Nippom Koma 2008

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Mostra de Cinema JaponĂŞs 2008 de 8 a 13 de Dezembro

NIPPON KOMA


Rainbows of Winter de Tomoyasu Murata

De Seg 8 a Sáb 13 de Dezembro · Pequeno Auditório · M12 Filmes legendados em inglês à excepção de Abduction: The Megumi Yokota Story, legendado em português

Documentários e filmes de animação Comissariado: ACT

SEGUNDA 8

QUINTA 11

18h30 · Animação Genius Party Colectânea de 7 filmes de 7 realizadores diferentes, 2007 · 85’

18h30 · Documentário A Permanent Part-Timer in Distress de Hiroki Iwabuchi, 2007 · 67’

21h30 · Documentário Wings of Defeat de Risa Morimoto, 2007 · 89’

21h30 · Animação Murata (vários) de Tomoyasu Murata, 1998-2006 · 78’

TERÇA 9

SEXTA 12

18h30 · Documentário Japan’s Peace Constitution de John Junkerman, 2006 · 78’

18h30 · Animação Japanese Anime Classic Collection de Vários, 1928-1931 · 77’

21h30 · Animação Digista Vol. VI de Vários, 2006 / 2007 · 67’

21h30 · Documentário Abduction: The Megumi Yokota Story de Chris Sheridan e Patty Kim, 2006 · 85’

QUARTA 10

SÁBADO 13

18h30 · Animação Ghost In The Shell – SAC Vol. 2 de Kenji Kamiyama, 2004 · 120’

18h30 · Documentário Yasukuni de Yang Li, 2008 · 120’

21h30 · Documentário The Cats of Mirikitani de Linda Hattendorf, 2006 · 96’

21h30 · Animação Vexille de Fumihiko Sori, 2007 · 109’


Antes do Anime e do Karaoke: A Obra de Ofuji Noburo Daisuke Miyao Universidade do Oregon O Prémio Ofuji Noburo tem sido atri­ buído anualmente no Japão, desde 1962, ao melhor trabalho em animação. Tezuka Osamu (Astro Boy), Otomo Katsuhiro (Akira) e Miyazaki Hayao… todos receberam o Prémio. Mas quem é Ofuji Noburo? Será o padrinho da anime? No Festival Nippon Koma deste ano verão, para além de muitas outras animações japonesas fascinantes, três curtas-metragens de animação de Ofuji Noburo e da sua produtora Chiyogami Eigasha: Kuro Nyago (O Gato Preto, 1929), Mura Matsuri (Festival das Colheitas, 1930) e Kokka Kimigayo (O Hino Nacional Kimigayo, 1931). Estes três filmes são representativos do trabalho de animação de Ofuji, trabalho este que combina a sua utilização inovadora das tecnologias – técnicas sofisticadas de animação de recortes, bem como partituras musicais gravadas – com o seu ponto de vista acentuadamente tradicionalista. Ofuji Noburo (1900-1961) foi um animador pioneiro especializado na técnica de animação de recorte – kiri-e. A animação de recorte implica a utilização de desenhos recortados; os recortes são posteriormente colocados em fundos, e fotografados. Ofuji era especialmente famoso por usar chiyogami, papéis tradicionais japoneses com padrões coloridos pintados à mão, com os quais, tradicionalmente, as meninas faziam

bonecas para brincar. Segundo Ofuji, “as belíssimas cores do chiyogami encerram a elegância única do Japão tradicional” (“Chiyogami eiga to shikisai eiga nitsuite” [Sobre os filmes em chiyogami e a cores], Eiga Hyoron, Julho 1934, pág. 65). Embora as técnicas de animação de recorte possam parecer ultrapassadas relativamente aos padrões actuais, elas eram concerteza consideradas inovadoras nos anos de 1920. Os primeiros filmes de animação foram importados por Fukuhodo, uma das primeiras companhias de filmes do Japão, e exibidos no Teikokukan ou “Teatro Imperial” em Asakusa, Tóquio, em 1909. Muitos dos filmes de animação importados eram da autoria de Emile Cohl, que trabalhava sobretudo para a Gaumont em França. A maioria destes filmes eram obras muito curtas – não tinham mais de 200 pés (60,96 m). Eram todas intituladas Dekobo shingacho (O novo livro de desenhos de Kid Deko) e foram promovidas como séries com capítulos vários intitulados “Capítulo Aventura” ou “Capítulo Mágico”. A série Dekobo shingacho tornou-se tão popular entre as crianças e a população activa trabalhadora que o próprio nome se transformou em sinónimo de animação. Para gerar um movimento uniforme, Cohl colocava cada desenho numa placa de vidro iluminada por baixo. De seguida, transferia a imagem para a folha de papel seguinte imprimindo pequenas alterações à figura. O primeiro desenho animado de Cohl, Fantasmagorie (1908), foi “desenhado a tinta preta sobre papel branco e depois impresso em negativo para dar a impressão de figuras de giz em movimento sobre ardósia” e, no

filme que daí resultou, “era recorrente o aparecimento de transformações bizarras e, num contínuo de consciência, de formas diversas, umas nas outras” (Kristin Thompson e David Bordwell, Film History: An Introduction, New York: McGraw-Hill, 1994, p. 50). Em 1916, impulsionada pela popularidade da série Dekobo shingacho, a Tenkatsu (Tennenshoku katsudo shashin kabushiki gaisha), a segunda maior produtora de filmes do Japão, lançou-se na produção de filmes de animação. Shimokawa Oten, um dos pioneiros do género, recorda assim as suas experiências na Tenkatsu: “Fui provavelmente o primeiro a tentar os desenhos animados, que na altura se chamavam Dekobo no [sic] shingacho, uma vez que até à data nunca tinha ouvido falar de nada do género… Só havia uma revista de filmes por mês e eu não fazia ideia do que se passava nos outros países. Por isso tinha que pensar em tudo sozinho. Primeiro, fiz desenhos, uns atrás dos outros, com giz branco num quadro de ardósia em parceria com um director de fotografia da Tenkatsu Studios. Quando queria mover apenas a mão de um personagem, apagava essa parte e redesenhava a imagem. Como o resultado nunca era perfeito, pedi para contratar um assistente e pedi-lhe que fotografasse o fundo; de seguida, depois de ter usado tinta branca para apagar a mancha do fundo onde os personagens figurariam, voltei a desenhar os personagens em cópias da fotografia.” (Eiga Hyoron Julho 1934; citado na Nihon animeshon eiga shi [História dos Filmes de Animação Japoneses], de Yamaguchi Katsunori e Watanabe Yasushi, Osaka: Yubunsha, 1977, pág. 9).

Assim, depois de um aturado estudo da série Dekobo shingacho, Shimokawa chegou a métodos muito parecidos com os de Cohl. Desenhou figuras em giz sobre ardósia, apagou-as, redesenhou-as noutras posições, fotografou-as, etc. Em compensação, a animação em chiyogami de Ofuji não imitava estilos importados de animação. Agora que estava a usar recortes, descobria que havia certas limitações nas suas técnicas. Por exemplo, a fotografia tinha que ser feita numa mesa ou secretária nivelada do modo a manter os recortes no lugar. No entanto, segundo a crítica contemporânea ele atingiu um estatuto de “an animator unique to Japan” pelo uso pioneiro de papéis tradicionais com padrões coloridos para os seus recortes e para os seus fundos (“Animeshon eiga no kaiko” [Retrospectiva de animação], Film Center 5, 1971, pág. 19). Uma das animações mais conhecidas de Ofuji é Baguda-jo no tozoku (O Ladrão do Castelo de Baguda, 1926), um remake de O Ladrão de Bagdad (Raoul Walsh, 1924, com Douglas Fairbanks, Sr.). O Ladrão do Castelo de Baguda foi apresentado no Pordenone Silent Film Festival em 2005 e está disponível em DVD Região 2 (Nippon Art Animation Eiga Senshu). O Ladrão do Castelo de Baguda é, ao mesmo tempo, inovador e tradicional. Ofuji utilizou chiyogami para a sua animação de recorte pela primeira vez neste filme. As frases publicitárias de O Ladrão do Castelo de Baguda promoviam claramente a inovação e o avanço técnico do filme de Ofuji, assim como o valor tradicional do filme, que julgavam capaz de unir os espectadores japoneses.


A primeira tentativa no nosso país. O aparecimento de uma animação maravilhosa. Técnica chiyogami do mais puro gosto japonês. As belíssimas linhas dançam num frenesim. Uma história que toda a gente pode desfrutar. O Ladrão do Castelo de Baguda apresenta certamente a inovação técnica de Ofuji. Através da utilização de recortes chiyogami o filme recria, de modo elegante, técnicas cinemáticas que já tinham sido usadas eficazmente em filmes clássicos feitos em Hollywood. Por exemplo, este filme começa com a técnica de abertura em íris: a imagem de pétalas de flores abre como o obturador de uma máquina fotográfica levando a um plano extremamente longo de uma montanha, estrelas e o Castelo de Baguda do lado esquerdo. Sem qualquer corte a mudança de luz / cor indica o amanhecer e a máquina inclina-se para a rua de baixo do castelo. A cena seguinte utiliza múltiplas escalas de planos, planos subjectivos e flashback para convocar a atenção para os desenvolvimentos psicológicos do protagonista, que é a força motriz da narrativa. Na rua, num plano longo, o protagonista Dangobei faz uma vénia a uma senhora cujo rosto está encoberto por uma sombrinha. À medida que se descobre revela a sua cara preta e feia. Quando outra senhora de sombrinha aparece à frente de Dangobei, é imediatamente inserido um grande plano com máscara circular da senhora de cara preta. Quando a Princesa de lábios vermelhos sensuais, parecida com a actriz americana Clara

Bow, aparece, surge no plano de visão de Dangobei (grande plano com máscara). A Princesa, intencionalmente ou não, deixa cair omamori, uma lembrança Shinto, para Dangobei. Ele olha para a lembrança (close-up). O close-up da lembrança dilui-se num close-up da Princesa para voltar a diluir-se no closeup da lembrança. Quando Dangobei pensa na Princesa um plano da cara dela é inserido na cabeça dele em sobre impressão. No que diz respeito à vertente tradicionalista do trabalho de Ofuji, Kimura Chiio (também conhecido como Chieo), que viria a ser o guionista de filmes como A Marcha de Tóquio (Tokyo koshinkyoku, 1929) de Mizoguchi Kenji, comenta cinicamente a escolha estratégica de Ofuji de optar pelo uso de chiyogami, e o cunho “exótico” que este material pode trazer a O Ladrão do Castelo de Baguda: “Respeito os esforços meticulosos do autor para completar este trabalho de minúcia com chiyogami e a sua ideia de utilizar chiyogami nas imagens com sombra. Naturalmente que este trabalho, em termos de realismo, não é semelhante a filmes com imagens pintadas que já existem (excusado será dizer que filmes com imagens pintadas não são lá muito realistas), mas tem um gosto e uma qualidade únicos que não podem ser atingidos através do realismo. O autor é suficientemente inteligente para escolher um conto de fadas para o seu primeiro trabalho. Afinal, este é um filme que só deveria ser apreciado como um trabalho para um peep show. É um entretenimento exótico que debita um ritmo estranho quando projectado com acompanhamento musical apropriado. É

uma forma de Orientalismo. O ritmo de o-mikoshi (palanquim sagrado japonês portátil que desfila pelas ruas durante um festival Shinto)! Quanto a mim, é exactamente assim que os filmes de animação chiyogami deviam ser.” (Kinema Junpo 234, 1 Agosto 1926, pág. 52). Ao mesmo tempo que elogia a mestria artesanal e as técnicas inovadoras de Ofuji, enquanto intelectual de esquerda Kimura sublinha a estratégia do realizador de dar importância, ou até de inventar, a tradição japonesa sob a forma de um conto de fadas festivo. De facto, os filmes de animação de Ofuji foram produzidos enquanto se desenvolvia o kyoiku eiga (filme educativo). Kyoiku eiga correspondia às actividades pedagógicas em filme do Ministério da Educação dos anos 20, particularmente depois de 1921, altura em que começaram a “recomendar” filmes que tinham valores “socialmente educativos”. Em 1922, o Ministério da Educação criou uma espécie de sistema de subsídios destinado à utilização de filmes no ensino básico e patrocinou a produção de filmes com objectivos pedagógicos. Em 1925 começou a produzir filmes educativos para escolas primárias estabelecendo uma quota anual. A procura de filmes de animação nos anos de 1910-20 era limitada, o que tinha como consequência o facto de os primeiros animadores experimentarem grandes dificuldades em recuperarem os custos de produção. Nestas circunstâncias, os filmes de animação acabaram por recorrer ao patrocínio das instituições educativas. O Jiyueiga kenkyujo (Laboratório do Filme Livre) de Ofuji, estabelecido na sua própria casa em 1920, que viria

mais tarde a tornar-se a Chiyogami Eigasha Company, era considerado uma dessas empresas que produzia filmes educativos. O Ladrão do Castelo de Baguda foi o primeiro filme produzido no Laboratório do Filme Livre. O crítico contemporâneo Kurata Kunimasa considera ter encontrado no trabalho de Ofuji experiências sensoriais únicas e inovadoras: “É tremendamente divertido assistir à imaginação infinita e sem restrições dos filmes de animação, e às suas linhas a moverem-se de maneiras abruptas e divertidas.” Kurata observou especialmente as animações chiyogami na sua combinação com as partituras: “o filme chiyogami é, em si mesmo, composto por bonecas [de papel], pinheiros [de papel] e animais [de papel] demasiadamente pobres, mas quando estão liricamente animados com partituras mistas [Japonesas e Ocidentais] criam uma atmosfera estranhamente inocente. É exactamente por isto que os filmes de animação devem existir” (“Manga eiga no tokuisei” [As qualidades únicas dos filmes de animação], Eiga Hyoron, Julho 1934, pág. 28-32). Kuro Nyago (O Gato Preto, 1929), Mura Matsuri (Festival das Colheitas, 1930), and Kokka Kimigayo (Hino Nacional Kimigayo, 1931) são filmes que misturam a animação chiyogami com partituras musicais. O Gato Preto, que não tem qualquer relação com o conto de terror de Edgar Alan Poe, antecede em mais de cinco décadas o musical da Broadway – Cats. Nesta animação musical fantástica, um gato preto, feito de um recorte de chiyogami preto, sai do bosque e canta e dança com os aldeões. A partitura, que se acredita ter


sido gravada em disco e tocada com o filme em certas salas de cinema, é um mix “Western-japonês” certamente capaz de criar “uma atmosfera estranhamente inocente”, apesar de o gato do bosque, tão grande como as figuras humanas, pasmar as pessoas por falar língua de gente (japonês). É possível que Ofuji conhecesse a popularidade do Gato Felix [Felix the Cat] em Hollywood. Animador e autor de desenhos animados, Otto Messmer criou Master Tom, um herói felino preto, numa curta-metragem intitulada Feline Follies (Folias Felinas, 1919) da Paramount Pictures. O gato foi rebaptizado, e Felix the Cat apareceu imensas vezes no écran nos anos 20. Para além disso, a primeira animação falada – Steamboat Willie (O Barco a vapôr Willie) – foi apresentada no Japão em 1927. A partir desse momento as animações japonesas esforçaram-se por emular Walt Disney. Festival das Colheitas não é mais do que um video clip musical desses tempos. O filme pode também ser encarado como um meio visual para acompanhar karaoke. Com imagens em movimento da festa tradicional japonesa Shinto recriadas com chiyogami, e a letra de uma canção popular, Festival das Colheitas vai aparecendo no écran a pouco e pouco como se convidasse os espectadores a cantar a canção em conjunto. Um estratagema semelhante, numa atmosfera mais solene, é repetido em O Hino Nacional Kimigayo. Em simultâneo, a letra do hino nacional japonês e os mitos sobre a edificação da nação japonesa, como por exemplo as histórias de Izanagi e Izanami e de Ama no Iwato, são apresentadas sob a forma de dese-

nhos sombra. Talvez este filme seja sério demais para que se lhe chame karaoke, mas teria concerteza um objectivo pedagógico no princípio dos anos 30, se considerarmos que os grandes consumidores eram as crianças e a população activa trabalhadora. Ofuji foi provavelmente inspirado pelas animações alemãs com sombras como As Aventuras do Príncipe Achmed, 1926. No entanto, também é verdade que as animações com sombras eram uma forma popular de entertenimento visual (utsushie) no Japão desde o século XIX. Utsushie compreendia uma projecção de pinturas em vidro. Uma lâmpada era acesa por detrás das pinturas de modo a projectá-las sobre um écran – uma coisa mais parecida com uma passagem de diapositivos do que com uma animação. No entanto, à medida que o projeccionista movia a lâmpada, ou vidro, os desenhos projectados pareciam mover-se ou variar em tamanho, de certo modo qualquer coisa não muito diferente da animação. Conscientemente ou não, Ofuji reviveu esta forma de entretenimento popular no Japão. Por volta dos anos 50, Ofuji já dominava a técnica dos desenhos com sombras. As suas animações com sombras, que utilizavam celofane em vez de chiyogami, eram muito aplaudidas nos festivais internacionais de cinema. Kujira (Baleia) ganhou um prémio no Festival de Cinema de Cannes em 1953. A versão de Kujira de 1927 também foi exportada para a União Soviética e para França, em conjunto com Jujiro (Encruzilhada, 1928) – o jidaigeki (filme de época) de vanguarda – de Kinugasa Teinosuke. Yurei sen (Navio Fantasma, 1956) de Ofuji

também recebeu um prémio no Festival de Cinema de Veneza. Em conjunto com os jogos de computador, o anime tem sido símbolo do chamado Cool Japan. O governo japonês tem tentado publicitar a anime como um software ideal para exportar. Neste sentido, a anime é até encarada como um projecto nacional. Foi assim que o trabalho de Ofuji, que atraiu imensa atenção nos mercados internacionais, precedeu a anime no período da globalização. Nota de tradução: Anime é o nome dado à animação japonesa.


Genius Party Opening

para pura fantasia e diversão, até que surgem dois extraterrestres. Deathtic 4 de Shinji Kimura Um miúdo encontra uma rã viva que, misteriosamente, entrou no reino dos mortos. Uma vez que a rã corre o risco de cair nas mãos de um esquadrão que destrói todas as formas de vida, a personagem principal e os seus amigos decidem salvá-la e devolvê-la ao mundo dos vivos.

Segunda 8 · 18h30 Genius Party Colectânea de 7 filmes de 7 realizadores diferentes, 2007 85’ · Animação Genius Party é uma antologia de sete curtas metragens de animação simultaneamente distintas, originais e inspiradoras.

Baby Blue

Doorbell de Yoji Fukuyama Ao regressar da escola, Yu encontra a mãe, a irmã mais nova e ele próprio já em casa. Apesar de todos os esforços para evitar a situação, Yu passa a encontrar o seu duplo aonde quer que vá. Limit Cycle

Baby Blue de Shinichiro Watanabe Dois amigos de escola decidem partir numa viagem de recordações e descobertas.

Genius Party Opening de Atsuko Fukushima Um homem-pássaro vagueia por um deserto habitado por ovos que produzem espíritos em forma de corações e flores. Ao decidir engolir o espírito, o homem-pássaro inicia uma reacção em cadeia que transforma todo o deserto. Shanghai Dragon de Shoji Kawamori Dois miúdos brincam numa rua de Xangai. De repente, um objecto em forma de vara cai do céu e os miúdos descobrem que podem usá-lo para criar tudo o que possam imaginar. É tempo

Happy Machine de Masaaki Yuasa Abandonada depois dos pais terem sido transformados em ecrãs, uma criança decide ir à descoberta do mundo. Ao mesmo tempo que deixa para trás uma maquinaria ligeiramente humanóide, vai deparar-se, na sua viagem, com uma paisagem gigantesca cheia de estranhas e assustadoras criaturas.

Segunda 8 · 21h30 Wings of Defeat de Risa Morimoto, 2007 89’ · Documentário Realização Risa Morimoto Produtores Risa Morimoto, Linda Hoaglund Produção executiva Terao / Levine Family Fund Produtor associado Fumiko Hattori Direcção artística Joe Wu Montagem Maya Stark Animação Jef Castro Som Tom Lino Música Hekiro Matsuoka No Japão, os Kamikaze da 2ª Grande Guerra são, ainda hoje, venerados como heróis pelos seus sacrifícios auto‑inflligidos. Internacionalmente, ainda representam um poderoso símbolo de fanatismo. Até ao presente, pouco se sabia sobre os muitos Kamikaze que sobreviveram às suas missões suicidas. O testemunho cândido e comovente de sobreviventes Kamikaze transmite o verdadeiro alcance da farsa da guerra. Sessenta anos depois, estes homens humildes dão-nos conta dos horrores do cockpit, da sua sobrevivência dramática e da ‘culpa de sobrevivente’ que ainda hoje os atormenta. Wings of Defeat

Limit Cycle de Hideki Futamura Um jovem, vagamente parecido com James Dean, termina de trabalhar no seu computador. Ao deixar o edifício vê uma borboleta que tenta, de imediato, perseguir até ser levado ao encontro do seu duplo.


Japan's Peace Constitution

filme explora as origens da Constituição nascida das cinzas da guerra e o significado das suas cláusulas de paz nos tempos conflituosos dos princípios do século XXI.

Terça 9 · 21h30

Terça 9 · 18h30 Japan’s Peace Constitution de John Junkerman, 2006 78’ · Documentário Realização John Junkerman Produção Yamagami Tetsujiro Câmara Otsu Koshiro Música Soul Flower Union Uma produção SIGLO Em 2005, 60 anos depois do fim da guerra, e no encalço do envio de tropas para o Iraque, o passo há muito contemplado para rever a Constituição Japonesa – especialmente a sua cláusula anti-guerra, Artigo 9 – acelerou. No âmbito deste debate interno em pleno crescendo, este filme foi produzido com o objectivo de alargar o debate de modo a perspectivar o problema de um ponto de vista internacional. Que significado terá esta revisão para os países vizinhos do Japão: a Coreia ou a China? De que modo é que a aliança militar EUA / Japão enquadrou o papel do Japão no mundo? Como é que é vista, no Médio-Oriente, a participação do Japão na guerra do Iraque? Através de entrevistas a diversos líderes do pensamento no mundo inteiro, o

Digista Vol. VI de Vários, 2006/2007 67’ · Animação Digital Stadium, conhecido como Digista, é um inovador programa semanal de televisão transmitido no Japão a nível nacional na NHK (estação de televisão pública japonesa) desde 2000. Digista reúne uma equipa dos melhores criadores de meios digitais (incluindo anime, installation art, website design, etc.) que funcionam como comissários do programa. Para cada programa o comissário supervisor escolhe quatro obras para serem apresentadas e criticadas, e elege uma como a Digista Best Selection [Melhor Selecção Digista]. Este programa apresenta os melhores excertos de trabalhos Digista Best Selection recentes. www.nhk.or.jp/digista/page_e/ha.html Piece de Yusuke Koyanagi Este trabalho sobrepõe várias imagens 2D criando um efeito 3D que resulta numa animação a 2.5D que se situa algures entre 2D e 3D. Z de Shinya Sato Uma ovelha, duas ovelhas…

Flock de Toru Otsubo O movimento está encapsulado numa fotografia que retém um segundo fugidio de um rebanho em movimento. Este trabalho tenta extrair esse momento da fotografia. Foi inesperadamente difícil conseguir uma fotografia que preenchesse todos os requisitos, pelo que foram feitas um total de 1000 fotografias.

Representa a angústia de um homem em luta pela sua família, com um toque de desenho à mão.

Gluebe de Takeshi Usami Mão criada por visão mental e finalizada em PC. O trabalho foi criado ao acaso sem que se prestasse atenção a estilo específico, mas sim tentando descobrir-se o que resultaria da combinação entre trabalho manual e trabalho computorizado.

Kujira de Reiko Murakami Acrescenta a textura do papel à sensibilidade global do filme. Kujira é a história de uma mãe e de uma filha. Transmite os sentimentos da filha que tenta libertar-se do amor da sua mãe mas que não pode negar esse amor, e os da mãe que a compreende mas que, mesmo assim, quer manter a sua ‘menina’ consigo.

Fridges de Fujio Tanabe O atractivo desta peça reside nas personagens directas e cativantes. Estrutura e objectivo são atingidos através da utilização da cor. Ikuemi No Zanzou de Masashi Yokota Animação estilo-gato em 3D para todos os amantes de gatos por aí. Around de Ryu Kato Este trabalho representa um dia em fastforward numa cidade imaginária. Aspira a expressar a forma como o mundo está ligado através de mudanças no tempo e no espaço. Runningman de Tetsuro Kodama

With a Confident Smile de Ryu Kouben Utiliza grafismos inovadores em câmara lenta. O conceito decorre das experiências do autor enquanto estudante no Japão em programa de intercâmbio.

Paper Play de Sho Yamaguchi Filme em photo composite que faz uso do software Match Move. A figura de papel, recortada com a forma de uma pessoa, tanto cria amigos na escola como enterra a escola. Selene Attraction de Kazuhiko Kobayashi As ondas do mar repetem-se em padrões cíclicos, e ao mesmo tempo, criam formas e movimentos diferentes de cada vez. Uma nova maneira de olhar para imagens de ondas. A Maze de Kei Takahashi Ilustra o processo de esquecer, escapar e destruir a realidade.


Ghost In The Shell – SAC Vol. 2

físico. Com a junção do homem e da máquina, começa a ser criado um novo nível cibernético – uma existência que continua a redefinir a humanidade.

Quarta 10 · 21h30 The Cats of Mirikitani de Linda Hattendorf, 2006 96’ · Documentário

Quarta 10 · 18h30 Ghost In The Shell – SAC Vol. 2 de Kenji Kamiyama, 2004 120’ · ANIMAÇÃO Produzido por Ghost in the Shell Stand Alone Complex Comittee Produtores Yuchiro Matsuka (Production I.G.), Tsutomu Sugita (Bandai Visual), Charles Mc Carter (Bandai Entertainment), Kaoru Mfaume (Manga Entertainment) Conceito original Shirow Masamune Realização Kenji Kamiyama Argumentos Shutaro Suga, Yoshiki Sakurai, Dai Sato, Junichi Fujisaki, Nobutoshi Terado Desenho de personagens Makoto Shimomura Direcção artística Yusuke Takeda Animação Production I.G. Direcção 3D Makoto Endo ‘Mecha design’ Kenzi Teraoka, Shinobu Tsuneki Música Yoko Kanno No futuro, deixou de ser nítida a fronteira entre a vida digital e a vida física. O limite entre tecnologia e humanidade foi distendido para além da imaginação, e há vidas que são vividas tanto no mundo electrónico como no mundo

numa jornada para confrontar o passado sofrido de Jimmy. Combinando beleza e humor com tragédia e perda, The Cats of Mirikitani é uma exploração íntima das feridas de guerra que permanecem e do poder restabelecedor da arte. Uma calorosa afirmação de humanidade que agradará a todos os amantes de paz, de arte e de gatos. A Permanent Part-Timer in Distress

The Cats of Mirikitani

Quinta 11 · 21h30 Murata Vários, de Tomoyasu Murata, 1998-2006 78’ · Animação Tug Tug 1998 A história de dois cientistas que se vêem forçados a construir uma bomba.

Produzido por Lucid Dreaming Inc. em associação com Independant Television Service (ITVS) e Center for Asian American Media (CAAM) Realização Linda Hattendorf Produção Masa Yoshikawa, Linda Hattendorf Montagem Keiko Deguchi, Linda Hattendorf Fotografia Linda Hattendorf, Masa Yoshikawa Música Joel Goodman Jimmy Mirikitani, de oitenta e um anos, sobreviveu aos traumas dos campos de concentração da 2ª Grande Guerra, de Hiroshima e de estar sem abrigo, através da criação de arte. Mas quando o 11 de Setembro ameaça a sua vida nas ruas de Nova Iorque e uma cineasta local o leva a sua casa, os dois embarcam

pedala na sua bicicleta pelas ruas de Tóquio e pensa num rumo diferente para a sua vida.

Burp 1998 Um monstro devorador de pedras encontra uma boa utilização para o seu aparelho digestivo. A revelação da verdadeira história da construção das pirâmides.

Quinta 11 · 18h30 A Permanent Part-Timer in Distress de Hiroki Iwabuchi, 2007 67’ · Documentário Realização Hiroki Iwabuchi Produção Yutaka Tsuchiya Consultora Karin Amamiya Música Michinori Toyota, Keiichi Sokabe Hiroki Iwabuchi foi enviado por uma agência de emprego para uma fábrica de impressoras da Canon como trabalhador permanente. Durante a semana, instala tinteiros o dia inteiro e, durante o fim-de-semana, procura trabalhos temporários em Tóquio. Um dia, participa numa manifestação pelos direitos dos trabalhadores permanentes. Hiroki

Four Brothers 1998 O realizador Tomoyasu Murata, um de quatro irmãos, aplica a técnica da animação stop-motion a brinquedos para recriar a sua experiência familiar. A Memory 2001 Um robot doméstico descobre uma A Memory


Tokyo Montage

fotografia de família que revela uma memória feliz e tanto a fotografia como a memória ganham vida.

The Black Cat 1929 Produções Chiyogami Eigasha Arte, realização, produção Noburo Ofuji

Scarlet Road 2002 Esta é a primeira de cinco partes da série The Road, sobre um velho pianista. Recordando alguém que amou, o pianista faz uma viagem e encontra alguém que lhe devolve a esperança e afasta a melancolia.

The Stolen Lump 1929 Produções Yokohama Cinema Arte Yasuji Murata Guião Chuzo Aochi Realização Yukikiyo Ueno

White Road 2003 O pianista regressa à paisagem gelada da sua infância e à memória da sua primeira experiência de perda. Metropolis 2005 Imagens caleidoscópicas revelam visões nocturnas de Tóquio. Handstand Boy Intently Terrified

Taro’s Toy Train 1929 Produções Yokohama Cinema Arte Yasuji Murata Guião Chuzo Aochi Realização Yukikiyo Ueno Tokyo Montage 2006 Misturando várias técnicas de animação, Murata revela os destroços de uma metrópole. Indigo Road 2006 No terceiro momento da série The Road, o pianista revisita o seu passado e descobre que o presente está esmagado pelo seu sentimento de perda.

Sexta 12 · 18h30 Japanese Anime Classic Collection de Vários, 1928-1931 77’ · Animação Cópia gentilmente cedida por Digital Meme (www.digital-meme.com) Handstand Boy Intently Terrified 2005 Debaixo de uma lua vermelha, um corajoso rapaz atravessa paisagens assustadoras de cabeça para baixo. Rainbows of Winter 2005 Uma vila debaixo de neve que é habitada por pessoas arco-íris e outras coisas estranhas.

Mighty Taro’s Reckless Training 1928 Anónimo Momotaro the Undefeated 1928 Arte Sanae Yamamoto Narração Midori Sawato Música Sadakazu Okano The Tiny One Makes It Big 1929 Produções Nakano Mangasha

Our Baseball Match 1931 Produções Yokohama Cinema Arte, realização Yasuji Murata Guião Chuzo Aochi Narração Midori Sawato The National Anthem Kimigayo 1931 Produções Chiyogami Eigasha Realização, produção Ofuji Noburo Abduction: The Megumi Yokota Story

The Bat 1930 Narração Midori Sawato Produções Yokohama Cinema Arte, realização Yasuji Murata Produção Chuzo Aochi The Monkey Sword Masamune 1930 Produções Yokohama Cinema Arte Yasuji Murata Guião Chuzo Aochi

Sexta 12 · 21h30

Harvest Festival 1930 Produções Chiyogami Eigasha Arte, realização, produção Ofuji Noburo

Abduction: The Megumi Yokota Story de Chris Sheridan e Patty Kim, 2006 85’ · Documentário

Urashima Taro 1931 Produções Nikkatsu Produção Manzo Miyashita

Realização Chris Sheridan, Patty Kim Produção Chris Sheridan, Patty Kim Produtora executiva Jane Campion Produtor associado Yuko Kawabe Montagem Chris Sheridan Imagem e som Chris Sheridan Argumento Chris Sheridan, Patty Kim Consultora histórica Laurie McClellan Música Shoji Kameda Para a BBC Nick Fraser

Our Baseball Match

Abduction: The Megumi Yokota Story narra a história verídica de uma rapariga japonesa de 13 anos, raptada por espiões norte-coreanos em 1977, e da comovente e longa luta dos seus pais para trazê-la de volta a casa. Um poderoso drama humano que remete para a problemática dos direitos humanos.


Yusukuni

Sábado 13 · 18h30 Yasukuni de Yang Li, 2008 120’ · Documentário Com Kariya Naoji, Sugawara Ryuken, Gaojin Sumei Apresentado por Zhang Yunhui, Zhang, Huijin, Hu Yun Produzido por Zhang Yunhui, Jiao Qing Produtores associados Yamagami Tetsujiro, Li Hongyu, Xu Xiangyun, Bobby K. S. Wan Assistente de realização Nakamura Takayuki Director de fotografia Hotta Yasuhiro (J.S.C.), Li Ying Som Nakamura Takayuki Montagem Oshige Yugi, Li Ying Produção executiva Zhang Huijun, Hu Yun, Jiang Xuanbin, Li Ying Co-Produção Dragon Films Inc., Beijing Academy’s Youth Film Studio, Beijing Zhongkun Film Inc Financiado por Japan Arts Fund, Asian Network of Documentary, DongSeo Asian Fund, Kodak Fund Com o apoio de SIGLO, Phoenix Satellite Television, Synnet International, Epic Entertainment China Yasukuni é um filme sobre a Guerra e a Paz, e sobre a verdade que ninguém conhecia acerca do Japão…

Desde logo o documentário mais polémico jamais feito no Japão, e aclamado por muitos como o mais influente, Yasukuni causou controvérsia sem precedentes e tornou-se um importante fenómeno político e social no Japão de hoje. Trata-se de um poderoso estudo sobre o controverso santuário Yasukuni, que revela verdades escondidas sobre a história e a identidade do Japão, e que desafia ideias sobre o militarismo japonês, os legados do pós-guerra e o seu perturbador significado nos dias de hoje. Ao examinar as águas lamacentas que circundam este palco sagrado do nacionalismo, o filme deita um olhar acutilante sobre a verdade por detrás da ‘guerra sagrada’ do imperador e sobre as responsabilidades do Japão no pós‑guerra. Ao tocar o nervo mais sensível do Japão, o filme também confronta os dilemas humanos universais da guerra e da paz, da morte e da memória.

Sábado 13 · 21h30 Vexille de Fumihiko Sori, 2007 109’ · Animação Com Meisa Kuroki, Shosuke Tanihara, Yasuko Matsuyuki, Takahiro Sakurai, Romi Pak Realização Fumihiko Sori Produção Toshiaki Nakazawa, Kazuya Hamana Argumento Haruka Handa, Fumihiko Sori Design de produção Toru Hishiyama Som Koji Kasamatsu Montagem Fumihiko Sori Música Paul Oakenfold Dez anos depois de ter saído das Nações Unidas e de ter cortado relações com

o resto do mundo, o Japão construiu um impenetrável campo electromagnético para proteger as suas fronteiras. Estamos em 2077 e o Japão é acusado de praticar investigação ilegal na área da robótica. Entretanto, nos Estados Unidos, uma unidade comando de elite liderada pela destemida agente Vexille, lança um ataque surpresa contra o escudo nipónico.


Conselho de Administração Presidente António Maldonado Gonelha Administradores Miguel Lobo Antunes Margarida Ferraz Assessores Dança Gil Mendo Teatro Francisco Frazão Arte Contemporânea Miguel Wandschneider Serviço Educativo Raquel Ribeiro dos Santos Ana Feteira Monteiro estagiária Direcção de Produção Margarida Mota Produção e Secretariado Patrícia Blázquez Mariana Cardoso de Lemos Jorge Epifânio Exposições Coordenação de Produção Mário Valente Produção e Montagem António Sequeira Lopes Produção Paula Tavares dos Santos Montagem Fernando Teixeira Culturgest Porto Susana Sameiro

Comunicação Filipe Folhadela Moreira Ana Raquel Abelha estagiária Publicações Marta Cardoso Rosário Sousa Machado Maria Ana Freitas Actividades Comerciais Catarina Carmona Serviços Administrativos e Financeiros Cristina Ribeiro Paulo Silva Direcção Técnica Eugénio Sena

Frente de Casa Rute Sousa Bilheteira Manuela Fialho Edgar Andrade Paula Pires Tavares Recepção Teresa Figueiredo Sofia Fernandes Auxiliar Administrativo Nuno Cunha Colecção de Arte da Caixa Geral de Depósitos Isabel Corte-Real Valter Manhoso

Direcção de Cena e Luzes Horácio Fernandes Assistente de direcção cenotécnica José Manuel Rodrigues Audiovisuais Américo Firmino chefe de imagem Paulo Abrantes chefe de áudio Tiago Bernardo Iluminação de Cena Fernando Ricardo chefe Nuno Alves Maquinaria de Cena José Luís Pereira chefe Alcino Ferreira Técnico Auxiliar Álvaro Coelho

Culturgest, uma casa do mundo

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