A REVISTA n.º 7

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Quando o trabalhador converte o trabalho em alegria, o trABALHO TRANSFORMA-SE NA ALEGRIA DO TRABALHADOR Nº7 | JULHO 2018 trimestral

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FICHA TÉCNICA

Titulo | A Revista Propriedade | Nortemed Conselho de Redação Clara Sá, Manuela Sá & Vítor Teixeira Revisão de Textos | Clara Sá Colaboradores Ana Duarte António Costa Tavares Cidália Monteiro Daniela Araújo Flávia Peixoto Helena Ferreira Joana Pereira Vítor Teixeira

Periodicidade | Trimestral Publicação – facebook: https://www.facebook.com/nortemed.pt/ Plataforma virtual: https://issuu.com/nortemedshst Site Institucional: www.nortemed.pt Grafismo: Francisco Maia

Os artigos assinados, assim como as opiniões emitidas, são da inteira responsabilidade dos seus autores, podendo ser reproduzidas, no seu todo ou em partes, desde que sejam mencionados o nome da revista, número, data da publicação e o autor do texto.


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EDITORIAL

Cultura de Prevenção! O sector da Saúde e Segurança no Trabalho, tem conhecido enormes transformações nos últimos anos.

Fruto de uma maior consciencialização, por parte dos empresários (ainda não o suficiente), verificamos, que o cumprimento da lei que regula o sector, tem sido cada vez mais uma preocupação. No entanto, se analisarmos factores como as estatísticas de acidentes de trabalho, verificamos que ainda existe um longo caminho a percorrer.

É necessário um maior esforço na aplicação das politicas de prevenção, capazes de produzir resultados, que sejam um investimento resultante da vontade de todos: Estado, Empresários e Trabalhadores.

Temos uma boa legislação, trabalhadores cada vez mais certificados para as funções, bons profissionais na área da SST, o que nos falta então? Quais os motivos de termos um elevado índice de Acidentes de Trabalho?

Penso que a resposta não advém apenas de um factor, mas sim de diversas causas. Uma delas é a mentalidade, a chamada “cultura de Prevenção”, que está na base de encarrar este tema com a importância que deve ter.

Temos que perceber que essa cultura tem que começar nas escolas, fazer parte do nosso dia a dia, formar os nossos jovens, para que quando entrem no mercado de trabalho, nada disto lhes seja estranho, mas sim, algo que vai fazer parte da vida ativa de cada um deles. Nestes 8 anos, a NORTEMED pugnou por fazer a diferença, por alertar consciências, e fizemo-lo de uma forma integrada, de uma forma rigorosa e séria. A Saúde e Segurança no Trabalho exige isso mesmo, exige o melhor de cada um de nós neste caminho pela melhoria das condições de trabalho. A todos, os que connosco fazem esta caminhada, o nosso muito obrigado. Vítor Teixeira Diretor Geral


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rir...nem sempre é o melhor remédio


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Va ntagens de a p r es e nta r ao cl ie nt e ...

um serviço sem exclusões     DEPARTAMENTO COMERCIAL                                     Atualmente fala-se muito da saúde financeira das empresas e muito pouco da saúde dos colaboradores; mas mantê-los saudáveis é uma componente crucial para o sucesso dos negócios. A legislação obriga as empresas e colaboradores a cumprirem regras mas, muitas vezes, por desconhecimento, falta de sensibilização ou foco de uma equipa especializada, os acidentes de trabalho e doenças profissionais acontecem quando poderiam ser evitados. A primeira abordagem que as empresas que prestam serviços no âmbito da Saúde e Segurança no Trabalho

O importante, no entanto, é clarificar que é da responsabilidade do Cliente/Empregador a seleção da empresa prestadora dos serviços externos, sendo também co-responsável pelo eventual não cumprimento legal em matéria de SST se as responsabilidades, e atividades abrangidas pelo contrato não satisfazem a legislação. A Nortemed sabe, que os ditos serviços “baratos” são na verdade caríssimos do ponto de vista que não trazem qualquer benefício real ao cliente, nem tão pouco cumprem os mínimos legais que estão impostos aos Serviços de Saúde e Segurança no Trabalho. Por isso, quando adjudicarem o serviço a uma empresa externa, além da confiança que depositam no prestador do serviço, o empresário terá de perceber e entender as condições que lhe são propostas. A Nortemed apresenta um serviço sem exclusões, permitindo que a empresa cumpra com a Lei na sua integridade.

fazem junto dos potenciais clientes, é a apresentação de um serviço que classifica de “mínimos”, informando naturalmente o Cliente que ao contratar esses serviços estes cumprem os requisitos legais em matéria de SST. Na vertente da Segurança e Saúde no Trabalho, estes tais “serviços mínimos” passam frequentemente por uma auditoria anual às instalações, respetivo relatório e, consulta médica. É evidente que tais serviços “mínimos” não colocam o Cliente/Empregador numa zona de cumprimento dos requisitos legais. O Cliente ou por desconhecimento, ou por outras razões, por lhe ser “mais fácil” optam pela solução mais simples e de preço inferior e, esperam que tudo corra bem, designadamente em caso de ação inspetiva pela ACT, acabando por vezes por optar por este tipo de “soluções”.

A Lei 102/2009 – Regime Jurídico da Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho, acresce às responsabilidades impostas especificamente aos “Serviços de SST” no Art. 98º. Neste Artigo é referido que, “serviços mínimos” não dão resposta minimamente satisfatória aos requisitos legais impostos pela legislação nesta matéria. Se os serviços de SST são assegurados por prestadores de serviços externos, então será essa empresa que deverá assumir como suas, essas responsabilidades. Em síntese, todas as atividades de Saúde, Higiene, e Segurança no Trabalho, têm como objetivo, garantir condições de trabalho em qualquer empresa, “num estado de bem-estar físico, mental e social e, não somente a ausência de doença e enfermidade,” segundo a Organização Mundial de Saúde. Cidália Monteiro/ Flávia Peixoto Departamento Comercial


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Estou mesmo a precisar de férias!    ENFERMAGEM                                    felicidade). - Melhorar a qualidade do sono. - Diminuir os níveis de stress. - Menor tendência para a depressão. Um estudo do Instituto Finlandês de Saúde Ocupacional, publicado no Jornal Americano de Epidemiologia, mostrou que “saltar” as férias aumenta em 30% o risco de se sofrer um ataque cardíaco. Nesta altura do ano, esta frase é dita constantemente, a rotina do dia-a-dia, semana após semana, vai deixando marcas, o cansaço, o stress, problemas de saúde e mesmo problemas na relação com os que nos rodeiam, tornam-se difíceis de gerir. Por estes motivos, as férias constituem uma pausa no ritmo de trabalho, que permite ao organismo recuperar do desgaste físico e mental. O período de férias é essencial para o bom funcionamento de qualquer empresa. Está comprovado que após recarregar “baterias”, o trabalhador regressa ao trabalho mais bem-disposto e produtivo. E como se sabe, um profissional satisfeito é aquele que produz e atinge resultados, que tem mais criatividade, com capacidade para desenvolver ideias novas e alcançar objetivos com mais facilidade, pois sente-se mais focado e motivado. Para além dos benefícios para o trabalho, estar de férias é importante para a saúde dos trabalhadores, pois sabe-se que contribuem para: - Diminuir o risco de doenças cardíacas. - Diminuir a pressão arterial. - Reforçar o sistema imunitário. - Aumentar os níveis de dopamina (a molécula da motivação, chamada por alguns de hormona da

Os benefícios das férias não se restringem à saúde e desempenho posterior no trabalho. Podem ainda refletir-se na felicidade e qualidade de vida de cada um, nomeadamente no equilíbrio das relações familiares, do casamento e do contacto social. Por isso...aproveite as suas férias! Joana Pereira Enfermeira Formadora na área da Saúde Ocupacional


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dia mundial da hipertensão . 17 de maio   ENFERMAGEM                                    mantém consideravelmente superior aos valores recomendados pela Organização Mundial de Saúde (5 g por dia). Os doentes com HTA têm um maior risco de morte ou desenvolvimento de determinadas patologias, como a insuficiência cardíaca, acidentes vasculares cerebrais (AVC), enfarte do miocárdio, insuficiência renal, perda gradual da visão, esclerose das artérias, entre outros. A adoção de um estilo de vida saudável pode prevenir o aparecimento da doença e, a sua deteção e, acompanhamento precoces podem reduzir o risco de vir a desenvolver estas patologias. A comemoração deste dia foi criada em 2005 com o objetivo de sensibilizar e encorajar a população, no sentido de prevenir e controlar o desenvolvimento desta epidemia, que é a hipertensão. A pressão arterial (PA) resulta da pressão que o sangue exerce sobre as paredes das artérias. A Hipertensão Arterial (HTA) ocorre quando esta pressão se encontra elevada de forma crónica. A PA tem duas medidas: a pressão arterial sistólica ou “máxima” (ocorre a contração do coração e este envia sangue para todo o corpo) e, a pressão arterial diastólica ou “mínima” (que ocorre quando o coração relaxa para se voltar a encher de sangue). Considera-se que uma pessoa é hipertensa, quando apresenta valores de PA (sistólica ou diastólica) iguais ou superiores a 140/90mmHg, determinados por um profissional treinado e utilizando um aparelho calibrado e validado. O consumo excessivo de sal é uma das principais causas para o desenvolvimento desta patologia. Dados recentes apontam que o seu consumo, pela população portuguesa, se

Em Portugal, cerca de 26,9% da população é hipertensa, sendo esta patologia mais prevalente no sexo feminino. Sociedade Portuguesa de Hipertensão e Serviço Nacional de Saúde

Daniela Araújo Enfermeira


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Dia Nacional da Luta contra a obes idade, 19 de ma io

E p ide m i a d o séc u lo XX I    CAMPANHA                                    Em Portugal, quase metade da população apresenta excesso de peso e, perto de um milhão de adultos sofre de obesidade.

Aqui ficam algumas dicas práticas de como pode fazer: - Mantenha uma atividade física regular; - Opte pela “marmita” - fazer as nossas refeições é mais barato e, regra geral, mais saudável; - Evite fritos, alimentos processados e industrializados; - Hidrate-se bem - beba muita água; - Verduras e frutas deve ser a base da alimentação; - Fuja das dietas “milagrosas”. Não se conseguem resultados duradouros se o foco não for ganhar saúde e só emagrecer; - Tenha hábitos regulares de sono. Dormir cedo e bem ajuda a queimar calorias.

Considerada pela Organização Mundial da Saúde como uma epidemia (“a Epidemia do século 21”), a obesidade afeta a longevidade e a qualidade de vida. Por favorecerem doenças como a diabetes mellitus tipo II, a hipertensão arterial ou a dislipidemia, o excesso de peso e a obesidade levam a um importante aumento do risco cardiovascular. Estima-se, por exemplo, que a hipertensão seja 2,5 vezes mais frequente nos indivíduos obesos que em pessoas com peso normal. Como emagrecer e “fugir” dessa epidemia? Não há pílulas mágicas para emagrecer de forma saudável. Se com o estilo de vida que mantém ganhou uns quilinhos a mais, o que tem a fazer é simples: mudar esse estilo de vida!

Ana Duarte Enfermeira Investigadora na Universidade do Minho


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Foram registados 27 acidentes Foram registados 80 acidentes mortais em Portugal de mortais em Portugal de Janeiro a Março de 2018 Janeiro a Setembro de 2017 (fonte ACT) fonte ACT)

em memória de todos os trabalhadores que morrem no exercício do seu trabalho!


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família numa ótica de gestão de recursos humanos     FALA QUEM SABE                                     Mais motivação – menos absentismo e presentismo – menos acidentes laborais Com a crescente incorporação das mulheres e bem, no mercado de trabalho, a necessidade de existir uma conciliação entre a vertente trabalho e a vertente familiar, tem sido uma

preocupação da gestão de recursos humanos que, sensível a esta questão, se depara com uma complexidade de variáveis, legislativas, orgânicas e profissionais, que urge ser mais agilizada de forma a contribuir para o aumento da motivação quer da mulher enquanto mãe, quer do pai que pode também usufruir de um mecanismo mais flexível, permitindo que ambos os cônjuges consigam gerir a parentalidade de forma proficiente a contento de ambos. Sabemos que as responsabilidades familiares face às exigências profissionais são por vezes antagónicas do ponto de vista da realização laboral. Aqui entra claramente a gestão de recursos humanos que, dentro do pacote legislativo existente (Código do Trabalho) pode e deve caso a caso reconfigurar essas dinâmicas,

procurando ajustar a vertente profissional à vida familiar, mitigando os transtornos que muitas famílias têm neste tipo de situação. Uma correta e dimensionada conciliação entre a nossa vida familiar e a vertente profissional só fará sentido se efetivamente se conseguir

equilibrar os tempos de trabalho, com o tempo in itinere e o tempo despendido para as atividades familiares. Um colaborador que opte por um regime mais flexível não está a violar nenhuma regra de produtividade e muito menos legal. Quantas pessoas existem que preferem por exemplo trabalhar no período da manhã, estendo-o até perto das 14 horas (com pausa obviamente). E quem diz da parte da manhã (para colaboradores que psicologicamente se sentem mais confortáveis nesse período), o mesmo poderá ser no período vespertino. O tempo de trabalho não diminui, e evita situações de stress, hipertensão e outros problemas deletéricos, consequência direta dos replaneamentos que se têm que fazer precisamente para conciliar o eixo trabalho-família. Agravando-se quando um dos cônjuges ou outro familiar está indisponível.


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Existem mecanismos que a gestão de recursos humanos pode promover como a flexibilidade horária, (permitindo que as entradas e as saídas favoreçam um regime mais confortável para levar/ buscar os filhos à escola, poder acompanhar os pais idosos a uma consulta médica, não faltar “eternamente” às festas da escola, etc…), a semana de trabalho comprimida (em que o colaborador trabalha mais umas horas em dois ou três dias, aligeirando a carga horária nos seguintes), o trabalho em casa (teletrabalho, que permite hoje com as novas tecnologias de informação e comunicação, que o colaborador possa exercer muito do seu tipo de trabalho em casa e enviar por email para a empresa), ou o trabalho a tempo parcial, o já conhecido instrumento legal do banco de horas (permitindo por exemplo um acréscimo de dias de folga e/ ou de férias), bem como outros apoios sociais como por exemplo o apoio para jardim-de-infância ou para a escola primária, contribuindo para um desacelerar de preocupações dos pais do ponto de vista económico mas também social. São mecanismos motivacionais que, a organização em nada perde, pelo contrário, com estas medidas diminui-se o absentismo, a alienação e o fenómeno crescente do “presentismo” de muitos colaboradores e, claramente está focada num aumento dos níveis de pertença, de engagement e de vinculação psicológica e emocional com repercussões a nível da produtividade e da

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melhoria do desempenho socioprofissional, além da diminuição de índices de incidentes e acidentes laborais, fruto das situações de pressão e stress organizacional atrás referidas. Ganham todos, numa estratégia win-win, a empresa consubstanciar-se-á numa caminhada de sucesso e simultaneamente de referência positiva para outras organizações. “O que fazemos durante as horas de trabalho determina o que temos; o que fazemos nas horas de lazer determina o que somos.” Charles Schulz

* A. Costa Tavares Técnico Superior de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Docente, formador e consultor em matéria de SST Quadro superior da Câmara Municipal de Cascais


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CONTATOS ÚTEIS


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zumbido!!! zumbido!!! zumbido!!! zumbido!!! O zumbido é uma situação clínica que perturba muitos doentes. Podem ser inumeradas as causas para o aparecimento do zumbido, mas na maioria dos casos nenhuma dessas causas conhecidas é encontrada. Vários estudos foram sendo feitos e com base no que até ao momento é conhecido acerca desta situação desenvolveu-se um tratamento que tem permitido minorar e eliminar este sintoma restituindo ao doente a tranquilidade e o silêncio. Reunindo várias técnicas terapêuticas que conduzem à reprogramação cerebral, ao restabelecimento do equilíbrio celular e retorno ao estado pretendido.

Este tratamento é aplicado na Nortemed, sob a orientação da Dr.ª Julieta Gonçalves. Consta de uma consulta que orienta procedimentos e orientações a instituir na vida quotidiana, terapêutica e, plano de tratamento a realizar na Clínica. Julieta Gonçalves (Dra.) Especialista em Medicina do Trabalho

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Livro de Reclamações Eletrónico     HIGIENE E SEGURANÇA ALIMENTAR-HACCP                                     Vivemos numa era digital em que tudo se desmaterializa e é substituído por algo não palpável. Acontece nas relações pessoais e interpessoais, assim como nas ferramentas de trabalho e comunicação. Será que a vida, como a conhecemos, está a perecer? Será este o caminho? Será esta uma forma de viver que preserva a humanidade ou a põe em risco? Só o tempo o dirá… Talvez daqui a uns anos seremos atendidos por Robôs ou Ciborgues no supermercado… Talvez daqui a uns anos jantaremos num restaurante em que o “chef” é um Robô altamente programado para receber estrelas Michelin e que não subsista concorrência, porque não existirá nenhum algoritmo tão bem desenvolvido para a área da culinária… talvez seja assim, talvez não… No entanto, enquanto são as pessoas a cozinhar e a gerir os seus negócios, estamos aqui nós para ajudar. No dia 1 de julho de 2018, o do Livro de

Reclamações também passou a estar disponível digitalmente em www.livroreclamacoes.pt, uma Plataforma Digital que permite aos consumidores e utentes apresentarem as suas reclamações em formato eletrónico, com o mesmo valor que as reclamações apresentadas em formato físico. Este foi criado pelo Decreto-Lei n.º 74/2017, de 21 de Junho e regulamentado pela Portaria n.º 201-A/2017, de 30 de Junho. O Livro de Reclamações Eletrónico é, desde 1 de Julho, obrigatório para a generalidade dos fornecedores de bens e serviços que exerçam a sua atividade, quer através de um estabelecimento físico aberto ao público, quer através de meios digitais, sob pena de aplicação de uma coima entre € 250 e € 3.500, no caso de pessoa singular, e entre € 1.500 a € 15.000, no caso de pessoa coletiva. Os fornecedores de bens e prestadores de serviços com site na Internet serão obrigados a divulgar, de forma destacada e visível, o acesso à Plataforma Digital.


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Até 1 de Janeiro de 2018, o Livro de Reclamações Eletrónico era fornecido gratuitamente. Neste momento tem um custo de, aproximadamente, €10, que corresponde a 50% do preço do Livro de Reclamações em formato físico e poderá ser adquirido na loja online da INCM, S.A. Desde 1 de Janeiro de 2018, sempre que é comprado um Livro de Reclamações em formato físico será oferecido um Livro de Reclamações Eletrónico com 25 folhas de reclamação. Desta forma, e com a introdução de novas leis ou normas regularmente, é extremamente necessário que todos os indivíduos possuidores de negócios estejam atentos e informados, para que não sofram coimas evitáveis e que possam prejudicar o próprio negócio. Estamos aqui, e sempre disponíveis, para prestar qualquer tipo de esclarecimentos e indicações aos nossos estimados clientes e parceiros.

Helena Ferreira Técnica de Segurança Alimentar Técnica Superior de Segurança e Saúde no Trabalho

Note-se, no entanto, que “nenhum fornecedor de bens ou prestador de serviços é obrigado a disponibilizar ao consumidor ou ao utente um meio de acesso à referida Plataforma Digital, embora devam auxiliar o consumidor ou o utente que esteja impossibilitado de preencher a reclamação por razões de analfabetismo ou incapacidade física.”

SABIA QUE... O processo da reclamação eletrónica é, como o nome indica, todo ele eletrónico, devendo o fornecedor de bens ou prestador de serviços responder ao consumidor/utente no prazo de 15 dias úteis, para o endereço de correio eletrónico fornecido por este último.


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Trabalha exposto ao sol?! Então este artigo é para si…    ENFERMAGEM                                    O corpo humano esforça-se para manter uma temperatura corporal interna constante de 37ºC ao longo do tempo. Por esse motivo, nos períodos de calor intenso, o corpo produz suor, sendo esta a principal forma de arrefecimento do corpo. Nesta época de Verão, a temperatura sobe, o tempo fica muito quente e a humidade é elevada. O excesso de calor e a exposição solar nos locais de trabalho podem causar indisposição física, transpiração em excesso e aumento da velocidade da circulação sanguínea, e em casos mais graves, podem até provocar insolação e golpe de calor, afetando a saúde. O golpe de calor ou insolação é uma situação resultante da exposição prolongada ao calor, num local fechado e sobreaquecido ou ao ar livre, quando o sistema de controlo da temperatura do corpo do indivíduo deixa de produzir suor não arrefecendo o corpo. Os sintomas incluem febre alta, pele vermelha, quente, seca e sem produção de suor, pulso rápido e forte, dor de cabeça, náuseas, tonturas, confusão e perda parcial ou total de consciência. Os trabalhadores expostos ao sol e/ou ao calor, devem portanto estar atentos a estes sintomas e, tomar uma série de medidas para prevenir o seu surgimento como:

- Quando se trabalha em recintos fechados, aumentar a ventilação interior ou ligar o ar condicionado, para diminuir a temperatura do local de trabalho para uma média de 25º C. - Quando se trabalha em recintos abertos, evitar, na medida do possível, a exposição ao sol, sempre que possível devem ser transferidos alguns procedimentos de trabalho para locais mais frescos ou com cobertura, e em caso de impossibilidade, diminuir, sempre que possível, o tempo de exposição ao sol. - Usar chapéu de abas largas e aplicar protetor solar, para evitar danos causados pela exposição solar em excesso, usar roupas de cores claras, finas e de material fresco, não vestir roupa muito justa, apertada ou de cor escura. - Não ingerir bebidas alcoólicas durante o horário de trabalho, deve ingerir apenas água e se quiser juntar um pouco de açúcar ou de sal. Caso os sintomas, acima referidos, se manifestem deve de imediato prestar os Primeiros Socorros à vítima: - Deitar a vítima em local arejado e à sombra. - Elevar-lhe a cabeça. - Desapertar-lhe a roupa. - Colocar-lhe compressas frias na cabeça. - Dar a beber água fresca, se a vítima estiver consciente. - Se estiver inconsciente, colocá-la em PLS (Posição Lateral de Segurança) Nota: É uma situação grave que necessita transporte urgente para o Hospital. Joana Pereira Enfermeira Formadora na área da Saúde Ocupacional


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equipamentos de proteção individual

A evolução dos EPI's     SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO                                    Uma questão fundamental na Segurança no Trabalho centra-se nos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s). Por vezes, é o uso, ou não, destes equipamentos que podem fazer a diferença aquando da ocorrência de acidentes de trabalho. Os EPI’s salvam vidas e recorrentemente são desvalorizados pelos trabalhadores e pelos empregadores. Atualmente, os trabalhadores que exercem as suas funções em ambientes perigosos têm acesso a uma grande variedade de roupas e equipamentos de proteção para mantê-los seguros e protegidos. De capacetes duráveis a roupas de corpo inteiro, a gama dos chamados Equipamentos de Proteção Individual (EPI) inclui o necessário para garantir a segurança do trabalhador em qualquer tipo de local de trabalho. Não há dúvida de que, para muitas profissões, este tipo de equipamento é absolutamente essencial. Os trabalhadores convivem com os perigos no seu dia-a-dia laboral. Os estaleiros de obras estão repletos de objetos e maquinaria que podem causar ferimentos fatais. Os laboratórios e hospitais expõem os trabalhadores a materiais biológicos sensíveis que podem causar doenças graves. Certas indústrias podem ter equipamentos que geram calor e que podem fazer com que roupas inflamáveis incendeiem. Esta lista de perigos continua indefinidamente, mas os EPI’s certos juntamente com um pouco de bom senso, são o suficiente para evitar ferimentos. Como empresa de Medicina e Segurança no Trabalho, a NORTEMED orgulha-se do papel que desempenhou - e continua a desempenhar - em manter os trabalhadores protegidos contra perigos. No entanto, vale a pena relembrar, que os trabalhadores nem sempre tiveram acesso a equipamentos de proteção individual. O ambiente de trabalho seguro de que muitos beneficiam hoje, é o resultado de uma longa história de inovações que foram projetadas por uma

série de indivíduos empreendedores. Vamos espreitar um pouco a história dos EPI’s e, o desenvolvimento de certos tipos de equipamentos de segurança que, muitas vezes, tomamos como garantidos.

Luvas – As luvas de proteção existem há milhares de anos. Na verdade, até são mencionadas na Odisseia de Homero, que remonta ao século VIII aC. Esta obra inclui uma breve descrição, de Laertes, a usar umas luvas para proteger as mãos dos espinhos enquanto trabalhava no seu jardim. O antigo historiador grego Xenophon, também registou que os persas usavam luvas para proteger as mãos do frio. Capacetes - A ideia de usar algum objeto para manter a cabeça protegida de lesões, não é nova, como provavelmente já notou nos filmes que retratam guerras nos tempos antigos e/ou medievais. De facto, os capacetes usados para essa finalidade datam do século 10 a.C. - e possivelmente até antes. Mas, foi apenas no século XIX que os trabalhadores puderam usar o capacete para manterem os seus crânios salvaguardados do perigo. Remonta a história, que foram os trabalhadores dos estaleiros de construção naval que tiveram a ideia de colocar alcatrão nos chapéus e depois colocá-los ao sol para secar. Isso criou um chapéu resistente e durável que protegia as cabeças dos mesmos, do perigo representado pela queda de objetos. Na mesma época, um bombeiro de Nova York chamado Henry T. Gratacap

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NORTEMED criou um capacete destinado especificamente para os bombeiros. O design básico de Gratacap do capacete de bombeiro, mantém-se praticamente intacto, até aos dias de hoje. Atualmente, o capacete é necessário e essencial, em muitos tipos de profissões. Vale a pena ressaltar que alguns tipos de capacetes podem fazer mais do que apenas proteger o crânio de objetos externos. Os capacetes com métodos de iluminação ajudam os trabalhadores a permanecer seguros em ambientes onde a luminosidade é reduzida. Óculos de proteção - Soldadores, técnicos de laboratório e outras pessoas que trabalham em ambientes perigosos, podem agradecer aos óculos de segurança por manterem a sua visão protegida. Enquanto os óculos usados para ampliar a visão já existiam há séculos, o verdadeiro avanço da segurança ocular, surgiu quando o inventor afro-americano Powell Johnson patenteou os seus “protetores oculares” em 1880. Durante o século XX, e à medida que cada vez mais indivíduos começaram a trabalhar em ambiente industrial, houve uma maior necessidade de recorrer a tais equipamentos, o que levou a alterações no design inicial, até alcançarmos os modelos existentes na atualidade, utilizados em diversos ramos e não só na indústria. Hoje em dia, um bom par de óculos de segurança é capaz de desempenhar várias funções valiosas: proteger os olhos dos raios UV, produtos químicos e outros perigos, bem como, melhorar a visão. Macacões - Este tipo de vestuário de trabalho ajuda a garantir a segurança dos trabalhadores, proporcionando uma superfície de vestuário contínua, que impede a entrada de materiais perigosos, como produtos químicos ou resíduos biológicos. Estes equipamentos também podem proteger o trabalhador contra os efeitos prejudiciais de temperaturas extremas (frio e calor). Estas roupas são feitas de materiais altamente resistentes, flexíveis, e que mantêm os perigos no exterior, mas dando ao trabalhador, uma liberdade total de movimentos. No século XIX, os bombeiros começaram a usar roupas de proteção especiais destinadas a protegê-los dos vários perigos associados à profissão. Inicialmente, os uniformes eram de lã e eram usados para proteção contra condições severas de calor. Porém, só após

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a Segunda Guerra Mundial é que os uniformes de bombeiro foram homologados e submetidos a rigorosos testes de segurança. Enquanto estas mudanças aconteciam para esta profissão, houve outras áreas profissionais que começaram a perceber a necessidade da utilização de roupas de proteção semelhantes. Isto levou ao desenvolvimento dos diferentes fatos de proteção que conhecemos na atualidade. Botas - Existem dados arqueológicos e antropológicos que indicam que já existia, há 30 mil anos, na Eurásia Ocidental, algum tipo de calçado protetor. Os investigadores examinaram os dedos dos pés dos esqueletos do Paleolítico Superior e descobriram evidências que os pés foram protegidos por algum tipo de calçado protetor. Os primeiros registos de utilização de calçado protetor em ambiente laboral, remontam a 1800, com o desenvolvimento da indústria. As primeiras botas de proteção eram botas de madeira, chamadas sabots. Um sabot pode ser definido como um tipo de sapato simples, moldado e escavado num único bloco de madeira, inspirados no calçado usado por camponeses franceses e bretões. Durante a revolução industrial, os trabalhadores usaram os sabots para destruir as máquinas. Os trabalhadores atiraram os sabots para as engrenagens das mesmas, para interromper a produção. Foram estes acontecimentos que deram origem à palavra sabotagem. Com a revolta dos trabalhadores por condições e equipamentos que garantissem a sua segurança, houve alterações a estes sabots, que foram adaptados para couro maleável e a biqueira foi reforçada com uma placa de aço. Estes seriam os impulsionadores do calçado de segurança, como o conhecemos hoje em dia. Agora que espreitamos a história e vimos o esforço dos nossos antepassados para garantir que, neste futuro, todos trabalhássemos em segurança e que estes EPI’s estivessem à nossa disposição, utilize-os. Não sabote a sua vida, proteja-se! Helena Ferreira Técnica de Segurança Alimentar Técnica Superior de Segurança e Saúde no Trabalho

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