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ANO V Nº25 JUL/AGOSTO 2013

Perfil Diamantes Lingerie Licenciamento Ferramenta de Marketing

Vendas Online Mercado em Expansão

maiô Acquamires

Novidades em Bojos

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Qualidade

Tecnologia

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Liderança

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Inovação

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carta ao leitor

Unindo o útil ao moderno

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onforme o tempo vai passando, eu que acompanho a história há muito tempo, percebo como os papas da economia e os consultores em análise de mercado erram cada vez mais em suas previsões. Porém, hoje eu gostaria de escrever sobre os caminhos da tecnologia. Quando apareceram as mensagens por e-mail, diziam que a demanda de papel iria cair drasticamente e o que se viu foi um grande aumento no consumo. Quando a internet apareceu, falaram que haveria dois tipos de empresas: as que venderiam pela web e as que não existiriam mais. Agora, a bola da vez é a mídia impressa que, preveem, vai acabar. Isso é mais uma previsão que, com certeza, não irá se cumprir. Não que as revistas e jornais não irão sentir uma queda em seus negócios, que a venda em banca não possa diminuir em um primeiro momento; só que alguns jornais que acabaram com a versão impressa para ficar só com a digital já estão repensando essa decisão, pois a mídia digital não se sustenta. Acredito que a mídia digital veio para somar e que ambas se completam, uma de uma maneira mais rápida e abrangente e a outra de forma mais clássica e profunda, de acordo com a comodidade do leitor. Com o passar do tempo, as pessoas vão perceber que as necessidades imediatistas que a tecnologia impôs estão consumindo o que temos de melhor: o relacionamento entre as pessoas e não entre máquinas. Que eu possa ler mais tarde aquele post, que eu veja depois aquele e-mail; agora eu quero ler minha revista, meu jornal, meu livro, visitar um amigo, ver minha mãe, passear com meus filhos. Por isso, a revista O Confeccionista aliou a parte digital à impressa. Hoje nosso site é o mais visitado entre o das revistas para confecção. Colocamos à disposição de nossos anunciantes o envio de seus anúncios, por e-mail, para 60.000 confeccionistas de todo o Brasil. Um perfeito casamento, que vem agradando muito a nossos leitores e anunciantes. Continuaremos aproveitando o que a tecnologia tem de melhor, mas não podemos esquecer de onde viemos. Tenha uma ótima leitura e faça grandes negócios. Júlio César Mello Diretor-geral juliocesar@oconfeccionista.com.br

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editorial

Inovar sempre

Muitos já disseram que a venda de roupas pela internet não iria decolar, mas não é o que mostra a reportagem ‘Compras em um Click’, com três cases interessantes: Dafiti, Marisa.com e Farfetch. Em expansão também está o mercado de licenciamento de marcas e personagens. As confecções são o segmento que mais faz uso dessa poderosa ferramenta de marketing. Conheça os benefícios dessa prática e os caminhos para ser um licenciado. O Brasil aparece também como o segundo maior mercado de academias de ginástica e, não à toa, o mercado de activewear vem crescendo, apoiado também pelas inovações das fabricantes de tecidos e fios. Não ficam atrás o beachwear, em que o país já referência mundial, e o segmento de lingerie. Destaque também para o aumento da

demanda e da produção destinada aos tamanhos maiores. Confira nas reportagens. Queremos agradecer a nossos leitores e à cadeia produtiva do segmento de confecção por estarem conosco nestes quatro anos da revista O Confeccionista, completos na edição maio/junho. Iniciamos este 5º ano assegurando o compromisso de manter a qualidade editorial da publicação e continuar oferecendo informações relevantes para o gerenciamento do seu negócio. Afinal, nosso trabalho é feito para vocês. Nosso canal de comunicação está aberto a vocês.

Vera Campos Editora editora@oconfeccionista.com.br

Linha Direta

redação O Confeccionista editora@oconfeccionista.com.br (11) 2769-0399 www.oconfeccionista.com.br

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Diretor-Geral - Júlio César Mello juliocesar@oconfeccionista.com.br

Internet - Mulisha rafael@mulisha.com.br

Diretora de Relações com o Mercado Bernadete Pelosini bernadete@oconfeccionista.com.br

Financeiro - Mauro Gonçalves financeiro@oconfeccionista.com.br

Editora - Vera Campos (MTb 12.003) editora@oconfeccionista.com.br Editor de Arte - Leandro Neves criacao@inovdesign.com.br Colaboraram nesta edição: Dario de Limas, Gustavo Campos, Marcia Luz, Vanderlei Dorigon

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Publicidade comercial@oconfeccionista.com.br Assinaturas assine@oconfeccionista.com.br Impressão - UnionGraph Gráfica e Editora Tiragem - 14.000 exemplares. Distribuição Nacional

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O Confeccionista é uma publicação bimestral da Impressão Editora e Publicidade Ltda., distribuída aos empresários da indústria de confecção. É vedada a reprodução total ou em parte das matérias desta revista sem a autorização prévia da editora. Todas opiniões e comentários dos articulistas e anunciantes são de responsabilidade dos mesmos. Redação - Rua Alcides de Almeida 184, Centro, São Bernardo do Campo, SP CEP 09715-265 - Fone: 11 4338 0055

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sumÁrio

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FOTO CAPA: Modelo veste maiô Acquamires (coleção Primavera/Verão 2014) Tecido Coltex

ANO V • NÚMERO 25 • JUL/AGO • 2013

capa

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MERCADO: Moda Online em expansão

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PERFIL: Conheça a cearense Diamantes Lingerie

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MARKETING: Licenciamento de marcas e personagens

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MUNDO TÊXTIL: Tecidos para fitness e beachwear

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MERCADO: Novidades em Bojos

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EVENTOS: Fenafashion/SC supera expectativas

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PROFISSIONALIZAÇÃO: União faz a força no sul de SC

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Mercado: Fitness e moda praia para Plus Size

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MERCADO: Lingerie segue sensual e confortável

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TECNOLOGIA: Aplicativos móveis para confecções

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LOGÍSTICA: Sistema de gerenciamento de estoques

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MERCADO: Desafios e soluções para o setor

SEÇÕES 10 Em Dia

ARTIGOS 34 Produção 42 Gestão 54 RH 80 Produção

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em dia

Verão no Mega Polo Moda

O maior shopping atacadista da América Latina apresentou ao público lojista, no final de julho, a coleção Primavera/Verão 2014 de mais de 350 marcas e trouxe para desfilar celebridades como Fernanda Paes Leme e Bruno Gissoni (foto). Segundo Jackson Araújo, consultor de tendências e coordenador de estilo dos desfiles, a cartela de cores da temporada virá repleta de tons fortes, com estampas que valorizam a colagem de flores e folhagens. O animal print continua em alta, com mais cores e mix de texturas.

Um termo de cooperação assinado entre o Ministério da Cultura e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior prevê a elaboração de 27 planos de desenvolvimento que deverão beneficiar um Arranjo Produtivo Local (APL) intensivo em cultura de cada Estado, entre eles, os de moda. A primeira etapa do processo será o lançamento do edital para seleção de projetos dos APLs que se enquadrem nos setores da economia criativa.

Foto: DIVULGAÇÃO

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Impulso ao setor

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Verão em Miami

Cia Marítima e Poko Pano, dois ícones da moda praia brasileira, apresentaram suas coleções para a Primavera/ Verão 2014 na Semana de Moda Praia de Miami, a Mercedes-Benz Fashion Week Swim. Estampas étnicas, psicodélicas, tribais e animal print continuam com força total. Na modelagem, destaque para as hotpants e para os maiôs de recortes inusitados, como os da Cia Marítima (foto).

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Em clima de realeza

Não basta ser príncipe, tem que ter estilo! Inspirada no bebê real George Alexander Louis, filho da Duquesa Kate Middleton e do Príncipe William, a Tigor T. Tigre criou peças com detalhes de coroa e em tons que remetem à bandeira da Inglaterra. São bodies de manga curta e cumprida, conjuntinhos e macacões de plush, que certamente ajudarão a transformar os pimpolhos em "pequenos príncipes".


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Fenafashion: balanço positivo

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ovos contatos e mercados, negócios, projeção do setor do vestuário da região Sul de Santa Catarina. Estes foram os principais resultados da Fenafashion 2013, a primeira edição da feira da moda realizada em Criciúma entre os dias 23 e 26 de julho. Nos quatro dias de evento, cerca de 10 mil pessoas passaram pelo Pavilhão de Exposições José Ijair Conti para conferir as novidades de 150 expositores distribuídos em 7 mil m² de área, entre fabricantes de maquinário, revendas, indústrias de aviamentos, tecidos, etiquetas, lavanderias que compõem a cadeia produtiva da confecção. "Foi um público muito qualificado, que veio para conhecer o evento, mas também interessado em negócios", afirmou a coordenadora da Fenafashion, Fabíola Taraskevicius. Ela comenta que o resultado positivo é fruto, principalmente, do modelo de feira proposto. "Nós unimos tecnologia, estudo de tendências e produto final - a reunião desses três pontos, associados à intensa divulgação, fizeram com que o evento tivesse sucesso", comentou. A programação paralela foi intensa,

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marcada por oficinas e workshops, desfile das grifes, desfile da linha do tempo promovida pelo Senai/SC e Ciclo de Palestras Técnicas promovido pela ABTT. Um dos pontos altos foi a apresentação de Roberto Arena sobre as referências dos melhores bureaux de estilo do mundo, entre eles Promostyl-Paris, A+A – Milão e Alberto&Roy-Itália, já com informações para o inverno 2014/2015. A segunda edição da Fenafashion já está marcada para julho de 2015. A data ainda será definida, a partir da divulgação do calendário das principais feiras do setor. Expositores também já confirmam a participação. Daniel Porto, da D´Porto Estamparia, afirma que estará na próxima edição. "Nossa expectativa era mostrar para os clientes aqui da região nossa diversidade de produtos. O evento superou nossa expectativa, trazendo clientes de Brusque, Blumenau e outros locais", avaliou. A vinda de empresários de outras regiões de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul também chamou a

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Tecnologia, tendências, produtos e intensa divulgação garantem sucesso da feira da moda de Criciúma (SC) atenção do executivo de contas da Useall, Mateus Lourenço Ferreira. Ele conta que já saiu da feira com demonstrações agendadas e contatos importantes em mercados que ainda não atuavam. Para o gerente comercial da Tecnoblu, Bruno Brandão, a Fenafashion abriu muitos contatos que devem se converter em negócios dentro de um ou dois meses. "Nós vendemos projetos e o ciclo de venda é mais longo", explica. "Se depender de mim, estamos na próxima edição", afirmou. Negócios efetivados na feira também foram comemorados pelos expositores. Silvio Nazário, da Mega Máquinas de Costura, revela que 10 máquinas foram comercializadas durante os três primeiros dias. "Também fizemos muitos contatos que devem gerar negócios de curto a longo prazo. Tivemos um ótimo retorno e estaremos na próxima Fenafashion", assegurou.#

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União de forças

Confecções do sul de Santa Catarina se profissionalizam, investem na identidade da marca e em produtos diferenciados

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região sul do Estado de Santa Catarina conta com mais de mil indústrias de confecção de artigos de vestuário que produzem jeanswear, moda praia, surfwear, fitness, moda casual clássica e moda íntima. Se, até há pouco mais de uma década, a produção dos confeccionistas da região se resumia à “modinha”, agora muitos têm suas próprias lojas de atacado e vendem produtos diferenciados a preços acessíveis. “Eles estão trabalhando fortemente a moda, a inovação”, assegura Marcos Speck de Freitas, consultor de produção de vestuário baseado em Criciúma. Parte da responsabilidade por esse novo posicionamento de mercado se deve à formação do Arranjo Produtivo Local das Indústrias de Confecção do Sul de Santa Catarina, iniciativa do Sebrae-SC com apoio do Senai, com o objetivo de promover a melhoria da competitividade

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Profissionalização

das empresas participantes por meio de ações inovadoras em capacitação gerencial, melhoria dos processos produtivos e internacionalização. Entre facções e confecções, o projeto envolveu 114 empresas de micro, pequeno e médio porte, provenientes da Associação de Confeccionistas da AMREC (que reúne 12 municípios, entre eles Criciúma), Associação de Confeccionistas de Tubarão (ACT), núcleo das empresas de facção para a indústria de confecção da AMREC; núcleo de confecção do município de Sombrio e Associação dos Confeccionistas de Araranguá (ACAR).

Foco no mercado Desde então, a inovação, a diferenciação e a parceria entre confecções e facções se tornaram poderosas armas para as empresas se posicionarem no mercado, criarem uma identidade de marca e combaterem a concorrência com os importados asiáticos. “É preciso cada vez mais pensar o


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Profissionalização

Universe Teen Uma das confecções que se lançaram nessa empreitada é a Universe Teen que, apesar do nome, produz moda jovem feminina para as classes B e C e se posiciona como “a marca que veste as estrelas”. Não à toa, suas últimas campanhas publicitárias foram estreladas por atrizes globais como Isis Valverde, Isabelle Dumond, Bruna Marquezine e Carol Castro.

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A empresa, familiar, desde 1993 produzia roupas infantis. O negócio foi crescendo junto com seus clientes, o que levou à opção de criar uma grife mais teen. Assim, em 2005 surgia a Universe Teen, que hoje produz roupas do dia a dia e de baladas para mulheres jovens. Sediada em Sombrio, a 70 km de Criciúma, a Universe Teen logo percebeu que, para se destacar no mercado, teria de oferecer produtos diferenciados, fortalecer sua marca, profissionalizar a gestão e qualificar seus colaboradores. Para isso, contou com o apoio do Senai e do Sebrae para se aperfeiçoar nos quesitos criação, inovação, mídia, linha de produção e Planejamento, Programação e Controle da Produção (PCP), como conta o empresário Alexandre Azevedo, sócio da empresa ao lado de sua esposa, da cunhada e do concunhado. “Investimos muito em pesquisas, em viagens de campo para fora para ver tendências”, acrescenta Azevedo. Isso tudo, segundo ele, foi fundamental para criar uma identidade de marca. A partir daí, por volta de 2007/2008, começou o processo de expansão. A opção escolhida foi vender no atacado por meio de lojas próprias. Hoje a Universe Teen é uma das confecções proprietárias dos dois shopping acima mencionados (onde

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mantêm lojas de pronta-entrega) e opera ainda lojas em Brusque-SC (All Shopping e Master Shopping), em Cianorre-PR (Master Shopping) e em Maringá-PR ( Av. Fashion). Com a expansão, foi necessário aumentar a produção e o número de colaboradores. Para tanto, foi inaugurada mais uma unidade fabril (Passo de Torres) e ampliado o quadro de funcionários indiretos. Hoje a Universe Teen conta com 150 funcionários diretos e de 500 a 600 indiretos.#

Atriz Carol Castro/ Verão 13/14

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mercado, ser rápido nas decisões”, assegura o consultor. “Não dá mais para competir com preço, por isso a estratégia deve ser a inovação, oferecer produtos que atraiam os clientes. É primeiro ver o que o cliente quer e aí produzir; não primeiro fazer para depois vender”, afirma. O projeto do APL terminou há cerca de dois anos, mas, segundo Freitas, a parceria continua, está fortalecida. Ele cita como exemplo o Shopping Litoral Atacadista de Cedral, com 65 lojas, localizado próximo a São José do Rio Preto, no Noroeste do Estado de São Paulo. Inaugurado em abril de 2012, o empreendimento é fruto do investimento de 15 empresários, a maioria confeccionistas da região sul de Santa Catarina. Outra iniciativa do tipo foi a inauguração do Shopping Litoral Atacadista em Sombrio (SC), no extremo sul catarinense, que completou uma década este ano. “A união em torno da criação de centros comerciais desse tipo pode ser uma opção para empresas de pequeno e médio porte viabilizarem o trabalho de expansão da marca”, avalia o consultor Marcos Freitas.


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Mercado online

FOTO: SHUTTERSTOCK

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Venda de Moda pela internet ganha fôlego e é uma das opções para quem já atua no varejo offline POR VERA CAMPOS

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inda distante dos números registrados nos Estados Unidos e Europa, o comércio eletrônico no Brasil evolui a passos largos, alimentado pelo aumento do número de pessoas que acessam a internet e pela conveniência que a compra online proporciona. A demanda pelos artigos de ‘Moda’ segue essa tendência e está em constante ascensão. Em 2012, a categoria atingiu a vice-liderança no volume total de pedidos pela web, com 12,2% de participação, perdendo por pouco de ‘Eletrodomésticos’, que fechou o ano com 12,4% dos pedidos. Os números constam do último relatório Webshoppers, da e-Bit, empresa fornecedora de informações sobre o mercado eletrônico no Brasil, e abrangem categorias ‘Eletrodomésticos’, ‘Moda e Acessórios’, ‘Saúde, beleza e medicamentos’ ,‘Informática’ e ‘Casa e Decoração’.

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No cômputo geral, em 2012, segundo o estudo, o número de pedidos de compra online aumentou quase 25% em relação ao ano anterior, totalizando 66,7 milhões e faturamento de R$ 22,5 bilhões, um crescimento nominal de 20% frente a 2011. Para 2013, a expectativa é de que o e-commerce B2C (de empresas ao consumidor final) no Brasil apresente crescimento nominal de 25% e faturamento de R$ 28 bilhões. O estudo não leva em conta compras feitas por celulares, outro canal de venda em expansão no País.

Classe C impulsiona venda De acordo a e-Bit, 10,3 milhões de pessoas que nunca haviam comprado pela internet no Brasil fizeram sua primeira compra online em 2012. Desses novos consumidores, quase a metade (46%) têm renda familiar entre R$ 1.000,00 e R$ 3.000,00, ou seja, pertencem à classe C. Até 2012, 42,2

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milhões de brasileiros já haviam feito ao menos uma compra online na vida. Segundo estudo recente divulgado pelo IBGE, órgão oficial de pesquisas no Brasil, o número de internautas no Brasil aumentou em todas as classes sócio-econômicas no período de 2005 a 2011, mas sobretudo nas faixas de rendimento mais baixo, apesar de o maior percentual de internautas ainda esteja na classe de rendimento de três a cinco salários mínimos. O Norte e Nordeste vêm ganhando participação, registrando o acesso de mais de um terço da população. Nas demais regiões, o percentual da população que utilizou a internet praticamente dobrou entre 2005 e 2011, chegando a 54,2% na região Sudeste, 53,1% no Centro-Oeste e 50,1% na Sul.

Cenário promissor Para quem atua no varejo de moda, a tentação de começar a vender


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Mercado online

Varejo Multicanal Na abertura do seminário, Roseli Morena Porto, professora do departamento de Administração Geral da FGV-EAESP ressaltou que a adoção da estratégia de varejo multicanal (de mais de um canal de vendas) amplia a complexidade das decisões de marketing. “São dois modelos de negócio distintos mas, na percepção dos consumidores, independentemente do tipo de ambiente visitado (loja virtual ou física), a transação ocorre com uma única empresa”, afirma Roseli. Ela lembra que, diferentemente da escolha de um item de informática, por exemplo, cuja compra é mais técnica, a moda tem a peculiaridade da venda por impulso, o que conta pontos a favor das lojas físicas e traz mais um desafio a ser superado por quem FOTO: SHUTTERSTOCK

também pela internet é grande. Mas enveredar pelo comércio eletrônico demanda cuidados especiais. Não é só montar um site e colocar as peças lá. Requer atenção no atendimento ao cliente e pontualidade nas entregas, entre outros aspectos. “Um dos desafios é convencer o consumidor a comprar sem tocar nas peças”, diz Ana Paula Miotto, mestre e doutora em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas de São Paulo, que em maio coordenou o seminário “Varejo de Moda Online: oportunidades e desafios de vender moda pela internet”, promovido pela Centro de Excelência em Varejo (GVcev) da FGV-EAESP, com cases de três empresas que atuam no segmento: Dafiti, Farfetch e Marisa (veja reportagens adiante).

deseja vender pela internet. “As estratégias que integram os dois ambientes proporcionam resultados que vão além da simples venda de produtos pela Internet”, coloca. E como ter coerência na estratégia desses canais?. Alguns aspectos que desafiam essa integração, segundo Roseli, são: a questão da infra-estrutura, ter um banco de dados sobre os clientes e suas compras, fazer controle de estoques, integração de sistemas, ter uma boa logística, política de trocas/devoluções, política de preços, uma boa estratégia de comunicação comunicação e manter atendimento ao cliente (SAC) sete dias por semana, 24 horas por dia. E ela conclui dizendo: “Não é só ‘fazer o site’. Não dá para copiar do concorrente; não existe receita que funcione igual para todos; não existe check list padronizado e não há um único modelo de varejo multicanal”. Por isso, é preciso avaliar todos esses aspectos antes de entrar no mercado online, aconselha. “A operação é complicada”. Razões para adotar o Varejo Multicanal - É uma forma de expansão da área de abrangência na estratégias de crescimento do varejista tradicional. - Promove integração das atividades da cadeia de valor combinando o tradicional e o virtual, traz vantagem competitiva e diferenciação. - Alavanca as estratégias varejistas e diferenciais competitivos já existentes na operação tradicional. Fonte: Roseli Morena Porto – FGV-EAESP

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Mercado online

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Bianca Malhas

Dafiti: satisfação garantida Atendimento e portfolio relevante de produtos possibilitaram ao portal conquistar a liderança no comercio eletrônico de moda no Brasil em menos de dois anos de operação

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riada em janeiro de 2011 por quatro jovens empreendedores – dos quais apenas um brasileiro, em pouco mais de dois anos a Dafiti se tornou a maior loja online de moda no país. O site recebe mais de 50 milhões de visitas por mês e oferece 95 mil produtos de seis categorias (calçados, roupas, acessórios e, mais recentemente, beleza, esporte e decoração/ cama/ mesa/ banho), de 900 marcas. A empresa já estendeu suas operações de e-commerce para Argentina, Chile, Colômbia e México e emprega 1.800 funcionários, dos quais 1400 só no Brasil. Essa performance foi conquistada graças ao aporte de R$ 375 milhões feitos, no início da operação, por um grupo de investidores internacionais que acreditaram no negócio. Afinal, o Brasil é um dos maiores mercados de moda do mundo, tem uma indústria de confecção local

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e a penetração do e-commerce no segmento ainda é baixa.

Imagem da marca Se, no início das operações, o foco era a venda pura e simples de calçados pela internet, a Dafiti logo se deu conta da importância de criar uma imagem de sua marca junto ao cliente, e passou a se concentrar nesse aspecto. Hoje, a estratégia da empresa se apoia em dois pilares: oferecer o melhor portfolio de produtos e a melhor experiência de compra ao cliente. “As empresas de venda online têm de ter uma proposta de valor e uma visão muito bem definidas”, ensina Malte Huffmann, um dos fundadores da Dafiti e o responsável pelo marketing da empresa. Para ter sucesso na operação e conquistar a confiança do consumidor, a Dafiti buscou a excelência nos seguintes pontos: seleção de


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Mercado online

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produtos (feita por uma equipe de especialistas), busca/pesquisa no site, entregas (grátis em todo o Brasil), trocas (gratuitas em até 30 dias) e controle de qualidade (rigoroso). CD com 36 mil m2

O desafio do atendimento Um dos principais desafios de uma loja virtual de moda é o cliente encontrar não só o produto que deseja, mas o modelo, a cor, tamanho e preço que o satisfaçam. A entrega no prazo previsto é outro ponto-chave. Mas isso ainda não é suficiente para assegurar uma boa experiência de compra, afirma Huffmann. “Os clientes querem encontrar um portfolio de produtos relevante, com todas as tendências da moda, e querem também uma consultoria do que vestir, como usar. Querem navegar com facilidade no site, receber o produto sem atrasos e sem problemas , enfim, ter um atendimento cordial e eficiente, acima da media.” Para suprir a demanda pelo portifolio relevante, a Dafiti trabalha com as marcas conhecidas e que mais vendem, e oferece no site pelo menos 80% dos itens das coleções de cada uma delas. Para garantir a disponibilidade dos produtos, compra tudo o que oferece e, assim, mantém um estoque razoável, no galpão de seu centro de distribuição em Jundiaí, no interior de São Paulo. As entregas são feitas por meio de transportadora própria. “Para não correr riscos de atrasos, optamos por não terceirizar os processos operacionais”, conta Huffmann. O SAC – Serviço de Atendimento ao Cliente também não é terceirizado. “Um cliente satisfeito compra mais, se fideliza e divulga boca-a-boca a sua boa experiência de compra - e esse é o melhor marketing”, finaliza.

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Dafiti Premium Para marcar presença na categoria luxo, a Dafiti passou a investir no segmento premium com uma plataforma exclusiva e independente que oferece roupas, sapatos, acessórios e moda praia para os públicos feminino, masculino e infantil: www.dafitipremium.com.br. Dafiti Premium reúne mais de 75 marcas e 6 mil produtos com preço médio de R$ 500,00. A proposta é oferecer opções selecionadas de produtos de designers e marcas exclusivas nacionais e internacionais. Com o lançamento de Dafiti Premium, a Dafiti soma três plataformas no Brasil: Dafiti, Dafiti Premium e Dafiti Sports, esta última lançada em agosto de 2012.

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Além da variedade de produtos, qualidade no atendimento da compra virtual é a arma para fidelizar clientes

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aior rede de moda feminina e moda íntima feminina do Brasil, com cerca de 380 lojas, a Marisa, focada na classe C, ingressou em 2000 no comércio eletrônico e, nesses doze anos, vem aperfeiçoando dia a dia sua operação. No último ano, o Atendimento passou a figurar entre os pilares de sustentação do negócio, ao lado de Compras, TI, Logística e Marketing Digital. A última inovação nesse sentido é relativa à postura das atendentes do SAC – Serviço de Atendimento ao Cliente. “Elas têm de se mostrar solidárias às consumidoras e asse-

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gurar que tentarão solucionar o problema num curto período de tempo”, diz o gerente de e-commerce Thiago Barros Pereira. Esse relacionamento de cumplicidade é mantido ainda durante algum tempo após as partes terem chegado a um acordo. Algum tempo depois, a cliente recebe um presente e um cartão personalizado, assinado pela atendente, com pedidos de desculpas pelo transtorno por que passou. E, após alguns dias, a atendente telefona para ela para checar se está tudo OK. “Essa é uma forma de encantar o cliente, de mostrar o quanto ela é importante para a empresa”, justifica o gerente. De seu lado, os atendentes também são motivados, recebem prêmios por retenção e resolução adequada de problemas trazidos pelas clientes.

380 lojas individualmente – e algo mais. Outro ponto alto da operação é a facilidade da troca. “No caso de itens de vestuário (e, mais recentemente calçados), a chance da cliente comprar e o produto não servir é grande”, diz o gerente. Por isso, a Marisa oferece a possibilidade da troca em qualquer uma de suas lojas físicas, sem burocracia. “É uma loja para comprar e 380 para trocar”, compara. Mas não é só. Para evitar devoluções

Mix completo A loja virtual disponibiliza todo o mix de produtos da Marisa - uma variedade maior que a oferecida pelas

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Thiago Pereira, gerente de e-commerce

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Marisa.com: 380 lojas em uma


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ou trocas, a Marisa implementou, em 2009, a padronização de tamanhos junto a seus fornecedores: tudo o que é P, M ou G obedece a determinadas medidas, em todas as lojas da empresa. Além disso, a cliente pode registrar suas medidas no site e o sistema informa o tamanho da peça que deverá servir nela. Essa informação é cruzada com o estoque e, em seguida, são oferecidas à ela várias opções de modelos, no tamanho adequado. “Essa é uma forma de evitar trocas e os altos custos da logística reversa”, explica Pereira, acrescentando que a Marisa já dispõe de um cadastro com mais de 800 mil medidas de clientes. O ‘Monte seu look’, outra ferramenta oferecida no site, foi criado com o objetivo de gerar interatividade com o cliente, entretenimento – e estimular a compra. “Hoje já temos cerca de 400 mil looks montados”, conta o gerente. Para dar suporte a escolha da cliente, em 2011 foi criado o “Vou de Marisa”, plataforma de comunicação integrada, que fala de moda e dá dicas de uso das peças. Se um site revela a ‘cara’ da empresa, a usabilidade, facilidade de navegação e o uso de imagens atraentes são pontos-chaves a serem observados . “Trabalhar fotos com modelos é um apelo interessante”, diz Pereira. E quando o produto não gira bem? “É preciso avaliar se o preço está Ok, se há promoção adequada, quantos clicks têm de ser dados para se chegar a ele e se a imagem deles está sendo colocada de forma atraente”, enumera. A garantia da entrega é outro aspecto crucial para o sucesso do e-commerce. A Marisa já recebeu diversas premiações em reconhecimento à confiança na compra e entrega garantida.

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Farfetch: o mundo em suas mãos Market place reúne as melhores butiques e marcas de luxo de moda do mundo para vender pela internet

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ma rede global que permite comprar marcas de luxo em butiques de várias partes do mundo ao mesmo tempo e em alguns minutos, por meio de um único checkout. Criada em 2008, em Londres, inicialmente para driblar a recessão no mercado europeu, a Farfetch é um portal de venda de moda que hoje congrega cerca de 300 butiques e lojas multimarcas que oferecem para compra online a coleção atual das mais badaladas grifes de luxo de estilistas da Europa, América do

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Mercado online

Norte e Brasil. Sem sair de casa e apenas com alguns clicks, o consumidor tem à sua disposição mais de 80 mil produtos de duas mil marcas, entre roupas, sapatos, bolsas, acessórios, bijoux e joias para os públicos feminino e feminino. Graças à iniciativa, as lojas que compõem o marketplace já venderam para 150 mil clientes de mais de 100 países. “Para muitas delas, as vendas pela Farfetch representam 30% a 40% do seu faturamento”, ressalta Daniel Funis, diretor geral da subsidiária


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Mercado online

brasileira, criada no final de 2010. Os negócios crescem a todo o vapor. De 2011 a 2012, as vendas pelo portal triplicaram, passando de US$ 10 milhões para US$ 30 milhões. A meta para 2013 é ousada: atingir US$ 95 milhões em vendas, ou seja, mais que o triplo de 2012. “Existe mercado para isso e a velocidade de mudança é intensa. Grandes grupos de luxo começam a olhar com carinho para o modelo online”, justifica Funis.

mercado. “O Brasil ainda é um país emergente”, destaca. Em função das peculiaridades do mercado, no Brasil a Farfetch optou por trabalhar com marcas, além de butiques. Hoje, 20 marcas representam 70% das vendas do portal no país. “A consumidora busca as marcas das quais já é cliente. A primeira compra geralmente é um teste, depois...”, conta Funis. Segundo ele, o que motiva a con-

sumidora brasileira a comprar pelo portal são situações como “não encontro esse modelo em nenhum outro lugar”, “preciso agora”. Para conquistá-las, a Farfetch aposta no atendimento: oferece experiência personalizada e sem surpresas; disponibiliza ‘personal shoppers’; parcela as compras em até 12 vezes, com todas as taxas inclusas;realiza as entregas em sete dias, mantém o valor do frete fixo.#

Impulsionado pelo crescimento do consumo nos países emergentes – Brasil, Rússia, Índia e China, o mercado mundial do luxo deve faturar US$ 1 trilhão em 2025, segundo projeções da consultoria Goldman Sachs. A China deverá responder por nada menos que um terço desse montante (US$ 328 bilhões). Em 2008, a demanda de artigos de luxo nesse país não passava de US$ 15 bilhões, num mercado global de US$ 250 bilhões. Para Daniel Funis, as vendas online de moda de luxo devem acompanhar o crescimento do mercado, mas se manterão nos percentuais atuais: nos Estados Unidos, respondem por 9% das vendas totais do segmento; na Inglaterra, por 13%. No Brasil, gira em torno de 2% a 3%.

Brasil em destaque O Brasil, país com 155 mil milionários, já é o 3º maior mercado da subsidiária brasileira da Farfetch. Mas há um desafio a ser enfrentado: o das compras em viagens ao exterior. “80% do consumo de artigos de luxo dos brasileiros ocorrem fora do País”, revela Funis. A favor da venda online: o grande potencial de

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Emergentes em cena


{ Máquina de costura programada GPS/G - 6032 Com alimentador automático

Máquina de aplicar pérolas e meia-pérolas

Máquina de coluna GP 500

2 opções de máquinas: uma para setor têxtil e outro modelo especial materiais pesados (sapatos, bolsas e cintos)

Máquina de costurar bolsos Com duas cores e conjunto dobrador de bolso incorporado a máquina

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dica do especialista

PRODUÇÃO

Vanderlei Carlos Dorigon é Eng. de Produção e diretor da DS Soluções Tecnológicas Ltda www.dstecnologia.com

O passo-a-passo do planejamento de produção Um bom planejamento de produção é fundamental para atingir uma boa eficiência de produção e conseguir entregar os produtos nos prazos combinados com os clientes. Os fatores envolvidos no plano de produção são: datas de entrega, pedidos, disponibilidade de mão de obra, tempos padrões de produção, eficiência de produção e tempo de atravessamento do produto na produção, estrutura de composição dos produtos. Todas essas informações devem ser avaliadas no momento de montar um plano de produção. Ter essas informações é pré-requisito para elaborar uma estratégia de sucesso.

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Como fazer?

1) Formar lotes de produção A formação de lotes maiores do mesmo modelo de produto vai melhorar significativamente a eficiência de produção, pois proporciona melhoria de rítmo pela continuidade das operações, e menor tempo de preparação de máquinas. Consequentemente, pelo aumento de eficiência conseguimos reduzir custos e tornar o produto mais competitivo. As indústrias de confecção que não operam lotes grandes pelo fato de sua venda ser em menor volume (ou porque sua coleção tem muitos modelos) devem produzir itens com maior


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dica do especialista

valor agregado, pois sua vantagem competitiva não está com foco em preço, mas sim em qualidade, modelagem e inovação. Porém, mesmo que você tenha baixo volume de venda, o planejamento tem a mesma importância e, apesar de ser mais complexo, tem forte impacto na redução de custos. 2) Formar lotes de produção por modelo Para montar o plano você deve estabelecer qual será o seu período de planejamento, por exemplo: quinzenal, semanal ou de três dias. Definido esse período, devemos agrupar os pedidos e/ ou necessidades de estoque (caso tenha pontos próprios de venda) e juntar lotes do mesmo modelo. Quanto maior o período definido, maior será também o número de peças por modelo, porém maior será seu prazo de entrega. Então, cada empresa deve avaliar a sua situação de prazo com os clientes e escolher o período que melhor se adapta a sua situação. Uma entrega mais rápida pode ter com consequência uma eficiência menor e, portanto, maior custo, ao passo que um período muito grande pode reduzir sua competitividade em prazo de entrega, embora melhore significativamente sua eficiência.

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PRODUÇÃO

3) Estabelecer uma estratégia de sequência de lotes O plano de produção deve também estabelecer uma estratégia de sequência de entrada das peças na produção, de maneira a minimizar a mudança drástica de modelos. É coerente e recomendável sequenciar os modelos por similaridades de processos, assim as operadoras das células de produção irão perder menos tempo na troca de modelos. 4) Prover os materiais necessários no posto de trabalho Para complementar o plano de produção, é importante que os materiais necessários sejam providenciados em tempo hábil e diretamente nos postos de trabalho, para que a operadora não precise se deslocar do seu posto de trabalho para buscar itens como linhas, aviamentos, agulhas e outros componentes necessários à produção. Dessa forma otimizamos o tempo de produção e aumentamos a eficiência. 5) Montar balanceamentos de carga por produto Outra tarefa fundamental no planejamento da linha ou célula de produção é o sequenciamento das operações de cada produto, de forma que as operadoras tenham

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a carga de trabalho equilibrada, evitando gargalos e maximizando a habilidade das costureiras. 6) Planejar a produção e entrega dos pedidos de acordo com sua capacidade produtiva Para que não ocorrerem atrasos nas entregas dos pedidos, é importante que o setor produtivo conheça a sua capacidade de produção. A área comercial deve estar afinada com a capacidade produtiva, de forma a vender no prazo somente as quantidades possíveis de serem produzidas. Porém, a área fabril deve possuir um grau de flexibilidade que permita ampliar sua capacidade produtiva, o que pode acontecer por meio de terceirizações, horas extras e antecipação de fabricação de peças potenciais de venda. No entanto, sabemos que uma variação para cima muito radical da capacidade produtiva é impraticável no curto prazo, pois a carência de mão de obra qualificada pode acarretar problemas graves de qualidade, o que gera retrabalho e pode inviabilizar a empresa. Dessa forma, aumentar sensivelmente a capacidade produtiva deve ser um trabalho de médio prazo, com acréscimo gradual do volume produzido.


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Competência e seriedade

Na pequena Frecheirinha, no noroeste do Ceará, Diamantes Lingerie se destaca pelo porte e profissionalismo

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ssim como muitas cidades cearenses que se tornaram polos de confecção de lingerie, elevando o estado à condição de um dos maiores produtores no segmento no País, o pequeno município de Frecheirinha também se destaca. Com cerca de 13 mil habitantes e localizado a Noroeste do estado, a 283 km de Fortaleza, Frecheirinha conta hoje com mais de 15 confecções especializadas. Entre elas, a Diamantes que, em 2012, produziu nada menos que 2,4 milhões de peças e, este ano, vai mais que dobrar esse volume, atingindo as 5 milhões de unidades produzidas.. Constituído pelas empresas Diamantes Lingerie e Intuicion Lingerie, o grupo Diamantes é dirigido pela matriarca da família, Francisca Vasconcelos de Araújo, e seus três filhos. José Claudio de

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PERFIL

Araújo Júnior e Claudênia Régia de Araújo Sales estão à frente da Diamantes Lingerie, enquanto Claudia Regina de Araújo Mouta dirige a Intuicion Lingerie. “Essa ligação resulta em uma influência recíproca, tanto na política geral do empreendimento, como nos interesses e objetivos da família. Juntos formamos uma parceria dinâmica, sem fim – a família Diamantes”, orgulha-se Claudênia.

Dedicação e prazer Todo empreendimento, para prosperar, requer certo esforço. Mas quando a atividade é feita com amor, com orgulho, fica difícil mensurar o trabalho que dá, mesmo que essa dedicação seja árdua. O prazer que proporciona não permite enxergar o negócio como um sacrifício ou algo trabalhoso. É com esse sentimento


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que a Diamantes é administrada. “Desde que idealizamos o sonho de montar um negócio próprio, traçamos um caminho com uma meta bem definida – ser reconhecida como a principal empresa de lingerie do nosso Estado, e quem sabe do país”, conta a diretora. Ela atribui o crescimento à crença em Deus, nas pessoas, nas novas tecnologias e na identificação das oportunidades que vieram com o crescimento econômico brasileiro. E completa: “o segredo do sucesso está em extrair das pessoas, dos nossos colaboradores, o melhor que eles têm de profissionalismo, de humano, formando uma equipe de trabalho dedicada e comprometida com a missão da empresa. Nesse ponto só temos a agradecer a todos os nossos colaboradores - eles são um dos nossos segredos”, reconhece Claudênia.

em quatro unidades fabris. Só na matriz, em Frecheirinha, são 1.102 colaboradores. O restante está nas três fábricas instaladas em Fortaleza entre 2012 e 2013, num movimento contínuo de expansão da empresa. “O objetivo das novas fábricas foi a atender a demanda que é crescente”, explica Claudênia. Isso porque, com o passar do tempo - e com base em estudos de mercado -, a Diamantes sentiu que poderia diversificar a produção e investir em linhas que atendessem a toda família. Assim, a matriz começou a produzir

também para homens e meninos (cuecas e pijamas) e meninas (calcinhas, camisolas e baby doll). E agregou à produção as linhas praia, fitness feminino e masculino, e shapewear, além de uma linha de blusas Basic by Claudênia Régia. Todas essas, mais a de lingerie feminina, são produzidas na fábrica de Frecheirinha. Já as unidades de Fortaleza produzem calcinhas e sutiãs, fitness, moda praia e linha noite para dormir. Com as novas fábricas e linhas de produtos, a expectativa é a de dobrar a produção em 2013, atingindo 5 milhões de unidades. Em 2012, entre moda íntima, moda praia, fitness (feminino e masculino); shapewear, for man, linha grandes mulheres (plus size), gestante, linha de lingerie assinada pela cantora da banda Aviões do Forró, Solange Almeida, e linha de blusas Basic by Claudênia Régia, a Diamantes produziu mais de 2,4 milhões de peças. Toda a produção é absorvida pelo mercado interno e a demanda continua aumentando. No entanto, a empresa já se prepara para alçar novos voos. A expansão prossegue a todo o vapor: estão em andamento dois grandes projetos em outros municípios. José Claudio e Claudênia

Demanda crescente FOTO: DIVULGAÇÃO

De 2005, quando foi fundada, aos dias de hoje, a Diamantes deu um grande salto. A fábrica começou a funcionar com apenas dez funcionários e hoje, apenas oito anos depois, emprega quase 1.400 pessoas

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PERFIL

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mostrar também a sensualidade e a beleza femininas”, completa. O abastecimento de matéria-prima (bojos, tecidos, aviamentos, etc) é feito por grandes parceiros, que já atendem a região. “Temos fornecedores de todo o Brasil, que sempre nos atendem com muita dedicação e carinho”.

Qualificação profissional

Lojas próprias Hoje as lojas próprias se tornaram o único canal de vendas da empresa, numa estratégia iniciada em 2008. São 30 unidades, distribuídas nos Estados do Ceará, Piauí, Maranhão, Pará, Sergipe, Alagoas, Paraíba, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte e no Distrito Federal. O objetivo dessa estratégia é levar a conhecimento e atender um maior número de clientes, montar um ambiente agradável para recepcioná-los e manter um contato mais direto com eles. “As vendas são direcionadas ao varejo, mas atendemos também no ramo de atacado, não podemos abrir mão desta clientela”, coloca Claudênia. Ela acrescenta que, como o principal objetivo das lojas é o contato com os clientes, a expansão é inevitável, mas deve continuar sendo feita com recursos próprios e não por meio de franquias.

mais requintado estilo e tendências da moda”. A área de criação da Diamantes é formada por uma equipe de dez colaboradores, que atuam sob a supervisão direta de Claudênia. Ela busca inspiração em si como mulher - em dar o seu toque feminino e de sofisticação, e em suas viagens, inclusive para fora do país, nas quais acompanha as tendências do mundo da moda, para dar luz a suas inspirações. “Nossos modelos são todos campeões de vendas”, assegura. “Sem dúvida, os que realçam a beleza da mulher sempre vão estar em alta, e é por isso que estamos sempre buscando, além de qualidade e conforto,

Encontrar profissionais qualificados não é tarefa fácil para a grande maioria das confecções. E o que dizer de uma cidade em que muitos dos colaboradores vieram da lavoura? Detalhe: 34% dos cerca de mil empregados da matriz de Frecheirinha (ou seja, algo em torno de 340 pessoas) são do sexo masculino, muitos atuando na área de costura. “Mantemos um grupo constante de treinamento formando os profissionais, porém isso demanda investimento e tempo para desenvolver as competências. No entanto, os resultados tem se mostrado altamente satisfatórios por formarmos profissionais comprometidos com os objetivos missionários da Diamantes Lingerie”, finaliza Claudênia.#

Não se pode definir um perfil de um produto sem pensar em qualidade total. “Essa é nossa principal exigência”, diz a diretora da Diamantes Lingerie. “Aliada a ela, procuramos desenvolver peças com sensualidade, beleza e sofisticação, fazendo uso do

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Estilo e qualidade


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São Paulo (Americana) Tekmak Máquinas e Acessórios para Confecção. Tel: (19) 3475-7575 / (19)8194-2628 E-mail: tekmak@tekmak.com.br Responsável: Sr. Toninho

Minas Gerais (Muriaé) Oficina do Cezar Tel: (32) 3722-5050 / (32) 9986-1316 - Fax: (32) 3722-1631 E-mail: cezardasmaquinas@ig.com.br Responsável: Cezar Botaro

São Paulo (Birigüi) Anderson Componentes para Calçados Ltda. Tel/Fax: (18) 3643-3563 E-mail: maquinas@andersoncomponentes.com.br Responsável: Pedro Sato

Minas Gerais (Belo Horizonte e Região Metropolitana) BH Bordados Ltda Tel: (31) 3327-0029 / 3234-4908 / (31) 9291-3014 / 9291-3013 E-mail: comercial@bhbordados.com Responsáveis: Sr. Fabio Kakiuti / Sr. Giovanni Augusto

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dica do especialista

GESTÃO

Crise de mercado ou crise de gestão? Existe uma crise de mercado, passageira sim, mas que ainda nos imporá um clima de desconfiança nos próximos meses. Sobre isso pouco podemos fazer, a política pouco vai ajudar, e devemos dar atenção ao que importa: empresa, marcas, pessoas, processos, resultados e demais ativos que nos cercam. Não tentar articular a empresa como um todo para melhor aproveitar as circunstâncias do contexto que se forma a cada momento é a pior das decisões. Mais grave que qualquer crise de mercado, é a crise de gestão. A crise de gestão pode ser avassaladora e fazer com que os níveis de consumo de sua marca desapareçam em épocas de dificuldade. Jack Welch, lendário CEO da GE, dizia “que não há nada melhor para colocar os fundamentos da gestão em ordem do que uma boa crise”. Precisamos trabalhar nos pontos que conseguimos ter gestão, focando todos os recursos e energia em

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Gustavo Campos é sócio-diretor do Núcleo de Posicionamento da Focal Pesquisas (www.focal. com.br) e coach comercial. Também é professor convidado dos cursos de MBA da UNISINOS - RS e Publisher do Blog do Pensador Mercadológico (www.pensadormercadologico. com.br )

uma única direção. Nesse espaço, está a solução para a “sua crise”. O que vejo nos mercados é muita venda sendo desperdiçada, seja pela péssima capacitação dos representantes que atendem os compradores de lojas ou dos balconistas/vendedores do varejo, que perdem abordagens. Para resolver esta fragilidade, ou pelo menos amenizar o seu efeito, podemos trabalhar em seis aspectos importantes da gestão, retirados do treinamento de melhoria da performance "52 práticas, em 52 semanas e uma nova e melhor empresa no final”. São eles:

1. Segmentar para conhecer

Por ter muitos clientes, quase sempre uma empresa não consegue perceber a importância de ter ações compatíveis com cada realidade. Dessa forma, faz programas padronizados, massivos, de muito gasto e pouco resultado. Uma


solução é segmentar Verbo de Papel “antigo” até a base de clientes por Novo verbo de ação Novo papel os dias de hoje ação antigo alguns critérios: clienFSP – Firma tes novos (menos de 6 Escritório de Prestar serviços que dão Representar de Serviços meses de cadastro); representação resultados aos clientes Profissionais clientes recentes (mais APM – Agente de de 6 meses e menos de Representante Vender Posicionar Posicionamento 24 meses de cadastro); comercial de Marcas clientes antigos (mais de 24 meses de cadas(Veja a tabela acima) tirmos o treinamento e assim contitro); clientes esporádicos; clientes nuamente, sem descanso. Somente com maior frequência de compra; 5. Cuide da sua equipe, assim as habilidades de um grupo clientes estagnados a longo prazo, pois ela é o motor ou de um indivíduo podem ser auem volume de compras; principais Esta dica aponta para que tementadas e niveladas em patamares clientes em volume; principais nhamos o cuidado necessário para superiores de performance. clientes em rentabilidade; clienreter o pessoal, motivá-lo e prepates com maior participação no seu 3.Planeje, mas faça diferente rá-lo para os desafios crescentes. negócio; clientes potenciais, com Fazer nossas operações e procesNesta época, muitas empresas grande capacidade de crescer no sos simples e eficazes, buscando despertam para o planejamento. seu negócio; ex-clientes recentes; uma maior fluidez no trabalho, Resolvem reunir seus principais ex-clientes antigos; prospects. para não perdermos o jogo dentro executivos e outras pessoas imporEstudando cada grupo acima, das organizações, e sermos dertantes para uma pauta extensa de conseguimos tomar decisões corotados pela burocracia, falta de planejamento estratégico. Esse tipo mo: atuar de forma diferenciada apoio, reconhecimento e feedback. de planejamento não funciona mais. para cada cliente/grupo, ter proPara melhores resultados, algo gramas individualizados por re6. Mobilizando com novo deve ser implementado, com presentante/região, reagir rapimetas motivadoras uma metodologia envolvente que se damente a qualquer movimento Em quase todas as empresas as desenvolva no formato de um jogo, da concorrência, resolver rapidametas são ferramentas importancom missões mercadológicas ocormente problemas que surgem. tes do sucesso. O principal é não rendo por todos os meses do ano. errarmos nos princípios básicos, Pesquisas constantes, com os públi2. Treinar até doer tais como: cos anteriormente já segmentados, A cada dia nossas competências • Depois de divulgadas as metas, alimentam todos os pontos deste são mais exigidas pelo mercado. não as mude, salvo em casos explanejamento. É a voz do cliente e A concorrência aperta, os clientes tremos de mudanças na economia. dos consumidores dentro da sala de exigem melhores negócios e nós, • Para compor um plano de meplanejamento da empresa. muitas vezes, temos de ser melhotas, use poucos objetivos. res hoje do que fomos ontem. Para • Não premie somente as metas 4. Um novo dicionário, isso e para participar melhor do individuais. Mescle objetivos inpara novos resultados jogo do cliente, temos que exausdividuais com os coletivos. Existem hoje papéis novos pativamente treinar nosso pessoal, • Equilibre curto e longo prazo. ra todos os envolvidos na cadeia inclusive os representantes. Se você não cuidar disso, talvez confeccionista (empresa, gerentes, Quando um treinamento é realiseus atos no curto prazo comprosupervisores, lojistas, clientes, zado, as habilidades são elevadas. metam o futuro da empresa. consumidores, entre outros). Mas Com o tempo, este nível de desemBoas vendas e até breve! vou destacar dois, como exemplo penho volta a cair. É hora de repeO Confeccionista JUL/AGO 2013

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FOTO: Divulgação Warner Bros.

Marketing

A força da imagem Reproduzir sob licença exige alto controle de qualidade e respeito às características originais das marcas e personagens, mas os resultados geralmente são compensadores Vera Campos

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gregar valor e aumentar a diferenciação em relação aos concorrentes, atendendo de forma mais adequada a determinados segmentos de público. Quem não gostaria de reunir todas essas possibilidades em uma só ação de market ing? Uma das formas de chegar a esses resultados é utilizar pessoas, personagens ou marcas em evidência na mídia em peças como camisetas, bonés, estampas, roupas de cama e de banho, por exemplo. Mas isso não pode ser feito a seu bel-prazer. Existe uma série de leis que regulamentam a utilização de marcas, imagem ou propriedade intelectual e artística registrada e que punem o uso inde-

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vido. Por isso, quem deseja trilhar esse caminho mas não quer correr o risco de pagar pelo uso indevido e ver seus produtos confiscados, deve procurar as empresas responsáveis para fazer um licenciamento, ou seja, obter, por meio de contrato, o direito de utilização de determinada marca, imagem ou propriedade intelectual e artística registrada.

Mercado em expansão O Brasil está entre os seis países com maior faturamento em licenciamento de marcas do mundo: R$ 12 bilhões em 2012, e os negócios vêm crescendo à média de 14% nos últimos anos. Embora não haja pesquisas


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Marketing formais sobre essa atividade no país, a ABRAL – Associação Brasileira de Licenciamento calcula que existam, no mercado brasileiro, 500 empresas licenciadas; 600 licenças disponíveis (das quais 75% são estrangeiras) e 50 agências licenciadoras, que geram 1.300 empregos diretos e milhares de empregos indiretos. Os licenciamentos mais procurados são os de personagens ou marcas ligados ao entretenimento, seguidos pelas corporativas e aquelas relacionadas ao esporte. E as confecções em geral as que atendem o público infantil e teen - são o segmento que mais fazem uso do licenciamento, de acordo com a ABRAL. Segundo a entidade, as marcas mais licenciadas pelas confecções são os tradicionais personagens da Disney (Princesas, Cars, Mickey e sua turma), os da Turma da Mônica e Barbie. Mas é claro que, seguindo tendências, o setor investe nas hot properties como Galinha Pintadinha, Monster High, Avangers, Capricho. A tendência é que cada vez mais indústrias do setor agreguem mais essa opção a seu portfolio de produtos, em vista dos benefícios que o uso de personagens e marcas pode trazer.

a conceitos e valores ligados à licença e a economia em desenvolvimento de marca”, completa Arnaldo Rabelo, consultor em licenciamento de marcas e sócio da Rabelo & Associados. Segundo ele, o licenciamento pode ser usado estrategicamente com outros objetivos complementares à venda, como atingir um novo tipo de público ou criar uma percepção específica sobre os produtos. “Isso ocorre em função dos atributos que a marca licenciada associa aos produtos”, diz.

Critérios e pré-requisitos Antes de se animar com a possibilidade dos ganhos do uso de imagens de personagens de desenhos animados, filmes, times de futebol ou outros de destaque, é bom saber que o licenciamento tem suas regras, estabelecidas pelos detentores ou gerenciadores das marcas, e é preciso segui-las. “As regras e critérios existem para proteger a marca e não distorcer a sua percepção no mercado”, explica Arnaldo Rabelo. “Essas regras incluem padrões visuais a serem seguidos, exigências quanto à qualidade dos produtos que as ostentam, limitação de determinados canais de venda e categorias

O objetivo final de utilizar marcas e personagens famosos nos produtos não é tão somente aumentar vendas. “É uma forma da empresa e sair de um produto ‘commodity’ para um com valor percebido pelo consumidor. Esse é o grande diferencial”, avalia Ricardo Frederico, um dos sócios da Exitus, empresa de consultoria em Marketing, Vendas e em Planejamento Estratégico. “As vantagens mais facilmente percebidas nesse processo são o agregamento de valor reconhecido pelo público consumidor, além da associação

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Diferenciação e valor

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Ricardo Frederico, da Exitus Consultoria

de produtos, entre outros”. Empresas internacionais, por exemplo, chegam a fazer auditoria nas empresas que se candidatam ao licenciamento de suas marcas, a fim de checar questões relativas à segurança no trabalho, origem das matérias-primas e trabalho escravo. “Afinal, a empresa licenciadora se torna co-responsável pela produção”, salienta Frederico, da Exitus. São ainda pré-requisitos a qualidade nos produtos, a boa distribuição, volume expressivo de vendas, bom suporte a vendas e boa exposição nos pontos de venda.

Tudo no papel Com tantas regras e exigências, as partes envolvidas assinam um contrato em que o direito de uso de determinada marca, imagem ou propriedade intelectual e artística registrada é concedido por tempo limitado em troca de uma remuneração, normalmente definida como um percentual aplicado sobre o valor gerado com as vendas. A remuneração sobre os direitos de propriedades industriais e marcas é o royalty. Já para personagens, celebridades e obras artísticas, utiliza-se o copyright, que equivale a direito autoral (moral e patrimonial). De acordo com Ricardo Frederico, os contratos são válidos pelo período de 1 a 2 anos e os pagamentos às empresas licenciadoras variam entre 5% a 20%. Uma vez assinado o contrato, o licenciado recebe um guia de imagem com as posições e ângulos nos quais o personagem pode aparecer, padrões de cores a serem utilizados, etc. A partir desse guia, é criado um protótipo, que deve ser submetido ao licenciador e, só quando aprovado, a produção poderá ter início. Embora os grandes fabricantes sejam os licenciados de maior interesse das marcas, há cada vez mais


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Marketing

oportunidades para fabricantes menores, que podem ser especialistas em um tipo de produto específico. Não são os custos, propriamente, o maior empecilho, pois o licenciamento não gera custos antecipados expressivos. “O pagamento pelo uso da marca é feito através de uma taxa sobre as vendas, que normalmente faz parte do custo dos produtos, não sacrificando a margem de lucro do fabricante. Quem paga a diferença de valor é o consumidor, que normalmente valorizará mais os produtos em função dos atributos que a marca empresta a eles”, coloca Rabelo.

Planejamento correto Para Ricardo Frederico, há muito espaço ainda para o licenciamento crescer no Brasil, mas, segundo ele, é preciso desmistificar o processo, “que não é tão complicado quanto pode parecer, e tem muito a agregar, desde que bem feito”. “Toda ação importante de uma empresa deve ser bem planejada”, reforça o consultor da Rabelo & Associados. “No caso do licenciamento, o fabricante interessado em licenciar uma marca deve avaliar seus objetivos, o público de interes-

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se e seu comportamento, as marcas concorrentes, as marcas de interesse para licenciamento, a existência de um programa de licenciamento e seu sucesso, a disponibilidade da marca para a categoria de produtos de interesse e o alinhamento entre a marca, os produtos e o público”, enumera. A escolha das marcas e personagens deve seguir alguns pressupostos, entre eles a adequação à categoria de produtos em que se pretende utilizá-los, o interesse do público, ter um programa de licenciamento de sucesso, visibilidade no mercado, perspectivas de continuidade ou aumento de visibilidade. Com isso tudo, os estudos de avaliação e os contratos do licenciamento são feitos com bastante antecedência, pelo menos seis a doze meses antes do lançamento, avalia Frederico, da Exitus. “O primeiro contrato é o mais difícil, mas depois fica mais fácil dar continuidade ao processo”, diz. “O licenciamento deve ser considerado uma ferramenta estratégica de branding. Como tal, se bem empregado, deve ter uso contínuo, pois os re-

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sultados para licenciado e licenciador serão melhores. Como toda parceria, visa ser mantida em longo prazo”, finaliza Arnaldo Rabelo.

O que é mais licenciado - 70% são propriedades ligadas ao entretenimento - 20% são propriedades corporativas - 10% são propriedades ligadas ao esporte Fonte: ABRAL

Segmentos que mais utilizam licenciamento: - 1º Confecção - 2º Brinquedo - 3º Papelaria - 4º Personal Care Fonte: ABRAL

Arnaldo Rabelo, da Rabelo & Associados


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Marketing

Contra a pirataria A Diretoria Jurídica da ABRAL elegeu como uma das suas prioridades o respeito, proteção e valorização da Propriedade Intelectual, até mesmo porque o negócio de licenciamento depende diretamente da regularidade das autorizações e licenças, que só podem ser concedidas pelos reais detentores de Propriedade Intelectual. Assim, a Associação está em fase de implementação de um plano estraté-

“Pirataria” é crime As leis brasileiras que tratam de falsificação de marcas e personagens são rigorosas, punindo todos aqueles que lidam com a falsificação: importadores, distribuidores, lojistas, fabricantes, aqueles que mantêm em estoque, ou seja, toda a rede que atua com a falsificação de produtos. Além de ações criminais, já que a “pirataria” é crime, aqueles que lidam com falsificações podem ser responsabilizados também civilmente, com indenizações, às vezes, em valores bem altos, além de perderem as suas mercadorias. Caso alguma pessoa física ou jurídica esteja comercializando produtos sem autorização do titular das propriedades intelectuais (produtos falsificados, ou “piratas”), poderá ser responsabilizado tanto civilmente, quanto criminalmente, conforme as Leis 9.279/96 (Lei da Propriedade Industrial) e 9.610/98 (Lei dos Direitos do Autor), abaixo destacadas: Lei 9.279/96 (Lei da Propriedade Industrial) Art. 189. Comete crime contra

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gico que auxiliará no fomento dessa questão, junto a diversos públicos, organizando seminários sobre o tema, produzindo e distribuindo cartilhas de orientação tanto ao consumidor como a qualquer interessado, e promovendo a aproximação com as autoridades públicas no sentido de serem estreitados os canais de comunicação e prestação de informações qualificadas para serem identificados e punidos os autores de crimes contra a propriedade intelectual.

“Temos uma expectativa bastante positiva de que a atuação da ABRAL no combate à pirataria ajudará muito o nosso país a ser um país mais justo e legal. Apostamos bastante na vertente educativa, que aliada a um trabalho repressivo enérgico, trará bons frutos à sociedade”, destaca o advogado Márcio Costa de Menezes e Gonçalves, diretor-adjunto da ABRAL e sócio do escritório Siqueira Castro, responsável pela área de Propriedade Intelectual.

registro de marca quem: I - reproduz, sem autorização do titular, no todo ou em parte, marca registrada, ou imita-a de modo que possa induzir confusão; ou II - altera marca registrada de outrem já aposta em produto colocado no mercado. Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. Art. 190. Comete crime contra registro de marca quem importa, exporta, vende, oferece ou expõe à venda, oculta ou tem em estoque: I - produto assinalado com marca ilicitamente reproduzida ou imitada, de outrem, no todo ou em parte; ou II - produto de sua indústria ou comércio, contido em vasilhame, recipiente ou embalagem que contenha marca legítima de outrem. Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa. Lei 9.610/98 (Lei dos Direitos do Autor). Art. 102. O titular cuja obra seja fraudulentamente reproduzida, divulgada ou de qualquer forma utilizada, poderá requerer a apreensão dos exemplares reproduzidos ou a

suspensão da divulgação, sem prejuízo da indenização cabível. Art. 104. Quem vender, expuser a venda, ocultar, adquirir, distribuir, tiver em depósito ou utilizar obra ou fonograma reproduzidos com fraude, com a finalidade de vender, obter ganho, vantagem, proveito, lucro direto ou indireto, para si ou para outrem, será solidariamente responsável com o contrafator, nos termos dos artigos precedentes, respondendo como contrafatores o importador e o distribuidor em caso de reprodução no exterior.

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A volta dos Super-heróis

FOTO: Divulgação Warner Bros.

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Marketing

Personagens fazem parte do imaginário de crianças e adultos e expandem o mercado do licenciamento

O

licenciamento é uma ferramenta de vendas e de marketing acessível e traz excelentes resultados. Desde grandes players do mercado até pequenas indústrias podem ser licenciadas e utilizar marcas consagradas em seus produtos. Temos clientes de todos os portes e trabalhamos com cada um deles de maneira customizada, visando atender suas necessidades específicas e otimizar seus potenciais individuais. Acreditamos que o licenciamento é uma parceria na qual uma empresa ganha quando a outra também”, garante Marcos Bandeira de Mello, gerente-geral da Warner Bros. Consumer Products (WBCP), divisão de licenciamento da Warner Bros. Entertainment e dona de um dos maiores portfólios de marcas do mercado, entre elas Batman, Superman, DC Heroes (todos os heróis da DC Comics), Looney Tunes (Pernalonga e sua turma), Penelope Charmosa, Tom & Jerry e todos os

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personagens dos estúdios Hanna Barbera (Os Flinstones, A Corrida Maluca, Os Jetsons). Isso sem falar de filmes de cinema como “Batman, o Cavaleiro das Trevas”, “O Homem de Aço”, “Harry Potter”, “O Hobbit”, “O Senhor dos Anéis”. No Brasil, ao menos 200 empresas licenciam produtos da Warner. “Os personagens não se restringem apenas ao universo infanto-juvenil. A WBCP Brasil é, inclusive, pioneira em grandes casos de sucesso com licenciamento adulto”, ressalta o gerente geral. Para ele, vivemos em uma época em que super-heróis são um verdadeiro fenômeno. Por isso é de se esperar que exista cada vez mais procura por produtos com as caras e marcas desses personagens. “Produtos com alguma relação com super-heróis são cada vez mais comuns e não se limitam mais às camisetas da seção infantil de grandes lojas de roupa ou às mochilas e cadernos mais vendidos na época de volta

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às aulas”, diz Bandeira de Mello. No final do ano passado, por exemplo, a Warner fechou contrato com uma fabricante de itens de decoração e presente e com uma empresa que atua no mercado de customização e personalização de produtos, colocando no mercado novas opções de produtos para o público adulto, com o objetivo de atrair as pessoas que vão além dos colecionadores de itens ligados a esses personagens. “A escolha por intensificar os esforços no setor de licenciamento de produtos para adultos não é mera casualidade”, diz. A WBCP acompanha as tendências do mercado e de comportamento do consumidor. Recentemente, todos os estúdios estão seguindo – não apenas a Warner – a tendência de “ressuscitar” os heróis. “Trata-se de um assunto muito recente, mas é algo importante, já que norteará os investimentos em cinema, publicações e produtos dentro dos próximos anos”, coloca o gerente-geral.#


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dica do especialista

RH

Seja um líder transformador Inserir-se no mercado de trabalho não é hoje a tarefa mais difícil, porém, manter-se empregado tem sido uma daquelas questões de tirar o sono dos profissionais. As exigências tomaram tal proporção que, somente um currículo “invejável” pode garantir a contratação, mas nem de longe assegura a estabilidade de um trabalhador. Cada vez mais os departamentos de Gestão de RH, Gestão de Pessoas, Gente, entre tantos nomes que essa área recebe, têm se voltado a desenvolver ferramentas que possam medir e investigar o impacto que indivíduos, grupos e a estrutura da própria organização têm sobre o desempenho das empresas. Nesse sentido, uma das atribuições mais importantes, pois gera indicadores no geral positivos, é a de um líder transformador. A ele cabe analisar, pensar sobre e atuar para transformar comportamentos e atitudes, ou seja, um conjunto de ações de extrema importância para uma companhia. No entanto, a tarefa tem alto grau de dificuldade, requer atenção e necessita

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de alguns cuidados para que seja adequada e proveitosa, tanto para o subordinado quanto para o seu superior. Por isso, algumas dicas podem fazer a diferença ao líder:

1. Dê feedback positivo

“As críticas nos fortalecem”. Sim, estamos cansados de saber e ouvir isso, mas quem não gosta de ser elogiado? Tecer comentários positivos a alguém também é uma forma de motivação.

2. Faça perguntas cuidadosamente orientadas

Fique atento ao momento e à forma como fará determinadas perguntas, pois elas podem ser interpretadas de outra maneira, o que pode prejudicar o trabalho como um todo. Perguntar é muito diferente de afirmar, lembre-se disso, sempre!

3. Diga claramente qual é a mudança é necessária

Se for para corrigir ou alinhar alguma tarefa ou comportamento, nada melhor do que uma conversa

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Márcia Luz é psicóloga, pós-graduada em Administração de Recursos Humanos, especializada em Gestalt-terapia, atua também como coach executiva

a dois, particular, que comece por ressaltar os pontos fortes e termine com a clareza sobre o que é preciso alterar.

4. Aplique a disciplina apropriada

Quando somos condicionados a fazer algo, nos adaptamos àquilo e dificilmente faremos de outra forma. Por isso, a aprendizagem por parte dos colaboradores tem que ser adequada e contínua de tal modo que eles saibam como agir nas mais diversas situações.

5. Seja acessível, mas estabeleça limites

Aquela imagem de líder sério, que pouco convive com seus empregados, foi deixada para trás faz tempo. Já os líderes sociáveis demais podem ser mal interpretados, colocando até suas competências à prova. O caminho do meio - que significa estabelecer o diálogo funcional - é a melhor opção a quem deseja estabelecer na empresa uma liderança transformadora com foco em resultado.


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Performance e conforto Tecidos ‘inteligentes’ dão maior conforto aos praticantes de atividades físicas VERA CAMPOS

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P

raticar atividade física nunca foi tão confortável. Seja no esporte, aquático ou não, na academia, na rua ou em práticas mais “zen”, como a yoga, os usuários têm a sua disposição uma gama de roupas que, além de seguir a moda, atendem a uma série de requisitos de conforto – seja na modelagem ou nos tecidos – e contribuem para melhorar a performance dos usuários. A orientação de especialistas para a prática regular da atividade física como necessidade vital para saúde e bem-estar mobiliza hoje um batalhão de pessoas de todas as idades (não mais apenas os jovens). O mercado está tão aquecido que o Brasil já é considerado o maior da América Latina em número de academias e ocupa o segundo lugar no mundo,

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Mundo Têxtil

perdendo apenas para os Estados Unidos. Segundo a ACAD Brasil, entidade que reúne as academias no país, o número de estabelecimentos desse tipo mais que quintuplicou nos últimos doze anos no país, saltando de 4 mil em 2000 para pelo menos 22 mil em 2012. Hoje, mais de 6 milhões de pessoas frequentam academias no Brasil, um mercado cujo faturamento já ultrapassa os US$ 2 bilhões, quase o dobro de 2010. Mas não é só. Cresce também a prática esportiva ao ar livre, da simples caminhada à escalada, passando pelas pedaladas, só para citar alguns exemplos. Atentos ao crescimento desse mercado, fabricantes de fios e de tecidos vêm pesquisando e desenvolvendo novidades. Nos anos 1980 e 1990, os tecidos


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Mundo Têxtil

Santaconstancia: pioneirismo

fina e texturizada possibilita a criação de um pequeno microclima entre as camadas do tecido, o que torna ideal para treinos em temperaturas mais baixas, como por exemplo, início da manhã e começo da noite. O tecido oferece ainda proteção UVA e UVB 50+ e ação antimicrobiana. Outro com proteção UV é o X-Fit® Já a tecnologia Fresh, também desenvolvida pela Santaconstancia, inibe o crescimento de bactérias, mofos e fungos nos tecidos, promovendo uma proteção contra os odores causados pela ação do suor. A tecnologia consiste na aplicação de um produto orgânico chamado silano quaternário, que cria uma película de proteção na superfície das fibras e impede que as bactérias se insta-

A tecelagem Santaconstancia, de São Paulo é uma das que tem sua trajetória atrelada ao pioneirismo e à sinergia com o esporte. Na década de 80, foi a primeira empresa homologada pela LYCRA® para a fabricação do Cotton-LYCRA® iniciando a revolução das leggings no Brasil. Em 1989, deu o segundo passo nesse segmento, com o desenvolvimento do SUPPLEX® com LYCRA®, marcando o início dos “tecidos inteligentes”. Para não suar a camiseta, a Santaconstancia oferece três opções de tecidos: Leggerissimo Pro®, Sense Duo® e o Link®. Todos feitos com fios de poliamida SUPPLEX® que equilibram a respiração da peça e diminuem o atrito com a pele. Destaque para o Link®, cuja estrutura dupla construída com poliamida

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lem ali. Além de durável, o Fresh não utiliza metais pesados como a prata, nem libera resíduos na pele ou no meio ambiente durante as lavagens, o que significa ser uma tecnologia amigável ao meio ambiente. Atualmente os tecidos Sta. com tecnologia Fresh são: Link®, Leggerissimo®,Light®, Basic® e Leggerissimo Pro®. Isso sem falar nos tecidos resistentes ao cloro, sal, a protetores solares e a outros produtos químicos, o que, segundo a empresa, assegura maior durabilidade às peças durante os treiTecido: Link Fresh®

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em Cotton-LYCRA® e SUPPLEX® com LYCRA® marcaram o início dessa evolução tecnológica. Em seguida, a demanda por roupas que não provocassem o desagradável efeito úmido-colado no corpo impulsionou o desenvolvimento de tecidos que oferecem conforto térmico. A agregação de valor seguiu em frente, com os tecidos que protegem contra os raios solares, os que evitam a propagação de microorganismos responsáveis pelos odores do corpo suado (bactericidas), os que reduzem celulite, os que fazem compressão. Isso sem falar no lado fashion, nas pesquisas de cartelas de cores, nas novas estampas, estruturas e construções dos tecidos.

Marca: Live! Tecido: Compress®


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nos. Acquos NG® e Setíssimo® são os tecidos Santaconstancia.O Acquos NG® é construído com fibras elásticas de lastol XLA™, derivadas de petróleo, que têm alta resistência e não modificam suas propriedades quando em contato com o cloro. O Setissimo® tem em sua composição o fio LYCRA® XLIFE que, associado ao fio de poliamida, também aumenta a durabilidade das peças e não desbota. A compressão é outra tecnologia muito em voga no universo esportivo, e que há sete anos vem sendo estudada e com os benefícios difundidos pela Santaconstancia. Na compressão ativa, isto é, aquela usada durante a atividade física, as roupas ajustadas comprimem os músculos, aquecendo-os mais rapidamente e regulando os grupos musculares, o que previne microlesões, distensões e câimbras. Além desses benefícios, as roupas de compressão melhoram a aerodinâmica e o propriocepção (capacidade de perceber os movimentos do corpo) dos esportistas. Exemplos são os tecidos SportivaPro®, Ultra® e Compress®.

dos para beachwear, respondem hoje por 80% da produção da empresa. Os 20% restantes são direcionados ao segmento de lingerie. “O fitness vem crescendo bastante, há novos públicos buscando a atividade física e, ao mesmo tempo, as roupas esportivas estão fazendo parte do dia a dia nas ruas”, coloca a diretora de Negócios Aneliese Kaiser de Oliveira. “A cada coleção, verificamos que as principais marcas procuram tecidos mais inovadores e tecnológicos”, constata. Entre seus principais lançamentos estão o Squash, uma nova linha de jacquard com superfície em relevo, de acordo com o desenho trabalhado. O diferencial são dois tons da mesma cor, proporcionado por dois tipos de fio poliamida. “O tom sobre tom valoriza o desenho e confere à peça um visual moderno e sutil”, diz Aneliese. É indicado para a confecção de leggings, shorts,bodies, casacos e outras modelagens para fitness. Cliente homologado da marca LYCRA, a Coltex acompanha o que o mercado de fios oferece de mais inovador, entre eles tecidos na linha LYCRA®Sport - especialmente ela-

Marca Acquamires/ Coltex

Com 24 anos de mercado, a catarinense Coltex Têxtil há pelo menos 15 anos também produz tecidos para fitness que, somados aos desenvolvi-

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Tecido Squash

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Coltex: fios de ponta e estampas

borado para roupas usadas na prática de atividades físicas e de atividades ao ar livre; LYCRA®Beauty, que proporciona conforto e suavidade , utilizado em roupas que modelam a silhueta; e LYCRA® Xtra Fine, destinado à fabricação de peças com tecidos tão leves que parecem uma segunda pele. “Outro artigo de ponta é o Emana Fit, produzido com o fio Emana®, da Rhodia, com atributos que auxiliam na circulação, melhoram a elasticidade da pele, reduzem afadiga muscular e os sinais da celulite”, conta a diretora da Coltex. Mas esse mercado não sobrevive apenas dos avanços tecnológicos dos tecidos. Nos últimos quinze anos, as estampas passaram a desempenhar

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Mundo Têxtil


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Salotex: tecidos exclusivos Produzindo tecidos para fitness, lingerie, moda praia e moda, a Salotex, de São Paulo, aposta nos estampados, lisos, maquinetados e coordenados.

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Durante o Salão Moda Brasil, em junho, as principais novidades para o segmento fitness foram os maquinetados Ondas e Colmeia, além do Angorá, tecido nobre com brilho intenso, toque macio e confortável, Tecido Kolmeia/ que se aplica também em linSalotex gerie e beachwear. Uma das novidades da empresa, lançada no iníco de 2013, é papel essencial, agregando mais valor o tecido Nautic, com 100% de poe diferenciais às marcas. Hoje, 80% a liamida. Outro destaque da Salotex 90% dos tecidos da Coltex são estamé o Sophis®, apresentado ao merpados. Por enquanto, são reproduzicado no final de 2012. Trata-se de das na forma tradicional, com cilinum tecido que tem como principal dros, mas a empresa já está fazendo atributo a leveza. Sua construção testes com a impressão digital. possibilita que o ar passe, o que faMesmo para o inverno (cuja cocilita a evaporação. É produzido com leção foi apresentada em julho no fios superfinos de poliamida e 17% Première São Paulo), cerca de 50 esde elastano, o que confere conforto tampas, 20 cores e 20 novos jacquare maciez ao produto. Tem resistência ds são lançados. “Como produzimos ao cloro, proteção solar, é indesmatambém tecidos para o beachwear, lhável (não tem posicionamento na nas coleções Primavera Verão esses mesa de corte, por isso pode ser ennúmeros duplicam”, revela Aneliese. Mais focada em fitness, a coleção Outono Inverno 14 da Coltex enfoca o tema "Explora", em que destaca elementos da fauna e da flora, dos oceanos e das selvas, do orgânico e do urbano, traduzidos nos tecidos Tecido Sophis/ Salotex em estampas de paisagens, motivos tropicais, florais, animais e geométricos, com cores que remetem a esses universos, como os tons de verde e de azul. Como o mercado sempre quer novidades, a cada três meses a empresa reforça sua coleção com novos lançamentos.

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festado em qualquer posição) e tem alongamento tridimensional, isto é, pode alterar suas dimensões em todos os sentidos, o que proporciona maior conforto. O Beach 20, lançado na mesma época, é um tecido de compressão, indicado para esportes aquáticos e também para o fitness.

Expansão no Brasil “As vendas de fios inteligentes e funcionais da Rhodia dobraram no último ano, mas ainda há um potencial de mercado a ser explorado”, assegura do diretor global de Fios Têxteis da Rhodia Fibras, Renato Boaventura. Segundo ele, a inovação é o que impulsiona esse crescimento. Assim, a Rhodia Fibras está investindo no aumento da capacidade de produção de fios e fibras têxteis e industriais em sua unidade em Osasco, na Grande São Paulo. O projeto deve estar concluído até o final do ano. De acordo com o diretor, o incremento da produção é uma resposta ás necessidades do mercado brasileiro de fio de poliamida 6.6, em especial fios têxteis texturizados e fios de alta tenacidade, utilizados pelos segmentos de moda, lingerie, moda íntima, esportes, meias e uniformes. Entre as novidades da Rhodia estão a ampliação da família Emana®, com a combinação das tecnologias clássicas do fio Emana ® e do fio Biotech®, bacteriostático, que previne o mau cheiro do suor. Outra novidade é a combinação do Emana® e do fio UV Protection, que agrega proteção aos raios Uva e UVB, com proteção solar 50 (FPS 50+).


Lectra: Onde a Tecnologia e a Moda se encontram

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MERCADO

Conforto, beleza e tecnologia na confecção de linhas plus size para activewear e beachwear

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Caimento perfeito

specializar-se na produção e venda de beachwear e activewear para mulheres acima do peso pode ser uma boa oportunidade de mercado. Afinal, de acordo com o IBGE, 48% das brasileiras está acima do peso. Com isso, estima-se que o mercado plus size já movimente R$ 4,5 bilhões no Brasil. E ninguém melhor que as ‘mais fofas” para saber das dificuldades de encontrar maiôs, biquínis, saídas de praia e roupas para a prática esportiva não só que lhes sirvam, mas que tenham uma conotação fashion, acompanhem as tendências da moda. Foi esse caminho que a Cachopa Brasil decidiu trilhar. Com quase 40 anos de atividades, a empresa familiar, sediada em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, produz para tamanhos do 38 ao 54, mas nos últimos quatro anos elegeu

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o plus size como seu carro-chefe. “A demanda vem aumentando, os lojistas começam a entender que é importante oferecer produtos mais sofisticados para esse público”, diz Karin Funicelli, estilista e uma das proprietárias da empresa. Embora a aposta maior recaia sobre a linha beachwear, os artigos para fitness (calças, bermudas, tops e blusas) também vêm crescendo. E, “seja qual for o produto, o importante é vestir bem, ter um bom caimento, boa modelagem e fique bonito”, assegura Karin.

Cuidados especiais Por isso, para esse público, tudo tem de ser bem avaliado: diferentemente das peças para tamanhos menores, para as plus size o tecido não pode ser muito “mole” ou macio para não “marcar o corpo” e poder


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oferecer a “resistência” necessária. Nas partes de cima dos maiôs em duas peças, uma base de sustentação é colocada sob os seios; as alças são reforçadas e não muito finas. Os bojos devem dar conforto e sustentação. Os utilizados pela empresa em moda praia são impermeáveis. Além disso, “barbatanas” incorporadas às laterais evitam que o busto fique “esparramado”. As calcinhas vêm com laterais um pouco mais largas e não podem apertar os quadris. O uso de recortes bem colocados ajuda a disfarçar a barriga.

Tecnologia em tecidos e fios Tecidos com inovações tecnológicas também estão presentes, sobretudo nas linhas fitness e pós-

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-praia. É o caso dos tops e calças confeccionados com Supplex®, fio de poliamida da INVISTA (que também é fabricante do fio Lycra). Com toque macio e semelhante ao do algodão, os tecidos com fio Supplex®, segundo a fabricante, proporcionam respirabilidade e secam mais rápido do que os de fibras naturais, o que significa, na prática, roupas com menos cheiro e mais conforto durante a atividade esportiva. Além disso, não amassam e mantêm as cores vivas por mais tempo. Já para as blusinhas, a aposta é no tecido Dry Air, da Rosset, em que pequenos furos em sua construção favorecem a evaporação do suor, evitando o desconforto e melhorando o desempenho. Os maiôs indicados para práticas esportivas na água são produzidos com tecidos com Teflon®, marca registrada da Dupont, utilizada pela INVISTA sob licença, que não retém a água e, por isso, ajudam a aumentar a durabilidade do produto.

As cores quentes e vibrantes valorizam o bronzeado e combinam com vários tons de pele.

Estampas Brasilis RIO: Símbolo do estilo tropical, alegre e sofisticado ao mesmo tempo. Paisagens maravilhosas, riqueza do dourado e toda descontração das cores. COPACABANA: Do brilho do biquíni mais colorido e sofisticado ao maiô mais clássico, tudo é permitido e fica lindo na calçadão preto e branco de Copacabana. PAISAGENS: Natureza exuberante, cores e formas divinas, que nos fazem perder a vontade de voltar para casa. BAHIA: Ícones, religiosidade, um encanto inexplicável que traz aconchego e familiaridade.#

Verão 2014 Para o próximo verão, a Cachopa Brasil apresenta a coleção“Brasilis”, inspirada na diversidade do litoral brasileiro e no lifestyle característico de cada região. A coleção foi desenvolvida para que a mulher use a moda a seu favor. “A roupa deve vestir a mulher sabiamente e ressaltar a sua beleza e elegância”, afirma Karin.

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MERCADO


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FOTO: Divulgação/De Chelles

MERCADO

Cores e sofisticação

Pelle Nuda e De Chelles apresentam coleção Primavera/Verão 2013-14 na Fevest. Detalhe: tamanhos maiores passam a fazer parte de seu mix de produtos

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elo menos duas confecções se destacaram durante a 23ª. Edição da Fevest – Feira Brasileira de Moda Íntima, Praia, Fitness e Matéria-Prima, realizada entre 4 e 6 de agosto em Nova Friburgo (RJ), tradicional polo de moda íntima: Pelle Nuda e De Chelles. Nesta coleção Primavera-Verão 2013/14, após 20 anos no mercado, a Pelle Nuda renova sua nova identidade visual. “Estamos valorizando mais o tecido, o corte, os detalhes e fazendo peças mais sofisticadas”, explica a empresária Andrea Barbosa. No catálogo fica patente a aposta da marca em lingerie com cores. Além dos tons básicos, destacam-se o amarelo, o coral, o azul bic,

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o verde florence, o pink e o castanho. “Antes, fazia o básico: preto, branco e chocolate”, diz ela. O fato de trabalhar com qualidade fez com que a marca ficasse conhecida. E hoje segue sua trajetória de sucesso. “Não temos devolução de peças. Quem compra, volta”, gaba-se Andrea. A linha de produtos da nova coleção é diversificada: conjuntos de sutiã e calcinha, sutiãs cropped e também corpetes, bodies, camisetes e as linhas plus size e de sustentação. A empresa já começa a exportar e ampliou o atendimento no estado de São Paulo, além de vender para a Bahia, Minas, estados do Sul e na loja própria no bairro de Olaria, em Nova Friburgo-RJ. A produção tam-


Tecidos diferenciados

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FOTO: Pelle Nuda/Erika Castro

MERCADO

De Chelles Seduction Sensual, chique e sofisticada – assim se define a coleção De Chelles Seduction, lançada no Salão Moda Brasil em junho e apresentada na Fevest 2013. Com o mesmo zelo, a marca produz também a linha Nude, de lingerie básica, e a linha Acqua, de moda praia. A coleção é fruto de intenso trabalho em pesquisa, criação e desenvolvimento de produtos voltados para os públicos A e B. O clima de sedução é reforçado pelas cores: vermelho com preto, marinho e cru, preto/dourado, preto/

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FOTO: Divulgação/De Chelles

bém aumentou: em um ano saltou de 240 mil peças/ano, para quase 400 mil. O número de funcionários cresceu na mesma proporção: hoje cerca de 30 pessoas atuam na empresa. O cuidado com os colaboradores é outro diferencial da Pelle Nuda. “São eles que fazem a empresa. Eu não consigo fazer nada sozinha”, conclui a empresária.

nam delicadas aplicações bordadas nas peças. Um dos segredos da marca está na mistura de materiais. Renda em alto relevo, cetim, poás, bordados, tule elástico, voil, tule arrastão, paetês, chiffon. O resultado é o acerto e a sofisticação na composição final das peças. Germano Maia, presidenteSão, do ao todo, nove coleções. A moSinditêxtil-CE delagem vai de 42 a 46, com uma novidade, muitas peças da nova coleção estão disponíveis no tamanho 48. turquesa e animal print, cujo bicho Além dos conjuntos e dos tops da vez é a onça. “Usamos muito bricropped, os corpetes, que já são lho também, que é o ponto alto desta uma tradição na De Chelles, estão coleção. Ele dá um realce, traz lumimuito presentes. “Nessa coleção tenosidade para as peças, adoramos”, mos vários modelos de corpetes com diz a estilista Carol Chelles, citando cara de outwear, para serem usados como exemplo os cristais que ilumicomo lingerie e também nas ruas na montagem de looks incríveis. Ficam lindos com calça de alfaiataria, pantalona, saias... Com saia lápis, fica o máximo”, ensina Carol. Pensando no conforto das consumidoras, a De Chelles produz leves blusinhas de tule ou de poás para usar sob o corpete, deixando o visual ainda mais bonito.Outro importante traço da marca De Chelles é a coleção de Noivas. Com detalhes únicos, a De Chelles mistura poás, cetins, bordados, passa-fitas, rendas e boás para uma coleção de peças em total black ou total white. Destaque para o conjunto com aplicações de cristais e a pegada nightwear, com camisolas e robes delicados.#


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Conforto e sensualidade

Demanda por bojos para sutiãs aumenta e fornecedores se esmeram para oferecer maior conforto e design sensual

S

e, há 15 anos, o bojo estava presente em dois de cada dez sutiãs, hoje cerca de 90% dessas peças têm bojos, mesmo nos tamanhos maiores. E, não bastasse a lingerie feminina se tornar mais sensual, as indústrias do setor se empenham em oferecer produtos que melhoram a estética da mulher, aumentando ou reduzindo os seios ou conferindo maior conforto. “A consumidora brasileira está cada vez mais exigente, e isso obriga toda a cadeia de produção a se reinventar todos os dias. Isso também se reflete na indústria de bojos, que se esforça para apresentar novos modelos de bojos, novos formatos e materiais”, conta

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Fernando Nicory, diretor da Magma, fabricante de bojos e outros componentes para sutiãs. “As indústrias de bojos têm de acompanhar essas mudanças, dando prioridade ao conforto da mulher e oferecendo inovação e tecnologia por meio de novos produtos e serviços voltados para um mercado cada vez mais exigente”, diz Hélio Dizaró Filho, diretor da Bojo Brasil. Cresce também a participação das linhas infanto-juvenil e plus size nas coleções, com bojos de numeração até o 56 e bojos menina moça, do 32 ao 38. “E aumenta a demanda de bojos com maior profundidade e os com enchimento anatômicos, fabricados em espuma normal mais firme e em espumas premium macia e premium super macia”, conta Nicory, da Magma. Na Bojo Brasil, os destaques são para a produção de espumas cada vez mais leves, que dão conforto e reforçam o aspecto natural do seio.

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FOTO: Divulgação/Nova Dublagem

MERCADO

Novidades em cena Além disso, o aumento do consumo nos últimos anos no Brasil também impulsionou a venda de lingerie e, por consequência, a produção de bojos. Nos dois últimos anos, a Nova Dublagem – Bojos, sediada em Franca, no interior paulista, desenvolveu mais de 30 novos modelos para atender o mercado interno e externo. Na empresa, lançamentos acontecem a cada dois meses ou de acordo com a necessidade do cliente. Porém os modelos básicos (liso, bolha e banana) ainda lideram as vendas. “Mas, conforme o tempo passa, novos modelos estão ganhando maior participação nas vendas”, afirma a gerente comercial Tânia Veronez. Para atender a alta demanda, a Nova Dublagem dobrou seu parque fabril em junho passado e importou, em julho, um equipamento industrial inédito no Brasil, que possibilita a produção de materiais diferenciados,


Equipment and Technology for the Development, Sourcing, and Production of Sewn Products

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MERCADO estampa padrão ou de fazer com uma estampa exclusiva, com sua logomarca”, explica Tânia. Destaque para as estampas florais, poás, animal print e formas geométricas. “Os confeccionistas que querem sair do lugar comum e agregar valor à sua peça final encontram no o bojo com estampa é um diferencial”, completa a gerente.

Bojo Bolha/ Nova Dublagem

FOTO: DIVULGAÇÃO

para atender a clientes mais exigentes. “Essa aquisição foi o maior investimento já realizado pela empresa, pois acreditamos na fidelidade do cliente através da qualidade”, afirma o diretor comercial Zander Cochoni. Hoje, com a dublagem (colagem do tecido na espuma) feita a filme, o processo de produção tornou-se bem menos poluente e os produtos mais resistentes. “Nossos bojos podem ser produzidos em seis diferentes materiais: espuma PU, espuma Soft, espuma Light, EVA, Mix, Free, além do bojo em cacharrel estampado”, conta Tânia. De acordo com a gerente comercial da Nova Dublagem, o bojo em espuma PU é o mais tradicional, prático e versátil, e pode ser produzido com ou sem bolha. “De fácil manuseio na confecção, adere bem ao tecido e proporciona sustentação aos seios”, diz. Já os bojos feitos com espuma Soft e Light são super macios, com toque suave, e utilizados em peças mais sofisticadas, com apelo de conforto e delicadeza. Em junho, na última edição do Salão Moda Brasil, a Nova Dublagem mostrou ao mercado os bojos mais vendidos no exterior e que agora estão chegando ao Brasil. É o caso do “bojo cortinão com bolha lateral”, que aproxima os seios e proporciona um decote mais sensual. Outra novidade é o bojo estampado na parte interna ou externa. “O cliente tem a opção de usar uma

Praia e fitness

espuma ou totalmente impermeáveis A moda praia brasileira é um ícocomo é o caso dos bojos de EVA. ne mundial. Nesse mercado, as coGermano Maia, Na Bojo Brasil, a coleção de bojos leções são menores, porém as mupresidente do para Sinditêxtil-CEesse segmento “vem ganhando danças ocorrem mais rapidamente. o espaço com um bojo nobre, com Tradicional fornecedora do segmento, mínima absorção de água e impermeabilidade ideal, que substitui o bojo EVA e o torna mais confortável, permitindo a respiração do seio”, assegura o diretor Hélio Dizaró Filho. Já a Nova Dublagem tem a Bojos Brasil patente da linha de bojos em Mix, muito utilizada na moda praia, segundo a gerente comercial, por não reter água, mas proporcionar conforto à pele do seio. “Temos também a linha EVA, que são bojos leves que não absorvem água, facilia Magma se diferencia por oferecer tando a secagem da peça. E por fim, um grande número de modelos e por a linha Free é específica para moda personalizá-los de acordo com as nepraia, com bojos feitos em espuma cessidades dos clientes. além de ter e tecido impermeável que repelem a modelos com acabamentos no teciágua totalmente”.# do que repelem a água nos bojos de

Bojo Magma

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FOTO: DIVULGAÇÃO

Bojo estampado/ Nova Dublagem


prodv

FEIRA INTERNACIONAL DE PRODUTOS TÊXTEIS

23 a 25 OUT 2013 PALÁCIO DE CONVENÇÕES DO ANHEMBI - SÃO PAULO - SP

O MUNDO TÊXTIL EM UM SÓ LUGAR!

Na Go Tex Show, não vai haver fronteiras para seu negócio. Expositores de diversos países trarão ao Brasil as novidades da indústria têxtil mundial. Local:

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Organizador:

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www.gotexshow.com.br O Confeccionista JUL/AGO 2013

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FOTO: DIVULGAÇÃO

TECNOLOGIA

Ferramenta da Millenium possibilita às grandes marcas de roupas criar aplicativos móveis personalizados

Na palma da mão

E

mpresários apostam cada vez mais nos dispositivos móveis para impulsionar negócios. De acordo com estudos recentes, é crescente o número de consumidores que antes de concluir uma compra em loja física fazem pesquisas online ou utilizam smartphones como apoio para compras de vestuário. Para acompanhar essa tendência, a Millenium Network, desenvolvedora de sistemas para gestão empresarial, lançou o Millennium App Fashion, conjunto de ferramentas que permite às marcas criar aplicativos móveis personalizados. Com o APP Fashion é possível incluir fotos em alta definição, descrever os looks das coleções (separadas por temas ou conjuntos), e dar informações detalhadas sobre cada peça. Os clientes têm a opção de salvar as informações favoritas e compartilhá-

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-las nas principais redes sociais, como Facebook, Twitter e YouTube. O APP Fashion possibilita ainda às marcas incluir os endereços de cada loja revendedora de seus produtos e oferece recursos de geolocalização: o cliente pode visualizar uma lista das lojas e traçar uma rota de GPS até a unidade mais próxima. Podem também postar notícias e vídeos de desfiles disponíveis no YouTube. A funcionalidade “Push Notification” permite enviar mensagens diretamente para os clientes, comunicando ofertas e promoções, além de possibilitar o recebimento de mensagens. Disponível para iPad, iPhone e para o sistema operacional Android (smartphone e tablet), o App Fashion já é utilizado por algumas marcas do segmento têxtil, como AHA, [a]nnexe, Lilla Ka, Patachou, Camila Klein e Nutria, entre outros.

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Vantagens

O Millennium App Fashion pode ser editado ilimitadamente pelas grifes e disponibiliza a elas relatórios estatísticos de acesso e downloads via web. A desenvolvedora se responsabiliza por todos os procedimentos técnicos e burocráticos necessários para aprovar a publicação do aplicativo na Apple Store, serviço de hospedagem, configuração do layout, de acordo com a identidade visual da marca, além de suporte técnico. A Millennium promove o desenvolvimento constante da ferramenta, para que o cliente possa ter acesso imediato às atualizações e melhorias da plataforma assim que lançadas, gratuitamente. Para ver o App Fashion em ação, acesse o canal da Millennium no Youtube/ www.millennium.com.br/ app.#


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Precisão e agilidade

A

s empresas crescem, passam a contar com uma grande variedade de itens em linha, a lista de clientes aumenta, e entregar os pedidos de forma ágil e sem erros torna-se um desafio. Para isso foram criados os WMS, sigla de Warehouse Management System ou, em português, sistemas de gerenciamento da armazenagem, que fazem todo esse controle. Essa foi a opção da MASH, fabricante de cuecas, meias e pijamas, há mais de 50 anos no mercado. Desde o início de 2013 está sendo implantando em seu Centro de Distribuição (CD), no bairro do Itaim Paulista, em São Paulo, uma solução que controla o estoque desde o recebimento da produção até a expedição e entrega no estabelecimento do cliente. Com 1.412,51 m2 de área destinada à armazenagem, o CD armazena cer-

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ca de 340 SKUs, dispostos em mais de 28 mil posições. De lá saem, em média, os produtos para atender a quase 1.800 pedidos todo o mês. “O WMS da ALCIS, além de cobrir as necessidades de gestão logística, contempla também o Dashboard, integrando em tempo real, os clientes e os fornecedores com a MASH”, conta o supervisor de Logística Marcelo Coelho. Dashboard ou Painel de Controle é a apresentação visual das informações mais importantes e necessárias para alcançar um ou mais objetivos de negócio, consolidadas e ajustadas em uma única tela para fácil acompanhamento. Até então, a separação, controle e conferência eram feitos unicamente por pessoas, o que aumentava os riscos de erros relativos à quantidade, modelagem e cor dos itens pedidos. O processo de separação era ma-

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LOGÍSTICA

Mash moderniza processos e agiliza entrega com implantação de um sistema de gerenciamento de armazéns nual: os funcionários do armazém passavam com carrinhos, como os de supermercados, escolhiam as peças e as levavam para a mesa de conferência, seguindo depois para a embalagem, lacração, emissão de nota fiscal e, finalmente, para o transporte. De acordo com Marcelo, sem controle de um WMS competente e com processo baseado unicamente em ações humanas, os erros eram mais comuns, o que trazia, além do retrabalho, problemas onerosos em várias áreas. “Agora, por meio do WMS, podemos, além de evitar esses problemas, saber exatamente onde e quantas peças estão em determinado local naquele momento, e fazer a seleção e reposição de forma automática”, explica. Os produtos são identificados por meio de etiquetas com código de barras e, com o auxílio de coletores de


Marcelo Coelho: controle e redução erros

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dados conectados ao WMS ALCIS, consegue-se determinar a localização exata dos itens, sua grade, cor, quantidade e quantas peças foram separadas, o que diminui consideravelmente o tempo de preparação para o transporte. “Isso nos traz vantagem adicional, já que podemos, cada vez mais, acompanhar a velocidade de vendas com entregas mais pontuais e aumentar a produtividade como um todo”, complementa o supervisor de logística. De acordo com a diretora comercial da ALCIS, Alessandra Di Sicco, a expectativa é a de aumento de, no mínimo, 35% na produtividade e redução de pelo menos 25% nos erros.#

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dica do especialista

PRODUÇÃO

Prêmios na produção

Dario de Limas é Consultor e Professor, Engenheiro de Vestuário, Técnico em Estudos de Tempos e Movimentos, Técnico em MTM (Methods-Time Measuremet) e tem 50 anos de experiência em confecção

Se não forem bem definidos, podem se transformar em uma faca de dois gumes ou em um elefante branco! A busca por vezes desenfreada de melhorias na produtividade como forma de reduzir os preços finais dos produtos em um mercado altamente competitivo, aliada à pressão desenvolvida pelos operadores para o aumento dos rendimentos, pode acelerar a adoção de sistemas de premiação pela produção, que podem trazer benefícios ou ainda, contratempos. Conhecemos amplamente os benefícios que prêmios de produção trazem, como o aumento de rendimento do trabalho. Há casos em que operadores chegam até mesmo a duplicar o seu rendimento individual. Mas nem sempre é esse o resultado final obtido após a implantação da metodologia. Não somos contra a introdução de estruturas operacionais amparadas em bons sistemas motivacionais. A ressalva está na forma com que muitos são aplicados, na pressa dos resultados imediatos,

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sem a completa análise das consequências que poderão advir e, ainda, por muitas vezes, sem critérios ou rigor, o que pode ocasionar o efeito contrário nos bons operadores, ou seja, um alto desestímulo. Isso sem falar nas consequências para o produto final, quer na qualidade da operacionalização, na aparência final do produto ou posições assemelhadas. Muitas empresas confeccionistas partem inicialmente para a motivação do grupo, permitindo que operadores de menor desempenho consigam integrar-se ao sistema, apoiados por veteranos ou, ainda, por operadores que apresentem rendimento individual mais elevado, quer por suas habilidades digitais ou por suas destrezas inatas ou desenvolvidas por um excepcional sistema de qualificação profissional. Recomendamos daí a aplicação inicial do sistema coleti-


vo, acompanhado posteriormente de um período de adaptação, e isto após o estudo aprofundado das estratégias a serem aplicadas. Como as indústrias confeccionistas, na atualidade, possuem um mostruário variado a ser manufaturado, será imprescindível a aplicação de tempos padrões e a consequente eficiência individual como meta no estabelecimento dos respectivos prêmios de produção. Não poderá deixar de ser avaliado, ainda, o efeito emocional e a mudança cultural que a alteração do sistema de remuneração pode trazer à equipe ou mesmo a operadores, individualmente. Outra ressalva que fazemos está

relacionada aos aspectos jurídicos. Não se pode estabelecer uma sistematização que envolva prêmios de produção sem a observar o que diz nossa legislação trabalhista. Prudência e estudos aprofundados de possíveis consequências devem fazer parte do processo de implantação de sistemas motivacionais apoiados em prêmios de produção. Recomendamos de início, que se estipulem premiações que não alterem o nível salarial, introduzindo motivações baseadas em benefícios ou prêmios materiais. Uma premiação pressupõe continuidade e esta também deverá ser analisada anteriormente a

qualquer implantação de sistemas motivacionais. É importantíssimo saber que os salários não são motivadores. Desafios, metas objetivas, bom gerenciamento, bom ambiente de trabalho, alternância nas formas de premiação com criatividade e competência na implantação poderão ser, sim, fatores de motivação operacional. Saliente-se que um sistema de motivação tem vida curta, passando logo a ser um sistema “sustentador” da produtividade, e isso por si só determina as mudanças que precisam ser aplicadas com relativa periodicidade, sempre baseadas em tempos padrões e metas bem definidas.

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FOTO: DIVULGAÇÃO

MERCADO

Desafios e soluções Estudo conclui que o grande desafio das confecções brasileiras é conciliar ganhos de qualidade a ganhos de produtividade, imposição da concorrência externa

“A

nálise da Estrutura Setorial da Cadeia Têxtil Brasileira e Perfil de Consumo de Artigos de Vestuário”, estudo elaborado pela FGV Projetos, mostra que, em 2012, o valor das vendas industriais dos segmentos têxtil e de confecções foi de R$ 46,5 bilhões. Entre 2007 e 2012, o segmento de confecção apresentou crescimento de 8,9%, sendo que o volume de vendas do varejo de artigos têxteis e de vestuário cresceu 3,9% ao ano em média. O indicador de utilização da capacidade instalada nos dois segmentos industriais (têxtil e de confecções) revela que o setor trabalha a plena capacidade.

Adequação No segmento de confecção, o estudo conclui que o grande desafio encontra-se na conciliação de ganhos de qualidade, em linha com as exigências dos consumidores finais, com ganhos de produtividade, imposição da concorrência externa. Estes últimos devem resultar da intensifi-

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cação dos esforços de treinamento de mão de obra e de uma colaboração intensa e contínua com o próprio varejo, canal natural de contato com os consumidores finais. Nesse sentido, é fundamental garantir a continuidade do processo de formalização das empresas de confecção, processo com o qual a atuação responsável das empresas do varejo pode contribuir como fator indutor decisivo. Quanto ao setor têxtil, o estudo afirma que é urgente recuperar os níveis de investimento que caíram desde o início da crise internacional. Dado que os diferenciais de salário são francamente desfavoráveis à indústria local em um comparativo internacional, a modernização do parque produtivo surge como mecanismo preferencial de modernização as técnicas produtivas, abrindo espaço para a recuperação dos ganhos de produtividade. Só assim será possível às empresas desse segmento fazerem frente ao desafio competitivo das importações e buscarem elas

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próprias explorar possibilidades de ganho no mercado internacional.

Análise especializada O estudo está sendo apresentado agora a representantes do governo pela ABVTEX (Associação Brasileira do Varejo Têxtil). “Buscamos com este trabalho uma análise independente e especializada que pudesse mostrar a realidade do setor”, comenta a ABVTEX. “As dimensões do mercado brasileiro de produtos têxteis e de confecção permitem explorar as oportunidades de operar em escala. Mas essa vantagem de um mercado interno grande e em expansão deve servir de fundamento para estratégias de internacionalização, não de fechamento. O acesso das famílias brasileiras de maior renda a produtos estrangeiros, sobretudo por ocasião de suas viagens internacionais, deixa explícito o diferencial competitivo entre o mercado brasileiro e muitos mercados internacionais de produtos de vestuário”, afirmam os analistas.#


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