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Capítulo 3

Capítulo 3

A importância da Educação Patrimonial: discutindo as atividades presenciais https://www.youtube.com/live/

Dessa forma, transformando a compreensão e a utilização pública democrática, por meio da participação de comunidades que preservam os bens culturais inseridos no seu dia a dia. A ação educativa leva em consideração as políticas públicas e os processos ativos de conquista de conhecimento, apropriação e valorização do patrimônio cultural, possibilitando melhor utilização desses bens e propiciando a geração e a produção de novos conhecimentos (HORTA; GRUNBERG; MONTEIRO, 1999).

Para iniciar o projeto da ChimicArte no MHMPR, selecionamos, entre muitos exemplares disponíveis em acervo, cinco livros com características diferentes para previamente analisar e mapear os processos de deterioração; planejar a adequação da higienização, da preservação e usálos para material exemplificativo em oficinas presenciais. Com material previamente analisado, no dia 17 de maio de 2022, aconteceu a primeira parte da Oficina de Fundamentos de Química para a Conservação em Papel. Aula expositiva que abordou a química na conservação de papéis aplicada a acervos museológicos e bibliográficos. Ministrado pela D.raª Isabel Spitz no Salão Nobre do MHMPR e on-line ao vivo pelo canal do Museu da História da Medicina do Paraná no YouTube.

No dia 18 de maio, foi dada a continuidade da Oficina de Fundamentos de Química para a Conservação em Papel com a primeira aula prática no Laboratório Didático de Química Geral, Departamento de Química da Universidade Federal do Paraná, campus Centro Politécnico. Ministrado pelas químicas D.ra Isabel Spitz e Prof.a D.ra Camila Silveira em parceria com a ChimicArte Projetos Educacionais. Nesse dia, os alunos tiveram a possibilidade de entrar em contato com diversos tipos de papéis e manusear equipamentos que auxiliam no diagnóstico de agentes de deterioração.

No dia 19 de maio, das 13h às 17h, houve a última aula prática no Laboratório Didático de Química Geral. Nessa ocasião, os alunos tiveram a oportunidade de colocar em prática o conhecimento adquirido, realizando microscopia e preenchendo fichas de diagnósticos dos livros do acervo do Museu da História da Medicina do Paraná.

No dia 18 de outubro de 2022, foi inaugurada a exposição Maria Falce (de Macedo): pioneira e protagonista, no Museu da História da Medicina do Paraná, idealizado pelo projeto de extensão “Meninas e Mulheres na Ciência”, da Universidade Federal do Paraná (UFPR) orientado pela Prof.a D.ra Camila Silveira em parceria com o museu e a ChimicArte Projetos Educacionais. Além da colaboração nas pesquisas, foi realizada a higienização da máquina de escrever Remington Rand e do suporte de caneta em granito que pertenceu à Maria Falce de Macedo, esse trabalho foi executado pela especialista em conservação Hélia Braholka.

Higienização e conservação preventiva

da máquina de escrever da Prof.a D.ra Maria

Falce de Macedo

No dia 11 de outubro, das 8 às 12h, a ChimicArte Projetos Educacionais, em parceria com o Museu da História da Medicina do Paraná, compareceu ao Colégio Estadual Professor Loureiro Fernandes para ministrar uma oficina sobre o projeto no viés da Educação Patrimonial, apresentando exemplos da relação da Química com os bens culturais e utilizando recursos didáticos para facilitar a aprendizagem, como o modelo molecular. Os alunos aprenderam também a utilizar o microscópio digital para compreender melhor os diferentes materiais que compõem os objetos e conheceram alguns itens do acervo do MHMPR.

Informações gerais: Informações gerais: máquina de escrever Remington Rand, verdeescura. Manual, padrão Writer, estilo Art-Deco. Fabricada na sede brasileira da empresa norteamericana Remington Rand, aproximadamente nos anos de 1950, de acordo com comparação e características de máquinas da mesma época. Em bom estado, porém com avarias na pintura e pontos de oxidação do metal. Sujidades bem visíveis e incrustadas, principalmente na parte interna. Manchas e desbotamento nas teclas e demais áreas plásticas. Faltando suporte de mesa na parte posterior do lado direito.

Após análise criteriosa, foram retiradas as partes móveis da máquina que facilitam a colocação do refil de tinta. Toda a parte interna foi higienizada manualmente com pincel e aspirador, controlando da pressão de sucção. Após a retirada máxima das sujidades, foi depositada uma quantidade pequena de óleo para máquina em cada uma das engrenagens, facilitando a remoção das demais sujidades depositadas ao longo dos anos e fazendo também que todas as engrenagens e os botões voltassem a funcionar normalmente.

A limpeza da parte externa da máquina teve como objetivo retirar a camada de gordura que revestia todas as superfícies. As demais áreas de metal foram higienizadas com uma solução de água aquosa própria para esse fim. PPara finalizar, a máquina recebeu um suporte para a mesa, de rosca assim como os outros, porém de tamanho e material diferentes para ser evidente a necessidade de manter o alinhamento da máquina. Toda superfície foi higienizada com o auxílio de swabs.

Considerando todos os pontos citados, vale lembrar que o projeto desenvolvido pela ChimicArte Projetos Educacionais no MHMPR, em 2022, visou orientar e adequar o processo de preservação museológica do Museu de História da Medicina do Paraná por meio de oficinas e capacitações, visto que sua instalação em um hospital requer procedimentos de higienização em conformidade com as exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), evitando quaisquer outros possíveis riscos de contaminação e descarte.

Diante disso, a junção das informações e a adaptação para que ambos os lados sejam respeitados são necessárias para manter o ambiente seguro ao acervo e às pessoas. Reunimos essas informações de forma mais sistematizada no próximo capítulo, que pode ser usado também como um manual de higienização do espaço museológico e acervo da área da Saúde.

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