GILDETE DA SILVA AMORIM MENDES FRANCISCO TATIANE MILITÃO DE SÁ (Org.)
Língua Brasileira de Sinais: Produzindo conhecimento e integrando saberes II - resumos da JALUFF -
RIO DE JANEIRO 2018
Copyright © Gildete da Silva Amorim Mendes Francisco e Tatiane Militão de Sá Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser utilizada ou reproduzida sob quaisquer meios existentes sem autorização por escrito dos editores e autores. EDIÇÃO Tatiane Militão de Sá Língua Brasileira de Sinais: produzindo conhecimento e integrado saberes II
FRANCISCO, Gildete da Silva Amorim Mendes SÁ, Tatiane Militão de
1ª Edição Julho de 2018 ISBN: 978.85.923216-9-7 UFF Universidade Federal Fluminense Centro, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil CEP 24.020-141
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GILDETE DA SILVA AMORIM MENDES TATIANE MILITÃO DE SÁ
NUEDIS Núcleo de Estudos em Diversidade e Inclusão de Surdos
Comissão Técnico Cientifica Anie Pereira Goulart Gomes - UFSM Arina Costa Martins – UERJ Camila R. M. Camillo - UFMS Ester Basílio - UCP Etiene Abreu - UNIRIO Janaína Aguiar Peixoto - UFPB Leoni Ramos Souza Nascimento - UNIR Luciane Cruz Silveira - DESU - INES Ludmila Veiga Franco - UFF Mônica Zavacki - UFSM Robson de Lima Peixoto - UFPB Valéria Nunes - UFRJ Tiago Batista dos Santos - UNIRIO Thatianna Dawes Prado - UFF
FRANCISCO
GILDETE DA SILVA AMORIM MENDES FRANCISCO TATIANE MILITÃO DE SÁ (Org.)
Língua Brasileira de Sinais: produzindo conhecimento e integrando saberes II
1º edição
RIO DE JANEIRO 2018
GILDETE DA SILVA AMORIM MENDES
FRANCISCO
TATIANE MILITÃO DE SÁ
NUEDIS A meta do grupo é ampliar as discussões das referidas linhas de pesquisas na Universidade, articulando-as à comunidade com atividades de ensino e extensão.
APRESENTAÇÃO
A II Jornada Acadêmica de Libras da UFF é parte da ação do projeto anual Libras em saúde: um estudo de sinonímia aprovado na PróReitoria de Extensão - PROEX. Este propõe fomentar o conhecimento, debater sobre a pesquisa, as atividades de extensão e inovação; estabelecer
relação
entre
pesquisadores
regionais; oportunizar aos bolsistas de iniciação científica apresentar seus trabalhos, projetar os trabalhos acadêmicos institucionais e regionais e promover o intercâmbio entre pesquisadores e alunos de graduação e pós-graduação. As trocas de
experiencias
apresentações
de
poderão
ocorrer
pôsteres
impressos
em e
comunicações orais nas áreas de Ensino, Libras e Inclusão. Evento a ser realizado no campus Gragoatá, no auditório do Bloco B, em Niterói.
Comissão organizadora
Comissão Organizadora
Gildete da Silva Amorim Tatiane Militão Bruno Ramos
SUMÁRIO PARTE I – RESUMOS EM POSTER IMPRESSO
CAPITULO 01 RESUMO 01 - A CULTURA SURDA: UMA ANÁLISE ANTROPOLÓGICA SOBRE AS TÉCNICAS DO CORPO................................................................................................13 Carolina Alfradique de Souza, Gabriel Bon Rabello, Thiago de Lima Vianna, Ludmila Veiga Faria Franco RESUMO 04 - A INCLUSÃO DOS ALUNOS SURDOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE CAMPOS DOS GOYTACAZES........................................15 Teresa Cristina Roza Pereira Monteiro, Ludmila Veiga Faria Franco RESUMO 06 - LINGUAGENS NA PRODUÇÃO DE UM VÍDEO DIDÁTICO: APROXIMAÇÕES ENTRE SEMIÓTICA E EDUCAÇÃO EM QUÍMICA NA PERSPECTIVA BILÍNGUE............................................................................................17 Renata Barbosa Dionysio, Waldmir Nascimento de Araújo Neto, Alcina Maria Testa Braz da Silva RESUMO 09 - INFOGRÁFICOS NA CONSTRUÇÃO DE MATERIAL DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DA EDUCAÇÃO: ACESSO DO ALUNO SURDO NAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS E PRIVADAS................................................................19 Mariana Garcia Medeiros, Rebeca Alves Medeiros Tatiane Militão RESUMO 10 - REVISÃO DE LITERATURA SOBRE O PROCESSO SAÚDE-DOENÇACUIDADO DO PACIENTE SURDO COM DOENÇA DE ALZHEIMER..........................22 Kamila Couto de Paula, Gildete da S. Amorim Mendes Francisco RESUMO 11 - CINE DEBATE DISCUTE IMPORTÂNCIA DA LIBRAS SEGUNDO VYGOTSKY: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NO CURSO DE PSICOLOGIA................................................................................................................25 Gabriela de Oliveira Navega, Walkiria Pontes, Tatiane Militão de Sá RESUMO 12 - LIBRAS É UMA LÍNGUA?.......................................................................27 Seiji Rocha Watanabe, Vera Lourenço Castelló, Gildete da Silva Amorim RESUMO 13 - EDUCAÇÃO MATEMÁTICA INTERDISCIPLINAR ...............................29 Ingrid Moreira da Silva Murizine Branco, Jéssika Grozewics Scultori, Tathianna Prado Dawes RESUMO 16 - INCLUSÃO DE UMA ALUNA SURDA NO ENSINO SUPERIOR: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA..........................................................................................31 Jéssica da Costa Marinoni, Letícia Nogueira Barreto, Rafaela Narciso Guimarães, Ludmila Veiga Faria Franco RESUMO 17 - LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS NOS CURSOS DE BIOTECNOLOGIA: A INCLUSÃO DA DISCIPLINA LIBRAS NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR (IES)..............................................................................................................................33 Laura Brandão Martins, Thaís Magalhães Manhães de Souza, Tatiane Militão de Sá
RESUMO 21 - UM OLHAR SOBRE À MÃE SURDA......................................................36 Cátia Albert dos Reis Carvalho, Natália Nária da Silva Santos, Pedro Henrique Silva Duarte, Gildete da Silva Amorim Resumo 22 – ANÁLISE SOBRE A PRESENÇA DO INTÉRPRETE DE LIBRAS NO ENSINO SUPERIOR.....................................................................................................38 Laura Rocha Pitta Chacur, Patrícia Silva de Souza, Gildete da S. Amorim Mendes Francisco PARTE II – RESUMOS EM POSTER ELETRÔNICO
CAPITULO 02 - SESSÃO 01 / TURMA A1 RESUMO 48 - A FALTA DE ATENDIMENTO ACESSÍVEL PARA A POPULAÇÃO SURDA NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE NITERÓI-RJ: RELATO DE EXPERIÊNCIA.........................................................................................42 Daiana Cordeiro Nascimento, Nathalie Costa, Gabriel Vieira, Gildete da Silva Amorim Mendes Francisco
CAPITULO 03 - SESSÃO 02 / TURMA A3 RESUMO 54 - ACESSIBILIDADE A SURDOS EM ESPAÇO INTERATIVO E AUDIOVISUAL DE EDUCAÇÃO NÃO FORMAL: UM ESTUDO DE CASO DO CENTRO CULTURAL OI FUTURO...............................................................................................45 Jéssica Gomes Pereira, Amanda Sancho Rangel Mansano, Nicole Curi Mocarzel, Gildete da Silva Amorim CAPITULO 04 - SESSÃO 03/ PUBLICO EXTERNO RESUMO 14 - O - USO DA TECNOLOGIA DIGITAL NA EDUCAÇÃO DE SURDOS.......................................................................................................................48 Aline Benvinda Bastos, Juliana Felicidade Teixeira dos Santos, Tathianna Prado Dawes RESUMO 23 - MATERIAL DIDÁTICO PARA ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARASURDOS: ESTRATÉGIAS E RECURSOS..........................................................50 Glênia Aguiar Belarmino da Silva Sessa, Julie Oliveira da Silva, Mariana Fourquet Bandeira Camacho, Sabrina de Andrade Toledo RESUMO 28 - FILOSOFIA SOCIOINTERACIONISTA: INCLUSÃO E DIFUSÃO DA LÍNGUA DE SINAIS.......................................................................................................52 Kelvin Paulo Bezerra de Sousa, Gildete da Silva Amorim RESUMO 55 - ELABORAÇÃO DE MATERIAL EM PROPOSTA BILÍNGUE PARA SURDOS: UMA EXPERIÊNCIA EXTENSIONISTA.......................................................54 Angela Baalbaki, Aline França dos Santos, Gabrielli Afonso Serafim CAPITULO 05 - SESSÃO 04/ TURMA A4 RESUMO 30 UMA PSICÓLOGA APRENDENDO LIBRAS..........................................................................................................................57 Ingrid Moura Barroso Rodrigues
RESUMO 41 - O ENSINO DE LITERATURA PARA SURDOS COM FOCO NO GÊNERO LITERÁRIO CONTOS DE FADAS................................................................................59 Eduarda Aguiar Rezende, Samara Coelho Barros, Gildete da Silva Amorim RESUMO 56 - ESCRITA E LEITURA: LÍNGUA DE SINAIS COMO A CHAVE PARA O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA ESCRITA AO SURDO.......................................61 Glauciene Batista de Barros, Lucas Umbelino da Silva Mello, Gildete da Silva Amorim Mendes Francisco CAPITULO 06 - SESSÃO 05/ TURMA E5 RESUMO 44 - (DES) INCLUSÃO NA PMERJ: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO SOBRE O ATENDIMENTO POLICIAL MILITAR DE SURDOS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.......................................................................................................................65 Ítalo do Couto Ferreira, Gildete da Silva Amorim RESUMO 52 - A LITERATURA SURDA COMO FERRAMENTA PARA FORMAÇÃO DE IDENTIDADE.................................................................................................................67 Brendo Vasconcellos de Faria, Melissa Solórzadno Guterres, Gildete da Silva Amorim
PARTE III – RESUMOS EM POSTER ELETRÔNICO CAPITULO 07 - SESSÃO 01 / PUBLICO EXTERNO E TURMA B3 RESUMO 07 - ENTRE O SILÊNCIO E A VISIBILIDADE: AS INTERAÇÕES DOS SURDOS COM A CIDADE DE RIO BONITO/RJ...........................................................72 Thereza Cristina Emerick de Albernaz Crespo, Ludmila Veiga Faria Franco, Marcelo Gomes da Silva RESUMO 35 - INFOGRÁFICOS NA CONSTRUÇÃO DE MATERIAL DE DIVULGAÇÃO CIENTIFICA NA ÁREA DA SAÚDE: MEDIDAS PREVENTIVAS PARA HIPERTENSÃO.............................................................................................................74 Jessica Santos de Souza Leal, Tatiane Militão de Sá
RESUMO 39 - JOGO DIGITAL COMO PROPOSTA INCLUSIVA DE ENSINO DIDATICO EM BIOLOGIA...............................................................................................................76 Jessica do Prado Valeriano, Tatiane Militão de Sá RESUMO 58 - A PRODUÇÃO DE UM INFOGRÁFICO SOB INCIDÊNCIA DE CÂNCER NA COMUNIDADE SURDA...........................................................................................78 Thays Nilo de Assis, Tatiana Militao de Sá CAPITULO 08 - SESSÃO 02/ PUBLICO EXTERNO E TURMA B4 RESUMO 25 - INCLUSÃO DE ACADÊMICOS OUVINTES DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM NA COMUNIDADE SURDA ATRAVÉS DA LIBRAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA DO APRENDIZADO NO AMBIENTE UNIVERSITÁRIO..........................................................................................................81 Mariana Salgueiro, Lucca Silva, Nathalia Quintella
RESUMO 26 - INCLUSÃO DE LIBRAS NO ACOMPANHAMENTO PRÉ-NATAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA DO APRENDIZADO NO AMBIENTE UNIVERSITÁRIO...........................................................................................................83 Lucca Silva, Mariana Salgueiro, Nathalia Quintella RESUMO 27 - REPOSITÓRIO DIGITAL HUET: OBJETOS DE APRENDIZAGEM PARA EDUCAÇÃO DE SURDOS............................................................................................85 Gabriel Oliveira Silva, Rita de Cássia Duarte, Tania Chalhub RESUMO 29 - A ACADEMIA E O “CORPO ESTRANHO”: DESAFIOS E BARREIRAS NA INCLUSÃO DE DEFICIENTES AUDITIVOS E SURDOS NO ENSINO SUPERIOR....................................................................................................................87 Yago da Silva Narciso Alves, Carmen Paula Paes de Macedo, Ludmila Veiga Faria Franco RESUMO 34 - O JOGO AMARELINHA NA PROPOSTA DE INCLUSÃO BILINGUE......................................................................................................................89 Bárbara Guimarães Crespo, Luana Salgado Justino, Nathalie de Araújo Alves, Tatiane Militão de Sá
CAPITULO 09 - SESSÃO 03/ TURMAS B5 E G1 RESUMO 32 - JOGO DIDÁTICO DE ANTÔNIMOS E SINÔNIMOS COMO RECURSO DE TECNOLOGIA ASSISTIVA (TA) PARA EDUCAÇÃO BILINGUE ............................92 José Hélio Pacheco; Sara Mota; Laís Ribeiro, Tatiane Militão de Sá RESUMO 33 - DOMINÓ LITERÁRIO BILÍNGUE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE APLICAÇÃO DE UM JOGO COMO RECURSO DE TECNOLOGIA ASSISTIVA (TA)................................................................................................................................94 Bruna de Oliveira Barbosa, Mariane Cunha de Oliveira, Tatiane Militão de Sá
RESUMO 36 - A BIBLIOTECA NACIONAL E O SURDO: UMA ANÁLISE A PARTIR DO WEBSITE DA INSTITUIÇÃO.........................................................................................97 Ana Beatriz Ramiro Esteves Chaves, Ana Clara Alegria Freire, Ana Maria Alvim de Carvalho, Tatiane Militão de Sá RESUMO 38 - LIBRAS E EDUCAÇÃO DEMOCRATICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM CURSO DA REDE EMANCIPA PELA EDUCAÇÃO POPULAR...................................................................................................................100 Andrya Ramos, Luana Matos do Nascimento, Thais Lima Souza, Tatiane Militão de Sá RESUMO 40 - INCLUSÃO DA DISCIPLINA LIBRAS NOS CURSOS DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.....................................................................................................................103 Rodrigo Galvão da Silva, Lucas Nascimento de Mattos, Tatiane Militão de Sá
Parte I Resumo PĂ´ster Impresso
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A CULTURA SURDA: UMA ANÁLISE ANTROPOLÓGICA SOBRE AS TÉCNICAS DO CORPO Carolina Alfradique de Souza1 Gabriel Bon Rabello2 Thiago de Lima Viana3 Ludmila V. F. Franco4 RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo explicitar aspectos da cultura surda por um viés analítico sociológico e antropológico, buscando em autores nas Ciências Sociais conceitos que podem ser usados como forma de compreensão e estudo da Cultura Surda, para assim compreender o conceito sociológico de cultura e apresentar a comunicação e representação da comunidade supracitada como dotada de técnicas corporais.Utilizou-se de análises através de levantamentos bibliográficos das áreas de sociologia, antropologia, assim como de linguagens. Foram explicitados e analisados conceitos, aplicando-os à realidade da língua de sinais e também da comunidade surda. Este trabalho tem caráter introdutório a um pensamento da manifestação cultural sobre a comunidade surda. Alguns resultados são visíveis, mesmo que seja um grande campo ainda pouco explorado para pesquisa social/cultural. Portanto, em uma sociedade onde a língua de sinais não é tradição, inexiste a possibilidade de ser estabelecida uma cultura surda plena. A forma de representação de indivíduos ou agremiações constitui um marco de suas práticas cotidianas e geram olhares de diferentes óticas. A própria maneira de se portar pode denotar pertencimento a um grupo. Assim sendo, pode-se entender que o corpo fala. E falar pode ser sinônimo de poder. Para isso, os surdos desenvolvem sua própria forma de se expressar e produzir através do que fora denominado Libras. Os movimentos e expressões são típicos dessa comunidade e possibilitam o diálogo com o
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Discente de Ciências Sociais- UFF Campos dos Goytacazes – carolinaalfradique@id.uff.br Discente de Ciências Sociais- UFF Campos dos Goytacazes - gabrielbonrabello@hotmail.com 3 Discente de Ciências Sociais- UFF Campos dos Goytacazes - thiago21viana@gmail.com 4 Docente de Libras- UFF Campos dos Goytacazes - ludmilaveiga@id.uff.br 2
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mundo, referindo-se à uma certa construção identitária do sujeito em relação a seu contexto. Palavras-chave: Cultura Surda, Ciências Sociais, Libras.
REFERÊNCIAS MAUSS, M. Les techniques du corps in Sociologie et Anthropologie, PUF, Paris, 1950. CASTRO JÚNIOR, G. Variação linguística em língua de sinais brasileira. Dissertação de mestrado. Universidade de Brasília. Disponível em: .Acesso em: 29 out. 2017
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A INCLUSÃO DOS ALUNOS SURDOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE CAMPOS DOS GOYTACAZES Teresa Cristina Roza Pereira Monteiro1 Ludmila Veiga Faria Franco2 RESUMO: Introdução: O presente estudo refere-se a um trabalho de conclusão do curso (TCC) em Licenciatura de Ciência Sociais sobre a Inclusão dos alunos Surdos na Educação Básica das escolas municipais de Campos dos Goytacazes. Conforme, o IBGE de 2010 a população do município de Campos dos Goytacazes, localizada no interior do estado do Rio de Janeiro, é de 463.731 mil habitantes, e com aproximadamente 4,47%, isto é, 24 mil surdos. A pesquisa foi feita em 03 instituições municipais de Campos dos Goytacazes situada no interior do Rio de Janeiro. A fim de conhecer a realidade de um público alvo, no caso em questão, os surdos matriculados na educação básica. O trabalho de campo durou todo o ano de 2017, mas foi a partir de agosto que a pesquisa decolou com autorização da secretária de educação para ir às escolas. O objetivo deste foi analisar no âmbito escolar se a instituição está informada, preparada e capacitada para atender os alunos surdos assim como acolher os alunos ouvintes. Como materiais e métodos foram necessários livros, artigos, e outros materiais para entender o universo dos surdos, com sua cultura, identidade, especificidades e língua. A metodologia utilizada foi qualitativa e quantitativa, através de entrevistas com perguntas abertas e fechadas, direcionadas aos diretores e professores envolvidos com o ensino e aprendizagem dos alunos surdos, assim como os surdos quanto ao domínio e conhecimento de Libras. Os resultados apontados mostram que nem todos os atores sociais do âmbito escolar estão cientes da Lei de Libras nº 10.436/02, alguns professores tentam fazer o melhor, e às vezes são impossibilitados devido à falta de recursos materiais, incentivos ou longas jornadas de trabalho. Resultados da pouca valorização do profissional da educação, foram entrevistadas 06
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Aluna de Licenciatura em Ciências Sociais - Universidade Federal Fluminense – UFF/Campos dos Goytacazes – teresacrpmonteiro@hotmail.com 2 Professora de Libras na Universidade Federal Fluminense- UFF Campos dos Goytacazes - ludmilaveiga@id.uff.br
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professores e 06 alunos surdos. Dentre os professores, apenas 01 sabe um pouco de Libras e 02 fazem o curso. Já entre os alunos, apenas 03 alunos sabem Libras. Considerações Finais: Pode-se observar que os alunos encontram-se na verdade inseridos na sala de aula e não incluídos de fato, uma vez que, não utilizam sua língua materna na comunicação, os conteúdos e processos de ensino aprendizagem ocorrem em Português, os profissionais de classe regular não dominam a língua de sinais, a escola não possuí o profissional tradutor/ intérprete de Libras para mediar à comunicação, os surdos não contam com instrutores de Libras e nem mesmo podem socializar-se com seus pares Surdos para desenvolvimento da sua língua. Palavras Chaves: Surdos, Libras, Inclusão, Educação Básica.
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e dá outras providências. Brasília, 2002. FERREIRA, Lucinda. Legislação e a língua brasileira de sinais. São Paulo, Ferreira & Bergoncci Consultoria e Publicações, 2003. GESSER, Audrei. Libras? Que língua é essa? Crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.
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LINGUAGENS NA PRODUÇÃO DE UM VÍDEO DIDÁTICO: APROXIMAÇÕES ENTRE SEMIÓTICA E EDUCAÇÃO EM QUÍMICA NA PERSPECTIVA BILÍNGUE.
Renata Barbosa Dionysio1 Waldmir Nascimento de Araujo Neto2 Alcina Maria Testa Braz da Silva3 RESUMO: A construção de materiais didáticos numa perspectiva bilíngue, Libras Língua Portuguesa para a Educação de Surdos requer estudos a respeito das duas línguas e investimentos teóricos acerca também da linguagem presente nesse recurso didático para que ele atenda as intencionalidades de construção. Dessa forma, autores como Campelo (2008), Lebedeff (2017) e Reily (2003) destacam a importância da visualidade na educação de Surdos. Nessa perspectiva o presente trabalho apresenta uma análise semiótica do vídeo didático Libras Com(s) Ciência - Consciência negra, Racismo e a Química da Pele elaborado com a intencionalidade de servir como material didático para o Ensino de Química. A análise foi realizada baseando-se nos estudos de Calado (1994), Joly (2012) e Santaella (2005, 2012) sobre as representações imagéticas e suas relações com as outras linguagens, bem como as características da educação bilíngue evidenciadas pelos estudos de Lordi, Mélo e Fernandes (2015). O processo comunicacional do vídeo, em sua criação, tem como primeiro plano a Libras por meio de um sujeito que se comunica em língua de sinais e em segundo plano a língua portuguesa, por meio da legenda e em algumas representações imagéticas. Aborda conteúdos curriculares de proteínas aminoácidos e ligações peptídicas trazendo a Bioquímica relacionada com questões do cotidiano ao evidenciar a melanina como tema central. Permeado por representações visuais de cunho abstrato, como fórmulas moleculares, estruturais, reações e ligações químicas, e um discurso composto por elementos que evidenciam a questão do
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UFT, INES, PPCTE/CEFET-RJ, renatadionysio@uft.edu.br. UFRJ, waldmir.neto@gmail.com. 3 CEFET-RJ, alcina.silva@cefet-rj.br. 2
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racismo e lutas e resistência dos negros como minoria, o vídeo foi construído aglutinando conteúdos curriculares da Química e questões de ordem cultural, social e política. A existência das múltiplas matrizes das linguagens bem como suas interpenetrações no cenário bilíngue oportuniza acessos diversos para que os docentes possam trabalhar com o material de forma alinear e assim atender as especificidades do seu público alvo como também a conteúdos curriculares. Dessa forma, acredita-se que o material reuniu características plásticas, linguísticas e conteudistas que fazem com que ele apresente potencialidades semióticas para o Ensino de Química mediado pelo professor e também como material de divulgação científica em prol da popularização da Ciência para a comunidade Surda.
Palavras-chave: Ensino de Química, Educação de Surdos, Material Didático, Semiótica, Multimodalidade.
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INFOGRÁFICOS NA CONSTRUÇÃO DE MATERIAL DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DA EDUCAÇÃO: ACESSO DO ALUNO SURDO NAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS E PRIVADAS Mariana Garcia Medeiros 1 Rebeca Alves Medeiros 2 RESUMO: Introdução: O estudo aqui apresentado foi feito com base nos dados dos Censos dos anos de 2010, 2011, 2012, 2013, 2014, 2015 e 2016, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e tem por objetivo analisar o ingresso do Surdo, Deficiente Auditivo e Surdocedo no Ensino Superior. A Constituição de 88 garante Educação como direito de todos, dever do Estado, visando o pleno desenvolvimento da pessoa. Garante também igualdade em relação a permanência na escola como também nas condicções de acesso. Muitas outras Políticas Públicas foram criadas em relação ao acesso da Pessoa com Deficiência. A partir de 2008,com o documento “ Política Nacional de Educação Especial na Perpectiva de Educação Inclusiva” , Educação Especial, agora na perspectiva Inclusiva, passa a ser modalidade de toda a Educação Básica, chegando ao Ensino Superior. Com o Decreto 5.626/05, no caítulo V, prevê a garantis de direito à Educação das Pessoas Surdas, garantindo-as Interprétre. Objetivo: analisar os dados do Censo de 2010 a 2016 e avaliar o quantitativo de ingresso da Pessoa Surda nas Universidades Públicas de Ensino, utilizando como ferramenta o infográfico. Resultados: o que revelam os dados é que entre 2010 e 2016 o Surdo e o Deficiente Auditivo obtiveram mais acesso na Universidade Privada ante a Pública, chegando a 75% e o Surdocego na mesma condição, porém com porcentagens mais equiparadas. Conclusão: Mesmo com toda Política Pública acerca do acesso e permanência do Surdo em todas as modalidades de ensino, como vemos nos resultados, muitos dos alunos Surdos não entram nas Universidades Públicas. Sabemos que muitos podem ser os dificultadores para que essas barreiras comecem a diminuir, a começar pela a Acessibilidade nas Universidades. Para os alunos com surdez, o problema de
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Acadêmica de Pedagogia, discente da disciplina Libras– UFF,marianagm@id.uff.br Acadêmica de Pedagogia, discente da disciplina Libras – UFF,rebeca.a.medeiros@gmail.com 2
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comunicação, de acesso à informação, é ainda maior, pois há falta de intérpretes nas universidades. A presença do intérprete em sala quando se tem alunos surdos é considerada na Portaria nº 3.284/2003 (BRASIL, 2003) e no Decreto nº 5.626/2005 (BRASIL, 2005) como sendo um requisito mínimo de acessibilidade. Considerando a ferramenta do infográfico como método que permeia a população surda e ouvinte no que se refere ao acesso de informações, a escolhemos para que estes dados sejam propagados e assim, os informes aqui mostrados possam mostrar como é difícil o acesso e a permanência dos surdos nas universidades públicas brasileiras.Em sua pesquisa, Pereira (2007) também constatou que são evidentes as dificuldades enfrentadas pelos alunos com deficiência no ensino superior em decorrência da falta de acessibilidade. Palavras-chave: Infograficos, divulgação científica, surdez.
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO 1. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação. Decreto Nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta Lei Nº 10.436, de 24 de abril de 2002. 2. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 05 de outubro de 1988. Constituição da República Federativa do Brasil. 3. BRASIL. Ministério da Educação. Evolução da educação especial no Brasil. Brasília:
Secretaria
de
Educação
Especial,
2006.
Disponível
em:
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/ brasil.pdf. Acesso em: 30 mai. 2018. 4. GOESSLER.D.C.B. – Inclusão no Ensino Superior: O que Revelam os Microdados do Censo
da
Educação
Superior
no
Período
2009‐2012
file:///C:/Users/rebec/Desktop/ARTIGO%20SOBRE%20SURDEZ%20NA%20UNIVE RSIDADE(2).pdf 5. SANTANA. A.P. A Inclusão do Surdo no Ensino Superior no Brasil. Journal of Research in Special Educational Needs - Volume 16 - Number s1 - 2016 85–88. Disponível em:https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/1471-3802.12128. Acesso em: 30. mai. 2018. NUEDIS – Núcleo de Estudos em Diversidade e Inclusão de Surdos Website: http://nuedisuff.wixsite.com/nuedis
6. _. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira ‐ INEP. Sinopse Estatística da Educação Superior 2010. Brasília: 2010. Disponível em: <http://inep.gov.br/sinopses-estatisticas-da-educacao-superior > Acesso em: 29 mai. 2018 7. _. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira ‐ INEP. Sinopse Estatística da Educação Superior 2011. Brasília: 2011. Disponível em: <http://inep.gov.br/sinopses-estatisticas-da-educacao-superior > Acesso em: 29 mai. 2018 8. _. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira ‐ INEP. Sinopse Estatística da Educação Superior 2012. Brasília: 2012. Disponível em: <http://inep.gov.br/sinopses-estatisticas-da-educacao-superior > Acesso em: 29 mai. 2018 9. _. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira ‐ INEP. Sinopse Estatística da Educação Superior 2013. Brasília: 2013. Disponível em: <http://inep.gov.br/sinopses-estatisticas-da-educacao-superior > Acesso em: 29 mai. 2018 10. _. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira ‐ INEP. Sinopse Estatística da Educação Superior 2014. Brasília: atualizado em 07/05/2005. Disponível em: <http://inep.gov.br/sinopses-estatisticas-daeducacao-superior > Acesso em: 29 mai. 2018 11. _. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira ‐ INEP. Sinopse Estatística da Educação Superior 2015. Brasília: atualizado em 04/04/2018. Disponível em: <http://inep.gov.br/sinopses-estatisticas-daeducacao-superior > Acesso em: 29 mai. 2018 12. _. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira ‐ INEP. Sinopse Estatística da Educação Superior 2016. Brasília: atualizado em 04/04/2018. Disponível em: <http://inep.gov.br/sinopses-estatisticas-daeducacao-superior > Acesso em: 29 mai. 2018.
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REVISÃO DE LITERATURA SOBRE O PROCESSO SAÚDE-DOENÇA-CUIDADO DO PACIENTE SURDO COM DOENÇA DE ALZHEIMER
Kamila Couto de Paula1 Gildete da S. Amorim Mendes Francisco2
RESUMO: A doença de Alzheimer (DA) é uma das doenças neurodegenerativas de maior prevalência em idosos no Brasil, trata-se de um transtorno neurodegenerativo de modo progressivo com comprometimento da cognição e da memória. Indivíduos com DA não conseguem mais executar atividades do cotidiano, pois a doença causa diversos distúrbios neuropsiquiátricos e alterações de comportamento. A manifestação desta patologia pode variar de indivíduo para indivíduo devido a alguns fatores tais como sociais, econômicos e culturais. O acolhimento do paciente surdo com DA e seu cuidador deve ser uma prioridade para os diversos profissionais de saúde em especial, o farmacêutico, devido a sua formação técnica, é o profissional que mais compreende o medicamento, sendo assim é dado a esse o papel de estudar estratégias de educação em saúde como adesão ao tratamento no propósito de modificar o estado de saúde do paciente surdo com DA . Relatar experiências do processo saúde-doença-cuidado em pacientes surdos com doença de Alzheimer. Foram consultadas as bases de dados: Lilacs e Scielo, os termos: alzheimer's disease AND pharmaceutical care AND sign language AND deaf people. Sem restrição de tempo. Artigos que confrontam metodologias sobre promoção em saúde e estão associados à assistência farmacêutica para melhorar a qualidade de vida do paciente surdo com DA não foram encontrados. Elencar estudos apenas sobre cuidados farmacêuticos para pacientes com Alzheimer não assegura cuidados efetivos aos pacientes surdos, pois eles aprenderam a se comunicar por meio da língua de sinais, logo seria importante o processo de cuidado ser abordado por meio de sinais para estimular a cognição do paciente a qual se encontra em deterioração. O tratamento da DA deve ser multidisciplinar no Sistema Único de Saúde devido à complexidade e particularidades dessa patologia, já que não há cura para a DA e a farmacoterapia objetiva estabilizar a perda da cognição no sentido de garantir alguma melhora na qualidade de vida dos pacientes e os efeitos adversos devido ao tratamento possam ser passíveis de intervenção. Dentre os planos de cuidado ao alcance dos farmacêuticos destacam-se: a otimização da farmacoterapia, identificação, prevenção e manejo de erros de medicação e de interações medicamentosas, promoção de autocuidado dentre outras . Nesse sentido é importante a realização da educação em 1
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Discente de Libras – UFF, kamilacouto@id.uff.br Docente de Libras – UFF, gildeteamorin@yahoo.com.br
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saúde para o paciente surdo que poderia ser feita por meio da língua de sinais ou de outros instrumentos capazes de empoderar esses indivíduos nesses processos de assistência. É significante informar a existência de estudos que relatam algumas medidas não farmacológicas, pois eles ajudam no desenvolvimento da cognição e assim têm apresentado resultados benéficos para alguns pacientes. Considerando a Lei Nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, ao estado é dado o dever de garantir que a sociedade brasileira tenha acesso às atividades de promoção, proteção e recuperação em saúde , os resultados da busca na literatura indicam que no nosso país pessoas surdas com DA não são contempladas nesses serviços de cuidado. 3
Palavras-chave: Doença de Alzheimer, Paciente surdo, Língua de sinais, Atenção Farmacêutica, Educação em saúde.
Figura 1: Fluxograma elaborado pelas autoras do resumo para o manejo do paciente surdo com doença de Alzheimer. BIBLIOGRAFIA 1. Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS. Memantina para o tratamento da doença de Alzheimer [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2017 [acesso em 20/05/2018]. Disponível em: http://conitec.gov.br/images/Relatorios/2017/Recomendacao/Relatorio_PCDTDoen%C 3%A7a_de_Alzheimer_267_17_final_SEC1207.pdf.
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2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Capacitação para implantação dos serviços de clínica farmacêutica – Brasília . 2014. 308 p.: il. (Cuidado farmacêutico na atenção básica ; caderno 2). 3. BRASIL. Lei n° 8080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 19 set. 1990. [acesso em 20/05/2018]. Disponível em: http://conselho.saude.gov.br/legislacao/lei8080_190990.htm.
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CINE DEBATE DISCUTE IMPORTÂNCIA DA LIBRAS SEGUNDO VYGOTSKY: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NO CURSO DE PSICOLOGIA Gabriela de Oliveira Navega1 Walkiria Pontes2 Tatiane Militão de Sá3 RESUMO: Introdução: Embora seja uma língua oficial do Brasil, a Libras parece ainda distante do dia a dia do Brasileiro ouvinte. As estratégias para intervenção, como o oferecimento de debates e promoção de conscientização de uma imposição social de uma maioria linguística, podem contribuir de certa forma para apresentar conteúdos ligados ao ativismo na comunidade surda sinalizada, de modo que sensibilize e seja significativo. Ainda, a implementação de Libras e seu contexto histórico nos ensinos básicos podem ser efetivos para esse reconhecimento. Objetivo: Este trabalho apresenta um relato de experiência com a ocorrência de um Cine Libras que salienta a importância da comunicação com surdos, segundo a teoria de Vygotsky. Materiais e métodos: O intento fomentou a discussão de Língua e linguagem por meio da apresentação de um documentário (HARAZIM, 2005) e declinou-se sobre os estudos da obra de Vygotsky (2008), bem como a apresentação e coleta de relatos espontâneos dos próprios alunos participantes, por meio de formulário impresso. Neste evento participaram: 01 (um) professor de Libras, 01 (um) profissional psicóloga bilíngue, 01 debatedora graduanda em psicologia e 33 alunos matriculados em cursos de graduação da Universidade Federal Fluminense. Resultados: Foram ofertadas 50 vagas a alunos oriundos das disciplinas de Libras I e II, matriculados em cursos de pedagogia, psicologia, cinema, direito e outros, dos quais 42 alunos realizaram inscrição. Do total de inscritos, apenas 33 alunos participaram. A motivação para atender a estes cursos em específico surge a partir do Decreto 5626/05, no qual prevê que nos cursos de licenciatura a oferta da disciplina Libras seja obrigatória e nos demais cursos como optativa. Assim, a promoção do debate
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Discente de Psicologia: navegabriela@gmail.com Psicologia bilingue FIOCRUZ/ CVI 3 Docente de Libras: tatimili2@yahoo.com.br 2
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e a exibição do filme auxiliou na demanda de temáticas que permeiam o Ensino de Libras para alunos que não participam de cursos de licenciatura. Do total de alunos participantes, observamos que 100% considera importante a Libras na formação dos processos identificatórios da linguagem da criança, 26% informou que o primeiro contato com Libras foi o contato com o próprio debate e 30% manifestou contato com Libras após ingresso na faculdade. Dessa forma, o desenvolvimento deste trabalho permitiu constatar que há interesse em aprender a Libras e necessidade de uma conscientização quanto à importância disso. Conclusão: Concluímos que a presente iniciativa de elaborar o Cine Libras sobre a importância da Língua e linguagem foi uma experiência construtiva, gratificante e viável. Porém, consideramos que muito há a ser conhecido e realizado na área. Palavras-chaves: Libras, Língua, Linguagem. REFERÊNCIAS BRASIL, Decreto nº 5.626 de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000. VIGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2008. HARAZIM, Dorrit. Travessia do silêncio. GNT, 2005. Vídeo 50 min.
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LIBRAS É UMA LÍNGUA? Seiji Rocha Watanabe1 Vera Lourenço Castelló2 Gildete da Silva Amorim3
RESUMO: O texto, Curso de linguística geral (SAUSSURE, 1916) abre a temática sobre a qual o trabalho se debruça. Uma leitura crítica desse texto foi feita a fim de acentuar a defasagem do conceito de significante segundo Saussure. A partir da concepção de significante de Saussure, este estudo tem como objetivo confrontar definições, posicionamentos, concepções, sobre o tema que se pode resumir em uma pergunta simples: “LIBRAS é uma língua?” A L10436, sancionada em 2002, reconhece a língua de sinais como meio legal de comunicação, e subscreve sua recognição enquanto língua. Saussure, precursor do Estruturalismo, dizia que um dos principais elementos que constitui a língua é o signo linguístico. A partir dessa premissa, o signo linguístico seria composto pela junção do significado, o conteúdo a ser transmitido, a ideia, com o significante, a imagem acústica: a materialidade sonora que manifesta o sentido do significado. Conforme o autor, caso um dos requisitos do signo não seja recoberto, não se pode falar em língua, mas em linguagem. Em outras palavras, linguagem seria apenas um meio de comunicação, sem nenhuma estrutura interna que a conforma enquanto língua. De modo contrário, a materialidade da significação da língua de sinais não se dá por meio de uma manifestação sonora, porém a partir de gestos, entre os quais se circunscrevem 5 parâmetros: configuração de mão, ponto de articulação, orientação, movimento, expressão facial e/ou corporal. Reconhece-se, portanto, que LIBRAS é uma língua própria por apresentar todos os requisitos estruturalistas, embora não atenda uma definição saussuriana. A definição está em defasagem e pode ser explicada pelo tempo em que foi posta na corrente acadêmica, no início do século XX. A lei, promulgada em
Discente de Letras – UFF, seijirw@id.uff.br Discente de Letras – UFF, veracastello@id.uff.br 3 Docente de Libras – UFF, gildeteamorin@yahoo.com.br 1 2
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2002, condiz com a perspectiva de sua época, a qual inclui a língua brasileira de sinais como um campo linguístico próprio e autônomo. Palavras-chave: LIBRAS, Língua, Signo
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EDUCAÇÃO MATEMÁTICA INTERDISCIPLINAR Ingrid Moreira da Silva Murizine Branco 1 Jéssika Grozewics Scultori 2 Tathianna Prado Dawes 3
RESUMO: A definição de educar é “Dar ou oferecer (a alguém) conhecimentos e atenção especial para que possa desenvolver suas capacidades intelectuais...” (Michaelis, 2015). E, segundo Ubiratan D'Ambrósio (2009), a estrutura da palavra “Matemática”, separa-se em mátema (explicar, conhecer, entender, conviver com) e 'ticas' (maneiras, técnicas). Portanto, Educação Matemática não é somente explicação de teorias, aplicação de procedimentos e execução de habilidades. Tomamos essa ideia para as aulas que demos, durante 3 meses, no Projeto de Extensão de Ensino de Surdos sob a Perspectiva Bilíngue, coordenado pela Prof. Tathianna Dawes, que possui duas alunas surdas de 20 e 22 anos e ocorre na Universidade Federal Fluminense, uma vez na semana e por duas horas. Nossa prática de ensino com as discentes tem como objetivo ensinar uma “Matemática para não matemáticos”. Além disso, buscamos desenvolver o raciocínio lógico e estimular a curiosidade Matemática, através de assuntos interessantes para elas. Como Metodologia de Ensino, primeiro fizemos uma avaliação para saber o nível de conhecimento do Português, da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e da Matemática delas. Como resultado, obtivemos que: uma delas é oralizada, usuária em Libras, não sabia formar palavras em português e efetuava apenas operações de adição se desenhasse palitos de auxílio. A outra aluna não é oralizada, também usuária de Libras, não sabia formular palavras em português e também efetuava apenas operações de adição, mas também utilizando ferramentas de ajuda, como palitos e seus dedos. Ambas sabiam parte do alfabeto, alguns números e sinais em libras. A partir de então, utilizamos recursos como: jogos (dominós de números e de letras, jogos de memória com número e letras e “quem sou eu”, atividades em papel impresso Graduanda de Licenciatura em Matemática – UFF, imurizine@gmail.com Graduanda de Licenciatura em Matemática – UFF, jessika_grozewics@hotmail.com 3 Docente de Libras – UFF, tathianna.libras.uff@gmail.com 1 2
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(palavras cruzadas, ligar objetos iguais, soletração em LIBRAS, entre outras), atividades no quadro (representação de números de duas formas diferentes, “arme e efetue” simbolizando unidades, dezenas e centenas com cores diferentes), atividades contextualizadas (cálculo de compras fictícias com encarte de mercado, farmácia e revista de maquiagem) e uma atividade extra sala de aula, na qual demos um valor em dinheiro para que fossem na cantina e comprassem um produto. Durante esse processo conseguimos ensiná-las sinais de Libras, palavras em Português, a operação de adição até duas parcelas, e início da operação de subtração. Esses resultados foram obtidos através de um ensino interdisciplinar, contextualizado e de acordo com a cultura surda e não-surda (Educação Multicultural) onde estão inseridas.
Palavras-chave: Matemática, Educação Matemática, Libras, Surdos
REFERÊNCIAS D’Ambrosio, Ubiratan. Educação Matemática: Da Teoria À Prática. Décima sétima edição. Coleção Perspectivas em Educação Matemática. Editora Papirus, 2009. Michaelis. Dicionário online do UOL. Disponível em: <http://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/educar/>. Acesso em 23 de maio de 2018.
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INCLUSÃO DE UMA ALUNA SURDA NO ENSINO SUPERIOR: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Jéssica da Costa Marinoni1 Letícia Nogueira Barreto2 Rafaela Narciso Guimarães3 Ludmila Veiga Faria Franco4
RESUMO: O presente trabalho, vem inicialmente versando a respeito da parte histórica, sequencialmente aborda os diferentes graus de surdez, e então partindo dessas expõe as considerações retratando o percurso de jovens surdos e sua presença no ensino superior, avaliando teoricamente características e desafios da convivência nesse ambiente universitário. Esse artigo busca fazer apontamentos sobre a trajetória dos surdos desde o passado até a atualidade, mostrando a dificuldade que ainda pode se observar na inclusão de alunos surdos nas unidades educacionais de ensino, ainda pretende evidenciar a vivência da inclusão de uma aluna surda no ensino superior público, através de relato de sua experiência antes da universidade, assim como entender o número tão reduzido de surdos nas Universidades. Os dados foram obtidos através de pesquisas bibliográficas e entrevista com aluna surda da Universidade Federal Fluminense, onde a mesma retratou sua experiência no ensino público superior. Com a presente pesquisa, pudemos concluir que, ainda é notável a dificuldade na interação, dificuldade na elaboração de estratégias de aula pelos professores para seu melhor entendimento e assimilação dos conteúdos propostos, o Campus da
universidade a ausência de um intérprete, realçando a
importância e necessidade do ensino da LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) e de práticas inclusivas envolvendo surdos se tornar parte efetiva das grades escolares desde a alfabetização para que alunos surdos em classes regulares não cause estranhamento. Notou-se que as instituições de ensino e a sociedade em si enxergam os surdos como 1
Estudante de Economia na Universidade Federal Fluminense – Campos dos Goytacazes.Email:jessicamarinoni@gmail.com 2 Estudante de História na Universidade Federal Fluminense – Campos dos Goytacazes. E-mail: leticia_nogueira@id.uff.br 3 Estudante de História na Universidade Federal Fluminense – Campos dos Goytacazes. Email:rafaelanarcisoguima@gmail.com 4 Professora de Libras na Universidade Federal Fluminense - Campos dos Goytacazes. E-mail: ludmilaveiga@id.uff.br
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diferentes, não só linguisticamente, mas também culturalmente, correspondendo a grupos minoritários e que em sua maioria frequentam uma escola organizada e padronizada para ouvintes, tendo poucas imagens ilustrativas nas aulas e muitas horas de retórica, dificultando assim o aprendizado desse alunado. O depoimento da aluna mostra as dificuldades enfrentadas pela mesma até o momento da entrada no ensino superior.
Palavras-chave: Surdez, Deficiência auditiva, Ensino Superior, Inclusão.
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LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS NOS CURSOS DE BIOTECNOLOGIA: A INCLUSÃO DA DISCIPLINA LIBRAS NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR (IES) Laura Brandão Martins1 Thaís Magalhães Manhães de Souza2 Tatiane Militão de Sá3 RESUMO: Introdução: A Lei 10.436/02 que foi regulamentada há mais de dez anos por meio do Decreto 5.626/05, nos faz refletir sobre a acessibilidade dos surdos. Objetivo: Analisar a inclusão da disciplina de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) no currículo dos cursos de Biotecnologia, em Universidades Públicas e Privadas, no contexto do Decreto 5626/05. Materiais e Métodos: Nosso estudo se baseia em textos de Felipe (2001), Pedroso (2010) e no Decreto de Libras (BRASIL, 2005), bem como em pesquisa documental em sites de cursos de Biotecnologia de Instituições credenciadas pelo MEC (Ministério da Educação, 2018), totalizando 66 (sessenta e seis) cursos. Assim, do total de cursos pesquisados analisamos os seguintes critérios: Distribuição geográfica: 7-norte, 7-nordeste, 5-centro-oeste, 26-sudeste, 21-sul. Nível acadêmico: 58-bacharel, 7tecnólogo, 1-sequencial. Natureza da oferta: 25-optativa, 1-obrigatória, e carga horária a qual é variável entre 30 e 72 horas. Resultados: No Decreto 5626/05 é previsto que “A Libras constituir-se-á em disciplina curricular optativa nos demais cursos de educação superior e na educação profissional, a partir de um ano da publicação” (BRASIL, 2005). Aqui iremos apresentar dos quatros grupos divididos, apenas dois com relação à oferta em: nível acadêmico e carga horária. Dessa forma, nossos estudos apontam que em relação ao nível acadêmico, embora previsto que a disciplina LIBRAS deve ser incluída como optativa nos cursos de bacharelado, salientamos que apenas 26 correspondem à legislação pertinente. Já com relação à carga horária, das 26 disciplinas presenciais, verificamos que 19 ultrapassam 39 horas semestrais, enquanto 5 estão abaixo desta expectativa. Observamos que a oferta desta carga horária seria insuficiente para
Graduanda em Biomedicina – UFF, laurabrandao@id.uff.br Graduanda em Biomedicina - UFF, thaismagman.science@gmail.com 3 Docente de Libras – UFF, nuedis.uff@gmail.com 1 2
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instrumentalizar o aluno pois os mecanismos morfológicos e semânticos de Libras são iguais ao de qualquer outra língua de acordo com Felipe (2001), sendo que esta deve ir além dos conhecimentos específicos nas práticas de ensino, conforme revela Pedroso (2010). Conclusão: Consideramos que a inserção da disciplina LIBRAS na grade curricular de Biotecnologia deve ser repensada no intuito de contemplar em carga horária e nível acadêmico, dispondo de melhores condições de oferta, em prol da perspectiva de um ensino bilíngue eficaz.
Palavras-chave: Libras, Biotecnologia, Ensino Superior.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e dá outras providências.
BRASIL, Decreto nº 5.626 de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000.
MINISTERIO DA EDUCAÇÃO, e-MEC.. Disponível em: <http://emec.mec.gov.br/>. Acesso em: 25 de Maio de 2018.
FELIPE, T. A. Libras em contexto: curso básico. Brasília: Programa Nacional de Apoio à Educação dos Surdos. MEC; SEESP, 2001.
PEDROSO, C. C. A.; GÓES, A. M. O ensino da Língua Brasileira de Sinais no curso de Pedagogia: algumas reflexões acerca da formação do professor surdo e do programa da
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disciplina. In: Anais do IV Congresso Brasileiro de Educação Especial. São Carlos, 02 a 05 de novembro de 2010.
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UM OLHAR SOBRE À MÃE SURDA Cátia Albert dos Reis Carvalho1 Natália Nária da Silva Santos2 Pedro Henrique Silva Duarte3 Gildete da Silva Amorim4
RESUMO: A literatura aponta a interação entre pais e filhos como fundamental para o desenvolvimento infantil, uma vez que, por meio deles, são passados os valores e ensinamentos sociais. Parte importante da atuação da enfermagem na atenção primária é dar suporte ao cuidado prestado pelos pais ao bebê. Sabe-se que acessibilidade para os surdos ainda é um desafio. Assim, e entendendo o acolhimento como um dos papéis fundamentais da enfermagem na atenção primária, estando a comunicação entre as questões mais comumente sinalizadas pelos autores como potencial dificultador para interação interpessoal, e considerando a escassez de produções científicas acerca das adaptações e dificuldades de mães surdas no cuidado com seus bebês, este artigo pretendeu reunir de relatos públicos feitos por mães surdas em redes sociais, a fim de iniciar e desenhar uma abordagem que permita ao profissional de enfermagem entender melhor este público e os viéses por ele enfrentados. Pretende-se com este estudo, oferecer uma contribuição para promoção de estratégias de enfrentamento às barreiras encontradas no cuidado dessas populações, bem como para a criação de programas específicos para a redução dessas barreiras. Foram reunidos relatos públicos tanto escritos quanto em vídeo. Dentre as dificuldades pontuadas, destacam-se o preconceito social no que tange a capacidade de cuidado da mãe surda e a frequente associação entre deficiência cognitiva e surdez, sendo esta considerada como, uma das principais questões encontradas por essas mães. Para elas, a sociedade está ainda despreparada para entender a capacidade de um surdo para o cuidado. Tais dados corroboram com as observações feitas por autores que buscaram avaliar a mesma situação em outras comunidades. Em artigos sobre as barreiras para inclusão social e comunitária crianças surdas no Canadá, as opiniões negativas acerca das habilidades e competências dos indivíduos surdos esteve entre as questões NUEDIS – Núcleo de Estudos em Diversidade e Inclusão de Surdos Website: http://nuedisuff.wixsite.com/nuedis
mais evidenciadas. Mais do que apenas um intérprete, fica claro que há uma necessidade de se estabelecer estratégias de conscientização dentro e fora do sistema de saúde a fim de eliminar o viés implícito no olhar à pessoa surda. Longe de esgotar a questão, o presente artigo mostrou uma necessidade premente de estudos sólidos e publicações específicas com finalidade de contribuir para a quebra das barreiras sociais de inclusão e um novo olhar para a comunidade surda.
Palavras-chave: Mãe surda, Barreiras sociais, Cuidado.
1 Acadêmica de enfermagem - Universidade Federal Fluminense, catiacarvalho@id.uff.br 2 Acadêmica de enfermagem - Universidade Federal Fluminense, natalianaria@id.uff.br 3 Acadêmica de enfermagem - Universidade Federal Fluminense, Pedro_duarte@id.uff.br 4 Docente de Libras - Universidade Federal Fluminense, nuedis.uff@gmail.com
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ANÁLISE SOBRE A PRESENÇA DO INTÉRPRETE DE LIBRAS NO ENSINO SUPERIOR Laura Rocha Pitta Chacur1 Patrícia Silva de Souza2 Gildete da S. Amorim Mendes Francisco3 RESUMO: O Decreto nº 5.626, de 20054, regulamenta a lei de LIBRAS, representando um passo importante para comunidade surda, uma vez que, através dela, o acesso à educação é oficializado como um direito dos surdos. Podemos entender que, a nível de legislação, houve um progresso em relação à inclusão educacional das pessoas surdas. Contudo, é importante refletirmos se, de fato, esse Decreto já foi implementado nas instituições de ensino. Para debater o assunto, analisaremos especificamente uma das ferramentas de inclusão que é a presença de intérpretes de Libras nas instituições, uma vez que, legalmente, tornou-se obrigatória haver a atuação desses profissionais nas organizações educacionais, pois é compreendido que o trabalho dos mesmos auxiliará na inserção das pessoas surdas nos estabelecimentos de ensino. Partindo deste ponto, buscamos trazer uma reflexão sobre a disponibilidade de intérpretes no Ensino Superior. Para fundamentar a pesquisa, coletamos dados disponíveis nos quadros de servidores das universidades federais do Brasil, a fim de observar se em todas as IES federais há a presença desse profissional. A partir dos materiais coletados, verificamos as seguintes questões: apesar de haver intérpretes na maioria das universidades federais, o número de vagas ainda é pequeno, tendo, ainda, o agravante de vagas não ocupadas em algumas instituições. Em relação ao grau de escolaridade dos intérpretes, examinamos que há poucos funcionários com ensino superior completo. Isso reflete na falta de didática dos profissionais durante a tradução, muitas vezes não conseguindo passar a mensagem do professor. Outra questão importante é a falta de informações sobre os programas de 1
Graduanda em Letras/ Literaturas- UFF, laura@chacur.net Graduanda em Letras/ Literaturas - UFF, patriicia_soouza@hotmail.com 3 Docente de Libras – UFF; gildeteamorin@yahoo.com.br 4 Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm - Acesso em: 29 de maio de 2018. 2
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acessibilidade que envolvam esse profissional e, mais raro ainda, há a disponibilização, por parte da faculdade, de documentos necessários para requisitar um intérprete em seu site. Entendemos que a atuação do intérprete esbarra em vários problemas e limites relacionados à formação e atuação, resultando na falta de valorização desta função. Logo, há a necessidade de um maior reconhecimento deste profissional, a fim de que mais universitários surdo sejam contemplados com um apoio específico que garantam, não só a inclusão, como também, a permanência no ensino superior.
Palavras-chave: Libras, intérprete, faculdade, universidade federal, surdez.
REFERÊNCIAS ANSAY, Noemi Nascimento. A inclusão de alunos surdos no ensino superior. Revista InCantare, 2014. FESTA, Priscila Soares Vidal e OLIVEIRA, Daiane Cristine De. Bilinguismo E Surdez: Conhecendo Essa Abordagem No Brasil E Em Outros Países. Ensaios Pedagógicos, online, ISSN 2175-1773, dezembro de 2012. Disponível em: http://www.opet.com.br/faculdade/revista-pedagogia/pdf/n4/ARTIGO-PRISCILA.pdf. Acesso em: 20 de junho de 2018. LIMA, Elcivanni Santos. Discurso e identidade: um olhar crítico sobre a atuação do(a) intérprete de LIBRAS na educação superior. 2006. 175 f. Dissertação (Mestrado em Linguística). Universidade de Brasília, Brasília, 2006. MARTINS, Victória. Pesquisa analisa o acesso de surdos aos cursos superiores de formação de professores de Libra, 2017. Disponível em: https://paineira.usp.br/aun/index.php/2017/05/09/pesquisa-analisa-o-acesso-de-surdosaos-cursos-superiores-de-formacao-de-professores-de-libras/ - Acesso em: 30 de maio de 2018. MOREIRA, Hélvio Feliciano; MICHELS, Luciano Rhinow; COLOSSI, Nelson. Inclusão educacional para pessoas portadoras de deficiência: um compromisso com o ensino superior. Escritos educ., Ibirité, v. 5, n. 1, p. 19-25, jun. 2006. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S167798432006000100004 &lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 24 de maio de 2018 ROSA, Andréa da Silva. A presença do intérprete de língua de sinais na mediação social entre surdos e ouvintes. Em: SILVA, IR; KAUCHAKJE, S, GESUELI, ZM. Cidadania, surdez e linguagem: desafios e realidades. Plexus Editora, 2003.
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Parte II Resumo Pôster Eletrônico
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SESSÃO 01 / TURMA A1
FALTA DE ATENDIMENTO ACESSÍVEL PARA A POPULAÇÃO SURDA NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE NITERÓI-RJ: RELATO DE EXPERIÊNCIA. DAIANA CORDEIRO NASCIMENTO1 NATHALIE COSTA2 GILDETE AMORIM3
RESUMO: INTRODUÇÃO: A população surda tem por direito um atendimento de saúde acessível. Porém, mesmo com as políticas de acessibilidades, ainda é um desafio na saúde pública um atendimento adequado aos surdos. Falta de conscientização, falta de profissionais capacitados em Libras ou disponibilidade de tradutores, acabam sendo fatores que interferem diretamente no atendimento e consequentemente na saúde dessa população. Esse fator se agrava, quando se volta para o nível da Atenção Primária de Saúde (APS), principalmente nas Unidades Básicas de Saúde. Pois a APS é a porta de entrada do indivíduo nas redes de saúde e abrange promoção e proteção à saúde, prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos e manutenção à saúde. Com isso, na APS deveria ser um dos principais momentos, em que essa acessibilidade deveria ser oferecida a população, mas isso acaba não ocorrendo. OBJETIVO DO ESTUDO: Identificar se as Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Niterói oferecem um atendimento acessível para a população surda. MATERIAS E MÉTODOS: Estudo exploratório e descritivo, tipo relato de experiência. O estudo foi construído em dois momentos: o primeiro consistiu em ligações telefônicas para a direção de cada UBStelefones disponibilizados pela Secretária de Saúde de Niterói- e após, visitando as UBS para coleta de dados observacional. RESULTADOS: Através do contato telefônico com a direção de cada UBS, obtivemos a resposta que nenhuma unidade oferece atendimento acessível para os surdos, não tinham profissionais capacitados em Libras e nem a disponibilização de tradutores. E durante a visita, procuramos observar como eram realizados os atendimentos nas unidades e focamos no acolhimento, pois é o momento do primeiro contato do paciente com a unidade. Assim, observamos que não haviam profissionais treinados ou capacitados em Libras para receber os pacientes surdos e, consequentemente,
não
identificavam
claramente
as
suas
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necessidades.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se com o presente estudo que, no município de Niterói, as UBS não se capacitaram profissionalmente para um atendimento acessível aos surdos. Logo, com profissionais que não aprenderam Libras criam-se obstáculos nas relações interpessoais, atendimento ineficaz, sem criações de vínculos e sem humanização, assim, interferindo negativamente na saúde dessa população, por falta de um atendimento adequado. Palavras-chave: Surdez; Atenção Primária à Saúde; Acesso aos Serviços de Saúde; utilização. 1
BIBLIOGRAFIA BRASIL. Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990; BRASIL. Política Nacional de Atenção Básica – PNAB; BRASIL. Política Nacional de Atenção à Saúde Auditiva PNASA;
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Docente de Libras- UFF, dadalaia27@gmail.com Docente de Libras- UFF, nathalie.costa@hotmail.com 3 Discente de Libras- UFF, gildeteamorim@yahoo.com.br 2
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SESSÃO 02 / TURMA A3
ACESSIBILIDADE A SURDOS EM ESPAÇO INTERATIVO E AUDIOVISUAL DE EDUCAÇÃO NÃO FORMAL: UM ESTUDO DE CASO DO CENTRO CULTURAL OI FUTURO Jéssica Gomes Pereira1*, Amanda Sancho Rangel Mansano2, Nicole Curi Mocarzel1+ & Gildete da Silva Amorim3 RESUMO: Considerando que a Língua Brasileira de Sinais é a segunda língua oficial do Brasil; o direito constitucional de acesso à educação para todos; as adequações citadas nas Normas Brasileiras para espaços não formais de Educação (museus, exposições e espaços culturais) e o conhecimento adquirido sobre a cultura surda na disciplina de libras, neste trabalho temos por objetivo realizar uma análise e reflexão à cerca da acessibilidade aos surdos em espaços audiovisuais de aprendizagem não formal. Para isso, utilizamos como objeto de estudo o Centro Cultural Oi Futuro, que abriga o Museu das Telecomunicações, um espaço de educação não formal inovador inspirado no conceito de hipertexto, no qual os conceitos são explorados gradativamente por meio de recursos audiovisuais e gráficos. Para um melhor aproveitamento e imersão no conteúdo do museu, seus visitantes recebem fones de ouvido e um controle remoto para ter acesso às informações contidas nas atrações. Embora o museu possua um educador surdo e realize atividades voltadas para a comunidade surda – tal como a comemoração do dia da Língua Brasileira de Sinais – garantindo a acessibilidade e promovendo a inclusão de surdos no acesso à educação não formal ao Museu, este serviço é fornecido somente com hora marcada e durante o horário de funcionamento do museu (de segunda a domingo, das 11:00 às 17:00). Porém, além do museu, o Centro Cultural Oi Futuro conta com outros três espaços expositivos. Atualmente, dois deles contém exposições recitadas sobre poesia e um contém uma exposição sobre edição fotográfica. Apesar de as exposições conterem textos explicativos impressos nas paredes de entrada dos espaços sobre o sentido das exposições, em duas delas sobre poesia, o conteúdo textual poético era meramente audiovisual, as poesias eram recitadas e expostas na forma de vídeos com narradores, caixas de som e fones de ouvido, além dos textos impressos serem em
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português, língua não oficial dos surdos, e não havia a possibilidade de mediação pelo educador surdo ou tradução por interprete de libras, o que torna qualidade da acessibilidade e inclusão de surdos questionável, pois a ausência do educador surdo e/ou interprete de Libras em determinados espaços do Centro Cultural restringe o acesso de surdos a outras formas de conteúdos artísticos culturais presentes e ao mesmo tempo impede a democratização do espaço e seu conteúdo cultural por completo. O teatro e cinema do centro cultural não foram considerados nesta análise.
Palavras-chave: Educação, Não formal, Interatividade, Acessibilidade, Intérprete, Libras
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Alunas de Graduação em Licenciatura em Ciências Biológicas – UFF (*jessicagp@id.uff.br; nmocarzel@outlook.com); 2Aluna de Bacharelado em Psicologia – UFF(amandasanchorm@gmail.com);
+ 3
Professora
Adjunta
do
Departamento
de
Letras
Clássicas
e
Vernáculas
(gildeteamorim@yahoo.com.br)
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–
UFF
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SESSÃO 03/ PUBLICO EXTERNO
O USO DA TECNOLOGIA DIGITAL NA EDUCAÇÃO DE SURDOS Aline Benvinda Bastos1 Juliana Felicidade Teixeira dos Santos2 Tathianna Prado Dawes3 RESUMO: Esta proposta pretende apresentar algumas considerações do processo de alfabetização do surdo com o uso de tecnologias em uma perspectiva bilíngue: Português – Libras. A ideia emergiu a partir da compreensão de que a aluna não poderia manusear um lápis devido ao seu atrofiamento muscular nas mãos, o que a impossibilitava de escrever. O recurso tecnológico utilizado teve como objetivo ser um instrumento facilitador de aprendizagem, onde promoveria a sua escrita. Esse instrumento utilizado como suporte tecnológico foi um tablet, que serviu como auxílio para uma aluna com deficiência motora e surdez. Esse recurso pretendia também complementar o conteúdo teórico de um modo interativo, uma vez que o tablet foi utilizado como uma ferramenta facilitadora da aquisição da alfabetização e do letramento. A metodologia que aplicamos durante as oficinas pedagógicas no Projeto DE EXTENSÃO DE ENSINO DE SURDOS SOB A PERSPECTIVA BILINGUE, coordenado pela Prof.ª Tathianna Dawes, da Universidade Federal Fluminense, que ocorre uma vez por semana com duração de 2hs, durante 3 semanas aplicamos para uma aluna surda/motora, várias atividades utilizando o tablet como forma de estimulação da escrita, um dos exercícios por meio do aplicativo Word, a exibição de imagens que estava em seu cotidiano para que ela pudesse escrever os respectivos nomes e posteriormente fazer em Libras os nomes que acabara de escrever. Souza (1996), afirma que “Para que os recursos didáticos possam promover uma aprendizagem significativa, é necessário que o professor esteja preparado, capacitado, ter criatividade para explorar os recursos que estão ao seu alcance, [...]” a partir desse pensamento da autora, aplicamos um material teórico e utilizamos o tablet para dar Graduanda em Licenciatura Plena em Pedagogia – UERJ/FFP aline.benvinda@hotmail.com Graduanda em Licenciatura Plena em Letras/Literatura – UERJ/FFP julianafelicidade10@gmail.com ³ Docente de Libras – UFF - tathianna.libras.uff@gmail.com 1 2
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continuidade ao que estava sendo ensinado. Como resultado, a aluna conseguiu alcançar seu objetivo inicial, escrever o seu nome, o que antes parecia impossível utilizando o lápis. A aluna conseguiu grandes avanços usando o tablet, pelo qual elaboramos atividades online, que facilitava a sua compreensão. Independente das limitações que a educanda encontrava, ela conseguia realizar todos as tarefas com êxito. Ao longo do tempo, as palavras foram se tornando frases. É incontestável, portanto, a implantação de novos recursos tecnológicos no apoio a Educação Especial, principalmente para as atividades que estão voltadas para a educação de surdos. É valido ressaltar, também, que a inserção não surtirá efeito de forma isolada, mas estar apoiada por estratégias educativas adequadas ao sujeito surdo.
Palavras-chave: Alfabetização, Recurso Tecnológico, Surdo, Libras
BIBLIOGRAFIA SOUZA, S. E. O uso de recursos didáticos no ensino escolar. In: I ENCONTRO DE PESQUISA EM EDUCAÇAO, IV JORNADA DE PRÁTICA DE ENSINO, XIII SEMANA DE PEDAGOGIA DA UEM: “INFANCIA E PRATICAS EDUCATIVAS”. Maringá,PR,1996.Disponívelem<http://www.pec.uem.br/pecuem/revistas/arqmudi/volu me11/suplemento02/artigos/019pdf> Acesso em: 10 abr. 2018.
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MATERIAL DIDÁTICO PARA ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA SURDOS: ESTRATÉGIAS E RECURSOS Glênia Aguiar Belarmino da Silva Sessa1 Julie Oliveira da Silva2 Mariana Fourquet Bandeira Camacho3 Sabrina de Andrade Toledo4 RESUMO: Neste artigo relata-se a experiência do GRUPO DE EXTENSÃO ESTUDOS SOBRE BILINGUISMO: ELABORAÇÃO DE MATERIAIS PARA ENSINO DE PORTUGUÊS PARA ALUNOS SURDOS, atuante na UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, mais especificamente, a abordagem, as estratégias e os recursos utilizados para a confecção dos primeiros volumes do material. A produção desses mecanismos didáticos tem por objetivo estimular o discente a perceber aspectos que facilitem o seu entendimento de textos em Língua Portuguesa (LP) escrita, utilizando-se daquilo que é sugerido pelos PCN’s e acrescentando estratégias visuais, entendidas como essenciais para esse público, devido à característica viso-espacial da Libras, língua utilizada por surdos brasileiros. Assim, o material didático é construído pensando em LP como segunda língua, com vistas ao reconhecimento de elementos característicos do português e do gênero abordado, à reflexão e à compreensão sobre esse gênero e sobre assuntos variados que circulam no cotidiano e no âmbito da cultura surda e da produção textual. Para tanto, utilizam-se como norteadores os estudos de Soares Basso (2012) e de Fialho Capellini (2012) sobre a acessibilidade comunicacional, utilizando a língua de Línguas de Sinais em classe de alfabetização, de Manosso Streiechen (2014) e KrauseLemke (2014) sobre o processo de aquisição da escrita de alunos surdos e de Souza Ferraz (2014) sobre os desafios e as necessidades educacionais para a inclusão de alunos surdos em sala de aula. Os resultados parciais obtidos através da análise do primeiro volume do 1
UERJ, docente responsável (coordenadora do projeto); SENAC-RJ, docente de Libras. E-mail: glenia.aguiar@yahoo.com.br. 2 UERJ, discente do curso de Letras. E-mail: julie.osrj@gmail.com. 3 UERJ, discente do curso de Letras. E-mail: mar.fourquet@gmail.com. 4 UERJ, discente do curso de Letras. E-mail: sabrina_a.t@hotmail.com.
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material didático, a partir do embasamento teórico que aborda a temática, apontam para um maior entrosamento do aluno surdo com a Língua Portuguesa e a Literatura por sua estratégia visual e dinâmica. Assim, esse aluno poderá criar estratégias para entender os mecanismos da segunda língua (LP) através de sua cultura, tendo como base a sua primeira língua (Libras), gerando, assim, uma identificação como sujeito surdo. Dessa forma, espera-se que o discente possa contrastar e diferenciar as duas línguas, compreendendo que nenhuma se sobrepõe à outra, pelo contrário, podem se somar possibilitando novas experiências e concepções. Palavras-chave: Aquisição de Linguagem; Língua Portuguesa; Libras; Material didático.
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FILOSOFIA SOCIOINTERACIONISTA: INCLUSÃO E DIFUSÃO DA LÍNGUA DE SINAIS Kelvin Paulo Bezerra de Sousa1 Gildete da Silva Amorim2 RESUMO: Através do estudo aprofundado do livro “Aprendendo a LIBRAS e reconhecendo as diferenças: um olhar reflexivo sobre a inclusão” de Luiz Albérico Falcão, que por sua vez é influenciado pela filosofia sociointeracionista de Lev Semenovich Vygotsky, sobre os problemas, a difusão e inclusão da educação dos surdos na sociedade brasileira, esta pesquisa visa a compreensão e solução do “por quê” que os surdos ainda não estão inseridos em nosso corpo social. O surdo de forma inadequada desenvolve seu ser, e se esquiva de alternativas e possibilidades de autonomia e de inserção no mercado de trabalho por perceber que o mundo não atenta para suas necessidades específicas educacionais individuais. Apesar de a Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS estar oficializada no país hà mais de uma década, através da Lei 10.436 Decreto 5626 do ano de 2005, não notamos ainda a inclusão dessa minoria na comunidade social, com o saber escolar acrítico e sem reflexão que trabalha o “quando” e “onde” e não o “como” e “porque” das causas, efeitos nem as consequências multidimensionais e multifatoriais determinantes da aprendizagem, a partir da contextualização e estimulação compensatória sensorial cerebral (Falcão, 2007). As pessoas surdas usam a língua vísuo-espacial para se comunicarem e não oral-auditiva, comum para a maioria da população, assim carregam o estigma de “portadores de deficiência auditiva” ou “DA”. Entretanto a falta de conhecimento, de como lidar com a comunicação e com a educação dos surdos por parte da sociedade, das famílias e dos profissionais que atuam nas instituições educacionais, acarreta um atraso de desenvolvimento cognitivo dos surdos e, em cadeia, possibilita a defasagem escolar. Grosso modo, é como se a “deficiência” da pessoa surda fosse fabricada pela deficiência da sociedade em não saber estimular, sensibilizar, comunicar, relacionar e educar num contexto de construção e respeito necessário à vida em comunidade. “O homem dialoga com a realidade por meio da linguagem, sendo ambos, homem e linguagem, partes de NUEDIS – Núcleo de Estudos em Diversidade e Inclusão de Surdos Website: http://nuedisuff.wixsite.com/nuedis
um mesmo processo dialético” (Bakhtin, 1997). A filosofia sociointeracionista atenta para uma metodologia de ensino das pessoas com especificidades e limitação de percepção pelo canal audio-comunicacional, total e parcial. Ela foca mais ainda à contribuir na compreensão e aprendizagem da LIBRAS pelos ouvintes, que são maioria na sociedade, para que no futuro seja melhor quantitativa e qualitativamente o ensino e a aprendizagem dos surdos nas diversas áreas do conhecimento e do viver de cada. Desta forma, esse trabalho é uma ferramenta de construção de um viés metodológico que visa uma prática pedagógica no todo, atendendo às especificidades de cada, surdo e ouvinte, buscando uma educação pedagógica específica visual, espacial e mais significativa para os surdos e uma educação de LIBRAS para toda a população brasileira para que lá na frente a Língua de Sinais se aperfeiçoe em todas as áreas do saber e as pessoas surdas sejam realmente inclusas em nossa sociedade.
Palavras-chave: Inclusão, Educação, Filosofia Sociointeracionista, Prática pedagógica.
BIBLIOGRAFIA
* FALCÃO, Luiz Albérico. - Aprendendo a LIBRAS e reconhecendo as diferenças: um olhar reflexivo sobre a inclusão.2007. * VYGOTSKY, Lev Semenovich. - Pensamento e Linguagem. Ed:Ridendo Castigat Mores, 2001. * BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação. Decreto Nº 5.626, 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei Nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Ministério da Educação. Secretaria de Educação. Lei 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS e dá outras providências. * BAKHTIN, Michael. Marxismo e filosofia da linguagem.10.ed. São Paulo: Huditec, 1997. 1
Graduação em Filosofia, Bacharel – UFF, kelvinlider1@gmail.com
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Docente de LIBRAS – UFF, gildeteamorin@yahoo.com.br
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ELABORAÇÃO DE MATERIAL EM PROPOSTA BILÍNGUE PARA SURDOS: UMA EXPERIÊNCIA EXTENSIONISTA Angela Baalbaki1 Aline França dos Santos2 Gabrielli Afonso Serafim3 RESUMO: O presente trabalho, resultado do projeto de Extensão “Recursos e materiais para o ensino de português para alunos surdos”, desenvolvido na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), busca desenvolver estratégias e ações que possam atender às especificidades do aluno surdo no que diz respeito ao ensino de Língua Portuguesa como Segunda Língua, por meio de elaboração de materiais que abarquem as necessidades desse alunado. Para tal, buscou-se a adaptação do currículo de Língua Portuguesa do 6º e 7º anos do Ensino Fundamental. Tomando como ponto de partida alguns gêneros textuais (por exemplo, bilhete e mensagem instantânea, história em quadrinhos e tirinhas, contos de fadas, poema, cordel, canção, entrevista, carta, entre outros) foram selecionados os tópicos considerados relevantes para a elaboração de atividades que contemplassem tantos aspectos da composição do gênero textual quanto aspectos da sistematização linguística. A proposta, baseada em uma metodologia bilíngue, busca enfatizar particularidades viso-gestuais, utilizando, assim, recursos de imagens e vídeos em Libras que pudessem participar do processo de ensino-aprendizagem língua portuguesa na modalidade escrita pelo aluno surdo. Para que os resultados fossem alcançados, foi necessário o contato com pesquisas na área da educação bilíngue para surdos e com metodologias visuais com o objetivo de aplicá-las no cotidiano escolar, considerando a importância da inserção do modus vivendi (PERLIN, 2002) do surdo ao seu processo de ensino-aprendizagem, a fim de instrumentalizá-los em situações que irão requerer competências e habilidades relativas ao ler e escrever oriundas de diversas esferas sociais,
1
UERJ, docente responsável. E-mail: angelabaalbaki@hotmail.com. UERJ, discente do curso de Letras. E-mail: alinefranca1989@gmail.com. 3 UERJ, graduação em Letras. E-mail: gabrielliserafim@gmail.com. 2
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buscando, assim, a efetiva inserção do sujeito surdo da sociedade letrada. Visitas ao Instituto Nacional de Educação de Surdos foram realizadas ao longo do processo de elaboração do material didático. Assim, como avaliação técnica realizada por professores de Língua Portuguesa do referido instituto. O resultado alcançado foi a produção de dois volumes de um livro destinado ao ensino de Língua Portuguesa escrita em uma perspectiva bilíngue. Referências: PERLIN, G. História dos Surdos. Florianópolis: UDESC/CEAD, 2002.
Palavras-chave: material didático, Língua Portuguesa escrita, proposta bilíngue.
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SESSÃO 04/ TURMA A4
UMA PSICÓLOGA APRENDENDO LIBRAS
Ingrid Moura Barroso Rodrigues¹
RESUMO: Trata-se de um relato de experiência, cujo objetivo é descrever a utilização da Língua Brasileira de Sinais (Libras) no atendimento psicológico, a fim de apresentar sobre como se constrói a relação entre psicólogo ouvinte com o mundo da Surdez, levantando as dificuldades/facilidades encontradas nessa interlocução e focalizando o processo de entrada deste em contato/conflito com a Língua de Sinais e sua prática no ambiente terapêutico. Este trabalho tem por objetivo apresentar e discutir a atuação de uma psicóloga no atendimento nesta modalidade, dentro da Psicologia Clínica, que é oferecido à Comunidade Surda, usuária da Língua. O psicólogo tem papel primordial no atendimento deste público, tendo como responsabilidade procurar compreender e esclarecer como os mesmos se estruturam e vivenciam. “O enfoque está então na subjetividade, na singularidade do sujeito” (FREUD,1987). Dessa forma, ao passo que se busca compreender o desenvolvimento do surdo, em sua família, muitas questões podem ser aclaradas e vir a contribuir para relações mais saudáveis nos relacionamentos interpessoais como um todo, pois como explica Gesser (2012), a maioria dos surdos nasce em lares ouvintes, e a relação é cheia de conflitos, permeadas por frustrações, impotência e desgosto mútuo. Falta comunicação! Vale ressaltar que um bom conhecimento e convivência com comunidade surda são requisitos necessários para o bom desempenho do profissional, mas não deve parar por aí; o psicólogo deve estar em constante reciclagem, buscar aperfeiçoamento acadêmico, fazer cursos, sempre que possível participar de congressos e eventos com temas relevantes ao meio que está inserido. Porém, “dominar sinais e as formas de apresentar e sinalizar determinados conteúdos é de suma importância” (GESSER, 2012). “Freud nunca deixou de insitir que um domínio apropriado do assunto só poderia ser adquirido pela experiência clínica e não pelos livros”
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(RAPPAPORT, HASSAN, MOLLOY,1992). Para tal, utilizou-se o referencial psicanalítico, equiparando-o com outras abordagens. A partir da revisão teórica, e das orientações nas supervisões, discutiu-se propostas de atendimento e as implicações desta na vida dos usuários, enriquecendo a prática profissional do psicólogo aprendiz do idioma. No caso relatado, identificam-se benefícios que esta prática trouxe a vida da profissional de psicologia, e destacou-se a importância de se oferecer esse suporte à comunidade, assim como um tratamento prolongado em casos de maior agravamento. É esperado que tais saberes possam contribuir para outros profissionais e pesquisadores da área, ampliando o efeito da sua experiência como potencial exemplo para outros estudos e vivências.
Palavras-chave: Libras, aprendizado, psicologia, psicanálise.
¹Psicóloga
Clínica,
pós-graduanda
em
Tradução/Interpretação
e
Docência
em
Libras
ingridmoura_psicologia@yahoo.com.br
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–UNÍNTESE,
O ENSINO DE LITERATURA PARA SURDOS COM FOCO NO GÊNERO LITERÁRIO CONTOS DE FADAS Eduarda Aguiar Rezende¹ Samara Coelho Barros² Gildete da Silva Amorim³
RESUMO: A língua é o meio interacional o qual um indivíduo se comunica com as pessoas à sua volta e sua comunidade. Portanto, a comunicação é a base da vida humana em sociedade. A linguagem é ideal para a transmissão de conceitos e sentimentos, consistindo na clara evidência da inteligência humana. A LIBRAS - língua de sinais brasileira- é a língua pela qual as pessoas surdas se comunicam, não só com outros surdos, mas também com ouvintes que tenham conhecimento da língua de sinais. A Lei Federal 10.436, regulamentada em abril de 2002, reconheceu esta como a língua oficial das comunidades brasileiras de surdos, enquanto o Decreto Federal 5.626, de 22 de dezembro de 2005 regularizou o documento. Desde então, o ensino para surdos teve grandes avanços, porém ainda há muito o que ser trabalhado para que estes se sintam inseridos em uma sociedade inclusiva. A literatura surda se expressa por meio de histórias contadas através de sinais, sendo esta um importante meio de inclusão social para a comunidade surda, uma vez que leva à valorização de sua cultura e identidade. O gênero literário contos de fadas, voltado para o ensino de crianças surdas, é um instrumento fundamental de comunicação que instiga a criança a descobrir, incentivar e estimular seu imaginário, encorajando a construção do novo e a manifestação do seu pensamento, por meio de aspectos individualizados. Os contos de fadas ajudam as crianças a lidar com os seus problemas do dia-a-dia, como desentendimento entre colegas, ciúme, medo, raiva, entre outros. A criança, ouvinte ou surda, tende a se identificar com os personagens das histórias e acabam levando as experiências destes para a vida real. Desta forma, o ensino
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de literatura torna-se mais atraente para o aluno que faz uso da língua de sinais, aproximando-o de sua realidade comunicativa e, assim, facilitando-lhe o entendimento.
Palavras-chave: ensino, literatura, contos de fadas
REFERÊNCIAS http://diversa.org.br/artigos/perspectivas-na-educacao-do-surdo/ http://www.associacaocrianca.org.br/espaco-crianca-familia/a-importancia-dos-contosde-fadas.aspx http://internas.netname.com.br/arquivos/telesala/Oficina_Contos_de_fadas_em_LIBRA S_29_10_11-EI.pdf http://eraumavezuem.blogspot.com/2012/09/contos-de-fadas-e-escrita-de-sinaisuma.html
_____________________________ ¹Discente de Letras-Inglês - UFF, eduardaaguiar@id.uff.br ²Discente de Letras-Espanhol - UFF, samarabarros03@gmail.com
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ESCRITA E LEITURA: LÍNGUA DE SINAIS COMO A CHAVE PARA O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA ESCRITA AO SURDO Glauciene Batista de Barros1 Lucas Umbelino da Silva Mello2 Gildete da Silva Amorim Mendes Francisco3
RESUMO: A partir dos primeiros contatos com a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e a cultura surda foi notório a dificuldade que os surdos apresentam em relação ao texto escrito. Com isto, foi despertado uma inquietação de saber sobre como é o ensino de Língua Portuguesa (LP), na modalidade escrita, no ensino básico das escolas brasileiras. Por lei está previsto a inclusão deste aluno surdo neste meio, e também, um ensino bilíngue para esse aluno, entretanto, não há mudanças no cenário escolar que favoreça a prática. Com esta proposição em mente, o objetivo deste trabalho é analisar, discutir e refletir como tem sido o aprendizado e letramento do surdo em LP no ensino básico das escolas brasileiras, por exemplo, o que há de recursos e estudos pensados para esta atividade. Para isto, foram utilizados dados de pesquisas e referenciais teóricos, enfatizando o papel da Língua Brasileira de Sinais e do seu aspecto visual e espacial na aquisição da Língua Portuguesa para a criança surda por meio da exposição e prática da leitura e da escrita. Os resultados deste trabalho demonstram a existência de métodos em prol do letramento em Língua Portuguesa escrita e a necessidade de avaliações diferenciadas da produção escrita do surdo, de modo que a Língua Portuguesa seja tratada como segunda língua e haja respeito à Língua Brasileira de Sinais como língua materna e ao conhecimento de mundo que é construído por esta língua. Diante disso, a falta de
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Aluna de graduação de Letras Português/Inglês, do Instituto de Letras da Universidade Federal Fluminense (UFF). E-mail: glauciene_barros@id.uff.br. 2
Aluno de graduação de Letras Português/Literatura, do Instituto de Letras da Universidade Federal Fluminense (UFF). E-mail: lucasumbelino@id.uff.br. 3
Docente de Libras da Universidade Federal Fluminense (UFF) e orientadora do trabalho. E-mail: gildeteamorin@yahoo.com.br.
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preparo da escola e da sociedade para receber a pessoa surda em seu círculo social tornase visível, o que mostra uma desvantagem inicial do surdo para o ouvinte. O aprendizado de Língua Portuguesa escrita para o surdo e de Língua Brasileira de Sinais para o ouvinte ajuda na diminuição de distâncias entre as pessoas, promulgando uma sociedade mais igualitária dentro da diferença. Palavras-chave: ensino, escrita, surdo.
REFERÊNCIAS
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BASSO, Sabrina Pereira Soares; CAPELLINI, Vera Lúcia Messias Fialho. Material Didático para Alunos Surdos: A Literatura Infantil em Libras. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”; UNESP/Bauru, Brasil, outubro de 2015. 22f. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/282506687_Material_didatico_para_alunos_s urdos_A_literatura_Infantil_em_Libras Acessado em: 17 de maio de 2018.
FERNANDES, Sueli. Avaliação em língua portuguesa para alunos surdos: algumas considerações. In SEED/SUED/DEE, Curitiba, v. 10, p. 11, 2006. Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/janeiro2013/otp_artigos/sueli_fe rnandes.pdf. Acessado em 23 de maio de 2018.
FERNANDES, Sueli. Letramento na educação bilíngue para surdos: caminhos para a prática pedagógica. In A língua portuguesa no mundo. São Paulo: FFLCH, p. 1-30, 2008. Disponível em: http://dlcv.fflch.usp.br/sites/dlcv.fflch.usp.br/files/06_16.pdf. Acessado em 23 de maio de 2018. KALATAI, Patricia; STREIECHEN, Eliziane Manosso; As Principais Metodologias utilizadas na educação dos Surdos no Brasil. vol. 2, num. 2, abril 2017. 15f. VI
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Congresso Latino-americano de Formação de Professores de Línguas. Disponível em: http://www.proceedings.blucher.com.br/article-details/elaborao-de-material-didtico-delngua-portuguesa-como-l2-para-alunos-surdos-do-curso-de-pedagogia-desafios-epossibilidades-25468 Acessado em: 17 de maio de 2018.
MARINHO, Mariana Schwantes. Recursos para a elaboração de material didático no ensino de Língua Portuguesa para alunos surdos: uma proposta curricular UERJ/FAPERJ, 14f. Disponível em: http://pdf.blucher.com.br.s3-sa-east1.amazonaws.com/educationproceedings/clafpl2016/008.pdf Acessado em: 17 de maio de 2018.
MORAIS, Fernanda Beatriz Caricari de; CRUZ, Osilene Maria de Sá e Silva da; Elaboração de Material Didático de Língua Portuguesa como L2 para Alunos Surdos do Curso de Pedagogia: Desafios e Possibilidade. Trabalho apresentado em: VI CLAFPL – CONGRESSO LATINO-AMERICANO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE LÍNGUAS. Universidade Estadual de Londrina, outubro de 2016. 12f. Disponível em: http://pdf.blucher.com.br.s3-sa-east1.amazonaws.com/educationproceedings/clafpl2016/008.pdf Acessado em: 17 de maio de 2018. PEREIRA, Maria Cristina da Cunha. O ensino de português como segunda língua para surdos: princípios teóricos e metodológicos. In Educar em Revista, Curitiba, n. Especial 2, p. 143-157, 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/er/nspe-2/11.pdf. Acessado em 23 de maio de 2018.
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VALADÃO, Michelle Nave; MENDONÇA, Ana Claudia Vieira; SILVA, Fabiana de Souza; CARMO, Amanda Juliana do; Ensino-aprendizagem e metodologias de ensino de Língua Portuguesa para Surdos na Perspectiva da Educação Inclusiva. In. Revista Letras & Línguas, v. 17, n. 35, p. 163-186, 2016. Disponível em: http://erevista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/11642/10636 Acessado em: 17 de maio de 2018
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SESSÃO 05/ TURMA E5
(DES)INCLUSÃO NA PMERJ: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO SOBRE O ATENDIMENTO POLICIAL MILITAR DE SURDOS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Ítalo do Couto Ferreira1 Gildete da Silva Amorim2 RESUMO: De acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2010, existem 9,7 milhões de surdos residentes no Brasil. A Lei n.º 13.146/2015, Lei Brasileira de Inclusão de Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), assegura e promove condições de igualdade, o exercício de direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando a inclusão social e a cidadania deste. A supracitada lei considera discriminação a recusa de adaptações razoáveis e de fornecimento de tecnologias assistivas, além de atribuir ao Estado o dever de assegurar os direitos fundamentais das pessoas com deficiência. A referida lei ainda determina que os órgãos de segurança pública capacitem os seus servidores a fim de assegurarem o acesso de pessoas com deficiência ao sistema de justiça criminal, garantindo, quando solicitado, adaptações razoáveis e fornecimento de tecnologias assistivas. Nesse contexto, a pesquisa objetivou analisar as condições de atendimento a surdos pela Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), e responder à questão: A PMERJ cumpre os dispositivos legais no atendimento de surdos? Foi utilizado o método qualitativo de pesquisa, na qual o trabalho de campo foi realizado na PMERJ, e a coleta de dados se deu por meio: da “participação observante”, da pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, e pesquisa histórico-organizacional. Foi investigado se os policiais militares são instruídos em Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) em seus cursos formação e se o serviço emergencial de atendimento da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, mediante o número 190, conta com a tecnologia de Short Message Service (SMS) para atendimento de surdos. Como resultado da pesquisa, constatou-se que a PMERJ não cumpre os dispositivos legais de inclusão e acessibilidade relativo a surdos, uma vez que não instrui seus policiais militares em LIBRAS em suas formações e não 1 2
Discente de graduação em Administração – UFF, italoferreira@id.uff.br Docente de Libras – UFF, gildeteamorin@yahoo.com.br
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possui tecnologia SMS de atendimento de emergência através do número 190. Concluiuse que, como os recursos públicos não são aplicados de acordo com os preceitos legais na Polícia Militar do Estado do rio de janeiro, é preciso melhorar a gestão e a fiscalização por parte das autoridades e órgãos competentes.
Palavras-chave: Inclusão, Acessibilidade, Surdo, Polícia Militar, Emergência.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 13.146, de 6 de Julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília: Presidência da República, 2015. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato20152018/2015/lei/l13146.htm>. Acesso em: 22 de mai. de 2018.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo 2010. 2010. Disponível em: <https://censo2010.ibge.gov.br/>. Acesso em: 22 de Mai. de 2018.
SESEG. Secretaria de Estado de Segurança. Banco de Talentos. Disponível em: < https://bancodetalentos.seseg.rj.gov.br/>. Acesso em: 22 de mai. de 2018.
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A LITERATURA SURDA COMO FERRAMENTA PARA FORMAÇÃO DE IDENTIDADE Brendo Vasconcellos de Faria1 Melissa Solórzano Guterres2 Gildete da Silva Amorim3 RESUMO: O presente trabalho apresenta informações acerca da Literatura Surda e de sua importância como meio de compreensão da Cultura Surda. É importante destacar que, no Brasil, o desenvolvimento dessas obras literárias só foi possível devido à evolução das tecnologias e, principalmente, ao reconhecimento da Libras, conforme consta na Lei Federal 10.436, de 2002, posteriormente oficializada no Diário Oficial pelo Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005, que a regulamenta. Visamos analisar a importância da existência de expressões artístico-literárias, cujo tema central é a Cultura Surda, e discutir a utilização destas no ambiente escolar como forma de autorreconhecimento por parte de Surdos e conscientização por parte dos ouvintes. Procuramos explorar livros de literatura infanto-juvenil – Cinderela Surda (HESSEL; ROSA; KARNOPP, 2.ed 2007), Rapunzel Surda (SILVEIRA; ROSA; KARNOPP, 2003) e Patinho Surdo (ROSA; KARNOPP, 2005) – inseridos, como define Karnopp (2006), na Literatura Surda, ou seja, textos literários que contêm a língua de sinais, a(s) identidade(s) e a cultura surda como elementos fundamentais para a construção da narrativa. Nessa perspectiva, entendemos que a arte funcionará como instrumento de inquietação: ao abordar elementos que estão à margem do erudito, as obras de arte influenciarão diretamente no processo de desautomatização do indivíduo. Com isso, a fim de que o sujeito surdo possa estabelecer sua(s) identidade(s) surda(s) e ter acesso à informação, cultura e conhecimento, como apontam Perlin e Strobel (2014), é fundamental que se crie uma ligação com a sua comunidade e, principalmente, com a língua em comum: a Língua de Sinais. É nesse
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Graduando em Letras Literaturas pela Universidade Federal Fluminense. E-mail: brendovfaria@yahoo.com.br 2 Graduanda em Letras Espanhol pela Universidade Federal Fluminense. E-mail: melissa.guterres@yahoo.com.br 3 Profª de Libras pela Universidade Federal Fluminense. E-mail: gildeteamorin@yahoo.com.br
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aspecto que a Literatura Surda, que pode ser digital ou impressa, tem a capacidade de promover referência e aproximação destes sujeitos, uma vez que, seja pela experiência visual – SignWriting ou vídeo-livros em Língua de Sinais – seja pela língua escrita, põese em discussão princípios como a compreensão da surdez, as experiências e memórias vividas por várias gerações de comunidades surdas, a realidade pela qual passam no seu cotidiano – como suas dificuldades, vitórias e atuações. Assim, a partir da análise crítica dos textos literários, observamos ser de fundamental relevância, em um contexto socioeducacional, pensar e contar com a presença dessas produções literárias que abordarão o reconhecimento, a aceitação, o pertencimento, a identidade e a Língua de Sinais. Com isso, observamos que a Literatura Surda tem a capacidade de dialogar com 1) os Surdos, pois as narrativas têm como objetivo a apresentação de elementos da sua cultura, a fim de instigar no leitor a associação com uma realidade próxima da sua, inserindo-o dentro de uma comunidade singular que irá promover novas experiências de relação, comunicação, aprendizado e, sobretudo, vivência; 2) os ouvintes, podendo ser compreendida como uma forma de adquirir conhecimento, informação e conscientização – promovendo sensibilização e empatia – ao passo que apresenta uma realidade muitas vezes completamente esquecida e negligenciada por eles.
Palavras-chave: Libras, Literatura Surda, Identidade Surda, Cultura Surda.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BRASIL. Decreto Nº 5.626. Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras, e o art. 18 da Lei nº 10.098 de 19 de dezembro de 2000. Publicada no Diário Oficial da União em 22/12/2005. KARNOPP, Lodenir Becker. Produções culturais de surdos: análise da literatura surda. Cadernos de Educação FaE/PPGE/UFPel Pelotas [36]: 155 - 174, maio/agosto 2010. _________. Literatura Surda. EDT. Educação Temática Digital, v. 7, p. 2, 2006. HESSEL, Carolina; ROSA, Fabiano; KARNOPP, Lodenir Becker. Cinderela Surda. 2 2.ed. Canoas: Ed. ULBRA, 2007. PERLIN, G.; STROBEL, K. História cultural dos surdos: desafio contemporâneo. Educar em Revista, Curitiba, Brasil, Edição Especial n. 2/2014, p. 17-31. Editora UFPR. SILVEIRA, Carolina Hessel; ROSA, Fabiano; KARNOPP, Lodenir Becker. Rapunzel Surda. Canoas: Ed. ULBRA, 2003. ROSA, Fabiano; KARNOPP, Lodenir. Patinho Surdo. Canoas: Ed. ULBRA, 2005.
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Parte III Resumo Pôster Eletrônico
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SESSÃO 01 / PUBLICO EXTERNO E TURMA B3
ENTRE O SILÊNCIO E A VISIBILIDADE: AS INTERAÇÕES DOS SURDOS COM A CIDADE DE RIO BONITO/RJ Autores: Thereza Cristina Emerick de Albernaz Crespo 1 Prof.ª orientadora Ludmila Veiga Faria Franco 2 Prof. coorientador Marcelo Gomes da Silva 3
RESUMO: O presente trabalho é uma pesquisa ainda em andamento e pretende discorrer sobre como o surdo ocupa a cidade, buscando a reflexão do sujeito surdo sobre ela como um espaço de memória e de relações de pertencimento, de vestígios e de lutas, de formação, de cultura, desvelando uma educação que está para além dos muros da escola (FERNANDES, 2009). Entende-se o sujeito surdo como aquele que é cidadão e faz parte de todos os processos histórico-culturais e que é produtor de sua cultura; e a cidade como o palco de lutas da comunidade surda e de choques entre as culturas. A cultura é algo que o ser humano pode conquistar, isto é, é algo aprendido e que não pode se realizar sozinho, mas em comunidade (GOMES, 2007, p. 4-5). Assim, o trabalho propõe um passeio e uma pesquisa quantitativa e qualitativa com um grupo de surdos com o objetivo de conhecer a história da cidade de Rio Bonito; bem como a história da comunidade surda, da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e o lugar que ocupam dentro da cidade, difundindo atos de cidadania, respeito, inclusão e compreensão da pluralidade da cultura surda, definindo o seu conceito. Dessa forma, a partir da interação dos surdos, observada no passeio, será possível observar como eles ocupam o espaço dessa cidade. Para isso, o texto dialoga com as autoras Emiliana F. Rosa (2011) e Maura Corcini Lopes (2011), que tratam da história e da educação de surdos bem como das perspectivas atuais da inclusão. Da mesma forma, dialoga com os autores Renata Sieiro Fernandes (2009) e Moacir Gadotti (2007) sobre a educação que acontece fora do espaço escolar e da importância da valorização do
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Graduanda em Pedagogia pela Universidade Federal Fluminense (UFF). E-mail: <thereza_emerick@id.uff.br>. 2 M.ª em Diversidade e Inclusão da UFF, Tradutora/Intérprete de LIBRAS/UFF e Prof.ª Assistente de LIBRAS da UFF de Campos dos Goytacazes. E-mail: <ludmilaveiga@id.uff.br>. 3 Graduado em História pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), M. em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Doutorando em Educação pela UFF e Prof. da Faculdade Virginia Bicchieri (FABEL). E-mail: <marcelogomes.dasilva@yahoo.com.br>.
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espaço da cidade. Além disso, dialoga com Ana Maria R. Gomes (2007) sobre o conceito de cultura. Com relação a história da cidade, busca-se dados de fontes do IBGE, da Agenda 21 da cidade e de visitas aos pontos históricos e turísticos, além de conversa e pesquisa com pessoas da comunidade. Portanto, o trabalho dará importância a compreensão, sensibilização e valorização do “outro”, no caso o sujeito surdo, e sua cultura.
Palavras-chave: O surdo e a cidade; Comunidade surda; História dos surdos; Educação de surdos.
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INFOGRÁFICOS NA CONSTRUÇÃO DE MATERIAL DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DA SAÚDE: MEDIDAS PREVENTIVAS PARA HIPERTENSÃO Jessica Santos de Souza Leal 1 Tatiane Militão de Sá 2
RESUMO: Introdução: Segundo dados do IBGE (2010), os surdos correspondem atualmente a cerca de 5% da população brasileira, e apesar dos avanços, como o decreto 5.626/05 que prevê a garantia de atendimento e tratamento de saúde adequado aos surdos, pelas instituições de assistência à saúde, estes ainda enfrentam dificuldades de acesso. A Sociedade Brasileira de Hipertensão (2018), afirma que a hipertensão é uma das doenças crônicas não transmissíveis que mais afeta a população, desta forma é necessário o desenvolvimento de estratégias que viabilize o acesso das informações preventivas a todos os usuários, como forma de promover a assistência e auxiliar no desenvolvimento das práticas de autocuidado. Objetivo: desenvolver proposta de material de divulgação científica sobre hipertensão utilizando como ferramenta de construção o infográfico. Materiais e métodos: Este trabalho se baseia no estudo de Correa, Gomes e Ribeiro (2017) sobre a utilização de infográficos na acessibilidade e democratização das informações para o público surdo. Além da utilização de materiais, como Sociedade Brasileira de Hipertensão (2018), que fornecessem informações sobre a temática, colaborando para a construção do material proposto. Resultados: Segundo Correa, Gomes e Ribeiro (2017), os infográficos há muito tempo são utilizados para a educação de pessoas surdas devido a sua característica que é o uso de imagens associadas à textos claros, curtos e objetivos. A sua utilização na saúde torna-se relevante, já que se trata de uma ferramenta de acessibilidade aos surdos. Através deste material de divulgação acessível é possível informar de forma eficaz a população surda como prevenir o
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Acadêmica de Enfermagem, discente da disciplina Libras– UFF,jessicaleal@id.uff.br Docente orientador de Libras I – UFF,tatimili2@yahoo.com.br
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acometimento desta enfermidade e seus possíveis agravos. É neste contexto que a utilização de materiais de divulgação utilizando como ferramenta o infográfico torna-se uma estratégia, sendo utilizado como instrumento de acessibilidade, já que é um recurso extremamente visual associado a textos claros, curtos e objetivos, permitindo desta forma maior compreensão das informações expostas. Conclusão: Consideramos que a utilização de ferramentas como os infográficos na divulgação cientifica na área de saúde permite desconstrução de barreiras que impedem o ingresso da população surda, eliminando as iniquidades, possibilitando melhor qualidade de vida a esses indivíduos e principalmente promovendo à acessibilidade à serviços e práticas de saúde de qualidade.
Palavras-chave: Assistência de Saúde, Comunicação, Surdez, Acessibilidade.
Referências Bibliográficas: 1. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação. Decreto Nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta Lei Nº 10.436, de 24 de abril de 2002. 2. CORREA, Ygor; GOMES, Rafael Peduzzi; RIBEIRO, Vinícius Gadis. Infografia e acessibilidade: a democratização da informação para o público surdo. Human Factors In Design, v. 6, n. 12, p.28-45, 12 dez. 2017. Universidade do Estado de Santa Catarina. 3. SOCIEDADE
BRASILEIRA
DE
HIPERTENSÃO. O
que
é
hipertensão. Disponível em: <http://www.sbh.org.br>. Acesso em: 5 de maio 2018. 4. IBGE. Pesquisa Nacional de Saúde. Hipertensão, problemas na coluna e colesterol alto estão entre as prevalências no País, segundo pesquisa feita pelo Ministério da Saúde e IBGE. 2014. Disponível em: Acesso em: 4 de maio 2018. 5. IBGE. Censo Demográfico 2010 – Características Gerais da População.
Disponível: <https://censo2010.ibge.gov.br>. Acesso em: 10 de maio 2018.
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JOGO DIGITAL COMO PROPOSTA DE ENSINO DIDATICO EM BIOLOGIA Jessica do Prado Valeriano1 Tatiane Militão de Sá2 RESUMO: Introdução: O presente trabalho descreve um método lúdico para o ensino da mitose, uma fase do ciclo celular que ocorre nas células somáticas do corpo humano. Na mitose ocorre a duplicação celular através de basicamente 4 fases distintas, cada uma com características bem especificas, onde ao final do processo uma célula duplica todo seu material gerando duas células filhas. Devido a ser algo microscópico e exigir uma certa imaginação por parte do aluno ele pode apresentar uma certa dificuldade, principalmente se aquele é o primeiro contato com o assunto. Ao conversar com estudantes ouvintes fora do curso de Ciências Biológicas foi possível observar dificuldade em saber como a divisão celular ocorre, desde a compreensão do que ela é à diferenciação de suas fases. Mediante a isso surgiu o questionamento de como alunos surdos lidam com esse conteúdo abordado em aula, se os professores conseguem demonstrar o conteúdo de forma clara e inclusiva e se um jogo interativo poderia ajudar a todos no entendimento e fixação da matéria. Objetivo: desenvolver a proposta de um jogo interativo e inclusivo através de imagens para reforçar o conteúdo de mitose. Materiais e métodos: Nosso trabalho se baseia nos estudos de Kasperavicius et. al. (2008) sobre desenvolvimentos de jogos digitais e Campello (2008) sobre pedagogia visual, bem como buscas de livros e artigos nas plataformas CAPES, Scielo que colaboraram com a construção do conteúdo abordado, tais como: Albert et. al. (2017). Resultados: O jogo irá auxiliar no aprendizado do aluno, pois sua construção se dará a partir de valorização visual com imagens e desenhos ligados ao tema para melhor percepção imagética do conteúdo, conforme Campello (2008). Porém para que seja acessível é necessário que aluno possa usar um computador em casa ou na escola. Este pode ser aplicado na própria sala de aula após conteúdo aplicado, poderá ser utilizado como recurso didático na sala de informática da escola ou enviado como atividade para casa. Conclusão: O intento é uma proposta de jogo digital para ensino didático em Biologia que auxilia no reforço de aulas com
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conteúdo de mitose facilitando assim a compreensão dos educandos em ambiente inclusivo.
Palavras-chave: inclusão, jogo digital, biologia
BIBLIOGRAFIA
ALBERTS, BRUCE, et al.; 2017. Biologia Molecular da Célula. 6. Ed. Porto Alegre: ArtMed.
CAMPELLO, ANA REGINA. Pedagogia Visual na Educação de Surdos. Florianópolis, Fevereiro,
2008,
UFSC.
Disponível
em:
<http://www.cultura-sorda.org/wp-
content/uploads/2015/04/Tesis_Souza_Campello_2008b.pdf>. Acesso realizado em 19/05/2018. KASPERAVICIUS, LEONARDO CARLOS COMOTTI; BEZERRA, LUIS NAITO MENDES;
SILVA
LUCIANO;
SILVEIRA,
ISMAR
FRANGO.
Ensino
de
Desenvolvimento de Jogos Digitais Baseado em Metodologias Ágeis: o Projeto Primeira Habilitação. In: Anais do XXVIII Congresso da SBC, 12 a 18 de julho, 2008. Disponível em: <http://www.lbd.dcc.ufmg.br/colecoes/wei/2008/0010.pdf>. Acesso realizado em 19/05/2018.
MONTEGUTI, R. D. V. 2017. Como fazer um jogo educativo no PowerPoint; Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=xzjdzzxB4lg>. Acesso realizado em 19/05/2018.
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PRODUÇÃO DE INFOGRÁFICO SORE INCIDÊNCIA DE CÂNCER NA COMUNIDADE SURDA Thays Nilo de Assis1 Tatiana Militao de Sa2
Introdução: As transformações provocadas pelas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) ampliaram tanto as formas de interações e linguagens, quanto o acesso de diferentes perfis de usuários, valorizando assim uma visão mais heterogênea e abrindo espaço para a inclusão (LAPOLLI et al., 2014). Objetivo: O seguinte estudo tem como objetivo a criação de um infográfico com estimativas de como o câncer poderá afetar a comunidade surda no Brasil, visando acessibilidade. Materiais e métodos: O infográfico foi produzido com a utilização do software PowerPoint 2016 (Microsoft©), com imagens retiradas da ferramenta de pesquisa Google©, tendo em vista a preocupação em utilizar imagens liberadas para utilização e adaptações necessária para manter uma palheta de cores atrativa e harmônica. Buscou-se equilíbrio entre informações escritas e imagens, com o fim de uma maior acessibilidade não linguística, onde as informações poderiam ser compreendidas através das imagens e números conforme Correa et. al (2017). Para tal produção do infográfico nos embasamos em uma estratégia de acessibilidade de informações para uma minoria linguística, na qual se situam os deficientes auditivos. Resultados: Infográficos, como uma TIC, têm se mostrado um recurso chave na linguagem gráfica, combinando imagem e texto para uma elucidação visual de fatos e conteúdos complexos, tornando-os mais atrativos e de melhor entendimento (CORREA et al., 2017). Desta forma, a infográfica pode ser uma forma de acessibilidade a informações que nem sempre estão à disposição da comunidade surda, pois a reconhecida dificuldade na Língua Portuguesa os impede de ter acesso a uma gama de conteúdos midiáticos e educacionais, pois estes não possuem um design que os contemple. A estimativa mundial mostra que, em 2012, ocorreram 14,1 milhões de casos novos de câncer e 8,2 milhões de óbitos, com discreto predomínio do sexo masculino tanto na incidência (53%) quanto na mortalidade (57%). Realizando uma estimativa de
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Discente Libras UFF Orientador do trabalho, professor de Libras
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acordo com os dados dos censos realizados em 2013 e 2018 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Instituto Nacional do câncer (INCA), respectivamente, há uma estimativa de cerca de 148.110 novos casos de câncer no país (INCA, 2018), tendo, nestes 1,1% em pessoas que possuem deficiência auditiva, sendo 1% destes mulheres e 1,2% homens (IBGE, 2013). Portanto, sendo câncer uma das doenças que mais causam mortes no mundo (INCA, 2018), nosso estudo colabora para divulgação de novas ferramentas midiáticas sobre esta patologia que é grande ajuda na disseminação de informação e esclarecimento para os mais diversos indivíduos da população brasileira. Conclusão: Consideramos que a produção de infográfico como uma ferramenta de mídia rica em imagens sobre incidência de câncer na comunidade surda, contribui para disseminação de informação e divulgação científica de modo acessível. Palavras-chave: Deficiência auditiva, câncer, infográfico, surdos. REFERÊNCIAS
INCA.
Estimativa
2018.
2018.
Disponível
em
<http://www.inca.gov.br/estimativa/2018/index.asp>. Acesso realizado em 14/06/2018. IBGE.
Pesquisa
Nacional
de
Saúde.
2013.
Disponível
em
<https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv94522.pdf>. Acesso realizado em 15/06/2018.
Correa, Y., Gomes, R. P., Ribeiro, V. G. Infografia e acessibilidade para o público surdo. 2017. Human Factors in Design, v.6, n.12, p. 28-45.
Lapolli, M., Bleicher, S., Vanzin, T., Ulbricht, V. R. Educação inclusiva na EAD: a infográfica web como proposta para a aprendizagem de surdos. 2014. XI Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância. Florianópolis, SC. Unirede Soluções Corporativas.
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SESSÃO 02/ PUBLICO EXTERNO E TURMA B4
INCLUSÃO DE ACADÊMICOS OUVINTES DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM NA COMUNIDADE SURDA ATRAVÉS DA LIBRAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA DO APRENDIZADO NO AMBIENTE UNIVERSITÁRIO Mariana Salgueiro1 Lucca Silva2 Nathalia Quintella³
RESUMO: De acordo com a Lei 13.146, de 6 de julho de 2015, é assegurada atenção integral à saúde da pessoa com deficiência em todos os níveis de complexidade, por intermédio do SUS, garantindo acesso universal e igualitário. No curso de graduação em Enfermagem do Centro Universitário Serra dos Órgãos (UNIFESO), em Teresópolis, Rio de Janeiro, o discente recebe uma formação humanizada, ética e legal. Tendo em vista todos os aspectos e especificidades da raça humana, assim como as suas diversas fragilidades e deficiências, como a surdez. Desta forma o presente relato de experiência possui como pressuposto a importância de discutir como a inclusão da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) no âmbito acadêmico favorece a capacitação de um profissional apto a prestar atendimento integral, segundo normas éticas e técnicas, a saúde da pessoa com deficiência. A discussão sobre a importância da inclusão da Libras surgiu a partir de um relato de experiência, realizado entre dois acadêmicos e a discente de Libras da instituição. Em seu curso de extensão aos alunos do segundo ano do curso de graduação em enfermagem de 2018, o qual propiciou um olhar crítico e reflexivo acerca das demandas da sociedade para o mercado de trabalho, uma vez que, pessoas com deficiência carecem de informação adequada e acessível, pois ocorre a falta de profissionais qualificados e capacitados. Neste aspecto, compete ao Sistema Único de Saúde (SUS) promover ações de prevenção e promoção de saúde a essa população. No entanto, a conscientização para um melhor serviço a ser ofertado deve iniciar-se na graduação. Diante disso, criou-se um diálogo e uma proposta inicial de avaliação para a Discente de Libras – UNIFESO, marianabraga969@gmail.com Discente de Libras – UNIFESO, luccarufino2010@icloud.com ³ Docente de Libras – UNIFESO, nath_quin@hotmail.com 1 2
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troca informações, onde a docente do curso de extensão em Libras usou a música como método de aprimoramento dos sinais. Facilitando o aprendizado e o entendimento acerca do tema. A inclusão da Libras, evidenciando a acessibilidade, os aspectos históricos e sociais, e a importância desta no âmbito da saúde foi uma oportunidade importante para a reflexão e debate, ampliando o campo de conhecimento sobre esse tema. BRASIL. Palavras – chave: Libras, graduação, inclusão.
REFERÊNCIAS BRASIL. LEI Nº 13.146, DE 06 DE JULHO DE 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 07 jul. 2015. Seção 1, p. 2. Disponível em: http://www.mp.pe.gov.br/mppe/index.php/institucional/caops/caop-defesa-da-cidadania/ acontece-no-caop-defesa-da-cidadania/ultimas-noticias-caop-cidadania/6187-leibrasileira-de-inclusaoescolas-particulares-devem-receber-pessoas-com-deficiencia-semcobrar-adicional. Acesso em: 06/11/17. 10h38
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INCLUSÃO DE LIBRAS NO ACOMPANHAMENTO PRÉ-NATAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA DO APRENDIZADO NO AMBIENTE UNIVERSITÁRIO Lucca Silva1 Mariana Salgueiro2 Nathalia Quintella³
RESUMO: De acordo com a Lei 13.146, de 6 de julho de 2015, é assegurada atenção integral à saúde da pessoa com deficiência em todos os níveis de complexidade, por intermédio do SUS, garantido acesso universal e igualitário. Ou seja, aos profissionais que prestam esta assistência, especialmente em serviços de habilitação e de reabilitação, deve ser garantida capacitação inicial e continuada. No curso de graduação em Enfermagem do Centro Universitário Serra dos Órgãos (UNIFESO), em Teresópolis, Rio de Janeiro, o discente recebe uma formação humanizada, ética e legal. Tendo em vista todos os aspectos e especificidades da raça humana, assim como as suas diversas fragilidades e deficiências, como a surdez. Desta forma o presente relato de experiência possui como pressuposto a importância de discutir como a inclusão da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) no âmbito acadêmico favorece a capacitação de um profissional apto a prestar atendimento integral, a saúde da pessoa com deficiência, principalmente no prénatal de baixo risco, o qual deve ser realizado de maneira integral, assegurando o desenvolvimento da gestação, permitindo o parto de um recém-nascido saudável, sem impacto para a saúde materna, inclusive abordando aspectos psicossociais e as atividades educativas e preventivas (BRASIL, 2013). A discussão acerca do assunto surgiu a partir de um relato de experiência, realizada entre dois acadêmicos e a discente de Libras da instituição. Em seu curso de extensão aos alunos do segundo ano do curso de graduação em enfermagem de 2018, o qual propiciou um olhar crítico e reflexivo acerca das demandas da sociedade para o mercado de trabalho, tendo como principal foco a gestante, Discente de Libras – UNIFESO, luccarufino2010@icloud.com ² Discente de Libras – UNIFESO , mariababraga969@gmail.com ³ Docente de Libras – UNIFESO, nath_quin@hotmail.com 1
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uma vez que, se estas pacientes forem surdas, o mercado de trabalho não estará pronto para atendê-las, mesmo que seja instituído pela legislação brasileira. Diante disso, criouse uma proposta inicial de intervenção para a participação de mais acadêmicos no curso de extensão, facilitando o aprendizado e o entendimento acerca do tema. A inclusão da Libras, evidenciando a acessibilidade, os aspectos históricos e sociais , e a importância desta no âmbito da saúde foi uma oportunidade importante para a reflexão e debate, ampliando o campo de conhecimento sobre esse tema. Palavras – chave: Libras, pré-natal, inclusão. REFERÊNCIAS Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – 1. ed. rev. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2013. 318 p.: il. – (Cadernos de Atenção Básica, n° 32) BRASIL. LEI Nº 13.146, DE 06 DE JULHO DE 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 07 jul. 2015. Seção 1, p. 2. Disponível em: http://www.mp.pe.gov.br/mppe/index.php/institucional/caops/caop-defesa-da-cidadania/ acontece-no-caop-defesa-da-cidadania/ultimas-noticias-caop-cidadania/6187-leibrasileira-de-inclusaoescolas-particulares-devem-receber-pessoas-com-deficiencia-semcobrar-adicional. Acesso em: 06/11/17. 10h38
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REPOSITÓRIO DIGITAL HUET: OBJETOS DE APRENDIZAGEM PARA EDUCAÇÃO DE SURDOS Gabriel Oliveira Silva1 Rita de Cássia Duarte2 Tania Chalhub3
RESUMO: Introdução: Com as novas aplicações de tecnologias da informação e comunicação (TIC) em diversos espaços da vida a partir do final do século XX a disseminação dos conhecimentos tornou-se central na sociedade (CHALHUB, 2012). O compartilhamento de informações científicas e culturais possibilitou o aumento e a democratização da comunicação. Neste contexto a disseminação de Objetos de Aprendizagem (OA) no meio digital potencializou o dinamismo do processo educacional e o tornou mais acessível a diferentes grupos, com destaque aos surdos que se comunicam por meio da Libras. Objetos de Aprendizagem podem ser vistos como todo e qualquer recurso que se encontram em um mesmo contexto e se relacionam entre si. Podem ser usados e reutilizados como apoio ao processo de aprendizagem dos surdos em contextos escolares e não escolares. Para criação do Repositório foi realizado levantamento para identificação de materiais utilizados pelos profissionais na prática educacional com alunos surdos, assim como para compreensão de características necessárias para atender à demanda pedagógica numa abordagem bilíngue. O Repositório Huet, criado pelo Instituto Nacional de Educação de Surdos e inaugurado em novembro de 2017 tem por objetivo de agregar e compartilhar objetos para educação de surdos elaborados por profissionais do Instituto e de outras instituições comprometidas com a educação de surdos. Hoje o Repositório conta com quase 500 arquivos digitais distribuídos em quatro comunidades: Acervo Histórico, Áreas do Conhecimento, Diversão e Lazer e Jornalismo. 1
Graduando de Pedagogia, Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES). Bolsista de Iniciação Científica PICINES. E-mail: g98909758@gmail.com 2 Graduanda de Pedagogia, Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES). Participante do Projeto de Pesquisa Repositório e Práxis Pedagógica. E-mail: ritacdp@gmail.com 3 Professora Adjunta, Instituto Nacional de Educação de Surdos. Coordenadora do Repositório Digital Huet. E-mail: chalhubtania@gmail.com
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Tais Comunidades são povoadas com objetos de aprendizagem semanalmente, constituídos, em sua maioria, de vídeos e animações que exploram a visualidade na perspectiva da Pedagogia Visual (CAMPELLO, 2008), na qual há predominância da Libras, a língua utilizada pelos surdos para se comunicar e garantir a esses sujeitos a segurança de um material acessível. Um dos importantes resultados do Repositório tem sido o crescente aumento de acesso ao acervo nos estados brasileiros, principalmente no norte do país e por cidades de outros países como Estados Unidos da América, Chile e Argentina. Este repositório tem potencial de maximização da acessibilidade digital a materiais para educação surdos.
Palavras-chave: Repositório Digital, Objetos de Aprendizagem, Educação de Surdos.
REFERÊNCIAS
CHALHUB, T. Ações para implantação de repositórios institucionais em universidades públicas no Estado do Rio de Janeiro. Informação & Sociedade, v. 22, n. 2, p. 115126, 2012. CAMPELLLO, A. R.S. Aspectos da visualidade na educação de surdos. Tese (Doutorado em Educação), Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2008.
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A ACADEMIA E O “CORPO ESTRANHO”: DESAFIOS E BARREIRAS NA INCLUSÃO DE DEFICIENTES AUDITIVOS E SURDOS NO ENSINO SUPERIOR Yago da Silva Narciso Alves1 Carmen Paula Paes de Macedo2 Ludmila Veiga Faria Franco3
RESUMO: Com a aprovação da Lei Brasileira de Inclusão nº13.146/2015, a pessoa com deficiência, assim como os Surdos, conquistou inúmeras garantias legais na área da educação, essas visam a inclusão e acessibilidade nos diversos espaços sociais, dentre eles, o educacional. Com vistas a dispor sobre vagas para o ingresso de pessoas Deficientes nas universidades federais e instituições de ensino técnico de nível médio, foi aprovada a Lei nº 13.409/2016. Diante dessas importantes conquistas, o presente artigo propõe como objetivo analisar e compreender a partir da visão dos estudantes surdos e com deficiência auditiva os principais desafios enfrentados, conhecer as práticas educativas, as legislações brasileiras e regimentos internos e o acolhimento institucional no processo de inclusão dentro do contexto de ensino superior, especificamente, na Universidade Federal Fluminense-UFF de Campos dos Goytacazes. Os procedimentos metodológicos utilizados foram a revisão bibliográfica de artigos e livros que tratam da inclusão, assim como entrevistas semiestruturadas com alunos surdos e D.A da universidade. Destaca-se que a pesquisa encontra-se em andamento e, nesse contexto, espera-se que a partir de reflexões possamos entender o impacto das práticas inclusivas e suas limitações e especificidades na vida acadêmica dos estudantes. A pesquisa bibliográfica examinou os trabalhos de autores teóricos como Antunes, Bisol, Festa,
1
Discente de Ciências Sociais na Universidade Federal Fluminense- UFF Campos dos Goytacazes narcisoyago@gmail.com 2 Discente de Ciências Sociais na Universidade Federal Fluminense- UFF Campos dos Goytacazescarmenmacedo@id.uff.br 3 Professora de Libras na Universidade Federal Fluminense- UFF Campos dos Goytacazes ludmilaveiga@id.uff.br
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Ferreira e Scholochuski (2010); Lacerda (2006); Rosa (2011); Marconsin, Simioni, Valentini e Zanchin, (2013); Moreira (2005); Moura (2015); assim como buscará analisar as legislações vigentes sobre a temática, BRASIL. nº 13.409/2016, BRASIL. 10.436/02; BRASIL. Decreto nº. 5.626/05, BRASIL, Lei nº 13.409/2016.
Palavras-chave: Surdo; Deficiente auditivo; Inclusão; Ensino Superior
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O JOGO AMARELINHA NA PROPOSTA DE INCLUSÃO BILINGUE Bárbara Guimarães Crespo1 Luana Salgado Justino2 Nathalie de Araujo Alves3 Tatiane Militão de Sá4 RESUMO: Introdução: A utilização de jogos didáticos na educação escolar para alunos com surdez se faz essencial para o desenvolvimento intelectual e incentivo para explorar as potencialidades de cada um. O educador irá perceber que o ensinar e o aprender se dará de forma gradual e natural. Em concordância com Ana Regina Souza Campello (2008), o fundamento para se desenvolver materiais educacionais vem de fortalecer o processo de ensinar e aprender de maneira satisfatória para ambos envolvidos nesse jogo do saber. Diante da reflexão sobre escassez de materiais adaptados para o ensino de alunos surdos, apresentamos um jogo didático de amarelinha que promove uma facilitação no processo de ensino-aprendizagem dos números naturais. Objetivo: Desenvolver uma proposta de jogo de amarelinha para o ensino bilingue na Educação Infantil. Materiais e métodos: Os materiais utilizados para a construção desta Amarelinha são: TNT, EVA, cola quente (ou cola para isopor), papel, tampinha de garrafa PET e caneta hidrocor. Cada quadrado mede 30 cm, totalizando 2,10m de altura e 60 cm de largura. O jogo de Amarelinha destina-se a crianças da Educação Infantil com faixa etária de 2 a 5 anos de idade. Ele foi pensado e elaborado de forma adaptável, com números e sinais grandes, e a utilização de cores (vermelho, amarelo e laranja), de forma que facilitem a compreensão. A brincadeira funciona com um jogador lançando a tampinha em algum quadrado, em seguida, o mesmo faz o sinal correspondente ao número em linguagem de sinais e pula até o quadrado onde o dado parou. A intenção da atividade não é promover uma competição, mas usar este recurso Discente de Libras I – UFF, barbaraacrespo@hotmail.com Discente de Libras I – UFF, luanasalgado@id.uff.br 3 Discente de Libras I – UFF, nathaliearaujoalves@hotmail.com 4 Docente de Libras – UFF, nuedis.uff@gmail.com 1 2
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como forma de significação da aprendizagem. A atividade propõe a interação do grupo, respeito ao tempo do outro, trabalha a coordenação motora e noção de espaço; além, do reconhecimento de conceito dos números e na fixação dos sinais em Libras. Resultados: A criação desse jogo didático busca a aprendizagem dos números naturais de 1 a 10 praticando a cooperação com seus pares e entendendo a importância da Educação Bilingue. Visto que segundo Grando (1995) existe um grau de dificuldade dos alunos diante da matemática, esse recurso vem para romper com esse paradigma, mostrando a matemática com nova recurso lúdico, mas para alcançar os mesmos objetivos didáticos. Conclusão: Essa experiência mostra que é possível contribuir com o desenvolvimento educacional através de jogos com indivíduos que possui deficiência, logo, a deficiência não deve ser considerada como um fator de impedimento, mas sim que faz provocar o profissional, para aperfeiçoar sua didática com esses alunos, incluindo-os nesse processo de aprendizado e proposta educativa de forma natural e produtiva. Dessa forma, há o entrosamento de alunos surdos e ouvintes, vivenciando a interação e a independência.
Palavras-chave: Educação Infantil, Libras, Aprendizagem Significativa, Jogo de Amarelinha.
REFERÊNCIAS
CAMPELLO, Ana Regina e Souza. Pedagogia Visual na Educação dos Surdos-Mudos. Florianópolis, SC, 2008.
GRANDO, Regina Célia. O Jogo suas Possibilidades Metodológicas no Processo Ensino-Aprendizagem da Matemática. Campinas, SP, 1995.
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SESSÃO 03/ TURMAS B5 E G1
JOGO DIDÁTICO DE ANTÔNIMOS E SINÔNIMOS COMO RECURSO DE TECNOLOGIA ASSISTIVA (TA) PARA EDUCAÇÃO BILINGUE José Hélio Pacheco; Sara Mota; Laís Ribeiro1 Tatiane Militão de Sá2 RESUMO: Introdução: Para ensinar estudantes com surdez é necessário que o profissional de educação possua preparo e aulas devem ser ministradas em escolas bilíngues, bem como a utilização de jogos didáticos como recurso de tecnologia assistiva. Pois de acordo com Regina Célia Cazaux (2011, p.129), esses favorecem a aprendizagem, interação e promove a inclusão. Com isso o profissional de educação cria atividade motivadora, permitindo aos alunos participarem do processo ensino-aprendizagem, conforme ensina. Objetivo: desenvolver proposta de jogo didático como recurso de TA para a percepção e a aprendizagem entre alunos surdos e ouvintes, na faixa etária de sete a nove anos do ensino fundamental I no que diz respeito aos antônimos e sinônimos. Materiais e métodos: os materiais utilizados para a confecção do jogo foram: Papel emborrachado com as cores do cubo mágico; Lâminas de isopor; Cola quente, cola de silicone; Tesoura; Régua graduada de 20 cm; Tamanho do dado e das fichas: 25 cm. O jogo consiste em lançar dado colorido em um lugar plano, o qual deverá conter sinais em Libras representando antônimos, que deverá ser confrontado com as fichas de mesma cor, que deverá conter sinônimos com sinais em Libras e transcrição para o português. As fichas deverão ser embaralhadas em rodízio e haverá um mediador. Vencerá o jogo o estudante que obtiver maior quantidade de acertos, e em caso de empate entre os participantes, haverá uma jogada extra para definir o vencedor. Para desenvolver o jogo como um recurso nos declinamos sobre as bases teóricas de Capovilla e Raquel (2001) sobre sinais e termos sinônimos/ antônimos em Libras e português, Cook e Hussey (1995) sobre estratégias de TA. Resultados: Este recurso foi testado com a participação de 06 (seis) crianças na faixa etária de sete a nove anos no qual observamos que este contribui bastante para promoção da vida independente de indivíduos em espaços bilingues e de 1 2
Discente de Libras I, lais.ribeiro.uff@gmail.com Docente de Libras, tatimili2@yahoo.com.br NUEDIS – Núcleo de Estudos em Diversidade e Inclusão de Surdos Website: http://nuedisuff.wixsite.com/nuedis
inclusão. Conforme Cook e Hussey (1995, p.5) consideram que os recursos de TA podem ser estratégias, práticas concebidas e aplicadas para minorar os problemas funcionais encontrados pelos indivíduos com deficiências, neste caso em especial com estudantes surdos. Conclusão: Este mostra que é possível acelerar a aprendizagem e a consequente interação e inclusão para vida independe. É importante prática de elaboração e aplicação jogos didáticos como estratégias para uso e difusão da Libras no processo inclusão entre estudantes surdos e ouvintes. Palavras-chave: Jogo didático, Bilinguismo, Sinônimos, Antônimos, Recurso Tecnologia Assistiva.
REFERÊNCIAS
COOK, A.M. & HUSSEY, S. M. (1995) Assistive Technologies: Principles and Practices. St. Louis, Missouri. Mosby - Year Book, Inc. HAYDT, Regina Celia C. Educação em ação-livro didática geral-SP-Ed. Ática, 2011 CAPOVILLA, F. C; RAPHAEL, W. D. Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue da Língua Brasileira de Sinais - SP- Edusp, 2001
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DOMINÓ LITERÁRIO BILÍNGUE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE APLICAÇÃO DE UM JOGO COMO RECURSO DE TECNOLOGIA ASSISTIVA (TA) Bruna de Oliveira Barbosa1 Mariane Cunha de Oliveira2 Tatiane Militão de Sá3
RESUMO: Introdução: Segundo Pontes (2015) a educação de surdos enfrenta inúmeras dificuldades de formação profissional e de adaptação dos métodos de ensino para alunos surdos, e, um desses problemas é o contato com a Literatura em Língua Portuguesa, que não é a língua nativa desses estudantes. Objetivo: Dessa forma, o presente trabalho visa apresentar relato de experiência da aplicação de jogo como recurso de TA para o ensino de literatura para em escola inclusiva, considerando a produção de textos poéticos bilíngues: Português e Libras. Materiais e Métodos: Nosso estudo se baseia em textos de Fernandes (2006) sobre práticas de letramento na Educação bilíngue para surdos e Galvão (2009) sobre TA para escolas inclusivas, sendo o recurso pensado para alunos de turmas regulares inclusivas com surdos e ouvintes. Este consiste na produção de um jogo no estilo do dominó, no qual, ao invés dos números, os alunos devem combinar palavras que formem textos. As peças do dominó são cartões, produzidos com folha de ofício branca e verde e também cola branca e tesoura, contendo a palavra em Português e o sinal correspondente em Libras no verso, desse modo todos alunos dos anos do Ensino Fundamental podem participar. Para tal realizamos coleta de dados de sinais em Libras em dicionários, tais como: Capovilla (2001). Resultados: O projeto foi aplicado numa turma de sétimo ano do Ensino Fundamental em uma escola pública do município de Araruama, RJ. Durante a aplicação do jogo havia 16 alunos, 1 professora bilíngue e 1 professora de Artes. Foi possível observar que os alunos gostaram da proposta, e tentaram e conseguiram produzir os textos em Libras, apresentando dificuldade pelo fato dos 1
Graduanda em Letras Português/Literaturas - UFF Graduanda em Letras Português/Espanhol - UFF 3 Orientadora; Docente de Libras – UFF 2
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verbos estarem no infinitivo. No final, todos os alunos - surdos e ouvintes - tentaram sinalizar o seu texto. Segundo Galvão Filho (2009) a Tecnologia Assistiva, vai além da mera consideração de artefato ou ferramenta, para abarcar, também, a ideia de metodologias, processos ou serviços. Assim, ao adotar o bilinguismo como prática de ensino conforme salienta Fernandes (2006), foi primordial para aplicação deste jogo a fim de promover a educação de surdos, seguindo as especificações da legislação pertinente sobre o ensino de Libras sem excluir o ensino de Língua Portuguesa na modalidade escrita (BRASIL, 2002). Observamos que o recurso se constitui como tecnologia assistiva pois foi utilizado para além do conteúdo aplicado com metodologia diferenciada voltada para inclusão. Conclusão: Consideramos que a produção deste recurso contribuiu de forma positiva para a turma quanto a naturalização da Língua de Sinais, ajudando na desmistificação da mesma e facilitando assim o aprendizado de toda a turma a fim de melhorar a experiência do jogo seria bom incluir mais palavras, repetir outras, além de criar algumas peças do dominó contendo preposições, que não são utilizadas em Libras, mas auxiliam na produção escrita em Língua Portuguesa. Palavras-chave: Bilinguismo, Literatura, Jogo, Recurso de Tecnologia Assistiva. REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto n° 5.626, de 22 de dezembro de 2005. BRASIL. Lei n° 10.436, de 24 de abril de 2002. CAPOVILLA, F. C; RAFAEL, W. D. Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngue da Língua Brasileira de Sinais - SP – Edusp, 2001. FERNANDES, Sueli F. Práticas de Letramento na Educação Bilíngue para Surdos. Curitiba. 2006.
GALVÃO, Teófilo Alves Filho. Tecnologia Assistiva para uma Escola Inclusiva: Apropriação, Demandas e Perspectivas. Salvador- UFBA, 2009.
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KARNOPP, L. B. Produções culturais de surdos: análise da literatura surda. PelotasUFPel, 2010. PONTES, K. M; ROMANO, T. P. O Letramento Literário No Ensino De Alunos Surdos: Posicionamentos, Estratégias E Instrumentos Didáticos Mobilizados Pelo Professor. Belém- UFPa, 2015.
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A BIBLIOTECA NACIONAL E O SURDO: UMA ANÁLISE A PARTIR DO WEBSITE DA INSTITUIÇÃO Ana Beatriz Ramiro Esteves Chaves1 Ana Clara Alegria Freire2 Anamaria Alvim de Carvalho3 Tatiane Militão de Sá4
RESUMO: Introdução: A Biblioteca Nacional (BN) é o órgão responsável pela execução da política governamental de captação, guarda, preservação e difusão da produção intelectual do país, e que põe em prática várias políticas de acessibilidade aos deficientes e idosos. No âmbito virtual, a acessibilidade na BN é direcionada ao surdo através do software VLibras e na estruturação do website, conforme recomendações do governado federal (eMAG - Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico), porém é restrito no que concerne o acervo online, segundo as Diretrizes para Serviços de Bibliotecas para Surdos (DSBS) da International Federation of Library. Objetivo: Analisar as informações sobre acessibilidade do surdo no website da Biblioteca Nacional, demonstrando que as políticas de acesso ao ambiente virtual caminham para uma inclusão, apesar do acervo online ainda carecer de maior atenção. Materiais e métodos: Adota-se como metodologia a análise qualitativa das informações sobre acessibilidade dos surdos no website Biblioteca Nacional, utilizando como questões principais se há a identificação da deficiência auditiva na aba acessibilidade e se na consulta online é disponibilizado um acervo relacionado à surdez e à cultura surda, conforme as Diretrizes para Serviços de Bibliotecas para Surdos da International Federation of Library. Resultados: A acessibilidade do website da Biblioteca Nacional se dá através da
Aluna da graduação em Biblioteconomia – UFF. Aluna da graduação em Biblioteconomia – UFF. 3 Aluna da graduação em Biblioteconomia – UFF. 4 Docente de Libras, orientadora do trabalho. Tatimili2@yahoo.com.br 1 2
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utilização
do
software
VLibras,
criado
pelo
Ministério
do
Planejamento,
Desenvolvimento e Gestão, por meio da Secretaria de Tecnologia da Informação e a Universidade Federal da Paraíba. Este software pode ser utilizado como uma extensão no navegador ou instalado no sistema operacional. Outra forma de acessibilidade, informada nesta aba, é da padronização do website através das recomendações técnicas do e-MAG - Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico. Conclusão: Encontramos na aba acessibilidade informações pertinentes sobre a legislação e diretrizes/recomendações para a construção do website da Biblioteca Nacional. Existe a indicação do acesso pelo software VLibras e a estrutura está em consonância com as recomendações do e-MAG do governo federal. Neste sentido, há uma preocupação com a acessibilidade do surdo, que demonstra um certo reconhecimento deste nas políticas de acessibilidade da BN, no âmbito virtual. Em relação ao acervo, a partir das diretrizes da IFLA – International Federation of Library, que a BN é associada, não encontramos um acervo compatível com as diretrizes. Através da busca por palavras chaves não houve retorno dentro da recuperação da informação desejada. Assim, há a necessidade de incrementar o acervo virtual, para que estas diretrizes sejam cumpridas. Desta forma, a indicação é utilizar um estudo de usuários para que seja possível ter um acervo adaptado às diretrizes do IFLA. Palavras-chave: Acessibilidade, acervo, surdo, Biblioteca Nacional.
REFERÊNCIAS
ABIB, Cleide Vilela; ANCHIETA, Ester Vitória B.; FONTANA, Ana Paula C.; FREIRE, Mariana de Souza. Biblioteca como ferramenta de inclusão dos surdos. In: I Jornada Científica e Tecnológica de Língua Brasileira de Sinais: Produzindo conhecimento e integrando saberes, 2017, RJ. Anais: ISBN 978-85-923216-1-1. Disponível em
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https://nuedisjornadacientifica.weebly.com/uploads/1/0/5/0/105033325/29_biblioteca_c omo_ferramenta_de_inclusao_dos_surdos.pdf. Acesso em 13 de maio de 2018.
BRASIL. Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Disponível em <http://www.vlibras.gov.br>. Acesso em: 13 de maio de 2018.
CORRÊA, Igor; GOMES, Rafael P.; RIBEIRO, Vinicius G. A inclusão digital de surdos por meio de sites acessíveis em Libras: uma comunicação de mão única? In: RENOTE - Revista Novas Tecnologias na Educação, v. 15, n 1, 2017. Disponível em: <http://seer.ufrgs.br/index.php/renote/article/view/75170>. Acesso em: 13 de maio de 2018.
INTERNATIONAL
FEDERATION
OF
LIBRARY
ASSOCIATIONS
AND
INSTITUTIONS. Bibliotecas para Cegos na era da informação: diretrizes de desenvolvimento. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2009. Disponível em: http://www.santoandre.sp.gov.br/pesquisa/ebooks/343463.pdf. Acesso em: 13 de maio de 2018.
FLOR, Carla da Silva; VANZIN, Tarcísio. Linguagem e Arquitetura da Informação em Websites para surdos. Anais: ISSN 2318-6968. São Paulo: Blucher, 2017, p. 580594.
Disponível
em:
<
http://www.proceedings.blucher.com.br/article-
details/linguagem-e-arquitetura-da-informao-em-websites-para-surdos-25614> Acesso em: 24 de maio de 2018.
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LIBRAS E EDUCAÇÃO DEMOCRATICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM CURSO DA REDE EMANCIPA PELA EDUCAÇÃO POPULAR Andrya Ramos1 Luana Matos do Nascimento2 Thais Lima Souza3 Tatiane Militão de Sá4
RESUMO: Introdução: O presente trabalho dissertará sobre Libras e educação popular a partir da experiência do curso de Libras no pré-vestibular comunitário Emancipa em São Paulo. A Rede Emancipa é um movimento social voltado para as minorias que se volta principalmente ao pré-vestibular, além disso, tem como objetivo maior despertar a consciência política dos alunos. Devido a Rede ser voltado para minorias, em 2018 foi oferecido um Curso de férias de Libras por entender que um estudante surdo pode envolver duas questões: um aspecto mais identitário (de diferença linguística) e uma questão mais transversal, do problema da classe. Objetivos: apresentar relato de experiência de um curso da Rede Emancipa entender como se dá a inclusão da pauta dos surdos em movimentos sociais de educação popular e incentivar novos projetos nesse sentido. Materiais e métodos: para a construção desse trabalho utilizamos o relato de experiência do evento realizado no primeiro curso de férias da Rede Emancipa5, realizado durante dois dias em Janeiro de 2018, com carga horária de 10 horas divididas entre os dois dias, em São Paulo com cerca de 100 (cem) participantes e 04 (quatro) organizadores. Teve como base teórica o livro “Dicionário da língua de sinais do Brasil: a Libras em suas mãos” (CAPOVILLA; RAPHAEL; TEMOTEO; MARTINS, 2017), o livro “Libras e Contexto” (FELIPE, 2007) e a dissertação de mestrado "Comunidade Surda: Notas etnográficas sobre categorias, lideranças e tensões" (ASSENSIO, 2015). Foram levados
Discente de História – UFF, ramos.andrya@gmail.com Discente de História – UFF, luu_mattos@hotmail.com 3 Discente de História – UFF,lima.souza97@gmail.com 4 Docente de Libras – UFF,tatimili2@yahoo.com.br 5 Disponível em:< https://redeemancipa.org.br/> . Acesso dia 23/05/2018. 1 2
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também os textos: ‘Precisamos falar de "Educação de Surdos" e precisamos de políticas concretas’ 6(ASSENSIO, 2017), a proposta do tema de redação do ENEM 2017 “Desafios para formação educacional de surdo no Brasil” e notícia "não entendi nada" 7do portal G1 para fomentar o debate. O curso foi aberto para alunos, ex-alunos e membros da comunidade que tivessem interesse. Também foi feita uma visita de campo onde entramos em contato com a coordenadora que realizou o projeto. Nosso trabalho teve como base teórica o texto: "A educação do surdo e a pedagogia Freiriana" (SANTOS; BORDAS, 2009). Resultados: o curso teve como resultado a desconstrução de alguns mitos sobre a surdez e levantamento de debates como acessibilidade, inclusão, educação popular e políticas públicas. E o mais importante: o aumento de militantes com conhecimento básico, intermediário e até avançado, que conhecem pessoas surdas e têm acumulo de experiências anteriores; que estão buscando solidificar o projeto em alguns cursinhos, alguns dando aula de libras na rede. Este projeto se enquadrou em um movimento de educação democrática, pois trabalha as três funções básicas da educação: qualificação, socialização e subjetivação (BIESTA,2012). Conclusão: chegamos então à conclusão uma educação democrática é uma educação que abranja todos, incluindo a população surda, e pobre, muitas vezes marginalizada. A iniciativa do curso em ensinar libras a seus alunos ouvintes se atenta a questão social da importância do conhecimento da língua de sinais independente da área que os jovens escolham seguir após o ingresso na universidade.
Palavras-chave: Libras, Educação Popular, Movimento Social.
6
Disponível em: < https://movimentorevista.com.br/2017/11/educacao-surdos-enem-politicas/>. Acesso dia 23/05/2018. 7 Disponível em: < http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2014/11/nao-entendi-nada-afirmaestudante-surda-que-prestou-prova-do-enem.html> Acesso em: 23/05/2018
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REFERÊNCIAS ASSENSION, Cibele. Precisamos falar de “Educação de surdos” e precisamos de políticas
concretas.
Disponível
em:
<https://movimentorevista.com.br/2017/11/educacao-surdos-enem-politicas/>
Acesso
em: 23/05/2018
BIESTA, Gert. Boa educação na era da mensuração. Cadernos de Pesquisa v.42 n.147 set./dez. 2012.
BORDAS, Miguel. SANTOS, Adriana. A educação do surdo e a pedagogia Freiriana. Disponível
em:
<http://www.uel.br/eventos/congressomultidisciplinar/pages/arquivos/anais/2009/009.p df Acesso em: 21/05/2018.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia.1996.
Livro Libras em contexto -
manual do professor. PDF. Disponível em:
<http://www.faseh.edu.br/biblioteca_/arquivos/acervo_digital/Libras_em_contexto_Livr o_do_Professor.pdf> Acesso em: 23/05/2018
Evento
Curso
de
Libras
-
Férias
na
Rede
Emancipa.
Disponível
em:<https://www.facebook.com/events/1560210607406190/> Acesso: 22/05/2018
Evento Curso de Libras - Aprofundamento na Rede Emancipa. Disponível em: <https://www.facebook.com/events/413607542429069/> Acesso: 22/05/2018
Reportagem
do
G1.
Disponível
em:
<
http://g1.globo.com/sp/santos-
regiao/noticia/2014/11/nao-entendi-nada-afirma-estudante-surda-que-prestou-prova-doenem.html> Acesso em: 23/05/2018
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INCLUSÃO DA DISCIPLINA LIBRAS NOS CURSOS DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Rodrigo Galvão da Silva1 Lucas Nascimento de Mattos2 Tatiane Militão de Sá3
RESUMO: Introdução: O decreto 5626, de 22 de dezembro de 2005, regulamenta em seu capítulo II, artigo 3°, que “A Libras deve ser inserida como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior, e nos cursos de Fonoaudiologia, de instituições de ensino, públicas e privadas, do sistema federal de ensino e dos sistemas de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.” (BRASIL, 2005). A importância da inclusão dessa disciplina no currículo dos cursos se deve pelo fato de que a Língua de Sinais é o meio de comunicação eficiente do surdo, para que ele possa interagir, se relacionar e viver, sendo de grande importância ao surdo, sendo um caminho sócio-educacional (PEDROSO e DIAS, 2011). Abordamos o curso específico de geografia pensando no uso/necessidade de uma linguagem clara, nesse caso a Libras enquanto comunicação com alunos surdos, para melhor assimilação do conteúdo específico, como os conceitos e particularidades da geografia (FALCÃO, 2013). Objetivo: investigar a disponibilidade da disciplina Libras nas grades curriculares dos cursos de licenciatura em geografia ofertados no Estado do Rio de Janeiro. Materiais e métodos: análise quantitativa e pesquisa documental das 11 universidades presentes no estado do Rio de Janeiro, tais como: IFF, UERJ - CEDERJ, UERJ – FEBF, UERJ – São Gonçalo, UERJ – RJ, UFF – Angra, UFF – Campos, UFF – Niterói, UFRJ – RJ, UFRRJ – Nova Iguaçu e UFRRJ – Seropédica, no período de Estudante de Geografia – UFF, contargs@gmail.com Estudante de Geografia – UFF, lucas.nmattos@gmail.com 3 Docente de Libras, tatimili2@yahoo.com.br 1 2
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20/05/2018 à 24/05/2018, que possuem cursos de licenciatura em geografia (e-MEC – Ministério da Educação, 2018). Resultados: Do total de 11 (onze) cursos investigados, apenas 03 (três) não foram encontrados registros do curso de Libras como disciplina obrigatória na grade curricular disponibilizada nos portais oficinais dos departamentos de geografia das universidades em questão, aproximadamente 3% da demanda, que são os seguintes: UERJ – SG, UERJ – FEBF e UFRJ – RJ, para esse resultado temos o Gráfico 1. Números que, de acordo com a grade curricular disponibilizada em seus portais, mostram que a maioria das universidades está em concordância com a Lei. A carga horária varia de 30h à 60h, de acordo com as grades curriculares encontradas, sendo, a disciplina, oferecida em 01 (um) período, onde temos especificado no Gráfico 2 a carga horária especifica dedicada por cada instituição. Conclusão: Não se deve impor a língua portuguesa como única opção ao surdo. O professor precisa conhecer o básico de Libras, deve se comunicar em Libras, e assim ter a capacidade de usar esse meio de comunicação. Diante disto, faz-se ainda mais claro a necessidade de ter a disciplina Libras como obrigatória no currículo dos alunos de licenciatura.
Palavras-chave: Libras, geografia, licenciatura.
REFERÊNCIAS BRASIL. Lei 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e dá outras providências. PEDROSO, Cristina Cinto Araujo; DIAS, Tárcia Regina da Silveira. Inclusão de alunos surdos no ensino médio: organização do ensino como objeto de análise. Nuances, Presidente Prudente, v. 19, n. 20, p. 134-154, maio/ago. 2011 e-MEC. INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR E CURSOS CADASTRADOS. Disponível em: <http://emec.mec.gov.br/>. Acesso em: 23 de Maio de 2018.
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FALCÃO, Luiz Albérico. Prática docente na educação de pessoas surdas através da cognição e da descrição visual sinalizada: ensaios pedagógicos. Disponível em: <http://visaoinclusiva.com.br/wp-content/uploads/2013/10/A-TECNICA-DADESCRICAO-VISUAL-SINALIZADA.pdf>. Acesso em: 24 de Maio de 2018.
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