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O CONFECCIONISTA JUL/AGO 2015


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CARTA AO LEITOR

A hora é de fazer bons negócios A crise de confiança é tão grande, que percebo que muitas empresas têm dinheiro para investir, mas preferem esperar para “ver como vai ficar”. Com o dólar nas alturas, o cenário se torna favorável para as confecções nacionais, que têm seu poder de competição aumentado frente aos importados; porém, o maquinário importado também fica muito mais caro. No entanto, este é um dos melhores momentos para modernizar o parque industrial com equipamentos que aumentam a competitividade e a qualidade do produto final, pois muitas empresas fornecedoras estão com estoques altos e querendo fazer caixa, o que facilita uma ótima negociação. Acredito que, embora o momento seja ainda muito difícil, já chegamos ao fundo do poço, e daqui para frente pior não vai ficar. Prova disso foi a grata surpresa dos resultados da Maquintex, que aconteceu em agosto, em Fortaleza, o que deixou muita gente sem saber em que estágio da crise estamos. Como já escrevi há muito tempo, a crise serve para peneirar o mercado e isso vem acontecendo. Só aqueles que estão usando a criatividade, aproveitando as oportunidades e buscando as saídas criativas e competência poderão, num futuro próximo, contar a história desse desastre promovido pelo governo. Pensamento positivo e mantenha o alto astral meu amigo. Afinal, você é um vencedor! Tenha uma boa leitura e faça grandes negócios

Júlio César Mello

Diretor-executivo Revista O Confeccionista juliocesar@oconfeccionista.com.br

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Sabendo que o investimento em qualidade já não é mais uma

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EDITORIAL

Vamos trabalhar Para não aguenta mais ouvir falar em crise, lá vai mais um conselho: encare tudo isso como mais um desafio a ser superado. Use da criatividade e busque soluções inovadoras. Quem atua com processos bem desenhados e suporte tecnológico adequado leva vantagem por conseguir ser mais eficiente e oferecer produtos e serviços de melhor qualidade com menores custos. Leia em “Como escapar da crise” as sugestões de quatro consultores de peso para sua empresa não se desestruturar diante do atual cenário. Em todos os momentos, mas sobretudo nos de instabilidade econômica, é sempre bom contar com fornecedores parceiros. Nesta edição, dois deles contam um pouco de sua história: Armarinhos 25 e Segen – Moda01. Com crise ou sem crise, a vida continua e a roda da fortuna continua girando. As coleções Verão 2015/16 já começam a ser vendidas e estão muito alegres e coloridas. As plus size também estão bem ousadas, elegantes e confortáveis. Confira o que rolou nos eventos Mega Fashion Week e Fashion Weekend Plus Size. E as lingeries estão com tudo, utilizando cada vez mais materiais tecnológicos que proporcionam conforto e não poluem o ambiente – e capricham na sensualidade. Quem apostou na diferenciação se deu bem. Veja na reportagem Leveza e Sensualidade

Linha Direta REDAÇÃO O CONFECCIONISTA editora@oconfeccionista.com.br (11) 2769.0399

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confeccionista Diretor-Geral - Júlio César Mello juliocesar@oconfeccionista.com.br Diretora de Relações com o Mercado Bernadete Pelosini bernadete@oconfeccionista.com.br Editora - Vera Campos (MTb 12.003) editora@oconfeccionista.com.br Editora de Arte - Marisa Ana Corazza marisacorazza@gmail.com Colaboraram nesta edição: Dario de Limas e Celso Bazzola (Dica do Especialista).

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Boa leitura!

Vera Campos

Editora editora@oconfeccionista.com.br

Internet - Mulisha rafael@mulisha.com.br Financeiro - Mauro Gonçalves financeiro@oconfeccionista.com.br Publicidade comercial@oconfeccionista.com.br Impressão - Gráfica Ideal Tiragem - 14.000 exemplares. Distribuição Nacional O Confeccionista é uma publicação bimestral da Impressão Editora e Publicidade Ltda., distribuída aos

empresários da indústria de confecção. É vedada a reprodução total ou em parte das matérias desta revista sem a autorização prévia da editora. Todas opiniões e comentários dos articulistas e anunciantes são de responsabilidade dos mesmos. Impressão editora e publicidade Rua Alcides de Almeida, 184, Centro, S.Bernardo do Campo,SP. CEP: 09715-265 - Fone: (11) 2769-0399

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SUMÁRIO

confeccionista Ano VII - Número 37-julho/agosto 2015

confeccionista o

50 MERCADO As novidades em Lingerie

ANO VII - Nº 37

- JUL/AGO 2015

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impressão

editora

Size cada vez

STA - ANO VII

O CONFECCIONI

mais na moda

GESTÃO

- Nº 37 - JUL/ AGO-2015

Como driblar a crise?

PALAVRA DO PRESIDENTE Celso Bento, Roland DG Brasil

Novidades em

lingerie

Coleções

verão 16

ganham as vitr in do atacado es capa confeccionista

16 28 INVERNO Inspiramais 2017 64 VERÃO Preview do Couro

Seções 12 EM DIA 48 MERCADO

DICA DO ESPECIALISTA 44 Tecnologia e Gestão Operacional – Gerenciamento da Sala de Corte 66 RH: Desenvolva a resiliência 8

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Especial

Fornecedores que fazem a diferença

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CAPA VERÃO 16

Os looks da temporada no Megapolo Moda

16 20 VERÃO Plus Size em dia com a moda

34 A PALAVRA DO PRESIDENTE QUE 39 FORNECEDORES FAZEM A DIFERENÇA 56 GESTÃO Como escapar da crise? FOTO CAPA – THINKSTOCKPHOTOS


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EM DIA

BNDES renova Prodesign O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) renovou o Programa BNDES de Apoio a Investimentos em Design, Moda e Fortalecimento de Marcas (BNDES Prodesign). Com adição de R$ 1 bilhão ao seu orçamento, o programa foi prorrogado até 31 de dezembro de 2016, sob novas condições. A medida se deve à demanda por recursos, que tende a superar a atual dotação orçamentária, de R$ 500 milhões, antes do fim do prazo de vigência do programa, marcado inicialmente para 31 de dezembro de 2015. O BNDES Prodesign apoia investimentos em design, moda, desenvolvimento de produtos, diferenciação e fortalecimento de marcas em projetos de investimento de diversas cadeias produtivas. Desde o início, o programa atende a indústrias de roupas, tecidos, calçados, móveis, higiene pessoal, perfumaria, cosméticos, utilidades domésticas, brinquedos, metais sanitários, joias, relógios, embalagens, eletrodomésticos e revestimentos cerâmicos. Na nova fase, foram incluídos também os fabricantes de óculos, malas, bolsas, acessórios de moda, materiais esportivos, louças sanitárias e outros acabamentos para construção civil, contemplando também os segmentos de serviços e comércio associados. Os recursos em TJLP passam a ser limitados a um máximo de R$ 30 milhões por grupo econômico a cada 24 meses. No caso das empresas varejistas, as novas condições exigem que seja observado o percentual mínimo de 60% de conteúdo nacional. Em cerca de um ano e meio em vigor, o BNDES Prodesign já aprovou 15 operações, somando R$ 364,8 milhões em financiamentos. Das empresas beneficiárias, nove não tinham relacionamento anterior com o Banco. Considerando-se as propostas em consulta e análise, a carteira do programa reúne 20 projetos apoiados, das quais 13 são de clientes novos, no valor total de R$ 473,2 milhões.

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contratação de serviços do Porto Seguro Faz. O Transporte Mais Simples Têxtil também tem como diferencial parceria com a distribuidora de peças Morelate, que oferece descontos de 10% na compra de peças automotivas para veículos comerciais (caminhões, vans e pick’ups), exceto para produtos promocionais e condições especiais na contratação de serviços de despachantes, como emplacamento de veículos e documentações. Os produtos podem ser contratados por empresas de pequeno e médio porte (embarcadores), com movimentações mensais de até R$ 3 milhões, sendo que o cliente determina a garantia contratada, que pode variar entre R$ 10 mil e R$ 200 mil. Para mais informações acesse http://www. portoseguro.com.br/seguros/seguro-paraseus-negocios/transportes


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VERÃO 2015/16

os hits do Mega Fashion Week Lojas do Mega Polo Moda, shopping atacadista de São Paulo, já vendem a coleção Primavera/Verão 2015/16

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FOTOS: MARCIA FASOLI

A coleção Primavera/Verão 2015/16 já está à disposição dos varejistas de todo o País no Mega Polo Moda, centro atacadista de São Paulo com 400 lojas. As novidades foram antecipadas ao público durante o Mega Fashion Week, realizado em 20 e 21 de julho, com a exibição de 1.400 looks de moda jovem, feminina, masculina, infantil, gestante e plus size. E não faltaram celebridades como Sabrina Sato, Giovana Lancelotti, Fiorella Mattheis e Mariana Rios nos desfiles. Em sua 19ª. edição, o evento é assinado pela Cia Paulista de Moda e dirigido pelo consultor de tendências Reginaldo Fonseca.

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Os destaques da temporada Blusas manga cigana, cintura clochá, estampas florais, transparências e tramas, listras, off white e crochê em blusas e calças devem ser os destaques da temporada. Na cartela de cores, o laranja, o pink, o rosa, o amarelo, tons de verde e azul em cores vibrantes. Os florais continuam em alta, sobretudo os com flores e folhagens bem tropicais. O animal print aparece mesclado às estampas de forma sutil. Florais românticos em vestidos com acabamentos em renda e com um leve perfume boho.

Peças sempre presentes no verão, os vestidos e saias vêm com muita fluidez e muito tecido. Em tamanhos longos, os vestidos vêm com o busto estruturado. Já as saias aparecem bem leves. As de maior comprimento continuam em destaque. A onda artesanal vem com força e pode ser vista nos crochês e tramas em detalhes das mais diversas peças, ➤ como batas, shorts e vestidos. O CONFECCIONISTA JUL/AGO 2015

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VERÃO 2015/16

As listras, verticais ou horizontais das mais diversas larguras e cores se fazem presentes em macaquinhos, vestidos longos e t-shirts. Destaque para as listras em azul marinho e preto.

O denim com laise branco é outro destaque, assim como o crochê, que reforça o artesanal e exclusivo. Muitas dessas peças não são feitas exatamente com jeans, e sim com jacquard azul, e levam o bordado branco sob o tecido. 16

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FOTOS: MARCIA FASOLI

A manga cigana e a calça flare de cintura alta continuam em cena e mostram que os anos 1970 ainda estão em alta. Batas e vestidos com manga cigana vêm com estampas de cashmere ou com mandalas que dão um ar indiano bem característico às peças.


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VERÃO 2015/16

fofas e elegantes Marcas de tamanhos grandes apostam na sensualidade, elegância e charme das mulheres de tamanho Plus Size

FOTOS: ADRIANA LIBINI

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Cintura bem marcada, vestidos de modelagem ampla e soltinha. Jeans em vestidos de modelagem ampla ou acinturada ou em shorts justos com cintura no lugar. Cores vibrantes como fúcsia, laranja, vermelho, e mais formais como azul marinho. Combinação de preto e branco em listras, bolinhas ou estampas. Estampas com padronagens extravagantes, aplicações de renda. Em resumo, essas são as propostas das 13 marcas que desfilaram seus looks em julho, nos dois dias do “Fashion Weekend Plus Size – FWPS”, para um público estimado em mil e duzentas pessoas, no Centro de Convenções Frei Caneca, na capital paulista. Para Renata Poskus, idealizadora e diretora do evento, “realizar a 12ª edição do FWPS com a participação de 13 grifes, especialmente em um cenário macroeconômico como o atual, comprova que o segmento Plus Size está consolidado no calendário da moda brasileira”.

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Arthur Caliman

Dono de uma das mais conceituadas grifes de moda festa do país, o estilista participa pela terceira vez do evento e, nesta edição, enfatiza a atitude de mulheres poderosas por meio de vestidos de festa com a soberania e nobreza dos tons vermelhos. A coleção verão 2016 traz modelos com shape sereia, que valoriza as curvas da mulher. Há também vestidos rodados, drapeados e curtos. Entre os tecidos escolhidos para essa coleção estão: renda guipuir, cetins, tafetás de seda, zibelines e chiffons.


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VERÃO 2015/16

UPSY

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Belle Plage

Com a proposta de um Verão 2016 sofisticado, exótico, misterioso, a coleção Dubai aposta em cheiros, sabores, sons e imagens; ouro e petróleo; estampas florais do deserto; estamparia de mandalas; preto & branco ; cores vibrantes; e estampas de pedras preciosas, como diamante e platina.

FOTOS: ADRIANA LIBINI

A grife mineira levou ao FWPS uma pocket coleção Verão 2016, com inspiração navy e uma pitada de pop art. Vestidos navy e peças clássicas da moda praia dos anos 50 e 60, com poás, pop art e listras. A marca tem como diferencial o resgate da feminilidade, inerente às décadas de ouro (de 40 a 60), com uma releitura moderna diante da exigência do mercado feminino atual, sempre quebrando paradigmas em relação ao corpo plus size e ao conforto que as mulheres modernas exigem.


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VERÃO 2015/16

Vislumbre Lingerie

Inspirada nas grandes cantoras negras dos anos 1970 como Diana Ross, Donna Summer e Gloria Gaynor, a nova coleção reforça a sensualidade com uma mescla de renda, microfibra e tule, em camisolas, saiote e conjuntos fio dental. Calcinhas altas, corselets, hot pant, body e cinta-liga completam o mix. A cartela de cores destaca marsalla, pink-vintage, gelatina

(laranja neon), azul-bic, lilás, branco, preto e rubi. A coleção traz também modelos estampados florais e em animal print.

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FOTOS: ADRIANA LIBINI

Marguerite

Floral, estampas alegres, geométricos e o clássico animal print aparecem como o hit da estação. Peças únicas como os vestidos, macacões e suas variações ganham força, pela praticidade e conforto. As estilistas Rejane Raduenz e Dayse Cristina Rux exploram peças únicas com charme e praticidade, mas garantem que o mix segue recheado com muita t-shirt, calças, bermudas e batas. A coleção também conta com tecidos leves e planos como o chiffon e o cetim, assim como as malhas, a liganete, a sarja e o denim. As estampas têm um visual moderno e romântico e a cartela de cores transita entre os tons alegres e superatuais, como o coral, turquesa, pink e royal, sem deixar de fora os clássicos preto e azul marinho. Esta é a primeira vez que a marca participa do evento.


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VERÃO 2015/16

Chica Bolacha

Participando pela segunda vez do FWPS, a grife gaúcha levou para a passarela a coleção “Mix Tape”, inspirada na música das décadas de 50, 60, 70 e 80, sobretudo do rock’n’roll. Destacamse a cinturinha marcada dos anos 50, minissaias dos anos 60, a modelagem ampla, das saias longas dos anos 70, fechando com peças em jeans e cropped dos anos 80. Para o desfile, a estilista Thayná Cândido convidou mulherões que exercem forte influência por meio das redes sociais como Jéssica Lopes, do Blog Femme Fatale; Ariane Freitas e Paula Bastos, do Blog Grandes Mulheres

Cristina Sêneda

Proprietária da já consagrada marca plus size Xica Vaidosa, Cristina Sêneda apresentou sua grife homônima. Sob o tema “Meu Sonho de Verão”, a coleção se baseia em malhas trabalhadas, plissed, bandagem, guipuir e jeans, em peças fluídas e em alfaiataria. Revelamse detalhes assimétricos em blusas e vestidos e saias com shape em “A”, calças flare e peças over size. Pink, coral, esmeralda, amarelo, bic, off White e preto são as cores destaque.

A marca, uma das mais conhecidas de jeanswear no segmento plus size, apresentou uma coleção inspirada nos anos 70, inserindo a delicadeza do estilo romântico, shapes utilitários, cortes de alfaiataria, e detalhes esportivos. Nas estampas e matérias-primas destaque para o floral, o poá em jeans maquinetado, o náutico e o abstrato, os tradicionais jeans com lavagens diferenciadas e o moletom jeans. As peças-chave da coleção valorizam ainda mais a beleza feminina. São os tops em denim e sarja, camisas, calças slim fit, saias, macaquinho e vestidos de cintura marcada. 26

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FOTOS: ADRIANA LIBINI

Attribute Jeans


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VERÃO 2015/16 INVERNO 2016 INSPIRAMAIS

Diferenciais para a competitividade Design, sustentabilidade e inovação são a chave da competitividade da indústria calçadista e de confecções no mercado nacional e internacional

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Reaproveitamentos de materiais, cultura popular brasileira e elementos existentes na natureza. Esses foram os pontos de partida para os estilistas Walter Rodrigues, Isabela Capeto e Jeferson de Assis buscarem as inspirações e soluções para a cadeia produtiva de moda trabalhar o Inverno 2016 com foco no desenvolvimento de uma moda atual, moderna e com valor agregado. Os resultados desse trabalho foram conhecidos em julho, durante a 12ª. edição do Inspiramais – Salão de Design e Inovação e Materiais, em São Paulo, realizado pela

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Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), pelo Footwear Components by Brasil e pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB). Foi apresentado aos visitantes o resultado final do intenso trabalho de pesquisa e desenvolvimento do Fórum de Inspirações, orientado para a produção de uma moda com design e identidade brasileiros. A pesquisa, elaborada ao longo de seis meses, foi disseminada por todas as regiões do Brasil por meio dos fóruns, passando por 28 polos


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VERÃO 2015/16 INVERNO 2016 INSPIRAMAIS

Projeto +Estampa: coloridos com tons tropicais

produtivos de calçados e confecções e por um polo varejista. Dezesseis projetos expostos no Salão enfatizaram o design, a sustentabilidade e a inovação como forma da indústria calçadista e de confecções serem mais competitivas no mercado nacional e internacional. Aliás, essa foi a bandeira defendida pelos organizadores, que acreditam esses três aspectos conferem o diferencial que pode favorecer o desempenho dos fabricantes brasileiros no mercado externo e interno. E é esse caminho que o Inspiramais incentiva expositores e visitantes a trilhar.

Criatividade impulsiona exportações

Em coletiva de imprensa, a superintendente da Assintecal, Ilse Biason, declarou que vê nas exportações e nos processos de internacionalização possibilidades de crescimento para o setor de componentes para couros, calçados e artefatos. “Diante de um mercado interno cheio de oscilações, devemos aproveitar nossos melhores adjetivos para exportar mais. Somos um povo criativo, que produz moda com design e competência e que pode ser exportada muito mais mundo afora”, declara Ilse. Para ela, a recuperação da economia norte-americana, a valorização do dólar e, também as medidas governamentais, que incluem o PNE – Plano Nacional de Exportações – são alguns dos principais fatores para uma retomada dos valores exportado a partir deste segundo semestre. “Até o mês de maio a indústria de materiais para o setor coureiro calçadista exportou para mais de 138 países, sendo os principais destinos Argentina – que sozinha importou US$ 7,1 milhões a mais em relação ao acumulado do ano passado, co-

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locando o país como principal comprador de materiais brasileiros –, Alemanha, EUA, Paraguai e México. Além da Argentina, mais dois países apresentaram maior crescimento das exportações no mês de maio: Índia (+US$ 6,2 milhões) e Turquia (+US$ 5,1 milhões), revelou Ilse, que aponta ainda três características responsáveis pelo sucesso das empresas exportadoras: os diferenciais de design, sustentabilidade e inovação. “Para as empresas, contamos com a parceria essencial com o SEBRAE Nacional, que trabalha diferentes vertentes para tornar essas indústrias ainda mais competitivas”, acrescenta.

Serviço completo

Além da exposição de materiais, o Inspiramais abrange uma série de projetos que auxiliam na consolidação de um design originalmente brasileiro. Quinze deles integraram a programação do Salão, entre os quais o Inovamais, com seminários; o Preview do Couro, que antecipa as novidades em couro para o Verão 2017; e o Ecodesign, sob a coordenação da estilista Isabela Capeto, que consiste na consultoria para o desenvolvimento de produtos em couro a partir de práticas que tenham pouco impacto ambiental. No Projeto + Estampa, os designers Brads, Renato de Melo Medeiros e Marina Rebouças desenvolveram uma nova proposta para a estamparia brasileira, exaltan-


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VERÃO 2015/16 INVERNO 2016 INSPIRAMAIS

OSTENTAÇÃO, A MARCA DE UM NOVO TEMPO

Destaque para a proposta de estampas com elementos da cultura brasileira

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do os elementos culturais do país como forma de reduzir a cultura da cópia e também da compra de estampas internacionais por parte de empresas do setor de confecções. Participam também do projeto os estúdios DB Raibow (Americana/SP); Capim Puro (São Paulo/SP) e Aurora Studio. Na área internacional, o Footwear Components by Brasil – por meio de parceria com a Assintecal e a Apex-Brasil – realizou o Projeto Comprador, que recebeu fabricantes de calçados do México, Equador e Colômbia, interessados em adquirir matérias primas brasileiras para o desenvolvimento de seus produtos. O Inspiramais também recebeu jornalistas e formadores de opinião de veículos da Inglaterra, Itália e Colômbia. Por meio do Projeto Imagem, eles puderam conferir de perto todo o processo de produção da moda brasileira, assim como a qualidade e design dos produtos, acompanhando todas as atividades do Salão. Já o Sebrae – Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa, além de viabilizar a participação de alguns expositores, reuniu mais de 350 compradores de 21 polos calçadistas e de confecção nas Rodadas de Negócios e Missões Empresariais, além de incentivar projetos de aperfeiçoamento profissional como o The Walk Fashion. A 13ª edição do Inspiramais – a do Verão 2017 – já tem data marcada: dias 11 e 12 de janeiro no Centro de Convenções do Shopping Frei Caneca, em São Paulo.

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O coordenador do Núcleo de Design da Assintecal, o estilista estilista Walter Rodrigues, resume o conceito abordado para o Inverno 2016: • Ostentar, hoje, deixou de ser pecado e foi resignificado como uma atitude normal. A exibição nas redes sociais proporciona mais likes e, em consequência, mais status. • Nesta estação, a palavra ostentação também se refere a pertencimento, à apropriação de tradições, da exclusividade e da essência dos produtos artesanais, aqueles que contêm alma, pois tudo que reflete é conteúdo. • O instantâneo e o imediato têm o poder de se tornar virais e ser o assunto número 1 no mundo, até ser suplantados por outro acontecimento fugaz. • Todo consumidor se inspira em alguém, e a pose do selfie imitando a capa da revista nada mais é que a força da imagem impulsionando o consumo. • De simples coadjuvante, o consumidor passou a ser propagandista, cocriador, fiscal e até inspirador para as marcas. • A mensagem enviada por essa profusão volátil de rostos e nomes estrelados nas redes sociais e na mídia estimula o consumo de luxo, geralmente inacessível para a maioria de seus seguidores. • Cria-se, assim, o desejo de consumo de itens mais acessíveis, que geram lucros milionários, desde que os logos estejam bem visíveis para satisfazer o voyeurismo contemporâneo. • O consumidor atual estabelece com as marcas de luxo uma relação de protagonista, independentemente de usar o produto original ou o “genérico”. O que importa é que, no filme de sua vida, na timeline de suas redes sociais, todos o reconheçam como um exemplo a invejar. • Se expor, se comunicar utilizando a própria imagem está contribuindo para uma nova maneira de apresentar produtos. • Empresas atentas a essas manifestações têm proporcionado a seus clientes inúmeros canais para eles divulgarem sua satisfação com os produtos e atitudes das marcas.


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A PALAVRA DO PRESIDENTE

Celso Bento, Roland DG Brasil

Novas soluções para vencer O desenvolvimento da tecnologia digital no mercado têxtil tem feito da área de sublimação um fator positivo para a empresa e contribuído para o crescimento e lucratividade da Roland DG Celso Bento, 52 anos, está no grupo Roland desde 2006. Iniciou sua trajetória na companhia como Gerente Geral da divisão musical, onde permaneceu até assumir, em 2010, a Vice-Presidência do grupo, quando passou a cuidar também da divisão DG. No início de 2013, com o objetivo de dar mais foco nas operações, investir para crescer e assumir mais responsabilidades no futuro, Roland DG e Roland Musical foram separadas e tornaram-se empresas independentes, subsidiárias da matriz japonesa. En34

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genheiro Eletrônico pela Escola Politécnica da USP com MBA pela Business School São Paulo, Bento assumiu então a presidência da Roland DG no Brasil. Agora, ele se prepara para estender a operação para além fronteiras na América do Sul, onde a Roland não tem filiais, apenas distribuidores. A Roland DG Corporation é uma das maiores no mundo em fornecimento de impressoras de grande formato a jato de tinta para o mercado gráfico. Com 15 filiais espalhadas pelo mundo, atende133 países.


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A PALAVRA DO

PRESIDENTE

O que, em sua opinião, pode e deve melhorar na condução da economia brasileira e em relação ao desenvolvimento e crescimento industrial no País?

Precisamos melhorar a gestão pública como um todo para haver diminuição da carga tributária que sufoca os empresários.

O dólar valorizado pode prejudicar o acesso das empresas de confecção à modernização tecnológica, aquisição de novos equipamentos? Se essa condição perdurar, quais as consequências, a curto e médio prazo?

O Brasil ficará ainda menos competitivo em relação a outros países.

Apesar desses entraves, o Sr. considera o Brasil um mercado promissor?

Sim, mas muita coisa precisa mudar, começando pela menor intervenção do Estado na economia.

Qual a importância estratégica do Brasil para a Roland DG?

Como mercado emergente, o Brasil tem importância muito grande para o crescimento da marca no País e na região.

Qual o principal negócio da companhia hoje?

A Roland DG Corporation é a número um no mundo em fornecimento de impressoras de grande formato a jato de tinta para o mercado gráfico. Esse mercado concentra nossa principal área de atuação, mas não a única, e o atendemos com toda linha de produtos Roland DG, que vão além das impressoras. Temos as gravadoras e modeladoras 2D/3D. Os equipamentos Roland DG também estão presentes nos mercados calçadista, médico, odontológico, têxtil, decoração e festas.

Quando a Roland DG ingressou no segmento de impressoras para o mercado têxtil e de confecção e qual a importância desse segmento para a companhia hoje no mundo e no Brasil?

Iniciamos em 2007 anos com a impressora FP-740,

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Precisamos melhorar a gestão pública como um todo para haver diminuição da carga tributária que sufoca os empresários” direcionada ao mercado têxtil, e ampliamos nossa presença com os modelos RE-640S em 2013, XF640 em 2014 e RF-640 em 2015. Esse é um segmento em expansão que tem trazido um bom crescimento para a empresa. O cenário político- econômico brasileiro de hoje não é o mesmo de três anos atrás, quando o Sr assumiu a Presidência da Roland DG. Isso vem interferindo no desempenho e nas estratégias da empresa? As expectativas em relação ao desempenho da operação brasileira vêm sendo atendidas? O que a empresa vem fazendo para enfrentar essa situação de crise na economia e no consumo?

O desenvolvimento da tecnologia digital no mercado têxtil tem feito da área de sublimação um fator positivo para a empresa e contribuído para o crescimento e lucratividade da Roland DG. ➤


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A qualidade de sempre com a robustez que o mercado procura

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CARACTERÍSTICAS: Modelos de 2 a 8 cabeças com 12 ou 15 agulhas; Área de bordado de 450 X 360/500mm; Múltipla funcionalidade de uso no bordado; Ex: possibilidade de Bordar peças abertas e fechadas Velocidade de 1.100 p.p.m.; Painel Touch Screen LCD 12.1 polegadas; Auto ajuste de velocidade para melhor eficiência na produção; Sistema reforçado de Border Frame;

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A PALAVRA DO

PRESIDENTE

Qual a importância do aumento da competitividade e da produtividade no crescimento da indústria no Brasil, em especial a têxtil e de confecção?

O aumento da competitividade nos força a apresentar novas soluções, mais eficientes e de menor investimento. Uma tarefa árdua que a Roland DG vem desenvolvendo com sucesso. Uma das reclamações dos confeccionistas, em geral, é a falta de suporte e apoio das fabricantes e suas revendas em relação à forma de operar os equipamentos depois de adquiridos e à manutenção. O que a Roland DG oferece nesse sentido?

Nenhuma empresa tem um pós-venda tão completo quanto a Roland DG, esse é o nosso grande diferencial. Quem compra um equipamento Roland DG, adquire um leque de serviços que fazem parte do programa Roland DG Care - uma ampla assistência que atende a todos os detalhes do funcionamento do equipamento, passando pela instalação, treinamentos e manutenção, por toda vida útil do produto. Faz parte do programa o Roland Academy, além de uma extensa rede de assistências técnicas por todo Brasil.

O aumento da competitividade nos força a apresentar novas soluções, mais eficientes e de menor investimento. Uma tarefa árdua que a Roland DG vem desenvolvendo com sucesso”

O que o Roland Academy, quando foi criado e com que objetivo?

O programa o Roland Academy, na versão presencial e on-line, proporciona ao usuário final treinamentos específicos para cada uma das suas linhas de produtos. Esses treinamentos são realizados por especialistas do setor e têm aplicações teóricas e práticas. É um modelo completo de treinamento. A versão digital, lançada em 2015, possibilita às empresas que estão fora de São Paulo usufruir dos benefícios de ser um cliente Roland DG. Já o presencial, realizado no showroom da Roland, conta com especialistas preparados para esclarecer todas as dúvidas e demonstrar todas as funções do produto in loco. Um laboratório de cores desenvolve e disponibiliza gratuitamente perfis de cor os clientes.

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Por que os treinamentos na Roland Academy são cobrados? Isso não agrega custo adicional aos clientes?

Quando o cliente compra um equipamento Roland, ele tem um treinamento operacional com duração de 16h, realizado no local de instalação da impressora. Todo o treinamento é feito pelo técnico da Roland ou ATA (devidamente treinado e certificado pela empresa). O Roland Academy funciona para empresa como uma reciclagem ou novo treinamento, no caso de troca de equipe. O valor cobrado é somente para cobrir o custo da operação, a Roland DG não visa retorno financeiro com o projeto.


Fornecedores que fazem a diferença Conheça um pouco mais a respeito de empresas que se desdobram para atender bem seus clientes do ramo da confecção de vestuário

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FORNECEDORES

Evoluindo com o tempo A mais completa rede de lojas de aviamentos de São Paulo aposta no comércio on line e nas redes sociais como ferramentas para a venda e consulta de produtos

Às vésperas de completar 40 anos de existência, o Armarinhos 25 é, sem dúvida, uma empresa que faz a diferença. Aberto em janeiro de 1976, na rua 25 de Março, em São Paulo, tornou-se rapidamente a maior loja de zíperes da cidade, oferecendo todos os tipos, modelos, tamanhos e cores. Buscando espaço por meio de oportunidades que ninguém mais via na época, investiu no cliente e nas suas necessidades e, dessa maneira, foi diversificando o estoque até oferecer todos os tipos de aviamentos que uma confecção de roupas precisa, seja ela de que segmento for. Passados 40 anos – e já com a terceira geração da família participando da administração da empresa – o Armarinhos 25 se preparou para o futuro informatizando todas as etapas do processo de compra e venda, e agora está pronto para assumir a liderança nas vendas online de aviamentos. Uma das pioneiras no serviço, a empresa pretende 40

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lançar até o fim do ano mais recursos e mais facilidades de acesso e navegação, com visual moderno e dinâmico. “O comércio pela internet não é algo passageiro e deveria ser levado mais a sério por todas as empresas. É claro que nunca ninguém vai poder substituir o vendedor tradicional, aquele que aconselha, que consegue os melhores descontos e condições de pagamento, que ouve os seus problemas e busca as melhores soluções. Para quem compra no atacado, ainda é a melhor forma de fechar negócios. Mas para quem quer desembaraço em compras menores ou específicas, a praticidade da internet é algo insuperável”, afirma Fernando Oliveira, gerente da unidade Brás, uma das duas lojas físicas da empresa.

DESTAQUE NA INTERNET

O site do Armarinhos 25 (www.armarinhos25.com.br ) é o único que disponibiliza cartela de cores completa de todos os produtos, com destaque para os


zíperes e linhas para bordado e costura. Também é um dos poucos que contêm informações técnicas e características de cada produto. Atuando nas redes sociais, o Armarinhos 25 participa de blogs e comunidades de costureiras e artesãs, trocando informações e fazendo negócios através do Facebook. Dispõe de atendimento online de segunda a sexta, no horário comercial, e recebe muitos elogios, críticas e sugestões, todas respondidas e levadas em consideração. Tem selo ouro no E-bit, o maior certificador de reputação comercial das empresas online.

CREDIBILIDADE E SEGURANÇA

“O site é uma vitrine permanente de todos os produtos, organizados em categorias, para a pessoa poder escolher com calma, analisar preços e até servir de base para orçamentos que depois ela fecha por telefone com o vendedor”, analisa Júlio Oliveira, diretor comercial da empresa. Perguntado se o site não estaria concorrendo com a equipe de vendas, podendo vir a substituí-la no futuro, Júlio afirma que não. “O site é um aliado

do vendedor, porque ele tem a imagem instantânea e o preço real do produto para mostrar ao cliente”. Além disso, a possibilidade de poder comprar de qualquer lugar do Brasil coloca o comércio eletrônico como uma ferramenta de integração nacional, dando acesso ao confeccionista de qualquer localidade aos aviamentos e acessórios que ele teria que encomendar por telefone ou comprar em centros regionais de abastecimento, os quais cobram muito mais caro devido à distância do eixo São Paulo-Rio, onde se encontram os maiores distribuidores. Mas, de qualquer modo que seja feita a venda, credibilidade e segurança são as palavras-chave para o sucesso da empresa, que atrai cada vez mais clientes, mesmo em tempos de crise. “Isso é decorrente de uma relação de confiança que sempre se baseou na satisfação do cliente em primeiro lugar”, comenta Julio. Sobre o momento atual do setor confeccionista, o pessoal do Armarinhos 25 encara com otimismo: “Crise? Para nós é mais um desafio a ser superado, é a hora de usar a criatividade para buscar soluções inovadoras”. O CONFECCIONISTA JUL/AGO 2015

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FORNECEDORES

Segen: um passo à frente da concorrência

Desenvolvedora oferece gratuitamente, pela internet, sistema CAD de modelagem e opta por vender serviços e plotter

do constituído de estudantes, modelistas e micro e pequenas empresas que têm grande interesse em possuir um CAD de primeira linha, mas não dispõe de recursos financeiros nem linhas de crédito para tal.

O MODA- 01 EXPRESS

Linha de montagem das estruturas da plotter

Independentemente da crise econômica pela qual passa o país, é fato indiscutível que o mercado de CADS está saturado. A maioria das grandes, médias ou mesmo pequenas empresas já tem o seu CAD. Algumas têm plotter também, outras não - e mandam plotar seus moldes e riscos com terceiros. A estratégia de alguns fornecedores tem sido oferecer produtos cada vez mais sofisticados como cortadoras e enfestadoras automáticas aos seus antigos clientes que ainda conseguem sobreviver. Por outro lado, há um enorme merca42

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Diante dessa realidade, e sempre a um passo à frente em seu modelo de negócios, a SEGEN/ MODA-01 lança o MODA-01 EXPRESS , justamente como solução para atender essa demanda represada.

O CONCEITO MODA-01 EXPRESS

O MODA-01 EXPRESS é uma versão do tradicional sistema MODA-01 (versão 17 e 20) que poderá ser baixada, de forma totalmente gratuita, por qualquer pessoa ou empresa, pelo site www. moda01.com.br. O MODA-01 EXPRESS não é uma versão DEMO nem tem restrição de tempo de validade. É o próprio consagrado e Sistema CAD MODA-01, presente no mercado há mais de 23 anos e com todas


O dispositivo da caneta, que tornou tão popular as plotters TR-1900/REM

AS VANTAGENS PARA A SEGEN

as suas mais completas funcionalidades de foto-digitalização, criação e alteração de bases e moldes, graduação, cálculo de enfestos e encaixe para risco. O Sistema MODA-01 e o Delta-R continuarão a ser comercializados normalmente, “mas é muito mais vantagem começar pelo MODA-01 EXPRESS”, reforça o diretor da empresa Solly Segenreich.

AS VANTAGENS PARA O USUÁRIO

Para estudantes da área de Moda, o MODA-01 EXPRESS é a oportunidade de começar a utilizar a tecnologia CAD sem nenhum investimento financeiro e de se preparar melhor para o mercado de trabalho ou mesmo para ser um empreendedor. Para modelistas, abre-se um mundo de oportunidades para modelar e graduar via computador, enviando os resultados em papel ou pela internet para seus atuais e futuros clientes. Para as empresas, é a larga avenida para incrementar sua produtividade e consequentemente a margem de lucro, sem o desembolso financeiro e sem o risco do “será que vai dar certo?”.

Com essa iniciativa, a SEGEN antevê várias oportunidades, entre elas popularizar cada vez mais o MODA-01 EXPRESS no mercado e criar uma demanda para a venda de suas plotters à caneta TR-1900/ REM. Mais ainda, num mercado voltado cada vez mais para a venda de serviços, a SEGEN oferecerá os serviços de geração de arquivos BPS e PLT para que o usuário possa plotar seus moldes e/ou riscos em qualquer loja de serviços gráficos de plotagem e comunicação visual. Outro serviço será a possibilidade de obtenção de encaixes otimizados via um serviço especial a ser oferecido pela SEGEN, gerando uma enorme economia de custos de matéria prima e pessoal.

UMA BREVE HISTÓRIA

A SEGEN COMERCIO E TECNOLOGIA LTDA foi fundada formalmente em 1992. O MODA-01 representava um projeto iniciado e liderado, em 1987, pelo professor de engenharia mecânica da PUC-RIO Solly Segenreich e um grupo de alunos de iniciação científica, e alcançou um grande sucesso por oferecer, pela primeira vez, um CAD e depois uma plotter genuinamente nacionais. As primeiras encomendas e o crescente interesse por parte das empresas de confecção levaram à criação da empresa que ocupa, até hoje, instalações próprias no Rio de Janeiro. Com o passar do tempo, os produtos foram sendo sofisticados, mas a plotter continuou sempre operando com caneta (“a plotter da canetinha”), o que lhe rende um enorme sucesso com clientes MODA-01 e até com clientes que tem CAD de outros fornecedores. O CONFECCIONISTA JUL/AGO 2015

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DICA DO ESPECIALISTA TECNOLOGIA

O Gerenciamento da sala de corte

(Parte 3)

DARIO DE LIMAS é Consultor e Professor, Engenheiro de Vestuário, Técnico em Estudos de Tempos e Movimentos, Técnico em MTM (Methods-Time Measuremet) e tem 50 anos de experiência em confecção

Redução do desperdício no corte começa na criação e no desenvolvimento e se estende aos demais setores A responsabilidade pela redução nos desperdícios do setor de corte não cabe apenas aos operadores setoriais. As perdas, como já foi citado, podem ter origens ainda no desenvolvimento do produto. Por estes motivos, todos os demais setores que têm envolvimento na criação e no desenvolvimento de artigos confeccionados devem ater-se a todas as possíveis economias que possam ser geradas já nas primeiras fases de sua elaboração.

CRIAÇÃO – Apelos de estilismo, sazonalidades, tendências e ditames da moda no momento trazem à área de criação a necessidade de desenvolver o que o mercado está a exigir. Isso deve dar ao setor a liberdade de apresentar produtos que atendam a todas as exigências do público consumidor. Após, se desenvolverão as ações que determinam se há viabilidade operacional, onde se avaliarão os níveis de consumo de insumos, principalmente os primários, sem deixar de analisar as condições de costurabilidade, dos recursos instalados entre muitos outros que deverão passar pelo crivo da Engenharia do Produto. MODELAGEM – Na coordenação das atividades produtivas do polinômio criação-modelagem-encaixe-corte, a modelagem desempenha um papel por demais relevante. Por isso mesmo, a ação funcional deste departamento deve se desencadear em perfeita harmonia e integração com todos os demais. Compete-lhe a obrigação de obter o mais perfeito caimento dos modelos e estilos desenvolvidos pelo departamento de criação. Durante o processamento de moldes, cumpre à modelagem o encargo responsável de observar todos os aspectos técnicos e de aplicar todos os recursos de racionalização, com vistas ao desenvolvimento dos moldes e para assegurar que se encaixem de forma perfeita nas operações 44

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de corte. Os recursos mais comumente utilizados para garantir encaixes perfeitos entre os moldes e, em consequência, para conseguir o máximo de economia e de rendimento de matéria-prima, consistem nas já conhecidas quebras de cantos, pontas e curvas menos acentuadas, compensações, possibilidades de emendas e, ainda, outros artifícios. Há, porém, um senão: jamais aceitar que esses recursos atinjam grau de exagero, ao ponto de interferirem na perfeição do caimento do artigo confeccionado e, assim, comprometerem a sua qualidade.

COORDENAÇÃO: MODELAGEM-FÁBRICA – Para facilitar a clareza e a compreensão da

exata importância da coordenação, da integração e do entrosamento entre a modelagem e os demais departamentos do conjunto industrial, utiliza-se o recurso das análises de custos. Essas análises evidenciarão, quantitativamente, a economia de material e de tempo que pode ser alcançada no custo final de um produto. É fato por demais sabido que maior consumo de matéria-prima e falta de racionalização dos processos produtivos acarretam incremento no preço de custo do produto, comprometem a sua competitividade no mercado e nada acrescentam ao valor, propriamente dito, do produto. Sabe-se também que, para a empresa, o valor de um produto resulta da diferença entre o seu preço de venda e o seu custo próprio.

OTIMIZAÇÃO DE RESULTADOS – A economia nos insumos básicos (tecidos e malhas) inicia-se na modelagem. O setor de estilismo cria determinado produto e, a partir do estabelecimento da modelagem, cabe à Engenharia do Produto realizar ou determinar a realização dos estudos de aprovei- ➤


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DICA DO ESPECIALISTA TECNOLOGIA

tamento e, é claro, da perda. Por vezes, cria-se aí um choque de pontos de vista. De um lado, o criador ou o estilista a defender a criação; de outro, o técnico a demonstrar a inviabilidade, principalmente na formação do custo próprio do artigo desenvolvido. Essas posições antagônicas podem ser saudáveis, mas vale ressaltar que não deverão existir restrições ao desenvolvimento.

ENGENHARIA DO PRODUTO – Colocare-

mos adiante o papel decisivo da Engenharia do Produto no papel de fiscalizador dos aproveitamentos dos tecidos nos novos modelos. Esse é o setor responsável pela verificação da viabilidade econômica no lançamento de novos produtos e que a Produção execute o produto dentro da maior racionalidade possível, ocupando-se de equipamentos indicados, guias, aparelhos, suportes e outros instrumentos apropriados para uma manufatura racional. Discute métodos e técnicas relacionados com a concepção, desenvolvimento e implantação de produtos, estudando sua viabilidade técnica, econômica e operacional. O setor atua através de uma abordagem multidisciplinar e integrada no desenvolvimento e na transferência de tecnologias de projeto do produto e prototipagem dentro das empresas confeccionistas. A criação da atividade de Engenharia do Produto nas empresas de confecção ditas organizadas tem crescido de modo acentuado, pois as mudanças de procedimentos se reconhecem e apresentam de imediato os resultados que o setor traz quando esta função é atribuída a um analista e executor devidamente qualificado e preparado para a função, a partir de treinamentos ministrados por especialistas, muitas das vezes em procedimentos de consultoria. PROCEDIMENTOS BÁSICOS PARA UM BOM DESEMPENHO DA ENGENHARIA DO PRODUTO NA EMPRESA 1. RECEBER DA PILOTAGEM AS PEÇAS CONFECCIONADAS 2. ANALISAR TODAS AS OPERAÇÕES 3. SIMULAR ENCAIXES PARA VERIFICAÇÃO DO GRAU DE APROVEITAMENTO DOS INSUMOS

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4. VERIFICAR O GRAU DE INDUSTRIALIZAÇÃO DOS PRODUTOS 5. RECOMENDAR ALTERAÇÕES E RACIONALIZAÇÕES DE PROCEDIMENTOS 6. PREENCHER AS FICHAS TÉCNICAS CORRESPONDENTES (OPERACIONAL E DE PRODUTO) 7. PROVIDENCIAR TODOS OS GUIAS. APARELHOS, SUPORTES E GABARITOS PARA ENCAMINHAMENTO À PRODUÇÃO 8. DEFINIR OS PONTOS CRÍTICOS NA INDUSTRIALIZAÇÃO DO PRODUTO 9. DETERMINAR OS PARÂMETROS DE QUALIDADE 10. ACOMPANHAR O PRODUTO DURANTE A INDUSTRIALIZAÇÃO. Essas ações tornam compreensível a importância de ser criado nas indústrias um departamento de ENGENHARIA DO PRODUTO. Esse serviço que já é comum em nossas grandes empresas deve ser estendido mesmo às pequenas organizações. A ENGENHARIA DO PRODUTO produz a contribuição necessária para que se atinjam as metas da Administração, principalmente na maximização dos lucros e minimização dos riscos da Empresa.

PLANEJAMENTO DA ORDEM DE CORTE

- Trata-se de uma área muito importante no CONTROLE DO DESPERDÍCIO. É muito comum se cometer o erro de planejar Ordens de Corte visando unicamente a alta produtividade. A Produtividade do Corte depende, basicamente, das condições a seguir:

•Comprimento do enfesto •Altura do enfesto (quantidade de pares ou folhas) •Distribuição da grade de risco Era costume afirmar que o Departamento de Corte ou, mais precisamente, a ação de estudo de encaixes era o único e exclusivo responsável na relação consumo de matéria-prima e o valor do produto. Além disso, afirma-se também que esse departamento deveria responsabilizar-se, sozinho, pela limitação a padrões das perdas e quebras de matéria-prima


normalmente aceitos. Contudo, entende-se hoje que a compatibilização do consumo de material no corte com o valor do produto a ser fabricado (ou, em outras palavras, com a sua margem de contribuição na venda) e a delimitação das quebras ou perdas aos padrões estabelecidos só podem ser alcançados a partir de um perfeito, integral e harmônico entrosamento da ação, da habilidade e da racionalização dos trabalhos de criação, de modelagem, dos encaixes e do próprio corte. Atinge-se esse entrosamento a começar pelos resultados obtidos com análises criteriosas, periódicas e de alto senso crítico, do tipo de programação adotado nos departamentos produtivos da empresa.

FICHA TÉCNICA DO TECIDO – Impor-

tante que cada tecido novo incorporado ao almoxarifado das empresas seja descrito em uma apro-

priada ficha técnica, onde deverão constar: •Amostra •Designação do material, com o nome que foi criado no fornecedor •Seu possível código em numeração •O nome do fornecedor •A composição do produto •Largura e largura útil •Gramatura •Cadeias de malhas por centímetro •Carreiras de malhas por centímetro •Fios na trama por centímetro •Fios de urdume por centímetro •Espessura •Ligamento •Outras informações consideradas importantes, como possível grau de retração ou encolhimento após lavagem, estabilidade das cores e afins.

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MERCADO

Fakini

investindo para crescer Não parar de investir é um dos segredos da Fakini para crescer. Esperando ampliar o faturamento em 15% em 2015 e com números que seguem essa média no primeiro semestre deste ano, a empresa de Pomerode (SC) especializada em moda infantil internalizou o processo de lavanderia e adquiriu uma nova rama (equipamento utilizado para preparação da malha). Na lavanderia, a capacidade inicial instalada é de 80 mil peças ao mês. Já a nova rama, trazida diretamente da Itália, vai preparar quase o dobro da metragem das atuais. Neste processo, a Fakini ganhará em agilidade na sequência do processo produtivo. O diretor industrial Valmor Wilhelms comenta que os investimentos contribuem com três aspectos importantes relacionados à competitividade da empresa. “Além de atendermos uma demanda crescente por produtos lavados e tingidos, ainda agregamos

valor ao processo de beneficiamento, reduzimos custos e tempo de produção e nos certificamos cada vez mais sobre a qualidade desta etapa”, diz. Para o diretor comercial Francis Fachino, “o momento não é de corroborar para a parada da economia, mas de planejar e manter o foco em qualidade, produtividade e busca do melhor custo-benefício para os clientes”. Fundada em 1994, em Pomerode (SC), a companhia trabalha com moda infantil e juvenil através das marcas Fakini, Playground e Every Day. A capacidade produtiva é de 1 milhão de peças ao mês. O processo é todo verticalizado, desde a tecelagem até o produto final. Com seis mil pontos de venda em todos os estados brasileiros e em alguns países do Mercosul, a empresa ainda comercializa seus produtos por meio da loja virtual www.fakinistore.com.br.

TIP TOP a melhor franquia Referência em vestuário infantil, a TIP TOP recebeu o prêmio de melhor franquia do Brasil no segmento de vestuário, concedido pela revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios (PE&GN). Fundada em 1952, em São Paulo, a TIP TOP opera com roupas para bebês e já havia sido eleita seis vezes como uma das melhores franquias do país.

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A TIP TOP obteve a melhor média final após análise dos quesitos relacionados ao desempenho da rede. Foram consideradoscritérios como satisfação e suporte ao franqueado; desempenho e qualidade da rede; força da marca, entre todas as franquias do segmento, aplicada pelo instituto Serasa Experian. “O prêmio é o reconhecimento da excelência do trabalho que tem sido feito há anos com dedicação e esforço. Estamos muito felizes com esta conquista que mostra que estamos trilhando o caminho certo para o sucesso ser mantido”, comenta o presidente da empresa David Bobrow. Hoje a TIP TOP mantém sete lojas próprias e 94 franqueadas. Além disso, está presente em mais de 5 mil multimarcas. Fechou 2014 com crescimento de 32% em seu faturamento, que atingiu R$ 94 milhões. Para este ano, a projeção da TIP TOP é que o faturamento cresça 23%, totalizando R$ 116 milhões.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

de vestuário do Brasil


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MERCADO LINGERIE

Leveza e sensualidade Tecnologia, design e materiais de qualidade dão o impulso à venda de lingerie e são armas para driblar a crise

A maré não está prá peixe, como dizia o ditado, mas é sabido também que os mais fortes conseguem sobreviver às intempéries. E, na atual conjuntura, ser mais forte significa se diferenciar, agregar valor aos produtos, entre outros quesitos, para não ser engolido pelo mercado. Assim é também no mercado de moda íntima. Os diferenciais já começam a ser desenvolvidos lá atrás, no início da cadeia de produção, pelos fabricantes de fios e fibras, e se estendem aos produtores de tecidos e outros insumos. ➤ 50

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MERCADO LINGERIE

Afinal, o setor – composto de calcinhas e sutiãs, camisolas, pijamas e modeladores, continua a ter desempenho positivo. Segundo o estudo “Mercado Potencial de Moda Íntima e Meias - 2015”, recém-elaborado pelo IEMI Inteligência de Mercado, os volumes de produção acumulados em 2013 e 2014 cresceram cerca de 2,4% . “O destaque coube aos sutiãs, cada vez mais diversificados e atraentes, com expansão média bem acima do conjunto de produtos da linha íntima”, afirma o diretor Marcelo Prado. Para 2015, apesar do desaquecimento verificado no primeiro semestre, as expectativas ainda são de crescimento de 0,8% na demanda, que hoje atinge a marca de 560 milhões de peças - 8,8% delas importadas de diferentes países, em especial da Ásia. De acordo com o diretor do IEMI, a elevação do patamar do dólar favorece as exportações e a expectativa é que alguns dos principais fabricantes brasileiros consigam voltar a participar do mercado internacional. Hoje, os países desenvolvidos respondem por 75% dos volumes exportados e os Estados Unidos são o principal mercado, com 25,9% de participação nas vendas.

Requinte nos detalhes

Funcionalidade, luxo e sofisticação também são diferenciais na hora da venda. Com base nesse plus, a Liebe, do Ceará, desenvolveu a coleção Beleza Natural, criada para oferecer um misto de delicadeza e naturalidade à mulher moderna. Na coleção, os desenhos das rendas, os detalhes das laises e as estampas nas cores vivas e neutras ganharam destaque. A coleção tem a proposta de ser versátil e ao mesmo tempo romântica, com um lifestyle que traduz a verdadeira essência da grife. Em alguns dos modelos se vê a mistura da estampa animal print com a delicada renda guipure, que aparece nos espartilhos, em sutiãs - com decotes profundos e algumas vezes nos modelos cropped - e nas calcinhas string - super tendência mundial. As lingeries

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Coleção Beleza Natural da Liebe: misto de delicadeza e naturalidade

vêm sem elástico para não marcar sob a roupa, em microfibra com toque gelado, brilho perolado e secagem rápida. Argolas, passantes, pérolas, pingentes e placas personalizadas com banho em ouro compõem alguns dos detalhes. Para o Verão 16, a Liebe aposta nos tons neutros e também nos vibrantes: nudes, pele, verde, azul marinho e cobalto e nos clássicos branco e preto. Os shapes aparecem em modelos mais acinturados e modelagens soltinhas, que acompanham todos movimentos. ➤


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MERCADO LINGERIE

Lingerie da Intima Passion: beleza para ser mostrada

Luxo e sofisticação

O conceito de luxo é a linha mestra da coleção Verão 16 da Intima Passion. Beleza, conforto, nobreza e alta qualidade da matéria-prima são os pontos altos da marca mineira. No Salão Moda Brasil, a marca apresentou três linhas já consagradas que foram criadas a partir de uma inspiração bastante subjetiva: Íntima Luxo, Bridal, Eco e Loungewear. Na linha premium (Íntima Luxo), sutiãs, calcinhas e bodies ganham status de peças-chave no armário, já que foram pensadas para entrar no jogo do mostra-esconde, seguindo a tendência de deixar parte da lingerie à mostra. Os sutiãs aparecem com detalhes vazados e as rendas em sobreposições. A coleção foi planejada para ser usada com cavas e decotes, com camisas de seda, camisetas de algodão e blusas transparentes. Alguns sutiãs maiores podem transformar-se em croppeds conjugados com casacos e blazers. Os bodies ganham maior visibilidade como parte do vestuário outwear. Na cartela de cores imperam tons terrosos, com destaque para o marsala. Lavanda e estampas florais também integram a coleção. “O body já se tornou uma peça coringa do look de mulheres práticas e descoladas. Trata-se de uma lingerie que ganhou status de outwear e que esbanja sensualidade e elegância”, afirma Tânia Mara Rezende, diretora de estilo e coproprietária da Intima Passion. Na linha Íntima Bridal, desenvolvida especialmente para noivas, cintas-ligas, corpetes e conjuntos de lingerie vêm com lacinhos produzidos na Europa e feitos manualmente. A renda antialérgica sobreposta ao cetim e à microfibra marca o contorno do corpo e visa ao conforto. Na cartela de cores aparece o tradicional branco e mais gelo, preto, rosa, rosa seco, citronela, marsala e outras.

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Entre os fornecedores de rendas estão a brasileiras Rosset e Britânia e, entre as importadas, a Unique e laços franceses da Seram. “Temos uma seleção de fornecedores brasileiros homologados nos padrões de qualidade Intima Passion, mas quando, ainda assim, precisamos de algum material diferente recorremos a fornecedores europeus. Conseguimos comprar com preço justo devido ao volume que a nossa marca produz”, completa Tânia, que também é presidente da Associação Comercial e Industrial de Juruaia (Aciju).

Inovação tecnológica

Uma das marcas que aposta na tecnologia como diferencial é a Recco Lingerie, de Maringá. A empresa foi a primeira a lançar uma coleção com o fio Amni Soul Eco, da Rhodia, biodegradável. O lançamento oficial dos produtos aconteceu no Salão Moda Brasil, em julho. Entre as peças com o novo fio e tecidos da Berlan estão calcinhas, kaftas e pijamas. Ao fio de poliamida 6.6 foi agregada a tecnologia que possibilita a decomposição total do tecido das roupas em menos de três anos após serem descartadas em aterro sanitário. "A Recco tem entre suas premissas cuidar do planeta. Com essa coleção, queremos conscientizar nosso consumidor da importância de adquirir produtos que


Recco lança, de forma pioneira, peças com o fio biodegradável Amni Soul Eco

ajudem o meio ambiente", reforça a diretora de criação Myrian Recco. "Esta parceria representa a união de empresas Rhodia, Berlan e Recco e o comprometimento com o meio ambiente. A Recco é uma das mais importantes marcas de lingerie do país. Já temos uma parceria importante em outros produtos

feitos com Amni e esperamos que esta seja mais uma de grande sucesso e longevidade", comentou Renato Boaventura presidente da área global de negócios Fibras, do grupo Solvay, dono da Rhodia. O Amni Soul Eco pode ser utilizado em lingerie, meias, underwear, modeladores, moda praia, esportiva, casual e fashion.

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GESTÃO: COMO ENFRENTAR A CRISE

Estratégias para

enfrentar a crise

Aumento do preço dos insumos, do dólar, do custo de vida e a retração do consumo estão deixando os empresários em alerta. O que fazer para enfrentar a situação? Como evitar prejuízos e outras perdas? Leia o que alguns consultores sugerem para aumentar a rentabilidade, melhorar a gestão e se prevenir contra a queda nas vendas

Marcelo Moreira

consultor do Sebrae SP Regra no. 1

Se não estiver conseguindo ganhar mais, gaste menos.

Olhar para dentro da empresa

Nos momentos de crise os empresários voltam sua atenção para a operação da empresa, para a produção, avaliando o que pode ser aprimorado em termos de processos, gestão e produção

Explorar novos nichos de mercado

Funcionários multitarefas

Preparar os funcionários para desempenharem mais de uma função. Essa é também uma forma de mantê-los na empresa.

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FOTOS: DIVULGAÇÃO

Não é o momento de buscar novos mercados, mas sim descobrir novas oportunidades, nichos, nos clientes já atendidos, para atendê-los melhor. Apostar em novos mercados pode ser dispendioso neste momento. Não é hora de dar grandes passos.


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GESTÃO: COMO ENFRENTAR A CRISE

Parceria com fornecedores

Tentar negociar redução temporária de preços, a fim de poder comprar um pouco mais. Prezar a parceria, para que nenhum dos lados sofra com grandes perdas

Serviços de Terceiros

Em vez de ampliar a equipe, uma opção é utilizar, temporariamente, serviços de terceiros para parte das atividades, a fim de não aumentar custos com funcionários.

Modelos mais vendidos

O desenvolvimento de novos produtos tem custo elevado. Talvez seja o momento de repaginar e relançar modelos campeões de venda.

Venda certa

Nos momentos de retração do consumo, o varejo tende a imprimir um caráter de liquidação nas lojas, a fim de mantê-las cheias, e a comprar o que tem venda certa. Produzir tendo isso em mira, pensar no que desperta o desejo do consumidor.

Qualidade

Independentemente do momento econômico, a qualidade dos produtos sempre deve ser mantida, a fim de não prejudicar a imagem da marca

Lição final

Não desanime, bola prá frente, porque um dia essa crise passa.

Antonio Menezes Barreto, consultor em planejamento estratégico e em administração e organização industrial. Foi professor de cursos de Estilismo e Moda no Senai-PR

Inovação

Atenção à inadimplência

Não se endivide

Reestruture a empresa

Quem fugiu do lugar comum e apostou em produtos inovadores e de valor agregado e de ticket médio elevado tem mais chances de se dar melhor em momentos de crise econômica. Contrair dívidas pensando em pagá-las com o faturamento pode trazer o risco de não conseguir honrar esses compromissos. Quem administrou mal suas dívidas deve tentar negociar mais prazo com os credores.

Produtividade é fundamental

Se conseguir aumentar a produtividade da fábrica, os custos fixos tenderão a cair e o produto fica mais competitivo. Quando a maioria oferece produtos mais baratos, a concorrência se torna predatória. Baixar os preços não é uma boa opção, pois os produtos de vestuário, em geral, já são mais em conta que outros tipos de mercadorias

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Quem vende no atacado tem de saber bem para quem está vendendo, para ter a certeza de que irá receber. Muitos lojistas estão comprando e não conseguem arcar com os pagamentos. Redimensione o tamanho da sua empresa, a fim de deixá-la do tamanho do mercado.

Amplie mercado

Tente ampliar a área de cobertura de suas vendas, mesmo que para isso seja necessário aumentar o número de representantes.

Participe de feiras do setor

É sempre bom participar de feiras, pois é uma forma de saber como o mercado está caminhando e o que as melhores empresas estão fazendo para se dar bem. Mire-se nelas. Não são os bons que irão se sobressair, e sim os excelentes!


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GESTÃO COMO ENFRENTAR A CRISE GESTÃO:

Planejamento financeiro

Tenha orçamentos bem feitos com criação de possíveis cenários e acompanhamento mensal. Todas as variações devem ser justificadas e acompanhadas.

Samuel Lopes,

sócio da Consultoria TIEX, de assessoria financeira, gestão corporativa e planejamento Ativo humano

Tenha profissionais com conhecimento diferenciado, que possuam competências-chave e que estejam com o nível certo de motivação. Pessoas certas, nas posições certas, podem fazer a diferença na hora de propor soluções e oferecer um nível de atendimento diferenciado aos clientes.

Parceiros estratégicos

Vá atrás de parcerias que ampliem sua capacidade produtiva. Ou seja, que permitam a sua empresa focar nos negócios, otimizando recursos e aumentando a qualidade de seus produtos e serviços.

Novas fontes de receitas

Não se pode deixar de investir, mas os gastos devem ser reavaliados e reduzidos desde que não atrapalhem o desenvolvimento do negócio. Faça um planejamento tributário, renegocie contratos com fornecedores e despesas bancárias.

Visão futura de mercado

Para terem sucesso, as empresas devem estar antenadas nas demandas e expectativas do mercado, pensando no futuro. Ou seja, foque não apenas no que os clientes precisam atualmente, mas no que vão passar a demandar também. Antecipe tendências e seja fiel às necessidades dos clientes para se posicionar em uma situação vantajosa em relação à concorrência.

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Financiamentos

Em tempos de crise, as concessões de crédito ficam mais difíceis. Planejamento de necessidade de recursos pode significar grandes ganhos ao permitir uma melhor avaliação da opção de captação de recursos e consequentemente melhores negociações e/ou redução de taxas.

Risco cambial

As empresas que de alguma forma estão expostas ao risco cambial, seja via importação ou exportação, devem sempre estar atentas ao cenário econômico mundial. Empresas que compram e de alguma forma (mesmo que em partes) vendam produtos e/ ou serviços contratados em outras moedas devem sempre ter um planejamento. Negociar compras na moeda local do fornecedor pode trazer grandes ganhos, uma vez que se reduz o risco cambial do fornecedor.

Divulgação

Quem não é visto, não é lembrado. Neste momento de crise aconselhamos a achar formas inteligentes de se promover. Nunca deixe de investir em comunicação, promoção e vendas.

Inovação

Processos bem desenhados e suporte tecnológico adequado levam à eficiência e consequentemente a produtos e serviços de melhor qualidade com menores custos.

Capacidade de Adaptação

Já dizia o ditado: adapte-se ou morra! Ter sistemas, pessoas e processos flexíveis e customizáveis é fundamental para sobreviver a momentos de crise. O mercado não é estático, então você e sua empresa também não podem ser.


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GESTÃO: GESTÃO COMO ENFRENTAR A CRISE

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Andrea Maluf, consultora e professora nas áreas de Gestão de Confecções, Gestão de Compras e de Gestão de Desenvolvimento de Produto Custos fixos

A primeira medida é não aumentar os custos fixos (aqueles que não variam conforme as vendas da empresa) e adiar planos de reformas, expansão física, contratações.

Colaboradores

Não reduzir o quadro de colaboradores. Demitir não é recomendável pois, passada a crise, a empresa terá de contratar novamente e treinar ou capacitar a mão de obra. Não se deve pressionar funcionários e colaboradores com ameaças de demissão ou de redução de salário em troca de produtividade, pois essa postura pode fomentar a raiva, o que não é bom para a empresa.

Processos

O momento é o de revisar os processos, verificar em que ponto é possível economizar algo.

Organograma

Estabelecer um organograma e determinar exatamente o que cada funcionário faz, para não haver dispersão.

Fluxograma

É necessário também estabelecer um fluxograma de ações, ou seja, a representação gráfica do fluxo de trabalho e/ou de proces-

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sos e só a partir daí definir quem faz o que – e não o contrário, o que é muito comum nas confecções.

Parcerias

É recomendável, ainda, estabelecer parcerias com fornecedores e colaboradores, numa relação ganha-ganha. A situação está difícil para todo o mundo, então é hora de negociar valores ou serviços, de cada um ceder um pouco para todos ganharem lá no final.

Revisão de preços

É hora de baixar os preços, porém sem reduzir a qualidade das roupas, seja na confecção ou na escolha dos materiais. Qualidade é obrigação. O que se pode estudar é a oferta de descontos em função de quantidades e de fidelidade à empresa.

Capacitação profissional

O importante – e isso serve para todas as ocasiões, não só em momentos de crise – é a capacitação dos profissionais da empresa e, sobretudo, do dono ou do gestor. O confeccionista tem de ter em mente que é preciso se aperfeiçoar sempre para que sua empresa possa gerar mais dividendos. Há vários cursos e palestras oferecidos por associações, sindicatos e pelo Sebrae a baixo custo ou até mesmo gratuitos.


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VERÃO 2017

Preview do couro

Curtumes dão uma prévia de cores e texturas do couro que deverão orientar as indústrias calçadista, de bolsas, acessórios e de vestuário no desenvolvimento de produtos para a temporada

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Para quem utiliza o couro na confecção de vestuário ou está interessado em conhecer os direcionamentos para a estação mais quente de 2016/17, o Preview do Couro, apresentado em julho, em São Paulo, durante o Inspiramais – Salão de Design e Inovação de Materiais, é uma boa pedida. Neste Preview, 17 curtumes orientados pelos designers Walter Rodrigues e Marnei Carminatti, com a colaboração do especialista em couros Ramon Oliveira Soares, apresentaram couros trabalhados nas cores e texturas criações que devem orientar as indústrias calçadista, de bolsas, acessórios e de vestuário no desenvolvimento de produtos de moda para o Verão 2017. A cartela de cores traz a luz e o otimismo cromático de rosas, verdes e laranjas, típicos da estação mais quente do ano, e cores estruturadas e clássicas como preto, branco e vermelho. No couro vacum são explorados acabamentos inspirados em aspectos frios, modernos e minimalistas como o box fosco, ou clássicos como a caseína e a anilina, em efeitos lisos, leves e de aspecto levemente perolizado. Estruturas corrugadas ou estampas e gravações de texturas e relevos abstratos aparecem e são intensificadas com a aplicação de cores. O imaginário e o movimento pop

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trazem humor e alegria aos produtos. Acabamentos artesanais coloridos ou uso de cores que fazem referência ao pop são de fundamental importância, na avaliação dos desenvolvedores. As peles de peixe, principalmente da tilápia, ganham recortes e montagens com formas que se repetem, como armaduras protetoras. As exóticas cobras python valorizam as cores da cartela, lisas e limpas ou com efeitos de desenhos abstratos. Efeitos excêntricos, como pintura iridescente sobre pele de mestiço ou perolados metálicos sobre pele de jacaré, também compõem o mix de opções. Nesta edição do Inspiramais, o Preview do Couro contou com a participação dos curtumes: Aguapé (peixe e rã), Aplic Colour, Arte da pele, Baby Leather, Couroquimica, Curtume Andradina, Curtume Horizonte, Curtume Rusan, Curtume Santa Croce, Natur, FAF Couros, Fuga Couros , O.C.M. Couros, Rhoma e Fourier, Romeu Couros, Soubach e Tre Anytry. O Preview do Couro é apresentado duas vezes por ano, durante o Inspiramais, e é uma iniciativa do CICB (Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil e da Assintecal (Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos).


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DICA DO ESPECIALISTA RH

Desenvolva a resiliência A resiliência, definida como a capacidade das pessoas se adequarem aos mais variados ambientes, sejam eles hostis ou amigáveis, pode ser útil às empresas neste período de crise CELSO BAZZOLA é consultor em Recursos Humanos e diretor executivo da BAZZ Estratégia e Operação de RH.

O fato de a resiliência ser um diferencial no campo profissional é algo antigo; contudo, agora que passamos por um período de crise, esse ponto se torna mais primordial ainda. Mas, por quê? Primeiro, temos que entender esse termo como a capacidade das pessoas se adequarem aos mais variados ambientes, sejam eles hostis ou amigáveis, gerando resultados necessários aos objetivos das empresas. A existência de profissionais com essas características para as empresas é importante neste momento, pois essa pessoa poderá ser um agente facilitador nas ações de mudanças internas da empresa, por ter como característica absorver com tranquilidade situações críticas, não se deixando abater pelo momento adverso. No profissional, essa característica faz com que ele possa capitanear oportunidades de recuperação e melhorias pessoais e do grupo com que convive. Geralmente seu perfil acaba sendo exemplo positivo aos colegas de trabalho, no sentido de que os mesmos possam mudar suas ações de acordo com as necessidades da empresa. Assim, os profissionais resilientes diferenciam-se pela sua capacidade de vencer obstáculos e não deixar que as pressões atrapalhem os resultados. Adaptam-se tanto ao clima favorável ou desfavorável e estão sempre prontos para se aperfeiçoar e mudar de atitudes ou estratégia, o que ajuda a empresa atingir seus resultados.

Como desenvolver a resiliência? Embora saibamos que as pessoas agem de formas diferentes diante dos problemas, é possível

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sim desenvolver esta habilidade. Porém, o primeiro passo está na ação de querer buscar este equilíbrio e mudança. Para tanto algumas pontos são fundamentais, dentre os quais destaco: • Administrar suas emoções e ter serenidade nas ações • Controlar os impulsos negativos ou de desespero refletindo antes de tomar atitudes ou se dar como derrotado • Utilizar com frequência o otimismo, conviver com pessoas otimistas • Estar sempre atento ao ambiente em que está inserido, procurando sempre agir de forma coerente com o mesmo • A empatia também ajuda a compreender o momento de outras pessoas, como são e estão • Acreditar que poderá solucionar os problemas que surgirem. O primeiro passo para se tornar resiliente é mudar as atitudes e a forma ver os problemas. Depois, buscar a melhor forma de conduzir e se adaptar a estas situações. O equilíbrio e o otimismo se tornam vitais na aceitação das mudanças, a fim de superar as pressões com tranquilidade, sem que isso afete a autoestima. Outro ponto importante é acreditar que você poderá ser um elemento de mudança diante de situações adversas. Enfim, o panorama de crise cria a necessidade de resiliência, mas a grande maioria das pessoas não possui essa qualidade, sendo imprescindível uma autoavaliação na busca do aprimoramento. Caso não consiga isso sozinho, vale até mesmo buscar especialistas para auxiliá-lo em seu desenvolvimento individual ou do grupo.


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