18 minute read
Manejo Dietético da Microbiota Intestinal por Meio do
funcionais
Advertisement
RESUMO: Evidências na literatura apontam para uma relação direta entre obesidade, resistência à insulina e a microbiota intestinal. Inúmeros estudos vem relacionando a composição da microbiota intestinal com doenças e enfermidades, com destaque para a obesidade e a resistência à insulina. Objetiva-se verificar a eficácia do uso de prebióticos, probióticos e simbióticos e sua interferência na microbiota de obesos resistentes à insulina. Foram levantados artigos científicos disponíveis em bancos de dados de saúde entre 2007 a 2019, com seleção e triagem dos artigos de relevância e pertinência ao tema. O manejo dietético da microbiota intestinal vem sido estudado no tratamento da obesidade e disfunções metabólicas relacionadas, como a resistência à insulina. A suplementação mostra-se benéfica na maioria dos estudos, com melhora da inflamação crônica e sensibilidade a insulina, diminuição de gordura visceral e colesterol, porém ainda são necessários mais dados de estudos em humanos para determinar doses efetivas e toxicidades.
ABSTRACT: Evidence in the literature points to a direct relationship between obesity, insulin resistance and the intestinal microbiota. Numerous studies have linked the composition of the intestinal microbiota with diseases and illnesses, with emphasis on obesity and insulin resistance. The objective is to verify the effectiveness of the use of prebiotics, probiotics and symbiotics and their interference in OUTUBRO 2020 the microbiota of obese insulin resistant individuals. Scientific articles were available in health databases from 2007 to 2019, with selection and screening of articles of relevance and relevance to the topic. The dietary management of the intestinal microbiota has been studied in the treatment of obesity and related metabolic disorders, such as insulin resistance. Supplementation has been shown to be beneficial in most studies, with improvement in chronic inflammation and insulin sensitivity, decreased visceral fat and cholesterol, but more data from studies in humans are still needed to determine effective doses and toxicities.
................. Introdução ..................
Desde 1980, o número de obesos no mundo inteiro tem aumentado progressivamente. A obesidade vem sendo considerada um fator risco importante para o desenvolvimento de outras doenças associadas (LIN et al., 2019). Nos últimos anos, as populações de países desenvolvidos e em desenvolvimento vem adotando hábitos alimentares inadequados, caracterizados por aumento do consumo de alimentos industrializados ricos em gorduras, açúcar e sal. Em função da composição nutricional destes
alimentos, observa-se um aumento da ingestão energética que associada à redução de consumo de frutas, cereais, legumes e verduras, pode favorecer o ganho de peso (MARIATH et al., 2007). O excesso de peso é considerado um fator de risco para o desenvolvimento de resistência à insulina (RI) (DEFRONZO; TRIPATHY, 2009). Os mecanismos moleculares para o desenvolvimento de resistência à insulina relacionados à obesidade vem sendo pesquisados intensamente, assim evidências científicas relatam que o excesso de tecido adiposo e o consumo elevado de gorduras são capazes de sintetizar e ativar proteínas com ações inflamatórias que influenciam na via intracelular da insulina causando prejuízos na translocação do GLUT4 para a membrana plasmática (HOLLAND et al., 2011). A obesidade e a resistência à insulina estão sendo associadas à inflamação sistêmica crônica, e tem ligação com fatores genéticos, dietéticos e ambientais (CANI et al., 2007). Pesquisas recentes sugerem ainda que a microbiota intestinal desempenha papel crucial no desenvolvimento de massa gorda, na regulação da resistência à insulina, no aparecimento do Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) e na manutenção do baixo grau de inflamação. Em obesos, a microbiota intestinal pode encontrar-se alterada, contribuindo para o desenvolvimento de inflamação de baixo grau, associada à translocação de lipopolissacarídeos bacteriano (LPS), potente molécula pró-inflamatória, presente na parede celular de bactérias Gram-negativas (MARTINS; BAPTISTA; CARRILHO, 2018). Desde o nascimento a composiçao da microbiota vai sendo definida, sendo influenciada por fatores geográficos, o tipo de parto, amamentação, a idade de desmame, a exposição à antibióticos e aos hábitos alimentares. A microbiota intestinal atinge sua composição madura aos três anos de idade e tende a permanecer controlada durante todo o tempo de vida, mesmo com mudanças no estilo de vida, doenças agudas e tratamentos com antibióticos (TICINESI et al., 2017). Na microbiota de um indivíduo considerado saudável os filos Firmicutes, Bacteroidetes e Actinobactérias são mantidos estáveis (KASSELMAN et al., 2018). Entretanto, em um indivíduo obeso, existem modificações na composição da sua microbiota intestinal, com a decomposição de polissacarídeos não digeríveis, aumento da produção de monossacarídeos e de bactérias Gram negativas e, principalmente, apresentam grande produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) e proliferação de bactérias do filo Firmicutes, que promovem alta extração de energia proveniente da dieta com excesso de calorias (CORNEJO-PAREJA et al., 2018; JUMPERTZ et al., 2011). Alguns estudos em humanos e em ratos demonstraram que o consumo de prebióticos reduz a fome e aumenta a saciedade, e promovem a melhora na proteção da barreira intestinal (SHEN; OBIN; ZHAO, 2013). As alterações na permeabilidade da barreira intestinal, que favorecem a translocação de LPS para o plasma, são responsáveis pela endotoxemia metabólica que conduz a inflamação de baixo grau, assim como a subsequentes alterações da homeostasia da glicose e dos lipídios (MARTINS; BAPTISTA; CARRILHO, 2018). Os prebióticos promovem o crescimento de bactérias como Lactobacillus e Bifidobacterium que beneficiam a microbiota intestinal (SHEN; OBIN; ZHAO, 2013). Por sua vez, estudos com simbióticos que combinam probióticos e prebióticos, mostram o favorecimento da microbiota intestinal humana, promovendo sua multiplicação e sua ação funcional (DE BRITO et al., 2013). Com esta estabilização metabólica, as bactérias melhoram o bolo fecal, diminuem a absorção da glicose, diminuem o colesterol sanguíneo, ajudando na prevenção de doenças coronarianas, e regeneram a mucosa intestinal com a diminuição na translocação bacteriana (ALMEIDA et al., 2009). Nexto contexto, o objetivo desta revisão bibliográfica é demonstrar a relação do equilíbrio da microbiota intestinal por meio da dieta com uso de prebióticos, probióticos e simbióticos como forma de prevenção e tratamento da resistência à insulina em obesos.
............... Metodologia ....................
O atual estudo se trata de uma revisão bibliográfica narrativa baseada na seleção e triagem dos artigos, publicações e documentos oficiais de órgãos governamentais e de saúde. O levantamento de artigos científicos disponíveis nos bancos de dados PUBMED, Medline, PLoS ONE, DeCS, BIREME, Lilacs, Portal Capes e Science Direct foi feito por meio do uso de palavras-chave cruzadas com os operadores booleanos “and”, “or” e “not” filtrando-se artigos no período de 2007 a 2019. A pesquisa inicial resultou em 135 artigos, obtidos por refinamento da busca, dos quais 36 artigos foram utilizados na composição deste estudo. A seleção do material utilizado deu-se por meio de leitura e seleção das informações mais relevantes e pertinentes ao tema.
funcionais
........ Resultados e Discussões .........
Existem cerca de 1000 espécies de bactérias presentes na microbiota, as quais estão distribuídas em mais de 50 tipos de cepas diferentes (DE MORAES et al., 2014). No intestino existem cerca de 160 espécies, sendo os filos dominantes os Firmicutes e os Bacteroidetes que representam quase 90% do total. O filo Firmicutes é composto por mais de 200 gêneros diferentes como Lactobacillus, Bacillus, Clostridium (representa 95%), Enterococcus e Ruminococcus. O filo Bacteroidetes tem gêneros predominantes como Bacteroides e Prevotella. O filo da Actinobactéria é menos abundante e composto pelo gênero Bifidobacterium. A composição da microbiota intestinal difere de indivíduo para indivíduo, pois é influenciada por vários fatores, sejam eles ambientais, culturais, estilo de vida e dietas (RINNINELLA et al., 2019). Há uma grande relação entre o microbioma intestinal, as vias metabólicas do hospedeiro, sistema imunológico, tecido adiposo, fatores genéticos e de comportamentos e a dieta do hospedeiro. (SANMIGUEL; GUPTA; MAYER, 2015). Além das alterações metabólicas que sucedem nos indivíduos com obesidade, também ocorrem modificações na microbiota intestinal, como o aumento da proporção de Firmicutes / Bacteroidetes (STEPHENS; ARHIRE; COVASA, 2018), assim levando a um aumento exacerbado de butirato e acetato, aumentando negativamente a permeabilidade intestinal, adiposidade e por consequência, o peso corporal (DAO et al., 2016). Portanto, a utilização de simbióticos na modulação dessas condições surge como estratégia auxiliar na prevenção e tratamento dessa condição clínica (BAOTHMAN et al., 2016). Nesse contexto, Brahe et al. (2015) conduziram estudo randomizado, duplo cego, de avaliação metagênomica de possíveis alterações na microbiota intestinal de 58 mulheres obesas na pós menopausa, com ingestão diária de L. paracasei e mucilagem de linhaça (10g) ou placebo por 6 semanas. A ingestão de mucilagem de linhaça e L. paracasei melhorou a sensibilidade à insulina e alterou a microbiota intestinal em mulheres obesas na pós-menopausa, mas foi sugerido que o efeito na sensibilidade à insulina é independente das alterações induzidas pela mucilagem de linhaça nas espécies bacterianas. Portanto, o uso dos prebióticos parece ser muito promissor na estratégia nutricional de redução do risco de obesidade e comorbidades associadas (SLAVIN, 2013), melhorando composição corpórea e sensibilidade insulínica, principalmente em casos de RI (PETSCHOW et. al, 2013). Podendo ser usados como uma alternativa aos probióticos, ou como um suporte adicional para eles (MARKOWIAK; ŚLIŻEWSKA, 2017). Kadooka et al. (2010) avaliaram os efeitos do probiótico Lactobacillus Gasseri SBT2055 (LG2055) na adiposidade abdominal, no peso corporal e outras medidas corporais em adultos com sobrepeso. Apresentaram-se efeitos redutores na adiposidade abdominal, peso corporal e circunferências de cintura e quadril, com o consumo de leite fermentado e este probiótico em 200g/dia durante 12 semanas. Indivíduos com obesidade apresentam baixo grau de inflamação crônica e comorbidades e com isso os probióticos podem possuir influência benéfica nos distúrbios metabólicos através da modulação da microbiota. Apresentando também efeitos antidiabéticos, que inclui redução de citocinas pró-inflamatórias por via de NF-κB, melhora na captação de glicose via GLUT4, principalmente nos tecidos musculares e hepáticos, aumento na função dos AGCC, permeabilidade intestinal e estresse oxidativo reduzidos (KIM; KEOGH; CLIFTON, 2018). Como complemento, os probióticos são capazes de melhorar a colonização da microbiota, atenuação do quadro inflamatório, ocasionando, por consequência, a atenuação da resistência à insulina e diminuição de circunferências; que no geral, melhoram os distúrbios metabólicos e os parâmetros bioquímicos (CERDÓ et al., 2019). A interação entre prebióticos e probióticos pode exercer benefícios sinérgicos para a saúde. Eslamparast et al. (2014) encontraram efeitos benéficos com a administração de simbióticos, através de uma análise com 38 indivíduos adultos de ambos sexos, todos apresentavam RI, síndrome metabólica, níveis reduzidos de HDL-colesterol, pressão arterial elevada, altas taxas séricas de triacilgliceróis (TAG) e circunferência de cintura aumentada. Por 28 semanas, os indivíduos receberam suplementação de simbióticos contendo sete cepas associada a exercícios físicos e dieta. Observou-se redução na glicemia em jejum, nos níveis de TAG e colesterol total, aumento do HDL-colesterol e melhora na resistência à insulina. É possível inferir que a suplementação de simbióticos pode melhorar a resistência à insulina pois não só modifica e melhora a microbiota intestinal, como reduz a produção e absorção de toxinas intestinais – provenientes das bactérias Gram-negativas – que na inflamação causada pela obesidade, estão bem presentes no organismo (SÁEZ-LARA et al., 2016). Esses metabólitos nocivos provocam a cascata de inflamação no organismo o que gera a RI e deixa o hospedeiro ainda mais suscetível (MOOSSAVI; BISHEHSARI, 2019). Além do mais, a microbiota de um
indivíduo obeso leva à alterações neurocomportamentais, através do eixo cérebro-intestino, melhorando a produção de colecistocinina (CCK), impulsionando hormônios intestinais e atividade neuronal hipotalâmica à regulação de apetite e modulando sensibilidade à saciedade por meio dos neurônios aferentes (PETSCHOW et al., 2013). Ferrarese et al. (2018) mostram que simbióticos possuem efeito benéfico no controle de peso, ativando as vias de saciedade e promovendo controle de apetite, através da mudança na composição microbiana. Percebe-se o efeito dos simbióticos demonstrado por Kassaian et al. (2018), em 120 adultos pré diabéticos, por 24 semanas. Seus participantes foram suplementados com 6 g por dia de probiótico ou simbiótico, sem modificação dos hábitos alimentares e atividade física. Constatou-se uma diminuição nos níveis de insulina em jejum, no índice de resistência à insulina (HOMA-IR) e hemoglobina glicada (HbA1C), além do aumento da sensibilidade insulínica. A suplementação de simbióticos parece ser bastante promissora na melhora da sensibilidade à insulina, favorecendo o enriquecimento da composição microbiana intestinal, assim diminuindo endotoxinas intestinais e a captação de energia (SÁEZ-LARA et al., 2016). Em um estudo de ensaio clínico triplo cego, 46 pacientes de ambos os sexos, com 25 a 70 anos, divididos em dois grupos, receberam duas cápsulas por dia de simbiótico ou placebo de forma aleatória, durante três meses. Eles receberam uma dieta para perda de peso, já que todos apresentavam síndrome metabólica com sobrepeso ou obesidade. Foram alocados aleatoriamente em dois grupos por meio de um procedimento de randomização estratificado com sujeitos combinados em cada grupo com base no IMC. Em cada cápsula simbiótica continha Lactobacillus casei, Lactobacillus rhamnosus, Streptococcus thermophilus, Bifidobacterium breve, Lactobacillus acidophilus, Bifidobacterium longum, Lactobacillus bulgaricus, e 125 mg de FOS (frutosuctooligosacarida prebiótico) e o placebo tinha maltodextrina. O resultado mostrou que a suplementação simbiótica mais uma dieta de perda de peso em pacientes com síndrome metabólica, diminui o peso, IMC, glicemia em jejum, concentração de insulina no HOMA-IR, e aumentou significativamente os níveis de GPL-2 e PYY que influencia na perda de apetite desses pacientes (RABIEI; SHAKERHOSSEINI; SAADAT, 2015). Desta maneira, fica claro que os simbióticos mostram-se eficazes na melhora do perfil lipídico, na composição intestinal e na via de sinalização de insulina (TAJADADI-EBRAHIMI et al., 2014); onde também promove diminuição da produção e absorção de toxinas intestinais presentes na obesidade (FESTI et al., 2014). Para mais, comportam-se de forma diferenciada e positiva nas mais variadas situações patológicas relacionadas a obesidade e pode ter um papel importante na prevenção da resistência à perda de peso (RABIEI; SHAKERHOSSEINI; SAADAT, 2015); essa estratégia nutricional pode atrasar a fase de platô da perda de peso e impedir a resistência a mais perda de peso, assim alterando o quadro de resistência à insulina (KASSAIAN et al., 2018). Apesar dos resultados dos estudos com humanos mostrarem efeitos positivos dos prebióticos, probióticos e simbióticos na obesidade e em comorbidades associadas, fica claro que o uso isolado destes produtos não apresen-
funcionais
ta a mesma eficácia de quando estão associados à dieta (KHAN et al., 2016) e exercício para a prevenção e tratamento dos fatores de risco da resistência à insulina (CUEVAS-SIERRA et al., 2019). O uso de simbióticos, probióticos e prebióticos pode funcionar como coadjuvante para aprimorar o funcionamento da microbiota intestinal e consequentemente, constituir um ambiente favorável à melhora da inflamação de baixo grau.
............... Conclusão ....................... Existem evidências na relação da modulação da microbiota e a resistência à insulina, nas quais o uso de moduladores mostra-se benéfica na maioria dos estudos, com uma melhora da inflamação crônica, diminuição de gordura visceral e colesterol e sucessivamente, uma sensibilidade insulínica melhor. Em diversas situações, os prébióticos, probióticos e simbióticos mostraram-se benéficos ao organismo de obesos com resistência à insulina, auxiliando na melhora dos sintomas, perda de peso e medidas; podendo assim ser utilizado como adjuvante no tratamento da obesidade e RI por seus resultados promissores. Contudo, inexistem informações sobre a qualidade e quantidade de prebioticos, probioticos e simbioticos efetiva, bem como eventuais efeitos adversos em longo prazo. Sobre os autores Dra. Ester Regina Gomes Tito - Nutricionista. Discente do Curso de Pós Graduação de Nutrição Clínica do Centro Universitário São Camilo. Dra. Ingrid Helena Gomes da Silva - Nutricionista. Discente do Curso de Pós Graduação de Nutrição Clínica do Centro Universitário São Camilo. Profa. Dra. Mariana Doce Passadore – Nutricionista. Docente do curso de Pós-graduação em Nutrição Clínica do Centro Universitário São Camilo.
PALAVRAS-CHAVE: Probióticos. Prebióticos Simbióticos. Microbiota intestinal. Microbioma. Metagênomica. Obesidade. Resistência à insulina.
KEYWORDS: Probiotics. Prebiotics. Symbiotics. Intestinal microbiota. Microbiome. Metagenomics. Obesity. Insulin
resistance. RECEBIDO: 24/7/20 - APROVADO: 20/8/20
REFERÊNCIAS ALMEIDA, L.B. et al. Disbiose intestinal. Rev. Bras. Nutr. Clin., v. 24, n.1, p. 58-65, 2009. BAOTHMAN, O.A. et al. The role of gut microbiota in the development of obesity and diabetes. Lipids Health Dis., v.15, p.1-8, 2016. BRAHE, L.K. et al. Dietary modulation of the gut microbiota - a randomised controlled trial in obese postmenopausal women. British Journal of Nutrition, v.114, n.3, p.406-417 2015; 114: 406–417, 2015. CANI, P.D. et al. Metabolic endotoxemia initiates obesity and insulin resistance. Diabetes, v.56, n.7, p.1761–1772, 2007. CERDÓ, T. et al. The role of probiotics and prebiotics in the prevention and treatment of obesity. Nutrients, v.11, n.3, p.1-31, 2019. CORNEJO-PAREJA, I. et al. Importance of gut microbiota in obesity. European Journal of Clinical Nutrition, v. 72, n. 1, p. 26-37, 2018. CUEVAS-SIERRA, A. et al. Diet, gut microbiota, and obesity: Links with host genetics and epigenetics and potential applications. Adv. Nutr., v.10, p.s17-s30, 2019. DAO, M.C. et al. Losing weight for a better health: role for the gut microbiota. Clinical Nutr. Experimental, v.6, p. 39-58, 2016. DE BRITO, J.M. et al. Probióticos, prebióticos e simbióticos na alimentação de não-ruminantes - Revisão. Revista Eletrônica Nutrime, v. 10, n.4, p. 2525-2545, 2013.
DE MORAES, A.C.F. et al. Microbiota intestinal e risco cardiometabólico: mecanismos e modulação dietética. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia, v. 58, n.4, p. 317-327, 2014. DEFRONZO, R.A.; TRIPATHY, D. Skeletal muscle insulin resistence is the primary defect in type 2 diabetes. Diabetes care, v.32, n.2, p.157- 163, 2009. ESLAMPARAST, T. et al. Effects of symbiotic supplementation on insulin resistance in subjects with the metabolic syndrome: a randomised, double-blind, placebo-controlled pilot study. British Journal of Nutrition, v.112, n.3, p. 438-445, 2014. FERRARESE, R. et al. Probiotics, prebiotics and synbiotics for weight loss and metabolic syndrome in the microbiome era. Eur. Rev. Med. Pharmacol. Sci., v. 22, n.21, p. 7588-7605, 2018. FESTI, D. et al. Gut microbiota and metabolic syndrome. World J Gastroenterol., v.20, n.17 p.16079-16095, 2014. HOLLAND, W.L. et al. Lipid-induced insulin resistence mediated by the proinflamatory receptor TLR4 requires saturated fatty acid-induced ceramide biosynthesis in mice. J Clin Invest., v.121, n.5, p.1858-1870, 2011. JUMPERTZ, R. et al. Energy-balance studies reveal associations between gut microbes, caloric load, and nutrient absorption in humans. Am J Clin Nutr., v. 94, n. 1, p. 58-65, 2011. KADOOKA, Y. et al. Regulation of abdominal adiposity by probiotics (lactobacillus gasseri SBT2055) in adults with obese tendencies in a randomized controlled trial. Eur. J. Clin. Nutr., v.64, n.6, p. 636-643, 2010. KASSAIAN, N. et al. The effects of probiotics and synbiotic supplementation on glucose and insulin metabolism in adults with prediabetes: a double-blind randomized clinical trial. Acta Diabetol., v. 55, n.10, p. 1019-1028, 2018. KASSELMAN, L.J. et al. The gut microbiome and elevated cardiovascular risk in obesity and autoimmunity. Atherosclerosis, v. 271, p. 203–213, 2018. KHAN, M.J. et al. Role of Gut Microbiota in the Aetiology of Obesity: Proposed Mechanisms and Review of the Literature. J. Obes., v.2016, p.1-27, 2016. KIM, Y.A.; KEOGH, J.B.; CLIFTON, P.M. Probiotics, prebiotics, synbiotics and insulin sensitivity. Nutrition Research Reviews, v.31, n.1, p. 35-51, 2018. LIN, B.Y. et al. Changes of gut microbiota between different weight reduction programs. Surgery for Obesity and Related Diseases, v.15, n.5, p.749- 758, 2019. MARIATH, A.B. et al. Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis entre usuários de unidade de alimentação e nutrição. Cad. Saúde Pública, v.23, n.4, p.897-905, 2007. MARKOWIAK, P.; ŚLIŻEWSKA, K. Effects of probiotics, prebiotics, and synbiotics on human health. Nutrients, v.9, n.9, p. 1-30, 2017. MARTINS, D.C.; BAPTISTA, C; CARRILHO F. Microbiota intestinal e diabetes mellitus: associações intrínsecas. Rev. Port. Endocrinol. Diabetes Metab., v. 13, n.2, p. 1-6, 2018. MOOSSAVI, S.; BISHEHSARI, F. Microbes: possible link between modern lifestyle transition and the rise of metabolic syndrome. Obesity Reviews: An Official Journal of the International Association for the Study of Obesity, v.20, n.3, p. 407-419, 2019. PETSCHOW, B. et al. Probiotics, prebiotics, and the host microbiome: the science of translation. Ann. N.Y. Acad. Sci., v. 1306, n.1, p. 1-17, 2013. RABIEI, S.; SHAKERHOSSEINI, R.; SAADAT, N. The effects of symbiotic therapy on anthropometric measures, body composition and blood pressure in patient with metabolic syndrome: a triple blind RCT. Med. J. Islam. Repub. Iran., v. 29, p.1-8, 2015. RINNINELLA, E. et al. Food components and dietary habits: keys for a healthy gut microbiota composition. Nutrients, v. 11, n.10, p. 2393, 2019. SÁEZ-LARA, M.J. et al. Effects of probiotics and symbiotics on obesity, insulin resistance syndrome, type 2 diabetes, and non-alcoholic fatty liver disease: a review of human clinical trials. Int. J. Mol. Sci., v.17, n.6, p. 928, 2016. SANMIGUEL, C.; GUPTA, A.; MAYER E.A. Gut microbiome and obesity: a plausible explanation for obesity. Curr. Obes. Rep., v.4, n.2, p.250-261, 2015. SHEN, J.; OBIN, M.S.; ZHAO, L. The gut microbiota, obesity, and insulin resistance. Molecular Aspects of Medicine, v. 34, n.1, p. 39–58, 2013. SLAVIN, J. Fiber and prebiotics: mechanisms and health benefits. Nutrients, v.5, n.4 p.1417-1435, 2013. STEPHENS, R.W; ARHIRE, L.; COVASA, M. Gut microbiota: from microorganisms to metabolic organ influencing obesity. Obesity Jornal, v.26, n.5, p.801-809, 2018. TAJADADI-EBRAHIMI, M. et al. Effects of daily consumption of synbiotic bread on insulin metabolism and serum high-sensitivity C-reactive protein among diabetic patients: a double-blind, randomized, controlled clinical trial. Ann Nutr. Metab., v.65, n.1, p.34-41, 2014. TICINESI, A. et al. Aging gut microbiota at the cross-road between nutrition, physical frailty, and sarcopenia: is there a gut-muscle axis? Nutrients, v.9, n. 12, p. 1303, 2017.