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ALIMENTOS E TECNOLOGIA
nova Alimentos Editora Aden Ano XIV Nº 113
E-commerce em alta
Números positivos apontam para bons resultados no final do ano
Alimentação equilibrada
Nova classe consumidora
Soja é considerada o alimento de origem vegetal mais completo
Idosos representam grande oportunidade para a indústria alimentícia
SOJA
Alimentação equilibrada
Com alto valor biológico, o grão é considerado o alimento de origem vegetal mais completo Da Redação
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or conta do seu rico perfil nutricional, a soja vem provando cada vez mais seu valor para a saúde. Se os adeptos à carne já
estão aderindo à soja como parte de seu cardápio, os vegetarianos ainda mais. A soja é protagonista quando o assunto é repor alguns nutrientes da carne. Sendo 100% de origem vege-
tal, os alimentos à base de soja são substitutos potenciais para produtos feitos com proteína animal, como o leite e a carne, já que o grão contém 35% de carboidratos, entre 18% e 20%
de lipídios, sendo a maior parte de gorduras boas (ômegas 3 e 6), e 45% de proteína em sua composição. A proteína das carnes é considerada de alto valor biológico, pois apresenta aminoácidos (estruturas que formam as proteínas) essenciais em quantidades suficientes, e com alta digestibilidade pelos seres humanos. A metodologia PDCAAS (Protein Digestibility Corrected Amino Acid Score), estabelecida pela Organização Mundial da Saúde, desenvolveu um ranking para avaliar a qualidade de uma proteína. Segundo a PDCAAS, as proteínas que possuem score acima de 0.8 são consideradas de alto valor biológico. A soja possui score 1.0, mais alto até que a carne, que possui score 0.8, seguida pela ervilha, com 0.73, e o feijão, com 0.68. “Desta forma, a soja é o único vegetal que também contém proteína de alto valor biológico, podendo suprir a falta das carnes na alimentação”, diz Gisele Pavin, Coordenadora de Nutrição e Saúde da Unilever. A soja oferece aspectos vantajosos não só frente aos alimentos de origem animal, mas também aos outros grãos integrantes do grupo das leguminosas, como o feijão, o grão de bico e a lentilha. Gisele Pavin afirma que a soja é considerada o alimento de origem vegetal mais completo devido ao seu perfil proteico. “Diferente de outros alimentos vegetais, é o único de seu grupo que contém proteína de alto valor biológico como a animal, mas com o benefício de uma composição de gorduras característica dos grãos, ou seja, alta em gorduras boas (mono e poliinsaturadas), com baixo teor de gorduras ruins (saturada) e isenta de colesterol e lactose”. Segundo Mark Messina, profissional de nutrição do Departamento de
Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de Loma Linda, na Califórnia, e autor de diversos artigos sobre os benefícios da soja, o grão possui importante papel na redução do risco de doenças cardiovasculares, osteoporose, problemas renais, colesterol alto, sintomas da menopausa e até algumas formas de câncer.
Indicação de consumo Vegetarianos e não vegetarianos podem beneficiar-se ao incluir mais alimentos à base de soja em sua alimentação, que são ricos em fibras e proteínas. Com exceção a reações alérgicas à proteína da soja, o que é pouco frequente em adultos, de acordo com Mark Messina, não há motivos para se preocupar com efeitos adversos decorrentes de uma ingestão excessiva de soja. Entretanto, considerando que um importante princípio dietético é consumir os alimentos com moderação, e existe uma ampla variedade de outras leguminosas para equilibrar a dieta, são recomendadas quatro porções de alimentos de soja por dia para os vegetarianos.
Mil e uma opções saudáveis A soja tem sido bastante popular na dieta vegetariana não só pelo seu poder nutricional, mas também pela sua versatilidade de consumo. O grão pode ser facilmente incorporado à alimentação vegetariana de diferentes formas. De acordo com Mark Messina, todos os alimentos de soja podem desempenhar papel importante em uma dieta vegetariana saudável. As bebidas à base de soja são uma alternativa prática e saborosa, além de servir de opção dietética tanto em caso de alergia à proteína do leite de vaca, quanto de intolerância à lactose. Além disso, são fontes de proteínas, vitaminas A, C, D, E B2, B6, B12 e ácido fólico e os minerais zinco e cálcio. Para o consumo sólido, o grão de soja cozido é uma alternativa prática para tornar a salada mais nutritiva. Na forma de proteína texturizada, o grão pode substituir a carne moída em receitas tradicionais, como o quibe, a berinjela recheada ou o molho para massas e lasanha. E, em formato de cubos, é comumente usada nas versões vegetarianas de pratos como o estrogonofe e a feijoada.
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NA REDE
Comércio EM ALTA eletrônico Números positivos apontam para bons resultados no final do ano, que deve fechar com faturamento de R$ 28 bilhões Da Redação
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primeiro semestre de 2013 rendeu números positivos para o comércio eletrônico brasileiro, que
cresceu, nominalmente, 24%, em relação ao mesmo período de 2012, chegando a um faturamento de R$ 12,74 bilhões. É o que aponta a E-bit, empresa especializada em informações
do setor, na 28a edição do relatório WebShoppers, lançado em agosto, em São Paulo, e que traz, além de dados de mercado, o perfil dos novos e-consumidores, uma pesquisa es-
pecial sobre frete e a análise de preços do Índice FIPE/Buscapé.
merce pode ser explicada pela postura dos consumidores.
De acordo com o relatório, de 1º de janeiro até 30 de junho, 35,54 milhões de pedidos foram feitos via internet, quantidade 20% maior, se comparada à mesma época do ano anterior. O tíquete médio das compras online cresceu 4%, ficando em R$ 359,49.
"Eles tendem a ficar mais cuidadosos e exigentes nesses momentos. Dessa forma, são atraídos pelas vantagens do setor, como preços mais baixos, facilidade e prazos de pagamento mais elásticos", afirma Guasti.
A categoria "Moda & Acessórios", que já vinha ganhando posições no ranking das mais vendidas, se consolidou na primeira posição (13,7%). "Eletrodomésticos" ficou em segundo lugar (12,3%), seguida por "Cosméticos e Perfumaria / Cuidados Pessoais / Saúde" (12,2%), "Informática" (9%) e "Livros / Assinaturas e Revistas" (8,9%). Mas os bons resultados contrastam com o atual cenário econômico: crise internacional, baixo PIB, desaceleração da economia e, consequentemente, menor expectativa de consumo. Segundo Pedro Guasti, diretor geral da E-bit, a boa fase do e-com-
Os números registrados no primeiro semestre contribuem para manter previsões positivas para todo o ano de 2013, que deve chegar ao final com um faturamento de R$ 28 bilhões, o que representa um crescimento nominal de 25% em relação ao ano passado, quando o setor faturou R$ 22,5 bilhões.
Os novos e-consumidores Na primeira metade do ano, 3,98 milhões de pessoas fizeram a sua primeira compra online, número menor do que o registrado no mesmo período de 2012, quando a quantidade de entrantes chegou a 4,64 milhões. Mas essa diminuição significa, no atual momento do e-commerce, uma estabilização. "O setor atingiu seu auge de novos consumidores no ano anterior e está mais amadurecido, por isso, o ritmo de entrada deve reduzir parcialmente e se tornar mais estável", explica Guasti. De acordo com o estudo da E-bit, a maior parte desse público é feminino (55%), na faixa etária dos 25 aos 49 anos (67%). Ao analisar escolaridade e renda familiar, fica evidente a forte presença da classe C. Em relação aos estudos, pessoas com ensinos Fundamental e Médio são maioria (46%). Já no quesito renda, a faixa mais relevante é a de pessoas com ganhos de até R$ 3 mil (58,62%).
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Em junho, o número total de consumidores que já fizeram ao menos uma compra através do comércio eletrônico chegou a 46,16 milhões. Até o final do ano mais 4,9 milhões de pessoas devem começar a consumir pela internet, somando um total de 51 milhões de compradores online.
O impacto do frete São vários os fatores que levam o consumidor a comprar via internet, entre os mais relevantes para a decisão de compra, estão elementos que permitam economizar, como a oferta de frete grátis. Em pesquisa especial, a E-bit averiguou que 58% das pessoas comprariam mais pela internet se houvesse maior disponibilidade de entrega gratuita.
Índice FIPE / Buscapé De junho de 2012 para junho de 2013, o Índice FIPE/Buscapé registrou queda de -4,59 nos preços do ecommerce. Considerando apenas o mês de junho, houve aumento médio de 0,04%.
É o futuro das vendas no Brasil Um dos maiores sucessos do ecommerce, sem dúvida, é a Netshoes, empresa especializada em artigos esportivos. O presidente da Netshoes, Márcio Kumruian, afirmou que o sucesso de seu negócio está ligado ao planejamento e à qualidade dos serviços. Com 15 milhões de visitantes por mês, a Netshoes tem a tecnologia como grande aliada para o crescimento expressivo 24
da empresa, que em 2007 migrou as vendas completamente para a internet. “Entendemos que, se os visitantes em nosso site tiverem uma experiência positiva, certamente isso será convertido em vendas e, consequentemente, na fidelização de novos clientes”, sustentou durante Workshop LIDE JOVEM, realizado em São Paulo com a presença de 125 empresários. De acordo com Kumruian, um dos pilares que sustentam a empresa é o serviço, o que inclui um ótimo atendimento ao cliente. “O SAC da Netshoes opera 24 horas por dia, 7 dias por semana. Se o cliente pode comprar em qualquer horário, ele deve ser atendido em nosso SAC também em qualquer hora do dia ou da madrugada”, explicou. A empresa despacha 40 mil itens por dia e registra entre 4% e 4,5% de taxa de retorno ou devolução de produtos, enquanto nos Estados Unidos a média do e-commerce é de 40%. Rodrigo Nasser, principal executivo de gestão de tecnologia da Netshoes, acredita que o desafio das vendas digitais está na experiência de compra. Em 2009, a empresa trouxe a melhor tecnologia de e-commerce para o Brasil. Uma novidade implementada recentemente pela empresa foi o Netshoes Click, aplicativo com tecnologia militar, que identifica modelos de tênis a partir de fotos captadas por um smartphone ou tablet e oferece opções iguais e similares ao consumidor. Com faturamento anual de mais de R$ 1 bilhão e atuação no México e na Argentina desde 2011, Marcio Kumruian revelou que tem intenção de expandir os negócios para os Estados Unidos ou Europa, mas reconheceu que a concorrência é forte. “Abrimos escritório na Califórnia, para ficar mais perto do Vale do Silício e temos uma
parceria com a Virginia Tech. Mas a entrada no mercado americano é difícil, principalmente por conta dos preços e da gama de esportes divulgados por lá”, afirmou o executivo, que também pretende lançar produtos com marca própria, investindo em tecnologia e preços mais atraentes. Questionado sobre a possibilidade de reabrir lojas físicas, o dono do maior site brasileiro de compras de artigos esportivos foi direto: “Não penso nisso. Apesar do e-commerce não estar 100% estruturado no País, essa modalidade de negócio ainda tem muito espaço para conquistar”.
Marketing e Copa do Mundo A Netshoes registra uma alta margem de lucros sobre os produtos – de 40% a 50% - e hoje 10% da receita são destinados para o marketing da empresa. Em 2009, o fundo americano Tiger Global Management comprou 30% das ações da Netshoes. “Utilizamos parte desse dinheiro para duas frentes importantes para a empresa: tecnologia e marketing”, detalhou Kumruian, acrescentando que nos próximos cinco anos planeja priorizar o investimento em tecnologia, uma vez que a marca já está bem consolidada no mercado e as oito mil reviews por semana deixadas pelos usuários atendem os consumidores. Já para a Copa do Mundo, a empresa prepara uma série de ações. “Trabalharemos a presença dos estrangeiros no Brasil, faremos entrega expressa em até quatro horas nas cidades com jogos, vamos fazer algumas surpresas em hotéis e outras brincadeiras”, revelou Kumruian.
INFORMÁTICA
Parceria de sucesso Cooperativa viu sua operação aumentar significativamente nos últimos anos e iniciou em março a implantação de sistemas de Business Intelligence (BI) e ERP para garantir crescimento sustentável Da Redação
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Copagril, tradicional cooperativa de grãos do oeste do Paraná, firma contrato com a Senior, empresa desenvolvedora de software para gestão. O acordo da ordem de 2,5 milhões de reais inclui a implementação do software Gestão Empresarial | ERP e da plataforma de Business Intelligence (BI). Administradora de 20 entrepostos de recebimento de grãos e com lojas agropecuárias, três postos de combustível, três supermercados, duas Unidades Industriais de Ração, uma Estação Experimental e uma Unidade Industrial de Aves, a Copagril buscava a centralização dos dados das áreas de negócios, do setor administrativo e do departamento de controle de grãos. Para alcançar esse objetivo, o projeto desenvolvido pela Senior reuniu ferramentas de alta tecnologia, que
atendem a necessidade de integração especifica do negócio.
ção pouco abrangente para atender à atual dimensão de seus negócios.
As soluções permitirão, ao todo, 658 conexões simultâneas do ERP (sistema de gestão administrativa) e 15 licenças de uso do Business Intelligence (BI) - plataforma de alta performance para análises gerenciais destinada ao alto escalão.
"Com a integração promovida pelos softwares, esperamos oferecer aos nossos associados mais agilidade no atendimento e segurança na compra e venda dos produtos", ressalta Enoir José Primon, gerente do departamento comercial insumos. "Alcançaremos mais facilidade no acesso às informações operacionais e estratégicas, além da constante evolução para o atendimento às exigências legais."
"Buscamos mais eficiência e competitividade; é isso que nossos associados e o mercado exigem. Para conseguir isso, precisamos de indicadores em tempo real que nos permitam tomar decisões rapidamente. Confiamos que tanto o ERP quanto o BI vão contribuir para que nossa gestão torne-se ainda mais estratégica", salienta o presidente da Copagril, Ricardo Silvio Chapla. Antes da aquisição dos novos sistemas, a Copagril contava com uma solu-
O executivo destaca, ainda, a aderência da tecnologia oferecida pela Senior ao segmento do agronegócio como decisiva na escolha do fornecedor. "Além do custo-benefício, os softwares trazem bons resultados no que tange a controles de recebimento, armazenamento, comercialização, tributação e gestão financeira", complementa Primon. 25
PERFIL
Nova classe consumidora
O aumento da população de idosos é uma realidade em todas as partes do mundo e representa uma grande oportunidade para a indústria de alimentos Por Carlos Pires
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ão há dúvidas de que o número de idosos no mundo está aumentando rapidamente. Um dos indicadores é a estimativa das Nações Unidas de que cerca de 800 milhões de pessoas com mais de 60 anos estavam iniciando os preparativos para a aposentadoria ou já estavam contemplando a possibilidade em 2012. A previsão é de que esse número pule para 2,03 bilhões até 2050. Não é diferente no Brasil. Recente pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou que a expectativa de vida do brasileiro aumenta quatro meses a cada ano. Subiu de 62,5 anos, em 1980, para 73,7, em 2010. Enquanto o impacto desse crescimento sobre os orçamentos governamentais está sendo discutido de maneira intensa, um número muito pequeno de varejistas e fabricantes tem notado que essa mudança etária pode gerar incrementos às suas receitas. Essa “nova geração” de idosos está mais ativa, mais preocupada com a saúde e mais rica do que nunca. No Reino Unido, por exemplo, as pessoas com mais de 50 anos são responsáveis por 80% das compras de automóveis "top de linha”.
bebidas. Outro levantamento no Reino Unido indica que as pessoas entre 50 e 64 anos gastam 50% mais com produtos alimentícios do que aquelas com menos de 30 anos. À medida que os consumidores vão ficando mais velhos, eles mudam sua abordagem em relação aos alimentos que consomem, e para prolongar um estilo de vida ativo, focam em produtos mais saudáveis. Deste modo, a atitude mais sensata dos fabricantes e dos varejistas é tratar esse segmento do mercado como um dos pontos primordiais em suas estratégias de negócio. A criação de um produto direcionado é somente o início. Com algumas grandes marcas percebendo o crescimento dessa classe, é provável que em breve encontremos, no mercado local, lançamentos de produtos alimentícios com quantidade de acidez reduzida, fórmulas nutricionais que colaborem para um envelhecimento saudável, texturas fáceis de ingerir e embalagens leves, como já acontece no Japão, por exemplo.
O poder de consumo dessas pessoas representa uma grande oportunidade. As estimativas do censo de 2012 dos Estados Unidos mostram que famílias chefiadas por pessoas de 55 a 64 anos de idade possuem uma renda mediana de US$ 55.748 em comparação com a renda de US$ 49.659 daquelas famílias chefiadas por pessoas de 25 a 34 anos de idade.
Entretanto, a maneira de se comunicar com esse público é tão ou mais importante do que a criação de um produto. Os fabricantes precisam reconhecer que os consumidores mais velhos se comportam de maneira diferente dos consumidores mais jovens. Não se trata somente do fato de que eles gastam menos com roupas e mais com alimentos e produtos saudáveis, mas eles têm o tempo e a vontade de pesquisar produtos específicos. Eles são menos influenciados pelas propagandas, buscam produtos de qualidade e são fiéis às marcas que representam valor.
Um dos focos da terceira idade é gastar seu dinheiro com alimentos e
Torna-se, portanto, de extrema importância oferecer o maior número de
informações possíveis aos consumidores. Nos dias atuais, não se pode esquecer a utilização da internet para esse fim. Grande parte do aumento do acesso à internet está sendo impulsionada por grupos de pessoas com idade mais avançada. As mídias sociais também têm papel fundamental na troca de informações sobre determinado produto. Para as redes varejistas, os focos são priorizar o desenvolvimento de uma navegação fácil em suas páginas da Web e oferecer serviços de entrega convenientes. Outro ponto que também deve ser observado é a estrutura física oferecida. Vagas especiais, caixas exclusivos, escadas rolantes adaptadas são itens básicos, mas que não devem ser os únicos. Redes de supermercados na Europa, por exemplo, oferecem aos idosos carrinhos de compra equipados com lupas. Características atraentes aos olhos de consumidores mais velhos serão diferenciais no momento de escolha do local onde fazer compras. O aumento de consumidores idosos não é uma moda passageira, trata-se de um fato da vida. Hoje vivemos uma mudança da estrutura populacional, com o aumento da expectativa de vida e os jovens dividindo com os idosos a base da pirâmide demográfica. Os executivos e as empresas que já estiverem prontas para atender essa nova demanda serão as que conseguirão mais destaque no mercado.
Carlos Pires sócio-líder de Mercados de Consumo da KPMG no Brasil
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