ed. 34 • MAIO de 2013
REVISTA FAZENDA DA GRAMA • EDIÇÃO 34 • MAIO 2013
SOl A FAVOR, VENTO lEVE
O TOrneiO AberTO dO FAzendA dA GrAmA desAFiOu Os GOlFisTAs em diA de céu Azul
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COLEÇÃO
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Unidos pelas crianรงas 7 de junho, 2013
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FOTO: MURILO MATTOS - GREEN PIXEL / CRIAÇÃO: INSPIRE DESIGN LAB
CO-PATROCINADORES:
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EDITORIAL
Preservação da natureza. Sábio conceito que, apesar de sua magnitude, é desprezado por muitos daqueles que dela tudo extraem. É cruel essa afirmativa, mas, infelizmente, uma triste verdade. Ao retornar de uma viagem ao Pantanal mato-grossense, um dos mais belos santuários vivos da natureza de nossa terra, senti a necessidade de compartilhar com vocês um pouco de minhas observações. Foi lá que me deparei com o voo em grupo de araras-azuis. Elas surgiram no horizonte, alegres e vibrantes, logo ao amanhecer. Lutadora e sobrevivente, essa rara espécie marcava sua presença soberana naquele vasto mundo de maravilhas. A arara-azul é um pássaro peculiar. Ela vive com a família por um ano e, depois, junta-se a um bando em busca de um par, com o qual viverá por toda a vida. As araras-azuis são mansas por natureza. Por sua beleza e brandura, foram perseguidas e caçadas, minguando a ponto de se temer pela sua extinção. Antes que desaparecessem, surgiu a palavra mágica “preservação” em que dedicados biólogos, muitos deles patrocinados por grupos empresariais, vieram ao seu socorro, fazendo o máximo possível e concentrando esforços na missão de salvá-las. O número de araras-azuis está aumentando, surgindo uma nova e feliz esperança. Fica aqui, na mensagem de preservação das araras-azuis, um motivo de reflexão para salvar outras espécies também carentes de proteção. Temos todos uma parcela na culpa de não darmos à natureza melhor atenção. Cabe um alerta máximo para que cuidemos dela com o zelo e o carinho que merece. Preservar é preciso. Por aqui ficamos. Até a próxima vez. Aluizio Rebello de Araújo
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A BioDivERSiDADE HUMANA A vida, mesmo quando escrita assim, sem esse, é plural. É uma soma de singularidades, claro, mas quanto mais exercemos nossa capacidade de abrir janelas para observar as diferenças e respeitar o outro, mais rica ela fica. Nesta edição, tivemos mais uma vez a sorte de reunir muitas histórias de figuras inigualáveis que estão aí para fazer brilhar o nosso cotidiano. Entrevistei Beatriz Pimenta Camargo, a primeira mulher a presidir o Masp, um jovem senhora de 81 anos cheia de vivacidade e interesse pela arte e pela contemporaneidade. Outro dia, segui até a sede da CCR AutoBAn para conhecer algumas das pessoas que zelam pela segurança do Sistema Anhanguera-Bandeirantes, e numa entrevista com Maurício Vasconcellos, presidente da empresa, descobri e compartilho com vocês as novidades. Renata Turbiani encarou com a sua já conhecida inteligência a tarefa de conversar com o arquiteto David Bastos, um baiano que conquistou o país com sua arquitetura cheia de vida e alegria. Alexandre Staut compôs um divertido perfil do chef Tsuyoshi Murakami, que costuma cantar enquanto prepara os sofisticados pratos da kappo cuisine. O associado Luiz Ricardo Breda teve a generosidade de compartilhar com todos nós as fotos impressionantes que fez na Índia, onde registrou o maior festival religioso do mundo, o Kumbh Mela. Até o colunista Sylvio Telles, um respeitado especialista em campos de golfe, decidiu variar um pouco o tema, e explica como instalar e manter um bom gramado para divertidas partidas de futebol. E em Bate-Bola, o jovem jornalista Lucas Aguirre Bueno de Azevedo reuniu dicas de eventos esportivos para todos os gostos, seguindo a tendência ultra democrática desta edição. esperamos que todos tenham uma boa leitura!
QUEM FAZ
Luiz Ricardo Breda
Denilson Milan
Rosane Aubin
Nina Franco
Carol Gherardi
Renata Turbiani
Eduardo Galdieri
Desiree Hamuche
Lucas Aguirre
Alexandre Staut
Wel Calandria
Kevin Bulman
Sylvio Telles
Foto de capa: Wel Calandria Contatos Fazenda da Grama Pabx. 11 4591-8000 Clubhouse starter 11 4591-8001 Clubhouse Bar 11 4591-8003 Clube 11 4591-8004 administração Juan Higuera romero (gerente geral) 11 4591-8010 eng. antonio (construções) 11 4591-8018 administração regina (assistente) 11 4591-8012 administração sandra (assistente)11 4591-8011 administração sabrina (assistente) 11 4591-8015 administração eng. sylvio (greenkeeper) 11 4591-8017 ConseLHo edItorIaL Luís Eduardo Americano Araújo, Fernando Viana Lomonaco e Denilson Milan
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diretor executivo – Denilson Milan Publisher – Rosane Aubin direção de arte – Nina Franco (inspiredesignlab.com.br) Colaboraram nesta edição – Alexandre Staut, Desiree Hamuche, Kevin Bulman, Lucas Aguirre Bueno de Azevedo, Luiz Ricardo Breda, Renata de Farias, Renata Turbiani, Sylvio Telles (textos), Eduardo Galdieri (arte), Carol Gherardi, Gilberto Luiz Pereira da Silva Neto (Piti) e Wel Calandria (fotos), Silvana Marli (revisão) Para anunCIar – Tel. (11) 3521-7329 Denilson Milan – denilson@fortunacom.com.br www.facebook.com/fortunacom A revista não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados. As pessoas não listadas no expediente não estão autorizadas a falar em nome da revista ou a retirar qualquer tipo de material sem prévia autorização emitida por carta timbrada da redação.
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sumรกrio
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Boas Novas Hospedagem com estilo em Nova York
18 arquitetura David Bastos: casas para aproveitar o melhor da vida 26
oBjetos do desejo Novos e clássicos
28 Paisagismo Marcelo Hanazaki e o cuidado com os detalhes 34
goLF tiPs Dicas para o bom swing
36 Bate-BoLa Tênis, golfe e futebol 38
torNeio Aberto desafia golfistas em dia ensolarado
44 turismo Fé e cores em festival religioso na Índia 52
gastroNomia Murakami canta, corre e cria maravilhas da kappo cuisine
58 CuLtura Beatriz Pimenta Camargo é a primeira mulher a presidir 62
eNtrevista autoBaN Novidades do Sistema Anhanguera-Bandeirantes
66 Por deNtro do CamPo Como cuidar do gramado para futebol 68
soCiaL Raí, Leonardo e a Gol de Letra
76 eveNtos Jantares e festas agitam a sede 90
jaNeLa Associado registra as curvas do campo de golfe
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boas Novas
No ritmo da primavera Nesta época do ano Nova York vibra com o calor e a beleza das flores; conheça duas opções de hospedagem Por Desiree Hamuche Fotos Divulgação O que antes era cinza agora está alegre, festivo. Com o fim do inverno, a chegada triunfal da primavera e o início do verão, Nova York começa a mudar seu rótulo de cidade fria para a cidade das cores e dos festivais a céu aberto. De maio a julho, aqueles que são aversos ao famoso friozinho nova-iorquino aproveitam para visitar a cidade, conhecer os parques, os bares mais badalados, festivais, shows e muito mais. Para tanto, é necessário se programar com muita antecedência, pois nesta época a cidade fica repleta de turistas de fora e também de outras cidades dos Estados Unidos. A seguir, duas sugestões para hospedar-se com charme e conforto na cidade.
The James
The James New York, localizado no Soho, é diferente de todos da região. É um hotel boutique moderno e ao mesmo tempo sofisticado. Sua entrada não é muito suntuosa, porém você já sente o aconchego e a exclusividade ali mesmo no hall do hotel. A ideia é transportar o hóspede para outra dimensão. Ao entrar no quarto, a sensação é de estar num resort estilo Miami. Moderna e fora do padrão, a decoração é minimalista e todos os quartos possuem vista 180 graus para os arranha-céus que compõem o downtown. A cada andar, obras de arte, sempre retratando paisagens, chamam a atenção. Assinada por artistas americanos pouco conhecidos, a coleção tem como objetivo divulgar novos autores. The James criou um estilo diferente de hospedagem, em que os hóspedes se sentem mais aconchegados em um ambiente ultramoderno, com a sensação de estar em um resort luxuoso. O café da manhã no apartamento passa a sensação de que Nova York realmente está a nossos pés. www.jameshotels.com/new-york
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The Surrey
Localizado em Upper East Side, The Surrey Hotel é a escolha certa para aqueles que buscam elegância dentro da área mais nobre de Nova York. Em todo o hotel encontram-se peças de arte famosas, como a belíssima foto de Kate Moss feita por Chuck Close. As suítes assinadas pelo arquiteto Lauren Rottet proporcionam aos hóspedes a sensação de estar em um quarto de uma casa ou apartamento de primeira linha em Manhattan. Localizado a apenas alguns passos do Central Park, o hotel oferece serviço de guia para os museus próximos, como Mile e The Frick Collection, e também tem serviços personalizados para quem deseja visitar as melhores galerias de Nova York. Até as amenities são personalizadas. Um dos grandes diferenciais é o cuidado com os bichinhos de estimação dos hóspedes. O hotel oferece um menu exclusivo e serviços que podem ser pedidos no concierge para agradar aos pets. Dentro dos apartamentos, são oferecidos menu e biscoitos do Bocce’s Bakery, uma cama monogramada (disponível em dois tamanhos), água e comida. Tem até passeio especial para os cães, chamado “Throw me a Bone”. Funcionários especializados passeiam com o seu bichinho enquanto você se diverte pela cidade. Outra grande vantagem do Surrey é o Cornelia Spa, no segundo andar. O espaço oferece todos os serviços de um spa de luxo, como massagens em salas exclusivas, serviços de beleza e cuidados especiais. Atualmente, a novidade é a esteticista Melanie Simon, a preferida das celebridades de Hollywood. www.thesurrey.com
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bbec
fotos: Marcelo Paez Fotografe o cテウdigo e surpreenda-se
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ARQUITETURA
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Morar para beM viver Para o arquiteto David Bastos, casas são um lugar para celebrar o prazer da vida Por renata Turbiani
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Projeção nacional: nas fotos, os ambientes apresentados por David Bastos na Casa Cor de 1996, evento que tornou o arquiteto famoso no país
ascido da Bahia em uma família de médicos, David Bastos desviou do possível caminho traçado para ele quando optou por cursar arquitetura na Universidade Federal da Bahia. Sorte da população de Salvador, já que o profissional foi um dos grandes responsáveis pela revitalização da região das docas da cidade: depois que instalou seu escritório por lá, em 1995, luxuosos restaurantes e até um centro de decoração foram inaugurados no local. Autor de projetos mundo afora, o arquiteto e designer de interiores é adepto de espaços abertos, luz natural e conforto. Segundo ele, “os ambientes foram feitos para serem usados, e não para serem mostrados às visitas”. Muito dessa sua percepção deve-se ao fato de ter trabalhado, ainda enquanto estudante, na Companhia de Desenvolvimento Urbano e Articulação Municipal (Interurb), órgão do governo da Bahia que desenvolve projetos de escolas, hospitais e moradias populares, além de obras de urbanismo. Outra característica de David Bastos é a informalidade. “Gosto de casas e apartamentos despretensiosos, e tento não ser datado. Meu objetivo é que as pessoas sintam prazer em viver nos locais que projetei.” Ao misturar o novo e o antigo e apostar no efeito de materiais, como madeira e cimento, de um jeito bem brasileiro, ele garante que todo trabalho tem leitura própria e rende bons resultados, mas desde que desenvolvidos da maneira certa. Neste bate-papo com a Revista Fazenda da Grama, o arquiteto conta um pouco mais sobre sua trajetória profissional e ainda dá dicas de passeios pela Bahia. Fazenda da Grama − Por que decidiu se tornar arquiteto? David Bastos − Sempre tive atração por tudo o que era relacionado com o morar, e meus pais de alguma forma devem ter tido alguma influência sobre a minha decisão. Meu pai mais pelo lado de conceitos e minha mãe pela questão do conforto. E eu também sempre me preocupei com o aproveitamento dos espaços. Acredito que eles foram feitos para serem usados e não para serem apenas mostrados às visitas. Como foi o início da sua carreira? Estudei arquitetura na Universidade Federal da Bahia e me formei em 1981, mas antes mesmo do término do curso já tinha meu próprio escritório. Na época fazia projetos de prédios residenciais e design de interiores. Em 1982, fechei o escritório e fui trabalhar na Interurb,(Companhia de Desenvolvimento Urbano e Articulação Municipal), órgão do governo da Bahia que desenvolve projetos de escolas, hospitais, moradias populares e obras de urbanismo. Depois de algum tempo, reabri meu negócio e continuo com ele até hoje. Um ano importante para mim foi 1995, quando
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InformalIdade e bom gosto: a casa na Praia do Forte privilegia a interação entre os ambientes e o bem-estar
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transferi o escritório para o galpão do Trapiche Adelaide (armazém que recebia mercadorias do Recôncavo Baiano para distribuir na cidade), perto do porto de Salvador. Depois disso participei de eventos como a Casa Cor, tanto na Bahia como em São Paulo, o que me deu muita projeção, e, em 2008, abri uma unidade do escritório na capital paulista. O que a arquitetura representa para você? Felicidade. Também é proporção, arte, escultura, domínio dos espaços... Mas acima de tudo é felicidade. Quando trabalhei na Interurb, visitei muitas favelas na região, e nelas sempre encontrei pessoas felizes com suas casas, com o “morar bem”. Mudando seu escritório para a região portuária, você acabou se tornando um dos responsáveis pela revitalização de algumas áreas da cidade de Salvador. Como foi isso? Quando transferi meu escritório para a área antiga de Salvador, perto do porto, outras empresas seguiram meu exemplo. Em 1996, no mesmo galpão onde estamos, foi instalado o restaurante Trapiche Adelaide. Dois anos depois foi a vez do Bahia Design Center, que hoje fica no último andar do antigo armazém. Todo esse movimento foi amplamente divulgado pela imprensa nacional, acredito que devido ao visual do local, que tem a Baía de Todos-os-Santos como cenário, e também por conta do ótimo resultado desses projetos. Em 1999, também se mudou para as docas o Bar da Ponta, com projeto arquitetônico assinado pelo meu escritório. A Bahia, de forma geral, tem características arquitetônicas muito próprias. Você se inspira nelas para desenvolver seus projetos? A mensagem dos projetos que faço acaba sendo regional, apesar de a sua linguagem ser universal. Talvez eu use essas características da Bahia não na arquitetura em si, mas nas obras de arte, nas peças de decoração e na vegetação que escolho, por exemplo. Existe mesmo um jeito baiano de morar? Como ele é? Não sei se isso existe, mas, se existir, acredito que a principal característica seja a informalidade, embora, ao mesmo tempo, também seja um jeito sofisticado de morar. Na Bahia, as casas são livres de conceito, são ecléticas e, principalmente, têm muita luz natural e boa circulação, duas características que eu adoro.
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Ainda sobre esse assunto, é muito diferente projetar uma casa para um carioca e um paulistano, por exemplo? As necessidades mudam de acordo com as cidades ou são as próprias cidades que determinam como deve ser a arquitetura das casas que serão construídas nelas? As necessidades são, em primeiro lugar, as do cliente. A partir disso o local acaba impondo outras, por isso é preciso estar atento a tudo. As casas localizadas no Sul do país precisam de sol. No Nordeste, a brisa deve atravessar os ambientes e varrer o calor. São particularidades de cada local e que acabam interferindo nos projetos. Cada região tem suas necessidades, mas cada morador também. Você tem casas em São Paulo e em Salvador. O que elas têm de diferente e o que têm em comum? Em comum elas têm a funcionalidade e a presença de muita luz natural. Não gosto de paredes, prefiro ambientes abertos, onde o olhar atravesse, por isso uso muito vidro nas minhas casas e também nos meus projetos. As diferenças ficam por conta das características técnicas e da região mesmo. Como você define seu estilo? Acho difícil me definir, mas posso dizer que gosto de ambientes informais e despretensiosos. Tento não ser datado. Também gosto de qualidade, seja no desenho, na fabricação, na execução... Meu objetivo é transmitir boas sensações quanto à ventilação, luz e às texturas (à visão e ao tato), e quero que as pessoas sintam prazer em viver nos locais que projetei. Para você, o que é morar bem? É mais ou menos isso o que disse: é quando a pessoa sente prazer em ficar em sua morada, em viver naquele local. Um bom projeto atrai as famílias e faz com que sua permanência na casa ou no apartamento seja prolongada. Morar bem é não sentir vontade de ir embora. Já tornou real um pedido absurdo? Não considero os pedidos absurdos. Tento sempre me colocar no lugar dos clientes, para entender o que desejam, necessitam, esperam...
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Amplidão e conforto: a casa Busca Vida tem ambientes amplos e decorados sob medida para o lazer e a convivência com amigos
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Meu trabalho também é decifrar o que eles querem, mesmo quando não conseguem expressar. Mas acontece de às vezes precisarmos ser um pouco psicólogos. E já entregou um projeto sem estar 100% satisfeito devido a pedidos e interferências do cliente? Algumas vezes, temos a certeza de que o trabalho poderia ter sido realizado de forma mais interessante. Porém, o desejo do morador não precisa e nem deve coincidir com o nosso. Tem uma peça de design preferida? Adoro design. Possuo algumas peças de que gosto muito, mas não saberia citar a favorita. Na verdade adoro todas. E lembro o primeiro objeto de design que adquiri. Foi uma cadeira Red and Blue, de Gerrit Rietveld. Quais são seus desafios profissionais? Projetar novos ambientes é sempre um desafio, assim como fazer releitura e requalificação dos espaços. O Trapiche Adelaide, onde fica meu escritório, é um bom exemplo disso, pois ele teve de ser totalmente remodelado para atender às novas funções e empresas que se instalaram. Como define a decoração de cada projeto? Tudo é determinado de acordo com o perfil de quem vai usar o espaço. Se for um local público, precisamos ver quem ele vai atender e se será uma área de luxo ou mais simples. O mesmo vale para os projetos comerciais e residenciais. Pode dar dicas de passeios na Bahia para quem gosta de arquitetura e design? Em Salvador, alguns ótimos locais são o Pelourinho, a Baía de Todos-os-Santos e o bairro de Santo Antonio Além do Carmo, que fica no Centro Histórico. Também vale visitar Trancoso e todo o sul do Estado.
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Luz e sombra: tramas de madeira deixam a luz entrar na intensidade certa na obra da Vila de Itapororoca
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OBJETOS DO DESEJO
COMO UMA ONDA A chaise Copacabana, da designer Jacqueline Terpins, lembra as ondas que o paisagista Roberto Burle Marx criou para as calçadas da praia carioca. Acabamento em lâminas de madeira e almofada estofada. www.dpot.com.br
ESCONDE-ESCONDE A estante Freud, da Armani Casa, feita de madeira, é perfeita para guardar a coleção de livros com estilo. www.armanicasa.com
BANDEIRINHAS Inspirada na obra de Alfredo Volpi, a estante Volpi, de Lia Siqueira, é confeccionada em madeira ou laca branca. www.etelinteriores.com.br
ACONCHEGO A poltrona Dezza Gio, do designer Gio Ponti, projetada em 1965, ganhou novas edições em couro Pelle Frau ou em combinação de couro e tecido. Poltrona Frau e Cassina: www.cassina.com /www.poltronafrau.com
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leitura divertida Criado por Andrea Cerretelli e Fabiana de Andrade, o lustre Pom Pon é inspirado nos singelos pompons feitos de lã. www.lalampe.com.br
discreta elegância O italiano Vico Magistretti é um dos designers mais importantes do modernismo: a cadeira Golem, de MDF laqueado e placa de poliuretano reciclado, é um de seus clássicos. www.alotof.com.br
Beleza natural O designer e arquiteto italiano Alessandro Mendini produziu, com apoio do governo da Amazônia, este sofá. Ele usou troncos de árvores descartados pela indústria moveleira para criar a peça. www.alotof.com.br
clássico renovado Desenhada por Sergio Rodrigues, a cadeira Menna resgata a antiga palhinha em um formato ousado e inovador. www.dpot.com.br
Minúcias A poltrona da linha Cerva, da Fendi Casa, traz o cuidado com cada detalhe característico dos móveis da marca. www.casafares.com.br
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PAISAGISMO
JARDINS DE ALTA-COSTURA O paisagista Alex Hanazaki trata cada projeto como único; para ele, a personalização é fundamental Por Renata de Farias Fotos Divulgação
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m uma aconchegante e tranquila casa de vila no bairro de Pinheiros, em São Paulo, Alex Hanazaki cria verdadeiros oásis usando apenas papel e lápis. Paisagista por acaso e arquiteto por formação, ele tem em seu currículo mais de 200 projetos, entre residenciais e comerciais, e todos totalmente personalizados. Seu sucesso é tanto que já chegou a ser considerado o melhor paisagista do Brasil − o título foi concedido em 2009 pela revista americana Garden Design, referência mundial em design de jardins. Nascido em Presidente Prudente, no interior de São Paulo, Alex Hanazaki tem como principal característica a versatilidade: seus projetos vão do tropical ao clássico sem nunca perder a funcionalidade, a simplicidade e a sutileza, atributos que talvez sejam herança da família oriental. “A cultura e a filosofia japonesas permeiam toda a minha vida e em todos os aspectos. Com certeza também aparecem no meu trabalho, só que de forma implícita. Sou muito detalhista e não gosto de excesso de informação, talvez isso venha do meu DNA oriental.” Para Hanazaki, que completou 15 anos de profissão em 2012, paisagismo é, antes de mais nada, qualidade de vida. Segundo ele, estar perto da natureza é a melhor maneira de repor as energias. “Tenho um sítio em Juquitiba, em São Paulo, cercado pela Mata Atlântica. Um lugar lindo e que é meu laboratório de ideias. Apesar de ir para descansar e relaxar, não consigo parar de trabalhar. Lá estou sempre fazendo alguma experiência botânica”, revela. Grande colecionador (toy art, sapos e porta-moedas são alguns dos objetos preferidos), o paisagista conquistou seu lugar no hall dos grandes profissionais ainda bastante jovem. Com apenas 21 anos formou-se arquiteto e quatro anos depois já comandava o próprio escritório de arquitetura paisagística
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− como ele define − em São Paulo. “A coisa toda foi fluindo naturalmente, tanto que nem sei explicar muito bem como aconteceu. Após dois anos de formado, em 1998, eu já estava com uma equipe dentro do meu apartamento e participando de eventos como a Fiaflora Expogarden. Em 2002 veio a Casa Cor, e aí realmente minha carreira decolou.” Hoje,Alex Hanazaki comanda uma equipe de 12 profissionais, entre arquitetos, engenheiros-agrônomos e administradores, e chega a cuidar de 40 projetos por mês. “É um escritório pequeno de certa forma, precisamos e queremos crescer, mas não muito, até porque eu sou uma pessoa que delega pouco. A parte de criação é toda centralizada em mim e não quero perder isso. No meu trabalho prezo pela qualidade e não pela quantidade, não quero transformar minha empresa em uma fábrica de pão.” Fazenda da Grama − Você se formou em arquitetura, mas acabou enveredando para o lado do paisagismo. Como foi isso? Alex Hanazaki − Na verdade, foi totalmente por acaso. Naquela época eu não pensava em ser paisagista, mas a coisa toda foi fluindo muito naturalmente. Estudei Arquitetura e Urbanismo na Universidade de Marília (Unimar), no interior de São Paulo, e desde o segundo ano fiz estágios. Trabalhei com decoração, obras e até em uma marmoraria. Na etapa final resolvi fazer um curso extracurricular de paisagismo, em Holambra, para conhecer um pouco mais sobre essa matéria. Como precisava aprofundar meus conhecimentos, estudei tudo o que apareceu. Ao final deste curso, me chamaram para fazer um estágio de paisagismo em um grande escritório de São Paulo. O estágio acabou virando emprego e quando percebi já estava inserido nessa área. Fiquei nesse escritório oito meses e quando saí foi até engraçado, porque eu só tinha dinheiro para ficar na cidade por mais um mês. Só que de repente os clientes começaram a aparecer e fui ficando, ficando, ficando.... Esse processo foi natural, nem sei explicar muito bem como aconteceu, e em mais ou menos dois anos de pós-formado eu já estava com
Base arquitetônica: Alex Hanazaki cria seus oásis verdes a partir dos conceitos que aprendeu na faculdade
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Teoria do conjunTo: para o paisagista, não há planta feia; o segredo é saber agrupar as espécies de forma harmoniosa e inteligente, como na cobertura de São Paulo uma equipe dentro do meu apartamento e participando de eventos como a Fiaflora Expogarden. O passo seguinte foi a Casa Cor e aí realmente minha carreira decolou. Depois do curso em Holambra, você chegou a fazer algum outro? Não, esse foi o único. Tive um aprendizado autodidata. Creio que meu maior curso foi a vida, e meus professores foram os produtores e os fornecedores. E no começo da carreira eu era rato da Ceagesp. Ia para lá e ficava conversando com os vendedores. Perguntava tudo sobre as espécies. Também li muitos livros e pesquisas sobre o assunto, mas fui aprendendo mesmo na prática. E o meu trabalho tem uma base muito forte de arquitetura. Então a formação em arquitetura e urbanismo foi fundamental na sua profissão? Com certeza, tanto que meu escritório é de arquitetura paisagística e não apenas de paisagismo. Aqui trabalhamos com tudo o que está relacionado à área externa. Por exemplo, desenvolvemos as edificações, a parte da piscina, os espaços de lazer, a topografia, os acessos, os caminhos, as portarias e até as calçadas. A vegetação acaba sendo o detalhe final, a cereja do bolo. Todos os meus projetos têm um traço arquitetônico muito forte e que também repercute na vegetação. Você é um apaixonado por vasos e até já deu declarações dizendo que a peça, às vezes, é mais importante do que a própria planta... A escolha do vaso e a escolha da planta correta para aquele vaso são fundamentais. Eu sempre digo que se você opta por um vaso muito “importante”, a planta não deve ter tanto destaque e vice-versa. Esses elementos não podem brigar, têm de ser complementares. E no caso do vaso, ele realmente é um item essencial nos meus projetos, por ser um componente decorativo. Assim como a arquitetura, a decoração é fundamental para mim. Tem uma planta preferida ou que costuma usar com mais frequência? Não, pelo contrário. E também não sigo modismos. Tem cliente que fala: “Ah, essa planta é feia, não quero que use”. Na verdade, tudo depende da forma como você compõe o ambiente. As plantinhas mais simples, mais comuns, podem se tornar interessantes quando usadas da forma adequada. É o que tem acontecido com a samambaia? Essa espécie voltou com tudo. Há alguns anos eu fui um dos primeiros a falar em resgatar este tipo de vegetação, e até brinquei a chamando de “planta vintage”. Minha ideia era trazer de volta essas espécies mais antigas, que de tão comuns passaram a ser tratadas de maneira depreciativa. As pessoas tinham preconceito? E como tinham. Muita gente me dizia: “Essa planta é velha, lembra a casa da minha avó”. Mas sabendo utilizá-la de maneira diferente e com uma visão mais moderna, ela se torna uma excelente opção para várias situações. Como é o seu processo de trabalho? Tudo começa com uma reunião com o cliente. Aliás, um bom projeto depende de uma boa reunião de briefing. Nessa hora é importante conhecer e analisar os anseios, as expectativas, as vontades e os gostos do cliente. Eu sou muito parceiro nesse sentido de entender a expectativa do outro e não sou aquele profissional que impõe
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as suas vontades. Consigo entender que quem vai morar e usufruir daquele jardim não sou eu. Muitas pessoas me dão total liberdade para criar, outras já têm algumas ideias em mente. A partir daí, o trabalho é todo interno. Você disse que não impõe suas ideias, mas, às vezes, o cliente chega com alguns desejos inviáveis. Como evitar conflitos nessa hora? É preciso muita psicologia. No caso de ele gostar de que eu sei que não vai dar certo, aí é meu dever e minha obrigação explicar, orientar e propor uma solução. Quando você vai ao médico, você vai para ouvir e não para dizer como deve ser o tratamento, certo? Com o paisagista é a mesma coisa. Ainda fica nervoso na hora da entrega do projeto? Muito! É porque quando um cliente chega ao escritório e quer um trabalho meu, ele já tem uma expectativa grande. Me cobro muito no sentido de sempre criar coisas diferentes, de me superar em cada trabalho. É uma pressão que me imponho e isso me motiva. Então o frio na barriga e a ansiedade são inevitáveis. Para mim, o jardim é como um filho que estou colocando no mundo. E já são mais de 200! O que você faz para não se tornar repetitivo? Muita pesquisa, e o briefing inicial também é importantíssimo. Quando projeto um jardim, sempre emprego meus conhecimentos, minhas técnicas e até meu gosto, mas tudo aplicado ao modo de vida dos moradores ou dos frequentadores daquele espaço. Costumo dizer que faço um jardim de alta-costura, totalmente personalizado para aquela família, e essa já é uma maneira de deixar cada projeto diferente do outro. As pessoas nunca usam o jardim da mesma maneira. O que é preciso para manter o jardim sempre bonito e saudável? Manutenção. Jardim é igual cabelo, se você não vai ao cabeleireiro, os fios vão ficar fracos e feios. Com o jardim é a mesma coisa. É preciso cuidar dele, irrigando e adubando corretamente e também ficando atento às doenças. Em São Paulo, por exemplo, as pragas
urbanas são um problema sério. Também temos de prestar atenção ao crescimento das plantas. O ideal é fazer as podas periodicamente para manter o aspecto original do jardim. No planejamento também é importante determinar e analisar essas situações: de como a planta vai crescer e como ela ficará naquele espaço no longo prazo. Seus clientes são adeptos da jardinagem? Não. Eu sempre digo que meu cliente é muito focado no meu trabalho, inclusive na parte de manutenção. E a prática da jardinagem é muito europeia. No Brasil, são raros os clientes que fazem isso, até por conta do tempo. Cuidar do jardim requer tempo e dedicação. E você, gosta? Os jardins da minha casa e do meu sítio são meus laboratórios. Lá coloco a mão na terra mesmo. O sítio fica em uma reserva de Mata Atlântica, em Juquitiba, em São Paulo, e sempre que posso faço experiências, para verificar a adaptação da vegetação e o seu tempo de crescimento, por exemplo. Também adoro fazer combinações entre espécies. Onde busca inspiração? Na vida e na natureza. Sou uma pessoa que repara muito e estou sempre prestando atenção ao que acontece a minha volta. Também gosto de reproduzir o que vejo. Outra fonte de inspiração é a arquitetura, assim como o próprio cliente. Tem algum jardim que gostaria de ter feito? Ah, vários! Um dos meus sonhos é desenvolver grandes áreas públicas. As cidades mais bonitas e com melhor qualidade de vida do mundo são cheias de parques e praças, com áreas verdes generosas e urbanização planejada com cuidado. Quando viajo para outros países fico fascinado. Nos Estados Unidos, por exemplo, sempre me encanto com o Highline Park, em Nova York. E lá, assim como nos países da Europa, existe a preocupação em conservar as áreas. O nível de profissionalização é muito maior. O que falta para o Brasil chegar a esse nível? Estamos vivendo uma euforia econômica recente, mas ainda falta
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Igual cabelo: jardins como o da residência paulistana exigem uma atenta manutenção para manterem-se saudáveis e bonitos
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muita coisa. Um país não cresce se não fortalecer sua base principal, que é a educação. E ela repercute em todos os segmentos, inclusive no paisagismo. O Brasil é um país novo, ainda está aprendendo. Quem é Alex Hanazaki fora do paisagismo? Adoro conhecimento, por isso sempre preciso conhecer pessoas, países, culturas... Não sou um cara de hábitos muito requintados, gosto das coisas mais simples. Outra coisa que adoro é receber os amigos em casa e viajar para o meu sítio. E sou fã da ociosidade, até porque, para mim, ócio é qualidade de vida e é essencial para recuperarmos as energias. Também sou um grande colecionador. Minhas maiores coleções são de toy art, porta-moeda e sapo. E quais são seus planos? São tantos! Cabeça de criador não para nunca. Mas hoje o que quero é ampliar o escritório, só que não muito, porque sou uma pessoa que delega pouco e a parte de criação é toda centralizada em mim. Também quero fortalecer a área de projetos corporativos. Tenho outros planos, mas prefiro não contar por enquanto. Conforme for acontecendo, irei revelando.
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GOLF TIPS
POR Kevin Bulman
CONECTADO NO SWING
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ual é o verdadeiro signifi cado de estar conectado (connected) no swing? Estar conectado, no swing de golfe, signifi ca que o taco, seus braços, ombros e quadris estão virando e se movendo em conjunto, numa sequência correta. Por que estar conectado é importante? A maneira mais eficaz de fazer um swing com um taco de golfe é trabalhar as partes do corpo em conjunto, para obter o máximo de resultados com o mínimo de esforço. Qualquer esforço suplementar para fazer o swing, normalmente, levará a problemas. Se você sente que está tendo de se esforçar para fazer o swing, é bem provável que poderia fazê-lo com menos esforço e de maneira mais eficaz, trabalhando nos aspectos apropriados. Pontos a verificar para estar conectado:
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TAKEAWAY (INÍCIO DO BACKSWING): o taco inicia o movimento com os ombros e braços, movimentando-se em conjunto.
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Backswing: ao terminar o backswing, todas as partes param ao mesmo tempo. Topo do swing: deve ter a sensação de estar em um posicionamento compacto e sólido.
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downswing: O corpo permanece em bom posicionamento atlético e mantém-se a quebra dos punhos (wrist hinge). É importante que o grip do taco esteja adiante, ao se aproximar do impacto.
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Follow Through e Finish: Deve-se manter um bom equilíbrio ao fazer um bom full finish.
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Por Lucas Aguirre Bueno de Azevedo
bate-bola
Wimbledon começa em junho Mais antigo torneio de tênis do mundo, e considerado por muitos o de maior prestígio, o Wimbledon Championships será disputado de 24 de junho a 7 de julho, no All England Club, em Londres. Ao lado de Roland Garros, US Open e Australian Open, Wimbledon integra o Grand Slam, grupo das mais importantes disputas do esporte em pontuação para o ranking mundial, valor dos prêmios e tradição. Além disso, é o único jogado em quadras de grama. Os atuais campeões de Wimbledon são o suíço Roger Federer e a norte-americana Serena Williams, nos singles; Jonathan Marray e Frederik Nielsen, nas duplas masculinas; as irmãs Serena Williams e Vênus Williams, nas duplas femininas; Mike Bryan e Lisa Raymond, nas duplas mistas. Para mais informações, visite o site www.wimbledon.com.
brasil se prepara para a Copa das Confederações Grande teste para a Copa do Mundo de 2014, segunda sediada no Brasil − a primeira aconteceu em 1950 −, a Copa das Confederações será realizada entre os dias 15 e 30 de junho. O campeonato reunirá a Espanha, atual campeã do mundo; Brasil, país-sede do torneio; e as seleções campeãs continentais: Uruguai, México, Japão, Nigéria e Taiti, além da Itália, classificada por ser vice-campeã europeia − a seleção espanhola, vencedora do torneio, já estava classificada. Os jogos acontecem em Fortaleza, Recife, Salvador, Brasília, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Para ver a tabela, as notícias e outras informações visite o site pt.fifa.com/confederationscup/index.html.
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Para os amantes de hipismo
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Após uma agitada primeira etapa, disputada em maio, no Portobello Resort & Safari, em Mangaratiba (RJ), o Oi Brasil Horse Show Tour, importante circuito hípico do Brasil, segue para a capital fluminense. A segunda etapa acontece entre os dias 26 e 28 de julho, na Sociedade Hípica Brasileira, mais antigo clube voltado à prática de hipismo do Rio de Janeiro, localizado à beira da Lagoa Rodrigo de Freitas e do Morro do Corcovado, dois dos mais bonitos cartões-postais da cidade. Essa nona edição será classificatória para o Oi Athina Onassis Horse Show, destacado torneio internacional. Além da parceria com a Oi, o circuito conta também com o patrocínio da Coca-Cola e da Mitsubishi Motors. A terceira etapa ocorrerá em São Paulo, nos dias 27, 28 e 29 de setembro. Mais detalhes podem ser encontrados no site www.oibrasilhorseshow.com.br.
Adrenalina e luxo em neve argentina O Valle de Las Leñas, na Argentina, comemora seu 30º aniversário em 2013 e é uma boa opção para quem quiser unir o conforto de hotéis e spas luxuosos com a adrenalina de esquiar e praticar snowboard. Situado no coração da Cordilheira dos Andes, a 1.200 quilômetros de Buenos Aires, tem 1.190 metros de altura e seu cume fica a 3.430 metros do nível do mar. Graças à sua localização privilegiada, oferece uma temporada longa, de junho a outubro. O Valle de Las Leñas conta com pistas ideais para esquiadores experientes e com terrenos abertos, que garantem a diversão de iniciantes. Seu site oficial gera imagens que mostram a situação das montanhas em tempo real. Para conferir, acesse www.laslenas.com/por/.
US Open chega à 113ª edição O US Open, segundo dos quatro torneios de golfe da PGA Tour, será realizado entre os dias 10 e 16 junho, no Merion Golf Club, em Ardmore, Pensilvânia. O evento, que está em sua 113ª edição e existe desde 1895, integra também a agenda do PGA European Tour, e contará com os melhores golfistas do planeta, entre eles Tiger Woods, o líder do ranking. Vencedor de três US Opens em sua carreira, o norte-americano tenta juntar-se aos compatriotas Jack Nicklaus, Ben Hogan e Bobby Jones, e ao escocês Willie Anderson, maiores vencedores do torneio, com quatro conquistas cada. Destaque também para o atual campeão, Webb Simpson, e para Rory McIlroy e Adam Scott, que, ao lado de Woods, completam o Top 3 do ranking do esporte. O calendário e outras informações podem ser encontrados no site www.usopen.com.
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TORNEIO
SOB O CÉU AZUL
Aberto do Fazenda da Grama é disputado em dia de clima ameno que favoreceu as boas tacadas Fotos Wel Calandria
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o dia 21 de abril, feriado nacional, foi disputado o 7o Torneio Aberto do Fazenda da Grama. O dia ensolarado inspirou os golfistas, que disputaram tacada a tacada o primeiro lugar em cada uma das categorias. Em Scratch, venceram Pedro Costa Lima, no masculino, e Silvia Nishi, no feminino, seguidos por Axell Gustavo Balestre e Geraldo Vieira; e Maria Elisa Araújo e Claudia Rappa, respectivamente. Na categoria Feminina Net a campeã foi Marina Leo, a vice foi Hiroe Wakabayashi e o terceiro lugar ficou com Mariana Ogawa. Luiz Felipe de Almeida, Rodolfo Fugante e Tuca Gantus receberam os troféus de campeão, vice e terceiro colocado, respectivamente, na Categoria Masculina A índex até 7,9. Na B índex de 8 a 15,4, venceram Claudio Pedone, Massafumi Wakabayashi e Carlos Henrique Ernanny. Na C índex 15,5 a 23, Carlos Hitoshi, João Migoto e Rony Blinder ganharam como campeão, vice e terceiro colocado, respectivamente. Os greens do Fazenda da Grama, habitualmente rápidos, deram trabalho aos jogadores. No segundo dia de torneio, a dificuldade foi agravada por um leve vento, resultando em scores altos. Durante a premiação, o presidente interino da Federação Paulista de Golfe (FPG), Durval Pedroso, elogiou muito as condições do campo, segundo ele “muito difícil e desafiador” e a “organização como sempre impecável”, parabenizando o capitão Alfredo Breda, o presidente Luis Henrique Araújo e o staff do Fazenda da Grama. O Destaque do Torneio foi o segundo lugar de Axell, jogador que ficou com o vice-campeonato Scratch, uma tacada atrás do campeão Pepê. Axell iniciou seu contato com o golfe como caddie no Fazenda da Grama, atualmente ocupa o cargo de Starter do clube e está sendo treinado pelo Head Pro Kevin Bulman para em breve se tornar profissional. O 7o Torneio Aberto do Fazenda da Grama teve o apoio da Greenext EZGO, que ofereceu um golf cart no buraco 11 para Hole in one que acabou não saindo, da Dias - Seafoods, e da Preferred Golf, que ofereceu um sorteio de hospedagem no Ojai Resort, na Califórnia, e da FPG.
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1. Carlos Ernanny 2. Gleen Peebles 3. Petra Souza 4. Eduardo Meirelles
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5. Pedro Costa Lima (Pepe) 6. Caddie, Eduardo Lara, Flavio Lattes, Carlos Otero e Wilney de Almeida Prado 7. Massami Uyeda, Celso Ogawa e Paulo Ossamu 8. Tasso Pereira Fº, Clara Ernanny e Clara Michelucci 9. Troféus 10. Beto Dias 11. Enrique Chauffaile, Diogo Pereira, Jackson silva e Carlos Hitoshi 12. Durval Pedroso 13. Pedro Costa Lima (Pepê)
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14 14. Silvia Nishi e Luciano Leo Jr. 15. Mariana Ogawa e Ellen Ogawa 16. Silvia Nishi e Hiroe Wakabayashi 17. Maria Elisa Araújo, Silvia Nishi e Claudia Rappa 18. Pedro Vergani e Rony Blinder 19. João Migoto e Pedro Vergani 20. Massami Uyeda Jr. e Pedro Vergani 21. Massafumi Wakabayashi e Maria Elisa Araujo 22. Claudio Pedone e Maria Elisa Araujo 23. Tuca Gantus, Eduardo Gantus e Luis Henrique Araujo 24. Rodolfo Fuganti e Luis Henrique Araujo 25. Luis Felipe De Almeida e Luis Henrique Araujo 26. Alfredo Breda, Geraldo Vieira, Axell Gustavo Balestre, Pedro Costa Lima, Durval Pedroso e Pedro Vergani
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VIAGENS
Banho de espiritualidade Kumbh Mela, o maior festival religioso do mundo, acontece a cada 12 anos na Ă?ndia e atrai cerca de 100 milhĂľes de pessoas Fotos e texto Luiz Ricardo Breda
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stive na Índia no início do ano, entre 20 de janeiro e 12 de fevereiro, para o Kumbh Mela, o maior festival religioso do mundo. Mais de 100 milhões de pessoas participam. A cada 12 anos a cidade de Allahabad, que fica ao norte do país, recebe milhares de hindus e turistas. São visitantes que vêm de todas as partes para se banhar no Sangam, a confluência dos rios Ganges, Yamuna e Saraswati. Os indianos acreditam que mergulhar nessas águas sagradas purifica dos pecados e liberta do carma, encerrando assim o ciclo de nascimento e morte. No dia do banho real, o mais importante do evento − neste ano aconteceu em 10 de fevereiro −, 30 milhões de pessoas entraram nas águas. A primeira vez que ouvi falar desse evento foi por meio de um amigo, apaixonado pela Índia e visitante frequente do país. Como ele sabe do meu amor pela fotografia, e da minha sede por registrar povos e culturas diferentes, me falou sobre o festival e disse que essa era uma oportunidade única e imperdível. Fiquei animado de imediato, mas fazer essa viagem não seria tão fácil assim. Primeiro porque teria de me ausentar por um longo período do meu escritório de arquitetura, que estava a todo vapor. A segunda dificuldade era chegar ao local onde aconteceria o Kumbh Mela: quase 24 horas de avião até Nova Delhi, mais duas horas de voo até Varanasi e uma longa viagem de carro até Allahabad. No escritório, resolvi o problema trabalhando em dobro, dia e noite (e ainda pude contar com a ajuda de uma sócia competente). Depois criei coragem e fui.
Banho purificador: a cada 12 anos, mais de 100 milhões de pessoas vão a Alahabad para participar do festival
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A espirituAlidAde no olhAr: em meio ao caos e à pobreza, chamam a atenção a ausência de violência e a paz interior dos indianos
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Chegando ao aeroporto de Varanasi, conheci alguns brasileiros que já haviam alugado uma van com motorista para levá-los até o festival. Me convidaram para ir junto e eu aceitei. Seriam apenas 120 quilômetros, mas devido à precariedade das estradas, ao trânsito e a todos os bloqueios feitos pela polícia, esse trecho acabou sendo percorrido em quatro horas. Quando entrei no carro, notei que os retrovisores estavam recolhidos. Pensei que poderiam estar quebrados, mas comecei a perceber que os outros carros também estavam assim. Os espelhinhos simplesmente não são usados por lá, e ficam recolhidos por conta das “finas” que os carros tiram uns dos outros o tempo todo. Quando se quer mudar de pista, basta enfiar a mão na buzina e ir com tudo. Minha viagem já começou tensa, fiquei preocupado, mas tentei não pensar muito no assunto. Como se não bastasse a mão-inglesa para nos confundir, e a sinfonia ensurdecedora de buzinas, o motorista da van ainda esperava até o último momento para desviar dos carros e dos caminhões que vinham no contra fluxo. No meio da viagem, depois de mais um susto, perdi a cabeça e gritei com ele. Confesso que senti falta do trânsito de São Paulo! Chegando ao festival, mais perrengues. Tive de ficar hospedado em um acampamento, já que a cidade não conta com infraestrutura hoteleira. No local, banhos só de balde. Tudo muito precário. Além disso, eu, um carnívoro convicto, passei quase 20 dias a base de comida vegetariana. Mas tudo isso valeu a pena. Foi uma experiência fantástica, com um enriquecimento pessoal enorme. Ali pude ver a importância da espiritualidade para um povo. Em meio a muita pobreza, as pessoas não perdem a paz interior e aceitam sua condição. E num evento dessas proporções, não vi nenhum tipo de violência. Também conheci um país com uma cultura incrível, tomei um banho de espiritualidade e ainda reuni material suficiente para uma exposição fotográfica, que deverá acontecer em alguma galeria no bairro dos Jardins − o local ainda não está definido. Usando uma Nikon D90 e três lentes (18-105 mm, 55-200 mm e 50 mm fixa), registrei não apenas o cotidiano no Kumbh Mela, mas também minha passagem por Varanasi, cidade sagrada vizinha a Allahabad. O festival foi uma ocasião perfeita para fotografar. Enquanto estava lá brincava com os amigos brasileiros que fiz, dizendo que o cenário e os personagens pareciam ter sido criados por Steven Spielberg e George Lucas de tão exóticos que eram.
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Explos達o dE corEs: a vivacidade e a alegria est達o em cada esquina das cidades
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GASTRONOMIA
O CHEF QUE CANTA Tsuyoshi Murakami, do Kinoshita, é multitalentoso: cozinha, canta, dança, escreve, atua e corre maratonas Por Alexandre Staut Fotos Divulgação
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Culinária afetiva: o Kinoshita recebe os clientes com as performances do chef e alta gastronomia nipônica
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uando o chef Tsuyoshi Murakami anuncia novo cardápio, gourmets paulistanos costumam se reunir num endereço que já se tornou paradigma de boa cozinha no Brasil, o Kinoshita, restaurante de kappo cuisine – alta gastronomia nipônica –, que tem como conceito o trabalho com ingredientes sazonais, valorizando o sabor natural de cada componente do prato. Murakami renova o seu cardápio duas vezes por ano. Neste outono, trocou 80% do menu da casa aberta em 2008, em parceria com o empresário Marcelo Fernandes. Entre os novos pratos, a inspiração principal continua a ser a culinária afetiva, que, desta vez, vem recheada de referências das últimas experiências do chef pelo Japão, pela Europa e América Latina. Ler o cardápio novo já deixa qualquer um com as papilas gustativas em alerta. Nas entradas, são 13 novidades, entre elas, ostra com ovas, gema de codorna, quiabo, tabasco e ponzu; vieiras grelhadas com cebolinha e manteiga e figos com molho de missô e mascarpone. Nos pratos principais, destaque para o moti e caldo dashi suave com perfume de yuzu; domburi de camarões e gema yamaguisi; wagyu kobe beef semigrelhado sobre arroz; tulipa de frango orgânico grelhado sobre arroz; porco em caldo levemente picante, entre outros. Nas sobremesas, cinco novas criações do chef, com destaque para o kappo flan (flan de caramelo com quiabo) e o matsuri moti, trio de moti, Valhrona Jivara, paçoca e kabotcha com azuki. A cozinha singular, que procura aflorar diversas sensações a partir de exóticas combinações de aromas, texturas e sabores, não é a única marca do bem-humorado chef. Ele é multitalentos. Sempre sorridente, costuma dar as boas-vindas a cada um dos clientes que chegam à sua casa pessoalmente. Com alguns dos fregueses, comenta a sua origem japonesa, conta que é carioca de criação e paulistano por opção e paixão. Murakami chegou ao Brasil aos 3 anos, retornando ao seu país de origem quando resolveu aprender alta gastronomia. Fez estágio de três anos no estrelado Ozushi, em Tóquio, passando depois pelas cozinhas do Kiyokata, em Barcelona, e do
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Novidades do meNu: vieiras com tempero de ceviche e frango orgânico com molho teriyaki
Shabu-Shabu, em Nova York, até fixar residência em São Paulo, onde comandou a cozinha do restaurante do senhor Kinoshita (no bairro da Liberdade), que pouco depois viria a ser seu sogro. Para os sortudos que se sentam no balcão, bem em frente ao posto de trabalho do chef, a diversão é certa. Além da oportunidade de observar o jeito com que corta tiras de peixe e legumes, os clientes costumam ser presenteados com canções entoadas por sua voz afinada de tenor. Ele ainda comenta sobre peças de teatro e filmes em cartaz nos cinemas da cidade. Antenado não apenas sobre as tendências do mundo gastronômico, Murakami é um homem que acredita no poder da comunicação... Cozinha, canta, dança, escreve e atua. E não só atrás do balcão. “Um dos últimos trabalhos artísticos que fiz foi participar dos vocais do CD ‘Pilantragem’, do Ed Motta”, diz o chef, que aprendeu a cantar de forma autodidata, na infância. “Cheguei a achar que seria cantor, depois escritor e mais tarde ator, mas acabei enveredando para a cozinha.” No entanto, ele nunca abandonou sua paixão pelas artes. “Faço aula de canto, de violão, piano, e de atuação”, diz o chef, que chegou a participar de um filme quando morava em Barcelona, no começo da década de 1990.
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RigoR e emoção: Murakami faz cursos de teatro e canto e acha que o sucesso de sua cozinha resulta da emoção com que prepara os pratos
Quem o vê brincalhão, empostando a voz para cantar músicas de Roberto Carlos, atrás do balcão, ao mesmo tempo que afia facas, não imagina o rigor que tem para dar vasão aos seus multitalentos. “Os cursos de música e teatro são parte da minha vida. Mesmo que seja reconhecido por minha cozinha, não deixo de exercitar a música, a atuação.” Consumidor de tudo o que é cultura e informação, Murakami arruma tempo para ir ao teatro, acompanhar temporadas de dança, assistir a filmes no cinema. Conta tudo isso ao mesmo tempo que fala sobre a precisão no corte de peixes, sobre o ovo cozido de forma ideal, os melhores produtores de frutas da região, e sobre os blends de shoyu que criou nos últimos tempos. Ele diz que mais de 90% do trabalho depende da qualidade dos produtos que chegam à sua cozinha. “Mais do que técnica, o meu trabalho é reconhecido em razão da emoção que passo para meus pratos. O cliente percebe isso”, observa. Leitura, diz Murakami, é outra fonte na qual bebe para aprimorar seus dons artísticos. Leitor de Clarice Lispector, ele cita uma das frases mais famosas dela: “Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento”, quando questionado de onde surgiram seus dotes artísticos, que, aliás, passam ainda pela escrita. “Escrevo bastante... Contos, crônicas e poesia. Quero publicar um dia, embora ainda não tenha segurança suficiente para tal”, diz ele, que, além de Clarice, é fã de diversos autores brasileiros. E para quem está se perguntando como Murakami encontra tempo para exercer todos esses ofícios, ele responde sem pestanejar: suas atividades não param por aqui. Ele ainda corre maratonas no Rio de Janeiro e em São Paulo. “Minha grande satisfação será participar das maratonas em Paris e Tóquio”, conclui, no momento em que volta a se concentrar no corte preciso de finas fatias de peixe.
Kinoshita R. Jacques Félix, 405, Vila Nova Conceição. Tel.: (11) 3849-6940. Horário de funcionamento: Almoço: segunda a sexta-feira, das 12h às 15h. Sábado, das 12h às 16h. Jantar: segunda-feira a sábado, da 19h à 0h. www.restaurantekinoshita.com.br
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CULTURA
O MASP COMO MARCA DE SUCESSO Beatriz Pimenta Camargo assume a presidência do museu com planos que envolvem desde aumentar o acervo até firmar a instituição como uma marca Por Rosane Aubin Fotos Carol Gherardi e Divulgação
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ona de uma coleção de arte brasileira conhecida e respeitada em todo o mundo e membro diretivo de importantes museus, Beatriz Pimenta Camargo foi eleita no final de fevereiro para o cargo de presidente do Museu de Arte de São Paulo (Masp). É a primeira vez que uma mulher ocupa o cargo. Antes dela, João Vicente Azevedo ficou durante quatro anos e o arquiteto Julio Neves por quase 15 anos. “Estou com um grande peso nos ombros, espero não decepcionar”, diz ela ao comentar a grande expectativa que a sua gestão suscita em especialistas e aficionados de arte que torcem pelo futuro do museu. Aos 81 anos, Beatriz tem uma imagem jovial e está sempre antenada com tudo o que acontece no mundo das artes. Usa um tablet e conta, pedindo discrição, que já foi convidada para dar uma entrevista explicando como cuida de sua saúde e mantém a boa forma. Antes de ser eleita, ela integrava a diretoria e acompanhou o trabalho de seu marido como diretor, além de fazer parte da gestão de instituições renomadas como o MoMA, de Nova York, a Fundação Maria Luisa e Oscar Americano, em São Paulo, o Museu do Oratório, em Minas Gerais, e a Fundação Bienal, também em São Paulo. Beatriz conta que quer aumentar o acervo e tem o sonho de fazer com que o Masp vire uma marca objeto de desejo no mundo inteiro. Um mês após assumir o cargo, no final de abril, ela contou em entrevista que estava tomando pé da situação, conhecendo as equipes e procurando viabilizar a inauguração do novo prédio do museu, bem ao lado da icônica construção desenhada pela arquiteta Lina Bo Bardi na Avenida Paulista. Fazenda da Grama – Como estão sendo esses primeiros tempos como presidente do Masp? Beatriz Pimenta Camargo –Anteontem fez um mês que assumi. Embora eu já participasse e fosse muito ligada ao museu, não só por mim mesma, já que estou na diretoria nos últimos 15 anos, como por meu marido, falecido, que também foi diretor muitos anos, convivi muito com o professor Bardi (Pietro Maria Bardi, diretor e curador do museu) e dona Lina. Tenho uma ligação forte e antiga com o Masp. Mas uma coisa é uma ligação assim, outra é assumir um cargo de presidência, é muito mais responsabilidade. Esse primeiro mês foi de pôr o pé no assunto, conhecer os diversos setores, as coordenadorias, enfim, foi um reconhecimento. Daqui para a frente vamos enfrentar o que for acontecendo, e também tenho meus projetos. Um deles, o mais importante, é acabar o prédio aqui ao lado, isso vai dar ao museu maior visibilidade e espaços não só para exposição como para desenvolver as áreas de restauro, de escola do Masp, enfim, será uma abertura muito grande para ao museu. O novo prédio vai concentrar que tipo de atividades? Será um misto. Vamos passar o restaurante e a loja para lá, ela será aumentada, terá outros produtos e terá mais destaque por ficar na Paulista − hoje está no subsolo. Teremos andares para escola de artes, será uma grande transformação e up grade para o museu. O prédio também vai abrigar exposições? Em princípio elas ficarão concentradas aqui, mas como lá também teremos um espaço grande talvez possamos usar para isso também. Ainda não dá para precisar, porque é como quando você se muda para uma casa nova, precisa ver o melhor aproveitamento dos espaços. A senhora já declarou que o projeto da escola é muito querido... A escola de arte começou com o Masp. Eu frequentei esses cursos quando era bem jovem, ainda na rua 7 de abril, no prédio dos Diários Associados, do Assis Chateaubriand. Os cursos de arte fazem parte da história do museu, o desejo do Chateaubriand e do Bardi era de que essa escola funcionasse de forma muito séria. Hoje temos cursos aqui com muitos alunos, mas o espaço é pequeno. Lá, teremos uma parceria com a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) para oferecer mais possibilidades.
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Paixão Pela arte: Beatriz começou a fazer cursos sobre o tema aos 17 ou 18 anos e tem uma coleção de arte brasileira respeitada
Será um curso de graduação? Terá certificado, mas será uma coisa muito nova e moderna, com métodos de ensino inovadores. Será muito importante. Espero que essa parceiria com a ESPM dê certo, há todo um programa a ser feito com essa universidade. Em 2014, a Lina Bo Bardi completaria 100 anos. O museu pretende homenageá-la? Certamente. Esse prédio é um dos projetos importantes da Lina, ela será muito homenageada pelo museu. A memória tem de ser mantida, e ela foi grande arquiteta, nos dá muito orgulho. Como a senhora definiria seu perfil de gestora? Tem como prioridade a obtenção de recursos? Sou mais dedicada à parte de arte, de que gosto, e à presidência, a dirigir, saber de tudo, acompanhar o que se passa, opinar e determinar. Em relação à obtenção de recursos, não é minha incumbência, temos uma área especializada para isso, hoje tudo é muito especializado... Não é como na época do Chateaubriand e do Bardi... Era diferente. As formas de obter doações eram outras.
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E como é a experiência de trabalhar com arte? Isso me traz muitas alegrias. Descobrir novos artistas e sentir a arte é algo muito gratificante. Faz parte do meu dia a dia, eu tenho uma coleção de arte brasileira, então é algo incorporado à minha personalidade. Quando começou essa paixão? Acho que começa quando a gente nasce, e depois vai se desenvolvendo, com as oportunidades que a vida oferece. Aos 17, 18 anos, eu fazia cursos na sede da 7 de abril, com o Flávio Motta (professor e artista que criou o curso de formação de professores do Masp). Foi o início do meu conhecimento e da aproximação com a arte. As pessoas estão esperando muito da senhora... Eu falei que estou com um peso nos ombros, espero não decepcionar. Acho que o fato de eu ser a primeira mulher presidente, pela minha idade e a vontade de renovar muitas coisas, cria uma expectativa. Acredito que quando um grupo novo entra numa entidade ou sociedade, é preciso manter o que já é bom e trazer coisas novas, porque a renovação é muito importante em todos os setores. Isso espanta um pouco as pessoas, porque uma pessoa de 80 anos em geral é conservadora, o que não é o meu caso. Eu gosto de acompanhar a modernidade, o que acontece no mundo inteiro, as novidades, e essas minhas características eu pretendo usar no exercício da presidência, trazendo coisas novas, procurando encontrar novos meios de trazer obras, enfim, modernidade. Esse é um dos meus objetivos. E também preparar uma sucessão, um grupo, isso é importante. A senhora já definiu como será usado o espaço do restaurante? Vamos exibir nesse local uma coleção de arte asiática doada pelo embaixador Fausto Godoy. São 1.500 peças que acabaram de chegar, já estão sendo classificadas.
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Um acervo respeitado O Masp tem o acervo artístico mais importante da América Latina. A coleção é usada em recortes especiais sugeridos por curadores em diversas mostras, que ficam em cartaz por longo tempo no museu. Visitá-lo e retornar várias vezes para apreciar as importantes obras de arte é um hábito dos paulistanos. Em 2012, 850 mil pessoas visitaram as exposições. Romantismo − a Arte do entusiasmo, em cartaz desde fevereiro de 2010 e sem previsão de encerramento, reúne 79 obras-primas de gênios da pintura desde o final do século XV até hoje. Estão lá obras de Renoir, Cezanne, Van Gogh, Monet, Manet, Rodin, Dali e Matisse, entre outros. Também em cartaz desde 2010, deuses e madonas − A arte do sagrado tem como destaques um mestre do Renascimento, Andrea Mantegna, com a obra “São Jerônimo Penitente no Deserto”, e uma instalação do artista contemporâneo Eder Santos. A mostra, com curadoria de Teixeira Coelho, traz ainda El Greco, Delacroix, Botticelli, Tintoretto e Rafael. Outra exposição em cartaz, inaugurada dia 18 de abril, é Portinari − Série bíblica e retirantes, com 11 obras. O recorte mostra duas faces distintas do pintor brasileiro. Na série “Bíblica”, oito obras exploram a intensidade e motiva de famosas passagens bíblicas e revelam influências do pintor Picasso. Retirantes, que no total inclui cinco pinturas − sendo que apenas três pertencem ao acervo do Masp − mostra o autor em fase de denúncia social.
O acervO em cartaz: obras de Van Gogh, Cezanne e Andrea Mantegna são exibidas no museu
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REPORTAGEM
EM PLENA EXPANSÃO
As rodovias Anhanguera e Bandeirantes vão ganhar faixas adicionais e marginais
Por Rosane Aubin Fotos Divulgação
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o final de abril, o governador Geraldo Alckmin anunciou oficialmente o início das obras de construção da quinta faixa da Rodovia dos Bandeirantes, entre Jundiaí e São Paulo. A novidade é muito bem-vinda: cada faixa é capaz de absorver entre 1.500 e 2 mil veículos por hora, o que pode ajudar a desafogar os 68 quilômetros de estrada entre o Km 13 e o 47. A obra está prevista para terminar em abril de 2014. “Também estamos remodelando a Anhanguera, que é uma senhora de 63 anos. Queremos que ela volte a ser uma jovem de 25, 30 anos”, brinca o presidente Maurício Vasconcellos, da CCR AutoBAn, responsável pela operação do Sistema Anhanguera-Bandeirantes. A empresa, que assumiu em 1998, completa, em 2013, 15 anos administrando as duas estradas. Nesse período, investiu quase R$ 5 bilhões em obras de melhoria, ampliação, infraestrutura, modernização do sistema operacional, conservação, fiscalização e monitoramento. O número de acidentes diminuiu 28% e o de mortes, 60%. A Bandeirantes, considerada a melhor rodovia do Brasil há sete anos consecutivos pelo Guia estradas da Quatro Rodas, e a Anhanguera, que ocupou a nona posição no ranking divulgado em 2012, têm como grandes diferenciais a gestão de pessoal e a preocupação com as campanhas e com os investimentos sociais. Conheça os planos de expansão e as novidades em entrevista exclusiva do presidente da CCR AutoBAn. Fazenda da Grama – Quais são os planos para as duas rodovias? Maurício Vasconcellos – O que temos feito no sistema, principalmente na Anhanguera, é uma remodelação. Ela é uma senhora de mais de 60 anos. Sempre tivemos duas pistas, com duas faixas. Agora, dentro do programa de concessões do governo estadual, estamos remodelando esta antiga senhora, para deixá-la como uma jovem de 25, 30 anos. E não só no pavimento, que está sendo todo restaurado, mas colocando terceiras faixas onde é necessário, fazendo marginais nos grandes municípios, como São Paulo, Jundiaí,
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Campinas, Sumaré e Nova Odessa. Essas marginais têm como principal função segregar o tráfego de curta distância, municipal, do tráfego de média e longa distância. Com isso, além de ordenar o tráfego, organizar o trânsito dos ônibus e dar acesso às localidades, conseguimos maior fl uidez e segurança nas viagens de longa e média distância. Os investimentos feitos na Anhanguera hoje são focados de Jundiaí até Vinhedo, com terceiras faixas; do anel viário de Campinas até o Km 92, com marginais − isso agora, porque no passado já fizemos outras; e mais marginais do trevo do Km 103 até o 120, abrangendo Campinas, Sumaré e Nova Odessa. Depois de Nova Odessa, até Americana, instalamos terceiras faixas. Na Bandeirantes estamos fazendo a quinta faixa, entre Jundiaí e São Paulo. Esses são os grandes investimentos em 2013 e 2014. Existe algum número que mostre a eficácia de instalar marginais e faixas extras? Uma faixa tem a capacidade de receber de 1.500 a 2 mil veículos por hora, ajuda muito na fluidez do tráfego. Aliado a isso, existe também nosso programa de monitoramento. Nosso Centro de Controle Operacional (CCO) opera em 100% das nossas rodovias. As câmeras cobrem mais de 90% da estrada. É um sistema voltado para o usuário, para dar segurança e acionar todos os nossos recursos, como atendimentos médico e mecânico, no menor tempo possível. Essas câmeras nos permitem acompanhar o que está acontecendo nas rodovias em tempo real, e o monitoramento funciona 24 horas por dia. Essa tecnologia acompanha o que há de mais avançado? O Sistema Bandeirantes-Anhanguera está entre os mais modernos do mundo, principalmente em termos de gestão. Só da China, já recebemos oito delegações que queriam conhecer como o sistema funciona. Não é à toa que eles vêm. Vêm, olham, se informam (risos), não contam o que vão fazer. Temos esse hábito de receber bem, somos muito transparentes.
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O senhor diria que essa constante atualização é uma característica da empresa? Estamos sempre muito antenados com tudo o que está acontecendo em termos de tecnologia, mas na parte de atendimento, de estar presente na rodovia, usando toda a estrutura para atender com rapidez nossos usuários, nós temos sido vanguarda. O equipamento é conhecido, de maneira geral. Mas o mais importante é estar com os
seus colaboradores treinados, capacitados. Temos programas de treinamento quase diariamente, o tempo todo. O grupo CCR tem diferencial muito forte no Atendimento Pré-Hospitalar (APH). Fazemos capacitações em convênio com o pessoal do Exército, para troca de experiências. Nosso APH é considerado um dos melhores do Brasil. O grande diferencial são as equipes bem preparadas, é preciso ter as pessoas certas no lugar certo.
De olho no movimento Das estraDas: a equipe do CCO observa as imagens captadas por 95 câmeras que cobrem 90% das duas rodovias; abaixo, um pica-pau curioso observa o aparelho
Números • O Sistema Anhanguera-Bandeirantes tem 316,8 quilômetros de extensão e tráfego diário de 850 mil veículos • A CCR AutoBAn tem 14 bases operacionais e 500 telefones de emergência para os usuários. A média é de 600 ocorrências por dia • A empresa participa de 15 projetos sociais, entre eles o Educação para a Cidadania, para alunos de quarto e quinto ano da rede pública de 16 municípios • Em 2012, 600 quilômetros da Bandeirantes foram recuperados com o uso de asfalto ecológico, que aproveitou 500 mil pneus usados que seriam descartados na natureza
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foto: Clovis ferreira/Digna imagem
SuStentabilidade: o presidente Maurício Vasconcellos, o asfalto de borracha e os programas sociais de atendimento aos caminhoneiros e de educação para a cidadania nas escolas
Existem planos de fazer uma ligação da Bandeirantes com a rodovia que leva até Viracopos? Há um desejo da prefeitura de fazer uma interligação da Rodovia Miguel Melhado dos Santos, que liga Vinhedo a Viracopos, com a Bandeirantes. Mas, para ter acesso à Bandeirantes, essa estrada precisa ter o padrão da Anhanguera. Se o projeto for aprovado pelo governo do Estado, será preciso fazer duas faixas em cada uma das pistas e instalar o padrão de atendimento e de tecnologia aplicados na Anhanguera. Com isso, o trajeto entre São Paulo e Viracopos teria aproximadamente 10 quilômetros a menos. Na gestão de estradas, a questão comportamental é muito presente. Como a CCR AutoBAn previne esse problema? Fazemos muitas campanhas de segurança, mensais ou quinzenais, e temos outras iniciativas, como o programa de saúde para caminhoneiros, chamado Estrada para a Saúde. Fica no Km 56 da Bandeirantes, no sentido capital. Eles podem fazer um mini check-up grátis, cortar o cabelo, tratar os dentes, tudo de graça. Aliás, não é só para caminhoneiro, qualquer pessoa pode ser atendida. Até dezembro de 2012, fizemos 51 mil atendimentos. Acompanhamos as condições de saúde do caminhoneiro, armazenando os dados de exames. Ali também fazemos palestras, para que eles tenham mais cuidado, evitem bebida alcoólica, substâncias proibidas e doenças sexualmente transmissíveis... Essas campanhas ajudam a melhorar a segurança da estrada, junto com outras ações, tanto que desde que assumimos os sistema o número de acidentes diminuiu 28% e o de mortes, 60%. O Big BrOther da estrada O Centro de Controle Operacional da CCR AutoBAn é uma sala em que nenhum funcionário jamais poderia tirar uma soneca. Eles passam o dia inteiro de olho nas telas que ocupam uma grande parede e mostram o que as 95 câmeras com zoom de até três quilômetros captam do
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Marcos Peron/Virtual Photo Marcos Peron/Virtual Photo
movimento das duas rodovias. Com isso, cobrem 90% de toda a extensão. Os funcionários, liderados pela supervisora Neucélia Cevalhos Messias, precisam estar sempre muito atentos para adotar as medidas preventivas no caso de incidentes. Um policial militar atua na mesma sala, em colaboração, e pode até multar os motoristas que realizam infrações como parar no acostamento para esperar o horário do rodízio. “Com o zoom, é possível ver a placa do carro”, diz Neucélia. Ela, com a ajuda dos colaboradores da área e do policial, pode, por exemplo, interditar a rodovia, em casos graves. “Isso pode ocorrer quando um animal, como uma vaca, invade a pista”, diz. Neucélia conta que já viu vários tipos de objetos caírem das carrocerias de caminhões, de colchões a barcos, passando por caixas d’água. “Aqui as pessoas precisam ter muito sangue-frio para lidar com os imprevistos que acontecem o tempo todo. Na nossa seleção, sempre mostramos imagens de um acidente, para ver se o profissional tem o perfil psicológico adequado. A área de formação nem importa tanto, desde que seja universitária”, conta ela. Loira, aparentando pelo menos 15 anos a menos que seus 39, Neucélia está há 15 anos na CCR AutoBAn. Começou como caixa em pedágio e hoje lidera as equipes que cuidam do CCO e do 0800. “Acho que é a minha vocação. Meu pai era bombeiro, e hoje me vejo fazendo algo parecido com o que ele fazia, que era ajudar as pessoas em momentos difíceis”, conta. Quando os colaboradores subordinados a Neucélia detectam um problema de saúde, entram em cena os 108 profissionais de Atendimento Pré-Hospitalar comandados pelo médico José Antonio Coelho Neto, que também cuida do programa Estrada para a Saúde.
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POR DENTRO DO CAMPO
POR SYLVIO TELLES
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LAZER LEVADO A SÉRIO
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o país do futebol, basta termos uma área retangular gramada e logo imaginamos a instalação de traves para uma partida. Quando nos deparamos com um belo gramado, praticamente somos atraídos a pisá-lo. Independentemente do tamanho do campo de futebol, com frequência observamos gramados que necessitam de reformas, muitas vezes pela inobservância de alguns fatores básicos na etapa de construção. Precisamos sempre ter em mente que gramados esportivos são danificados pelo seu uso e precisam ter condições ideais para se recuperar a cada utilização. Dessa forma, a avaliação da utilização do gramado, considerando a frequência de uso e a quantidade de praticantes, são pontos iniciais para qualquer planejamento. Campos de uso profissional requerem maior investimento, enquanto os de uso para lazer requerem menor.
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Na fase de planejamento e projeto, verificar e analisar aspectos como sombreamento, irrigação, drenagem, preparo do solo-base e demanda de utilização e tipo de grama a ser plantada é fundamental para garantir a longevidade do gramado. Abaixo, vamos falar um pouco sobre cada um dos itens e sua importância no processo de composição do gramado de um campo de futebol, de forma básica, independentemente do nível de sua utilização. Sombreamento: todos os gramados esportivos precisam de luz direta para se desenvolver. Esse problema pode ser amenizado com utilização de variedades de grama mais tolerantes à menor incidência de luminosidade. A avaliação de sombreamento excessivo pode definir a relocação ou até a inviabilidade deste plantio. Irrigação: ao contrário do que parece, o investimento em irrigação garante o uso racional da água, promovendo uma distribuição homogênea e atendendo à necessidade do gramado, principalmente no período de seca ou de dias excessivamente quentes. Drenagem: apesar de uma ligeira inclinação superficial, a instalação de drenagem subterrânea possibilita o escoamento de excesso de água e possibilita a prática do esporte mesmo após grandes chuvas. A falta de drenagem subterrânea ocasiona alagamentos e pode prejudicar a saúde da grama. Preparo do solo: para promover um enraizamento satisfatório, aliado a uma boa capacidade de drenagem e retenção de umidade satisfatória, costumamos aplicar uma mistura de areia com composto (matéria orgânica) sobre todo o terreno
e drenagem previamente instalada. A espessura dessa camada pode variar, dependendo do tipo de solo local, e da própria utilização do campo. Nessa etapa, devemos atentar para a correção de acidez do solo e adubação de plantio com fontes de fósforo. Nivelamento: ao final do preparo do solo, o nivelamento vai dar o relevo do campo, por isso é importante prestar muita atenção nesta etapa. Para campos menores usa-se instalar estacas e linhas para facilitar o nivelamento, utilizando inclinação de 0,5 a 1% para as laterais. Para campos extensos e profissionais existem no mercado equipamentos de nivelamento a laser, que facilitam e possibilitam um fino acabamento. Plantio: o sistema de plantio pode ser por mudas, que requer maior tempo de fechamento da grama, por placas de grama comuns ou até por grandes tapetes de grama. Atualmente, diversas empresas fornecem os grandes tapetes, que diminuem consideravelmente a quantidade de “emendas” entre as placas e um ótimo resultado final imediato. Após o plantio, dependendo da necessidade, são aplicadas camadas de areia que, aliadas a cortes verticais, proporcionam o acabamento e nivelamento final do campo. Por fim, a adoção de “regras de uso” são bem-vindas, evitando-se uso do campo encharcado e restringindo o uso de travas (para campos de lazer). Lembre-se de que a grama é um ser vivo e precisa de condições ideais para se recuperar. Amenizar o dano também ajuda muito. Em uma próxima oportunidade, falaremos um pouco sobre a importância da manutenção do gramado esportivo.
Cuidados espeCiais: campo de futebol do Fazenda da Grama
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SOCIAL
O GOL DE PLACA DE LEONARDO E RAÍ Fundação Gol de Letra atende mais de 1,3 mil crianças, adolescentes e jovens de 7 a 30 anos Por Renata Turbiani
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a vontade que dois atletas reconhecidos mundialmente, os ex-jogadores de futebol Raí e Leonardo, tinham de contribuir com a educação de moradores de comunidades socialmente vulneráveis, para que eles tivessem mais oportunidades e perspectivas de vida, nasceu, em dezembro de 1998, a Fundação Gol de Letra. Atualmente, a organização não governamental desenvolve e dissemina práticas e saberes educativos para mais de 1,3 mil crianças, adolescentes e jovens de 7 a 30 anos em duas unidades: Caju, no Rio de Janeiro, e Vila Albertina, em São Paulo. Sóstenes Brasileiro de Oliveira, diretor-geral da Fundação Gol de Letra e irmão de Raí, explica que a entidade realiza programas de educação integral que contribuem para o desenvolvimento pessoal, social, cultural e educacional, além de promover a participação das famílias e o fortalecimento das comunidades. “Nosso objetivo é ajudar na formação dessas crianças e desses jovens para que eles tracem projetos de vida compatíveis com seus sonhos, possam se inserir
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Foto: Laurence Guenoun
Conviver: um dos eixos da estratégia da fundação é realizar atividades que desenvolvam a capacidade de sociabilização
no mercado de trabalho e ainda atuar com autonomia na transformação de suas realidades.” A abordagem didática da ONG é baseada em três pilares: aprender (aprendizagens para educação integral), conviver (desenvolvimento de valores e regras de convivência) e multiplicar (formação de crianças, jovens, adolescentes e adultos como multiplicadores de conhecimentos e atitudes). Nas unidades de São Paulo e do Rio de Janeiro são ministradas aulas e oficinas de teatro, leitura, música, dança, redação, dicas de cidadania e práticas esportivas, entre outras atividades. Mas um de seus grandes diferenciais é que os educadores − 22 no total − ficam em contato direto com pais, escolas e comunidade. “Temos a preocupação de envolver as famílias no processo. Para isso contamos com a ajuda dos agentes sociais, que são as próprias mães da comunidade. São elas quem visitam as casas para conhecer melhor seus problemas e saber como ajudar os moradores. Elas são nossos olhos e braços”, explica Sóstenes.
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Fotos: carolina luiz
Além desses educadores (ou agentes sociais), a Fundação Gol de Letra tem 59 monitores − jovens que já passaram pelo programa −, 65 funcionários em São Paulo e mais 20 no Rio de Janeiro e ainda conta com a ajuda de 60 trabalhadores voluntários ao longo do ano. “No caso dos voluntários, a função deles é mais de apoio. Na rotina dos projetos quem atua mesmo são nossos profissionais contratados, até porque precisamos criar vínculos com as crianças para podermos ajudá-las”, complementa o irmão de Raí. E por falar no ex-jogador, Sóstenes afirma que ele acompanha a organização de perto. Hoje, seu cargo é o de presidente do Conselho Curador. Já Leonardo, por viver fora do Brasil − ele é diretor técnico do time francês Paris Saint-Germain − só se envolve quando é necessário. Reconhecida em 2001 pela UNESCO como instituição modelo, a Gol de Letra também atua por meio da sistematização e disseminação de suas práticas socioeducativas para outras comunidades, em parceria com organizações locais.
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Foto: Laurence Guenoun
Teoria e práTica: a disseminação das atividades socioeducativas é feita em parceria com organizações locais
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“Como não pretendemos ampliar as unidades, essa foi a maneira que encontramos para crescer e espalhar pelo país nossos projetos e ideais”, explica o diretor-geral da organização. Disseminação Das práticas Caju – Rio de Janeiro Um dos 13 bairros com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Rio de Janeiro, o Caju apresenta problemas de violência e poluição. Cerca de 25 mil moradores vivem no bairro, que fica na região portuária. Lá, são realizadas as seguintes atividades: Programa Dois Toques Atende 210 crianças e adolescentes (7 a 14 anos) e tem nove monitores (15 a 21 anos). São realizadas atividades esportivas e de lazer; leitura, escrita e informática; formação de monitores Programa Gol de Trabalho Atende 120 jovens e adultos (17 a 30 anos) para formação em rotinas administrativas e em atendimento ao cliente, vendas e telemarketing, e realiza atividades culturais, workshops e palestras Projeto Gol de Cultura Atende 80 crianças e adolescentes (9 a 15 anos) em atividades de folclore brasileiro, dança e percussão Projeto Comunidades Atende as famílias das crianças e dos jovens que participam dos programas da unidade e promove ações socioeducativas para as comunidades Vila Albertina − São Paulo Classificada no grupo de vulnerabilidade muito alta do IPVS − Índice Paulista de Vulnerabilidade Social da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), o bairro da Zona Norte de São Paulo é caracterizado por uma grande concentração de famílias chefiadas por jovens com baixos níveis de escolaridade e renda. Na unidade da Fundação Gol de Letra no local é oferecido o seguinte: Programa Virando o Jogo Atividades diárias no contraturno escolar. Atende 240 crianças (7 a 14 anos) e conta com 32 monitores (15 a 20 anos) em atividades de artes plásticas, brinquedoteca/jogoteca, capoeira, dança, educação física, informática, leitura e escrita, mediação de leitura, música, sexualidade e teatro; mediação de conflitos e cultura de paz; promoção do exercício da cidadania e formação de mediadores e monitores Programa Jogo Aberto Aprendizagens socioeducativas de esporte e lazer, desenvolvendo e estimulando a prática esportiva e a formação de multiplicadores. Atende 450 crianças, adolescentes e jovens (12 a 18 anos) e tem 16 monitores (16 a 20 anos) Programa de Jovens Atende 194 adolescentes e jovens (14 a 21 anos) e possui dois monitores (18 a 25 anos) em atividades de artes visuais, educomunicação, grafite, núcleo de projetos, fóruns, saraus e intervenções, além do Programa de Educação para o Trabalho (PET), Pólo de Informações e projetos em parceria com empresas Programa Comunidades Atende as famílias das crianças e dos jovens dos programas da unidade e promove ações socioeducativas para a comunidade da Vila Albertina
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Linha do tempo 1998: No dia 10 de dezembro (Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos) a fundação é instituída, em São Paulo 1999: Começa o projeto Virando o Jogo, atendendo crianças de 7 a 14 anos; a Área Social passa a atender a comunidade 2000: É implantado o projeto A Cara da Vila (atual Programa de Jovens) para atender adolescentes e jovens por meio de oficinas de vídeo, hip hop, teatro e fotografia, entre outras 2001: Inauguração da primeira unidade no Rio de Janeiro, em Niterói, com o Programa Dois Toques; a ONG é reconhecida pela Unesco como instituição modelo no apoio a crianças em situação de vulnerabilidade social 2002: Nasce a Formação de Mediadores em Biblioteca e Brinquedoteca e é inaugurada a biblioteca comunitária, na Vila Albertina 2003: O Programa Formação de Agentes Comunitários (FAC) é implantado em Niterói (RJ) 2004: Lançamento do Jogo Aberto, programa que utiliza o esporte como meio de aprendizagem e formação pessoal; é realizada a primeira edição do Torneio Gol de Letra, em São Paulo 2005: Em parceria com escolas públicas das comunidades, inicia-se o Projeto Escola Ação Esportiva, em São Paulo, e o Dois Toques na Escola, em Niterói; é ampliada a Formação de Mediadores, passando a incluir jovens monitores que atuam junto aos educadores do Virando o Jogo 2006: Ampliada a atuação para a cidade do Rio de Janeiro, com a inauguração da unidade na comunidade do Caju 2007: Nasce o Projeto Mensageiros da Água, ação de educação ambiental no Caju 2008: As atividades em Niterói são encerradas; é criado o Eixo Rumo à Empregabilidade, no Programa de Jovens, em São Paulo 2009: Começam os estudos para disseminação da prática socioeducativa e projetos pilotos em Goiás 2010: Nasce o Programa Gol de Trabalho, para dar formação profissional a jovens no Caju; fundação comemora 10 anos com dois eventos (no Rio de Janeiro e em São Paulo), o lançamento de uma exposição e um livro, que contam a história da instituição 2011: Início da sistematização do Virando o Jogo; investimento no desenvolvimento institucional com Projeto Transformar, novo site e Projeto Mídias Sociais 2012: Consolidação do projeto Ginga Social, levando a Gol de Letra a comunidades em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Porto Alegre e Belo Horizonte; início do projeto de agentes de leitura
Educação musical: Raí acompanha turma de alunos a concerto na Sala São Paulo
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J A N TA R JAPONÊS
DELÍCIAS NIPÔNICAS No dia 23 de março, um sábado, os associados degustaram delícias da culinária japonesa como sushis e sashimis na sede da Fazenda da Grama.
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1. Mรกrcia e Alberto 2. Paulo Filho, Chiara, Monica, Paulo, Flรกvia e Felipe 3. Hermes e Paulo 4. Silvia, Massami Junior, Mariana, Celso e Dr. Massami 5. Luciano Leo, Marina e Luciano 6.Vera, Alfredo, Renato e Renato, 7. Adriana,Claudio, Geanpaolo, Clara, Ana e Paulo Ronaldo, 8. Alexandre, Ronny e Paulo 9. Fernando, Celina, Salete e Jackson 10. Gonzalo, Marina, Bianca e Gabriela 11. Anna Helena, Dr. Aluizio, Luis Fernando e Andre 12. Simone e Mauricio 13. Carla e Roberto
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PÁSCOA DIVERTIDA
PÁ S C O A
A Páscoa das crianças teve muitas brincadeiras na Fazenda da Grama. Mágicas e coelhos divertiram e ajudaram a garotada a encontrar os ovos de chocolate.
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Paulo Ronaldo e Ana Gabriel, Fabinho, Luiza, Clara e Julia Guilherme, Gabriel e convidado Gargalhada e Gabriel Gabriel Vergani e Gargalhada
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Vitoria, Clara, Julia e Luiza Valentina e Rafaela Gabriel Mariana e Helen
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14. Luciana, Valentina e Rafaela 15. Clara 16. Hellen e Clara 17. Ana Clara e convidada 18. Valentina 19. Pedro 20. Luiza 21. Gabriel 22. Rafaela 23. Bruna 24. Rafaela 25. Maria Luiza
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TA Ç A M E N S A L 23/03/2013 VITÓRIA EM DUPLA
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5 1. Glenn Peebles 2. Gilberto Pereira, Beto Dias, Tuca Gantus e Alexandre Martins. 3. Pedro Vergani, Alfredo Breda e Luis Henrique Araujo. 4. Marina Leo e Claudia Rappa. 5. Rony Blinder, Massafumi Wakabayashi e Pedro Vergani. 6. Jackson Silva, Angelo Ferrari, Fernando Guntovitch e Luiz Fernando Sá Moreira. 7. Sergio Del Porto, Massami Uyeda, Waldemir Pettena e Luciano Leo
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A primeira Taça Mensal do ano, disputada em 23 de março, foi um sucesso. Em formato de duplas e na modalidade Best Ball net, foi válida para o Qualifying (seletiva) do Match Play Duplas 2013, definindo os jogadores que vão participar do torneio. Os campeões foram Giampaolo Michelucci e Claudio Raupp, seguidos da dupla formada por Paulo Ronaldo e José Geraldo Vieira.
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7. Sergio Del Porto, Massami Uyeda, Waldemir Pettena e Luciano Leo. 8. Rubens Martire, Sergio Fernandes, Martha Vidal e Eduardo Vidal. 9. Mariana Ogawa, Celso Ogawa, Tasso Pereira e Mauricio Azevedo. 10. Reinaldo Piscopo, Caca Vieira, Geraldo Vieira e Paulo Ronaldo. 11. Massami Uyeda Jr., Silvia Nishi, Mario Lima e Gonzalo Cassarino. 12. Glenn Peebles, Carlos Ernanny, Claudio Raupp e Giampaolo Michelucci. 13. Luciano Leo Jr., Marina Leo, Claudia Rappa e Roberto Rappa.
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DIA DAS MÃES
BRINDE ÀS MAMÃES O Fazenda da Grama festejou pela primeira vez o Dia das Mães, em 14 de maio, com um recepção acompanhada de delicioso almoço. Uma novidade que promete entrar de vez para o calendário de festas.
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1. Chef Arthur e Lia 2. Fernando, Patrícia, Florian e Manuela 3. Elian e Patricia 4. Elian, Patrícia, Vanda, Tiago, Gabriel, Valter, Flávia,Yasmin e Rafael 5. Márcia,Tamar e Ana Luiza 6. Helen, Jarib, Saulo, Lila, Eliete, Elza, Yara, Renato, Victor, Sofia, Luana e Diego 7. Luciana e Maria Helena 8. Flavio,Andreina, Helena, Francisco, Gisele, Flavia, Nilvania, Cirius, Lesley, Ana, Aminda, Francisco, Fernando, Larissa, Pedro, Sofia, Gabi, Otavio, Julia e Felipe 9. Mário e Fernanda 10. João Guilherme e Ayton
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11. Gianpaolo, Clara, Claudia, Patrícia e Ronny 12. Saulo,Yara, Luana e Lila 13. Nivaldo e neta 14. Alberto, Domingos, Márcia, Tamar, Ana Luiza e Gabriel 15. Flávio e Andreina
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16. Luciana, Valentina, Rafaela, Maria das Graças e Maria Helena 17. Samuel, Isabella, Poliana, Edite, Reinaldo e Thales 18. Edria, Andra, Idrian,Thiago, Felipe, Izaura, Nivaldo, Silvio, Kaleo, Kestra, Nilva e Lolita 19. Cristina, PatrĂcia, Fernando e Guilherme
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Curvas e planos O associado Gilberto Luiz Pereira da Silva Neto registra o campo de golfe do Fazenda da Grama com suas lentes
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