Notícias de Viseu - 19 de Janeiro 2023

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SAD DO ACADÉMICO DE VISEU VAI ASSUMIR A MANUTENÇÃO DO RELVADO DO FONTELO

A SAD do Académico de Viseu chegou a acordo com a autarquia viseense para assumir a gestão e manutenção do relvado do Estádio do Fontelo, que tem merecido críticas por parte do treinador da equipa, Jorge Costa.

Em comunicado, a SAD do clube beirão confirmou o acordo com a Câmara Municipal, proprietária do estádio, que é municipal, assumindo o compromisso de “melhorar e transformar o atual estado do relvado”, que é novo, mas nunca se apresentou nas condições desejadas.

(Continua na página 5)

GOVERNO COMPROMETE-SE A APOIAR IMPLEMENTAÇÃO DE VIDEOVIGILÂNCIA EM VISEU

O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, disse em Viseu que o seu ministério “procurará fazer tudo para apoiar” a implementação naquela cidade de um sistema de videovigilância que terá mecanismos de alarmística.

“A videovigilância é hoje um instrumento muito importante para garantir o reforço da prevenção, porque é aí que devemos trabalhar, no domínio policial, e Viseu é um dos municípios que quer avançar com essa experiência, à semelhança de outras cidades do país”, afirmou. “O que foi transmitido ao senhor presidente da câmara é que tudo procuraremos fazer para o apoiar nesse objetivo”, sublinhou o ministro José Luís Carneiro.

A implementação daquele sistema “obedece a uma avaliação feita” pela PSP, em articulação com a Polícia Municipal e a Câmara Municipal de Viseu, “e o Ministério da Administração Interna apoiará, do ponto de vista técnico, naquilo que for necessário apoiar”, reforçou.

José Luís Carneiro acrescentou que o sistema terá “mecanismos de alarmística, ou seja, mecanismos de alerta para que as forças policiais, nomeadamente os senhores comandantes distritais, possam pré posicionar os meios, utilizando-os com maior eficiência”.

O governante comparou o sistema ao existente na prevenção dos incêndios florestais, como o que existe na comunidade intermunicipal Viseu Dão Lafões, que faz videovigilância no território e permite agilizar a organização e posicionamento dos meios, mediante os riscos.

“O mesmo se pretende nas questões ligadas à criminalidade, ou seja, é feita uma avaliação território a território.

Dos territórios que comportam maior ameaça, maior risco, são introduzidos mecanismos de alarmística”.

Aos jornalistas assumiu ainda que “é o que se pretende com esta nova geração de mecanismos de videovigilância e, depois, com os sistemas de alarmística” e, “se correr como previsto, estas medidas estarão já integradas na nova estratégia integrada de segurança urbana”.

O processo está a ser trabalhado, até porque, lembrou o governante, “sempre que se avança com estes mecanismos de videovigilância, entre outras entidades, [é necessário] consultar nomeadamente a Comissão Nacional de Proteção de Dados”.

“Para procurarmos compatibilizar dois valores: o valor da segurança, por um lado, como o valor das liberdades e das garantias dos cidadãos”, por outro, pois “tem de haver sempre equilíbrio na utilização e no uso destes instrumentos tecnológicos ao serviço da segurança de todos nós”, justificou.

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FOGO TÉCNICO “É O CAMINHO” PARA PREVENIR TENDO EM CONTA A DESERTIFICAÇÃO (Continua na página 4)

JANEIRO

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CÂMARA DE VOUZELA CONVIDA NOVO MINISTRO A CONHECER ESTADO DAS

ESTRADAS

O presidente da Câmara de Vouzela, Rui Ladeira, vai convidar o novo ministro das Infraestruturas, João Galamba, a conhecer o estado da Estrada Regional (ER) 228 e do ex-Itinerário Principal (IP) 5, e pedir-lhe a intervenção urgente nestas vias. A decisão de convidar o ministro a visitar o concelho prende-se com o atual estado de conservação do ex-IP5 e surge após as recentes derrocadas na ER 228.

“Queremos que o senhor ministro João Galamba tenha conhecimento objetivo e no terreno do que está a acontecer com estas estradas, para ver se não se repete o que aconteceu com o seu antecessor, que em mais de dois meses de insistência para uma audiência em Lisboa nunca respondeu”, justificou o autarca social-democrata.

A autarquia recordou que o IP5 “é uma estrada que se encontra muito degradada e perigosa e que, desde a abertura da (autoestrada) A25, praticamente não tem sido alvo de obras de beneficiação”, mesmo continuando a ser uma via muito utilizada pelos condutores que querem evitar os pórticos da autoestrada.

Em 2019, este autarca do distrito de Viseu colocou o problema à Infraestruturas de Portugal (IP) e recebeu a informação “de que estariam previstas, para 2022, obras de requalificação do piso e nova sinalização, o que não aconteceu”.

“Cerca de três anos após as tempestades Elsa e Fabien terem provocado vários danos na ER 228 em Vouzela, a via continua sem sofrer obras de fundo. A estrada chegou a estar encerrada ao trânsito durante cerca de um ano, depois de várias derrocadas terem arrastado parte do piso”, lamentou.

Segundo a Câmara de Vouzela, “nos últimos meses, devido ao mau tempo, voltaram a registar-se deslizamentos de terras e pedras, e a perigosidade aumentou drasticamente”.

“A IP, entidade gestora daquela via, reconhece o problema, tendo um relatório técnico de março de 2021 identificado 21 pontos críticos, cuja intervenção urgente deverá ser feita em duas fases”, acrescentou.

A primeira fase do projeto já foi adjudicada, estando orçamentada em 2,8 milhões de euros, mas, de acordo com a autarquia, “ainda não foi executada, porque não tem o visto do Tribunal de Contas”.

Atendendo ao plano de trabalhos da IP para a primeira fase, “a obra está em incumprimento significativo, superior a um ano, já que deveria estar concluída em outubro de 2022”, encontrando-se o empreiteiro a aguardar autorização, “desde julho de 2022, para arrancar com a obra”, referiu.

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BUPI ENCERROU 2022 COM “UM MILHÃO” DE PROPRIEDADES IDENTIFICADAS

O Balcão Único do Prédio (BUPi), plataforma de registo e cadastro do território, atingiu “um milhão de propriedades identificadas” até ao final de 2022, com a participação de mais de 162 mil proprietários de prédios rústicos e mistos.

O BUPi é uma plataforma que permite aos proprietários identificar os seus prédios rústicos e mistos, remotamente, de forma simples e gratuita, num balcão ou ‘online’ (através da página https://bupi.gov.pt/).

A iniciativa começou em novembro de 2017, com um projeto-piloto, de duração de 12 meses, em 10 municípios do Norte e Centro de Portugal continental, no âmbito dos diplomas da reforma florestal aprovados após o incêndio de Pedrógão Grande, inclusive a criação do Sistema de Informação Cadastral Simplificado.

O BUPi tem alavancado a sua presença nos municípios sem cadastro predial desde o início de 2021, altura em que se deu início à expansão do projeto, referiu a eBUPi, adiantando que “2022 foi o ano que mais contribuiu para este resultado, já que 75% do total das propriedades foram identificadas apenas neste período”.

Para reconhecer publicamente quem mais se destacou, durante o ano de 2022, no desenvolvimento do projeto, passando por técnicos habilitados, municípios e Comunidades Intermunicipais, foram lançados os Prémios BUPi 2022.

4,9% da criminalidade geral, em grande parte resultante dos chamados crimes de proatividade policial, que resultam da ação direta da PSP”, anunciou. O ministro deu como exemplo crimes como “o de condução sob o efeito de álcool ou a posse de armas proibidas, que registam um aumento de 193% e das detenções que aumentaram 268,2% face a 2019”.

“Quanto à criminalidade violenta e grave, esta apresenta um recuo de 13,8%”, acrescentou José Luís Carneiro, que falava na cerimónia de comemoração do 146.º aniversário do Comando Distrital da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Viseu.

Dados que o comandante distrital, o superintendente Pedro Sousa, pormenorizou, ao apresentar os dados, lembrando que a comissão europeia definiu 2019 como o ano referência e comparação estatística, devido à pandemia de 2019.

Neste sentido, fez um balanço da atividade do Comando Distrital da PSP ao longo do ano transato, contabilizando “522 detenções, na sequência de vários ilícitos criminais e no cumprimento de mandatos judiciais”.

Pedro Sousa anunciou o registo de “265 cidadãos foram detidos por condução de veículos com taxa de álcool superior ao legalmente permitido, na sequência da realização de 410 operações de fiscalização, tendo sido controlados 12.807 condutores”.

Em comunicado, a Estrutura de Missão para a Expansão do Sistema de Informação Cadastral Simplificado (eBUPi) revelou que “os municípios de Proença-a-Nova, Bragança, Viseu, Sertã e Tondela estão entre os que mais contribuíram para este resultado”. Estes cinco municípios, em conjunto, registaram “mais de 155 mil processos de Representação Gráfica Georreferenciada (RGG)”, indicou a eBUPi.

Até ao final de 2022, a plataforma BUPi estava presente em 143 dos 153 municípios que não dispõem de cadastro predial, contando com o apoio de 872 técnicos habilitados.

“Mais de 162 mil pessoas já identificaram as suas propriedades, de forma gratuita e sem aumento de impostos, no âmbito do projeto que contribui para uma maior valorização e conhecimento do território”, afirmou a eBUPi.

Citada em comunicado, a coordenadora da eBUPi, Carla Mendonça, afirmou que “o BUPi é um projeto pensado para o cidadão e que a todos mobiliza”, considerando que o resultado alcançado em 2022 “só é possível graças a um trabalho colaborativo muito próximo entre várias entidades”, com a participação de “milhares de cidadãos, que têm contribuído para esta missão que é de todos: conhecer melhor o território”. Carla Mendonça disse ainda que o registo de “um milhão de propriedades identificadas” é uma motivação para continuar a trabalhar para um planeamento mais estruturado de políticas públicas de gestão e ordenamento do território.

As candidaturas já estão abertas e a entrega dos prémios acontecerá em março, informou a Estrutura de Missão para a Expansão do Sistema de Informação Cadastral Simplificado.

O BUPi conta com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), integrado na área governativa da Justiça, em articulação com o Ambiente e Ação Climática e com a Coesão Territorial.

“No âmbito do modelo integrado do policiamento de proximidade foram efetuadas 223 ações de sensibilização junto da população idosa e 726 contactos individuais de prevenção criminal”, descreveu.

As equipas do programa Escola Segura efetuaram “inúmeras ações de informação e de sensibilização nas 57 escolas existentes em Viseu e Lamego, envolvendo um total de 15.264 alunos”, adiantou.

No âmbito da valência da investigação criminal foram iniciados 1.660 inquéritos-crime, sendo concluídos 1.537, tendo sido constituídos arguidos 544 suspeitos pela prática de vários crimes. Foram compridas 831 diligências processuais através de cartas precatórias”, contou.

Sobre armas e explosivos, o comandante destacou “os 4.202 processos de licenciamento, os 188 exames periciais realizados, o recebimento de 650 armas a favor do Estado, as 22 licenças de autorização de compra e emprego de explosivos, as 31 licenças de autorização de lançamento de artigos pirotécnicos e as 74 ações de fiscalização”.

Em relação ao Ambiente, Pedro Sousa realçou “as 76

O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, disse que, em 2022, comparando com 2019, a criminalidade geral em Viseu e Lamego aumentou 4,9% e a violenta e grave recuou 13,8%. “No que toca ao Comando [Distrital da PSP] de Viseu, quando comparados com 2019, os dados provisórios de 2022 apresentam uma subida de

ações de fiscalização no âmbito de fogos florestais, as 23 ações de fiscalização a oficinas de manutenção e reparação automóvel, bem como as 15 ações referentes a outros fluxos específicos de resíduos”.

QUINTA-FEIRA 19 | 01 | 2023 3
REGIO NAL
VISEU E LAMEGO SOBEM 4,9% DA CRIMINALIDADE GERAL E DIMINUEM 13,8% NA VIOLENTA
Foram iniciados 1.660 inquéritos-crime, sendo concluídos 1.537

REGIO NAL

FOGO TÉCNICO “É O CAMINHO” PARA PREVENIR

TENDO EM CONTA A DESERTIFICAÇÃO

O adjunto de comando da Força Especial de Proteção Civil, Fábio Silva, defendeu que o fogo técnico, estratégico, “é o caminho” para alterar paisagens e prevenir incêndios, tendo em conta a desertificação do território. “Um fogo estratégico tem de ser trabalhado com as comunidades locais, com os proprietários, com os decisores para que haja uma estratégia integrada e tem que ter economia de escala. (…) Esse é o caminho, na verdade não há outro”, sustentou Fábio Silva.

Em declarações à agência Lusa, este responsável do Grupo de Análise e Uso do Fogo (GAUF), que liderou um estudo sobre incêndios em São Pedro do Sul, no distrito de Viseu, lembrou que na década de 50 do século passado, o país era rural, virado para o setor primário.

“Fazer só fogo para prevenir é pouco rentável, mas, por exemplo, fazer fogo para alterar a espécie já pode ser interessante”, isto é, faz-se o fogo uma vez e altera-se a vegetação “para uma espécie resiliente”, explicitou. A título de exemplo, referiu o carvalho, “uma espécie mais resiliente e húmida que o eucalipto, portanto, cria quebras e barreiras com mais humidade” e “a alteração da paisagem para uma mais resiliente”, ajudando a travar os incêndios.

“Em alguns casos, se a alteração da paisagem for conjugada com a dinâmica socioeconómica, é sustentável porque as comunidades são as únicas que podem manter este território, não são os agentes do Estado, principalmente num território em que 90% é privado”, sublinhou.

António Casais disse ainda que, “em algumas aldeias nas serras há poucos habitantes que cultivam os terrenos à volta das suas casas e os restantes ficam desertos” o que levou “a floresta a invadir os antigos terrenos agrícolas e não é economicamente rentável limparem” os terrenos. “É uma solução muito complicada. A grande preocupação da Câmara é proteger as pessoas e os seus bens” e, depois, em criar essas zonas tampão”, com base nos mapas e outras informações disponíveis.

NÚMERO DE VISITANTES DO MUSEU DO CARAMULO AUMENTOU 70%

EM 2022

Depois de andar com a equipa, de cerca de 30 elementos, pelo concelho de São Pedro do Sul, Fábio Silva alertou, num seminário “interno e para reflexão” que se trata de um município, “a norte, com mato muito alto, que arde com muita intensidade e a uma grande velocidade”.

O número de visitantes do Museu do Caramulo, no concelho de Tondela, aumentou 70% em 2022, tendo ultrapassado a marca dos 30 mil, em resultado da aposta numa “programação relevante, diferente e continuada”, anunciou a instituição.

“O ordenamento do território era outro. Quando povoávamos o território e lhe dávamos valor, as comunidades não permitiam incêndios. Agora, quando temos um território abandonado e temos esta condição, tudo mudou”, sublinhou.

Neste sentido, advogou que “a raiz do problema não é ambiental, é socioeconómica” e, por isso, considerou que podem apontar-se as alterações climáticas como uma das causas dos incêndios, mas essa não é, no seu entender, a principal causa.

“Pode falar no que quiser, não tem nada a ver com isso. Tem a ver com o ordenamento do território, que não está ajustado e a situação climática vai agravar o problema, [mas ela] não é o foco do problema”, esclareceu.

Para Fábio Silva, as queimas e queimadas não resolvem o problema do combustível e mato, já que “todos os anos crescem e todos os anos é preciso queimar”, nomeadamente as espécies invasivas.

O vereador da Câmara Municipal de São Pedro do Sul responsável pela Proteção Civil, que assistiu ao seminário, admitiu à agência Lusa, no final da sessão, que “é o problema a que o município está atento e a trabalhar para ver a melhor forma de o eliminar”. “Já foram feitos alguns fogos técnicos, em algumas zonas, porque foram identificadas áreas que deviam ser queimadas, para serem as zonas tampão que têm dois objetivos”, indicou António Casais.

Um deles é a de “criar zonas negras para os incêndios não progredirem e outro é para a criação de zonas de pastagem, já que na Serra de São Macário, por exemplo, há muita pastagem e as queimas são necessárias para a renovação do pasto”.

Sobre a desertificação dos territórios, o vereador lembrou que “não é fácil de resolver” o problema, e no que diz respeito a São Pedro do Sul, que tem cerca de 350 quilómetros quadrados de área, há “muita área de serra e florestal com aldeias muito dispersas”. “Temos uma população muito envelhecida e há fatores que não são atrativos para fixar pessoas. O município tem feito um esforço enorme, mas não é fácil, nem é de um dia para o outro que se inverte esta desertificação”, salientou.

Tutelado pela Fundação Abel e João de Lacerda, o museu promoveu, em 2022, as exposições temporárias “Um século de motos”, “The colour of motorsport”, “O regresso dos supercarros” e “A arte da generosidade”, eventos como o Caramulo Motorfestival (que contou com 40 mil participantes) e a abertura do Caramulo Experience Center. “Estes números são o resultado de uma aposta forte que o Museu do Caramulo tem vindo a fazer numa programação relevante, diferente e continuada, tanto em exposições como também em eventos, fazendo com que os visitantes se mantenham ligados a nós e com vontade de nos visitarem de forma regular”, considerou a direção do Museu do Caramulo.

Segundo a direção da instituição, “além da forte programação, as obras de restauro ao claustro do século XVIII e as obras de reabilitação das salas de exposição da coleção de arte também contribuíram para o relançamento do Museu do Caramulo e atração de visitantes”.

O Museu do Caramulo, que tem quase 70 anos de existência e já foi visitado por mais de um milhão e meio de pessoas, alberga uma coleção de arte, uma coleção de automóveis, motos e bicicletas e uma coleção de brinquedos antigos.

Desde 2022, o museu estende também a sua atividade ao Caramulo Experience Center, um polo museológico dedicado à paixão motorizada.

O Museu do Caramulo também produz, de forma regular, exposições temáticas e temporárias e organiza vários eventos, de que são exemplo o Salão Motorclássico, o Caramulo Motorfestival, o Freedom of Speed, o Museu na Rua, o Rider - Passeio de Motos Clássicas e a Corrida dos Fundadores by Cartrack.

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“a raiz do problema não é ambiental, é socioeconómica”

SAD DO ACADÉMICO DE VISEU VAI ASSUMIR A MANUTENÇÃO DO RELVADO DO FONTELO

A SAD do Académico de Viseu chegou a acordo com a autarquia viseense para assumir a gestão e manutenção do relvado do Estádio do Fontelo, que tem merecido críticas por parte do treinador da equipa, Jorge Costa.

Em comunicado, a SAD do clube beirão confirmou o acordo com a Câmara Municipal, proprietária do estádio, que é municipal, assumindo o compromisso de “melhorar e transformar o atual estado do relvado”, que é novo, mas nunca se apresentou nas condições desejadas. “Em colaboração com a Comissão Técnica de Vistorias de Relvados da Liga Portugal foram definidas como prioritárias as operações de substituição de parte do relvado, tratamento do relvado existente e outras melhorias, absolutamente necessárias face à sua condição atual”, pode ler-se.

O clube acrescenta que “foi contratada a empresa RED que só não efetuou tais trabalhos por força dos constrangimentos provocados pelas recentes e anormais condições meteorológicas” e que a empresa entende que serão precisos alguns dias com bom tempo para avançar com os trabalhos.

O Académico de Viseu voltará a jogar no Estádio do Fontelo apenas dia 21 de janeiro, frente ao Nacional, em jogo da 17.ª jornada da II Liga de futebol.

SENIORES CONTINUAM

A BENEFICIAR DE DESCONTOS ESPECIAIS NOS PASSES DE TRANSPORTE PÚBLICO

Os seniores residentes no concelho de Viseu vão, durante este ano e pelo quarto ano consecutivo, poder continuar a beneficiar de um desconto de 50% na aquisição do passe de transporte público, anunciou a autarquia.

“Este desconto é aplicado sobre as tarifas após o desconto PART (Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes), sendo o restante valor, dentro dos 50%, assumido pela autarquia viseense”, explicou.

Este desconto aplica-se a cidadãos com idade igual ou superior a 65 anos, residentes no concelho de Viseu e que não sejam participantes do programa Atividade Sénior ou utilizadores da rede MUV e Linhas 22 e 23 de Boa Aldeia, Farminhão e Torredeita.

“Isto porque, nestes casos, os seniores já beneficiam de um desconto de 50%, não sendo os valores cumulativos, por uma questão de equidade”, justificou a autarquia.

CICLOS TEMÁTICOS, ESTREIAS E COPRODUÇÕES MARCAM PROGRAMAÇÃO DO TEATRO VIRIATO

Um ciclo dedicado ao 25 de Abril e outro à emergência climática, estreias e coproduções marcam a programação do Teatro Viriato, de Viseu, para este semestre, a primeira sob a direção de Henrique Amoedo, que foi apresentada.

“Urgências” é o nome do segundo ciclo, que este ano será dedicado às alterações climáticas, com a realização de caminhadas, oficinas, performances, espetáculos, conversas e um concerto.

Henrique Amoedo contou que quando a nova direção estava a pensar a programação, “num momento de absoluto caos, com centenas de propostas” em cima da mesa, se apercebeu de que havia várias direcionadas para a emergência climática.

“Do princípio de mundo”, de Fernando Mota, “Conversas urgentes”, sobre sustentabilidade, energias renováveis e projetos de conexão com a natureza e o concerto “Mão Verde II”, da autoria de Capicua, Pedro Geraldes, Francisca Cortesão e António Serginho são algumas das iniciativas integradas neste ciclo.

Numa temporada em que o Teatro Viriato integra 18 coproduções, irá também acolher estreias de trabalhos artísticos como “Dolo”, do encenador Jorge Fraga, que aborda a teatralidade da justiça, e “Take my breath away”, da dramaturga Sónia Barbosa, sobre os problemas e desafios da Europa.

Será ainda lançado o álbum “Sr. Jorge ou a beleza dos encontros”, de Jorge Novo, Rui Sousa, Nuno Duarte, João Pedro Silva e Pedro Gonçalves de Oliveira e um espetáculo de dança para bebés e crianças intitulado “O patinho feio”, da companhia norueguesa Didwykdans, que integra dois intérpretes da Dançando com a Diferença.

Foi também anunciado o novo programa de residências de criação “Mi casa, tu casa”, através do qual o Teatro Viriato pretende dar condições para a criação artística sem que os artistas fiquem obrigados a apresentar um trabalho final.

“Com a entrada do novo ciclo de financiamento, e estando atentos à realidade que nos rodeia, defendemos que o Teatro Viriato tem a responsabilidade de fomentar o debate, a sensibilização, a formação e a reflexão sobre temas prementes na sociedade atual”, justificou Henrique Amoedo, em conferência de imprensa.

No primeiro dos ciclos de programação temática, “a ideia é levar os diferentes públicos a pensarem o 25 de Abril”, desde os mais novos aos seus pais e avós, explicou. Segundo o sucessor de Patrícia Portela, haverá várias oficinas – como “A canção de intervenção” e “Conta-me como foi e como pode ser” - e os trabalhos “serão concluídos no dia 25 de Abril, com uma grande marcha pela cidade”, desde o Teatro Viriato até ao Rossio.

Henrique Amoedo explicou aos jornalistas que o objetivo é acompanhar artisticamente o processo de criação, do princípio ao fim: “poder estar junto dos artistas, discutir a sua obra, dar ‘inputs’”, unindo “a experiência da equipa do Viriato nesse acompanhamento dos artistas, sem a obrigatoriedade de existir um trabalho final”.

“O que acontece muito hoje é que há vários espaços de residência, mas sempre vinculam à apresentação do resultado final. E nós entendemos que o artista às vezes pode não querer apresentar o resultado final, pode querer apenas estudar ou fazer um trabalho de pesquisa, porque isso é importante nesse momento na sua carreira”, justificou.

No seu entender, este programa contribuirá para que Viseu tenha mais artistas – que podem ser locais, nacionais e internacionais - que “ajudam a movimentar o próprio teatro” e também a economia da cidade.

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IGREJA DE SANTIAGO DE BESTEIROS EM TONDELA CLASSIFICADA MONUMENTO DE INTERESSE PÚBLICO

A igreja matriz de Santiago de Besteiros, que está integrada numa das localidades do Caminho de Santiago de Compostela que cruzava o concelho de Tondela e que deu nome à paróquia, foi classificada monumento de interesse público.

De acordo com uma portaria publicada em Diário da República, que também fixa a respetiva zona especial de proteção, “a primitiva igreja, de fundação medieval, foi reconstruída na segunda metade do século XVIII”.

“A igreja [no concelho de Tondela, distrito de Viseu], de amplas dimensões, destaca-se pela imponência da sua fachada tardo-barroca com molduras recortadas e contracurvadas, onde a imagem quinhentista de São Tiago e uma vieira de grandes dimensões dão testemunho da relevância do templo nos caminhos de peregrinação compostelanos”.

Segundo o mesmo documento publicado no Diário da República, “no interior, de nave única, evidenciam-se a capela-mor, rasgada por arco triunfal revestido por exuberante talha rococó e neoclássica e ornada com retábulos da mesma tipologia, bem como os dois púlpitos e os altares colaterais, estes últimos provenientes do antigo edifício”.

É também feita referência à “pia manuelina da capela batismal”, ao “lavabo e arcaz da sacristia” e ao “raro conjunto de imaginária dos séculos XV a XVIII”, no qual se incluem peças em calcário da região de Coimbra, como “uma virgem com o menino atribuída às oficinas de João de Ruão”.

Na portaria assinada pela secretária de Estado da Cultura, Isabel Alexandra Rodrigues Cordeiro, refere-se ainda o interesse da igreja “como testemunho simbólico e religioso”, o seu “valor estético, técnico e material intrínseco”, a sua “conceção arquitetónica, urbanística e paisagística” e o que nela “se reflete do ponto de vista da memória coletiva”.

Atendendo à implantação da igreja, “em plataforma sobranceira à povoação, formando adro enquadrado por alguns imóveis de características vernaculares, bem como a área envolvente, particularmente no que respeita à sua relação privilegiada com o traçado do Caminho de Santiago na região”, foi fixada uma zona especial de proteção.

“A sua fixação teve em conta a relação da igreja com a paisagem e o edificado do meio urbano-rural circundante, de forma a evitar intervenções descontextualizadas, assegurando a totalidade do contexto do imóvel e

as respetivas perspetivas de contemplação”.

Neste âmbito, “todas as operações urbanísticas que incidam sobre edifícios de génese anterior ao primeiro quartel do século XX devem ser precedidas de trabalhos arqueológicos de caráter preventivo, assegurados por arqueólogo previamente autorizado pelo organismo do património cultural competente”.

“O licenciamento de projetos só pode ser concedido com base na avaliação científica e patrimonial dos valores arqueológicos identificados, apresentada num relatório a submeter ao organismo tutelar do património cultural, para apreciação nos termos da legislação específica”.

TERRAS DA TRANSUMÂNCIA PROMOVEM

“PRÁTICA ÚNICA” NA FEIRA DE TURISMO DE MADRID

As Terras da Transumância – Castro Daire, Fundão, Gouveia e Seia – promovem esta “prática única” da pastorícia em Portugal na Feira de Turismo de Madrid para atraírem pessoas a experimentarem esta vivência, disse um dos responsáveis.

“A transumância é algo tão específico e tão identitário dos nossos territórios e ainda tão enraizado naquilo que é a prática de vida das nossas populações que é um atrativo para quem nos visita”, sintetizou o vereador do Turismo de Castro Daire.

Pedro Pontes explicou à agência Lusa que é esta “prática única” destes quatro concelhos que será promovida “de forma natural e genuína” com o intuito de “atrair pessoas que queiram conviver com esta experiência, na primeira pessoa”.

Na bagagem levam “uma agenda da programação para 2023 para os quatro concelhos”, em bilingue, espanhol e inglês, material promocional e “os sabores das Terras da Transumância” para promover a “degustação de produtos” destes municípios.

Castro Daire, Fundão, Gouveia e Seia são os territórios onde, “antigamente, os pastores atravessavam para levar as suas ovelhas da serra da Estrela para a

serra do Montemuro, uma prática que hoje já não se faz, apesar de continuar a haver a atividade” rural. “Quer em Castro Daire, quer nos outros três municípios, nomeadamente Seia, ainda temos muitos, mesmo muitos, pastores em atividade, com grande parte da sua atividade económica rural assente na pastorícia”, assumiu.

Pastores e criadores de gado que “se envolvem nas recriações da Transumância, duas vezes ao ano, e que dão corpo a esta temática que hoje em dia é uma marca territorial e uma animação” nestes territórios. “Estes quatro municípios juntaram-se para recriar a Rota da Transumância em termos culturais e agora atingimos um nível de maturidade que nos leva a estar juntos em Madrid a promover a nossa marca, o nosso território”, justificou.

O vereador assumiu que “qualquer um dos quatro municípios está em condições de proporcionar experiência no terreno com pastores, com os animais, com o queijo, com a gastronomia, com tudo o que envolve a prática da transumância”.

Pedro Pontes mostrou-se “confiante” nesta presença na Feira de Turismo de Madrid, a partir de quarta-feira, para o “crescimento do turismo” nestas terras da Transumância e adiantou que o stand terá a parede de fundo com um mural artesanal.

“Teremos 1.800 pompons, todos eles feitos à mão. O pompom é um adorno decorativo da cabeça dos chibos, da altura dos passeios da transumância, ou

seja, é algo muito característico do engalanar dos chibos dessa altura, pompons de muitas cores”, descreveu.

Esses pompons “darão uma cor e uma identidade muito própria ao stand” das Terras da Transumância e “estão a ser feitos por mais de uma dezena de pessoas no Museu Municipal de Castro Daire”, que “costuma promover ateliês sobre pompons”.

“Estaremos num stand próprio, todo ele muito identitário, caracterizado de uma forma muito atrativa e diferenciadora, mas também numa lógica de comunicação e marca dos nossos territórios como ponto de visitação turística”, rematou Pedro Pontes.

QUINTA-FEIRA 19 | 01 | 2023 6 NACIO NAL

DO LIVRO: JUDITH TEIXEIRA, DE CONSAGRADA A HUMILHADA POR FERNANDO DE ABREU

CAPÍTULO I

Judith dos Reis Teixeira, com o pseudónimo de Lena Valois, nasceu na cidade de Viseu, a 25 de janeiro de 1880, tendo um trajeto de vida, de glória e de luta, contra derrotistas que, sem dó, nem piedade, a esmagaram quando tinha enorme talento poético e novelista, com uma vasta produção literária da maior qualidade e importância. Aconteceu que, Judith Teixeira, não caiu em graça dos críticos conservadores e moralistas lisboetas, que a chamaram de lésbica, pior ainda foi violentamente atacando-a de desenvergonhada sexual e ignóbil. Quando, na verdade, Judith não era. Na época, poderá dizer-se que foi uma pedra atirada ao charco artístico modernista, muito próximo do novo século. Nos últimos trinta anos, não escreveu e pouco se sabe da sua vida, vindo a falecer a 17 de maio de 1959.

Judith Teixeira, foi uma mulher com vasta cultura, muito bonita, rosto de boneca, pele fina e sedosa, cabelo comprido e olhos penetrantes.

Judith era filha legítima de Maria do Carmo e de pai incógnito, fruto de namoro com alfares de infantaria. Foi batizada na Sé, de Viseu, 7 dias depois do nascimento, mais propriamente em 1 de fevereiro de 1880. Apesar de não a ter perfilhado, o pai legítimo, sempre a apoiou, dando-lhe o necessário para os estudos, acabando mesmo por lhe dar o seu nome, quando já tinha 27 anos de idade, registando-a com o nome de Judith dos Reis Ramos, passando a ser filha de Maria do Carmo e de Francisco dos Reis Ramos, alferes de Infantaria.

Não foi com agrado que os pais a viram sair para Lisboa, convictos de que a sua independência lhe poderia trazer privações, que ela criada com todo carinho e amor, não estaria preparada para os enfrentar essa batalha para conseguir emprego e, consequentemente, ganhar para o seu sustento.

Judith era forte, mulher antes vergar do que torcer, foi confiante do seu saber e da sua beleza, vencendo, pois, escrevendo lindos poemas progressistas e servindo-se da sua beleza para casar com Álvaro Teixeira, cujos seus escritos apareceram depois na sua privacidade.

Logo, afoita, e convicta do seu saber, foi à procura de outro modo de vida, que a cidade de Viseu não lhe

dava e, por isso e sem mais aquelas, decidiu ir viver para a capital.

Decididamente, foi numa aventura para Lisboa, passando a residir na rua do Arco do Carvalho.

Folgosa, como era, não tardou entregar-se a um empregado do comércio, de nome Jaime Levy Azancot, com quem veio a casar, passando ambos a viver na Rua Rodrigo da Fonseca.

Rapidamente, chegou à conclusão que o sexo que ele lhe dava, não era tudo na sua existência.

Culta como era, sentia forte vazio no dia-a-dia da sua vida, a sua amargura era notória com o casamento a degradar-se, não encontrando outra alternativa que não fosse a separação.

As zangas e fortes discussões eram constantes, subindo de tom; pela pouca cultura que tinha, e ainda quantas vezes, chegava a casa com alguns copos de vinho a mais, o que levava a altercação a subir de tom.

Pouco tempo depois, naquele ambiente, logo deu conta que jamais seria feliz com aquele “pé rapado”, sem leira nem beira, pior, sem lavra que a acompanhasse, no meio cultural, tão vastos eram os seus conhecimentos literários e ambições.

Decididamente, não era mulher para deixar para amanhã o que podia fazer hoje, pelo que cedo encontrou outro homem que lhe falou mais alto ao coração.

Sem filhos, tudo fez para que isso não viesse acontecer, pois caso engravidasse somente lhe viria complicar a vida no futuro, pelo que rapidamente, chegou à conclusão que com aquele primeiro casamento jamais seria feliz, logo há que cortar o mal pela raiz.

Certa disso, não demorou corrigir o que tinha feito de mal, e foi ao encontro de outro homem que lhe desse amor e melhores condições de alento, particularmente abertura para outras produções literárias que, certamente, teria guardado para mais tarde divulgar, de modo a não envolver o marido e a família dele viscondessa, no escândalo em que foi vítima.

Bonita fisicamente, e com cultura acima da maioria das moças da sua idade, não era difícil conseguir quem a desejasse, oferecendo-lhe tudo que ela até aí ainda não tinha conseguido.

QUINTA-FEIRA 19 | 01 | 2023 7 DIVER SOS DR. ADELINO BOTELHO CHEFE DE SERVIÇO DE CLÍNICA GERAL CONSULTÓRIO CLÍNICA DE SÃO COSME CLÍNICA GERAL E DOMICÍLIOS 232 435 535 | 963 309 407 PRAÇA DE GOA - 3510-085 VISEU DRA. M. LURDES BOTELHO CLÍNICA GERAL E DOMICÍLIOS POLICLÍNICA SRA DA SAÚDE QUINTA DA SAUDADE (ROTUNDA DE NELAS, EM FRENTE AO RESTAURANTE PERDIGUEIRO) 232 181 205 | 967 003 823 ALEXANDRE LIBÓRIO TERESA LOUREIRO MÉDICOS DENTISTAS NOVOS PROTOCOLOS ADSE ( GNR - PSP ) CONSULTAS DE SEGUNDA A SEXTA-FEIRA 9H ÀS 12H30 | 14H30 ÀS 19H RUA 21 DE AGOSTO | CENTRO COMERCIAL “HAPPY DREAM” - 3510 VISEU 232 435 141 / 917 264 605 URGÊNCIAS: 917 882 961 VENDE-SE EM VISEU – ANDAR T3, COM DUAS CASAS DE BANHO, MARQUISE E QUINTAL, POR 125 MIL EUROS. 919 316 366 MARTHA SANTOS GINECOLOGIA | OBSTETRÍCIA | ECOGRAFIAS SEGUNDAS E QUINTAS, 14H ÀS 20H RUA MIGUEL BOMBARDA, Nº 66 SALA BU - 1O - VISEU 232 426 695
na próxima edição)
(Continua
Complexo CONVENTURISPRESS Avenida do Convento nº 1 | Orgens 3510-674 | Viseu Norte geral@noticiasdeviseu.com publicidade@noticiasdeviseu.com

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