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Fatores Determinantes para Transtornos Alimentares em Estudantes de Graduação em Nutrição

Determining Factors for Eating Disorders in Undergraduate Nutrition Students saúde pública

Fatores Determinantes para Transtornos Alimentares em Estudantes de Graduação em Nutrição

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RESUMO: Os transtornos alimentares (TA) são cada vez mais frequentes entre universitários dos cursos de nutrição, sendo os de maiores prevalências a anorexia nervosa (AN) e a bulimia nervosa (BN). Este trabalho teve como objetivo analisar os fatores de risco para o desenvolvimento desses transtornos. Foi realizada uma revisão de literatura com publicações dos últimos 9 anos. Constatou-se que a pressão estética a qual os universitários são submetidos, aliada à atual cultura da magreza, propagada pelas mídias sociais, além de um ambiente obesogênico, o estresse e a mudança de hábitos alimentares pela entrada no ensino superior e a presença de excesso de peso, são fatores que podem acarretar no desenvolvimento dos transtornos alimentares. Concluiu-se que existe a necessidade de um amplo debate em âmbito acadêmico sobre o tema, além de mais possibilidades de pesquisas na área, para que a ciência da nutrição tenha um manejo mais humanizado na prevenção dos transtornos alimentares em universitários.

ABSTRACT: Eating disorders are increasingly frequent among university students in nutrition courses, with the highest prevalence being anorexia and bulimia. This study aimed to analyze the risk factors for the development of these disorders. A literary review was carried out, analyzing publications from the last 9 years. It was found that the aesthetic pressure to which university students are subjected, combined with the current culture of thinness, propagated by social media, in addition to an obesogenic environment, stress and change in eating habits due to entry into a higher education and the presence of overweight, are factors that can lead to the development of eating disorders. It was concluded that there is a need for a broad academic debate on the subject, in addition to more research possibilities in the area, so that the science of nutrition has an increasingly humanized management in the prevention of eating disorders surrounding university students.

................. Introdução ..................

Nas sociedades atuais, há uma conexão entre beleza e saúde. A pressão de um corpo esteticamente aceitável está atrelada às práticas para se alcançar um corpo saudável. Contudo, a obsessão pela perfeição faz com que em muitos casos a saúde seja colocada em risco decorrente de condutas inadequadas que podem ocasionar distúrbios alimentares (MARTÍN, 2016). Os TA são alterações nocivas no comportamento alimentar caracterizadas por períodos de privação ou compulsão ou pelo uso de alguns métodos compensató-

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rios para o controle de peso (BRASIL, 2020). A prevalência de TA em todo o mundo atualmente é de 0,5 a 3,7% (BERMUDEZ; MACHADO; GARCIA, 2016). Dentre os TA caracterizados pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) os mais comuns são a AN e a BN (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2013). A AN se caracteriza pela restrição severa da ingestão alimentar, o que acarreta um emagrecimento significativo. Ainda, há um medo intenso do aumento de peso e alteração da imagem corporal. Segundo o DSM-5, a BN caracteriza-se por episódios recorrentes de compulsão alimentar e comportamentos compensatórios, como vômitos autoinduzidos, uso indevidos de laxantes, diuréticos ou outros medicamentos, jejum, ou exercício em excesso. Esse TA é mais comum do que a AN, até 3% das mulheres e mais de 1% dos homens sofrem com a BN durante a vida (VAN EEDEN; VAN HOEKEN; HOEK, 2021). A ciência da Nutrição tem como responsabilidade a prevenção de doenças e a promoção da saúde, e atua inclusive no tratamento dos TA (CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS, 2018, 2021). Contudo, em muitos casos o nutricionista é visto como um profissional da estética (MENDES; NAKASU, 2020). E sua aparência física se torna um meio de avaliação da sua capacidade técnica, especialmente em profissionais que atuam com a nutrição clínica. Desta forma, cria-se uma insatisfação com seu corpo que muitas vezes se inicia ainda durante a graduação (ARAUJO, 2015). Mediante o exposto, é importante compreender a razão que torna esse grupo de futuros profissionais da saúde mais vulnerável a TA. Sendo assim, o objetivo do trabalho foi analisar alguns dos fatores que contribuem para o desenvolvimento de TA em estudantes do curso de graduação em nutrição.

O presente estudo foi realizado a partir de uma revisão de literatura disponível acerca da prevalência de AN e BN em universitários do curso de nutrição. Foram utilizados artigos científicos publicados em revistas, jornais e periódicos. A pesquisa de artigos foi feita nas bases eletrônicas Scielo e PubMed, os termos usados foram: transtornos alimentares, anorexia nervosa, bulimia nervosa, estudantes e nutrição; além de seus nomes traduzidos para o inglês: eating disorders, anorexia nervosa, buli-

................ Metodologia ....................

mia nervosa, students and nutrition. Foram considerados artigos publicados a partir do ano de 2012 a 2021 para a inclusão nesta revisão, e excluídos, consequentemente, artigos publicados antes desse período.

Os TA são transtornos psiquiátricos multifatoriais com sérias complicações físicas e psicológicas. Eles afetam maiormente adolescentes e adultos jovens do sexo feminino. Contudo, alguns estudos relatam maior dificuldade de tratamento em homens com TA, pois tendem a minimizar os sintomas por considerá-los uma questão menos masculina. Estes transtornos estão ligados a uma maior prevalência de ansiedade e depressão em comparação com a população em geral (PURKIEWICZ et al., 2021).

A AN é o TA que tem maiores taxas de morbimortalidade, principalmente causados por suicídio e complicações clínicas devido a inanição e desequilíbrio dos sais minerais no corpo, o que culmina muitas vezes em arritmias cardíacas. A mortalidade em mulheres com AN é aproximadamente 12 vezes maior que em mulheres saudáveis. Muitos pacientes negam a doença e omitem informações, portanto é importante atentar-se aos sinais e sintomas, como emagrecimento excessivo, a irregularidade menstrual, a hipoglicemia, a má cicatrização da pele e a intolerância ao frio (CORDÁS et al., 2021). Na BN, assim como na AN, ocorre a alteração na percepção da autoimagem, porém os indivíduos normalmente não apresentam redução acentuada da massa corporal, pois há episódios de compulsão alimentar. Esse descontrole frente ao alimento é o que frequentemente leva-os a buscar ajuda (BARLOW, 2016). Os sinais clínicos mais comuns são a letargia, o sangramento nasal e as feridas no esôfago devido a indução do vômito (ROCHA et al., 2020). Estudantes universitários da área da saúde apresentam alta incidência de TA. Esse número é ainda maior em graduandos do curso de Nutrição. Um estudo epidemiológico, observacional, transversal com 165 universitárias do curso de nutrição, apontou que 38,8% apresentaram alteração na percepção da imagem corporal e alto risco de desenvolvimento de TA (REIS; SOARES, 2017). Além disso, Piovezan et al. (2016) por meio de um estudo transversal, verificaram que 19,3% das universitárias analisadas faziam uso de substâncias para a diminuição do

......... Resultados e Discussão ..........

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peso, como moderadores de apetite, laxantes e chás. O comportamento alimentar reflete muito além das necessidades fisiológicas básicas e tem como um dos determinantes principais o aspecto emocional e o sociocultural, no qual se enquadra a influência da mídia (BITTAR; SOARES, 2020). De acordo com Assis, Guedine e Carvalho (2020), a exposição de corpos magros considerados “belos” e a divulgação de produtos voltados ao emagrecimento nas redes sociais, estão diretamente associadas a comportamentos alimentares disfuncionais por parte dos estudantes de nutrição. O culto à magreza é paradoxal, já que na sociedade atual há um bombardeio midiático de alimentos com alta densidade energética. A popularização dos aplicativos de delivery, principalmente na pandemia da COVID-19, favoreceu o consumo de fast-foods, como pizzas, hambúrgueres e outros tipos de lanches (BOTELHO; CARDOSO; CANELLA, 2020). Durante a graduação, muitos estudantes sofrem mudanças no estilo de vida, que envolvem principalmente seus hábitos sociais e alimentares, visto que a vida universitária demanda grandes esforços, com muitos prazos e metas, o que frequentemente leva à depressão e à ansiedade (LIPSON; SONNEVILLE, 2017). Dessa forma, os cuidados com a alimentação podem ser deixados de lado, o que possibilita o ganho de peso e aumenta a probabilidade de TA (KESSLER; POLL, 2018). Ademais, o ambiente alimentar universitário não favorece escolhas alimentares saudáveis. Os estabelecimentos que comercializam alimentos dentro dos campus disponibilizam em sua maioria alimentos processados e ultraprocessados (FRANCO et al., 2020). A análise feita por Silva et al. (2012) a partir da aplicação de questionários sobre atitudes alimentares e imagem corporal, com 175 alunas com média de idade de 21,54 anos, indicou que graduandas em nutrição com sobrepeso e obesidade apresentam 5 a 9 vezes mais chances de insatisfação com a imagem corporal e alto risco de TA. O uso de dietas muito restritivas, além de demonstrarem um reganho de peso devido a alterações metabólicas, são preditores para o desenvolvimento de TA por tornar esses indivíduos mais propensos a quadros de compulsão alimentar (OLIVEIRA; FIGUEREDO; CORDÁS, 2019). Poínhos (2015) realizou um estudo baseado em questionários preenchidos por universitários de diversas áreas, sendo 154 estudantes de nutrição e 263 de outros cursos e verificou que os alunos de nutrição foram os que apresentaram maiores níveis de restrição dietética. O sobrepeso é determinado por inúmeras variáveis, como fatores sociodemográficos e psicológicos. A visão biomédica e mecanicista do ser humano, presente também no campo da nutrição, não traz bons resultados para o tratamento do sobrepeso por limitar-se a contagem de calorias e restrição de alimentos, o que pode contribuir para o adoecimento psíquico e a maior prevalência de TA (TORRES, 2016). O ato de alimentar-se, apesar de uma necessidade fisiológica, também é um provedor de sensações, como prazer, alegria e satisfação, além de remeter à memória as mais diversas lembranças. Porém, muitos indivíduos percebem a alimentação como algo nocivo e desencadeiam sentimentos negativos, como medo, culpa e aversão perante a comida. Este fato pode ser um importante indicador para o desenvolvimento de TA (MANOCHIO et al., 2020).

................. Conclusão .....................

Concluiu-se que, a alta prevalência de TA em estudantes de graduação em Nutrição deve-se a fatores como a pressão estética, devido a crença de que profissionais da nutrição devem ser magros, em contraposição a influência do ambiente obesogênico; ao alto nível de estresse devido a maiores responsabilidades advindas da entrada ao ensino superior, o que resulta muitas vezes, na adoção de estilos de vida menos saudáveis; a presença de excesso de peso e a adoção de dietas inadequadas. É de extrema importância que os TA sejam um assunto debatido de forma frequente e humanizada durante a graduação e que se desenvolva um número maior de pesquisas na área, para que a nutrição possa cooperar de forma crescente na promoção de saúde dos indivíduos.

Sobre os autores

Jéssica Crizanto Manhães de Almeida; Marina Nogueira Batista - Graduandas no Bacharelado em Nutrição (Universidade Estácio de Sá - UNESA). Dra. Larissa Leandro da Cruz - Doutora em Tecnologia de Alimentos (UENF). Mestra em Saúde e Nutrição (UFOP). Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional (VP). Nutricionista (UFOP). Profa. Dra. Raylane Nunes Figueira - Mestra em Terapia Intensiva (SBT). Especialista em Segurança do

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alimento (SENAC/RJ). Pós-graduada em Nutrição Materno Infantil (FUNNY). Especialista em Alergia Alimentar (UNILEYA). Nutricionista (Faculdade Redentor). Dra. Cristina Gomes de Souza Vale e Souza - Doutora em Saúde Pública (UA). Mestra em Ciências da Saúde e do Ambiente (UNIPLI). Especialista em Nutrição clínica (ASBRAN). Nutricionista (UFRJ). Profa. Dra. Juliana Araujo Brasil - Mestre em Pesquisa Operacional e Inteligência Computacional (Universidade Cândido Mendes - UCAM). Pós-graduada em Nutrição Clínica – Metabolismo, Prática e Terapia Nutricional (Universidade Estácio de Sá - UNESA). Pós- graduada em Gestão de Negócios em Serviços de Alimentação – Foco em Resultados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC). Nutricionista (Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde - FACISA).

PALAVRAS-CHAVE - Transtornos alimentares. Anorexia nervosa. Bulimia nervosa, Estudantes. Nutrição. KEYWORDS – Eating disorders. Anorexia nervosa. Bulimia nervosa. Students. Nutrition.

RECEBIDO: 10/5/22 – APROVADO: 20/6/22

REFERÊNCIAS

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