrategicamente neste período de transição e crise global.
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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL
Indústria e sustentabilidade Benjamin Baptista Filho é diretor-presidente da ArcelorMittal Tubarão e CEO da Aços Planos América do Sul do grupo ArcelorMittal
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Brasil hospedou, de 13 a 22 de junho, a Conferência Internacional Rio+20 deste ano, evento de grande relevância e repercussão, por trazer à luz e ao debate o tema da sustentabilidade. No evento da Conferência Rio 92, a sustentabilidade era vista como custo e obrigação, além de ser endereçada às empresas dentro do escopo do triple bottom line (econômico-ambiental-social). Já na Conferência Rio+20, além de a sustentabilidade ser tratada como investimento, também ganhou status de
necessidade e mesmo de urgência. Deixou de ser uma coisa ligada somente às atividades empresariais, para tornar-se algo também dependente de atitudes individuais, das pessoas, tendo sido expandida a visão do econômico-ambiental-social para outros aspectos decisivos, como o cultural, o político e o ético. Porém, o mais importante dos avanços percebidos foi o amadurecimento do debate, sendo mais bem compreendida a atuação em rede, conectando Governo, Empresas e Sociedade. Foto: Divulgação Arcellor Mittal Tubarão
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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL
Foto: Divulgação Arcellor Mittal Tubarão
ARTIGO |
“É inadmissível qualquer exacerbação de poder que permita a elevação de decisões acima de provas baseadas na ciência e na tecnologia, em fatos e dados”
Em plena Era do Conhecimento, já não se concebe mais a falta de transparência em nenhuma esfera de poder. Também não se admite mais o julgamento subjetivo, conclusões baseadas em “achismos” ou em generalizações, pelo enquadramento por analogia de pessoas e organizações. Hoje existem pesquisas, estudos técnicos, dados e fatos, ciência e tecnologia disponíveis, para que não se cometam injustiças, “heresias técnicas” ou erros de intervenção no tecido social, cada vez mais complexo face ao volume, à abrangência e ao dinamismo das relações. Embora seja bem-vindo que um agente, independentemente da esfera em que atue, transcenda o escopo de sua função para contribuir com o equilíbrio do conjunto, é inadmissível qualquer exacerbação de poder que permita a elevação de decisões acima de provas baseadas na ciência e na tecnologia, em fatos e dados. Na ArcelorMittal Tubarão, a melhoria contínua é o processo que move a empresa em todos os aspectos de sua gestão. Somos uma empresa aberta ao diálogo e à cooperação, que promove, organiza e sedia importantes eventos fora do âmbito da produção de aço, pela relevância social que eles têm. Temos como exemplo o programa “Justiça Restaurativa e Adolescentes Sem Grades”, que evita a internação de jovens por meio de medidas mais assertivas
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e condizentes com a justiça social. Já o projeto “Educação em Valores Humanos” formou mais de mil professores da rede pública da Serra, com impactos positivos na redução da violência e da evasão escolar, bem como na elevação do desempenho dos alunos em relação ao aprendizado. Dentro do espírito da melhoria contínua é que transformamos gases industriais em 500 MW de autossuficiência energética, recirculamos 97,6% da água doce que usamos, damos destinação sustentável a 100% de nossos resíduos e endereçamento social à escória, na pavimentação de mais de 300 km de estradas vicinais e rurais, assim como somos uma referência mundial como empresa zero tabaco, entre as de menores índices de acidente e com excelente desempenho na questão de saúde dos empregados. Ao sublinhar os aspectos do diálogo maduro e da evolução pela atitude individual, a Rio+20 nos reacendeu a crença de que, juntos, somos mais. Acreditamos que a ArcelorMittal Tubarão desempenha um papel destacado na sociedade capixaba, por meio de uma gestão dinâmica, que mantém interfaces imprescindíveis com o tecido social em que estamos inseridos, numa relação simbiótica e profícua, nunca especulativa, subjetiva ou obscurantista, mas baseada em fato, dados, ciência e tecnologia. Esta é a nossa forma de transformar o amanhã. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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ARTIGO |
INDÚSTRIA
O desafio de construir relacionamentos Marcelo Castelli é presidente da Fibria
E
mpresas produtoras de commodity, embora não se relacionem diretamente com o consumidor final, estão cada vez mais próximas do mercado e da sociedade de maneira geral. Nós, da Fibria, sabemos que além de produzir celulose de qualidade, minimizando impactos ambientais, valorizando nossos empregados e prestadores de serviços, respeitando nossos clientes e atuando de forma eficiente e competitiva, também temos que manter relações construtivas com nossas diversas partes interessadas.
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A construção de relacionamentos em que todos ganham é, talvez, o maior desafio da indústria atual. Implica ouvir muito, entender a necessidade do outro, conciliar interesses. Tudo isso sem perder de vista a competitividade e as exigências crescentes dos clientes. No caso da Fibria, pela característica do nosso negócio, nos relacionamos com uma carteira de clientes reduzida. Entretanto, quando falamos de nossas partes interessadas, a quantidade é inversamente proporcional. Com plantios florestais distribuídos em mais de 250 municípios de sete estados brasileiros –
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69 apenas no Espírito Santo –, a Fibria se relaciona com um expressivo contingente de pessoas. As comunidades situadas no entorno dos nossos plantios, os usuários das rodovias pelas quais transportamos matéria-prima, trabalhadores das empresas que atuam como nossos provedores de serviços, nossos funcionários próprios, representantes de diversas esferas do poder público, ONGs e outras organizações, associações de classe e outros. O relacionamento com as comunidades situadas à nossa volta vem merecendo particular atenção. Seguindo um dos pilares da empresa, temos nos dedicado às relações construtivas, ou seja, à construção de um relacionamento em que todos ganhem. Estamos colhendo bons resultados com isso. Um exemplo são as iniciativas do Programa de Desenvolvimento Rural Territorial (PDRT), por meio do qual a Fibria vem promovendo e/ou estimulando a adoção de alternativas para tornar autossustentáveis comunidades do sul da Bahia e do norte do Espírito Santo cujas perspectivas de emprego e renda são reduzidas.
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No Espírito Santo, temos ainda o Engajamento Barra do Riacho, movimento que nasceu por iniciativa da Fibria e que reúne várias outras empresas e organizações da região de Aracruz. O objetivo é alavancar um processo de diálogo social e desenvolvimento integrado e participativo de Barra do Riacho, envolvendo empresas, sociedade civil e poder público. Como resultados temos vários projetos nas áreas de qualificação profissional, saúde, lazer, fortalecimento da cidadania e outras. Projetos que envolvem as comunidades são realizados pela Fibria em diversos municípios onde a empresa está presente, sempre buscando inserir a população das respectivas regiões no cenário econômico-social. Contribuir para promover essa inclusão é prioridade para a empresa. Imagino que o pensamento seja o mesmo nas demais indústrias do Espírito Santo que fazem parte desta publicação da Findes. Somos grandes, somos fortes e podemos contribuir para transformar a realidade à nossa volta.
“A construção de relacionamentos em que todos ganham é, talvez, o maior desafio da indústria atual”
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ARTIGO |
GESTÃO E QUALIDADE
Design: caminho para a inovação na indústria tradicional Antonio Fernando Doria Porto é engenheiro metalurgista com mestrado em Engenharia de Produção e Administração e diretor-executivo do Ideies
O
Brasil, inclusive o Espírito Santo, está passando por um possível processo de desindustrialização, com a participação da indústria de transformação na economia brasileira caindo, em detrimento do setor de serviços, e voltando ao nível dos anos JK. Em 2011, essa indústria representou 14,6% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, próximo aos 13,8% de 1956. Em 1985, a indústria de transformação representava 27% do PIB. No Espírito Santo, a participação da indústria de transformação deverá ficar em torno de 12% do PIB capixaba em 2011, quando em 2003 era de 18,5%. É sabido que o setor industrial perdeu participação relativa nas economias dos países desenvolvidos para o setor
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de serviços e com alto componente tecnológico. O problema é que esses países possuem renda per capita acima de US$ 25 mil e o Brasil, com renda per capita em 12 mil, ainda necessita muito da indústria para contribuir no sentido de, pelo menos, dobrar a sua renda per capita. Por outro lado, com a globalização dos mercados, o maior desafio que as empresas industriais brasileiras vêm enfrentando ante os produtos importados é o de como diferenciar seus produtos da concorrência e criar vantagens competitivas. Para isso, elas precisam estar constantemente inovando, caso desejem se manter ativas ao longo do tempo. Atualmente, o conceito de inovação é amplo e trata não apenas de inovação em produtos e
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“Pesquisas mostram que as empresas que investem em design tendem a ser mais inovadoras, mais rentáveis e crescem mais rapidamente do que aquelas que não o fazem”
processos, por meio de fortes investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), a chamada inovação tecnológica, como também existe a inovação não tecnológica, em gestão, métodos de comercialização, logística e em marketing. Ambas têm como base a criatividade. No Brasil, com mais de 95% das empresas industriais sendo de micro e pequeno porte, quase todas situadas nos setores tradicionais da economia, a inovação tecnológica, que requer altos recursos para sua concretização e envolve grandes riscos, parece não ser o melhor caminho para motivá-las a inovar. A pergunta que se coloca é: qual a alternativa? A resposta dada, principalmente nos países desenvolvidos, é: “através do design”, que também liga a criatividade à inovação. As empresas de design fazem parte das chamadas indústrias criativas, assim como podem ser consideradas criativas as áreas de design das empresas tradicionais. Porém, poucas empresas enxergam e utilizam o design como estratégia inovadora para seu crescimento. Embora o design seja muitas vezes associado apenas à estética e ao visual de produtos, o desenvolvimento de design é, na realidade, muito mais amplo. Ele é considerado uma ferramenta estratégica usada pelas empresas para ganhar vantagem no mercado em que operam, inclusive, em nível internacional. Assim, o design é um processo criativo estruturado. Ele é logo associado como um projeto industrial para os produtos manufaturados - especificamente o “olhar” de um produto. No entanto, a aplicação do design é muito mais ampla, projetando por função; por apelo estético; para a facilidade de fabricação; para a sustentabilidade; para a confiabilidade ou a qualidade; como para a inovação nos processos dos próprios negócios das empresas industriais tradicionais. Com o clima econômico atual, onde os recursos para inovação são escassos, o design torna-se particularmente relevante. Ele muitas vezes é menos intensivo em capital e tem períodos mais curtos de retorno do que em P&D, mas possui potencial para impulsionar a competitividade. As ligações entre a indústria criativa de design (e/ou os setores internos de design das empresas) e as indústrias tradicionais podem construir mecanismos que facilitam a transferência de ideias e conhecimentos entre elas.
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Atualmente, existem quatro etapas para o agrupamento das empresas tradicionais quanto ao uso de design (a chamada escada de maturidade do design): • As sem design. O design é apenas uma parte insignificante dos negócios de uma empresa. • Design como estilo. O design é utilizado apenas para a forma física final do produto. • Design como um processo. O design é visto como um aspecto importante do negócio. Ele é incorporado à filosofia da empresa e está integrado desde as fases iniciais dos processos de desenvolvimento. • Design como inovação. O design é de suma importância e pode reformular alguns, ou mesmo todos, os aspectos do negócio. No momento, o que deve ser buscado pelas indústrias tradicionais é a última etapa (degrau), que é o design como inovação. Os resultados obtidos em várias pesquisas mostram que as empresas que investem em design, seja através de departamentos próprios, seja através da indústria criativa de design, tendem a ser mais inovadoras, mais rentáveis e crescem mais rapidamente do que aquelas que não o fazem. As necessidades dos usuários, suas aspirações e habilidades são o ponto de partida e o foco das atividades de design. Com um potencial de integrar, por exemplo, segurança, meio ambiente e considerações de acessibilidade, além do econômico, em produtos, serviços e sistemas, é uma área que merece atenção do setor público, das entidades de fomento e das empresas tradicionais capixabas como caminho para a inovação e o aumento da competitividade. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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ABERTURA |
INDÚSTRIA
Desafios no presente, incerteza no futuro Queda nos principais indicadores da indústria capixaba coloca o Espírito Santo em estado de alerta
O
ano de 2012 é de sucessivas incertezas no meio empresarial brasileiro. Mas, no Espírito Santo, empresários e Governo, unidos, estão tomando medidas corretivas para salvar alguns setores em crise e também garantir, de um lado, alternativas para a reversão de perdas já anunciadas, como o Fundap, os novos critérios para divisão dos royalties do petróleo, e, de outro, o aproveitamento, pela sociedade capixaba, das oportunidades vislumbradas com a perspectiva de investimentos, também anunciados, de R$ 100 bilhões no Estado até 2016. Para a indústria, nacional e capixaba, o primeiro semestre de 2012 não foi dos melhores. A queda de 3,8% na produção brasileira em relação ao primeiro semestre de 2011 foi uma das mais acentuadas da série
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histórica para o período, segundo análise do Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies). Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), trata-se de um semestre perdido para o setor. A indústria do Espírito Santo, principalmente a de transformação, também vem sofrendo com os reflexos da crise na Europa e pela queda do dinamismo chinês, grande importador de produtos brasileiros e de pelotas (minério de ferro) capixabas. Além disso, o setor siderúrgico está com grande queda na sua produção. Essas commodities, importantes para as exportações capixabas, além da queda na demanda, vêm tendo baixa em seus preços médios. O gráfico mostra a contínua perda da produção física da indústria capixaba, quando se verifica a variação acumulada em 12 meses, 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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Produção Física Industrial: Espírito Santo Variação acumulada dos últimos 12 meses - junho de 2011 a junho de 2012 40
Indústria Geral Indústria Extrativa Indústria de Transformação
38,4 35,6
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33,5
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12,0
0 -10
0,2 jun/11
10,2
-1,4 jul/11
8,7
-3,2 ago/11
7,7
30,9
28,8
29,6
26,1
23,6
20,1
16,5
6,5
6,1
6,8
5,7
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-4,6 set/11
out/11
nov/11
dez/11
jan/12
fev/12
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abr/12
12,8
0,8
É o valor, em reais, dos investimentos anunciados para o Espírito Santo até 2016
10,6
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-9,0
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mai/12
jun/12
Fonte:IBGE / Elaboração: Ideies/NEC
com a produção da indústria geral revelando-se negativa pela primeira vez (-2,2%). A produção da indústria de transformação está negativa desde julho de 2011, atingindo menos 10% em junho de 2012. Outro aspecto preocupante na produção industrial capixaba refere-se à utilização da capacidade instalada da indústria de transformação, que estava no nível de 73% em junho de 2012. Antes da crise iniciada no final de 2008, era de 83%. Mas as expectativas capixabas não se mostram apenas negativas. Para o diretor do Instituto Jones dos Santos Neves, José Edil Benedito, apesar de o Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB) ter estimativa de crescimento de apenas 1,9% (ou menos, dependendo da fonte) este ano, no Espírito Santo o crescimento deve ser um pouco maior. De acordo com ele, essa desaceleração vai afetar o Estado em alguma medida, mas mesmo assim o crescimento da economia estadual deve superar o da nacional. No Espírito Santo há um crescimento em relação ao PIB em torno de 9% no ano passado (2011), segundo o IJSN. “Seguindo a tendência nacional, é evidente que haverá uma desaceleração. Mas certamente, pelos elementos que nós temos, não estamos desacelerando tão rápido como o Brasil”, disse Edil Benedito.
Desempenho varia entre setores Enquanto a mineração, a siderurgia e a indústria de transformação registram quedas, o setor de rochas ornamentais contribuiu positivamente para o desempenho do 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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comércio exterior capixaba, movimentando 411 mil toneladas em produtos beneficiados e 315 mil toneladas em blocos brutos durante o primeiro semestre de 2012 – representando, em conjunto, uma quantia de quase US$ 400 milhões (7% das exportações do Estado). Também a construção civil, numa escala crescente nos últimos anos, vem dando uma cara nova à economia nacional e também local, registrando 8,5% do PIB brasileiro. No PIB da indústria capixaba, a construção civil contribui com 27%, gerando atualmente 65 mil empregos formais. Nos seis primeiros meses de 2012 houve um crescimento de 9,65% no número de unidades em construção na Grande Vitória em relação ao segundo semestre de 2011, quando esse número era de 33.191 unidades. Hoje, são 36.461 unidades disponíveis, entre apartamentos, salas e casas nos bairros da Grande Vitória e em Guarapari. E o setor ainda conta com a política federal de incentivo para o financiamento da casa própria, com diminuição dos juros por parte dos bancos do Governo, beneficiando principalmente as micro e pequenas empresas.
Investimentos e oportunidades Segundo o secretário de Desenvolvimento do Espírito Santo, Márcio Félix, o Estado vai trabalhar procurando fortalecer o comércio internacional através de melhorias na infraestrutura, novos portos, conexões rodoviárias, ferroviárias, e aeroviárias. “Vamos fortalecer o segmento por meio de mecanismos financeiros, de fundos de desenvolvimento e apoio 51
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ABERTURA |
INDÚSTRIA
Desafios persistem
à inovação. Vamos manter a atração de uma carteira de projetos que sejam diversificadores da economia e descentralizadores, além de estruturantes, no sentido de que sejam projetos que atraiam novas cadeias produtivas para o Espírito Santo”, disse. Márcio Félix citou como exemplos a instalação de um estaleiro em Aracruz, que atrai uma série de empresas para o Estado, e a chegada de uma indústria automobilística, que mobiliza um novo conjunto de fornecedores de peças. O secretário destacou ainda que o Espírito Santo é um Estado pequeno em relação a outros do país. “Nós não somos um grande mercado, mas estamos bem localizados geograficamente. Temos a possibilidade de ser uma ‘Singapura’ ou uma ‘Holanda’, que são países pequenos, mas que fazem o meio de campo do mundo com determinadas regiões. E nós pretendemos continuar a sermos fortes nesta interface do Brasil com o mundo”. As novas oportunidades que se abrem para o Espírito Santo animam o secretário, em especial em relação à cadeia gás-petróleo (pré-sal), à expansão do parque industrial do Estado e aos significativos investimentos anunciados, que ultrapassam a casa dos R$ 100 bilhões até 2016.
Embora o governo brasileiro tenha promovido a redução da taxa básica de juros, o câmbio tenha se tornado mais competitivo e algumas medidas do Plano Brasil Maior tenham entrado em vigor – como a redução do IPI e a desoneração da folha de pagamentos, entre outras –, esses fatos ainda não possibilitaram uma reação da atividade industrial, pois a manutenção dos estoques elevados, há mais de um ano, mostra que a indústria brasileira e a capixaba não enfrentam somente um problema de demanda, mas de falta de competitividade. Por esses motivos, a política industrial do país deve conter instrumentos que permitam o aumento da produtividade e reduzam o custo Brasil. No caso do Espírito Santo, a perspectiva é de que nos próximos anos, com a chegada da indústria naval, de empresas do setor automobilístico, da fabricação de produtos da linha branca (fogão, geladeira, máquina de lavar roupa) e do complexo gás-químico, entre outros empreendimentos, o perfil atual de sua indústria (com forte foco em commodities) será profundamente modificado, o que deverá colocar o Estado como uma das locomotivas do desenvolvimento nacional.
Corrente de Comércio, Exportações, Importações e Saldo Comercial do Espírito Santo US$ milhões – Trimestres – 2007:I a 2012:II 8.000,00
Corrente de Comércio
Exportações
Importações
Saldo Comercial
7.000,00 6.000,00 5.327,84 5.000,00 4.000,00 3.110,18 3.000,00 2.127,66 2.000,00 1.000,00
982,52
0,00
2012:II
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2011:IV
2011:III
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2011:I
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2010:II
2010:I
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2009:III
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2009:I
2008:IV
2008:III
2008:II
2008:I
2007:IV
2007:III
2007:II
2007:I
-1.000,00
Fonte:Secretaria de Comércio Exterior/MDIC. Elaboração: Coordenação de Estudos Econômicos – CEE/IJSN.
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Marcos Guerra acredita no retorno dos investimentos em 2013
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“Os índices vêm caindo desde janeiro. Tivemos uma pequena recuperação nos meses de julho e agosto, mas insignificante – nós continuamos com um índice em torno de 9 pontos percentuais negativos na indústria de transformação. Praticamente 50% da economia do Estado são voltados para o mercado internacional, que está desaquecido, e os grandes projetos, principalmente na cadeia petróleo-gás e indústria de extração mineral, realmente foram postergados, gerando um desaquecimento, principalmente na indústria metalmecânica. Mas minha expectativa é de que em 2013 esses investimentos retornem, nós temos grandes projetos praticamente prontos para começar no Espírito Santo, a exemplo da indústria naval, automobilística, eletroeletrônica, de MDF, e eu acredito que a situação volte ao normal, e aí, automaticamente, o crescimento da indústria de transformação vai em cadeia, tanto a indústria da construção civil quanto a metalmecânica”, pondera o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes), Marcos Guerra.
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ECONOMIA |
PETRÓLEO E GÁS Navio de produção Seillean (DP FPSO) operando na Bacia do Espírito Santo
Cadeia petróleo-gás movimenta economia O cenário é promissor e há oportunidades em todos os segmentos
A
s atividades de produção de óleo e gás terão crescimento nos próximos anos, tanto no Brasil quanto em território capixaba, o que manterá forte a necessidade de fornecimento de bens 54
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e serviços ligados à operação e manutenção. São setores que vão desde o fornecimento de materiais elétricos, ferragens, instrumentação, materiais de escritório, até serviços como alimentação, conservação predial, obras civis, 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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O navio-plataforma P-57 opera no campo de Jubarte, a 80 km do litoral do Espírito Santo
montagem industrial, serviços ambientais, de pesquisa e monitoramento, e uma série de outros, terrestres e marítimos, intensivos em mão de obra. Somente a Petrobras planeja investir US$ 236,5 bilhões (R$ 416,5 bilhões) até 2016, no país, segundo indica o Plano de Negócios 2012-2016. Desses investimentos, US$ 17,033 bilhões (R$ 34,066 bilhões) devem vir para o Espírito Santo até 2016. O setor de exploração e produção (E&P) da petroleira no Estado receberá recursos de US$ 13,218 bilhões (R$ 26,43 bilhões). Os US$ 3,815 bilhões restantes irão para o desenvolvimento de projetos como o Complexo Gás-Químico UFN-IV da Petrobras, em Linhares. “A Petrobras continua em processo de crescimento efetivo, contribuindo forte-
Jurong vai suprir a demanda de logística Para atender às demandas da indústria do petróleo na construção e reparo de navios-sonda, naviosplataformas e plataformas de petróleo, será construído o estaleiro Jurong, no município de Aracruz, litoral norte do Espírito Santo. O empreendimento, que está em fase inicial de implantação em Barra do Sahy, vai transformar o perfil econômico da região. Estima-se que, no início da operação, em meados de 2014, os salários dos mais de seis mil empregados do estaleiro injetarão cerca de R$ 20 milhões por mês na economia da cidade. O Estaleiro Jurong Aracruz (EJA) será responsável pela construção de sete navios-sonda destinados à Petrobras.
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mente para o desenvolvimento econômico e social do país e o Espírito Santo está plenamente inserido nesse contexto. O Estado é o segundo maior produtor do Brasil e a cadeia do petróleo e gás produz riqueza e ajuda de forma localizada a desenvolver o Estado e as cidades capixabas”, avalia o gerente-geral da Unidade de Operações de Exploração e Produção da Petrobras no ES (UO-ES), Luiz Robério Silva Ramos. “Um cenário promissor para investidores e fornecedores”, declara o secretário de Desenvolvimento do Estado, Márcio Félix Bezerra. Ele destaca que o Complexo Gás-Químico já recebeu sinal verde com a assinatura do projeto básico de engenharia. “Esse complexo, apontado com o maior do mundo, terá investimentos de R$ 8 bilhões. O pico das obras será responsável pela geração de cerca de 5,5 mil empregos e durante a operação terá uma média de 600 profissionais alocados no empreendimento”, antecipou Félix. “Haverá espaço para os fornecedores capixabas”, enfatiza o gerente-geral da UO-ES, afi rmando que haverá procura de fornecedores principalmente nas etapas de implantação, construção e montagem dos empreendimentos. Robério destaca que para maximizar a participação da indústria brasileira no setor, a Petrobras é hoje empresa-âncora do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás (Prominp). Ele cita que por meio do programa foi firmado o Convênio Petrobras–Sebrae visando
10,5 mi/m3 de gás e 300 mil barris de petróleo é o que a Petrobras pretende produzir por dia no Espírito Santo até o final de 2012
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ECONOMIA |
PETRÓLEO E GÁS
à inserção competitiva e sustentável de micro e pequenas empresas na cadeia produtiva de petróleo, gás e energia. “Uma das ações do convênio é a Rede PetroES, que reúne as micro e pequenas empresas que já fazem parte da cadeia de fornecedores para trocar experiências e explorar novas oportunidades”, disse Robério. Além disso, por meio do Prominp é operacionalizado o Progredir, que permite às empresas fornecedoras da Petrobras utilizar parte do contrato como garantia para obtenção de crédito junto às instituições financeiras conveniadas, a custos competitivos. “A companhia também participa das iniciativas locais que visam à qualificação de fornecedores, como o Programa de Desenvolvimento de Fornecedores do Estado do Espírito Santo (PDF-ES) e o Programa Integrado de Desenvolvimento e Qualificação de Fornecedores (Prodfor), do qual é uma das mantenedoras”, relatou o executivo.
Investimentos da Petrobras para o ES em 2012/2013 Com o intuito de explorar petróleo e gás de alto valor comercial, entrou em funcionamento desde o dia 10 de setembro o FPSO Cidade de Anchieta, no pré-sal do campo de Baleia Azul, no litoral sul do Estado. A produção de petróleo do poço 7-BAZ-02-ESS é feita pelo navio-plataforma, que tem capacidade para processar, diariamente, 100 mil barris de petróleo e 3,5 milhões/m3 de gás. Outros nove poços serão interligados à FSPO. Estima-se que o pico de produção, de 100 mil barris por dia, seja atingido em fevereiro de 2013.
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Plataforma autoelevatória P.11 (PA-28) na bacia do Espírito Santo
A próxima unidade de produção marítima a chegar ao Espírito Santo será a P-58, com início de operação previsto para o começo de 2014. A plataforma irá produzir óleo e gás do pré-sal e pós-sal de vários campos da região norte do Parque das Baleias, sul do Estado, e também será interligada ao Gasoduto Sul-Norte Capixaba para escoamento do gás. Outro empreendimento previsto para entrar em operação neste ano é o Gasoduto Sul-Norte Capixaba, que permitirá disponibilizar o gás do campo de Baleia Azul ao mercado após tratamento na Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas, em Linhares.
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ECONOMIA |
ROCHAS
O mercado de rochas vem se recuperando das perdas sofridas em 2008
Rochas ornamentais: setor recupera força e brilho Eventos e números de 2012 indicam o reaquecimento do mercado
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s rochas ornamentais representam 7% do PIB capixaba. O setor constitui-se de cerca de 2.500 empresas no Estado, assegurando 25.000 empregos diretos e produção em 66 dos 78 municípios do Espírito Santo. O mercado de rochas vem se recuperando lentamente das perdas ocorridas com a crise de 2008. Os valores de exportação de janeiro a agosto deste ano atingiram US$ 723,56 milhões e 1.526.448,124 toneladas, mantendo variação positiva tanto em faturamento (+7,87%), quanto em volume físico (+3,49%), frente ao mesmo período de 2011. As exportações do mês de agosto, especificamente, situaram-se entre as maiores de 2012. Mesmo com a redução da média mensal esperada até o final do ano, as exportações de 2012 deverão ter crescimento de 5% a 10% no faturamento e um volume físico equivalente ao de 2011. 58
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Continuam superiores, frente ao ano passado, as taxas de participação de rochas processadas, de maior valor agregado, no total das exportações, tanto em faturamento quanto em volume físico. É provável que essas taxas superiores permaneçam até o final de 2012, podendo-se fechar o ano com 76% no faturamento e 47% no volume físico exportado, segundo estimativa da Associação Brasileira da Indústria de Rochas Ornamentais – Abirochas. De acordo com o Sindicato das Indústrias de Rochas Ornamentais, Cal e Calcário do Espírito Santo (Sindirochas), esse crescimento das exportações em relação ao ano passado indica, de certa forma, que os mercados americano e chinês continuam comprando os produtos capixabas. O mercado europeu vem apresentando uma redução prolongada na importação de rochas ornamentais brasileiras, especificamente em relação a ardósias, seu principal alvo. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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(Cetemag), Emic Malacarne, destacando que a feira reúne todos os envolvidos no processo de produção, extração, beneficiamento e acabamento das rochas ornamentais. “Ela é o termômetro do mercado de rochas mundial. Nessa edição, mostramos para o mundo que o setor está vivo e atuante, superando-se a cada dia e buscando soluções para as crises. No aspecto interno, o evento demonstra que somos um grupo sólido dentro da economia no Estado, além de mostrar novos produtos, equipamentos e insumos, consolidando Espírito Santo abriga os maiores ainda mais o desenvolvimento e maturieventos do setor dade do setor”, disse. Já a 34ª edição da Cachoeiro Stone A diversidade das rochas ornamentais e as Fair, realizada de 28 a 31 de agosto pelo novidades tecnológicas atraíram mais de 23 Sindirochas e pelo Cetemag teve, em 2012, mil visitantes e 429 expositores, nacionais e uma de suas mais exitosas edições, atraindo estrangeiros, para a Vitória Stone Fair 2012, 220 expositores e mais de 25 mil visitantes. realizada de 7 a 10 de fevereiro no Carapina A feira mostrou-se consolidada como Centro de Eventos, Espírito Santo. referência para a apresentação de novas A maior feira do setor na América Latina tecnologias e a exposição de máquinas, recebeu cerca de 20 mil visitantes de mais equipamentos e insumos do setor de de 65 países, focados em fechar parcerias e rochas ornamentais, sobretudo daqueles realizar novos negócios. O destaque ficou utilizados no beneficiamento primário para o aumento de visitantes vindos das e acabamento - aproximadamente dois Américas do Sul e Central. Entre os 110 expoterços dos expositores estava voltado para sitores internacionais, marcaram presença este nicho de mercado. Da mesma forma, países como Itália, Egito, Espanha, França, refletindo o aquecido mercado brasileiro, Portugal, Índia, Argentina, Grécia e Turquia. observou-se a apresentação de nume“O evento superou as expectativas, rosos materiais importados, tanto naturais mostrando a força do setor pela qualidade quanto aglomerados, compondo o portfólio das rochas brasileiras, que têm espaço no das próprias empresas brasileiras de lavra e mercado global”, disse o então presidente beneficiamento. do Sindicato da Indústria de Rochas, Cal e “Estamos sofrendo com a concorrência de Calcário do Espírito Santo (Sindirochas) e do outros países, com a oscilação do mercado, Centro Tecnológico do Mármore e Granito mas vamos vencer todas as barreiras. O setor conseguiu sobreBeleza, tecnologia viver a outros momentos difíceis”, e negócios são pontuou Emic Malacarne. atrativos das feiras de “As duas feiras são vitrines rochas ornamentais privilegiadas para a afirmação realizadas no Estado internacional das enormes potencialidades do Espírito Santo. Somos hoje o Estado com a economia mais globalizada do Brasil. E eventos assim, com toda a complexidade que cerca sua realização, confirmam a capacidade empreendedora dos capixabas e criam oportunidades para que possamos ampliar e fortalecer ainda mais a nossa posição no mapa do comércio exterior”, comemorou o governador Renato Casagrande. A desvalorização do Real tem proporcionado um ganho adicional aos exportadores, que estão aos poucos recuperando parte da rentabilidade perdida em 2011. Em função do crescimento e recuperação lenta dos níveis de exportação e das expectativas geradas a partir de obras para realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Brasil, o mercado interno vem experimentando um aquecimento gradual, despertando interesse até de empresas antes apenas exportadoras.
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+7,87% Foi a variação positiva do faturamento obtido com as exportações brasileiras de rochas entre janeiro e agosto de 2012 frente a igual período de 2011
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ECONOMIA |
PAPEL E CELULOSE
Na pauta do comércio exterior capixaba, a celulose ocupa o 2º lugar, com US$ 674,8 milhões exportados de janeiro a julho de 2012
Novas empresas incrementam o setor de celulose e papel Indústrias de médio porte têm diversificado o mercado e abastecido o consumo interno do Estado
A
pauta das exportações capixaba tem como um dos principais itens a celulose. O produto fica atrás, em importância, somente do minério de ferro, responsável por 54% do volume de exportado. Ao todo, o Estado comercializou para o exterior um montante da ordem de US$ 674,8 milhões de janeiro a julho de 2012, contra US$ 651 milhões registrados em igual período de 2011, conforme dados do Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Espírito Santo (Sindiex). No balanço das exportações
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capixabas a celulose se manteve bem no mercado internacional, sendo um dos poucos produtos que obtiveram crescimento (2%, segundo o Sindiex) em suas movimentações nos portos, apresentando o melhor desempenho. Diante do cenário de crise internacional, o presidente de entidade, Severiano Imperial, ressaltou que os itens celulose e rochas ornamentais foram os únicos que 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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não registraram queda nas exportações realizadas nos sete primeiros meses deste ano. “Mesmo com ajustes econômicos, esse crescimento no mercado externo se deve aos investimentos da China, que inaugurou recentemente fábricas de papel. Essa demanda chinesa tende a amortecer eventuais quedas por conta da crise europeia”, lembrou Imperial. Em relação ao mercado interno, o setor vivia praticamente da atuação da Fibria (antiga Aracruz). Mas o presidente do Sindicato das Indústrias de Papel e Celulose do Estado do Espírito Santo, José Braulio Bassini, destaca que hoje se registra a instalação e operação, no Estado, de médias empresas que fabricam papel, papelão, embalagens e papel sanitário, produtos antes adquiridos fora. O surgimento destas empresas tem contribuído para a diversificação das atividades. “Isso é importante para o incremento do setor e da economia”, destaca.
Incentivo à plantação de eucalipto A Fibria, maior indústria de celulose do Estado, e o Governo do Espírito Santo firmaram parceria com o objetivo de ampliar as áreas de florestas do Estado e incentivar a adoção de boas práticas
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agrícolas entre proprietários rurais capixabas. A iniciativa está em linha com o Programa Estadual de Ampliação da Cobertura Florestal – o Reflorestar, conduzido pelo governo estadual, cuja meta é ampliar em até 30 mil hectares a cobertura florestal do Espírito Santo até 2014. O convênio celebrado com a Fibria pretende encampar 2 mil hectares desta meta. A empresa vai repassar à Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento Aquicultura e Pesca (Seag), até 2013, o equivalente a R$ 1,14 milhão, na forma de quatro milhões de mudas de eucalipto e apoio financeiro para iniciativas que visam à conservação e recuperação de recursos naturais. Dados da Seag indicam que a atividade florestal está presente em 28 mil propriedades capixabas. Além da participação direta no convênio, a Fibria contribui para o alcance da meta de reflorestamento considerando seus objetivos como signatária do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica. De 2009 até o final 2011, a empresa restaurou 4.790 hectares de Mata Atlântica em áreas situadas no Espírito Santo, sul da Bahia e noroeste de Minas Gerais. A meta da companhia é chegar a 40 mil hectares até o ano 2025, nos vários estados em que atua.
2% Foi o crescimento das exportações capixabas de celulose no 1º semestre de 2012
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ECONOMIA |
LOGÍSTICA E INFRAESTRUTURA
Gastos com transporte de cargas no Brasil chegam a 12% do PIB
Deficiências logísticas causam prejuízo e retardam o crescimento Estado busca avanço elaborando planejamento e articulando novos projetos
É
sabido que as atividades logísticas afetam os índices de preços, custos financeiros, produtividade, custos de energia e satisfação dos clientes. A falta de investimentos nesse setor provoca perdas da ordem de US$ 80 bilhões por ano às empresas brasileiras.
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A informação consta em estudo realizado pelo Núcleo de Infraestrutura e Logística da Fundação Dom Cabral (FDC), instituição mineira com 36 anos de atuação. No Espírito Santo, o Conselho Regional de Administração (CRA-ES) estima que os prejuízos alcancem cerca de R$ 2 bilhões.
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Principais investimentos no Espírito Santo, segundo setores e número de projetos - 2011-2016 Principais Projetos Setores
nº projetos
Principais Projetos
Valor
%
(R$ milhão)
Valor
nº projetos
(R$ milhão)
%
Energia
9
30.609,4
56,3
82
40.577,3
43,1
Indústria
5
18.768,2
34,5
82
32.724,8
34,8
Transporte
1
2.624,2
4,8
198
6.092,5
6,5
Comércio/ Serviço e Lazer
2
1.203,1
2,2
160
7.393,8
7,9
Termin. Port./ Aerop. e Armazenagem
2
584,5
1,1
67
6.544,5
7,0
Meio ambiente
1
537,3
1,0
8
808,4
0,9
Total dos setores
20
54.326,7
100,0
597
94.141,3
100,0
Fonte: Inst. Jones dos Santos Neves
O custo logístico é outro agravante apontado pelo estudo. No Brasil, os gastos dos empresários com transporte de cargas chegam a 12% do PIB, muito acima do observado em países como a China e a África do Sul, onde o índice fica em 8% e 9%, respectivamente. O desempenho positivo da economia do Espírito Santo depende principalmente da expansão e fortalecimento de sua inserção nas relações comerciais com o mercado nacional e internacional, o que faz da logística um fator estratégico para o seu desenvolvimento social e econômico. As operações logísticas, como vantagem competitiva, necessitam de um alto padrão operacional que passa, inevitavelmente, pelo processo gerencial, com foco na utilização plena dos modais e exploração das intermodalidades que o segmento pode oferecer. Nesse aspecto, o potencial logístico capixaba se mantém muito aquém do desejável e do possível. O Estado tem a seu favor a localização estratégica, próxima aos maiores centros produtores do país, aliada à existência de uma cadeia de fornecedores especializados em produtos e serviços voltados para o setor e de incentivos que servem de atração para a instalação de
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novas empresas, assim como a presença das grandes plantas industriais. Mas há outro fator crucial na hora de o empresariado “bater o martelo” sobre onde investir: a malha logística eficiente. Empresariado e poder público estadual têm procurado fazer a sua parte. No entanto, nos últimos anos, nenhum investimento expressivo foi feito pelo Governo Federal na logística ou na infraestrutura do Estado, segundo o vice-presidente do Conselho Superior de Infraestrutura (Coinfra) da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Nélio Rodrigues Borges, salvo, como destacou, alguns projetos que estão sendo executados, como as obras de restauração e duplicação da Rodovia do Contorno e a dragagem e derrocagem do Porto de Vitória. O Governo do Estado tem se esforçado para garantir avanços, tentando aprovar verbas federais para a implantação dos grandes projetos de melhorias de infraestrutura, mas esses esforços ainda não foram suficientes para garantir resultados concretos. Caso se concretizassem, a carteira de projetos destinados pela iniciativa privada ao setor no Espírito Santo poderia sem bem maior do que o já anunciado para o período 2011-2016 (ver tabela). 63
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ECONOMIA |
LOGÍSTICA E INFRAESTRUTURA
logística, em todos os modais – portuário, rodoviário e aéreo –, para que as empresas possam operar com maior competitividade. Se tivermos uma malha logística eficiente, acredito que conseguiremos operacionalizar o comércio internacional pelo Espírito Santo”, considera Severiano Imperial, presidente do Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Espírito Santo - Sindiex.
Logística portuária e ferroviária
A logística é um fator estratégico para maior inserção da economia capixaba no mercado nacional e internacional
O projeto mais recente nessa área foi anunciado em junho, quando a Queiroz Galvão assinou um protocolo de intenções com o Governo do Estado para a construção do Porto Leste, um complexo logístico-portuário de cerca de R$ 1 bi no litoral norte, em São Mateus, com obras previstas para o primeiro semestre de 2014. A intenção dos investidores é que nessa área surja um condomínio industrial, cuja produção seria escoada pelo porto. Empresas voltadas para produtos importados também poderiam instalar-se no complexo. “Infelizmente, sem grandes projetos, o Espírito Santo, mesmo com uma posição estratégica na logística, perde competitividade e, consequentemente, retarda ou desacelera o seu crescimento econômico. Lembro que continuam nas mãos do Governo Federal as soluções para os problemas apontados em cada modal capixaba no que diz respeito às operações do comércio interno e externo”, lamenta o vice-presidente do Coinfra. “A nossa principal reivindicação é direta ao Governo Federal. Há 20 anos pedimos a expansão e melhoria da nossa infraestrutura 64
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Mesmo com percalços, o complexo portuário e logístico do Espírito Santo registra casos de inigualável sucesso, como os portos de Ubu (Samarco) e de Tubarão (Vale), por exemplo, que no início deste ano recebeu o primeiro navio da classe Very Large Ore Carriers (VLOCs) o Vale Rio de Janeiro. O modal portuário da Vale no ES é considerado o mais eficiente do mundo em termos de giro de pátio (eficiência na movimentação de minério e pelotas nos pátios de estocagem). Já a Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), que em 2012 completa 108 anos e é considerada uma das ferrovias mais eficientes e modernas do mundo, foi responsável pela movimentação de 27,4 milhões de toneladas de minério de ferro e 5,1 milhões de toneladas de carga geral no 1º trimestre de 2012, totalizando 32,5 milhões de toneladas transportadas no período. Para traçar estratégias para o desenvolvimento da logística e infraestrutura capixaba e brasileira, especialistas de vários países, empresários, autoridades e players globais estiveram em Vitória em agosto, reunidos no Fórum Internacional de Logística e Infraestrutura. Na ocasião, foi apresentado pelo governo o relatório do Plano de Logística do Estado. Para o presidente da Fetransportes, Luiz Wagner Chieppe, o fórum serviu para desenvolver planos de ação de forma coesa no que diz respeito às reivindicações e possíveis soluções das demandas do setor de transportes e comércio internacional. “O nosso Estado tem uma vocação histórica e natural quando o assunto é logística. Mesmo com características marcantes e positivas, vivemos uma realidade crítica e precisamos de obras de infraestrutura em todos os modais”, destacou o empresário.
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ECONOMIA |
MINERAÇÃO E SIDERURGIA
Vale: investimentos de US$ 1,3 bilhão no Espírito Santo no 1º semestre de 2012
Metalúrgicas e siderúrgicas preparam-se para superar desafios Cenário é adverso, mas não tem impedido investimentos das grandes empresas do setor
A
mineração e a siderurgia são responsáveis por 70% da pauta de exportações capixaba. Com plantas altamente eficientes e atividades geradoras de milhares de empregos diretos e indiretos, o setor é um dos mais importantes
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do Espírito Santo, alavancando o desenvolvimento de diversas cadeias produtivas e injetando milhões de reais na economia do Estado. No entanto, o panorama no segundo semestre de 2012 não é dos mais animadores para as empresas mineradoras e siderúrgicas, que já
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começaram a sentir em seus caixas o reflexo da crise internacional e da desaceleração chinesa. Tanto é assim que medidas preventivas estão sendo tomadas: a Vale anunciou que a partir de novembro interromperá temporariamente as operações das usinas de pelotização I e II, em Tubarão, que responderam por 18,3% da produção da mineradora no primeiro semestre. A companhia informou que vai realocar os empregados dessas áreas em outras atividades. No mesmo mês, a ArcelorMittal Tubarão desligará o alto-forno 3, ficando a produção de placas de aço concentrada nas unidades 1 e 2. Com isso, a produção de aço prevista para 2013 é de 4,7 milhões de toneladas, 2,8 milhões abaixo da sua capacidade plena. A suspensão de parte das atividades preocupa fornecedores e profissionais capixabas, que receiam queda na quantidade de contratos e de demissões. A Federação das Indústrias do Estado - Findes estima que só com a desmobilização da Vale, R$ 30 milhões deixarão de circular no Espírito Santo. “Com menos duas usinas funcionando, muitos serviços prestados por fornecedores locais deixarão de ser feitos. Calculamos uma perda anual de R$ 30 milhões”, contabilizou o presidente da Findes, Marcos Guerra. Segundo a Associação Brasileira de Comércio Exterior (AEB), o valor exportado de minério de ferro caiu 34,2% em setembro na comparação com o mesmo mês do ano passado, redução que foi puxada pela queda de 35,3% no preço, chegando a US$ 87,9 a tonelada num ano em que a média de preço estava em US$ 100 a tonelada. O vice-presidente da AEB, José Augusto de Castro, destaca que este é o menor preço desde 2009. “Isso deve afetar o valor de exportação do minério até o fim do ano”, avaliou. A queda do preço do minério de ferro no mercado internacional fará com que as exportações brasileiras percam US$ 11,6 bilhões este ano. De acordo com a AEB, as vendas externas da commodity deverão registrar uma redução de 28%, somando US$ 30,2 bilhões em 2012, ante US$ 41,8 bilhões em 2011.
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Mesmo num ano de incertezas, siderurgia e metalurgia fizeram investimentos positivos para o Estado
Dificuldades não cancelaram investimentos Mesmo com um cenário adverso, a Vale investiu US$ 707 milhões no Espírito Santo no segundo trimestre de 2012, aumento de 12% em relação aos investimentos dos primeiros três meses do ano. Segundo seus dados, apenas os dispêndios ambientais da empresa no Estado totalizaram US$ 12,7 milhões no mesmo período. Já os investimentos sociais alcançaram a marca de US$ 3 milhões. Ao todo, a Vale aplicou US$ 1,3 bilhão no Estado no primeiro semestre de 2012. A companhia fechou o segundo trimestre de 2012 com 13.428 empregados no Espírito Santo, entre próprios e terceiros permanentes, com a contratação de cerca de 300 profissionais no período. Além disso, a empresa manteve ainda outros 4.389 postos de trabalho em canteiros de obras e projetos em instalação no Estado, gerados principalmente pelas obras da Usina VIII.
US$ 11,6
bilhões
É o que as exportações brasileiras perderão este ano com a queda nos preços do minério de ferro
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Investimentos em reformas
Já na Samarco os resultados positivos alcançados em 2011 dificilmente se repetirão em 2012. No ano passado a empresa atingiu a marca de R$ 7,117 bilhões, o melhor faturamento bruto de sua história, e deu início às obras do Projeto Quarta Pelotização (P4P), previsto para entrar em operação em janeiro de 2014. O P4P ampliará a capacidade produtiva instalada da Samarco em 37% e envolve investimentos da ordem de R$ 5,4 bilhões. Além disso, é o primeiro megaprojeto de expansão no Brasil totalmente carboneutro. Com o P4P a Samarco implanta a quarta usina de pelotização na unidade de Ubu (Anchieta), que produzirá 8,25 milhões de toneladas/ano de pelotas de minério de ferro, elevando a capacidade total da empresa para 30,5 milhões de toneladas/ano; o terceiro concentrador de minério de ferro, na unidade de Germano (Ouro Preto e Mariana/MG); e o terceiro mineroduto, que transportará 20 milhões de toneladas/ano de polpa de minério de ferro, perfazendo um total de 44 milhões de toneladas/ano.
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Aproveitando o momento atual do mercado, a ArcelorMittal Tubarão deu início a reformas em seus altos-fornos 1 e 3 e à implementação de projetos conectados, como a sinterização e o lingotamento contínuo 1. A proposta é estar preparada para produzir nos limites da capacidade quando o mercado assim sinalizar. O maior desses projetos está na primeira grande reforma programada para seu primeiro alto-forno, após 28 anos de operação ininterrupta. Desde o final de março, o equipamento está passando por obras que exigiram investimentos da ordem de US$ 180 milhões e envolvem a geração de até 4.000 vagas de emprego durante o andamento do projeto. Outra importante providência da empresa neste ano foi o religamento (Blow in) do AltoForno 2. Após três anos desligado, em virtude da crise econômica mundial do final de 2008, o equipamento voltou a operar.
Novas plantas O parque sídero-metalúrgico capixaba vai ser ampliado com a chegada em Presidente Kennedy, no sul do Espírito Santo, da planta da Ferrous Resources, que este ano conseguiu a licença prévia de instalação para seu projeto de logística integrada, que engloba a construção de um mineroduto e um terminal portuário próprios. As obras devem gerar cerca de 3.500 empregos, enquanto na fase de operação serão abertos em torno de 400 postos diretos de trabalho.
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ECONOMIA |
ENERGIA
Eletricidade, petróleo e gás formam a base da matriz energética capixaba, que começa a buscar diversificação em fontes renováveis
Espírito Santo garante governança para investimentos em energia Petróleo e gás são destaques, mas novas fontes, de energia limpa e renovável, vêm sendo incentivadas
N
o Espírito Santo, há muito a iniciativa privada, a Federação das Indústrias (Findes) e o Governo do Estado vêm investindo e pesquisando, em conjunto, para que o desenvolvimento econômico capixaba não sofra um “apagão” por falta de investimentos no setor energético. 70
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O Estado apresenta um grande potencial para se tornar energeticamente autossustentável e nos últimos anos tem trabalhado para diversificar sua matriz energética, com pequenas centrais hidrelétricas, petróleo e gás natural. Mas é possível diversificar ainda mais, segundo o diretor-geral da Agência de Serviços Públicos de Energia do
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Estado do Espírito Santo (Aspe), Luiz Fernando Schettino, que destacou a situação favorável do ambiente energético capixaba, inclusive quanto às fontes renováveis. O desenvolvimento capixaba abre, mais que oportunidades, a necessidade de ampliar a geração e distribuição de energia para atender aos empreendimentos anunciados para o Estado até 2016. Prova disso foi a instalação, em abril deste ano, do Departamento de Produção Vitória da Eletrobras Furnas, instalado no município de Serra. Com 220 funcionários, a nova unidade, segundo a companhia, “assumirá uma posição estratégica”, uma vez que é esperado “um crescimento significativo” do Estado nos próximos anos. Em 2011, a empresa foi responsável pela transmissão de 61,5% do total de 11.257GWh consumidos no Espírito Santo. Furnas possui duas subestações no Estado, além das linhas de transmissão Ouro Preto 2-Vitória; VianaVitória; Campos-Vitória; Campos-Viana; e Campos-Cachoeiro de Itapemirim; e prevê ter investido em torno de R$ 162 milhões no Espírito Santo ao final de 2012. Entre os empreendimentos anunciados estão a linha de transmissão Mesquita-Viana, de 248 km e 500 kV, já praticamente pronta ; a subestação Viana II; duas interligações Viana I-Viana II, de 10 km e 345 kV; a linha de transmissão Mascarenhas-Linhares, de 99 km e 230 kV; e a Subestação Linhares.
Investimentos em energia para o Espírito Santo O setor de energia conta com 82 projetos e investimentos anunciados para o período 2011-2016 da ordem de R$40,6 bilhões, com valor médio por projeto de R$ 494,8 milhões. Os investimentos em energia dividem-se basicamente em Petróleo/Gás e Energia Elétrica. A maior parcela dos investimentos está voltada para as áreas de petróleo e gás natural, que correspondem a 32,1% do total anunciado, somando R$ 32,1 bilhões no período 2011-2016. Os investimentos em geração e distribuição de energia elétrica representam 8,5% ou R$ 8,5 bilhões. O montante do setor energético no Espírito Santo somou cerca de R$ 40,3 bilhões, o que representa mais de 1/3 do total de investimentos previstos para o Estado no período 2011-2016.
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Schettino lembrou que isso vai proporcionar uma maior segurança na oferta para o Estado. O Espírito Santo não está mais na ponta de linha do Sistema Interligado Nacional (SIN). Atualmente, possui um anel de segurança formado pelas linhas de transmissão Adrianópolis-Campos-Vitória e Ouro PretoVitória, que garantem à Região Metropolitana maior confiabilidade em seu abastecimento. A longo prazo, o Espírito Santo deve receber investimentos na área de energia da ordem de R$ 5 bilhões, segundo informou o diretor-geral da Aspe. De acordo com Fernando Schettino, em termos de fontes renováveis o Governo do Estado está investindo em energia eólica, tentando criar um ambiente de governança favorável para que os empreendedores, mesmo com a diferença de preços favorável ao Nordeste, venham para o Estado. “Temos bom potencial para gerar energia eólica. Nos leilões que foram feitos pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao Ministério de Minas e Energia, apareceram três empreendedores para investir no Estado. Mas o preço da energia gerada por forma eólica está caindo, o que acaba por desestimular os investidores a executarem esses projetos no Espírito Santo. O preço para os investidores tem sido melhor no Nordeste, onde o retorno do investimento se dá num prazo menor. A energia eólica vai crescer no Estado à medida que houver uma saturação no Nordeste do país”, disse o diretor da Aspe. Há também a expectativa de que até 2013 esteja pronto o Atlas Solar, para que os investidores tenham as informações necessárias e seja possível ter mais essa fonte de energia limpa aqui no Estado. A Aspe está disponibilizando uma série de informações para as políticas públicas de forma que os empreendedores possam tomar suas decisões em cima disto”, finaliza Fernando Schetino.
2,9 milhões de m3/ dia É o volume de gás natural comercializado hoje no Espírito Santo
Gás natural Desde que recebeu a concessão para exploração da distribuição de gás canalizado no Espírito Santo, em 1993, a Petrobras Distribuidora elevou a comercialização de gás natural de 400 mil m³/dia, praticados na época, para 2,9 milhões de m³/ dia. As projeções da empresa indicam que o volume consumido no Estado deve atingir 71
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Oferta e demanda de energia elétrica A tabela a seguir resume a oferta e demanda de energia elétrica no Espírito Santo no ano de 2010*: Unidades Geradoras
Mw
3 Usinas Hidrelétricas (UHEs)
270
12 Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs)
198
4 Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs)
2
4 Usinas Termelétricas (UTEs) Bagaço de Cana e 1 UTE Óleo Combustível
402
8 Autoprodutores (Termo e Hidro)
720
Total
1.592
Importação SIN
2.128
Oferta Total
3.720
Demanda Total
2.202
Folga na Oferta
1.518
*Últimos dados disponíveis - Fonte: Agência de Serviços Públicos de Energia do Estado do Espírito Santo - Aspe
3.8 milhões de m³/dia até 2015. Nos últimos 14 anos, a companhiainstalou 145,5 quilômetros de rede para fornecer gás natural
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a residências, hospitais, postos de combustíveis, indústrias e outras instalações. Atualmente, a empresa distribui o produto para nove municípios capixaba: Anchieta, Aracruz, Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Linhares, Serra, Viana, Vila Velha e Vitória. De acordo com o Plano de Investimento 20112015, a perspectiva até 2015 é a inclusão de mais quatro municípios – Colatina, São Mateus, Guarapari e Sooretama, além de expansão da rede em municípios já atendidos. Com essa ampliação, a expectativa é que a rede de distribuição alcance 393 km em 2015. Somente em 2011 os investimentos da companhia no gás natural do Espírito Santo alcançaram R$ 40 milhões. O seu Plano de Negócios 2011-2015 prevê recursos totais de R$ 205 milhões. Novos projetos de rede também vão ser executados nas cidades de Vila Velha, Serra e Vitória, na Grande Vitória, e Aracruz e Linhares, no Norte do Estado. A expectativa é gerar cerca de mil empregos diretos, mas o presidente da Petrobras Distribuidora, José Lima de Andrade Neto, enfatizou a possibilidade também de empregos indiretos.
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ECONOMIA |
CONSTRUÇÃO CIVIL
Juro baixo faz crescer a indústria da construção civil Setor é um dos propulsores do crescimento econômico capixaba
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m 2012 a força da construção civil capixaba mostrou que, muito mais que canteiros de obra, essa indústria é propulsora do crescimento econômico. Ela participa com 8,5% do Produto Interno Bruto (PIB) capixaba e suas 2.500 empresas representam 27% da indústria local; cresce 15% ao ano e registra valorização anual de 13,5%, gerando 65 mil empregos diretos. “Hoje, somente a indústria imobiliária produz 2,475 milhões de metros quadrados de obras. Isso não contando os empreendimentos da iniciativa privada, como shopping centers, e os das atividades de comércio e serviços, nem os das grandes plantas industriais, como Vale, ArcelorMittal, Petrobras, Samarco e outras. Para o próximo ano, agregando valor ao Censo Sinduscon-ES, vamos realizar o primeiro Censo de Obras Públicas, de forma a produzir mais um indicador de nossa economia”, informa o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-ES), Constantino Dadalto. Já no segmento da construção pesada os números são outros. Nos últimos dois meses, pelo menos US$ 95 bilhões em investimentos no Brasil foram suspensos ou tiveram seus cronogramas de entrada em operação postergados, segundo informações do Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Espírito Santo (Sindicopes). A lista inclui companhias como Anglo American, Vale, Braskem, JAC Motors e, principalmente, a Petrobras. Apenas a estatal do petróleo revisou projetos orçados em mais de US$ 50 bilhões. Por outro lado, o Sindicopes tem boas expectativas sobre a evolução do setor nos próximos anos no Espírito Santo, principalmente em função do contrato de concessão da linha ferroviária Rio de Janeiro-CamposVitória, que deverá sair do papel em 2013, de acordo com os planos do Governo Federal.
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O mercado imobiliário vem mudando a face não só da capital, mas de várias cidades do interior, com prédios que se tornam referência no visual urbano
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A ferrovia fará a ligação do Espírito Santo com o Sudeste e as demais regiões do país e foi incluída no grupo 2, que totaliza 7,4 mil km em extensão, do Programa de Investimentos em Logística, anunciado pela presidente Dilma Rousseff. Conforme o cronograma divulgado pelo Governo, os estudos de viabilidade deverão estar
concluídos até fevereiro do próximo ano e a assinatura do contrato deverá ocorrer ainda em 2013, entre julho e setembro. Outro motivo de ânimo para o segmento são as obras de privatização da BR 262, que poderão começar em 2014. Os estudos de viabilidade autorizados pelo Ministério dos Transportes para a concessão da rodovia à iniciativa privada deverão ser concluídos no começo de 2013. Com isso, a previsão é de que, no começo de 2014, a gestão do trecho que vai do Espírito Santo a Minas Gerais já estará nas mãos da empresa que vencer o leilão.
2,475 milhões de m2 de obras é o que produz hoje a indústria imobiliária capixaba
Censo Imobiliário revela dinamismo do setor O mercado imobiliário capixaba demonstra a pujança da construção civil no Estado. Nos últimos anos, esse mercado foi responsável por criar uma nova paisagem urbana não só na capital, mas em vários municípios, conferindo-lhes um visual contemporâneo, com prédios que se tornam referência nas cidades. O Censo Imobiliário, produzido semestralmente pelo Sinduscon-ES, mostra que estão sendo construídos 408 empreendimentos, com um total de 36.461 unidades, entre apartamentos, salas e casas. São analisados na pesquisa bairros de Vitória, Serra, Vila Velha, Cariacica e Guarapari. Em sua 21ª edição, o Censo aponta que nos seis primeiros meses de 2012 houve um crescimento de 9,65% no total de unidades em construção em relação ao segundo semestre de 2011, quando esse número era de 33.191 unidades. Das 36.461 unidades em construção, os apartamentos de dois quartos continuam liderando. O percentual de vendas está em 71%, ou seja, 25.888 unidades já foram vendidas. Na distribuição das unidades em construção por municípios, Vila Velha lidera, com 44%, seguida de Serra, com 35% das unidades. Vitória tem 15% das unidades em construção e Cariacica e Guarapari registram 3% cada uma. O município de Vila Velha, onde estão sendo construídas 15.979 unidades, entre apartamentos, casas e salas, se apresenta como vetor de crescimento e valorização no Estado, impulsionado pelos projetos corporativos, construção de shopping e centros empresariais. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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ECONOMIA |
CONSTRUÇÃO CIVIL
Na avaliação do diretor de Economia e Estatística do Sinduscon-ES, Rodrigo Almeida, a oferta de crédito, com juros mais baixos, e o acesso da classe C aos financiamentos habitacionais são fatores positivos para o mercado imobiliário. Do total de unidades em construção, 16% estão enquadradas no programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida.
Unidades em Construção 2002 a 2012 2002
7.870
2003
8.208
2004
9.476
2005
13.365
2006
15.209
2007
19.225
2008
26.757
2009
28.219
2010
32.336
2011
33.191
2012
36.368
Fonte: Sindicato das Indústrias da Construção Civil – Sinduscon-ES
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O aquecimento do setor imobiliário e da construção civil foi provocado ainda mais pela afirmação da presidente Dilma Rousseff, no dia 6 de junho, de que, além de contratar dois milhões de casas até 2014, conforme previsto na segunda etapa do Minha Casa, Minha Vida, o Governo pode construir outras 600 mil a partir de 2012. A segunda etapa do programa habitacional do Governo contará com investimentos de R$ 125,7 bilhões até 2014, quando se encerra o mandato da presidente.
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ECONOMIA |
SERVIÇOS
Escassez de profissionais capacitados inibe expansão do setor de serviços
O setor que mais gera emprego Serviços são responsáveis por 53,5% dos postos de trabalho criados no ano
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setor de serviços é, sem dúvida, o que mais gera empregos no Brasil. E o cenário não é diferente no Espírito Santo. Segundo a Confederação Nacional de Serviços (CNS), a economia brasileira totalizou pouco mais de 46,6 milhões postos de trabalho com carteira assinada em julho de 2012. A alta na demanda do setor, com reflexo no crescimento do consumo de bens industriais, deve levar o país a criar 1,5 milhão de empregos em 2012, na avaliação de especialistas. A expectativa é reforçada pelos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do
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Trabalho, que indicaram a criação de 142,5 mil vagas em apenas um mês (julho) – índice acima das projeções mais otimistas. Para o presidente da Agência de Desenvolvimento em Rede do Espírito Santo (Aderes), Pedro Rigo, é notável o crescimento do setor de serviços, especialmente nos últimos 10 anos. Entre as causas que ele aponta, estão o aquecimento do turismo e o crescimento da classe C, que, por conta do aumento da capacidade de compra, cada vez mais busca comodidade e conforto. “Hoje as pessoas estão mais exigentes. Querem bons produtos e serviços, o que faz com que o setor cresça”, diz Rigo. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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Emprego em números no ES • De janeiro a agosto – crescimento de 0,3% no número de empregados com carteira assinada, que representa 3% ao ano • Em julho, os serviços sustentaram mais de 25,017 milhões de postos de trabalho, o que representou 54,1% do total da economia • Dos 1,328 milhão de postos de trabalho criados no ano:
Serviços 53,5% Comércio 25% Indústria da Transformação 16,8% Construção civil 15% Fonte: Confederação Nacional de Serviços – CNS
De acordo com o presidente da Aderes, o setor de serviços é responsável por 35% das atividades econômicas do Espírito Santo. De 120 mil empresas registradas no Estado, 42 mil atuam em serviços. “Atribuo esses bons números ao novo momento da economia. E a tendência é ampliar cada vez mais, por causa do desenvolvimento do turismo e dos investimentos na cadeia produtiva de petróleo e gás”, avalia. O setor foi o que mais contratou no Espírito Santo em 2011, segundo o Caged. No Estado, cerca de 19 mil pessoas foram contratadas em atividades na área, englobando cozinheiros, mecânicos, cabeleireiros, eletricistas e outros. Além disso, o setor representa 56,3% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual.
Pesquisa Pesquisa encomendada ao Grupo Ipema pela Central Brasileira do Setor de Serviços (Cebrasse) mensurou o movimento nacional da atividade no ano passado e as expectativas de empresários para 2012. As respostas são de 11 mil empresas, de 30 diferentes segmentos. Os dados mostraram que 36% dos empreendedores esperam faturar entre 7% e 10% ou mais neste ano, na comparação com 2011. Outros 22% apostam em crescer de 1 a 3%, e pouco mais de 20% deles estimam seus caixas aumentados em torno de 5% - dependendo do campo de atividade das empresas. A geração de empregos em 2012 deve se expandir equitativamente ao faturamento: um quarto das empresas tem expectativa de 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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aumento de 1% a 3% na contratação, e outras 25% devem ampliar seus quadros de funcionários em torno de 5%. Quase 20% dos empregadores projetam contratar 10% ou mais do que empregaram em 2011; e 16% dizem esperar aumento de 8 % na contratação de pessoal. Mas a efetivação de pessoas, o maior insumo da atividade, preocupa demais os que empreendem na prestação de serviços, pois fica cada vez mais raro encontrar profissionais preparados. Quase metade das empresas informou que foi altíssimo o impacto desse problema em seus negócios no final de 2011. E 40% delas apontaram situação de alto impacto. Para 92,% dos entrevistados, a questão é a primeira entre os fatores externos que impediram o incremento dos negócios das empresas naquele período. Em segundo lugar, com 86,5% das respostas, ficou a carga tributária. No quesito fatores internos (de gestão), o maior entrave para 87% dos pesquisados é atrair e reter profissionais qualificados. De acordo com Paulo Lofreta, presidente da Cebrasse, a situação deixou em segundo plano a istórica questão da carga tributária. Ele recorda que o “Impostômetro” da Associação Comercial de São Paulo fechou 2011 registrando o total de R$ 1,51 trilhão de impostos pagos pelos brasileiros desde abril. O problema também é enfrentado no Espírito Santo. Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado (Siges), João Baptista Depizzol Neto, a falta de qualificação tem preocupado os empresários do setor. “Capacitação é importante para que os empresários possam desenvolver seus negócios”, diz. As 260 gráficas que atuam no Espírito Santo geram cinco mil empregos diretos e indiretos. Além disso, Depizzol reivindica que as gráficas do Estado deveriam ser classificadas como indústria, e não como serviço. “Não concordamos em ser serviço. Só no Brasil não somos indústria e precisamos mudar isso, porque compramos equipamentos caros e faturamos como serviço. Pagamos mais imposto assim”, desabafa. O dirigente afirma que o setor apresenta alguns gargalos que precisam ser resolvidos, como o custo Brasil e a concorrência desleal, especialmente do exterior. Em 2011, foram importados US$ 41,6 milhões, contra US$ 47,6 milhões, apenas no primeiro quadrimestre de 2012.
56,3% É a participação do setor de serviços no PIB estadual
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ECONOMIA |
METALMECÂNICO Foto: Shutterstock
O segmento metalmecânico capixaba reúne mais de 1.500 empresas, gera cerca de 44 mil empregos diretos e fatura mais de R$ 8 bilhões por ano
Metalmecânica: indicadores tímidos desafiam empresários A desaceleração industrial preocupa, porém os novos investimentos previstos para o Estado têm gerado otimismo
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previsão de que nos próximos quatro anos o Estado receba investimentos da ordem de R$ 100 bilhões, tanto do setor público quanto do setor privado, tem gerado otimismo para as indústrias metalúrgicas capixabas. A notícia representa, na verdade, um fôlego para um setor que tem sofrido, diretamente, os impactos da retração industrial. Para se ter ideia, a produção física industrial do Espírito Santo no mês de junho apresentou reduçãode2,2%,secomparadaajunhode2011. Os resultados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal, realizada pelo IBGE e analisada pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies). O decréscimo, em grande parte, foi pressionado pelo setor de metalurgia básica, que registrou queda de 45,5%, e pela indústria de transformação, que apresentou redução 80
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de 10%. A perda na produção da indústria de metalurgia tem reflexos intensos no desempenho da economia estadual, já que o peso da atividade na geração do PIB é de 17%. A situação tem suscitado a preocupação dos empresários sobre quando os investimentos sairão do papel. Apontam a burocracia e a morosidade dos licenciamentos ambientais como um dos principais entraves para que os projetos não tenham início neste ano. Diante de tal cenário, o setor tem buscado oportunidades no mercado externo, onde muitos já vem cumprindo contratos. De acordo com o presidente do CDMec, Antonio Falcão, no primeiro semestre deste ano o setor metalmecânico ainda conseguiu se manter. “Tivemos o restante das contratações da Usina VIII da Vale, que gerou muitas oportunidades para empresas capixabas; 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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as contratações do projeto da Quarta Pelotização da Samarco (P4P) e também da reforma do alto-forno da ArcelorMittal Tubarão. Mas o segundo semestre preocupa, pois ainda falta confirmar os investimentos que viriam este ano e que foram postergados”. Falcão lamenta que a Companhia Siderúrgica de Ubu não tenha se concretizado. “Não veio a CSU, mas em compensação vieram investimentos menores, como a Itatiaia, em Linhares, a Marcopolo, a Paranapanema, a Rafein. São investimentos que estão dando esperança ao empresário e fazendo com que se prepare para fornecer para elas”, informou. O segmento metalmecânico capixaba reúne mais de 1.500 empresas, gera cerca de 44 mil empregos diretos e fatura mais de R$ 8 bilhões por ano. O setor presta serviços a diferentes segmentos da economia local, destacando-se a Vale e a Samarco, que estão entre as maiores exportadoras de minério de ferro e pelotas do mundo.
Incerteza em relação ao cenário econômico Luiz Alberto de Souza Carvalho, presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Espírito Santo (Sindifer), aponta dois fatores que podem ter influenciado o mau desempenho da indústria capixaba: a crise econômica internacional e as políticas econômicas do Pais.
Indústria metalmecânica no Espírito Santo A indústria metalmecânica incorpora todos os segmentos responsáveis pela transformação de metais, incluindo desde a produção de bens e serviços intermediários, máquinas, equipamentos, veículos e materiais de transporte. Tomando-se por base a Cnae – Classificação Nacional das Atividades Empresariais do IBGE. A metalmecânica abrange nada menos do que nove setores, porém as atividades que são desenvolvidas no Estado estão listadas abaixo: • Metalurgia básica • Fabricação de produtos de metal • Fabricação de máquinas e equipamentos • Fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos • Prestação de serviços de material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comunicações • Fabricação de outros equipamentos de transporte
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“Os resultados refletem as incertezas em relação ao cenário econômico internacional. Além disso, o Governo precisa traçar uma política de incentivos para todo o setor da indústria o quanto antes, até porque os efeitos positivos de ações como a redução de juros, câmbio mais competitivo e incentivos ao investimento levam tempo para serem sentidos”, afirma. Outro reflexo está relacionado ao emprego. Em junho deste ano, a indústria de transformação no Estado apresentou saldo do emprego formal entre admitidos e desligados de -0,01%. “A crise internacional ainda dificulta uma recuperação consistente do setor, até porque grande parte dos nossos clientes vende commodities. Esse resultado se reflete diretamente na redução do faturamento das empresas, porque os custos não se reduzem, e também no quadro de empregos. As empresas não vão conseguir manter o mesmo número de empregados”, avalia.
“A crise internacional ainda dificulta uma recuperação consistente do setor, até porque grande parte dos nossos clientes vende commodities“ Luiz Alberto de Souza Carvalho, presidente do Sindifer
Feira metalmecânica engrandece o setor Embora a crise tenha perturbado o setor, a Mec Show 2012 – 5ª Feira da Metalmecânica, Energia e Automação mostrou força e a consolidação do mercado. Mais de R$ 40 milhões foram fechados em negócios previstos para os próximos meses nas Rodadas de Negócios, realizadas pelo Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em parceria com a Petrobras. Esse valor representou um crescimento de cerca de 40% em relação aos negócios fechados na edição 2011 da feira (R$ 29 milhões). As rodadas tiveram a participação de 14 empresas-âncoras – ArcelorMittal Cariacica, ArcelorMittal Tubarão, BR Distribuidora, Chocolates Garoto, Fibria, Flexibras, Imetame, Novapol, Samarco, SBM Offshore, Petrobras, Terca, Transpetro e Vale –, que avaliaram e negociaram os produtos apresentados por 125 micros e pequenas empresas, totalizando 472 reuniões. A gestora de Projetos do Sebrae-ES, Ana Karla Macabu Vitório, disse que a movimentação nas Rodadas de Negócios superou as expectativas. “Diferentemente do ano anterior, trabalhamos com uma previsão de curto prazo, de quatro meses, no questionamento feito às empresas participantes. Cerca de 50% delas responderam, alcançando o universo de R$ 40 milhões”, explicou. 81
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PESQUISA 2012 | METODOLOGIA
Critérios de eleição dos destaques 2012
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unte a credibilidade do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), dinâmica aperfeiçoada desde 2000 e consolidação de um sistema de votação 100% online, utilizado pela segunda vez em 2012. Esses são os principais motivos para o sucesso da pesquisa dos destaques empresariais deste ano, que, mais uma vez, traz a opinião de um público importante e representativo formado pelas empresas participantes do estudo das “200 Maiores Empresas no ES”, pelos fornecedores do Prodfor, por órgãos de apoio e fomento, por diretores, conselheiros, executivos e gerentes do Sistema Findes, por membros dos Conselhos Temáticos e Assessoria Técnica da Findes e por jornalistas e editores dos principais veículos de comunicação do Espírito Santo. Os formadores de opinião envolvidos neste processo escolheram, por méritos, o empresário, o executivo e a empresa que mais se destacaram no Estado em 2012. Os critérios da pesquisa, realizada entre setembro e outubro, eram simples. Empresa, empresário e executivo (na condição de dirigente) deviam trabalhar no Espírito Santo e ter tido destaque no mercado por boas atuações na última temporada. Sendo assim, seguindo um sistema de eleição desenvolvido pela equipe de apoio operacional do IEL-ES, cada eleitor pôde votar em duas fases, uma vez em cada uma delas. Primeiro, os votantes fizeram uma indicação para cada categoria. Ao fim das indicações, a equipe do Instituto cruzou os dados e verificou os que
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foram mais citados em cada grupo. Os nomes que mais se repetiram na primeira fase entraram para um questionário, enviado novamente aos eleitores, que puderam, então, escolher alguém em cada lista. Pode-se dizer que, na primeira fase, o voto é espontâneo e, na segunda, induzido – já que é necessário escolher um entre os mais votados na primeira etapa. Os e-mails disparados em cada fase de eleição dos destaques de 2012 foram enviados por meio de um dispositivo do sistema do IEL-ES alimentado com as informações e contatos do banco de dados (listagem dos eleitores) pelo Data Warehouse da equipe. O texto enviado nas mensagens explicava a forma de votação e continha um link que dava acesso ao site da eleição. O sistema de votação ainda incluía um software de pesquisa com uma interface para os usuários (eleitores) e uma área restrita para os administradores do sistema, atendendo aos requisitos de segurança e performance necessários para a idoneidade do prêmio, garantindo que, por exemplo, cada pessoa votasse apenas uma vez em cada uma da etapas. Ao fim das duas fases, foram gerados relatórios com os resultados das apurações. Os eleitos vêm a público nas próximas páginas deste Anuário. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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EMPRESÁRIO DESTAQUE
Luiz Wagner Chieppe Diretor do Grupo Águia Branca tem como característica a forte atuação institucional
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Empresário Destaque 2012 acumula posições que o levaram a merecidamente receber o título. Luiz Wagner Chieppe é membro do Conselho de Administração e diretor de Relações Corporativas do Grupo Águia Branca, presidente da Fetransportes, vice-presidente do movimento empresarial Espírito Santo em Ação e vice-presidente da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati). O executivo, que ajudou a idealizar e já dirijiu o Fórum de Entidades e Federações (FEF), destaca a importância deste trabalho. A FEF reúne, periodicamente, representantes das Federações das Indústrias do Espírito Santo, do Comércio, dos Transportes, da Agricultura e Pecuária do Estado e o Movimento Empresarial ES em Ação. Para ele, a oportunidade de debates regulares com estes pares ajudou a colocar em evidência temas relevantes para o desenvolvimento equilibrado de cidadãos e empresas capixabas. “Com o trabalho junto ao Fórum de Entidades, com a classe empresarial organizada, todo mundo passou a olhar para o desenvolvimento e para a sociedade de uma forma muito maior. Além de cumprir o papel de entidade de classe, defender interesses de um segmento empresarial, nossa convivência trouxe uma visão mais ampla, de olhar para a sociedade e ver qual é a necessidade do todo. Se cada segmento de negócio se desenvolver de forma equilibrada, o Estado se desenvolve. E nós ganhamos muito mais com o todo seu desenvolvendo”, diz.
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Para coroar suas ações durante o ano, ser eleito o Empresário Destaque de 2012 tem muita importância para Luiz Wagner. “É um momento de muito orgulho receber um prêmio de uma entidade tão séria, de um conceito tão elevado. Esse reconhecimento deixa qualquer profissional muito feliz. É um momento de estímulo para a gente que vive nessa vida institucional, que não tem como mensurar o que faz. Quando temos esse reconhecimento, é uma grande massagem que a gente recebe.” Luiz Wagner Chieppe, de 62 anos, é casado, pai de quatro filhos e graduado em Ciências Contábeis. Já dedicou 41 anos de sua vida à carreira executiva, tendo passado por diferentes frentes de negócios na Águia Branca. De 1974 a 1992, atuou na Bahia como um dos dirigentes e norteadores do crescimento de transporte de passageiros, fretamento e turismo. Nessa fase, também atuou em entidades baianas, como quando foi presidente da Federação das Empresas de Transportes de Bahia e Sergipe (Fetrabase). Em 1993, voltou ao Espírito Santo para assumir a diretoria da Unidade de Negócios de Cargas do grupo, permanecendo até outubro de 2004, quando assumiu a posição que ocupa atualmente, em Relações Corporativas. Luiz Wagner Chieppe também participou da construção do Peltes, o Plano Estratégico de Logística e Transportes do Espírito Santo, lançado em 2010, cujo objetivo é descentralizar e direcionar o crescimento capixaba levando em consideração toda a sua cadeia logística. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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EXECUTIVO DESTAQUE
Ricardo Vescovi de Aragão Engenheiro metalúrgico, Vescovi agrega teoria e prática em uma carreira de sucesso
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ste foi, de fato, um ano importante na vida e carreira de Ricardo Vescovi de Aragão, eleito o Executivo Destaque de 2012. Em janeiro, ele passou a ocupar um dos cargos mais importantes entre as grandes empresas brasileiras, tendo sido nomeado diretor-presidente da Samarco Mineração SA. Engenheiro metalúrgico graduado pela Universidade Federal de Ouro Preto, com pós-graduação em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Espírito Santo, Vescovi entrou na Samarco no início do ano de 1993, como engenheiro de processo nas operações na Unidade de Ponta de Ubu. Antes de chegar à presidência, trilhou uma longa trajetória na empresa. Foi chefe do Departamento de Pelotização, gerente de Produção e gerente-geral de Marketing e de Operações de Pelotização. Além disso, foi diretor de Operações e Sustentabilidade. Nas últimas décadas, além de passar por diferentes áreas da companhia, continuou aperfeiçoando seus estudos. Vescovi participou de cursos importantes, como o de Skills, Tools and Competencies (STC) pelo consórcio Fundação Dom Cabral (FDC) e Kellogg School of Management, nos Estados Unidos; Programa de Gestão Avançada (PGA) pela FDC e Instituto Insead, na França; e Orchestrating Winning Performance pelo IMD Business School, na Suíça. E justamente aprender parece ser uma premissa importante na rotina profissional
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do executivo. “Na minha carreira, todo o processo de crescimento e de conquistas é resultado de um contínuo aprendizado. O que significa aprender, também, com os erros, mas sem tolerar a baixa performance. Para mim, é muito importante ter metas claras, saber aonde se quer chegar e medir constantemente o nosso desenvolvimento, detectando eventuais falhas, corrigindo-as, obtendo o máximo aprendizado de cada experiência”, diz. Como fator contribuinte para receber este prêmio, Vescovi também destaca a importância da companhia na qual trabalha há quase 20 anos. “Para mim, este reconhecimento está diretamente ligado à trajetória da Samarco, uma empresa construída, dia a dia, por seus empregados e pelos públicos com os quais nos relacionamos.” Para Ricardo Vescovi, que é natural de Vitória, casado e pai de dois filhos, o resultado da pesquisa do IEL-ES mostra o reconhecimento, pelo meio empresarial, de que o trabalho realizado pela mineradora, que tem “a sustentabilidade como um requisito inquestionável de gestão”, está no caminho certo. “O prêmio sinaliza que o meio empresarial capixaba tem confiança no trabalho realizado pela Samarco, assim como a Samarco tem confiança no crescimento e no potencial do Espírito Santo. Assim, podemos continuar nossos esforços, em busca de desenvolvimento e de riqueza que serão compartilhados por todos”, diz. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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EMPRESA DESTAQUE
Lorenge: pela 2ª vez, a empresa que mais se destaca Foto: Arquivo Next
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estacar-se já faz parte da rotina da Lorenge S/A. E este ano a construtora foi eleita, pela segunda vez consecutiva, a Empresa Destaque 2012 pela pesquisa do Instituto Euvaldo Lodi – IEL-ES. No mercado há 32 anos, desde quando construiu um sobrado em Jardim Camburi, o grupo empresarial, que nasceu familiar pelas mãos dos descendentes do camponês Vicente Lorenzon, só faz crescer. Hoje, a Lorenge conta com um modelo exemplar de governança corporativa e trabalha com a projeção de faturamento de R$ 276 milhões neste ano, com previsão de chegar a R$ 350 milhões em 2013, um crescimento de mais de 25%. Para fazer girar essa máquina, conta com 1.300 colaboradores, que, desde 1980, já entregaram aos capixabas 4.200 moradias e 3.100 salas comerciais. Para José Élcio Lorenzon, filho do patriarca Vicente e presidente da construtora, a premiação de Empresa Destaque no Estado é fruto de cinco pilares colocados em primeiro plano e que a empresa segue aprimorando: ações para o desenvolvimento do Espírito Santo; caráter inovador dos projetos; credibilidade da empresa; respeito ao meio ambiente e às práticas sustentáveis; e a qualidade inserida nos produtos que chegam ao mercado. Na prática, esses conceitos podem ser traduzidos com a interiorização de projetos inovadores a municípios capixabas fora da região metropolitana, com a miscigenação de projetos (comercial e residencial) e a
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diversificação dos padrões dos imóveis, com o comprometimento da empresa na reutilização de materiais, com a destinação correta de resíduos e outras medidas sustentáveis, com a qualidade dos produtos e o cumprimento de prazos, que levam os clientes a um alto grau de satisfação. “O somatório desses fatores se reflete no prêmio que ora recebemos, com muita gratidão, porque é a resposta da preocupação que temos ao exercer essa atividade empresarial. Aos 32 anos completados, a empresa cada vez mais está aprendendo quais valores ela precisa ter para prosseguir na sua trajetória. Os valores aqui citados são indispensáveis para uma empresa crescer e se desenvolver, ficar grande, reduzir a fadiga e melhorar a condição dos trabalhadores”, diz o presidente da Lorenge. Além disso, Lorenzon destaca o alto valor do prêmio do Instituto Euvaldo Lodi graças ao fato de a eleição destacar a opinião de grandes empresas e entidades. O “arrojo representativo” da premiação, segundo ele, deixa a marca ainda mais robusta. A Lorenge está presente em grande parte do Espírito Santo, com mais intensidade em Vitória, Vila Velha, Cariacica, Serra, Aracruz, Linhares e Cachoeiro de Itapemirim, e planeja a interiorização de seus projetos por outros municípios do Estado. Também está nos planos da empresa ampliar a área de atuação para a região de Campos, no norte do Rio de Janeiro, e Belo Horizonte, em Minas Gerais. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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PESQUISA 2012 |
PRÊMIO IEL EM GESTÃO EMPRESARIAL
Foto: Divulgação Dikma
Além da boa gestão de Carlos, a equipe campeã da Eletrosolda também é responsável pelo sucesso da empresa
Eletrosolda é premiada por sua gestão empresarial
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2012 PRÊMIO IEL EM GESTÃO EMPRESARIAL
inda no terceiro ano do Prêmio IEL em Gestão Empresarial, uma empresa já começa a escrever sua história na categoria. Vencedora em 2010, a Eletrosolda volta a ganhar em 2012, por mérito do trabalho intenso que vem fazendo para crescer. A empresa pertence ao atacado especializado em produtos para MRO (manutenção, reparo e operação), tais como abrasivos, adesivos, eletrodos comuns e especiais, produtos e equipamentos para solda, máquinas e ferramentas, equipamentos de proteção e segurança e materiais para ensaios não destrutivos. A Eletrosolda foi fundada em 1990 por Maria Domingues e o filho, Carlos José Domingues Noronha, hoje diretor-executivo do grupo. Na época, eles, que eram representantes de eletrodos, notaram uma demanda no mercado por esse tipo de material para pronta-entrega e deram início ao projeto. Desde a primeira premiação pelo IEL, em 2010, Noronha relata que a empresa vem buscando melhorar cada vez mais e o meio para isso é investir em pessoal. “O grande segredo tem sido as pessoas que estão conosco.” E é também para os colaboradores que o prêmio tem valor especial. “O melhor é o reconhecimento, satisfaz o ego da equipe, que está empenhada em fazer a coisa correta. Estamos só no começo da caminhada, buscando atuar alinhados com todos os atores. Queremos que todos saiam beneficiados com a Eletrosolda”, diz o diretor-executivo. E a empresa, que conta com 25 funcionários no Espírito Santo e três em Pernambuco, vai
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continuar buscando o desenvolvimento. Os planos incluem começar um processo de mudança para uma nova unidade na Serra, a partir de outubro de 2013, assim como a utilização, já no início do próximo ano, de um novo software, mais específico, para a logística das operações. A entrada no mercado do Rio de Janeiro também é um novo desafio que está sendo estudado como possibilidade. Com 22 anos de atuação no mercado, Noronha acredita que a empresa passou por fases importantes até chegar ao bom momento em que vive. Segundo ele, com a localização estratégica – por enquanto, na Avenida Fernando Ferrari, em Vitória, e depois na Serra, onde está boa parte de seus clientes –, a informatização desde o início, e certificados como o do Prodfor, em 2001, e da ISO, em 2004, a Eletrosolda consolidou a caminhada em direção ao sucesso.
Premiação Lançado em 2010 pelo anuário “200 Maiores Empresas do Espírito Santo”, o Prêmio IEL em Gestão Empresarial incentiva boas práticas de gestão em empresas do Estado. Para a escolha do vencedor, são analisados os questionários desenvolvidos pelo Instituto e respondidos por empresas capixabas de diversos setores da economia. São avaliados quesitos que vão desde planejamento estratégico a marketing e vendas. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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DESTAQUE EMPRESARIAL GAROTO
Chocotour: programa de visitação à fábrica da empresa recebe cerca de 300 mil pessoas por ano
Chocolates Garoto: uma empresa de olho no futuro
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om uma trajetória que se confunde com a própria história do Espírito Santo, a Chocolates Garoto é considerada um patrimônio do Estado. Uma das maiores e mais antigas fábricas de chocolates do mundo tem sempre mostrado ao longo dos seus 83 anos como a combinação de uma marca forte e um parque industrial moderno pode transformar uma pequena empresa numa referência mundial. Manter forte presença em pontos de vendas por todo o país, entrar em novos mercados, estar sempre em busca de novidades e se preocupar continuamente com a qualidade têm sido os principais ingredientes dessa doce receita, que vem dando certo há décadas. Some-se a isso uma característica marcante da empresa: a capacidade de se manter sempre
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próxima do consumidor, fazendo parte da vida das pessoas. Agora essa proximidade ganhou força também no ambiente virtual. Visando a ampliar sua presença na internet, a empresa reforçou sua participação no Facebook e, além da fan page Garoto, lançou novos perfis para marcas conhecidas, o Serenata de Amor e o Talento. A ideia é estar lado a lado com o público também nas redes sociais, conhecendo-o e interagindo com ele. O resultado tem sido tão motivador que são planejados novos projetos na área. Inovar, aliás, é uma das palavras mais marcantes no vocabulário da empresa. Sempre em busca de novidades que encantem seus consumidores, a Chocolates Garoto não tem medo de apostar no novo, nas 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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O combate à desnutrição de crianças e adolecentes é o foco do programa Nutrir
mesmo em se tratando de marcas já consagradas. Neste ano, por exemplo, um dos seus produtos mais tradicionais, o Serenata de Amor, ganhou uma nova identidade visual, ficando ainda mais moderno e suave. As mudanças contemplaram a logomarca e demais elementos da arte da embalagem, mantendo a essência romântica da marca. Também a tradicional Caixa Amarela ganhou novidades. Em edição limitada, dois novos recheios passaram a fazer parte do seu mix: o Baton 2 em 1, na versão de 400g, e o Baton ao leite, na versão de 200g. Na Páscoa, período de vendas mais importante para a empresa, as inovações atingiram mais de 90% do portfólio de produtos. O resultado não poderia ter sido melhor. Pelos quatro cantos do país, o público provou e aprovou as novidades. Essa atenção em estar sempre um passo à frente no gosto do consumidor, levando para as prateleiras o que há de melhor, tem rendido à empresa uma série de reconhecimentos e conquistas e tornado a empresa referência não só no Espírito Santo, mas também em outros estados. Mais lembrada pelos capixabas, de acordo com a pesquisa Marcas Ícones, realizada pelo Ibope, a Chocolates Garoto também conquistou a primeira colocação em estudo semelhante, em Minas Gerais. A empresa recebeu o Prêmio Top Of Mind – Mercado Comum – Marcas de Sucesso, na categoria Chocolates, comprovando que, além das praias e da moqueca, o chocolate mais gostoso do Brasil também é forte atrativo do Espírito Santo. Somente na última década, a empresa quadriplicou seu faturamento, alcançou presença em mais de 400 mil pontos de venda em todo o país e passou a comercializar para mais de 50 países em todos os continentes. No quesito mão de obra, os números também têm sido expressivos. Em 2012, como acontece a cada ano, a fábrica criou novos postos de trabalho para atuar temporariamente na produção de Páscoa. Isso sem contar os cerca de 3,5 mil colaboradores diretos e outros 14 mil postos indiretos por todo o país. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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Responsabilidade social e ambiental Certa de que os bons resultados do negócio devem estar alinhados ao crescimento sustentável da comunidade onde está inserida, a Chocolates Garoto também se destaca pelos trabalhos que desenvolve nas áreas de responsabilidade e inclusão social. As ações, que englobam investimentos em cultura, esporte, lazer e outros, são capitaneadas por um programa que veio da Nestlé e logo foi abraçado por toda a empresa capixaba: o CSV - Creating Shared Value, ou Criação do Valor Compartilhado. O inovador conceito da plataforma de responsabilidade social visa a associar o desenvolvimento sustentável à geração de valor para as comunidades onde a empresa atua, e é composto por três pilares: “Nutrição”, “Água” e “Desenvolvimento Rural”. Inserido no tema “Nutrição” está o programa social Nutrir, cujo objetivo é auxiliar no combate à desnutrição de crianças e adolescentes em situação socioeconômica desfavorável. Dentro do pilar “Água”, e atenta à necessidade de cuidar desse valioso recurso natural, a Garoto opera com a Planta de Tratamento de Águas Residuais, responsável por tratar 100% 95
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Estreita relação com o consumidor Entre as inúmeras atividades realizadas pela Chocolates Garoto junto aos consumidores, duas fazem muito sucesso com o público. Uma delas é a Chocolateria, um espaço onde mensalmente são ministradas aulas gratuitas e abertas ao público para ensinar receitas variadas com chocolate. Somente este ano, o curso já capacitou mais de 800 pessoas. Outra ação que movimenta a fábrica é o Chocotour, um programa de visita às linhas de fabricação, agora com fones receptores para melhor entendimento das informações dos guias durante o tour à área industrial, e à Loja. A cada ano, cerca de 300 mil pessoas, de várias partes do Brasil e do mundo, participam da visitação. E a demanda tem aumentado, tanto que a empresa ampliou o horário de visitas e abriu novos grupos também aos sábados, em meses de alta temporada, como acontece de outubro a março.
dos seus efluentes industriais e sanitários. Já no pilar “Desenvolvimento Rural” a Garoto se orgulha de ter sido a primeira fabricante de chocolates do Brasil a utilizar embalagens de papelão com o selo FSC (Forest Stewardship Council), que assegura que o material foi fabricado a partir de florestas corretamente manejadas. Também está inserida no conceito CSV a participação da empresa na geração de renda para centenas de famílias que vivem da produção de chocolate artesanal e outras sobremesas à base de chocolate. Uma contribuição que se dá não só através do fornecimento de matéria-prima para fabricação desses produtos, mas também em forma de treinamentos e cursos, ministrados periodicamente para a comunidade via chocolateria.
Compartilhando valores “Ir além da sustentabilidade para criar valor para os acionistas e para a sociedade”. Esse é o principal conceito do CSV na Chocolates Garoto e implica também em promover melhorias para os seus colaboradores. E, nesse quesito, a empresa tem muita história para contar. 96
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Um ótimo exemplo está no pioneirismo por ter sido a primeira empresa no Brasil a instalar um sistema de comunicação em vídeo para seus profissionais surdos. Essa ação valorizou ainda mais o uso da Libras (Língua Brasileira de Sinais) na empresa, que já é referência no Estado na contratação de pessoas com deficiência e que hoje soma um contingente de 250 colaboradores, atuando nas mais diversas funções. Outra ação dentro do CSV é o Programa Cuidar, desenvolvido em parceria com a Secretaria de Educação de Vila Velha e que tem como objetivo a sustentabilidade socioambiental por meio da conscientização de crianças e adolescentes matriculados na rede municipal a respeito da temática da preservação do meio ambiente. O programa atinge todas as escolas públicas municipais de ensino fundamental (I e II), totalizando 61 unidades e beneficiando cerca de 34 mil estudantes.
Democratizando o esporte e a cultura Para contribuir na geração de novos hábitos, valores e atitudes necessários à boa formação da sociedade, a Garoto aposta no esporte junto aos diversos públicos. Tradicional patrocinadora do esporte local e nacional, a Chocolates Garoto apoia atletas e equipes em diversas modalidades. Destaque para a realização anual da Dez Milhas Garoto e Corrida Garotada que, em 2012, bateu importantes recordes. A começar pelo público participante. Pela primeira vez em 23 anos, sete mil pessoas se inscreveram na prova, dentre eles 11 atletas estrangeiros, que disputaram os primeiros lugares do pódio com esportistas de renome nacional. Na área cultural, destaque para o patrocínio da Chocolates Garoto ao filme “O Diário de Tati”, por meio da Lei Federal do Audiovisual, e parcerias como a do Festival de Música de Alegre e do Festival do Chocolate. Com esses apoios, a Chocolates Garoto mostra seu compromisso em aliar o desenvolvimento sustentável do negócio à qualidade de vida dos seus diversos públicos, agregando melhorias e compartilhando valores. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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DESTAQUE EMPRESARIAL SESI
A ginástica laboral é uma das atividades desenvolvidadas pelo Sesi para a indústria
Sesi, desenvolvimento para a indústria Serviço Social da Indústria oferece mais qualidade de vida ao trabalhador e sua família
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Serviço Social da Indústria (Sesi-ES) tem ampliado sua parceria com empresários e trabalhadores da indústria no Espírito Santo, exercendo papel fundamental no desenvolvimento social, seja por meio da educação ou prestação de serviços nas áreas de segurança, saúde, lazer, esporte, cultura e responsabilidade social. A superintendente do Sesi-ES, Solange Siqueira, explica que a entidade vem cumprindo ao longo de sua trajetória de 61 anos a missão de promover a qualidade de vida do trabalhador e seus dependentes. A Rede Sesi soma 17 Centros de Atividades, distribuídos em 10 municípios do Estado do Espírito Santo. Juntos, eles abrangem aproximadamente 75% das empresas e 80% dos industriários capixabas. Além dos serviços prestados nas unidades
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próprias, o Sesi também atende às empresas em suas instalações, otimizando a assistência conforme as necessidades do empresário. “Trata-se de uma instituição séria, com uma gestão responsável e que tem respeito e reconhecimento no cenário capixaba e em nível nacional. A entidade é considerada o braço social da indústria capixaba”, disse Solange.
Cuidando do ambiente de trabalho Contribuir para o desenvolvimento sustentável da indústria. Esse é o objetivo do Sesi, que apresenta para o industrial o Modelo Sesi em segurança e saúde no trabalho, apoiando-o no cumprimento da legislação e reduzindo os riscos à saúde dos trabalhadores. O modelo disponibiliza programas como o “Diagnóstico do Estilo de Vida” e o “Indústria Segura”, ambos realizados no ambiente da indústria. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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Os serviços e projetos do Sesi Educação Os serviços do Sesi abrangem desde a educação infantil ao ensino médio, constituindo uma das maiores redes privadas de ensino do Estado, atendendo regularmente a 11 mil alunos na Grande Vitória e interior. Se somados aos estudantes da educação de jovens e adultos (EJA), esse número passa de 13 mil. Ensino articulado Por meio do ensino médio articulado, os alunos têm a possibilidade de concluir o segundo grau juntamente com um curso técnico no Senai. Além disso, disponibiliza aos trabalhadores e dependentes a educação de jovens e adultos (EJA) e a educação continuada, cursos rápidos que auxiliam no complemento da renda familiar. A entidade investe, ainda, na modernização das escolas, com a aquisição de novas tecnologias. Saúde O Sesi atua com foco na prevenção, priorizando a saúde e o bem-estar do trabalhador da indústria, por meio de seus Programas de Segurança e Saúde no Trabalho. Entre as ações, o “Diagnóstico do Estilo de Vida” e o “Indústria Segura”, ambos realizados no ambiente de trabalho da empresa. Odontologia A assistência odontológica do Sesi é prestada por meio de rede de clínicas localizadas nos Centros de Atividades. O trabalhador da indústria e seus dependentes recebem ampla cobertura assistencial, com fácil acesso ao atendimento. Os tratamentos disponibilizados compreendem ações educativas, preventivas e curativas. Pesquisa de clima Com o objetivo de fortalecer a relação da empresa com o público interno, o Sesi criou a Pesquisa de Clima, uma ferramenta para avaliar o índice de satisfação dos
O primeiro programa é implementado por meio de um diagnóstico prévio das condições de saúde do trabalhador da indústria, visando a apoiar a empresa no desenvolvimento e na priorização de projetos que possam promover de forma direcionada a saúde de seus colaboradores. No caso do “Indústria Segura”, é realizado por meio de um levantamento das condições ambientais do trabalho, auxiliando as empresas industriais na implementação de melhores ações de saúde e segurança no trabalho. Como complemento, oferece também serviços em odontologia preventiva e clínica, com assistência focada no trabalhador e seus dependentes. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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colaboradores, com base na qual são propostas ações de melhoria. Outra grande inovação é a Consultoria de Educação para o Consumo, que visa a orientar o trabalhador sobre a importância do equilíbrio financeiro para o relacionamento familiar e no ambiente de trabalho. Esporte Na área de esporte, cultura e lazer, os projetos do Sesi contribuem para a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores e seus familiares. Destaque para o Programa Sesi Ginástica na Empresa, que incentiva o trabalhador, no início ou durante o expediente, a realizar atividades de alongamento que ajudam a prevenir a LER (lesão por esforço repetitivo) e amenizam a jornada de trabalho. Outra iniciativa de promoção do bem-estar é o “Programa Jogos do Sesi”, que estimula o trabalho em equipe, a solidariedade, o respeito e a integração ao envolver os trabalhadores no campeonato esportivo estadual das indústrias. Cultura Por meio do Projeto Luzes & Aplausos, o Sesi coloca à disposição da população, em seu teatro, espetáculos locais e nacionais a preços bem acessíveis. Já o Caminhão da Alegria é uma unidade móvel que leva o teatro para dentro das empresas. São espetáculos com temas variados como alcoolismo, segurança do trabalho, educação para o trânsito e muitos outros. A iniciativa promove entretenimento conjugado à conscientização para melhoria da qualidade de vida. Projeto Ação Global Resultado da parceria do Sesi com a Rede Globo de Televisão, a Ação Global tem o intuito de levar a comunidades carentes de todo o país serviços gratuitos nas áreas de saúde, educação, alimentação, cidadania, esporte e lazer. O projeto no Estado é um desdobramento da Ação Global Nacional, iniciativa promovida pela primeira vez em 1992.
O Sesi, por meio da unidade do Sesi Saúde, também dispõe de serviços que atendem às rotinas ocupacionais, tais como consultas de Medicina do Trabalho – admissionais, demissionais; periódicas; mudança de função; retorno ao trabalho e exames complementares: audiometria; espirometria; teste visual; análises clínicas; entre outros.
Sesi Saúde Rua Cândido Portinari, 27, 9º andar – Edifício River Center, Santa Luiza, Vitória Telefone: (27) 3232 1700
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DESTAQUE EMPRESARIAL SAMARCO Foto: Sagrilo
A Samarco é hoje uma das principais mineradoras brasileiras e a segunda maior no mercado transoceânico de pelotas de minério de ferro
Samarco celebra 35 anos com resultados expressivos e busca crescimento Com grande presença nas 81 comunidades de 29 municípios capixabas e mineiros em que atua, mineradora investe fortemente para continuar crescendo com sustentabilidade
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Samarco completa 35 anos de atuação em 2012, comemorando os bons resultados obtidos em suas operações e o reconhecimento ao seu modelo de gestão, que busca o crescimento com diálogo e o envolvimento das comunidades onde está inserida. Em 2011, a companhia alcançou algumas das melhores marcas de sua história. A empresa registrou o maior faturamento bruto, R$ 7,1 bilhões, e o maior volume de embarques de produtos, 22,506 milhões de toneladas, sendo 21,655 milhões de toneladas de pelotas de minério de ferro e o restante de finos. Os números posicionaram a mineradora como a 4ª maior exportadora do país, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. 100
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Outro resultado importante foi o aumento da segurança nas operações, uma das principais metas da empresa. No ano passado, foi registrado o menor índice de acidentes (0,49), uma referência mundial em segurança na indústria mineral. O número de postos de trabalho gerados nas unidades da Samarco em Minas Gerais e no Espírito Santo também vem crescendo e atingiu 5.800, entre empregados próprios e contratados. O número não contabiliza as vagas abertas nas obras do Projeto Quarta Pelotização (P4P), que já se aproximam de 11 mil. Com o P4P, a companhia elevará sua capacidade de produção de pelotas de minério de ferro das atuais 22,2 milhões de t/ano para 30,5 milhões de t/ano, um aumento de 37%. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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Foto: Divulgação Samarco
Já o Estudo de Reputação, realizado entre 2010 e 2011, com base na metodologia RepTrak DeepDive do Reputation Institute – organização internacional de pesquisa e assessoria em temas relacionados à reputação de empresas –, apontou como forte a reputação da Samarco. O estudo considera cinco faixas de classificação – Excelente, Forte, Mediana, Fraca e Pobre –, divididas em uma escala de 0 a 100. O diagnóstico trouxe, ainda, outros dados relevantes, que permitirão à empresa traçar objetivos nos próximos anos, com a meta de atingir o nível de excelência até 2015.
Samarco incentiva a participação de seus empregados em ações de voluntariado e na construção de relacionamentos que beneficiam a sociedade
Ações Socioambientais A forte reputação resulta, entre outros motivos, de ações socioambientais como o projeto Taboa Lagoa, realizado pela Samarco com a comunidade de Mãe-Bá (no município de Anchieta, litoral sul do Espírito Santo), que este ano foi incluído entre as ações de referência no país pelo Programa Benchmarking Brasil, detentor do maior banco brasileiro de casos de sucesso em sustentabilidade. O Taboa Lagoa foi criado em 2005 pela Samarco para estimular a educação, a qualificação profissional e a geração de renda, além de promover melhorias socioambientais nas comunidades próximas à Lagoa de Mãe-Bá. Além do Taboa Lagoa, outros projetos foram beneficiados pelo aumento nos investimentos ambientais e sociais da Samarco. A empresa destinou cerca de R$ 126 milhões às iniciativas de preservação e recuperação do meio ambiente em Minas Gerais e no Espírito Santo, incluindo o Programa de Reforço do Estoque Pesqueiro na Lagoa de Mãe-Bá, o Programa de Recuperação de Mata Ciliar do Rio Pardo, a conservação de mais de 2,2 mil hectares de áreas preservadas e o Projeto de Reaproveitamento de Óleo de Cozinha, entre outros. O investimento social voluntário da Samarco também cresceu e chegou a R$ 7 milhões, nos dois estados. São recursos aplicados nos programas sociais da empresa, como a Política de Investimentos Institucionais e Sociais (PIIS), que apoiou 55 projetos no ano passado; o Programa de Desenvolvimento Local Inclusivo (PDLI), com cursos de informática e inglês para a comunidade; e o Programa de Educação Ambiental Externo (PEA), por exemplo. Destaque também para o Dia V, que mobilizou cerca de 3.800 pessoas, entre empregados, contratados, familiares e amigos, para realizar ações em benefício de suas comunidades no Espírito Santo e Minas Gerais. A Samarco desenvolve também os programas Viver Consciente, que leva às comunidades temas como promoção da cidadania, direitos humanos, saúde, sexualidade, qualidade de vida e autoestima, 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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e Samarco é Mais Comunidade, que promove a cultura local. Outros exemplos são a Junior Achievement, que estimula o empreendedorismo e beneficia mais de 1.200 alunos da rede pública de ensino, e o Imposto Solidário, que apoia ações voltadas para crianças e jovens por meio da destinação de recursos para os Fundos para a Infância e Adolescência de municípios mineiros e capixabas. Atualmente, a companhia atua em 81 comunidades de 29 municípios capixabas e mineiros, que somam uma população superior a 840 mil pessoas.
Sobre a Samarco Comemorando, em 2012, 35 anos de atuação, a Samarco é hoje uma das principais empresas brasileiras de mineração, a quarta maior exportadora do país, e a segunda maior empresa no mercado transoceânico de pelotas de minério de ferro. Com clientes em mais de 15 países de quatro continentes, a empresa tem atualmente uma capacidade de produção de 22 milhões de toneladas anuais de pelotas, gerando cerca de 3 mil empregos diretos e aproximadamente o mesmo número de empregos indiretos. De capital fechado, a Samarco tem duas acionistas – Vale S/A e BHP Billiton Brasil Ltda. –, que dividem o controle acionário, com 50% de participação cada uma, e possui duas unidades industriais localizadas em Minas Gerais e no Espírito Santo, que são interligadas por dois minerodutos com 400 quilômetros de extensão, além de um terminal marítimo próprio em Ubu (ES) e dois escritórios internacionais, em Amsterdã (Holanda) e Hong Kong (China). 101
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DESTAQUE EMPRESARIAL VALE Foto: Agência Vale
A maior planta de pelotização de minério e ferro do planeta fica no Complexo de Tubarão, no Espírito Santo
Vale protagoniza uma história de sucesso na indústria capixaba O complexo de usinas instalado em Tubarão tem contribuído de forma significativa para os recordes de produção alcançados pela empresa nos últimos anos
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cada ano a Vale reafirma sua força e o título de grande empresa no cenário econômico do Espírito Santo. Líder mundial na exportação de minério de ferro e pelotas, a empresa mantém no Estado o maior site de pelotização do planeta, com capacidade produtiva de cerca de 29 milhões de toneladas por ano. Localizado em Vitória, o Complexo de Tubarão tem 14 quilômetros quadrados de área e abriga sete das onze usinas de pelotização que a empresa mantém no Brasil e em Omã. 102
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O principal projeto da companhia em implementação no Espírito Santo é a Usina VIII, planta de pelotização que começou a ser realizada em 2008. Estão sendo investidos quase US$ 1 bilhão no empreendimento, que terá capacidade de produção de 7 milhões de toneladas de pelotas por ano. Mais de quatro mil empregados de empresas contratadas trabalham nas obras atualmente, sendo que mais de 90% são capixabas. A previsão é de que sejam criados 350 empregos permanentes para a operação da pelotizadora. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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Com 33 hectares, o Parque Botânico a Vale é uma área de conservação da Mata Atlântica
Porto e ferrovia Tubarão é o porto para embarque de minério de ferro mais eficiente do mundo. Estudo da Universidade de São Paulo (USP), de 2009, chegou a essa conclusão com base na análise do giro de pátio, ou seja, utilização da área de estocagem. No caso de Tubarão, o giro é de cerca de 31 vezes, enquanto a média mundial é de 15. Em 2011, alcançou o embarque recorde de mais de 106 milhões de toneladas de minério de ferro e pelotas. Por sua vez, considerada a ferrovia mais produtiva do Brasil e uma das mais modernas do mundo, graças aos investimentos em tecnologia e recursos humanos, a Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) tem 905 quilômetros de extensão e transporta 40% de toda a carga ferroviária do país. Por ela circulam pelo menos 60 tipos de produtos, como minério de ferro, aço, soja, carvão e calcário, entre outros. Além de operar no transporte de cargas, pela EFVM passa o único trem de passageiros do Brasil que percorre longas distâncias diariamente. Durante o percurso, o passageiro tem à disposição belas paisagens, história, comodidade e segurança. Ao ano, a EFVM transporta mais de um milhão de passageiros.
Investimentos A Vale investiu US$ 707 milhões no Espírito Santo no segundo trimestre de 2012, 12% a mais em relação aos primeiros três meses do ano. Os gastos ambientais da empresa no Estado totalizaram US$ 12,7 milhões no mesmo período. Já os investimentos sociais alcançaram a marca dos US$ 3 milhões. Ao todo, a Vale aplicou US$ 1,3 bilhão no Estado no primeiro semestre de 2012. A produção de pelotas alcançou 14,3 milhões de toneladas no segundo trimestre de 2012, com acréscimo de 12,3% em comparação aos três primeiros meses do ano, e 8,5% maior que no segundo trimestre de 2011, conquistando um recorde histórico. Cerca de 80% desta produção foi destinada ao mercado externo.
Popular entre os capixabas Com uma atuação marcada pela parceria, proximidade e transparência com as comunidades e instituições, a Vale conquistou a confiança da população capixaba. Prova disso é que em recente pesquisa realizada no 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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Estado com o objetivo de aferir a lembrança das marcas na mente do consumidor, a empresa foi primeiro lugar em três categorias: Grande Empresa, Responsabilidade Social e Entidade Empresarial. Segundo o diretor do Departamento de Pelotização, Maurício Max, o fato de a Vale manter um diálogo permanente e importantes projetos socioambientais no Espírito Santo contribui para a aproximação da empresa com a sociedade. “A Vale está em constante transformação, contribuindo efetivamente para o desenvolvimento econômico e social das comunidades com as quais se relaciona e das regiões onde está presente. Além disso, as oportunidades de trabalho são igualmente fundamentais para estreitar o relacionamento da empresa com a população capixaba”, explica Maurício. Hoje, a Vale emprega cerca de 13,4 mil pessoas direta e indiretamente no Espírito Santo. Além disso, a empresa mantém outros 4.389 postos de trabalho em canteiros de obras e projetos em instalação no Estado, gerados principalmente pelas obras da Usina VIII.
Controles ambientais Entre 2008 e 2012, a Vale investiu cerca de R$ 600 milhões em controles ambientais como parte do Termo de Compromisso Ambiental firmado em 2007 entre a empresa, o Ministério Público Estadual, as associações de moradores da Grande Vitória e o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema). Preocupada com a qualidade de vida das comunidades da Grande Vitória, a empresa implementou uma série de equipamentos 103
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Vale Música é uma das iniciativas da companhia com foco em educação e cidadania
Projetos sociambientais na Grande Vitória Vitória Em Vitória, a Vale entregou projetos executivos de restauro do Palácio Domingos Martins (futura Biblioteca Municipal) e da Catedral de Vitória. A empresa também está na fase final para entrega do Projeto de Regularização Fundiária das Poligonais 4 e 5, que compreendem os bairros de Santa Helena, Jesus de Nazaré e São José. Em Jardim Camburi e Atlântica Ville, a empresa está construindo o Viaduto de Camburi e recuperando o talude próximo ao Colégio Salesiano, além de manter os programas Vale Juventude e o Educação em Campo, que atuam com crianças e adolescentes dos bairros. Também participa dos projetos e discussões da Rede Social de Jardim Camburi, grupo formado por inúmeras entidades e moradores. Vila Velha Em Vila Velha, o Museu Vale desenvolve programas de arte, educação e capacitação de jovens, atrelados às exposições que recebe. A empresa também elaborou o Plano Diretor de Drenagem Urbana Sustentável da cidade, e projetos de engenharia para a dragagem do Canal da Costa e do Canal de Marilândia. Atualmente, está elaborando o projeto de esgotamento sanitário da Região de Terra Vermelha. Serra Na Serra, além da Estação Conhecimento, a Vale já entregou ao município o projeto do novo Hospital Materno Infantil e da Avenida Industrial. Também conta com o Programa Educação em Campo nos bairros de Hélio Ferraz e Carapina Grande, e está participando da implementação da rede de esgoto de Hélio Ferraz. Já no bairro de Central Carapina, concluiu este ano as atividades do projeto Rede Juventude de Atitude. Cariacica Em Cariacica, a Vale elaborou projetos de engenharia para pavimentação e drenagem de mais de 50 quilômetros de vias. A empresa entregou um projeto para implantar o Parque O Cravo e a Rosa, finalizou o projeto Rede Juventude de Atitude e deu início ao Educação em Campo, ambos na região de Flexal. Atualmente, a empresa está elaborando o projeto de melhoria do sistema de esgotamento sanitário na região de Nova Canaã, Flexal I e II.
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e tecnologias para diminuir a emissão de poeira. Com isso, os processos produtivos do Complexo de Tubarão são acompanhados por um rigoroso sistema de controles que funciona 24 horas por dia. Entre os principais equipamentos, destacam-se os precipitadores eletrostáticos, com eficiência de 99% na retenção de particulados das chaminés, e as barreiras de vento (wind fences), estruturas que diminuem a velocidade dos ventos sobre as pilhas de minério, carvão e pelotas do Complexo de Tubarão, reduzindo em até 80% a emissão de poeira dos pátios de estocagem da empresa. As barreiras podem chegar a 30 metros de altura e suportam ventos de até 120 quilômetros por hora. “O nosso objetivo é investir cada vez mais em ações e alternativas voltadas a controlar e a reduzir o impacto das nossas operações na Ponta de Tubarão e, assim, contribuir de forma ainda mais efetiva para a qualidade de vida dos moradores da Grande Vitória”, diz Maurício. Como parte dos investimentos em gestão ambiental no Complexo de Tubarão, a Vale está implantando o Centro de Controle Ambiental (CCA), estrutura com investimentos da ordem de R$ 2,5 milhões. O CCA, que funcionará como um centro de controle de imagens geradas por um circuito fechado de televisão composto por 24 câmeras, será operado por técnicos em meio ambiente, em tempo integral. Além da criação do CCA, ainda este ano a Vale investirá cerca de R$ 20 milhões na gestão ambiental do Complexo de Tubarão.
Responsabilidade social Responsável, no que diz respeito ao desenvolvimento econômico e social das regiões com as quais se relaciona, no primeiro semestre de 2012 a empresa investiu R$ 68 milhões em ações socioambientais no Estado. “Atualmente, mantemos importantes ativos socioambientais e culturais no Estado, como o Museu Vale, o Parque Botânico Vale, a Reserva Natural Vale, o Trem de Passageiros e a Estação Conhecimento. Em toda a Grande Vitória investimos tanto no apoio à gestão pública, por meio do desenvolvimento de planos de gestão, quanto em projetos de infraestrutura, além de programas destinados à educação e à cidadania”, ressalta Maurício Max. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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DESTAQUE EMPRESARIAL HSM Educação
IEL e HSM Educação lançam programa inovador de educação executiva O Programa de Desenvolvimento Empresarial é uma formação específica que contribui para a superação de desafios atuais no plano da gestão e da implementação de estratégias competitivas
O
Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES) e a HSM Educação, referência mundial no desenvolvimento profissional de executivos, uniram suas expertises para oferecer ao mercado capixaba um curso inédito, cujo foco são os temas que abrangem os desafios e obstáculos enfrentados pelas empresas para a execução de suas estratégias competitivas. Trata-se do Programa de Desenvolvimento Empresarial, que ao longo de nove meses irá preparar, por meio de aulas e consultorias, empresários e gestores envolvidos no processo decisório de empresas de todos os portes e setores. O curso conta 106
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com metodologias e tecnologias inovadoras para disponibilizar os melhores conteúdos em nível internacional e tem a participação de personalidades globais do mundo dos negócios. Executivos de 13 empresas do Estado fazem parte da primeira turma, cujas aulas começaram no dia 8 de maio, em Vitória. O sucesso da experiência resultou na ampliação do programa, abrangendo também o interior capixaba, com a abertura de uma nova turma, no dia 19 de outubro, em Cachoeiro do Itapemirim. Já estão abertas as inscrições para as turmas de 2013. Teremos turmas na Grande Vitória e nas cidades do interior do estado. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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O IEL e a HSM Educação acreditam que o curso seja importante para desenvolvimento do Estado, pois estimula a competitividade. “Estamos satisfeitos com o sucesso dessa parceria. Trouxemos para o Espírito Santo uma capacitação diferenciada, com formato inovador, conteúdos de alta qualidade e alinhados com o atual cenário nacional e mundial, buscando ampliar a competitividade industrial capixaba”, destacou o superintendente do IEL-ES, Fábio Dias. O programa tem um custo acessível a qualquer empresa. O programa foi desenvolvido em conjunto pelo IEL e HSM Educação. Um estudo realizado com diversas empresas no país constatou que havia uma heterogeneidade de problemas nas organizações. A saída foi um programa que oferecesse soluções personalizadas de capacitação e consultoria ao mesmo tempo. Uma formação com foco em resultados e resolução de problemas reais e específicos das empresas participantes, por meio de disciplinas práticas, professores atuantes no meio empresarial e conteúdos exclusivos dos maiores e mais respeitados especialistas de negócios, para potencializar os resultados das empresas. A metodologia inclui conteúdos exclusivos desenvolvidos por profissionais de renomes internacionais. Cada empresa participa com quatro pessoas. Na grade, constam aulas teóricas e o desenvolvimento de trabalhos aplicados relacionados ao problema real de cada instituição. Além do conteúdo diferenciado, os participantes têm acesso a uma plataforma interativa, que reúne todo o conteúdo do curso em diferentes formatos multimídia. “Junto com o IEL, desenvolvemos o programa empresarial, com cinco disciplinas na área de management que abordam temas relevantes, como gestão de pessoas, marketing, estratégia e finanças, além de gestão de operações intercaladas”, disse Ricardo Araújo, diretor da HSM Educação. Ele ressaltou a satisfação em ver que o programa está quase formando a primeira turma no Estado e já iniciando o novo grupo em Cachoeiro de Itapemirim.
Cursos contam com a participação professores renomados A HSM Educação está há 25 anos no mercado trazendo para o Brasil os maiores experts internacionais na área da gestão. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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“Junto com o Instituto Euvaldo Lodi, desenvolvemos o programa de desenvolvimento empresarial com cinco disciplinas na área de management que abordam temas relevantes como gestão de pessoas, marketing, estratégia e finanças, e gestão de operações intercaladas” - Ricardo Araújo,diretor da HSM Educação
Esses “gurus” internacionais fazem o maior evento de gestão da América Latina, realizado em novembro, a Expomanagement. Nesse time estão nomes como o de Philip Kotler, apontado pelo Financial Times como o quarto mais relevante especialista em negócios do planeta e pelo Wall Street Journal como a sexta pessoa mais influente no mundo corporativo; Dave Ulrich, “guru” da gestão de pessoas e professor de Negócios da Universidade de Michigan; William Ury, cofundador do Programa de Negociação de Harvard e um dos autores do mais reconhecido livro sobre o tema; e Vijay Govindarajan, considerado um dos maiores experts do mundo em estratégia e inovação.
Sobre a HSM Educação A HSM Educação é uma organização criada com o objetivo de definir um novo significado para o conceito de educação executiva de alto nível no Brasil. Formada pela associação entre o Grupo RBS e a BR Investimentos, a companhia conta com estrutura diferenciada, pensada para atender às necessidades e às reais exigências dos profissionais de mercado. Baseia-se em uma rede colaborativa, que reúne pensadores internacionais, professores, participantes e instituições de renome nacionais e internacionais, com expertise e vivência no mundo corporativo. Para alcançar este objetivo, a HSM Educação possibilita o acesso aos melhores conteúdos e personalidades do mundo dos negócios, em programas desenvolvidos com metodologias e tecnologias inovadoras. Informações pelo site www.iel-es.org.br, ou pelo telefone 3334-5721. 107
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DESTAQUE EMPRESARIAL TV VITÓRIA Foto: Arquivo Next
TV Vitória investe no jornalismo internacional Consagrada por seu caráter regional, afiliada da Rede Record abre novos horizontes
A
pós sair na frente como a primeira emissora a transmitir a imagem full HD, a TV Vitória continua a inovar. Em 2012, passou a investir em coberturas internacionais, tornando-se a TV Vitória Internacional. A equipe de Jornalismo esteve em julho em Londres, para realizar a cobertura dos Jogos Olímpicos. Essa foi a primeira vez que uma emissora regional participou da cobertura das Olimpíadas, com os repórteres fazendo participações ao vivo ao longo da programação. A emissora também marcou presença na Feira Internacional de Mármore, Pedras, Desenho e Tecnologia (Marmomacc), realizada em setembro na cidade de Verona, na Itália. A TV Vitória acompanhou a comitiva capixaba que representou o Espírito Santo, maior produtor e exportador brasileiro de rochas ornamentais, em um dos eventos mais importantes do mundo para o setor. Comentando a experiência da emissora, o diretor-geral da Rede Vitória, Fernando Machado, destacou que a TV Vitória foi eleita por três vezes a melhor TV Regional do Brasil pela Academia Brasileira de Marketing e Propaganda, por seus investimentos em uma programação própria de caráter regional feita de forma diferenciada e com qualidade – é a única TV tricampeã nessa categoria no país. “É exatamente essa característica inovadora, que faz parte da nossa filosofia, 108
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que permitiu materializar essa experiência internacional de mostrar os capixabas para os capixabas onde quer que esteja acontecendo algo, fora do Brasil, que seja do interesse do Estado e tenha o capixaba como protagonista. O resultado vem se somar com a experiência da cobertura do aniversário de 50 anos do Estado de Israel onde, além da CNN, só a TV Vitória estava presente, depois Cancún, no México, Itália, Haiti, Patagônia, Olimpíadas de Londres e, mais recentemente, Verona, onde mostramos a maior feira de mármore do mundo e as atividades dos capixabas, presentes em comitiva oficial capitaneada pelo governador Renato Casagrande”, ressaltou. Fernando destaca que a emissora recebeu um feedback positivo por parte dos telespectadores, assim como dos integrantes da comitiva, entre eles o secretário de Estado do Desenvolvimento, Márcio Félix, além de Robson Leite, Ronaldo Carneiro, do presidente do Bandes, Guerrino Balestrassi, da promotora das feiras Vitória e Cachoeiro Stone Fair, Cecília Milanese, e de jornalistas do setor econômico. Comprovando as palavras de Fernando, a TV Vitória tem alcançado ótimos índices de audiência. A emissora chegou a atingir um share de 63% dos espectadores, o que representa dois milhões de espectadores ligados na TV Vitória, em um só dia, em todo o Espírito Santo. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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RANKING |
INTRODUÇÃO
O
Fábio Dias é superintendente do IEL-ES
rio de do te, ite .br
anuário “IEL 200 Maiores Empresas do Espírito Santo”. chega à sua 16ª edição com uma proposta inovadora, retratando toda a pujança da economia capixaba. Este material em suas mãos não apresenta somente dados financeiros/econômicos das 200 maiores empresas do Espírito Santo, mas também matérias setoriais e artigos escritos por grandes articulistas, de projeção nacional. Esse anuário passou a fazer parte da biblioteca das instituições de ensino, dos escritórios e mesas de grandes gestores e executivos dos setores público e privado. O anuário “IEL 200 Maiores Empresas do Espírito Santo” tornou-se uma sólida fonte de consulta para toda a comunidade brasileira e até mesmo mundial, sendo distribuído a diversos países em todo o mundo. A grande novidade é que a partir desta edição esse alcance amplia exponencialmente: a publicação também estará disponível via dispositivos móveis, como celulares e tablets com acesso à internet. É a inovação alinhada à tecnologia a serviço da informação. Não há como negar que somos hoje dignos de comparações com as grandes publicações brasileiras. Percorremos um longo caminho, sem abrir mão da qualidade, do respeito aos anunciantes e patrocinadores e, principalmente, da inovação constante. Não é sem motivos que hoje o anuário “IEL 200 Maiores Empresas do Espírito Santo” se consolida como principal referência de informações estatísticas e de avaliação do desempenho econômico-financeiro anual das empresas capixabas. Em agosto de 2012, o IEL-ES completou 43 anos. Como responsável por esta publicação, o Instituto busca, a cada nova edição, ampliar o número de empresas pesquisadas e trazer conteúdos que estejam em sintonia com a realidade econômica e empresarial deste mundo cada vez mais global. Além de apresentar os dados por empresa, consolidados segundo os diversos setores e indicadores obtidos por meio de seus balanços contábeis, fornecemos ainda informações sobre os vários aspectos da economia e da atividade empreendedora em nosso Estado, além de dados relevantes para
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estudos de investimentos e análise de desenvolvimento dos mercados. Os números de receita e emprego atribuídos ao Espírito Santo são muito significativos e refletem o dinamismo de sua economia. Em 2011, as 200 maiores empresas tiveram uma Receita Operacional Bruta (ROB) de R$ 85 bilhões gerados no Estado, um crescimento de quase 11% em relação ao ano anterior, quando foi registrada uma Receita Bruta Total de R$ 77 bilhões. Quanto aos empregos diretos, foram gerados mais de 91 mil postos de trabalho somente no Espírito Santo. Pelo terceiro ano consecutivo apresentamos também nesta edição o “Prêmio IEL em Gestão Empresarial”, que vai reconhecer as boas práticas em gestão implementadas pelas pequenas e médias empresas capixabas. Também apresentamos, pelo sexto ano consecutivo, o ranking das melhores empresas privadas com controle de capital capixaba, segundo os critérios de crescimento e rentabilidade das vendas, rentabilidade do patrimônio líquido, lucratividade por empregado e liquidez corrente. O interessante é que, neste ano, a vencedora é uma pequena empresa. O anuário traz também o resultado da eleição do Empresário, Executivo e Empresa Destaque do Ano. Uma eleição na qual a votação é feita por um sistema via web, em dois turnos. Os escolhidos foram eleitos por representantes do Governo, jornalistas e representantes de empresas públicas e privadas. Além disso, mantemos nossa proposta editorial e trazemos para vocês uma série de artigos, reportagens e entrevistas com foco nas áreas da ciência econômica, empresarial, política e tecnológica. Como em anos anteriores, a competitividade do setor de editoração e produção gráfica do Estado permitiu que o anuário “IEL 200 Maiores Empresas do ES” fosse todo produzido por fornecedores locais, aos quais queremos agradecer, parabenizando-os pelo belo e eficaz trabalho. Por fim, externamos nosso reconhecimento às empresas participantes e aos empreendedores, que são os grandes inspiradores deste projeto, e à toda a equipe do IEL-ES, que trabalhou arduamente no planejamento e na execução de mais uma edição. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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O QUE VOCÊ ENCONTRA NESTE ENCARTE
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As 200 Maiores Empresas no Espírito Santo classificadas pela Receita Operacional Bruta, com informações econômicas e financeiras.
Informações consolidadas dos setores industrial, comercial e de serviços e por atividade.
As 20 empresas com melhor desempenho, segundo diversos indicadores econômicos, financeiros e sociais. As 10 maiores empresas, segundo os setores: alimentos, comércio atacadista, concessionárias de veículos, construção, serviços financeiros e seguros, serviços de importação e exportação e transportes.
A melhor empresa.
As 100 maiores empresas privadas com controle de capital capixaba, classificadas pela Receita Operacional Líquida.
Ranking dos 10 maiores grupos empresariais, segundo o critério de Patrimônio Líquido, contendo algumas informações econômicas e financeiras consolidadas.
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RANKING |
ANÁLISE
Emanuel Junqueira é doutor em Ciências Contábeis pela USP e professor do PPG Adm/UFES
O empresário pagou a conta
S
totalidade aos clientes. As despesas também subiram, reduzindo o lucro operacional em 1,7% em comparação com o ano anterior. Mesmo assim, houve incremento no gasto com empregados em 16,2%. Esse aumento pode ser atribuído à geração de novos postos de trabalho, 8,2% em relação ao ano de 2010, e à alta de salários.
e o ano de 2011 não foi ruim, também não foi dos melhores para as empresas capixabas. Em comparação a 2010, houve aumento da receita em 21,5%. Entretanto, o lucro bruto cresceu 10,6%, indicando que a elevação dos custos de produção foi absorvida pelas empresas, não sendo repassada em sua
Diante dos resultados de 2011 e do cenário descrito pelos gestores, é inegável a disposição dos empresários capixabas de superarem a crise econômica mundial
Análise do Potencial do ES Poder político no cenário nacional
4,7
Portos
5,4
Rodovias
4,1
Aeroporto
3,3
Política de incentivos fiscais
5,7
Qualificação da MO
6,2
Infraestrutura logística
6,2
Localização geográfica
8,7 0,0
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2,0
3,0
4,0
5,0
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8,0
9,0
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Avaliação realizada com as informações da pesquisa “200 Maiores Empresas no Espírito Santo”
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Adoção das novas Normas Brasileiras de Contabilidade ITEM
% DE EMPRESAS
Apresentou informações contábeis comparativas
94,8%
Calculou a vida útil dos ativos imobilizados para alocação do valor depreciável
33,3%
Divulgou as práticas contábeis adotadas para avaliar estoques
37,9%
Realizou teste de redução ao valor recuperável de ativos imobilizados (impairment)
30,2%
Ajustou recebimento e/ou pagamentos ao valor justo
23,5%
Mensurou os ativos intangíveis pelo custo menos amortização acumulada e qualquer perda acumulada por redução ao valor recuperável
26,1%
Realizou provisão com descrição da natureza da obrigação, valor esperado e as datas de quaisquer pagamentos resultantes
39,4%
Apesar do resultado não muito animador, quando comparado com o ano anterior, a expectativa é otimista. Os gestores afirmam que pretendem manter (51,2%) ou ampliar (43,7%) os investimentos no biênio 2012/2013. Esse aumento no investimento já pode ser observado com o acréscimo nos ativos das empresas pesquisadas em 8,7%. Apesar do otimismo, 64% dos gestores afirmaram que a crise econômica mundial está influenciando as atividades operacionais de suas empresas. O Governo continua sendo “o principal acionista” das empresas capixabas. Em 2011, arrecadou pouco mais de R$ 5 bilhões em impostos sobre vendas das empresas que declararam o valor pago (ficaram de fora desse levantamento grandes companhias como Vale, ArcelorMittal, Petrobras, Fibria e Banco do Brasil). Esse valor é 25% maior que o montante distribuído como lucro aos proprietários das empresas em 2010.
A necessidade de um maior apoio do Governo Apesar da crise, o resultado poderia ter sido melhor. Pelo segundo ano consecutivo, realizou-se uma pesquisa para avaliar o potencial do ES, na opinião dos gestores. Os resultados foram semelhantes os do ano anterior e novamente o único quesito com avaliação satisfatória foi a localização geográfica do Estado. Houve uma pequena redução na avaliação do poder político no cenário nacional e na política de incentivos fiscais, decorrente principalmente do fim do Fundap e dos atrasos em obras importantes para o Estado, como a ampliação do aeroporto e a duplicação das rodovias BR 101 e BR 262. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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Se a localização geográfica credencia o ES a ser um dos mais competitivos Estados da Federação em termos de logística e comércio exterior, a avaliação de nossa infraestrutura decepciona. Ainda precisamos avançar muito nas condições de nossas rodovias, portos e do aeroporto. Outra questão importante diz respeito à qualificação da mão de obra, ainda considerada deficitária pelos gestores das empresas pesquisadas, demandando um conjunto de parcerias entre empresas e instituições de ensino para atender às demandas do mercado.
Adoção das novas Normas Brasileiras de Contabilidade Nesse ano, foi realizado um levantamento para avaliar a adoção de pronunciamentos técnicos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). O resultado indica que a maioria das empresas ainda não adotou as novas práticas contábeis. Considerando que as mesmas melhoram a evidenciação e, consequentemente, a tomada de decisão por parte dos usuários da informação contábil, é importante que tais práticas sejam implementadas pelas empresas. Diante dos resultados de 2011 e do cenário descrito pelos gestores, é inegável a disposição dos empresários capixabas de superarem a crise econômica mundial, saindo fortalecidos e ainda mais competitivos. Para isso, é necessário ampliar o investimento em tecnologia e inovação, aproveitando as oportunidades para impulsionar o desenvolvimento da economia capixaba. 117
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RANKING | METODOLOGIA
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edição 2012 da pesquisa das 200 Maiores Empresas no Espírito Santo foi feita com a avaliação dos dados de aproximadamente 280 empresas, além dos maiores grupos privados do Estado. O conjunto compreende todas as que enviaram demonstrações contábeis para o IEL até o dia 5 de outubro de 2012 e inclui sociedades anônimas de capital aberto e fechado, cooperativas, entidades sem fins lucrativos e sociedades limitadas. Para os próximos anos, estamos estudando a possibilidade de implementar mudanças que permitam melhor análise dessas empresas. Este ano, seguindo mudanças promovidas em 2011, foram incluídas informações sobre a Receita Líquida, que representa a receita operacional após os impostos, devoluções e os descontos incondicionais.
Essa informação permite excluir os efeitos das diferentes cargas tributárias das diversas atividades contempladas na Revista, além da ineficiência representada pelas devoluções e descontos incondicionais. Também foram mantidas informações sobre o lucro operacional das empresas, que entendemos ser uma melhor medida para apuração da eficiência operacional do que o lucro líquido, que pode incluir resultados não operacionais significativos, que distorcem a análise da capacidade da empresa de gerar resultados futuros com suas operações. Vale ressaltar que embora a nova legislação tenha acabado com o grupo “não operacional”, percebemos que as empresas continuam informando esses valores. O Ebitda, abreviatura da expressão em inglês Earnings Before Interest, Taxes,
Conceitos metodológicos Receita Operacional Bruta
Receita proveniente do total das vendas de bens e serviços prestados pela empresa.
Variação da Receita Operacional Bruta
Mostra a evolução da receita bruta de vendas, em reais.
Receita Operacional Líquida
É calculada pela diferença entre o valor das vendas, deduzidas das devoluções e abatimentos, e os impostos sobre vendas.
Lucro Operacional
É o resultado da receita líquida, apurado de acordo com as regras legais, depois de descontadas as despesas administrativas, com vendas e financeiras.
Ebitda
Abreviatura da expressão em inglês Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, que significa lucro antes de descontar os juros, os impostos sobre o lucro, a depreciação e a amortização. Em essência, corresponde ao caixa gerado pela operação da empresa.
Lucro Líquido do Exercício
É o resultado do exercício, apurado de acordo com as regras legais, depois de descontados o imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro.
Patrimônio Líquido
É a soma do capital, das reservas e dos ajustes de avaliação patrimonial, menos a soma do capital a integralizar, das ações em tesouraria e dos prejuízos acumulados. Mede a riqueza da empresa.
Rentabilidade das Vendas
É calculada pela divisão entre o lucro líquido e a receita líquida.
Rentabilidade do Patrimônio Líquido
Mede o retorno do investimento para os proprietários. Resulta da divisão do lucro líquido pelo patrimônio líquido.
Liquidez Corrente
É a divisão do ativo circulante pelo passivo circulante e indica a capacidade da empresa em honrar seus compromissos no curto prazo.
Endividamento Geral
É a soma das dívidas de curto e longo prazos. O resultado é mostrado em porcentagem, em relação ao ativo total e representa a participação de recursos financiados por terceiros na operação da empresa.
Endividamento de Longo Prazo
Indica o quanto a empresa está comprometida com dívidas de longo prazo. É expresso em porcentagem, em relação ao ativo total.
Empregados no Espírito Santo
Número de funcionários em 31 de dezembro de 2011.
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Depreciation and Amortization, e que significa o lucro antes dos juros, dos impostos sobre o lucro, a depreciação e a amortização, que passou a compor a pesquisa, foi mantido como um dos indicadores e corresponde, em essência, ao caixa gerado pela empresa. Para a elaboração dos Rankings específicos, como “Rankings Setoriais” e as “20 Maiores Segundo os Principais Indicadores”, complementares ao das 200 Maiores pela Receita Bruta, foram consideradas todas empresas da amostra. Dessa forma, uma empresa que não está classificada entre as 200 Maiores, poderá fazer parte de um Ranking específico, como o de Liquidez Corrente (LC), por exemplo. Esta mudança permitiu às empresas, independente de seu porte, serem classificadas pelo seu desempenho segundo os critérios de tais indicadores. Outra alteração diz respeito ao cálculo da rentabilidade das vendas, que passou a ser formulada pela divisão do lucro líquido pela receita líquida, e não mais pela receita bruta. A tabela apresenta um resumo das principais mudanças introduzidas. Para elaborar o Ranking das 200 Maiores Empresas, foi utilizado o critério da Receita 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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Bruta de Vendas, um indicador da contribuição da empresa para a sociedade em termos de produtos e serviços oferecidos. Além da Receita Operacional Bruta, são fornecidas informações como Receita Operacional Líquida, Lucro Operacional, Ebitda, Lucro Líquido, Patrimônio Líquido e o número de empregados no Espírito Santo. Também são apresentados indicadores para análise econômico-financeira, como: Rentabilidade das Vendas, Rentabilidade do Patrimônio Líquido, Liquidez Corrente, Endividamento Geral e o Endividamento de Longo Prazo. Vale ressaltar que, a partir deste ano, somente foram divulgados os resultados obtidos no Espírito Santo, permitindo uma melhor análise comparativa entre as empresas. Além dessas informações, o anuário apresenta diversas outras listas de empresas, organizadas, por setor da economia, empresas capixabas, consolidadas por atividade, dentre outras. Importante ressaltar que, para a versão do anuário em português e inglês, os valores foram convertidos em moeda americana, considerando o dólar comercial venda médio do ano de 2011, que fechou em R$ 1,6747, segundo dados do Banco Central do Brasil. 119
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RANKING | INFORMAÇÕES GERAIS
A
pesquisa das 200 Maiores Empresas no Espírito Santo, considerada uma das mais importantes publicações de avaliação da economia capixaba, tem ao longo dos últimos 15 anos proporcionado dados e informações acerca das empresas e grupos empresariais instalados no Estado, com seus desempenhos econômico e financeiros. Esta edição apresenta os resultados das principais empresas em 2011, analisados a partir de indicadores contábeis e financeiros, como Receita Operacional Bruta, Lucro Líquido do Exercício, Patrimônio Líquido, Número de Empregados, Rentabilidade, Liquidez, dentre outros. Em 2011 promoveu-se a revisão metodológica do estudo, levando a adequações necessárias ao conjunto de informações
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contábeis. Dessa forma foram estabelecidos alguns critérios para definição do ranking: • Empresas com sede scal no Espírito Santo tiveram o total de sua receita apropriada no Estado; • ara empresas c a sede scal se encontra em outro estado, apropriou-se o percentual da receita gerada no Espírito Santo; • inda para empresas com sede scal em outra Unidade da Federação, somente foram consideradas as demais informações contábeis, caso estas disponibilizassem dados da empresa no Estado ou quando sua receita foi totalmente gerada no ES; • Empresas c a sede scal em o tro estado e que não informaram dados contábeis específicos no Espírito Santo estão com dados assinalados com N / D (não disponível) nas tabelas.
200 MAIORES EMPRESAS 2012
31/10/2012 19:09:12
Localização das 200 Maiores Empresas
Distribuição das 200 Maiores Empresas por região e município REGIÕES E MUNICÍPIOS Central
Região sul 7,0%
Nº DE EMPRESAS 150
Alfredo Chaves
1
Anchieta
1
Cariacica
19
Guarapari
1
Santa Maria de Jetibá Serra
1 8
Vila Velha
17
Vitória
67
Litoral norte
23
Aracruz
6
Jaguaré
1
Conceição da Barra
1
Ibiraçu
1
Linhares
13
Montanha
1
Noroeste
13
Colatina
10
Nova Venécia
1
São Gabriel da Palha
2
Cachoeiro de Itapemirim Itapemirim Total
14 1 12 1 200
A Receita Operacional Bruta das 200 Maiores Empresas no Espírito Santo apresentou, em 2011, um total de R$ 84,6 bilhões gerados no Estado, um aumento de 10,3% se comparado ao ano de 2010, quando foi apurado um faturamento de R$ 76,8 bilhões. Em relação ao número de empregos, essas empresas criaram, em 2011, 91.563 postos de trabalho diretos no Espírito Santo, contra 93.784 em 2010, havendo um decréscimo de -2,4%. Tais resultados apontam para um incremento no faturamento e na produtiviade ante o ano anterior, indicativos de que as empresas no Estado estão passando bem pela crise econômica internacional. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
200 Maiores 2012_Ranking_Informações Gerais_MIC.indd 121
Região litoral norte 11,5%
2
Viana
Atílio Vivacqua
Região central 75,0%
33
Venda Nova do Imigrante
Sul
Região noroeste 6,5%
Importante observar que, no ano de 2010, a última empresa no ranking apresentou Receita Operacional Bruta no Estado de R$ 25,9 milhões. Em 2011 a 200ª colocada fechou a lista com R$ 17,5 milhões, -32,4%. Por outro lado, a maior empresa no ranking apresentou um incremento em seu faturamento de cerca de 19,3%. A distribuição das 200 Maiores Empresas no Espírito Santo por mesorregião, conforme estabelecido pelo IBGE, ainda mostra a concentração das empresas na região central do Estado, abrangendo a Região Metropolitana e adjacências.
Concentração geográfica Como já apurado em anos anteriores quanto à distribuição das 200 Maiores Empresas segundo mesorregião (IBGE) em que estão localizadas, há grande concentração na região central do Estado (75,0%), ou seja, 150 empresas, apesar do registro de uma pequena queda em relação a 2010 (-2,6%). Destas, 67 se encontram em Vitória, 33 na Serra, 19 em Cariacica e 17 em Vila Velha. A região litoral norte manteve-se com 23 empresas, representando 11,5%, sendo Linhares o município com maior concentração (13 empresas). A região noroeste registra 13 empresas, ou seja, 6,5%, sendo 10 em Colatina. Na região sul foi onde houve maior crescimento de empresas entre as 200 Maiores, passando de 10 para 14 empresas, perfazendo 7%, destacando-se Cachoeiro de Itapemirim, com 12 nomes. Das 200 Maiores Empresas no Espírito Santo, a pesquisa revelou que 86% possuem controle de capital capixaba, as demais 14% têm controle acionário em outros estados. Além disso, entre as empresas participantes da pesquisa, 96% apresentam sua sede fiscal no Estado. 121
05/11/2012 21:09:05
RANKING
RANKING DAS 200 MAIORES EMPRESAS Ranking segundo Receita Operacional Bruta no Espírito Santo (valores em R$ milhares) CLASSIF. 2011
EMPRESA
SETOR
ATIVIDADE
REC. OP. BRUTA
VAR. ROB. 11/10 %
REC. OP. LIQ.
LUCRO OPERACIONAL
EBITDA
1
VALE
Indústria
Mineração
14.245.200
19,23%
n/d
n/d
n/d
2
SAMARCO
Indústria
Mineração
7.117.316
12,54%
7.058.930
3.922.298
4.242.854
3
ARCELORMITTAL BRASIL
Indústria
Siderúrgia e Metalurgia
4.955.046
-9,77%
n/d
n/d
n/d
4
FERT. HERINGER
Indústria
Química e Petroquímica
4.780.753
33,31%
4.704.007
306.054
352.493
5
COTIA TRADING
Serviços
Serv. Importação e Exportação
4.067.173
72,48%
3.125.692
128.735
154.426
6
CISA
Serviços
Serv. Importação e Exportação
2.752.823
56,08%
2.155.012
80.850
82.971
7
PETROBRAS DISTRIBUIDORA
Comércio Atacadista
Eletricidade e Gás
2.426.000
16,41%
n/d
n/d
n/d
8
FIBRIA
Indústria
Papel e Celulose
2.276.753
257,85%
3.653.339
13.177
n/d
9
GAROTO
Indústria
Alimentos
2.197.354
9,44%
1.375.378
186.282
157.063
10
EDP ESCELSA
Serviços
Eletricidade e Gás
1.997.590
2,63%
1.518.084
176.996
273.542
11
COLUMBIA TRADING
Serviços
Serv. Importação e Exportação
1.682.255
63,43%
1.441.962
55.370
25.810
12
TANGARÁ FOODS
Indústria
Alimentos
1.621.464
46,83%
1.574.249
19.106
22.365
13
BANESTES
Serviços
Serv. Financeiros e Seguros
1.609.173
5,85%
1.562.625
131.924
n/d
14
ARCELORMITTAL TUBARÃO COMERCIAL
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
1.538.382
-8,59%
1.113.099
-35.982
-32.078
15
TROP
Serviços
Serv. Importação e Exportação
1.434.079
4,21%
1.184.641
82.558
n/d
16
COMVIX TRADING
Serviços
Serv. Importação e Exportação
1.414.541
53,82%
1.111.448
52.289
41.276 129.636
17
SABB - SIST. ALIM. E BEBIDAS
Indústria
Alimentos
1.104.587
33,84%
1.065.004
114.470
18
BANCO DO BRASIL
Serviços
Serv. Financeiros e Seguros
982.931
15,43%
n/d
n/d
n/d
19
BR DISTR. ES - GN
Serviços
Eletricidade e Gás
974.075
46,25%
719.858
100.620
104.850
20
UNICAFÉ
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
829.634
50,60%
817.540
70.759
n/d
21
VITÓRIA DIESEL
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
773.964
17,05%
682.124
15.077
8.724
22
VIX LOGÍSTICA
Serviços
Transportes
765.161
-0,78%
687.367
88.005
n/d
23
UNIMED VITÓRIA
Serviços
Planos de Saúde
708.543
14,75%
688.385
2.738
6.773
24
FOCUSTÊXTIL
Indústria
Têxteis
697.657
26,55%
527.405
78.685
n/d
25
BMC
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
686.592
19,91%
569.708
47.909
41.138
26
KURUMÁ VEÍCULOS
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
632.170
16,18%
618.953
9.337
-2.634
27
SERTRADING
Serviços
Serv. Importação e Exportação
608.478
14,04%
500.333
27.744
20.282
28
HORTIFRUTI
Comércio Varejista
Comércio Varejista
543.020
19,80%
487.971
10.882
20.611
29
ITABIRA AGRO INDUSTRIAL
Indústria
Fabricação de Cimento
501.191
10,59%
408.368
1.934
n/d
30
CUSTODIO FORZZA
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
490.854
30,18%
448.623
3.190
n/d 131.126
31
CESAN
Indústria
Capt., Trat. Distr. Água
467.008
7,92%
441.472
61.570
32
FRISA
Indústria
Alimentos
462.921
5,45%
427.346
14.384
n/d
33
CASAGRANDE
Comércio Varejista
Comércio Varejista
437.093
12,32%
378.791
14.553
17.170
34
SAVIXX
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
388.923
12,40%
293.687
2.087
n/d
35
PERFILADOS RIO DOCE
Indústria
Siderúrgia e Metalurgia
387.594
8,55%
310.581
48.906
n/d 11.326
36
SUPERMERCADO PERIM
Comércio Varejista
Comércio Varejista
377.483
183,26%
323.544
6.605
37
NICAFÉ
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
367.470
60,86%
335.193
15.378
6.780
38
TRISTÃO
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
355.710
-27,91%
354.236
15.627
12.900 n/d
39
VITÓRIAWAGEN
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
352.035
2,84%
293.726
12.370
40
CN AUTO
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
345.463
136,90%
238.906
14.646
n/d
41
PODIUM
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
305.830
3,22%
299.029
7.615
7.614
42
RDG AÇOS DO BRASIL
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
302.092
3,56%
243.991
64.269
n/d
43
NIBRASCO
Indústria
Arrendamento de Ativos
277.712
-4,45%
252.023
230.289
221.522
44
ITABRASCO
Indústria
Arrendamento de Ativos
276.083
183,26%
250.546
235.492
224.831
45
ÁGUIA BRANCA
Serviços
Transportes
272.037
5,43%
216.797
39.532
57.264
46
LUVEP VOLVO
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
268.059
48,43%
232.648
15.339
n/d
47
COOABRIEL
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
256.480
82,87%
236.547
-134
1.960
48
TERRA NOVA
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
254.369
21,16%
186.297
-1.039
4.051
49
CVC
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
254.142
174,40%
223.919
3.928
775
50
SÃO BERNARDO SAÚDE
Serviços
Planos de Saúde
254.117
43,52%
224.591
1.427
1.452
122
200 Maiores - Ranking das 200 maiores_MIC.indd 122
200 MAIORES EMPRESAS 2012
05/11/2012 17:06:02
LUCRO LIQ. EX.
PATRIM. LÍQUIDO
RENTABILIDADE DAS VENDAS
RENTABILIDADE DO PATRIM. LIQ.
LIQUIDEZ CORRENTE
ENDIVIDAMENTO GERAL
ENDIVIDAMENTO DE L. PRAZO
EMPREGADOS ES
CLASSIF. 2011
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
9.987
1
2.914.332
1.807.092
55,57%
41,29%
0,74
74,89%
44,89%
1.055
2
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
4.720
3
63.890
473.612
6,51%
1,36%
0,98
81,74%
8,83%
304
4
83.510
123.478
4,12%
2,67%
1,24
87,93%
9,92%
5
5
55.309
160.323
3,75%
2,57%
1,58
80,97%
24,73%
24
6
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
140
7
-1.113.277
14.510.853
0,36%
-30,47%
1,44
47,34%
38,39%
1.192
8
107.781
239.100
13,54%
7,84%
1,46
76,83%
34,61%
n/d
9
103.976
708.780
11,66%
6,85%
0,85
67,92%
36,71%
949
10
15.821
25.982
3,84%
1,10%
1,02
93,64%
0,70%
6
11
25.511
248.702
1,21%
1,62%
1,56
74,46%
15,90%
522
12
89.225
835.703
8,44%
5,71%
0,95
91,74%
20,71%
2.344
13
-45.375
243.117
-3,23%
-4,08%
2,39
35,32%
3,15%
131
14
41.205
96.798
6,97%
3,48%
1,55
76,04%
14,76%
15
15
40.849
128.587
4,70%
3,68%
1,64
73,05%
23,21%
n/d
16
94.461
511.289
10,75%
8,87%
1,99
44,59%
19,92%
824
17
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
1.566
18
66.434
192.096
13,98%
9,23%
1,21
39,90%
0,91%
25
19
34.431
231.743
8,66%
4,21%
1,38
42,80%
0,00%
135
20
5.494
42.320
2,21%
0,81%
0,85
84,75%
0,85%
400
21
34.129
171.795
12,80%
4,97%
1,83
74,59%
58,30%
2.096
22 23
4.338
71.131
0,40%
0,63%
0,89
75,02%
36,19%
1.722
44.193
106.781
14,92%
8,38%
1,79
78,86%
26,75%
299
24
22.386
49.989
8,41%
3,93%
1,33
77,70%
4,58%
18
25
-2.670
38.830
1,51%
-0,43%
0,73
73,52%
10,47%
360
26
16.757
45.365
5,55%
3,35%
1,23
78,09%
0,89%
19
27
6.527
65.511
2,23%
1,34%
1,03
60,26%
18,98%
299
28
1.469
485.171
0,47%
0,36%
1,00
61,88%
49,72%
n/d
29
3.190
63.786
0,71%
0,71%
1,09
74,30%
0,19%
140
30
32.410
1.213.578
13,95%
7,34%
1,00
38,69%
32,33%
1.470
31
6.748
79.979
3,37%
1,58%
1,25
59,14%
21,10%
1.156
32
11.345
65.055
3,84%
3,00%
1,41
38,38%
3,21%
2.030
33
3.306
7.858
0,71%
1,13%
1,09
90,52%
0,00%
n/d
34
42.765
244.919
15,75%
13,77%
5,88
11,35%
1,40%
362
35
3.056
44.500
2,04%
0,94%
2,06
51,37%
4,32%
1.728
36
4.339
44.168
4,59%
1,29%
1,81
56,04%
2,87%
99
37
8.793
154.761
4,41%
2,48%
0,95
62,89%
29,88%
390
38
8.926
48.200
4,21%
3,04%
1,27
47,45%
9,10%
418
39
9.829
16.374
6,13%
4,11%
1,10
89,21%
0,21%
n/d
40
4.281
23.153
2,55%
1,43%
1,37
100,00%
52,49%
391
41
58.367
271.245
26,34%
23,92%
3,29
7,88%
0,34%
307
42
158.701
692.316
91,38%
62,97%
5,72
16,80%
8,04%
n/d
43
153.192
271.346
93,99%
61,14%
2,04
32,77%
15,21%
n/d
44
28.159
294.855
18,23%
12,99%
2,86
35,73%
23,70%
1.182
45
7.646
21.049
6,59%
3,29%
1,33
71,69%
3,72%
137
46
1.708
14.968
-0,06%
0,72%
1,08
87,36%
1,92%
181
47
2.666
5.800
-0,56%
1,43%
1,12
91,47%
6,97%
6
48
775
42.847
1,75%
0,35%
1,12
51,21%
13,69%
404
49
8
37.948
0,64%
0,00%
1,30
57,73%
14,64%
280
50
200 MAIORES EMPRESAS 2012
200 Maiores - Ranking das 200 maiores_MIC.indd 123
123
05/11/2012 17:06:06
RANKING DAS 200 MAIORES EMPRESAS Ranking segundo Receita Operacional Bruta no Espírito Santo (valores em R$ milhares) CLASSIF. 2011
EMPRESA
SETOR
ATIVIDADE
REC. OP. BRUTA
VAR. ROB. 11/10 %
REC. OP. LIQ.
LUCRO OPERACIONAL
EBITDA
51
LORENGE
Indústria
Indústria da Construção
232.060
43,62%
165.043
31.336
52
FULL COMEX
Serviços
Serv. Importação e Exportação
228.307
55,74%
166.176
13.951
29.976 16.221
53
FORTLEV
Indústria
Produtos de Borracha e Plástico
225.116
8,80%
157.289
16.009
21.249
54
BRAMETAL
Indústria
Siderúrgia e Metalurgia
205.507
31,19%
188.627
43.415
42.219
55
SELITA
Indústria
Alimentos
200.544
0,71%
182.635
3.999
8.009
56
CORREIROS
Serviços
Telecomunicações
197.833
10,82%
196.745
19.132
23.396 70.720
57
TVV
Serviços
Gestão de Portos e Terminais
196.480
20,40%
177.588
63.759
58
CLAC
Serviços
Serv. Importação e Exportação
193.696
17,88%
145.061
9.851
241
59
DACASA FINANCEIRA
Serviços
Serv. Financeiros e Seguros
187.148
32,77%
187.148
2.349
n/d
60
EMP. LUZ E FORÇA STA. MARIA
Serviços
Eletricidade e Gás
186.336
7,27%
122.492
18.982
25.166
61
KOBRASCO
Indústria
Arrendamento de Ativos
183.468
-16,94%
168.462
170.081
157.615
62
BIANCOGRES
Indústria
Ind. Min. Não-Metálicos
182.919
13,04%
139.874
11.556
24.298
63
MERCOCAMP
Serviços
Serv. Importação e Exportação
178.798
79,99%
130.212
-6.868
2.114
64
CEDISA
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
176.384
12,76%
135.576
9.409
n/d
65
COOPEAVI
Comércio Varejista
Comércio Varejista
169.781
38,82%
164.505
6.261
8.898
66
INSPECTION
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
168.062
-22,16%
128.567
-1.838
341
67
TRACBEL
Comércio Varejista
Comércio Varejista
166.457
-29,13%
n/d
n/d
n/d 13.972
68
ELKEM
Indústria
Química e Petroquímica
150.108
-4,39%
114.032
13.972
69
BUAIZ ALIMENTOS
Indústria
Alimentos
147.683
14,32%
132.598
4.554
-1.045
70
CONCREVIT
Indústria
Indústria da Construção
139.262
13,55%
131.896
9.172
15.352
71
REALCAFÉ
Indústria
Alimentos
133.457
47,14%
128.825
11
1.094
72
SOL COQUERIA
Indústria
Siderúrgia e Metalurgia
129.939
20,46%
115.271
63.101
119.978
73
UNIMED SUL CAPIXABA
Serviços
Planos de Saúde
124.781
19,15%
123.852
-2.492
-2.241
74
CPVV
Serviços
Gestão de Portos e Terminais
120.026
3,93%
105.567
28.308
30.108
75
USINA PAINEIRAS
Indústria
Alimentos
119.963
46,64%
102.579
11.819
15.245
76
CODESA
Serviços
Gestão de Portos e Terminais
116.028
34,61%
101.702
-22.142
-24.819
77
SPASSU
Serviços
Tecnologia da Informação
113.740
33,69%
107.289
-1.101
-799
78
BANESTES SEGUROS
Serviços
Serv. Financeiros e Seguros
113.183
2,79%
113.183
5.045
5.475
79
VIMINAS
Indústria
Ind. Min. Não-Metálicos
107.386
16,52%
80.812
11.090
n/d
80
SAMP
Serviços
Planos de Saúde
104.858
16,89%
106.129
1.418
1.755
81
HOSPITAL MERIDIONAL
Serviços
Atendimento Hospitalar
104.704
6,70%
99.915
20.950
6.235
82
PREMIUM VEÍCULOS
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
104.393
-4,92%
103.031
2.005
1.289
83
SUP. SANTO ANTONIO
Comércio Varejista
Comércio Varejista
101.966
6,72%
89.194
2.284
n/d
84
PORTOCEL
Serviços
Gestão de Portos e Terminais
101.822
9,18%
90.142
19.745
14.662 474
85
VESSA
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
101.814
13,75%
96.888
982
86
SIDERURGICA IBIRAÇU
Indústria
Siderúrgia e Metalurgia
101.811
80,04%
91.936
-3.107
n/d
87
IND. E COM. QUIMETAL
Serviços
Serv. Importação e Exportação
101.457
33,04%
78.264
6.607
6.607
88
VITÓRIA MOTORS
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
98.119
40,15%
96.590
1.931
n/d
89
ALCON
Indústria
Química e Petroquímica
97.162
50,63%
92.149
25.843
23.150
90
CARAIVA PARTICIPAÇÕES
Serviços
Adm. de Empesas Do Grupo
95.518
23,39%
95.518
97.385
97.564
91
FOZ DE CACHOEIRO
Serviços
Capt., Trat. Distr. Água
93.983
21,49%
89.290
15.817
14.524
92
AFECC - HOSP. STA RITA
Serviços
Atendimento Hospitalar
93.856
13,02%
92.169
16.376
n/d
93
VENEZA
Indústria
Alimentos
89.393
8,53%
84.293
3.367
1.581
94
UNIMAR
Serviços
Transportes
87.895
8,19%
80.997
5.820
16.114
95
BANDES S/A
Serviços
Serv. Financeiros e Seguros
87.670
15,94%
45.550
15.336
17.307
96
HOSPITAL EVANGÉLICO
Serviços
Atendimento Hospitalar
86.979
23,32%
86.901
1.695
925
97
TV GAZETA
Serviços
Informação e Comunicação
83.670
15,34%
76.858
15.816
17.347
98
HIRO MOTORS
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
83.170
1044,87%
82.104
1.530
1.553
99
VILA PORTO
Serviços
Serv. Importação e Exportação
82.127
-22,52%
62.631
-12.790
988
100
DIAÇO
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
81.816
17,77%
66.636
7.327
7.313
124
200 Maiores - Ranking das 200 maiores_MIC.indd 124
200 MAIORES EMPRESAS 2012
05/11/2012 17:06:10
LUCRO LIQ. EX.
PATRIM. LÍQUIDO
RENTABILIDADE DAS VENDAS
RENTABILIDADE DO PATRIM. LIQ.
23.084
155.007
18,99%
13,99%
5.307
13.808
8,40%
3,19%
LIQUIDEZ CORRENTE
EMPREGADOS ES
CLASSIF. 2011
ENDIVIDAMENTO GERAL
ENDIVIDAMENTO DE L. PRAZO
2,32
57,76%
31,54%
1.100
51
1,18
82,44%
0,54%
17
52
16.729
115.716
10,18%
10,64%
5,04
10,67%
0,00%
627
53
39.756
120.099
23,02%
21,08%
1,83
40,40%
2,73%
550
54
4.370
33.141
2,19%
2,39%
1,59
54,41%
22,77%
496
55
23.396
23.396
9,72%
11,89%
1,39
37,74%
0,00%
1.962
56
44.792
111.600
35,90%
25,22%
1,24
30,42%
17,79%
394
57
139
8.831
6,79%
0,10%
0,92
92,61%
3,58%
11
58
4.938
108.134
1,26%
2,64%
2,58
81,85%
44,59%
193
59
14.108
93.577
15,50%
11,52%
1,44
37,82%
18,07%
353
60
111.783
390.653
100,96%
66,35%
1,90
23,21%
1,55%
n/d
61
11.181
74.132
8,26%
7,99%
3,65
48,19%
30,70%
253
62
1.179
1.318
-5,27%
0,91%
2,17
97,98%
67,60%
27
63
6.209
55.999
6,94%
4,58%
3,95
22,88%
2,22%
179
64
4.406
49.787
3,81%
2,68%
1,63
49,60%
11,35%
347
65
-249
17.394
-1,43%
-0,19%
1,29
73,29%
0,12%
3
66
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
51
67
12.475
75.493
12,25%
10,94%
3,50
38,66%
24,50%
154
68
-1.045
60.031
3,43%
-0,79%
0,66
71,30%
36,09%
400
69
11.488
27.678
6,95%
8,71%
1,00
56,26%
23,95%
222
70
-662
54.524
0,01%
-0,51%
0,76
61,27%
12,02%
332
71
-38.615
1.468.462
54,74%
-33,50%
1,12
4,46%
2,64%
n/d
72 73
-2.262
16.746
-2,01%
-1,83%
1,20
71,24%
31,34%
601
20.219
47.776
26,82%
19,15%
1,53
36,71%
7,06%
147
74
1.382
102.191
11,52%
1,35%
1,37
70,09%
55,78%
585
75
-24.819
146.683
-21,77%
-24,40%
3,06
51,26%
35,19%
393
76
22
1.159
-1,03%
0,02%
1,09
93,89%
6,60%
109
77
3.770
78.435
4,46%
3,33%
1,36
55,93%
2,48%
99
78
9.113
43.429
13,72%
11,28%
2,34
24,36%
1,86%
439
79
1.095
5.797
1,34%
1,03%
1,08
79,40%
21,85%
131
80
2.541
27.239
20,97%
2,54%
0,62
67,02%
28,73%
1.028
81
882
5.585
1,95%
0,86%
1,22
71,52%
0,00%
150
82
913
4.342
2,56%
1,02%
1,08
84,76%
12,92%
979
83
9.204
58.821
21,90%
10,21%
0,55
55,34%
24,14%
295
84
281
10.174
1,01%
0,29%
1,38
66,15%
12,37%
163
85
-2.884
10.570
-3,38%
-3,14%
1,11
72,07%
5,77%
157
86
5.957
19.766
8,44%
7,61%
1,94
68,58%
42,48%
44
87
1.021
6.887
2,00%
1,06%
0,71
78,65%
3,16%
56
88
21.980
91.022
28,04%
23,85%
4,21
25,35%
13,64%
228
89
97.309
455.480
101,95%
101,88%
5,97
4,53%
4,40%
n/d
90
11.039
80.332
17,71%
12,36%
1,55
48,51%
43,54%
185
91
18.269
89.421
17,77%
19,82%
1,57
36,38%
10,90%
1.275
92
2.620
23.940
3,99%
3,11%
1,37
52,95%
23,07%
405
93
4.208
37.210
7,18%
5,19%
0,53
48,72%
20,22%
1.375
94
11.009
156.574
33,67%
24,17%
1,09
84,86%
59,13%
209
95
925
7.784
1,95%
1,06%
0,85
76,42%
17,76%
1.113
96
15.860
67.539
20,58%
20,64%
5,59
13,42%
0,09%
318
97
534
4.066
1,86%
0,65%
1,30
75,92%
27,26%
55
98
240
5.904
-20,42%
0,38%
1,19
96,81%
19,32%
47
99
4.717
48.323
11,00%
7,08%
6,30
11,78%
1,90%
117
100
200 MAIORES EMPRESAS 2012
200 Maiores - Ranking das 200 maiores_MIC.indd 125
125
05/11/2012 17:06:14
RANKING DAS 200 MAIORES EMPRESAS Ranking segundo Receita Operacional Bruta no Espírito Santo (valores em R$ milhares) CLASSIF. 2011
EMPRESA
SETOR
ATIVIDADE
REC. OP. BRUTA
VAR. ROB. 11/10 %
REC. OP. LIQ.
LUCRO OPERACIONAL
EBITDA
101
RIMÓVEIS
Indústria
Móveis
81.301
28,04%
60.899
3.754
5.789
102
KIFRANGO
Indústria
Alimentos
79.871
9,10%
78.513
5.979
n/d
103
COCCAPI
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
79.452
461,07%
76.967
367
410
104
VITÓRIA APART HOSPITAL
Serviços
Atendimento Hospitalar
79.404
29,13%
72.350
5.915
4.628 1.711
105
TERCA
Serviços
Logística
77.794
53,49%
61.855
16.042
106
CHEIM
Serviços
Transportes
76.978
1,73%
70.932
769
n/d
107
MARCA CAFÉ
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
76.562
63,61%
75.637
3.622
-1.605
108
PANAN MÓVEIS
Indústria
Móveis
73.648
-6,84%
61.358
4.650
2.523
109
METALOSA
Indústria
Siderúrgia e Metalurgia
73.031
7,56%
57.449
2.431
n/d
110
MORAR
Indústria
Indústria da Construção
72.854
23,55%
69.315
4.593
8.731
111
SICOOB LESTE CAPIXABA
Serviços
Serv. Financeiros e Seguros
72.481
36,20%
16.388
16.388
15.738
112
CORPUS
Serviços
Coleta, Trat. e Disp. Resíduos
71.501
31,69%
n/d
n/d
n/d
113
A GAZETA
Serviços
Informação e Comunicação
71.184
10,57%
62.398
140
116
114
VENAC
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
70.188
4,81%
63.346
6.054
6.071
115
RODOSOL
Serviços
Concessionária de Rodovias
69.453
13,16%
63.432
36.360
36.351
116
SM SAÚDE
Serviços
Planos de Saúde
67.259
64,79%
66.549
1.528
1.528
117
SUP. PORTO NOVO
Comércio Varejista
Comércio Varejista
65.877
8,44%
57.878
126
682
118
UNIMED NOROESTE CAPIXABA
Serviços
Planos de Saúde
65.730
14,79%
64.429
503
n/d
119
VAMTEC VITÓRIA
Indústria
Siderúrgia e Metalurgia
64.666
31,01%
53.076
3.650
3.057 n/d
120
PROSEGUR
Serviços
Vigilância e Segurança
63.301
6,46%
61.337
n/d
121
AUTOVIL
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
61.772
5,12%
61.031
30
481
122
MARBRASA
Indústria
Ind. Min. Não-Metálicos
61.638
3,62%
54.584
9.149
n/d 10.517
123
SERDEL
Serviços
Serv. Limpeza e Conservação
61.499
7,80%
53.695
13.685
124
DAMARE
Indústria
Alimentos
60.430
30,27%
57.335
5.798
n/d
125
COSENTINO
Indústria
Ind. Min. Não-Metálicos
60.169
9,86%
53.557
1.371
-119
126
ESTRUTURAL
Indústria
Indústria da Construção
59.220
6,61%
55.200
7.619
4.034
127
METROPOLITANO
Serviços
Atendimento Hospitalar
59.027
24,43%
53.363
8.920
12.017
128
SICOOB CENTRAL ES
Serviços
Serv. Financeiros e Seguros
58.436
55,06%
2.068
2.068
3.936
129
VILA VELHA HOSPITAL
Serviços
Atendimento Hospitalar
57.660
16,38%
54.610
8.044
n/d
130
PRAIA SOL
Serviços
Transportes
57.049
-10,89%
54.967
3.079
1.982
131
MC KINLAY
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
57.036
42,85%
55.268
4.444
n/d
132
ITACAR
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
56.886
-27,48%
49.433
-1.674
4.447 n/d
133
LOGFERT TRANSPORTE
Serviços
Transportes
56.827
8,67%
48.489
-504
134
ELSON'S
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
56.773
1,94%
43.737
654
n/d
135
FIBRASA SUDESTE
Indústria
Produtos de Borracha e Plástico
55.829
24,44%
39.386
1.666
n/d
136
ABAV
Indústria
Alimentos
55.424
52,69%
50.842
1.054
602
137
SICOOB SUL SERRANO
Serviços
Serv. Financeiros e Seguros
54.573
21,00%
8.009
8.009
1.123
138
SICOOB NORTE
Serviços
Serv. Financeiros e Seguros
53.792
25,27%
6.159
6.159
5.014
139
SANTA FÉ TRADING
Serviços
Serv. Importação e Exportação
53.477
5,26%
42.369
-454
1.451
140
BONNO
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
53.458
60,63%
49.078
8.456
6.336
141
RIO DOCE CAFÉ
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
52.806
****
n/d
n/d
n/d
142
SICOOB SUL
Serviços
Serv. Financeiros e Seguros
51.176
28,65%
11.902
11.902
8.010
143
LASA
Indústria
Química e Petroquímica
51.163
52,55%
46.967
10.512
7.493
144
ATACADO SÃO PAULO
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
50.536
10,70%
45.436
8.746
8.271
145
UNIMED NORTE CAPIXABA
Serviços
Planos de Saúde
50.294
21,34%
49.704
-908
544
146
ACP MÓVEIS
Indústria
Móveis
50.123
-0,35%
40.267
8.058
n/d
147
HIPER EXPORT
Serviços
Logística
50.084
18,13%
42.939
4.393
4.408
148
ISH
Serviços
Tecnologia da Informação
49.326
82,96%
42.893
11.324
10.938
149
ESPIRAL ENGENHARIA
Serviços
Locação de Máq. Equip.p/ Const.
47.808
12,42%
44.632
12.557
10.176
150
STA. CASA CACHOEIRO
Serviços
Atendimento Hospitalar
47.541
13,27%
47.096
2.230
n/d
126
200 Maiores - Ranking das 200 maiores_MIC.indd 126
200 MAIORES EMPRESAS 2012
05/11/2012 17:06:16
LUCRO LIQ. EX.
PATRIM. LÍQUIDO
RENTABILIDADE DAS VENDAS
RENTABILIDADE DO PATRIM. LIQ.
LIQUIDEZ CORRENTE
ENDIVIDAMENTO GERAL
ENDIVIDAMENTO DE L. PRAZO
EMPREGADOS ES
CLASSIF. 2011
763
9.651
6,16%
1,25%
1,34
72,79%
27,47%
289
101
-1.233
5.445
7,62%
-1,57%
0,63
92,24%
62,30%
550
102
348
773
0,48%
0,45%
1,21
81,52%
0,00%
4
103
2.921
63.087
8,18%
4,04%
0,82
48,10%
29,74%
1.002
104
10.930
63.128
25,93%
17,67%
0,75
28,95%
18,42%
174
105
154
36.597
1,08%
0,22%
1,78
60,88%
26,98%
363
106
-1.605
14.690
4,79%
-2,12%
1,44
60,94%
1,45%
15
107
2.523
10.670
7,58%
4,11%
6,52
53,21%
40,76%
256
108
821
17.196
4,23%
1,43%
1,91
43,69%
2,95%
295
109
3.979
41.051
6,63%
5,74%
2,86
68,44%
38,73%
131
110
16.082
82.539
100,00%
98,13%
1,02
77,23%
4,98%
129
111
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
1.237
112
-643
23.953
0,22%
-1,03%
2,25
35,81%
8,20%
709
113
4.384
23.859
9,56%
6,92%
1,44
28,12%
0,90%
109
114
21.967
57.066
57,32%
34,63%
0,48
32,32%
15,49%
244
115
477
1.472
2,30%
0,72%
1,10
93,15%
13,32%
236
116
457
6.017
0,22%
0,79%
1,43
55,51%
0,00%
477
117
10
7.546
0,78%
0,02%
0,64
80,60%
32,69%
311
118
2.246
10.534
6,88%
4,23%
1,28
63,02%
20,73%
147
119
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
1.700
120
481
3.702
0,05%
0,79%
0,88
69,92%
0,25%
117
121
4.247
18.462
16,76%
7,78%
0,97
70,15%
21,46%
422
122
6.998
31.182
25,49%
13,03%
5,33
25,62%
8,88%
3.958
123
2.341
7.927
10,11%
4,08%
0,67
70,57%
0,00%
237
124
-840
64.802
2,56%
-1,57%
2,27
30,80%
4,23%
126
125 126
3.315
12.320
13,80%
6,01%
2,64
35,90%
8,96%
733
5.686
42.327
16,71%
10,66%
1,35
50,68%
25,10%
615
127
2.029
38.570
100,00%
98,11%
0,87
92,46%
1,21%
52
128
-1.814
17.275
14,73%
-3,32%
0,57
70,72%
27,74%
910
129
1.399
64.580
5,60%
2,54%
0,17
63,80%
38,25%
848
130
3
18.297
8,04%
0,01%
1,54
57,24%
0,00%
11
131
3.379
35.122
-3,39%
6,84%
1,62
54,40%
11,52%
82
132
-375
8.984
-1,04%
-0,77%
1,48
18,28%
0,00%
n/d
133
439
5.980
1,49%
1,00%
1,07
49,89%
0,00%
244
134
1.478
12.655
4,23%
3,75%
1,22
64,28%
28,61%
256
135
387
5.303
2,07%
0,76%
1,06
66,24%
14,98%
417
136
7.950
73.061
100,00%
99,26%
1,05
76,30%
1,65%
171
137
5.969
68.255
100,00%
96,91%
1,13
76,76%
3,81%
151
138
983
1.976
-1,07%
2,32%
13,97
89,84%
82,69%
4
139
4.144
13.044
17,23%
8,44%
1,67
62,13%
11,05%
132
140
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
25
141
11.706
63.940
100,00%
98,35%
0,98
77,14%
7,12%
127
142
5.230
81.115
22,38%
11,14%
0,31
51,67%
39,60%
982
143
8.271
7.488
19,25%
18,20%
2,06
38,01%
0,00%
n/d
144
-249
4.944
-1,83%
-0,50%
0,89
75,54%
27,46%
235
145
4.554
15.190
20,01%
11,31%
1,50
54,50%
8,72%
239
146
440
27.339
10,23%
1,03%
1,34
58,68%
34,07%
370
147
8.769
5.650
26,40%
20,44%
1,12
66,82%
1,33%
66
148
4.997
20.949
28,14%
11,20%
3,53
33,73%
21,74%
546
149
-51
9.717
4,74%
-0,11%
1,00
78,90%
59,79%
813
150
200 MAIORES EMPRESAS 2012
200 Maiores - Ranking das 200 maiores_MIC.indd 127
127
05/11/2012 17:06:21
RANKING DAS 200 MAIORES EMPRESAS Ranking segundo Receita Operacional Bruta no Espírito Santo (valores em R$ milhares) CLASSIF. 2011
EMPRESA
SETOR
ATIVIDADE
REC. OP. BRUTA
VAR. ROB. 11/10 %
REC. OP. LIQ.
LUCRO OPERACIONAL
EBITDA
151
FACULDADE UNIVIX
Serviços
Ensino
47.456
23,43%
42.368
9.980
n/d
152
SHOPPING VITÓRIA
Serviços
Adm. Shopping Centers
46.849
14,83%
44.524
25.132
21.543 6.224
153
VIAÇÃO JOANA D`ARC
Serviços
Transportes
44.522
9,73%
41.143
4.979
154
ELETROMIL
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
44.453
10,30%
37.954
4.363
4.114
155
REDE VITÓRIA COMUNICAÇÕES
Serviços
Informação e Comunicação
43.775
12,77%
42.170
12.601
12.107
156
CIMOL MÓVEIS
Indústria
Móveis
43.430
8,94%
33.918
4.710
n/d
157
TRANSFINAL
Serviços
Transportes
42.728
6,93%
37.342
5.138
3.674
158
CSV - BENETECH BRASIL
Serviços
Manut. Máq. e Equipamentos
40.187
32,83%
34.289
2.714
n/d
159
BRISTOL HOTELS
Serviços
Alojamento e Alimentação
39.550
19,12%
n/d
n/d
n/d
160
CONSTRUTORA ÉPURA
Indústria
Indústria da Construção
39.160
64,17%
27.750
3.059
2.707
161
PW BRASIL
Indústria
Vestuário
37.476
4,82%
33.207
9.157
6.039 -653
162
UNIMED PIRAQUEAÇU
Serviços
Planos de Saúde
37.225
15,62%
36.930
-1.531
163
FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ
Serviços
Ensino
37.118
20,19%
n/d
n/d
n/d
164
DECOLORES
Indústria
Ind. Min. Não-Metálicos
37.103
-0,45%
35.457
10.853
10.924 3.346
165
SICOOB CENTRO-SERRANO
Serviços
Serv. Financeiros e Seguros
36.983
38,23%
5.615
5.615
166
ÁGUIA BRANCA LOGÍSTICA
Serviços
Transportes
36.666
12,74%
32.236
7.250
n/d
167
ENGE URB
Serviços
Coleta, Trat. e Disp. Resíduos
36.661
-21,56%
34.325
12.006
12.115
168
WHITE MARTINS
Indústria
Química e Petroquímica
36.413
-15,09%
n/d
n/d
n/d
169
POLITINTAS
Comércio Varejista
Comércio Varejista
35.674
6,89%
30.566
1.159
1.452
170
AMBITEC
Serviços
Coleta, Trat. e Disp. Resíduos
35.002
60,74%
n/d
n/d
n/d
171
TEGMA
Serviços
Logística
34.704
32,31%
n/d
n/d
n/d
172
LISA LOG
Serviços
Logística
34.689
2,87%
24.086
-1.408
n/d
173
GS INTERNACIONAL
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
34.139
-0,71%
23.107
2.693
3.220
174
TRACOMAL
Indústria
Mineração
33.351
23,23%
30.300
1.733
-988
175
BUTERI
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
33.001
10,03%
29.624
1.578
2.003
176
METSO
Serviços
Manut. Máq. e Equipamentos
32.710
-38,29%
n/d
n/d
n/d
177
TRANSCAMPO
Serviços
Transportes
32.528
15,93%
26.828
1.453
n/d n/d
178
PLANTÃO VIGILÂNCIA
Serviços
Vigilância e Segurança
32.331
-3,53%
n/d
n/d
179
AST
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
31.718
3,98%
26.248
-222
-63
180
VIAÇÃO GRANDE VITÓRIA
Serviços
Transportes
30.799
3,01%
28.758
19.066
-12.671 -2.203
181
VIAÇÃO TABUAZEIRO
Serviços
Transportes
30.733
4,74%
28.438
-1.184
182
D'ANGELO CONSTRUTORA
Indústria
Indústria da Construção
30.628
21,35%
28.691
111
111
183
BRIDI
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
30.187
30,49%
24.384
5.003
n/d
184
SILOTEC
Serviços
Logística
30.129
-83,67%
24.537
5.466
1
185
SÃO BERNARDO APART HOSP.
Serviços
Atendimento Hospitalar
30.116
9,20%
28.196
434
434
186
CETURB GV
Serviços
Transportes
29.543
13,82%
28.463
-1.569
548
187
FACULDADE SALESIANA
Serviços
Ensino
29.399
-19,91%
n/d
n/d
n/d
188
EMBALI
Indústria
Produtos de Borracha e Plástico
27.913
-3,06%
22.746
-1.996
-385
189
MATRICIAL
Indústria
Indústria da Construção
27.388
-9,08%
25.113
3.671
4.056
190
TRIESTE VEÍCULOS
Comércio Varejista
Concessionária de Veículos
27.362
-10,50%
26.996
435
n/d
191
SIMEX
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
27.007
65,13%
25.638
-356
n/d
192
BEBIDAS REGGIANI
Indústria
Bebidas
25.799
5,03%
17.455
5.839
2.526
193
VIAÇÃO FLECHA BRANCA
Serviços
Transportes
24.214
-5,34%
22.307
-2.232
n/d
194
MARMI BRUNO ZANET
Indústria
Mineração
24.115
19,03%
23.774
-2.499
290
195
SICOOB CREDIROCHAS
Serviços
Serv. Financeiros e Seguros
23.504
41,08%
4.219
4.219
2.401
196
SICOOB SUL LITORÂNEO
Serviços
Serv. Financeiros e Seguros
20.302
24,23%
3.103
3.103
199
197
BRASIL AMBIENTAL
Serviços
Coleta, Trat. e Disp. Resíduos
19.837
24,84%
17.418
-1.944
n/d
198
CAFENORTE
Comércio Atacadista
Comércio Atacadista
19.136
-29,01%
18.719
7.343
5.665
199
RHODES
Serviços
Armazenagem
18.506
0,00%
16.905
5.446
7.591
200
VIAÇÃO SUDESTE
Serviços
Transportes
17.457
4,85%
16.572
790
n/d
128
200 Maiores - Ranking das 200 maiores_MIC.indd 128
200 MAIORES EMPRESAS 2012
05/11/2012 17:06:23
LUCRO LIQ. EX.
PATRIM. LÍQUIDO
RENTABILIDADE DAS VENDAS
RENTABILIDADE DO PATRIM. LIQ.
LIQUIDEZ CORRENTE
ENDIVIDAMENTO GERAL
ENDIVIDAMENTO DE L. PRAZO
EMPREGADOS ES
CLASSIF. 2011
8.159
17.093
23,55%
19,26%
1,59
23,13%
0,55%
351
151
16.513
257.105
56,45%
37,09%
1,05
11,06%
8,41%
280
152
3.593
32.471
12,10%
8,73%
1,77
36,24%
15,29%
814
153
4.114
14.988
11,49%
10,84%
3,84
22,63%
1,94%
106
154
9.632
47.932
29,88%
22,84%
1,81
27,89%
17,67%
294
155
4.264
7.934
13,89%
12,57%
1,61
46,87%
7,82%
149
156
3.023
16.929
13,76%
8,10%
3,08
44,98%
32,38%
580
157
394
2.699
7,92%
1,15%
1,29
80,61%
27,27%
273
158
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
356
159
1.844
23.568
11,02%
6,64%
2,08
72,38%
35,65%
179
160
4.838
26.607
27,58%
14,57%
1,32
42,46%
8,39%
398
161
-653
3.679
-4,15%
-1,77%
1,34
82,54%
38,96%
76
162
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
273
163
9.171
38.416
30,61%
25,87%
3,22
27,30%
3,13%
86
164
5.493
37.965
100,00%
97,84%
0,98
80,10%
5,76%
120
165
6.323
7.076
22,49%
19,61%
1,52
44,51%
0,20%
n/d
166
9.085
53.400
34,98%
26,47%
14,25
6,46%
0,12%
537
167
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
60
168
1.272
8.464
3,79%
4,16%
2,34
38,82%
2,15%
169
169
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
566
170
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
312
171
202
8.763
-5,84%
0,84%
1,09
63,68%
6,51%
50
172 173
-588
6.338
11,65%
-2,55%
1,41
59,36%
6,75%
86
-988
13.456
5,72%
-3,26%
1,64
76,15%
33,54%
167
174
867
18.826
5,33%
2,93%
5,51
11,48%
2,60%
29
175 176
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
65
618
7.340
5,41%
2,30%
2,56
64,39%
52,73%
154
177
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
962
178
-74
411
-0,85%
-0,28%
1,21
98,12%
33,08%
12
179
-13.109
28.635
66,30%
-45,58%
0,46
61,34%
50,64%
710
180
-2.203
1.534
-4,16%
-7,75%
1,07
93,22%
80,69%
590
181
-1.910
3.428
0,39%
-6,66%
2,83
95,91%
67,39%
198
182
4.023
14.882
20,52%
16,50%
2,57
24,33%
0,00%
71
183
3.036
13.530
22,27%
12,37%
0,70
46,24%
4,40%
191
184
-2.667
30.691
1,54%
-9,46%
0,81
46,45%
25,86%
320
185
1.572
1.073
-5,51%
5,52%
1,75
98,71%
94,68%
216
186
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
252
187
-385
2.498
-8,78%
-1,69%
1,05
76,55%
27,88%
195
188
3.236
14.721
14,62%
12,89%
2,83
29,53%
0,00%
414
189
177
4.108
1,61%
0,66%
1,25
54,88%
7,22%
68
190
-321
5.044
-1,39%
-1,25%
1,41
56,92%
1,75%
n/d
191
2.526
7.597
33,45%
14,47%
1,37
77,08%
18,13%
75
192
-3.541
-1.492
-10,00%
-15,87%
0,19
107,86%
26,72%
537
193
1
-35.046
-10,51%
0,00%
1,25
148,31%
120,83%
86
194
4.111
23.838
100,00%
97,43%
0,91
77,31%
0,70%
57
195
3.050
22.573
100,00%
98,30%
1,06
77,77%
2,47%
59
196
-89
11.126
-11,16%
-0,51%
1,21
25,30%
0,31%
141
197
1.626
4.752
39,23%
8,69%
0,80
64,21%
2,33%
16
198
5.077
21.471
32,21%
30,03%
10,84
6,12%
0,08%
20
199
-85
1.237
4,77%
-0,51%
0,73
90,85%
48,42%
364
200
200 MAIORES EMPRESAS 2012
200 Maiores - Ranking das 200 maiores_MIC.indd 129
129
05/11/2012 17:06:29
RANKING | PARTICIPAÇÃO SETORIAL DAS EMPRESAS
U
m dos importantes dados apurados pela pesquisa é a distribuição setorial das organizações classificadas entre as 200 Maiores Empresas no Espírito Santo em 2011. A divisão por segmento quanto ao número de empresas, quando comparada às 200 Maiores Empresas em 2010, mostra uma queda na participação dos setores comércio e indústria, com aumento em serviços de aproximadamente 6%. Os resultados apurados mantêm o fenômeno verificado em anos anteriores, em que o crescimento das empresas do setor serviços, tanto em número de empresas como em faturamento, fora maior entre as 200 Empresas. Neste ano, o setor industrial foi representado por 56 empresas (28% das 200 Maiores). Somente no Espírito Santo, elas foram responsáveis por R$ 45,1 bilhões, ou 53,3% do total da receita no Estado. Tais empresas geraram no Espírito Santo 34.926 empregos em 2011, contra 36.629 em 2010, queda de 4,6%. Com o aumento na receita e queda no emprego, o resultado para o setor foi de um aumento de produtividade por empregado, na qual foi apurada uma relação de R$ 1.291 mil por empregado, no ano de 2011, contra R$ 1.080 em 2010, 16,3% de aumento. Em número de empresas, a maior participação foi do setor serviços, representado por 93 estabelecimentos, ou seja, 46,5% das 200 Maiores. Porém, no Espírito Santo, essas empresas apresentaram o segundo maior faturamento entre os setores. As empresas de serviços foram responsáveis R$ 25,1 bilhões, ou 29,7% da Receita Operacional Bruta gerada no Estado, ou 24,9% maior que a Receita Operacional Bruta de 2010. Também proporcionou empregos diretos num total de 45.050, que correspondem a 49,2% do total de postos de trabalho das 200 Maiores Empresas no Estado. Esses dados mostram uma relação Receita Operacional Bruta de R$ 593 mil por empregado, 36,4% superior ao ano anterior. O setor comercial, representado por 51 empresas (25,5%), gerou uma Receita Bruta de R$ 14,4 milhões (17% da ROB total das 200 Maiores) e ofertou 11.447 empregos diretos (12,5% do total de empregos das empresas classificadas entre as maiores) em 2011. O faturamento bruto por empregado 130
200 Maiores 2012_Ranking_Participação setorial da empresas_MIC.indd 130
Participação das empresas por setor Serviços 46,5%
Indústria 28,0%
Comércio 25,5%
Participação do número de empregados por setor
Serviço 49,2%
Indústria 38,3%
Comércio 12,5%
ficou em R$ 1.258, cerca de 19,5% menor que em 2010. Mais uma vez, não houve registros de empresas do setor agropecuário no ranking das 200 Maiores Empresas no Espírito Santo em 2011. As informações consolidadas dos setores totalizaram uma receita bruta de R$ 84,6 bilhões e um efetivo de 91.563 trabalhadores em 2011. Esses resultados indicam um faturamento bruto por empregado de R$ 924 mil, 13% maior do que o apurado em 2010. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
01/11/2012 15:54:25
CONSOLIDAÇÃO DAS 200 MAIORES EMPRESAS - 2011 Segundo Receita Operacional Bruta (ROB) no ES - valores em R$ milhares SETOR DE ATIVIDADE
NÚMERO DE EMPRESAS
INDÚSTRIA
REC. OP. BRUTA
LUCRO OPERACIONAL*
LUCRO LIQ. EX.*
PATRIM. LÍQUIDO*
EMPREGADOS NO ES
REC. OP. BR. POR EMPREG.
56
45.076.559
5.753.785
2.807.336
24.146.328
34.926
1.291
Ind. de Alimentos
12
6.273.092
370.824
242.660
1.371.573
5.924
1.059
Arrendamento de Ativos
3
737.263
635.862
423.676
1.354.315
0
0
Ind. de Bebidas
1
25.799
5.839
2.526
7.597
75
344
Ind. de Capt., trat. Distr. Água
1
467.008
61.570
32.410
1.213.578
1.470
318
Ind. Fabricação de Cimento
1
501.191
1.934
1.469
485.171
n/d
n/d
Ind. Min. Não-Metálicos
5
449.215
44.019
32.871
239.241
1.326
339
Indústria da Construção
7
600.572
59.561
45.036
277.773
2.977
202 1.896
Indústria de Mineração
4
21.419.982
3.921.531
2.913.344
1.785.502
11.295
Indústria de Móveis
4
248.503
21.171
12.103
43.445
933
266
Indústria de Papel e Celulose
1
2.276.753
13.177
-1.113.277
14.510.853
1.192
1.910
Ind. de Produtos de Borracha e Plástico
3
308.859
15.678
17.822
130.869
1.078
287
Ind. de Química e Petroquímica
5
5.115.598
356.381
103.575
721.242
1.728
2.960
Ind. de Siderurgia e Metalurgia
7
5.917.593
158.396
44.089
1.871.780
6.231
950
Indústria de Têxteis
1
697.657
78.685
44.193
106.781
299
2.333
Indústria de Vestuário
1
37.476
9.157
4.838
26.607
398
94
51
14.401.751
375.125
199.132
1.904.616
11.587
1.242
Comércio Atacadista
27
8.915.573
235.198
121.591
1.321.619
2.465
3.835
Comércio Varejista
24
5.486.178
139.927
77.541
582.997
9.122
601
93
COMÉRCIO
25.123.747
1.585.404
1.012.031
6.016.977
45.050
558
Adm. de Empesas Do Grupo
1
95.518
97.385
97.309
455.480
n/d
n/d
Adm. Shopping Centers
1
46.849
25.132
16.513
257.105
280
167
Alojamento e Alimentação
1
39.550
n/d
n/d
n/d
356
111
Armazenagem
1
18.506
5.446
5.077
21.471
20
925
Atendimento Hospitalar
8
559.288
64.563
25.809
287.542
7.076
79
Capt., Trat. Distr. Água
1
93.983
15.817
11.039
80.332
185
508
Coleta, Trat. e Disp. Resíduos
4
163.000
10.062
8.996
64.526
2.481
66
Concessionária de Rodovias
1
69.453
36.360
21.967
57.066
244
285 2.380
SERVIÇOS
Eletricidade e Gás
3
3.158.001
296.598
184.518
994.453
1.327
Ensino
3
113.973
9.980
8.159
17.093
876
130
Gestão de Portos e Terminais
4
534.356
89.670
49.396
364.880
1.229
435 150
Informação e Comunicação
3
198.629
28.557
24.849
139.424
1.321
Locação de Máq. Equip.p/ Const.
1
47.808
12.557
4.997
20.949
546
88
Logística
5
227.401
24.492
14.608
112.759
1.097
207
Manut. Máq. e Equipamentos
2
72.897
2.714
394
2.699
338
216
Planos de Saúde
8
1.412.807
2.682
2.764
149.263
3.592
393
Serv. Financeiros e Seguros
12
3.300.176
200.214
153.625
1.525.647
5.150
641
Serv. Importação e Exportação
13
12.848.386
449.745
278.962
696.076
346
37.134
Serv. Limpeza e Conservação
1
61.499
13.685
6.998
31.182
3.958
16
Tecnologia da Informação
2
163.066
10.222
8.790
6.809
175
932
Telecomunicações
1
197.833
19.132
23.396
23.396
1.962
101
Transportes
15
1.605.136
170.391
63.866
708.822
9.829
163
Vigilância e Segurança
2
95.632
n/d
n/d
n/d
2.662
36
84.602.057
7.714.314
4.018.500
32.067.921
91.563
924
TOTAL 200 MAIORES EMPRESAS
200
* Contempla apenas informações das empresas que forneceram dados no ES.
200 MAIORES EMPRESAS 2012
200 Maiores 2012_Ranking_Participação setorial da empresas_MIC.indd 131
131
01/11/2012 15:55:00
RANKING | PARTICIPAÇÃO SETORIAL - 20 MAIORES POR SETOR
AS 20 MAIORES EMPRESAS INDUSTRIAIS Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES - em R$ milhares POSIÇÃO
CLASSIF. 2011
EMPRESA
ATIVIDADE
RECEITA OP. BRUTA
VAR. ROB. 10/09
RECEITA OP. LIQ.
LUCRO OP.
LUCRO LIQ. EXERC.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
EMPREGADOS NO ES
1
1
VALE
Mineração
14.245.200
19,23%
n/d
n/d
n/d
n/d
2
2
SAMARCO
Mineração
7.117.316
12,54%
7.058.930
3.922.298
2.914.332
1.807.092
9.987 1.055
3
3
ARCELORMITTAL BRASIL
Siderurgia e Metalurgia
4.955.046
-9,77%
n/d
n/d
n/d
n/d
4.720
4
4
FERT. HERINGER
Química e Petroquímica
4.780.753
33,31%
4.704.007
306.054
63.890
473.612
304
5
8
FIBRIA
Papel e Celulose
3.848.607
-7,65%
3.653.339
13.177
-1.113.277
14.510.853
1.192
6
9
GAROTO
Alimentos
2.197.354
9,44%
1.375.378
186.282
107.781
239.100
0
7
12
TANGARÁ FOODS
Alimentos
1.621.464
46,83%
1.574.249
19.106
25.511
248.702
522
8
17
SABB - SIST. ALIM. E BEBIDAS
Alimentos
1.104.587
33,84%
1.065.004
114.470
94.461
511.289
824
9
24
FOCUSTEXTIL
Têxteis
697.657
26,55%
527.405
78.685
44.193
106.781
299
10
29
ITABIRA AGRO INDUSTRIAL
Fabricação de Cimento
501.191
10,59%
408.368
1.934
1.469
485.171
n/d
11
31
CESAN
Capt., Trat. Distr. Água
467.008
7,92%
441.472
61.570
32.410
1.213.578
1.470
12
32
FRISA
Alimentos
462.921
5,45%
427.346
14.384
6.748
79.979
1.156
13
35
PERFILADOS RIO DOCE
Siderurgia e Metalurgia
387.594
8,55%
310.581
48.906
42.765
244.919
362
14
43
NIBRASCO
Arrendamento de Ativos
277.712
-4,45%
252.023
230.289
158.701
692.316
n/d
15
44
ITABRASCO
Arrendamento de Ativos
276.083
183,26%
250.546
235.492
153.192
271.346
n/d 1.100
16
51
LORENGE
Indústria da Construção
232.060
43,62%
165.043
31.336
23.084
155.007
17
53
FORTLEV
Produtos de Borracha e Plástico
225.116
8,80%
157.289
16.009
16.729
115.716
627
18
54
BRAMETAL
Siderurgia e Metalurgia
205.507
31,19%
188.627
43.415
39.756
120.099
550
19
55
SELITA
Alimentos
200.544
0,71%
182.635
3.999
4.370
33.141
496
20
61
KOBRASCO
Arrendamento de ativos
183.468
-16,94%
168.462
170.081
111.783
390.653
n/d
132
200 Maiores 2012_Ranking_Participação Setorial_MIC.indd 132
200 MAIORES EMPRESAS 2012
01/11/2012 16:02:40
AS 20 MAIORES EMPRESAS COMERCIAIS Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES - em R$ milhares POSIÇÃO
CLASSIF. 2011
EMPRESA
ATIVIDADE
RECEITA OP. BRUTA
VAR. ROB. 11/10
RECEITA OP. LIQ.
LUCRO OP.
LUCRO LIQ. EXERC.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
EMPREGADOS NO ES
140
1
7
PETROBRAS DISTRIBUIDORA
Eletricidade e Gás
2.426.000
16,41%
n/d
n/d
n/d
n/d
2
14
ARCELORMITTAL TUB. COMERCIAL
Comércio Atacadista
1.538.382
-8,59%
1.113.099
-35.982
-45.375
243.117
131
3
20
UNICAFE
Comércio Atacadista
829.634
50,60%
817.540
70.759
34.431
231.743
135 400
4
21
VITÓRIA DIESEL
Concessionária de Veículos
773.964
17,05%
682.124
15.077
5.494
42.320
5
25
BMC
Comércio Atacadista
686.592
19,91%
569.708
47.909
22.386
49.989
18
6
26
KURUMÁ VEÍCULOS
Concessionária de Veículos
632.170
16,18%
618.953
9.337
-2.670
38.830
360 299
7
28
HORTIFRUTI
Comércio Varejista
543.020
19,80%
487.971
10.882
6.527
65.511
8
30
CUSTODIO FORZZA
Comércio Atacadista
490.854
30,18%
448.623
3.190
3.190
63.786
140
9
33
CASAGRANDE
Comércio Varejista
437.093
12,32%
378.791
14.553
11.345
65.055
2.030
10
34
SAVIXX
Comércio Atacadista
388.923
12,40%
293.687
2.087
3.306
7.858
n/d
11
36
SUPERMERCADO PERIM
Comércio Varejista
377.483
183,26%
323.544
6.605
3.056
44.500
1.728
12
37
NICAFE
Comércio Atacadista
367.470
60,86%
335.193
15.378
4.339
44.168
99
13
38
TRISTAO
Comércio Atacadista
355.710
-27,91%
354.236
15.627
8.793
154.761
390
14
39
VITORIAWAGEN
Concessionária de Veículos
352.035
2,84%
293.726
12.370
8.926
48.200
418
15
40
CN AUTO
Concessionária de Veículos
345.463
136,90%
238.906
14.646
9.829
16.374
n/d
16
41
PODIUM
Concessionária de Veículos
305.830
3,22%
299.029
7.615
4.281
23.153
391
17
42
RDG AÇOS DO BRASIL
Comércio Atacadista
302.092
3,56%
243.991
64.269
58.367
271.245
307
18
46
LUVEP VOLVO
Concessionária de Veículos
268.059
48,43%
232.648
15.339
7.646
21.049
137
19
47
COOABRIEL
Comércio Atacadista
256.480
82,87%
236.547
-134
1.708
14.968
181
20
48
TERRA NOVA
Comércio Atacadista
254.369
21,16%
186.297
-1.039
2.666
5.800
6
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
EMPREGADOS NO ES
AS 20 MAIORES EMPRESAS DE SERVIÇOS Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES - em R$ milhares POSIÇÃO
CLASSIF. 2011
EMPRESA
ATIVIDADE
RECEITA OP. BRUTA
VAR. ROB. 11/10
RECEITA OP. LIQ.
LUCRO OP.
LUCRO LIQ. EXERC.
1
5
COTIA TRADING
Serv. Imp. e Exportação
4.067.173
72,48%
3.125.692
128.735
83.510
123.478
5
2
6
CISA
Serv. Imp. e Exportação
2.752.823
56,08%
2.155.012
80.850
55.309
160.323
24 949
3
10
EDP ESCELSA
Eletricidade e Gás
1.997.590
2,63%
1.518.084
176.996
103.976
708.780
4
11
COLUMBIA TRADING
Serv. Imp. e Exportação
1.682.255
63,43%
1.441.962
55.370
15.821
25.982
6
5
13
BANESTES
Serv. Financeiros e Seguros
1.609.173
5,85%
1.562.625
131.924
89.225
835.703
2.344
6
15
TROP
Serv. Imp. e Exportação
1.434.079
4,21%
1.184.641
82.558
41.205
96.798
15
7
16
COMVIX TRADING
Serv. Imp. e Exportação
1.414.541
53,82%
1.111.448
52.289
40.849
128.587
n/d
8
18
BANCO DO BRASIL
Serv. Financeiros e Seguros
982.931
15,43%
n/d
n/d
n/d
n/d
1.566
9
19
BR DISTR. ES - GN
Eletricidade e Gás
974.075
46,25%
719.858
100.620
66.434
192.096
25
10
22
VIX LOGÍSTICA
Transportes
765.161
-0,78%
687.367
88.005
34.129
171.795
2.096 1.722
11
23
UNIMED VITÓRIA
Planos de Saúde
708.543
14,75%
688.385
2.738
4.338
71.131
12
27
SERTRADING
Serv. Imp. e Exportação
608.478
14,04%
500.333
27.744
16.757
45.365
19
13
45
AGUIA BRANCA
Transportes
272.037
5,43%
216.797
39.532
28.159
294.855
1.182
16
50
SÃO BERNARDO SAÚDE
Planos de Saúde
254.117
43,52%
224.591
1.427
8
37.948
280
17
52
FULL COMEX
Serv. Imp. e Exportação
228.307
55,74%
166.176
13.951
5.307
13.808
17
18
56
CORREIROS
Telecomunicações
197.833
10,82%
196.745
19.132
23.396
23.396
1.962 394
19
57
TVV
Gestão de Portos e Terminais
196.480
20,40%
177.588
63.759
44.792
111.600
20
58
CLAC
Serv. Imp. e Exportação
193.696
17,88%
145.061
9.851
139
8.831
11
19
59
DACASA FINANCEIRA
Serv. Financeiros e Seguros
187.148
32,77%
187.148
2.349
4.938
108.134
193
20
60
EMP. LUZ. E FORÇA STA MARIA
Eletricidade e Gás
186.336
7,27%
122.492
18.982
14.108
93.577
353
200 MAIORES EMPRESAS 2012
200 Maiores 2012_Ranking_Participação Setorial_MIC.indd 133
133
01/11/2012 16:03:24
RANKING |
AS MAIORES EMPRESAS SEGUNDO PRINCIPAIS INDICADORES
C
omo em anos anteriores, com a definição do ranking das 200 Maiores Empresas no Espírito Santo em 2011, o IEL elabora a classificação das empresas segundo os principais indicadores econômicos e financeiros, destacando as 20 melhores em desempenho. Importante ressaltar que foram contempladas nestes rankings apenas aquelas empresas que forneceram informações para a elaboração dessas listas.
As Maiores Receitas As 20 maiores empresas geradoras de receitas no Estado totalizaram um faturamento de R$ 60 bilhões, equivalendo a 71% do faturamento das 200 Maiores Empresas no ES.
As Maiores segundo o Patrimônio Líquido Quanto ao critério de patrimônio líquido, as 20 maiores empresas somaram R$ 25,8 bilhões, representando 80,4% do montante do patrimônio líquido das 200 Maiores Empresas em 2011.
Os Maiores Lucros Operacionais As 20 Maiores Empresas segundo o Lucro Operacional, somaram R$ 6,4 bilhões, que representam 83,1% das 200 Maiores Empresas no ES. 134
200 Maiores - As 20 maiores Empresas Segundo Principais Indicadores_MIC.indd 134
As Maiores Empregadoras Na classificação das 20 maiores empregadoras entre as 200 Maiores, as 20 principais geraram 44.913 trabalhadores diretos, equivalendo a 49,1% do total.
Os Maiores Crescimentos Entre as empresas 20 que mais cresceram em 2011 em termos de Receita Operacional Bruta, observou-se que sete pertencem ao setor Industrial, seis ao Setor Comercial e sete ao Setor Serviço.
As Empresas de Maior Rentabilidade Dentre as 20 mais rentáveis segundo a Rentabilidade Operacional, foram contabilizadas nove empresas do setor serviços, 10 do industrial e uma do setor comercial. Já entre as mais rentáveis por Patrimônio Líquido, encontram-se oito no industrial e 12 do setor serviços. Não houve registros de empresas do setor comercial entre as maiores de rentabilidade do PL. Além destes indicadores, foram apurados: as maiores produtividades por empregado, os maiores crescimentos da receita operacional líquida, os maiores ativos totais, as maiores segundo a liquidez corrente e os maiores lucros por empregado. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
01/11/2012 16:08:09
AS 20 MAIORES EMPREGADORAS
AS 20 MAIORES POR PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Classificação das Empresas pelo Número de Empregados no ES
Classificação das Empresas por Patrimônio Líquido - em R$ milhares
POSIÇÃO
EMPRESA
SETOR
EMPREGADO ES
POSIÇÃO
EMPRESA
SETOR
PATRIMÔNIO LIQU. (CA)
1
VALE
Indústria
9.987
1
FIBRIA
Indústria
14.510.853
2
ARCELORMITTAL BRASIL
Indústria
4.720
2
SAMARCO MINERAÇÃO S.A.
Indústria
1.807.092
3
SERDEL
Serviços
3.958
3
SOL COQUERIA
Indústria
1.468.462
4
BANESTES
Serviços
2.344
4
CESAN
Indústria
1.213.578
5
VIX LOGÍSTICA
Serviços
2.096
5
BANESTES
Serviços
835.703
6
CASAGRANDE
Comércio Varejista
2.030
6
EDP ESCELSA
Serviços
708.780
7
CORREIOS
Serviços
1.962
7
NIBRASCO
Indústria
692.316
8
SUPERMERCADO PERIM
Comércio Varejista
1.728
8
SABB - SIST. ALIM. BEBIDAS
Indústria
511.289
9
UNIMED VITÓRIA
Serviços
1.722
9
ITABIRA AGRO. IND.
Indústria
485.171
10
PROSEGUR
Serviços
1.700
10
HERINGER
Indústria
473.612
11
BANCO DO BRASIL
Serviços
1.566
11
CARAIVA
Serviços
455.480
12
CESAN
Indústria
1.470
12
KOBRASCO
Indústria
390.653
13
UNIMAR
Serviços
1.375
13
CAMPO PART. IMOBILIARIAS
Serviços
327.490
14
HOSP. SANTA RITA
Serviços
1.275
14
AGUIA BRANCA
Serviços
294.855
15
CORPUS SANEAMENTO
Serviços
1.237
15
ITABRASCO
Indústria
271.346
16
FIBRIA
Indústria
1.192
16
RDG AÇOS DO BRASIL
Comércio Atacadista
271.245
17
AGUIA BRANCA
Serviços
1.182
17
SHOPPING VITORIA
Serviços
257.105
18
FRISA
Indústria
1.156
18
TANGARÁ FOODS
Indústria
248.702
19
HOSPITAL EVANGELICO
Serviços
1.113
19
PERFILADOS RIO DOCE
Indústria
244.919
20
LORENGE
Indústria
1.100
20
ARCELORMITTAL TUBARÃO
Indústria
243.117
AS 20 MAIS RENTÁVEIS POR PATRIMÔNIO LÍQUIDO
AS 20 DE MAIOR RENTABILIDADE OPERACIONAL
Rentabilidade operacional segundo o lucro operacional pela receita líquida - %
Classificação das Empresas pelo Lucro Líquido do Exercício sobre o Patrimônio Líquido - % POSIÇÃO
EMPRESA
SETOR
RENTAB. DO PL (A)
POSIÇÃO
EMPRESA
SETOR
RENTAB. OPER. (A)
1
CAMPO PART. IMOBILIARIAS
Serviços
598,53%
1
CAMPO PART. IMOBILIARIAS
Serviços
799,11%
2
TERVAP
Indústria
527,84%
2
TERVAP
Indústria
497,66%
3
RIO DO FRADE
Serviços
444,70%
3
CARAIVA
Serviços
101,95%
4
CARAIVA
Serviços
101,88%
4
KOBRASCO
Indústria
100,96%
5
IMMEL
Indústria
100,00%
5
IMMEL
Indústria
100,00%
6
SICOOB SUL SERRANO
Serviços
99,26%
6
STAN
Indústria
95,22%
7
SICOOB SUL
Serviços
98,35%
7
ITABRASCO
Indústria
93,99%
8
SICOOB SUL LITORÂNEO
Serviços
98,30%
8
NIBRASCO
Indústria
91,38%
9
SICOOB LESTE CAPIXABA
Serviços
98,13%
9
SICOOB SEGUROS
Serviços
86,85%
10
SICOOB CENTRAL ES
Serviços
98,11%
10
USIPRESTI
Indústria
83,56%
11
SICOOB CENTRO-SERRANO
Serviços
97,84%
11
GRANDE VITÓRIA
Serviços
66,30%
12
SICOOB CREDIROCHAS
Serviços
97,43%
12
RIO DO FRADE
Serviços
61,75%
13
SICOOB NORTE
Serviços
96,91%
13
RODOSOL
Serviços
57,32%
14
SICOOB SEGUROS
Serviços
75,42%
14
CENTRALFER
Indústria
57,31%
15
KOBRASCO
Indústria
66,35%
15
SHOPPING VITORIA
Serviços
56,45%
16
NIBRASCO
Indústria
62,97%
16
SAMARCO
Indústria
55,57%
17
CENTRALFER
Indústria
62,29%
17
SOL COQUERIA
Indústria
54,74%
18
ITABRASCO
Indústria
61,14%
18
QUIMETAL
Serviços
48,44%
19
USIPRESTI
Indústria
45,13%
19
CONTERMI
Serviços
44,40%
20
STAN
Indústria
41,74%
20
CAFENORTE
Comércio Atacadista
39,23%
200 MAIORES EMPRESAS 2012
200 Maiores - As 20 maiores Empresas Segundo Principais Indicadores_MIC.indd 135
135
01/11/2012 16:07:31
RANKING |
AS MAIORES EMPRESAS SEGUNDO PRINCIPAIS INDICADORES
OS 20 MAIORES LUCROS
AS 20 DE MAIOR ATIVO TOTAL
Classificação das Empresas pelo Lucro Operacional - em R$ milhares
Classificação das Empresas segundo Ativo Total em R$ milhares
POSIÇÃO
EMPRESA
SETOR
LUCRO OPER.
POSIÇÃO
EMPRESA
SETOR
ATIVO TOTAL
1
SAMARCO MINERAÇÃO
Indústria
3.922.298
1
FIBRIA
Indústria
27.553.937
2
HERINGER
Indústria
306.054
2
BANESTES
Serviços
10.120.451
3
ITABRASCO
Indústria
235.492
3
SAMARCO
Indústria
7.198.129
4
NIBRASCO
Indústria
230.289
4
HERINGER
Indústria
2.594.203
5
CHOCOLATES GAROTO
Indústria
186.282
5
EDP ESCELSA
Serviços
2.209.340
6
EDP ESCELSA
Serviços
176.996
6
CESAN
Indústria
1.979.524
7
KOBRASCO
Indústria
170.081
7
SOL COQUERIA
Indústria
1.537.079
8
BANESTES
Serviços
131.924
8
ITABIRA AGRO INDUSTRIAL
Indústria
1.272.852
9
COTIA TRADING
Serviços
128.735
9
BANDES
Serviços
1.033.975
10
SABB - SIST. ALIM. BEBIDAS
Indústria
114.470
10
GAROTO
Indústria
1.032.068
11
PETROBRAS DISTRIBUIDORA
Comércio Atacadista
100.620
11
COTIA TRADING
Serviços
1.022.671
12
CARAIVA
Serviços
97.385
12
TANGARÁ FOODS
Indústria
973.898
13
VIX LOGÍSTICA
Serviços
88.005
13
SABB - SIST. ALIM. BEBIDAS
Indústria
922.714
14
TROP COMÉRCIO EXTERIOR
Serviços
82.558
14
CISA
Serviços
842.421
15
CISA
Serviços
80.850
15
NIBRASCO
Indústria
832.120
16
FOCUSTEXTIL
Indústria
78.685
16
VIX LOGÍSTICA
Serviços
676.168
17
UNICAFE
Comércio Atacadista
70.759
17
DACASA FINANCEIRA
Serviços
592.965
18
RDG AÇOS DO BRASIL
Comércio Atacadista
64.269
18
SICOOB CENTRAL
Serviços
511.849
19
TVV
Serviços
63.759
19
KOBRASCO
Indústria
508.704
20
SOL COQUERIA
Indústria
63.101
20
FOCUSTEXTIL
Indústria
505.215
AS 20 DE MAIOR LIQUIDEZ CORRENTE
OS 20 MAIORES LUCROS POR EMPREGADO
Classificação das Empresas pelo Índice de Liquidez Corrente (Ativo Circulante sobre Passivo Circulante)
Classificação das Empresas pelo Lucro Operacional por Empregado - em R$ milhares
POSIÇÃO
EMPRESA
SETOR
LIQUIDEZ CORRENTE
POSIÇÃO
EMPRESA
SETOR
LUCRO POR EMPREGADO
1
RIO DO FRADE
Serviços
393,63
1
COTIA TRADING
Serviços
25.747
2
IMMEL
Indústria
15,92
2
COLUMBIA TRADING
Serviços
9.228
3
ENGE URB
Serviços
14,25
3
TROP COMÉRCIO EXTERIOR
Serviços
5.504
4
TERVAP
Indústria
14,21
4
PETROBRAS DISTRIBUIDORA
Comércio Atacadista
4.025
5
SANTA FÉ TRADING
Serviços
13,97
5
SAMARCO MINERAÇÃO
Indústria
3.718
6
RHODES
Indústria
10,84
6
CISA
Serviços
3.369
7
PANAN MOVEIS
Indústria
6,52
7
BMC
Comércio Atacadista
2.662
8
DIAÇO
Comércio Atacadista
6,30
8
SERTRADING
Serviços
1.460
9
CARAIVA
Serviços
5,97
9
HERINGER
Indústria
1.007
10
CENTRALFER
Indústria
5,97
10
CLAC
Serviços
896
11
PERFILADOS RIO DOCE
Indústria
5,88
11
FULL COMEX
Serviços
821
12
NIBRASCO
Indústria
5,72
12
UNICAFE
Comércio Atacadista
524
13
TV GAZETA
Serviços
5,59
13
CAFENORTE
Comércio Atacadista
459
14
BUTERI
Comércio Atacadista
5,51
14
MC KINLAY
Comércio Atacadista
404
15
SERDEL
Serviços
5,33
15
TERVAP
Indústria
362
16
FORTLEV
Indústria
5,04
16
RHODES
Indústria
272
17
ALCON
Indústria
4,21
17
FOCUSTEXTIL
Indústria
263
18
CEDISA
Comércio Atacadista
3,95
18
MARCA CAFÉ
Comércio Atacadista
241
19
ELETROMIL
Comércio Atacadista
3,84
19
RDG AÇOS DO BRASIL
Comércio Atacadista
209
20
BIANCOGRES
Indústria
3,65
20
CPVV
Serviços
193
136
200 Maiores - As 20 maiores Empresas Segundo Principais Indicadores_MIC.indd 136
200 MAIORES EMPRESAS 2012
01/11/2012 16:08:19
AS 20 MAIORES POR RECEITA OPERACIONAL BRUTA NO ES
AS 20 QUE MAIS CRESCERAM SEGUNDO A RECEITA BRUTA
Classificação das empresas por receita operacional bruta em R$ milhares
Segundo o crescimento % da receita bruta
POSIÇÃO
EMPRESA
REC. OP. BRUTA
SETOR
POSIÇÃO
EMPRESA
SETOR
VAR. ROB 11/10
1
VALE
Indústria
14.245.200
1
HIRO MOTORS
Comércio Varejista
1044,87%
2
SAMARCO
Indústria
7.117.316
2
COCCAPI
Serviços
461,07%
3
ARCELORMITTAL BRASIL
Indústria
4.955.046
3
FIBRIA
Indústria
257,85%
4
FERT. HERINGER
Indústria
4.780.753
4
ITABRASCO
Indústria
183,26%
5
COTIA TRADING
Serviços
4.067.173
5
SUPERMERCADO PERIM
Comércio Varejista
183,26%
6
CISA
Serviços
2.752.823
6
CVC
Comércio Varejista
174,40%
7
PETROBRAS DISTRIBUIDORA
Comércio Atacadista
2.426.000
7
CN AUTO
Comércio Varejista
136,90%
8
FIBRIA
Indústria
2.276.753
8
STAN
Indústria
106,80%
9
GAROTO
Indústria
2.197.354
9
USIPRESTI
Indústria
96,70%
10
EPD ESCELSA
Serviços
1.997.590
10
IMMEL
Indústria
90,47%
11
COLUMBIA TRADING
Serviços
1.682.255
11
ISH
Serviços
82,96%
12
TANGARÁ FOODS
Indústria
1.621.464
12
COOABRIEL
Serviços
82,87%
13
BANESTES
Serviços
1.609.173
13
SIDERURGICA IBIRAÇU
Indústria
80,04%
14
ARCELORMITTAL TUBARÃO
Comércio Atacadista
1.538.382
14
MERCOCAMP
Serviços
79,99%
15
TROP
Serviços
1.434.079
15
SICOOB SEGUROS
Serviços
72,68%
16
COMVIX TRADING
Serviços
1.414.541
16
COTIA TRADING
Serviços
72,48%
17
SABB - SIST. ALIM. E BEBIDAS
Indústria
1.104.587
17
SIMEX
Comércio Atacadista
65,13%
18
BANCO DO BRASIL
Serviços
982.931
18
SM SAÚDE
Serviços
64,79%
19
BR DISTR. ES - GN
Serviços
974.075
19
CONSTRUTORA EPURA
Indústria
64,17%
20
UNICAFE
Comércio Atacadista
829.634
20
MARCA CAFÉ
Comércio Atacadista
63,61%
AS 20 QUE MAIS CRESCERAM SEGUNDO A RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
AS 20 MAIORES PRODUTIVIDADES POR EMPREGADO
Classificação das Empresas Pelo Crescimento Nominal da Receita Operacional Líquida
Classificação das Empresas pela Receita Operacional Líquida por Empregado - em R$ milhares
POSIÇÃO
EMPRESA
SETOR
VAR. ROB 11/10
POSIÇÃO
EMPRESA
SETOR
ROL POR EMPREGADO
1
HIRO MOTORS
Comércio Varejista
1035,25%
1
COTIA TRADING
Serviços
625.138
2
COCCAPI
Comércio Varejista
481,00%
2
COLUMBIA TRADING
Serviços
240.327
3
IMMEL
Indústria
243,61%
3
CISA
Serviços
89.792
4
SUPERMERCADO PERIM
Comércio Varejista
186,00%
4
TROP
Serviços
78.976
5
ITABRASCO
Indústria
183,26%
5
INSPECTION
Comércio Atacadista
42.856
6
CVC
Comércio Varejista
176,73%
6
BMC
Comércio Atacadista
31.650
7
CN AUTO
Comércio Varejista
123,30%
7
TERRA NOVA
Serviços
31.050
8
STAN
Indústria
121,83%
8
PETROBRAS DISTRIBUIDORA
Comércio Atacadista
28.794
9
USIPRESTI
Indústria
99,43%
9
SERTRADING
Serviços
26.333
10
SIDERURGICA IBIRAÇU
Indústria
90,28%
10
COCCAPI
Serviços
19.242
11
COOABRIEL
Serviços
88,59%
11
HERINGER
Indústria
15.474
12
SABB COCA-COLA
Indústria
81,95%
12
CLAC
Serviços
13.187
13
ISH
Serviços
80,51%
13
SANTA FÉ TRADING
Serviços
10.592
14
MERCOCAMP
Serviços
75,06%
14
FULL COMEX
Serviços
9.775
15
SICOOB NORTE
Serviços
72,81%
15
ARCELORMITTAL TUBARÃO COMERCIAL
Indústria
8.497
16
SICOOB SEGUROS
Serviços
72,73%
16
SAMARCO
Indústria
6.691
17
SIMEX
Comércio Atacadista
66,54%
17
UNICAFE
Comércio Atacadista
6.056
18
COLUMBIA TRADING
Serviços
66,34%
18
MARCA CAFÉ
Comércio Atacadista
5.042
19
COTIA TRADING
Serviços
66,00%
19
MC KINLAY
Comércio Atacadista
5.024
20
BONNO
Comércio Varejista
65,18%
20
MERCOCAMP
Serviços
4.823
200 MAIORES EMPRESAS 2012
200 Maiores - As 20 maiores Empresas Segundo Principais Indicadores_MIC.indd 137
137
01/11/2012 16:08:31
RANKING | AS MAIORES EMPRESAS POR SETOR
D
ando continuidade ao objetivo de destacar segmentos da economia local, de forma a valorizar setores e empresas que contribuem para o desenvolvimento da economia estadual, o IEL identificou os novos negócios que se instalaram no Estado para ampliação da participação das principais empresas de vários setores, visando à elaboração dos rankings setoriais. Tais listas por segmento constantes deste estudo técnico baseiam-se nas empresas que enviaram suas informações para análise na pesquisa 200 Maiores Empresas no Espírito Santo. Os rankings são compostos por dez empresas cada, que podem ou não estar no ranking das 200 Maiores Empresas no ES, ou seja a participação de empresas nessas listas independe da classificação entre as 200 138
200 Maiores 2012_Ranking_As Maiores empresas do setor_MIC.indd 138
Maiores Empresas, já que muitas delas não apresentam Receita Operacional Bruta suficiente para sua inclusão no ranking geral. Mais uma vez, diversas empresas e segmentos foram convidados a participar da pesquisa para que fossem mantidos os rankings já divulgados em anos anteriores e novos fossem incluídos no anuário. Mais uma vez consideramos importante ressaltar que a ausência de eventuais empresas de destaque nas classificações setoriais deve-se ao não interesse em participar da pesquisa e ao fechamento do balanço patrimonial e demonstrativo de resultados posterior à data limite para conclusão da pesquisa ou não remessa em tempo hábil. Relativo a 2011, os seguintes rankings foram elaborados: • s De aiores Ind strias de limentos: Somaram um faturamento 200 MAIORES EMPRESAS 2012
06/11/2012 12:13:07
bruto de R$ 6,1 bilhões no Espírito Santo e geraram 5.270 empregos diretos. • s De aiores Ind strias de Constru o: apresentaram uma receita bruta de R$ 640,3 milhões no Estado, ofertando 3.367 empregos. • s De aiores Empresas de Com rcio tacadista: totalizaram um faturamento de R$ 7,6 bilhões e um efetivo de 1.541 trabalhadores. • s De aiores Empresas Concession rias de Ve culos: compuseram uma receita operacional bruta de R$ 3,2 bilhões e geraram 2.479 postos de trabalho, o que significa um acréscimo de 14,3% nas vendas e queda de 6,5% no efetivo empregado, em relação a 2010.
• s De aiores Empresas de Servi os Financeiros e Seguros: totalizaram uma receita bruta de R$ 3,3 bilhões, gerando 5.034 empregos diretos no Espírito Santo. • s De aiores Empresas de Importa o e Exporta o: contabilizaram R$ 12,7 bilhões de faturamento e totalizaram 168 empregos no estado. • s De aiores Empresas de Transporte: somaram uma receita operacional bruta de R$ 1,5 bilhão e contribuíram com 7.412 postos de trabalho. Não houve variação significativa no faturamento das 10 maiores no setor, se comparado com o ano anterior. Mas no total de empregados houve decréscimo de -1.707 postos de trabalho, portanto, uma queda significativa de 18,7%.
AS 10 MAIORES INDÚSTRIAS DE ALIMENTOS Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES - em R$ milhares POSIÇÃO
CLASSIF. 2011
EMPRESA
REC. OP. BRUTA
VAR. ROB. 10/09%
REC. OP. LIQ
LUCRO OP.
LUCRO LIQ. EX.
PATRIM. LÍQUIDO
EMPREGADOS ES
1
9
CHOCOLATES GAROTO
2.197.354
9,44%
1.375.378
186.282
107.781
239.100
N/D
2
12
TANGARÁ FOODS
1.621.464
46,83%
1.574.249
19.106
25.511
248.702
522
3
17
SABB - SIST. ALIM. E BEBIDAS
1.104.587
33,84%
1.065.004
114.470
94.461
511.289
824
4
32
FRISA
462.921
5,45%
427.346
14.384
6.748
79.979
1.156
5
55
SELITA
200.544
0,71%
182.635
3.999
4.370
33.141
496
6
69
BUAIZ ALIMENTOS
147.683
14,32%
132.598
4.554
-1.045
60.031
400
7
71
REALCAFÉ
133.457
47,14%
128.825
11
-662
54.524
332
8
75
PAINEIRAS
119.963
46,64%
102.579
11.819
1.382
102.191
585
9
93
VENEZA
89.393
8,53%
84.293
3.367
2.620
23.940
405
10
102
KIFRANGO
79.871
9,10%
78.513
5.979
-1.233
5.445
550
200 MAIORES EMPRESAS 2012
200 Maiores 2012_Ranking_As Maiores empresas do setor_MIC.indd 139
139
01/11/2012 16:15:28
AS 10 MAIORES EMPRESAS CONCESSIONÁRIAS DE VEÍCULOS Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES - em R$ milhares POSIÇÃO
CLASSIF. 2011
EMPRESA
REC. OP. BRUTA
VAR. ROB. 11/10%
REC. OP. LIQ
LUCRO OP.
LUCRO LIQ. EX.
PATRIM. LÍQUIDO
EMPREGADOS ES
1
21
VITÓRIA DIESEL
773.964
17,05%
682.124
15.077
5.494
42.320
400
2
26
KURUMÁ VEÍCULOS
632.170
16,18%
618.953
9.337
-2.670
38.830
360
3
39
VITORIAWAGEN
352.035
2,84%
293.726
12.370
8.926
48.200
418
4
40
CN AUTO
345.463
136,90%
238.906
14.646
9.829
16.374
n/d 391
5
41
PODIUM
305.830
3,22%
299.029
7.615
4.281
23.153
6
46
LUVEP LUZ VEÍCULOS
268.059
48,43%
232.648
15.339
7.646
21.049
137
7
49
CVC
254.142
174,40%
223.919
3.928
775
42.847
404
8
82
PREMIUM VEICULOS
104.393
-4,92%
103.031
2.005
882
5.585
150
9
85
VESSA
101.814
13,75%
96.888
982
281
10.174
163
10
88
VITÓRIA MOTORS
98.119
40,15%
96.590
1.931
1.021
6.887
56
AS 10 MAIORES INDÚSTRIAS DA CONSTRUÇÃO Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES - em R$ milhares POSIÇÃO
CLASSIF. 2011
EMPRESA
REC. OP. BRUTA
VAR. ROB. 11/10%
REC. OP. LIQ
LUCRO OP.
LUCRO LIQ. EX.
PATRIM. LÍQUIDO
EMPREGADOS ES
1
51
LORENGE
232.060
43,62%
165.043
31.336
23.084
155.007
1.100
2
70
CONCREVIT
139.262
13,55%
131.896
9.172
11.488
27.678
222
3
110
MORAR CONSTRUTORA
72.854
23,55%
69.315
4.593
3.979
41.051
131
4
126
ESTRUTURAL
59.220
6,61%
55.200
7.619
3.315
12.320
733
5
160
CONSTRUTORA EPURA
39.160
64,17%
27.750
3.059
1.844
23.568
179
6
182
D'ANGELO INCOPAR
30.628
21,35%
28.691
111
-1.910
3.428
198
7
189
MATRICIAL
27.388
-9,08%
25.113
3.671
3.236
14.721
414
8
201
METRON ENGENHARIA
16.481
-13,08%
13.803
3.103
2.031
9.583
130
15.643
106,80%
14.493
13.800
6.049
6.525
167
7.577
-72,65%
6.764
33.664
35.705
186.213
93
9
202
STAN
10
208
TERVAP
AS 10 MAIORES EMPRESAS DE COMÉRCIO ATACADISTA Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES - em R$ milhares POSIÇÃO
CLASSIF. 2011
EMPRESA
REC. OP. BRUTA
VAR. ROB. 11/10%
REC. OP. LIQ
LUCRO OP.
LUCRO LIQ. EX.
PATRIM. LÍQUIDO
EMPREGADOS ES
1
7
PETROBRAS DISTRIBUIDORA
2.426.000
16,41%
n/d
n/d
n/d
n/d
2
14
ARCELORMITTAL TUB. COMERCIAL
1.538.382
-8,59%
1.113.099
-35.982
-45.375
243.117
140 131
3
20
UNICAFE
829.634
50,60%
817.540
70.759
34.431
231.743
135
4
25
BMC
686.592
19,91%
569.708
47.909
22.386
49.989
18
5
30
CUSTODIO FORZZA
490.854
30,18%
448.623
3.190
3.190
63.786
140
6
34
SAVIXX
388.923
12,40%
293.687
2.087
3.306
7.858
n/d
7
37
NICAFE
367.470
60,86%
335.193
15.378
4.339
44.168
99
8
38
TRISTAO
355.710
-27,91%
354.236
15.627
8.793
154.761
390
9
42
RDG AÇOS DO BRASIL
302.092
3,56%
243.991
64.269
58.367
271.245
307
10
47
COOABRIEL
256.480
82,87%
236.547
-134
1.708
14.968
181
140
200 Maiores 2012_Ranking_As Maiores empresas do setor_MIC.indd 140
200 MAIORES EMPRESAS 2012
05/11/2012 17:16:24
AS 10 MAIORES EMPRESAS DE SERVIÇOS FINANCEIROS E SEGUROS Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES - em R$ milhares POSIÇÃO
CLASSIF. 2010
EMPRESA
REC. OP. BRUTA
VAR. ROB. 10/09%
REC. OP. LIQ
LUCRO OP.
LUCRO LIQ. EX.
PATRIM. LÍQUIDO
EMPREGADOS ES
1
13
BANESTES
1.609.173
5,85%
1.562.625
131.924
89.225
835.703
2.344
2
18
BANCO DO BRASIL
982.931
15,43%
n/d
n/d
n/d
n/d
1.566
3
59
DACASA FINANCEIRA
187.148
32,77%
187.148
2.349
4.938
108.134
193
4
78
BANESTES SEGUROS
113.183
2,79%
113.183
5.045
3.770
78.435
99
5
95
BANDES
87.670
15,94%
45.550
15.336
11.009
156.574
209 129
6
111
SICOOB LESTE CAPIXABA
72.481
36,20%
16.388
16.388
16.082
82.539
7
128
SICOOB CENTRAL ES
58.436
55,06%
2.068
2.068
2.029
38.570
52
8
137
SICOOB SUL SERRANO
54.573
21,00%
8.009
8.009
7.950
73.061
171
53.792
25,27%
6.159
6.159
5.969
68.255
151
51.176
28,65%
11.902
11.902
11.706
63.940
127
9
138
SICOOB NORTE
10
142
SICOOB SUL
AS 10 MAIORES EMPRESAS DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES - em R$ milhares POSIÇÃO
CLASSIF. 2010
1
5
COTIA TRADING
4.067.173
72,48%
3.125.692
128.735
83.510
123.478
5
2
6
CISA
2.752.823
56,08%
2.155.012
80.850
55.309
160.323
24
3
11
COLUMBIA TRADING
1.682.255
63,43%
1.441.962
55.370
15.821
25.982
6
4
15
TROP
1.434.079
4,21%
1.184.641
82.558
41.205
96.798
15
EMPRESA
REC. OP. BRUTA
VAR. ROB. 10/09%
REC. OP. LIQ
LUCRO OP.
LUCRO LIQ. EX.
PATRIM. LÍQUIDO
EMPREGADOS ES
5
16
COMVIX TRADING
1.414.541
53,82%
1.111.448
52.289
40.849
128.587
n/d
6
27
SERTRADING
608.478
14,04%
500.333
27.744
16.757
45.365
19
7
52
FULL COMEX
228.307
55,74%
166.176
13.951
5.307
13.808
17
8
58
CLAC
193.696
17,88%
145.061
9.851
139
8.831
11
9
63
MERCOCAMP
178.798
79,99%
130.212
-6.868
1.179
1.318
27
10
87
QUIMETAL
101.457
33,04%
78.264
6.607
5.957
19.766
44
AS 10 MAIORES EMPRESAS DE TRANSPORTE Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES - em R$ milhares POSIÇÃO
CLASSIF. 2010
EMPRESA
REC. OP. BRUTA
VAR. ROB. 10/09%
REC. OP. LIQ
LUCRO OP.
LUCRO LIQ. EX.
PATRIM. LÍQUIDO
EMPREGADOS ES
1
22
VIX LOGÍSTICA
765.161
-0,78%
687.367
88.005
34.129
171.795
2
45
AGUIA BRANCA
272.037
5,43%
216.797
39.532
28.159
294.855
2.096 1.182
3
94
UNIMAR
87.895
8,19%
80.997
5.820
4.208
37.210
1.375
4
106
CHEIM
76.978
1,73%
70.932
769
154
36.597
363
5
130
PRAIA SOL
57.049
-10,89%
54.967
3.079
1.399
64.580
848 n/d
6
133
LOGFERT TRANSPORTE
56.827
8,67%
48.489
-504
-375
8.984
7
153
VIAÇÃO JOANA D`ARC
44.522
9,73%
41.143
4.979
3.593
32.471
814
8
157
TRANSFINAL
42.728
6,93%
37.342
5.138
3.023
16.929
580
9
166
ÁGUIA BRANCA LOGÍSTICA
36.666
12,74%
32.236
7.250
6.323
7.076
n/d
10
177
TRANSCAMPO
32.528
15,93%
26.828
1.453
618
7.340
154
200 MAIORES EMPRESAS 2012
200 Maiores 2012_Ranking_As Maiores empresas do setor_MIC.indd 141
141
01/11/2012 16:15:13
RANKING |
A MELHOR EMPRESA NO ESPÍRITO SANTO EM 2010
IMMEL
E
m 16, anos o anuário “IEL - 200 Maiores Empresas no Espírito Santo” se consolida cada vez mais como um dos mais importantes veículos de informação da economia capixaba, de gestão empresarial e divulgação das empresas. Ao longo destes anos, tem buscado manter seu padrão técnico com inovação e melhoria contínua da qualidade. Após promover mudanças metodológicas importantes, que tornaram os dados e resultados da pesquisa mais consistentes, o IEL
142
200 Maiores 2012_Ranking_A melhor Empresa do ES_MIC.indd 142
A MELHOR EMPRESA Pontuação pelo melhor desempenho econômico-financeiro CLASSIFICAÇÃO
EMPRESA
PONTUAÇÃO
1
IMMEL
6,10
2
Tervap
5,45
3
Rio do Frade
4,80
4
Campo Part. Imobiliárias
5
Caraíva
4,5 3,65
200 MAIORES EMPRESAS 2012
01/11/2012 16:18:15
apresenta pelo sexto ano consecutivo, o prêmio “A Melhor Empresa no Espírito Santo”, cujos critérios sofreram atualização. A metodologia de cálculo consiste em atribuir pontos pelo desempenho em cada indicador – 10 para o primeiro lugar, 9 para o segundo, e assim sucessivamente até a décima empresa, que recebe um ponto. Em seguida, os pontos são multiplicados por um peso atribuído a cada indicador. É importante esclarecer que o estabelecimento da melhor empresa em 2011 não é uma escolha fundamentada nas competências em seus respectivos mercados, pois a classificação não é segregada por setor de atividade. Assim, os indicadores de desempenho e seus respectivos pesos são os seguintes:
Crescimento das Vendas – Peso 20 Indica se a participação da empresa no mercado aumentou ou diminuiu e sua capacidade de, crescendo, gerar novos empregos. Pode ser utilizado no estabelecimento de metas de crescimento da empresa para os próximos períodos.
Rentabilidade das Vendas – Peso 10 Mede o percentual das vendas líquidas que permanecem na empresa como lucro do período, ou seja, é o percentual que restou para a empresa, depois de deduzidos todos os custos e despesas. A análise indica quanto a empresa obtém de lucro para cada R$ 100,00 vendidos.
Rentabilidade do Patrimônio Líquido – Peso 35 Mede a remuneração do capital investido pelos proprietários, sendo resultado da eficiência da empresa na gestão dos negócios. O cálculo da rentabilidade do Patrimônio Líquido permite saber quanto a administração, por meio de uso dos ativos, obteve de rendimento com a respectiva estrutura, seja esta
200 MAIORES EMPRESAS 2012
200 Maiores 2012_Ranking_A melhor Empresa do ES_MIC.indd 143
Perfil da empresa Razão social: Immel Ind. Metal Mecanica Ltda Me Nome fantasia: Immel Atividade: Fabricação de Máquinas e Equipamentos Pessoal empregado no ES: 14 Faturamento: R$ 1,2 milhão Crescimento das vendas 2010/2009: 243,61% Rentabilidade das vendas: 100% Rentabilidade do Patrimônio Líquido: 100% Liquidez corrente: 15,92
financiada com capital próprio ou de terceiros. Esta rentabilidade deve ser comparada com taxas de mercado, para avaliar se a firma oferece rentabilidade superior ou inferior a essas opções. A rentabilidade do Patrimônio Líquido é utilizada como critério de desempate entre as empresas que apresentam o mesmo número de pontos no desempenho geral.
Lucratividade por Empregado – Peso 15 Mede a lucratividade gerada por empregado e a contribuição média de cada um para o lucro gerado pela empresa.
Liquidez Corrente – Peso 20 Importante indicador da saúde financeira da empresa, indicando a segurança com que a empresa está operando no curto prazo. Quanto maior a liquidez corrente, melhor se apresenta a capacidade da empresa em financiar suas necessidades de capital de giro. Representa o quanto de recursos se dispõe no curto prazo para se liquidarem as dívidas também de curto prazo. Assim, quanto maior o valor apurado melhor será a solvência da empresa. 143
01/11/2012 16:18:27
RANKING |
AS 100 MAIORES EMPRESAS PRIVADAS COM CONTROLE DE CAPITAL CAPIXABA
M
antendo a iniciativa dos últimos cinco anos, o IEL elaborou o Ranking das “100 Maiores Empresas Privadas com Controle de Capital Capixaba”. Este ranking é o reconhecimento às empresas que contribuem para o desenvolvimento do Espírito Santo e valorização das organizações essencialmente capixabas. Para definição deste ranking, a metodologia para a classificação se dá por ordem decrescente de Receita Operacional Líquida. Para o enquadramento como Empresa Privada de Controle de Capital Capixaba definiu-se os seguintes critérios: 1. Controle acionário e origem do capital privado estadual. 2. Localização da matriz / sede fiscal no Espírito Santo. 3. Empresa originalmente constituída no Espírito Santo. 4. Possuir unidade operacional no Espírito Santo. Na análise dos resultados deste ranking, observou-se que as 100 Maiores Empresas Privadas com Controle de Capital Capixaba totalizaram uma receita operacional líquida de R$ 18,1 milhões e um efetivo de 45.774 trabalhadores
144
200 Maiores 2012 - Ranking das 100 maiores empresas privadas_MIC.indd 144
no Espírito Santo em 2011, denotando uma média por empregado de R$ 396 mil. Quando observada a distribuição das empresas entre os setores de atividades, o setor de serviços manteve a liderança, com 42 empresas, seguido do setor comercial 31 empresas, e o setor industrial, com 27 empresas classificadas neste grupo. O desempenho dos setores comercial e de serviços tiveram Receita Operacional Líquida de R$ 7,1 bilhões (39%) e R$ 7,6 bilhões (42%), respectivamente. O setor industrial apresentou entre as capixabas um total de R$ 3,4 bilhões de Receita Operacional Líquida, 19% do total das 100 Maiores Capixabas. O total de empregos gerados foi de 24.127 entre as empresas de (53%), de 11.868 no setor industrial (26%) e de 9.779 no comercial (18%). Os dados apurados indicam uma receita operacional líquida por empregado de R$ 724 mil no setor comercial, de R$ 293 mil no setor industrial e R$ 351 mil no setor serviços. Comparando os resultados com o apurado em 2010, estes números revelam aumento na produtividade por empregado de 5% entre as empresas comerciais, 46% entre as empresas de serviços e 8% entre as empresas do setor indústria. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
01/11/2012 16:22:24
AS 100 MAIORES EMPRESAS PRIVADAS COM CONTROLE DE CAPITAL CAPIXABA Ranking segundo Receita Operacional Líquida (ROL) no Espírito Santo (valores em R$ milhares) Posição
Classif. 2011
Empresa
SETOR
REC. OP. LÍQUIDA
VAR ROL 11/10
LUCRO OPERACIONAL
LUCRO LÍQUIDO
PATRIM. LÍQUIDO
EMPREGADOS ES
1
6
CISA
Serviços
2.155.012
54,02%
80.850
55.309
160.323
24
2
16
COMVIX TRADING
Serviços
1.111.448
51,61%
52.289
40.849
128.587
n/d
3
20
UNICAFÉ
Comércio Atacadista
817.540
51,24%
70.759
34.431
231.743
135
4
21
VITÓRIA DIESEL
Comércio Varejista
682.124
21,01%
15.077
5.494
42.320
400
5
22
VIX LOGÍSTICA
Serviços
687.367
-2,31%
88.005
34.129
171.795
2.096
6
23
UNIMED VITÓRIA
Serviços
688.385
15,23%
2.738
4.338
71.131
1.722
7
24
FOCUSTÊXTIL
Indústria
527.405
24,28%
78.685
44.193
106.781
299
8
26
KURUMÁ VEÍCULOS
Comércio Varejista
618.953
14,53%
9.337
-2.670
38.830
360
9
28
HORTIFRUTI
Comércio Varejista
487.971
19,84%
10.882
6.527
65.511
299
10
30
CUSTODIO FORZZA
Comércio Atacadista
448.623
29,37%
3.190
3.190
63.786
140 1.156
11
32
FRISA
Indústria
427.346
3,94%
14.384
6.748
79.979
12
33
CASAGRANDE
Comércio Varejista
378.791
12,81%
14.553
11.345
65.055
13
34
SAVIXX
Comércio Atacadista
293.687
13,43%
2.087
3.306
7.858
n/d
14
35
PERFILADOS RIO DOCE
Indústria
310.581
8,60%
48.906
42.765
244.919
362
15
36
SUPERMERCADO PERIM
Comércio Varejista
323.544
186,00%
6.605
3.056
44.500
1.728
16
37
NICAFÉ
Comércio Atacadista
335.193
62,09%
15.378
4.339
44.168
99
2.030
17
38
TRISTÃO
Comércio Atacadista
354.236
-27,50%
15.627
8.793
154.761
390
18
41
PODIUM
Comércio Varejista
299.029
3,07%
7.615
4.281
23.153
391
19
42
RDG AÇOS DO BRASIL
Comércio Atacadista
243.991
3,64%
64.269
58.367
271.245
307
20
45
ÁGUIA BRANCA
Serviços
216.797
4,97%
39.532
28.159
294.855
1.182 137
21
46
LUVEP LUZ VEÍCULOS
Comércio Varejista
232.648
48,62%
15.339
7.646
21.049
22
47
COOABRIEL
Comércio Atacadista
236.547
88,59%
-134
1.708
14.968
181
23
50
SÃO BERNARDO SAÚDE
Serviços
224.591
30,21%
1.427
8
37.948
280 1.100
24
51
LORENGE
Indústria
165.043
27,66%
31.336
23.084
155.007
25
53
FORTLEV
Indústria
157.289
5,92%
16.009
16.729
115.716
627
26
55
SELITA
Indústria
182.635
1,17%
3.999
4.370
33.141
496 11
27
58
CLAC
Serviços
145.061
15,21%
9.851
139
8.831
28
59
DACASA FINANCEIRA
Serviços
187.148
32,77%
2.349
4.938
108.134
193
29
60
EMP. LUZ E FORÇA STA. MARIA
Serviços
122.492
5,78%
18.982
14.108
93.577
353
30
62
BIANCOGRES
Indústria
139.874
12,66%
11.556
11.181
74.132
253
31
64
CEDISA
Comércio Atacadista
135.576
12,39%
9.409
6.209
55.999
179
32
65
COOPEAVI
Comércio Varejista
164.505
38,06%
6.261
4.406
49.787
347
33
69
BUAIZ ALIMENTOS
Indústria
132.598
13,39%
4.554
-1.045
60.031
400
34
70
CONCREVIT
Indústria
131.896
13,77%
9.172
11.488
27.678
222
35
71
REALCAFÉ
Indústria
128.825
52,28%
11
-662
54.524
332
36
73
UNIMED SUL CAPIXABA
Serviços
123.852
19,77%
-2.492
-2.262
16.746
601
37
74
CPVV
Serviços
105.567
4,32%
28.308
20.219
47.776
147
38
75
PAINEIRAS
Indústria
102.579
44,19%
11.819
1.382
102.191
585
39
77
SPASSU
Serviços
107.289
33,76%
-1.101
22
1.159
109
40
79
VIMINAS
Indústria
80.812
22,13%
11.090
9.113
43.429
439
41
80
SAMP
Serviços
106.129
20,90%
1.418
1.095
5.797
131
42
81
HOSPITAL MERIDIONAL
Serviços
99.915
6,84%
20.950
2.541
27.239
1.028
43
82
PREMIUM VEICULOS
Comércio Varejista
103.031
-4,72%
2.005
882
5.585
150
44
83
SUPERM. SANTO ANTONIO
Comércio Varejista
89.194
7,26%
2.284
913
4.342
979
45
85
VESSA
Comércio Varejista
96.888
11,57%
982
281
10.174
163
46
86
SIDERÚRGICA IBIRAÇU
Indústria
91.936
90,28%
-3.107
-2.884
10.570
157
47
87
QUIMETAL
Serviços
78.264
33,08%
6.607
5.957
19.766
44
48
88
VITÓRIA MOTORS
Comércio Varejista
96.590
41,48%
1.931
1.021
6.887
56
49
89
ALCON
Indústria
92.149
51,20%
25.843
21.980
91.022
228
50
90
CARAIVA
Serviços
95.518
23,39%
97.385
97.309
455.480
n/d
200 MAIORES EMPRESAS 2012
200 Maiores 2012 - Ranking das 100 maiores empresas privadas_MIC.indd 145
145
01/11/2012 16:22:36
AS 100 MAIORES EMPRESAS PRIVADAS COM CONTROLE DE CAPITAL CAPIXABA Ranking segundo Receita Operacional Líquida (ROL) no Espírito Santo (valores em R$ milhares) Posição
Classif. 2011
Empresa
SETOR
REC. OP. LÍQUIDA
VAR ROL 11/10
LUCRO OPERACIONAL
LUCRO LÍQUIDO
PATRIM. LÍQUIDO
EMPREGADOS ES 1.275
51
92
HOSPITAL SANTA RITA
Serviços
92.169
10,35%
16.376
18.269
89.421
52
93
VENEZA
Indústria
84.293
8,32%
3.367
2.620
23.940
405
53
94
UNIMAR
Serviços
80.997
7,87%
5.820
4.208
37.210
1.375
54
96
HOSPITAL EVANGÉLICO
Serviços
86.901
23,33%
1.695
925
7.784
1.113
55
97
TV GAZETA
Serviços
76.858
16,94%
15.816
15.860
67.539
318
56
99
VILA PORTO
Serviços
62.631
-18,82%
-12.790
240
5.904
47 117
57
100
DIAÇO
Comércio Atacadista
66.636
19,37%
7.327
4.717
48.323
58
101
RIMÓVEIS
Indústria
60.899
34,21%
3.754
763
9.651
289
59
102
KIFRANGO
Indústria
78.513
19,18%
5.979
-1.233
5.445
550
60
103
COCCAPI
Comércio Atacadista
76.967
481,00%
367
348
773
61
104
VITÓRIA APART HOSPITAL
Serviços
72.350
23,17%
5.915
2.921
63.087
4 1.002
62
106
CHEIM
Serviços
70.932
1,74%
769
154
36.597
363
63
107
MARCA CAFÉ
Comércio Atacadista
75.637
63,59%
3.622
-1.605
14.690
15
64
108
PANAN MÓVEIS
Indústria
61.358
5,16%
4.650
2.523
10.670
256
65
109
METALOSA
Indústria
57.449
8,31%
2.431
821
17.196
295
66
110
MORAR CONSTRUTORA
Indústria
69.315
23,87%
4.593
3.979
41.051
131
67
113
A GAZETA
Serviços
62.398
4,99%
140
-643
23.953
709
68
114
VENAC
Comércio Varejista
63.346
5,88%
6.054
4.384
23.859
109
69
115
RODOSOL
Serviços
63.432
13,16%
36.360
21.967
57.066
244
70
116
SM SAÚDE
Serviços
66.549
59,59%
1.528
477
1.472
236
71
117
SUPERM. PORTO NOVO
Comércio Varejista
57.878
8,08%
126
457
6.017
477
72
118
UNIMED NOROESTE
Serviços
64.429
14,46%
503
10
7.546
311
73
121
AUTOVIL
Comércio Varejista
61.031
5,29%
30
481
3.702
117 422
74
122
MARBRASA
Indústria
54.584
3,95%
9.149
4.247
18.462
75
123
SERDEL
Serviços
53.695
7,93%
13.685
6.998
31.182
3.958
76
124
DAMARE
Indústria
57.335
27,43%
5.798
2.341
7.927
237
77
126
ESTRUTURAL
Indústria
55.200
5,11%
7.619
3.315
12.320
733
78
127
METROPOLITANO
Serviços
53.363
22,70%
8.920
5.686
42.327
615
79
128
SICOOB CENTRAL
Serviços
2.068
41,02%
2.068
2.029
38.570
52
80
129
VILA VELHA HOSPITAL
Serviços
54.610
16,39%
8.044
-1.814
17.275
910
81
130
PRAIA SOL
Serviços
54.967
-10,89%
3.079
1.399
64.580
848
82
131
MC KINLAY
Comércio Atacadista
55.268
44,35%
4.444
3
18.297
11
83
132
ITACAR
Comércio Varejista
49.433
-29,08%
-1.674
3.379
35.122
82
84
133
LOGFERT TRANSPORTE
Serviços
48.489
10,33%
-504
-375
8.984
n/d
85
134
ELSON'S
Comércio Atacadista
43.737
7,71%
654
439
5.980
244
86
135
FIBRASA SUDESTE
Indústria
39.386
20,67%
1.666
1.478
12.655
256
87
136
ABAV
Indústria
50.842
56,52%
1.054
387
5.303
417
88
137
SICOOB SUL SERRANO
Serviços
8.009
3,79%
8.009
7.950
73.061
171
89
138
SICOOB NORTE
Serviços
6.159
72,81%
6.159
5.969
68.255
151
90
140
BONNO
Comércio Varejista
49.078
65,18%
8.456
4.144
13.044
132
91
142
SICOOB SUL
Serviços
11.902
46,99%
11.902
11.706
63.940
127
92
143
LASA
Indústria
46.967
54,15%
10.512
5.230
81.115
982
93
144
ATACADO SÃO PAULO
Comércio Atacadista
45.436
9,38%
8.746
8.271
7.488
n/d
94
145
UNIMED NORTE
Serviços
49.704
21,17%
-908
-249
4.944
235
95
146
ACP MÓVEIS
Indústria
40.267
8,06%
8.058
4.554
15.190
239
96
147
HIPER EXPORT
Serviços
42.939
6,97%
4.393
440
27.339
370
97
148
ISH
Serviços
42.893
80,51%
11.324
8.769
5.650
66
98
149
ESPIRAL ENGENHARIA
Serviços
44.632
9,28%
12.557
4.997
20.949
546
99
150
SANTA CASA
Serviços
47.096
14,26%
2.230
-51
9.717
813
100
151
FACULDADE UNIVIX
Serviços
42.368
14,18%
9.980
8.159
17.093
351
146
200 Maiores 2012 - Ranking das 100 maiores empresas privadas_MIC.indd 146
200 MAIORES EMPRESAS 2012
01/11/2012 16:25:14
CONSOLIDAÇÃO DAS 100 MAIORES EMPRESAS PRIVADAS COM CONTROLE DE CAPITAL CAPIXABA Segundo Receita Operacional Líquida (ROL) no ES (em R$ milhares) SETOR
INDÚSTRIA
NÚMERO DE EMPRESAS
RECEITA OPERACIONAL LÍQ.
27
3.427.376
332.887
LUCRO OPERACIONAL
LUCRO LIQ. EX.
PATRIMÔNIO LIQ.
EMPREGADOS ES
REC. OP. LIQ. POR EMPREG
219.465
1.460.047
11.868
289
Ind. de Alimentos
9
1.244.967
50.966
14.907
372.482
4.578
272
Ind. Min. não-metálicos
3
275.271
31.795
24.540
136.023
1.114
247
Indústria da Construção
4
421.454
52.720
41.866
236.056
2.186
193
Indústria de Móveis
3
162.524
16.461
7.840
35.511
784
207
Ind. Produtos de Borracha e Plástico
2
196.675
17.675
18.206
128.372
883
223
Ind. Química e Petroquímica
2
139.116
36.355
27.210
172.137
1.210
115
Ind. Siderurgia e Metalurgia
3
459.966
48.230
40.702
272.685
814
565
Indústria de Têxteis
1
527.405
78.685
44.193
106.781
299
1.764
Indústria Têxtil
2
164.959
-20.113
-23.679
256.050
918
180
COMÉRCIO
31
7.083.109
311.606
188.545
1.399.015
9.779
724
Comércio Atacadista
14
3.229.074
205.746
132.517
940.078
1.822
1.772
Comércio Varejista
17
3.854.035
105.860
56.028
458.937
7.957
484
SERVIÇO
42
7.617.372
620.163
432.855
2.540.591
24.127
316
Adm. Empesas Do Grupo
1
95.518
97.385
97.309
455.480
n/d
n/d
Atendimento Hospitalar
7
506.404
64.129
28.476
256.851
6.756
75
Concessionária de Rodovias
1
63.432
36.360
21.967
57.066
244
260
Eletricidade e Gás
1
122.492
18.982
14.108
93.577
353
347
Ensino
1
42.368
9.980
8.159
17.093
351
121
Gestão de Portos e Terminais
1
105.567
28.308
20.219
47.776
147
718
Informação e Comunicação
2
139.256
15.956
15.217
91.492
1.027
136
Locação de Máq. Equip.p/ Const.
1
44.632
12.557
4.997
20.949
546
82
Logística
1
42.939
4.393
440
27.339
370
116
Planos de Saúde
7
1.323.638
4.213
3.417
145.584
3.516
376
Serv. Financeiros e Seguros
4
203.383
18.584
20.885
288.020
567
359
Serv. Imp. e Exportação
6
3.564.319
148.709
114.199
387.351
253
14.088
Serv. Limpeza e Conservação
1
53.695
13.685
6.998
31.182
3.958
14
Tecnologia da Informação
2
150.182
10.222
8.790
6.809
175
858
Transportes
6
1.159.548
136.700
67.673
614.021
5.864
198
100
18.127.857
1.264.655
840.866
5.399.652
45.774
396
TOTAL 100 MAIORES EMPRESAS CAPIXABA
200 MAIORES EMPRESAS 2012
200 Maiores 2012 - Ranking das 100 maiores empresas privadas_MIC.indd 147
147
31/10/2012 16:27:05
RANKING | RANKING DOS 10 MAIORES GRUPOS EMPRESARIAIS
N
a 12ª edição, o ranking dos 10 Maiores Grupos Empresariais no Espírito Santo, definido de acordo com a metodologia como “duas ou mais empresas independentes, formalmente constituídas sob o mesmo controle acionário, cujo capital de origem capixaba seja superior a 50%”, foi estabelecido a partir do envio de informações econômico-financeiras pelos grupos empresariais. Dentre as informações coletadas, estabeleceu-se o Patrimônio Líquido como critério de definição do ranking, sendo os demais dados complementares, refletindo, dessa forma, a importância do grupo e seu impacto na economia do Estado. Ressalta-se que, por falta de informações consolidadas, não disponibilizadas em tempo hábil, ou outros motivos, alguns
148
200 Maiores 2012_Ranking_ranking dos 10 maiores grupos_MIC.indd 148
grupos empresariais não estão relacionados neste ranking. Neste ano, os 10 Maiores Grupos Empresariais somaram 89 empresas, número 8,2% menor do que apresentado no ano passado. Tais grupos apresentaram um Patrimônio Líquido de R$ 3,1 bilhões. Comparado ao ano anterior, houve um decréscimo de -21,6 %. Contudo, apesar deste decréscimo, quando comparamos a Receita Operacional Bruta dos maiores grupos gerado no Espírito Santo, observa-se um aumento de 8,3%. Na relação da ROB gerada no Estado com a ROB total, há uma participação de 70,1% da receita. Esta relação no ano passado foi de 62,8%, reforçando o indicativo de incremento de negócios no Estado, situação oposta à verificada em 2010. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
31/10/2012 15:46:25
Reforçando este aspecto, em 2011 houve uma redução de -2,9% da Receita Bruta Total dos Maiores Grupos. A relação entre o Maior Grupo com o 10º colocado na pesquisa revelou um Patrimônio Líquido 456% superior, quando em 2011 esse comparativo foi de 460%. Quando analisados os empregos gerados no Espírito Santo, 46,7% destes (ou 13.624) referem-se aqueles gerados no Estado. Comparando ao ranking de 2010, este percentual foi de 55,4%, ou 13.332 postos de trabalho. Em relação aos empregos totais, também observam-se variações positivas, onde houve um incremento no emprego entre os Maiores Grupos da ordem de 21,2%, ou 5.114 novos postos de trabalho. Interessante observar que, apesar de os dados demonstrarem um incremento dos negócios no Estado, conforme a Receita Operacional Bruta, houve um aumento de empregos gerados nos grupos de 292 postos de trabalho, ou uma variação de 2,2% no Espírito Santo. Mas em relação
à participação relativa houve um decréscimo de 8,7 pontos percentuais, no comparativo da relação de empregos no Estado nos anos 2010 e 2011. Ainda em relação a esse tema, o aumento do emprego gerado fora do Estado foi consideravelmente maior. Verificando-se a relação de Receita Operacional Bruta por Empregado, segundo a ROB gerada no ES, o resultado foi de R$ 377,7 mil em 2011. Esta relação no ano de 2010 foi de R$ 356,3 mil, variação positiva de 6%. Estes mesmos dados em relação à ROB Total, temos: R$ 251,5 mil em 2011, contra R$ 314 mil em 2010, registrando queda de 19,9%, mostrando um melhor desempenho dos resultados no Estado, quando comparado aos resultados gerais dos grupos. O Lucro Líquido do Exercício 2011 dos Dez Maiores Grupos somou cerca de R$ 1,1 bilhões, superior ao apurado em 2010, quando este resultado foi de R$ 484,2 milhões, apresentando variação de 124%. Estes números expressivos são explicados em parte pela ausência de números negativos, conforme verificado em 2010.
OS 10 MAIORES GRUPOS EMPRESARIAIS, SEGUNDO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Valores em R$ milhares) CLASSIF. 2011
GRUPO
Nº DE EMPRESAS
MUNICÍPIO
PATRIMÔNIO REC. OP. LÍQUIDO BRUTA NO ES
% REC. OP. BRUTA NO ES
REC. OP. BRUTA TOTAL
CRESC. REC. 2011/2010
Nº EMPREG. NO ES
Nº EMPREG. TOTAL
LUCRO LÍQUIDO EXERC.
1
INCOSPAL
11
SERRA
1.162.147
469.786
100,0%
469.786
-99,90%
2.312
2.312
2
COIMEX
8
VITÓRIA
466.769
.246.951
86,6%
1.439.897
-99,91%
851
7.215
235.494 57.963
3
SICOOB
9
VITÓRIA
369.206
412.189
100,0%
412.189
-99,85%
906
906
62.996
4
BUAIZ
12
VITÓRIA
340.656
284.723
100,0%
284.723
-99,88%
845
845
24.640
5
ÁGUIA BRANCA
17
VITÓRIA
300.000
1.074.878
38,7%
2.777.463
-99,89%
4.544
12.414
91.312
6
FRISA
6
COLATINA
190.876
567.071
76,6%
740.205
-99,89%
1.647
2.550
20.461
7
FIBRASA
3
SERRA
141.345
56.613
36,0%
157.257
-99,88%
256
604
5.148
8
RDG
6
SERRA
64.205
714.818
97,8%
730.749
-99,89%
887
932
441.558
9
QUIMETAL
4
VITÓRIA
52.131
114.926
90,0%
127.695
-99,87%
96
142
12.670
10
GAZETA
13
VITÓRIA
24.892
203.963
100,0%
203.963
-99,89%
1.280
1.280
131.034
3.112.228
5.145.918
-
7.343.927
-
13.624
29.200
1.083.275
TOTAL
89
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-
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INSTITUCIONAL |
SISTEMA FINDES
Sistema Findes: a casa da indústria capixaba Setor industrial é responsável por 29,77% do PIB do Estado e gera 223 mil postos de trabalho
A
Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes) é a entidade máxima de representação da indústria capixaba. Principal interlocutora do setor produtivo, a Findes é composta por 31 sindicatos fi liados e representa mais de 16 mil indústrias, responsáveis por 29,77% 152
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do PIB do Estado e geradoras de 223 mil postos de trabalho. A Findes apoia o desenvolvimento do setor industrial e, com isso, o desenvolvimento social e econômico do Espírito Santo. A entidade também faz a representação institucional, política e estratégica de 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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Dia DE Associar-se • Entre as ações que mais v m estimulando as filiações de novos associados aos sindicatos est o Dia DE ssociar se . O evento é itinerante e visita a cada edição uma cidade polo, na busca por motivar os empres rios industriais do município e da região a se associarem aos sindicatos que os representam. • O programa teve início em março e j realizou eventos nas Diretorias Regionais da Findes em olatina, achoeiro do tapemirim, nchieta, racruz e inhares, sensibilizando os industriais dessas regiões para as vantagens do associativismo e seus benefícios para as suas ind strias e sociedade. • O xito do Dia DE ssociar se levou a onfederação acional da nd stria a adotar recentemente o projeto como modelo de promoção do associativismo, que passou a ser replicado em todas as Federações de nd srias do país desde outubro.
todos os segmentos industriais capixabas com os poderes constituídos e com os setores organizados da sociedade. Defendendo os interesses da indústria, a Federação atua nas áreas de infraestrutura, relações de trabalho, legislativa, comércio exterior, política industrial e inovação tecnológica, desenvolvimento regional, meio ambiente, responsabilidade social, micro e pequenas empresas, além de desenvolver programas de fortalecimento da base sindical e do associativismo. Desde 2011, quando assumiu a responsabiliade de dirigir os rumos da Federação, a atual gestão tem dado foco e concentrado esforços na tarefa de ampliar, manter e aumentar a qualidade da educação regular e profissional que o Sistema Findes oferece ao industriário e à sociedade capixaba em geral. Além disso, em um ano de trabalho de incentivo ao associativismo e ações direcionadas a atrair novos filiados, a Federação alcançou ótimo resultado com novas 371 empresas sindicalizadas. Segundo o presidente da Findes, Marcos Guerra, o associativismo é importante porque todos os segmentos precisam ter assento dentro da Federação, contemplando a diversidade da indústria local. “Ao se associar ao sindicato que o representa, o empresário está 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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fortalecendo essa entidade, que, por sua vez, terá mais força e representatividade junto ao poder público, iniciativa privada e sociedade, gerando melhores resultados, maior solidez e evolução do setor onde atua”, diz.
As entidades do Sistema O Sistema Findes é composto por sete entidades, que trabalham de forma integrada para o desenvolvimento da indústria capixaba. Juntos, a Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes), o Centro da Indústria do Espírito Santo (Cindes), o Serviço Social da Indústria (Sesi-ES), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-ES), o Instituto EuvaldoLodi (IEL-ES), o Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies) e o Instituto Rota Imperial (IRI) promovem ações de forma coordenada e articulada, com o objetivo de garantir uma posição de destaque para a indústria do Estado nos níveis político, econômico e social. Cada entidade está relacionada a um setor de interesse estratégico do industrial capixaba e oferece serviços diferenciados nas seguintes áreas de negócios do Sistema Findes: educação e qualificação; difusão tecnológica; desenvolvimento industrial; saúde e lazer; representação institucional. O Sistema Findes é hoje um grande impulsionador de desenvolvimento da indústria e da economia do Estado. Presente no Espírito Santo há mais de cinco décadas, a instituição cumpre papel importante na construção de um futuro melhor para as próximas gerações.
Diretorias e núcleos regionais As Diretorias e os Núcleos Regionais da Findes são o ponto de apoio do industrial nas macrorregiões do Espírito Santo. Encontram-se distribuídas em oito municípios estratégicos do ponto de vista industrial: Anchieta, Cachoeiro de Itapemirim; Venda Nova do Imigrante, Aracruz, Colatina, Linhares, São Mateus e Nova Venécia. Por meio delas, o Sistema Findes leva sua representação institucional e pode acompa153
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Um ano depois da posse, diretores da Findes apresentaram bons resultados
nhar de perto o processo de desenvolvimento econômico dessas regiões. Cada Diretoria ou Núcleo Regional da Findes oferece toda a estrutura e conforto em suas instalações para atender aos sindicatos dos setores produtivos e suas principais demandas. São espaços para a realização de reuniões e encontros que promovam a atividade industrial de cada região. Também é objetivo dessas diretorias integrar
Mapa da Inovação • Findes est apoiando a elaboração do apa da novação no Estado, que vai identificar quais reas devem ser priorizadas para resultados mais r pidos e eficazes. Os agentes envolvidos são o governo estadual e entidades civis, que terão a oportunidade de expor suas ofertas e demandas. • O foco do trabalho são micro e pequenas empresas e a meta é sensibilizar, pelo menos, pequenas ind strias, diagnosticando e capacitando delas, em . lém disso, a ideia é elaborar planos de inovação para outras empresas e projetos para mais empresas. • Em relação aos investimentos na rea, os recursos governamentais disponíveis para a inovação chegam a R bilhões em subvenções, empréstimos subsidiados, entre outros. • O projeto da atual gestão é também criar um entro de Pesquisa e novação apixaba integrado à ind stria local. té por isso, a Findes tem feito visitas a centros tecnológicos do país, para elaborar um projeto com as características do Estado.
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outros segmentos econômicos (comércio e serviço), trazendo os empresários para a discussão e construção coletiva da economia local, além da distribuição do desenvolvimento sustentável para todo o território capixaba.
Diretorias para Assuntos Específicos A Findes também conta hoje com oito Diretorias para Assuntos Específicos: Fortalecimento Sindical, Micro e Pequenas Indústrias, Assuntos Tributários, Meio Ambiente, Capacitação e Desenvolvimento Humano, Marketing e Comunicação, Desenvolvimento da Indústria Capixaba, e Inovação Industrial. Essas diretorias foram criadas na atual gestão da Findes com o objetivo de mapear mais de perto as necessidades das principais áreas temáticas que são foco de especial atenção da entidade. O presidente da Findes, Marcos Guerra, acredita que esse modelo de gestão, participativa nas decisões e segmentada nas ações, tem permitido avançar em várias frentes, dentro da estratégia de conferir um novo perfil à indústria capixaba, com maior agregação de valor aos produtos, gestões mais eficientes e empresas mais competitivas na busca por novas oportunidades e investimentos.
Sesi Em 2012, o Sesi contabilizou mais de 11.500 matrículas, ultrapassando a meta estabelecida de 11.363 vagas. O resultado positivo está relacionado aos novos 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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A estratégia é interiorizar investimentos. Neste ano, também houve a implantação da Avaliação de Desempenho dos Alunos da Educação Básica, por meio do Programa Hábile, para medir resultados do ensino fundamental. Em uma iniciativa inédita, o Sesi capixaba ainda trouxe para o Estado a primeira turma de pós-graduação em Educação Empreendedora.
Senai As unidades do Senai da Grande Vitória estão sendo estruturadas com investimentos em torno de R$ 34 milhões. Além das reformas, haverá aquisição de novas máquinas e equipamentos. As unidades passarão ainda por modernização das salas de aula, que receberão recursos didáticos interativos em torno de R$ 500 mil. Há também o Projeto Escola Móvel, implantado para atender aos municípios que não possuem unidades físicas do Sesi e Senai. Em 2013 o Senai vai inaugurar a Faculdade Senai de Tecnologia, iniciando os cursos de Engenharia Mecânica de Controle e Automação. E outra novidade é que, em 2014, a entidade vai ganhar o Instituto Senai de Tecnologia (IST).
IEL O IEL-ES tem como visão de futuro até 2013 ser referência na formação de líderes, gestores e empreendedores e no desenvol-
Confira os principais projetos anunciados pelo Plano de Investimentos do Sistema Findes 2012/2015 Do total de R$ 104.297.880,00 em investimentos: Saúde e Segurança 6,71% Cultura e Lazer 5,66% Acessibilidade 4,34% Outros 1,22%
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• Uma das metas traçadas pela atual gestão da Findes é promover um desenvolvimento equilibrado entre todos os municípios capixabas, como caminho para superar a nítida desigualdade de oportunidades entre as diferentes regiões do Estado. • Por isso, a Findes tem procurado fortalecer suas Diretorias Regionais, que identificam as demandas locais e permitem que as entidades do Sistema possam prestar atendimento direcionado e customizado, alinhado às necessidades de cada região. • Um fato inédito na atuação da Findes são as visitas às Diretorias Regionais. O objetivo é realizar, visitas periódicas, estreitando assim o intercâmbio de informações e alinhando as ações. • Em julho e agosto deste ano, foram realizadas visitas a todas as Diretorias Regionais, ocasião em que foram apresentados os planos de investimentos da Findes para cada região.
vimento das organizações. E tem a missão de prover soluções em conhecimento, gestão e inovação, contribuindo para a melhoria da competitividade das empresas capixabas. O negócio do IEL-ES é a promoção do conhecimento, da gestão e da inovação. A entidade consolida ainda a atual gestão com a parceria firmada com a HSM Educação. Juntas, as entidades levam para a sala de aula as maiores tendências do mangement mundial, com cursos desenvolvidos em parceria com experts internacionais.
Centro de Apoio aos Sindicatos O Centro de Apoio aos Sindicatos (CAS) tem como objetivo principal assessorar os atendimentos às demandas internas e externas dos sindicatos filiados à Findes, disponibilizando profissionais das áreas de Administração, Marketing, Eventos, Direito, Contabilidade, Arrecadação e Associativismo.
Centro Internacional de Negócios Educação 82,07%
O Centro Internacional de Negócios (CIN/ ES) promove ações direcionadas às micro, pequenas e médias empresas e tem como objetivo oferecer serviços de inteligência comercial, atendimento, promoção comercial e capacitação em comércio exterior e negócios internacionais. 155
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INSTITUCIONAL |
SISTEMA FINDES
Instituto apresenta ações para Rota Imperial A Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) apresentou, em outubro, o Portfólio de Projetos e Oportunidades do Instituto Rota Imperial (IRI). Entre as ações que se destacam para o fortalecimento desse destino, que liga a cidade de Ouro Preto (MG) a Vitória (ES), está a demarcação e implementação da sinalização turística em todo o Espírito Santo, projeto desenvolvido pela Secretaria de Estado de Turismo em parceria com Findes e que deve ser finalizado até março de 2013. Com um foco cada vez maior na interatividade e na sustentabilidade, será priorizada, para a inserção da rota como um produto turístico capixaba, a capacitação das comunidades envolvidas. Tendo como marco zero o Palácio Anchieta, em Vitória, a rota prossegue até Ouro Preto, em Minas Gerais, passando por 14 municípios capixabas e 17 mineiros. O trajeto é a reprodução do caminho utilizado por Dom Pedro II para chegar a Santa Leopoldina. Com 180 atrativos turísticos, um a cada três quilômetros, o percurso destaca as potencialidades dos dois estados e promete uma nova rota que esconde, além da rica culinária de ponta a ponta, paraísos ecológicos, cachoeiras, montanhas e muito charme.
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Investimentos de R$ 104 milhões até 2015 O Sistema Findes apresentou seu plano de investimentos do período 2012/2015, totalizando cerca de R$ 104 milhões. O anúncio foi feito pelo presidente Marcos Guerra. “Os recursos serão aplicados principalmente em educação e qualificação profissional, que vão concentrar 82,07% do total até 2015, sendo que haverá um aumento de 74% na oferta de vagas gratuitas pelo Senai até 2014”, disse Guerra. Segundo Guerra, serão investidos R$ 4,2 milhões em escolas móveis, que incluem carretas com laboratórios e salas climatizadas, além de escolas móveis para atender as demandas da indústria de todo o território capixaba, incluindo os mais distantes e que não possuem unidades ou instalações de Sesi-Senai próximas. O presidente da Findes anunciou a construção do Instituto Senai de Tecnologia e ampla modernização do Cetec Beira-Mar (Vitória), com investimentos na ordem de R$ 13,7 milhões. Esta mesma unidade passará a contar, a partir do 2º semestre de 2013, com a Faculdade Senai de Engenharia. As unidades do Civit (Serra) e Araçás (Vila Velha) completam os investimentos nas unidades da Grande Vitória com grande aporte tecnológico. O interior do Estado também é prioridade no plano de investimentos, com todas as oito Diretorias e Núcleos Regionais recebendo reformas, ampliações, modernizações ou mesmo novas instalações - como a nova escola do Senai Cachoeiro e o novo Centro integrado Sesi/Senai Anchieta e Linhares -, melhorias na acessibilidade para portadores de deficiência f ísica, além do já citado apoio de novas unidades móveis que irão atender até aos municípios mais distantes. O aumento no número de vagas de Sesi-Senai também ocorrerá em todas as unidades regionais.
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ECONOMIA |
AGROINDÚSTRIA
As atividades agropecuárias empregam um em cada três ou quatro capixabas
Setor movimenta R$ 22 bilhões por ano no Estado Para 61 dos 78 municípios do Espírito Santo, o agronegócio é uma das principais atividades
O
s números comprovam que o setor do agronegócio é um dos mais importantes para a economia do Espírito Santo. Nele estão somadas todas as agregações em todos os elos das cadeias produtivas que têm como base a agropecuária, ou seja, a produção rural. E são quatro os grandes elos do agronegócio: produção rural, insumos e serviços, agroindustrialização e distribuição. 158
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Sob essa ótica, o agronegócio é o setor mais importante para 61 dos 78 municípios capixabas, em termos de geração de emprego, renda e até mesmo tributos. Responde por 30% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, movimenta cerca de R$ 22 bilhões/ano e emprega algo como um em cada três ou quatro trabalhadores. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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Por isso, o setor é estratégico para promover o desenvolvimento equilibrado regionalmente, atendendo aos segmentos mais vulneráveis, focos prioritários na atuação do Governo do Estado. Segundo o secretário estadual de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), Enio Bergoli, o Governo tem diversos programas e projetos para o desenvolvimento dos arranjos produtivos da agricultura, pecuária, pesca e aquicultura. “É um setor prioritário na gestão pública estadual. Investimos muito em infraestrutura rural, como na pavimentação de estradas rurais, onde temos o programa ‘Caminhos do Campo’, e o ‘Energia Produtiva’, que leva energia para produção e agregação de valor no rural. Também há projetos importantes na área ambiental, como o ‘Reflorestar’, em que até o final de 2014 vamos plantar 30 mil hectares de florestas que conciliam a geração de renda com a proteção ambiental”, diz. Na área de geração e diversificação da renda rural, o secretário cita projetos como os de renovação das lavouras e produção de cafés de qualidade, modernização tecnológica da pecuária e implantação e consolidação dos polos de fruticultura, que já são 12 no Espírito Santo. Ainda este ano, de acordo com Bergoli, será lançado o Polo de Caju nos municípios de Pedro Canário e Conceição da Barra. E neste ano-safra, que vai de julho de 2012 até junho de 2013, também vale destacar que o Estado tem o maior Plano de Crédito Rural da história: são R$ 2 bilhões disponíveis para os agricultores, pecuaristas e pescadores. “Temos aqui um robusto programa de apoio à agricultura familiar, público que está presente em 80% das propriedades rurais. É o programa ‘Vida do Campo’, que conta com 13 projetos que envolvem assistência técnica, infraestrutura produtiva, comercialização, revitalização de assentamentos rurais, capacitação de jovens, créditos agrícola e fundiário, agricultura orgânica, entre outros”, explica o secretário.
Exportações De janeiro a julho deste ano, as exportações do agronegócio capixaba atingiram a marca de US$ 1,4 bilhão, com mais de 1,5 milhão de toneladas de produtos exportados. Pela segunda 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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vez na história, o Estado deve superar a marca de US$ 2 bilhões exportados, apesar da crise econômica mundial que afeta o mercado internacional. “O montante e o volume exportados são ótimos indicadores da competitividade do nosso agronegócio, que enfrenta ainda muitos problemas de logística, como a portuária, e de barreiras tarifárias, alfandegárias e sanitárias, mas mesmo assim consegue chegar a quase 100 países com produtos de qualidade e preços compatíveis”, afirma Enio Bergoli. Com relação aos preços médios dos produtos exportados, a crise tem deslocado os preços internacionais para baixo. Em média, nos primeiros sete meses de 2012, os preços dos principais produtos exportados pelo agronegócio capixaba estão 6,7% abaixo daqueles praticados no ano passado, embora o volume exportado tenha crescido um pouco mais de 3%. No geral, os preços médios estão menores para carne bovina, celulose e gengibre. E estão um pouco acima dos praticados em 2011 para café, pimenta-do-reino, chocolates e mamão. E embora 90% da geração de divisas seja com as exportações de celulose e café, a pauta de produtos do Estado é bastante diversificada. Carne bovina, chocolates, pimentas-do-reino e rosa, mamão papaya, açúcar e gengibre também contribuíram para que o Espírito Santo exportasse, em 2011, o recorde de U$ 2,24 bilhões, de acordo com o secretário.
30% É a participação do agronegócio no PIB capixaba
Estado dá exemplo “Nós temos aqui no Espírito Santo uma das melhores sínteses da pujança do agronegócio nacional.Com apenas 0,5% da área geográfica do país, somos os maiores produtores de café conilon e o segundo de cafés como um todo. Somos ainda os maiores produtores depimenta rosa ou aroeira, segundo em pimenta-do-reino, mamão e coco verde; o terceiro de cacau e o quarto em produção de seringueira, abacate e maracujá, sem esquecer os produtos orgânicos e agroecológicos”, avalia o secretário da Agricultura. Na pecuária de leite, todos os dias são produzidos quase 1,5 milhão de litros de leite. A agroindústria capixaba também é destaque nos arranjos de celulose, chocolates, movelaria, artefatos de madeira, café solúvel e 159
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Um dos setores que mais se destaca no agronegócio capixaba é o do café
hídricos. “Há compatibilidade, sim, para se produzir de forma sustentável, com proteção ao homem e ao meio ambiente. Eu acredito muito na capacidade empreendedora dos agricultores, esses verdadeiros heróis que estão na base das cadeias produtivas, que já ofertam alimentos saudáveis, fibras e energia renovável, e cada vez prestam um serviço que beneficia a todos, que é a proteção e a recuperação ambiental, tornando o setor como referência de desenvolvimento sustentável”, elogia Bergoli.
Café torrado, açúcar e álcool, polpa e sucos de frutas, laticínios e água de coco, entre muitos outros. No setor de insumos, está no Espírito Santo a sede da maior indústria de fertilizantes do Brasil. “Não há, num espaço tão pequeno, em nenhuma outra região do país toda essa diversidade e expressão econômica e social no campo do agronegócio. Por tudo isso, o Espírito Santo é um pequeno gigante do agronegócio brasileiro”, comemora Bergoli. Segundo estudos do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), o litoral norte é o que mais se destaca no agronegócio, por conta da instalação de indústrias de sucos, chocolate, coco e polpa de frutas. Diante dessa nova realidade, o Estado tem visto a fruticultura crescer entre os agricultores. Vários polos de plantio de frutas surgiram ao longo dos últimos anos, e para fortalecê-los o Governo tem adotado alguns programas, como o de distribuição de mudas com valores subsidiados.
Expectativa A agropecuária capixaba se tecnifica ano após ano. Continuamente são batidos recordes de produção de cafés, de produção de leite, de aplicação de crédito rural e de exportações de produtos do agronegócio. E conforme o secretário Enio Bergoli, isso vai se repetir nos próximos anos. E o que é melhor: cada vez mais utilizando menos área e produzindo muito mais, com o avanço do uso de tecnologias geradas pela academia e pelos institutos de pesquisa. Com isso, está “sobrando” área para promover a recuperação ambiental e a proteção de recursos 160
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Um dos segmentos que mais se destaca no agronegócio capixaba é o do café. O Estado conta com 1,2 mil toneladas por mês de café industrializado. “O Espírito Santo abriga 38 indústrias e 56 agroindústrias de café, especialmente na Grande Vitória e em Colatina, diz o presidente do Sincafé, Sérgio Brambilla. A produção anual média de café é de 10,2 milhões de sacas, das duas variedades, conilon e arábica, em 60 mil propriedades. Desse total, mais de 70% são propriedades de agricultura familiar. Em 2011, o Espírito Santo respondeu por quase 26% da produção no país. E para manter essa pujança, o Sindicato da Indústria de Café do Espírito Santo (Sincafé) desenvolve uma série de ações e atividades focadas no fortalecimento do setor e do produto café do Estado. São iniciativas como o Salão de Cafés Especiais, que em 2012 chegou à sua 3ª edição, e trouxe novidades em produtos, bebidas e receitas à base de café, para valorizar e promover o consumo do grão no Estado. Além disso, segundo Brambilla, o sindicato investe em cursos, palestras, workshops e fóruns, voltados à capacitação gerencial e dos trabalhadores das indústrias. Por meio do Sistema Findes, são oferecidos benef ícios às empresas do setor, estendidos aos trabalhadores – como os serviços oferecidos pelo Serviço Social da Indústria (Sesi-ES). “O sindicato também incentiva e promove missões e visitas técnicas a feiras de alcance nacional e internacional, para possibilitar atualização técnica e ampliação de network para os empresários que atuam no segmento”, conclui o dirigente. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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ECONOMIA |
ALIMENTOS E BEBIDAS
145 indústrias integram o setor de bebidas no Espírito Santo
Um dos segmentos que mais crescem no Estado 90% das indústrias capixabas de alimentos e bebidas são de pequeno porte
O
segmento industrial que mais gera empregos no Espírito Santo é o de alimentos e bebidas. São 20.932 postos de trabalho que movimentam a economia do Estado e o colocam em posição de destaque no cenário nacional. A afirmação é do presidente da Câmara Setorial das Indústrias de Alimentos e Bebidas da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos de Cacau e Balas, Doces e Conservas Alimentícias do Espírito Santo (Sindicacau), Gibson Barcelos Reggiani. Segundo ele, o Espírito Santo vem apresentando um crescimento acima da média e alimentos e bebidas tem sido um dos setores
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que mais contribui para os bons resultados. Também é considerado o segmento que mais gera empregos no país. “Quando a indústria de alimentos e bebidas cresce, significa alta geração de emprego e renda. Essa é a grande importância social e econômica dessa atividade”, afirma. No Estado, 90% do segmento compõem-se de negócios de pequeno porte. Esse parque industrial, que hoje conta com 1.877 empresas, foi construído ao longo da história capixaba, começando antes da erradicação do café, com as indústrias de aguardente. Mais recentemente, tem sido incrementado com os projetos de incentivo governamentais, como complemento à cadeia agrícola. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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Hoje, o Espírito Santo conta com empresas de suco e água de coco e está em implantação, no norte do Estado, uma fábrica de cerveja. “O crescimento dessa indústria evidencia o Estado como local estratégico dentro da Região Sudeste para a implantação de negócios desse gênero, em face da estrutura logística”, avalia o presidente do Sindicacau. Para o presidente do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do Estado do Espírito Santo (Sindipães), Flávio Bertollo, o crescimento do setor se deve ao círculo virtuoso da economia capixaba, que vive um dos momentos mais importantes de sua história, e pelas mudanças de costumes da população, como a busca por alimentos semiprontos. “Já não se faz comida como antigamente, o que abre oportunidades para a indústria oferecer produtos manufaturados que atendam às necessidades de praticidade e agilidade típicas da vida moderna”, diz Bertollo. Mas como todo crescimento leva a outros desafios, o presidente do Sindipães lembra que as empresas precisam investir mais em pesquisa de novos produtos, marketing, gestão, qualidade, qualificação profissional, produtividade e competitividade, entre outros itens.
“Temos um mercado muito concorrido nessa área, além de a maioria das empresas ser familiar e de pequeno e médio porte. Acredito que investir em novos produtos, mais sofisticados, atenderá a uma parcela da população que está em elevado crescimento econômico e anseia experimentar coisa novas”, sugere.
Crise Em um cenário em que os reflexos da crise econômica mundial começam a contaminar a economia brasileira, o quadro não poderia ser diferente no Espírito Santo. Segundo o presidente do Sindicacau, a crise, associada à extinção da receita do Fundap e ao eminente risco de redução de receita proveniente dos royalties do petróleo, poderá causar um arrefecimento da atividade econômica capixaba, e consequentemente uma redução do ritmo das atividades do setor. No entanto, Reggiani alerta para o fato de que podem ser tomadas algumas ações para proteger não só o segmento de alimentos e bebidas, mas todos os setores industriais do Estado. “Em face dessa situação, é necessário criar no Estado, e com urgência, um arcabouço de instrumentos tributários capazes de proteger essas empresas
No norte do Estado, está instalada uma grande fábrica de sucos, da marca Del Valle Mais
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20.932 É o número de empregados na indústria capixaba de alimentos e bebidas
da invasão do mercado com produtos de outros estados, que, via de regra, fazem uso de malabarismos tributários duvidosos”, diz. O presidente sugere que o equacionamento dessa questão e a busca de soluções têm que contar com a iniciativa da classe empresarial, a visão dos governantes e também o comprometimento de toda a sociedade. “Cabe aos empresários a busca por maior competitividade dos setores, por meio de eficiência e inovação”, lembra. Um conjunto de ações tem sido desenvolvido dentro da Findes, mas com a precipitação da crise, Reggiani afirma que será necessário “acelerar o passo”. Hoje, o Inovafindes tem amparado estruturalmente e conceitualmente as iniciativas para fomentar a inovação em diversos setores, notadamente no mercado de alimentos e bebidas. Os diversos sindicatos também contam com o apoio do Sebrae, tanto no sentido de capacitação quanto em missões técnicas na busca da excelência nos processos. O Governo, por sua vez, tem trabalhado no desenvolvimento de planos de incentivo à competitividade. Para tanto, criou o Invest-ES e o Compet, e por intermédio destes mecanismos tem dado a sua colaboração aos setores vitais e mais críticos, discutindo e acatando sugestões, quando possível e cabíveis.
Bebidas Pesquisas recentes apontam que o clima quente na maior parte do ano, no Brasil, favorece o crescimento surpreendente que o setor de bebidas vem apresentando. O mesmo acontece no Espírito Santo, onde, no entanto, segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Bebidas em Geral do ES (Sindibebidas), José Angelo Rambalducci, as empresas enfrentam algumas dificuldades para se manterem no mercado.
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A indústria de alimentos e bebidas tem sido incrementada com projetos governamentais, como complemento à cadeia agrícola
Devido à grande competitividade de empresas de outros estados que se instalam em solo capixaba, os empresários locais não conseguem sustentar seus negócios. “Embora as empresas capixabas procurem ao máximo controlar e enxugar seus custos, não estão conseguindo viabilizar seus negócios, pois vêm sofrendo há tempos concorrência prejudicial com a venda de produtos provenientes de empresas de outros estados”, avalia Rambalducci. De acordo com o presidente do Sindibebidas, só no segmento de água mineral existem 25 marcas de outros estados. “Essa situação requer dos órgãos governamentais responsáveis medidas enérgicas e urgentes, a fim de garantir a sobrevivência das indústrias capixabas no mercado, para assegurar, inclusive, emprego à população”, alerta. O setor de bebidas movimenta a economia de norte a sul do Espírito Santo. São 145 indústrias, assim segmentadas: água mineral, refrigerantes, bebidas quentes, sucos, água de coco e cachaças.
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ECONOMIA |
SAÚDE Foto: SEMCOM / Prefeitura de Vila Velha
A indústria capixaba já percebeu a importância da promoção de um ambiente seguro e saudável para o desenvolvimento social e responsável das empresas capixabas
Saúde e bem-estar para todos Programas e investimentos, públicos e privados, visam à melhoria da saúde do cidadão capixaba
A
questão da saúde no Espírito Santo ainda é realmente um desafio. O cidadão necessita cada vez mais dos serviços públicos, que, por sua vez, requerem necessariamente investimentos constantes. Na área privada, o setor indus166
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trial já descobriu a importância de investir na saúde do trabalhador, visando a diminuir as ausências e afastamentos dos colaboradores de seus quadros. O Serviço Social da Indústria (Sesi) tem sido um parceiro das empresas não só na 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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área da Saúde, mas também na Segurança do trabalho. Suas ações têm por objetivo garantir a integridade física e o bem-estar do trabalhador, bem como a promoção de um ambiente seguro e saudável para o desenvolvimento social e responsável das indústrias capixabas. Em 2012, a DSA – Divisão de Segurança e Saúde no Trabalho desenvolveu vários projetos, entre eles o “Mais Saúde”. A gerente Adriana Freitas Coelho Carvalho explica que o programa é realizado por uma equipe de enfermeiros do Sesi que auxilia a empresa na gestão da saúde ocupacional, conscientizando industriários quanto às ações necessárias para a conquista e manutenção de seu bem-estar físico, social e emocional. Adriana destaca a chegada de novas unidades móveis do Sesi nas áreas de odontologia e audiometria, que levam serviços itinerantes para o trabalhador no seu ambiente profissional, garantindo um maior conforto e comodidade aos empregados, evitando o seu deslocamento e conferindo maior agilidade no atendimento. “O Sesi investe, ainda, na modernização do Sesi Saúde, com a ampliação do espaço e aquisição de vários equipamentos de última geração, aumentando sua capacidade e qualidade no atendimento ao industrial e seus trabalhadores”, disse. Adriana conta que a receptividade ao programa tem sido a melhor possível. “Com as mudanças e ampliação dos serviços, conseguimos atender às demandas da indústria em maior escala, sem perder a qualidade, levando nossos serviços a empresas de pequeno porte até a grande, distribuídas em diversos segmentos industriais”, relatou. Para 2013, a meta é criar novos projetos a partir de levantamentos realizados pelo Sesi junto às empresas capixabas, por meio de diagnósticos, com a proposta de atender às reais necessidades do industrial e seus trabalhadores. “O Sesi segue com sua missão como um provedor de soluções, visando
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A ginástica laboral é uma das atividades desenvolvidadas pelo Sesi para a indústria
à qualidade de vida na indústria capixaba como um todo”, finalizou.
Investimentos para garantir a saúde pública Pesquisa divulgada em meados deste ano, realizada pelos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs), destacou que os habitantes do Espírito Santo são os que pior avaliam a qualidade da saúde pública prestada no Estado. De zero a dez, a nota atribuída foi 2,07. A média nacional foi 5,29. Mato Grosso, por outro lado, foi o Estado com nota mais alta, 7,3. Os dados são da Caravana Nacional da Saúde 2012, coordenada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). A pesquisa ouviu cerca de 500 pessoas, em 43 municípios de 14 estados brasileiros com os piores índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do país. “A pesquisa não tem um rigor científico, mas de percepção de realidade, especialmente em um ano eleitoral, em que há intensivo uso de marketing. Todos os itens levantados pelo questionário fazem parte do dia a dia do cidadão”, informou o coordenador da caravana, Ricardo Paiva. A falta de leitos hospitalares é uma das principais queixas do cidadão capixaba. O Governo do Espírito Santo, para suprir essa demanda, vem investindo na criação de novas vagas em todo o Estado. Nos últimos 18 meses, 155 leitos foram abertos nos hospitais da rede própria e filantrópica. Destes, 39 são de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
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2,07 Foi a nota que os habitantes do Espírito Santo atribuíram à qualidade da saúde pública prestada no Estado. A média nacional foi 5,29
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No mesmo período, foram ainda compradas 7.957 vagas na rede privada. Com a inauguração do novo Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra, e a duplicação do Hospital São Lucas, mais 619 serão criadas, das quais 167 serão intensivas. Os investimentos totais nos dois hospitais ultrapassam a casa dos R$ 227 milhões. O secretário de Estado da Saúde, Tadeu Marino, afirma que a demanda por leitos, de média e alta complexidade, vem aumentando a cada ano. As duas principais causas são o alto índice de acidentes de trânsito sobretudo aqueles que envolvem motocicletas e o envelhecimento da população, o que gera um crescimento de internações motivadas por complicações decorrentes de doenças crônicas. O Estado conta atualmente com um total de 8.201 leitos, sendo 5.645 deles destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Destes, 745 são de UTI, dos quais 392 são voltados exclusivamente para o atendimento de pacientes do SUS. Estima-se que haja uma carência de cerca de 165 vagas de UTI no Espírito Santo.
“Estamos investindo na abertura de novos leitos no Estado, não só na região metropolitana, mas também no interior, facilitando o acesso da população e diminuindo a migração para a capital. Para isso, estamos reestruturando a rede própria, reforçando as parcerias com os hospitais filantrópicos e com a rede privada”, destacou o secretário.
Estado receberá R$ 3,9 milhões da Rede Cegonha O Ministério da Saúde aprovou a primeira etapa da Rede Cegonha no Espírito Santo. Serão repassados R$ 7,2 milhões para custear as primeiras ações previstas na estratégia Rede Cegonha, um modelo de atenção que vai do reforço do planejamento familiar à confirmação da gravidez, passando pelo pré-natal, parto, pós-parto, até os dois primeiros anos de vida da criança. De imediato, serão destinados R$ 3,9 milhões para os serviços existentes. O restante do valor será pago conforme andamento da Rede Cegonha no Estado. A primeira etapa abrange os municípios de Linhares (R$ 2,01milhões) e Colatina (R$ 5,2 milhões).
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ECONOMIA |
COMÉRCIO VAREJISTA
Expectativas positivas devem levar o empresário do varejo capixaba a investir mais em seu negócio
Varejo se divide entre otimismo e cautela O comércio varejista capixaba tem mostrado crescimento. Porém, para alguns, o momento é de cautela
O
comércio varejista capixaba tem mostrado um bom desempenho este ano. A ampliação do crédito, melhorias salariais, redução de juros e o desemprego em baixa contribuíram para o crescimento do setor, impulsionando a geração de receita e movimentando a economia do Estado.
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De janeiro a setembro de 2012 o varejo capixaba registrou crescimento de 9,59%, e de 8,33% no acumulado dos 12 meses anteriores. É o que aponta a Resenha de Conjuntura sobre o setor, divulgada no fim de agosto pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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Todas as 10 atividades pesquisadas registraram expansão, com destaque para: artigos de uso pessoal e doméstico (+30,36%), veículos, motocicletas, partes e peças (+24,74%), material de construção (+17,90%), livros, jornais, revistas e papelaria (+15,61%), combustíveis e lubrificantes (+15,30%), tecidos, vestuário e calçados (+13,58%). Com relação à receita nominal de vendas, entre os meses de julho e agosto de 2012, o varejo e o varejo ampliado (que inclui as atividades de veículos, motocicletas, partes e peças e material de construção) registraram taxas de +16,66% e de +18,92%, respectivamente, resultados superiores aos apresentados pela média brasileira (+13,67 para o primeiro e +16,09 para o segundo). Em termos acumulados, os resultados para o varejo e varejo ampliado foram de +13,96% e +2,48% para o acumulado do ano e de +13,81% e de +3,48% para o acumulado dos 12 meses anteriores, respectivamente.
Otimismo não falta para o empresariado capixaba Após período de queda, o empresariado capixaba retomou a sua confiança no mercado local. O Índice de Confiança
do Empresário do Comércio (Icec), divulgado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Espírito Santo (Fecomércio-ES), teve aumento de 5% e atingiu 117,6 pontos em setembro. Dos 12 índices avaliados, apenas dois sofreram queda. O índice de contratação de funcionários subiu 11,7%, um avanço visto principalmente nas empresas com mais de 50 empregados, que esperam uma recuperação do mercado, já que o momento é de reavaliar os estoques para o final do ano. “O bom desempenho do índice mostra que o comerciante capixaba espera uma melhora no volume de vendas nos últimos meses do ano. Além disso, a elevação das expectativas do varejo mostra que o mercado de trabalho ainda está aquecido, juntamente com as condições de crédito ainda favoráveis,” declara José Lino Sepulcri, presidente da Fecomércio/ES. Sobre a expectativa econômica, o otimismo também é expressivo. O índice passou de 139,5 em agosto para 143,6 em setembro. Os comerciantes também pensam em investir mais. Em agosto o índice estava abaixo do nível que marca
9,59% Foi o índice de crescimento do varejo capixaba nos oito primeiros meses de 2012
Variação (%) no volume de vendas do comércio varejista ampliado do Espírito Santo - Agosto/2012 Atividades
Varejo - Brasil Varejo - Espírito Santo
Com ajuste sazonal*
Sem ajuste sazonal
Ago12/ Jul12
Ago12/ Ago11
Acumulado no ano (1)
Acumulado 12 meses (1)
0,25
10,13
8,96
7,84
1,47
12,12
9,59
8,33
Combustíveis e lubrificantes
3,56
15,30
9,19
6,54
Hipermercados, supermercados, prod. alimentícios, bebidas e fumo
8,54
9,32
7,90
6,67
Hipermercados e supermercados
8,77
9,16
7,90
6,67
Tecidos, vestuário e calçados
2,56
13,58
2,35
4,06
Móveis e eletrodomésticos
2,46
10,30
9,72
8,83
Art. farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos
-2,11
15,61
7,11
5,94
Livros, jornais, revistas e papelaria
-16,88
7,19
10,72
9,36
Equip. e materiais para escritório, informática e comunicação
20,03
30,36
30,86
24,34
Outros artigos de uso pessoal e doméstico
2,85
15,66
8,58
6,80
Varejo Ampliado - Brasil
2,71
19,81
0,90
1,49
Varejo Ampliado - Espírito Santo
7,33
19,81
0,90
1,49
Veículos, motocicletas, partes e peças
11,22
24,74
-7,09
-4,94
Material de construção
-2,43
17,90
19,43
14,65
Fonte: IBGE. - Elaboração: Coordenação de Estudos Econômicos – CEE/IJSN. *o ajuste por atividades e para o Varejo Ampliado - Espírito Santo foi realizado pela Coordenação de Estudos Econômicos do IJSN. (1)Base: igual período anterior.
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Supermercados: momento é de estabilidade, mas sentimento é de cautela
o otimismo do empresário, que é 100 pontos. Em setembro houve crescimento de 7,8% e o índice chegou a 108,4 pontos frente a 97,3 em agosto. Já no quesito Condições Atuais do Empresário do Comércio (Icaec) houve aumento de 1,6% em setembro, chegando a 89,1 pontos, porém, o indicador ainda está abaixo dos 100 pontos que marcariam o otimismo do empresário sobre as condições atuais. O resultado mostra o início da recuperação da confiança dos empresários do comércio, após o freio na economia nacional.
Supermercadistas: expectativa com as festas de fim de ano Apesar da expectativa com as festas de fim de ano e do crescimento de 9,32% registrado em agosto deste ano, se comparado com agosto de 2011, o setor supermercadista acredita que o cenário até o fim do ano será de cautela. Conforme o superintendente da Associação Capixaba dos 172
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Supermercados, Hélio Schneider, o Estado encontra-se com o sinal vermelho aceso por conta da redução nos repasses do Fundap e, provavelmente, também dos royalties do petróleo, que impactarão diretamente a economia local. “Se observamos o cenário nacional, o mercado capixaba está vivendo um momento de estabilidade. As vendas de agosto/julho de 2012 foram acima da média de 2011, 6%. O consumidor não está deixando de comprar. Porém, a nossa expectativa de crescimento real é de 4% a 4,5% mas podemos fechar o ano com 5% a 5,5% caso o cenário continue o mesmo”, avaliou. Helio relata ainda que em 2011 o setor de supermercados chegou ao fim do ano com 3,71% de crescimento. “Significou uma queda no volume de vendas. Em 2010 o cenário foi outro”, disse o superintendente da Acaps. A seu ver, o ano de 2013 será de interrogação. “Difícil e inseguro. O estímulo ao crédito concedido pelo Governo Federal não é uma segurança”, apontou. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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ECONOMIA |
MERCADO FINANCEIRO
No Espírito Santo, banco e setor produtivo fecham acordos para garantir financiamentos mais adequados
Mais crédito, a juros menores Redução das taxas é positiva, mas ainda insuficiente para alavancar a atividade industrial
A
pontado por muito tempo como o país com as mais altas taxas de juros do mundo, inibindo investimentos e o crescimento econômico, o Brasil adotou em 2012 uma nova postura frente a essa questão. Com cortes sucessivos 174
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na Selic, a taxa básica de juros da economia – que desde agosto de 2011 até outubro deste ano baixou de 12% a.a. para 7,25% a.a., menor patamar histórico desde 1999 –, os bancos federais deram o exemplo e promoveram uma drástica redução em suas taxas, 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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forçando a queda nos juros em todo o sistema financeiro nacional. O principal objetivo do Governo Federal com tais medidas é o de estimular o aumento do consumo interno e o reaquecimento da indústria nacional, tendo em vista a crise na economia internacional e seus reflexos no Brasil Mas, embora para o setor industrial as medidas sejam bem-vindas, elas ainda são insuficientes. Os industriais se queixam da falta de uma política de desenvolvimento industrial consistente, bem estruturada e de longo prazo, com medidas de fomento, e não apenas protecionistas, como explica o presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo, Marcos Guerra: “O Governo tem que ter uma política industrial de incentivo ao capital produtivo. Hoje nós temos segmentos da indústria que nem com juros baixos se sentem motivados a fazer investimentos, porque falta uma política séria de retorno do crescimento da atividade industrial. Precisamos de uma política industrial coerente com o país. Rever alguns produtos importados que estão chegando ao Brasil em detrimento da saúde de muitos setores da indústria nacional, como a do vestuário, calçadista, moveleira, de brinquedos, a indústria gráfica, todas prejudicadas pelas importações. O Brasil ainda não tem taxas de juros nem infraestrutura compatíveis com os principais países do mundo. A nossa infraestrutura é muito ruim, quer sejam portos, aeroportos, estradas, saneamento básico, ferrovias. A meu ver, a Selic ainda está alta. Alta para investimentos, alta para o empresário ou empresa que, por um motivo ou outro, teve que atrasar seus tributos. Pagar tributos com correção pela Selic é inaceitável! Outro ponto é o IOF, hoje altamente proibitivo para o empreendedor que vai a um banco buscar recurso. É um absurdo completo penalizar o investimento nacional, principalmente quando vai gerar emprego, compra de equipamentos, investimento em inovação etc.” 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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Bancos estaduais, como Bandes e Banestes, têm sido sensíveis às necessidades da indústria
No Espírito Santo, redução e acordos Acompanhando o movimento nacional, os bancos capixabas também promoveram reduções em suas taxas gerais de juros. Porém, devido ao bom ambiente institucional e à união de esforços do poder púbico e da iniciativa privada para superar os desafios do momento econômico, deram passos além, fechando acordos com setores importantes para a manutenção do crescimento do Estado. 175
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O Banestes, por exemplo, firmou um convênio com a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) que garantiu produtos e serviços com taxas, prazos, carência e garantias diferenciadas para empresas filiadas aos sindicatos associados à Federação. As linhas de crédito disponibilizadas pelo banco estadual chegam a um total de R$ 500 milhões e as empresas poderão utilizar os recursos para a expansão ou modernização de suas instalações, financiamento à importação e para a aquisição de tecnologia. Também o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) tem dado sua contribuição à indústria e ao equilíbrio do desenvolvimento regional, com o lançamento, este ano, de uma linha de crédito específica para médias indústrias localizadas em municípios do interior do Estado. O programa foi apresentado aos empresários na sede da Findes. A linha de crédito tem limite de R$ 1 milhão para cada média empresa (faturamento anual acima de R$ 3,6 milhões), com juros de 8% ao ano, carência de dois anos e prazo de pagamento de até 10 anos. Segundo estimativa do Bandes e da Findes, cerca de 200 indústrias do interior poderão se beneficiar com a iniciativa, que permite expandir, modernizar e diversificar os negócios, além de gerar mais emprego e renda para as regiões onde estão inseridas. Já o Banco do Nordeste (BNB) oferece o Cresce Nordeste, que permite às indústrias, inclusive mineradoras, financiar todos os itens necessários à produção: gastos com construção, reforma e ampliação de benfeitorias e instalações que visem à 176
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modernização do empreendimento ou o aumentodesuareceitaoperacional;aquisição de máquinas, equipamentos, veículos automotores relacionados com o desempenho da atividade e veículos fora de estrada necessários a projetos de mineração; gastos com pesquisa mineral e caracterização de minérios; aquisição de unidades industriais construídas ou em construção; modernização de máquinas e equipamentos; capital de giro associado ao investimento; e outros itens necessários à viabilidade do negócio. Os recursos vêm do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). Na área da inovação, palavra de ordem para que as empresas se mantenham no mercado e também para superar a crise, o Bandes e o Banco do Nordeste abriram linhas de financiamento específicas em 2012. No Espírito Santo, as duas instituições financiam projetos de inovação. A primeira oferece, desde agosto, uma linha de crédito com recursos vindos do Fundo de Recuperação Econômica do Estado do Espírito Santo (Funres) que financia até R$ 200 mil em investimentos, com prazo máximo de seis anos para pagamento, carência de dois anos e juros de 9% ao ano. Os recursos destinam-se a colocar em prática projetos de produtos e serviços de inovação, introduzi-los no mercado, e também podem ser utilizados na aquisição de softwares produzidos por empresas capixabas. Já o BNB dispõe do Programa de Financiamento à Inovação (FNE Inovação), que financia até 90% do projeto, com cinco anos de carência e até 15 anos para pagamento. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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ECONOMIA |
COMÉRCIO EXTERIOR
Crise internacional e mudanças no Fundap podem afetar importações e exportações do Estado
Incertezas no horizonte Empresários e Governo do Estado se unem para manter em alta o comércio exterior do Espírito Santo
O
ano de 2013 é de incertezas para o comércio internacional no Espírito Santo, frente aos desafios do setor com a crise internacional e as mudanças trazidas ao Sistema Fundap pela Resolução nº 72/2012, que entram 178
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em vigor a partir de janeiro, unificando em 4% as alíquotas interestaduais do ICMS para produtos importados. Os números acumulados do período de janeiro a setembro deste ano, comparados aos do mesmo período de 2011, apontam queda de 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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Este ano números do comércio exterior no Espírito Santo ficaram abaixo da média nacional
Compradores
Vendedores
Os principais países de destino dos produtos capixabas em 2012 foram Estados Unidos, Holanda, China, Japão e Itália.
China, EUA, Coreia do Sul, Alemanha e México foram os principais países de origem das importações feitas pelo Espírito Santo neste ano.
21% nas exportações e retração de 15% nas importações. O desempenho da atividade de comércio exterior no Estado foi bem pior que as importações e as exportações brasileiras. Os dados são do Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Espírito Santo (Sindiex). O presidente do Sindiex, Severiano Imperial, explicou que a desaceleração da economia mundial tem impacto direto nas exportações do Espírito Santo. Além disso, a crise financeira acirra a competição internacional por mercados compradores e dificulta as vendas externas. No que diz respeito às importações, o cenário capixaba é um pouco diferenciado do restante do Brasil, graças ao mecanismo do Fundap, que sofrerá mudanças a partir de janeiro de 2013. “É normal ocorrer uma retração, visto as incertezas ainda existentes no mercado. Esperamos encontrar as soluções para os impasses que virão a partir do próximo ano. No comércio exterior, o prazo mínimo é de 90 dias. Já começamos a contar”, ressaltou o presidente. A economista Ana Paula Vescovi ressalta que, sobre o cenário das commodities, 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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é sempre importante lembrar que a evolução dos preços internacionais segue trajetória inversa à da taxa de câmbio. Ou seja, quando o Real se desvaloriza, os preços das commodities exportadas pelo Brasil caem, pois, teoricamente, os exportadores podem passar a conceder descontos em dólar para ganhar mercados. “Essa é relação é tão mais estreita quanto maior o peso da exportação brasileira no mercado internacional. Assim, no longo prazo, os efeitos de preços de commodities e de variação cambial tendem, em alguma medida, a se compensar”, explica Ana Paula. Mas, para Imperial, o fim do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap) ainda não é o fim da linha. Ele acredita na possibilidade de se manter as empresas importadoras em solo capixaba, evitando uma debandada, o desemprego e o fechamento de outras, que dão suporte ao setor. O Sindiex vem apoiando o Governo do Estado na formulação de estratégias capazes de garantir a permanência das operações de comércio exterior pelo Espírito Santo. “O Fundap não acabou e nem irá acabar. A Lei nº 2.508 continuará valendo. Sindiex e Governo do Estado vêm estudando medidas 179
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Importação
Brasil Espírito Santo
JANEIRO/SETEMBRO 2011
JANEIRO/SETEMBRO 2012
Variação
US$ 166,93 bilhões US$ 7,68 bilhões
US$ 164,87 bilhões US$ 6,53 bilhões
-1% -15%
JANEIRO/SETEMBRO 2011
JANEIRO/SETEMBRO 2012
Variação
US$ 189,99 bilhões US$ 11,31 bilhões
US$ 180,59 bilhões US$ 8,95 bilhões
-5% -21%
Exportação
Brasil Espírito Santo
Fonte: Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Estado (Sindiex)
para manter a operacionalidade do Sistema Fundap, que deverá passar por mudanças nas alíquotas”, acredita Imperial Dentre outras estratégias citadas por Imperial para conter a queda do setor, estão decretos para alterações das alíquotas da Lei nº 2.508, a abertura de linhas de financiamento ao setor de comércio exterior e, ainda, o pleito junto aos municípios para a redução de tributos. Todas essas propostas deverão ser definidas ainda este ano, para que entrem em operação já no final de 2012 ou, em alguns casos, a partir de janeiro de 2013. Na opinião da economista Ana Paula Vescovi, este é o momento de se trabalhar novos caminhos para manter em alta o comércio internacional, e para isto ainda é preciso contar com o não agravamento da crise internacional, e com novos projetos pelo governo e pela iniciativa privada. Ela aponta que o Estado se vê diante de uma grande oportunidade para se adotar um novo modelo de gestão nos serviços portuários públicos presentes no Estado e garantir que estas atividades, responsáveis por metade do PIB capixaba, continuem tendo a força que sempre tiveram. E o Governo já deu o primeiro passo: no dia 24 de setembro, instalou a Câmara Setorial de Eficiência Portuária, que vai discutir os gargalos logísticos dos complexos portuários no Estado e será responsável por propor projetos e ações imediatas para superar as dificuldades do setor e atenuar a perda do Fundap. “A área portuária foi considerada uma das mais importantes e com efeito de curto prazo. A partir do dia 1º de janeiro temos a perda do 180
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Fundap e isso vai afetar de forma negativa a competitividade de comércio exterior do Estado. A Câmara tem por objetivo buscar atingir de maneira mais rápida um melhor grau de eficiência dos nossos portos para ser uma das formas de compensação da perda de competitividade do Espírito Santo”, disse o secretário de Estado de Projetos Especiais, José Eduardo Azevedo. A Câmara identificou outras duas áreas relevantes para começar a atuar: importação e exportação de automóveis, contêineres e petróleo e gás.
Compensações O Governo Federal prometeu compensar o Espírito Santo pela perda de receita do Fundap. As compensações previstas caminham em três frentes: financeira, tributária e infraestrutura, e passam pela antecipação de receitas provenientes dos royalties do petróleo e recursos subsidiados pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social da ordem de R$ 3 bilhões. Na lista de compensações encontram-se, também, o estudo de viabilidade do porto de águas profundas, o aeroporto de Vitória, o polo gás químico de Linhares e estadualização do Fundo de Recuperação do Espírito Santo (Funres). Além dessas medidas, o Estado será beneficiado com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata do comércio eletrônico, em tramitação no Senado. A lei cria uma receita extra para o Espírito Santo de R$ 140 milhões em 2012, e R$ 170 milhões em 2013. A PEC já foi aprovada nas comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Constituição e Justiça (CCJ) e está pronta para votação em plenário. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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ECONOMIA |
TURISMO
A Pedra Azul, em Domingos Martins: montanhas capixabas ganham espaço no turismo de negócios
Destino: Espírito Santo Turismo de negócios movimenta mais de R$ 44 milhões por ano no Estado, atraindo investimentos na área hoteleira
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ema ainda mais em evidência com a proximidade da realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas, o turismo de negócios e eventos fez com que, em 2011, o Brasil subisse duas posições no ranking dos países que mais sediaram eventos no mundo, ocupando agora o sétimo lugar. E quando o assunto é a realização de eventos, o Espírito Santo também exibe um desempenho positivo e digno de destaque: nesse ranking, o Estado já é o sexto no país, perdendo apenas para o Paraná, Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. Ao longo da última década, os dados surpreendem: o número de eventos realizados por ano em terras capixabas saltou de três para
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114, movimentando cerca de R$ 441 milhões e mais de 330 mil turistas, com uma média de 70 grandes eventos por ano. “Nos meses de junho e julho de 2012, o turismo de eventos aqueceu ainda mais a economia local, recebendo 6,4 mil turistas, que movimentaram R$ 11,2 milhões. Isso representou um aumento de 33% em relação ao mesmo período de 2011, que registrou movimento de R$ 7,5 milhões”, comemora o secretário de Estado do Turismo, Alexandre Passos. A projeção para este ano é que os turistas devem gastar R$ 44,3 milhões com hotéis, restaurantes e comércio em geral no Espírito Santo, cifra 23% superior à previsão inicial do Espírito Santo Convention & Visitors Bureau (ESC&VB). 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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O calendário do ESC&VB registra a realização de 105 eventos este ano, porém, o presidente da entidade, Maely Coelho, acredita na possibilidade de que outras programações e encontros venham a ser inseridos para acontecer nos próximos meses. “A expectativa até o fim do ano é positiva. Nosso trabalho de divulgação e promoção do Espírito Santo não para. A intenção é trazer mais oportunidades para o Estado para, dessa forma, contribuir ainda mais com a geração de emprego e renda”, reforça. A expectativa a médio prazo também é otimista, segundo Maely: “Para 2013, o cenário é animador. O turismo de eventos está em ascensão no Espírito Santo e, com a proximidade da Copa do Mundo e das Olimpíadas, a tendência é a realização de um número cada vez maior de eventos esportivos, movimentando a cadeia turística como um todo”. Opinião endossada pelo secretário de Estado do Turismo, Alexandre Passos, que credita os bons resultados a uma união de forças em benefício da causa e também a um convênio firmado entre a Secretaria de Estado do Turismo (Setur) e o Convention Bureau para a captação de novos eventos. Para alavancar de vez o Espírito Santo como destino turístico, em julho o governo estadual assinou contratos de cinco programas e projetos promocionais. O valor total a ser investido nesses projetos é de mais de R$ 3,3 milhões.
Subindo as montanhas Há algum tempo a Grande Vitória já deixou de ser o único palco para a realização de eventos corporativos. O charme e aconchego das montanhas capixabas ganhou de vez a atenção dos empresários. Diante dessa realidade, em 2006, nasceu o Montanhas Capixabas Convention & Visitors Bureau (MCC&VB), presidido por Valdeir Nunes dos Santos. “O Governo está trabalhando para levar mais infraestrutura até a nossa região. Já existem projetos para a criação de áreas multiuso, que serão construídas próximo a Pedra Azul, para abrigar convenções, shows e seminários, entre outros. Queremos fomentar a cadeia produtiva da região”, revela Valdeir. E, para atrair visitantes de outros estados, representantes do MCC&VB têm feito visitas a agentes de turismo de grande centros, como São Paulo e Rio de Janeiro, divulgando e convidando a conhecer as potencialidades turísticas da região. Para Valdeir, que também é proprietário do Hotel Fazenda Parque do China, localizado em Domingos Martins – um dos 54 espaços 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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selecionados para receber uma delegação de futebol durante a Copa do Mundo de 2014 –, a região das montanhas é propícia para o desenvolvimento do turismo de negócios, principalmente por conta dos atrativos locais para quem está no evento e para as famílias. “O clima é diferenciado, romântico. Além disso, Domingos Martins é um destino indutor do turismo para as demais cidades da região serrana”, reforça.
Rota Imperial incrementa ainda mais o turismo
R$ 11,2 milhões Foi o que o turismo de eventos movimentou nos meses de junho e julho de 2012 no Espírito Santo
Em maio de 2012 uma nova diretoria tomou posse no Instituto Rota Imperial (IRI), entidade ligada à Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes). O diretor, Paulo Henrique Teodoro Oliveira, informou que tem intensificado as ações e realizado visitas técnicas aos municípios que fazem parte do trajeto, acrescentando que o próximo passo será a licitação para a confecção das placas de sinalização desses municípios. O IRI foi criado para gerenciar a Rota Imperial São Pedro D’Alcântara, que agora integra a Estrada Real, considerado o maior projeto turístico da América Latina. A proposta é explorar o turismo de forma sustentável nas cidades cortadas pelos caminhos outrora percorridos pela Família Real portuguesa, qualificando a mão de obra local. Paulo Henrique salientou que a Estrada Real abre novas perspectivas para o turismo, fortalecendo as economias dos municípios.
Espírito Santo no foco da hotelaria O setor hoteleiro deve movimentar R$ 7,3 bilhões em investimentos nos próximos anos no país. A estimativa é da BSH Travel Research, que prevê a alavancagem do segmento com a proximidade das grandes competições esportivas internacionais no Brasil. O Espírito Santo entrou na rota dos investimentos. A Rede Allia Hotels, que hoje conta com 27 hotéis em operação no país, inaugurou em outubro o Bristol Alameda Vitória. Este é o 28º empreendimento da rede. O hotel foi erguido num dos cartões-postais mais bonitos da cidade de Vitória: a praia de Camburi. A região de Pedra Azul também tem atraído cada vez mais reuniões de negócios, congressos e convenções. Por isso, o Grupo ViverBem está investindo em Domingos Martins, onde ergue o Bristol Vista Azul Hotel & Residencial, um Resort & Meeting Center. O empreendimento foi lançado no Salão do Imóvel 2012, o maior evento imobiliário do Espírito Santo. 185
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ECONOMIA |
MÓVEIS
Indústria moveleira se mantém otimista Para os empresários do setor no Estado, o início de 2102 foi difícil, mas há grande expectativa para o segundo semestre
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uando se trata da indústria moveleira, o Espírito Santo desponta com grande potencial de desenvolvimento. Existem hoje 1,3 mil empresas presentes em praticamente todo o território capixaba. Elas são responsáveis pela geração de 12,5 mil empregos diretos e aproximadamente 30 mil indiretos. Seu faturamento anual é de R$ 1 bilhão, sendo que 98% das indústrias moveleiras do Estado são micro e pequenas empresas. Os dados são do Sebrae. Mas o início de 2012 foi difícil para as indústrias moveleiras, com reflexos diretos em seus negócios. Entre as causas, o aumento do grau de endividamento dos consumidores e a crise econômica internacional. O presidente do Sindicato das Indústrias de Madeira e Mobiliária de Linhares e Região Norte (Sindimol), Almir Gaburro, avalia o início de 2012 como difícil, em função das quedas nas vendas em nível nacional, especialmente no primeiro trimestre. “O setor fechou com vendas 5% menores do que no mesmo período de 2011. A redução do IPI (Imposto Sobre Produto Industrializados) em abril possibilitou a recuperação”, comenta. Outro gargalo é a falta de mão de obra especializada. “Buscando alternativas para o problema, o Sindimol estabeleceu parcerias com instituições como o Senai e o Sebrae, que vêm viabilizando cursos e treinamento para nosso setor”, conclui. O segundo semestre, no entanto, é encarado com otimismo, pois a isenção do IPI ampliou a vitalidade do setor, que deve ainda ganhar mais fôlego com a desoneração da folha de pagamentos promovida pela política de incentivo à indústria do Governo Federal (em setembro, o setor foi incluído na relação de 25 atividades que deixarão de recolher a contribuição previdenciária de 20% sobre a folha de pagamentos e passarão a recolher 1% sobre a receita). Além disso, a Caixa Econômica Federal criou o Cred Móveis, disponibilizando uma nova linha de financiamento com recursos da ordem de R$ 2 bilhões para a compra de móveis e eletrodomésticos da linha branca, destinado aos participantes do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV). Para Ortêmio Locatelli, presidente do Sindicato dos Indústriais de Móveis do Noroeste do Espírito
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Santo (Sindmóveis), as medidas vieram em boa hora, anunciando um ano de 2013 bastante favorável. “Para nós vai ser muito positivo, porque, na verdade, o consumidor que recebeu a entrega das chaves desses empreendimentos imobiliários [Minha Casa, Minha Vida], ainda não mobiliou. Essa nova linha de crédito que vem por ai vai dar uma alavancada na indústria”, diz. Ainda assim, os empresários destacam que a carga tributária ainda é alta e representa um entrave ao seu crescimento, refletindo-se diretamente em dificuldade para investir em inovação e na redução da competitividade no mercado nacional e internacional. Segundo Luiz Rigoni, presidente da Câmara Setorial da Indústria Moveleira da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), a entidade vê com
O setor dá emprego a mais de 12 mil profissionais no Espírito Santo
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preocupação os custos das indústrias, “além do amontoado de leis e aproximadamente 100 tipos de tributos e taxas a que temos de fazer frente todo ano”, questiona. Ainda assim, a expectativa é de que as vendas mantenham a tradição e cresçam de 15% a 20% se comparadas ao primeiro semestre de 2012. Rigoni conta que a Findes tem prestado grande apoio e acompanhado a situação do setor não só em nível estadual, mas também nacional. “Estamos ouvindo os parceiros e reivindicando melhorias junto aos representantes nacionais, como a Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel), e conseguimos redução do IPI para zero num momento de resultados insatisfatórios e comprometedores”, destacou. Rigoni relata que o setor está unido. “Sempre que um dos três sindicatos moveleiros precisa reivindicar ou fazer uma ação importante, o setor se une, ampliando a representatividade junto aos demais, sempre com o apoio da Câmara Setorial. Hoje, já somos um polo de expressão, que precisa se fortalecer cada vez mais”, concluiu. Uma das dificuldades do setor moveleiro está na aquisição de matéria-prima, comprada de fábricas do Sul do país porque, como explica
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Almir Gaburro, as placas de madeira renovável, como MDF e MDP, não são fabricadas no Estado. “Isto encarece nossos produtos e nos torna menos competitivos. Para minimizar, nos colocamos como o principal articulador de um grupo de investidores para viabilizar a instalação de uma fábrica de MDF no Espírito Santo. O empreendimento está em fase final de estudo de viabilidade econômica”, informa.
R$ 16 bi É o faturamento anual da indústria moveleira capixaba
Marcenaria se insere na projeção do setor A indústria de madeira e do mobiliário do Espírito Santo é crescente na projeção futura da economia brasileira. “A presença capixaba nos produtos e projetos é marcante. Somos capazes de competir num mercado cada vez mais acirrado, com a diversidade de oferta de móveis seriados e planejados e a inserção de novos materiais na composição do mobiliário”, disse Ricardo Hermeto, gestor do Sindimadeira-ES. Segundo Hermeto, hoje a indústria moveleira reage ao mercado propagando aos poucos, junto ao consumidor, o conceito da valorização do mobiliárioe a sua relaçãonodiaadiadasfamílias. A meta é trabalhar para colocar os móveis numa posição vantajosa diante do ato de consumo. Este é um desafio do mobiliário sob medida. A concepção do mobiliário capixaba sob encomenda vem da cultura italiana, também de forte influência nas artes, no folclore, na culinária e no processo civilizatório como um todo da população do Espírito Santo. Enfim, o segmento do mobiliário sob medida pode ser considerado uma indústria de protótipos, pois aqui são feitas peças únicas para os clientes. O móvel sob medida vem se destacando graças à iniciativa, à pesquisa e à criatividade do próprio empresariado. Porém a pressão competitiva levou o setor a identificar e incorporar tecnologias e planejar suas necessidades para motivar atitudes entre os moveleiros. A relação estratégica com o Sistema Findes, Sebrae/ES, prefeituras e outras organizações e instituições públicas e privadas instrumentaliza os empresários para melhorar o desempenho e a capacidade de suas marcenarias que contaram durante todo o ano de 2012 com ferramentas importantes de conhecimento para aperfeiçoar suas estruturas produtivas. 187
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ECONOMIA |
VESTUÁRIO Fotos: Arquivo Next
Agregar valor aos produtos: a saída para revigorar o setor de vestuário capixaba
Inovar para aumentar a competitividade Na indústria do vestuário, há também necessidade de capacitação para vencer a concorrência internacional
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setor têxtil e de confecções e vestuário continua enfrentando muitos desafios. O Espírito Santo tem um grande complexo de produção de moda, porém, é necessário investir em inovação para tornar-se competitivo e enfrentar a concorrência acirrada com os demais estados e com o exterior. O arranjo de confecções capixaba é formado principalmente por micro e pequenas empresas e caracteriza-se por um elevado percentual de informalidade em todos os municípios, o que constitui, de certa forma, uma barreira para a inovação e o
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crescimento das empresas, na visão do presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Linhares, Atílio Guidini. O setor vem se estabilizando, após a grande crise a que foi submetida a indústria capixaba. “Isso foi possível graças à ajuda dos incentivos do Governo e de novos trabalhos do setor. Priorizando a metodologia de design e a tecnologia, as indústrias tendem a crescer e se fortalecer”, diz Guidini. De todos os polos de vestuário do Estado, Colatina é o que tem a maior participação no PIB estadual, bem como apresenta o menor grau de informalidade: aproximadamente 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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Vitória Moda Show A quinta edição do Vitória Moda Show (VMS), o maior evento de moda do Espírito Santo, promovido pela Findes, gerou um volume de negócios da ordem de R$ 11 milhões. Cerca de 1.200 compradores, vindos de todos os municípios capixabas e também, especialmente, do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia, entre outros estados, estiveram no Centro de Convenções de Vitória, de 25 a 27 de julho. Entre compradores, profissionais de moda, estudantes, lojistas e visitantes, aproximadamente 10 mil pessoas prestigiaram a semana de moda capixaba de 2012. Os oito desfiles, que apresentaram as tendências para o alto verão 2013, receberam um público de seis mil pessoas.
24%, com a predominância de empresas de micro e pequeno portes, segundo dados do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (Iemi). Sobre investimento em design e tecnologia, Guidini afirma que essa realidade está inserida na cadeia produtiva de grandes empresas. No entanto, o cenário é diferente para os micro e pequenos empresários, responsáveis por grande parte da produção e empregabilidade. “A estes, cabe um alerta: as empresas que não inovam têm vida curta. Prova disso foi o que presenciamos no final de 2011 - o grande número de indústrias fechadas em virtude da falta de competitividade no mercado”, lembra o dirigente. Segundo o presidente da Câmara Setorial da Indústria do Vestuário da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Paulo Vieira, a expectativa de crescimento para o setor é um pouco mais otimista do que em anos anteriores, em razão do Contrato de Competitividade firmado entre o Governo do Estado e as indústrias do vestuário do Espírito Santo. “Com esse contrato, espera-se que as empresas possam ‘respirar’, ganhar fôlego, desenvolver projetos e reocupar o seu 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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As rodadas de negócios promovidas pelo SebraeES durante o evento envolveram 600 empresas. A semana contabilizou a participação de 79 expositores e 82 marcas, além de 1.100 pessoas nas cinco apresentações, nas quais foram debatidos assuntos como as transformações da moda, sustentabilidade e moda, mercado e marcas de sucesso e criatividade.
merecido lugar no mercado, com a redução do ICMS e a criação de um fundo em favor do desenvolvimento da indústria do vestuário. A expectativa é promover a indústria criativa da moda capixaba”, diz Vieira. Hoje, o Estado possui cerca de 1.300 indústrias no setor do vestuário, predominantemente micro e pequenas empresas (aproximadamente 98% do total), que geram algo em torno de 30 mil empregos diretos e indiretos, com forte participação feminina. Esses números demonstram o quanto a indústria do vestuário desempenha um papel relevante na economia capixaba, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social.
Gargalos O setor também apresenta alguns gargalos. De acordo com Paulo Vieira, a concorrência internacional é um grande entrave, é acirrada e até mesmo desleal. No entanto, não é o que mais preocupa, pois, internamente, a indústria do vestuário tem grande knowhow. “Os grandes gargalos são aqueles que impactam a competitividade da nossa indústria, como o custo Brasil e a insegurança jurídica, que contribuem para um ambiente de incertezas, sem perspectivas”, afirma. 189
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R$ 11 mi foram gerados na quinta edição do Vitória Moda Show
Já para a presidente do Sindicato das Indústrias de Confecções de Roupas em Geral do Espírito Santo (Sinconfec), Clara Orlandi, o grande gargalo do setor é o parque fabril desatualizado, lento, com máquinas ultrapassadas. “As empresas estão sem capital para investir, mas há também carência de mão de obra, principalmente no chão de fábrica. Grande parte das pessoas que fazem curso de costureira, por exemplo, não mostra interesse em trabalhar nas fábricas. Alimenta o sonho de abrir seu próprio negócio”, aponta. Além disso, Clara ressalta que a falta de gestão nas empresas é um problema que deve ser resolvido. Entretanto, a presidente do Sinconfec diz que as dificuldades serão amenizadas com o reposicionamento do negócio focando a indústria criativa, que visa a agregar maior valor aos produtos. De acordo com a presidente do Sinconfec, o Estado representa 2,3% do consumo de vestuário do Brasil. Em 2012, isso significa algo em torno de R$ 2,5 bilhões. Cada capixaba deve gastar, em média, R$ 730 com vestuário em 2012, mas a maior parte das marcas compradas são nacionais e internacionais. As marcas capixabas ainda são a minoria.
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A maioria dos empresários do arranjo de confecções do Estado aponta como principais responsáveis pelaestagnação das empresas a falta de capacidade de produção para atender ao mercado, seguida pela falta de preparação profissional. Em vista disso, qualificar profissionais com incentivo a trabalhar e desenvolver meios que propaguem a inovação é crucial para a expansão. Portanto, parcerias com Senai, Sesi, IEL e Sebrae são ferramentas importantes para melhorar a formação profissional e industrial. Competir com as indústrias nacionais e, principalmente, internacionais, é um grande desafio, em virtude dos juros altos e da carga tributária, bem como da infraestrutura ruim e da baixa qualidade do sistema educacional, que resulta em desqualificação de profissionais. “Os empreendedores do setor necessitam investir mais em design, no processo produtivo, em profissionais, no parque fabril, em planejamento estratégico de longo prazo, para que possam colher os resultados futuros”, receita Atílio Guidini. Para crescer, é necessário identificar cenários, desenvolver parceiros, trabalhar com produção em escala, diminuindo custos e monitorando resultados. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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ECONOMIA |
EMBALAGEM E QUÍMICA
Foto: Agência Petrobras
Momento é promissor para a expansão do setor químico capixaba
Setor vislumbra amplos horizontes no Espírito Santo Chegada de novas empresas e apoio inédito de programas federais expandem a janela de oportunidades
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erceiro segmento industrial na geração de emprego no país, com 357 mil postos de trabalho criados em 2011, reunindo 12 mil empresas no Brasil, com produção anual em torno de 6 milhões de toneladas e faturamento de R$ 60 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria do
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Plástico (Abiplast), a indústria do plástico no Espírito Santo tem elevado sua importância econômica, experimentando crescimento contínuo e concentrando hoje cerca de 5.000 profissionais, em 162 empresas. Recentemente, o Governo Federal anunciou a inclusão do setor plástico no Programa Brasil Maior. “Ainda é cedo para se falar em 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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No ES, a indústria do plástico tem grande potencial de crescimento e geração de emprego e renda
resultados, mas esta medida é emblemática para o nosso segmento. É a primeira vez, na história, que o setor integra um programa do Governo Federal. Essa inclusão representa o reconhecimento da nossa atividade para a economia nacional”, avaliou o presidente do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Espírito Santo - (Sindiplast-ES), Leonardo de Castro. A seu ver, esse cenário também mostra o potencial do setor para a economia capixaba, onde o plástico representa oportunidade de crescimento e desenvolvimento. Por isso mesmo, durante o ano os trabalhos realizados pelo Sindiplast-ES estiveram voltados para a identificação de oportunidades de investimentos e negócios, promoveram conhecimento e estimularam a capacitação e a competitividade das empresas. O setor realizou a 1ª Pesquisa de Investimento e Recursos Humanos para a área no Estado. Os dados, colhidos com empresas da Grande Vitória, Aracruz, Colatina, Linhares e São Mateus, apontaram que há uma previsão de investimentos de R$ 66,8 milhões para 2012, além de uma estimativa positiva em relação a novas contratações, com a expectativa de se chegar a 575 novos postos de trabalho no ano. Para qualificar a necessária mão de obra, o Sindiplast-ES firmou uma parceria com o Senai-ES e com o Sesi-ES, totalizando 121 profissionais capacitados no ano. Os planos do setor incluem ainda a criação da primeira Escola do Plástico no Espírito Santo, com quatro cursos de qualificação e nove de aperfeiçoamento, a fim de fomentar o desenvolvimento da indústria do plástico no Estado.
que é de 4%. “Há uma perspectiva de contínuo crescimento da indústria do plástico no Estado, uma vez que a indústria de construção civil e de alimentos e bebidas, muito ligadas ao segmento, estão se expandindo no Espírito Santo”, explica. O presidente do Sindiplast-ES enfatiza ainda a importância de o Governo do Estado concretizar a revisão do contrato de competitividade do setor, para atrair novos investimentos. “Nossas principais frentes de trabalho para 2013 serão a intensificação da capacitação da mão de obra, principalmente com a materialização da Escola do Plástico no Senai Civit, na Serra; a luta pela competitividade tributária; e o empenho em ampliar o relacionamento das indústrias do setor com os compradores”, finaliza.
Expectativa positiva para o próximo ano
Química deve alcançar novo patamar
Segundo Leonardo de Castro, a expectativa é de que o setor do plástico capixaba feche o ano com um crescimento em torno de 6%, superando a estimativa nacional,
Com relação à inserção do Estado na cadeia produtiva de elementos químicos, o momento é promissor. A opinião é do secretário-executivo do Sindicato da Indústria
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Foto: Agência Petrobras
de Produtos Químicos (Sindiquímicos), José Luciano Domingos. “Estamos num momento muito promissor, com a efetivação das plantas de gás nas regiões sul e norte do Espírito Santo, que têm como âncora empreendedora a Petrobras. O processamento do gás como combustível e energético já é realidade no Estado, que se destaca como grande produtor nacional”, revelou. Domingos ressaltou a dupla importância estratégica da implantação da fábrica de nitrogenados em Linhares, no norte do Estado, ora em processo de preparação da infraestrutura f ísica. De um lado, sua operação permitirá oferecer à agroindústria nacional insumos a preços competitivos, ajudando a reduzir a dependência externa do país num setor crítico para a expansão das atividades agrícolas . De outro 194
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lado, há expectativa de que a Petrobras conceda facilidades para exploração de fracionamentos de gás à iniciativa privada. “Isso materializado, permitirá aderência de pequenos satélites empresariais ao redor da planta, fortalecendo empregabilidade e inserção positiva de renda social”, disse.
Oportunidades ampliadas O Complexo Gás-químico UFN-IV irá produzir fertilizantes e produtos químicos derivados do gás natural (metanol, ácido acético , ácido fórmico e melamina). O empreendimento incrementa o desenvolvimento regional, além de gerar novos postos de trabalho e melhorar a qualificação da mão de obra local. A previsão é de criação de aproximadamente 8.800 postos de trabalho na construção e 400 empregos diretos com o início da operação. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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Sua implantação já propiciou a oportunidade de o governo Casagrande negociar a vinda para o Estado da indústria italiana DDChem, que aqui produziria resina, endurecedores epóxi e poliamidas, insumos bastante usados nas indústrias de rochas ornamentais, automotiva, calçadista, tintas e pisos. O convite foi feito à empresa durante a visita do governador à Marmomacc, a feira do mármore e granito realizada em setembro na cidade de Verona, na Itália. Os investimentos iniciais serão de R$ 25 milhões e irão gerar 60 empregos diretos. De acordo com Domingos, o Espírito Santo, a exemplo do Brasil, ainda carece de laboratórios qualificados para produção de química fina, que historicamente ainda é um segmento
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dominado pelos grandes centros da Europa e EUA. O Estado se coloca neste momento em uma vitrine nacional, quiçá mundial, por competência logística e possibilidade de atrair interesses de empreendedores de alquimias finas – e, em sua avaliação, não seria ousadia afirmar que há espaço para buscar parcerias com os grandes laboratórios internacionais. “Temos riqueza de matérias-primas naturais e o Brasil pode se tornar um grande transformador de bases moleculares para experimentos inusitados. Provavelmente, está aí a grande esperança do desenvolvimento do gênero química fina. É um setor altamente tecnológico e que pode provocar sinergia entre a universidade, o produto e consumo”, conclui José Domingos.
6% É o crescimento esperado para o setor de plásticos no ES em 2012, superando a estimativa nacional, que é de 4%
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ECONOMIA |
INOVAÇÃO
Inovação na indústria pode ampliar competitividade das empresas
Indústria capixaba em busca de novo perfil Empresários apostam no fomento à inovação como caminho para sedimentar o crescimento econômico do Espírito Santo
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or enxergar a inovação como forma de trazer ganhos competitivos, no ano de 2012 o assunto vem recebendo uma grande atenção por parte da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e da Secretária de Estado da Ciência
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e Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Trabalho (Sectti), que está elaborando o Mapa da Inovação – um documento que identifique e conjugue as competências estabelecidas, demandas do setor produtivo e recursos disponíveis para a inovação no Estado.
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Espírito Santo quer fabricar produtos com maior valor agregado
“Há um ambiente propício e fontes de fomento disponíveis”, informou Luiz Alberto Souza Carvalho, diretor para Assuntos de Inovação Industrial da Findes, destacando que a elaboração do Mapa proporciona aos agentes envolvidos – governo estadual e entidades civis – a oportunidade de expor suas ofertas e demandas. A inovação na indústria assegura maior agregação de valor ao produto e capacidade de competição às empresas, afi rma o presidente da Findes, Marcos Guerra. Ele ressalta que mesmo num Estado exportador de commodities, como o Espírito Santo, onde se destaca a indústria extrativista, esta não deve trabalhar apenas com a exportação de matéria-prima, mas sim com produtos acabados ou, pelo menos, semiacabados. “Isso gera mais lucro para as empresas, pois o valor de mercado varia de quatro a dez vezes mais que o produto básico”, explica Guerra. E para quem já tem uma proposta ou projeto inovador, no ano de 2012 vários bancos abriram linhas de fi nanciamento específicas, como é o caso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No Espírito Santo, também o Bandes e o Banco do Nordeste financiam projetos de inovação. O primeiro oferece, desde agosto deste ano, uma linha de crédito com recursos vindos do Fundo de Recuperação Econômica do Estado do Espírito Santo (Funres). A nova linha oferece até R$ 200 mil em investimentos,
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com prazo total de até seis anos para pagamento, carência de dois anos e juros de 9% ao ano. Os recursos são destinados a colocar em prática projetos de produtos e serviços de inovação, introduzi-los no mercado, e também podem ser utilizados na aquisição de softwares produzidos por empresas capixabas. Já o BNB dispõe do Programa de Financiamento à Inovação (FNE Inovação), que fi nancia até 90% do projeto, com cinco anos de carência e até 15 anos para pagamento. Para ajudar as empresas que querem inovar, mas não sabem por onde iniciar o processo, a Findes está desenvolvendo uma metodologia para a gestão da inovação que vai apoiar, principalmente, as pequenas e médias indústrias a implementarem estratégias inovadoras. A metodologia toma como base a norma “NBR 16501:2011 – Diretrizes para Sistemas de Gestão da Pesquisa, do Desenvolvimento e da Inovação”, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), e será operacionalizada pelo IEL-ES. A Findes vem trabalhando também no sentido de viabilizar a implantação de seu Centro Tecnológico de Inovação. “O projeto da atual gestão é a criação de um Centro perfeitamente integrado à indústria local, desenvolvendo patentes, criando novos produtos ou aperfeiçoando os já existentes no mercado, e ainda atuando na formação técnica e em nível superior com foco justamente nas demandas da indústria local”, esclarece Luiz Alberto Souza Carvalho.
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ECONOMIA |
MEIO AMBIENTE
Com técnicas e tecnologias mais eficientes, indústrias vêm buscando reduzir a utilização dos recursos naturais
Indústria e Governo buscam caminhos convergentes em prol da sustentabilidade A indústria tem percebido que desenvolver ações voltadas para o meio ambiente é um caminho para a sustentabilidade. Porém, esbarra na burocracia dos órgãos licenciadores
P
or muito tempo as ações para preservar o meio estiveram calcadas principalmente nas políticas de preservação ditadas pelos órgãos públicos. Aos poucos, o mercado levou o empresário a perceber que desenvolver ações voltadas para o meio ambiente seria um caminho para a permanência de sua empresa, tornando-a mais competitiva e angariando dividendos de imagem junto à opinião pública. Hoje, a conscientização é ainda mais ampla, revelando genuína preocupação com a sustentabilidade. No Estado, a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) tem promovido a interlocução entre as diferentes instâncias, movimentando-se no sentido de inserir o empresário não somente em discussões internas, mas também naquelas que 198
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acontecem no Estado e no país. Um destaque nesse sentido foi a atuação proativa da entidade no posicionamento do segmento industrial do Espírito Santo junto à Confederação Nacional das Indústrias por ocasião da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Em 2011, no início da atual gestão da Findes, foi criada a Diretoria de Meio Ambiente da entidade. A partir de então, tem sido possível acompanhar as legislações federal, estadual e municipais que tratam desse tema, além de avaliar ações de instituições públicas e privadas que buscam incorporar a sustentabilidade como condição do desenvolvimento econômico e social. A Findes ampliou o escopo das discussões junto ao Governo do Estado, com a participação no grupo de trabalho para a criação da 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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minuta da Política Industrial do ES, e marcou claramente sua posição frente à criação de novas unidades de conservação pelo governo estadual. Embora a participação das empresas nas questões de sustentabilidade tenha aumentado, a indústria esbarra numa questão que tem se mostrado um entrave ao desenvolvimento: a burocracia dos órgãos licenciadores. O presidente do Conselho Superior de Meio Ambiente da Findes (Consuma), Wilmar Barros, relata que o setor industrial faz muito mais pelo meio ambiente do que os setores públicos. “O setor inova o tempo todo e tem buscado caminhos para crescer com sustentabilidade. Descobrimos que o grande problema são as leis, que mudam da noite para o dia. Sustentabilidade significa adotar atitudes sustentáveis em seu emprego, em sua empresa e no meio em que vivemos. Quando há mudanças nos processos,
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desencadeia-se aquilo que chamamos de insustentabilidade”, disse.
Cadeia sustentável De acordo com o secretário de Estado do Desenvolvimento do Espírito Santo, Márcio Felix, do ponto de vista econômico é importante fazer com que a indústria empregue mais tecnologia e utilize menos recursos naturais. “Queremos que os resíduos de um processo sejam insumo de outro. Que possamos estar dentro de uma grande cadeia produtiva no Estado, integrada ao Brasil e ao mundo, de maneira sustentável, equilibrando o ambiental, o social e o humano. Se compararmos as décadas, vemos uma grande evolução. Estamos lançando o Programa Estadual de Desenvolvimento Sustentável. Os processos ambientais estão mais rigorosos. É um desafio e nós estamos caminhando”, finalizou Felix.
“Queremos que os resíduos de um processo sejam insumo de outro. Que possamos estar dentro de uma grande cadeia produtiva no Estado” Márcio Felix, secretário de Estado do Desenvolvimento
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ECONOMIA |
EDUCAÇÃO
Foto: Nestor Müller/Secom-ES
Os recursos aplicados na Educação devem garantir oportunidades para todos os capixabas
Investimento cresce mais de 200% em 10 anos A previsão orçamentária é um dos indicadores da prioridade dada pelo Governo do Estado à Educação
O
investimento do Governo do Espírito Santo em Educação apresenta-se numa curva ascendente na última década. De 2002 até agora, o orçamento para essa àrea passou de R$ 532, 6 milhões para R$ 1,67 bilhão (valor autorizado a gastar em 2012). Essas cifras representam, no período, um desembolso anual ampliado em mais de 213%, segundo dados da Secretaria de Estado da Educação (Sedu). 200
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O Orçamento do Estado para a Educação em 2012 contempla os gastos com pessoal, programas educacionais e investimentos. De acordo com o secretário de Estado de Educação, Klinger Barbosa Alves, apesar da obrigatoriedade constitucional da aplicação no campo do ensino ser de 25%, os recursos destinados à área em 2012, mais uma vez, ultrapassam o índice estipulado. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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ESTRUTURA
2002
2012
R$ 5,5 milhões. Para as Apaes e Pestalozzis, o biênio 2011/2012 será o mais significativo, com repasse previsto de R$ 3,9 milhões, sem contar a alocação de pessoal nas instituições, que resulta em investimento da ordem de R$ 20 milhões anuais.
Escolas estaduais
1.369
545
Ideb
Alunos
465.579
301.414
Raio-X da Educação no Espírito Santo:
Professores
24.575
23.160
Investimento em Educação
R$ 532, 6 milhões
R$ 1,67 bilhão
Para pessoal, a previsão é gastar em torno de 64% do Orçamento. Em transporte e alimentação escolar são 10% e, em obras, mais 10%. Em 2011, o Governo investiu em torno de R$ 116 milhões em reformas, construção e manutenção de escolas e a previsão para 2012 é manter o ritmo de investimento. O secretário explica também que a previsão orçamentária é um dos indicadores da prioridade dada pelo Governo do Estado à Educação que obtém, como resultado, um aumento significativo nos gastos por aluno da rede estadual: em 2003, eram R$ 1.068 e, em 2011, chegaram a R$ 4 mil. “O investimento na formação dos professores também é destaque ao longo dos últimos anos, passando de R$ 769 mil, em 2004, para mais de R$ 7 milhões em 2012”, afirma Klinger. Mas, além de aumentar o investimento direto em Educação, o Estado foi responsável por parte significativa dos recursos investidos pelos municípios. Ao longo de 10 anos, o Estado recebeu do Fundef/Fundeb R$ 4,31 bilhões, mas repassou às prefeituras R$ 7,21 bilhões (dados até abril de 2012). O Governo do Estado ainda mantém investimentospormeiodeparceriascomoMovimento de Educação Promocional do Espírito Santo (Mepes), para a educação no campo, e com as Apaes e Pestalozzis, a fim de incrementar o atendimento educacional especializado. Para o Mepes, os repasses vêm aumentando sucessivamente desde 2006, quando o governo destinou R$ 2,49 milhões à entidade, e chegam a 2012 com a previsão de
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R$ 4mil É o gasto por aluno da rede estadual de ensino
Elaborado a cada dois anos, o Ideb mede a qualidade do ensino em todo o país, por meio do desempenho dos alunos em provas de Língua Portuguesa e Matemática e também por meio da taxa de aprovação. A cada edição, as redes municipais e estaduais têm metas específicas de desempenho a serem alcançadas. Porém, no ensino médio, responsabilidade dos governos estaduais, mesmo com todos os investimentos o Espírito Santo não atingiu a meta estabelecida, de 3,4 pontos. O Ideb nessa etapa ficou em 3,3 pontos, menor inclusive que em 2009, quando a rede chegou a registrar 3,4 pontos. O MEC não divulga as notas por escola no ensino médio, apenas o desempenho geral da rede. Segundo, Klinger Barbosa, a queda ocorreu devido a uma mudança no sistema de aprovação. “Até 2010, o aluno podia ser aprovado mesmo tendo dependência em outras matérias. Hoje, não pode mais. Como a reprovação aumentou e essa taxa influencia no cálculo do Ideb, tivemos uma pequena queda”, diz o secretário.
Rede privada Em relação à rede privada de ensino, o superintendente do Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Espírito Santo (Sinepe), Geraldo Diório Filho, diz que o Estado tem muito a comemorar. De 92 escolas/ instituições de ensino e 78 mil alunos, em 2002, hoje o Espírito Santo possui 528 escolas/ instituições e 270 mil estudantes.Além disso, a rede privada conta com 17.600 colaboradores, sendo que deste total 9.600 são professores. Em termos de investimentos, a estimativa é da ordem de R$ 920 milhões para 2012, o que representa 1,06% do Produto Interno Bruto (PIB) capixaba. Levando em consideração que o PIB da Educação no Brasil é de 1,3% do valor total, o Espírito Santo está dentro da média nacional. 201
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ECONOMIA |
EDUCAÇÃO
Ensino técnico O Serviço Social da Indústria (Sesi-ES) e o Sistema Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-ES), juntos, oferecem mais de 390 cursos técnicos profissionalizantes, hoje, no Estado. São cursos com duração de 20 horas a 1.700 horas, treinamentos e aperfeiçoamentos que podem ser ministrados até dentro da própria empresa. Segundo o gerente da Divisão de Educação Continuada do Sesi-ES/Senai-ES, Giovani Gujansky, os cursos são voltados para pessoas com idade acima de 16 anos. Os cursos de formação inicial e continuada têm duração de 12 a 400 horas e disponibilidade nos turnos matutino, vespertino e noturno. Os interessados podem procurar a Unidade do Sesi/Senai mais próxima ou obter informações pelos siteswww.es.senai.br ou www.sistemafindes.org.br/sitesesi. 202
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Educação executiva e empresarial O Instituto EuvaldoLodi (IEL-ES), outra entidade do Sistema Findes, promove a educação executiva e empresarial por meio de cursos de curta e média duração, pós-graduação, seminários e palestras. Os cursos podem ser realizados em formato aberto ou customizados in company. Segundo o gerente Fernando Gomes da Unidade de Negócios e Projetos do IEL-ES, entre os benefícios das atividades oferecidas pela entidade estão a forte interação entre o meio acadêmico e a indústria, aumentando as chances de ingresso no mercado de trabalho em uma boa posição, a oportunidade de {atualizar conhecimentos trazidos do ambiente acadêmico e praticados no mercado e o desenvolvimento profissional. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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ECONOMIA |
INDÚSTRIA CRIATIVA
Arte, habilidade e talento são características da indústria criativa
Indústria criativa, a indústria do futuro Crescimento econômico mundial aposta nas indústrias que priorizam a criatividade
A
indústria criativa tem conquistado o mercado mundial e seu conceito vem se tornando modelo para a economia moderna em diversos países, por se tratar de uma fonte de ideias inovadoras e originais. Muito associada à criatividade, à habilidade e ao talento, esse tipo de indústria tornou-se fundamental para a geração de riqueza, emprego e crescimento mundial. Especialistas apontam que entre 2006 e 2009 a expansão da indústria criativa foi de 21%, diante de um crescimento de 6% da formal. A base de
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dados sobre o setor ainda é escassa, mas a estimativa é de que a atividade empregue 7.573 pessoas no Estado. No Brasil, além das poucas estatísticas disponíveis, a aplicação do conceito é recente. Mas na experiência mundial já surgiu até faculdade de indústria criativa, a exemplo da Austrália. De olho nesse perfil de crescimento, a Federação das Indústrias do Espírito Santo - Findes tem desempenhado um 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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A Findes quer disseminar o conceito de indústria criativa e fomentar o segmento
papel pioneiro com o objetivo de unir atores visando a disseminar o conceito e fomentar ações voltadas a desenvolver esse segmento. Para isso, conta com uma ferramenta importante: o Comitê da Indústria Criativa, criado em julho de 2011 e oficialmente instalado em julho de 2012, quando realizou sua primeira reunião. O presidente é José Carlos Bergamin, empresário do ramo de confecções. Uma das tarefas prioritárias do Comitê, segundo Bergamin, é a divulgação do conhecimento acerca do assunto. “Temos visto que o nível de conceituação, informação e domínio sobre o tema é muito vago. Confundem o assunto com sustentabilidade, terceiro setor, economia criativa. Para termos mais divulgação, incluímos no nosso Comitê o Departamento de Marketing da Findes e posteriormente as assessorias das indústrias participantes nesse processo”, destacou. Conforme Bergamim, o Comitê utilizará as salas de aulas para divulgar o conceito de indústria criativa. “O Sesi e o Senai também participarão, pois concluímos que uma forma de promover a informação é colocá-la nas salas de aula. Nisso, as duas entidades desempenharão papel fundamental. Assim, teremos todas as formações técnicas com o conceito bem definido, de modo a torná-lo público”, disse. Bergamin explica que o Sebrae terá também papel importante. “O Sebrae vai formular um projeto piloto que será aplicado em 600 empresas capixabas, destas 50 preencherão um cadastro completo. A metodologia será toda desenvolvida pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo, o Ideies. A ideia é que o projeto, pioneiro no Brasil, seja elaborado em dois anos e que sua base seja formada para se desenvolver como arranjo produtivo.
União pela criatividade O Comitê da Indústria Criativa conta com a participação de representantes do Sistema Findes – incluindo o Instituto Rota Imperial, o IRI, cuja gestão é da própria Findes –, governo estadual, Sebrae, sindicatos, universidades, 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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segmentos industriais voltados para a moda, propaganda, gastronomia e fabricantes de softwares. O gerente-executivo do Ideies, Doria Porto, explica que o IRI passou a integrar o Conselho como uma das âncoras desse segmento. O Comitê foi dividido em quatro grupos: moda; arquitetura e design de interiores; gastronomia, turismo e artesanato; e software e aplicativos. “Esses grupos têm a responsabilidade de desenhar uma metodologia para desenvolver os setores neles inseridos. Teremos como ponto de partida o desenvolvimento da indústria moveleira, de confecções e de rochas. A metodologia desenvolvida vai gerar um plano piloto que servirá de modelo para o Sebrae Nacional”, anuncia Doria.
600 empresas serão atendidas pelo Sebrae para ingressarem na indústria criativa
Método inglês O modelo a ser produzido seguirá os moldes aplicados na Inglaterra - país de maior crescimento da economia criativa, com taxa de 8% ao ano, além de participação de 8,2% no PIB e 6,4% da força de trabalho empregada na área. A proposta é ampliar a capacidade produtiva do Espírito Santo, uma vez que sua economia ainda é muito atrelada às grandes indústrias capixabas. 205
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ECONOMIA |
POLÍTICAS PÚBLICAS Fotos: Samuel Vieira
Políticas públicas melhores podem garantir o fortalecimento da indústria capixaba e nacional
Por uma indústria capixaba mais forte e competitiva Programas estaduais buscam fomentar a criação e manutenção de empregos, renda e evolução na capacitação profissional
O
aumento do espaço que a indústria brasileira tem ocupado no foco do desenvolvimento de políticas públicas traduz o reconhecimento, pelo Governo, da importância que o assunto tem como fator preponderante para o sucesso do país. Ainda há muito para avançar, mas os esforços, tanto da iniciativa privada quando do poder público, estão focados em um único objetivo: o crescimento e fortalecimento da economia brasileira. A redução da taxa de juros, o alongamento dos prazos de financiamento, a redução da valorização indevida e irreal da moeda, a desoneração da folha de pagamentos para um número maior de segmentos da economia são algumas das iniciativas que podem ser comemoradas pelos empresários capixabas, segundo o presidente
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do Conselho Temático de Assuntos Legislativos (Coal) da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Sergio Rogerio de Castro. Em certos segmentos, como o de vestuário, a ação governamental para proteger a indústria contra práticas desleais de concorrência, como subfaturamento e dumping, também deve ser registrada, de acordo com o presidente do Coal. “As desonerações tributárias, apesar de serem pontuais, limitadas, também constituíram ações positivas”, acrescenta. Na avaliação de Castro, política pública pode e deve ser melhorada todos os dias. “O conjunto de ações do Executivo 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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estadual que hoje está em vigor para estimular o desenvolvimento do setor industrial é bom, tem sido operado com inteligência e agilidade por parte do Governo, em especial pela Secretaria de Desenvolvimento, pelo Bandes, pela Aderes e pelo Banestes”, diz o presidente do Coal. No entanto, ele cita ainda alguns gargalos e entraves ao desenvolvimento nas áreas ambiental e trabalhista, na ação do Ministério Público Estadual e na morosidade das aprovações de projetos pelas prefeituras. “Precisamos e podemos melhorar urgentemente em todas as frentes, mas nestas últimas os avanços precisam ser maiores e mais rápidos, pois o Estado pode crescer mais com o envolvimento de todos”, afirma. Sergio Rogerio de Castro diz que é preciso fazer no Espírito Santo o que já foi feito há muito tempo em vários estados: um pacto de convergência, para a obtenção de um crescimento sustentável mais rápido. “Os três poderes estaduais, o Ministério Público, os parlamentares federais, a sociedade organizada, operam um sistema de governança ágil e leve para avaliar como os entraves ao desenvolvimento mais rápido do Estado podem ser superados”, ressalta.
Competitividade A Secretaria de Estado de Desenvolvimento (Sedes) tem o papel de propor e implantar projetos que direcionem o crescimento capixaba e a geração de novas oportunidades na economia local. Atua como interlocutora com e entre os setores produtivos e promove programasdeincentivosquevisamàampliação da competitividade e ao desenvolvimento da indústria, como o Invest e os Contratos de Competitividade. De formas diferentes, todos visam a apoiar as cadeias produtivas, fomentando a manutenção e criação de empregos, ocupação, renda e evolução na capacitação profissional. O Contrato de Competitividade é um instrumento adotado pelo Governo do Espírito Santo para a concessão de benefícios fiscais a setores produtivos locais, fruto de discussão com os representantes desses 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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segmentos. Pelo Contrato, eles assumem o compromisso de aumentar a competitividade das suas empresas em relação às similares de outras regiões do país, investindo em ações que resultem em seu próprio desenvolvimento socioeconômico sustentável. Batizado de Proedes, o Programa de Desenvolvimento Sustentável do Espírito Santo é outra política pública, anunciada em setembro, que tem como meta preparar o Espírito Santo para equilibrar os investimentos públicos e privados em todas as regiões e reduzir o impacto econômico das perdas causadas pelo enfraquecimento do Fundap e as possíveis alterações na distribuição dos royalties de petróleo, em debate no Congresso Nacional. Outro exemplo de política pública estadual vem da Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes), que desde fevereiro de 2011 gerencia ações governamentais voltadas ao desenvolvimento dos micro e pequenos empresários e dos empreendedores individuais do Estado, levando muitos a deixar a informalidade. A Agência de Serviços Públicos de Energia (Aspe), também ligada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento, trabalha as políticas públicas relacionadas ao setor energético visando ao desenvolvimento socioeconômico sustentável e ao planejamento energético do Espírito Santo. As indústrias contam ainda com diversos programas estaduais de qualificação profissional, como a Política Pública de Inclusão Digital, o Qualificar-ES, o Nossa Bolsa, a Bolsa de Iniciação Científica, de Mestrado e Doutorado, além do Polo de Inovação, entre outros, aplicados pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Trabalho (Sectti). De acordo com a Sedes, essas ações, aliadas às linhas de crédito oferecidas pelo Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) e pelo Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes), permitem às indústrias crescimento e desenvolvimento, gerando oportunidades para todos os capixabas.
É preciso fazer no Espírito Santo o que já foi feito há muito tempo em vários estados: um pacto de convergência, para a obtenção de um crescimento sustentável mais rápido
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ARTIGO |
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL
Desenvolvimento social e econômico requer prioridade à educação Paulo Hartung é economista e ex-governador do Estado Espírito Santo (2003-2010)
A
partir do acertado tema desta edição do anuário “200 Maiores”, é preciso dizer que o Brasil vive um momento decisivo quanto ao seu futuro. Vivemos um tempo crucial, em que é urgente construir renovadas bases de desenvolvimento socioeconômico. Os bons ventos oriundos da estabilidade possibilitada pelo Real, das reformas estruturantes dos anos 90 e início dos 2000, e do incremento inédito da exportação de commodities em anos recentes começam a perder força. Isso sem falar no alastramento da crise mundial. A China, que se tornou nosso maior parceiro, dá sinais de diminuição de atividade econômica. A Europa não consegue emergir da crise oceânica em que mergulhou. E os Estados Unidos vivem um lento processo de recuperação. O receituário que o país usou no início da crise, em 2008/2009, basicamente viabilizando a ampliação do crédito, já não está surtindo o efeito esperado pelo Governo. O ano de 2011 registrou um “pibinho” (2,7%) e este 2012 acumula indicadores de que o PIB será ainda bem menor. Diante dessa conjuntura e visando à continuidade e, principalmente, ao avanço no processo de crescimento vivido nas duas últimas décadas, a constituição de um novo projeto de desenvolvimento tornou-se inadiável. Há quem não veja barreiras insuperáveis para o Brasil crescer de 5% a 6% ao ano. Para chegar lá, porém, é preciso investimentos em educação, inovação, infraestrutura logística, redução da carga tributária, modernização das gestões e processos governamentais, diminuição do custo da energia, além das
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reformas nos campos do trabalho e da previdência, entre outros. Dentre esses vários temas, vou me deter na primeira questão. Isso porque a educação, além de ser a base para a superação do abismo da desigualdade que ainda marca o país, constituindo-se como um dos principais fatores para a ampliação da oferta de oportunidades sustentáveis ao nosso povo, principalmente à juventude, está diretamente ligada à inovação e ao
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fortalecimento/expansão da produção nacional, com benefícios evidentes para toda a nação. Historicamente, os países que mais avançaram são prova de que a educação de qualidade é o melhor caminho para a constituição de um modelo de desenvolvimento justo, inclusivo e competitivo, portanto, sustentável. O que dizer, então, do lugar da educação no atual modo de produção, baseado no saber? No capitalismo contemporâneo, todas as atividades dependem de informação, tecnologias e conhecimento para se tornarem competitivas e qualificadas. Nos tempos da sociedade da informação, articulada planetariamente em rede, não se pode pensar em desenvolvimento a longo prazo sem investimento em educação e capacitação para o incremento da produtividade e a geração de inovação. Olhando atentamente, o Brasil também tem bons resultados a partir do investimento em educação de excelência, apesar de serem casos pontuais. Temos os exemplos do agronegócio, com a Embrapa, da exploração de petróleo em águas profundas, com a Petrobras, e da aeronáutica, com a Embraer.
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Agora, na sociedade do conhecimento, o impositivo desafio é tornar regra o que, infelizmente, foi tratado até aqui como exceção. Nesse sentido, à frente do Governo do Estado, demos prioridade total à educação, com investimentos em todas as áreas, da realização de concursos à construção de novas unidades educacionais, passando pela constituição de um plano estratégico para o setor. Também podemos citar a criação do Programa Ler, Escrever e Contar, para enfrentar o desafio da alfabetização; os aportes à melhoria da gestão escolar; e os investimentos na formação dos educadores, que incluíram desde a oferta de cursos de atualização até o trabalho junto a 30 faculdades para aprimoramento dos currículos das licenciaturas de Pedagogia, Letras, Matemática e Ciências Biológicas. Tendo em vista a democratização do acesso às oportunidades, criamos os programas Nossa Bolsa (curso superior), Bolsa Sedu (ensino profissionalizante) e Bolsa Sedu Idiomas. Também instituímos a Rede de Educação Técnica, entre outras ações. Ainda estivemos juntos com outras instituições e lideranças num movimento para interiorizar a rede de ensino do Sistema S, ampliar a presença do Ifes (caminhamos para ter 20 unidades no Estado), e fortalecer a atuação da Ufes no norte e no sul capixabas. Recentemente, fiz uma sugestão à Findes para que ela liderasse, no âmbito da sociedade civil organizada, um movimento pela qualificação da educação no Estado. Precisamos mobilizar todas as forças e meios disponíveis, inclusive com os recursos do petróleo, para investir na formação cidadã e na capacitação profissional da juventude, com vistas à conquista do reino da igualdade entre nós e ao alcance de um modo sustentável de produção de prosperidade. Enfim, neste momento em que o Brasil se encontra na impositiva hora de fazer reformas que garantam um processo de desenvolvimento sustentável para as atuais e futuras gerações, a prioridade deve ser dada à qualificação educacional. Afinal, a conquista de uma sociedade justa, igualitária e economicamente competitiva passa necessariamente por esse caminho. Como venho defendendo, que se estabeleça, pois, um mutirão nacional pela qualidade da educação – uma tarefa, um “dever de casa” obrigatório para todos em nosso país, incluindo as nossas queridas terras capixabas.
“No capitalismo contemporâneo, todas as atividades dependem de informação, tecnologias e conhecimento para se tornarem competitivas e qualificadas. Não se pode pensar em desenvolvimento a longo prazo sem investimento em educação e capacitação”
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ARTIGO |
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL
Márcio Félix Bezerra é secretário de Estado de Desenvolvimento
“Temos uma economia diversificada, que gera oportunidades aos capixabas em vários segmentos e permite que o crescimento dos municípios se baseie em suas próprias vocações, alicerce do nosso desenvolvimento descentralizado”
Inovação e tecnologia: novas fronteiras da economia
O
Governo do Estado tem dado passos largos em direção a um futuro desenvolvido de forma sustentável. As empresas que aqui se instalam são resultado de um trabalho duro para alcançar um crescimento econômico bom para todos, de forma harmoniosa e descentralizada. Um desses passos é o investimento em inovação e tecnologia, que permite a ampliação da competitividade dos nossos empresários no mercado. Exemplo desse processo é a nova Lei de Inovação, sancionada no último dia 15 de outubro, com o objetivo de beneficiar diversos setores econômicos através de incentivos à tecnologia, pesquisa científica, engenharia de inovação, entre outros pontos que permitirão maior capacitação e desenvolvimento industrial no Espírito Santo. Essa proposta faz parte do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Espírito Santo (Proedes), criado pelo Governo do Estado, que apresenta ações em infraestrutura, educação, qualificação e comércio exterior, entre outras propostas para tornar o Estado mais eficiente e competitivo. Um dos destaques para a melhoria da competitividade dos setores econômicos é a recente atualização do Contrato de Competitividade do setor de vestuário no Espírito Santo. Essa atualização visa a atender a esse novo momento capixaba, incentivando a qualidade na gestão, inovação em design e tecnologia e meio ambiente. Nessa nova proposta, foi criado o Fundo de Inovação da Moda Capixaba, que permite a cada empresa inserida do Contrato de Competitividade retirar até 80% do valor investido no mesmo para aplicar em tecnologia e criatividade. Essas ações são importantes para a melhoria dos patamares de produção, especialmente no setor têxtil, um segmento tão tradicional e importante para o Estado e que mantém uma intensa relação com o comércio internacional.
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Além disso, temos uma economia diversificada, que gera oportunidades aos capixabas em vários segmentos e permite que o crescimento dos municípios se baseie em suas próprias vocações, alicerce do nosso desenvolvimento descentralizado. Hoje, temos uma carteira com projetos que somam cerca de R$ 100 bilhões de investimentos até 2016 nas mais diversas áreas, pois o Espírito Santo está preparado para receber empreendimentos de diversos setores. Por ser um Estado com uma localização geográfica privilegiada, o que nos dá uma vantagem competitiva natural, recebemos investidores de toda parte, mas a atração de novas empresas é fruto de um trabalho planejado com a certeza de que estamos buscando a melhoria da qualidade de vida dos capixabas. Estamos em um novo momento, uma nova fase da economia. O atual período é de ver tornar-se realidade o sonho de abrirmos novas fronteiras para o crescimento sustentável do Espírito Santo, que conta sempre com o empreendedorismo dos capixabas, que com sua criatividade e otimismo fazem do Espírito Santo um excelente lugar para se trabalhar, investir e viver. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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ENERGIA E INFRAESTRUTURA
Desafios e oportunidades dos próximos anos Luiz Robério Silva Ramos é gerente-geral da Unidade de Operações de Exploração e Produção da Petrobras no Espírito Santo
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o ano em que completa 59 anos de fundação e 55 anos de atividades no Espírito Santo, a Petrobras apresentou seu Plano de Negócios e Gestão (PNG) 20122016 pautado em metas realistas, com uma visão pragmática, apontando para o crescimento. Nesse contexto, a participação do Espírito Santo é significativa e também crescente. Ao analisarmos o cenário das atividades e da produção de petróleo e gás natural no Espírito Santo, é possível identificar um conjunto de oportunidades para a Petrobras, para o Estado, para os fornecedores e também para a sociedade capixaba como um todo. O Estado é hoje o segundo maior produtor de petróleo do Brasil, com previsão de superar, ao final de 2012, a marca de 300 mil barris de óleo por dia (bpd) e 10 milhões de m3/dia de gás, apenas nas concessões da Petrobras. Nos próximos quatro anos, de acordo com o PNG 2012-2016, o Espírito Santo receberá projetos avaliados em US$ 17 bilhões, valor 17,4% superior ao estimado no plano anterior (20112015), o que ratifica a importância do Estado para a indústria do petróleo.
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No PNG 2012-2016 da Petrobras, US$ 13,2 bilhões estão destinados para implementação de projetos da área de exploração e produção no Espírito Santo, com destaque para a instalação de mais duas unidades flutuantes de produção. O FPSO (unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência) denominado CidadedeAnchieta,comcapacidadeparaproduzir 100 mil bpd de óleo e 3,5 milhões de m3/dia de gás, está, no momento, em pleno processo de crescimento da produção através da conexão dos poços produtores. Já o FPSO P-58, com início de operação previsto para o primeiro trimestre de 2014, acrescentará 180 mil bpd de óleo e 4 milhões de m3/dia de gás à capacidade de produção no litoral capixaba. O gás produzido nos dois FPSOs citados será transportado através do Gasoduto Sul-Norte Capixaba, que inicia a operação em novembro do corrente ano, até a Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC), em Linhares, onde será processado. Este ano, com a conclusão da última etapa da UTGC, a capacidade de processamento no Estado já é de 18,5 milhões de m3/dia de gás e de 34 mil bpd de condensado. Outros investimentos na área de exploração e produção estão no desenvolvimento complementar no campo de Golfinho, no adensamento da malha de produção do FPSO P-57 e na avaliação de descobertas no litoral norte do Estado, como as da região do Parque dos Doces. Com investimentos previstos na ordem de US$ 150 milhões ao ano, os projetos nas atividades de produção terrestre no norte do Espírito Santo estão mantidos, com o objetivo de aumentar a produção na região. Esses projetos têm como característica comum o uso intensivo de mão de obra e de serviços, numa área que é praticamente um laboratório a céu aberto para aplicação de novas tecnologias. Para implementar esses projetos de produção e incorporar novas reservas, a Petrobras prevê, no PNG 2012-2016, a perfuração de cerca de 150 poços no Espírito Santo, dos quais aproxima-damente 80 em terra. Do total de poços, 80 são destinados ao desenvolvimento da produção de 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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petróleo e 70 têm objetivos exploratórios, ou seja, realizar ou delimitar novas descobertas. Investimentos significativos deverão ser aplicados nos projetos das áreas de gás e energia e de abastecimento no Espírito Santo, como o Complexo Polo Gás-químico (UFN-IV), em Linhares, o Terminal Aquaviário de Barra do Riacho, e o Terminal de Gás Natural Liquefeito de Barra do Riacho, em Aracruz. A UFN-IV utilizará o gás natural para produzir ureia, empregada principalmente como fertilizante, metanol, insumo utilizado em várias indústrias químicas e outros produtos constantes da pauta de importação brasileira. O Terminal Aquaviário de Barra do Riacho será responsável por exportar o GLP (gás de cozinha) e o C5+ (importante insumo petroquímico) produzidos em Cacimbas. O Terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL), em fase inicial de estudos, fará a regaseificação do GNL importado e transportado em navios. Este deverá ser o quarto terminal dessa natureza no Brasil, com o objetivo de assegurar a disponibilidade desse produto aos consumidores de toda a malha de distribuição implantada no país. Esse cenário de tantos projetos, no qual a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e
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Biocombustíveis (ANP) estabelece compromissos de investimentos utilizando conteúdo local mínimo, oferece excelente oportunidade de fortalecimento da cadeia local de fornecedores de bens e serviços. Paraparticipardestacadeiaprodutiva,oempresariado e as demais instituições capixabas devem estar atentos às necessidades de qualificação dos profissionais e dos processos de trabalho. Nesse intuito, a Petrobras faz parte do grupo de patrocinadores de vários programas que orientam e qualificam empresas e profissionais no Espírito Santo, como Programa de Desenvolvimento e Qualificação de Fornecedor (Prodfor), Programa de Mobilização de Indústria do Petróleo e Gás Natural (Prominp) e Rede PetroES. O slogan “O desafio é a nossa energia”, adotado pela Petrobras, traduz a força que move seus trabalhadores e parceiros em busca da constante superação dos desafios de descobrir e produzir petróleo e gás nos limites da fronteira do conhecimento, de forma sustentável, ou seja, preservando o meio ambiente, a saúde e segurança dos trabalhadores e das instalações. Assim, conclamamos a indústria capixaba a participar cada vez mais desse processo de crescimento sustentável.
“Ao analisarmos o cenário das atividades e da produção de petróleo e gás natural no Espírito Santo, é possível identificar um conjunto de oportunidades para a Petrobras, para o Estado, para os fornecedores e também para a sociedade capixaba como um todo.”
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ENERGIA E INFRAESTRUTURA
Luiz Fernando Schettino é diretor-geral da Agência de Serviços Públicos de Energia - Aspe
Energia: fator de competitividade e sustentabilidade para o desenvolvimento estadual
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nergia é fator fundamental ao desenvolvimento, decisivo na competitividade empresarial e vital para dar mais sustentabilidade (quando de origem limpa e uso eficiente) ao modelo atual de desenvolvimento. O Espírito Santo, que até 2006 se encontrava na ponta de linha do Sistema Interligado Nacional (SIN), atualmente possui um anel de segurança formado pelas linhas de transmissão Adrianópolis-Campos-Vitória e Ouro PretoVitória, que garantem à Região Metropolitana da Grande Vitória maior confiabilidade em seu abastecimento. O norte do Estado é suprido pela linha de transmissão Mascarenhas-Verona. Além disso, encontra-se em fase de conclusão de obra duas novas linhas no Estado: MascarenhasLinhares, em 230 KV, prevista para maio de 2014; e Mesquita-Viana2, em 500 KV, com previsão para final de dezembro de 2012. Ao longo dos últimos anos, o Espírito Santo obteve várias vitórias no setor energético, seguindo uma política que permite buscar a autossuficiência na geração de energia elétrica. Atualmente, o Estado possui duas usinas termelétricas com potência total de 378,6 MW, sendo elas a UTE Viana e a UTE Linhares, e previsão de participação de novos empreendimentos nos próximos leilões. Já para os leilões deste ano, temos cadastrada uma potência de 1,2 GW. Além disso, o consumo de gás natural dobrou e, diante das novas descobertas, da conclusão do Gasoduto Sudeste e Nordeste (Gasene) em 2010, da expansão da Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC) e da inauguração da Unidade de Tratamento de Gás Sul Capixaba (UTG Sul Capixaba), esses números aumentarão ainda mais.
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Com isso, ocorreram investimentos para ampliação e construção de novos ramais de distribuição para o interior do Estado e Grande Vitória, proporcionando mais atratividade para novos empreendimentos.
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A geração de energia no Espírito Santo tem como fonte importante a origem hidráulica, cerca de 33% da matriz energética interna, significando 14% da eletricidade consumida no Estado, o que é complementado por outras
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fontes, tais como a lixívia (“licor negro”), da indústria de celulose, com 7% da produção total de energia do Estado. Dos investimentos previstos para o período de 2011-2016, de R$ 100,7 bilhões, 51,8% já estão em execução. E no setor da energia 74,1% dos investimentos também estão em execução, o que é uma garantia de fornecimento seguro e estável para essa nova fase da economia estadual. O Estado, através da Agência de Serviços Públicos de Energia do Estado do Espírito Santo (Aspe), Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos (Seger), Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) e Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan), desenvolve o Programa de Eficiência Energética e Sustentabilidade em Prédios Públicos, em parceria com a concessionária EDP Escelsa. E a Aspe com a EDP têm o programa “Bairros Solares” – instalação de equipamentos para uso de energia solar no aquecimento de água em residências –, hoje abrangendo quatro mil casas no município da Serra e 240 apartamentos em Cariacica. A geração de energia dos ventos já foi estudada pela Aspe, que agora está elaborando o Atlas do Potencial da Biomassa para fins energéticos e o Atlas do Potencial Solar, visando a incrementar essas fontes de energia limpa e renovável no Espírito Santo. Além disso, a Aspe trabalha eficiência energética, em parceria com a EDP Escelsa e a Secretaria de Estado da Educação (Sedu), por meio de ações educativas nas escolas, transformando estudantes do ensino funda-mental e professores em multiplicadores que evitam o desperdício de energia e preservam o meio ambiente.
“Ao longo dos últimos anos, o Espírito Santo obteve várias vitórias no setor energético, seguindo uma política que permite buscar a autossuficiência na geração de energia elétrica”
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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL
Inovar: mais fácil falar do que fazer Arlindo Villaschi é professor de Economia e coordenador do Grupo de Pesquisa em Inovação e Desenvolvimento Capixaba, da Ufes
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fato de a inovação crescentemente permear a atividade humana em suas diversas dimensões por si só indica a necessidade de entendermos melhor o que, afinal, é inovação e quais são os fatores fundamentais para que ela ocorra. De forma simplificada, inovação pode ser entendida como algo novo, ou algo velho feito de forma nova. Ou seja, um novo produto (que tanto pode ser um aparelho eletrônico, quanto um móvel feito de material reciclado) ou um novo serviço (que pode ser uma cirurgia utilizando raio laser, quanto a venda de cosméticos em rede). Mas pode ser também um novo mercado (como o conquistado por produtores capixabas de mamão quando passaram a vender nos EUA); ou o uso de novos insumos (como o caso do etanol na combustão interna de motores); ou novos modelos gerenciais (como o atendimento a clientes pela internet). Se tudo pode ser objeto da inovação e se todos procuram se diferenciar (na vida pessoal, profissional, empresarial, social, política, cultural etc.), fazendo algo novo ou algo velho de forma diferente, o que é essencial para que a inovação ocorra? Esquematicamente, pode-se dizer que é preciso que exista tecnologia disponível; que a inovação seja economicamente viável e que seja institucionalmente possível. Trocando em miúdos: as reservas de gás e petróleo na chamada área do pré-sal são conhecidas há algum tempo, mas elas só passaram a ser consideradas como novas fontes de energia comercializável a partir do desenvolvimento de tecnologias (com importante participação de pesquisadores brasileiros) voltadas para sua exploração. Mesmo com a tecnologia de comunicação celular disponível há mais de 50 anos, somente passamos a ter acesso diariamente a novos serviços – através de novos modelos de aparelhos – a partir de uma forte redução de preços de aparelhos e de taxas/ tarifas dos serviços.
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Contudo, mesmo que a tecnologia para que o diagnóstico precoce de câncer de mama esteja disponível, por exemplo, e que sua viabilidade econômica esteja garantida (é mais eficiente, eficaz e efetivo prevenir do que tratar), a inovação – que é a própria universalização do diagnóstico precoce de câncer
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de mama – só se dará quando for construída, coletivamente, uma institucionalidade que lhe dê suporte, permitindo que essa universalização, socialmente justa, ocorra. A explicitação das condicionantes tecnológicas, econômicas e institucionais para que a inovação se dê ajuda a compreender por que perceber e falar sobre a importância de políticas de inovação é mais fácil do que efetivamente realizá-las. E essa dificuldade é tanto maior quanto mais diversos e múltiplos
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forem os agentes envolvidos na concepção e na operacionalização dessas políticas. Como inovação é, acima de tudo, um processo social que envolve vários agentes (empresas, governos, sociedade, organizações não governamentais etc.), a busca de desenho e operacionalização de políticas inovativas implica mais em arte de negociar do que exibição de capacidade analítica. Para ser efetiva em formações socioeconômicas como a capixaba, depende muito de aprofundar o diálogo entre diferentes. Afinal, para ser bem-sucedida e efetiva em modificações estruturais que levem o Espírito Santo na direção da predominante economia do conhecimento e do aprendizado, uma política de inovação para o Estado tem que necessariamente: (a) contemplar o que desenvolvem grandes empresas que aqui operam (ArcellorMittal, Fibria, Petrobras e Vale, principalmente); e (b) viabilizar os esforços daquelas que têm dado dinâmica a segmentos com forte presença de micro, pequenas e médias empresas (café, vestuário, móveis, metalmecânico, alimentos, dentre outros). E não é só. Uma efetiva política que promova a inovação precisa: (a) valorizar patrimônios naturais e culturais espalhados por todo o Estado e que precisam ser melhor identificados em seu potencial para o desenvolvimento estadual; (b) apoiar grupos de pesquisa aqui existentes e fomentar o surgimento de outros para que o Espírito Santo melhor se posicione em redes mundializadas de estudos e pesquisas; e, tão ou mais importante que as dimensões que acabam de ser citadas, (c) criar oportunidades para que pessoas se sintam estimuladas a fazer diferente em seus diversos campos de atuação (profissional, cultural, econômico, político, social). Enfim, precisamos transformar patrimônios pessoais, empresariais e sociais em ativos coletivos que possam dar sustentação à construção de visões compartilhadas que levem a sociedade capixaba a níveis mais qualificados de participação na Federação brasileira e na economia globalizada. Para tanto, é preciso praticar desde já a arte do cuidar – de sua população e de sua terra e de seu mar. Eles merecem e nós podemos.
“Se tudo pode ser objeto da inovação e se todos procuram se diferenciar, fazendo algo novo ou algo velho de forma diferente, o que é essencial para que a inovação ocorra?”
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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL
Produzir sim, mas com tecnologia, gestão e sustentabilidade! Enio Bergoli é secretário de Estado da Agricultura do Espírito Santo
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Espírito Santo, apesar da pequena dimensão territorial, com apenas 0,5% do território nacional, tem muita expressão em várias cadeias produtivas do agronegócio, com destaque para aquelas com base na cafeicultura, pecuária, fruticultura, silvicultura, cana, hortaliças, cacau e pimentas, entre tantas outras. A elevada diversidade do quadro natural tornou nossa agricultura pluriativa e multifuncional. Estimativas apontam que são praticadas, comercialmente, mais de 100 atividades agrícolas no espaço rural capixaba. Mas, nem tudo são flores nesse setor. O processo produtivo, com o passar do tempo, gerou um estoque significativo de áreas degradadas, que é um dos principais indicadores de insustentabilidade. Estudos recentes do Centro de Desenvolvimento do Agronegócio Capixaba – Cedagro, em parceria com a Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca – Seag, apontam que temos cerca de 393 mil hectares de terras consideradas degradadas. São terras em que a maior parte da camada superficial do solo, que é mais fértil para se produzir, foi perdida ou compactada pelo uso inadequado ao longo de anos e safras. No levantamento anterior, realizado em 1992, por ocasião da Eco/Rio 92, tínhamos 600 mil hectares de terras degradadas. Após duas décadas, neste ano da Rio+20, felizmente houve um grande avanço ao reduzirmos em mais de 1/3 as áreas agrícolas depauperadas e esgotadas, nos diversos sistemas de produção agropecuária. Avançamos sim, mas ainda há um passivo muito grande a recuperar: um a cada seis hectares cultivados no Espírito Santo está praticamente improdutivo, sem gerar renda nem emprego no campo! As pastagens lideram o ranking da degradação, com 239 mil hectares, seguidas da cafeicultura com 119 mil hectares. No conjunto, as outras
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atividades agrícolas apresentam pouco mais de 35 mil hectares degradados. Esse fato se agrava porque a degradação do solo nas áreas cultivadas traz como consequência assoreamento e poluição dos recursos hídricos, redução do potencial produtivo e da área agricultável, destruição de estradas rurais e aumento na necessidade de fertilizantes e irrigação. Em resumo, graves problemas ambientais e mais elevação dos custos de produção para os agricultores! Em todas as regiões agrícolas do Estado esses problemas são visíveis, porém a situação é mais crítica nas bacias hidrográficas da região noroeste e da região sul de baixa altitude. Na média estadual, mais de 22% das
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lavouras de café e 18% das áreas com pastagens estão degradadas e, nessas condições, a renda para os agricultores é nula ou deficitária. Essas duas atividades agrícolas são responsáveis por cerca de 60% da renda rural capixaba, aquela que fica com os produtores. A solução para esse entrave depende de vários fatores, pois o nível de degradação dos solos e suas características físicas influenciam diretamente as técnicas a serem utilizadas. Pode-se utilizar desde o manejo adequado dos solos e as boas práticas agrícolas (como plantio adensado, adubações corretas, manutenção da matéria orgânica, cultivo mínimo, entre outras práticas conservacionistas, mantendo-se a cultura existente quando o nível de degradação não é alto) até o uso de obras físicas de contenção de barreiras, aliadas com práticas vegetativas de controle à erosão, em caso de elevada degradação, como sulcos profundos e voçorocas. Foto: Secom
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Em muitos casos, é possível utilizar o reflorestamento econômico e/ou ambiental como atividade mais apropriada para recuperação de áreas degradadas devido a sua aptidão ou vocação natural, principalmente em áreas com maior declividade e mais secas. Não há “receita de bolo”, mas tecnologias disponíveis e comprovadas para todos os casos. Assim, apesar de preocupante, há plenas condições para se reverter esse quadro. Esse diagnóstico serviu de base para o Governo do Estado do Espírito Santo estabelecer e coordenar programas e ações de políticas públicas e privadas relativas ao uso adequado do solo, que visam ao equilíbrio da produção agrícola e à conservação dos recursos naturais. O programa Reflorestar, que está em curso, tem como meta a recuperação de pelo menos 30 mil hectares até 2014, com o plantio de árvores em sistemas de produção que protegem o solo e geram renda para os agricultores. Também já temos aqui no Espírito Santo uma experiência exitosa com Pagamento por Serviços Ambientais. Esse projeto, que está em fase de ampliação, remunera produtores selecionados em bacias hidrográficas prioritárias, que além de produzirem alimentos, conciliam práticas de proteção dos recursos naturais em suas propriedades, o que gera benefícios para toda a sociedade. Um ato de justiça e cidadania! Há muito tempo preservar recursos naturais, como solos, água e florestas, deixou de ser suficiente. Precisamos acelerar, e muito, a recuperação deles. Afinal, 61 dos 78 municípios capixabas têm na agropecuária e seus negócios associados a principal fonte dinâmica de geração de emprego e renda. Um a cada quatro trabalhadores capixabas se ocupa no setor! As principais estratégias para a recuperação da nossa base de produção agrícola devem se pautar no emprego de tecnologias adequadas à capacidade de uso dos solos e na melhoria dos métodos de gestão das propriedades. Esse é o caminho para se acelerar a recuperação das áreas agrícolas e se buscar o tão sonhado desenvolvimento regionalmente equilibrado e sustentável do interior. Mais alimentos e alegria no campo!
“Temos cerca de 393 mil hectares de terras consideradas degradadas. Um a cada seis hectares cultivados no Espírito Santo está praticamente improdutivo, sem gerar renda nem emprego no campo!”
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INOVAÇÃO
Inovação: o caminho para a sustentabilidade Guerino Balestrassi é diretor-presidente do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes)
É preciso inovar para se livrar da mentalidade de “usar uma vez” e “jogar fora”
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“O modelo pautado exclusivamente no consumo linear está em decadência. É fundamental que se aposte em inovação que gere sustentabilidade para transformar esse sistema em um novo”
crise financeira mundial de 2008, que ainda não se resolveu, a crise europeia, a partilha dos recursos do petróleo e o fim do Fundap são fatores que geram um cenário de revisão de expectativas para o Brasil, para o Estado e, principalmente, para os municípios capixabas. Só com o Fundap, os municípios deixam de arrecadar cerca de R$ 600 milhões já em 2013. Isso representa 10% de receita corrente das cidades, ou seja, praticamente zera a capacidade de investir das prefeituras. A situação impõe um ajuste fiscal para os próximos anos e uma melhoria nos gastos públicos. Discernir entre o que é essencial e o que pode ser cortado é fundamental para uma boa administração. Investimentos que geram e distribuem riqueza e renda, mantêm e criam postos de trabalho não podem ser abandonados. A capacidade do Estado de investir em momentos como este fica comprometida, porém seu poder político permanece e as diretrizes devem ser orientadas para o investimento com retorno. Na esfera privada, o impacto é imediato nas grandes empresas, que exportam menos e reduzem os investimentos. Resta ainda a dúvida de quais serão os efeitos nas pequenas empresas e na agricultura, responsáveis diretas pelo dinamismo atual da economia brasileira e capixaba. O fortalecimento dos pequenos negócios, facilitado por medidas fiscais como o Supersimples e o programa do microempreendedor individual, mostrou-se uma estratégia coerente e correta. Porém, é preciso ir além. O modelo pautado exclusivamente no consumo linear está em decadência. É fundamental que se aposte
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em inovação que gere sustentabilidade para transformar esse sistema em um novo, que não desperdice recursos ou pessoas. É preciso inovar para se livrar da mentalidade de “usar uma vez” e “jogar fora”. É a era da equidade, da sustentabilidade, do zero resíduo, da produção em ciclo fechado, da energia renovável, das economias locais vivas. Não se trata de utopia. Essa é a proposta do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) quando incentiva a agricultura familiar e o microcrédito para desenvolver o interior, por meio de uma cultura de crédito, interrompendo um fluxo migratório desnecessário para a Grande Vitória, ou apoiando atividades que preservem o meio ambiente. Em 2011, 81% dos investimentos aprovados pelo Bandes foram destinados ao interior do Espírito Santo, investimentos tanto em produtores rurais quanto em micro e pequenas empresas fora da Região Metropolitana, distribuindo oportunidades em lugares onde o acesso ao crédito poderia ser mais difícil. O Bandes se propôs o desafio de liberar mais de R$ 400 milhões em financiamentos para esses empreendimentos rurais e urbanos de micro e pequeno portes no Espírito Santo, em 2012. Em resumo, é preciso criatividade e ousadia para inovar em busca de sustentabilidade para, enfim, superar o modelo tradicional e atingir um padrão de desenvolvimento que não comprometa as gerações futuras, e uma das ferramentas fundamentais nesse processo têm sido os bancos de desenvolvimento. Não é à toa que o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, tem solicitado aos governadores o fortalecimento dessas instituições. O desafio está posto. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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POLÍTICAS PÚBLICAS
O preço da energia no Brasil Ricardo Ferraço é senador da República
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fato de a inovação crescentemente permear a atividade humana em suas diversas dimensões por si só indica a necessidade de entendermos melhor o que, afinal, é inovação e quais são os fatores fundamentais para que ela ocorra. De forma simplificada, inovação pode ser entendida como algo novo, ou algo velho feito de forma nova. O Brasil é um dos países com maior potencial energético. Mas, devido às características do mercado e da sua regulação, a energia elétrica brasileira é a terceira mais cara do mundo e, somente nos últimos nove anos, subiu 100%! Sem dúvida, esse tem sido um dos mais importantes fatores de perda de competitividade da indústria, o que é especialmente grave naqueles setores intensivos em energia. Um dos determinantes desse alto custo vem das regras de funcionamento do mercado. A Constituição de 1988 estabeleceu o modelo
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de concessões como nova regra contratual, com o propósito de permitir mais competição nesse mercado. Foi regulamentada pela Lei de Concessões, de 1995. Parte do problema de migração de modelo – de simples outorgas para concessões – foi resolvido com o programa de desestatização do setor. Outra parte, contudo, permaneceu com prestadores públicos, os quais assinaram contratos de concessão – sem licitação – para se adequar ao novo regime. Esses contratos tiveram efeito legal de prorrogação, e os prazos de vigência foram limitados a 20 anos, ou sejam, vencem em 2015. Uma vez que o programa de desestatização dos serviços de energia não foi continuado, ainda há um conjunto relevante de contratos antigos que contemplam custos de depreciação de ativos muito elevados embutidos na tarifa e, portanto na conta de luz. Em alguns casos, o custo do MWH de uma usina antiga
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chega a R$ 90; em usinas novas, já foi contratato a pouco mais de R$ 20. Segundo operadores do setor, nove transmissoras, 47 distribuidoras e 67 geradoras de energia elétrica estariam com contratos (antigos) vencendo em 2015. Além da insegurança jurídica com que estas empresas operam – sem a sinalização do Regulador quanto a novas licitações ou criação de um espaço legal para outra prorrogação –, criou-se um ambiente de baixo investimento, o que inibe a expansão ordenada do setor e as revisões tarifárias que podem suscitar reduções importantes de preços ao consumidor. Um segundo componente do custo da energia é a carga tributária. PIS e Cofins, de competência federal, e o ICMS, estadual, representam 45% da conta de luz. Por fim, pesa, sobre a conta de luz, um conjunto de encargos setoriais, subsídios, descontos e isenções compulsórios e de inegável natureza tributária que chegam a 11 itens. Foram introduzidos para financiar projetos e programas sociais importantes, mas inflam o preço final da energia de modo
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pouco transparente: o consumidor nem sabe o que está pagando. Propus o Projeto de Lei do Senado 255/2012 para que todos esses programas sejam financiados pelo Tesouro Nacional, ou por toda a sociedade, e não apenas pelo consumidor de energia elétrica. A intenção é estabelecer maior transparência, menor custo da energia elétrica, liberação de recursos dos consumidores e maior competitividade para as empresas. Além de positiva para a geração de empregos, custará muito menos que as renúncias estabelecidas nos sucessivos pacotes econômicos editados desde a crise de 2008/2009. A revisão tarifária, por meio da prorrogação ou licitação dos contratos de concessão, a redução da carga tributária que pesa sobre o setor e o financiamento público dos encargos setoriais são medidas que, se adotadas em conjunto, poderão imprimir uma redução substancial sobre o preço da energia elétrica no Brasil. Uma medida urgente, de grande importância para a nossa indústria, e um motor para o desenvolvimento do Brasil em tempos de crise.
“Uma vez que o programa de desestatização dos serviços de energia não foi continuado, ainda há um conjunto relevante de contratos antigos que contemplam custos de depreciação de ativos muito elevados embutidos na tarifa”
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POLÍTICAS PÚBLICAS
Política de desenvolvimento contemporânea Guilherme Henrique Pereira é economista, professor e ex-secretário de Estado de Economia e Planejamento
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uando falamos em políticas de desenvolvimento, em geral, lembramos logo dos chamados incentivos fiscais. Tão utilizados nas últimas décadas quanto polêmicos no que diz respeito à sua eficiência na promoção do desenvolvimento, ao ponto de se tornarem mais conhecidos pela denominação de “guerra fiscal”. Qual é o nosso histórico nesta indispensável dimensão das políticas governamentais? Chegamos aos anos 60 dependentes de um produto - o café - e, junto com o Piauí, considerados entre os estados mais pobres da Federação. Então, optamos por formular e implementar uma política de desenvolvimento. Com a sociedade mobilizada, decidimos pelo enfrentamento do grande desafio: a falta de instituições públicas eficazes, principalmente, para operar com a problemática do desenvolvimento. O Governo foi reestruturado, ao mesmo tempo que surgiram a Companhia de Desenvolvimento (depois Bandes), o Grupo Executivo para Recuperação do ES, o Funres, a Emcatur, a Suppin e o Instituto Jones dos Santos Neves, mostrando a preocupação em formar capitais locais para o processo de industrialização e sinalizando que eram necessários estudos permanentes em busca de novas alternativas. Isso apresentou resultados, mas, o grande salto de nossa industrialização veio mesmo pela via das grandes plantas globalizadas. De qualquer modo, surgiram capitais locais e certos ramos ganharam expressão: rochas ornamentais, metalmecânica, móveis, agroindústrias, para anotar alguns. Nossos instrumentos ficaram pequenos, e a política de desenvolvimento foi ficando de lado, sem atualizar os seus desafios e redimensionar o seu tamanho.
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Os grandes negócios instalados aqui, bem como as descobertas de petróleo a partir de 2000, dão-nos a aparência de já ter resolvido o problema do desenvolvimento. A grande concentração de renda nos planos territorial e pessoal nos dá esta aparência. Ademais, a grande dependência dos mercados externos nos torna vulneráveis. Assim, o nosso grande desafio é o de diversificar a nossa produção e integrar ao nosso progresso amplas áreas a oeste. Já eram percebidos alguns sinais de que o Governo notava a necessidade de redefinir suas formas de intervir em favor do desenvolvimento. A resolução do Senado 13/12, que altera a alíquota do ICMS, impõe mais um golpe em nossa acomodação, já por vários anos, em enfrentar o novo desafio, cooperando para que o Governo anuncie a redefinição de suas ações no campo do desenvolvimento. Sob a sigla de Proedes, surgem novas medidas com potencial para se configurarem em uma robusta política local de desenvolvimento. Aceita o desafio, compreende política de desenvolvimento como iniciativas conjuntas – públicas e privadas – para remover os obstáculos ao desenvolvimento e, por isso, elege a competitividade como o conceito norteador. Coerentemente, estabelece as grandes temáticas integradoras das ações: educação, inovação, infraestrutura e financiamento do desenvolvimento. É indiscutível a centralidade da educação como fator de desenvolvimento. No Espírito Santo de hoje, como criar ou atrair novos negócios, diversificar, sem construir uma forte capacidade de absorver e aplicar as tecnologias que marcam o século XXI? Os indicadores que o ES exibe sobre educação são próximos à média brasileira. Ocorre que a
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“É indiscutível a centralidade da educação como fator de desenvolvimento. No Espírito Santo de hoje, como criar ou atrair novos negócios, sem construir uma forte capacidade de absorver e aplicar as tecnologias que marcam o século XXI?”
meta de qualidade de vida e desenvolvimento econômico que desejamos é a que vemos em nosso vizinho. Que tal olhar para São Paulo? Precisaremos manter o percentual de matrículas e melhorar a qualidade do ensino básico. O maior desafio, no entanto, hoje está no ensino médio: precisamos, no mínimo, dobrar o número de jovens aí formados, incluindo os cursos profissionalizantes. No ensino superior, o ES ganhou com a expansão recente da Ufes e parece que o mesmo vai acontecer com a expansão do Ifes. No entanto, ainda faltará um viés de formação de pessoal de alto nível para o desenvolvimento tecnológico nas áreas que são estratégicas para o Estado. Portanto, uma política de competitividade contemporânea 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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tem mesmo que trazer para o primeiro plano de suas preocupações a educação. Também porque inovação é o principal elemento da geração de espaços e empresas competitivas e ela, por sua vez, não se deslancha sem recursos humanos altamente qualificados. Infraestrutura e financiamento do desenvolvimento são elementos que completam e que viabilizam a expansão da base produtiva, do crescimento do emprego e da renda. Presentes estes elementos, ao lado de estabilidade das instituições e da macroeconomia, estarão dadas as condições que estimularão o investimento privado. O mais, fica com os empreendedores, que não faltarão entre os capixabas. 227
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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL
Poder Judiciário e desenvolvimento Pedro Valls Feu Rosa, é presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo
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ia desses li uma curiosa frase de um conceituado empresário capixaba, segundo quem “dinheiro é que nem mulher, não aguenta desaforo”. Estas palavras me fizeram refletir sobre o quanto perde o Brasil por não observar um mandamento tão simples! Não faz muito tempo, por exemplo, tive a oportunidade de ler um estudo do Governo dos Estados Unidos da América sobre como deverá estar o mundo em 2025. Previu-se, ali, que dentro de poucos anos nossa economia receberá um vigoroso impulso em função da crescente produção de petróleo, gás natural, biocombustíveis e alimentos. Porém, o que há de mais importante nesse relatório é um alerta sério para todos nós: se o Brasil não conseguir, a curto prazo, ter instituições mais eficientes, toda essa riqueza que está por chegar pouco significará. A aposta dos norte-americanos é que não conseguiremos. Afirmam, categoricamente, que “a competitividade da América Latina continuará inferior à da Ásia”, e que “partes [do continente] continuarão entre as áreas mais violentas do mundo”. Concluem, então, que “estes fatores, somados à fraqueza do sistema legal”, se traduzirão em países falidos. Nada mais verdadeiro. Nossa geração está a um passo de ver o crescimento real do Brasil – mas, no entanto, dele está abrindo mão! Recusa-se, por conta de interesses menores, paroquiais até, a discutir os problemas gerenciais que nos afetam, preferindo viver na ilusão de que “somos emergentes” e “já chegamos lá”. Dentro dessa ótica, o caso da reforma do sistema legal brasileiro é emblemático. Há alguns anos o Idesp, um respeitado instituto de pesquisas de São Paulo, após longos estudos, chegou à conclusão de que a lentidão do denominado “mundo das leis” causa ao Brasil um prejuízo de cerca de US$ 100 bilhões a cada ano. Essa pesquisa, realizada junto a 800 empresas, mostrou ainda que se a eficiência
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do sistema judiciário brasileiro fosse elevada aos padrões dos países mais desenvolvidos o volume de investimentos aumentaria 10,4%, a produção subiria em 13,7% e a oferta de empregos seria 9,4% maior que a atual. Podemos, à vista desses números, concluir que a lentidão da Justiça é um problema nacional dos mais sérios e deve ser resolvido com rapidez e lógica. Afinal, não há receita outra para o progresso de um país que a da “estabilidade jurídica”. E esta não é possível quando o patrimonialismo histórico fortalece a burocracia, ao invés de enfraquecê-la! Simples assim. A propósito, fico a pensar em um meu amigo, dedicado juiz de Direito, que há poucos dias respondia por duas pequenas Comarcas do
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interior, distantes cerca de 12 quilômetros uma da outra. A curta distância permitia um atendimento perfeito às duas Comarcas – um dia em uma, outro dia em outra, e assim por diante. Pois bem: em um destes dias, examinando um processo, precisou ele de uma dada informação sobre um outro processo, que tramitava na Comarca vizinha, pela qual – lembre-se – ele também era responsável. Qualquer pessoa dotada de um mínimo de bom senso diria: “basta pegar a informação no dia seguinte, quando ele estiver atendendo na outra Comarca”. Nada mais errado! Isso porque nossas leis não permitem que ele simplesmente apanhe na outra Comarca a informação de que necessita – se ele assim proceder, estará agindo de forma “suspeita”, e poderá ser até processado. Assim, e rigorosamente dentro da legislação, ele redigiu uma carta dirigida ao juiz de Direito da Comarca vizinha (ou seja, ele
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mesmo). Nessa carta, ele solicitava a si próprio que informasse algo a ele mesmo. Pessoa educada que era, seguiu o protocolo e encerrou a carta agradecendo desde já a atenção que decerto ele dispensaria a si próprio, e prometendo estar sempre à disposição dele mesmo quando dele ele precisasse. Esta carta foi, então, remetida à Comarca vizinha. Algum tempo depois, este meu amigo recebia a carta que ele havia remetido para si próprio. Abriu-a. Leu-a. E imediatamente preparou a resposta da solicitação que ele havia feito a si próprio. Nessa resposta, sempre da forma mais educada possível, ele formula votos de que ele esteja satisfeito com a resposta que ele havia dado para si próprio, coloca-se uma vez mais à disposição dele mesmo para quaisquer dúvidas que ele próprio tenha, e até conclui enviando as mais cordiais saudações e um grande abraço dele para ele mesmo. Passados alguns dias, chega à mesa dele a resposta do pedido de informações que ele havia remetido para si próprio, e que ele respondeu para ele mesmo com tanta distinção. Finalmente, após abrir o envelope e ler a resposta que ele fizera à carta que ele mesmo enviara para si próprio, determinou ele que fosse tudo anexado ao processo! Tal situação, apesar de absurda, não é uma exceção. É a regra. Acontece todos os dias, no país todo. Já vi ofícios desse tipo circulando entre Juizados de uma mesma Comarca, distantes no máximo dois metros um do outro. Calcule-se, agora, o quanto isso custa para o Brasil: papel, tinta, despesas postais, recursos humanos e, principalmente, lentidão. Muita lentidão. Diante desse pequeno mas significativo exemplo, podemos concluir que a Justiça somente será verdadeiramente reformada quando reformada também for a mentalidade burocrática e cartorial que vem atormentando o pobre povo deste rico Brasil há centenas de anos. Até lá, receio que todo o processo de reformas e modernização que o século XXI trouxe para o Poder Judiciário apenas sirva para substituir as “cartas para si próprio” por “ e-mails para si próprio”.
“A Justiça somente será verdadeiramente reformada quando reformada também for a mentalidade burocrática e cartorial que vem atormentando o pobre povo deste rico Brasil há centenas de anos”
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MARKETING
Marketing e as redes sociais Ronald Z. Carvalho é consultor de Estratégia e Marketing
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assunto do momento no marketing é a explosão das redes sociais e sua crescente importância para a comunicação mercadológica. Consultores e especialistas em marketing de rede e agências especializadas surgem de todos os lados, desde os mais sérios e competentes até arrivistas de eficácia duvidosa. Artigos sobre o assunto proliferam na mídia, inclusive nas próprias redes, contra ou a favor, reproduzindo assim no mundo virtual tudo o que pode acontecer no mundo real. Aliás, esta é uma boa maneira de começar mais um artigo que visa ao entendimento e aproveitamento das redes.
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Em primeiro lugar, as redes sociais não são panaceia de marketing, nem a solução mágica de todos os problemas... São apenas, e isso não é pouco, mais um meio de comunicação, imitando ou tentando reproduzir o mundo real. Portanto, a melhor abordagem é dar às redes sociais o melhor tratamento que o bom e velho marketing convencional recomenda. Não se deixar seduzir por conclusões apressadas como : “É de graça” ou “O custo é muito baixo”... Veicular, em qualquer veículo, exige cuidado; portanto, qualidade; portanto, custa. Exemplo: deixar de anunciar nas mídias convencionais e anunciar errado nas redes sociais. Resultado: vendas aquém do necessário...
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“A internet e as redes sociais são uma mera repetição do mundo real. Com tudo de bom e ruim que o mundo real tem. Com as mesmas regras de etiqueta e respeito e, principalmente, com o mesmo marketing”
Isto também é custo, e bem alto. Outros exemplos: público-alvo incorreto, linguagem inadequada, exposição aberta a críticas de todo lado. Não é incomum empresas que anunciam ou inserem comunicação nas redes sociais serem expostas a ataque ou até rejeição por parte de consumidores. Igualzinho no mundo real! Isto posto, vamos ao que deve ser feito, começando por um bom planejamento de marketing, ou seja, público-alvo, objetivos de alcance da comunicação, objetivos de vendas, contratação de profissionais especializados sérios e medição cuidadosa de resultados, coisa em que as redes sociais realmente batem as mídias convencionais. Uma vez desenvolvido este planejamento, o trabalho de marketing nas redes sociais exige perseverança, consistência e constante dedicação. Nas mídias convencionais, você veicula um anúncio ou comercial e segue o trabalho de vendas. Na rede social não existe o conceito da veiculação pura e simples, mas de um acompanhamento constante. Acompanhamento quer dizer medição e renovação. Dia e noite... Já reparou que as 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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bem-sucedidas abordagens de marketing nas redes, como a da Netshoes por exemplo, mandam mensagens dia e noite? Finalmente, uma veemente recomendação: respeito. Isso mesmo, nada de abordagens invasivas. Lembre-se do desgaste do telemarketing com as ligações inconvenientes e fora de hora. Veja hoje nas redes como certos políticos invadem espaços sem critério ou, por outro lado,o sucesso da clássica jogada de marketing nas redes da campanha que elegeu Obama nos Estados Unidos. Pertinência, coerência, relevância, informação, tudo isso faz parte do respeito ao mundo do consumidor ao abordá-lo nas redes sociais. Repetindo o que dissemos antes, a internet e as redes sociais são uma mera repetição do mundo real. Com tudo de bom e ruim que o mundo real tem. Com as mesmas regras de etiqueta e respeito e, principalmente, com o mesmo marketing. Faça o marketing das redes sociais, não porque é barato, ou porque é moda. Mas porque, sem ele, no mundo de hoje, você fica para trás. Sem redes sociais, qualquer campanha de marketing é incompleta. Pense nisso... 231
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15 ANOS DO PRODFOR
Os 15 anos de sucesso do Prodfor Luciano Raizer Moura é doutor em Engenharia de Produção pela USP, professor do Centro Tecnológico da Ufes, diretor administrativo da Findes e coordenadorexecutivo do Prodfor pelo IEL-ES
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ma história que muito me orgulho em participar e de contar é a história do Prodfor – Programa Integrado de Desenvolvimento e Qualificação de Fornecedores, uma ação genuinamente capixaba, que este ano completa 11 anos e que é referência nacional e exemplo para outros estados que desenvolvem ação semelhante. Organizado e mantido por onze grandes empresas atuantes no Espírito Santo, com articulação da Findes e coordenação do IEL-ES, o Prodfor já promoveu o desenvolvimento e a qualificação de mais de 500 fornecedores, notadamente micro e pequenas empresas, que passaram a ter maior participação nas compras dessas grandes companhias e observaram grande crescimento. Uma idéia simples e inovadora para usar o poder de compra de grandes empresas e induzir a melhoria de fornecedores, promovendo o desenvolvimento regional. No passado, as grandes empresas atuantes no Estado quase não compravam de fornecedores locais. Alegavam que as empresas capixabas não eram competentes. Por outro lado, os fornecedores locais não investiam em melhorias ou aumento de capacidade porque as oportunidades de negócio eram poucas. Com esse quadro, as compras de fornecedores locais pelas grandes empresas eram marginais, estimadas em torno de 2% do total. Muitas foram as tentativas de mudança, mas o que foi determinante foi aumentar a competência dos fornecedores. E esse foi o grande papel do Prodfor. O que caracteriza a ação do Prodfor pode ser resumido no binômio competência-confiança. Foi necessário levar competência aos fornecedores para melhorar o fornecimento de bens e serviços às grandes empresas e assim gerar confiança nessa relação. Os fornecedores participantes do Prodfor organizam seu sistema de gestão da qualidade atendendo a normas internacionais como a ISO 9001, melhorando os processos internos pela definição de métodos de trabalho, preparando melhor suas equipes e passando a ter mais controle de suas atividades. Com isso, os erros
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diminuem e os requisitos estabelecidos, sejam contratuais ou regulamentares, são atendidos, fazendo a entrega do que foi solicitado, gerando satisfação dos clientes. Em consequência de atendimentos em conformidade com o estabelecido, as grandes empresas passam a confiar mais nos fornecedores qualificados, porque reduz-se o risco do mau fornecimento, gerando outros negócios. O Prodfor promove o desenvolvimento de fornecedores em quatro sistemas de gestão: Qualidade, Ambiental, Saúde e Segurança e o exclusivo Financeiro Fiscal e Trabalhista. Com o Prodfor houve uma grande mudan-ça nas relações entre fornecedores locais e as grandes empresas, gerando grande desenvolvimento regional pelo aumento de renda e emprego. Para caracterizar esses resultados, foram realizadas duas detalhadas e rigorosas pesquisas, uma concluída em 2007 e a outra em 2012, para levantar dados bastante precisos do que ocorreu com os fornecedores. Foram analisados balanços de mais de 200 fornecedores desde 1998, início do programa, até 2010, além de outras medições econômicas e financeiras. A receita média dos fornecedores qualificados pelo Prodfor passou de R$ 3,1 milhões em 1998, chegando a R$ 21,4 milhões em 2010, crescendo 5,8 vezes, com taxa média anual de mais de 12%. O número médio de empregados por empresa aumentou em três vezes, passando de 40 para 120 nesse período, crescendo mais de 10% ao ano. Esses números evidenciam a verdadeira transformação que o Prodfor proporcionou aos fornecedores que dele participaram. Outro aspecto a ser destacado é que o Prodfor é o programa que mais desenvolveu e qualificou fornecedores no país, conforme constatou a Confederação Nacional da Indústria, a CNI. Os 17 programas semelhantes acompanhados pela CNI desenvolveram 903 fornecedores até 2011. Somente o Prodfor foi responsável pelo desenvolvimento de 508
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“Um fato que caracteriza a força do Prodfor é a participação direta das grandes empresas mantenedoras e o reconhecimento das mesmas aos fornecedores qualificados”
fornecedores, equivalendo a 56% do total, o que comprova a dimensão do programa. Além disso, é o único chamado de nível superior que faz a qualificação de fornecedores por meio de rigorosas auditorias. Esses resultados expressivos trouxeram grande reconhecimento ao Prodfor. Além de ser referência para todo o país de programa dedicado ao desenvolvimento de fornecedores, tem sido objeto de muitos estudos acadêmicos, como teses de doutorado, dissertações de mestrado e monografias de pós-graduação. Foi tema, este ano, de evento realizado em São Paulo pela Câmara Americana de Comércio, apresentado a empresas americanas atuantes no Brasil como exemplo de integração de grandes empresas para desenvolvimento de fornecedores de modo comum. Outro grande destaque, esse internacional, foi a participação na 30ª edição do Encontro Econômico Brasil Alemanha, realizado em 2012 na cidade de Frankfurt, sendo o Prodfor citado como proposta para preparação de fornecedores brasileiros para grandes empresas alemãs atuantes no país, incentivando alianças estratégicas e absorção de tecnologia das empresas alemãs. Além da esmerada organização e primor na realização das atividades de preparação e avaliação dos fornecedores, um fato que caracteriza a força do Prodfor é a participação direta das grandes empresas mantenedoras e o reconhecimento das mesmas aos fornecedores qualificados. ArcelorMittal Tubarão,
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ArcelorMittal Cariacica, Canexus, Cesan, EDP Escelsa, Fibria, Chocolates Garoto, Petrobras, Samarco, Technip e Vale, além do Sebrae-ES, atuam na coordenação do Prodfor, definem estratégias, indicam fornecedores do seu interesse e realizam auditorias, entre outras atividades, ou seja, fazem o Prodfor acontecer, junto com o IEL-ES e a Findes. Estima-se que, juntas, as compras de rotina dessas empresas ultrapassem os R$ 16 bilhões anuais, sem contar os investimentos. Desse montante, estudos do Prodfor projetam que cerca de R$ 8,9 bilhões sejam direcionados a fornecedores locais, volume superior a 50% do total. Quadro muito diferente de 15 anos atrás, quando esse índice não chegava a 2%. O Prodfor ajudou a mudar a realidade dos fornecedores locais para grandes empresas, contribuindo para o aumento da sua competência e a consequente geração de mais negócios. Muitas são as pessoas que fazem parte dessa história e contribuem com o sucesso do Prodfor. São representantes de grandes empresas no Comitê Executivo e Comitê Estratégico, membros de Grupos Técnicos de auditorias, auditores, consultores, equipe do IEL-ES e da Findes, Coordenação executiva e Secretaria, que merecem elogios e agradecimentos. O Prodfor tem sido uma verdadeira revolução, silenciosa, mas profunda, transformado a realidade das empresas capixabas. Mais importante que relatar é viver essa história de grande sucesso do Prodfor, que orgulha a todos nós. 233
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GERENCIAMENTO DE PROJETOS
Gerenciamento de projetos e o Espírito Santo Fábio Cretton de Souza é vice-presidente do PMI-ES e consultor em Gerenciamento de Projetos
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á muito tempo o Espírito Santo não possuía um portfólio tão grande e diferenciado de grandes projetos. A Secretaria de Estado de Desenvolvimento está fazendo um trabalho estratégico e importante com as empresas que pretendem executar projetos em território capixaba, de forma a descentralizar estas implantações utilizando como características as afinidades das próprias localidades, além de um excelente trabalho de atração de investimentos para o Estado. Analisando esse portfólio, podemos verificar a complexidade e o valor que esses projetos trarão para o Estado. Após a implantação de grande parte deles, o perfil econômico
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capixaba será alterado, atraindo uma gama de serviços e empresas que ainda não se instalaram no Espírito Santo. O gerenciamento de projetos é uma ferramenta fundamental para auxiliar a implantação desse portfólio de planos através de uma visão individual e de uma visão integrada de todos, ou seja, pode ser utilizada para auxiliar a implantação de um grande projeto, e até mesmo de pequenos e médios, além de contribuir para a seleção estratégica da implantação da carteira como um todo. Atualmente, a visão estratégica está em alta nas empresas, mas no que consiste essa visão? Não adianta implantar um projeto com poucas
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“Não adianta implantar um projeto com poucas mudanças de escopo, dentro do prazo planejado, do custo orçado e com a qualidade esperada; é preciso implantar o projeto certo na hora certa!”
mudanças de escopo, dentro do prazo planejado, do custo orçado e com a qualidade esperada; é preciso implantar o projeto certo na hora certa! Nisso consiste o gerenciamento de portfólio. O portfólio pode ser composto de projetos, de programas (conjunto de projetos com um objetivo integrado), ou até de uma composição de ambos. Seguindo essa linha, os PMOs (Project Management Officer – Escritórios de Gerenciamento de Projetos) estão sendo implantados em vários níveis dentro do organograma das organizações. Existem PMOs sendo implantados na área de Engenharia (obras); PMOs na área de processo das organizações (forma de trabalho); PMOs na área estratégica das organizações (elaboração do portfólio e seleção/priorização de projetos e programas); além de PMOs em outros níveis intermediários das organizações. Atualmente, é comum o gerente do projeto se reportar a um PMO, e esse PMO se reportar a outro PMO, e assim por diante, até chegar a um nível bem elevado do organograma da organização. A visão do gerente de projeto não deve ser mais apenas a do projeto que está gerenciando, pois este está sendo afetado por outros projetos e, por sua vez, está afetando (influenciando) também outros projetos. A sociedade, os órgãos ambientais e os governos também estão mais atentos em relação aos projetos que estão previstos e os que estão em implantação. Ou seja, os stakeholders (partes interessadas) estão aumentando sua influência sobre os projetos. O gerenciamento de stakeholders é tão importante que o PMI® está criando uma área de conhecimento específica sobre esse assunto. O perfil do gerente está sendo ampliado, pois não adianta apenas ele ter o conhecimento técnico referente ao projeto; ele também precisa ser um pouco “psicólogo”, pois se relaciona com muitas pessoas, de perfis diferenciados, e com a resolução de conflitos; ele precisa ser “político”, pois tem que trabalhar fortemente com todos os principais stakeholders e suas influências. Além de tudo isso, ainda tem a sua vida pessoal para gerenciar. Com o “mundo globalizado”, o gerente de projetos acaba passando muitos dias fora de casa por necessidade do trabalho. Voltando à questão do portfólio de projetos previsto para o ES, em minha opinião, se todos os projetos, ou a maioria desses grandes projetos,
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conseguirem a licença ambiental e forem aprovados dentro de suas organizações para serem efetivamente implantados, não há profissionais capacitados no estado para atender a toda a demanda que será criada. Além da necessidade, já apresentada na mídia, de profissionais de nível técnico e de engenheiros, também há a demanda de profissionais capacitados em gerenciamento de projetos. Para gerenciar um projeto, não basta o profissional ter apenas o conhecimento teórico sobre o assunto. A teoria é importante, mas sem a prática ela é insuficiente. Isso é uma exigência do próprio mercado. Uma pergunta de muitos estudantes que estão cursando ou já são formados em cursos de pós-graduação de gerenciamento de projetos: como consigo adquirir a experiência necessária que o mercado está exigindo se o próprio mercado não me dá oportunidade para isso? Uma dica para responder a essa pergunta é: envolva-se em projetos como voluntário. Além de adquirir um pouco de prática, de ter a oportunidade de ajudar, o próprio mercado considera isso como um ponto positivo. O PMI-ES está definindo sua carteira de projetos para o ano de 2013. A prioridade de participação nesses projetos é de filiados, mas também deverão ser abertas algumas oportunidades para os não filiados. Para evitar o risco de não conseguir uma vaga, filie-se e ajude o PMI-ES e o próprio Estado do Espírito Santo a desenvolver e ampliar o Gerenciamento de Projetos. 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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GESTÃO E QUALIDADE
Por que investir em marcas para construir marcas valiosas Eduardo Tomiya é sócio-fundador da BA BrandAnalytics Consultoria, engenheiro mestre e PhD em Engenharia de Produção. É autor do livro “Gestão do Valor da Marca” e professor de branding
Para alavancar o valor de seus negócios, empresas capixabas precisam trabalhar a construção das marcas em mercados que ainda as desconhecem
Vemos no ranking das 200 Maiores Empresas no Espírito Santo várias marcas muito fortes e valiosas, que sem dúvida são dignas de serem homenageadas, portanto, primeiramente, parabéns a todas as empresas desta lista! Adicionalmente aos resultados financeiros, cada vez mais os empresários entendem que uma marca forte é um diferencial importante
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para as empresas, pois gera um substancial valor agregado aos acionistas, como ilustra nosso ranking das marcas brasileiras mais valiosas, publicado em maio de 2012 pela Revista Isto É Dinheiro, número 760. Quais são as principais vantagens competitivas de se ter uma marca valiosa? Em primeiro lugar, as principais alavancas de valor de uma marca forte são: 1 - Prêmio de preço – Marcas fortes em geral podem exercer o chamado premium price, ou seja, podem cobrar um pouco a mais que os concorrentes, por conta de seus atributos. Por exemplo, no caso de chocolates, a Garoto consegue estabelecer um prêmio de preço em relação a outros concorrentes. 2 - Estabilidade de demanda – Marcas fortes podem gerar demandas mais estáveis, que em momentos de crise podem ser importantes escudos. Por exemplo, neste momento de crise, assim que se lançou o iPhone 5 viu-se uma demanda muito grande, o que garante a Apple como sendo a empresa mais valiosa do mundo. 3 - Menores custos – Marcas fortes também podem gerar vantagens competitivas ao otimizar seus custos, principalmente quando estendem sua atuação para outras categorias ou até mesmo tendo o poder de atrair melhores talentos, gerando assim uma competitividade muito grande. E como podemos construir marcas valiosas? Uma marca ou uma percepção é construída quando um somatório de experiências do público com a marca é extremamente consistente, desde a comunicação (aqui insiro mídias on-line, off- line, redes sociais, recomendações 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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GESTÃO E QUALIDADE
Valores em US$ Milhões Posição
Marca
2009
2010
2011
Variação%
1
Petrobras
9.670
13.421
10.560
-21
2
Bradesco
7.450
8.600
6.690
-22
3
Itaú
6.671
9.600
6.606
-31
4
Skol
2.722
4.579
4.698
3
5
Banco do Brasil
5.531
8.259
4.574
-45
6
Natura
3.063
4.612
3.307
-28
7
Brahma
1.259
1.996
2.359
18
8
Vale
702
1.949
1.708
-12
9
Sadia
814
1.969
1.496
-24
10
Antarctica
537
801
851
6
11
Vivo
812
857
817
-5
12
Perdigão
1.033
1.959
778
-60
13
Lojas Americanas
428
677
762
13
14
Bohemia
-
-
697
ND
15
Ipiranga
291
840
670
-20
16
Oi
772
708
600
-15
17
Casas Bahia
950
969
589
-39
18
Totvs
323
589
569
-3
19
Tam
348
804
560
-30
20
Cielo
369
640
555
-13
* A lista completa contém 50 marcas
de colegas), passando pela experiência de compra de um produto (ponto de venda, produtos, atendimento, entre outros), pelo uso do produto (eventual assistência técnica ao produto – pós-venda, experiência do produto) e finalmente a impressão residual com a marca e a eventual recompra do produto. Se esse ciclo consegue gerar primeiramente a lealdade dos públicos externos, e em um segundo instante uma imagem ou percepção residual positiva, estamos construindo valor para a marca. Foi assim que, por exemplo, uma marca como Nestlé ou Garoto conseguiram construir seu valor. Através de inúmeros pontos de contato, fica a imagem de produtos de extrema qualidade e com atributos emocionais muito fortes. No caso de empresas capixabas, a expansão para outros mercados do Brasil ou mesmo nas proximidades do Espírito Santo pode ser um grande alavancador do valor de seus negócios, porém precisam, com certeza, trabalhar 240
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bastante a construção desses atributos em mercados que ainda desconhecem a marca – que era sempre capixaba. Porém, é inegável que exista um potencial tremendo para essas empresas e marcas, que já estabeleceram vínculos muito fortes com a comunidade capixaba. Resta saber se conseguem replicar essa imagem em outros mercados, e esse poderá ser um grande desafio para esses grupos.
Entenda como é feita a pesquisa O ranking das marcas mais fortes classifica -as com base na sua contribuição no processo de decisão dos consumidores. Já o ranking das mais valiosas considera duas dimensões no processo de valoração: a financeira, que é o valor dos seus intangíveis, e a de mercado (contribuição da marca). A fonte primária é o BrandZ, pesquisa de mercado com consumidores finais conduzida pela Millward Brown, do Grupo WPP. Em 2011, 200 MAIORES EMPRESAS 2012
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foram entrevistados 12.800 brasileiros e pesquisadas 480 marcas de 32 categorias. Mundialmente, essa pesquisa é realizada com mais de dois milhões de entrevistados. Foram feitas entrevistas com 30 analistas de mercado para alguns segmentos, como energia e mineração. O critério utilizado para a quantificação da força da marca é a sua contribuição efetiva para o resultado do negócio. Imagine quanto da venda de um produto seria perdida, caso ele não tivesse a sua marca. O caso do sabão em pó Omo é exemplar. Ele deixaria de ter 83% das vendas. Esse índice é quantificado a partir da análise do processo de decisão de escolha dos clientes e a contribuição da marca em cada atributo de escolha. O modelo foi desenvolvido pela equipe global da Millward Brown, alinhado com a pesquisa de marcas globais mais valiosas, publicada anualmente pelo jornal britânico Financial Times.
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Como se calcula o valor da marca As marcas mais valiosas são exclusivamente brasileiras e de empresas com capital aberto. Foi utilizado como fonte de informação o banco de dados do serviço Bloomberg de setembro do ano passado até março de 2012 e parâmetros dos relatórios anuais e 20F (quando aplicável). A base financeira do valor do negócio (economic value) é quanto os acionistas pagam pelas empresas (preço x volume de ações). Nessa linha, é avaliado o valor dos ativos intangíveis como sendo a diferença entre o valor econômico de mercado e seus ativos tangíveis (valor contábil). Do valor dos ativos intangíveis é separada a importância da marca na geração de valor ao acionista. Para a quantificação desse parâmetro, utilizamos os resultados obtidos na pesquisa BrandZ. A performance de cada uma das marcas avaliadas neste índice (220 marcas) nos fornece a lista das 50 marcas brasileiras mais valiosas.
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ARTIGO |
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL
Paulo Afonso Ferreira é diretor-geral do IEL Nacional
IEL: um parceiro imprescindível para a competitividade e o desenvolvimento
A
s empresas no Brasil enfrentam grandes desafios diante da forte concorrência global e devem se aprimorar continuamente para tomarem decisões de forma rápida e eficiente. Para que sejam fortes e assegurem o seu lugar no mercado, é necessária a capacitação do trabalhador operário e do trabalhador empresário, tendo como alvo a formação de líderes e de novos talentos, para que obtenham conhecimentos necessários para acompanhar os desafios das organizações. Nesse contexto, costumo dizer que sou um apaixonado pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL), por ser um grande catalisador de soluções às empresas, pela atuação dinâmica e por suas contribuições para o desenvolvimento do país. O IEL é uma entidade do Sistema Indústria/ Confederação Nacional da Indústria (CNI), presente nos 26 Estados da Federação e no Distrito Federal, com cerca de 100 escritórios de atendimento e que, ao longo de 43 anos, tem diversificado suas ações e se expandido com o objetivo de oferecer aperfeiçoamento de gestão às empresas, inovação tecnológica e modernização das práticas empresariais. Atua de forma proativa e em sintonia com as demandas do mercado, buscando a máxima satisfação de seus clientes e o oferecimento de soluções para que as empresas se tornem mais competitivas. Contribui com a interação e com o aprimoramento da relação entre empresa e centros de conhecimento, bem como na melhoria do processo educacional, por meio de debates e iniciativas que estimulam a qualidade do estágio ao aliar a prática do conhecimento à teoria, à pesquisa e à inovação. Nas ações voltadas para o desenvolvimento empresarial, o IEL presta assessoria, consultoria e oferece ferramentas que estimulam 244
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o empreendedorismo e contribuem para garantir eficiência na gestão. Por ser referência na qualidade dos serviços e pela credibilidade, possui parcerias com instituições nacionais e internacionais, que agregam esforços em prol da competitividade das empresas, da formação executiva e de novos talentos. Em parceria com a HSM Educação, o IEL oferece de forma inovadora o Programa de Desenvolvimento Empresarial, que une aulas teóricas e práticas e diagnósticos empresariais, com foco em temas relacionados aos desafios enfrentados pelas empresas no ambiente dos negócios, como: marketing, gestão de pessoas, finanças etc.
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Outra oportunidade oferecida pelo IEL é a educação executiva, cujo objetivo é qualificar o capital humano das empresas brasileiras, por meio do desenvolvimento de cursos que possibilitam a executivos, dirigentes eproprietários de empresas estarem em contato com o que há de mais avançado no cenário internacional em termos de capacitação e aperfeiçoamento em gestão. A base do sucesso empresarial é o conhecimento, principalmente na atual conjuntura, em que lidamos com um mercado cada vez mais dinâmico e competitivo, que exige dinamismo, respostas rápidas e eficiência nas tomadas de decisões. Em 2012, realizamos na Filadélfia (EUA) a 7ª edição do Programa de Estratégia e Inovação nos Negócios, curso oferecido em parceria com a Wharton School, tendo ênfase na discussão, estudo de casos e aplicação de ferramentas avançadas sobre tomada de decisões, inovação, estratégia, negociação, mercado internacional e marketing. Destacamos também a realização da 12ª edição do Programa de Gestão Estratégica para Dirigentes Empresariais, realizado em Fontainebleau (França), em parceria com
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o Insead, que contribuiu para disseminar entre os participantes as melhores práticas para enfrentar o mercado global, obtenção de vantagem competitiva, inovação nos negócios e estratégias para internacionalização. E mais recentemente, no mês de outubro, realizamos em Frankfurt (Alemanha) a 1ª edição do Programa de Certificação Avançada em Gestão de Inovação e Tecnologia, em parceria com a Escola de Negócios Internacionais e Empreendedorismo (SIBE) da Fundação Steinbeis, maior instituição de ensino superior privada daquele país e referência em transferência de conhecimento e tecnologia. Foram ministradas aulas teóricas e visitas técnicas em empresas alemãs para conhecer práticas modernas de gestão. Os próximos passos dessa parceria serão o desenvolvimento de mestrado para jovens gestores, orientados à promoção de projetos inovadores, intercâmbios e a transferência de metodologias para gestão empresarial. Diante da necessidade de o país ter uma indústria forte como forma de dar continuidade ao crescimento brasileiro, é preciso combater uma questão crucial: a produtividade. O desafio de aumentar a produtividade da indústria brasileira rebate numa questão fundamental: a capacidade do país de inovar. Nesse sentido, o IEL traz uma nova agenda de inovação, em alinhamento às iniciativas preconizadas pela MEI – Mobilização Empresarial pela Inovação, coordenada pela Confederação Nacional da Indústria - CNI, que tem por desafio fazer da inovação um tema prioritário nas estratégias das empresas brasileiras. Dessa forma, ressalto a atuação da Diretoria de Inovação do IEL, que tem o objetivo de conduzir as ações previstas no Planejamento Estratégico da MEI, aprovado pelo Comitê das Lideranças Empresariais do Movimento. Dentre essas ações, destaco o projeto piloto da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) e a continuidade da agenda de aprimoramento das políticas públicas de inovação, da qual serão elaborados planos de ação detalhados para sua efetiva implementação. Outro projeto que merece destaque é o “Inovação em Cadeias Produtivas de Grandes Empresas”, no qual as lideranças empresariais da MEI pretendem disseminar suas próprias metodologias de dinamização da inovação em cadeias produtivas.
“Temos acompanhado a atuação do IEL-ES que tem cumprido com excelência a missão de prover soluções em conhecimento, gestão e inovação para a empresa local”
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Sabemos que não será tarefa fácil avançar nessa agenda. Para isso, o Planejamento Estratégico da MEI prevê um forte empenho na direção da consolidação de seus Núcleos de Inovação nos estados, com recursos humanos, físicos e financeiros necessários para melhor atender às empresas. O sucesso do IEL é fruto da sinergia de propósitos, metas e diretrizes entre IEL Nacional
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e os 26 regionais que desenvolvem em seus estados a missão de contribuir com a competitividade das empresas, provendo-as com soluções em conhecimento, gestão, inovação e com a formação de líderes, talentos, gestores e empreendedores. Temos acompanhado a atuação do IEL Espírito Santo que, sob a gestão de Marcos Guerra, presidente do Sistema Findes, e com o apoio de profissionais altamente qualificados, tem executado ações e parcerias de grande relevância para a sociedade capixaba e cumprido com excelência a missão de prover soluções em conhecimento, gestão e inovação para a empresa local. Para nós é motivo de muita satisfação ter o IEL no Espírito Santo como uma referência na formação de líderes, gestores e empreendedores e como um grande parceiro do setor produtivo. Contem com o IEL, pois ele sempre estará à disposição com o propósito de oferecer serviços da mais alta qualidade, que favorecerão o desenvolvimento e a melhoria da competitividade das organizações.
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PUBLISHER
Time for changes and optimism Marcos Guerra President of the Findes/ Cindes System
P
resenting one more edition of the “200 Largest Companies in Espírito Santo” IEL´s yearbook is really gratifying. In 2011, we reached the historical mark of 15 editions, consolidating the evolution of Espírito Santo´s companies during a year in which we were outstanding in the Brazilian industrial production, representing the second largest growth nationwide (6,8%), really close to the state of Paraná, that took first place (7%) in this ranking, while the national growth average stood pretty much the same (0,3%). Nevertheless, if in 2012 we suffered with decreases in this index, mainly due to fluctuations of the international market related to commodities, for 2013 we have projects that will stimulate Espírito Santo´s industry to conquer a profile with more technological content and bigger added-value. Espírito Santo is living through a cautious time. Big losses are predicted with the extinction of Fundap´s (Development Fund of Espírito Santo´s Port Activities) current format and the possible change in the sharing system of oil´s royalties. These changes can be impactful to all of the 78 Espírito Santo´s cities. But, at the same time, we have companies that are even stronger and more competitive, and we are preparing a really favorable scenario for the influx of big investments in State, including segments that were not in our land before, the ones with more technology and value in its products. It´s important to stress that we have an excellent government program, Proedes (Espírito Santo´s Sustainable Development Program) that aims to prepare Espírito Santo to the changes mentioned. And we have the Findes system, through its Investment Plan 2012/2015, working side by side with various business entities and the constitutional
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powers for us to be prepared not only for the consequences of the revenue losses mentioned, but, fundamentally, to build the future that we want, with more competitive companies, better distribution of the sustainable development to the whole land of Espírito Santo, and actions related to professional qualification in the whole State. The Industrial System of Espírito Santo is working hardly to create a more favorable environment to this business evolution we aim for. Out of the US$ 62 million in investments until 2015, 82,07% will be destined to professional education which includes the construction of new Senai´s schools, technological centers, mobile qualification units, as well as the development of nationwide and worldwide partnerships in technology and innovation. We also have a goal to extend the participation of local suppliers for the oil and gas chain to a level of, at least, 50%. This segment accounts for almost half of the investments planned for the next years in Espírito Santo. In the promotion of the growth of local participation, we improve the qualification of our companies, stimulate investments in technology and information and, this way, we make them able to grow at the level of even being in the list of the 200 Largest Companies in Espírito Santo, like some of them, that are already in this ranking. At last, I would like to point out that the State of Espírito Santo is small in area, but huge in business representativeness. The proof lies on the following pages. After reaching the mark of 15 years, the “200 Largest Companies in Espírito Santo” IEL´s Yearbook starts to reveal a business segment even more modern, competitive and in constant evolution. The present moment proposes changes, but also suggests a lot of optimism. Have a nice reading!
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RANKING |
Fábio Dias is superintendent in IEL-ES
INTRODUCTION
T
he IEL’s “200 Largest Companies in Espírito Santo” 2012 yearbook comes to it’s 16th edition with a new proposal, portraying all the strength in Espírito Santo’s economy. In your hands, this material not only introduces financial/economical information of the 200 largest companies in Espírito Santo, but also sectional articles and written files by great columnists nationally known. This yearbook came to be part of academic institution’s libraries, offices and desks of great directors, managers and executives of public and private sectors. The “200 Largest Companies in Espírito Santo” yearbook became a solid research source to the whole Brazilian community and even worldwide, being spread along many countries in the whole world. Great news is that from this edition on, the yearbook’s range is mightily increasing: the publication will also be available on mobile devices, such as smartphones and tablets with internet enabled. It is innovation linked to technology to spread information. We cannot deny that nowadays we are able to be compared to the major Brazilian publications. We went a long way through, always regarding quality, respect to the advertisers and sponsors and, most of all, constant innovation. That’s why the “200 Largest Companies in Espírito Santo” IEL’s yearbook consolidates itself as the main reference of statistical information and financial/economical annual performance evaluation of Espírito Santo’s companies. In August 2012, IEL-ES has completed 43 years. As responsible for this publication, the Institute seeks, in each new edition, to increase the number of companies researched and bring contents that are true to the economical and organizational reality in this world, each time more globalized. Besides presenting each company’s data, consolidated by the diverse sectors and indicators brought through its audits, we also provide information about the several aspects in economy and entrepreneurship in our State, and relevant knowledge for investment study and market development analysis.
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The statistics related to revenue and employment in Espírito Santo are very significant and reflect the dynamism in it’s economy. In 2011, the 200 largest companies had a Gross Operating Revenue (GOR) of US$ 50,6 billion in the State, which is about a 11% increase comparing to the year before, when the Total Gross Revenue reached US$ 46 billion. When it comes to direct jobs, more than 91 thousand jobs were generated only in Espírito Santo. For the third year in a row we also present in this edition the “IEL Award in Business Management”, that recognizes the good practices in management implemented by small and medium-sized enterprises in Espírito Santo. We also present, for the sixth year in a row, the ranking of the Espirito Santo’s best private enterprises with capital control, according to the increase and profitability in sales criterion, Return on Equity (ROE), profitability per employee and current liquidity. It is an interesting fact that, this year, a small enterprise is the winner. The yearbook also brings the result of the election for the outstanding Businessman, Executive and Company of the year. It is an election in which the voting is done through a web system, in two rounds. The chosen ones were elected by government representatives, journalists and by public and private company’s representatives. Furthermore, we keep our editorial proposal and bring to you a number of articles, reports and interviews focused on economic, business, political and technological sciences. Like in the past years, the competitiveness in the publishing and graphical production sphere in the State enabled the “200 Largest Companies in Espírito Santo” IEL’s yearbook to be made entirely by local suppliers, who we are grateful for, congratulating for the great and effective work. Finally, we express our recognition to the companies and entrepreneurs, that are the biggest inspiration to this project, and all the IEL-ES’s team, that worked really hard in the planning and execution of one more edition. 200 BIGGEST COMPANIES 2012
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WHAT YOU WILL FIND IN THIS PUBLICATION
| RANKING
The 200 Largest Companies in Espírito Santo classified by Gross Operating Revenue (GOR), with economical and financial information.
Consolidated information of industrial, commercial and service sectors and per activity.
The 20 best performance companies, according to various economical, financial and social indicators. The 10 largest companies related to the sectors: food, wholesale trade, vehicle dealership, building trade, financial service and insurance, import and export services and transport.
The best company The 100 largest private companies with Espirito Santo’s capital control, classified by net income.
Ranking of the 10 largest business groups, according to the Return on Equity (ROE) criterion, with consolidated economical and financial information.
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RANKING |
ANALYSIS
Emanuel Junqueira is a Ph.D in Accounting Sciences at USP and university lecturer in the Post Graduation Program in Administration at UFES
The businessman payed its bill
I
to the clients. The expenses also increased, reducing the operating profit in 1,7% comparing to the year before. Even so, that was an increment of 16,2% in the expenses with employees. This increase can be attributed to the generation of new jobs, 8,2% comparing to the year 2010, and the wage increases.
f the 2011 was not a bad year for the companies in Espírito Santo, neither it was like the better ones. Comparing to 2010, that was a increase of 21,5% in the revenue. However, the gross profit increase 10,6%, indicating that the raising in the production costs were absorbed by the companies, not being totally passed on
In face of the 2011’s results, and the scenario described by the directors, is undeniable the willingness of the businessmen in Espírito Santo to overcome the global economy crisis
Analysis of Espírito Santo’s Potential Political power in the national scenario
4,7
Ports
5,4
Highways
4,1
Airport
3,3
Policy of Tax Incentives
5,7
Workforce Qualification
6,2
Logistical Infrastructure
6,2
Geographical Location
8,7 0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
10,0
Evaluation based on information of the “200 Largest Companies in Espírito Santo” IEL’s research
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Adoption of the new Brazilian Accounting Standards ITEM
% OF COMPANIES
Provided comparative countable information
94,8%
Calculated service life of fixed assets to allocate the depreciable value
33,3%
Shared the accountable practices adopted to evaluate inventory
37,9%
Conducted impairment fixed assets’ tests
30,2%
Adjusted payments and/or receipts to the fair value
23,5%
Measured the intangible assets by the cost minus accumulated amortization and any accumulated loss by impairment
26,1%
Conducted provision with description of the nature of obligation, expected values and the date of any payout
39,4%
In face of the 2011’s results, and the scenario described by the directors, is undeniable the willingness of the businessmen in Espírito Santo to overcome the global economy crisis. Despite of the results, not that exciting when compared to the year before, there is an optimist expectation. The directors assert they intend to maintain (51,2%) or increase (43,7%) the investments in the 2012/2013 biennium. This raise in investments can already be noticed in the accretion of 8,7% on the assets of the researched companies. Considering the optimism, 64% of the directors affirm that the global economy crisis is influencing the operational activities of its companies. The Government is still “the main shareholder” of companies in Espírito Santo. In 2011, it collected a bit more than US$ 2,9 billion in taxes over sales of companies that certified the paid value (big companies like Vale, ArcelorMittal, Petrobrás, Fíbria e Banco do Brasil were left out of this survey). This value is 25% bigger than the amount shared as profit to the owner of companies in 2010.
The need for a greater Government support Despite of the crisis, the outcome could have been better. For the second year in a row, it was conducted a research to assess the potential in Espírito Santo, from the directors’ opinion. The results were similar to the ones related to the year before and, again, the only subject with satisfactory evaluation was the State’s geographical location. Thare was a small reduction in 200 BIGGEST COMPANIES 2012
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the political power on the national scenario and in the policy of tax benefits, largely as a consequence of the extinction of Fundap and of the delay in major construction works to the State, such as the addition in the airport and the duplication of BR 101 and BR 262 highways. If the geographical location qualifies Espírito Santo as one of the most competitive States in the Federation in terms of logistics and foreign trade, the evaluation of our infrastructure is disappointing. We still need to advance in the condition of our highways, seaports and airports. Another important issue comes to the qualification of our workforce, still considered deficient by directors of the companies researched, requiring a whole set of partnership between companies and academic institutions to meet the demands of the market.
Adoption of the new Brazilian Accounting Standards This year a survey to evaluate the adoption of technical pronouncements by the Committee of Accounting Pronouncements (CPC) was realized. The result indicates that most of the companies still did not adopt the new accountable practices. Since these practices improve the disclosure and, consequently, the decisions made by the users of accountable information, it’s important for the companies to implement those practices. In face of the 2011’s results and of the scenario described by the directors, is undeniable the willingness of the businessmen in Espírito Santo to overcome the global economy crisis, ending up strengthen and even more competitive. For that, is required to increase the investments in technology and innovation, taking the opportunities to drive forward the development of Espirito Santo’s economy. 257
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RANKING | METHODOLOGY
T
he 2012 edition’s research of the 200 Largest Companies in Espírito Santo was accomplished through data of almost 280 companies, as well as the largest private groups in the State. This number includes all the companies that sent accountable demonstration to IEL before October 5th, 2012 and includes public/ private capital joint stock companies, cooperatives, non-profit organizations and limited companies. To the following years, we are studying the possibility of implementing changes that provide a better analysis of these companies. This year, on the follow of changes made in 2011, information about Net Revenue which represents the operating revenues after the taxes, returns and unconditional discounts - were included.
This information allows to leave out effects from various tax burdens of diverse activities covered in the Magazine, as well as the inefficiencies of returns and unconditional discounts. It was also kept information over the operational profit of companies, what we think to be a better measurement to the verification of operational efficiency than the net profit, which may include non-operational significant results that misrepresent the analysis of the company’s power to generate future results in it’s operations. Although the new legislation does not consider the “non-operational” group, we realized that the companies are still informing these values. The Earning Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization (Ebitda)
Methodological Concepts Gross Operational Revenue
It is the total revenue from sales of goods and services provided by the company.
Variation of Gross Operational Revenue
It shows the evolution of the gross sales in Reais (currency Brazilian).
Net Operational Revenue
It is calculated by the difference between the value of sales, deducted from returns and rebates, and sales taxes.
Operational Profit
Is the result of net revenues, determined according to legal rules, after administrative expenses is discounted with sales and financial.
Ebitda
Abbreviation of Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, that means profit before discounting interest, profit taxes, depreciation and amortization. In essence, it corresponds to the cash generated by the operation of the company.
Net Income for the Year
It is the result of the financial year, determined according to legal rules, after deducting the income tax and social contribution on profit.
Net Worth
It is the sum of the capital, reserves and adjustments of the evaluation sheet, less the sum of the capital, creating of Treasury Department shares and accumulated losses. It measures the wealth of the company.
Sales Profitability
It is calculated by dividing the net profit and net income.
Profit of Net Worth
It measures the return on investment for the owners. It results of the division of net profit by net worth.
Current Liquidity
It is the division of current assets by current liability and it indicates the company's ability to honor its commitments in the short term.
General Debt
It is the sum of short and long term debts. The result is shown in percentage in relation to the total asset. It represents the participation of resources financed by third parties on the operation of the company.
Long Term Debt
It indicates how much the company is committed to long term debts. It is expressed in a percentage in relation to total assets.
Employees in Espírito Santo
It is the number of employees in December 31, 2010.
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that came to be part of the research, was kept as one of the indicators and corresponds, in its essence, to the checkout generated by the company. In the elaboration of the specific Rankings, such as “Sector Rankings” and the “20 Largest According to the Main Indicators”, complemented to the 200 Largest by Gross Revenue, all the companies in the survey were considered. This way, a company that is not classified between the 200 Largest, can be part of a specific ranking, like the Current Liquidity (CL), for example. This change allowed the companies, regardless of its size, to be classified by it’s performance according to those indicators. Another change is related to the calculation of the profitability in sales, that came to be defined as the net profit divided by the net revenue, and no longer by the gross revenue. The chart brings an overview of the main changes that were made. To elaborate the Ranking of the 200 Largest Companies, the Gross Revenue from Sale’s criterion was used, which is a company’s contribution indicator 200 BIGGEST COMPANIES 2012
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to the society in terms of products and services offered. Besides the Gross Operational Revenue, information over Net Operational Revenue, Operation Profit, Ebitda, Net Profit, Net Equity and the number of employees in Espírito Santo are available. We also bring indicators to economic-financial analysis, such as: Profitability In Sales, Return on Equity, Current Liquidity, Overall Indebtedness and Long-Term Indebtedness. It’s important to mention that, from this year on, only results obtained in Espírito Santo were published, enabling a better comparative analysis among the companies. Moreover, the yearbook presents many other registers of companies organized by economic sector, Espírito Santo’s companies, consolidated by activity, among others. It should be noticed that, to the yearbook’s version in Portuguese and in English, the values were converted in US currency, considering the commercial dollar rate average in 2011, which was R$ 1,6747 according to the Central Bank of Brazil’s data. 259
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RANKING | GENERAL INFORMATION
T
he research on the 200 Largest Companies in Espírito Santo, considered one of the most important publications over the Espirito Santo’s economy evaluation, has provide data and information about the companies and business groups established in the State, and their economic-financial performance, over the last 15 years. This edition presents the results of the main companies in 2011, analyzed through accountable and financial indicators, such as Gross Operational Revenue, Annual Net Profit, Net Equity, Number of Employees, Profitability, Liquidity, among others. In 2011 a review on the methodology over the survey was done, bringing adequacies required to the whole of accountable information. In these terms, criterions to define the ranking were set:
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• Companies with registered offices in Espírito Santo had their total revenue considered in the State. • For companies with registered offices in other state, only the percentage of the revenue generated in Espírito Santo was considered. • Still, for the companies with registered offices in other state of the Federation, only the other accountable information were considered, if those had provided data from the company in the State or when their revenue was totally generated in Espírito Santo. • Companies that have registered offices in other state and that did not provide specific accountable information in Espírito Santo are marked with N/A (not available) in the charts. In 2011, the Gross Operational Revenue of the 200 Largest Companies In Espírito 200 BIGGEST COMPANIES 2012
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Distribuition of the 200 biggest companies per region and city REGIONS AND MUNICIPALITIES Central
Location of the 200 Biggest Companies
NUMBERS OF COMPANIES 150
Alfredo Chaves
1
Anchieta
1
Cariacica
19
Guarapari
1
Santa Maria de Jetibá
2
Serra
33
Venda Nova do Imigrante
1
Viana
8
Vila Velha
17
Vitória
67
North Coast
23
Aracruz
6
Jaguaré
1
Conceição da Barra
1
Ibiraçu
1
Linhares
13
Montanha
1
Northwest
13
Colatina
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Nova Venécia
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São Gabriel da Palha
2
South Atílio Vivacqua Cachoeiro de Itapemirim Itapemirim Total
14 1 12 1 200
reached the amount of US$ 50,5 billion generated in the State, an increase of 10,3% compared to the year before, when the invoicing reached US$ 45,8 billion. When it comes to the number of jobs, these companies created, in 2011, 91.563 direct jobs in Espírito Santo, while in 2010, 93.784 were created, a decrease of -2,4%. These results show an increase in the earnings and in the productivity facing the year before, indicating that the companies in State are going well through the global economy crisis. It’s important to notice that, in 2010, the last placed company in the ranking had a Gross 200 BIGGEST COMPANIES 2012
ING_200 Maiores 2012_Ranking_Informações Gerais_THI.indd 261
South Region 7,0% Northwest Region 6,5%
Central Region 75,0%
North Coast Region 11,5%
Operational Revenue of US$ 15,4 million. In 2011 the 200th placed ended the list with US$ 10,4 million, -32,4%. On the other hand, the largest company in the ranking had an increase of 19,3% in its earnings. The distribution of the 200 Largest Companies in Espírito Santo by region, as established by IBGE, still shows the concentration of companies in the State´s central region, comprising the Metropolitan region and bordering areas.
Geographical concentration Like identified in the past years according to the distribution of the 200 Largest Companies by region in which they are located (IBGE), there is a big concentration (75%) in the State´s central region, that has 150 companies established, despite the register of a slight fall compared to 2010 (-2,6%). Sixty seven of those companies are located in Vitória, 33 in Serra, 19 in Cariacica and 17 in Vila Velha. The northern coast region maintained its 23 companies, which is 11,5%, and Linhares is the most concentrated city, holding 13 companies. The northwestern region register 13 companies (6,5%), 10 of these in Colatina. The southern region had the bigger growth of companies among the 200 Largest, from 10 to 14 (7%), highlighting the city of Cachoeiro de Itapemirim, with 12 companies. The research revealed that 86% of the 200 Largest Companies in Espírito Santo have local capital control, and the other 14% have shareholding control in other states. Besides, among the companies that joined the research, 96% have their registered offices in the State. 261
29/11/2012 16:35:51
RANKING
RANKING OF THE 200 LARGEST COMPANIES According to the Gross Operational Revenue (GOR) in ES (Values in US$ thousand) RANKING 2011
COMPANY
SECTOR
ACTIVITY
G.O.R.
VAR. GOR. 11/10 %
NET OP. VER.
OPERATIONAL PROFIT
EBITDA
1
VALE
Industry
Mining
8.506.120
19,23%
n/d
n/d
n/d
2
SAMARCO
Industry
Mining
4.249.905
12,54%
4.215.041
2.342.090
2.533.501
3
ARCELORMITTAL BRASIL
Industry
Steelmaking and Metallurgy
2.958.766
-9,77%
n/d
n/d
n/d
4
FERT. HERINGER
Industry
Chemical and Petrochemical
2.854.692
33,31%
2.808.865
182.752
210.481
5
COTIA TRADING
Services
Import and Export Services
2.428.598
72,48%
1.866.419
76.870
92.211
6
CISA
Services
Import and Export Services
1.643.771
56,08%
1.286.805
48.277
49.544
7
PETROBRAS DISTRIBUIDORA
Wholesale Trade
Electricity and Gas
1.448.618
16,41%
n/d
n/d
n/d
8
FIBRIA
Industry
Paper and Pulp
1.359.499
257,85%
2.181.489
7.868
n/d
9
GAROTO
Industry
Food
1.312.088
9,44%
821.268
111.233
93.786
10
EDP ESCELSA
Services
Electricity and Gas
1.192.805
2,63%
906.481
105.688
163.338
11
COLUMBIA TRADING
Services
Import and Export Services
1.004.511
63,43%
861.027
33.063
15.412
12
TANGARÁ FOODS
Industry
Food
968.212
46,83%
940.019
11.409
13.355
13
BANESTES
Services
Financial and Insurance Services
960.872
5,85%
933.078
78.775
n/d
14
ARCELORMITTAL TUBARÃO COMERCIAL
Wholesale Trade
Wholesale Trade
918.602
-8,59%
664.656
-21.486
-19.154
15
TROP
Services
Import and Export Services
856.320
4,21%
707.375
49.297
n/d
16
COMVIX TRADING
Services
Import and Export Services
844.653
53,82%
663.670
31.223
24.647 77.408
17
SABB - SIST. ALIM. E BEBIDAS
Industry
Food
659.573
33,84%
635.937
68.353
18
BANCO DO BRASIL
Services
Financial and Insurance Services
586.930
15,43%
n/d
n/d
n/d
19
BR DISTR. ES - GN
Services
Electricity and Gas
581.642
46,25%
429.843
60.083
62.608
20
UNICAFÉ
Wholesale Trade
Wholesale Trade
495.392
50,60%
488.171
42.252
n/d
21
VITÓRIA DIESEL
Retail Trade
Vehicle Dealership
462.151
17,05%
407.311
9.003
5.209
22
VIX LOGÍSTICA
Services
Transports
456.894
-0,78%
410.442
52.550
n/d
23
UNIMED VITÓRIA
Services
Health Plans
423.086
14,75%
411.050
1.635
4.044
24
FOCUSTÊXTIL
Industry
Textile
416.586
26,55%
314.925
46.985
n/d
25
BMC
Wholesale Trade
Wholesale Trade
409.979
19,91%
340.185
28.608
24.565 -1.573
26
KURUMÁ VEÍCULOS
Retail Trade
Vehicle Dealership
377.483
16,18%
369.590
5.575
27
SERTRADING
Services
Import and Export Services
363.335
14,04%
298.760
16.567
12.111
28
HORTIFRUTI
Retail Trade
Retail Trade
324.249
19,80%
291.378
6.498
12.307 n/d
29
ITABIRA AGRO INDUSTRIAL
Industry
Cement Manufacturing
299.272
10,59%
243.846
1.155
30
CUSTODIO FORZZA
Wholesale Trade
Wholesale Trade
293.100
30,18%
267.882
1.905
n/d
31
CESAN
Industry
Collect., Purificat. and Distrib. of Water
278.860
7,92%
263.613
36.765
78.298
32
FRISA
Industry
Food
276.420
5,45%
255.178
8.589
n/d
33
CASAGRANDE
Retail Trade
Retail Trade
260.998
12,32%
226.185
8.690
10.252
34
SAVIXX
Wholesale Trade
Wholesale Trade
232.234
12,40%
175.367
1.246
n/d
35
PERFILADOS RIO DOCE
Industry
Steelmaking and Metallurgy
231.441
8,55%
185.455
29.203
n/d
36
SUPERMERCADO PERIM
Retail Trade
Retail Trade
225.404
183,26%
193.195
3.944
6.763
37
NICAFÉ
Wholesale Trade
Wholesale Trade
219.424
60,86%
200.151
9.182
4.048
38
TRISTÃO
Wholesale Trade
Wholesale Trade
212.402
-27,91%
211.522
9.331
7.703
39
VITÓRIAWAGEN
Retail Trade
Vehicle Dealership
210.208
2,84%
175.390
7.386
n/d
40
CN AUTO
Retail Trade
Vehicle Dealership
206.284
136,90%
142.656
8.745
n/d
41
PODIUM
Retail Trade
Vehicle Dealership
182.618
3,22%
178.557
4.547
4.547
42
RDG AÇOS DO BRASIL
Wholesale Trade
Wholesale Trade
180.386
3,56%
145.692
38.376
n/d
43
NIBRASCO
Industry
Leasing of Assets
165.828
-4,45%
150.489
137.510
132.276
44
ITABRASCO
Industry
Leasing of Assets
164.855
183,26%
149.606
140.617
134.252
45
ÁGUIA BRANCA
Services
Transports
162.439
5,43%
129.454
23.605
34.194
46
LUVEP VOLVO
Retail Trade
Vehicle Dealership
160.064
48,43%
138.919
9.159
n/d
47
COOABRIEL
Wholesale Trade
Wholesale Trade
153.150
82,87%
141.247
-80
1.170
48
TERRA NOVA
Wholesale Trade
Wholesale Trade
151.889
21,16%
111.242
-620
2.419
49
CVC
Retail Trade
Vehicle Dealership
151.754
174,40%
133.707
2.345
463
50
SÃO BERNARDO SAÚDE
Services
Health Plans
151.739
43,52%
134.108
852
867
262
ING_200 Maiores - Ranking das 200 maiores_THI.indd 262
200 BIGGEST COMPANIES 2012
29/11/2012 16:37:36
NET PROFIT
NET EQUITY
OPERATIONAL PROFITABILITY
RETURN ON EQUITY
CUURRENT LIQUIDITY
OVERALL INDEBTEDNESS
LONG-TERM INDEBTEDNESS
JOBS/ WORKS CREATED ES
RANKING 2011
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
9.987
1
1.740.211
1.079.054
55,57%
41,29%
0,74
74,89%
44,89%
1.055
2
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
4.720
3
38.150
282.804
6,51%
1,36%
0,98
81,74%
8,83%
304
4
49.866
73.731
4,12%
2,67%
1,24
87,93%
9,92%
5
5
33.026
95.732
3,75%
2,57%
1,58
80,97%
24,73%
24
6
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
140
7
-664.762
8.664.748
0,36%
-30,47%
1,44
47,34%
38,39%
1.192
8
64.358
142.772
13,54%
7,84%
1,46
76,83%
34,61%
0
9
62.086
423.228
11,66%
6,85%
0,85
67,92%
36,71%
949
10
9.447
15.514
3,84%
1,10%
1,02
93,64%
0,70%
6
11
15.233
148.505
1,21%
1,62%
1,56
74,46%
15,90%
522
12
53.278
499.017
8,44%
5,71%
0,95
91,74%
20,71%
2.344
13
-27.094
145.170
-3,23%
-4,08%
2,39
35,32%
3,15%
131
14
24.604
57.800
6,97%
3,48%
1,55
76,04%
14,76%
15
15
24.392
76.782
4,70%
3,68%
1,64
73,05%
23,21%
n/d
16
56.405
305.302
10,75%
8,87%
1,99
44,59%
19,92%
824
17
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
1.566
18
39.669
114.705
13,98%
9,23%
1,21
39,90%
0,91%
25
19
20.560
138.379
8,66%
4,21%
1,38
42,80%
0,00%
135
20
3.281
25.270
2,21%
0,81%
0,85
84,75%
0,85%
400
21
20.379
102.583
12,80%
4,97%
1,83
74,59%
58,30%
2.096
22 23
2.590
42.474
0,40%
0,63%
0,89
75,02%
36,19%
1.722
26.388
63.761
14,92%
8,38%
1,79
78,86%
26,75%
299
24
13.367
29.850
8,41%
3,93%
1,33
77,70%
4,58%
18
25 26
-1.594
23.186
1,51%
-0,43%
0,73
73,52%
10,47%
360
10.006
27.088
5,55%
3,35%
1,23
78,09%
0,89%
19
27
3.898
39.118
2,23%
1,34%
1,03
60,26%
18,98%
299
28
877
289.707
0,47%
0,36%
1,00
61,88%
49,72%
n/d
29
1.905
38.088
0,71%
0,71%
1,09
74,30%
0,19%
140
30
19.353
724.654
13,95%
7,34%
1,00
38,69%
32,33%
1.470
31
4.029
47.757
3,37%
1,58%
1,25
59,14%
21,10%
1.156
32
6.774
38.845
3,84%
3,00%
1,41
38,38%
3,21%
2.030
33
1.974
4.692
0,71%
1,13%
1,09
90,52%
0,00%
n/d
34
25.536
146.247
15,75%
13,77%
5,88
11,35%
1,40%
362
35
1.825
26.572
2,04%
0,94%
2,06
51,37%
4,32%
1.728
36
2.591
26.374
4,59%
1,29%
1,81
56,04%
2,87%
99
37
5.250
92.411
4,41%
2,48%
0,95
62,89%
29,88%
390
38
5.330
28.781
4,21%
3,04%
1,27
47,45%
9,10%
418
39
5.869
9.777
6,13%
4,11%
1,10
89,21%
0,21%
n/d
40
2.556
13.825
2,55%
1,43%
1,37
100,00%
52,49%
391
41
34.852
161.966
26,34%
23,92%
3,29
7,88%
0,34%
307
42
94.764
413.397
91,38%
62,97%
5,72
16,80%
8,04%
n/d
43
91.474
162.027
93,99%
61,14%
2,04
32,77%
15,21%
n/d
44
16.814
176.064
18,23%
12,99%
2,86
35,73%
23,70%
1.182
45
4.566
12.569
6,59%
3,29%
1,33
71,69%
3,72%
137
46
1.020
8.938
-0,06%
0,72%
1,08
87,36%
1,92%
181
47
1.592
3.463
-0,56%
1,43%
1,12
91,47%
6,97%
6
48
463
25.585
1,75%
0,35%
1,12
51,21%
13,69%
404
49
5
22.660
0,64%
0,00%
1,30
57,73%
14,64%
280
50
200 BIGGEST COMPANIES 2012
ING_200 Maiores - Ranking das 200 maiores_THI.indd 263
263
29/11/2012 16:37:47
RANKING OF THE 200 LARGEST COMPANIES According to the Gross Operational Revenue (GOR) in ES (Values in US$ thousand) RANKING 2011
COMPANY
SECTOR
ACTIVITY
G.O.R.
VAR. GOR. 11/10 %
NET OP. VER.
OPERATIONAL PROFIT
EBITDA
51
LORENGE
Indústria
Building/Construction
138.568
43,62%
98.551
18.711
52
FULL COMEX
Serviços
Import and Export Services
136.327
55,74%
99.227
8.330
17.899 9.686
53
FORTLEV
Industry
Rubber and Plastic Products
134.422
8,80%
93.920
9.559
12.688 25.210
54
BRAMETAL
Industry
Steelmaking and Metallurgy
122.713
31,19%
112.634
25.924
55
SELITA
Industry
Food
119.749
0,71%
109.055
2.388
4.783
56
CORREIOS
Services
Telecommunications
118.130
10,82%
117.481
11.424
13.971 42.228
57
TVV
Services
Port and Terminal Management
117.323
20,40%
106.042
38.072
58
CLAC
Services
Import and Export Services
115.660
17,88%
86.619
5.882
144
59
DACASA FINANCEIRA
Services
Financial and Insurance Services
111.750
32,77%
111.750
1.403
n/d 15.027
60
EMP. LUZ E FORÇA STA. MARIA
Services
Electricity and Gas
111.265
7,27%
73.143
11.335
61
KOBRASCO
Industry
Leasing of Assets
109.553
-16,94%
100.593
101.559
94.115
62
BIANCOGRES
Industry
Non-metallic Minerals Industry
109.225
13,04%
83.522
6.900
14.509 1.263
63
MERCOCAMP
Services
Import and Export Services
106.764
79,99%
77.753
-4.101
64
CEDISA
Wholesale Trade
Wholesale Trade
105.322
12,76%
80.956
5.619
n/d
65
COOPEAVI
Retail Trade
Retail Trade
101.380
38,82%
98.230
3.738
5.313 203
66
INSPECTION
Wholesale Trade
Wholesale Trade
100.353
-22,16%
76.770
-1.098
67
TRACBEL
Retail Trade
Retail Trade
99.395
-29,13%
n/d
n/d
n/d
68
ELKEM
Industry
Chemical and Petrochemical
89.633
-4,39%
68.091
8.343
8.343
69
BUAIZ ALIMENTOS
Industry
Food
88.185
14,32%
79.177
2.720
-624
70
CONCREVIT
Industry
Building/Construction
83.156
13,55%
78.758
5.477
9.167
71
REALCAFÉ
Industry
Food
79.690
47,14%
76.924
7
653
72
SOL COQUERIA
Industry
Steelmaking and Metallurgy
77.589
20,46%
68.831
37.679
71.641
73
UNIMED SUL CAPIXABA
Services
Health Plans
74.509
19,15%
73.955
-1.488
-1.338
74
CPVV
Services
Port and Terminal Management
71.670
3,93%
63.036
16.903
17.978
75
USINA PAINEIRAS
Industry
Food
71.633
46,64%
61.252
7.057
9.103
76
CODESA
Services
Port and Terminal Management
69.283
34,61%
60.729
-13.221
-14.820
77
SPASSU
Services
Information Technology
67.917
33,69%
64.065
-658
-477
78
BANESTES SEGUROS
Services
Financial and Insurance Services
67.584
2,79%
67.584
3.012
3.269
79
VIMINAS
Industry
Non-metallic Minerals Industry
64.123
16,52%
48.255
6.622
n/d
80
SAMP
Services
Health Plans
62.613
16,89%
63.372
847
1.048
81
HOSPITAL MERIDIONAL
Services
Hospital Care
62.521
6,70%
59.661
12.510
3.723
82
PREMIUM VEÍCULOS
Retail Trade
Vehicle Dealership
62.336
-4,92%
61.522
1.197
769
83
SUP. SANTO ANTONIO
Retail Trade
Retail Trade
60.886
6,72%
53.260
1.364
n/d
84
PORTOCEL
Services
Port and Terminal Management
60.800
9,18%
53.826
11.790
8.755 283
85
VESSA
Retail Trade
Vehicle Dealership
60.795
13,75%
57.854
586
86
SIDERURGICA IBIRAÇU
Industry
Steelmaking and Metallurgy
60.793
80,04%
54.897
-1.855
n/d
87
QUIMETAL
Services
Import and Export Services
60.582
33,04%
46.733
3.945
3.945
88
VITÓRIA MOTORS
Retail Trade
Vehicle Dealership
58.589
40,15%
57.676
1.153
n/d
89
ALCON
Industry
Chemical and Petrochemical
58.018
50,63%
55.024
15.432
13.824
90
CARAIVA PARTICIPAÇÕES
Services
Business Management
57.036
23,39%
57.036
58.150
58.258
91
FOZ DE CACHOEIRO
Services
Collect., Purificat. and Distrib. of Water
56.119
21,49%
53.317
9.445
8.673
92
AFECC - HOSP. STA RITA
Services
Hospital Care
56.044
13,02%
55.036
9.778
n/d
93
VENEZA
Industry
Food
53.379
8,53%
50.333
2.010
944
94
UNIMAR
Services
Transports
52.484
8,19%
48.365
3.475
9.622
95
BANDES S/A
Services
Financial and Insurance Services
52.350
15,94%
27.199
9.157
10.334
96
HOSPITAL EVANGÉLICO
Services
Hospital Care
51.937
23,32%
51.890
1.012
552
97
TV GAZETA
Services
Information and Communication
49.961
15,34%
45.894
9.444
10.358
98
HIRO MOTORS
Retail Trade
Vehicle Dealership
49.663
1044,87%
49.026
913
928
99
VILA PORTO
Services
Import and Export Services
49.040
-22,52%
37.398
-7.637
590
100
DIAÇO
Wholesale Trade
Wholesale Trade
48.854
17,77%
39.790
4.375
4.367
264
ING_200 Maiores - Ranking das 200 maiores_THI.indd 264
200 BIGGEST COMPANIES 2012
29/11/2012 16:38:04
NET PROFIT
NET EQUITY
OPERATIONAL PROFITABILITY
RETURN ON EQUITY
CUURRENT LIQUIDITY
OVERALL INDEBTEDNESS
LONG-TERM INDEBTEDNESS
JOBS/ WORKS CREATED ES
RANKING 2011
13.784
92.558
18,99%
13,99%
2,32
57,76%
31,54%
1.100
51
3.169
8.245
8,40%
3,19%
1,18
82,44%
0,54%
17
52
9.989
69.097
10,18%
10,64%
5,04
10,67%
0,00%
627
53
23.739
71.714
23,02%
21,08%
1,83
40,40%
2,73%
550
54
2.610
19.789
2,19%
2,39%
1,59
54,41%
22,77%
496
55
13.971
13.971
9,72%
11,89%
1,39
37,74%
0,00%
1.962
56
26.746
66.639
35,90%
25,22%
1,24
30,42%
17,79%
394
57
83
5.273
6,79%
0,10%
0,92
92,61%
3,58%
11
58
2.949
64.569
1,26%
2,64%
2,58
81,85%
44,59%
193
59
8.424
55.877
15,50%
11,52%
1,44
37,82%
18,07%
353
60
66.748
233.268
100,96%
66,35%
1,90
23,21%
1,55%
n/d
61
6.676
44.266
8,26%
7,99%
3,65
48,19%
30,70%
253
62
704
787
-5,27%
0,91%
2,17
97,98%
67,60%
27
63
3.708
33.438
6,94%
4,58%
3,95
22,88%
2,22%
179
64
2.631
29.729
3,81%
2,68%
1,63
49,60%
11,35%
347
65
-149
10.386
-1,43%
-0,19%
1,29
73,29%
0,12%
3
66
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
51
67
7.449
45.078
12,25%
10,94%
3,50
38,66%
24,50%
154
68
-624
35.846
3,43%
-0,79%
0,66
71,30%
36,09%
400
69
6.860
16.527
6,95%
8,71%
1,00
56,26%
23,95%
222
70
-395
32.557
0,01%
-0,51%
0,76
61,27%
12,02%
332
71
-23.058
876.851
54,74%
-33,50%
1,12
4,46%
2,64%
n/d
72 73
-1.351
9.999
-2,01%
-1,83%
1,20
71,24%
31,34%
601
12.073
28.528
26,82%
19,15%
1,53
36,71%
7,06%
147
74
825
61.021
11,52%
1,35%
1,37
70,09%
55,78%
585
75
-14.820
87.587
-21,77%
-24,40%
3,06
51,26%
35,19%
393
76
13
692
-1,03%
0,02%
1,09
93,89%
6,60%
109
77
2.251
46.835
4,46%
3,33%
1,36
55,93%
2,48%
99
78
5.441
25.932
13,72%
11,28%
2,34
24,36%
1,86%
439
79
654
3.462
1,34%
1,03%
1,08
79,40%
21,85%
131
80
1.517
16.265
20,97%
2,54%
0,62
67,02%
28,73%
1.028
81
527
3.335
1,95%
0,86%
1,22
71,52%
0,00%
150
82
545
2.593
2,56%
1,02%
1,08
84,76%
12,92%
979
83
5.496
35.123
21,90%
10,21%
0,55
55,34%
24,14%
295
84
168
6.075
1,01%
0,29%
1,38
66,15%
12,37%
163
85
-1.722
6.311
-3,38%
-3,14%
1,11
72,07%
5,77%
157
86
3.557
11.803
8,44%
7,61%
1,94
68,58%
42,48%
44
87
610
4.112
2,00%
1,06%
0,71
78,65%
3,16%
56
88
13.125
54.351
28,04%
23,85%
4,21
25,35%
13,64%
228
89
58.105
271.977
101,95%
101,88%
5,97
4,53%
4,40%
n/d
90
6.592
47.968
17,71%
12,36%
1,55
48,51%
43,54%
185
91
10.909
53.395
17,77%
19,82%
1,57
36,38%
10,90%
1.275
92
1.564
14.295
3,99%
3,11%
1,37
52,95%
23,07%
405
93
2.513
22.219
7,18%
5,19%
0,53
48,72%
20,22%
1.375
94
6.574
93.494
33,67%
24,17%
1,09
84,86%
59,13%
209
95
552
4.648
1,95%
1,06%
0,85
76,42%
17,76%
1.113
96
9.470
40.329
20,58%
20,64%
5,59
13,42%
0,09%
318
97
319
2.428
1,86%
0,65%
1,30
75,92%
27,26%
55
98
143
3.525
-20,42%
0,38%
1,19
96,81%
19,32%
47
99
2.817
28.855
11,00%
7,08%
6,30
11,78%
1,90%
117
100
200 BIGGEST COMPANIES 2012
ING_200 Maiores - Ranking das 200 maiores_THI.indd 265
265
29/11/2012 16:38:18
RANKING OF THE 200 LARGEST COMPANIES According to the Gross Operational Revenue (GOR) in ES (Values in US$ thousand) RANKING 2011
COMPANY
SECTOR
ACTIVITY
G.O.R.
VAR. GOR. 11/10 %
NET OP. VER.
OPERATIONAL PROFIT
EBITDA
101
RIMO
Industry
Furniture
48.547
28,04%
36.364
2.242
102
KIFRANGO
Industry
Food
47.693
9,10%
46.882
3.570
3.457 n/d
103
COCCAPI
Wholesale Trade
Wholesale Trade
47.442
461,07%
45.959
219
245
104
VITÓRIA APART HOSPITAL
Services
Hospital Care
47.414
29,13%
43.202
3.532
2.764
105
TERCA
Services
Logistics
46.452
53,49%
36.935
9.579
1.022
106
CHEIM
Services
Transports
45.965
1,73%
42.355
459
n/d
107
MARCA CAFÉ
Wholesale Trade
Wholesale Trade
45.717
63,61%
45.165
2.163
-958 1.506
108
PANAN MÓVEIS
Industry
Furniture
43.977
-6,84%
36.638
2.776
109
METALOSA
Industry
Steelmaking and Metallurgy
43.609
7,56%
34.304
1.452
n/d
110
MORAR
Industry
Building/Construction
43.503
23,55%
41.389
2.742
5.213
111
SICOOB LESTE CAPIXABA
Services
Financial and Insurance Services
43.280
36,20%
9.786
9.786
9.397
112
CORPUS
Services
Collect., Treat. and Disposal of Waste
42.695
31,69%
n/d
n/d
n/d
113
A GAZETA
Services
Information and Communication
42.506
10,57%
37.259
84
69
114
VENAC
Retail Trade
Vehicle Dealership
41.911
4,81%
37.825
3.615
3.625 21.706
115
RODOSOL
Services
Highway Concessionaire
41.472
13,16%
37.877
21.712
116
SM SAÚDE
Services
Health Plans
40.162
64,79%
39.738
912
912
117
SUP. PORTO NOVO
Retail Trade
Retail Trade
39.337
8,44%
34.560
75
407
118
UNIMED NOROESTE CAPIXABA
Services
Health Plans
39.249
14,79%
38.472
300
n/d
119
VAMTEC VITÓRIA
Industry
Steelmaking and Metallurgy
38.613
31,01%
31.693
2.180
1.825
120
PROSEGUR
Services
Vigilance and Security
37.798
6,46%
36.626
n/d
n/d
121
AUTOVIL
Retail Trade
Vehicle Dealership
36.886
5,12%
36.443
18
287
122
MARBRASA
Industry
Non-metallic Minerals Industry
36.805
3,62%
32.593
5.463
n/d
123
SERDEL
Serviços
Cleaning and Conservation Serv.
36.723
7,80%
32.063
8.171
6.280 n/d
124
DAMARE
Industry
Food
36.084
30,27%
34.236
3.462
125
COSENTINO
Industry
Non-metallic Minerals Industry
35.928
9,86%
31.980
819
-71
126
ESTRUTURAL
Industry
Building/Construction
35.361
6,61%
32.961
4.549
2.409
127
METROPOLITANO
Services
Hospital Care
35.247
24,43%
31.864
5.326
7.176
128
SICOOB CENTRAL ES
Services
Financial and Insurance Services
34.894
55,06%
1.235
1.235
2.350
129
VILA VELHA HOSPITAL
Services
Health Care
34.430
16,38%
32.609
4.803
n/d
130
PRAIA SOL
Services
Transports
34.065
-10,89%
32.822
1.838
1.183
131
MC KINLAY
Wholesale Trade
Wholesale Trade
34.057
42,85%
33.002
2.654
n/d
132
ITACAR
Retail Trade
Vehicle Dealership
33.968
-27,48%
29.518
-1.000
2.655
133
LOGFERT TRANSPORTE
Services
Transports
33.933
8,67%
28.954
-301
n/d
134
ELSON'S
Wholesale Trade
Wholesale Trade
33.900
1,94%
26.116
390
n/d
135
FIBRASA SUDESTE
Industry
Rubber and Plastic Products
33.337
24,44%
23.518
995
n/d
136
ABAV
Industry
Food
33.095
52,69%
30.359
629
360
137
SICOOB SUL SERRANO
Services
Financial and Insurance Services
32.586
21,00%
4.782
4.782
671
138
SICOOB NORTE
Services
Financial and Insurance Services
32.120
25,27%
3.677
3.677
2.994
139
SANTA FÉ TRADING
Services
Import and Export Services
31.933
5,26%
25.300
-271
866
140
BONNO
Retail Trade
Vehicle Dealership
31.921
60,63%
29.306
5.049
3.784
141
RIO DOCE CAFÉ
Wholesale Trade
Wholesale Trade
31.532
****
n/d
n/d
n/d
142
SICOOB SUL
Services
Import and Export Services
30.558
28,65%
7.107
7.107
4.783
143
LASA
Industry
Chemical and Petrochemical
30.551
52,55%
28.045
6.277
4.474
144
ATACADO SÃO PAULO
Wholesale Trade
Wholesale Trade
30.176
10,70%
27.131
5.223
4.939
145
UNIMED NORTE CAPIXABA
Serviços
Health Plans
30.032
21,34%
29.679
-542
325
146
ACP MÓVEIS
Industry
Furniture
29.930
-0,35%
24.045
4.811
n/d
147
HIPER EXPORT
Services
Logistics
29.907
18,13%
25.640
2.623
2.632
148
ISH
Services
Information Technology
29.454
82,96%
25.612
6.762
6.531
28.547
12,42%
26.651
7.498
6.076
28.388
13,27%
28.122
1.332
n/d
149
ESPIRAL ENGENHARIA
Services
Leasing of Machinery and Equipment for Buildings
150
STA. CASA CACHOEIRO
Services
Hospital Care
266
ING_200 Maiores - Ranking das 200 maiores_THI.indd 266
200 BIGGEST COMPANIES 2012
29/11/2012 16:38:30
NET PROFIT
NET EQUITY
OPERATIONAL PROFITABILITY
RETURN ON EQUITY
CUURRENT LIQUIDITY
OVERALL INDEBTEDNESS
LONG-TERM INDEBTEDNESS
JOBS/ WORKS CREATED ES
RANKING 2011
456
5.763
6,16%
1,25%
1,34
72,79%
27,47%
289
101
-736
3.252
7,62%
-1,57%
0,63
92,24%
62,30%
550
102
208
461
0,48%
0,45%
1,21
81,52%
0,00%
4
103
1.744
37.671
8,18%
4,04%
0,82
48,10%
29,74%
1.002
104
6.527
37.695
25,93%
17,67%
0,75
28,95%
18,42%
174
105
92
21.853
1,08%
0,22%
1,78
60,88%
26,98%
363
106
-958
8.772
4,79%
-2,12%
1,44
60,94%
1,45%
15
107
1.506
6.371
7,58%
4,11%
6,52
53,21%
40,76%
256
108
490
10.268
4,23%
1,43%
1,91
43,69%
2,95%
295
109
2.376
24.512
6,63%
5,74%
2,86
68,44%
38,73%
131
110
9.603
49.286
100,00%
98,13%
1,02
77,23%
4,98%
129
111
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
1.237
112
-384
14.303
0,22%
-1,03%
2,25
35,81%
8,20%
709
113
2.618
14.247
9,56%
6,92%
1,44
28,12%
0,90%
109
114
13.117
34.075
57,32%
34,63%
0,48
32,32%
15,49%
244
115
285
879
2,30%
0,72%
1,10
93,15%
13,32%
236
116
273
3.593
0,22%
0,79%
1,43
55,51%
0,00%
477
117
6
4.506
0,78%
0,02%
0,64
80,60%
32,69%
311
118
1.341
6.290
6,88%
4,23%
1,28
63,02%
20,73%
147
119
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
1.700
120
287
2.211
0,05%
0,79%
0,88
69,92%
0,25%
117
121
2.536
11.024
16,76%
7,78%
0,97
70,15%
21,46%
422
122 123
4.179
18.620
25,49%
13,03%
5,33
25,62%
8,88%
3.958
1.398
4.733
10,11%
4,08%
0,67
70,57%
0,00%
237
124
-502
38.695
2,56%
-1,57%
2,27
30,80%
4,23%
126
125 126
1.979
7.356
13,80%
6,01%
2,64
35,90%
8,96%
733
3.395
25.274
16,71%
10,66%
1,35
50,68%
25,10%
615
127
1.211
23.031
100,00%
98,11%
0,87
92,46%
1,21%
52
128
-1.083
10.315
14,73%
-3,32%
0,57
70,72%
27,74%
910
129
835
38.562
5,60%
2,54%
0,17
63,80%
38,25%
848
130
2
10.926
8,04%
0,01%
1,54
57,24%
0,00%
11
131
2.018
20.972
-3,39%
6,84%
1,62
54,40%
11,52%
82
132
-224
5.364
-1,04%
-0,77%
1,48
18,28%
0,00%
n/d
133
262
3.571
1,49%
1,00%
1,07
49,89%
0,00%
244
134
882
7.557
4,23%
3,75%
1,22
64,28%
28,61%
256
135
231
3.167
2,07%
0,76%
1,06
66,24%
14,98%
417
136
4.747
43.627
100,00%
99,26%
1,05
76,30%
1,65%
171
137
3.564
40.756
100,00%
96,91%
1,13
76,76%
3,81%
151
138
587
1.180
-1,07%
2,32%
13,97
89,84%
82,69%
4
139
2.474
7.789
17,23%
8,44%
1,67
62,13%
11,05%
132
140
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
25
141
6.990
38.180
100,00%
98,35%
0,98
77,14%
7,12%
127
142
3.123
48.436
22,38%
11,14%
0,31
51,67%
39,60%
982
143
4.939
4.471
19,25%
18,20%
2,06
38,01%
0,00%
n/d
144
-149
2.952
-1,83%
-0,50%
0,89
75,54%
27,46%
235
145
2.719
9.070
20,01%
11,31%
1,50
54,50%
8,72%
239
146
263
16.324
10,23%
1,03%
1,34
58,68%
34,07%
370
147
5.236
3.374
26,40%
20,44%
1,12
66,82%
1,33%
66
148
2.984
12.509
28,14%
11,20%
3,53
33,73%
21,74%
546
149
-31
5.802
4,74%
-0,11%
1,00
78,90%
59,79%
813
150
200 BIGGEST COMPANIES 2012
ING_200 Maiores - Ranking das 200 maiores_THI.indd 267
267
29/11/2012 16:38:39
RANKING OF THE 200 LARGEST COMPANIES According to the Gross Operational Revenue (GOR) in ES (Values in US$ thousand) RANKING 2011
COMPANY
SECTOR
ACTIVITY
G.O.R.
VAR. GOR. 11/10 %
NET OP. VER.
OPERATIONAL PROFIT
EBITDA
151
FACULDADE UNIVIX
Services
Educational
28.337
23,43%
25.299
5.959
n/d
152
SHOPPING VITÓRIA
Services
Shopping Centers Management
27.975
14,83%
26.586
15.007
12.864
153
VIAÇÃO JOANA D`ARC
Services
Transports
26.585
9,73%
24.568
2.973
3.716
154
ELETROMIL
Wholesale Trade
Wholesale Trade
26.544
10,30%
22.663
2.605
2.456 7.229
155
REDE VITÓRIA COMUNICAÇÕES
Services
Information and Communication
26.139
12,77%
25.180
7.524
156
CIMOL MÓVEIS
Industry
Furniture
25.933
8,94%
20.253
2.812
n/d
157
TRANSFINAL
Services
Transports
25.514
6,93%
22.298
3.068
2.194
158
CSV - BENETECH BRASIL
Services
Maintenance of Machinery and Equipment
23.996
32,83%
20.475
1.621
n/d
159
BRISTOL HOTELS
Services
Beard and Lodging
23.616
19,12%
n/d
n/d
n/d
160
CONSTRUTORA ÉPURA
Industry
Building/Construction
23.383
64,17%
16.570
1.826
1.616
161
PW BRASIL
Industry
Apparel
22.378
4,82%
19.829
5.468
3.606 -390
162
UNIMED PIRAQUEAÇU
Services
Health Plans
22.228
15,62%
22.052
-914
163
FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ
Services
Educational
22.164
20,19%
n/d
n/d
n/d
164
DECOLORES
Industry
Non-metallic Minerals Industry
22.155
-0,45%
21.172
6.481
6.523 1.998
165
SICOOB CENTRO-SERRANO
Services
Financial and Insurance Services
22.083
38,23%
3.353
3.353
166
ÁGUIA BRANCA LOGÍSTICA
Services
Transports
21.894
12,74%
19.249
4.329
n/d
167
ENGE URB
Services
Collect., Treat. and Disposal of Waste
21.891
-21,56%
20.496
7.169
7.234
168
WHITE MARTINS
Industry
Chemical and Petrochemical
21.743
-15,09%
n/d
n/d
n/d
169
POLITINTAS
Retail Trade
Retail Trade
21.302
6,89%
18.252
692
867
170
AMBITEC
Services
Collect., Treat. and Disposal of Waste
20.901
60,74%
n/d
n/d
n/d
171
TEGMA
Services
Logistics
20.723
32,31%
n/d
n/d
n/d
172
LISA LOG
Services
Logistics
20.713
2,87%
14.382
-841
n/d
173
GS INTERNACIONAL
Wholesale Trade
Wholesale Trade
20.385
-0,71%
13.798
1.608
1.922
174
TRACOMAL
Industry
Mining
19.915
23,23%
18.093
1.035
-590
175
BUTERI
Wholesale Trade
Wholesale Trade
19.705
10,03%
17.689
942
1.196
176
METSO
Services
Maintenance of Machinery and Equipment
19.532
-38,29%
n/d
n/d
n/d
177
TRANSCAMPO
Services
Transports
19.423
15,93%
16.020
867
n/d
178
PLANTÃO VIGILÂNCIA
Services
Vigilance and Security
19.305
-3,53%
n/d
n/d
n/d
179
AST
Wholesale Trade
Wholesale Trade
18.940
3,98%
15.673
-132
-37
180
VIAÇÃO GRANDE VITÓRIA
Serviços
Transports
18.390
3,01%
17.172
11.385
-7.566 -1.315
181
VIAÇÃO TABUAZEIRO
Serviços
Transports
18.351
4,74%
16.981
-707
182
D'ANGELO CONSTRUTORA
Industry
Building/Construction
18.289
21,35%
17.132
67
67
183
BRIDI
Wholesale Trade
Wholesale Trade
18.025
30,49%
14.560
2.988
n/d
184
SILOTEC
Services
Logistics
17.991
-83,67%
14.651
3.264
1
185
SÃO BERNARDO APART HOSP.
Services
Hospital Care
17.983
9,20%
16.836
259
259
186
CETURB GV
Services
Transports
17.641
13,82%
16.996
-937
327
187
FACULDADE SALESIANA
Services
Educational
17.555
-19,91%
n/d
n/d
n/d
188
EMBALI
Industry
Rubber and Plastic Products
16.667
-3,06%
13.582
-1.192
-230
189
MATRICIAL
Industry
Building/Construction
16.354
-9,08%
14.996
2.192
2.422
190
TRIESTE VEÍCULOS
Retail Trade
Vehicle Dealership
16.339
-10,50%
16.120
260
n/d
191
SIMEX
Wholesale Trade
Wholesale Trade
16.127
65,13%
15.309
-213
n/d
192
BEBIDAS REGGIANI
Indústria
Beverage
15.405
5,03%
10.423
3.486
1.508 n/d
193
VIAÇÃO FLECHA BRANCA
Serviços
Transports
14.459
-5,34%
13.320
-1.333
194
MARMI BRUNO ZANET
Industry
Mining
14.400
19,03%
14.196
-1.492
173
195
SICOOB CREDIROCHAS
Services
Financial and Insurance Services
14.035
41,08%
2.519
2.519
1.434
196
SICOOB SUL LITORÂNEO
Services
Financial and Insurance Services
12.123
24,23%
1.853
1.853
119
197
BRASIL AMBIENTAL
Services
Collect., Treat. and Disposal of Waste
11.845
24,84%
10.401
-1.161
n/d
198
CAFENORTE
Wholesale Trade
Wholesale Trade
11.427
-29,01%
11.177
4.385
3.382
199
RHODES
Services
Stockholding
11.050
0,00%
10.094
3.252
4.533
200
VIAÇÃO SUDESTE
Services
Transports
10.424
4,85%
9.896
472
n/d
268
ING_200 Maiores - Ranking das 200 maiores_THI.indd 268
200 BIGGEST COMPANIES 2012
29/11/2012 16:39:01
NET PROFIT
NET EQUITY
OPERATIONAL PROFITABILITY
RETURN ON EQUITY
CUURRENT LIQUIDITY
OVERALL INDEBTEDNESS
LONG-TERM INDEBTEDNESS
JOBS/ WORKS CREATED ES
RANKING 2011
4.872
10.207
23,55%
19,26%
1,59
23,13%
0,55%
351
151
9.860
153.523
56,45%
37,09%
1,05
11,06%
8,41%
280
152
2.146
19.389
12,10%
8,73%
1,77
36,24%
15,29%
814
153
2.456
8.950
11,49%
10,84%
3,84
22,63%
1,94%
106
154
5.751
28.621
29,88%
22,84%
1,81
27,89%
17,67%
294
155
2.546
4.737
13,89%
12,57%
1,61
46,87%
7,82%
149
156
1.805
10.109
13,76%
8,10%
3,08
44,98%
32,38%
580
157
235
1.612
7,92%
1,15%
1,29
80,61%
27,27%
273
158
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
356
159
1.101
14.073
11,02%
6,64%
2,08
72,38%
35,65%
179
160
2.889
15.888
27,58%
14,57%
1,32
42,46%
8,39%
398
161
-390
2.197
-4,15%
-1,77%
1,34
82,54%
38,96%
76
162
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
273
163
5.476
22.939
30,61%
25,87%
3,22
27,30%
3,13%
86
164
3.280
22.669
100,00%
97,84%
0,98
80,10%
5,76%
120
165
3.776
4.225
22,49%
19,61%
1,52
44,51%
0,20%
n/d
166
5.425
31.886
34,98%
26,47%
14,25
6,46%
0,12%
537
167
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
60
168
759
5.054
3,79%
4,16%
2,34
38,82%
2,15%
169
169
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
566
170
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
312
171
121
5.232
-5,84%
0,84%
1,09
63,68%
6,51%
50
172 173
-351
3.784
11,65%
-2,55%
1,41
59,36%
6,75%
86
-590
8.035
5,72%
-3,26%
1,64
76,15%
33,54%
167
174
518
11.241
5,33%
2,93%
5,51
11,48%
2,60%
29
175 176
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
65
369
4.383
5,41%
2,30%
2,56
64,39%
52,73%
154
177
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
962
178
-44
245
-0,85%
-0,28%
1,21
98,12%
33,08%
12
179
-7.828
17.098
66,30%
-45,58%
0,46
61,34%
50,64%
710
180
-1.315
916
-4,16%
-7,75%
1,07
93,22%
80,69%
590
181
-1.141
2.047
0,39%
-6,66%
2,83
95,91%
67,39%
198
182
2.402
8.886
20,52%
16,50%
2,57
24,33%
0,00%
71
183
1.813
8.079
22,27%
12,37%
0,70
46,24%
4,40%
191
184
-1.592
18.327
1,54%
-9,46%
0,81
46,45%
25,86%
320
185
939
641
-5,51%
5,52%
1,75
98,71%
94,68%
216
186
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
n/d
252
187
-230
1.492
-8,78%
-1,69%
1,05
76,55%
27,88%
195
188
1.932
8.790
14,62%
12,89%
2,83
29,53%
0,00%
414
189
106
2.453
1,61%
0,66%
1,25
54,88%
7,22%
68
190
-192
3.012
-1,39%
-1,25%
1,41
56,92%
1,75%
n/d
191
1.508
4.536
33,45%
14,47%
1,37
77,08%
18,13%
75
192
-2.114
-891
-10,00%
-15,87%
0,19
107,86%
26,72%
537
193
1
-20.927
-10,51%
0,00%
1,25
148,31%
120,83%
86
194
2.455
14.234
100,00%
97,43%
0,91
77,31%
0,70%
57
195
1.821
13.479
100,00%
98,30%
1,06
77,77%
2,47%
59
196
-53
6.644
-11,16%
-0,51%
1,21
25,30%
0,31%
141
197
971
2.837
39,23%
8,69%
0,80
64,21%
2,33%
16
198
3.031
12.821
32,21%
30,03%
10,84
6,12%
0,08%
20
199
-50
739
4,77%
-0,51%
0,73
90,85%
48,42%
364
200
200 BIGGEST COMPANIES 2012
ING_200 Maiores - Ranking das 200 maiores_THI.indd 269
269
29/11/2012 16:39:13
RANKING | SECTORIAL PARTICIPATION OF THE COMPANIES
I
mportant information brought by the research is the sector distribution of the organizations classified among the 200 Largest Companies in Espírito Santo in 2011. When compared to the 200 Largest Companies in 2010, the division by segment in the number of companies shows a decline in the participation of the trade and industry sectors , with a raise in service near to 6%. The results maintain the phenomenon verified in the past years, in which the growth of the service sector’s companies were the bigger among the 200 Largest in number of companies and earnings. This year the industry sector was represented by 56 companies (28% of the 200 Largest), only in Espírito Santo they were responsible for US$ 26,9 billion or 53,3% of the total revenue in State. These companies generated, in 2011, 34.926 jobs in Espírito Santo while 36.629 jobs were created in 2010, a 4,6% fall. With the increase in revenue and the decrease in jobs, the outcome was a raise in the productivity by employee, from US$ 644,80 per employee in 2010 to US$ 770,88 in 2011, a 16,3% increase. In number of companies, the service sector had the bigger participation, represented by 93 establishments or 46,5% among the 200 Largest. Nevertheless, in Espírito Santo, these companies held the second place in earnings among sectors. The service companies were responsible for US$ 14,9 billion or 29,7% of the Gross Operation Revenue generated in the State, 24,9% bigger than the Gross Operation Revenue in 2010. They also created 45.050 direct jobs, which is 49,2% in the total jobs generated by the 200 Largest Companies in State. These data Gross Operation Revenue of US$ 354 thousand per employee, a 36,4% increase related to the year before. The trade sector, represented by 51 companies (25,5%), generated a Gross Revenue of US$ 8,5 million (17% of the total GOR of the 200 Largest) and created 11.447 direct jobs (12,5% on the total jobs of companies classified among the largest) in 2011. The gross income per employee was US$ 751,17 , around 19,5% less than in 2010.
270
ING_200 Maiores 2012_Ranking_Participação setorial da empresas_THI.indd 270
Participation of companies per sector Services 46,5%
Industry 28,0%
Commerce 25,5%
Participation of employees number by sector
Services 49,2%
Industry 38,3%
Commerce 12,5%
Once again, there were no records about agricultural sector’s companies in the ranking of the 200 Largest Companies in Espírito Santo in 2011. The consolidated information of the sectors totaled a gross revenue of US$ 50,5 billion and a workforce of 91.563 workers in 2011. These results indicate a US$ 551,7 thousand gross income per employee, 13% more than in 2010.
200 BIGGEST COMPANIES 2012
29/11/2012 16:43:26
CONSOLIDATION OF THE 200 LARGEST COMPANIES - 2011 According to the Gross Operational Revenue (GOR) in ES - values in US$ thousand SECTOR OF ACTIVITY
NUMBER OF COMPANIES
INDUSTRY
GROSS OPERATIONAL REVENUE (GOR)
OPERATIONAL PROFIT*
NET PROFIT*
NET WORTH*
EMPLOYEES IN ESPÍRITO SANTO
(GOR) PER EMPLOYEES
56
26.916.199
3.435.711
1.676.322
14.418.301
34.926
771
Food
12
3.745.800
221.427
144.898
818.996
5.924
632
Leasing of Assets
3
440.236
379.687
252.986
808.691
0
0
Beverage
1
15.405
3.486
1.508
4.536
75
205 190
Collect., Purificat. and Distrib. of Water
1
278.860
36.765
19.353
724.654
1.470
Cement Manufacturing
1
299.272
1.155
877
289.707
n/d
n/d
Non-metallic Minerals
5
268.236
26.285
19.628
142.856
1.326
202
Building/Construction
7
358.615
35.565
26.892
165.864
2.977
120
Mining
4
12.790.340
2.341.632
1.739.622
1.066.162
11.295
1.132
Furniture
4
148.386
12.642
7.227
25.942
933
159
Paper and Pulp
1
1.359.499
7.868
-664.762
8.664.748
1.192
1.141
Rubber and Plastic Products
3
184.426
9.362
10.642
78.145
1.078
171
Chemical and Petrochemical
5
3.054.635
212.803
61.847
430.669
1.728
1.768
Steelmaking and Metallurgy
7
3.533.524
94.582
26.326
1.117.681
6.231
567
Textile
1
416.586
46.985
26.388
63.761
299
1.393
Apparel
1
22.378
5.468
2.889
15.888
398
56
51
8.599.601
223.995
118.906
1.137.288
11.587
742
Wholesale Trade
27
5.323.684
140.442
72.605
789.167
2.465
2.290
Retail Trade
24
3.275.917
83.554
46.301
348.120
9.122
359
93
333
TRADE
15.001.939
946.679
604.306
3.592.868
45.050
Business Management
1
57.036
58.150
58.105
271.977
n/d
n/d
Shopping Centers Management
1
27.975
15.007
9.860
153.523
280
100
SERVICES
Board and Lodging
1
23.616
n/d
n/d
n/d
356
66
Warehousing
1
11.050
3.252
3.031
12.821
20
553
Hospital Care
8
333.963
38.552
15.411
171.698
7.076
47
Collect., Purificat. and Distrib. of Water
1
56.119
9.445
6.592
47.968
185
303
Collect., Treat. and Disposal of Waste
4
97.331
6.008
5.372
38.530
2.481
39
Highway Concessionaire
1
41.472
21.712
13.117
34.075
244
170 1.421
Electricity and Gas
3
1.885.712
177.105
110.179
593.810
1.327
Educational
3
68.056
5.959
4.872
10.207
876
78
Port and Terminal Management
4
319.075
53.544
29.495
217.878
1.229
260 90
Information and Communications
3
118.606
17.052
14.838
83.253
1.321
Leasing of Machinery and Equipment for Buildings
1
28.547
7.498
2.984
12.509
546
52
Logistics
5
135.786
14.625
8.723
67.331
1.097
124
Maintenance of Machinery and Equipment
2
43.528
1.621
235
1.612
338
129
Health Plans
8
843.618
1.601
1.650
89.128
3.592
235
Financial and Insurance
12
1.970.607
119.552
91.733
910.997
5.150
383
Import and Export
13
7.672.052
268.552
166.574
415.642
346
22.174
Cleaning and Conservation
1
36.723
8.171
4.179
18.620
3.958
9
Information Technology
2
97.371
6.104
5.249
4.066
175
556
Telecomunications
1
118.130
11.424
13.971
13.971
1.962
60
Transports
15
958.462
101.744
38.136
423.253
9.829
98
Guard and Security
2
57.104
n/d
n/d
n/d
2.662
21
TOTAL 200 LARGEST COMPANIES
200
50.517.739
4.606.386
2.399.534
19.148.457
91.423
1.855
* Contemplates only information of companies that provided data in ES
200 BIGGEST COMPANIES 2012
ING_200 Maiores 2012_Ranking_Participação setorial da empresas_THI.indd 271
271
29/11/2012 16:43:57
RANKING | SECTORIAL PARTICIPATION - 20 BIGGEST PER SECTOR
THE 20 LARGEST INDUSTRY COMPANIES According to the Gross Operational Revenue (GOR) in ES - in US$ thousand RANKING
RANKING 2011
COMPANY
ACTIVITY
GROSS OP. REVENUE
VAR. GOR. 11/10
NET OP. REVENUE
OP. PROFIT
NET PROFIT
NET EQUITY
JOB/WORKS CREATED ES
1
1
VALE
Mining
8.506.120
19,23%
n/d
n/d
n/d
n/d
2
2
SAMARCO
Mining
4.249.905
12,54%
4.215.041
2.342.090
1.740.211
1.079.054
9.987 1.055
3
3
ARCELORMITTAL BRASIL
Steelmaking and Metallurgy
2.958.766
-9,77%
n/d
n/d
n/d
n/d
4.720
4
4
FERT. HERINGER
Chemical and Petrochemical
2.854.692
33,31%
2.808.865
182.752
38.150
282.804
304
5
8
FIBRIA
Paper and Pulp
2.298.087
-7,65%
2.181.489
7.868
-664.762
8.664.748
1.192
6
9
GAROTO
Food
1.312.088
9,44%
821.268
111.233
64.358
142.772
0
7
12
TANGARÁ FOODS
Food
968.212
46,83%
940.019
11.409
15.233
148.505
522
8
17
SABB - SIST. ALIM. E BEBIDAS
Food
659.573
33,84%
635.937
68.353
56.405
305.302
824
9
24
FOCUSTEXTIL
Textile
416.586
26,55%
314.925
46.985
26.388
63.761
299
10
29
ITABIRA AGRO INDUSTRIAL
Cement Manufacturing
299.272
10,59%
243.846
1.155
877
289.707
n/d
11
31
CESAN
Collect., Purificat. and Distrib. of Water
278.860
7,92%
263.613
36.765
19.353
724.654
1.470
12
32
FRISA
Food
276.420
5,45%
255.178
8.589
4.029
47.757
1.156
13
35
PERFILADOS RIO DOCE
Steelmaking and Metallurgy
231.441
8,55%
185.455
29.203
25.536
146.247
362
14
43
NIBRASCO
Leasing of Assets
165.828
-4,45%
150.489
137.510
94.764
413.397
n/d
15
44
ITABRASCO
Leasing of Assets
164.855
183,26%
149.606
140.617
91.474
162.027
n/d 1.100
16
51
LORENGE
Building Trade
138.568
43,62%
98.551
18.711
13.784
92.558
17
53
FORTLEV
Rubber and Plastic Products
134.422
8,80%
93.920
9.559
9.989
69.097
627
18
54
BRAMETAL
Steelmaking and Metallurgy
122.713
31,19%
112.634
25.924
23.739
71.714
550
19
55
SELITA
Food
119.749
0,71%
109.055
2.388
2.610
19.789
496
20
61
KOBRASCO
Leasing of Assets
109.553
-16,94%
100.593
101.559
66.748
233.268
n/d
272
ING_200 Maiores 2012_Ranking_Participação Setorial_THI.indd 272
200 BIGGEST COMPANIES 2012
29/11/2012 16:46:37
THE 20 LARGEST TRADE COMPANIES According to the Gross Operational Revenue (GOR) in ES - in US$ thousands RANKING
RANKING 2011
COMPANY
ACTIVITY
GROSS OP. REVENUE
VAR. GOR. 11/10
NET OP. REVENUE
PO. PROFIT
NET PROFIT
NET EQUITY
JOB/WORKS CREATED ES
1
7
PETROBRAS DISTRIBUIDORA
Electricity and Gas
1.448.618
16,41%
n/d
n/d
n/d
n/d
2
14
ARCELORMITTAL TUB. COMERCIAL
Wholesale Trade
918.602
-8,59%
664.656
-21.486
-27.094
145.170
140 131
3
20
UNICAFE
Wholesale Trade
495.392
50,60%
488.171
42.252
20.560
138.379
135 400
4
21
VITÓRIA DIESEL
Vehicle Dealership
462.151
17,05%
407.311
9.003
3.281
25.270
5
25
BMC
Wholesale Trade
409.979
19,91%
340.185
28.608
13.367
29.850
18
6
26
KURUMÁ VEÍCULOS
Vehicle Dealership
377.483
16,18%
369.590
5.575
-1.594
23.186
360 299
7
28
HORTIFRUTI
Retail Trade
324.249
19,80%
291.378
6.498
3.898
39.118
8
30
CUSTODIO FORZZA
Wholesale Trade
293.100
30,18%
267.882
1.905
1.905
38.088
140
9
33
CASAGRANDE
Retail Trade
260.998
12,32%
226.185
8.690
6.774
38.845
2.030
10
34
SAVIXX
Wholesale Trade
232.234
12,40%
175.367
1.246
1.974
4.692
n/d
11
36
SUPERMERCADO PERIM
Retail Trade
225.404
183,26%
193.195
3.944
1.825
26.572
1.728
12
37
NICAFE
Wholesale Trade
219.424
60,86%
200.151
9.182
2.591
26.374
99
13
38
TRISTAO
Wholesale Trade
212.402
-27,91%
211.522
9.331
5.250
92.411
390
14
39
VITORIAWAGEN
Vehicle Dealership
210.208
2,84%
175.390
7.386
5.330
28.781
418
15
40
CN AUTO
Vehicle Dealership
206.284
136,90%
142.656
8.745
5.869
9.777
n/d
16
41
PODIUM
Vehicle Dealership
182.618
3,22%
178.557
4.547
2.556
13.825
391
17
42
RDG AÇOS DO BRASIL
Wholesale Trade
180.386
3,56%
145.692
38.376
34.852
161.966
307
18
46
LUVEP VOLVO
Vehicle Dealership
160.064
48,43%
138.919
9.159
4.566
12.569
137
19
47
COOABRIEL
Wholesale Trade
153.150
82,87%
141.247
-80
1.020
8.938
181
20
48
TERRA NOVA
Wholesale Trade
151.889
21,16%
111.242
-620
1.592
3.463
6
PO. PROFIT
NET PROFIT
THE 20 LARGEST SERVICE COMPANIES According to the Gross Operational Revenue (GOR) in ES - in US$ thousand RANKING
RANKING 2011
COMPANY
ACTIVITY
GROSS OP. REVENUE
VAR. GOR. 11/10
NET OP. REVENUE
NET EQUITY
JOB/WORKS CREATED ES
1
5
COTIA TRADING
Import and Export Services
2.428.598
72,48%
1.866.419
76.870
49.866
73.731
5
2
6
CISA
Import and Export Services
1.643.771
56,08%
1.286.805
48.277
33.026
95.732
24 949
3
10
EDP ESCELSA
Electricity and Gas
1.192.805
2,63%
906.481
105.688
62.086
423.228
4
11
COLUMBIA TRADING
Import and Export Services
1.004.511
63,43%
861.027
33.063
9.447
15.514
6
5
13
BANESTES
Financial Serv. and Insurance
960.872
5,85%
933.078
78.775
53.278
499.017
2.344
6
15
TROP
Import and Export Services
856.320
4,21%
707.375
49.297
24.604
57.800
15
7
16
COMVIX TRADING
Import and Export Services
844.653
53,82%
663.670
31.223
24.392
76.782
n/d
8
18
BANCO DO BRASIL
Financial Serv. and Insurance
586.930
15,43%
n/d
n/d
n/d
n/d
1.566
9
19
BR DISTR. ES - GN
Electricity and Gas
581.642
46,25%
429.843
60.083
39.669
114.705
25
10
22
VIX LOGÍSTICA
Trainsports
456.894
-0,78%
410.442
52.550
20.379
102.583
2.096 1.722
11
23
UNIMED VITÓRIA
Health Services
423.086
14,75%
411.050
1.635
2.590
42.474
12
27
SERTRADING
Import and Export Services
363.335
14,04%
298.760
16.567
10.006
27.088
19
13
45
AGUIA BRANCA
Trainsports
162.439
5,43%
129.454
23.605
16.814
176.064
1.182
16
50
SÃO BERNARDO SAÚDE
Health Services
151.739
43,52%
134.108
852
5
22.660
280
17
52
FULL COMEX
Import and Export Services
136.327
55,74%
99.227
8.330
3.169
8.245
17
18
56
CORREIROS
Telecommunications
118.130
10,82%
117.481
11.424
13.971
13.971
1.962 394
19
57
TVV
Port and Terminal Management
117.323
20,40%
106.042
38.072
26.746
66.639
20
58
CLAC
Import and Export Services
115.660
17,88%
86.619
5.882
83
5.273
11
19
59
DACASA FINANCEIRA
Financial Serv. and Insurance
111.750
32,77%
111.750
1.403
2.949
64.569
193
20
60
EMP. LUZ. E FORÇA STA MARIA
Electricity and Gas
111.265
7,27%
73.143
11.335
8.424
55.877
353
200 BIGGEST COMPANIES 2012
ING_200 Maiores 2012_Ranking_Participação Setorial_THI.indd 273
273
29/11/2012 16:46:49
RANKING |
THE LARGEST COMPANIES ACCORDING TO THE MAIN INDICATORS
L
ike in the past years, with the results of the 200 Largest Companies in Espírito Santo in 2011, IEL elaborates a ranking of the companies according to the main economic and financial indicators, highlighting the 20 best performances. It´s Important to emphasize that only the companies that provided information for the list were contemplated in the ranking.
The Largest Revenues The 20 largest revenue generators ‘companies totaled earnings of R$ 35,8 billion, which is 71% on the earnings of the 200 Largest Companies in Espírito Santo.
The Largest according to the Net Equity According to the Net Equity criterion, the 20 largest companies totaled US$ 15,4 billion, which is 80,4% on the amount of Net Equity in the 200 Largest Companies in 2011.
The Largest Operational Profits The 20 Largest Companies according to Operational Profits totaled US$ 3,8 billion, which is 83,1% of the 200 Largest Companies in ES. 274
ING_200 Maiores - As 20 maiores Empresas Segundo Principais Indicadores_THI.indd 274
The Main Employers On the ranking of the 20 main employers among the 200 Largest, 44.913 direct jobs were created, which is 49,1% of the whole.
The Highest Growth Among the 20 companies that grew the most in 2011 related to the Gross Operation Revenue, it was noticed that seven of them are from the industry sector, six are from the trade sector and seven from the service sector.
The Most Profitable Companies Among the 20 most profitable companies according to the Operational Profitability, nine of them were from the service sector, 10 from the industry sector and one from the trade sector. Among the most profitable by Net Equity, eight are from the industry sector and 12 from the service sector. There were no registers of trade sector´s companies among the most profitable ones by Net Equity. In addition to these indicators, were investigated: the highest productivity per employee, the largest increase of Net Operational Revenue, the highest total assets, the largest companies according to the current liquidity and the highest profits per employee.
200 BIGGEST COMPANIES 2012
29/11/2012 16:48:48
THE 20 BIGGEST EMPLOYERS
THE 20 LARGEST BY NET EQUITY
Ranking of Companies by the number of employees in ES
Ranking of Companies by Net Equity - in US$ thousand
RANKING
COMPANY
SECTOR
"EMPLOYEES ES"
RANKING
COMPANY
SECTOR
NET EQUITY
1
VALE
Industry
9.987
1
FIBRIA
Industry
8.664.748
2
ARCELORMITTAL BRASIL
Industry
4.720
2
SAMARCO MINERAÇÃO S.A.
Industry
1.079.054
3
SERDEL
Services
3.958
3
SOL COQUERIA
Industry
876.851
4
BANESTES
Services
2.344
4
CESAN
Industry
724.654
5
VIX LOGÍSTICA
Services
2.096
5
BANESTES
Services
499.017
6
CASAGRANDE
Retail Trade
2.030
6
EDP ESCELSA
Services
423.228
7
CORREIOS
Services
1.962
7
NIBRASCO
Industry
413.397
8
SUPERMERCADO PERIM
Retail Trade
1.728
8
SABB - SIST. ALIM. BEBIDAS
Industry
305.302
9
UNIMED VITÓRIA
Services
1.722
9
ITABIRA AGRO. IND.
Industry
289.707
10
PROSEGUR
Services
1.700
10
HERINGER
Industry
282.804
11
BANCO DO BRASIL
Services
1.566
11
CARAIVA
Services
271.977
12
CESAN
Industry
1.470
12
KOBRASCO
Industry
233.268
13
UNIMAR
Services
1.375
13
CAMPO PART. IMOBILIARIAS
Services
195.552
14
HOSP. SANTA RITA
Services
1.275
14
AGUIA BRANCA
Services
176.064 162.027
15
CORPUS SANEAMENTO
Services
1.237
15
ITABRASCO
Industry
16
FIBRIA
Industry
1.192
16
RDG AÇOS DO BRASIL
Wholesale Trade
161.966
17
AGUIA BRANCA
Services
1.182
17
SHOPPING VITORIA
Services
153.523
18
FRISA
Industry
1.156
18
TANGARÁ FOODS
Industry
148.505
19
HOSPITAL EVANGELICO
Services
1.113
19
PERFILADOS RIO DOCE
Industry
146.247
20
LORENGE
Industry
1.100
20
ARCELORMITTAL TUBARÃO
Industry
145.170
THE 20 MOST PROFITABLE BY NET EQUITY
THE 20 WITH BIGGEST OPERATIONAL PROFITABILITY
Ranking of Companies by Annual Net Profit over Net Equity - %
Operational profitability according to the operating profit by net revenue - %
RANKING
COMPANY
SECTOR
PROFITABILITY OF NET EQUITY
RANKING
COMPANY
SECTOR
OPERATIONAL PROFITABILITY
1
CAMPO PART. IMOBILIARIAS
Services
598,53%
1
CAMPO PART. IMOBILIARIAS
Services
799,11%
2
TERVAP
Industry
527,84%
2
TERVAP
Industry
497,66%
3
RIO DO FRADE
Services
444,70%
3
CARAIVA
Services
101,95%
4
CARAIVA
Services
101,88%
4
KOBRASCO
Industry
100,96%
5
IMMEL
Industry
100,00%
5
IMMEL
Industry
100,00%
6
SICOOB SUL SERRANO
Services
99,26%
6
STAN
Industry
95,22%
7
SICOOB SUL
Services
98,35%
7
ITABRASCO
Industry
93,99%
8
SICOOB SUL LITORÂNEO
Services
98,30%
8
NIBRASCO
Industry
91,38%
9
SICOOB LESTE CAPIXABA
Services
98,13%
9
SICOOB SEGUROS
Services
86,85%
10
SICOOB CENTRAL ES
Services
98,11%
10
USIPRESTI
Industry
83,56%
11
SICOOB CENTRO-SERRANO
Services
97,84%
11
GRANDE VITÓRIA
Services
66,30%
12
SICOOB CREDIROCHAS
Services
97,43%
12
RIO DO FRADE
Services
61,75%
13
SICOOB NORTE
Services
96,91%
13
RODOSOL
Services
57,32%
14
SICOOB SEGUROS
Services
75,42%
14
CENTRALFER
Industry
57,31%
15
KOBRASCO
Industry
66,35%
15
SHOPPING VITORIA
Services
56,45%
16
NIBRASCO
Industry
62,97%
16
SAMARCO
Industry
55,57%
17
CENTRALFER
Industry
62,29%
17
SOL COQUERIA
Industry
54,74%
18
ITABRASCO
Industry
61,14%
18
QUIMETAL
Services
48,44%
19
USIPRESTI
Industry
45,13%
19
CONTERMI
Services
44,40%
20
STAN
Industry
41,74%
20
CAFENORTE
Wholesale Trade
39,23%
200 BIGGEST COMPANIES 2012
ING_200 Maiores - As 20 maiores Empresas Segundo Principais Indicadores_THI.indd 275
275
29/11/2012 16:49:02
RANKING |
THE LARGEST COMPANIES ACCORDING TO THE MAIN INDICATORS
THE 20 HIGHEST PROFITS
THE 20 WITH HIGHEST ASSETS
Ranking of Companies by Operational Profit - in US$ thousand
Ranking of Companies´s Total Assets in US$ thousand
RANKING
TRADE NAME
SECTOR
OPER. PROFIT
RANKING
COMPANY
SECTOR
TOT. ASSETS
1
SAMARCO MINERAÇÃO
Industry
2.342.090
1
FIBRIA
Industry
2
HERINGER
Industry
182.752
2
BANESTES
Services
16.453.058 6.043.143
3
ITABRASCO
Industry
140.617
3
SAMARCO
Industry
4.298.160
4
NIBRASCO
Industry
137.510
4
HERINGER
Industry
1.549.055
5
CHOCOLATES GAROTO
Industry
111.233
5
ESCELSA
Services
1.319.245
6
ESCELSA
Services
105.688
6
CESAN
Industry
1.182.017
7
KOBRASCO
Industry
101.559
7
SOL COQUERIA
Industry
917.823
8
BANESTES
Services
78.775
8
ITABIRA AGRO INDUSTRIAL
Industry
760.048 617.409
9
COTIA TRADING
Services
76.870
9
BANDES
Services
10
SABB - SIST. ALIM. BEBIDAS
Industry
68.353
10
GAROTO
Industry
616.270
11
PETROBRAS DISTRIBUIDORA
Wholesale Trade
60.083
11
COTIA TRADING
Services
610.659
12
CARAIVA
Services
58.150
12
TANGARÁ FOODS
Industry
581.536
13
VIX LOGÍSTICA
Services
52.550
13
SABB - SIST. ALIM. BEBIDAS
Industry
550.973
14
TROP COMÉRCIO EXTERIOR
Services
49.297
14
CISA
Services
503.028
15
CISA
Services
48.277
15
NIBRASCO
Industry
496.877
16
FOCUSTEXTIL
Industry
46.985
16
VIX LOGÍSTICA
Services
403.755
17
UNICAFE
Wholesale Trade
42.252
17
DACASA FINANCEIRA
Services
354.072
18
RDG AÇOS DO BRASIL
Wholesale Trade
38.376
18
SICOOB CENTRAL
Services
305.636
19
TVV
Services
38.072
19
KOBRASCO
Industry
303.758
20
SOLCOQUERIA
Industry
37.679
20
FOCUSTEXTIL
Industry
301.675
THE 20 WITH BIGGEST CURRENT LIQUIDITY
THE 20 HIGHEST PROFITS PER EMPLOYEE
Ranking of Companies by Current Liquidity Ratio (Current Assets over Current Liabilities) in US$ thousand
Ranking of Companies by Operational Profit per Employee - in US$ thousand
RANKING
COMPANY
SECTOR
CURRENT LIQUIDITY
RANKING
TRADE NAME
SECTOR
PROFIT PER EMPLOYEE
1
RIO DO FRADE
Services
393,63
1
COTIA TRADING
Services
2
IMMEL
Industry
15,92
2
COLUMBIA TRADING
Services
5.510
3
ENGE URB
Services
14,25
3
TROP COMÉRCIO EXTERIOR
Services
3.286
15.374
4
TERVAP
Industry
14,21
4
PETROBRAS DISTRIBUIDORA
Wholesale Trade
2.403
5
SANTA FÉ TRADING
Services
13,97
5
SAMARCO MINERAÇÃO
Industry
2.220
6
RHODES
Industry
10,84
6
CISA
Services
2.012
7
PANAN MOVEIS
Industry
6,52
7
BMC
Wholesale Trade
1.589
8
DIAÇO
Wholesale Trade
6,30
8
SERTRADING
Services
9
CARAIVA
Services
5,97
9
HERINGER
Industry
601
10
CENTRALFER
Industry
5,97
10
CLAC
Services
535 490
872
11
PERFILADOS RIO DOCE
Industry
5,88
11
FULL COMEX
Services
12
NIBRASCO
Industry
5,72
12
UNICAFE
Wholesale Trade
313
13
TV GAZETA
Services
5,59
13
CAFENORTE
Wholesale Trade
274
14
BUTERI
Wholesale Trade
5,51
14
MC KINLAY
Wholesale Trade
241
15
SERDEL
Services
5,33
15
TERVAP
Industry
216
16
FORTLEV
Industry
5,04
16
RHODES
Industry
163
17
ALCON
Industry
4,21
17
FOCUSTEXTIL
Industry
157
18
CEDISA
Wholesale Trade
3,95
18
MARCA CAFÉ
Wholesale Trade
144
19
ELETROMIL
Wholesale Trade
3,84
19
RDG AÇOS DO BRASIL
Wholesale Trade
125
20
BIANCOGRES
Industry
3,65
20
CPVV
Services
115
276
ING_200 Maiores - As 20 maiores Empresas Segundo Principais Indicadores_THI.indd 276
200 BIGGEST COMPANIES 2012
29/11/2012 16:49:16
THE 20 LARGEST BY GROSS OPERATIONAL REVENUE IN ES
THE 20 THET GREW THE MOST ACCORDING TO THE GROSS REVENUE
Ranking of companies by Gross Operational Revenue (GOR) in US$ thousand
According to the growth % of the Gross Revenue (GOR)
RANKING
COMPANY
SECTOR
GOR
RANKING
COMPANY
SECTOR
VAR GOR (%)
1
VALE
Industry
8.506.120
1
HIRO MOTORS
Retail Trade
2
SAMARCO
Industry
4.249.905
2
COCCAPI
Services
1044,87% 461,07%
3
ARCELORMITTAL BRASIL
Industry
2.958.766
3
FIBRIA
Industry
257,85%
4
FERT. HERINGER
Industry
2.854.692
4
ITABRASCO
Industry
183,26%
5
COTIA TRADING
Services
2.428.598
5
SUPERMERCADO PERIM
Retail Trade
183,26%
6
CISA
Services
1.643.771
6
CVC
Retail Trade
174,40%
7
PETROBRAS DISTRIBUIDORA
Wholesale Trade
1.448.618
7
CN AUTO
Retail Trade
136,90% 106,80%
8
FIBRIA
Industry
1.359.499
8
STAN
Industry
9
GAROTO
Industry
1.312.088
9
USIPRESTI
Industry
96,70%
10
EDP ESCELSA
Services
1.192.805
10
IMMEL
Industry
90,47% 82,96%
11
COLUMBIA TRADING
Services
1.004.511
11
ISH
Services
12
TANGARÁ FOODS
Industry
968.212
12
COOABRIEL
Services
82,87%
13
BANESTES
Services
960.872
13
SIDERURGICA IBIRAÇU
Industry
80,04%
14
ARCELORMITTAL TUBARÃO
Wholesale Trade
918.602
14
MERCOCAMP
Services
79,99%
15
TROP
Services
856.320
15
SICOOB SEGUROS
Services
72,68%
16
COMVIX TRADING
Services
844.653
16
COTIA TRADING
Services
72,48%
17
SABB - SIST. ALIM. E BEBIDAS
Industry
659.573
17
SIMEX
Wholesale Trade
65,13%
18
BANCO DO BRASIL
Services
586.930
18
SM SAÚDE
Services
64,79%
19
BR DISTR. ES - GN
Services
581.642
19
CONSTRUTORA EPURA
Industry
64,17%
20
UNICAFE
Wholesale Trade
495.392
20
MARCA CAFÉ
Wholesale Trade
63,61%
THE 20 THAT GREW THE MOST ACCORDING TO THE NET OPERATIONAL REVENUE
THE 20 LARGEST PRODUCTIVITY PER EMPLOYEE
Ranking of Companies by Growth in the Net Operational Revenue (NOR) RANKING
COMPANY
SECTOR
VAR. NOR 11/10
Ranking of Companies by Net Operational Revenue (NOR) per Employee - in US$ thousand RANKING
COMPANY
SECTOR
ROL POR EMPREGADO
1
HIRO MOTORS
Retail Trade
1035,25%
1
COTIA TRADING
Services
373.284
2
COCCAPI
Services
481,00%
2
COLUMBIA TRADING S/A
Services
143.505
3
IMMEL
Industry
243,61%
3
CISA
Services
53.617
4
SUPERMERCADO PERIM
Retail Trade
186,00%
4
TROP COMÉRCIO EXTERIOR
Services
47.158
5
ITABRASCO
Industry
183,26%
5
INSPECTION
Wholesale Trade
25.590
6
CVC
Retail Trade
176,73%
6
BMC
Wholesale Trade
18.899
7
CN AUTO
Retail Trade
123,30%
7
TERRA NOVA
Services
18.540
8
STAN
Industry
121,83%
8
PETROBRAS DISTRIBUIDORA
Wholesale Trade
17.194
9
USIPRESTI
Industry
99,43%
9
SERTRADING (BR)
Services
15.724
10
SIDERURGICA IBIRAÇU
Industry
90,28%
10
COCCAPI
Services
11.490
11
COOABRIEL
Services
88,59%
11
HERINGER
Industry
9.240
12
SABB. SIST. ALIM. E BEBIDAS
Industry
81,95%
12
CLAC
Services
7.874
13
ISH
Services
80,51%
13
SANTA FÉ TRADING
Services
6.325
14
MERCOCAMP
Services
75,06%
14
FULL COMEX
Services
5.837
15
SICOOB NORTE
Services
72,81%
15
ARCELORMITTAL TUBARÃO COMERCIAL
Industry
5.074
16
SICOOB SEGUROS
Services
72,73%
16
SAMARCO
Industry
3.995 3.616
17
SIMEX
Wholesale Trade
66,54%
17
UNICAFE
Wholesale Trade
18
COLUMBIA TRADING
Services
66,34%
18
MARCA CAFÉ
Wholesale Trade
3.011
19
COTIA TRADING
Services
66,00%
19
MC KINLAY
Wholesale Trade
3.000
20
BONNO
Retail Trade
65,18%
20
MERCOCAMP
Services
2.880
200 BIGGEST COMPANIES 2012
ING_200 Maiores - As 20 maiores Empresas Segundo Principais Indicadores_THI.indd 277
277
29/11/2012 16:49:55
RANKING | THE LARGEST COMPANIES BY SECTOR
M
oving forward to the goal of highlighting segments of the local economy, meaning to value sectors and companies that contribute for the state economy´s development, IEL identified new business that took place in the State for the amplification in the involvement of the main companies of different sectors, in order to elaborate the sector rankings. Those lists by segment in this technical study are accorded to the companies that sent its information for the analysis on the 200 Largest Companies in Espírito Santo´s research. Each ranking is composed by 10 companies that are or are not in the ranking of the 200 Largest Companies in ES. That is, the companies ‘appearance in the list does not depend on the ranking of the 200 Largest Companies, since many of them do not have sufficient Gross Operational Revenue to be included in the overall ranking. Once again, many companies and segments were invited to join the research for the maintenance of the rankings published in the last years, and the inclusion of new rankings in the yearbook. Once again we think it is important to stress that the absences of some outstanding companies on the sector rankings are due to the disinterest in being part of the research or the delay on the closings of the balancing sheets and income statements, handed after the deadline of the research´s conclusion.
Based on the year 2011, the following rankings were elaborated: • Ten Largest Food Industries: totaled gross earnings of US$ 3,6 billion in Espírito Santo and created 5.270 direct jobs. • Ten Largest Construction Industries: had a gross revenue of US$ 382,1 million in State, creating 3.367 jobs. • Ten Largest Wholesale Trade Companies: totaled US$ 4,5 billion earnings and created 1.541 jobs. • Ten Largest Vehicle Dealership Companies: had a gross operational revenue of US$ 1,9 billion and generated 2.479 direct jobs, which is an addition of 14,3% in sales and a decrease of 6,5% on employees, compared to 2010. • Ten Largest Financial Services and Insurance Companies: totaled a US$ 1,9 billion gross revenue, creating 5.034 direct jobs in Espírito Santo. • Ten Largest Import and Export Services Companies: accounted US$ 7,5 billion in earnings and totaled 168 jobs in State. • Ten Largest Transport Companies: totaled a US$ 890 million gross operational profit and contributed with 7.412 jobs. There was not a significant variation in the earnings of the 10 largest on the sector if compared to the year before. But in the whole of employees there was a decrease of -1.707 jobs, therefore, a significant 18,7% fall.
THE 10 BIGGEST FOOD INDUSTRIES According to Groos Operational Revenue (GOR) in Espírito Santo - in US$ (thousands) RANKING
RANKING 2011
COMPANY
GROSS OP. REV.
VAR. GOR. 11/10 (%)
NET OP. REV.
OP. PROFIT
NET PROFIT
NET EQUITY
EMPLOYEES ES
1
9
CHOCOLATES GAROTO
1.312.088
9,44%
821.268
111.233
64.358
142.772
n/d
2
12
TANGARÁ FOODS
968.212
46,83%
940.019
11.409
15.233
148.505
522
3
17
SABB - SIST. ALIM. E BEBIDAS
659.573
33,84%
635.937
68.353
56.405
305.302
824
4
32
FRISA
276.420
5,45%
255.178
8.589
4.029
47.757
1.156
5
55
SELITA
119.749
0,71%
109.055
2.388
2.610
19.789
496
6
69
BUAIZ ALIMENTOS
88.185
14,32%
79.177
2.720
-624
35.846
400
7
71
REALCAFÉ
79.690
47,14%
76.924
7
-395
32.557
332
8
75
PAINEIRAS
71.633
46,64%
61.252
7.057
825
61.021
585
9
93
VENEZA
53.379
8,53%
50.333
2.010
1.564
14.295
405
10
102
KIFRANGO
47.693
9,10%
46.882
3.570
-736
3.252
550
278
ING_200 Maiores 2012_Ranking_As Maiores empresas do setor2_THI.indd 278
200 BIGGEST COMPANIES 2012
29/11/2012 16:53:03
THE 10 LARGEST VEHICLE DEALERSHIP COMPANIES According to the Gross Operational Revenue (GOR) in ES - in US$ thousand RANKING
RANKING 2011
COMPANY
GROSS OP. REV.
VAR. GOR. 11/10 (%)
NET OP. REV.
OP. PROFIT
NET PROFIT
NET EQUITY
EMPLOYEES ES
1
21
VITÓRIA DIESEL
462.151
17,05%
407.311
9.003
3.281
25.270
400
2
26
KURUMÁ VEÍCULOS
377.483
16,18%
369.590
5.575
-1.594
23.186
360
3
39
VITORIAWAGEN
210.208
2,84%
175.390
7.386
5.330
28.781
418
4
40
CN AUTO
206.284
136,90%
142.656
8.745
5.869
9.777
n/d 391
5
41
PODIUM
182.618
3,22%
178.557
4.547
2.556
13.825
6
46
LUVEP LUZ VEÍCULOS
160.064
48,43%
138.919
9.159
4.566
12.569
137
7
49
CVC
151.754
174,40%
133.707
2.345
463
25.585
404
8
82
PREMIUM VEICULOS
62.336
-4,92%
61.522
1.197
527
3.335
150
9
85
VESSA
60.795
13,75%
57.854
586
168
6.075
163
10
88
VITÓRIA MOTORS
58.589
40,15%
57.676
1.153
610
4.112
56
THE 10 LARGEST BUILDING TRADE COMPANIES According to the Gross Operational Revenue (GOR) in ES - in US$ thousand RANKING
RANKING 2011
COMPANY
GROSS OP. REV.
VAR. GOR. 11/10 (%)
NET OP. REV.
OP. PROFIT
NET PROFIT
NET EQUITY
EMPLOYEES ES
1
51
LORENGE
138.568
43,62%
98.551
18.711
13.784
92.558
1.100
2
70
CONCREVIT
83.156
13,55%
78.758
5.477
6.860
16.527
222
3
110
MORAR CONSTRUTORA
43.503
23,55%
41.389
2.742
2.376
24.512
131
4
126
ESTRUTURAL
35.361
6,61%
32.961
4.549
1.979
7.356
733
5
160
CONSTRUTORA EPURA
23.383
64,17%
16.570
1.826
1.101
14.073
179
6
182
D'ANGELO INCOPAR
18.289
21,35%
17.132
67
-1.141
2.047
198
16.354
-9,08%
14.996
2.192
1.932
8.790
414
9.841
-13,08%
8.242
1.853
1.212
5.722
130
7
189
MATRICIAL
8
201
METRON ENGENHARIA
9
202
STAN
9.341
106,80%
8.654
8.240
3.612
3.896
167
10
208
TERVAP
4.524
-72,65%
4.039
20.101
21.320
111.192
93
THE 10 LARGEST WHOLESALE TRADE COMPANIES According to the Gross Operational Revenue (GOR) in ES - in US$ thousand RANKING
RANKING 2011
COMPANY
GROSS OP. REV.
VAR. GOR. 11/10 (%)
NET OP. REV.
OP. PROFIT
NET PROFIT
NET EQUITY
EMPLOYEES ES
1
7
PETROBRAS DISTRIBUIDORA
1.448.618
16,41%
n/d
n/d
n/d
n/d
2
14
ARCELORMITTAL TUB. COMERCIAL
918.602
-8,59%
664.656
-21.486
-27.094
145.170
140 131
3
20
UNICAFE
495.392
50,60%
488.171
42.252
20.560
138.379
135
4
25
BMC
409.979
19,91%
340.185
28.608
13.367
29.850
18
5
30
CUSTODIO FORZZA
293.100
30,18%
267.882
1.905
1.905
38.088
140
6
34
SAVIXX
232.234
12,40%
175.367
1.246
1.974
4.692
n/d
7
37
NICAFE
219.424
60,86%
200.151
9.182
2.591
26.374
99
8
38
TRISTAO
212.402
-27,91%
211.522
9.331
5.250
92.411
390
9
42
RDG AÇOS DO BRASIL
180.386
3,56%
145.692
38.376
34.852
161.966
307
10
47
COOABRIEL
153.150
82,87%
141.247
-80
1.020
8.938
181
200 BIGGEST COMPANIES 2012
ING_200 Maiores 2012_Ranking_As Maiores empresas do setor2_THI.indd 279
279
29/11/2012 16:53:18
THE 10 LARGEST FINANCIAL SERVICES AND INSURANCE COMPANIES According to the Gross Operational Revenue (GOR) in ES - in US$ thousand RANKING
RANKING 2011
COMPANY
GROSS OP. REV.
VAR. GOR. 11/10 (%)
NET OP. REV.
OP. PROFIT
NET PROFIT
NET EQUITY
EMPLOYEES ES
1
13
BANESTES
960.872
5,85%
933.078
78.775
53.278
499.017
2.344
2
18
BANCO DO BRASIL
586.930
15,43%
n/d
n/d
n/d
n/d
1.566
3
59
DACASA FINANCEIRA
111.750
32,77%
111.750
1.403
2.949
64.569
193
4
78
BANESTES SEGUROS
67.584
2,79%
67.584
3.012
2.251
46.835
99
5
95
BANDES
52.350
15,94%
27.199
9.157
6.574
93.494
209 129
6
111
SICOOB LESTE CAPIXABA
43.280
36,20%
9.786
9.786
9.603
49.286
7
128
SICOOB CENTRAL
34.894
55,06%
1.235
1.235
1.211
23.031
52
8
137
SICOOB SUL SERRANO
32.586
21,00%
4.782
4.782
4.747
43.627
171
9
138
SICOOB NORTE
32.120
25,27%
3.677
3.677
3.564
40.756
151
10
142
SICOOB SUL
30.558
28,65%
7.107
7.107
6.990
38.180
127
THE 10 LARGEST IMPORT AND EXPORT COMPANIES According to the Gross Operational Revenue (GOR) in ES - in US$ thousand RANKING
RANKING 2011
1
5
COTIA TRADING
2.428.598
72,48%
1.866.419
76.870
49.866
73.731
5
2
6
CISA
1.643.771
56,08%
1.286.805
48.277
33.026
95.732
24
3
11
COLUMBIA TRADING
1.004.511
63,43%
861.027
33.063
9.447
15.514
6
4
15
TROP
856.320
4,21%
707.375
49.297
24.604
57.800
15
COMPANY
GROSS OP. REV.
VAR. GOR. 11/10 (%)
NET OP. REV.
OP. PROFIT
NET PROFIT
NET EQUITY
EMPLOYEES ES
5
16
COMVIX TRADING
844.653
53,82%
663.670
31.223
24.392
76.782
n/d
6
27
SERTRADING
363.335
14,04%
298.760
16.567
10.006
27.088
19
7
52
FULL COMEX
136.327
55,74%
99.227
8.330
3.169
8.245
17
8
58
CLAC
115.660
17,88%
86.619
5.882
83
5.273
11
9
63
MERCOCAMP
106.764
79,99%
77.752
-4.101
704
787
27
10
87
QUIMETAL
60.582
33,04%
46.733
3.945
3.557
11.803
44
THE 10 LARGEST TRAINSPORT COMPANIES According to the Gross Operational Revenue (GOR) in ES - in US$ thousand RANKING
RANKING 2011
COMPANY
GROSS OP. REV.
VAR. GOR. 11/10 (%)
NET OP. REV.
OP. PROFIT
NET PROFIT
NET EQUITY
EMPLOYEES ES
1
22
VIX LOGÍSTICA
456.894
-0,78%
410.442
52.550
20.379
102.583
2
45
AGUIA BRANCA
162.439
5,43%
129.454
23.605
16.814
176.064
2.096 1.182
3
94
UNIMAR
52.484
8,19%
48.365
3.475
2.513
22.219
1.375
4
106
CHEIM
45.965
1,73%
42.355
459
92
21.853
363
5
130
PRAIA SOL
34.065
-10,89%
32.822
1.838
835
38.562
848 n/d
6
133
LOGFERT TRANSPORTE
33.933
8,67%
28.954
-301
-224
5.364
7
153
VIAÇÃO JOANA D`ARC
26.585
9,73%
24.568
2.973
2.146
19.389
814
8
157
TRANSFINAL
25.514
6,93%
22.298
3.068
1.805
10.109
580
9
166
ÁGUIA BRANCA LOGÍSTICA
21.894
12,74%
19.249
4.329
3.776
4.225
n/d
10
177
TRANSCAMPO
19.423
15,93%
16.020
867
369
4.383
154
280
ING_200 Maiores 2012_Ranking_As Maiores empresas do setor2_THI.indd 280
200 BIGGEST COMPANIES 2012
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200 Maiores 2012_anuncios_Ecr.indd 281
29/11/2012 16:55:35
RANKING |
THE BEST COMPANY IN ESPÍRITO SANTO IN 2011
IMMEL
Immel, directed by Miguel Alborghetti, was elected the “Best Company in Espírito Santo”, in 2011
I
n 16 years, the “200 Largest Companies in Espírito Santo” IEL´s yearbook consolidates itself more and more as one of the most important channels of information over the Espírito Santo´s economy, business management and companies’ disclosure. During those years, it seeks to preserve its technical standards with innovation and continuous improvement of its quality. After promoting important methodological changes that brought more consistent data and results for the research, IEL presents, for the sixth year in a row, the “Best Company in Espírito Santo” award. The calculation methodology consists in attributing grades for the performance in each indicator – 10 to the first place, 9 for the second place, and so on to the 10th company, that is graded 1. After that, the grades are multiplied by a weight attributed to each indicator. It´s important to clarify that the establishment of the best company in 2011 is not a choice based on the competencies of its respective markets because the ranking is not divided by activity sector. Therefore, the performance indicators and its respective weights are the following:
282
ING_200 Maiores 2012_Ranking_A melhor Empresa do ES_THI.indd 282
BEST COMPANY AMONG THE 200 BIGGEST Score by the better economic and financial performance CLASSIFICATION
COMPANY
SCORE
1
IMMEL
6,10
2
Tervap
5,45
3
Rio do Frade
4,80
4
Campo Part. Imobiliárias
5
Caraíva
4,5 3,65
Growth in Sales – Weight 20 Indicates if the company´s participation in the market increased or decreased, and its capacity of generating new jobs when increasing. It can be used in the establishment of the company´s growth goal for the next periods.
Profitability in Sales Weight 10 Measures the percentage of net sales that remains in the company as profit in the period, which is the percentage that is left for the company after the deduction of all outgoings. This analysis indicates what is the company´s profit for each US$ 59,71 sold. 200 BIGGEST COMPANIES 2012
29/11/2012 16:56:36
Company profile Corporate Name: Immel Ind. Metal Mecanica Ltda Me Commerce Name: Immel Activity: Manufacture of Machinery and Equipment Staff employed in ES: 14 Invoicing: US$ 716,55 mil Sales Growth 2010/2009: 243,61% Sales Profitability: 100% Profitability per Employee: 100% Current Liquidity: 15,92
Profitability of Net Equity Weight 35 Measures the remuneration of the capital invested by the owners being a result of the company´s efficiency in business management. The calculation of the Net Equity´s profitability allows knowing when the administration got earnings with its respective structure – financed by its own capital or third
200 BIGGEST COMPANIES 2012
ING_200 Maiores 2012_Ranking_A melhor Empresa do ES_THI.indd 283
parties capital – through the use of its assets. This profitability is compared to the market taxes, to evaluate if the firm offers superior of inferior profitability to those options. The profitability of the Net Equity is used as tie-breaking criteria between companies that had the same grade in the general performance.
Profitability per Employee Weight 15 Measures the profitability produced per employee and the average contribution of each one for the profit generated by the company.
Current Liquidity – Weight 20 It is an important indicator of the company´s financial health, indicating the quality of safety the company adopts in shortterm. The bigger current liquidity is, the better is the company´s capacity to finance its necessity of working capital. Represents the amount of means the company has in shortterm to get rid of the short-term debts. Thus, the bigger the calculated value, the better is the company´s solvency.
283
29/11/2012 16:56:46
RANKING |
THE 100 LARGEST PRIVATE COMPANIES WITH ESPÍRITO SANTO’S CAPITAL CONTROL
M
aintaining the initiative of the last five years, IEL elaborated the “100 Largest Private Companies with Espírito Santo’s Capital Control” ranking. This ranking gives recognition to the companies that contribute for Espírito Santo’s development and for the valorization of organizations rooted in this land. The methodology used to define this ranking is done through the descending order of Net Operational Revenues. To be classified as a “Private Company with Espírito Santo’s Capital Control” the following criteria were established: 1. Equity control and origins of private capital in State. 2. Localization of the parent company / registered office in Espírito Santo 3. Company originally created in Espírito Santo. 4. To have operating unit in Espírito Santo. In the analysis of this ranking’s result, it was noticed that the 100 Largest Private Companies with Espírito Santo’s Capital Control totaled a net operational revenue of US$ 10,8 million and 45.774 workers in 2011 in the State, which is an average of US$ 236 thousand per employee. 284
ING_200 Maiores 2012 - Ranking das 100 maiores empresas privadas_THI.indd 284
When observing the distribution of companies by activity sector the service sector kept the lead counting 42 companies, followed by the trade sector with 31 companies and the industrial sector with 27 companies classified in this group. The performance of the trade and service sectors had a Net Operation Revenue of US$ 4,2 billion (39%) and US$ 4,5 billion (42%), respectively. The industrial sector totaled a US$ 2 billion Net Operational Revenue, 19% in the whole of the 100 Largest in Espírito Santo. The total of jobs generated was 24.127 in the service companies (53%), 11.868 in the industrial sector (26%) and 9.779 in the trade sector (18%). The calculated data indicates a Net Operation Revenue per employee of US$ 432 thousand in the trade sector, US$ 174 thousand in the industrial sector and US$ 209 thousand in the service sector. Comparing these results to the ones in 2010, the numbers reveal an increase in the productivity per employee of 5% in the trade companies, 46% in the service companies and 8% in companies of the industry sector. 200 BIGGEST COMPANIES 2012
29/11/2012 16:59:15
THE 100 LARGEST PRIVATE COMPANIES WITH ESPÍRITO SANTO´S CAPITAL CONTROL According to the Net Operational Revenue (NOR) in ES (Values in US$ thousand) RANKING
RANKING 2011
COMPANY
SECTOR
NET OP. REVENUE
VAR NOR 11/10
OPERATIONAL PROFIT
NET PROFIT
NET EQUITY
JOB/WORKS CREATED ES
1
6
CISA
Serviços
1.286.805
54,02%
48.277
33.026
95.732
24
2
16
COMVIX TRADING
Serviços
663.670
51,61%
31.223
24.392
76.782
n/d
3
20
UNICAFE
Comércio Atacadista
488.171
51,24%
42.252
20.560
138.379
135
4
23
UNIMED VITÓRIA
Serviços
411.050
15,23%
1.635
2.590
42.474
1.722
5
22
VIX LOGÍSTICA
Serviços
410.442
-2,31%
52.550
20.379
102.583
2.096
6
21
VITÓRIA DIESEL
Comércio Varejista
407.311
21,01%
9.003
3.281
25.270
400
7
26
KURUMÁ VEÍCULOS
Comércio Varejista
369.590
14,53%
5.575
-1.594
23.186
360
8
24
FOCUSTEXTIL
Indústria
314.925
24,28%
46.985
26.388
63.761
299
9
28
HORTIFRUTI
Comércio Varejista
291.378
19,84%
6.498
3.898
39.118
299
10
30
CUSTODIO FORZZA
Comércio Atacadista
267.882
29,37%
1.905
1.905
38.088
140
11
32
FRISA
Indústria
255.178
3,94%
8.589
4.029
47.757
1.156
12
33
CASAGRANDE
Comércio Varejista
226.185
12,81%
8.690
6.774
38.845
2.030
13
38
TRISTAO
Comércio Atacadista
211.522
-27,50%
9.331
5.250
92.411
390
14
37
NICAFE
Comércio Atacadista
200.151
62,09%
9.182
2.591
26.374
99
15
36
SUPERMERCADO PERIM
Comércio Varejista
193.195
186,00%
3.944
1.825
26.572
1.728
16
35
PERFILADOS RIO DOCE
Indústria
185.455
8,60%
29.203
25.536
146.247
362
17
41
PODIUM
Comércio Varejista
178.557
3,07%
4.547
2.556
13.825
391
18
34
SAVIXX
Comércio Atacadista
175.367
13,43%
1.246
1.974
4.692
n/d 307
19
42
RDG AÇOS DO BRASIL
Comércio Atacadista
145.692
3,64%
38.376
34.852
161.966
20
47
COOABRIEL
Comércio Atacadista
141.247
88,59%
-80
1.020
8.938
181
21
46
LUVEP LUZ VEÍCULOS
Comércio Varejista
138.919
48,62%
9.159
4.566
12.569
137
22
50
SÃO BERNARDO SAÚDE
Serviços
134.108
30,21%
852
5
22.660
280
23
45
AGUIA BRANCA
Serviços
129.454
4,97%
23.605
16.814
176.064
1.182
24
59
DACASA FINANCEIRA
Serviços
111.750
32,77%
1.403
2.949
64.569
193
25
55
SELITA
Indústria
109.055
1,17%
2.388
2.610
19.789
496
26
51
LORENGE
Indústria
98.551
27,66%
18.711
13.784
92.558
1.100
27
65
COOPEAVI
Comércio Varejista
98.230
38,06%
3.738
2.631
29.729
347
28
53
FORTLEV
Indústria
93.920
5,92%
9.559
9.989
69.097
627
29
58
CLAC
Serviços
86.619
15,21%
5.882
83
5.273
11
30
62
BIANCOGRES
Indústria
83.522
12,66%
6.900
6.676
44.266
253
31
64
CEDISA
Comércio Atacadista
80.956
12,39%
5.619
3.708
33.438
179
32
69
BUAIZ ALIMENTOS
Indústria
79.177
13,39%
2.720
-624
35.846
400
33
70
CONCREVIT
Indústria
78.758
13,77%
5.477
6.860
16.527
222
34
71
REALCAFE
Indústria
76.924
52,28%
7
-395
32.557
332
35
73
UNIMED SUL CAPIXABA
Serviços
73.955
19,77%
-1.488
-1.351
9.999
601
36
60
SANTA MARIA
Serviços
73.143
5,78%
11.335
8.424
55.877
353 109
37
77
SPASSU
Serviços
64.065
33,76%
-658
13
692
38
80
SAMP
Serviços
63.372
20,90%
847
654
3.462
131
39
74
CPVV
Serviços
63.036
4,32%
16.903
12.073
28.528
147
40
82
PREMIUM VEICULOS
Comércio Varejista
61.522
-4,72%
1.197
527
3.335
150
41
75
PAINEIRAS
Indústria
61.252
44,19%
7.057
825
61.021
585
42
81
HOSPITAL MERIDIONAL
Serviços
59.661
6,84%
12.510
1.517
16.265
1.028
43
85
VESSA
Comércio Varejista
57.854
11,57%
586
168
6.075
163
44
88
VITÓRIA MOTORS
Comércio Varejista
57.676
41,48%
1.153
610
4.112
56
45
90
CARAIVA
Serviços
57.036
23,39%
58.150
58.105
271.977
n/d
46
92
HOSPITAL SANTA RITA
Serviços
55.036
10,35%
9.778
10.909
53.395
1.275
47
89
ALCON
Indústria
55.024
51,20%
15.432
13.125
54.351
228
48
86
SIDERURGICA IBIRAÇU
Indústria
54.897
90,28%
-1.855
-1.722
6.311
157
49
83
SUPERM. SANTO ANTONIO
Comércio Varejista
53.260
7,26%
1.364
545
2.593
979
50
96
HOSPITAL EVANGELICO
Serviços
51.890
23,33%
1.012
552
4.648
1.113
200 BIGGEST COMPANIES 2012
ING_200 Maiores 2012 - Ranking das 100 maiores empresas privadas_THI.indd 285
285
29/11/2012 16:59:33
THE 100 LARGEST PRIVATE COMPANIES WITH ESPÍRITO SANTO´S CAPITAL CONTROL According to the Net Operational Revenue (NOR) in ES (Values in US$ thousand) RANKING
RANKING 2011
COMPANY
SECTOR
NET OP. REVENUE
VAR NOR 11/10
OPERATIONAL PROFIT
NET PROFIT
NET EQUITY
JOB/WORKS CREATED ES
51
93
VENEZA
Indústria
50.333
8,32%
2.010
1.564
14.295
405
52
94
UNIMAR
Serviços
48.365
7,87%
3.475
2.513
22.219
1.375
53
79
VIMINAS
Indústria
48.255
22,13%
6.622
5.441
25.932
439
54
102
KIFRANGO
Indústria
46.882
19,18%
3.570
-736
3.252
550 44
55
87
QUIMETAL
Serviços
46.733
33,08%
3.945
3.557
11.803
56
103
COCCAPI
Comércio Atacadista
45.959
481,00%
219
208
461
4
57
97
TV GAZETA
Serviços
45.894
16,94%
9.444
9.470
40.329
318
58
107
MARCA CAFÉ
Comércio Atacadista
45.165
63,59%
2.163
-958
8.772
15
59
104
VITORIA APART HOSPITAL
Serviços
43.202
23,17%
3.532
1.744
37.671
1.002
60
106
GRUPO CHEIM
Serviços
42.355
1,74%
459
92
21.853
363
61
110
MORAR CONSTRUTORA
Indústria
41.389
23,87%
2.742
2.376
24.512
131
62
100
DIAÇO
Comércio Atacadista
39.790
19,37%
4.375
2.817
28.855
117
63
116
SM SAÚDE
Serviços
39.738
59,59%
912
285
879
236
64
118
UNIMED NOROESTE
Serviços
38.472
14,46%
300
6
4.506
311
65
115
RODOSOL
Serviços
37.877
13,16%
21.712
13.117
34.075
244
66
114
VENAC
Comércio Varejista
37.825
5,88%
3.615
2.618
14.247
109
67
99
VILA PORTO
Serviços
37.398
-18,82%
-7.637
143
3.525
47
68
113
A GAZETA
Serviços
37.259
4,99%
84
-384
14.303
709
69
108
PANAN MOVEIS
Indústria
36.638
5,16%
2.776
1.506
6.371
256
70
121
AUTOVIL
Comércio Varejista
36.443
5,29%
18
287
2.211
117
71
101
RIMO
Indústria
36.364
34,21%
2.242
456
5.763
289
72
117
SUPERM. PORTO NOVO
Comércio Varejista
34.560
8,08%
75
273
3.593
477
73
109
METALOSA
Indústria
34.304
8,31%
1.452
490
10.268
295 237
74
124
DAMARE
Indústria
34.236
27,43%
3.462
1.398
4.733
75
131
MC KINLAY
Comércio Atacadista
33.002
44,35%
2.654
2
10.926
11
76
126
ESTRUTURAL
Indústria
32.961
5,11%
4.549
1.979
7.356
733 848
77
130
PRAIA SOL
Serviços
32.822
-10,89%
1.838
835
38.562
78
129
VILA VELHA HOSPITAL
Serviços
32.609
16,39%
4.803
-1.083
10.315
910
79
122
MARBRASA
Indústria
32.593
3,95%
5.463
2.536
11.024
422
80
123
SERDEL
Serviços
32.063
7,93%
8.171
4.179
18.620
3.958
81
127
METROPOLITANO
Serviços
31.864
22,70%
5.326
3.395
25.274
615
82
136
ABAV
Indústria
30.359
56,52%
629
231
3.167
417
83
145
UNIMDED NORTE
Serviços
29.679
21,17%
-542
-149
2.952
235
84
132
ITACAR
Comércio Varejista
29.518
-29,08%
-1.000
2.018
20.972
82
85
140
BONNO
Comércio Varejista
29.306
65,18%
5.049
2.474
7.789
132 n/d
86
133
LOGFERT TRANSPORTE
Serviços
28.954
10,33%
-301
-224
5.364
87
150
SANTA CASA
Serviços
28.122
14,26%
1.332
-31
5.802
813
88
143
LASA
Indústria
28.045
54,15%
6.277
3.123
48.436
982
89
144
ATACADO SÃO PAULO
Comércio Atacadista
27.131
9,38%
5.223
4.939
4.471
n/d
90
149
ESPIRAL ENGENHARIA
Serviços
26.651
9,28%
7.498
2.984
12.509
546
91
134
ELSON'S
Comércio Atacadista
26.116
7,71%
390
262
3.571
244
92
147
HIPER EXPORT
Serviços
25.640
6,97%
2.623
263
16.324
370
93
148
ISH
Serviços
25.612
80,51%
6.762
5.236
3.374
66
94
151
FACULDADE UNIVIX
Serviços
25.299
14,18%
5.959
4.872
10.207
351
95
146
ACP MOVEIS
Indústria
24.045
8,06%
4.811
2.719
9.070
239
96
135
FIBRASA SUDESTE
Indústria
23.518
20,67%
995
882
7.557
256 127
97
142
SICOOB SUL
Serviços
7.107
46,99%
7.107
6.990
38.180
98
137
SICOOB SUL SERRANO
Serviços
4.782
3,79%
4.782
4.747
43.627
171
99
138
SICOOB NORTE
Serviços
3.677
72,81%
3.677
3.564
40.756
151
100
128
SICOOB CENTRAL
Serviços
1.235
41,02%
1.235
1.211
23.031
52
286
ING_200 Maiores 2012 - Ranking das 100 maiores empresas privadas_THI.indd 286
200 BIGGEST COMPANIES 2012
29/11/2012 16:59:48
CONSOLIDATION OF THE 100 BIGGEST PRIVATE COMPANIES WITH CONTROL OF CAPIXABA CAPITAL According to Net Operational Revenue (NOR) In Espírito Santo (Values in US$ - thousands) SECTOR
NUMBERS OF COMPANIES
NET OPERATIONAL REVENUE (NOR)
27
2.046.561
198.774
Industry
OPERATIONAL PROFIT
NET PROFIT
NET WORTH
EMPLOYEES IN ESPÍRITO SANTO
131.048
871.826
11.868
NOR OPERATIONAL REVENUE PER EMPLOYESS
172
Food Industry
9
743.397
30.433
8.902
222.417
4.578
162
Non-metallic Minerals Industry
3
164.370
18.985
14.653
81.222
1.114
148
Building/Construction Industry
4
251.659
31.480
24.999
140.954
2.186
115
Furniture Industry
3
97.046
9.829
4.681
21.205
784
124
Rubber and Plactic Products Industry
2
117.439
10.554
10.871
76.653
883
133
Chemical and Petrochemical Industry
2
83.069
21.708
16.248
102.787
1.210
69
Steelmaking and Metallurgy Industry
3
274.656
28.799
24.304
162.826
814
337
Textile Industry
1
314.925
46.985
26.388
63.761
299
1.053
Trade
31
4.229.479
186.067
112.585
835.382
9.779
433
Wholesale Trade
14
1.928.151
122.855
79.129
561.341
1.822
1.058
Retail Trade
17
2.301.329
63.211
33.456
274.041
7.957
289
Service
42
4.548.500
370.313
258.467
1.517.042
24.127
189
Business Management
1
57.036
58.150
58.105
271.977
n/d
n/d
Hospital Care
7
302.385
38.293
17.004
153.371
6.756
45
Highway Concessionaire
1
37.877
21.712
13.117
34.075
244
155
Electricity and Gas
1
73.143
11.335
8.424
55.877
353
207
Educational
1
25.299
5.959
4.872
10.207
351
72
Port and Terminal Management
1
63.036
16.903
12.073
28.528
147
429
Information and Communications
2
83.153
9.528
9.086
54.632
1.027
81
Leasing of Machinery and Equipment for Buildings
1
26.651
7.498
2.984
12.509
546
49
Logistics
1
25.640
2.623
263
16.324
370
69
Health Plans
7
790.373
2.516
2.040
86.931
3.516
225
Financial and Insurance
4
121.445
11.097
12.471
171.983
567
214
Import and Export
6
2.128.333
88.797
68.191
231.296
253
8.412
Cleaning and Conservation
1
32.063
8.171
4.179
18.620
3.958
8
Information Technology
2
89.677
6.104
5.249
4.066
175
512
Transports
6
692.391
81.627
40.409
366.645
5.864
118
100
10.824.540
755.153
502.099
3.224.250
45.774
236
TOTAL 100 LARGEST ES´S COMPANIES
200 BIGGEST COMPANIES 2012
ING_200 Maiores 2012 - Ranking das 100 maiores empresas privadas_THI.indd 287
287
29/11/2012 17:00:26
RANKING | RANKING OF THE 10 LARGEST BUSINESS GROUPS
I
n the 12th edition, the ranking of the 10 Largest Business Groups in Espírito Santo, defined according to the methodology as “two or more independent companies, formally constituted under the same stockholding control, in which the capital originated in Espírito Santo is superior to 50%”, was established through the sending of economic-financial information by the business groups. Among the information collected, the Net Equity was chosen as the criteria to define the ranking - while the other data are complementary - reflecting the importance of the group and its impact in the State’s economy. We emphasize that some business groups are not in this ranking due to lack of consolidated information, reports not handed until the deadline and other reasons. 288
ING_200 Maiores 2012_Ranking_ranking dos 10 maiores grupos_THI.indd 288
This year the 10 Largest Business Groups summed 89 companies, a fall of 8,2% when compared to last year. These groups has a Net Equity of US$ 1,8 billion. Compared to the year before, this is a decrease of -21,6%. However, despite this decrease, when we compare the largest groups’ Gross Operational Revenue generated in Espírito Santo, it is revealed an increase of 8,3%. In the relation between the GOR generated in State and the total GOR, there is a participation of 70,1% of the revenue. Last year this relation was of 62,8% reinforcing the indicative of increase in the State’s business, opposite situation to the one in 2010. Reinforcing this aspect, in 2011 there was a reduction of 2,9% in the Total Gross Revenue of the Largest Groups. 200 BIGGEST COMPANIES 2012
29/11/2012 17:02:25
The relation between the Largest Group and the 10th placed in the research exposed a Net Equity 456% superior, while in 2010 this comparative was 460%. When we analyze the jobs generated in Espírito Santo, 46,7% (13.624) refers to the ones generated in State. In the 2010 ranking, this percentage was 55,4% or 13.332 jobs. It is observed positive variation related to the total number of jobs, in which the Largest Groups increased 21,2% with 5.114 new jobs. It is interesting to observe that, despite of an increase on business in State – according to the Gross Operational Revenue – shown by the data, there was a growth of 292 jobs in the groups, a variation of 2,2% in Espírito Santo. But, when it comes to the participation, there was a decrease of 8,7% in the comparative related to jobs in the State in the years 2010 and 2011. Still,
the growth in jobs generated out of State was considerably bigger. Verifying the relation of Gross Operational Revenue per employee, according to the GOR generated in ES, the result was US$ 225,5 thousand in 2011. In 2010, it reached US$ 202 thousand, a positive variation of 10,9%. When we relate this same data to the total GOR, we have: US$ 150 thousand in 2011 against US$ 178 thousand in 2010, a 19,9% fall, which shows a better performance of the results in State, when compared to the overall results of the groups. The Net Profit for the Financial Year 2011 of the 10 Largest Groups totaled near to US$ 646,8 million, a superior value when compared to 2010, when this result reached US$ 274,5 million, showing a variation of 136%. These numbers are explained partly by the nonappearance of negative numbers, as shown in 2010.
THE 10 LARGEST BUSINESS GROUPS ACCORDING TO NET EQUITY (Values in US$ thousand) RANKING 2011
GROUP
NUMBER OF COMPANIES
NET EQUITY
CITY
GROSS % GROSS OPERATIONAL OPERATIONAL REVENUE REVENUE (GOR) IN ES (GOR) IN ES
TOTAL GROSS OPERATIONAL REVENUE (GOR)
REVENUE GROWTH 2011/2010
NUMBER OF EMPLOYEES IN ES
TOTAL NUMBER OF EMPLOYEES
ANNUAL NET PROFIT
1
INCOSPAL
11
SERRA
693.943
280.519
100,0%
280.519
-99,90%
2.312
2.312
2
COIMEX
8
VITÓRIA
278.718
147.460
86,6%
859.794
-99,91%
851
7215
140.619 34.611
3
SICOOB
9
VITORIA
220.461
246.127
100,0%
246.127
-99,85%
906
906
37.616
4
BUAIZ
12
VITORIA
203.413
170.014
100,0%
170.014
-99,88%
845
845
14.713
5
ÁGUIA BRANCA
17
VITORIA
179.137
641.833
38,7%
1.658.484
-99,89%
4544
12414
54.524
6
FRISA
6
COLATINA
113.976
338.610
76,6%
441.993
-99,89%
1647
2550
12.218
7
FIBRASA
3
SERRA
84.400
33.805
36,0%
93.902
-99,88%
256
604
3.074
8
RDG
6
SERRA
38.338
426.833
97,8%
436.346
-99,89%
887
932
263.664
9
QUIMETAL
4
VITORIA
31.129
68.625
90,0%
76.249
-99,87%
96
142
7.566
10
GAZETA
13
VITORIA
14.864
121.791
100,0%
121.791
-99,89%
1280
1280
78.243
-
1.858.379
3.072.740
13.624
29.200
646.847
TOTAL
89
200 BIGGEST COMPANIES 2012
ING_200 Maiores 2012_Ranking_ranking dos 10 maiores grupos_THI.indd 289
4.385.219
289
29/11/2012 17:02:37
200 Maiores 2012_anuncios_Ecr.indd 290
29/11/2012 17:05:30
Capa_200 Maiores.indd 3
31/10/2012 20:14:39
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31/10/2012 20:15:08