Revista Obras & Dicas Edição 54

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Distribuição Gratuita

Agosto / Setembro de 2016 - Ano 8 - nº 54 w w w. o b r a s e d i c a s . c o m . b r

ESPECIAL SUSTENTABILIDADE

PROJETOS E AÇÕES

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EXPEDIENTE

EDITORIAL

VIVA SUSTENTÁVEL

Diretor-Geral Donizeti Batista Jornalista responsável Cris Oliveira - Mtb 35.158

“Pensar em sustentabilidade é pensar na família, no próximo e em você mesmo.”

Projeto Gráfico / Editoração Marcelo Arede Executivas de Vendas Bruna Lubre Iara Mello

Dijalma Augusto Moura

S

omos 7,2 bilhões de pessoas na Terra. E cada um de nós tem sua parcela de responsabilidade para que seja viável viver, ou sobreviver. Precisamos de recursos naturais como um ar de qualidade e não poluído; o verde farto que ajuda preservar a qualidade do ar e equilibrar o clima, e manter a saúde da fauna e da flora; e de água, sem a qual não sobreviveríamos. Ou seja, tudo é de todos, inclusive a responsabilidade de querer um Planeta viável para si e suas próximas gerações. Nesta edição nosso foco é a sustentabilidade em suas várias vertentes. Abordamos as responsabilidades que a construção civil tem, de prosperar sem agredir. Mostramos ações locais que são o retrado de que, passou da hora de ficar apenas esperando o poder público re-

Sugestões contato@obrasedicas.com.br Vendas: Had Captações e Propaganda Ltda-ME 17 3033-3030 - 99249-2662 revistaobrasedicas@hotmail.com contato@obrasedicas.com.br www.obrasedicas.com.br

revista obras e dicas

Donizeti Batista

Foto: Divulgação Projeto: Tributo aos 30, de Roberto Migotto

Diretor Geral

Foto: Arquivo pessoal

Agosto / Setembro / 2016 Nº 54 - Ano 8

Distribuição Gratuita. Dirigida aos setores relacionados à Construção Civil - São José do Rio Preto e Região. *Artigos assinados representam opniões dos autores. 4

revistaobrasedicas@hotmail.com

solver as pendências; você pode arregaçar as mangas, unir forças e mudar a realidade. Claro que para fazer algo não é necessário ser engajado, basta ter um compromisso pessoal e adequar sua vida, assim terá um mundo mais saudável. Acredite, é simples e possível. Também vamos mostrar as novidades da Casa Cor Curitiba, com seus ambientes premiados. As novas criações de Ruy Ohtake, e uma entrevista muito especial com a arquiteta rio-pretense Bárbara Jalles, que está construindo uma carreira promissora na capital paulista. Então abra as janelas e sinta a brisa entrar. Aproveite a luz natural para fazer uma leitura consciente e caso for ler no período noturno, aproveite para avaliar a iluminação e, quem sabe, substitua as lâmpadas por LEDs.


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ÍNDICE PAPO DE OBRA

O SOL BRILHA E FAZ-SE A ENERGIA

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ESPECIAL

ESPAÇO UNE PLANTAS NATIVAS, PORCELANATOS E NANOTECNOLOGIA

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CASA COR PARANÁ

ANTIGO PRÉDIO DE “O ESTADO DO PARANÁ” AMBIENTA CASA COR

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AÇÕES LOCAIS

AÇÕES BUSCAM UMA CIDADE MAIS VERDE E SUSTENTÁVEL

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OBRAS PREMIADAS

PRAÇA DAS ARTES ABRIGA VERTENTES CULTURAIS NO CENTRO DE SÃO PAULO

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OBRAS PREMIADAS SUSTENTABILIDADE É A BASE DO HARMONIA 57

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CONHECIMENTO

CONTAINER: UM ESPAÇO SUSTENTÁVEL PARA TRABALHAR OU MORAR

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PAPO DE OBRA

Foto: Divulgação

O SOL BRILHA E FAZ-SE A ENERGIA

A

energia solar é limpa, vem de uma “matéria-prima” infinita que e o sol, e o preço é bem mais viável. Em um país onde o sol brilha, e muito, quase que diariamente, o investimento é bastante interessante, e embora já existam usinas do segmento por aqui, ainda tem muito a ser explorado. Tanto que várias pessoas têm investido em energia solar de forma individual, implantando os sistemas em casas e condomínios. Em dezembro de 2015 tiveram início as obras do projeto Ituverava, na Bahia, que terá capacidade de 254 MW, com produção anual de energia estimada em 500 GWh. A previsão é que o parque solar entre em funcionamento em 2017. Esta será a maior usina de energia solar da América Latina, e ajudará a suprir à demanda constante de energia elé8

trica no país. No Portal Solar - http://www.portalsolar. com.br/calculo-solar - é possível, a partir de informações sobre local de moradia e consumo médio mensal de eletricidade, saber a faixa de investimento necessário para instalar um sistema de captação fotovoltaico no imóvel e torná-lo autossuficiente, do ponto de vista energético. O simulador solar considera as 360 cidades com maior densidade demográfica do país e se baseia no índice de irradiação solar de cada uma delas. Já que outras variáveis não podem ser previstas, como a direção do local onde serão instalados os painéis fotovoltaicos e quantas horas de sol direto o local recebe, o resultado traz desde o preço mínimo até um preço máximo do sistema. Além disso, mos-

tra quantas placas são necessárias, espaço que ocuparão, peso médio por m² e produção anual de energia. Carolina Reis, diretora do Portal Solar, acredita que, mesmo nas cidades onde o investimento em energia solar sai mais caro, vale a pena investir. “O sistema tradicional de distribuidoras não oferece nenhum retorno financeiro para o usuário final. Hoje, os sistemas de captação solar têm uma durabilidade de cerca de 25 anos, o que os torna mais baratos sob qualquer comparação. Ou seja, a energia solar é mais barata que a energia que você compra de sua distribuidora”, completa Carolina.

Maiores do Mundo

Que tal conhecer as cinco maiores usinas solares do mundo?


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PAPO DE OBRA

5º lugar – California Valley Solar Ranch (Estados Unidos)

Fotos: Divulgação

Desde 2013 tem alimentado uma vasta área geográfica no norte e centro da Califórnia. O projeto de 250 megawatts está instalado no Carrizo Plain, um local com incidência de sol de, em média, 315 dias por ano, ideal para uma usina de energia fotovoltaica. Seguindo o sol com precisão, foi desenvolvido um sistema motorizado inspirado no movimento que faz um girassol. Conhecido como rastreadores, eles ajudam os módulos fotovoltaicos a seguirem a posição do sol ao longo do dia, sendo cerca de 25% mais eficientes do que as unidades fixas. Sua capacidade é de abastecer cerca de 100 mil casas. Conta com 749.088 painéis solares em funcionamento, que poupam a emissão de mais de 336 mil toneladas de gases tóxicos por ano.

4º lugar – Agua Caliente Solar Project (Estados Unidos) A instalação tem capacidade de gerar 290 megawatts, de energia solar e fica em Condado de Yuma, Arizona. A região desértica tornou-se um local popular para a construção de grandes projetos de energia solar, pois a luz do sol é abundante e há grandes extensões de terra disponíveis. Os cerca de cinco milhões de painéis fotovoltaicos de inclinação de ângulo fixo, estão instalados há mais de seis pés acima do solo para minimizar o impacto visual. Utiliza três classes de painéis de capa fina com capacidade de 75 a 77 watts cada um, produzindo 731,4 gigawatts-hora de energia por ano. Iniciou as operações em 2012. 10


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PAPO DE OBRA

Fotos: Divulgação

3º lugar – Longyangxia Hydro-solar (China)

O parque solar Gonghe PV, que iniciou as atividades em 2013, foi encomendado e conectado à rede elétrica através da usina hidrelétrica que existe nas proximidades de Longyangxia, no Rio Amarelo. Instalada na província chinesa de Qinghai, trata-se da maior usina de tecnologia mista hidro-solar do mundo, com capacidade de 480 megawatts. Cobre uma área de 9,16 km², disponibilizando cerca de 483 gigawatts-hora por ano. A saída de energia do sistema fotovoltaico é ajustada usando a turbina de energia hidráulica, para alcançar uma curva de saída suave e estável. O reservatório suporta uma estação de energia de 1.280 MW, com quatro 320 MW de turbinas.

2º lugar – Topaz Solar Farm (Estados Unidos)

Instalada em San Luis Obispo County, Califórnia, ocupa uma área de 26 km², e foi concluída em 2014. Possui nove milhões de painéis fotovoltaicos, com base na tecnologia de película fina. Essa estrutura fornece 550 megawatts de potência energética. A partir do nível do solo, o escopo da instalação é difícil de compreender. São filas de painéis solares que parecem esticar indefinidamente no horizonte. Módulos solares de topázio são montados juntos em painéis apoiados por colunas de aço; a estrutura mantém os módulos de cerca de 1,5 metros acima do solo. Produz energia suficiente para abastecer 160 mil casas, e o melhor, poupa a emissão de 377 mil toneladas de gás carbono, anualmente.

1º lugar – Desert Sunlight Solar Farm (Estados Unidos) O que a diferencia da usina que está em segundo lugar não é exatamente sua capacidade de produção, já que também é capaz de gerar 550 megawatts. Seu ponto alto é conseguir produzir igual ocupando uma área consideravelmente menor, ou seja, de 16 km². Concluída no início de 2015, contou com um investimento de 1,46 bilhões de dólares no projeto. Ela conta com aproximadamente 8,8 milhões de painéis fotovoltaicos, e está no Deserto do Mojave, na Califórina. A energia que gera é suficiente para abastecer 160 mil casas. Desloca 300 mil toneladas de gás carbônico por ano, o equivalente a tirar de circulação 60 mil carros. 12


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ESPECIAL

ESPAÇO UNE PLANTAS NATIVAS, PORCELANATOS E NANOTECNOLOGIA

N

ossa capa mostra o espaço Praça Eliane, assinado pelo arquiteto paisagista Alex Hanazaki, para a Casa Cor SP 2016. O conceito é do brutalismo sincronizado com o tropicalismo brasileiro, que resulta em um paisagismo atemporal. No espaço de mais de 450 m² foi possível ver um jardim flutuante, composto pelos elementos naturais água e fogo e diversas espécies de plantas, com produtos especialmente criados pelo profissional em parceria com a marca Eliane Revestimentos, como porcelanatos, revestimentos e seixos com aspecto fosco. O projeto traz ainda plantas nativas, como o icônico pau-brasil. “Minha principal preocupação foi criar uma linha industrializada, inspirada na natureza, porém oferecendo a mais perfeita estética e maior durabilidade que a matéria-prima. Essa parceria com a Eliane Revestimentos surgiu do produto até a concepção do espaço”, explica Hanazaki, que é considerado um dos grandes nomes da arquitetura de paisagismo moderno no Brasil. A brasilidade do espaço foi garantida pelo plantio de 12 árvores de pau-brasil. “Achei importante enaltecer e valorizar a natureza local, fazendo relembrar a árvore símbolo do nosso país”, pontua o arquiteto. Ao passar pelo caminho, os visitantes encontravam várias surpresas. Entrando pelo túnel logo se sentia, de um lado, a presença da natureza em um imenso jardim vertical. Já do outro, a sutil incidência de luz natural invadindo o corredor, por uma cobertura com pergolado e brises feitos com estrutura metálica e porcelanatos em diferentes tons, como: preto, cinza, bege, nude, off-white e branco. No ambiente principal encontrava-se duas ambientações: à direita, um grande espelho d’água, revestido de seixos negros e porcela-

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natos distribuídos em seu interior, propondo o conceito de um caminho sobre as águas, compostos com pequenos jardins flutuantes. Ainda no seu interior, uma lareira trazia o contraponto entre os elementos fogo e água; já em outra perspectiva, o ambiente propõe a permanência e contemplação do espaço, com bancos revestidos em porcelanato e uma cascata de água, que traz movimento e atmosfera acolhedora. No pergolado, todos os revestimentos

possuíam a nanotecnologia Cleantec, que tem ação autolimpante, antibacteriana e de purificação do ar, tornando os ambientes mais saudáveis e de fácil manutenção. “A alta tecnologia empregada no revestimento me chamou a atenção pelo processo ser semelhante à fotossíntese, além de eliminar gases poluentes. Como paisagista, fico muito feliz com lançamentos de produtos como esse, que efetivamente contribuem com o meio ambiente”, conclui Hanazaki.


Fotos: Divulgação

RUA GENERAL GLICÉRIO, 4706 I SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SÃO PAULO I TEL.: +55 17 3233.6458 WWW.NRILUMINACAO.COM.BR I WWW.FACEBOOK.COM/ILUMINACAONR

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CASA COR PARANÁ

ANTIGO PRÉDIO DE “O ESTADO DO PARANÁ” AMBIENTA CASA COR

Projeto Mais Ousado - Lounge Compagas, de Wolfgang. O espaço de 250 m² foi inspirado em temas africanos. Bem ao centro contou com 30 rochas, usadas como elementos para humanizar o projeto. Para revestir as paredes, piaçaba. Teve ainda lareira de oito metros. Um contêiner formatou o palco para apresentações ao vivo, com cobertura de jardim suspenso. A iluminação em LED ajudou no aconchego, promovendo sensações em conjunto com fogo e música.

A

Casa Cor Paraná trouxe como tema de 2016 “Celebração”, tendo a casa como espaço de celebração da vida. A Mostra movimentou Curitiba entre os meses de junho e julho. Foram 48 ambientes distribuídos por seis mil metros quadrados, oferecendo aos visitantes experiências vivas de morar, que inspiram, emocionam e transformam a casa em sintonia com o espírito da época, além de um roteiro cultural completo. O espaço escolhido, que já abrigou um jornal, fica nos fundos de uma área de 30 mil m², no Vista Alegre, em uma estrutura que pro16

porciona um dos mais belos recortes visuais da capital paranaense. Para o proprietário da área, o ex-governador Paulo Pimentel, não houve como se desvencilhar deste fator. “O erro de fazer um prédio nos fundos se dissipava com a vista, que nos atraiu mais. É muito bonita”, admite. Para muitos profissionais da imprensa, o local é o “templo do jornalismo”, seja pelo conteúdo que foi ali impresso em milhares de publicações de “O Estado do Paraná”, seja pela energia retida de gerações de trabalhadores dispostos a interferir na comunidade por meio

da informação. Não por acaso, são muitos os relatos de pessoas que afirmam ter encontrado fantasmas, ouvido barulhos e movimentações com o local vazio, ou simplesmente sentir a vibração que emana do lugar. O certo é que essa histórica construção possui paredes revestidas de alma e contestação. Premiação Para os profissionais de arquitetura, o ponto alto da Casa Cor Paraná foi a noite de premiações. Acompanhe as categorias, vencedores, e saiba mais sobre esses espaços.


Fotos: Marcelo Stammer

Melhor projeto de uso público Café

Melhor Projeto de Uso Público – Café, de Viviane Tabalipa. Com 140 m² ocupou o lugar onde ficavam as rotativas do jornal O Estado do Paraná, levando a arquiteta a trabalhar com um estilo mais industrial, mantendo a estrutura aparente de telhado, luminárias existentes e piso em concreto. Considerado como ponto de encontro da Mostra, trouxe como características ser confortável e acolhedor, com sistema de som e imagem de alta tecnologia. Destaque Ambiente Residencial/Comercial - Home Office, de Larissa Gomes. O projeto de 27 m² se caracterizou pela busca da otimização do cotidiano agitado de uma profissional, jovem e contemporânea, que divide seu tempo entre família e trabalho. A essência ficou por conta da leveza e sofisticação, utilizando poucos e refinados materiais, tais como o mármore e madeira natural. O pantone branco apareceu no piso, bancadas e teto para iluminar e contrastar com a cor natural da madeira.

Destaque Ambiente Residencial Comercial - Home Office, de Larissa Gomes

Destaque Banheiros - Lavabo, de Barbara Penha e Pauline Moraes. Com 11 m² o espaço provou que materiais, mesmo que simples como o concreto aparente, quando utilizados da forma correta, se tornam nobres e belos. As cabines do banheiro foram produzidas sob medida. Reproduzindo a estrutura de um container com divisórias, o ambiente é 100% funcional, oferecendo praticidade da execução à manutenção, perfeito para a rotina agitada dos dias de hoje. Projeto com Melhor Solução de Funcionalidade - Lugar de Criança, de Viviane Busch. A conscientização do cuidado com a natureza e amor aos animais foi a proposta da arquiteta para o espaço de 170 m². Ela trouxe o contato com o meio ambiente para o universo infantil, por meio de animais de pelúcia em tamanho real e vegetação. Foi usado material de marcenaria nos painéis ao redor das paredes. No piso, placas de carpete e, ao centro piso emborrachado e ecológico, feito com material reciclável.

Destaque Banheiros - Lavabo, de Barbara Penha e Pauline Moraes

Melhor Uso de Produtos Arauco – Lounge Arauco, de Eduardo Mourão. O moderno espaço de 240m², tem o toque clássico atualizado, marca registrada do 17


CASA COR PARANÁ CAPA

Fotos: Marcelo Stammer

arquiteto, que usou cores off white, chumbo, vermelho, concreto e cobre, e um sofisticado projeto de iluminação. O grande destaque foi o revestimento das paredes com painéis de lâmina Arauco, que apresentam textura de cimento queimado, além do jardim vertical em uma das paredes.

Melhor Uso de Produtos Arauco – Lounge Arauco, de Eduardo Mourão

Projeto com Melhor Exposição do Produto Cozinha Gourmet, de Luiz Maganhoto e Daniel Casagrande

Melhor Exposição do Produto - Cozinha Gourmet 18

Projeto com Melhor Exposição do Produto - Cozinha Gourmet, de Luiz Maganhoto e Daniel Casagrande. O ambiente de 50 m² se inspirou na natureza, através de formas orgânicas e geométricas, compondo com elementos essenciais à vida, como água, terra, flora e ar. A cozinha deixou de ser isolada, passando a fazer parte do todo da casa. O projeto foi pensado sem desperdícios, criando uma proposta que busca ambientes funcionais, mas com características peculiares, como o uso da madeira quase que em “in natura”. Melhor Projeto Comercial - Loja da Casa, de Hellen Giacomitti. Inspirado no estilo imperial dos castelos ingleses, o espaço de 20m² somou a modernidade dos dias atuais na textura do móvel. O uso do dourado com o cinza é uma das principais tendências do espaço, visto na laca dourada, no MDF com textura de tecido cinza e no piso. A sustentabilidade ganhou espaço ao usar a mesma tinta e aplicar textura sobre ela provocando o efeito de papel de parede.


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CASA COR PARANÁ

Melhor Uso de Tintas Renner - Studio de um Rapaz, de Romy Schneider

Melhor Uso de Tintas Renner - Studio de um Rapaz, de Romy Schneider. Mostrar que é possível viver bem e com conforto, nos pequenos espaços atualidade, foi o desafio da decoradora para o projeto de 35 m². O ambiente focou no jovem viajante, apreciador do estilo vintage, misturando o rústico com o moderno. Entre os destaques estão uma pintura no teto que lembra o aço corten. A mistura de cores, texturas e materiais pode ser vista na pintura, no papel de parede e na madeira. Projeto Mais Sofisticado - Living Principal, de Ivan Wodzinsky. Com ares do estilo vintage dos anos 60 e 70, o espaço brincou com as estampas e texturas dos tecidos que revestem os móveis e a parede do lugar. Os revestimentos de parede mesclam o uso da pedra ao tecido de veludo, configurando um espaço de sensações. Em evidência no centro do Living, se encontram as duas panteras do acervo de João Turin, que resgataram a essência do animalismo na arte.

Projeto Mais Sofisticado - Living Principal, de Ivan Wodzinsky.

Projeto com Melhor Aproveitamento do Espaço Lobby de Hotel, deWalkiria Nossol e Jessica Brandão. 20

Projeto com Melhor Aproveitamento do Espaço - Lobby de Hotel, deWalkiria Nossol e Jessica Brandão. Entre as principais tendências do espaço estão a monocromia: teto, piso e parede em uma mesma tonalidade. Ela serviu como pano de fundo para todos os outros elementos. E o MDF, com aspecto de tecido, desta vez simulando o tradicional tweed, é outra tendência forte para o mobiliário fixo. Lâmpadas de LED iluminaram todo o espaço, o que gerou economia de energia e auxiliou para não aquecer o ambiente.


Fotos: Marcelo Stammer

Projeto Mais Original - Sala VIP, de Guilherme Torres. O ambiente celebrou o lifestyle dos grandes articuladores da imprensa deluxe. Em tempos de uma arquitetura mais contestadora, também propôs uma ruptura com os conservadorismos locais, ao explorar ideias mais provocativas. O luxo esteve presente nos materiais presentes em paredes revestidas com exóticos mármores brasileiros em tons de âmbar, verde e vermelho. Melhor Ambiente Conceito - Instalação de Arte Fotográfica, de André Bertoluci. O local de 35 m² recebeu seis exposições fotográficas. A cada troca de exposição as paredes eram pintadas, sendo que passaram pelas seguintes cores: cinza, amarelo, laranja, azul, verde e marsala. O teto e duas paredes foram pintados de preto. A iluminação de lâmpadas dicróicas direcionava para os elementos de destaque. Um espelho ao fundo refletia todo o ambiente, dando destaque às obras de arte.

Projeto Mais Original - Sala VIP, de Guilherme Torres

Melhor Ambiente Conceito - Instalação de Arte Fotográfica, de André Bertoluci 21


AÇÕES LOCAIS

Fotos: Donizete Batista

AÇÕES BUSCAM UMA CIDADE MAIS VERDE E SUSTENTÁVEL

“Semear ideias ecológicas e plantar sustentabilidade é ter a garantia de colhermos um futuro fértil e consciente” Sivaldo Filho

A

união de forças sempre pode gerar bons resultados quando o assunto é sustentabiliade. Nada como pessoas engajadas e com um objetivo em comum para ver o mundo sendo transformado. Como diz Luis Nykyson Lisboa Pinheiro: sustentabilidade é a equação entre o que você poupa e o que você desperdiça. Atualmente acontece em São José do Rio Preto, o projeto “Muda que a cidade Muda”, que nasceu de um sonho de viver em uma cidade melhor e mais verde. “Esse projeto tem uma frente de atuação bastante ampla. Nesse momento ele é cidadania e ecologia, no próximo ano será cidadania e educação. Nossa pretensão é arborizar a rua Coronel Spínola de Castro em toda a sua extensão. Dividimos o projeto em duas etapas: na primeira plan22

tamos 116 árvores; e na segunda mais 284 árvores. Totalizando 400”, conta Fernanda Sansão, uma das idealizadoras do projeto. Com o Projeto em andamento vieram os apoios da iniciativa privada, através das empresas Gelo Perola e Sandet, que viabilizaram uma parte dos custos. As mudas foram doadas pela Secretaria do Meio Ambiente. A Sociedade dos Engenheiros forneceu técnicos para ajudar no plantio. O Sindicato dos Arquitetos do Estado de São Paulo contribuiu para que o geo-credenciamento dos imóveis fosse realizado. A Acirp (Associação Comercial e Industrial de Rio Preto), que representa o comércio e indústria local, dá sustentação para as ações. E a Prefeitura assumiu integralmente a parte de corte de calçadas e remoção dos entulhos, para que o plantio acontecesse de

forma mais rápida. E já AAMA (Associação dos Amigos dos Mananciais) auxiliou no plantio. “Muitos foram os parceiros de mídia e divulgação do projeto. Assistimos a um envolvimento completo de toda a comunidade para a execução desse projeto. Ficou claro que é possível transformar o local em que vivemos, se todos estiverem pensando coletivamente. Ao longo dos próximos dois anos teremos um trabalho importante na manutenção dessas árvores. É preciso rega diária, para podermos colher os benefícios de uma cidade mais verde no futuro.”, completa Fernanda. Os estabelecimentos que aderem ao projeto, se comprometendo em cuidar de suas árvores, recebem o selo Amigo da Árvore. Com isso, a população reconhecerá essa empresa como amiga da árvore e da cidade.


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AÇÕES LOCAIS

Calçadas

O arquiteto Kedson Barbero também uniu forças ao projeto “Muda que a Cidade Muda”, fazendo um estudo sobre as calçadas da rua Coronel Spínola de Castro, onde o plantio de árvores foi iniciado. O Projeto seguiu vários parâmetros: - Respeito a faixa livre mínima de 1,20 metros destinada exclusivamente à livre circulação de pedestres. Com faixa de serviço localizada em posição adjacente à guia de, no mínimo, 70 cm, destinada à instalação de equipamento e mobiliário urbano, à vegetação e a outras interferências existentes nos passeios. - No tocante a rede elétrica, avaliou-se a presença de fiação, verificando se a rede é do tipo compacta ou convencional e, ainda no caso de rede compacta se esta é isolada ou não. A partir disso decidiu-se sobre o porte das árvores. - Verificação do recuo quanto ao imóvel à frente do local pretendido para plantio, avaliando o aspecto biológico devido a copa da árvore a ser plantada. - Avaliação das características da via pública, no tocante ao trânsito de veículos. Onde foi avaliado se havia maior fluxo de veículos de passeio ou de transporte coletivo. O que influencia no tocante ao aspecto biológico, ligado ao tamanho da copa da árvore. 24

Fotos: Donizete Batista


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AÇÕES LOCAIS

Fotos: Divulgação

Guapuruvu

Mais um exemplo de que, quando a sociedade civil se organiza consegue bons resultados, envolve uma árvore da espécie Guapuruvu. Ela fica em um espaço da rua Coronel Spínola de Castro, na Vila Imperial onde funcionava a Oficina Cultural Fred Navarro. Uma grande polêmica se firmou em 2014, quando a Oficina anunciou que deixaria o imóvel e a área seria usada para um empreendimento imobiliário. Iniciou-se uma campanha para que árvore fosse preservada. O grupo criou a página Amigos do Guapuruvu, no Facebook e conquistou centenas de seguidores que se uniram pela causa. A Associação de Proteção à Cidadania (APC) entrou na justiça para impedir a derrubada da árvore e, em agosto, conquistou uma liminar favorável a preservação. Ela se tornou patrimônio histórico municipal em novembro de 2014, após o decreto assinado pelo prefeito Valdomiro Lopes, e publicado no Diário Oficial. A árvore nativa que tem 80 anos e mais de 30 metros de altura não pode ser cortada. Caso alguém a derrube está sujeito à multa de R$ 880 mil, devido a um parecer da justiça.

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São Marcos

“A área da figueira, situada no bairro São Marcos, está localizada às margens do córrego dos Macacos e é área institucional de, aproximadamente, 60 mil m², pertencente à Prefeitura Municipal. No local está situada uma figueira de aproximadamente 20 metros de altura, existente há quase 100 anos, que foi adotada pelos moradores locais e cidadãos rio-pretenses como símbolo pela preservação ambiental. A comunidade do São Marco vem utilizando, há muito tempo, a área da figueira para as práticas de lazer, preservação e educação ambiental e, as referidas ações dos moradores no local ganharam notoriedade na cidade repercutindo na mídia local”, pontua Rafael Azeredo de Oliveira, advogado da Acosama (Associação Comunidade São Marcos). Mais uma vez o engajamento da população chama a atenção, pois tudo começou quando os moradores do bairro solicitaram que fosse feita a limpeza da área. Depois foram recolhidas assinaturas, visando que a solicitação ganhasse mais força. E assim conseguiram que a Secretaria de Serviços Gerais limpasse todo terreno. O advogado pontua que, recentemente,

o presidente da Câmara Municipal de Rio Preto, Fábio Marcondes, apresentou uma proposta de tombamento para preservação e proteção de paisagem natural, da área onde estão a figueira e as nascentes. “O processo de tombamento foi aberto no Comdephact (Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Cultural e Turístico) e o Conselho se manifestou, informando que a área não atendia os requisitos técnicos para o tombamento (aspectos culturais, históricos e paisagísticos), mas a figueira sim e por isso deveria ser feito um inventário de informações da árvore. Atualmente, a associação do São Marcos, está arrecadando recursos para pagar um profissional que irá realizar o inventário”, completa Rafael. O que a comunidade do local deseja é a proteção dos aspectos ambientais da área, e implementar projeto de revitalização no local, para continuar usufruindo do espaço para a prática de arborização, encontros culturais de lazer e educação ambiental. “Certo de que a área desempenha papel de grande importância para o equilíbrio sócio-político-cultural-psicológico da população, a comunidade continuará na busca de seus objetivos”, finaliza o advogado da Associação.


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ENTREVISTA

CADA PROJETO É ÚNICO B

árbara Jalles é considerada um dos grandes nomes da arquitetura e design de interiores da nova geração. Formou-se em arquitetura e urbanismo pela FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado). Ávida por conhecimento foi para Nova Iorque e estudou na Parsons The New School for Design, na F.I.T. (Fashion Institute of Technology), estagiando no renomado escritório de arquitetura Robert Siegel Architects. Desde 2009, está à frente do escritório que leva o seu nome, desenvolvendo projetos residenciais e comerciais de médio e grande porte. A rio-pretense que escolheu São Paulo para viver pensa em montar um escritório por aqui, onde já desenvolve alguns projetos. Em 2016 ela estreou na edição que marca os 30 anos da Casa Cor São Paulo, assinando o ambiente mais tradicional da Mostra, o restaurante - único espaço que permaneceu para os sócios do Jockey ao término do evento. Conversamos com ela sobre essa experiência, e muitas mais. Acompanhe. Obras&Dicas - Cada projeto vem junto com o sonho do cliente. Qual o maior desafio que já enfrentou? Bárbara Jalles - Todos os meus projetos eu considero grandes desafios. Cada projeto tem sua particularidade, é único, é nisso que eu acredito. Então o meu grande desafio é entrar no mundo do meu cliente e conseguir passar para a realidade o sonho dele. E é uma grande realização quando eu consigo vencer esse desafio e realizar esse sonho.

ENTREVISTA

BÁRBARA JALLES 28

O&D - Todo profissional tem suas referências, ou alguns profissionais que admira muito. Quem você acha incrível? Por quê? BJ - Um profissional que eu admiro muito é o Isay Weinfeld. Uma arquitetura única, clean, de traços muito fortes. E uma arquitetura que trouxe de volta o modernismo. A mistura do vidro com linhas retas, com o concreto. Eu


Fotos: Divulgação

admiro muito o trabalho dele. O&D – E no tocante a inspiração, ela vem apenas do desejo do cliente, ou na hora de compor um projeto você faz pesquisas específicas? Como funciona esse processo de criação? BJ – O meu processo de criação é muito baseado na vida dos meus clientes, nos sonhos deles e no que eles querem. Essa é minha maior fonte de inspiração. É claro que eu busco referências em meu dia a dia, nas minhas viagens, minhas leituras, pesquisas. Tudo isso é muito importante, mas eu não acredito em uma só tendência. Acredito que a tendência tem que estar ligada à necessidade do meu cliente, e não por um modismo qualquer, esse é o meu processo de criação. O&D - Moda também é algo que você gosta bastante. Como alia moda e arquitetura? Quando é possível juntar ambas? BJ – Moda e arquitetura andam juntas, moda é arquitetura, arquitetura é moda. E voltando a pergunta anterior, com certeza moda também é uma fonte de inspiração para mim. Eu acredito muito nessa integração da arquitetura e da moda. Os traços da arquitetura também estão nos traços de uma roupa, de um vestido. Eu acredito muito nessa integração da arquitetura com a moda. O&D - Existe alguma marca do seu trabalho, nos seus projetos? Tem uma característica que mostra que o projeto é seu? BJ – Quando você faz uma pesquisa sobre o meu trabalho, os meus projetos, vai ver que cada um tem um perfil. Claro que eu passo para os meus clientes o que eu acredito, o que eu estudei e o que, com meu olhar de arquiteta tenho que passar para eles, mas eles são minha maior fonte de inspiração e eu não acredito em uma só tendência. Então os meus projetos não vão ter a mesma cara, não acredito em um padrão, sou completamente contra isso. Eu sou a favor de buscar, em diversos lugares, o sofá, o tecido específico para o meu cliente. Essa é minha grande característica, passar para os meus projetos o que o cliente acredita, o que eu acredito, e fazer projetos únicos.

que, depois da Mostra, ficou para o uso dos sócios do Jockey. Como você se sente tendo assinado um projeto tão especial? BJ – Quando eu recebi o convite da Casa Cor para participar, de uma edição tão incrível, que são seus 30 anos, ainda mais de um projeto de magnitude tão grande, que é o restaurante, e ainda mais que ia ficar para os sócios, isso me deixou lisonjeada. Mas ao mesmo tempo foi um desafio, pois os meus clientes não foram apenas o público da Casa Cor, mas também esses sócios que usam esse espaço, então tive que pensar nisso também. Fiquei muito feliz e realizada em deixar meu projeto para um espaço tão maravilhoso como é o Jockey, que é um patrimônio da cidade de São Paulo. Foi um marco muito grande da minha carreira. O&D – Como profissional da nova geração, sentiu alguma dificuldade em entrar nesse mercado tão concorrido? BJ – É claro que em todas as profissões existem dificuldades. Uma dica para quem está entrando agora no mercado, ou já está há algum tempo, mas que não consegue se posicionar, é acreditar sempre. Em nenhum momento eu deixei de acreditar no meu trabalho, e fazer um trabalho único e não uma cópia do que já existe. Eu bato muito nessa tecla, que o meu trabalho é o que eu acredito, claro que buscando referências, mas para fazer o que eu acredito, e não uma cópia do que já existe. E claro, fazer o que se ama. Eu tenho muita paixão pelo que eu faço, sou

uma pessoa muito feliz e realizada. Quando você não faz o que ama, não vai ficar feliz e nem passar isso para o seu trabalho. Acho que esse é o segredo para ter um trabalho duradouro, que fique ai por muito anos, é o que eu busco. O&D - Chegou a pensar na possibilidade de vir exercer sua profissão em Rio Preto? Tem desenvolvido trabalhos aqui e na região? BJ – Eu sou de São José do Rio Preto, acredito muito no potencial do interior, tenho e sempre tive projetos no interior. Na verdade minha ideia é ter um pé a mais, e quando digo um pé a mais é ter uma estrutura física de escritório em Rio Preto, para atender meus clientes da cidade. Isso é uma coisa que está em fase de estudos de como será, mas essa é uma vontade que certamente irá se realizar, se Deus quiser. Tenho alguns projetos empresariais e residenciais em andamento, não apenas em Rio Preto, mas também em Araçatuba e Andradina. Também tenho projetos fora do Brasil, pois tenho alguns clientes em Miami. O mundo hoje é muito globalizado e nada impede da gente trabalhar em diversas regiões. Acho isso muito interessante e fico muito feliz quando clientes de outros estados me procuram, isso me deixa muito realizada. O&D – Gostaria que falasse sobre três projetos que foram especiais para você. BJ – É difícil citar apenas três projetos que foram muito especiais para mim, como eu disse todos os projetos são muito especiais,

O&D - Você assinou o espaço do restaurante da Casa Cor, que é o único ambiente 29


ENTREVISTA

o cliente entra na minha vida e tem um papel muito importante, ele literalmente faz parte da minha vida, do meu mundo. E a partir do momento que eu entro no mundo dele, a gente cria uma conexão muito grande, fazendo com que todos sejam muito especiais. Os primeiros projetos marcaram e vão marcar minha vida toda, porque foram pessoas que acreditaram em mim desde o começo, e eu acho que os primeiros tem sempre um gostinho especial. Mas não importa o tamanho e a magnitude do projeto, o que importa é criar um vínculo especial com o cliente, e fazer com que o projeto seja especial. É nisso que eu acredito, sempre colocar o cliente como sendo muito especial. O&D – Por que escolheu a arquitetura? Hoje, atuando, segue acreditando que foi o caminho certo? BJ – Eu nunca tive dúvidas sobre a minha profissão. Sempre tive um lado aguçado para esse segmento da estética, das artes. Sempre gostei muito de pintar, tive essa ligação muito forte com o mundo da arquitetura e da moda. Frequentei, com os meus pais, especialmente com a minha mãe, edições do Fashion Week, quando a gente viajava íamos a feiras e museus e isso me fez acreditar ainda mais e me encontrar ainda mais, com esse mundo da arquitetura e da estética. Eu acredito, cada vez mais, que fiz a escolha certa, porque como eu já disse, sou completamente apaixonada pelo meu trabalho, e acredito que esse é o ponto mais importante para a gente ser feliz.

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Fotos: Divulgação


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DESIGN

AS NOVAS CRIAÇÕES DE RUY OHTAKE A

pós quase 20 anos sem produzir para o mercado moveleiro, o arquiteto Ruy Ohtake lançou, recentemente, a Poltrona Duas Voltas. A peça é produzida em aço carbono, com pintura eletrostática e couro natural atanado de alta qualidade. A curadoria é de Beto Cocenza, idealizador do Boom Design. Como o próprio nome diz, a Poltrona é estruturada com duas voltas de aço e envolvida por uma lâmina de couro. A comercialização está sendo realizada em 50 pontos de vendas espalhados por todo o Brasil, lojas que tem

curadoria afinada e se dedicam a promover o design nacional e internacional. Apesar do modelo ser único, as poltronas se diferenciam devido às cores. As opções de aço são nas cores: amarelo, azul royal, branco, laranja, preto, roxo, verde limão e vermelho. Já o couro aparece nas cores: branco, bege, café, ocre e cru. Quem quiser pode personalizar sua peça e ter um móvel ainda mais exclusivo. O sucesso da Poltrona Duas Voltas já foi reconhecido, pois ela foi eleita, por arquitetos, designers e lojistas, um dos destaques do

ano. Além disso, depois de lançado na Expo Revestir ganhou espaço nas seguintes mostras: Campinas Decor e CasaCor Goiânia. “É com grande entusiasmo que o mercado recebeu essa proposta do arquiteto Ruy Ohtake, depois de tanto tempo sem desenvolver uma peça acessível ao grande público”, ressalta Beto Cocenza. A Poltrona Duas Voltas tem as seguintes dimensões: 95 cm de comprimento; 70 cm de largura; e 100 cm de altura. Todas as peças são numeradas.

Mesa Sinfonia Outra peça que leva assinatura de Ruy Ohtake é a Mesa Sinfonia, lançada pela Mekal e com edição limitada a 10 peças. Usando o que existe de mais moderno em termos de tecnologia e matéria-prima de alta qualidade, sem esquecer o lado artesanal indispensável para um ótimo acabamento, a peça foi pro-

duzida em aço inox sustentável. A Mesa Sinfonia tem as seguintes dimensões: 350 cm de comprimento; 130 cm de largura; 75 cm de altura; e 150 kg de peso. Todas as peças são acompanhadas de certificado, embaladas em caixas especiais de madeira, juntamente com manual de instrução de montagem e manutenção.

Com tampo de inox escovado na superfície e polido nos bordos; sobre apoios curvos escovados na superfície e polidos no topo; traz travamentos transversais polidos que acompanham o desenho dos pés, que são feitos de forma sinuosa. A base da mesa foi produzida com chapa maciça de aço inox, com espessura de 10 milímetros.

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RUY OHTAKE

O arquiteto e urbanista Ruy Ohtake formou-se pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP), em 1960. Ele considera a arquitetura como obra construída, porque acredita que a responsabilidade do arquiteto inicia-se desde o projeto, a construção, a presença no espaço da cidade e a sua utilização pelos usuários. Portanto, a arquitetura é obra perene, que a história revelará a sua permanência, sua importância. A arquitetura deve emocionar, empolgar, surpreender e estar atenta às inovações tecnológicas e à contemporaneidade. Forma, materiais e cores são os instrumentos de sua expressão arquitetônica. Como exemplo de seus trabalhos, podemos citar: Aquário do Pantanal, Campo Grande- MS; Hotel Unique, São Paulo-SP; Embaixada do Brasil em Tóquio-Japão; Condomínio Residencial em Heliópolis, São Paulo-SP; Instituto Cultural Tomie Ohtake, São Paulo-SP; Hotel Renaissance, São Paulo-SP; Centro Cultural de Jacareí-SP; Centro de Memória e Cultura USP Leste, São Paulo-SP.

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CULTURA

LIVRO INFANTIL BUSCA APROXIMAR CRIANÇAS DA ARQUITETURA

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asacadabra é o título do livro que tem por objetivo aproximar a arquitetura das crianças. As idealizadoras do projeto, e responsáveis pelos textos, são a jornalista Bianca Antunes e a arquiteta Simone Sayegh. Elas acreditam que “se o ensino de arquitetura começar pela criança, as cidades têm a chance de receber, no futuro, um olhar mais crítico e apurado de quem a constrói, na busca de melhores soluções urbanas.” Por isso, a obra busca estimular a criança a pensar sobre sua casa e sua cidade, desenvolvendo maneiras de ver o mundo à sua volta. Para atrair a atenção desses leitores tão especiais, o livro retrata as casas como espaço lúdico, mostrando como funcionam alguns de seus detalhes, o papel da arquitetura, a qualidade dos espaços construídos e a essência de pequenos mistérios presentes nos locais que habita. As ilustrações são de Carolina Hernandes. A publicação, que precisava de um investimento de R$ 78 mil, se tornou realidade graças a um financiamento coletivo realizado pelo Catarse, atingindo sua meta no dia 14 de junho, graças ao apoio de mais de 650 pessoas. O lançamento está previsto para setembro de 2016.

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Casas Em uma viagem de descobertas por pequenos segredos da arquitetura, Casacadabra junta leitura, brincadeira e aprendizagem, com propostas de interatividade e de atividades para serem realizadas em casa e na escola. O livro apresenta dez casas pelo mundo: - Casa de Vidro, de Lina Bo Bardi (São Paulo, Brasil);

- Casa Bola, de Eduardo Longo (São Paulo, Brasil); - Edifício Copan, de Oscar Niemeyer (São Paulo, Brasil); - Casa Grelha, de FGMF Arquitetos (Serra da Mantiqueira, Brasil); - Casa Dymaxion, de Buckminster Fuller (Estados Unidos); - Fallingwater, de Frank Lloyd Wright (Mill

Run, Estados Unidos); - Casa Batlló, de Antoni Gaudí (Barcelona, Espanha); - Bedzed, de Bill Dunster (Londres, Inglaterra); - Casa NA, de Sou Fujimoto (Tóquio, Japão); e - Quinta Monroy, de Alejandro Aravena/ Elemental (Iquique, Chile).

Por que um livro de arquitetura para crianças? “Para romper a comunicação escassa que existe entre os arquitetos e a sociedade. Uma forma de fazê-lo é começar pela base: ensinando arquitetura às crianças. Acreditamos que nossas cidades serão mais justas e humanas quando a arquitetura e o urbanismo começarem a ser ensinados desde o princípio: nas aulas de ensino básico, fundamental, médio e não apenas nas salas de aula das faculdades de arquitetura. Somos muitos e, cada vez mais, moramos nas cidades, em casas e edifícios. A lógica das construções – urbana e arquitetônica – é algo que pode ser acessível a todos, mas hoje não é automaticamente visível. E se aprendêssemos os princípios da arquitetura desde cedo? E se aprendêssemos a ler a cidade, seus códigos ocultos? A qualidade do espaço pode mudar comportamentos, melhorar a convivência entre as pessoas, aumentar percepções e a apropriação do próprio espaço. Alerta disso, a criança cresce e cria, também, a consciência crítica em relação à cidade”, esclarece as idealizadoras do projeto, Bianca Antunes e Simone Sayegh. 35


Foto: Ricardo Bassetti

OBRAS PREMIADAS

SUSTENTABILIDADE É A BASE DO HARMONIA 57 36


Foto: Leonardo Finotti

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Harmonia 57 é um edifício de escritórios localizado na Vila Madalena, em São Paulo. O projeto é assinado pelo escritório Triptyque Architecture, que é composto por três arquitetos franceses e uma arquiteta brasileira. O reconhecimento ao projeto veio em 2009, quando conquistou menção honrosa do 9° Jovens Arquitetos promovido pela IAB-SP, na categoria obras concluídas. Em 2010, consagrou-se como o projeto sustentável que mais proporciona qualidade de vida, e levou o prêmio austríaco Zumtobel Group Awards, na categoria “Built Environment”. O beco em frente ao prédio é coberto por pinturas e grafites, o que mostra estar em um bairro com grande fluxo artístico e permeabilidade da criação, onde galerias e muros se confundem, funcionando como palco para novas formas de expressão. Como um organismo vivo, o prédio respira, sua e se modifica, transcendendo sua inércia.

Foto: Ricardo Bassetti

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OBRAS PREMIADAS

Suas paredes são grossas, recobertas externamente por uma camada vegetal que funciona como uma pele no edifício. Essa densa parede de concreto orgânico possui poros, de onde brotam várias espécies vegetais, dando às fachadas aparência muito própria. Nessa grande máquina, onde as águas das chuvas e do solo são drenadas, tratadas e reutilizadas, forma-se um complexo ecossistema junto ao local. Esse ecossistema é um universo multifuncional composto de máquinas todas conectadas umas nas outras. É uma zona de multiplicidade, onde os significados e ações flutuam por entre o não dito, resultando em entidades dinâmicas interconectadas. Suas entranhas estão expostas nas suas fachadas enquanto seu interior é bem acabado com superfícies limpas e claras, como se a obra estivesse às avessas. A tubulação que serve a todo o prédio, assim como as bombas e o sistema de tratamento e reutilização da água estão aparentes nas paredes externas, e as circundam como veias e artérias de um corpo. O edifício é como uma base neutra, cinza, esculpida e deformada. A estética é uma resultante do processo, a construção é bruta e possui uma deselegância primitiva, um reflexo da preocupação atual com o meio ambiente e da investigação de formas de intervenção. Sua volumetria é bastante simples, porém marcante: são dois grandes blocos vegetais conectados por uma passarela metálica e recortados por janelas e terraços de concreto e vidro. Entre os blocos, uma praça interna se abre como uma clareira e serve como local comunitário, de encontros e trocas. Os terraços estão dispersos em cada pavimento, criando assim um jogo de cheios e vazios no exterior, além de alternâncias de iluminação e transparência nos ambientes internos. O bloco frontal é todo suspenso e levita sobre pilotis, enquanto o bloco ao fundo é um maciço, complementado por um volume na sua cobertura que se assemelha a uma casa de pássaros. Novamente como um corpo, suas janelas abrem-se para o exterior com seus lábios de concreto e terraços recortam os blocos em diferentes pontos, olhando para a cidade de diversos modos, enquanto uma grande boca de concreto convida automóveis a serem engolidos para dentro do prédio. O resultado desse conjunto é um instigante edifício, que propõe uma visão sobre a “arquitetura viva”. 38

Foto: Ricardo Bassetti


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CONHECIMENTO

CONTAINER: UM ESPAÇO SUSTENTÁVEL PARA TRABALHAR OU MORAR

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o ouvir falar de container, muitas pessoas pensam no transporte de cargas, mas hoje eles significam muito mais do que isso. Ao serem abandonados nos portos, eles podem ser reaproveitados, ganhar nova função e se tornando moradias ou comércios, exercendo sua função sustentável. Esse tipo de construção já tem seu espaço garantido em vários países da Europa e no Japão. No Brasil eles ainda estão conquistando espaço, graças ao destaque que vêm ganhando em eventos de arquitetura e decoração. Para o transporte, o container tem uma média de vida útil de 20 anos, depois pode ser destinado à construção civil, para tanto é necessário passar por um processo de limpeza, funilaria e adequação dos revestimentos e acabamentos. Além da descontaminação contra agentes químicos, biológicos e radiativos, que precisam ser certificadas. O fato de poder ser facilmente transportado de um lugar para outro também é uma das vantagens do container. Mas é preciso ficar atento ao conforto térmico do espa-

ço, pois se houver um grande investimento em ar condicionado, perde-se a função sustentável. Entre as soluções para o equilíbrio térmico está a de investir em materiais de isolamento, como revestimentos térmicos e pinturas reflexivas. Consulte um profissional para orientá-lo sobre o melhor método. Rio Preto Em São José do Rio Preto ainda é proibido o uso de container para moradias e comércios, por determinação do CPDD (Conselho de Plano Diretor e Desenvolvimento), formado por representantes de 15 órgãos da área de engenharia. Porém, o vereador Fábio Marcondes está com um projeto de lei que pretende permitir o uso para comércio. Lounge em vagão de trem O arquiteto e designer Léo Shehtman, durante a edição 2016 da Casa Cor SP, fez seu projeto reaproveitando um vagão de trem abandonado, e o transformou em um lounge. O carro EF-401, de 1945, foi usado

como bagageiro, tanto no transporte de passageiros como de serviços, até a década de 80, depois deixou de ter vida útil. “Hoje, pela primeira vez na história do mundo, a população urbana supera a população rural, o advento do século das cidades traz consigo um crescimento exponencial das aglomerações de pessoas nos grandes centros urbanos. Torna-se de suma importância o papel do arquiteto para a concepção de soluções práticas e inovadoras, tanto para habitar quanto para o convívio”, afirma Léo Shehtman. Na atual realidade global, a temática da moradia e do bem-estar entra em conflito com a falta de espaço, o alto custo e a crescente insustentabilidade que se materializa nos centros urbanos. Isto não é provocado somente pela superpopulação mundial, mas também pelo ritmo de vida acelerado e fluído de uma sociedade pós-moderna. Por isso, torna-se imprescindível para o arquiteto, ao conceber espaços, priorizar a promoção de soluções práticas para viver em sociedade. A

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consciência de que a arquitetura e design são elementos essenciais para a construção de uma sociedade civil, acarretam uma responsabilidade social. Projeto Somando 40m² o projeto de Léo Shehtman apoia-se nas linhas retas e esféricas das figuras geométricas e de desenhos de natureza, que resgata para o presente a elegância do passado, de uma maneira despretensiosa. A área interna do vagão contou com living, banho, sala de almoço e cozinha, priorizando a integração entre esses ambientes e o ordenamento do espaço de uma forma otimizada. Buscou-se resgatar a essência e elegância do movimento Art Déco para a contemporaneidade. Por isso, o arquiteto se propôs a desenhar grande parte do mobiliário, na tentativa de incorporar passado e presente, como forma de representar seu olhar singular acerca do futuro da decoração de interiores. Uma das coisas que chama a atenção é a pintura externa do vagão, assinada pelo coletivo Vollume BR, que resgata um forte elemento da arte e cultura urbanas da cidade de São Paulo, o grafite, que se encontra presente em grande parte da cidade e constitui uma importante forma de expressão artística. Também são destaques no projeto: painéis de madeira certificada que minimizam o impacto ambiental; lâmpadas de LED; foto da escada em moldura de acrílico do francês Sarkozy; móvel-bar francês vintage, originalmente da década de 20 executado em madeira de lei maciça ebanizada; e a cadeira Hill House de 1904, desenho de Charles Rennie Mackintosh.

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fácil falar sobre a importância da sustentabilidade, de ter um mundo saudável para abrigar as próximas gerações. Mas poucos fazem sua parte para tornar esse desejo uma realidade. Você deve estar pensando que, para isso teria que investir tempo, pensar em ações, envolver pessoas, etc, mas existem muitas coisas simples, que precisam apenas de alguns adaptações do seu cotidiano e das suas escolhas. Reflita e aja. - Separe o seu lixo. Coloque em sacos separados o lixo orgânico (restos de alimentos, papel higiênico usado, etc) e o lixo reciclável (vidro, papel, plástico, latas). Já o lixo eletrônico e medicamentos vencidos devem ser descartados em lixos apropriados. - Substitua as lâmpadas por LEDs. Elas têm alta luminosidade e em comparação com uma lâmpada fluorescente tubular de 40 W, uma LED de 12 W é mais econômica, pois consome cerca de 28 W/ hora. Embora tenha um custo inicial maior, compensa muito o investimento, seja pelo consumo, durabilidade ou compromisso com o meio ambiente, já que ela pode até mesmo ser descartada no lixo comum. - Diminua o consumo. Reforme suas roupas e calçados, conserte os eletrodomésticos, será menos lixo produzido e, muitas vezes, economia para o seu bolso. - Dê preferência aos produtos com a classificação biodegradável em suas embalagns. Invista em produtos eco-friendly (que minimizam os efeitos nocivos ao meio ambiente). Muitos trazem selos de eficiência energética e compromisso ambiental, fique atento e opte por eles. - Durante o dia, aproveite a luz natural. Abra cortinas e janelas, deixe o ambiente ventilar naturalmente e aproveite essa luz. Isso vai levar a diminuição do consumo de energia elétrica. O meio ambiente e seu bolso agradecem. - Sempre que possível, use materiais reutilizáveis. Copos, talheres e pratos descartáveis devem ser usados apenas em ultimo caso. Eles geram lixo desnecessário e demoram para se decompor. - A água é o bem mais valioso para a sobrevivência na Terra. Por isso é preciso saber como usá-la sem desperdício. Apenas abra as torneiras quando for utilizá-las. Instale torneiras com aerador, que dão a sensação de maior vazão, mas, economizam água, misturando ela com ar. Algumas torneiras aceitam o bico arejador, não necessitando ser trocadas. Para os vasos sanitários existem os dispositivos de baixo fluxo, que reduzem o uso da água pela metade.

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- Adquira um kit para reaproveitamento da água da chuva. O investimento financeiro é recuperado entre dois e cinco anos, e a vantagem ecológica é para todos. Embora essa água não seja potável, pode ser utilizada na lavagem de carros e quintais, descarga de vasos sanitários, irrigação de jardim. - Sempre que não estiver utilizando, retire os eletroeletrônicos da tomada. Pode parecer bobagem, mas as luzinhas vermelhas do stand by, gastam bastante energia. - É comum às pessoas fazerem obras de melhorias em suas casas e ambientes corporativos, incluindo a pintura. Nessas horas, opte por tintas naturais e ecológicas, fabricadas com matérias-primas naturais, sem sintéticos ou derivados de petróleo em sua composição. As tintas ecológicas podem ser minerais ou vegetais, produzidas com pigmentos naturais, resultando em resinas acrílicas de alta qualidade e baixo odor.

- Ao usar madeira na reforma ou construção, dê preferência para as de demolição. A segunda opção são as de reflorestamento, que devem ser certificadas. Busque pelos selos de certificação como o FSC Brasil (Conselho Brasileiro de Manejo Florestal) e do Cerflor (Programa Brasileiro de Certificação Florestal). Quando for possível, prefira o bambu. Ele é ecologicamente correto e, devido à evolução de suas espécies, hoje é forte e extremamente resistente a esforços dos ventos. - Ter um telhado verde ameniza a temperatura do ambiente, já que a vegetação forma um microclima, que purifica o ambiente ao filtrar a água e reter o gás carbônico. Eles podem ser compostos de gramíneas e arbustos. Essa cobertura diminui a radiação solar, melhora o isolamento térmico interno e acústico da edificação, além de contribuir para o aumento da biodiversidade na área urbana e

reduzir a poluição atmosférica. - Energia solar é outra maneira de diminuir custos e fazer melhor uso dos recursos naturais. Os equipamentos são compostos por placas fotovoltaicas de silício cristalino, controladores de carga, inversores e baterias estacionárias. A quantidade de painéis instalados no telhado é dimensionada de acordo com cada caso. Atualmente, através da energia solar é possível aquecer água, iluminar ambientes e energizar tomadas. - Esteja atento ao desperdício, seja ele qual for. Tudo que descartamos é um peso a mais para o meio ambiente. Na maioria das vezes o desperdício é fruto de consumo abusivo e desnecessário, que acabamos promovendo. Recicle, reutilize, troque, transforme, doe e tenha uma vida mais feliz. Seja racional, pois abundancia pode significar desperdício e quem paga a conta é o planeta e tudo que vive nele.

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M A R C AT O. C O M . B R

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