ANO 16 – Nº 2445 – SÃO PAULO, 31 DE OUTUBRO A 06 DE NOVEMBRO DE 2013 – R$ 3,00 www.nippak.com.br
59º Tooro Nagashi de Registro espera cerca de 15 mil visitantes O Bunkyo de Registro (Associação Cultural Nipo-Brasileira de Registro), em parceria com a Comissão Organizadora do Centenário da Colonização Japonesa em Registro, Sete Barras e Iguape, Nichirenshu Emyoji, Associação Cultural e Esportiva de Registro (Acer) e Prefeitura Municipal de Registro, realiza nos dias 1º e 2 de novembro, a 59ª edição do Tooro Nagashi. Este ano, segundo o presidente do Bunkyo de Registro, Kuniei Kaneko – e conforme antecipou o Jornal Nippak – uma das atrações será a presença de membros da comitiva de Nakatsugawa – cidade-irmã de Registro – que virá especialmente para a festa do Centenário, que acontece na quinta-feira (31 de outubro). Este ano, segundo o presidente do Bunkyo de Registro, Kuniei Kaneko, são esperados cerca de 15 mil visitantes.
ALDO SHIGUTI
YAMAGATA – A Associação Yamagata Kenjin do Brasil realizou no último dia 27, no salão de festas da Associação Miyagi Kenjinkai do Brasil, no bairro da Liberdade, em São Paulo, cerimônia em comemoração de seu 60º Aniversário de Fundação e dos 106 Anos Imigração Japonesa da Província de Yamagata. O destaque ficou por conta da presença de uma comitiva de Yamagata liderada pela governadora Mieko Yoshimura e pelo presidente da Assembléia Legislativa daquela província, Masanori Suzuki. Pag 3 ———————| Pág. 03
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Pavilhão Japonês reabre suas portas para visitação pública e mira novos projetos aldo shiguti
Fechado para visitação pública desde maio de 2012 para obras de restauro em suas instalações de madeira e descupinização, o Pavilhão Japonês do Parque do Ibirapuera (zona Sul de São Paulo) foi reaberto no último dia 25, diante da presença de autoridades, convidados e da imprensa nipo-brasileira. O secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Ricardo Teixeira, prestigiou a cerimônia. ——––——————––––—————————————————————————| Pág. 04
1º Festival Japonês de Guarulhos supera expectativas e comemora conquistas aldo shiguti
Cerca de 5 mil pessoas passaram pelo Ginásio Poliesportivo Paschoal Thomeu, no bairro Bom Clima, em Guarulhos (SP), palco do 1º Festival Japonês, realizado nos dias 26 e 27. Segundo o coordenador geral do evento, Luciano Sakaue, a presença de público “superou nossas expectativas”. A abertura contou com a presença do prefeito Sebastião Almeida (PT). ——––——————––––—————————————————————————| Pág. 09
Câmara Municipal aprova aumento do IPTU; vereadores nikkeis justificam seus votos A Câmara Municipal reajusta o IPTU na cidade Agora, o projeto vai para aprovou, às 23h30 desta de São Paulo. O texto per- sanção do prefeito Fernanterça-feira (29), em votação mite o aumento de até 35% do Haddad (PT). Confira o definitiva, o Projeto de para os imóveis comerciais que disseram os vereadores Lei (PL) 711/2013, que e 20% para os residenciais. nikkeis. ——––——————––––—————————————————————————| Pág. 03
JORNAL NIPPAK
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São Paulo, 31 de outubro a 06 de novembro de 2013
AGENDA CULTURAL CONCERTO OSESP ITINERANTE: CORO DA OSESP NA CATEDRAL METODISTA DE SÃO PAULO Coro da Osesp Naomi Munakata regente Onde: Catedral Metodista de São Paulo (Avenida Liberdade 659, Liberdade) Dia 07/11/2013 Horário: 13h Ingressos: Gratuito OSESP ITINERANTE: CORO DA OSESP NA PARÓQUIA SÃO LUIZ DO GONZAGA Coro da Osesp Naomi Munakata regente Onde: Paróquia São Luiz do Gonzaga (Avenida Paulista 2378) Dia 08/11/2013 Horário: 20h Ingressos: Gratuito OSESP ITINERANTE: CORO DA OSESP NA IGREJA LUTERANA Coro da Osesp Naomi Munakata regente Onde: Igreja Luterana de São Paulo (Avenida Rio Branco 34) Dia 09/11/2013 Horário: 11h Ingressos: Gratuito Série Matinais ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO Giancarlo Guerrero regente Onde: Sala São Paulo (Praça Júlio Prestes 16, Estação Luz) Dia 10/11/2013 Horário: 11h Ingressos: Gratuito - Ingressos disponíveis na bilheteria da Sala São Paulo a partir da segunda-feira anterior ao concerto, limitados a quatro por pessoa. A partir de cinco ingressos, será cobrado o valor de R$2,00 (por ingresso). Informações: 11/3223-3966. EXPOSIÇÃO EXPOSIÇÃO ORIGEM IVONE SHIRAHATA Exposição de cerâmica. Participação especial: Shoko Suzuki Onde: Centro de Educação e
Cultura KKKK - Kaigai Kogyo Kabushiki Kaisha (Rua Miguel Aby-Azar 53, Registro/SP) De 26/10 a 10/11/2013 Horário: de 2ª a 6ª das 8h30 às 19h e sábado, das 10h às 18h CINEMA CINEMA BUNKYO Todas as quartas-feiras, a Comissão de Biblioteca e Filmes do Bunkyo apresenta uma sessão de filmes japoneses. Os filmes são exibidos em idioma japonês, sem legenda. Além disso, uma vez ao mês, realizam o “Free Market” (Frima), uma feira de produtos diversos, com artesanato, obentô (alimentos), brinquedos, livros e outros. Onde: Pequeno Auditório do Bunkyo (Rua São Joaquim 381, Liberdade) Dia 06/11/2013 Horário: 13h Ingresso: Sócios entrada franca e não-sócios pagam R$5,00 Informações: 11/3208-1755 EVENTO 59ª TOORO NAGASHI – REGISTRO/SP Programação: 01/11/2013 Cemitério da Saudade Cerimonia Inter-religiosa no monumento das Almas. Na R. Miguel Aby-Azar apresentação de danças de Minyo Yamato-Kai; wadaiko do Bunkyo de Registro; bon-odori e matsuri dance 02/11/2013 próximo à ponte; culto de seicho-no-iê às vitimas de acidenes na BR116; na R. Miguel Aby-Azar exibição de sumô; cerimonia de purificação das águas do Rio Ribeira do Iguape; ato inter-religioso para as almas dos antepassados, tooro nagashi (soltura dos barcos); bon odori; aoresentação de danças de Minyo Yqamato-kai; wadaiko do Bunkyo de Registro; matsuri dance; bon odori e encerramento com queima de fogos. Venda de tooros: podem ser adquiridos na secretaria do Bunkyo conforme dados abaixo e o custo é de R$15,00 por unidade. Realização: Comissão Organizadora LOO 2013; Bunkyo de Registro; Nichirenshu Emyoji;
Associação Cultural Esportiva de Registro e Prefeitura de Registro. Onde: Parque Beira Rio – Registro/SP Dias 01 e 02/10/2013 Informações: 13/3822-4144 e 13/3822-2865 e www.bunkyoregistro.com.br e acnbrgt@uol. com.br COLÓQUIO INTERNACIONAL SOBRE O PENSAMENTO ORIENTAL: BUDISMO E FILOSOFIA São Paulo/SP Dias 04, 05 e 06/11/2013 Onde: UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo Campinas/SP Dias 07 e 08/11/2013 Onde: UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas Uberlândia/MG Dias 11, 12 e 13/11/2013 Onde: UFU – Universidade Federal de Uberlândia (Uberlândia/MG) Informações e inscrições no site: https://sites.google.com/ site/budismoefilosofia2013 KARAOKÊ DANCE TOKUSHIMA Onde: Tokushima Kaikan (R Antonio Maria Laerte 275, Metro Tucuruvi) Dia 02/11/2013 Horário: 9h às 17h Informações: 11/4748-5896 Sra Inaba KARAOKÊ-DANCE NIKKEY CULTURAL Pioneiro nessa atividade cujo objetivo é de proporcionar um ambiente familiar onde os fre-
CURSOS AULAS DE TANGO O casal do Tango Loco, com André e Andressa (Uma das brasileiras a ganhar o dança esportiva no Japão) Onde: Carla Salvagni – Dança de Salão e Dança Esportiva (Av Lavandisca 662, Moema) Às 4ª feiras Horário: 21h Informações: 11/5052-9443 após 16h AULAS DE DANÇA Professores Sergio e Rosa Taira. Onde: Assoc. Shizuoka Kenjin (R. Vergueiro, 193 - Liberdade) As 2ª e 3ªfeiras Horário: 13h às 17h Informações: 11/5588-3085 e 11/7174-8676 AULAS DE DANÇA Prof. Marcos Kina Onde: Soc. Bras. de Cult. Japonesa – Bunkyo (Rua São Joaquim 381, Liberdade) As 5ª feiras Horário: 11h às 12h30 NIKKEY CULTURAL Karaokê: aulas com o prof. e maestro Hideo Hirose (2ª, 3ª, 4ª, 6ª e sábado) e a profa. Tsuguiko Hongo (5ª). Dança Social: Prof. Murae domingo (de manhã), Prof. Hayashi (2ª das 15h às 20h), Prof. Tahira (6ª das 13h às 16h30), Profa. Luciana Mayumi - Aulas de Tango (2ª e 4ª das 20h30 às 23h), Profa. Massako Nishida (4ª das 9h às 16h), Prof. Willian (sábado à tarde), Profa. Sato Tazuko (sá-
bado de manhã) e Profa. Yukie Miike (3ª, 5ª e domingo, diversos horários). Aulas de Violão, Guitarra e Baixo: Prof. Eder (sábado das 9h às 18h) Aulas de Japonês: (básico, intermediário e avançado) Profas. Keiko, 2ª e Isabel Kayoko, diversos horários. Obs: aulas de Português para estrangeiro com Profa. Isabel Kayoko. Aulas de Inglês: (básico, intermediário e avançado) Prof. Anderson (sábado), Profa. Priscila (diversos horários). Aulas de Informática: Prof. Vic tor Kawata (diversos horários) Aulas de teclado: Profa. Neide (diversos horários) Tênis de Mesa: Prof. Mario Nakao - Técnico da Butterflay (diversos horários). Onde: Nikkey Cultural (Praça Almeida Jr. 86 A, Liberdade) Informações: 11/3774-7456, 11/3774-7457 e 11/3774-4430 com Meily (das 9h às 17h e sábado das 9h às 14h) TELECENTRO IPK-BUNKYO Atendimento: de 2ª a 6ª, das 8h30 às 18h e sábado, das 9h às 16h Onde: Rua São Joaquim 381, Liberdade ao lado da sede do Bunkyo Informações: 11/3277-4272 CURSOS Curso de Introdução à Informática - Carga Horária: 16 horas
Digitação - Carga Horária: 20 horas Editor de Textos (Writer) Carga Horária: 20 horas Editor de Planilhas (Calc) Carga Horária: 20 horas Impress - Apresentação e Marketing Pessoal - Carga Horária: 20 horas GIMP - Carga Horária: 20 horas GIF’s - Carga Horária: 10 horas Conheça os demais cursos oferecidos nos diversos Telecentros da cidade e veja outras informações sobre oficinas em: www. prefeitura.sp.gov.br/telecentros SÃO PAULO 10º PROGRAMA BÁSICO DE ORIENTAÇÃO A CUIDADORES DE IDOSOS Onde: Rua São Joaquim, 381, sala 14 (próx. à Estação São Joaquim do Metrô) Data/hora: às quintas-feiras, das 12h30 às 16h30 Informações (de terça a quinta-feira, entre as 9h e 17h) pelo tel.: 11/3209-0215, com Sirley GUARULHOS 26º CURSO PARA FAMILIARES E VOLUNTÁRIOS QUE CUIDAM DE IDOSOS Onde: Rua Jardim de Repouso São Francisco, 881 Data/hora: às quartas-feiras, das 13h às 17h Informações (de terça a sexta, entre as 7h e 15h) pelo telefone: 11/2480-1122, com Milena
Informações e divulgação de eventos com Cristiane Kisihara cris_kisihara@hotmail.com – Tel. 11/3340-6060
EDITORA JORNALÍSTICA UNIÃO NIKKEI LTDA. CNPJ 02.403.960/0001-28
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JORNAL NIPPAK Diretor-Presidente: Raul Takaki Diretor Responsável: Daniel Takaki Jornalista Responsável: Takao Miyagui (MTb. 15.167) Redator Chefe: Aldo Shiguti Repórter Fotográfica: Luci J. Yizima Colaboradores: Erika Tamura, Jorge Nagao, Kuniei Kaneko, Shigueyuki Yoshikuni, Célia Kataoka, Paulo Maeda, Cristiane Kisihara e Marcos Yamada Periodicidade: semanal Assinatura semestral: R$ 80,00 jornaldonikkey@yahoo.com.br
qüentadores cantam suas músicas preferidas e dançam ritmos como o chá chá chá, rumba, forro, samba e country. Todos os domingos e neste domingo baile com música ao vivo, participação DIAS SHOW, das 18h às 22h. Onde: Nikkey Cultural (Praça Almeida Jr. 86 A, Liberdade) Dia 03/11/2013 Horário: 8h às 22h (incluso: café da manhã, missoshiru, almoço às 12h30, refrigerantes, àgua, chá e café.). Informações: 11/37747456/3774-7457/3774-7443 e www.nikkeycultural.com.br Estacionamento: Parceria com estacionamento JPS Park - Rua Conselheiro Furtado, 549, Liberdade. Pagamento de R$10,00 (dez Reais) por período, na semana e nos domingos com seguro. SAKURA FEST Programação: sorvete à vontade, taiko, balada, K-Pop cover, Matsuri Dance e Diogo Mihara. Onde: Kaikan Vila Ré (Rua Monte das Gameleiras 375, próximo ao Metrô Patriarca) Dia 03/11/2013 Horário: 10h Ingressos: na porta R$18,00 e compra antecipada R$15,00 Informações: 11/99961-8680 Issao e 11/98183-6868 - Felipe E-mail: issao_ishikawa@yahoo. com.br e felipe_fugimoto@hotmail.com Posto de vendas: Mercearia Ichiban - R. Itinguçu 576, 11/2681-8286
55º CAMPEONATO BRASILEIRO DE SOROBAN Associação Cultural de Shuzan do Brasil convida para o campeonato brasileiro de soroban, com a seguinte programação: Abertura, prova geral turma C, flash azam turma C (7º e 8º graus) (9º e 10º graus), ditado turma C (7º e 8º graus) (9º e 10º graus), ditado de C.M. (7º e 8º graus) (9º e 10º graus), premiação, prova geral turma D e turma E, flash anzam turma D e turma E, ditado turma D e turma E, premiação, almoço, prova geral Dan, turma A e turma B, flash Anzan turma A e turma B, ditado dan turma A e turma B, ditado de C.M. turma A e turma B, prova Joel Kato e prova Fukutaro Kato, premiação, encerramento e palavra de agradecimento. Onde: Rua Pelotas 385, Vila Mariana, São Paulo/SP Dia 03/11/2013 Horário: 9h às 17h30
Dia 10/11/2013 Horário: 18h NOITE SOLIDÁRIA – CAMPINAS/SP Cantores: Isadora Kataoka, Yuka Osawa, Deborah Shimada, Alexandre Hayafuji, Humberto Kenji, Kunihiro Tanahara, Mario Chibana, Renato Chibana e Sérgio Tanigawa. Onde: Instituto Cultural Nipo Campinas (Rua Camargo Paes 118, Jd Guanabara, Campinas/SP) Dia 09/11/2013 Horário: 19h às 20h30 (Jantar) e 20h30 (início do Show) Convite: R$75,00 no dia e R$65,00 antecipado, R$35,00 crianças de 07 à 12anos e gratuito para menores de 07 anos acompanhados pelos pais. Informações e vendas: 19 / 99603-2707 – Aquico, 19 / 99719-7242 – Vitório e 19 / 3232-8475 - Célia PALESTRA
BEGIN BRASIL 2013 São Paulo/SP Onde: Anhembi - Auditório Celso Furtado Dias 08 e 09/11/2013 Horário: dia 08/11 às 20h30 e 09/11 às 19h Informações: www.bandabegin.com.br Ingresso: Blueticket - Agência HIS, na Av. Paulista, 854 - loja 72A - 2º piso ou www.blueticket.com.br . Londrina/PR Onde: Recinto José Garcia Molina (Dentro do Parque Ney Braga)
PALESTRAS PREPARATÓRIAS DO CIATE 05/11 – terça-feira – 14h às 16h – “Tempo de Mudar: Projetos, Sonhos e Realizações.” Onde: Ciate - Centro de Informação e Apoio ao Trabalhador no Exterior (Rua São Joaquim 381, 1º andar, sala 12, Liberdade) Informações: 11/3207-9014 e www.ciate.org.br e www.facebook.com/ciate Informações e divulgação de eventos com Cristiane Kisihara e-mail cris_kisihara@ hotmail.com ou Tel. 11/3340-6060.
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São Paulo, 31 de outubro a 06 de novembro de 2013
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kenjinkais
Associação Yamagata celebra 60º aniversário de fundação e 106 anos de imigração da província fotos: aldo shiguti
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Associação Yamagata Kenjin do Brasil realizou no último dia 27, no salão de festas da Associação Miyagi Kenjinkai do Brasil, no bairro da Liberdade, em São Paulo, cerimônia em comemoração de seu 60º Aniversário de Fundação e dos 106 Anos da Imigração Japonesa da Província de Yamagata. O destaque ficou por conta da presença de uma comitiva de Yamagata liderada pela governadora Mieko Yoshimura e pelo presidente da Assembléia Legislativa, Masanori Suzuki. Também estiveram presentes à solenidade o cônsul geral do Japão em São Paulo, Noriteru Fukushima, o deputado federal Junji Abe (PSD-SP), o deputado estadual Jooji Hato (PMDB), a presidente em exercício do Bunkyo (Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social), Harumi Goya; o presidente do Enkyo (Beneficência Nipo-Brasileira de São Paulo), Yoshiharu Kikuchi; e o vice-presidente do Kenren (Federação das Associações de Províncias do Japão no Brasil), Mikihisa Motohashi, além do artista plástico Yutaka Toyota, que assinou as obras ofertadas pela associação aos membros da comitiva de Yamagata. Antes da cerimônia, foi feito um minuto de silêncio em homenagem aos pioneiros. Em seu discurso, o presidente da Associação Yamagata, Flavio Tsuyoshi Oshikiri, explicou o motivo dos 106 anos de imigração. “Consta-nos que, no ano de 1907, o sr. Teijiro Suzuki, de Yamagata-Ken, veio para o Brasil, isto é, um ano antes do início da imigração japonesa no Brasil”, destacou Oshikiri, afirmando que “ele deu grande contribuição na assistência aos primeiros imigrantes japoneses no Brasil que vieram com o Kasato Maru”. Segundo ele, há registros que 4.341 pessoas de Yamagata vieram para o Brasil, e após 105 anos, estima-se que existem hoje entre 25 e 30 mil isseis e seus descendentes. Oshikiri traçou um
Apresentação da Japanese Dance Company...
Cerimônia Kagami Wari com Oshikiri, Suzuki, Yoshimura e Fukushima (da esquerda para a direita)
... e do Taiko Shuudan Kiraku encantou os associados
Doação do governo de Yamagata para o Bunkyo, Enkyo e Kenren
O deputado federal Junji Abe também homenageou a governadora Mieko Yoshimura
“O fluxo migratório do Japão para o Brasil terminou na década de 70, mas acreditamos que o Japão pode continuar dando sua contribuição para o progresso do Brasil através do intercâmbio esportivo, científico, cultural e artístico, em especial, na transferência de tecnologia, no campo de controle e combate à poluição, bem como na conservação de recursos naturais”, destacou Oshikiri. Associação homenageou membros da comitiva de Yamagata com obras assinadas pelo artista Yutaka Toyota
paralelo entre a fundação do kenjinkai e os acontecimentos que marcaram a história brasileira naquela época, tais como a criação da Petrobras durante governo Getúlio Vargas e o reinício da imigração japonesa com a entrada da Matsu-
bara Imin, no Paraná, e Tuji Imin, na região Amazônica. Segundo ele, “graças aos trabalhos realizados pelos nossos ancestrais e patrícios, hoje a comunidade nikkei goza de imensa credibilidade e de confiança do povo brasileiro”.
Oshin – Demonstrando muito simpatia, a governadora da província de Yamagata revelou à platéia presente no salão de festas da Associação Miyagi, que participou na regravação da novela Oshin, produção da estatal japonesa que fez muito sucesso no Japão em 1983 (com média de audiência
de 62,9% - a maior da televisão japonesa) e foi exportada para mais de 60 países, inclusive o Brasil. Mieko Yoshimura comparou a trajetória da personagem principal com o sofrimentos dos imigrantes japoneses. “Tenho a sensação que existe muito em comum entre a história de Oshin e dos associados oriundos de Yamagata, que enfrentaram inúmeras dificuldades, seja de língua, costumes e comidas diferentes, mas sem jamais desistir, uma característica do povo de Yamagata”, explicou a governadora, lembrando que aproveitou para visitar a “floricultura do ex-presidente Araki” e também prestou homenagens a todos os imigrantes falecidos no Parque do Ibirapuera, onde conheceu também o Pavilhão Japonês. Solidariedade – Mieko Yoshimura também lembrou que a província de Yamagata acolheu cerca de 13 mil desabrigados do grande terremoto seguido de tsunami
que devastou a costa leste do Japão em 11 de março de 2011. Segundo ela, hoje ainda vivem cerca de 7 mil refugiados em Yamagata. A governadora agradeceu ainda não só o apoio financeiro mas também as palavras de incentivo que fortaleceram o espírito dos japoneses. Yoshimura finalizou seu discurso afirmando que o Brasil vem apresentando “notável desenvolvimento econômico e vem desempenhando um papel de liderança no século 21 e que certamente irá se maximizar com a realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas”. “Nesse contexto, queremos contar com os esforços de todos os associados para fortalecermos o intercâmbio não só com a província mãe como também entre os dois países”, destacou a governadora. Durante a cerimônia, o deputado federal Junji Abe e o deputado estadual Jooji Hato prestaram homenagens à comitiva japonesa. (Aldo Shiguti)
SÃO PAULO
Câmara Municipal aprova aumento do IPTU; vereadores nikkeis justificam seus votos aldo shiguti
A Câmara Municipal aprovou, às 23h30 desta terça-feira (29), em votação definitiva, o Projeto de Lei (PL) 711/2013, que reajusta o IPTU na cidade de São Paulo. O texto permite o aumento de até 35% para os imóveis comerciais e 20% para os residenciais. Agora, o projeto vai para sanção do prefeito Fernando Haddad (PT). A oposição criticou o que considera uma manobra da base aliada, já que a votação foi antecipada para esta terça-feira – a previsão é que ocorresse somente nesta quarta-feira – por receio de novas manifestações. Dos 55 vereadores, 29 votaram a favor e 26 foram contra. Não houve nenhuma abstenção. Entre os nikkeis, Aurélio Nomura (PSDB), ausente na primeira votação – estava em viagem ao Japão – foi contra. Masataka Ota, que se transferiu para o recém-criado Pros (Partido Republicano da Ordem Social), mudou seu voto e desta vez foi contra o governo. George Hato (PMDB), que não esteve presente na primeira votação, seguiu a decisão do partido e votou a favor. Na manhã desta quarta-
divulgação
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Paulo Frange (PTB); Pastor Edmílson Chaves (PP); Reis (PT); Ricardo Nunes (PMDB); Ricardo Teixeira (PV); Senival Moura (PT); Souza Santos (PSD); Vavá (PT); Vadih Mutran (PP). Aurélio Nomura, do PSDB, votou contra
Valor do IPTU pode subir até 35% para os imóveis comerciais
feira, o peemedebista justificou seu voto à reportagem do Jornal Nippak afirmando que, “votei a favor porque, como médico, a cidade de São Paulo precisa arrecadar para construir mais hospitais”. Já a assessoria de Masataka Ota disse que o vereador “votou a favor dos paulistanos”. Sobre a mudança de voto, a assessoria disse que “o vereador votou a favor na primeira votação para abrir uma discussão”. “Como o governo não reduziu (as alíquotas), não teve acordo”,
justificou a assessoria, acrescentando que “o que vale é a segunda votação”. Já Aurélio Nomura critica a postura da situação que, segundo ele, “passou por cima do Regime Interno”. “Vamos apresentar uma representação à Mesa Diretora porque não foi observado o Regimento Interno. Primeiro em não querer ouvir a população, já que estava marcada uma grande audiência para esta quarta-feira. Depois, estamos preocupados porque é uma grande mentira quando
George Hato, do PMDB, votou a favor
se fala que houve uma redução pois o residual será cobrado até 2018”, destacou o tucano, afirmando que “o aumento coloca em risco o patrimônio dos aposentados e dos assalariados”. “As conseqüências serão o desemprego, a falta de estímulo para as novas empresas e o início do aumento da inflação pois trata-se de um tributo que está sendo colocado acima de uma situação normal. É inacreditável que a Prefeitura queira ser sócia dos proprietários de imóveis”, dispara Nomura, que vê uma “série de avalanches de medidas judiciais que vai onerar ainda mais os cofres da Prefeitura”. (Aldo Shiguti)
Masataka Ota, do Pros, votou contra
Veja como votaram os vereadores: A favor do aumento Alessandro Guedes (PT); Alfredinho (PT); Ari Friedenbach (Pros); Arselino Tatto (PT); Atílio Francisco (PRB); Calvo (PMDB); Conte Lopes (PTB); George Hato (PMDB); Jair Tatto (PT); Jean Madeira (PRB); José Américo (PT); Juliana Cardoso (PT); Laércio Benko (PHS); Marquito (PTB); Milton Leite (DEM); Nabil Bonduki (PT); Nelo Rodolfo (PMDB); Noemi Nonato (PROS); Orlando Silva (PCdoB); Paulo Fiorilo (PT);
Contra o aumento Adilson Amadeu (PTB); Andrea Matarazzo (PSDB); Aurélio Miguel (PR); Aurélio Nomura (PSDB); Claudinho Souza (PSDB); Coronel Camilo (PSD); Coronel Telhada (PSDB); Dalton Silvano (PV); David Soares (PSD); Edir Sales (PSD); Eduardo Tuma (PSDB); Floriano Pesaro (PSDB); Gilson Barreto (PSDB); Goulart (PSD); José Police Neto (PSD); Marco Aurélio Cunha (PSD); Mário Covas Neto (PSDB); Marta Costa (PSD); Gilberto Natalini (PVP); Ota (PROS); Patrícia Bezerra (PSDB); Ricardo Young (PPS); Roberto Tripoli (PV); Sandra Tadeu (DEM); Toninho Paiva (PR); Toninho Vespoli (Psol).
JORNAL NIPPAK
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São Paulo, 31 de outubro a 06 de novembro de 2013
comunidade
Pavilhão Japonês reabre suas portas para visitação pública e mira projeto de revitalização fotos: aldo shiguti
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echado para visitação pública desde maio de 2012 para obras de restauro em suas instalações de madeira e descupinização, o Pavilhão Japonês do Parque do Ibirapuera foi reaberto no último dia 25 diante da presença de autoridades e com direito a noticiário nos telejornais da Globo e da Gazeta. Na ocasião, foi descerrada placa em homenagem a Norio Nakashima, que voluntariamente realizou os serviços de reforço estrutural e descupinização no Pavilhão, chamado pela vice-presidente da Comissão de Administração do Pavilhão Japonês, Cristina Izumi Sagra de “verdadeiro Guardião do Pavilhão”. Estiveram presentes à solenidade o secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Ricardo Teixeira (representando o prefeito Fernando Haddad); o cônsul geral adjunto do Japão em São Paulo, Hiroaki Sano; a presente em exercício do Bunkyo (Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social), Harumi Goya; o comandante da Guarda Civil Metropolitana, Eliazer Rodella; o presidente do Conselho Deliberativo do Bunkyo, jurista Kiyoshi Harada; Carolina Tavares, assessora técnica do Departamento do Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal de Cultura (representando a presidente do Conpresp – Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo, Nadia Somek); o diretor do Parque do Ibirapuera, José Alonso Júnior; e Leo Sussumu Ota, diretor de Marketing e Comunicação e presidente da Comissão de Administração do Pavilhão Japonês. Todo construído com material vindo do Japão, o monumento foi um presente do governo japonês à cidade de São Paulo em comemoração ao seu 4º Centenário, em 1954. Administrado pelo Bunkyo desde 1955, foi a primeira vez que o local ficou fechado por tanto tempo em quase seis décadas. Por isso, sua reabertura deixou uma sensação de alívio no ar. Ansiedade – A explicação do cônsul geral adjunto do Japão em São Paulo, Hiroaki Sano, define bem o que significa a reabertura do Pavilhão Japonês do Parque do Ibirapuera à visitação pública. “No dia seguinte que cheguei em São Paulo, caminhei da Av. Paulista, onde estava hospedado, até o Parque do Ibirapuera somente com o intuito de ver o Pavilhão Japonês, que no Japão é muito comentado por se tratar de um símbolo da comunidade nipo-brasileira”, lembrou Sano, para lamentar logo em seguida: “Infelizmente, estava fechado”. “Estava ansioso e esperava todos os dias que fosse reaberto”, disse o cônsul. “Felizmente
Leo Ota, Seiji Ito, Ricardo Texeira e José Alonso Júnior
Autoridades e convidados participam do descerramento da placa em homenagem a Norio Nakashima
O cônsul Hiroaki Sano estava ansioso pela reabertura do pavilhão
Pavilhão, enfim, reabriu suas portas para o público após ficar quase um ano e seis meses fechado
Consul Hiroaki Sano planta muda de ipê
esse dia chegou e estou muito feliz em participar desta cerimônia”, destacou Sano, que agradeceu os esforços da comunidade nikkei e também “de todos os paulistanos, que aceitaram receber este presente”. Alegria – Em entrevista ao Jornal Nippak – e repetido depois durante seu discurso – o secretário Ricardo Texeira disse que a “cultura japonesa está enraizada na cidade
Secretário do Verde e Meio Ambiente planta muda de sakura
de São Paulo há 105 anos, incorporando e modificando os costumes dos paulistanos”. “É uma pena esse espaço ter ficado fechado, pois conta com um acervo muito rico de peças, além de ser um espaço maravilhoso e pouco conhecido dos freqüentadores do parque”, explicou Teixeira, afirmando que, “antes de se pensar em revitalizar o espaço é preciso, primeiro, pensar em divulgá-lo”. “Esse espaço tem tudo a ver com a
miscigenação da cidade de São Paulo e o seu fechamento era motivo de tristeza, pois faltava alguma coisa”, contou o secretário, acrescentando que “o prefeito, que mora aqui perto e costuma freqüentar o parque, sempre me cobrava a reabertura e ficou muito feliz ao saber que seria reaberto”. Falando como turismólogo, José Alonso Júnior observou que a reabertura do Pavilhão Japonês é muito
importante “não só por seus equipamentos como também do ponto de vista turístico, por se tratar de um resgate da cultura japonesa”. “Era um momento muito esperado pelos usuários do parque e de muita coragem pela parceria firmada entre a comunidade nipo-brasileira, através do Bunkyo, e a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente” Presidente da Comissão de Administração do Parque do Ibirapuera, Leo Ota explicou que a maior dificuldade foi encontrar um profissional que pudesse manter a concepção original do projeto, “desde matéria prima até a madeira”. “Não encontramos ningém no Brasil com conhecimento suficiente e tivemos que buscar na origem”, disse Léo Ota, lembrando que o contato com Norio Nakashima foi feito pelo ex-presidente da Comissão de Administração do Pavilhão Japonês e seu atual conselheiro, Sadao Onishi. Do diagnóstico até a conclusão da obra foram seis meses – de março a agosto. Mas o trabalho de substituição das peças de madeira – que vieram via correio – e o tratamento de combate aos cupins, foi feito em apenas uma semana. “Até aí simboliza a precisão e a eficiência de quem detém o conhecimento”, constatou Ota, revelando que a próxima etapa será trabalhar na revitalização do pavilhão. Um das ideias é integrar o Monumento aos Imigrantes ao pavilhão. O projeto paisagístico ficará a cargo do escritório BurleMarx. Os próximos passos serão o projeto executivo e a captação de recursos.
levar outros projetos, como a criação de uma área de degustação em conjunto com apresentações musicais. De imediato, a Comissão pretende retomar as atividades culturais realizadas aolongo do ano, como Festival Hina Matsuri (Dia das Meninas) e Kodomo no Hi (Dia dosMeninos), além de exposições culturais. Também estão nos planos o treinamento de monitores para atender excursões escolares. Seus 1,6 milhão de metros quadrados de área costuma receber cerca de 1.500.000 visitantes/ano. Durante a semana, a presença de público varia entre 20 e 30 mil. Aos sábados, a média é de 60 mil a 80 mil e, aos domingos, de 120 a 160 mil. “Temos dois picos, que são o Dia da Criança e o feriado de 1º de Maio, com cerca de 350 mil visitantes por dia”, explica o diretor do parque. Já o Pavilhão Japonês, com seus 7.500 m2, conforme apurou o Jornal Nippak, recebe, todos os anos, cerca de 20 mil visitantes. Em 2008, por ocasião dos festejos do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, esse número pulou para 40 mil visitas. (Aldo Shiguti) Pavilhão Japonês Local: Parque do Ibirapuera (entrada pelo portão 10) Funcionamento: Quarta, sábado, domingo e feriados, das 10 ás 12 horas, e das 13 às 17 horas
Ingressos: R$ 6,00 (adulto) e R$ 3,00 (estudantes com carteirinhas e crianças de 5 a 11 anos). Crianças menores de cinco e idosos acima de 65 anos não pagam
Projetos – Paralelamente, conta Leo Ota, a proposta é
Informações pelos telefones: 5081-7292 ou 3208-1755
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São Paulo, 31 de outubro a 06 de novembro de 2013
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registro
59ª edição do Tooro Nagashi reverencia alma dos antepassados. E espera cerca de 15 mil visitantes divulgação
O
Bunkyo de Registro (Associação Cultural Nipo-Brasileira de Registro), em parceria com a Comissão Organizadora do Centenário da Colonização Japonesa em Registro, Sete Barras e Iguape, Nichirenshu Emyoji, Associação Cultural e Esportiva de Registro (Acer) e Prefeitura Municipal de Registro, realiza nos dias 1º e 2 de novembro (sexta e sábado), a 59ª edição do Tooro Nagashi. Este ano, segundo o presidente do Bunkyo de Registro, Kuniei Kaneko – e conforme antecipou o Jornal Nippak – uma das novidades será a presença de membros da comitiva de Nakatsugawa – cidade-irmã de Registro – que virá especialmente para a festa do Centenário, que acontece na quinta-feira (31 de outubro), véspera do Tooro Nagashi. “É a quinta vez que recebemos uma comitiva de Nakatsugawa, mas muitos nunca tiveram oportunidade de assistir o Tooro Nagashi”, explica Kaneko, que acrescentando que este ano são esperados cerca de 15 mil visitantes nos dois dias, incluindo caravanas já confirmadas de diversas localidades do país. Marcado por cerimônias religiosas com o objetivo de homenagear as almas dos antepassados e as vítimas de acidentes da BR 116, o evento também mescla cul-
Cerimônias religiosas marcam o Tooro Nagashi de Registro
Ponto alto é a soltura dos barquinhos, que dão um colorido especial ao rio Ribeira de Iguape
tura e culinária. A praça de alimentação, por exemplo, além dos já tradicionais pratos típicos preparados pelo Fujinbu do Bunkyo, Fenivar (Federação das Entidades Nikkeis do Vale do Ribeira) e da Acer, terá também uma barraca de sashimi de manjuba – uma especialidade de Registro – e ostra. Como nos anteriores, haverá também exibição de sumô com atletas da Sudoeste. O ponto alto, no entanto, é a soltura dos tooros (este ano serão cerca de 2.500, todos montados pelos alunos da APAE de Registro – Associação de Pais e Amigos dos
Excepcionais – e da AME – Apoio ao Menor Esperança), que acontece por volta das 19 horas de sábado (2). Com a escuridão, as lanternas dos barquinhos refletem nas águas dando um colorido todo especial ao Rio Ribeira de Iguape. Os tooros podem ser adquiridos na secretaria do Bunkyo (telefone: 13/3822-4144 e 3822-2865) ao preço de R$ 15,00 (cada um). O Tooro Nagashi de Registro faz parte dos Calendários Oficiais de Eventos Turísticos do Município e do Estado de São Paulo. (Aldo Shiguti)
PROGRAMAÇÃO
Culto em memórias às vítimas na BR 116 também faz parte da programação religiosa
Praça de alimentação terá ostras e sashimi de manjuba
Cerimônia Inter-Religiosa é uma das marcas do evento
DIA 1/11 (SEXTA) Local: Cemitério da Sau dade 9H: Cerimônia Inter-Religiosa no Monumento das Almas Local: Rua Miguel Aby-Azar 19H30: Apresentação de Danças Minyo Yamato-Kai 19H45: Wadaiko do Bunkyo de Registro 20H: Bon Odori 22H30: Matsuri Dande DIA 2/11 (SÁBADO) Local: Próximo à ponte 9H: Culto da Seicho-No-Iê às vítimas de Acidentes na BR 116 Local: Rua Miguel Aby-Azar
10H: Exibição de Sumô 17H: Cerimônia de Purifi cação das Águas do Rio Ribeira de Iguape 18H: Ato Inter-Religioso para as almas dos antepassados 19H: Tooro Nagashi 20H: Bon Odori 21H: Apresentação de Danças Minyo Yamato-Kai 21H10: Wadaiko do Bunkyo de Registro 21H20: Matsuri Dance 21H30: Bon Odori 22H30: Encerramento com Queima de Fogos de Artifícios *Programação sujeita a alteração
RIO DE JANEIRO
Comunidade nipo-brasileira recepciona novo cônsul geral Yasushi Takase A recepção pela comunidade e simpatizantes ao novo cônsul-geral do Japão, Yasushi Takase, foi muito calorosa: aconteceu na Associação Nikkei do Rio de Janeiro em 12 de outubro, à Rua Cosme Velho 1.166. Walter Yoshida, vice-presidente da Renmei, foi o mestre de cerimônia. Akiyoshi Shikada, presidente da Renmei, Roberto Kobayashi, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Japonesa do Rio de Janeiro, Minoru Matsuura, presidente da Rio Nikkei e Yssamu Takao, vicepresidente do Instituto Cultural Brasil Japão, saudaram o recém-chegado. O vice-presidente da Câmara Japonesa, Yasushi Hata, convocou o brinde de boas vindas.
Fujinbu Rio Nikkei e convidadas.
Convivas de instituições japonesas junto à recém chegada família Takase
Saudações do cônsul-geral Yasushi Takase
lesa Asako Takase, e sua filha Yumiko, 13 anos. Integra a família o filho Jun, de 21 anos. Após o almoço de confraternização, o casal Takase se deslocou de convidado em convidado, cumprimentando gentilmente ao ser apresen-
tado por Akiyoshi Shikada, presidente da Renmei. (Texto e fotos de Teruko Okagawa Monteiro)
Em seu agradecimento, o cônsul-geral Yasushi Takase revelou que pretende estreitar o laço entre o Japão e os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, sob sua jurisdição. Veio acompanhado de sua esposa, consu-
Membros da Câmara Japonesa cumprimentam o novo cônsul-geral do Japão Yasushi Takase e sua senhora.
Esquerda, Minoru Matsuura, presidente da Rio Nikkei, responsável pelo almoço, e Akiyoshi Shikada, presidente da Renmei.
Direita, Hiroshi Fujiuchi, diretor da Escola Japonesa do Rio de Janeiro, esposa Tomiko Fujiuchi e professores com suas famílias.
Esquerda, consulesa Asako Takase, cônsul-geral Yasushi Takase, Yasushi Hata, Akiyoshi Shikada, Roberto Kobayashi, Isabela Sabóia e João Sabóia, assessor especial da Prefeitura de Resende.
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KENSHUSEIS
Associação de Ex-Bolsistas realiza IV Encontro Nacional
JCM é gente que faz
arquivo pessoal
A
conteceu de 12 a 15 de outubro, em Porto Alegre (RS), o IV Encontro Nacional de Kenshuseis. A sessão de palestras e debates ocorreu no auditório do Hotel tendo como tema “A presença do Nikkei nos diversos setores de atividade,” abrangendo as áreas da política, da agricultura, da segurança pública, da ciência e tecnologia e o terceiro setor. Contou com a participação de 41 pessoas dentre as quais o cônsul Takeshi Goto, chefe da representação diplomática do Japão em Porto Alegre, e José Freitas, secretário da Segurança Pública do município de Porto Alegre. Na ocasião, o cônsul Goto recebeu da Associação dos ex bolsitas o Prêmio Mário Osassa em sinal de reconhecimento pelos relevantes serviços prestados aos kenshuseis. A palestra introdutória sobre “A imigração japonesa no Brasil. Causas e consequências” foi proferida pelo professor Kiyoshi Harada, que sumariou as causas do lado japonês e do lado brasileiro. No que diz respeito às consequências apontou os efeitos positivos em geral gerados pelos imigrantes e seus descendentes, esclarecendo que os resultados específicos nos cinco setores retromencionados seriam objetos de exposição pelos demais palestrantes. Após resumir as fases da evolução e integração do Nikkei na ampla sociedade brasileira citou alguns dados importantes no que diz respeito ao fenômeno da imigração japonesa no Brasil, nem sempre lembrados pelos estudiosos da matéria, mas que foram decisivos para que os nikkeis atingissem o estágio atual na escala social brasileira: a participação na política; a receptividade do povo brasileiro, além das características comuns dos nikkeis do mundo inteiro por todos lembrados, tais como a disciplina, a honestidade, a responsabilidade, o respeito à hierarquia, a força de trabalho etc. Abordou, também, o lado alegre na vida dos primeiros imigrantes graças a sua mobilidade social capaz de aglutinar forças para promoção de eventos sociais, esportivos, recreativos e culturais fazendo um contraponto com as costumeiras narrativas a respeito, sempre caracterizadas pela dor, tristeza e sofrimento como marcos maiores do fenômeno
IV Encontro Nacional de Kenshuseis foi realizado em Porto Alegre e reuniu 41 participantes
da imigração japonesa no Brasil. Ao final da exposição houve diversas manifestações do público presente provocando debates acalorados. Segurança Pública: Esse velho e sempre atual tema foi abordado pelo coronel Armando Kihara. De início ele fez uma velada crítica à política de manutenção da maioridade penal aos 18 anos, bem como à política de desarmamento da população civil que ficou a mercê de bandidos armados. Fez comparações com o sistema de segurança pública de outros países, notadamente com o do Japão que implantou o sistema de policiamento comunitário, o Koban. Terminou enfatizando a necessidade de harmonizar o desrespeito aos direitos humanos e a ação policial agindo com razoabilidade de sorte a prevalecer o compromisso com a segurança pública. Ao final houve várias discussões sobre a matéria, inclusive, com a intervenção do secretário de Segurança Pública do Município de Porto Alegre, José Freitas. Política – Sobre a influência do Nikkei no setor da política falou Oscar Urushibata. Fez um longa introdução abordando diversos aspectos históricos pertinentes ao tema. Traçou um quadro de políticos eleitos na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo e na Câmara Federal. Discorreu sobre participação dos nikkeis nos cargos do Executivo (Prefeito, Vice-Prefeito, Ministro do Estado e Secretários de governos estaduais).
Concluiu a palestra enfatizando que os nipo-brasileiros têm muita contribuição a dar no campo político neste momento em que a população clama pela transparência, ética e honestidade. Provocou inúmeras discussões que foram abreviadas devido ao adiantamento da hora. Agricultura: O Dr. Milton Hiwatashi discorreu sobre a influência do Nikkei no setor rural. A palestra inteiramente ilustrada com belíssimas imagens fotográficas coloridas, pertinentes a cada subsetor abordado, prendeu a atenção do público, não só pela forma de apresentação artística, como também pela riqueza de seu conteúdo. As influências do Nikkei nesse setor podem ser assim resumidas: (a) a mudança do hábito alimentar do povo brasileiro; (b) a introdução de novas técnicas de produção; (c) a introdução de novas variedades e novas culturas; (d) o aumento da produtividade; (e) o escalonamento e a conservação da produção; (f) as técnicas para conservação do solo e do meio ambiente; ( g) a produção sustentável. A seguir citou os setores onde a atuação do Nikkei deu maior contribuição: floricultura, fruticultura; horticultura; e cereais, além de discorrer sobre os pesquisadores nikkeis no setor agrícola. A palestra despertou interesse do público presente que formulou inúmeras indagações. Ciência e tecnologia: O Dr. Marcus Vinicius Kiyoshi
COLUNA DO JORGE NAGAO
Onodera que iria falar sobre a participação do nikkei na área cientifica e tecnológica não pode comparecer ao evento por razões de doença na família. Enviou o seu texto e com base nele o Dr. Tomio Katsuragawa desenvolveu o tema fazendo um paralelo entre a ciência e tecnologia no Japão e a ciência e tecnologia no Brasil e a comunidade Nikkei. Ponderou que o desenvolvimento nesse setor está intrinsecamente ligado ao investimento público. Citou pesquisadores nikkeis que se destacaram na área da agricultura, o envolvimento do Nikkei na área da saúde agrupados em torno de hospitais que contaram com o apoio do governo japonês. Em conclusão aduziu que há um gradativo apoio institucional do Poder Público no setor cientifico e tecnológico com desenvolvimento de esforços por empresas públicas em parceria com o governo japonês. Na ausência do autor não houve debates sobre o tema. Terceiro setor: Finalmente, Jairo Uemura, que preferiu improvisar a sua palestra, discorreu sobre a influência do nikkei no terceiro setor narrando a sua experiência nessa área como diretor e atual presidente do Kibô-no-Iê. Enfim, o encontro de kenshuseis foi altamente positivo provocando acalorados debates que trouxeram à tona diferentes aspectos dos temas debatidos nem sempre ao alcance visual de todos no mundo agitado em que vivemos. (Colaborou: Kiyoshi Harada)
João, 73 anos, enfrenta o primeiro desafio do dia: barbear-se. Nós, barbados comuns, em poucos minutos estamos com a cara limpa. João Carlos, no entanto, por ter a mão direita praticamente fechada devido à LER, perde de dez a quinze minutos de seu tempo diminuto diante de tanto trabalho. Ao som do “Barbeiro que se vira”, ou melhor, “Barbeiro de Sevilha”, o aparelho de barbear dança em sua mão titubeante. Os pelos, pelo sim, pelo não, pelo contrário, que brotam no queixo, eu também me queixo, são abatidos um a um com paciência de Jó, Soares. Escanhoado, enfim, ele comemora a sua bárbara vitória. Foi barbada porque ele é do babado. Depois do “café com pão, café com pão, manteiga não”, o maestro e pianista João Carlos Martins deixa os Jardins, e entra com os músicos de sua Orquestra, em fila harmônica, no ônibus cujo destino pode ser a favela Heliópolis, Arthur Alvim, Ermelino Matarazzo ou Jardim Peri, na periferia paulistana, para garimpar talentos juvenis. A orquestra, adotada pela Fiesp/Sesi-SP, foi formada assim. Ambicioso, ele pretende exportar muitos músicos para o mundo, como faz a Venezuela. A musicalidade dos brasileirinhos pode fazer tanto pelo país como faz o futebol, diz ele, convictamente. Futebol é outra paixão de João. Quando joga, põe uma luva de boxe na mão esquerda “para protegê-la ou usá-la se meu time estiver perdendo...”, explica ele, sempre bem humorado. A simpática Portuguesa de Desportos é o seu time. O garoto João foi assistir a um treino da Lusa e levou uma bolada, não de dinheiro. Os atletas o acudiram e ele, comovido, adotou o time. Aos 26 anos, em 1966, já pianista famoso, encontrou o time da Portuguesa trei nando no Central Park, em NY. O treinador Aimoré Moreira permitiu que o artista jogasse com seus ídolos. Não deveria. Pois, num lance banal, João caiu sobre uma pedra afetando justamente o nervo responsável pelos movimentos da mão. Após um longo tratamento,
ele retornou aos palcos por um breve período. Per cebendo um declínio em sua performance, decidiu encerrar a carreira. Sete anos depois, deu a volta por cima. A primeira, de muitas. Na final do Brasileirão de 1996, Grêmio e Lusa. João Carlos, em NY, torcia pela grande conquista de seu time. No fim do jogo, o gol do adversário transformou o sonho em pesadelo. Ah, Portuguesa, desafinaste e “Johann” esqueceu Bach e caiu no choro, com certeza. Mas, em 2007, aconteceu algo que João não se esquece... Estava no estádio do Canindé quando um entusiasmado fã o apresentou à esposa. - Não é um milagre, que rida, encontrar num jogo da Lusa, pela série B, o maior intérprete de Bach! - Muito prazer, senhor. Não o conheço porque não frequento BAR - justificou a mulher. João é um homem com muitas histórias inveros símeis. Você sabia que ele, como secretário municipal da Cultura, salvou dois ícones da cultura paulistana: o TBC, graças ao diretor “Ravengar”Abujamra, e o Teatro Oficina, de José Celso Martinez Corrêa?; que ele, depois de parar de tocar nos anos 70, patrocinou a volta aos ringues de Eder Jofre que conquistou, graças a JCM, o seu segundo título mundial?; que ele foi empresário, nesta mesma década, de Elis Regina e Roberto Carlos, quando trabalhou com Marcos Lázaro?; que ele até tocou com o “pianista” cara-de-pau Maluf, que não tem conserto, para ajudar seu amigo, o maestro Isaac Karabtchevsky? Por essas e outras, João Carlos Martins, pianista e regente, é gente que faz. E bem. Muito bem. Parabéns! Jorge Nagao, além do Nippak e www.portalnikkei.com.br, também está na constelação do www.algoadizer. com.br. E-mail: jlcnagao@uol.com.br
NIPÔNICA
Pavilhão Japonês, a Joia do Parque Ibirapuera “Em maio de 1954, um domingo, às 10h30m, foi celebrado o mune age shiki, cerimônia que marca a conclusão da cobertura do Pavilhão Japonês, localizado ao lado de um lago, dentro do Parque Ibirapuera. Era um dia de céu límpido e azul. Tudo preparado para a cerimônia, um ritual xintoísta. Já às 10h, uma multidão de duas mil pessoas se aglomerava diante do pavilhão e chorava de emoção, ao se aproximar das madeiras frescas, das pedras imensas, do tatame e do fussuma, entre outras coisas, sentindo-lhes a textura e o aroma”. (O Imigrante Japonês - Tomoo Honda, pag. 157) E no dia 6 de setembro, o pavilhão, uma doação da comunidade japonesa no Brasil em parceria com o governo japonês à cidade de São Paulo pela comemoração do IV Centenário de sua fundação, foi inaugurado com muita pompa
e presença do governador do Estado, Lucas Nogueira Garcez. Depois, foram 240 mil visitantes apenas durante todo o primeiro ano em que se transcorreram as festividades. O pavilhão emocionou muito a comunidade, na época, sim, mas causou tanta admiração aos visitantes de outras etnias que ganhou o apelido de “jóia do Parque Ibirapuera” ou de “um jardim dentro de outro” A razão de trazê-lo aqui é devido à sua recente reabertura ao público, após período fechado para reforma; ao desconhecimento, até de boa parcela da comunidade nipo-brasileira, de sua existência; e, principalmente, por sua importância à história da imigração japonesa no Brasil. Sem contar que correu o risco de ser demolido, em 1997, devido a uma determinação do autor do plano-diretor do parque, o arquiteto Oscar Niemeyer, que não queria nenhuma edificação às margens do lago. Um abaixo-assinado, na época,
demoveu-o da intenção. Devido a isso, na época, por minha conta, ao fazer uma enquete naquele local, obtive dos visitantes os melhores elogios, tais como, além de mais bonito, ser o mais bem conservado local para visitação do parque. Mérito também de um altruísta japonês, Norio Nakashima, presidente da empresa Nakashima Komuten que, pela terceira vez, de forma voluntária, veio restaurá-lo, trazendo seus especialistas. E por que o pavilhão é importante à imigração japonesa no Brasil? Porque a partir dele é que a paz e a harmonia voltaram a reinar na comunidade! Quando a Comissão do IV Centenário da Cidade de São Paulo convocou todas as colônias estrangeiras estabelecidas no Estado a participarem das festividades e estendendo chamada também aos governos dos respectivos países, a japonesa, ainda sob impacto pela derrota da guerra e, principalmente, pela ainda recente, e única, mácula (Shindo Renmei) de sua história, não pode atendê-la de imediato, visto que estava dispersa e o próprio consulado havia perdido a
moral que possuía antes da guerra. O que viabilizou essa realização foi a forte determinação de alguns abnegados nikkeis que, cientes do clima de desconfiança que ainda reinava no meio da comunidade, devido à questão “vitoristas/ esclarecidos”, não mediram esforços no sentido de, primeiramente, convencer todos a voltarem a se juntar por uma causa comum. A parte financeira foi consequência. Daí, com o apoio do consulado geral, esse patrimônio, cujo material, em sua integridade, até mesmo o barro de suas paredes e pedras do jardim e lago interno, foram trazidos do Japão, é, hoje, o único monumento de pé... e ainda muito bem conservado, daquela comemoração histórica desta cidade!
*Silvio Sano é arquiteto, jornalista e escritor. E-mail: silviossam@ gmail.com
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CULTURA
HAICAI BRASILEIRO
O
Jornal Nippak publica aqui os haicais enviados pelos leitores. Haicai é um tipo de poema que se originou no Japão. Seu maior expoente é Matsuo Bashô (16441694). O haicai caracteriza-se por descrever, de forma breve
e objetiva, aspectos da natureza (inclusive a humana) ligados à passagem das estações. Hoje, no mundo inteiro, pessoas de todas as idades e formações escrevem haicais em suas línguas, atestando a universalidade dessa forma de expressão.
TEMAS DE OUTUBRO Outubro – Mexilhão – Semeadura Regresso do mar – Vem arcado o pescador com os mexilhões Alvaro Posselt Curitiba, PR
Hoje no galpão O arado da semeadura Ah! Tempo distante... Irene M. Fuke São Paulo, SP
Mexilhões nas rochas – também nessas minhas mãos calos encravados Neide Rocha Portugal Bandeirantes, PR
ando em Porto Alegre – túneis de jacarandás nas ruas de outubro Amauri Solon Rio de Janeiro, RJ
Trovão tão distante... Chegarão à semeadura A esperada chuva? Irene M. Fuke São Paulo, SP
outubro – até onde a vista alcança cores e mais cores Regina Alonso Santos, SP
mexilhão à vista – tem banquete de gaivotas na maré vazante Amauri Solon Rio de Janeiro, RJ
sorri o camponês céu de nuvens cinzas sobre sua semeadura José Marins Curitiba, PR
eleva-se o canto na região ribeirinha... semeadura Regina Alonso Santos, SP
Caipirinha pronta – Chiando na frigideira mexilhões no azeite. Benedita Azevedo Magé, RJ
Domingo em família – Arroz com mexilhões e histórias antigas. Mahelen Madureira Santos, SP
Céu nublado Cheiro de mato molhado tempo de semeadura Yara Brotto Niterói, RJ
festa na fazenda após a semeadura – chuva abundante Carlos Viegas Brasília, DF
Lavrador feliz a caminho do roçado – Tempo de semeadura. Mahelen Madureira Santos, SP
Sob chuva fina Escorre junto o suor Plena semeadura. Yone São Paulo, SP
começo de outubro as primeiras chuvaradas da nova estação Carlos Viegas Brasília, DF
Dia doze de outubro garoto carente sonha – Rosto na vitrine. Mario Isao Otsuka São Paulo, SP
Fim de piquenique As cascas dos mexilhões Largadas na areia. Zekan Fernandes São Paulo, SP
Temas de dezembro (postar até 10 de novembro) Acará-bandeira (peixe) – Castanha – Formatura
tro de uma casca espinhenta lembrando um ouriço. Na época certa, ele se rompe libertando seu conteúdo, que vai ao chão, onde é colhido manualmente. A maior parte das castanhas é importada de seu país de origem, mas já existe uma pequena produ-
Cada pessoa pode participar com apenas uma identidade. A seleção dos trabalhos é feita pelos haicaístas Edson Kenji Iura e Francisco Handa.
Envie suas cartas para: Haicai Brasileiro A/C Jornal Nippak Rua da Glória, 332 CEP 01510-000 São Paulo-SP E-mail: jornaldonikkey@yahoo.com.br Cc. ashiguti@uol.com.br
Temas de janeiro/2014 (postar até 10 de dezembro) Piranha – Aguapé – Chafariz
Castanha (tema de dezembro) Próximo ao Natal, as castanhas portuguesas aparecem em quantidade no mercado, para enfeitar a mesa da ceia, assadas ou cozidas. Também compõe diversas receitas de seu cardápio. São base para o doce marcem denrom-glacê. Nas
Envie seus haicais (no máximo três de cada tema sugerido) digitados ou em letra legível, com nome (mesmo quando preferir o uso de pseudônimo), endereço e RG.
ção local. A castanheira, árvore que alcança vinte ou trinta metros de altura, adaptou-se bem ao clima fresco da Serra da Mantiqueira, especialmente em São Bento do Sapucaí. Pesquisadores brasileiros conseguiram adiantar sua colheita, para que coincidisse
Edson Kenji Iura com a época natalina, apesar de ser na origem um produto de outono. Também é cultivada em outros estados da Região Sul. Também o empregado do sítio de seringueiras vai catar castanhas Togetsu Kochi
ARTES
Registro comemora Centenário da Imigração e recebe mostras de Tomie Ohtake e Ivone Shirahata divulgação
A exposição “Gestos Escultórios”, com obras da artista plástica Tomie Ohtake, prossegue até o dia 23 de novembro na sede da Associação Cultural Nipo-Brasileira de Registro - Bunkyo. A mostra foi organizada em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo por meio do Sistema Estadual de Museus – Sisem - SP, que integra a Unidade de Preservação do Patrimônio Museológico, a Acam Portinari e a Prefeitura do Município de Registro e sua Secretaria Municipal de Cultura. As obras foram realizadas
guei no Brasil, a ceramista registrense Ivone Shirahata apresenta em Registro, sua cidade natal, a exposição intitulada “Origem”. A mostra em comemoração ao centenário da imigração japonesa no Vale do Ribeira ficará aberta para visitação até 10 de novembro no Complexo Cultural KKKK, de segunda a sexta das 8h30 às 19h, e aos sábados das 10h às 18h. A entrada é gratuita.
Escultura de Tomie Ohtake em exposição no Bunkyo de Registro
Ivone é uma das mais importantes representantes da arte koguei
nos três últimos meses e a artista, apesar de completar em 21 de novembro o seu centenário, trabalhou arduamente para que Registro tivesse pe-
ças inéditas. Ivone Shirahata – Considerada uma das mais importantes representantes da arte ko-
Higanbana Filmado em 1958, Higanbana – Flor do Equinócio, é o primeiro filme colorido de Yasujiro Ozu. Com a suavidade que é própria deste grande cineasta, lentamente, entramos no universo da estória que nos conta. Mal entramos, e já estamos ali, totalmente imersos, no mundo que nos mostra. Desta vez, temos Hirayama, um próspero pai de família em cena de festa de casamento. Hirayama é um homem bem sucedido, cordial e bom conselheiro para as agruras alheias e que está intrigado com a ausência de seu amigo Mikami na festa de casamento da filha de outro de seus amigos. No dia seguinte, o próprio Mikami o procura para se justificar pela ausência na festa e, ao mesmo tempo, para pedir que Hirayama vá conhecer o lugar onde sua filha está trabalhando. Não demora muito, Hirayama vai até o local onde a moça trabalha, se apresenta a ela e pede para terem uma conversa a sós. Compreensivo, ouve os argumentos da moça, mostra-se solidário a ela e no final do encontro até oferece uma ajuda em dinheiro, que felizmente é rejeitada pela moça. No final, as relações entre o amigo e a filha parecem se apaziguar, graças à intermediação de Hirayama. Dias mais tarde, Hirayama recebe a visita de um rapaz. Agora, trata-se do namorado de sua filha mais velha. Aflito, por saber que dentro de poucos dias será transferido de local de trabalho, vai até a empresa de Hirayama e se apresenta a ele como pretendente da mão de sua filha. Ofendido com tamanha ousadia do rapaz, volta logo para sua casa e ao cobrar satisfações da esposa, ela alega de nada saber. A filha logo chega e o drama familiar se estabelece. O pai insiste que o namorado não será o melhor marido para a filha. Ele tem outros planos e outro pretendente para ela. Ela não aceita e diz que de sua felicidade quer ela
mesma cuidar. Sem mais nada dizer, sai de casa e vai até a casa do namorado cobrar satisfações. Lá eles se acertam e se reafirmam. Desejam mesmo ficar juntos. Amuado por não ser ouvido em casa, o pai se nega a comparecer e reconhecer o casamento da filha. A mulher procura um de seus amigos e lhe solicita que cuide dos preparativos para o casamento. O amigo comunica a Hirayama que cuidará do casamento de sua filha. Na véspera do casamento, Hirayama chega a sua casa com um pequeno embrulho. A esposa abre e surpresa, pergunta ao marido o que significa aquilo. Ele, sem dar muita importância, diz que terá que ir ao casamento, já que todos seus amigos irão. Dias mais tarde, Hirayama vai para Osaka para mais um encontro com os amigos de juventude. Juntos, fazem balanço de suas vidas. Na volta, Hirayama passa por Quioto para visitar a velha amiga e sua filha, amiga de sua filha mais velha. Lá fica sabendo que apesar dele ter comparecido ao casamento, a filha estava triste pelo fato do pai não ter dado um único sorriso sequer durante todo o casamento. A amiga da filha sugere que antes de voltar para casa em Tóquio, ele passe por Hiroxima onde a filha está vivendo. A idéia parece agradá-lo. Mais do que depressa, a amiga corre ao telefone e liga para sua casa anunciando à esposa as intenções do marido. Feliz pela decisão do marido, ela lhe deseja uma boa viagem. Este é mais um dos filmes do grande cineasta Yasujiro Ozu. Como sempre vemos em seus filmes, aqui também, trata de questões que envolvem a existência humana. A passagem do tempo, o conflito das gerações, a vida e a morte. As contradições que nos rondam por todo o tempo e a nossa eterna busca pela felicidade que, no entanto, quase nunca ousamos admitir.
marisatake@yahoo.com.br
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O que é pesca esportiva? Qual a relação entre a palavra e o que se pratica? divulgação
Curtas
Saia Double MTK
Praticada e com regras específicas em muitos países, o catch and release (no Brasil = pesca esportiva) gera divisas com o turismo da pesca. Mauro Novalo
A Para aqueles momentos de lazer e passeios a MTK contempla a ala feminina, adepta aos esportes Outdoor com a Saia Double, cuja amplitude de uso permite dupla variação: uma versão mais “comportada” (ao nível do joelho); e uma mais “ousada” (por intermédio da retirada do zíper, encurta-se até 12cm acima da medida anterior). Praticamente dois produtos pelo preço de um. Permite estender seu uso no dia a dia pela sua extrema versatilidade. Utiliza lycra na cintura (cós baixa) e nas laterais que se ajustam ao corpo, modelando a silhueta feminina confortavelmente. Desenho moderno com diversos bolsos completam o design. Tamanhos: P/M/G/GG nas cores: caqui, preto, marinho, musgo, camuflado, camuflado cinza e cinza. Procure nas melhores lojas do ramo. Informações www.mtkbrasil. com.br
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pergunta: onde está a esportividade num anzol espetado na boca do peixe, que o faz pular para tentar se soltar? Eco defensores do meio ambiente sempre tem esta pergunta na ponta da língua e, querem saber que esporte é este, quando um dos participantes é premiado com um ferimento (indolor ou não) na boca ou às vezes em outras partes do corpo? O conceito pesca esportiva é sabidamente mais amplo. Para melhor explicar vamos pensar na origem do ser humano, onde teremos 3 versões do homo sapiens: caçador, pescador e o agricultor. Instintivamente poderíamos dizer que isto está gravado no DNA e, queira ou não um ou mais destes afloram à personalidade e, podem desencadear num hobby praticado com vontade e alegria. A versão pescador seguindo a tendência atual (respeito a natureza) introduz o ato de pescar e soltar, respeitando o peixe como parceiro e, a preocupação de devolvê-lo à água, em perfeitas condições de sobrevivência. Embora não se tenha dados oficiais no Brasil, provando que o pesque solte é positivo para sobrevida do animal, não é raro capturarmos espécies com o anzol cravado na boca ou com marcas de terem sido capturadas anteriormente e, ainda assim se alimentando. Quem freqüenta os pesque-pagues que permitem o pesque solte, percebe isso claramente. Em termos de negócio, o dono do empreendimento fatura mais quando o peixe é devolvido, pois contente com a captura, fatalmente o freqüentador retorna ao local para tentar novamente, e o ciclo continua. O detalhe é que estes locais foram criados no primeiro momento pensando em ser local de pesca e abate (tanto que antes eram denominados pague e pesque). Países do cone Sul como a Argentina, já caminham nesta trilha a tempos e, enxergam com clareza o valor do “peixe vivo”. Isto atrai pescadores de muitos países atrás das suas trutas, que precisam de hospedagem, serviços de apoio, roupas, acessórios, guias e etc. Dá para imaginar o quanto abre o leque de negócios em volta do “simples” ato de pescar. E nem começamos a falar sobre desenvolvimento de equipamentos. É preciso de informações, do peixe e o seu habitat, condições do tempo, geografia do local e outras coisas mais para direcionar para uma boa escolha de iscas, equipamentos e, escolher todo o material necessário para a pesca-
ria. Ah, não pense que pesca esportiva só cabe a quem usa iscas artificiais, pois pescar com isca natural e ter a consciência de devolver o peixe corretamente, também se encaixa plenamente no tema. Isto só não basta, é preciso se envolver politicamente quando o tema é proteção ao meio ambiente e isso desencadeia processos, como organizações, associações de pescadores e etc. A viagem passa da parte digamos boa, para a realidade onde o indivíduo percebe que precisa ser cidadão e participar mais de outros assuntos que antes não lhe parecia interessante, e se assim não for, tem a consciência que o seu ato vai ser meramente simbólico e não ter efeito nenhum. É necessário mostrar o que é a atividade em si e, o quanto representa em números de pessoas e cifras para em seguida adequa legislação em todas as esferas: Federal, Estadual e Municipal para atender adequadamente a área. Para isso é preciso muito mais do que apenas gostar e saber pescar. É preciso desenvolver consciência política e trabalhar fortemente a toque de caixa, para mostrar que pesca esportiva nada tem a ver com pesca comercial e, tem muito mais para oferecer e gerar divisas ao país.
Os adeptos da pesca esportiva acreditam nisso e, trabalham para disseminar este estilo. Hoje vemos menos daqueles grupos que chegavam com grandes isopores para preservar o pescado. Claro que ainda tem gente que imagina poder abater parte das despesas das pescarias desta forma. Comer peixe fresco é saudável e recomendável. Separar um ou mais para degustar na beira do rio, não faz mal a ninguém. O caldo começa a engrossar quando se traz para casa para mostrar o quão grande pescador se é e, no fim lá fica o freezer lotado de peixes congelados. A tecnologia trabalha a favor do pescador e, para guardar para posteridade, câmeras digitais podem facilmente capturar ótimas imagens. Mais que isso, as informações voam na internet, assim a comunicação e a integração fica muito mais fácil e rápido, facilitando ao internauta pescador o acesso as informações que, antes além da dificuldade em obter, eram guardadas a sete chaves. Hoje, isso é instantâneo, num simples clic do mouse. Podemos dizer que o mercado de pesca no Brasil ainda está engatinhando mas os recursos pesqueiros precisam ser estudados e estruturados rapidamente. Temos a res-
ponsabilidade de aprender a lidar com isso, visualizar a necessidade e urgência de providências, para não ver escoar este nicho. O peixe vivo no seu habitat natural, e tudo ao seu redor, pode se transformar se direcionado e planejado, em excelente fonte de renda, encaixando turismo e pesca num mesmo pacote. Isto sem falar nos fabricantes e lojas de barcos, equipamentos, iscas, roupas, calçados e etc alusivo e necessário para a prática da pesca. Então, você é um pescador esportivo? Apoio MTK Fishing Adventure Outdoor www.mtkbrasil.com.br Moro e Deconto www.morodeconto.com.br Piscicultura Chang www.pisciculturachang.com.br Kicker do Brasil www.kickerdobrasil.com.br Mustad www.mustad.com.br Calçados Primavera www.botinasprimavera.com.br BY Aventura www.byaventura.net.br Pesqueiro 63 www.pesqueiro63.com.br
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Mauro Yoshiaki Novalo Texto: Mauro Yoshiaki Novalo Revisão: Aldo Shiguti Publicidade nippak@nippak.com.br Tel. (11) 3208-4863
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1º Festival Japonês supera expectativas; prefeito garante evento em local mais amplo em 2014 fotos: aldo shiguti
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erca de 5 mil pessoas passaram pelo Ginásio Poliesportivo Paschoal Thomeu, no bairro Bom Clima, em Guarulhos (SP), palco do 1º Festival Japonês, realizado no último fim de semana (26 e 27). Segundo o coordenador geral do evento, Luciano Sakaue, a presença de público “superou nossas expectativas”. “Por ser a primeira edição foi mais do que esperávamos”, disse Sakaue, lembrando que tanto ele como Yoshio Imaizumi e Jorge Ota, que também fizeram parte da Comissão Organizadora, já acumulavam experiências em outros eventos, como o Nikkey Matsuri, realizado anualmente na zona Norte de São Paulo. De acordo com Sakaue, a primeira edição do Festival Japonês já nasceu forte, “recheado de atrações”. O evento contou, por exemplo, com o ilusionista Mario Kamia, que se apresentou pela primeira vez em Guarulhos, além de cantores como Joe Hirata, Elaine Hara, Rick Akio, os astros mirins Karen Taira – que cantou com os irmãos Luiggi Dias e Sayuri – e Ryu Jackson, os grupos de taikô Requios Gueinou Doukokai, Setsuo Kinoshita Taiko Group e Himawari e, de quebra, a apresentação de “As Marinheiras”, grupo de dança que contou com a participação de especial da deputada federal Keiko Ota (PSB-SP). Para o coordenador, a Comissão Organizadora deve se reunir nos próximos dias para fazer uma avaliação dos números. “Mas podemos adiantar que uma conquista importante foi o compromisso assumido pelo prefeito, no sábado, de que o festival fará parte do Calendário Oficial de Eventos do Município”, explicou Sakaue, afirmando que também existe a possibilidade, conforme antecipou o próprio prefeito Sebastião de Almeida (PT), de que no ano que vem o evento aconteça em outro espaço, como a Praça Getúlio Vargas, a Praça IV Centenário ou no Centro Municipal de Educação Adamastor, considerado um local ideal por ser aberto, mais amplo e de fácil acesso. Para o vereador Laércio Pereira (PT), aliás, o Adamastor já havia sido cogitado até mesmo para essa primeira edição. “Só não deu certo porque o local está em processo de reforma”, disse Pereira em entrevista ao Jornal Nippak durante a cerimônia de abertura, realizada no sábado. Primeiro emprego – Para Pereira, a realização do Festival Japonês representa mais uma oportunidade de reaproximação com a comunidade nipo-brasileira. “Trata-se de uma comunidade extremamente importante não só para o desenvolvimento do município como também para o Estado de São Paulo e para o Brasil”, disse Pereira, afirmando que até hoje guarda com carinho seu primeiro “patrão”. “Tinha 14 anos e fui trabalhar numa farmácia aqui em Guarulhos cujo dono era um japonês. Em mais de 30 anos de trabalho, foi o melhor patrão que tive na vida”, elogiou Pereira, acrescentando que admira o respeito que os japoneses têm pelos mais velhos. “É algo que você não vê no Brasil”. Em seu discurso, o prefeito Almeida lembrou que “faz 105 anos que os pri-
Elaine Hara também encantou a plateia de Guarulhos
Luciano Sakaue, Alencar Santana, Laércio Pereira, Sebastião Almeida, Jorge Ota e Jooji Hato
Apresentação do Setsuo Kinoshita Taiko Group
José Taniguti, Keiko e Masataka Ota, Jorge Ota e Laercio Pereira I(da esquerda para a direita)
As Marinheiras, com a deputada federal Keiko Ota
Fabio Shin também marcou presença no palco
Marcos Aguena, o “Japa_”, divertiu a plateia
Bon Odori convidou o público a interagir
Joe Hirata foi destaque no sábado e domingo
Talentos mirins: Ryu Jackson e Karen Taira com a irmã, Sayuri
Os pais Cesar e Eliane com os filhos artistas Luiggi Dias, Karen Taira e a graciosa Sayuri, de apenas cinco anos
meiros imigrantes japoneses pisaram o pé em território brasileiro”. “De lá para cá, a contribuição dos japoneses se espalhou pelos quatro do país e em Guarulhos não foi diferente. Hoje não é necessário mais ir até o Japão para conhecer a cultura e a comida daquele país”, disse Almeida, destacando que os japoneses fazem parte da história de Guarulhos, a segunda maior cidade do Estado de São Paulo, com 1,3
milhão de habitantes, e “cada vez mais acolhedora”. Também estiveram presentes na solenidade de abertura os deputados estaduais Alencar Santana (PT) e Jooji Hato (PMDB). A deputada Keiko Ota, acompanhada do vereador Masataka Ota (Pros), e o presidente da Associação Pró-Excepcionais “Kodomo-no-Sono”, José Taniguti, também marcaram presença no sábado. (Aldo Shiguti)
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karaokê
Com cerca de 420 cantores, 15º Kawabata Taikai tem duração de 16 horas fotos: silvio sano
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om 427 cantores inscritos de 81 associações, o 15º Kawabata Karaokê Takai, realizado no dia 27 de outubro, na Associação dos Shizuoka, foi se encerrar após a meia-noite. Ou seja, já nas primeiras horas de segunda-feira. Marcado para se iniciar às 7h30, acabou começando com um pouco de atraso, prejudicado pelo trânsito à frente da associação devido às provas do Enem numa faculdade vizinha, o que provocou muitas ausências, caso contrário, poderia se encerrar ainda mais tarde. Premiação da categoria Super Extra-4, com Carlos Miyamoto Afora isso e alguns atrasos pelo mesmo motivo citado pela dificuldade de estacionamento nas redondezas, o evento se transcorreu sem incidentes, contando inclusive com cantores vindos de Santos, Ibiúna, Jundiaí e Campinas. “De Santos, da Associação Okinawa, eram nove inscritos, mas apenas seis puderam vir. No entanto, destes, quatro venceram em suas categorias e os demais dois pegaram em segundo”, disse, orgulhoso, o professor Kozo Kawabata, realizador do evento e que também ministra aulas de canto naquela O professor Kozo Kawabata e os jurados associação. O Corpo de Jurados foi cayemura, Yoshiko Yama- litou a sequência do evento composto pelos professores da e Tsugiko Hongo que em sem interrupção mesmo para Shoiti Shimada, Irene Sa- número de quatro possibi- as premiações intermediárias
que ocorriam simultaneamente no piso superior. O destaque desse concurso, assim como vem ocorrendo de modo geral, foi o número grande de cantores nas categorias adultas e idosos, diferentemente dos de jovens e crianças, o que traz uma preocupação quanto ao futuro desse do karaokê dentro da comunidade. “Adote uma criança, é a sugestão que dou”, falou Hélio Yamaoka, coordenador geral do evento desde a 1ª edição, há 15 anos. “Como a maioria dos atuais frequentadores já são pais ou até avós, uma das sugestões que dou é para que levem suas crianças em suas
Ayako Miyazaki, da categria SuperEx4
Carlos Miyamoto, da categoria SuperEx4
Celio Shiguematsu,da categoria ESP2
Felipe Ikeda, campeão da categoria Extra 1
Humberto Hideshima, da categoria EXT4
Kazue Fujii,da categoria Super Extra-2
Kunihiro Tanahara, da Star: virou show
Naomi Takahashi, campeã da categoria A1
Takako Shinozaki, campeã da categoria Extra 3
Tieko Uehara,da categoria Super Extra-3
Paulo Abe, da A3, veio da Assoc Okinawa (Santos) Sergio Tanigawa, camepão da Super Extra 3
Resultados do 15º Kawabata Karaokê Taikai (27/10/2013) A-7: Emiko Todo A-6: Yukimori Tamashiro B-5: Taichi Yamada A-5: Yoneko Yogi ESP-7: Hayako Kumasaka ESP-6: Tuneto Iwashita ESP-5: Paulo Hirano SHINJIN-2-1: Júlia Akiyama EXT-7 G.1: Yutaka Issaka EXT-7 G.2: Shin Ei Kawakami S.EXT-7: Shoei Ogawa DOYO-B: Gabrielle Ito DOYO-A: Kenzo Takahashi TIBIKO-B: Miwa Tamashiro EXT-6 G.1: Issao Nagahama EXT-6 G.2: Takayoshi Miyawaki EXT-5 G.1: Nobuko Koyanagui
EXT-5 G.2: Tei iti Yassuda S.EXT-6: Kazue Sakakibara S.EXT-5: Shizuo Okuda B-4: Sumiko Yokota B-3-2: Suze Kinjo B-1: Camila Takahara A-4: Minoru Yasuda A-3: Paulo Abe A-1: Naomi Takahashi ESP-4 G.1: Namiko Kobayashi ESP-4 G.2: Rosa Matsubara ESP-3: Miyuki Sato EXT-4 G.1: Junko Takeya EXT-4 G.2: Lauro Kimura EXT-3: Takako Shinozaki S.EXT-4: Carlos Miyamoto S.EXT-3: Sérgio Tanigawa ESP-2: Célio Shiguematsu EXT-2: Humberto Hideshima S.EXT-2: Kazue Fujii ESP-1: Yuri Kinjo EXT-1: Felipe Ikeda
aulas de karaokês para estimulá-las. A outra é para que visitem nihongakkos (escolas japonesas) onde elas já estão aprendendo a língua e até tem aulas de cantos, com músicas japonesas”, explicou até com ênfase. “Poderia até levar um laptop para lhes mostrar crianças cantando nos palcos a fim de as incentivarem porque se a iniciativa for delas, não há como os pais não as
atenderem”, finalizou. Pouco antes da premiação final, o público ainda foi brindado com a excelente apresentação daquele que seria o único candidato da categoria Star, Kunihiro Tanahara, campeão do Grand Prix do Paulistão 2012, que acabou sendo transformada em show. (Silvio Sano, especial para o Jornal Nippak)
TÊNIS DE MESA
Bento Gonçalves (RS) recebe o 44º Campeonato Brasileiro de 29/10 a 3/11 arquivo pessoal
Este será o maior Campeonato Brasileiro de todos os tempos, reunindo 796 atletas no Ranking Olímpico e mais 164 nas Classes Paraolímpicas, representando 152 clubes de todas as regiões. Se comparado com o Campeonato Brasileiro Intercolonial, que não possui categoria de paraolímpicos, são de 800 a 900 atletas no ranking olímpico, que está na sua 64ª edição, sem dúvida, são os dois maiores eventos de tênis de mesa na America Latina. Todos atletas da seleção
Na foto da esq. Representantes da empresa SAN-EI (Japan) Tada, Miura e Yoshizawa
brasileira principal estarão presentes, pois trata-se de
uma obrigatoriedade inserida no contrato deles que rece-
bem bolsa atleta do governo federal e bolsa auxílio do Ministério dos Esportes. Jessica Yamada, veio da Franca para jogar este evento, viaja na quarta-feira e retorna na sexta-feira, apenas para jogar algumas partidas e marcar presença, já que tem jogos da Liga Francesa, onde e atleta profissional há duas temporadas. Idem para Thiago Monteiro que joga anos na Europa e após participar do Brasileiro retorna para a rodada da Liga. Uma grande oportunidade para ver os melhores mesa-te-
nistas em ação: Cazuo Matsumoto, Gustavo Tsuboi, Hugo Hoyama, Caroline Kumahara, Gui Lin, Ligia Silva, Hugo Calderano, etc, embora o local escolhido pela Confederação, não seja de fácil acesso – próximo à cidade de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, não há voos frequentes para lá, nem aeroporto local. A grande novidade desta competição, será a apresentação das mesas marca SAN-EI que serão usadas na Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro. O presidente da empresa (foto), Shin Miura, que
estará presente em Bento Gonçalves, veio prestigiar o maior evento de 2013 e doou 12 mesas para os mesa-tenistas brasileiros irem se acostumando nelas. SAN-EI japonesa que pela segunda vez colocará suas mesas numa Olimpíada, a primeira foi em Barcelona 1992. Especializada em fabricação de mesas, não tem acessórios e materiais para a pratica de tênis de mesa. Engenheiro Marcos Yamada Consultor Especialista em Tenis de Mesa
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beisebol
Londrina conquista título do 41º Campeonato Brasileiro Interclubes Pré-Júnior arquivo pessoal
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categoria pré-júnior de Londrina sagrou-se campeã do 41º Campeonato Brasileiro Interclues Pré-Júnior ao derrotar, na final, os donos da casa pelo placar de 3 a 2. Ainda na Chave Ouro, Gigante ficou com a terceira colocação seguido por Nippon Blue Jays. Bastos ficou em primeiro na Chave Prata, Maringá venceu a Bronze e Indaiatuba foi o campeão da Incentivo. A competição foi realizada nos dias 26 e 27, nos campos do Nikkey Clube de Marília e contou com a participação das seguintes equipes: Anhanguera; Atibaia; Bastos, Gecebs, Gigante, Ibiúna, Indaiatuba, Londrina, Marília, Maringá, Mogi Das Cruzes, Naviraí, Nippon Blue Jays, Paraná Clube, Presidente Prudente E São José Dos Campos. O destaque individual ficou por conta do atleta de Londrina, Gabriel Maciel, eleito o Rei do Home Run, Melhor Defensor Interno e Melhor Jogador do campeonato.
Marília ficou com o vice-campeonato do 1º Campeonato Brasileiro Interclubes Pré-Júnior
Categoria Pré-Junior de Londrina sagrou-se campeã Brasileira Interclubes em Marília
4 Ibiúna; Ibiúna 3x 8 Indaiatuba (Final Incentivo) Colocação Final das Equipes: Chave Ouro – Campeão: Londrina; Vice: Marília; 3º) Gigante, 4º) Nippon Blue Jays Chave Prata – Campeão:
Bastos; Vice: Naviraí; 3º) São José dos Campos; 4º) Paraná Clube Chave Bronze – Campeão: Maringá; Vice: Anhanguera; 3º) Gecebs; 4º) Mogi das Cruzes Chave Incentivo – Campeão: Indaiatuba; Vice: Ibiú-
na; 3º) Presidente Prudente; 4º) Atibaia Premiação Individual
1º Melhor Rebatedor: Vitor Coutinho (Marília- .727) 2º Melhor Rebatedor: Gabriel Maciel (Londrina- .636) 3º Melhor Rebatedor: Lucas
Jogos de Domingo (27)
Chave Ouro: Marília 6 x 5 Nippon B J; Londrina 9 x 3 Gigante; Londrina 3 x 2 Marília (Final Ouro) Chave Prata: Naviraí 10 x 3 Paraná Cl; S. José C. 4 x 5 Bastos; Bastos 16 x 3 Naviraí (Final Prata) Chave Bronze: Gecebs 0 x 6 Maringá; Anhanguera 6 x 2 Mogi; Maringá 6 x 1 Anhanguera (Final Bronze) Chave Incentivo: Indaiatuba 5 x 0 P. Prudente; Atibaia 1 x
Gabriel Macial, de Londrina, eleito Melhor Jogador Celso Tokuda recebe o troféu de Técnico do Campeonato, Melhor Defensor Interno,Rei do Campeão do 41º Campeonato Brasileiro Home Run e 2º Melhor Rebatedor Interclubes de Beisebol Pré-Júnior
Tokuda (Londrina) Atleta Destaque Prata: Vinicius Yaekashi (Bastos) Atleta Destaque Prata: Gabriel Rodrigues (Naviraí) Atleta Destaque Prata: André Hideaki Ueda (São José dos Campos) Atleta Destaque Prata: Rodrigo Junji Arakawa (Paraná Clube) Atleta Destaque Bronze: Dougla Naoki Takano (Maringá) Atleta Destaque Bronze: Silvio Cesar Figueiredo (Anhanguera) Atleta Destaque Bronze: Eric Prohaska Kirihara (Gecebs) Atleta Destaque Bronze: Willian Yuki Kato (Mogi das Cruzes) Atleta Destaque Incentivo: Guilherme Daiki Yokoyama (Indaiatuba) Atleta Destaque Incentivo: Gustavo Amaral Hayashida (Ibiúna) Atleta Destaque Incentivo: Enzo Issao Kawamura (Presidente Prudente) Atleta Destaque Incentivo: Danilo Koiti Fujino (Atibaia)
COLUNA AKIRA SAITO
caminhada
Associados da Naguisa enfrentam névoa, vento, chuva e lama arquivo pessoal
Frio, uma névoa intensa, vento e depois chuva, muita chuva. Subidas, descidas, muita pedra, lama e água correndo pela trilha. Estas foram as condições enfrentadas pelos participantes da caminhada organizada pela Associação Naguisa, no último dia 17, em Monte Verde (MG). O grupo esteve completando a caminhada efetuada no ano passado, quando foram até o Pico do Selado, passando pelo Chapéu do Bispo e Platô. Este ano subiram até a Pedra Redonda e Pedra Partida, esta a 2a mais alta de Monte Verde com 2.046m (contra 2.082m de Pico do Selado) por uma trilha considerada de nível moderado, com escadas feitas de ma-
Fornelli (Londrina- .636) Melhor Empurrador de Carreiras: Erick Ywahashi (Gigante- 7 Carr.) Melhor Conquistador de Carreiras: Josmair Nunes Junior (Marília- 6 Carr.) 1º Rei do Home Run: Gabriel Maciel (Londrina- 2 Hr) 2º Rei do Home Run: Lucas Fornelli (Londrina) Melhor Roubador de Bases: Victor Yuske Uehara (Nippon Blue Jays- 4 Bases) Melhor Arremessador: Lu cas Fornelli (Londrina) Arremessador Destaque: Vitor Nakamura (Marília) Melhor Receptor: Kevin Ryu Massutani (Nippon Blue Jays) Receptor Destaque: Heitor Ananias (Marília) Melhor Defensor Interno: Gabriel Maciel (Londrina) Melhor Defensor Externo: Bruno Bulhões da Silva (Gigante) Jogador Mais Esforçado: Clovis Brandão (Londrina) Melhor Jogador do Campeonato: Gabriel Maciel (Londrina) Técnico Campeão: Celso
Sem tempo ruim: Caminhando no meio da chuva
deira no início (mas somente no início) da trilha que leva à Pedra Redonda que fica no percurso. A cidade de Monte Verde fica a cerca de 1.554 m
O grupo na Pedra Partida coberta pela neblina. (esq/dir): Yagui, Isaura, Júlia, Mário, Takano, Emy e Eliza. Ao fundo, Oscar
O grupo, num dos mirantes antes da Pedra Redonda. (esq/dir): Eliza, Oscar, Júlia, Tatsuo, Isaura, Mário, Takano, Emy e Yagui.
de altitude. A trilha, fácil no início, mas bastante íngreme depois, até o topo, teve o seu percurso dificultado pela terra bastante
A parte inicial da trilha, com escadaria e corrimãos feitas com madeira
O grupo no ponto de partida/chegada (esq/ dir): Eliza, Júlia, Emy, Yagui, Oscar, Mário, Isaura e Takano
úmida e escorregadia e lama por causa das últimas chuvas e forte nevoeiro seguido depois de mais chuvas. Mas nada disso desanimou o animado grupo que saiu às 5:30h da manhã, de São Paulo, enfrentando um frio de 10 a 11 graus, chegando aproximadamente às 9:00h em Monte Verde, caminhando cerca de 5 horas no total. Como o nevoeiro não se dissipou em nenhum momento e não deixou que a paisagem fosse apreciada dos mirantes ou do topo dos picos, ficando no entanto, a sensação gostosa de ter vencido um desafio e de um convívio agradável e divertido com um grupo que não tem tempo ruim para fazer as caminhadas.
A trilha começando a ficar íngreme, exigindo cuidados para não escorregar, por causa da umidade e pedras molhadas.
Na Pedra Redonda. (esq/dir): Eliza, Emy e Isaura.
SUKI “Só sentimos medo por termos algo a perder, quando praticamos o desapego ou chegamos ao fundo do poço, onde não se tem mais nada, o medo pode deixar de ser seu inimigo e se tornar um grande aliado.” Nas Arte Marciais Japonesas, há um termo chamado “Suki” que define uma “brecha ou abertura” em nosso Kamae (postura). Isto vai além do conceito físico, não apenas define em uma luta, a “abertura” do sistema defensivo. É muito mais complexo, e utilizado principalmente para designar uma abertura no sistema energético e/ou mental. É preciso encontrar o momento exato deste “Suki” no adversário para que o ataque seja preciso e consiga atingir o alvo com toda eficácia. Isto muitas vezes as pessoas não percebem, mas acontece frequentemente no dia a dia. Quando estamos focados, concentrados em nossos objetivos, pensando positivamente e tralhando para isso, poucas coisas acontecem que “atrapalhem” esta sincronia de atos. Por outro lado, quando estamos “estressados”, com muitos pensamentos e “problemas”, tentando fazer várias coisas ao
mesmo tempo, sem se concentrar suficientemente nos objetivos principais, damos o “Suki” para que as energias negativas ajam, nos causando danos materiais e até físicos. O medo é um grande ativador do Suki. Quando queremos vencer, disparamos o medo de perder, e isto causa no instante da luta a hesitação. Por outro lado, aquele que não tem nada a perder, não hesita para dar o passo rumo à vitória. Isto tudo não significa que não devemos ter medo, muito pelo contrário, o medo é um fator determinante de precaução. O grande segredo neste caso é saber controlar este medo. Os antigos Samurais quando iam para as batalhas, praticavam o desapego à vida e não o medo da morte, o que exatamente lhes garantia a vitória e a continuidade de seus dias. Não devemos ter medo dos dias ruins, mas sim nos concentrar firmemente no que iremos fazer para concluir nossos objetivos. Uma mente focada e concentrada não dará “Suki” para nenhum tipo de mal que nos possa afligir. Assim poderemos buscar sem medo transformar o mundo em um lugar melhor!!!!! GANBARIMASHOU!!!!!
*Akira Saito, professor e praticante de Budo há 32 anos, morou no Japão de maio de 1990 a setembro de 1996, onde treinou karate sob a tutela do Hanshi Konomoto Takashi – 9º dan, graduando-se até o 3º Dan e tornando-se instrutor da matriz na cidade de Sagara-cho e das filiais das cidades de Hamamatsu-shi e Hamakita-cho até o retorno ao Brasil. Atualmente tem a graduação de 5 Dan e recebeu o título de Renshi-Shihan da matriz no Japão. E-mail: akira.karate@gmail.com www.karatedogojukai.com.br www.saitobrothers.com www.artesdojapao.com.br www.akirasaito.blogspot.com
JORNAL NIPPAK
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São Paulo, 31 de outubro a 06 de novembro de 2013
NO CAMINHO DE SHIKOKU
‘Foram 54 dias de caminhada e cinco anos para escrever o livro, mas valeu a pena’, diz Paulo Kaneko fotos: aldo shiguti
O
Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil, localizado no nono andar do prédio do Bunkyo (Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social), abriu suas portas na no último dia 24 para um público diferente. No caso, os visitantes eram os amigos do nikkei Paulo Kaneko, que estava lançando seu primeiro livro, “No Caminho de Shikoku”. A Noite de Autógrafos acabou se tornando num dos mais concorridos eventos já realizados na entidade. Para se ter uma ideia da quantidade de pessoas, a fila saiu da sala de exposições no nono andar, desceu as escadarias e foi parar no oitavo andar. E quem estava na fila aguardava com a mesma paciência que o autor fez a caminhada e autografava os livros. Até para quem está acostumado a cobrir eventos no Bunkyo, foi um acontecimento, no mínimo, diferente. Das pessoas “conhecidas”, que frequentam o local nessas ocasiões, estava o cônsul Tsuyoshi Narita (diretor geral do Departamento Consular de São Paulo) e representantes das entidades beneficiadas com a venda dos livros: Yassuragui Home (Jun Suzaki), Assistência Social Dom José Gaspar Ikoi-no-Sono (Reimei Yoshioka), Instituto Brasil-Japão de Integração Cultural e Social (Roberto Nishio), Associação Pró-Excepcionais Kodomo-no-Sono (Jose Taniguti) e Sociedade Beneficente Casa da Esperança “Kibô-no-Iê” (Tério Uehara), e parceiros como o Bunkyo e o Instituto Paulo
Paulo Kaneko admitiu que ficou surpreso com a presença de amigos: “Estou em estado de êxtase”
Kobayashi, representado pelo presidente do Conselho, Victor Kobayashi. De resto, amigos, muitos amigos do autor. Dos tempos em que era funcionário do Banespa e de peregrinações, além de amigos de infância. Entre os que foram levar seu abraço, estavam Geraldo e Alice grandes responsáveis para que o projeto se concretizasse. Em um rápido discurso, Paulo Kaneko lembrou os motivos que o encorajaram a levar o projeto adiante, como o fato de não encontrar quase nenhum material em português sobre a mística e milenar trilha dos 88 templo budistas, e a vontade de deixar uma contribuição não só para a comunidade nikkei como também para a sociedade. “Foram 54 dias de caminhada e cinco anos para escrever o livro”, resumiu o peregrino, que um dia depois,
na sexta-feira, ainda estava em “estado de êxtase”. “Não esperava tantas pessoas. Teve gente que veio de Uberlândia, outras de Santa Catarina, de Cordeirópolis...”, destacou Kaneko, afirmando que todo o sacrifício “valeu a pena”.
Onde adquirir – Interessados em adquirir o livro pode encontrar em contato com qualquer uma das cinco entidades beneficiadas:
CBN – Paulo Kaneko e sua parceira de caminhada, Marlene Mendonça, estiveram nos estúdios da CBN e gra varam uma entrevista com as apresentadoras Fabiola Cidral e Petria Chaves. O programa Caminhos Alternativos foi ao ar no último dia 26. Quem perdeu pode acessar o site: http://www.portalnikkei.com. br/literatura-paulo-kaneko-na-cbn/
Associação Pró-Excepcionais Kodomo-no-Sono: Tel.: 11/3208-3949
Instituto Brasil-Japão de Integração Cultural e Social: Tel.: 11/3277-2208
Sociedade Beneficente Casa da Esperança “Kibô-no-Iê: Tel.: 11/5904-0160 Yassuragui Home: 11/2480-1788
Tel.:
Assistência Social Dom José Gaspar: Tel.: 3208-7248 (Aldo Shiguti)
O autor com José Taniguti
Paulo Kaneko com Jun Suzaki
Com os amigos e incentivadores Geraldo e Alice
Paulo Kaneko com Reimei Yoshioka
Com Nishio, do Instituto Brasil-Japão
Paulo Kaneko e Terio Uehara, da Kibô-no-Iê
Fila saiu do nono e foi parar no oitavo andar
Paulo Kaneko recebeu muitos amigos...
... que fizeram questão de levar seu abraço
YAMAGATA – A Associação Yamagata Kenjin do Brasil realizou no último dia 27, no salão de festas da Associação Miyagi Kenjikai do Brasil, no bairro da Liberdade, em São Paulo, cerimônia em comemoração ao seu 60º Aniversário de Fundação e aos 106 Anos da Imigração Japonesa da Província de Yamagata. Destaque para a presença de uma comitiva da província de Yamaga-
ta liderada pela governadora, Mieko Yoshimura, e pelo presidente da Assembléia Legislativa daquela província, Masanori Suzuki, além do cônsul geral do Japão em São Paulo, Noriteru Fukushima, do deputado federal Junji Abe (PSD-SP) e do deputado estadual, Jooji Hato (PMDB), entre outros. Leia mais à página 3 Fotos e texto: Aldo Shiguti
Etsuko Sato interpreta o hino da Província de Yamagata
Yoshimura fica encantada com um caju: ela também atuou na regravação de Oshin
Apresentação de dança foi uma das atrações
A governadora de Yamagata e a presidente em exercício do Bunkyo
Taiko Shuudan Kiraku
Yuubi - Japanese Dance Company
Japanese Dance Company