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ANO I Nº1 FEVEREIRO/MARÇO 2011
Première Brasil Temas para o Verão 2012
Infanto-juvenil
Tecidos tecnológicos: conforto e praticidade
Nova Friburgo
Confecções retomam atividades
Jeans
Vintage é o destaque na ‘Bread And Butter’
Desfile Neon SPFW
SPFW
A moda no centro das atenções
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O Confeccionista/suDESTE fev/mar 2011
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carta ao leitor
O ano já começou
Escrevi em uma edição passada que as empresas não podem mais se dar ao luxo de perder quatro meses do calendário anual (novembro, dezembro, janeiro e fevereiro) para colocar em prática seus planejamentos. Percebi que, neste início de 2011, muitos confeccionistas já foram às compras, estão fazendo grandes negócios e já colocaram em prática suas ideias. Não estão esperando o Carnaval passar para dizer que o ano começou. São pessoas que buscaram alternativas criativas e com certeza irão fazer a diferença no balanço final do ano. Essa visão mais arrojada certamente terá como consequência a seleção natural da sobrevivência de empresas e fornecedores do setor. Quem acordar tarde para o que está acontecendo no mercado poderá não ter uma segunda chance. Precisamos dar ao tempo a real importância que ele tem e aproveitar a cada dia, cada hora, as oportunidades que nos são oferecidas pelo mercado e que, talvez por paradigma ou comodidade, deixamos para depois do Carnaval. As oportunidades nunca são perdidas. Se uma empresa não as aproveita, outras não as deixarão passar. Estamos fazendo a nossa parte. Em fevereiro/março, publicamos as edições regionais Sul e Sudeste de O Confeccionista, com apoio de um número expressivo de empresas fornecedoras, sindicatos, associações e consultores, que estão visualizando em nossas revistas uma forma de contribuir para a expansão desse mercado e de fazer negócios. Contamos com você. Tenha uma ótima leitura e faça grandes negócios. Um abraço Júlio César G. Mello Diretor-Geral juliocesar@oconfeccionista.com.br
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ANO I • NÚMERO 1 • FEV/MAR • 2011
região
sudeste
Colaboraram nesta edição: Roberto Carlessi (revisão); Adilson Jenck, Vanderlei Carlos Dorigon, Francisco Barbosa Neto, Soeli de Oliveira (artigos).
Diretor-Geral - Júlio César Mello juliocesar@oconfeccionista.com.br Diretora de Relações com o Mercado Bernadete Pelosini bernadete@oconfeccionista.com.br
Internet - Mulisha rafael@mulisha.com.br
Editora - Vera Campos (Mtb 12003) editora@oconfeccionista.com.br Repórteres - Camila Guesa camila@oconfeccionista.com.br Laura Navajas laura@oconfeccionista.com.br
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Designer - Leandro Neves leneves@oconfeccionista.com.br
Assinaturas assine@oconfeccionista.com.br
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Impressão - Prol Gráfica Tiragem - 10.000 exemplares. Distribuição Regional - correios O Confeccionista Região Sul é uma publicação da Impressão Editora e Publicidade Ltda., distribuída aos empresários da indústria de confecção do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. É vedada a reprodução total ou em parte das matérias desta revista sem a autorização prévia da editora. Todas opiniões e comentários dos articulistas e anunciantes são de responsabilidade dos mesmos.
Redação - Rua Teodureto Souto, 208, Cambuci – São Paulo – SP. CEP: 01539-000 - Fone: (11) 2769-0399
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editorial
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ANO I • NÚM. 1 • FEV/MAR • 2011
FOTO: AGÊNCIA FOTOSITE
I
niciamos, com esta edição, a publicação de O Confeccionista Regional Sudeste, dirigida a confecções dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro, por acreditar que as indústrias locais têm muito a dizer e a ensinar umas às outras. Uma dessas lições, mas de solidariedade, pode ser observada recentemente na região serrana do Rio de Janeiro, onde se concentra importante polo de confecções de moda íntima. Lá o estrago foi grande, mas a ajuda veio na mesma proporção. Ainda que não fosse possível recuperar as vidas perdidas, as confecções locais que conseguiram salvar ou repor seus estoques, matérias-primas e equipamentos já estão funcionando a pleno vapor – e ansiosas por vender. Em fevereiro/março, as coleções de outonoinverno já começam a chegar às lojas e, ao que tudo indica, as vendas devem continuar em alta, em que pesem o aumento dos preços do algodão e a concorrência dos produtos asiáticos. Afinal, a moda brasileira continua dando provas de seu amadurecimento. Prova disso são os 15 anos da São Paulo Fashion Week, comemorados em janeiro/fevereiro, e que hoje figura entre os maiores de moda no mundo. Por esse motivo, a corrida para a capacitação de mão de obra, sobretudo de costureiras, continua incessante, bem como os investimentos em maquinário e nas formas de gestão, como verificado nas reportagens desta edição. Em tempos de aumento de demanda provocada pela melhoria do poder aquisitivo da população, em especial da classe C, nada melhor que se qualificar para abastecer esse enorme mercado. Se não, certamente os chineses o farão.
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capa SPFW - Educação para o consumo de moda Première Brasil - Os temas para o verão 2012 Infanto-Juvenil - Tecidos para atrair consumidores NOVA FRIBURGO - Solidariedade motiva confecções Jeans - Marcas internacionais na Bread and Butter Berlin
08 32
polo de americana - Os desafios para 2011
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FÁBRICA SOCIAL - Costureiras da grande BH em
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CAPACITAÇÃO - Cachoeiro do Itapemirim quer voltar
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Em Dia SuDESTE
busca de trabalho
a ser polo de confecções
GESTÃO - Vender ou lucrar, qual a melhor opção? DIVINÓPOLIS - Parceria com Senai/Cetiqt para capacitação e cursos de gestão
AS DICAS DOS ESPECIALISTAS 28 rh
Boa leitura!
30 Produção
Vera Campos
35 Modelagem
Editora 6 O Confeccionista/suDESTE fev/mar 2011
47 Gestão
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- Sudeste em dia g iã o
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Cheia de graça
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Depois de São Paulo, Minas, Rio Grande do Sul e Distrito Federal, agora é a vez do Rio de Janeiro. No início de fevereiro, a rede de varejo Marisa inaugurou sua primeira loja de lingerie em terras cariocas, a 15a no País. Com 250 m2 e instalada no charmoso bairro de Ipanema, a nova unidade oferece moda íntima e sleepwear. Para marcar a estreia da loja, selecionou coleções que traduzem as últimas tendências de lingerie nos principais centros de moda do país.
BFD–Sudeste
Já estão selecionados os 10 finalistas do Brasil Fashion Designers – Sudeste. O concurso tem como principal objetivo revelar ao cenário fashion nacional a genialidade das criações de jovens designers. A escolha final ocorrerá durante a feira Tecnotêxtil Brasil, em 12 de abril, no Expo Center Norte, em São Paulo. Dos estudantes selecionados e que irão executar seus projetos para a grande decisão, seis são do estado de São Paulo, três de Minas Gerais e um do Rio de Janeiro. São eles: Renato Raga (FMU/SP), Iara Mari (UNA/MG), Thiago Phelipe (USP/ SP), Domitila de Paulo (FUMEC/ MG), Bruna Abreu (FUMEC/ MG), Maurício Somenzari (FAAP/ SP), Seika Yamada (Faculdade Santa Marcelina /SP), Samanta
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Em novo local
Fachinelli (UNIBAN/SP), Julia Falcão (Senai Cetiqt /RJ) e Marcela Bachilli Pankowski (Faculdade Santa Marcelina/SP). Dos 51 alunos pré-inscritos,apenas 21 concluíram o projeto.
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A 37ª edição do Senac Moda Informação acontece em 24 de março de 2011, em São Paulo, em novo local - o Palácio de Convenções do Anhembi. Especialistas, pesquisadores e estilistas apresentarão informações sobre formas, tecidos, cores e padronagens dos segmentos feminino, masculino, infantil, jeanswear, street, surfwear, moda íntima, malharia, acessórios e moda praia, baseados em pesquisas nos maiores centros mundiais difusores de moda, como Paris, Londres, Milão, Nova York e Barcelona.
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Despachamos para todo Brasil à pronta entrega
em diao- Sudeste regiã
FOTO: divulgação
Bom atendimento
Governo do Estado se mobiliza
A 30a São Paulo Fashion Week, realizada em janeiro na capital paulista, foi plena de boas-novas para o setor. O governador do Estado, Geraldo Alckmin, revelou que pretende ampliar, este ano, o volume de financiamentos para pequenos e médios empresários, por meio da Agência de Fomento Paulista/Nossa Caixa Desenvolvimento. Disse ainda que a Agência aumentará sua atuação no segmento dos Fundos de Capital Semente, apoiando empresas de pequeno porte que têm incorporadas em seus projetos tecnologias inovadoras nos campos da biotecnologia, nanotecnologia, tecnologia da informação e tecnologia do manejo de resíduos sólidos, entre outros. A intenção é auxiliar PME’s que precisam de capital para investimentos em compra de máquinas e equipamentos, para investimento em projetos inovadores ou de expansão e financiamento de capital de giro.
Pesquisa realizada pelo Núcleo de Inteligência de Mercado do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI) para avaliar o comportamento de compra do consumidor de vestuário aponta que o atendimento é o item mais importante para 51% deles. Vêm a seguir a variedade de produtos, os descontos e promoções, facilidades de pagamento e qualidade. O preço aparece em 9º lugar, com 14,2% dos votos. Já o atendimento ruim é o principal motivo para o consumidor rejeitar um estabelecimento, independentemente do seu poder de compra. Porém, este quesito é ainda mais valorizado para os que pertencem às classes D/E, que normalmente já se sentem marginalizados quando têm a intenção de comprar em lugares mais sofisticados.
Qualificação Profissional
FOTO: cris castello branco
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Já a primeira-dama, Lu Alckmin, Presidente do Fundo Social de Solidariedade, anunciou a implantação de uma Escola de Moda,como parte das atividades da Escola de Qualificação Profissional, recém-lançada pelo Fundo Social. Previstos para começarem na segunda quinzena de março na sede do Fundo Social de Solidariedade, no bairro da Água Branca, na capital paulista, os cursos vão abordar modelagem, corte e costura, bijuteria, confecção de caixas, bordados, crochê e patchwork. Terão duração de quatro horas diárias, cinco vezes por semana, num prazo de um mês e meio. Os alunos serão selecionados por entidades assistenciais da capital e encaminhados ao Fundo Social. “Esta é uma forma de ampliarmos as chances da população carente na busca por uma vaga no mercado de trabalho”, declarou Lu Alckmin.
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negócios/SPFW
Paulo Borges comemora, ao lado de Gilberto Kassab e outras personalidades, o sucesso da SPFW
Cultura de moda Sob o tema “Manifestear”, a SPFW comemorou 15 anos levando a ideia de moda transformadora à Bienal do Ibirapuera
FOTOS: DIVULGAÇÃO / AGÊNCIA FOTOSITE
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POR Camila Guesa E VERA CAMPOS
ebutar é sempre um momento importante para uma menina. É comemorar uma evolução, um amadurecimento e, acima de tudo, uma transição. E é esse o momento que a moda brasileira está vivendo – e que foi comprovado durante a 30ª edição da São Paulo Fashion Week. “O Brasil e a moda estão vivendo um momento especial e isso é bom para estarmos cada vez mais construindo este trabalho, pensando em inovação”, lembrou o idealizador da semana da moda e presidente do Grupo Luminosidade, responsável pela organização e realização da SPFW, Paulo Borges. “Agora é tempo de olhar de outra forma para o futuro, sem nenhum tipo de nostalgia,
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visualizando no passado apenas um pilar do que está para acontecer”, completou.
No centro das atenções Consagrado como o primeiro evento de moda no mundo a tratar da sustentabilidade e buscar a neutralização do CO2 emitido durante os seis dias de evento, a SPFW reuniu coleções para o Outono/Inverno 2011/2012 de 32 grifes e, entre as novidades, as presenças do ator norteamericano Ashton Kutcher para a Colcci, tendo a mulher Demi Moore na primeira fila; da transexual Lea T., que estreou nas passarelas brasileiras ao desfilar para a coleção feminina de Alexandre Herchcovitch; da socialite
Paris Hilton, que se apresentou pela segunda vez consecutiva para a Triton, e da cantora Christina Aguilera, que lançou uma coleção para a C&A. “Nesses 15 anos, a SPFW criou um protagonismo que se provou capaz de mostrar o que o Brasil pode fazer e fez durante todos estes anos”, disse Borges. Graças a eventos como a SPFW, São Paulo tem muito que celebrar. Nos últimos anos, a cidade subiu mais de 25 posições no ranking das capitais mais influentes da moda no mundo, segundo o Global Language Monitor, e ocupa hoje a 8ª posição. Além disso, em 2010 a cidade bateu recordes na economia de turismo, com crescimento de 11,7% em relação a 2009, conforme divulgou o prefeito Gilberto Kassab, presente na abertura do evento. “A SPFW tem sido fundamental não apenas para exportar moda, revelar talentos, mostrar a criatividade brasileira e empregar centenas de pessoas. É também um evento que, para São Paulo, é essencial para mostrar a cidade em suas competências criativas”, disse.
30a edição da semana de moda de São Paulo recebe nomes como Ashton Kutcher, Demi Moore e Christina Aguilera
Mudança cultural Concordando com o prefeito, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou que o evento posiciona o Brasil ao lado dos grandes polos da moda internacional. “A SPFW nasceu em uma época em que a indústria têxtil brasileira passava por uma abertura econômica abrupta. Hoje, figura ao lado de Nova York, Paris, Milão, Londres e outros principais centros de moda do mundo. Aqui se agrega valor, o país se projeta, geram-se empregos”, assinalou Alckmin. Para ele, o evento marca uma importante mudança cultural, na qual países pobres exportavam matéria-prima e os
ricos, talento e criatividade. “Agora essa sentença está se invertendo”, disse. Aos confeccionistas, Paulo Borges aconselha perder o preconceito e abrir a mente para informar. “A SPFW gera o desejo e a educação de consumo de moda para o consumidor e a mídia. Popularizada a ideia, toda a cadeia se beneficia. Mas, antes de tudo, é preciso saber aproveitar esta oportunidade e tirar proveito”, disse, com exclusividade para a revista O Confeccionista.
SPFW em números
24 mil m² ocupados na Bienal Mais de 3.000 profissionais na produção e realização Mais de 350 modelos Mais de 2.500 jornalistas Mais de R$ 1,5 bilhão em negócios movimentados em São Paulo, sendo R$ 85 milhões de movimentação direta Mais de 100 mil pessoas durante os seis dias de evento Mais de R$ 300 milhões em investimentos diretos desde 1996 São Paulo ocupa a 8ª posição no ranking das capitais mais influentes da moda no mundo, segundo a Global Language Monitor, um salto de 25 posições nos últimos anos O Confeccionista/suDESTE fev/mar 2011
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passarela/SPFW Colcci O jeans e a alfaiataria foram os pontos fortes da coleção, que teve Ashton Kutcher, Gisele Bundchen e Alessandra Ambrósio. As formas vão do superjusto, com shortinhos e calças skinny, ao amplo, com jaquetas e paletós. Os materiais: couro, denim, lã e cinza. Cores: cinza, caramelo, azul, salmão.
Cavalera Os estilistas Fabiano Grassi e Igor de Barros, sob a direção criativa de Alberto Hiar, não deixaram por menos: a marca fechou a SPFW debaixo de chuva, sob o tema Nova República, “que proclama o contato humano, celebra o coletivo, reclama o beijo, protesta contra o solitário espetáculo do mundo da fama, instigando o imaginário desse desejo esquecido”. Destaque para o índigo, a malha, couro, algodão e seda. Cores: preto e cinza, com pontos de dourado, rosa, lima e verde.
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passarela/SPFW
Juliana Jabour
Ronaldo Fraga O painel de azulejos do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, criado pelo artista plástico Athos Bulcão, também foi a fonte de inspiração do estilista. Na passarela, looks com as cores laranja, preto, azul, branco e cinza se destacavam nas estampas que reproduziam parte da obra. Modelagem fluida, mistura de tecidos como o linho, seda, algodão e tule. Bordados com paetês e brilhos se aliavam à simplicidade.
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Estreante na SPFW, a estilista mineira apresentou formas com comprimentos variados, silhuetas estruturadas ou amplas e confortáveis. Os materiais são: algodão acetinado, crepe de chine, gaze de viscose, malha com lurex, tafetá texturizado e sarja de algodão. As cartelas de cores incluem o azul, beterraba, preto, verdemilitar e vermelho.
Maria Bonita Buscando inspiração nas obras do artista plástico Athos Bulcão, a marca interpretou o Brasil sob o viés dos trabalhadores que vieram de várias partes do mundo para construir a capital do País. Simplicidade e despretensão permeiam os looks em formas descomplicadas e linhas retas. Materiais: seda pura, malha de lã, algodão dublado. Cores: azul, marrom, preto, cinza e off-white.
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passarela/SPFW Ellus Uma viagem por um espaço virtual em um futuro imaginário foi o ponto de partida para criar o inverno 2011 da Ellus, que tem como núcleo a ideia de “stars riders”, nômades espaciais e viajantes do tempo. Fazendo uso de tecidos tecnológicos, texturas e acabamentos diferenciados, que aparecem principalmente no denim, e modelagens que valorizam o corpo, a marca fez um desfile inovador, filmado em 3D, com os tops Aline Weber e Rafael Lazzini vestindo peças com referências futuristas.
Triton Alfaiataria, calças secas, camisas de corte clássico, paletós e casacos de diversos tamanhos, saias assimétricas, vestidos e paletós com cintura marcada com um cinto fino. Essas foram as principais formas apresentadas pela grife, que mais uma vez trouxe a socialite Paris Hilton às passarelas. Materiais: matelassê, algodão, brocados, lã, metalizados, peles falsas, rensas, veludo. Destaque para as estampas “mix and match”, que reproduzem padronagens florais com efeitos metalizados.
Neon Sob o tema “Boemia Subversiva”, a marca abusou do preto e do branco, de grafismos, blocos de cores e estampas We Love Néon em silhuetas justas, no caso dos vestidos e bodies, nas calças e nos paletós. Entre os materiais, a seda, o tafetá, gorgurão, malha, plush, jersey, couro, camurça, veludo, tricô, crepe e linho.
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Primavera/Verão 2012
Première Brasil
Leque amplo Saiba o que vem por aí para a temporada mais quente do próximo ano
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Laura Navajas Pascaline Wilhelm, diretora de moda da Premiére Vision
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Uma estação para ver grande e longe”, nas palavras de Pascaline Wilhelm, diretora de moda do Première Vision. Depois de um verão de 2011 muito dinâmico e criativo, o de 2012 não deixará por menos. “Será tempo de inovar com tecidos, associações, acordos entre elementos. É tempo de abrir-se com apetite”, disse ela, durante a Première Brasil, em janeiro. As cores virão numa gama ousada, elegante, com jogos de equilíbrio e desequilíbrio, dando uma ideia de desordem. “É uma gama mais sutil em relação às estações passadas; não precisamos de excesso para contar as coisas,” completou, apontando três grandes temas para a estação: Perspectives – busca de novas pistas para criar e construir a roupa. Inspiração vem de materiais de construção, brilhos contidos, geometria variável, o bruto civilizado, com uma profusão multicor de misturas caóticas. Na moda feminina, destaque para o mix de diferentes materiais, volumes que se movem, associação de cores quentes e frias. Nos tecidos, a transparência tende a ser trabalhada sobreposta. Mistura de algodão com poliamidas, tecidos opacos, macios. Para eles, as camisas virão com estampas inspiradas, por exemplo, nos insetos, nas asas de uma libélula, com uma geometria suave. Já a moda esporte traz tons claros, doces e ácidos, opacos, em tecidos impermeáveis (mas que respiram), com secagem rápida. Denim mais chique e mais leve, trabalhado com viscose.
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Open Mind - refere-se ao inovar, ousar. As influências do primitivo se chocam com as da cidade, do esporte, resultando em misturas caóticas. Na moda feminina, tons escuros se misturam e há associações mais plásticas para os tecidos, com buclês, fundos crus, rendas mais espessas. Em alta os algodoados, românticos e grafitados. Os homens usarão tons terra, tecidos mais fortes, mais naturais, brutos, porém civilizados. O denim se mistura ao linho, com toque mais seco, menos sujo. Para sportswear, cores intensas e brilhantes, flores, ideia de exotismo contemporâneo. Tecidos divertidos, ultrastrech, dinâmicos, com listras, xadrez, desenhos com simplicidade gráfica. Sense e Essence - o ponto de partida é aquilo que é essencial à vida. Enfoca o consumo sob a ótica de serviços sob medida para cada cliente, produtos mais ajustados ao indivíduo. Aqui, a moda se rende à tecnologia com um único objetivo: oferecer funcionalidade. Essa tendência retrata a busca do equilíbrio. Assim, flores, pássaros, desenho com coloridos suaves, em roupas de malha e algodão conviverão com tecidos refrescantes, anti bacterianos, anti-UV. Para as mulheres, simplicidade é o nome, com destaque para contrastes de cores. Os homens usarão lavagens ou sobretintos, além de listras e xadrezes. Para o sportswear, a ordem é a descontração.#
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Primavera/Verão 2012
Première Brasil
Burocracia e impostos elevados atropelam expansão de negócios de fabricantes internacionais de tecidos e aviamentos no País
A
Sinal Amarelo
terceira edição da Première Brasil, realizada entre 19 e 20 de janeiro em São Paulo, atraiu quase 5 mil visitantes, que puderam conferir o que será tendência em tecidos e aviamentos para a Primavera/ Verão 2012. A participação de 45 indústrias estrangeiras - cerca de 40% do total de expositores - confirmou que o Brasil é a bola da vez no mercado mundial. Itália e França foram as presenças mais marcantes, mas também vieram indústrias têxteis e de aviamentos da Espanha, Inglaterra, Turquia, Alemanha, Holanda, Chile e até da Bulgária. Que nosso país é o mercado do futuro, todos concordam. Por isso, querem estar por aqui. Isso ficou claro nas conversas com alguns expositores. “Estamos na Première Brasil pela segunda vez, já temos representantes no país e no último ano as vendas melhoraram muito. Já pensamos em ter loja própria aqui, e até produzir. O mercado está crescendo muito, o Brasil é o lugar para se estar”, afirma Daniele Chizzolini, da italiana De Bernardi, produtora de fitas em tecido. “É a primeira vez que participamos da Première Brasil. Decidimos vir para
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cá, a fim de avaliar as possibilidades deste mercado, e percebemos que há boas chances de negócios”, explica Franck Mettetal, da francesa Mettetal Creation. No entanto, uma preocupação ainda é comum a todos os estrangeiros que pleiteiam negócios no Brasil. “Os entraves burocráticos e os problemas de impostos ainda existem”, afirma Corrado Cipollini, representante do Instituto Italiano para o Comércio Exterior (ICE), de Roma, que trouxe ao evento uma delegação de 16 fabricantes interessados em promover seus produtos aqui e avaliar a aceitação do mercado. “Já há empresas se organizando para isso, mas todas ainda veem dificuldades em relação aos preços dos produtos finais aqui, por conta das elevadas taxas de importação”, diz Cipollini. O francês Stellio Lestienne, da Fashion Lestienne Trade, que faz negociação para trazer marcas francesas para o Brasil, concorda. “Aposto tanto no Brasil que estou aqui há seis anos. Mas há diferenças na cultura brasileira às quais o europeu ainda precisa se adaptar. Além disso, a burocracia e os impostos precisam ser revisados”, comenta. (L.N.) #
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Primavera/Verão 2012
Première Brasil
Bons negócios
Expositores nacionais comemoram o resultado do evento e falam de seus lançamentos para a temporada POR Camila Guesa
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estreante Veneto Acessórios avaliou como ótima a sua primeira participação no evento. “O resultado superou nossas expectativas. Percebemos que, como são apenas dois dias para ver tudo, o público se concentra em aproveitar o tempo para fazer negócios”, comentou a coordenadora de desenvolvimento da empresa, Cris Munarini. Em primeira mão, apresentou aos visitantes da feira, etiquetas, tags, patchs termocolantes, renda guipir e outros itens que agregam valor às peças de clientes e parceiros, um total de quase 200 novos itens. “A Première Brasil está se consolidando como a principal feira do fornecedor, com visitantes focados em negócios. Pudemos prospectar e estar mais próximos dos nossos clientes, além de nos mostrar ao mercado”, disse a coordenadora de marketing da Horizonte Têxtil, Josiane Paiva. Sarjas leves e pesadas, tecidos maquinetados e tricoline foram alguns dos lançamentos expostos pela empresa. Opções de cores desbotáveis da cartela Interage possibilitam acabamentos diferenciados na lavanderia. Outra novidade é a Memphis Stretch, sarja mais encorpada e com elastano, nos acabamentos Tinto Peletizado e Pronto para Tingir Peletizado.
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Participando pela segunda vez da edição brasileira da Première Vision, a LC Malhas, de Brusque/SC, levou tecidos leves e texturizados, grazeados, em variações de cor única, brocados e falsos brilhos. Prestes a comemorar 25 anos de fundação em maio de 2011, a empresa está se reerguendo depois de ter sua fábrica incendiada no início deste ano. A LC cresceu entre 15% e 20% em 2010 e pretende alcançar o mesmo resultado em 2011, resultante de cerca de quatro anos de reposicionamento da marca e melhoria na qualidade dos produtos. Já a Artpreiss, com mais de 30 anos de estrada, apresentou suas novas opções em rendas, rendas estampadas e com fios de algodão. “Nos últimos anos temos investido em tecidos com fibras naturais e sintéticas, acompanhando as exigências do mercado da moda, que é sempre muito competitivo e de altíssimo nível”, diz o gerente comercial, Reginaldo Almeida de Souza. Trabalhando com acessórios e botões injetados, metalizados, naturais e de poliéster, a Bonor Industrial trouxe do Rio Grande do Norte um novo mostruário, fruto da repaginação geral que a empresa passa há cerca de quatro anos, período em que a diretoria da empresa foi trocada e a melhoria do atendimento tornou-se o foco.#
dica do especialista
RH
Cuide das pessoas e elas cuidarão do seu negócio Treine e capacite sua equipe o mais rápido possível, porque seus concorrentes, neste momento, estão fazendo exatamente isso
As pessoas constituem a alma de uma organização. O momento da escolha de colaboradores é fundamental para o sucesso da empresa, pois as pessoas são as peças mais importantes de todo o sistema. Portanto, a escolha não pode ser leviana, superficial ou apressada. Uma boa dica é sempre analisar no mínimo três candidatos, pois isso aumenta a capacidade de acerto na escolha. Pergunte-se: que necessidade de pessoal você tem em número, prazo e perfil profissional? Para isso, defina o CHA, que tipo de Conhecimento, Habilidades e Atitude os candidatos devem ter. Converse com eles buscando informações de seu histórico, experiências profissionais e habilidades. Informe como é seu método de trabalho. Esclareça todas as questões sobre funcionamento e remuneração. Defina bem as funções e responsabilidades do dia-a-dia e deixe claro que só permanecem na empresa pessoas ensináveis, dispostas a aprender, a mudar e a melhorar. Toda e qualquer instituição que deseja se destacar e se perenizar no mercado deve estabelecer uma estratégia de capacitação interna bem definida, baseada nos objetivos delineados em seu planejamento estratégico, e não apenas
Soeli de Oliveira é consultora e palestrante nas áreas de Marketing, Varejo, Atendimento e Motivação do Instituto Tecnológico de Negócios, de Novo Hamburgo (RS). soeli@sinos.net
em treinamento esporádico e sem foco. Aprender hoje é vital, portanto toda equipe tem de se reciclar e se desenvolver, a começar pela direção e gerências, que deverão dar o exemplo. Programas de treinamento não podem ser vistos como custo operacional, mas um necessário investimento para que a estratégia empresarial seja bem sucedida. Investir no desenvolvimento de pessoas exige um profundo interesse da direção da empresa, e nem sempre traz um retorno de curto prazo, mas cria as condições necessárias para que o empreendimento garanta sua continuidade no longo prazo, ainda que estes profissionais treinados acabem com o tempo deixando a empresa. Pior que perder esporadicamente funcionários capacitados é não treiná-los, e eles permanecerem na empresa até se aposentarem. Não se esqueça de realizar o esforço necessário para reter os bons funcionários. Certifique-se de que as pessoas certas estão nas funções certas, promovendo o devido reconhecimento quando necessário. A promoção de ambientes motivadores, de alegria, bem-estar e reconhecimento profissional, é sem dúvida um fator chave para retenção dos recursos humanos. #
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infanto-juvenil
Tecnologia
aliada da moda
Confecções inovam na utilização de tecidos e outros artifícios tecnológicos para dar mais conforto e praticidade às roupas dos pequenos
FOTOS: DIVULGAÇÃO
C
amisetas com estampas que brilham no escuro, roupas ecologicamente corretas ou que emitem sons ao serem pressionadas... Criatividade e inovação não faltaram aos 140 expositores da 36ª FIT 0/16 – Feira Internacional do Setor Infanto-Juvenil e Bebê, realizada em janeiro, em São Paulo, para apresentar ao mercado as coleções para o outono/inverno 2011. Durante os quatro dias do evento, os 12 mil visitantes – entre lojistas e representantes – comprovaram que conforto, beleza e tecnologia podem
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andar de mãos dadas e deixar a roupa divertida e atraente aos olhos dos pequenos. Atenta a esses apelos, a Marisol levou várias novidades à feira. Uma delas é um pijama que exala aroma de erva-doce. Outra inovação são roupas com estampas que emitem sons, quando tocadas. A das meninas vem com som de latidos de poodle; a dos meninos, com barulho de hélices nas estampas de helicóptero. Lançadas na última temporada, as camisetas com estampas que se iluminam e piscam quando as crian-
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Tecidos anti U.V. e com fios PET estão na ordem do dia
ças se movimentam estão de volta na coleção de inverno da Marisol. Para os meninos, o pisca-pisca vem do farol de uma imagem de carro radical. Para as meninas, as estampas buscaram inspiração em Paris e são românticas, em tons aquarelados. “Produtos com os efeitos de led e sons vêm atender a uma tendência que pede roupas que interajam com a criança, que tenham também uma função lúdica e ajudem a desenvolver a criatividade dos pequenos”, afirma o gerente de Marketing e Produto da Unidade de Consumo
Mantas térmicas e tecidos com aromas
da Marisol, Inácio Krug. Já a aplicação de aromas visa proporcionar tranquilidade à criança e também fixar a identidade da marca junto ao público consumidor, que passa a relacionar o “cheirinho agradável” da roupa à sua marca preferida. “Estes lançamentos foram de muito sucesso na FIT e resultaram em várias mídias de repercussão nacional”, completou o gerente.
Ecológicas As roupas feitas de tecido de garrafas PET recicladas também marcaram presença na FIT. A grife Cobra D’água, que já produz vestuário de adultos, utilizando esse material, o incluiu agora nas camisetas para o público de 6 a 16 anos. “Os tecidos com PET são muito práticos para crianças, porque secam rápido após a lavagem e são confortáveis”, assegura a gerente de Estilo, Célia Vieira. Outra novidade da grife é uma malha mescla, com 50% de fibras de PET reciclado, em que o tingimento ocorre no fio de poliéster. “Essas peças estão entre as mais vendidas na coleção para jovens de 15 a 25 anos e em breve serão lançadas para o público juvenil (de 6 a 16 anos)”, conta a gerente. A escolha das tonalidades foi fundamental na construção dos tecidos com padronagem de rapport, uma repetição de listras que cria um produto com identidade única. Nas bermudas para praia (boardshort), as inovações ficaram por conta do tecido neostrike, com tecnologia impermeabilizante e de secagem rápida. “As bermudas são sublimadas. Os desenhos têm tendência geométrica com mistura de quadriculados e listras. O efeito degradê também está presente. E não deixamos de lado opções mais clean e aquelas que trazem a marca em maior destaque”, explica
Efeitos lúdicos, brilhos, aromas, proteção contra raios solares, uso de PET, tecidos tecnológicos invadem universo das confecções infantis Célia. Em microfibra, o neostrike é apresentado em duas versões: com ou sem acabamento peletizado. As bermudas vêm ainda com ajuste na cintura, o que amplia a vida útil das peças mesmo quando a criança cresce um pouco.
Proteção solar Para proteger as crianças dos efeitos nocivos dos raios solares, a Biramar Baby, de Ibitinga (SP), apresentou um roupão térmico com tecido com efeito de proteção solar
50. Outra novidade foi uma manta dupla face com acabamento antibacteriano. “A aceitação dos artigos na feira foi grande, o que cria uma boa expectativa de vendas em relação a eles. E certamente continuaremos investindo em tecidos tecnológicos”, assegura a proprietária Thayane Ramalho. Os produtos fazem parte da linha Soft Polka, lançada em junho de 2010. Antes disso, a empresa, especializada em enxovais para bebês e acessórios complementares, já havia colocado no mercado um travesseiro antissufocante e antiácaros. Já a GBaby, de Londrina (PR), que acaba de criar a divisão GBaby Licenciados, inspirou-se em personagens do canal Discovery Kids e no desenho animado Dinotrem para apresentar uma linha completa de camisetas, moletons e conjuntos para meninos de 1 a 8 anos. O tecido Petclean, que não absorve água de imediato, foi utilizado nas mangas longas das camisetas da linha, o que evita que sejam manchadas com sucos e outras bebidas, ou encharcadas, quando a criança lava as mãos.#
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A melhoRrEGA
ENT PRONTA Brasil! o d s a h l a de m 28
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Varejistas | Confeccionistas em Geral
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dica do especialista produção
Cronometragem na costura Os tempos de produção são uma referência do rendimento e da produtividade de um operador ou de sua equipe. Sem medi-los, não há como definir metas e comparativos nem obter eficiência do processo produtivo
Conhecer o tempo de produção de cada peça e estabelecer um tempo de fabricação padrão não é tarefa fácil. Mas essa é a única forma de se medir efetivamente a produtividade dos operadores na produção sequencial de peças. É uma iniciativa que dá trabalho, mas é compensadora por seus benefícios, como: • Maior precisão no cálculo do custo de produção, no que tange ao custo/ hora/ homem e custo unitário da mão de obra de cada peça. • Mensuração da capacidade produtiva para o atendimento dos pedidos de venda no prazo solicitado. • Distribuição equilibrada dos tempos de produção entre operadores (balanceamento). • Identificação total das perdas de produção.
sabedoria e participação de todos na empresa, de forma a buscar comprometimento e entendimento dos envolvidos na necessidade da coleta dos tempos, de acordo com os parâmetros estabelecidos em consenso. Lembre-se: não existe tempo cronometrado 100% certo, mas sim a comparação Antes x Depois, seguindo sempre o mesmo critério. A cronometragem, de início, é uma operação trabalhosa e requer manutenção posterior. Por esses motivos, muitas vezes acaba sendo deixada de lado. Porém, determinar e acompanhar os tempos de produção das peças, bem como a sequência das operações, e formar, assim, os roteiros das operações, é pré-requisito para obter os benefícios acima mencionados.
Cronometragem
Muitas vezes, a cada nova coleção a empresa repete a cronometragem das mesmas operações sem necessidade. Isso é muito trabalhoso e acaba desmotivando a continuidade das medições. A atividade de cronometragem pode ser menos dispendiosa se montarmos um banco de operações padrão, pois muitas dessas operações se repetem dentre os vários modelos de
A implantação de roteiros das operações que incluam os tempos de produção é o passo inicial para o entendimento de perdas na confecção e melhoria da produtividade. As ações de diagnóstico e melhoria na fábrica dependem de um processo de cronometragem correto e coerente com a sua realidade. Então, utilize esta ferramenta com
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Vanderlei Carlos Dorigon é diretor da DS Inovação e Tecnologia, desenvolvedora de soluções para empresas têxteis e de confecção
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Operações padrão
uma coleção. Dessa forma, conseguiremos aproveitar cerca de 70% dos tempos de uma nova peça com operações já cronometradas anteriormente. E faz-se necessária, então, uma cronometragem somente parcial (30%) de um novo modelo.
Quando repetir?
A ocorrência de uma nova cronometragem é sempre justificada quando há mudanças nas condições de trabalho, como troca de operadora, troca de máquina, incremento de um novo aparelho de costura etc. Há ainda fatores relacionados ao ambiente de trabalho: motivação das operadoras, conforto térmico, clima organizacional etc. Mas não podemos ter um tempo diferente na mesma operação, a cada mudança de situação citada. Então, devemos criar padrões de tempo em uma situação previamente definida, com consenso de critérios e aprovados
pelas diferentes empresas que os utilizam. Alguns desses parâmetros são: melhor máquina para a determinada operação; costureira com mais habilidade e qualidade na operação; aparelho mais adequado (se for o caso); cronometragem no ritmo normal de trabalho.
ou mesa de apoio. Ao fim de cada operação cronometrada, anota-se o tempo encontrado.
Tempos-padrão
É importante que a cronometragem inicial seja repetida no mínimo três vezes por operação, a fim de se fazer um comparativo destas. Quando um dos tempos obtidos estiver muito diferente dos outros dois, deve-se fazer uma nova medição eliminando-se o tempo mais distinto. Podemos trabalhar com uma diferença de até no máximo + ou - 15%. Acima disso, podemos concluir que o processo de cronometragem não foi eficiente e demanda nova tomada de tempos até chegarmos ao mínimo de três tomadas similares. Abaixo, temos um exemplo de um roteiro de fabricação. Na próxima edição, veja como cronometrar os tempos do corte, um problema comum no setor de confecção. #
O que conta
Não devem ser levados em conta na cronometragem o tempo das perdas no processo de costura como: troca de linha; troca de aparelho; retrabalho nas peças; manutenção preventiva ou corretiva de máquina; reuniões, intervalos etc.; transporte interno ou movimentação de materiais. Ou seja, o tempo a ser cronometrado é tão somente o das operações que resultam na efetivação da costura, a saber: pegar a peça e posicionála na máquina; efetuar a costura; inspecionar a costura feita; soltar a peça ao lado sobre a máquina
ROTEIRO DE FABRICAÇÃO REF: 1001 OPER.
DESCRIÇÃO
01
Unir a base e o cinto
02
PRODUTO: soutien
FUNCION.
TEMPO
MÉDIA
EQUIP.
Deni
32
28
30
30”
Over 3
Passar elástico no cinto
Josélia
18
18
23
20”
Eslastiq
03
Marcar e virar o cinto
Josélia
58
62
60
60”
Reta
04
Forrar o bojo
Ligi
53
50
48
50”
Over 3
05
Por bojo no cinto
Ligi
33
28
29
30”
Over 3
06
Passar viés e por aro
Nelci
61
60
59
60”
Vieseira
07
Mosquinha no viés
Deizi
8
12
9
10”
Travete
08
Passar dobrável
Nelci
55
46
50
50”
Galoneira
09
Travetar
Deizi
92
94
100
95”
Travete
10
Limpar e por tag
Franci
70
70
70
70”
Manual
11
Embalar
Franci
14
11
16
14”
Manual
Total em segundos Total em Minutos
489” 8´
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mercado
Futuro incerto N
o início de fevereiro, o presidente do Sindicato das Indústrias de Tecelagens de Americana, Nova Odessa, Santa Bárbara d´Oeste e Sumaré (Sinditec) entregou em mãos ao governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, ofício solicitando a prorrogação dos 7% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os produtos têxteis paulistas para além de 31 de março de 2011. “Alckmin recebeu ofício que comprova que a redução da alíquota do ICMS têxtil, de 12% para 7%, segundo decreto assinado em março de 2010, não diminuiu a arrecadação para o Estado. Ao contrário, aumentou em 10,56%. Esse número mostra que as indústrias têxteis paulistas continuam na competitividade e lutam contra os produtos de outros estados, que têm grandes incentivos fiscais; e também contra a invasão dos produtos importados, principalmente os produtos chineses”, declarou o presidente do Sinditec, Fabio Beretta Rossi, após entregar o documento ao governador.
Situação desfavorável Depois de ver o faturamento das indústrias da região crescer entre 3% e 5% em 2010, o presidente Sinditec projeta um cenário de dificuldades para o setor este ano, uma vez que alguns dos vetores que influenciam a área têxtil continuam desfavoráveis.
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Polo produtor “A persistência do real valorizaAmericana, Nova Odessa, Santa do, que torna os produtos imporBárbara d´Oeste e Sumaré constitutados muito mais baratos, acirra a em a ‘’Região Têxtil Paulista’’, onde concorrência interna. Continuamos se produzem quase todos os tipos de com uma das mais altas cargas tritecidos e fios de que o mercado nebutárias entre os países em desencessita. A região começou a se indusvolvimento, e juros elevados para o trializar em 1880 e cresceu inintersetor produtivo. A isso se somam o ruptamente até 1990, quando o Brasil excesso de encargos sobre a folha de promoveu a abertura comercial. pagamento e a elevação nos custos de De 1997 a 2005, a indústria têxtil matérias-primas, particularmente o da região se modernizou e obteve algodão”, considera. A sugestão dele crescimento forte e contínuo. Porém, é que os empresários se unam para com o aumento das importações conquistar as mudanças que podem nos últimos anos, principalmente auxiliar o setor. da China, o setor vem enfrentando Investimentos de 180 milhões de perda de competitividade. dólares foram aplicados em 2010 pelas indústrias da região em novos galpões industriais, novas máquinas (teares, urdideiras, cardas, estampadeiras de tecido, máquinas para tingimento, entre outras). “Mas os valores poderiam ser maiores, caso o governo federal tivesse criado mecanismos para dar à indústria têxtil nacional condições de competitividade, tanto cambial quanPresidente do Sinditec to tributária, taxando Fábio Beretta Rossi os produtos importados com as mesmas cargas tributárias do nacional, que hoje paga bem mais”, afirma Rossi.
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Indústrias têxteis da região de Americana, em SP, reivindicam condições para competir com os produtos asiáticos e de outros estados
Qualidade e inovação Polo TecTex continua investindo no desenvolvimento e aprimoramento do setor têxtil e de confecções de Americana e região
A
s ações do PoloTecnológico da Indústria Têxtil e de Confecção (Polo TecTex) de Americana e região, no interior paulista, em prol da modernização da indústria têxtil e de confecções vão de vento em popa. Em janeiro, Gregório Bouer, Fernando Berssaneti e Felipe Bussinger, responsáveis por projetos da Fundação Vanzolini, instituição de ensino ligada à Universidade de São Paulo, estiveram no polo para iniciar os trabalhos referentes ao Programa de Capacitação em Ferramentas de Qualidade e Inovação. Na ocasião, os consultores realizaram a primeira entrevista piloto com os proprietários de empresas de tecelagem, confecção e acabamento. O Programa auxilia as empresas têxteis da região a se desenvolverem nas áreas de Inovação e Qualidade, mediante cursos de mais de 700 horas de duração, o que possibilitará a elas ampliar a competitividade e aumen-
tar a capacidade de perceber e responder, com agilidade, às demandas do mercado com ofertas inovadoras e diferenciadas de produtos. Para realizar esse trabalho junto ao Polo TecTex, foi contratada a Fundação Vanzolini, da Universidade de São Paulo, qualificada para projetar soluções para as mais diferentes necessidades do mundo dos negócios, que presta também Consultoria e Cursos In Company. O Polo TecTex foi criado em 2002 com o objetivo de reunir e representar toda a cadeia produtiva do setor têxtil e de confecção da região. Conta atualmente com 210 associados. Seu foco principal é investir no desenvolvimento e aprimoramento do setor, através de várias atividades, muitas delas em parceria com entidades afins. Entre algumas destas atividades se destacam: workshops, palestras, apoio a eventos exclusivos, fórum de debates e congressos, entre outros.#
Atividades a serem desenvolvidas Etapa 1 - Análise da situação atual das empresas selecionadas. Etapa 2 - Apresentação dos resultados da pesquisa empresarial em um workshop. Etapa 3 - Capacitação das empresas nas ferramentas de inovação e qualidade. Etapa 4 - Controle e monitoramento das atividades. As empresas interessadas em participar do Programa devem entrar em contato com Cíntia pelo telefone (19) 3408-8700 ou pelo e-mail: csilva@polotectex.com.br
Prestação de serviços com dedicação
Incubadoras de costura Uma das parcerias do Polo TecTex com as prefeituras dos municípios, Fatec, Senai, Sesi, Ciesp, Fiesp, Banco do Brasil e Governo do Estado de São Paulo é o de incubadoras de costura. O projeto se originou da percepção da existência de um gargalo na cadeia produtiva do setor no processo de costura e customização das peças. As confecções de pequeno e médio porte precisam terceirizar sua produção e a falta de sistema formal e qualificado de prestação desses serviços as tem levado a contratar empresas informais, com baixa qualificação na sua mão de obra. “Isso tem gerado problemas de passivo trabalhista, prazos de entrega ruins, altos custos de produção e de treinamento da mão de obra, além da baixa produtividade”, diz Sandra Elisabeth, gestora do Arranjo Produtivo Local da região. Já são seis incubadoras em funcionamento: uma em Americana, em Hortolândia, em Nova Odessa, em Sumaré e duas em Santa Bárbara D’Oeste. Todas são projeto independente de cada município, mas integradas pelo Polo Têxtil e assistidas pelas entidades parceiras.
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mão de obra
Prontas para o
trabalho
Capacitadas e com infraestrutura disponível, costureiras da Vila São José, em Belo Horizonte, estão à procura de clientes
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ãos para o trabalho não faltam. Máquinas de costura, também não. Mas os clientes teimam em não aparecer. Dia após dia, costureiras da Vila São José, em Belo Horizonte, buscam trabalhos para fazer funcionar a associação que montaram com o auxílio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e de diversos outros parceiros. Todas fazem parte de famílias reassentadas pelo Programa Vila Viva e receberam apoio para se capacitarem. Em 2009, elas fizeram curso profissional de costura oferecido pelo Serviço Nacional da Indústria (Senai), no qual aprenderam todas as atividades relacionadas a uma confecção, além de orientações sobre gestão do negócio e financeira. “O tempo que se leva para formar uma costureira vai de oito meses a um ano. Todas aqui já têm mais tempo que isso”, conta Beth Filizzola, da ONG Moradia e Cidadania, que presta assessoria técnica de mercado para a associação. As profissionais já confeccionaram uniformes e coletes profissionais, enxovais hospitalares (lençóis, fronhas e camisolas), bandeiras e camisas de times de futebol, sacolas ecológicas e calças de ginástica. Entre os clien-
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tes atendidos estão a Santa Casa de Belo Horizonte, a Prefeitura Municipal e a Santa Bárbara Engenharia. Por conta dessa experiência, a Fábrica Social, como o projeto é chamado, está apta a prestar serviços especialmente de costura em tecido plano, como uniformes para a construção civil. A Fábrica Social tem 20 máquinas, entre costura reta e overloque, e pode empregar até 25 pessoas. A capacidade de produção é de mais de 1,7 mil peças por mês. A sede, alugada, recebeu novo projeto arquitetônico e elétrico, elaborados e executados pela Santa Bárbara Engenharia, empresa responsável pelas obras do Vila Viva na região e que também já fez encomendas de uniformes. Com estrutura apropriada e bons profissionais, o próximo passo é se mostrar para o mercado, que está aquecido, segundo Arthur Melo, diretor de Relações Trabalhistas do Sindicato das Indústrias do Vestuário do Estado (Sindvest). “Os faccionistas, que é como chamamos essas confecções, precisam oferecer um trabalho de qualidade e ter o maquinário adequado para prestar o serviço”, ressalta.# Para contratar os serviços da Fábrica Social – Unidade Produtiva de Confecção e Silk da Vila São José – basta entrar em contato: Rua Padre Tiago Lieye, 150 A Bairro Frei Eustáquio Telefone: (31) 3564-0713 e-mail:fabricasocialsaojose@gmail.com
dica do especialista modelagem
O modelista hoje Diante de um mercado dinâmico, não basta dominar a técnica e a tecnologia. O profissional de modelagem precisa também atualizar seu conhecimento
É comum encontrar modelistas que acreditam que a competência adquirida há dez ou 15 anos seja suficiente para exercer seu trabalho hoje. Mesmo indústrias que atendem um público muito específico e tradicional, dez anos é muito tempo. As medidas humanas variam a cada seis ou oito anos. As diferenças não são grandes, mas podem tornar uma peça antiga ou moderna, uma construção elegante ou desajeitada. Quando a modelagem informatizada se popularizou, as confecções acreditavam estar incorporando qualidade de construção e agilidade no processo. Muitos se especializaram nos mais diferentes programas de CAD, deixando de lado a pesquisa e o desenvolvimento de técnicas de construção para uso industrial. A modelagem informatizada agilizou o processo, mas não substituiu o conhecimento necessário para a criação de moldes. O profissional ficou cada vez mais restrito ao seu espaço, à sala de modelagem e aos recursos que os programas proporcionam, deixando de manipular o tecido e o molde. Um recurso muito utilizado na modelagem é a pence, usada por muitos como elemento de ajuste, mas que pode ser vista como criadora de volume. O ápice da pence é o ponto de maior volume.
Adilson Jenck é formado em Estilismo pelo SENAI-CIETEP, docente e consultor do SENAI CTM Bureau de Moda em Modelagem e Desenvolvimento de Coleção, de Maringá
Mantendo-se o ápice, a pence pode ser girada sem comprometer o volume, abrindo várias possibilidades de efeitos em qualquer parte do vestuário. O ponto onde a pence será posicionada pode variar, conforme o público-alvo. Não é algo padrão, fixo, com medidas pré-definidas. Veja o exemplo a seguir. Três pessoas do sexo feminino, com peso de 55 kg e altura de 1,65 m, com 15, 25 e 60 anos de idade. Apesar da mesma altura e peso, a massa delas é distribuída de forma diferente, fazendo com que tenham medidas diferentes. Assim, o ápice das pences também mudará . Este tipo de estudo e compreensão só é possível quando as técnicas são aplicadas manualmente. Parece um retorno às origens, mas é o que o mercado sinaliza. O profissional que não fica restrito a sua sala de modelagem, que busca novos conhecimentos e acompanha a evolução e complexidade do mercado da Moda, já percebeu o que precisa desenvolver melhor para atender às expectativas da indústria. Saber o que grandes Marcas estão propondo a cada estação, os novos materiais e o comportamento de consumo estimula a percepção do profissional e o prepara para o novo. As indústrias buscam hoje modelistas que procuram ampliar seus horizontes.#
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produção
Confecções da região serrana de Nova Friburgo superam os efeitos da tragédia e voltam a produzir
A caminho
POR Camila Guesa
da recuperação FOTOS: ADRIANO JOSÉ
E
mpresários de confecção da região serrana fluminense de Nova Friburgo, considerada o maior polo de moda íntima do País, estão determinados a esquecer as tragédias causadas pelo excesso de chuvas, enchentes e deslizamentos de janeiro deste ano, que mataram mais de 900 pessoas e destruíram centenas de casas e unidades fabris. Graças à solidariedade e ao apoio dos governos municipal, estadual e federal, o cenário de tristeza está sendo deixado para trás, dando lugar a muito trabalho e superação.
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E trabalho é o que não falta para reerguer as comunidades mais atingidas, que tiveram todo o seu centro industrial afetado. Para os empresários, é mais do que necessário reavivar as esperanças e reocupar os cerca de 20 mil funcionários contratados direta ou indiretamente pelas mais de duas mil empresas têxteis e de confecção da região, 99% delas de micro e pequeno porte. Compõem o polo de confecções da região os municípios de Nova Friburgo, Cordeiro, Cantagalo, Bom Jardim, Duas Barras, Macuco e Sumidouro.
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Juntos, eles respondem por 25% da produção industrial de moda íntima de todo o mercado brasileiro e comercializam, aproximadamente, 1,14 milhão de peças por ano. A lingerie do dia a dia é o carro-chefe (70%), seguida pela sensual, com 14,42%.
Recuperação Apesar de 2011 não ter começado muito bem, as expectativas de vendas no ano são otimistas. O Sindicato das Indústrias do Vestuário de Nova Friburgo (Sindvest – NF) espera, no mínimo, que o crescimento da pro-
Nova Friburgo e região respondem por 25% da produção de moda íntima nacional
dução física industrial se iguale ao de 2010, que foi de 14%. “Vamos dar a volta por cima”, diz o presidente da entidade, Paulo Chelles. “Faremos o possível para recuperar, reconstruir e renovar a indústria e o turismo local.”
No papel A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e o Cirj, Sesi, Senai e IEL têm auxiliado na recuperação da infraestrutura urbana e rodoviária, providenciado alojamento provisório aos desabrigados e ajustado adiamento dos tributos estaduais e federais, para alívio momentâneo do fluxo financeiro das empresas, além de negociar linhas de crédito simplificadas para capital de giro. “A intenção, com isso, é permitir a retomada da produção industrial e garantir empregos e renda, com influência no comércio e serviços”, diz.
Em seguida, entram em cena um plano de recuperação de imagem com divulgação em mídia nacional, incentivos de compras públicas para as indústrias dos municípios afetados, tudo isso aliado a um programa tributário mais flexível. Os esforços para formação profissional local continuarão intensos, bem como os do plano de desenvolvimento da atividade turística.
Ajuda bem-vinda Paulo Chelles reconhece que o apoio das três esferas governamentais tem sido essencial para recuperar as indústrias da região, entre elas as do setor têxtil e de confecção. Segundo ele, a presidente Dilma Rousseff esteve em Nova Friburgo e ao se depa-
rar com os efeitos da tragédia tomou medidas imediatas junto ao BNDES para socorrer a região. O vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, tem sido figura bastante presente e pessoalmente tem dirigido as reuniões junto a todos os órgãos e, com muito carinho, atendido a população. “Moro e trabalho em Nova Friburgo há 25 anos e nunca vi tanta gente querendo ajudar. Podemos dizer que onde a enchente foi grande, a solidariedade foi maior”, completa o presidente do sindicato friburguense.
Trabalho redobrado Uma semana após a tragédia, a confecção friburguense Roupa de Baixo, de moda íntima para mulheres e meninas, já voltou a funcionar. “Retomamos as atividades, de início, com apenas 60% da mão de obra, numa carga horária mais curta, de quatro horas diárias devido às difi-
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produção culdades de locomoção dos funcionários e também ao fator psicológico, pois todos perderam pelo menos um conhecido”, conta o diretor da empresa, Gilson Lima. “Hoje, todo nosso pessoal está de volta à ativa e trabalhando muito para recuperarmos o que foi perdido”, diz. O prédio em que está instalada a fábrica da Roupa de Baixo foi bem afetado, mas a empresa, felizmente, não sofreu nenhuma baixa. O primeiro andar, onde ficavam os estoques de matéria-prima, de produtos em produção e os prontos, além de cerca de 20 máquinas, foi todo invadido pela água e pela lama. Com isso, o maquinário teve de passar por manutenção, mas já voltou a funcionar. “O resto foi perdido, junto com dados e estampas personalizadas dos clientes que estavam nos sistemas dos computadores”, lamenta Lima. Ele afirma que os fornecedores e clientes foram grandes parceiros nesse momento. Além de prorrogarem os prazos de entrega e de pagamento, aliviaram multas de contrato e enviaram roupas e outros itens para os colaboradores da empresa. “Sem essa ajuda, teria sido bem mais difícil”, diz o empresário. “Agora, os planos são trabalhar, trabalhar e trabalhar.”
Motivos para comemorar “No momento, é importante para as indústrias da região que os contratos sejam mantidos e cumpridos, para que possamos nos restabelecer e continuar crescendo”, enfatiza Giselle de Araújo Vieira, diretora comercial da Fermoplast, uma dentre as tantas atingidas pelas tragédias de janeiro e que já retomou suas atividades. A empresa produz acessórios para lingerie, moda praia e moda em geral e oferece linhas completas de reguladores, fechos,
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Depois das tragédias, cidades atingidas retomam o ritmo e buscam recuperar os prejuízos
ganchos, botões, barbatanas, entre outros itens fabricados em material plástico e metais. Giselle diz que a empresa foi gravemente atingida, mas os prejuízos se resumiram a perdas materiais. A Fermoplast perdeu grande parte da matéria-prima e do maquinário, porém seu estoque de produtos prontos, que era bem volumoso, quase não foi afetado. “Isso permitiu que continuássemos atendendo aos pedidos dentro do prazo até termos condições de restabelecer parte da produção em outros galpões cedidos por empresas parceiras da cidade”, explica. E os planos de comemorar em 2011 os 30 anos de fundação da empresa continuam em pé. Um concurso cultural já premiou com uma moto zero-quilômetro o escolhido como estilista popular da campanha dos fechos magnéticos. “Vamos celebrar os 30 anos com ainda mais garra, pois todos os nossos colaboradores estão dando um verdadeiro show de empenho, compromisso e organização”, orgulha-se Giselle.#
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Apoio governamental Para dar suporte aos empresários atingidos de Nova Friburgo e região, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) encaminhou à rede bancária credenciada uma circular sobre condições de acesso ao Programa BNDES Emergencial de Reconstrução do Rio De Janeiro (BNDES Per RJ), que destinará R$ 400 milhões aos municípios fluminenses atingidos. Para essas linhas de crédito, a taxa de juros será de 5,5% ao ano, com dois anos de carência e 20 anos para quitar. Junto a isso, o limite dos financiamentos a serem concedidos também foi ampliado de R$ 1 milhão para R$ 2 milhões, que valem tanto para financiamento de capital de giro, como para investimento em ativos fixos. O prazo total das operações é de 120 meses, com prazo de carência de 3 a 24 meses. A participação do BNDES pode chegar a até 100% dos itens financiáveis.
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Incentivo local Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo, trabalha para reerguer seu polo de confecções POR Camila Guesa
FOTOS: DIVULGAÇÃO/PMCI
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ma parceria entre a Prefeitura de Cachoeiro do Itapemirim, o Sebrae, o Senai e empresários da confecção resultará em ações para que a cidade volte a ser um dos maiores polos confeccionistas do Espírito Santo. “Hoje, a economia local gira muito em torno de lojas ornamentais e com essas ações pretendemos mudar esta realidade”, afirmou o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Ricardo Coelho de Lima. Com pouco menos de 190 mil habitantes, a cidade capixaba concentra hoje cerca de 70 empresas do ramo, entre confecções e facções, sendo 95% micro e pequenas indústrias, segundo dados do Sindicato da Indústria de Confecções do Sul do Espírito Santo (Sincosul). Lima explica que Cachoeiro já foi um importante polo confeccionista no estado, porém acabou perdendo espaço para Vila Velha, Colatina e outras cidades. “Para 2011,
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planejamos ações de capacitação de mão de obra, acesso a financiamento para investimentos em maquinário e apoio à comercialização, entre outras”, enumera o secretário municipal.
Núcleo setorial Elaboradas em 2009 pela gestão municipal da época, as propostas de reestruturação do setor começaram a ser efetivadas no ano passado pelo Sebrae, com a criação de um núcleo setorial com cerca de 30 empresas, entre confecções e facções. Em dezembro de 2010, o grupo se reuniu com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Semdec) e apresentou reivindicações para superar os entraves ao crescimento do segmento. O Sebrae trabalha com metas e planos de ação e a intenção é trabalhar e concluir este projeto em dois anos.
“As atuações do grupo começaram a acontecer de fato no fim do ano passado e desde então já conseguimos agilizar alguns cursos, ações conjuntas e participações em feiras. A ideia é fazer com que os empresários do grupo trabalhem de forma coletiva para impulsionar o setor local. É uma troca de experiências com visão no futuro”, diz o secretário.
Capacitação Aos empresários participantes do projeto, e posteriormente às demais confecções, o Senai Cetiqt disponibilizará cursos de capacitação em modelagem, costura e corte, curso específico de modelagem e moulage, mecânica para máquinas de costura, Corel Draw, Moda para criação de estampas, logomarca, patchworks e desenho de peças e artes, entre outros. Em parceria com as demais entidades, o projeto inclui também participações em feiras como Equipotel (SP), Encontro da Moda Feminina (SP), Fashion Rio (RJ), Vitória Moda Show (ES), Feira Serigrafia (SP); Senac Moda Informação (SP) e Fenatec (SP).
Ricardo Coelho: reestruturação do setor
De olho no social Unindo a necessidade de capacitação de mão de obra à responsabilidade social, a Prefeitura, os sindicatos patronais e entidades envolvidas na parceira buscaram no presídio feminino local alternativa para o déficit de trabalhadores. A proposta é qualificar as 148 detentas e montar uma estrutura interna para que elas possam trabalhar para as confecções. “O primeiro contato já foi feito. Estamos apenas acertando os detalhes quanto à estrutura e ao abono da pena das reclusas para iniciarmos os trabalhos”, finaliza Lima.#
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Vender ou Lucrar?
Nem sempre vender muito e faturar bem significa que a empresa está tendo lucro. Isso tem de ser calculado na ponta do lápis POR camila guesa
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ngana-se quem pensa que, quanto mais se vende, mais se lucra. O que realmente determina se o negócio é ou não uma boa oportunidade é a quantidade de lucro. Mas também não serve qualquer lucro. O que deve ser buscado é o montante que compense a empreitada, isto é, que supere em ganhos o retorno que poderia ser obtido em outros negócios e investimentos. E lucrar não é apenas vender bem a um preço alto. Segundo o consultor financeiro do Sebrae-SP, Ari Rosolem, não basta apenas o faturamento ser grande; o que importa realmente é que, após tudo ter sido somado (gastos e ganhos), as despesas sejam menores que o valor ganho por unidade. “O preço precisa ser bom e ter uma margem boa para valer a produção”, diz Rosolem. Organização, investimento, funcionários competentes e, acima de tudo, planejamento, é o que uma confecção precisa para ter uma vida longa e saudável, pois nem tudo são flores no mundo dos negócios. Todos esses fatores juntos certamente reservam um futuro promissor à companhia e um lucro capaz de manter a saúde do negócio. “O lucro é o capital de giro no qual toda empresa deve se basear para crescer e se sustentar no mercado competitivo”, completa o consultor do Sebrae-SP.
Na ponta do lápis
Entre as alternativas para organizar as finanças e alcançar um valor de venda por peça que compense o investimento na coleção, Rosolem recomenda, principalmente aos pequenos empresários, montar um Demonstrativo de Resultados do Exercício - DRE (vide
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quadro), que deve conter o faturamento, os custos, as despesas fixas e variáveis, além dos gastos financeiros. Vale lembrar que os cheques futuros e créditos de cartões, se existirem, compõem o faturamento e não o fluxo de caixa, a não ser que sejam recebidos no mesmo mês. A partir disso, é possível saber qual o valor (preço) ideal por unidade, lembrando sempre da importância de se deixar uma margem para negociação com o cliente e que não afete os ganhos totais. “O demonstrativo não serve apenas para definir preço de vendas, mas também para montar um gráfico de metas, analisar as coleções com base nas vendas passadas, investimentos em maquinário e estrutura física, entre outras decisões do empresário”, afirma.
Competividade
negócio está indo bem. Dentre eles, ter capital para viajar para outros Estados e planejar a coleção; estar capitalizado ao ponto de não precisar mais passar cheques pré-datados a fornecedores, e ser suficientemente saudável financeiramente para negociar taxas menores de juros com os bancos, entre outros pontos. #
Demonstrativo de resultados
Faturamento da empresa - quanto vende (fatura) e entrega mensalmente Custos e despesas fixas - não geradas pelas vendas e nem decorrentes dela (salários, pró-labore, depreciação dos equipamentos, materiais, internet), pagas mensalmente Despesas variáveis – variam em função do faturamento (impostos, matéria-prima consumida, embalagens, comissões sobre vendas, frete, entre outras) Despesas financeiras – provenientes das negociações e operações bancárias (juros e taxas de cartão, cheque especial, duplicata, entre outras) Lucro
O ponto de equilíbrio (ou ponto de ruptura, ou de break-even) a ser perseguido pelas empresas é obtido por meio de uma metodologia de cálculo que indica qual o volume de faturamento deve ser atingido com o propósito de cobrir todos os custos operacionais, ou seja, a determinação de um montante de vendas que deverá ser alcançado pelo empreendimento. Nesse aspecto, o consultor sênior do Instituto MVC, J. W. Camurça, ressalta uma questão estratégica a ser levada em conta: “Eventualmente, precisamos lançar produtos abaixo do ponto de equilíbrio para podermos bater concorrentes. Mas esse prejuízo temporário deve ser levado em conta na estratégia. E, após o Utilizando o DRE aumento da venda e redução do A função do Demonstrativo de Resultados do Exercício é a de custo de fabricação unitária, a informar se a empresa está obtendo lucro ou não nas operações margem seria novamente atingipertinentes a um determinado período, geralmente de um mês. da”, diz o especialista. Os valores que compõem o DRE devem corresponder ao “Mas, para isso, é importante ter mês que está sendo analisado, portanto, não necessariamente, consciência do tempo e do capital se houve a efetivação dos pagamentos dos custos e dos recebimentos para lançar produtos nessas condas vendas naquele determinado mês. dições, dento de um planejamento O DRE possibilita diversas análises, como a do Lucro Líquido ou de lançamento”, lembra. Prejuízo. Se a empresa estiver com valor negativo, isso pode significar: Nessa empreitada, Camurça • Faturamento abaixo do ponto de equilíbrio – faturamento destaca a importância dos pronecessário para pagar os custos e despesas. dutos carros-chefes, que dão su• Custos Fixos elevados em relação ao faturamento. porte ao negócio e segurança para • Formação dos preços de venda com margens muito baixas de o empresário poder se arriscar em lucro ou até mesmo zeradas ou negativas – possivelmente os outros lançamentos. preços estão sendo calculados sem a inserção dos custos fixos. Com tudo planejado, desenvol• Despesas financeiras muito elevadas, devido, provavelmente, vido e controlado, é possível obao desconto de cheques ou duplicatas. servar os sinais que indicam se o Fonte: Sebrae O Confeccionista/suDESTE fev/mar 2011
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Estímulo
ao desenvolvimento A mineira Divinópolis se prepara para ser reconhecida como lançadora de moda
Sinvesd e Sebrae MG levam confeccionistas ao Senai/Cetiqt
FOTOS: PATRÍCIA RODRIGUES/PMD
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ara 2011, os confeccionistas de Divinópolis/MG contarão com uma parceria de peso na criação e no desenvolvimento de suas coleções. Isso porque representantes do Sindicato das Indústrias do Vestuário local (Sinvesd) e do Sebrae/MG visitaram, recentemente, um dos maiores complexos tecnológicos de confecção, o Senai Cetiqt, no Rio de Janeiro, e firmaram parceria para capacitação de mão de obra e cursos de gestão e desenvolvimento dos empresários. Na ocasião, segundo o presidente do Sinvesd, Antônio Araújo Rodrigues, foi possível conhecer a instituição e os serviços oferecidos, e planejar ações futuras conjuntas para o desenvolvimento do Arranjo Produtivo Local (APL) de confecção. Com foco na
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Valorização interna fabricação de moda feminina, atualmente a cidade mineira abriga cerca de 1,1 mil confecções, sendo 98% micro e pequenas empresas, que geram em torno de 20 mil empregos. “Apresentamos as principais necessidades das confecções locais e buscamos identificar, dentro da instituição, opções de cursos, consultorias, palestras e outras programações que as atendam”, afirmou Rodrigues. “Carecemos, por exemplo, de cursos de desenvolvimento de produtos, capacitação para empresários e meios para os confeccionistas prepararem suas coleções em tempo hábil, conforme as exigências do mercado. São opções que o Senai já oferece, mas que temos de adequar à nossa realidade”, completa.
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Diversas serão as opções para os confeccionistas que, para participar, terão incentivos do Sinvesd e do Sebrae por meio de apoio financeiro. O Sebrae subsidia 70% do valor e o empresário arca com os 30% restantes. Além disso, os interessados terão consultores das instituições sempre que precisarem. Para o analista técnico do SebraeMG Divinópolis, Leonardo Mol, a proposta é ter em Divinópolis ações que trabalhem com tendências de mercado e novas tecnologias de desenvolvimento, que agreguem valor e promovam a cidade como produtor de moda. “Queremos ser reconhecidos como lançadores de moda no País, com produtos de extrema qualidade, oferecendo o bom, bonito e barato,” diz Rodrigues, do Sinvesd.#
dica do especialista gestão
Empreendedor ou aventureiro? O empreendedor acredita em suas ideias, aplica sua identidade na empresa e se diferencia por acreditar que suas ações podem produzir algo bom para outras pessoas
Seu Jorge é dono de uma indústria no interior de São Paulo e, como milhares de empresários, preocupava-se em chegar “vivo” ao próximo mês. Ele não entendia por que diariamente descontava duplicatas e antecipava cheques para pagar contas, apesar de as vendas crescerem continuamente. Sensibilizado, um amigo me chamou para ajudar. De imediato fiz três perguntas. A primeira: “Seu Jorge, qual é o seu sonho? ”Como ele não conseguia responder (afinal, eu estava ali para “resolver” o problema de fluxo de caixa), esclareci: “Sei que a pergunta parece fora de contexto, mas a resposta pode ajudá-lo a encontrar a solução do seu problema.” Questionei isso por um motivo: Sonho é mais que um mero pensamento. É o que nos motiva a desenvolver ações para realizar algo. A sociedade não nos ensina a buscar oportunidades, inibe as pessoas, pois ficam com medo de inovar, assumir riscos e serem criativas. Perguntei em seguida: “O que você mais gosta de fazer na sua empresa? ”Ele disse: “Conversar com clientes e vender, mas gasto todo o tempo tentando fabricar dinheiro para pagar contas.” “Seu Jorge, qual é o seu negócio?” A resposta foi: “Vender produtos de limpeza”. Respondi que,
Francisco Barbosa Neto é sócio-diretor da Projeto DSD Consultores. Presta consultoria e ministra cursos e palestras para os que buscam conhecimento em Gestão Empresarial
na verdade, aquele era o ramo de atividade. “As empresas costumam dedicar tão pouco tempo a essa questão que talvez esta seja a mais importante causa do fracasso dos negócios”, já dizia Peter Drucker, o pai da administração moderna. O principal objetivo de uma empresa é escutar e servir as pessoas, para buscar soluções para suas necessidades, anseios ou desejos. É preciso descobrir se ela proporciona aos clientes algo que justifique o que pagam pelo produto/serviço. No fundo, empreendedor não é aquele que cria um negócio para ganhar dinheiro. Ele confia em suas ideias, aplica sua identidade na empresa e se diferencia por acreditar que suas ações podem produzir algo bom para outrem. Como não aprendemos empreendedorismo na escola, ficamos sujeitos à antiga forma de aprender: por tentativa e erro. A partir disso, seu Jorge começou a agir com atitude e determinação, assumindo a responsabilidade pelas decisões e focando as oportunidades de vendas, em vez de fabricar dinheiro. O que ele percebeu, e que muitos empresários nem sempre compreendem, é que a raiz da questão é que não somos limitados pelo mercado, mas sim pela falta de imaginação. #
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Mundo Têxtil /Jeans
Velhos, puídos e desbotados ‘Bread And Butter’ confirma: vintage continua sendo o destaque das marcas internacionais de jeanswear por Grupo GB/CanAÃ
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FOTOS: DIVULGAÇÃO
maior feira mundial de jeanswear continua em crescimento absoluto. Acontece duas vezes ao ano em Berlim, no histórico aeroporto de Tempelhof, apelidado de Avião da Moda. Tempelhof é impressionante, e, ousamos dizer, belo edifício. Ele é majestoso. Durante os dias 19, 20 e 21 de janeiro foi o templo da moda e de seus seguidores. Do alto do terraço, a vista do salão principal era incrível, a multidão que se amontoava nos portões de entrada parecia atraída por um ímã gigante. Antigas esteiras de bagagem foram realçadas e em vez de bagagens carregaram catálogos e sacolas de presentes BBB. O fundador da feira, Karl-Heinz Muller, e o prefeito de Berlim, Klaus Wowereit, examinavam a cena como se fosse o seu reino. Para se inteirar das últimas novidades e tendências, o Grupo GB Canaã reuniu um time de pesquisa composto por 16 profissionais, entre eles sete clientes de grandes marcas brasileiras (Byzance, Zune, R.I.19, Pitbull, Union Bay, Edwin) e nove da própria GB Canaã. Leia o que a GB Canaã apurou durante a BBB:
Vintage Ecológico A maioria das marcas presentes à BBB apostou em duas versões para o jeans: Mega Vintage – Peças surradas, desgastadas pelo emprego de lixas e de corrosões, ozonizadas, puídas, sobretingidas, tudo o que dá ao jeans novo um aspecto de usado, com 10, 15, 20 anos. Vintage Ecológico – O jeans vem com desgastes de lixas e de corrosões, recebe puídos menores e bigodes a laser e/ou 3D, mas o fundo permanece escuro, intacto. Faz-se apenas uma limpeza com ozônio. A utilização de
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Multidão percorre o hall de Tempelhof
produtos químicos é muito pequena neste processo; por isso, os formadores de opinião do evento o batizaram de Víntage Ecológico.
Diesel: apostou no mega vintage, puindo, derrubando, envelhecendo; abusou do uso do ozônio e do processo trapo, além de lançar seu jeans neon, aquele que brilha no escuro. O neon é impressionante, ele absorve luz durante o dia e a armazena como se fosse bateria. Quando o jeans é colocado sem luz, no escuro, ele acende gerando luminosidade na peça e no local. Fantástico! Salsa: a marca portuguesa - uma das líderes de mercado jeanswear na Europa - apresentou mais uma vez muita sofisticação em seus processos de lavanderia, utilizando o Vintage como carro-chefe de sua coleção. Pontos de luzes evidentes realçam a silhueta feminina, tanques (bigodes) arredondados, corrosões evidentes, luzes sobre pinos e processo trapo são os grandes diferenciais da coleção.
Tempelhof: avião da moda O pavilhão do aeroporto Tempelhof, com 750m de comprimento por 80m de largura, foi subdividido em sete seções distintas: Sport Street: uma combinação de paixão e amor pela busca da cultura street Street Fashion: reunindo um mix de marcas independentes, líderes de mercado, esse setor compartilha a sensação óbvia para a cultura pop, através de design gráfico e streetwear. Style Society: as marcas deste segmento jamais seguem moda ditada pelo mercado. Muito pelo contrário. Estão sempre à frente do seu tempo, são os chamados lançadores de moda. Denim Base: considerado o coração da Bread and Butter, a área onde se localiza o maior número de
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Destaques de lavanderia
Jeans de marcas famosas sem exposição
marcas participantes do evento fica na entrada e bem no meio do salão. É o setor mais visitado e onde o coração realmente bate mais forte. Urban Superior Feminino: qualidade unida aos detalhes discretos de luxo, são as principais características dos recursos de estilo dessa área. Urban Superior Masculino: área destinada ao homem moderno que preza a elegância discreta; constituída de peças que se adaptam ao seu cotidiano. L.O.C.K.: “Labels of Common Kin” (marcas de parentesco em comum). Esta área é admirada pelos visitantes pela história agregada pelas marcas presentes, consideradas clássicas, com forte herança e valores, baseadas em Denim Premium: AG Adriano Goldschmied, Denham, Edwin, Levi’s, Vintage Clothing.
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Mundo Têxtil /Jeans
A Levis® acaba de lançar a coleção Water<LessTM, com jeans feitos para ajudar o planeta a reduzir o consumo de água. Enquanto o jeans padrão utiliza cerca de 42 litros de água no processo de acabamento, a redução de água na nova coleção chega a 96% em alguns produtos. Das linhas de produtos do Outono/Inverno 2011 da marca, mais de 1,5 milhão de jeans serão fruto dessa proposta, que deverá resultar na economia de aproximadamente 16 milhões de litros de água. São mais de 12 modelos de jeans clássicos Levi’s®, incluindo o jeans Levi’s® 501® e os jeans 511 e 514, assim como a trucker jacket. A linha também incluirá jeans feitos com o acabamento rígido tradicional da marca que, por natureza, quase não utilizam água em sua produção. A redução do consumo de água no processo de acabamento resulta de iniciativas simples aplicadas pela Levi’s®, como a diminuição do número de ciclos da máquina lavadora, incorporação do processamento com ozônio na lavagem de roupas e remoção da água da estonagem, entre outros. “Ainda estamos usando os mesmos materiais e técnicas para criar os acabamentos de nossos jeans, porém, reduzimos substancialmente o papel da água nesta equação”, resume Carl Chiara, diretor de Conceitos da Marca e Projetos Especiais da Levi’s®.
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Jeans que brilha no escuro
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A maior semana de moda da América Latina apresentou, em primeira mão, o Luminato Denim. O jeans que brilha no escuro estreou na passarela do inverno 2011 da Ellus, durante a São Paulo Fashion Week. O inovador tecido é a mais nova criação exclusiva do BEM – Bi Elastic Movement, marca de tecidos bielastizados do Grupo Santana Textiles. Para que a luminosidade seja revelada, é necessário que as peças entrem em contato direto com uma fonte de luz solar ou artificial (lâmpadas de luz branca, amarela e negra), capaz de “carregar” suas fibras com propriedades de efeito fotoluminescente, e assim, como em uma bateria, passam a emanar brilho próprio, desde que em ambiente escuro. O Confeccionista/suDESTE fev/mar 2011
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Menos gasto de água
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Tá na Moda
A nova loja do Armarinhos 25 possui produtos diferenciados, capazes de tornar sua peça única. Tudo que sua coleção precisa para se destacar está aqui, com a qualidade e atendimento que você conhece há 35 anos. Showroom Conheça os lançamentos das marcas
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