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REVISTA FAZENDA DA GRAMA • EDIÇÃO 41 • OuTubRO 2014 CAPA_ED41_v2.indd 1
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EDITORIAL
Pai, Hoje sou eu que te escrevo, com uma certa responsabilidade, pois sei que, apesar de ter puxado a você fisicamente, o dom da escrita era seu; mas falar de você não é difícil, devido às suas inúmeras qualidades. Você, que sempre contou fatos de sua vida, e mesmo tendo perdido sua mãe aos 7 anos, conseguiu nos passar, de uma maneira feliz, histórias com detalhes de sua infância e juventude até conhecer minha mãe, com quem se casou aos 22 anos e formou um casal unido pelo amor e cumplicidade. Por meio de seus exemplos, pudemos entender o que são alguns valores, como: dignidade, lealdade e caráter de um homem sério, voltado ao trabalho. Um papel que você cumpriu tão bem, com a competência e a eficiência que tanto me orgulham. Também com muita generosidade e determinação, deixou marcado para sempre a sua preocupação com o bem-estar do próximo, criando o Itaci – Instituto de Tratamento de Câncer Infantil, que hoje é referência nacional na preciosa ajuda a crianças e adolescentes, que assim conseguem enfrentar melhor os momentos difíceis. Nas pequenas coisas, também víamos o seu prazer, como servir um drinque para um amigo no terraço da fazenda, comentar e ensinar sobre plantas e flores, assunto que você dominava e adorava, ou mesmo apreciar uma boa música. Ver o nosso Condomínio da Grama, que, em cada detalhe, teve sua opinião e reflete o seu sonho, e a alegria de tantas famílias que lá moram e usufruem daquele paraíso. O apelido carinhoso que você deu não só aos seus 7 netos, mas também a amigos, ficarão lembrados, como uma forma especial que você tinha de tratar cada um que teve a sorte de te conhecer. Por último, agradeço o privilégio de ter convivido com você, não só um pai maravilhoso, um avô carinhoso, um amigo de verdade, um conselheiro para todos os momentos, mas sobretudo, um grande homem que deixou um legado que será seguido por seus três filhos e sete netos. Continue nos orientando e protegendo sempre.
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PERTo DA NATUREZA A cada edição da revista, um tema parece sobressair. Nesta, a natureza ou o amor que alguns seres humanos especiais têm por ela são celebrados a cada página. Sylvio Telles lembra, em sua coluna, a grande paixão de Aluizio Rebello de Araújo pelas plantas, que o fez criar um viveiro dentro do Fazenda da Grama. Em vinhos, Jorge Santos Carneiro conta como surgiu um empreendimento que celebra a natureza e, principalmente, a amizade. Um grupo de empresários internacionais criou o lodge e vinícola Alpasión (contração das palavras alma e pasión, paixão) em um recanto que por si só já inspira as melhores ideias: o Vale de Uco, em Mendoza, uma região que não cessa de deslumbrar com a impressionante vista da cordilheira. A seção Viagem destaca o Atacama, também bonito por natureza, mas hoje com opções de programas e hospedagem de primeira linha, como o Tierra, um hotel em que a harmonia com a natureza e a hospitalidade juntam-se para oferecer aos turistas uma estada inesquecível. Renata Turbiani, nossa especialista em arquitetura e paisagismo, entrevistou Camila Klein, uma jovem que vem encantando seus clientes com soluções inovadoras e muita elegância; e conta como funciona a instituição Médicos Sem Fronteiras, que já ganhou um prêmio Nobel da Paz por sua intervenção em regiões que vivem momentos de extremo desespero, como os países que sofrem hoje com o Ebola. Renata Nantes, especialista em arte e fotografia, escreve sobre a feira Paris Photo e elenca os principais nomes brasileiros que terão seus trabalhos exibidos. Boa leitura!
QUEM FAZ
Denilson Milan
Rosane Aubin
Nina Franco
Renata Nantes
Renata Turbiani
Kevin Bulman
Sylvio Telles
Clarissa Di Ciommo
Contatos Fazenda da Grama Pabx. 11 4591-8000 Clubhouse starter 11 4591-8001 Clubhouse Bar 11 4591-8003 Clube 11 4591-8004 administração Juan Higuera romero (gerente geral) 11 4591-8010 eng. Camilo (construções) 11 4591-8018 administração regina (assistente) 11 4591-8012 administração sandra (assistente)11 4591-8011 administração sabrina (assistente) 11 4591-8015 administração eng. sylvio (greenkeeper) 11 4591-8017 ConseLHo edItorIaL Luís Eduardo Americano Araújo, Fernando Viana Lomonaco e Denilson Milan
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diretor executivo – Denilson Milan Publisher – Rosane Aubin direção de arte – Nina Franco (inspiredesignlab.com.br) Colaboraram nesta edição – Alice Rivero, Renata Nantes, Renata Turbiani, Kevin Bulman e Sylvio Telles (texto), Silvana Marli (revisão), Clarissa Di Ciommo (foto) Para anunCIar – Tel. (11) 3521-7329 Denilson Milan – denilson@fortunacom.com.br www.facebook.com/fortunacom A revista não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados. As pessoas não listadas no expediente não estão autorizadas a falar em nome da revista ou a retirar qualquer tipo de material sem prévia autorização emitida por carta timbrada da redação.
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sumรกrio
Foto: sylvio Telles siqueira
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12 Boas Novas TW Guiambê: novo conceito em Ilhabela 16 arquitetura Camila Klein: inovação e consistência 26 oBjetos do desejo Luzes e conforto 28 PerFiL Homenagem a Aluizio Rebello de Araújo 34 GoLF tiPs Como obter um suave Flop Shot 36
Bate-BoLa UFC no Rio e história do judô
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viNhos Alpasión: bons vinhos para brindar a amizade
44 desiGN Dpot: aposta bem-sucedida no Brasil 50 FotoGraFia Paris Photo reúne craques das câmeras 62 viaGem Aventura e aconchego no Atacama 70 Por deNtro do CamPo Ipês: a cada mês, novas cores e floradas 72 soCiaL Médicos Sem Fronteiras: ajuda aos que precisam 78
eveNtos Queijos, vinhos e tacadas
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jaNeLa Contraluz de Carolina Yumi Katsurayama
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boas novas
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ElEgância à moda caiçara: muito contato com a natureza, artesanato na decoração e conforto high tech
Luxo e pé na areia
Localizado numa encosta da Praia do Julião, em Ilhabela, litoral paulista, o hotel TW Guaimbê segue uma tendência em alta no turismo de luxo: oferece conforto e alta tecnologia em harmonia com o entorno, respeitando e propiciando o contato com a natureza e a cultura local. Cercado pelas águas azul-turquesas e pelo verde da Mata Atlântica da costa da ilha, tranquilo e com uma atmosfera quase zen, o empreendimento tem apenas 16 suítes e decoração da premiada Suzana Schermann. Com cara de casa brasileira, acolhedores e elegantes, os ambientes fazem referências ao artesanato local. A suíte Guaimbê, única, tem varanda com vista para o mar, de onde se pode apreciar o pôr do sol, e para a piscina de borda infinita, um dos pontos altos da construção. As suítes Maranta, que são duas, também têm vista para o mar e estão dispostas sobre os miniguaimbês, planta que dá nome ao projeto. Há ainda duas suítes Caetê, três Taiá e oito Manacá, todas com cama king size, toalhas e roupão de algodão egípcio, lençóis de 600 fios, LCD, internet sem fio e frigobar personalizado. Alex Hanazaki, considerado um dos maiores nomes do paisagismo brasileiro, assina o projeto, que inclui um jardim com grande diversidade de espécies e traz as marcas do autor: a integração com a natureza local e toques cosmopolitas que denotam o cuidado em cada detalhe. Criado pelo empresário Thiago Wertheimer, criador do grupo TW, que, além do Guaimbê, em Ilhabela, conta com o hotel Recanto da Cachoeira, em Socorro, no interior do Estado de São Paulo, o espaço ainda tem várias outras atrações: clube de praia exclusivo; tratamentos de spa; deck com vista para o mar; sauna seca; personal trainer; ioga e pilates; restaurante, bar de vinhos e lounge, além de serviços de casamento e recepções. www.twguaimbe.com
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ARQUITETURA
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Inovação e soluções InédItas Camila Klein é conhecida pela sofisticação, uso de muita iluminação e toques de tecnologia Por renata turbiani fotos bruno netto e divulgação
Ambientes integrAdos: o apartamento de 215 metros quadrados, em Alphaville, foi projetado para uma família com dois filhos; amplo e arejado, propicia a convivência
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prendiz do renomado arquiteto Ruy Ohtake, Camila Klein desde criança sonhava em seguir os passos do “mestre”. Desejo que foi realizado com a graduação na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Mas só isso não bastava. A gaúcha também buscava reconhecimento, então decidiu se mudar para São Paulo, onde está há cerca de dez anos. Camila pertence a uma nova safra de profissionais que vem ganhando cada vez mais espaço no mercado de projetos de alto padrão. Em apenas seis anos de carreira solo, ela já conseguiu um lugar de destaque entre os grandes nomes da arquitetura, com projetos sofisticados e ao mesmo tempo aconchegantes que refletem o atendimento personalizado, exclusivo e dinâmico, e que ela faz questão de acompanhar pessoalmente. Segundo Camila, o que faz os clientes a procurará-la é o seu bom gosto, atrelado a soluções práticas e, na maioria das vezes, inéditas. “Inovação e audácia norteiam o desenvolvimento e a elaboração dos projetos, e isso me faz estar sempre à frente e em busca da superação”, afirma. Para ela, a arquitetura é a forma de se expressar e, a decoração, a forma de se aproximar das pessoas. “Meu papel é buscar entender as necessidades e as vontades dos meus clientes e, assim, transpor essas informações valiosas e transformá-las em um projeto tão sonhado”, acrescenta. Em seu escritório de arquitetura e interiores, o CKlein, localizado na Vila Olímpia, em São Paulo, Camila elabora projetos residenciais, corporativos e empreendimentos imobiliários, e seu estilo é definido como contemporâneo. A profissional, que é fã da arquiteta iraquiana Zaha Hadid, utiliza cores sóbrias, muita iluminação e toques de tecnologia. “Gosto de mesclar texturas e acabamentos e, inclusive, utilizo os mais variados tons nos meus projetos, garantindo assim fluidez e identidade visual a tudo o que crio”, explica ela, que no momento está desenvolvendo uma linha de interiores para jatos aéreos e, em breve, lançará uma coleção de mobiliário exclusivo. Fazenda da Grama – Quando você descobriu que queria ser arquiteta? Camila Klein – Isso surgiu de um sonho infantil, na época em que brincar de boneca era mais que diversão. Naquele tempo eu fazia todo um planejamento e organizava os móveis e os objetos de decoração das bonecas como se fosse um projeto. Ao longo dos anos isso foi se acentuando e o interesse pela área crescendo, até que cheguei à conclusão de que o curso de arquitetura era meu maior desejo.
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Cores neutrAs e simetriA: todos os cômodos seguem a mesma linha; espelhos e madeira ganham destaque; áreas íntimas têm atmosfera aconchegante por causa da iluminação; no quarto dos meninos, o azul mistura-se ao branco e o ponto de cor fica por conta das almofadas e dos brinquedos
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VidA soCiAl: o apartamento de 335 metros quadrados, em Moema, é de um casal sem filhos que gosta de oferecer jantares, dar festas e receber hóspedes; Camila utilizou peças da Artefacto, da Portobello Shop, da Ornare, da Kitchens e da Montblanc
Depois que o desejo se tornou realidade, o que a arquitetura passou a significar e a representar para você? A arquitetura é a forma que eu encontro de me expressar, e a decoração a forma de me aproximar dos meus clientes. O meu papel é buscar entender suas necessidades e vontades e, assim, transpor essas informações valiosas e transformá-las em um projeto tão sonhado. Você trabalhou com Ruy Ohtake, certo? O que de mais importante aprendeu com ele? Aprendi a normatização, o refinamento de desenhos, a linguagem gráfica e a padronização que fazem com que meus projetos tenham mais qualidade e excelência. Ruy é um mestre para mim. Ele resume a criação com a qualidade técnica. Vocês ainda têm contato? A amizade permanece até hoje. De vez em quando vou até o seu escritório tomar um café com ele. Além dele, quais são suas referências na arquitetura? Sou profunda admiradora da iraquiana Zaha Hadid, por ser uma arquiteta considerada desconstrutivista e que criou uma vertente, com seus projetos ousados que causam discussão e são muito atraentes. Atualmente, o seu escritório é um dos maiores de São Paulo e você atende clientes de alto padrão, tanto residenciais quanto corporativos. Como foi sua trajetória até atingir esse patamar? Atuo no mercado há algum tempo e desenvolvo soluções de decoração para projetos residenciais, corporativos e mercado imobiliário, em que o bom gosto, atrelado a soluções práticas e, na maioria das vezes, inéditas, fazem com que clientes mais exigentes me procurem para que eu crie projetos sofisticados e aconchegantes. Inovação e audácia norteiam o desenvolvimento e a elaboração dos projetos, e isso me faz estar sempre à frente e em busca da superação. O que a inspira? Minhas fontes de inspiração vão desde viagens, moda, estilo até comportamento, que, fracionados, possuem papel fundamental no meu processo de criação. Na concepção como um todo, não deixo de estar ligada nas tendências de moda, editadas na Semana de Moda de Nova York, e design, mostradas no Salão de Design de Milão. Por falar em design, qual a sua obra preferida? Gosto das da Sonia Menna Barreto. Em suas obras existe sempre uma história por trás, pintada na forma de um conto e quase sempre uma situação engraçada, com um toque surrealista. Entendo um significado cultural e eclético no jeito de ela se expressar, em que, aos meus olhos, o real e o fantástico se fundem de maneira magistral. Consigo sentir sua caligrafia delicada criando composições intimistas, porém inesquecíveis.
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multipliCAção dos espAços: no apartamento de 65 metros quadrados, Camila optou pela integração do living com o home theater e a varanda, além da cozinha americana, tudo para deixar os ambientes mais amplos e convidativos; na sala de estar, destaque para a poltrona La Chaise, de Charles & Ray Eames
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elegânCiA: o espaço de 115 metros quadrados, em Osasco, na Grande São Paulo, é decorado em tons neutros; Camila também utilizou muitos espelhos; entre os principais fornecedores estão Florense, Portobello e Decorbanho
Como é o seu processo de criação? Parto de uma ideia embrionária que me é trazida por meu cliente, a qual muitas vezes é preciso desvendar, para que o projeto seja o mais personalizado possível. Já que você falou dos clientes, em cada projeto é preciso respeitar os desejos deles, mas ao mesmo tempo imprimir a marca do arquiteto. Como você faz para chegar a esse equilíbrio? Os aspectos mais relevantes para os clientes são levados muito a sério, até mesmo porque eles são os protagonistas. Costumo dizer que as ideias são matérias-primas de meus clientes e privilegio cada uma delas para chegar a um projeto com elegância sublime e única. Também procuro deixar de fora padrões e regras. No entanto, o funcional e o requinte são privilegiados e utilizados de forma exclusiva. Seus projetos são conhecidos e classificados como contemporâneos... A diversidade das formas é meu eixo de criação. As tendências mundiais desse contexto interferem nas possibilidades de ocupação e utilização dos espaços decorrentes do uso de tecnologias que agrego ao trabalho. Pode citar algumas dessas tecnologias? Tecnologia em automação, para luz e som, por exemplo. Além disso, quais elementos você gosta de utilizar? Gosto de mesclar texturas e acabamentos em um único projeto, inclusive utilizo os mais variados tons, garantindo fluidez e identidade visual. Como está o projeto no condomínio Fazenda da Grama? Esse projeto ainda está muito recente, então prefiro falar dele quando a obra estiver mais avançada. De qualquer forma, será um trabalho inovador e localizado em um dos espaços mais privilegiados do interior de São Paulo, com uma natureza exuberante, e onde a arquitetura e a decoração são imponentes e de muito bom gosto e qualidade. Quais são seus planos futuros? No momento estou desenvolvendo uma linha de interiores para jatos aéreos e, em breve, lançarei uma linha de mobiliário exclusivo.
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estilo Contemporâneo: a ideia era integrar as áreas sociais e trabalhar a iluminação para criar um clima intimista; Camila optou pelo uso de mobiliários de linhas retas e variações de bege e branco; a madeira de nogueira nos painéis e no bufê, elaborado pela Marcenaria Beldan, dá um ar sóbrio à sala de jantar e contrasta com a mesa redonda e as cadeiras brancas, ambas da Breton; o lavabo segue a mesma linha, com o uso de madeira e branco, e o terraço traz clássicos do design como a poltrona Egg
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Simplicidade Simplicidade Sofi sticada Sofisticada
+SEGMENTO
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Por da aparente aparentesimplicidade simplicidade estão frequentemente Por trás trás da estão frequentemente ideias design requintado e aparentemente ideias complexas. complexas. OOdesign requintado e aparentemente simples da ++SEGMENTO SEGMENTO esconde décadas de saber e esconde décadas de saber simples da experiência de manufatura e precisão. As elegantes áreas e experiência de manufatura e precisão. As elegantes áreas de trabalho, as frentes sem puxador e as linhas claras de trabalho, as frentes sem puxador e as linhas claras eebem nidasproporcionam proporcionam uma experiência visual bem defi definidas uma experiência visual única. única. poggenpohl.com poggenpohl.com
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OBJETOS DO DESEJO
toQue elegante A luminária pendente Bloom, do designer Ferruccio Laviani, está na coleção Precious Kartell, que traz novos acabamentos brilhantes: ouro, prata, platina e bronze. www.lojakartell.com.br
geometRias A mesa de centro Baeza, desenhada por Flavio Borsato e Maurício Lamosa para a Adresse, é revestida em laca brilhante. www.adresse.com.br delicadeza oRiental A cômoda em madeira com entalhes em madrepérola típicos do artesanato indiano está à venda na L’Oleil. www.loeil.com.br
com o toQue da aRtista A almofada faz parte da coleção Tarsila do Amaral, da JRJ Tecidos, criada pelo arquiteto Michel Safatle em parceria com a família da pintora. É inspirada na vida e obra da artista. www.jrj.com.br
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top designeR Escolhido o designer do ano pela Maison & Objet, o britânico Tom Dixon assina a mesa de estrutura em aço e tampo de aço cromado para a Firma Casa. www.firmacasa.com.br
luz e sombRa Feita de metal recortado por meio de processo industrial usado na fabricação de componentes eletrônicos,a luminária Etch Shade, de Tom Dixon para a Lumini, tem um efeito sombreado que resulta da interação entre os fachos de luz e as estampas vazadas. www.lumini.com.br
aconchegante O sofá Moel, desenhado por Inga Sempé para a Ligne Roset, alia o conforto proporcionado pelas espumas da marca ao design sob medida para acolher e criar ambientes intimistas. www.ligneroset.com.br
Robusto e conFoRtável O sofá Sumô, do Studio Yonoh, de Barcelona, para a Conceito Firma Casa, é inspirado nos bem nutridos lutadores de sumô. www.conceitofirmacasa.com.br
Feito tatuagem As poltronas Re-Vive, feitas pelo designer Kent Parker, do estúdio neozelandês Formway, consumiram três anos de pesquisa. Feitas de couro pela marca italiana Natuzzi, são capazes de adaptar-se ao corpo de forma intuitiva. www.natuzzi.com
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HOMENAGEM
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UM ESPÍRITO REALIZADOR A trajetória de Aluizio Rebello de Araújo, advogado que virou empreiteiro e comandou projetos emblemáticos para o país
uM EMprEEndEdor dEdicado À FaMÍlia: com Manoel Pires da Costa e esposa, Salomão Schwartzman e Manoel Felix Cintra Neto; e com Anna Helena Americano Araújo e os filhos Luis Henrique, Luis Fernando e Luis Eduardo Araújo
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Espaço para convivEr: com Maria Elisa Araújo, Luis Fernando, Beatriz, Anna Helena, Luis Eduardo, Luis Henrique e Brian Costello, designer do campo de golfe do Fazenda da Grama
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luizio Rebello de Araújo tinha apenas 20 anos quando adentrou o mundo dos negócios. Estudante de Direito da Universidade Mackenzie, o jovem paulistano ingressou na empresa de Engenharia e Construção CBPO, em 1956, como estagiário. Não imaginava que, em pouco mais de duas décadas, estaria à frente de uma das maiores construtoras do Brasil, responsável pela realização de projetos emblemáticos para o país, como a construção do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, e da Usina Hidrelétrica de Itaipu, na fronteira com o Paraguai. Quis o destino que o advogado, que em sua formação prática trabalhara em diversas áreas, como administrativa, contabilidade e departamento pessoal, a fim de desenvolver sua visão empresarial, fosse “contaminado pelo vírus do empreiteiro”. “Desde o início, aprendi a me interessar pela vida de uma empresa de engenharia. Comecei a me empolgar com a construção, a vibrar com uma visita à obra de uma estrada ou de uma hidrelétrica. Eu me entreguei de corpo e alma ao espírito da construção, à vida do empreiteiro. O empreiteiro é aquele que faz, que tem coragem, que não se acomoda, que tem visão de futuro e é empreendedor. Tenho muito orgulho de ser empreiteiro. É um orgulho que se adquire pelo trabalho, pelo seu envolvimento na ação cotidiana de promover desenvolvimento. Ser empreiteiro é ser realizador.” O espírito realizador, no seu caso, parecia inesgotável. O mesmo homem que dedicou suas atenções a um desafio com as dimensões de Itaipu, projeto que durou 16 anos, entre outros tantos, já nos anos 1970 vislumbrava um empreendimento que nascera como um lugar para reunir a mulher, Anna Helena, os três filhos, os futuros netos, os amigos e quem mais chegasse, e que hoje é a Fazenda Sant´Anna da Grama.
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MoMEntos históricos: ao lado, Ricardo Vinholes Ferreira, Fernando Lomonaco, Luis Fernando, Marcelo Novaes, Aluízio Rebello de Araújo e Adyr Moura Ferreira; à esquerda, Luis Fernando, Brian Costello e Luis Eduardo; e abaixo, mostrando o desenho do campo com Brian Costello
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O condomínio, uma área de 4 milhões de metros quadrados, já está em sua terceira fase e tem mais de 70 casas. Mesmo com a ampliação, o propósito que inspirou o início de tudo permanece presente: a reunião da família. Na fazenda, Aluizio exercitava um de seus hobbies preferidos, o paisagismo. Adorava dedicar os fins de semana ao cuidado das espécies criadas no viveiro instalado no local, fruto de seu interesse pelas plantas. Na década de 1980, Aluizio chegou à Organização Odebrecht, onde era membro do Conselho de Administração, quando a empresa adquiriu a CBPO, após trabalharem juntas nas obras do Aeroporto do Galeão. “Embora se tratassem de empresas de origens diferentes, a CBPO de Aluizio e a Odebrecht, de onde eu vim, tinham uma qualidade que as aproximava e que certamente continua a caracterizar a todos nós: o Espírito de Servir”, reflete o amigo Pedro Novis, que conviveu com Aluizio nos últimos 34 anos. “Quando eu era adolescente, toda casa recebia mensalmente uma revista chamada Seleções. Eram textos variados sobre atualidades, contos, um pouco de humor. Uma das seções mais comentadas se chamava ‘Meu tipo inesquecível’. A cada exemplar, a história de um tipo humano que havia, por suas qualidades, marcado diferentes autores. Olhando para trás, relembro esses tempos para afirmar que meu tipo inesquecível foi Aluizio Araújo. Aluizio marcou não só a minha, mas a vida de tantos amigos e companheiros por ter sido dotado de qualidades muito especiais que, ainda que fáceis de conceituar, são muito difíceis de praticar sistematicamente. Aliás, esse era um aspecto que o destacava: a capacidade de ser sempre o mesmo, sempre positivo, amigo, atento, colaborativo, sempre tanta coisa...” E erudito. Apreciava e incentivava as artes. Compunha os conselhos de muitas instituições culturais, como do Museu de Arte de São Paulo (MASP), da Fundação Bienal de São Paulo, do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, da Fundação Maria Luiza e Oscar Americano, da Fundação Cultural Exército Brasileiro, entre outros. Anualmente, durante pelo menos 35 anos, frequentou com a mulher, Anna Helena, o Festival de Páscoa de Salzburgo, cidade
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natal do compositor Mozart, um dos mais importantes eventos de música clássica do mundo. Promovia encontros prévios com amigos também interessados por música erudita, para debater e estudar a programação de cada festival. A dedicação para as questões sociais não era menor. Como presidente do Conselho Curador da Fundação Criança, se esforçou pessoalmente para tornar viável a construção do Instituto de Tratamento do Câncer Infantil (Itaci), inaugurado em 2002, na capital paulista, para oferecer tratamento especial para crianças com câncer. “A perseverança foi sua marca para alcançar objetivos. Assim foi o incansável trabalho para conseguir apoio técnico e recursos financeiros que possibilitaram ao Itaci tornar-se referência nacional no tratamento do câncer infantil”, revela Maria Helena Giuliani, secretária de Aluizio durante 46 anos. “Nesses anos de convivência, presenciei muitas vezes uma característica própria dos líderes: acuidade para perceber entre seus liderados e pessoas à sua volta quando perseguiam uma meta, quer profissional ou pessoal. E com a cordialidade e o bom humor que sempre deixou transparecer no contato com as pessoas, oferecia o apoio necessário para tornar realidade o que era ainda o esboço de um projeto, nem sempre de fácil alcance.” No dia 26 de agosto, Aluizio Araújo faleceu, em São Paulo. Deixa a mulher, Anna Helena, com quem foi casado durante 56 anos, os filhos Luís Fernando, Luís Henrique e Luís Eduardo, as noras Claudia, Maria Elisa e Beatriz, e os netos Helena, Aluízio, Roberto, André, Anna Luiza, Eduardo e Alvaro. O depoimento de Aluizio Araújo foi extraído de uma entrevista concedida à revista Odebrecht Informa em 1996.
AlegriA e prAzer em AjudAr: o casamento de 56 anos com Anna Helena e reunião familiar (acima), com Helena Araújo, Beatriz Araújo, Anna Helena Araújo, Maria Elisa Araújo, Luis Henrique Araújo, Anna Luiza Araújo, Luis Eduardo Araújo, Aluízio R. Araújo, Luis Fernando Araújo e Claudia Araújo; com os três filhos e Anna Helena; e com o netinho Álvaro
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GOLF TIPS
BATA PARA O ALTO E OBTENHA UM SUAVE FLOP SHOT
POR Kevin Bulman
“Quando errar uma tacada, jamais pense no que fez de errado. Vá para a próxima focado no que deve fazer de correto... Os jogadores do PGA Tour batem, em média, de 6 a 10 tacadas realmente boas por volta, quando têm sorte. As demais são imperfeitas, mas não deixam de ser boas.” Tommy Armour
A ideia geral do “Flop ou Lob Shot” é controlar a distância que a bola irá rolar após aterrissar, por meio de uma tacada bem alta. Você irá controlar a distância utilizando a trajetória no lugar de backspin. Eu considero que a trajetória é mais confiável do que o backspin para controlar a distância. Assim, prefiro a tacada alta no lugar da tacada com spin, sempre que possível. TÉCNICA BÁSICA 1. Preparação Utilize seu taco com maior loft (um wedge com 60 graus é o ideal). • A posição da bola, para esta tacada, deve ser mais à frente em seu stance. • Será necessário fazer algumas experiências, mas procure posicionar a bola o mais para a frente possível, sentindo-se confortável. • Abra a cara do taco e seu stance, mantendo um grip bem leve.
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2. Execução • O comprimento de seu swing será proporcional à distância necessária para a tacada, mas, de maneira geral, essa tacada deve ser longa e cadenciada (em oposição a súbita ou rápida) • A velocidade de seu swing deve ser constante. O swing para frente deverá ter o mesmo ritmo do que o backswing. Não se apresse! • Mantenha a cara do taco aberta durante todo o swing. Assegure-se de que a cara do taco esteja apontando para o céu após o impacto. • Faça o swing para a esquerda (se você for destro). Não tente bater em direção ao alvo. Se o stance está aberto, todo seu corpo estará apontando bem para a esquerda do alvo. Faça o swing para onde seu corpo está apontando e não para o alvo. É importante treinar antes de tentar esta tacada no campo de golfe. Ela não é exageradamente difícil, mas demanda confiança. É claro que confiança verdadeira só é obtida após ver e sentir boas tacadas antes, na área de treino.
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bate-bola
Por Renata Turbiani
José aldo defende o cinturão do UFC no Rio
O Rio de Janeiro receberá mais uma edição do UFC. Desta vez, o evento acontecerá no Maracanãzinho, no dia 25 de outubro. A luta principal da noite será a revanche entre o brasileiro José Aldo, detentor do cinturão dos pesos-penas, e o norte-americano Chad Mendes. Os dois já haviam se enfrentado no UFC 142, em janeiro de 2012, e na ocasião o brasileiro venceu por nocaute ainda no primeiro round. Essa será a sétima defesa de cinturão de José Aldo. Quem também subirá ao octógono no Rio de Janeiro será Glover Teixeira. O brasileiro enfrentará o norte-americano Phill Davies pela categoria dos meio-pesados. As outras lutas do UFC Aldo x Mendes 2 serão: Fabio Maldonado x Hans Stinger, Scott Jorgensen x Wilson Reis, Felipe Arantes “Sertanejo” x Andre Fili, William Macario “Patolino” x Neil Magny, Alan Patrick x Beneil Dariush, Yan Cabral x Naoyuki Katoni e Darren Elkins x Lucas Martins. Ingressos no www.ufc.com.
Competições agitam piscinas A partir deste mês, a programação de esportes aquáticos será intensa. Em outubro, serão duas competições, ambas entre os dias 26 e 29 de outubro: a Taça Brasil de Saltos Ornamentais, no Rio de Janeiro, e o Campeonato Sul Americano de Desportos Aquáticos − Consanat, em Buenos Aires, na Argentina. De 13 a 15 de novembro, Inema, na Bahia, receberá a quinta e a sexta etapas do Campeonato Brasileiro de Maratonas Aquáticas da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (7,5 quilômetros) e a quinta etapa da Copa Brasil de Maratonas Aquáticas da CBDA (5 quilômetros). Para finalizar, de 3 a 7 de dezembro será realizado em Doha, no Catar, o 12º FINA World Swimming Championship (piscina de 25 metros), que terá a participação do brasileiro Cesar Cielo.
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Final do Shimano brasil será em Campos do Jordão
Campos do Jordão, a 173 quilômetros de São Paulo, será palco da decisão da temporada de estreia do Shimano Brasil Enduro Series. Após Itaipava, no Rio de Janeiro, abrir o calendário de 2014 em maio, e Urubici, em Santa Catarina, receber a intermediária em agosto, a cidade do Vale do Paraíba foi escolhida para encerrar a competição de Mountain Bike Enduro, modalidade que mistura Downhill com Cross Country, no país, nos dias 1º e 2 de novembro. A exemplo das provas internacionais de MTB Enduro, a final terá os deslocamentos não cronometrados, mas obrigatórios para todos os participantes, além dos especiais (cronometrados), estágios que definem o tempo final de cada atleta: E1, E2 e E3. São 180 vagas para oito categorias: Pro, Expert, Máster 1, 2 e 3, Sênior, Amador e Feminina.
leandrinho barbosa vai para o Golden State Warriors
O brasileiro Leandro Barbosa assinou contrato com o Golden State Warriors para a temporada 2014-2015 da NBA. O armador da Seleção Brasileira, de 31 anos, que vestiu a camisa do Phoenix Suns na última temporada, vai defender o sexto time da liga na carreira − ele passou por Boston Celtics, Toronto Raptors, Indiana Pacers e Washington Wizards. Em 649 partidas válidas pela temporada regular, Leandrinho soma 15.359 minutos, com 7.716 pontos, e esta será sua 12ª temporada na NBA. Em 2013-2014, nos 20 jogos que fez pelos Suns, teve médias de 7,5 pontos, 1.9 rebotes e 1,6 assistências em 18,4 minutos por partida. Eleito “Melhor Sexto Homem” em 2006-2007, o paulista é o sétimo jogador brasileiro confirmado para a próxima temporada e se junta a Anderson Varejão (Cleveland Cavaliers), Tiago Splitter (San Antonio Spurs), Nenê Hilário (Washington Wizards), Vítor Faverani (Boston Celtics), Lucas ‘Bebê’ Nogueira e Bruno Caboclo (ambos no Toronto Raptors), estabelecendo um recorde para o país e superando o número de seis atletas da temporada 2012-2013.
livro conta história do judô Um dos esportes em que os atletas brasileiros têm mais resultados e destaque, o judô, acaba de virar tema de livro. A Editora Évora lançou, pelo selo Generale, Uruwashi − O espírito do judô, de Rioiti Uchida e Rodrigo Motta. Só neste primeiro dos três volumes que comporão a série há mais de 1,2 mil imagens de técnicas variadas, das mais elementares às mais complexas, acompanhadas de descrições, passo a passo, de como devem ser aplicadas. Os autores ainda apresentam a arte marcial milenar e trazem a história e a cultura da prática. A obra tem 336 páginas e custa 160 reais.
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VINHOS
Para celebrar a amizade Bodega e lodge em Mendoza nasceram de um jantar entre amigos que faziam juntos um curso de MBA na França Por Rosane Aubin Fotos Divulgação
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I
magine a cena: em 2009, um grupo de empresários de várias nacionalidades participa do curso para altos executivos Challenge of Leadership, na escola Insead, em Fontainebleau, perto de Paris. Uma noite, após um jantar e várias garrafas de vinho, quatro dos 17 participantes decidem, embalados pela alegria do encontro, criar um projeto que pudesse ser um hobby e que envolvesse a bebida principal da noite. Hoje, o fundo COL (iniciais de Challenge of Leadership) Wines já financiou um lodge e uma vinícola que encantam turistas e investidores no Vale do Uco, em Mendoza, nos Andes argentinos, e lançou dois tipos de vinho. “Antes, avaliamos uma herdade no Alentejo, em Portugal, mas não tinha aquilo que procurávamos. Decidimos visitar a Argentina, e nos apaixonamos pelo terreno, especialmente pela vista fantástica. Apesar de eu gostar muito de meu país, o terreno de lá não chegava aos calcanhares desse que escolhemos em Mendoza, que também era vantajoso em termos de preço. A localização é um dos aspectos mais importantes desse projeto, e a imponência da Cordilheira dos Andes faz toda a diferença”, conta Jorge Santos Carneiro, empresário português que vive no Brasil e faz parte do grupo inicial de quatro empreendedores que criou o COL Wines. Nos vídeos que apresentam o projeto, no site www.alpasion.com, dá para perceber que eles conseguiram colocar em prática a ideia de divertir-se e estreitar os laços de amizade sem esquecer o fator que pode dar mais longevidade ao empreendimento: o dinheiro. Nas gravações, a turma planta as mudas de videiras no terreno, brinda em meio à plantação, passeia pelas paisagens deslumbrantes de Mendoza a cavalo e fala com empolgação sobre o empreendimento. “O mais importante para nós é, primeiro, deixar um legado para as gerações futuras. Temos poucos lugares no mundo onde é possível fazer bons vinhos, e queremos que esse projeto mantenha-se por muitos anos. E também é muito interessante ver como podemos fazer novos amigos por meio do vinho, como algo tão efêmero pode gerar tanto sentimento”, diz Maria Gabriela Soto, gerente geral do lodge e da vinícola. Ela juntou-se ao projeto quase por acaso: trabalhava no grupo Amicor, de um dos criadores da COL Wines, o holandês Toine Knipping. “Estava na empresa há dez anos e decidi fazer algo diferente.
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Quando falei com ele, perguntou no que eu gostaria de trabalhar, e respondi que poderia ser um restaurante. E ele: ‘Você gostaria de abrir uma vinícola?’ Respondi que a única coisa que sabia de vinhos era beber, e ele disse: ‘Bom, por alguma coisa se começa’”, conta a gerente geral. Logo Gabriela estava completamente envolvida: convidou família e amigos a investirem, trabalhou firme para ajudar a colocar o projeto de pé. Atualmente, os vinhos Alpasión − uma contração da palavra alma com pasión, paixão em espanhol − são produzidos com uvas compradas de vizinhos da região, para que as propriedades da bebida não se alterem quando ela for feita com a matéria-prima própria. São vendidos no Caribe, em Curaçao, Ilhas Cayman, Bermudas e Bonaire; e na Europa, na Holanda e Inglaterra. “Há pouco tempo fechamos contrato com um importador dos Estados Unidos e com um do Brasil, a Decanter. Nossos vinhos estarão em São Paulo em fevereiro”, conta Gabriela. Os vinhos de 2012 são o Alpasión Malbec, feito com uvas Malbec cultivadas em terroirs a 1.200 metros de altitude, em Chacayes; e o Alpasión Private Selection, com 58% de Malbec e 42% de Cabernet Franc, ambas cultivadas na mesma região e altitude. “Sou suspeito para falar, mas gostei muito dos vinhos que já lançamos. Fizemos uma degustação no Fazenda da Grama, recentemente, com aproximadamente 60 convidados, e o retorno foi muito positivo. É claro que no momento poderia ser por simpatia (risos), mas muitos me telefonaram depois, para elogiar”, conta Jorge Santos Carneiro, um grande apreciador de vinhos. O empresário diz que o brasileiro Luiz Fernando Araújo decidiu juntar-se ao time de sócios, que cresce inclusive entre os colegas que fizeram o curso na França. Os investidores podem ficar hospedados no lodge, que também está aberto ao público em geral. O empresário português e a gerente geral explicam que os novos sócios são selecionados a partir de critérios pouco usuais. “Convidamos pessoas com as quais nos identificamos, que tenham nossa forma de pensar, amem o vinho e gostem desse estilo de vida”, detalha o empresário português. A propriedade já tem 30 hectares de vinhedos, e mais 30 serão plantados ainda neste ano. A principal casta é, como não poderia deixar de ser, a Malbec, um tipo de uva da região de Bordeaux, na França, que encontrou seu hábitat em Mendoza. Também são cultivadas as cepas Bonarda, Sauvignon Blanc, Chardonnay, Carmenère, Tempranillo e Cabernet Franc. Na segunda fase, entram também a Petit Verdot, Pinot Noir e Syrah. “Também faremos um teste, numa área reduzida, com a Sangiovese, e a Pinotage, da África do Sul”, diz Gabriela. A primeira é a base do mundialmente disputado Brunello de Montalcino, considerado o vinho mais importante da Itália. “Importamos as mudas para assegurar que seja uma Sangiovese de alta qualidade”, detalha a gerente. A propriedade, localizada no Vale do Uco, está a 1.200 metros de altitude, o que, com o clima desértico, garante que as uvas cresçam em períodos longos, secos e ensolarados; por sua vez, as mudanças de temperatura entre o dia e a noite aumentam o sabor frutado e intenso. “O solo árido é ideal para a uva, que não pode receber água de mais nem de menos. Conseguimos obter um ótimo controle com a técnica da goteira. Além disso, a terra árida dificulta a proliferação de bactérias, protegendo as vinhas”, explica Jorge dos Santos Carneiro. A altitude também forma uma barreira natural contra as pragas e os insetos, o que permite que a produção seja verdadeiramente orgânica. “O interessante do desenho do vinhedo é que foi feito por um dos poucos especialistas em terroir do mundo, Pedro Parra, do Instituto Nacional de Agronomia de Paris. Ele estudou o solo, para saber a composição, e baseado nisso definiu a varietal que poderia dar sua máxima expressão nessa zona. O desenho não foi algo aleatório, realmente estamos plantando o que pode dar sua máxima expressão”, conta Gabriela. O enólogo responsável é Karim Mussi Saffie, oriundo de uma família de raízes libanesas que se dedica à enologia por várias gerações. Duas de suas criações ganharam destaque em importantes avaliações. O Alpasión Malbec 2011 obteve 90 pontos no sistema de pontuação de Robert Parker, o que indica sua excelência, ótima complexidade e caráter; e medalha de prata no concurso Wines of Argentina. E o Malbec de 2012 ganhou medalha de ouro nos prêmios Decanter e prata no Wines of Argentina. O rótulo, sui generis, acentua o caráter amistoso do negócio: traz as
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Degustar e respirar: o AlpasiĂłn Malbec, a cava e as delĂcias preparadas na cozinha da pousada sĂŁo feitos para melhor apreciar a vista do lugar
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integraDo à paisagem: a decoração aproxima o hóspede da natureza; sala de estar, banheiros, quarto e as acomodações para crianças, com direito a sala de brinquedos
impressões digitais e a assinatura dos proprietários, para destacar a alma do projeto, realizado por um grupo inspirado pela amizade, a paixão e a qualidade de vida. A pousada já ganhou um certificado de excelência da Trip Advisor e medalha de prata no prêmio Best of Mendoza’s Wine Tourism. Tem apenas seis quartos. Cinco deles, duplos, contam com terraços privados e cada um é decorado a partir de diferentes temas: metal, madeira, terra, ar, água e fogo. O sexto é destinado às crianças, com quatro camas e uma sala de brinquedos conjugada. A cobertura da casa, que tem uma lareira externa, é usada como terraço para observar a impactante Cordilheira dos Andes e as estrelas, que brilham sem concorrência de outras luzes à noite. “Um jornalista que ficou hospedado no lodge conseguiu dar uma definição exata da sensação que temos lá: ele disse que estava deitado em sua cama e tinha a impressão de que se estendesse o braço poderia tocar as montanhas. É uma vista que muda muito, pela manhã as montanhas são rosadas, e à medida que vai passando o dia as cores vão mudando. Parece que as montanhas se movem, num silêncio absoluto”, diz Gabriela. As instalações também incluem piscina com borda infinita, jacuzzi, cava, restaurante, sala de estar e biblioteca. Há sempre um chef responsável por preparar refeições, mas atualmente há muitas opções gastronômicas de alta qualidade na região, como o Siete Fuegos, no The Vines Resort & Spa. Comandado por Francis Malmann, chef argentino de fama internacional que usa aperfeiçoadas técnicas de cozimento sobre chama aberta inspiradas nos gaúchos e nos imigrantes europeus, o restaurante oferece menus sazonais, em harmonia com os ingredientes locais, além de carnes, peixes e saladas. “A região tem um potencial enorme. Há um abismo entre o que era em 2009, 2010, e agora: tem adegas fantásticas, vinhos muito bons”, afirma Jorge Santos Carneiro. A jornada ideal para quem hospeda-se no vinhedo é: visitas a bodegas (vinícolas) pela manhã, com degustação de vinhos; e passeios para observar a natureza à tarde. O hotel não tem guias contratados, mas pode organizar vários tipos de atividades, de cavalgadas a trekkings e raftings. “Quando chego lá, sinto que o tempo para. Fazemos passeios, cavalgadas, jogamos golfe. A noite de Mendoza é uma coisa única, com o céu superestrelado. E temos preciosos momentos de conversa, tomando vinho, ao redor da mesa e na cobertura, em volta da lareira. E acordar de manhã com os Andes ao lado nos enche de energia”, diz Jorge Carneiro. Ruta Provincial, 94, Los Chacayes, Tunuyán, Vale de Uco, Mendoza. www.alpasion.com. www.colwines.com. Reservas em reservations@alpasion.com
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DESIGN
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Domínio nacional Na loja Dpot, o design brasileiro compõe 100% do portfólio, que já virou referência até no exterior
SéRgio RoDRigueS, ícone bRASileiRo: na outra página, poltronas Tonico e Mole; nesta, Cuiabá, Stella e Chifruda
Por Alice Rivero Fotos Divulgação
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C
riada em 1999, a tempo de participar da virada do século com uma proposta tão inovadora que pôde marcar uma era, a Dpot, marca especializada em mobiliário e decoração que trabalha exclusivamente com design brasileiro, tornou-se uma das principais referências na valorização do produto nacional. Mas para colher esses louros da vitória foi preciso muito empenho, conforme conta o proprietário Sérgio Buchpiguel. “Ingressei na empresa, que já existia, na década de 1980, e vivenciei a dificuldade de promover o design nacional. Hoje, o brasileiro está convencido de que temos um produto bacana, mas nem sempre foi assim”, afirma. A seguir, a entrevista completa. Fazenda da Grama – Por que é interessante trabalhar apenas com design nacional? Sérgio Buchpiguel – Em 1996, iniciamos um trabalho de pesquisa aprofundado e decidimos usar essencialmente o design brasileiro, que naquele momento era incipiente e estava adormecido, como consequência do período político ditatorial e do isolamento do país em relação às informações sobre arte e design no mundo, como um todo. Tivemos de relembrar a história do brasileiro e informar ao consumidor sobre esse trabalho. Passamos a fazer um esforço maior de divulgação, inclusive de referências das décadas de 1950 e 1960, períodos com ótimos trabalhos de arquitetura e design, como os projetos de Sérgio Rodrigues, a quem considero o pai do design brasileiro. Essa característica atrai estrangeiros que moram em São Paulo? Sim, cerca de 20% dos nossos clientes são estrangeiros. Mas o interessante é que atendemos clientes de fora do Brasil e já exportamos para países da América Latina, da Europa e dos Estados Unidos. O consumidor brasileiro sabe valorizar o design nacional? Hoje sim. Depois que fizemos esse trabalho de “reinformação”, conseguimos conquistar esse espaço. Desde que começamos o trabalho na Dpot, demorou três ou quatro anos para engrenarem os negócios, coisa que foi acontecendo à medida que o consumidor brasileiro conseguiu incorporar a ideia de valorizar o design nacional, aumentando em escala gradativa.
PioneiRoS: o trabalho de Buchpiguel ajudou a valorizar o design nacional; banco Abaporu, de Alfio Lisi
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novoS nomeS: o rack e o bufê Corten, de Silvio Romero; e o bufê Guiambê, de Paulo Alves
O que você acha que falta para o brasileiro valorizar mais o que vem do Brasil? O brasileiro já comprou a ideia, e quanto mais contato tem com o trabalho nacional, mais percebe como é bacana. Nós prospectamos novos designers e reeditamos artistas clássicos, como fizemos com os trabalhos do arquiteto Sérgio Rodrigues (que morreu em setembro deste ano). A Poltrona Mole, um de seus ícones, está em exposição no MoMA, em Nova York. Isso é uma grande conquista. Pessoas do mundo todo já viram o valor do nosso design. Existe uma característica que defina o design brasileiro? A arte em madeira é uma das que considero mais significativas. Como vocês selecionam os designers? A responsável pela curadoria e diretora de produtos é a Baba Vacaro. Temos acesso aos novos designers, pois eles nos têm como referência, pois sabem que podemos divulgar seus trabalhos. A marca também tem um laboratório de design, onde faz protótipos e ensaios, onde um projeto pode chegar a ser submetido a estudos durante dois ou até três anos. Além de novos designers, buscamos novos materiais, como cortiça, aço corten (também conhecido como Cosacor ou Niocor), fibras, bambu, que procuramos para desenvolver novos produtos. Mas o nosso grande foco está na madeira. Quais são os critérios para incluí-los no portfólio? Os mais rigorosos possíveis, levando em conta ergonomia, desenho, valor do produto. Mas, principalmente, a possibilidade de o produto ser reeditado ou lançado. Pode ter um menos comercial, que lançamos porque é importante para a história. A Poltrona Rampa, por exemplo, de design do carioca Sérgio Bernardes, é muito conceitual. Complicada de as pessoas aceitarem, mas nós reeditamos. Disponibilizamos ao consumidor e hoje as pessoas têm acesso a ela. Vocês tiveram alguma aposta que tenha dado certo, um investimento em designer pouco conhecido que trouxe bom retorno à marca? Sim, nós prospectamos designers, como foi o caso de Silvio Romero, de Juiz de Fora (MG). Sua última coleção, a Corten, foi toda construída em aço e madeira. E Alfio Lisi, designer do interior de São Paulo, que tem um belo trabalho na mesa Paraty. Também temos arquitetos no mercado que desenvolvem desenhos para nossa marca com a assinatura deles, como o paulista Arthur Casas, cuja fama chegou até o Japão.
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PRemiADo: o banco Dominó Concreto, de Claudia Moreira Salles, foi eleito melhor mobiliário de áreas externas pela Casa Vogue em 2013
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De 2000, quando a marca entrou no mercado, até agora, que mudanças ocorreram no design brasileiro? O mercado já assimilou o produto, reconhecendo o valor e a importância das peças nacionais. Consolidamos esse resultado. Tivemos de fazer com que os fabricantes também acreditassem no design brasileiro e, com o retorno comercial, eles também passaram a acreditar mais na ideia. Quais foram as ações que marcaram a trajetória da marca? A primeira ação que nos deu orgulho foi mostrar aos brasileiros os trabalhos nacionais e eles aceitarem. Fomos os pioneiros na divulgação desse trabalho e vários profissionais da área diziam que os designers brasileiros estavam insipientes e não acreditavam que ficaríamos de pé. Eles diziam que éramos corajosos. E estávamos sozinhos. Então, nos orgulhamos de ter ido em frente. Considero que somos os únicos que, desde 2000, se sustentam com esse posicionamento 100% brasileiro. Reeditar nomes brasileiros, como Sérgio Rodrigues e John Graz, e prospectar outros, como Silvio Romero e Alfio Lisi, também é um orgulho. Além de ter lançado o programa a Casa Brasileira e a rádio Dpot. Muita gente que dizia que não iríamos dar certo hoje está trabalhando com a mesma ideia. Ficamos felizes por isso, porque são mais pessoas valorizando o trabalho brasileiro. Como surgiu a ideia do programa de TV e da rádio? O programa Casa Brasileira foi uma iniciativa nossa. Produzimos a primeira e a segunda temporadas, com a ideia de apresentar a morada brasileira, com toda a sua bossa e mistura de estilos. O canal GNT aceitou a proposta e, depois do sucesso de audiência, inclusive, cedemos o direito de veiculação ao canal. Mas a redatora continua sendo a Baba Vacaro, nossa diretora de produtos. Já a rádio Dpot é um projeto da empresa que surgiu depois do sucesso do programa Casa Brasileira. É uma rádio de identidade informativa e assuntos ligados ao design e à arquitetura, embalados por músicas e artistas nacionais. É uma rádio para estreitar o contato com os trabalhos de designers nacionais. A programação exclusiva dedicada à cultura brasileira pode ser escutada em nosso site.
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FOTOGRAFIA
CRÈME DE LA CRÈME Paris Photo reúne artistas consagrados e visitantes ilustres no Grand Palais, em meados de novembro Por renata nantes Fotos divulgação
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O instante: Burma, de Steve McCurry, foi feita em Myanmar, em 2011 CrĂŠdito: Magnum Foto
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S Históricas: a imagem da garota afegã em campo de refugiados no Paquistão consagrada na capa da National Geographic em 1984 e retrato em Timbuktu, no Mali, ambos de Steve McCurry Crédito: Magnum Foto
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Sucesso de público e de geração de negócios, a Paris Photo chega à 17a edição, entre os dias 13 e 16 de novembro, como destino obrigatório para colecionadores, galerias de arte, instituições e entusiastas da fotografia. Neste ano, 165 galerias e 28 editoras, oriundas dos cinco continentes, dirigem-se ao Grand Palais para participar do evento que, ao longo de suas várias edições, ganhou notoriedade, transformou-se na mais importante feira internacional de fotografia e passou a oferecer uma vasta e disputada programação sobre o tema. Além de debates com grandes nomes da fotografia mundial e premiações, o público poderá conferir exposições especiais. “Coleção Privada” apresentará aos visitantes o papel pioneiro desempenhado por colecionadores particulares que, impulsionados por sua paixão, investiram
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em jovens talentos antes que esses ganhassem notoriedade no mercado. Já a mostra “Aquisições Recentes” reunirá as novas coleções de instituições internacionais. Por fim, “Open Book” homenageará o papel do livro de fotos, resgatando a evolução dos álbuns e suas relações com as narrativas fotográficas contemporâneas. “Estimamos que nesta edição teremos trabalhos de cerca de 1.500 artistas. Não se trata apenas de comercializar, ainda que inegavelmente esse seja o objetivo número 1 de qualquer feira de arte, mas desejamos colocar em contato todos os atores do mundo da fotografia − público, artistas, colecionadores, curadores − e oferecer a oportunidade de verem obras dos grandes mestres mundiais e vivenciar a produção mais recente que surge nos quatro cantos do globo”, destaca Julien Frydman, diretor da Paris Photo. Com números e reputação superlativos, a Paris Photo surpreendeu quando, em 2013, anunciou a realização de uma edição anual no Paramount Studios, em Los Angeles, nos Estados Unidos. Entre os questionamentos mais incisivos feitos pelo mundo das artes estava a pergunta: “Por que não Nova York, o principal destino de arte contemporânea?”. Duas edições depois, Frydman reafirma sua escolha. “Temos uma feira de muito sucesso em Paris, mas o mercado estava crescendo. Colecionadores e galerias querem mais do que uma ocasião para se encontrar. Nova York é uma cidade global, porém está mais intimamente orientada para a Europa, enquanto Los Angeles é mais ligada à América Latina e à Ásia. Além disso, Los Angeles é praticamente intocada quando se trata de feiras de arte. Nós fomos muito bem recebidos, o que na prática significa condições muito atrativas para se realizar um acontecimento desse porte e dessa natureza. O primeiro evento em 2013 foi muito bem-sucedido, e atendeu as expectativas de todos.” A escolha do Paramount Studios como sede também desencadeou polêmicas e críticas ferrenhas às quais Frydman rebate com aparente segurança − ele não tem dúvidas de que já deu certo. “O Paramount é um dos últimos estúdios de cinema em Hollywood e nós tivemos a sorte de fazer a nossa feira em um ambiente de trabalho único. Ocupamos os mesmos espaços que serviram como locações de filmes como O Poderoso Chefão, King Kong, bem como algumas das produções de Orson Welles. E depois há a famosa recriação de Nova York, em uma área externa, com as ruas de Manhattan. Usamos
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as vitrines de lá como espaços de exposição. Assim, a feira ganhou essa atmosfera inédita de estar em algum lugar entre a ficção e a realidade, que tem muito a ver com a fotografia, por sinal”. Brasil em alta Se o mercado europeu dá sinais de crescimento, no Brasil não é diferente. A 8a edição da SP-Arte/ Foto, realizada em agosto deste ano em São Paulo, reuniu 12 mil visitantes e reforçou a força da fotografia no território nacional. Ainda que a presença de artistas brasileiros no circuito internacional seja um fato, há muito o que fazer para o fortalecimento das instituições e a profissionalização das atividades correlacionadas. O crescente interesse de marchands e curadores estrangeiros pelo Brasil tende a aumentar a concorrência. É o que acredita Fernanda Feitosa, idealizadora e diretora da SP-Arte. “O aprofundamento da inserção do Brasil no sistema internacional da arte deverá trazer reflexos na equalização de preços − tanto para cima como para baixo, dependendo do caso) − e no aperfeiçoamento de práticas já há tempos adotadas em outros países, mas negligenciadas entre nós.” talento tipo exportação O Brasil na Paris Photo: grandes nomes da fotografia brasileira terão seus trabalhos expostos em pé de igualdade com ícones mundiais. Conheça os principais representantes e sua linha de trabalho. Acima, foto da série Kashmir, de Steve McCurry
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thomaz Farkas (Budapeste, Hungria 1924 - são paulo, Brasil, 2011) Húngaro de nascimento, Farkas chegou ao Brasil em 1930 e teve um papel fundamental para a consolidação da fotografia brasileira. Suas imagens feitas nos anos 1940 e 1950 são identificadas com a visualidade desenvolvida pelas vanguardas europeias e americanas nas primeiras décadas do século XX: ângulos inusitados, closes, elementos seriados e composições geométricas. Os artistas modernos mostraram que a fotografia não é apenas um espelho da realidade, mas também uma técnica que proporciona outra maneira de ver o mundo. Os enquadramentos, os jogos de luz e os pontos de vista de cima e de baixo afastam-se da percepção convencional e, por vezes, aproximam a fotografia da pintura abstrata.
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raciOnal: acima e abaixo, em preto e branco, obra do francĂŞs Reymond Depardon, um dos principais nomes franceses; acima, retrato colorido da jovem Sarah Amy Fishlock
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cOtidianOs: Vaqueiro Marajoara, Banho Marajoara e Canoa em Porto de Minas, todas de Luiz Braga
luiz Braga (Belém, Brasil, 1956) O paraense Luiz Braga se notabilizou no começo da década de 1990 com suas imagens coloridas e sagrou-se um dos mestres da fotografia documental brasileira. Braga criou uma cromaticidade que ainda impacta e retratou o povo da região amazônica, no interior e nas cidades, em poses de rara sensibilidade. Com obras nos maiores acervos do mundo, além de vários prêmios no currículo, Luiz Braga foi um dos artistas selecionados para representar o Brasil na 53a Bienal de Veneza, em 2009.
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recOrtes: Parque D. Pedro, de 1949, e Olhar Imaginário, de 1950, de German Lorca Divulgação Instituto Casa da Photographia de Salvador
German lorca (são paulo, Brasil, 1922) Aos 94 anos, German Lorca é nome-chave da fotografia brasileira e sua obra teve participação decisiva na renovação da produção moderna no país. Seu trabalho revela, sobretudo, um olhar arguto sobre a paisagem da cidade de São Paulo, entre as décadas de 1940 e 1950, ao registrar locais como a Praça da Sé e o Parque Dom Pedro. A sensibilidade do fotógrafo volta-se principalmente às cenas da vida cotidiana, captando com muita liberdade imagens que se revelam poéticas ou que causam certo estranhamento.
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JOgO de luz: Noiva, de 1978, e Pantanal Mato Grosso do Sul, de 1988, de João Musa Crédito Luciana Brito Galeria
João luiz musa (são paulo, Brasil, 1951) Seu interesse se concentra, sobretudo, no conhecimento e domínio das técnicas de impressão da luz sobre os materiais fotossensíveis. Não é à toa que o artista costuma expor suas fotos acompanhadas de etiquetas informando as características técnicas de captação da imagem: a câmera utilizada, a lente, a abertura do diafragma, o filme, a marca do papel de ampliação, detalhes sobre a exposição e o processo químico de revelação. Isso denota a importância conferida ao processo de elaboração da imagem e ao controle que ele procura ter sobre os resultados. O tema central de sua obra é a própria fotografia.
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cOnceitual: na instalação Tubarões de Seda, de 2006, Miguel Rio Branco imprime imagens sobre tecido, contrapondo a imagem ameaçadora com a leveza do material Divulgação Pinacoteca do Estado de São Paulo
miguel rio Branco (las palmas de Gran Canaria, espanha, 1946) Miguel da Silva Paranhos de Rio Branco é filho de diplomata e, por isso, viveu a infância e a adolescência entre Espanha, Portugal, Brasil, Suíça e Estados Unidos. Atualmente, vive e trabalha no Rio de Janeiro. Conhecido por seu trabalho com a cor, explora os contrastes cromáticos, a diluição dos contornos, os jogos de espelhamentos e as diversas texturas, criando atmosferas por meio do uso da cor e da luz. A passagem do tempo, a violência, a sensualidade e a morte são temas constantes.
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AventurA de diA, lAreirA e vinho à noite
Depois de passear por vulcões, salares e gêiseres, conforto e boa comida esperam os hóspedes no Tierra Atacama Por Rosane Aubin Fotos Divulgação
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EM HARMONIA: a construção preservou os muros de adobe de um antigo curral e tem vista para o conhecido vulcão Licancabur
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V
ocê retorna no final do dia com a mente leve e a roupa suja de areia, muita areia. Primeiro visualiza os muros de adobe do antigo curral que deu lugar ao hotel, mas logo que ultrapassa a porta de entrada tem a sensação de que entrou em um oásis: o fogo crepita nas lareiras, a luz do sol ainda tinge de um vermelho alaranjado as montanhas que se avistam através das janelas, e as garrafas de vinho dispostas sobre a mesa convidam a um brinde. No spa, vários tipos de massagens e tratamentos estão à disposição, além de uma banheira jacuzzi e duas piscinas, uma interna, com hidromassagem, e outra externa. Caso queira, você também pode escolher sentar em lounges externos com lareiras e sentir o contraste do calor do fogo com o frio da noite que se aproxima, além de observar o céu cravejado de estrelas. Localizado no povoado de San Pedro de Atacama, ao norte do Chile, o Tierra Atacama oferece mais que hospedagem: propõe uma experiência. A construção, que aproveitou os muros de adobe de um antigo curral para misturar-se à paisagem local, adotou várias medidas para tornar-se ecologicamente correta. A água dos chuveiros, por exemplo, é usada para regar as plantas do jardim, os legumes e vegetais da horta e as videiras que circundam a construção. Em vez de retirar a água do rio local, como é o costume da região, o Tierra usa um poço artesiano. Os 32 quartos têm vista para o grande astro da região, o vulcão Licancabur, um gigante que costuma revelar-se por inteiro quando as nuvens desvelam seu topo. Os que ficam do mesmo lado do restaurante, do spa e da piscina têm a melhor vista: além de poder apreciar o vulcão a partir da cama, o hóspede pode se sentar na varanda, que tem uma parte cercada por um muro de adobe, para apreciar com calma a vista. Um detalhe que faz toda a diferença nas noites frias do Atacama: o piso, de pedra, é aquecido, o que reforça a sensação acolhedora do espaço.
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A decoração também segue a linha eco friendly: os quartos e áreas comuns são enfeitados com peças de artesanato local e tecidos feitos a mão, preservando a história e a tradição dos antigos habitantes locais. Cada detalhe surpreende e encanta: nos banheiros, uma escadinha feita de paus serve de apoio para roupas e toalhas; no lounge, um enorme lustre é coberto por grandes penas de aves; e no jardim, as plantas nativas misturam-se a outras espécies incorporadas pela paisagista Teresa Moller, como a lavanda, que perfuma o caminho entre as áreas comuns e os quartos. A produção da horta que o hóspede vê logo ao chegar, irrigada por pingos de água que deslizam precisamente sobre cada planta, é usada na cozinha do chef Francisco Valencia. No almoço e no jantar, são oferecidos três tipos de entrada, prato principal e sobremesa, sempre com opção vegetariana. Mas o melhor mesmo são os peixes, muitos do Oceano Pacífico, e as carnes, acompanhados por delícias como o risoto de maçãs servido perfeitamente ao ponto. Na sobremesa, o destaque fica por conta dos sorbets e das frutas em calda. A cada noite, os vinhos são harmonizados com o cardápio, e dispostos em uma mesa decorada com grãos e sementes por um dos funcionários. O café da manhã é servido em bufê. Para o próximo verão, o chef criou um menu com pratos refres-
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DEspOjADO E cONfORtávEl: a decoração com matériaprima local e a piscina com hidromassagem fazem um contraponto entre o rústico e o tecnológico
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cantes. Entre eles estão a sopa fria de alcachofras acompanhada de azeite de coentro, o creme de pêras ao chardonnay com crostini de queijo camembert e a salada de centolla acompanhada de vinagrete de quinoa negra e folhas verdes. Ah, e os lanches servidos nos passeios também são ótimos, sempre acompanhados por vinhos e uma mistura de sementes e frutas secas deliciosa. O Tierra Atacama, que faz parte de um grupo com hotéis com o mesmo conceito na Patagônia, em frente ao Torres del Paine, e na Ilha Chiloé, foi eleito o melhor hotel do Chile pela World Travel Awards. A lareira do lounge que fica ao lado do bar entrou na lista de mais românticas da Travel and Leisure: é namorar para crer. pAssEIOs
Logo ao chegar, os hóspedes sentam-se em uma mesa em frente ao enorme mapa com as atrações da região para conhecer todas as sugestões de passeios do Tierra. O hotel trabalha com o sistema all inclusive, que inclui as saídas, refeições e bebidas. Um dos guias − eles, aliás, são ótimos, e conhecem bem a geografia, a geologia e a história da região − explica o que esperar de cada passeio. Alguns são feitos de van, outros de bicicleta ou a cavalo, e aqueles que gostam de desafios podem inclusive escalar vulcões. Em destaque algumas das opções para quem, como eu, hospeda-se apenas por três dias. vAlE DA luA E vAlE DA MORtE
No primeiro dia, conhecemos os dois vales. O primeiro, localizado na Cordilheira do Sal, tem estranhas e belas formações rochosas esculpidas pela erosão que formam uma paisagem surrealista. No segundo, são feitos passeios de bicicleta ou de quadriciclo, e o Tierra acaba de inaugurar uma nova opção para as noites de lua cheia: uma caminhada que termina com um show com instrumentos ancestrais da região em um ponto muito especial do vale, em que as rochas formam uma espécie de anfiteatro. sAlAR DE AtAcAMA – lAgOA cHAxA
Depois de passar pelo povoado de Toconao, com suas casas de adobe e igreja, chegamos à reserva nacional Los Flamingos, no Salar do Atacama. O solo árido, coberto por cristais de sal, é o hábitat dos coloridos e elegantes flamingos, que passeiam em bandos nas águas rasas da lagoa. O Tierra realiza o passeio à tarde para que os turistas possam apreciar o pôr do sol enquanto desfrutam de um piquenique regado a vinho.
ARIDEz E bElEzA: no Salar de Atacama, cristais de sal com montanhas de picos nevados ao fundo
gêIsEREs DEl tAtIO
A uma altitude de 4.300 metros, o campo geotérmico é um desses lugares em que você se pergunta
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como é possível existirem tantas diferentes paisagens sobre a Terra. Com as montanhas geladas ao fundo e neve por todos os lados, brotam da terra colunas de água fervente que se erguem a até 12 metros de altura. Impressionante. Faz muito frio − durante a madrugada, chega a 8 graus negativos − e a sensação de cansaço é grande, por causa do ar rarefeito. Mas vale cada esforço. É preciso acordar muito cedo para o passeio, por volta de 5 horas, porque a intenção é apreciar lá de cima o nascimento do sol. O Tierra serve o café da manhã no local. Na volta, conseguimos flagrar algumas lhamas e vicunhas, e também o pequeno e charmoso povoado de Machuca, com sua igrejinha e casas de pedra e palha. lAgOAs MIscANtI E MEñIquEs
Parece cartão-postal: as lagoas, a aproximadamente 4.300 metros do nível do mar, são um descanso para a vista. A vegetação amarelada, as águas azuis e as montanhas com os topos brancos de neve formam uma imagem que parece ter sido criada pelas pinceladas de um impressionista. O Tierra serve o almoço em um dos mirantes da Meñiques: comer ali, com vista para a paisagem deslumbrante, é nada menos que divino. vIAgEM
A companhia Sky Airline, criada em 2001, tem voos para Santiago com conexão rápida para Calama, no Deserto do Atacama, o aeroporto mais próximo de San Pedro de Atacama, a mais ou menos uma hora e meia de carro do povoado. O Tierra faz o transporte dos hóspedes entre o aeroporto e o hotel em vans. A jornalista viajou a convite do Tierra Atacama e da Sky Airline www.tierraatacama.com - www.skyairline.cl
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DO OutRO MuNDO: flamingos, vulcões, salares e as lagoas altiplânicas estão entre as atrações do deserto; acima, feira de produtos artesanais de San Pedro de Atacama
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POR DENTRO DO CAMPO
POR SYLVIO TELLES
COLORIDO DE INVERNO
É
justamente na época mais fria e seca que nos deparamos com uma grata surpresa a cada ano. A arborização do Fazenda da Grama é composta por vasta diversidade de espécies. O fundador de nosso empreendimento, o saudoso doutor Aluizio Rebello de Araújo, fez questão de tratar desse assunto pessoalmente, e um viveiro foi especialmente criado na ocasião da implantação do empreendimento. O viveiro produziu mudas nativas e exóticas, que compuseram nossas áreas de preservação, calçadas, praças e toda a área de paisagismo e Campo de Golfe. O viveiro em questão foi recentemente reativado por nosso fundador para dar suporte aos novos projetos e atendimento ao público. Dentre as espécies utilizadas na arborização do Fazenda da Grama, doutor Aluízio fez questão de valorizar os ipês, por sua exuberância e importância ecológica, sendo, portanto, a sua espécie preferida. O ipê-amarelo, por exemplo, é considerado árvore símbolo do Brasil. Podemos afirmar que a identidade do Fazenda da Grama é marcada pela presença dessa espécie em abundância, em suas variadas colorações, ao longo de muitas de nossas ruas. A época de floração dos ipês, que ocorre de junho a setembro, proporciona um espetáculo à parte e é sem dúvida a mais esperada entre os apreciadores. Apesar de muito curtas, as floradas dessas espécies se destacam por sua exuberância e tendem a variar um pouco na ordem de suas floradas, alguns florescendo até duas vezes seguidas. Em junho e julho inicia-se a florada dos ipês-roxos. Em seguida, é a vez dos ipês-rosa, em agosto, e, finalmente, chega a vez dos brancos e amarelos em setembro, porém neste último ano, devido a estiagem prolongada, observou-se variação nesta ordem. Siga no Instagram o Fazenda da Grama − fazendadagrama − onde são postadas imagens do cotidiano e paisagismo do Fazenda da Grama.
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SOCIAL
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Solidariedade Sem fronteiraS A organização internacional Médicos Sem Fronteiras está presente em mais de 70 países e conta, atualmente, com cerca de 34 mil profissionais Por Renata Turbiani Fotos Divulgação
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SocoRRo oRganizaDo: os Médicos Sem Fronteiras entram em ação em casos extremos, após a avaliação de uma equipe enviada aos locais de risco
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o final da década de 1960, enquanto socorriam as vítimas da guerra civil em Biafra, na Nigéria, um grupo de jovens médicos e jornalistas percebeu as limitações da ajuda humanitária internacional, entre elas a dificuldade de acesso ao local e os entraves burocráticos e políticos. Os profissionais decidiram, então, lutar contra tudo isso e fundaram, em 1971, na França, a Médicos Sem Fronteiras (MSF), organização humanitária internacional que associa ajuda médica e sensibilização do público sobre o sofrimento dos pacientes, dando visibilidade a realidades que, segundo eles, não podem permanecer negligenciadas. A atuação da MSF é, acima de tudo, médica, e seus membros levam assistência e cuidados preventivos a pessoas afetadas por conflitos armados, desastres naturais, epidemias, desnutrição e exclusão do acesso à saúde, independentemente do país onde se encontram. Atualmente, equipes trabalham no combate ao Ebola na África Ocidental, e em Gaza, Palestina, no atendimento a civis atingidos pelo exército israelense, entre outros locais. Nas situações em que a atuação médica não é suficiente para garantir a sobrevivência de determinada população, a entidade ainda pode fornecer água, alimentos, saneamento e abrigos. Só para se ter uma ideia do trabalho que realiza, em 2013, foram mais de 9 milhões de consultas ambulatoriais, quase 500 mil pessoas hospitalizadas, 341.600 pessoas com HIV/Aids sob cuidados médicos, e 1.871.200 casos de malária tratados. Como explica Susana de Deus, diretora-geral da MSF-Brasil, quando se deparam com uma condição de crise humanitária, o primeiro passo da ONG para iniciar um projeto é enviar uma equipe pequena, em geral formada por duas ou três pessoas, para fazer um levantamento das condições de saúde da população em questão e da ajuda oferecida por outras instituições, organizações ou governos.
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“Com base nesses dados, avaliamos se o nosso trabalho é realmente necessário. Em caso positivo, as informações coletadas são utilizadas para traçar um plano de atuação, que inclui as atividades que serão realizadas, a equipe, os suprimentos médicos, entre outros dados. Em casos de emergências repentinas, como, por exemplo, um terremoto, em que as necessidades são urgentes e extremas, a própria equipe de avaliação já pode começar a oferecer os cuidados iniciais aos mais afetados”, diz Susana. A diretora-geral diz ainda que a decisão sobre os locais onde os profissionais irão atuar é sempre baseada nas necessidades de saúde da população, e, não, em opiniões políticas, ideológicas ou religiosas. Atualmente, a Médicos Sem Fronteiras está presente em cerca de 70 países e conta com mais de 34 mil profissionais de diferentes áreas − entre eles médicos, enfermeiros, psicólogos, farmacêuticos, administradores, economistas e equipes de logística − e nacionalidades. Só de brasileiros, são 100.
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No site da MSF, os depoimentos dos profissionais dão uma ideia do trabalho feito por eles. “Nem parece que já faz um mês que eu deixei o Brasil rumo ao coração da África. O tempo aqui passa voando. É fácil perder a noção do tempo em meio às dezenas de afazeres, que frequentemente começam às 6h30 e terminam após as 21 horas”, escreveu Renato Santos, administrador, no dia 23 de julho deste ano. A médica Rachel Esteves Soeiro postou um recado no dia 16 de junho de Télimelé, na Guiné: “Hoje demos mais uma alta no nosso centro de tratamento de Ebola e foi bem especial. A paciente chama-se Lamarana”. Brasil A MSF chegou ao Brasil em 1991, para combater uma epidemia de cólera na Amazônia. Após o controle do surto, a organização permaneceu na região até 2002, promovendo um trabalho de medicina preventiva com tribos indígenas. A primeira intervenção urbana da entidade no país aconteceu em 1993, no Rio de Janeiro, com um projeto de assistência a crianças moradoras de rua. Até hoje, foram realizadas 15 ações em cidades brasileiras. Em 2006, a MSF estabeleceu um escritório na capital fluminense, com o objetivo de recrutar especialistas, captar recursos financeiros e promover ações de comunicação. A organização também criou a Unidade Médica do Brasil (Bramu) para capacitar e treinar profissionais para melhorar a qualidade de atuação nos projetos da organização pelo mundo.
alegRia De ajuDaR:: os médicos, enfermeiros e organizadores do MSF compartilham no site sua vivência em situações extremas pelo mundo
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Doações O trabalho da Médicos Sem Fronteiras depende quase exclusivamente de doações privadas. “Essa é uma condição fundamental para que possamos garantir a independência de nossa atuação e levar cuidados de saúde às pessoas que mais precisam sem discriminação de raça, religião, nacionalidade ou convicções políticas. Esses princípios − independência, neutralidade e imparcialidade − são fundamentais para o trabalho da nossa organização”, garante Susana de Deus. Quem estiver interessado em ajudar, pode fazer doações únicas (a partir de R$ 34) e mensais (a partir de R$ 30). O processo pode ser feito no próprio site, de forma prática e rápida, com débito na conta corrente ou no cartão de crédito. Além disso, é possível colaborar tornando-se Embaixador, colocando a MSF em seu testamento e transformando festas e eventos em oportunidade para arrecadar doações. A entidade também aceita auxílio de empresas que tenham afinidade com seus princípios e que sejam socialmente responsáveis. Mais informações: www.msf.org.br e 0800-0211197
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BENEFICENTE
Realizado em 19 de setembro, o Torneio Padre Jardim teve como vencedores Tom Zé, Fernando Pascoal, Oscar Barbosa e Leonardo Marengo. Gilberto Pereira, Vitor Tannus, João Paulo Silveira e Diogo Pereira integraram a equipe vice-campeã, e Betto Rappa ganhou o Near Pin. Com renda destinada ao Centro Social Nossa Senhora da Vitória, em Porto, Portugal, o torneio contou com a participação de amigos e empresas parceiras, como a BO Brasil, Antonio Scarpa Arquitetura, Restaurante Quinta do Marquês, Restaurante Chiado, Cristina Lomonaco Marcenaria, Grupo Bem, New Cart, Golf Net, Boulevard da Grama, Breda Audra Arquitetura, Piscopo Advocacia, Sinaliza, Embrase e Bacalhau Dias. O Fazenda da Grama abraçou o evento, idealizado por Rui Dias e Alfredo Breda. Um vídeo mostrando o trabalho realizado pelas instituição foi exibido, e o padre Agostinho Cesário Jardim Moreira fez um agradecimento ao vivo, direto de Portugal, pela internet.
PA D R E JARDIM
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5 1. Roberto Rappa 2. Oscar Barbosa Jr, Tom Zé Dias, Leonardo Marengo e Fernando Pascoal. 3. Renato Santanna 4. Grupo: Carlos Fernando C. Lima, Laercio Suguimoto, Luzia Taninaga e Luciano Hamamoto 5. Vitor Tannus, Gilberto Pereira, João Paulo Silveira e Diogo Pereira. 6. Massafumi Wakabayashi, Alfredo Breda, Luis Henrique e Wagner Martins. 7. Luis Henrique
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8. Elaine Frota, Daisi Pedroso, Elke Jarosch e Ivete Waisblut 9. Reinaldo Piscopo, Rony Blinder, Fernando Lomonaco, e Paulo Ronaldo. 10. Luigi Valentino e Ralph Rocha 11. Paulo Cabernite, Rui Dias, Álvaro Almeida e Andre Egoroff. 12. Andre Helmeister, José Batista, Luigi Valentino e Ralph Rocha. 13. Roberto Zancaner 14. João Alfredo Branco, Yoshito Saito, Rosi Soares e Joaquim Fonseca Frota. 15. Flávio Lattes
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16. Marcos Spanazzi, Paulo Hendges, Delpho Pelosini e Wagner Felix.17. Hermes Morete Fo, Hermes Morete e Paulo Morete. 18. Augusto Videira, Willian Uzum e Aluizio Miyura 19. Wagner Martins, Massafumi Wakabayashi, Alfredo Breda e Luis Henrique. 20. Renato santanna, Adriano Marchetto, Hebert Levy Neto e João Baptista Conceição. 21. Alexandre Varsarhelyi, Fabio Marchioni e Flávio Lattes 22. Angela Rappa, Celina Martire, Dalila Costa, Marina Leo e Mônica Federmann 23. Oscar Barbosa Jr, Tom Zé Dias, Alfredo Breda, Leonardo Marengo, Wagner Martins e Fernando Pascoal.
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25. Alfredo Breda, Leonardo Marengo e Pedro Martins 26. Alfredo Breda, Roberto Rappa e Pedro Martins 27. Alfredo Breda e Diogo Pereira 28. Alfredo Breda e Massafumi Wakabayashi 29. Alfredo Breda, Maria Rocha e Pedro Martins 30. Alfredo Breda, Sergio Fernandes e Bruno Pelosini 31. Pedro Martins, Alfredo Breda, Rui Dias, Kevin Bulman e Sylvio Telles 32. Alfredo Breda, Gilberto Pereira, Diogo Pereira, Luis Henrique, João Paulo Silveira e Vitor Tannus 33. Rui Dias, Álvaro Almeida, Luis Henrique e Chef Arthur 34. Leonardo Marengo, Fernando Pascoal, Diogo Pereira, João Paulo Silveira, Gilberto Pereira, Mauricio Rappa, Roberto Rappa, Tom Zé Dias, Rony Blinder e Oscar Barbosa Jr.º
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QUEIJO E VINHO
ECOS DE MENDOZA
No dia 8 de agosto, o Clubhouse do Fazenda da Grama recebeu convidados para uma degustação especial dos vinhos Alpasión, produzidos em Mendoza, na Argentina. Alguns representantes do grupo de empresários internacionais que criou a bodega e lodge, localizados na encantadora região do Vale de Uco, estiveram presentes e apresentaram o projeto.
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1. Toine Knipping, Jorge Santos Carneiro, Gaby Soto, Massafumi Wakabayashi e Luis Fernando. 2. Jorge Santos Carneiro, Claudia Araujo e Luis Fernando,ยบ 3. Luis Eduardo, Vittorio Ceragioli, Ricardo Sassi e Joaquim Ferraz.
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4. Freddy Giorgi e Luis Fernando. 5. Jorge e Hiroe Wakabayashi 6. Jorge Santos Carneiro, Claudia Rappa e Mauricio Rappa. 7. Lucia Ferrari, Ă‚ngelo Ferrari e JosĂŠ Batista. 8. Massafumi Wakabayashi e Sergio Del Porto
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10 9. Celina Martiere, Carolina Katsurayama, PatrĂcia Ossamu e Carolina Katsurayama. 10. Claudia Michelucci, Giampaolo Michelucci e Clara Michelucci. 11. Toine Knipping, Jorge Santos Carneiro, Gaby Soto e Massafumi Wakabayashi.
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15. Ricardo Leonardos, Vittorio Ceragioli, Ricardo Sassi, Luis Eduardo e Joaquin Ferraz. 16. Toine Knipping e Jorge Santos Carneiro 17. Paulo Ronaldo, Rony Blinder e Giampaolo Michelucci. 18. José de Sá, Francisco de Sá e Victoria de Sá.
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TA Ç A M E N S A L 20 SETEMBRO
FORMATO INÉDITO
A Taça Primavera, disputada no dia 20 de setembro, teve novidade: o formato escolhido foi Match Play Contra o Campo, com 100% do handicap. Nessa modalidade, o jogador disputa buraco a buraco contra o campo, considerando o par net de cada um. Exemplo: no buraco 1, par 5, o golfista com um stroke poderá fazer seis tacadas para empatar; cinco, ou menos, para ganhar; e sete, ou mais, para perder. Na categoria A, de 0 a 17, venceram Claudia Rappa, em primeiro, com 4 e 3; e Jorge Santos Carneiro em segundo, também com 4 e 3. Na B, de 18 a 36, Diogo Pereira ganhou, com 6 e 5, e Yara Pavan foi vice, com 4 e 2. O Near Pin ficou com Tasso Pereira.
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1. Jorge Santos Carneiro, Rubens Martire, Massafumi Wakabayashi eMassami Uyeda Jr. 2. Massami Uyeda Jr. Rubens Martire,Jorge Santos Carneiro, e Massafumi Wakabayashi.
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Cenário perfeito A associada Carolina Yumi Katsurayama registra a finalização de uma tacada sob os luzes do pôr do sol que se refletem nas águas do Fazenda da Grama.
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De tempos em tempos surgem oportuniDaDes que são um verDaDeiro espetáculo. reserve seu lugar na primeira fila.
Privilégio é ver a vida desse jeito.
Imagem ilustrativa
Em breve, mais uma exclusividade dentro do Fazenda da Grama: um condomínio de 57 mil metros quadrados com um número reduzido de luxuosas residências de 350 m2 com vista para o campo de golfe. Assinadas por Antônio Scarpa e Dado Castello Branco, os projetos integram interior e exterior, privilegiando a iluminação natural e a privacidade de cada residência com amplo jardim, deck e piscina. Feito somente para 26 famílias que realmente entendem a verdadeira oportunidade de investir em qualidade de vida.
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