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confeccionista ANO V - Nº 30 - MAI/JUN 2014

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editora

O CONFECCIONISTA - ANO V - Nº 30 - MAI/JUN -2014

A Palavra do Presidente

Helvio Pompeo Madeira, FCEM

Confecção masculina

Estratégias para crescer

moda infantil Primavera-Verão 14/15 Mundo Têxtil Estamparia por sublimação


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CARTA AO LEITOR

Passou a Copa, agora vamos esperar o quê? No final do ano passado se dizia: “Vamos esperar passar o final do ano”. No começo deste ano: “Vamos esperar passar o Carnaval”. Depois do Carnaval, “Vamos esperar passar a Copa”. Depois da Copa, “Vamos esperar as eleições”. Depois das eleições, “Vamos esperar passar o final do ano”. Depois do final do ano, “Vamos esperar para ver o que o novo governo vai fazer”. E, assim vamos esperando e vendo a vida, os negócios, as oportunidades passarem. Já disse um velho ditado que as grandes oportunidades e fortunas são criadas nas crises e, nesses longos 40 anos em que atuo no mercado, aprendi que as empresas de sucesso são aquelas que não dependem do governo. Elas estão sempre inovando, buscando soluções, se adaptando às dificuldades e de olho em cada oportunidade que possa aparecer. O mundo está em crise, mas existem empresas e pessoas cada vez mais bem sucedidas. Em nosso setor, vejo confecções buscando novos mercados e atuando em outras frentes, investindo em maquinários e tecnologias que fazem a diferença, em consultorias que realmente aumentam a produtividade e lucratividade, investindo pesado em marketing de resultados, em novas marcas. Essas são as que estão em evidência. E vejo aquelas que reclamam do governo, do mercado, da mão de obra, dos importados, dos bancos, etc. Essas empresas estão precisando fazer uma grande reciclagem interna para depois saírem para o mercado com mais ânimo, vigor, ideias, competência e, acima de tudo, acreditando em si mesmas. È claro que está tudo muito difícil, mas somos um mercado com 200 milhões de consumidores, um país continental que gosta de moda, roupa, sapatos, uniformes e tudo o que uma indústria da moda produz. Será que uma fatia desse mercado não está esperando por sua empresa? É claro que sim, você só precisa descobrir aonde está e pegar o que é seu. Tenha uma ótima leitura e faça grandes negócios. Um abraço

Júlio César Mello

Diretor-geral Revista O Confeccionista juliocesar@oconfeccionista.com.br

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EDITORIAL

Recuperação lenta e gradual

Linha Direta REDAÇÃO O CONFECCIONISTA editora@oconfeccionista.com.br (11) 2769.0399

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Neste último mês, não se falou em outra coisa que não o futebol. Para complicar, nos dias de jogos importantes o comércio ficou às moscas, ninguém quis saber de ir às compras, mesmo às vésperas das férias do meio de ano. De acordo com a Abit – Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, no primeiro trimestre do ano havia uma boa expectativa referente à Copa, o que gerou uma pequena antecipação de encomendas que, somada às vendas do alto verão, fizeram a produção das confecções crescer 3,7% em volume e 7,9% em valores. O resultado negativo de abril, no entanto, freou essa escalada de crescimento, resultando na variação de apenas 0.8% entre janeiro/abril de 2014, comparada a janeiro/abril de 2013 (últimos dados disponíveis até o fechamento desta edição). O que esperar do ano pode ser uma incógnita, mas é bom lembrar que, apesar das circunstâncias, o desempenho da produção de Vestuário no primeiro trimestre ano foi o melhor dos últimos anos no período, levando o setor ao mesmo o patamar de 2010, de acordo com o IEMI Instituto de Estudos e Marketing Industrial. É preciso, sim, continuar trabalhando, rever planejamentos se preciso for, focar o público-alvo, realizar as devidas e necessárias pesquisas de mercado e buscar diferenciação, não apenas preço, e ter pleno domínio das ações gerenciais. Os resultados certamente tenderão a ser positivos. Sobre esses temas, vale a pena ler, nesta edição, a matéria ‘O pior já passou’, a entrevista com Helvio Pompeo Madeira, presidente do grupo FCEM, e o artigo do consultor Dario de Limas. Confira também a reportagem de capa sobre a moda infantil para a Primavera/Verão 14-15 e a que aborda a moda masculina, com as estratégias das confecções para se sobressaírem no mercado. E não perca a matéria especial sobre Estamparia por sublimação, com dicas de como obter melhores resultados com essa técnica. Boa leitura!

Vera Campos

Editora editora@oconfeccionista.com.br

confeccionista Diretor-Geral - Júlio César Mello juliocesar@oconfeccionista.com.br Diretora de Relações com o Mercado Bernadete Pelosini bernadete@@oconfeccionista.com.br Editora - Vera Campos (MTb 12.003) editora@oconfeccionista.com.br Editora de Arte - Marisa Ana Corazza marisacorazza@gmail.com Colaborou nesta edição: Dario de Limas Internet - Mulisha - rafael@mulisha.com.br

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Financeiro - Mauro Gonçalves financeiro@@oconfeccionista.com.br Publicidade comercial@@oconfeccionista.com.br Impressão - Indústria Gráfica Itu Ltda Tiragem - 14.000 exemplares. Distribuição Nacional O Confeccionista é uma publicação bimestral da Impressão Editora e Publicidade Ltda., distribuída aos empresários da indústria de confecção.

É vedada a reprodução total ou em parte das matérias desta revista sem a autorização prévia da editora. Todas opiniões e comentários dos articulistas e anunciantes são de responsabilidade dos mesmos. Impressão editora e publicidade Rua Alcides de Almeida, 184, Centro, S.Bernardo do Campo,SP. CEP: 09715-265 - Fone: (11) 2769-0399

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SUMÁRIO

confeccionista Ano V - Número 30-maio/junho 2014

Mercado 20 24 26 28

O pior já passou

confeccionista o ANO V - Nº 30 - MAI/JUN 2014

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editora

Hering for You – Nova marca e conceito

A Palavra do Presidente

Havaianas – De corpo inteiro

Helvio Pompeo Madeira, FCEM

Cotton On chega ao Brasil

Confecção masculina Estratégias para crescer

Mundo Têxtil 58 Santista: Tradição com Inovação 60 Denim Out/Inv 2015 – Tavex 62 Denim Out/Inv 2015 - Capricornio Têxtil 64 Miroglio em SC 65 Lycra inova em campanha de Marketing Seções 12 36

EM DIA

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MUNDO TÊXTIL/TECNOLOGIA

FOTO: FERNANDA MUSSI /DIVULGAÇÃO

DICA DO ESPECIALISTA Informação e Treinamento

moda infantil

Primavera-Verão 14/15

Mundo Têxtil Estamparia por sublimação

CAPA PALAVRA DO PRESIDENTE 30 AHelvio Pompeo Madeira, da FCEM

38 MERCADO Moda Masculina – Práticos e Elegantes

44 PASSARELA Moda Infantil Primavera-Verão 14/15 TÊXTIL ESPECIAL 52 MUNDO Estamparia por Sublimação

CAPA: Gabriela Aquarela Primavera-Verão 14/15

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FOTO: FERNANDA MUSSI /DIVULGAÇÃO

EM DIA

Moda e futebol

Após passar por Milão e São Paulo, chegou em 3 de junho a Belo Horizonte a mostra “Camisa 10 - Moda e Futebol”, com releituras da icônica camisa 10 da seleção brasileira feitas por 11 designers brasileiros que vêm se destacando no circuito fashion nacional e internacional: os mineiros Lucas Magalhães (Lucas Magalhães), Patrícia Bonaldi (Patrícia Bonaldi), Camila Faria (Vivaz), Gina Guerra (Gig), Patrícia Motta (Patrícia Motta), Tetê Rezende (Tetê Rezende) e Alessa (Alessa), Helen Rodel (Helen Rodel), Julian Gallasch (Dudalina), Renan Serrano (Renan Serrano) e Thomaz Azulay (Blue Man) também integram o time. A curadoria é da mineira Tereza Santos, especialista em Comunicação Visual e Design e diretora criativa do TS Studio – empresa de criação multidisciplinar. Em São Paulo, a mostra aconteceu na flagship da Arezzo na rua Oscar Freire. Onze modelos, incluindo a top Michelli Provensi vestiram as peças originais criadas pelos estilistas com sapatos de salto Arezzo, seguindo o clima de moda e futebol. A exposição fica em Belo Horizonte até 20 de julho, no Memorial da Vale, na Praça da Liberdade.

VERDE E AMARELO

Cerca de 1.800 peças de roupas arrecadadas na campanha “Vamos Vestir o Brasil de Verde e Amarelo”, realizada pelos doze shoppings da rede Sonae Sierra Brasil, foram customizadas ao vivo, entre 14 e 15 de maio, no shopping Plaza Sul, em São Paulo, e doadas a pessoas carentes em abrigos municipais antes do início da Copa do Mundo. “Queremos envolver todos os brasileiros nesta torcida, sem distinção de classes”, contou Laureane Cavalcanti, gerente corporativa de Marketing da empresa.

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TRIBUTOS À MOSTRA

A presidente Dilma Rousseff assinou Medida Provisória que prorroga para o início de 2015 - e não mais 10 de junho de 2014 - o prazo para as empresas demonstrarem aos consumidores os valores relativos aos tributos na formação do preço de um produto. O novo texto sancionado diz que até o fim deste ano a fiscalização será feita apenas no sentido de orientar os empresários sobre a adoção da nova prática, não havendo punições caso descumpram a lei. A Medida Provisória, apesar de já ter força de lei, terá de passar por aprovação do Congresso Nacional. A nova regra estabelece que em toda venda de mercadorias e serviços terá de constar, nos documentos fiscais ou equivalentes emitidos, o valor aproximado correspondente à totalidade dos tributos federais, estaduais e municipais, cuja incidência influi na formação dos respectivos preços de venda.


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EM DIA

Panos Usos e Costumes

FOTO: LUCY BARBOSA FOTO: LUCAS MOURA

O pano pode virar uma peça de vestuário ou acessório, pode ganhar novos significados de acordo com as influências de diferentes culturas. Com a proposta de resgatar e revelar usos tradicionais dos panos nas diversas etnias, nações e culturas, por meio das inúmeras possibilidades de uso, o Sesc Bom Retiro, em São Paulo, realizou entre março e maio a exposição “Panos – usos e costumes”. Lá estavam retratadas as mulheres moçambicanas com tecidos enrolados e amarrados ao corpo para cobri-lo e protegê-lo; os saris indianos que transformam panos em véus protetores, passíveis de adquirir significado cultural ou religioso; as vestes de algodão tecidas à mão pelos índios da etnia ashaninka, que vivem na divisa do Brasil com o Peru; velas de pequenos barcos, tendas, as trouxas com pertences básicos – sejam de retirantes nordestinos, refugiados de guerra ou o delicado furoshiki japonês.

CARTÃO BNDES

Amo Moda Amo Brasil

“É importante chamar atenção para o que nos identifica além do futebol e mostrar ao mundo onde o Brasil também é campeão», pondera Paulo Borges, diretor criativo do SPFW.

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Escolas particulares e lojas que vendem uniformes escolares poderão adquirir das confecções com produção nacional, os uniformes pagando com o cartão BNDES. As confecções interessadas deverão se credenciar previamente como fornecedores no Portal de Operações. “Pela primeira vez no setor têxtil, ao menos um artigo poderá ser comprado pelo varejo com as ótimas vantagens desse instrumento de crédito. As empresas devem avisar e incentivar seus clientes parceiros” ressalta Rafael Cervone, presidente da Abit.

Aproveitando que o mundo terá os olhos voltados para o Brasil durante a realização da Copa do Mundo de2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, foi lançada em maio a campanha Amo Moda Amo Brasil. O primeiro video estreiou em maio na TV paga e na Internet para multiplicação, viralização e manifestações de adesão à causa. O objetivo dos realizadores é destacar a importância dessa extensa cadeia que vai do fio ao varejo e reforçar a identidade da moda brasileira a partir de atributos reconhecidos de qualidade, associados ao lifestyle do país. Idealizada e realizada pelo São Paulo Fashion Week, a campanha, que vem sendo planejada há dois anos, foi abraçada por Iguatemi, O Boticário e Riachuelo e deve se estender até 2016. Além de filmes, as ações incluem exposições, ensaios fotográficos e desfiles temáticos e se apoiarão em pontos fortes da cadeia produtiva e criativa da moda nacional, a partir de quatro pilares: o algodão, o denim, a moda praia e o craft/artesanal. Faz parte da programação a comemoração de 20 anos de criação do São Paulo Fashion Week em 2015. Para marcar a data, já se planeja uma exposição histórica para contextualizar 20 anos de criação de moda no Brasil e a publicação de dois livros.


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EM DIA

FEIRA INTERNACIONAL EM SP

Blumenau recebe Febratex

De 12 a 15 de agosto acontece mais uma edição da Febratex no Parque Vila Germânica, em Blumenau (SC), com uma mostra dos os últimos lançamentos no segmento de máquinas de corte e costura, estamparia, teares e matérias-primas, fiação primária e secundária, máquinas e equipamentos para tinturaria e setor de lavanderia, equipamentos para enfesto e corte automático, entre outros. Na programação paralela, palestras e debates que abordarão temas relativos à matéria-prima, processos de transformação, produção e sustentabilidade, passando pelo comportamento de consumo até chegar à apresentação de tendências e preview de Inverno 2016 / Verão 2017.

A segunda edição da “GO TEX SHOW – Feira Internacional de Produtos Têxteis” acontecerá de 27 a 29 de outubro, em São Paulo, no pavilhão Amarelo do Expo Center Norte. Organizado pelo China Chamber of Commerce for Import & Export of Textile and Apparel, The Sub-council of Textile Industry, China Council for The Promotion of International Trade, Grupo China Trade Center e FCEM – Feiras, Congressos e Empreendimentos, a feira caminha para ter a conotação de evento internacional. Entre os cerca de 250 expositores já confirmados estão players de Bangladesh, China, Índia, Itália e Paquistão, representantes de toda a cadeia produtiva têxtil. O objetivo é atrair também expositores brasileiros. Para estimular essa participação, os organizadores estão oferecendo a eles 50% de desconto na compra dos espaços. Além da feira, uma série de eventos paralelos está sendo preparada: palestras, rodadas de negócios e a final do concurso “Novos Designers do Brasil” envolvendo estudantes de moda da cidade de São Paulo.

Fabricado no Brasil

O Grupo Inditex, detentor da marca Zara, anunciou a criação do “Fabricado no Brasil”. Trata-se de um projeto pioneiro no varejo brasileiro e que possibilita ao consumidor final conhecer a procedência de cada produto comercializado na rede, produzido com respeito às leis e ao meio ambiente. Por meio de um QR Code que estará presente na etiqueta de todos os produtos comercializados nas lojas, o consumidor terá acesso às informações sobre o produto e origem de fabricação, como data de produção, nome do fornecedor que produziu, endereço do fornecedor, entre outros. A previsão é que o projeto, que foi criado no Brasil, seja iniciado ainda este ano. O país é o terceiro mercado mais importante para o Grupo Inditex no continente americano, depois de México e Estados Unidos.

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MERCADO

O pior já passou

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As confecções brasileiras estão ou não atravessando um período de crise? O PIB (a soma das riquezas produzidas no País) está tendo crescimento abaixo do esperado, a inflação vem ultrapassando os índices previstos e o consumidor anda endividado. Além disso, o Brasil praticamente vai parar no período da Copa do Mundo e, em outubro, teremos eleições presidenciais. Isso influenciará nas vendas? Já as importações de vestuário não dão trégua: foram 1,8% maiores, em toneladas, nos primeiros três meses do ano e 7,9% em valor, se comparadas ao mesmo período de 2013. Os três primeiros meses do ano, no entanto, não decepcionaram. A produção física de vestuário cresceu 3,7%, em relação aos três primeiros meses de 2013, segundo dados do IBGE. Na análise da Abit (Associação da Indústria Têxtil e de Confecção), no primeiro trimestre deste ano a expectativa referente à Copa do Mundo era boa, o que gerou uma pequena antecipação de encomendas que, somada às vendas do alto verão, resultaram numa produção física positiva nas confecções.

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Contudo, em abril e maio, segundo a Abit, o varejo não respondeu como esperado. A queda no índice de confiança do consumidor resultou em menos encomendas, mesmo no período próximo da Copa. Ainda assim, muitas confecções brasileiras se inspiraram na Copa para lançar produtos, mas em quantidades menores, que não chegaram a reverter o quadro da produção física, informou a associação em Nota Oficial. De acordo com a Abit, o volume adicionado por uma Copa do Mundo à produção têxtil e de confecção no Brasil gira em torno de 5% a 10% (menos que o dia da Mães e o final de ano). Comparando-se a atual Copa com a última, em 2010, o volume de importação de camisetas de malha mais que dobrou nos períodos idênticos de janeiro a maio, saltando de 1.460 toneladas para 3.100 toneladas, afirma a entidade. Ainda assim, de janeiro a abril deste ano a produção física de Vestuário aumentou 0,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, mas se comparados abril e março houve queda de 1,6%. A produção de abril 14 em relação a abril 13 foi 6,7% menor.

FOTO: SXC.HU

A previsão é do IEMI Instituto de Estudos e Marketing Industrial, baseada em análises e no comportamento do mercado de Vestuário no Brasil


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MERCADO

Máquinário moderno em alta

As importações de máquinas automáticas industriais para costurar tecidos, mais modernas que as não-automáticas, no entanto, estão em alta no Brasil. De acordo com Aliceweb – Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior, de janeiro a abril deste ano foram importadas 11.235 máquinas desse tipo ante 7.155 no mesmo período de 2013, um crescimento de 57,02%. Para Mauro Andrada, presidente da Abramaco (Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos para Confecção), o fator determinante para esse resultado é a busca da produtividade. “Esse tipo de máquina consegue otimizar a produção, o que é importante nesta época de falta de mão de obra, em que qualquer diminuição no quadro de funcionários faz diferença na agilidade e, consequentemente, no bolso do confeccionista no final do mês”. O presidente da Abramaco ressalta os números do início do ano muitas vezes não refletem a realidade do período como um todo. “No final do ano as empresas aceleraram as importações e costumam restar sobras de pedidos para o início do ano seguinte, e isso ocorreu em 2013/14”, destaca. As importações de máquinas não automáticas para costurar tecidos de uso industrial, por sua vez, caíram 38,34% de janeiro a abril deste ano. Já as das de máquinas de costura doméstica declinaram 24,72%, em relação ao primeiro quadrimestre de 2013. Naquele ano, levando-se em conta todos os tipos de máquinas, as importações foram 22.8% maiores que em 2012. Destacam-se aí as máquinas para tecidos técnicos e para a impressão digital. Ao mesmo tempo em que o parque industrial de confecções se renova no País, aumentam as compras de vestuário no mercado externo. “A questão é saber se o Brasil não vai sofrer um colapso cambial lá na frente e aqueles que desarmaram seu esquema de produção interna, apostando no dólar baixo, poderão se arrepender disso. De qualquer forma, sabemos que o País tem campo para se expandir com a sua indústria”, afirma Mauro Andrada.

O melhor resultado

“O desempenho da produção de Vestuário no primeiro trimestre ano ano foi o melhor dos últimos anos no período”, avalia Marcelo Prado, diretor do IEMI Instituto de Estudos e Marketing Industrial. Ele atribui essa performance à demanda pelas roupas de inverno. “Apesar de o varejo estar mais conservador em relação a compras, os estoques iniciais de roupas de frio se esgotaram logo, o que impulsionou novas encomendas. Já outros varejistas, por cautela, retardaram as compras. Saiu ganhando quem produz para pronta-entrega, pois pode atender a essa demanda”, explicou. Prado avalia que o varejo está mais confiante em relação às vendas para a Primavera/Verão 2015 e com os estoques em baixa, o que deve estimular as compras visando à temporada. Com isso, a projeção do IEMI para 2014 – de crescimento de 2,1% no volume de peças produzido – deve se concretizar. “É pouco mas é bom”, avalia Marcelo Prado, lembrando que outros setores produtivos estão em situação bem pior. “Com esses resultados, o consumo aparente (produção + importação – exportação) cresceria 3,9% em volumes de peças e 9,0% em valores em reais. Já as importações responderiam por 13,6% do consumo em volumes de peças e 5,9% em valores. As exportações permaneceriam em 0,4% da produção (em volumes de peças) e em 0,3% em valores”, projeta Prado. Os dados fazem parte do estudo “Mercado Potencial de Vestuário 2014”, elaborado pelo núcleo de Inteligência de Mercado do IEMI. É claro que nem todas as confecções estão tendo o mesmo desempenho. Há grupos que vão bem e há os que nem tanto. Afinal, 25,7 mil unidades produtoras atuam no Brasil no setor de vestuário, de acordo com o levantamento do IEMI. Mas, na média, a perspectiva é a de crescimento. “O pior já passou”, assegura o diretor do IEMI. Ele prevê um 2015 melhor que este ano para o setor de confecções no Brasil. “Há a necessidade de ajustes na economia, mas acredito que o Governo não fará nada que prejudique o consumo e o crescimento do PIB”, finaliza.

Consumo aparente de vestuário em geral (em 1.000 peças) Vestuário Produção

2010

2011

2012

2013

5.937.950

6.436.740

6.320.879

6.125.211

6.172.356

Importação

273.280

405.197

640.477

747.917

844.396

Exportação

43.214

40.113

38.948

28.585

26.861

6.922.408

6.844.543

6.989.891

Consumo aparente FONTE: IEMI

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2009

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6.168.016

6.801.824


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MERCADO

Nova marca e conceito

Hering lança marca Hering for you para público feminino e anuncia inauguração da primeira loja conceito para o terceiro trimestre em São Paulo

A

A Cia. Hering apresentou oficialmente em maio a ‘Hering for you’, marca que complementa seu portfólio e se soma a Hering, Hering Kids, dzarm. e PUC. Voltada ao público feminino, ‘Hering for you’ chega com a proposta de oferecer produtos confortáveis, que vestem bem e valorizam o corpo da mulher. Cinco linhas integram a nova marca: sleepwear, activewear, underwear, beachwear e loungewear. A maior novidade fica para a oferta do loungewear, já que algumas das demais linhas eram oferecidas nas lojas Hering Store. ‘Hering for you’ terá lojas conceito exclusivas da marca. A primeira delas será inaugurada no terceiro trimestre de 2014, em São Paulo. A marca chega com a proposta de vestir bem, valorizar o corpo da mulher, seja nos momentos de lazer e relaxamento como no parque, na praia, no shopping, na academia ou nas horas mais íntimas em casa. Aposta ainda em produtos com modelagens e tecidos diferenciados: no sleepwear haverá predominância de produtos de algodão e viscose; no activewear, poliamida e poliéster; e o loungewear fará uso de malhas de algodão, viscose, moletom e linho, por exemplo, além de outros tecidos que ofereçam toque macio. O conceito da nova marca traduz o fato de ter sido criada para atender a mulher. “Hering for you, como o nome diz, é para a mulher se sentir mais bonita e de bem com a vida, sem abrir mão do conforto e praticidade. Ela oferecerá uma beleza acessível e com a qualidade Hering”, desta-

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cou Luís Bueno, diretor das marcas Hering e Hering for you. O logotipo da nova marca busca traduzir este posicionamento, já que trabalha com uma fonte fina, delicada, feminina e orgânica. “A cor também traz toda essa feminilidade e proporciona a sensação de bem-estar”, finaliza Bueno. A marca já conta com uma plataforma de vendas heringforyou.heringwebstore.com.br, que será a principal responsável, de início, pela distribuição dos produtos. Parte da coleção de ‘Hering for you’ também está à disposição dos franqueados e pode ser encontrada em algumas lojas da rede Hering Store. No entanto, o mix completo das linhas só estará disponível nas lojas exclusivas, a partir do terceiro trimestre do ano. O conceito foi desenvolvido ao longo dos últimos anos e está sendo implementado pela equipe de gestão dedicada à marca ‘Hering for you’. Ao longo de 2013, a Cia Hering passou por uma mudança importante na estrutura de gestão de marcas, fundamental, segundo a empresa, para incrementar a capacidade de gestão e desenvolvimento de cada uma de delas e, assim, acelerar sua trajetória de crescimento. Migrou de uma estrutura funcional,onde todas as diretorias eram responsáveis por executar planos para todas as marcas, para uma estrutura dedicada por marca. Os principais objetivos com essa mudança são ter uma estrutura de gestão individualizada por marca, além de melhorar a capacidade de gestão de cada uma delas.


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MERCADO

De corpo inteiro Marca Havaianas investe em moda casual, praia e pós-praia e lança linha de roupas para o público feminino e masculino

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Com peças produzidas no Brasil por terceiros, a Havaianas, desde maio, está incluindo o vestuário em seu mix de produtos. Por enquanto, as vendas das peças estão restritas a três lojas da marca – a da rua Oscar Freire e do Shopping Iguatemi, em São Paulo, e do Shopping Leblon, no Rio, das 340 espalhadas pelo país. São 500 itens modelos/cor à disposição para o público feminino e masculino nos segmentos de na moda casual, praia e pós-praia. Todos eles foram pensados para serem combinados às sandálias, tênis e sneakers da marca, criando um total look Havaianas. “As novidades vão acompanhar a essência da marca e o jeito espontâneo do brasileiro. Esperamos com este lançamento proporcionar novas experiências para os consumidores e ampliar ainda mais o carinho que as pessoas do mundo todo têm pela marca que é símbolo de brasilidade”, afirma Carla Schmitzberger, diretora de Havaianas. Serão três coleções ao ano: duas para os meses mais quentes e uma para o período de frio. A preparação para o lançamento teve início no segundo semestre de 2012. A contratação de designers e a abertura de novas unidades com espaço suficiente para as peças foi definida em 2013 e nos primeiros meses de 2014, informou o jornal O Estado de S.Paulo.

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As roupas são descontraídas, alegres, multifuncionais e muito coloridas e acompanham o consumidor no casual wear. Nas araras, biquínis, boardshorts, sungas, saídas de praia, blusas, regatas, saias, vestidos, camisetas e bermudas. Destaque para as peças versáteis que permitem mais de um jeito de usar. Outro destaque da coleção é a linha “Ditos”, que estampa camisetas com dizeres divertidos do vocabulário popular. Expressões como “cada macaco no seu galho” e “devagar se vai longe” ganham também versões em inglês para conquistar o público estrangeiro que visita o Brasil. As estampas retratam o olhar sobre ícones de felicidade e bem estar do povo brasileiro como guarda-sol, Rio de Janeiro, pipa, rede e ondas do mar. Os traços foram inspirados em obras de arte brasileiras dos períodos modernista e neoconcretista. Alguns trademarks das sandálias também aparecem nas roupas, como o acabamento emborrachado dado aos botões de metal e a estampa arroz, que reproduz a sola das Havaianas. Outra característica é o conforto, traduzido nas roupas em modelagens simples e descomplicadas. O aspecto natural e de leveza das roupas são assegurados pelos materiais utilizados: malhas 100% algodão, linho e viscose.


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MERCADO

Cotton On chega ao Brasil Rede australiana de fast fashion abre sua primeira loja em junho no Shopping Center Norte, em São Paulo

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Mais uma rede internacional de fast fashion finca sua bandeira no país. Agora é a vez da australiana Cotton On, que atua em 16 países, abrir suas portas ao público brasileiro na primeira quinzena de junho em São Paulo, no shopping Center Norte. Considerada uma das empresas de varejo que mais crescem no mundo, a Cotton On elege o Brasil como a principal porta da América Latina. A estratégia é a de oferecer preços acessíveis, qualidade e design. O preço médio dos produtos gira em torno de R$ 24,90 e R$ 99,90, em linha com a estratégia global de preços praticados pela empresa. As roupas serão trazidas de fora e, por enquanto, não há informações sobre produzir em solo brasileiro. “O Brasil é um mercado rico em pessoas inovadoras, talentosas e modernas”, disse o CFO do Cotton Group, Michael Hardwick. “Enquanto consumidores, os brasileiros valorizam design, estão à frente da curva global, antenados com o varejo e se orientam por tendências que mudam tão rapidamente quanto nós.” De acordo com a empresa, as roupas e acessórios são cuidadosamente confeccionados para atender o

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mercado brasileiro, a fim de assegurar a satisfação dos consumidores. O mercado brasileiro é chave para a Cotton On nas Américas e, ao lado do sul da África, tem a prioridade para receber as mil lojas que a empresa pretende abrir nos próximos cinco anos. Segundo declaração do executivo encarregado de expansão do grupo Robert Kenny ao jornal Valor Econômico, a empresa não se intimida com os 35% de impostos de importação no Brasil e vê o fato de a Cotton On ter começado no hemisfério Sul como vantagem em relação a outras multinacionais do vestuário que aportaram por aqui. De acorco com ele, as coleções serão lançadas simultaneamente na Austrália e no Brasil. O grupo Cotton On tem grandes operações na Nova Zelândia, Emirados Árabes, África do Sul, Ásia, Alemanha e Estados Unidos, mas mantém seu quartel-general Austrália. Fundado em 1991, tem 1.300 lojas e não pensa em pisar no freio. Seu foco são peças acessíveis para todos os gêneros: feminino, masculino e infantil das marcas Cotton On Body, Cotton On Kids, Rubi Shoes, Typo, Factorie, T-Bar e Supré.


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A PALAVRA DO

PRESIDENTE

FOTO: MARCELO ROLIM

Hélvio Roberto Pompeo Madeira, diretor-presidente e fundador do grupo FCEM – Feiras, Congressos e Empreendimentos

A união faz a força

“O setor têxtil e de confecções é o segundo maior empregador no País e, somados os informais, com certeza é o que tem mais trabalhadores na cadeia produtiva brasileira. O que nos falta é uma consciência de força e poder” O empresário Hélvio Roberto Pompeo Madeira é diretor-presidente e fundador do grupo FCEM – Feiras, Congressos e Empreendimentos, especializada na organização de feiras e eventos, principalmente nos segmentos de máquinas e insumos para o setor têxtil. Desde que realizou a primeira feira no setor, a Febratex, em Blumenau, há quase 23 anos, muita coisa mudou no mercado têxtil e de confecções. Nesta entrevista, Madeira aborda a questão da desindustrialização brasileira, fala das perspectivas para o setor e afirma que o empresariado deve levantar a bandeira da força por meio da união. Confira:

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Nos últimos cinco anos, mais de 100 empresas têxteis e de confecção encerraram as atividades no Estado de São Paulo. Acredita que o País corre o risco de uma desindustrialização na área têxtil e de confecção? Por quê? O que pode ser feito para evitar que isso aconteça? É muito preocupante o que tem acontecido, mas não é só no nosso setor. A desindustrialização tem trazido efeitos muito ruins no Brasil. Sinceramente, acho que nós empresários estamos muito acomodados, deveríamos levantar a bandeira da força pela união.


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A PALAVRA DO

Maiores financiamentos, juros mais baixos e investimentos em cursos técnicos com o SENAI ajudariam a incrementar a venda de máquinas e equipamentos para o setor têxtil e de confecção

PRESIDENTE

Se fosse possível mudar algo em relação ao nosso mercado, o que o Sr. mudaria? Trabalhar e acreditar que somente unidos seremos fortes. Somos o segundo setor que mais emprega no País e, se somarmos os informais, com certeza somos o que tem mais trabalhadores na cadeia produtiva brasileira. O que nos falta é uma consciência de força e poder. O que falta para que as vendas de máquinas e equipamentos para o setor têxtil e de confecção ganhem novo fôlego no país? Financiamento? Crédito? Interesse em aprimoramento tecnológico? A sua pergunta já é a minha resposta: faltam maiores financiamentos, juros mais baixos e, principalmente, investimento em cursos técnicos com o SENAI em todos os locais onde podemos ter um polo de confecção, lavanderias e têxtil. Investir em tecnologia passa a ser algo de importância vital para empresas de confecção e vestuário. Mas há outros aspectos que ainda precisam ser aprimorados para as confecções brasileiras se tornarem mais competitivas. Quais, em sua opinião? Temos uma carga tributária onerosa. Precisamos abrir mais cursos técnicos e principalmente aumentar o acesso do povo à cultura, pois com maior instrução seremos muito mais produtivos e exigentes no sentido de buscar melhores condições de vida em termos sociais, habitacionais, educacionais e econômico.

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Como o Sr. imagina as empresas confeccionistas daqui a cinco anos no Brasil? Temos que ter qualidade e criatividade, não poderemos nunca competir com uma China em quantidade, mas em produtos diferenciados que agregam valor e trazem maior lucratividade. O Sr. acha que o Governo Federal está contribuindo para o crescimento dos negócios da indústria no País? Espera algum tipo de mudança após as eleições para Presidente em outubro? O Governo Federal é importantíssimo para o desenvolvimento da indústria brasileira. Mas me preocupo com a continuidade do poder porque pode levar a uma falta de diversificação dos setores favorecidos. No atual contexto, a indústria têxtil está sendo muito prejudicada. Espero que uma mudança no poder traga uma visão mais empresarial. Talvez se nossos governantes tiverem vivência empresarial em sua história política e familiar entendam o quanto é difícil obter sucesso em um empreendimento, especialmente no setor têxtil. Só com muito esforço, luta, dedicação e trabalho. Por que o interesse em criar feiras dirigidas ao segmento têxtil e de confecções? Apesar do baixo desempenho da produção nos últimos anos, o Brasil ainda é um bom mercado para máquinas, equipamentos e serviços voltados ao setor? Estou neste mercado de feiras há 35 anos (desde 1979) e no setor têxtil e confecção desde 1991, com a primeira Febratex. A

área do vestuário e têxtil é essencial no consumo diário e sempre nas nossas feiras tivemos resultados satisfatórios com a maioria dos expositores. Hoje, os produtos têxteis são cada dia mais utilizados em vários outros segmentos como decoração, automobilístico, construção civil, hospitalar etc., e sempre surgem novas necessidades. O Brasil é muito grande e os polos de confecção se espalham de Norte a Sul. Que tipo de evento o Sr. considera mais produtivo? Os nacionais ou os regionais? O Brasil é um país com dimensões continentais, as feiras regionais são vitais para levar desenvolvimento principalmente na área de confecção e lavanderias; já as feiras de âmbito nacional agrupam um número maior de segmentos dentro do nosso setor como o de fiação e acabamento, sendo de uma importância muito grande para o crescimento e a modernização industrial. Ainda há segmentos da cadeia de produção de têxteis e de confecção e praças a serem explorados em feiras no Brasil? Não resta a menor dúvida, a obrigação de um promotor de feiras é procurar novos nichos de mercado aonde nossos expositores possam investir nesses municípios e estados que precisam de tecnologias e principalmente de qualificação profissional. Consideramos também a vontade política de governantes e prefeitos dessas cidades, que podem conceder incentivos fiscais para que as empresas possam ali se instalar e oferecer um atendimento mais próximo e rápido. Temos estudos bem avançados para a realização da Tex Amazon, que deverá


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A PALAVRA DO

PRESIDENTE

acontecer em 2015 na cidade de Belém do Pará e englobará todos os estados da Bacia Amazônica. Qual foi a primeira feira que a FCEM realizou para esse segmento? Quando e onde foi realizada? A escolha da cidade foi estratégica? Como avalia a participação de expositores e de visitantes na época? A feira foi bem recebida? A primeira feira que a FCEM realizou para o segmento têxtil e de confecção foi a Febratex, em 1991, em Blumenau, uma região onde a indústria têxtil de cama, mesa e banho e de malharias é muito importante. Na primeira edição, tivemos 45 expositores e alguns visitantes sem hábito de visitar feiras. Vinte e três anos depois, na FEBRATEX 2014, em agosto, teremos 2250 marcas expondo. Tudo é uma questão de planejamento, pesquisa e organização. E claro que a sorte também está do nosso lado, mas temos que acreditar no que fazemos e lutar pelo seu sucesso. De 1991 para cá, a FCEM criou novas feiras para o setor e em novas praças. Quais são, onde se realizam e sua periodicidade? Desde Blumenau, fomos a São Paulo, em 2003, com a Tecnotêxtil Brasil; para Fortaleza,com a Maquintex 2007; em Goiânia, com a Tecnotêxtil/Seritex em 2008; a Caruaru (PE), em 2013, com a Agreste Tex. Procuramos sempre manter a periodicidade de dois anos para cada feira, exceção feita a Agreste Tex, que foi realizada seguidamente em 2013 e 2014 e se tornará

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bienal, com a próxima edição prevista para ocorrer em 2016. Estamos lançando uma publicação para a indústria de calçados e a FCEM também tem um evento para esse segmento de mercado. Qual sua expectativa em relação ao mercado calçadista? É muito parecido com o de confecção. Inclusive, anteriormente, os sindicatos e entidades representativas eram os mesmos. Lançamos, em 2013, a FEMICC Nordeste, em Fortaleza, no Ceará, que acontece junto com a Maquintex. A feira foi muito boa, tanto que para o próximo ano deveremos estar com mais de 250 marcas expositoras. O estado do Ceará hoje é o maior produtor em quantidade de calçados e artigos de couro do Brasil. Isso indica que estamos fazendo um investimento certo, pois temos que estar onde o mercado é comprador e produtor. Algo mudou no conceito ou contexto geral das feiras que a FCEM realiza para o setor? Nós temos que observar tudo ao nosso redor. A cada edição surgem novas tendências e necessidades diferentes. É preciso estar atento ao local adequado e seguro que permita expor e colocar equipamentos em demonstração. Ser parceiro de entidades, associações e sindicatos que vivem este mercado e saber ouvi-los, pois são eles

que vivem o dia a dia do setor. Também é necessário ler o que a imprensa setorial publica e principalmente saber interpretar o recado dado. A participação de expositores tem sido crescente? Sim, isso é fundamental para a continuidade e realização das feiras, abrir mercados novos. O objetivo é que as feiras atraiam cada vez mais expositores de fora do País? O que isso agrega? O que distingue um expositor nacional de um estrangeiro? Aqui existe uma situação de sensibilidade, parceria e respeito com nosso expositor. Há segmentos nos quais o Brasil tem vários expositores, em outros muito poucos ou quase nada, e temos que ter cuidado com isso, pois trazer mais empresas para concorrer com as que já temos só prejudica nosso mercado. Diante disso, tentamos abrir espaço para players de setores nos quais temos poucos representantes nacionais. A visitação às feiras tem sido crescente? Realizam-se ou prospectam-se negócios nesses eventos? Sim, o investimento do expositor é muito alto, ele tem que ter resultados a curto prazo para poder fazer novos investimentos e acreditar na próxima edição da feira.


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DICA DO ESPECIALISTA PRODUÇÃO

Informação e treinamento

Manter uma confecção, em qualquer lugar que seja, requer a adoção de procedimentos técnico-gerenciais adequados

DARIO DE LIMAS é consultor e palestrante, diretor da Nortec Consultoria e da Fluxus Tecnologia. Tem cinquenta anos de atividades na indústria confeccionista, dos quais mais de vinte na região Nordeste do País

nortecconsultoria@yahoo. com.br

A industrialização do Nordeste brasileiro é fato incontestável. A facilidade de instalação de unidades produtivas com base na manufatura faz com que a cada dia surjam novas indústrias confeccionistas em locais onde até então prevalecem atividades agropastoris. Isso a princípio é animador, pois poderá ser o acelerador do desenvolvimento econômico dessas regiões, utilizando a relativamente alta quantidade de mão de obra disponível, muitas destas com conhecimentos básicos de costura, adquiridos no desenvolvimento de produtos para consumo próprio e obtidos por instrução passada de geração em geração. Essa constatação já foi feita por empresários do Centro-Sul que a cada dia ampliam suas ações na região.

Falta de domínio em processos

O êxito em empreendimentos da categoria confeccionista regional é significativo. Os que não obtêm os resultados almejados em suas iniciativas, porém, representam uma fatia elevada e de grandes proporções. A explicação está no fato de que a orientação é carente, como carente são os treinamentos e a própria procura pelos mesmos, e isso leva à falta do domínio nos procedimentos tecnológicos, gerenciais e principalmente de comercialização.

Conceitos básicos

Mesmo caracterizando a confecção como atividade de baixa tecnologia, ainda assim os conhecimentos básicos do ramo precisam estar presentes, quer em conceitos de produtividade, quer em boas e ajustadas modelagens, na qualidade dos cortes, escolha dos insumos, determinação correta do custo próprio dos produtos e assim por diante.

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É cultura local a elevadíssima prática da comercialização passiva, com feiras ao ar livre, ação de atravessadores e os conhecidos sacoleiros. Poucos se firmaram nos conceitos coerentes de pesquisa, desenvolvimento, apresentação dos produtos, obtenção de pedidos e industrialização, o que dará níveis saudáveis ao negócio iniciado.

Fora de ordem

Como consultor, o que mais chama a atenção no andamento inicial e na consolidação dos empreendimentos é uma inversão de procedimentos. Pensa-se em uma linha de produtos e não se realizam as devidas e necessárias pesquisas de mercado. Adquirem-se apressadamente os equipamentos para a industrialização, nem sempre bem planejados e sem indicações de especialistas, e se iniciam os processos produtivos, baseados em concorrentes que já estão estabilizados no mercado, com bons parceiros comerciais e pleno domínio nas ações gerenciais. Os resultados serão de muita facilidade antever. No decorrer de mais de vinte anos em consultorias na região, orgulhamo-nos dos resultados alcançados por um elevado número de empresas que tiveram ações de consultorias e orientações técnico-gerenciais adequadas e com isso, se firmaram como fornecedoras de grandes lojas e principalmente de redes varejistas. Sente-se muito fortemente o interesse governamental e ainda, as ações que entidades, algumas delas com elevados níveis de seriedade nos propósitos de desenvolvimento e difusão de tecnologias, exercem na região.


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MERCADO

PRÁTICOS & ELEGANTES

M.POLLO: campanha inverno 14

Atentas às variações do comportamento de consumo de moda do público masculino, empresas especializadas nesse target ajustam suas estratégias para crescer

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Apesar de bastante conservador no modo de se vestir, o homem brasileiro está mais disposto a gastar consigo, e claro, mais vaidoso, ousado, criativo e atento à moda, segundo mostram as pesquisas. Aos poucos, vem aceitando algumas mudanças em seu look e adotando novas cores, formatos, estampas, tamanhos, modelagens e tecidos. Além disso, o mercado de moda masculina está em constante desenvolvimento, novas marcas com produtos similares surgem a todo o momento e a concorrência das grandes lojas de departamento e das monomarcas/franquias são desafios a serem superados pelas indústrias que dependem única e exclusivamente da venda em lojas multimarcas.Diante disso, fabricantes e empresas que atendem esse público têm de estar atentos às mudanças e se reinventar, se preciso for, para acompanhá-las.

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METAMORFOSE AMBULANTE “Ao longo dos anos, pudemos observar que nossos consumidores estão em constante metamorfose, o que acaba exigindo muito de nós em todos os sentidos”, afirma Gláucia França, gerente de Marketing do Grupo MPL. Fundado em 1992, o grupo goiano iniciou suas atividades produzindo camisetas polo para adultos com a marca M,POLLO e, em seguida, para jovens (marca PACO). A comercialização era feita por meio de uma loja própria. Com o crescimento exponencial das vendas, em poucos anos a empresa passou a trabalhar com representantes comerciais e a distribuir seus produtos para lojas multimarcas de todo o país. “Houve, nessa a época, a necessidade de vestir o homem dos pés a cabeça, e nossas marcas passaram a atender o mercado com um mix completo de produtos vol-


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MERCADO

Marca PACO, do grupo MPL: para jovens

Gerardo Andriello (acima) e Fideli (ao lado): adequação aos novos tempos

tados para o público masculino, na linha casual”, conta Glaucia. Hoje, o mix da M.POLLO e da PACO é composto de artigos de malha, de tecidos planos, jeans e acessórios. O carro chefe, porém, são as camisas de gola polo. A M.POLLO veste homens das classes A, B e AB, na faixa etária de 25 a 35 anos, que procuram estar sempre bem vestidos em diferentes lugares e ocasiões, seja de dia ou à noite. Já o público-alvo da PACO são jovens entre 16 e 25 anos das classes C, B e AB, pessoas que se identificam com um estilo mais descolado, ousado, que gostam de fugir do clichê e têm espírito jovem. Em 2010, o grupo criou mais uma marca, a PK by PACO, voltada ao segmento infantil masculino.

O DESAFIO DA INOVAÇÃO “Em toda nossa trajetória não fizemos nenhuma grande mudança nas estratégias de marketing. Todavia, estamos sempre alinhando e fazendo ajustes em nosso planejamento”, diz a gerente do grupo MPL. Ela explica que o grupo trabalha em um sistema único com as três marcas. Cada marca, porém, tem seu departamento de estilo exclusivo, responsável por pesquisas no âmbito nacional e internacional, atento ao mundo fashion e às novidades têxteis. O parque fabril tem capacidade para produzir em média 180 mil peças por mês.

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“Nosso desafio é inovar e manter nossos clientes satisfeitos com a nossa marca a cada coleção. E também precisamos criar o desejo de nossas marcas naqueles que ainda não são clientes”, acrescenta Glaucia. Por isso, o grupo MPL optou por investir fortemente em produtos de qualidade. Além disso, o diferencial é assegurado pelo trabalho oriundo do departamento de marketing, que contribui para que as particularidades das marcas apareçam e prevaleçam. Os negócios do grupo M.POLLO estão indo conforme o planejado. “Nos últimos anos, tivemos um bom incremento na verba de marketing, que acompanha o crescimento do faturamento do grupo ( 25%, em média)”, conta a gerente. Em 2013, as marcas do Grupo MPL cresceram 20%.


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MERCADO

Enrico Rossi: peças confortáveis, modelagem, cores e design diferenciado

URBANO E ELEGANTE

CHARME COM ESTILO Especializada em produzir roupas masculinas de alto padrão, a Andriello, uma das confecções mais antigas de São Paulo (se não do Brasil), luta para se adaptar aos novos tempos e procura rejuvenescer suas duas marcas criadas em 1962: a Gerardo Andriello (que leva o nome do fundador da empresa e atual diretor-presidente, um alfaiate italiano) e a Fideli. A primeira, uma marca top direcionada a um público da classe A, oferece calças, camisas, costumes e blazers em tecidos diferenciados e/ ou importados da Itália e modelagem em alfaiataria. E a segunda, voltada à classe B, conta com peças que vão da linha clássica à casual, passando pelo jeans, desenvolvidas com tecidos nacionais e importados da Ásia. O diretor Vice-Presidente Francesco Andriello, filho do fundador, concorda em que o mercado em que a empresa atua mudou muito nas últimas décadas em termos de hábitos de consumo. “O consumidor a cada dia é mais exigente e continuamente investimos em modelagem e qualidade, em tecnologia e mão de obra, a fim de superar a dificuldades de mercado”. Ele ressalta que o trabalho de rejuvenescimento das marcas está sendo feito aos poucos “porque os homens são mais conservadores”. “Antes, o jeans tinha só um tipo de modelagem, a tradicional. Hoje mantemos esse modelo, mas oferecemos também opções com cós mais baixo, mais justas,e a linha conceito, voltada aos mais jovens”, exemplifica o diretor.

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Para Adimilson Cordeiro, o coordenador de Marketing da Enrico Rossi, o principal desafio é fazer com que o cliente se identifique com a marca. Fundada em 2007, em Blumenau (SC), a Enrico Rossi atua com moda masculina jovem, urbana e elegante, “com a medida certa de sofisticação”. Apresenta um mix de produtos composto por pólos, camisaria, bermudas, jaquetas e está presente em mais de 2.300 lojas multimarcas espalhadas por todo o Brasil. Atenta às mudanças no perfil de consumo de seu público-alvo, a marca iniciou, em junho, uma pesquisa junto a lojistas e consumidores para identificar idade, classe social e temas de relevância para esse homem. “A pesquisa dará suporte à decisão e criação de novos produtos, bem como irá melhorar a interação com o marketing”, explica Cordeiro. “Buscamos representar esse novo homem com peças confortáveis, modelagem, cores e design diferenciado, além do acabamento, que precisa ser impecável”, acrescenta Cordeiro. Ele esclarece que todas as linhas da Enrico Rossi são produzidas na Ásia (China, Índia e Bangladesh), porém a criação dos produtos (escolha das modelagens, tecidos, estampas e bordados) é feita por uma equipe interna na sede da empresa,em Blumenau. No Brasil, a empresa se lançando na produção de camisetas (T-shirts). A Enrico Rossi prevê crescimento de 20% este ano em comparação a 2013. O planejamento contempla investimentos no mix de produtos e na procura de novos pontos de venda no país, em regiões ainda não exploradas como Bahia, Rondônia, Acre, Roraima e Mato Grosso, além, de mercados como a região missioneira no Rio Grande do Sul e o estado do Pará. No marketing, vem investindo fortemente no ponto de venda, em visual merchandising, showroom e ações pontuais em regiões estratégicas, além da divulgação das coleções em revistas de circulação nacional mais abrangentes e focadas no público masculino.


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FOTOS: MARCIA FASOLI

Alegres e graciosos Confecções de roupas para bebês, crianças e jovens apresentam suas apostas para a Primavera/Verão 2014-15

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Inspirada na fantástica viagem de balão da Lilica Ripilica por três lugares diferentes: Nashville, Havaí e Nova York, a coleção Primavera/Verão 2015 da marca foi apresentada durante o São Paulo Fashion Week, em junho. Na passarela, 36 looks, entre vestidos rodados e soltinhos e tops de brilho, que são o ‘must have’ da coleção. A Primavera/Verão 2015 da Lilica Ripilica aposta em tecidos como o cetim, o tule e o toque suave da musseline, além do conforto das peças em malhas de algodão e em chiffon. A sarja aparece nas calças mais sequinhas em modelagem skinny e nas calças com franjas, um hit para a temporada. A cartela de cores passeia entre os tons de branco, preto, naturais, azul claro, amarelo, toque de marrom e o rosa, tom da personagem. Cada estampa foi criada através das recordações da viagem de balão da Lilica

Ripilica. O passeio começou por Nashville, conhecida como a cidade mundial do country, com peças com desenhos no estilo “lenço”, com cordas fazendo laços e fitas. O destaque é o vestido mullet com detalhes em tule. No Havaí a pegada é mais romântica, com peças que remetem ao clima praiano, a paisagem tropical e a natureza exuberante, com florais desgastados, soltos e dispostos em barrados, garantindo um toque doce às peças. Já em Nova York, capital da moda, a Lilica traz um mundo totalmente novo. As peças surgem com muita informação do cotidiano da cidade, as estampas de logomanias invadem o guarda-roupa das meninas trazendo à tona essa febre entre as fashionistas. O efeito “jornal”, os famosos letreiros da Broadway e os Yellow Car são estampados em vestidos, calças e camisetas.

Lilica Ripilica aposta no cetim, tule, musseline, malhas de algodão e chiffon

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Para os meninos

A coleção da goiana PK by PACO para crianças e jovens tem como pano de fundo os safáris e chega às lojas a partir de junho com 200 modelos, 10% em denim, com shorts, bermudas e calças. No jeans, as apostas são em diferentes lavagens e nos coloridos em tons de branco, royal, vermelho e verde limão. Destinados a meninos das classes A/B, as roupas são distribuídas por lojas multimarcas em todo o Brasil, porém com maior ênfase nas regiões Sudeste e Nordeste, seguidas pela Centro-Oeste.

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Gabriela Aquarela:florais e cores cítricas

FOTOS: DANILO BORGES

Inspirada na fantástica viagem de balão da Lilica Ripilica por três lugares diferentes: Nashville, Havaí e Nova York, a coleção Primavera/Verão 2015 da marca foi apresentada durante o São Paulo Fashion Week, em junho. Na passarela, 36 looks, entre vestidos rodados e soltinhos e tops de brilho, que são o ‘must have’ da coleção. A Primavera/Verão 2015 da Lilica Ripilica aposta em tecidos como o cetim, o tule e o toque suave da musseline, além do conforto das peças em malhas de algodão e em chiffon. A sarja aparece nas calças mais sequinhas em modelagem skinny e nas calças com franjas, um hit para a temporada. A cartela de cores passeia entre os tons de branco, preto, naturais, azul claro, amarelo, toque de marrom e o rosa, tom da personagem. Cada estampa foi criada através das recordações da viagem de balão da Lilica Ripilica. O passeio começou por Nashville, conhecida como a cidade mundial do country, com peças com desenhos no estilo “lenço”, com cordas fazendo laços e fitas. O destaque é o vestido mullet com detalhes em tule. No Havaí a pegada é mais romântica, com peças que remetem ao clima praiano, a paisagem tropical e a natureza exuberante, com florais desgastados, soltos e dispostos em barrados, garantindo um toque doce às peças. Já em Nova York, capital da moda, a Lilica traz um mundo totalmente novo. As peças surgem com muita informação do cotidiano da cidade, as estampas de logomanias invadem o guarda-roupa das meninas trazendo à tona essa febre entre as fashionistas. O efeito “jornal”, os famosos letreiros da Broadway e os Yellow Car são estampados em vestidos, calças e camisetas.

PK by PACO: cerca de 200 novos modelos para meninos

FOTO: DIVULGAÇÃO

Cenário de sonhos


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Grow Up:linha em algodão egípcio

A expectativa da PK by PACO é fechar o ano com crescimento de 20% em relação ao faturamento de 2013. A estratégia de 2014 é a de aumentar a distribuição das peças, informa o departamento Comercial e de Marketing do Grupo MPL, ao qual pertence a PK. Para isso, está preenchendo áreas antes não atendidas como, por exemplo, a macrorregião do Amazonas e Roraima. Buscando melhorias, a marca ajustou seu mix de produtos para melhor atender as necessidades dos pontos de venda dos segmentos kids e teen. Além disso, constam do planejamento de marketing investimentos em mídia e promoções em redes sociais e na elaboração de catálogos criativos para cada coleção. A PK by PACO pertence ao grupo MPL, especializado em moda masculina, com fábrica em Aparecida de Goiânia, em Goiás, e produção total de 180 mil peças por mês. Além da PK, o grupo tem as marcas M.Pollo, para homens entre 25 e 45 anos, e a Paco para 16 a 24 anos.

Moda bebê: diferenciação e conforto

A inspiração para o Verão 2015 da grife paranaense de moda bebê Grow Up são os bons momentos da vida. Por isso, o Rio de Janeiro foi o cenário escolhido para inspirar e sediar a nova campanha da marca. A coleção traz modelos de macacão, saída-maternidade, bodies, vestidos, shorts e conjuntinhos para bebês. Para as meninas, muita renda e criações

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mais moderninhas, com tecidos e detalhes em brilho, t-shirts e babados. A cartela de cores passa por tons harmônicos como creme, bege, amarelo, rosa, verde e algumas que fogem do óbvio, a exemplo do azul klein, laranja, vermelho mais escuro e o dourado. Para os garotos, a marca apostou em camuflados, listrados e jeans, também nas camisas. Tecidos exclusivos, como o azulejo português, e padronagens de animal print, com a novidade girafa, florais e plantas, remetem ao frescor e a vivacidade da natureza. “Em geral, suavidade e fluidez são os elementos que traduzem as peças da nova coleção”, afirma a diretora da empresa, Helen Guelfi.

Novas linhas

A Grow Up vem crescendo e se destacando pela criatividade, estilo e delicadeza com que faz suas coleções para bebês e crianças de 0 a 4 anos. Com quase 10 anos de mercado, as roupas produzidas pela empresa já são comercializadas em todo Brasil por lojas multimarcas e por uma loja conceito localizada em Cascavel (PR), no Shopping JL. Focada em um público que busca as últimas tendências da moda, a marca se preocupa em oferecer designs diferenciados e qualidade para atender consumidores exigentes e bem antenados. Pensando nisso, há cerca de um ano e meio desenvolve a linha Egípcia (100% algodão egípcio), composta de conjuntos de camiseta e calça, cuecas, bodies, mantas, macacões,


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TIP TOP: inspiração para o dia a dia e na linha praia

junto de bodie com faixa para cabelo, casaquinho, calça e manta. Outra novidade da coleção de Verão 2015 é o Enxoval Premium, com jogos de lençóis, peças de cotelê, capas para carrinho, entre outros produtos diferenciados. No total, a Grow Up está lançando 180 modelos para a Coleção de Verão, 120 para a linha Egípcia e 50 para a de Enxoval. Para 2014, os planos da Grow Up passam pelo fortalecimento das vendas por meio da aceitação da nova linha e das tradicionais, ampliação da carteira de clientes no Brasil inteiro. Outra estratégia é consolidar a marca para o lançamento de franquias e torná-la mais conhecida pelo país. “Hoje a Grow Up é uma das principais escolhas da rede Globo em novelas”, ressalta Helen Guelfi . “Queremos nos valer dessa parceria para divulgar nossos produtos, já que a emissora influencia muitos seus espectadores, quando o assunto é moda”, finaliza.

Toque de classe

Já a TIP TOP, especializada em roupas infantis, se reinventa e traz uma coleção com produtos mais elaborados. “A coleção verão se baseia em tendências que, além de deixar os pequenos ainda mais cheios de estilo, proporcionam conforto para aproveitar cada minuto de diversão”, explica a gerente de marketing, Daniela Boll. Um dos destaques é a inspiração na tendência Art Nouveau, caracterizada por formas orgânicas e natu-

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rais que marcaram o movimento estético do final do século 19 e começo dos anos 20. São tecidos em cores vibrantes como laranja, amarelo, turquesa e pink. Estampas também estão na ordem do dia, além das composições com brilho, aplicações de pedras, canutilhos e metais que visam a garantir glamour extra ao look. O estilo Country Chic vem com força total na coleção Verão 2015 da TIP TOP. A marca aposta na padronagem em xadrez, animal print e em florais. Na linha praia, todas as peças de elastano vêm com proteção UV 50+. As peças coordenam desde o maiô, biquíni até roupão, chapéu e chinelo. O crescimento da rede de franquias da TIP TOP segue de vento em popa. Nove lojas franqueadas estão previstas para serem inauguradas neste ano, em Manaus (AM), Piracicaba (SP), Rio de Janeiro (RJ), São Roque (SP), Vila Velha (ES), Porto Alegre (RS), Cotia (SP), além de duas em Fortaleza (CE). Com essas, serão 95 unidades franqueadas da marca, distribuídas por todo território nacional. “Estamos trabalhando paralelamente com o projeto de expansão de lojas no formato tradicional (lojas de até 50 metros quadrados) e com o modelo de Mega Store. A marca já está há 62 anos no mercado e tem credibilidade para continuar crescendo de forma linear”, acrescenta o gerente de expansão da TIP TOP Ricardo Marcondes. Em 2013, o faturamento da empresa cresceu 34% e atingiu R$ 71 milhões. Para 2014, a expectativa é crescer mais 32%.


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MUNDO TÊXTIL ESPECIAL

Estamparia como obter o melhor resultado na sublimação

A tecnologia da impressão digital para sublimação vem evoluindo em ritmo acelerado: a cada ano novos produtos são lançados, impressoras estão ficando mais rápidas e mais estáveis, assim como papeis e tintas vêm evoluindo e oferecendo melhor qualidade de transferência. Isso sem falar nos itens de tecnologia como cabeças de impressão e componentes eletrônicos que cada vez mais proporcionam melhor produtividade e qualidade de impressão

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AGÊNCIA FOTOSITE

A

A impressão digital por sublimação vem ganhando mercado por proporcionar qualidade e velocidade, sobretudo em relação às impressões em offset e serigrafia. A demanda por itens exclusivos e personalizados – uma das exigências do mercado da moda – também encontra amparo nesse tipo de impressão. Outra vantagem é o custo: os fabricantes afirmam que, na impressão digital, o custo para fazer uma peça é o mesmo de produzir mil peças com a mesma estampa, em vista do processo requerer somente tinta, papel e substrato de impressão, no caso o tecido. A prática de imprimir estampas por meio da técnica da sublimação não é nova na moda, mas ganha novos contornos e estímulo com a evolução dos equipamentos e dos suprimentos utilizados. Graças a avanços tecnológicos, os equipamentos estão mais estáveis, as impressoras mais produtivas e as cabeças de impressão e os suprimentos (papeis e tintas) deram um salto de qualidade. “As atuais impressoras de sublimação, além de trabalhar em velocidades mais altas que os equipamentos tradicionais, oferecem ótimo custo benefício devido ao baixo consumo de tinta por metro quadrado e também pelos baixos custos dos suprimentos, caso do papel para sublimação e tecidos”, destaca Willians Lotti, gerente de Produto da Roland DG, uma das maiores fabricantes mundiais no segmento. A evolução dos equipamentos vem ao encontro do crescimento da demanda pela tecnologia de sublimação, que ganha terreno frente aos processos de serigrafia (também conhecido como silk screen) e de offset, sobretudo em vestuário (uniformes esportivos, moda praia, alta costura, camisetas personalizadas), além de canecas, sandálias de borracha, almofadas e outras peças. “Além de dispensar o fotolito e as telas de silk-screen, a sublimação torna o processo bem mais rápido e a impressão mais perfeita”, assegura Evelin Wanke, gerente de Produtos de impressora de gran-

Cores e desenhos variados e bem criativos podem ser transferidos aos tecidos por sublimação, como nestes looks do estilista Lino Villaventura, no SPFW

des formatos da Epson, multinacional que ingressou no segmento em 2013. Hoje o mercado oferece diversos modelos e marcas de impressoras para sublimação para todos os níveis de demanda, desde clientes que customizam camisetas a indústrias têxteis que necessitam de alta demanda de produção. “Todas as impressoras digitais para sublimação podem atender a diversas áreas do mercado têxtil. O que irá determinar a opção por uma ou outra é o que cada uma pode oferecer para atender a demanda e produtividade do cliente para o mercado ou ramo em que ele atua”, avalia o gerente da Roland. Há impressoras de grandes formatos, para a impressão de toda a peça de tecidos corridos, que chegam a 1,60 m de largura de impressão e conferem grande versatilidade à produção. A Roland DG Brasil desenvolveu com exclusividade para o mercado brasileiro a solução de impressão

sublimática para a VersaArt RE-640S, com largura de 1.60m, alta velocidade, qualidade de impressão e boa relação custo-benefício. Outra opção da marca é a Soljet Pro 4 XF-640S, desenvolvida especialmente pela empresa para o mercado têxtil. Tem largura de 1,60m, alta performance e velocidade de impressão de até 122m2/h..

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MUNDO TÊXTIL ESPECIAL A Epson, tradicional empresa no mercado de impressão, ingressou em 2013 no segmento de sublimação com a linha Epson SureColor Série-F (F6070 e F7070), para grandes formatos. “Pela primeira vez uma tecnologia de cabeça de impressão Epson foi desenvolvida para sublimação”, destaca a gerente Evelin Wanke. “Além disso, pensamos na solução como um todo, desenvolvendo um sistema de tintas adequado, papel com baixo consumo de tinta, suporte local, e um programa de benefícios no qual o cliente final acumula pontos e troca por garantias estendidas ou descontos em novos equipamentos após um ano”, diz.

O que é e como se dá a sublimação?

A Sublimação é um processo em que ocorre a mudança de um produto do estado sólido para o estado gasoso, sem que passe pelo estado líquido. No caso da impressão, o produto que passa por essa transformação é a tinta. A tinta para sublimação é depositada no estado sólido pela impressora num papel transfer e, devido ao calor e pressão, evapora e penetra nas fibras do tecido ou em outra superfície desejada.

O processo: 1. Criada manualmente - e depois de digitalizada -

ou gerada no computador, a estampa é impressa em papel próprio para sublimação

2. O papel impresso e o tecido são pressionados

conjuntamente, de forma espelhada, em uma prensa ou calandra térmica à temperatura média de 200 graus, durante 25 segundos

Epson SureColor 7070: o sistema de de cabeças de impressão EPSON MicroPiezo TFP e a mais nova tinta para sublimação EPSON UltraChrome DS possibilitam impressão a velocidades de até 58,9 m² por hora

3. Com o aquecimento, a tinta é transferida, por

sublimação, do papel para o tecido, penetrando em suas fibras e proporcionando a qualidade e definição de uma impressão digital.

Qualidade e praticidade

Além de possibilitar produzir peças exclusivas e/ ou personalizadas, os fabricantes destacam que o processo de impressão digital por sublimação é limpo e rápido e não requer amplos espaços físicos. Além disso, a tinta utilizada tem alta resistência a lavagens. Outras vantagens são: Praticidade na impressão - Uma das vantagens de trabalhar com a sublimação digital é a praticidade de impressão de arquivos. “Você pode trabalhar qualquer tipo de imagem (vetores ou fotos) e não existe quantidade mínima; é possível imprimir desde uma unidade de arquivo até grandes produções. Basta criar os arquivos desejados utilizando softwares gráficos de criação, usar da criatividade e pronto, após o arquivo finalizado é só imprimir”, sintetiza o gerente da Roland.

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Qualidade – Os ótimos resultados de qualidade de impressão mesmo em resoluções mais baixas do equipamento são apontados como a principal vantagem da sublimação em relação a outros tipos de impressão. Além disso, após o processo de transferência a tinta fica “fundida” com as fibras têxteis, de forma que o tecido não perde suas características e, mesmo após muitas lavagens, as cores estampadas continuam com uma boa qualidade. Custo/ benefício – O custo unitário para imprimir uma ou várias peças com a mesma estampa é o mesmo, pois sempre se utiliza somente tinta, papel e substrato de impressão (tecido), afirma a gerente de produto da Epson.

Cuidados na impressão

Alguns cuidados, no entanto, precisam ser tomados antes de optar por esse tipo de impressão. A sublimação digita pode ser aplicada em tecidos de qualquer cor, desde que sejam à base poliéster. Porém, o ideal é utilizar tecidos brancos, caso contrário o resultado final das cores será prejudicado, devido à mistura da cor do fundo do tecido com as cores da imagem. Já quando se utiliza tecido branco, a qualidade das cores será sempre fiel ou bem próxima do arquivo gerado.

Como escolher a impressora de sublimação

Os cuidados ao escolher um equipamento para sublimação devem ser tomados tanto para o mercado de moda como para outros, principalmente porque existe uma grande quantidade de modelos disponíveis. O cliente deve sempre analisar quais são suas necessidades. Na sublimação existem diversas variáveis que influenciam o resultado final: a impressora, o papel que será usado e a tinta. “Isso sem falar no processo de transferência que pode ser calandra ou prensa térmica que, se não estiverem bem reguladas, afetam o resultado final”, alerta Williams, da Rollad. Não deixam de ser menos importantes o cliente conhecer bem a empresa de quem irá comprar o equipamento e analisar toda estrutura de apoio que a empresa escolhida irá fornecer quando houver a necessidade, desde um atendimento, garantias, peças de reposição, etc”, .

Soljet Pro 4 XF-640S, desenvolvida pela Roland para o mercado têxtil. Tem largura de 1,60m, alta performance e velocidade de impressão de até 122m2/h

Dicas a serem consideradas

“A decisão de compra de um equipamento digital é um passo muito importante para uma empresa que trabalha com Comunicação Visual ou Sublimação. Uma má escolha pode trazer sérias consequências futuras”, diz a gerente da Epson. De acordo com Evelin Wanke, a simples análise das características do equipamento combinada com a análise do custo do equipamento + custo de tintas e mídias, não é suficiente para se decidir entre uma ou outra impressora. E dá algumas dicas: 1) Público-alvo A primeira pergunta a ser feita é qual o tipo de público que se deseja atingir a fim de definir a categoria de equipamento a ser escolhido, considerando as características de produtividade e qualidade de impressão. 2) Preço O preço do equipamento e de seus consumíveis é importante, porém tome o cuidado de analisar o custo total de impressão e não somente o custo do litro da tinta ou o custo do metro quadrado da mídia a ser impressa. 3) Análise de custos Quando falamos em análise de custo de impressão podemos vários itens devem ser avaliados: • Qual é o real consumo de tinta por metro quadrado? Nesse caso, o mais indicado é fazer uma visita ao showroom do distribuidor e medir o consumo de tinta no software de impressão do equipamento. As diferenças de consumo em cada tecnologia podem ser visivelmente notadas. • Qual a durabilidade das cabeças de impressão e quantas cabeças o equipamento possui? Sabemos que a troca das cabeças de impressão é necessária de tempos em tempos. A durabilidade das cabeças depende de sua tecnologia e do tipo de tinta utilizada. Esse item deve ser considerado um consumível e seu custo deve ser incluso no metro quadrado impresso. A conta é simples. Pergunte ao seu distriO CONFECCIONISTA MAI/JUN 2014

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MUNDO TÊXTIL ESPECIAL buidor, qual o preço de uma cabeça nova e quantos metros ela é capaz de imprimir. Divida um pelo outro e multiplique pelo número de cabeças de seu equipamento. Dessa forma você saberá qual valor deverá ser incluso ao custo de impressão. Os equipamentos mais avançados possuem poucas cabeças de impressão justamente para otimizar o custo do m2 impresso. • Quanto de energia seu equipamento consome? É fundamental fazer essa pesquisa. Veja quanto o equipamento consome em operação e em stand by. Existem equipamentos que consomem 650W em operação, enquanto outros consomem 4.800W (7 vezes mais!). Procure produtos com o selo Energy Star, pois vai fazer uma enorme diferença nos custos variáveis da sua empresa. Analise também como funciona a manutenção de seu equipamento. Ele precisa ficar ligado nos momentos de descanso (à noite, finais de semana, feriados, férias coletivas, etc)? Lembre-se que nesse modo, sua impressora continua consumindo energia. • Meça a quantidade de tinta perdida com limpezas em seu equipamento adaptado ou, caso seja sua primeira aquisição, pesquise este quesito com empresas que utilizam este tipo de equipamento há pelo menos seis meses. Nas soluções adaptadas, é comprovado que até 30% do volume de tinta utilizado é perdido com limpezas de cabeças de impressão devido a entupimentos. Este volume significa 300 ml a cada litro de tinta utilizado e muito dinheiro jogado fora. • Quais são os itens que você precisa adquirir juntamente com a impressora? Não se deixe enganar com o preço da impressora colocado em uma proposta. Questione se nesse preço estão inclusos itens importantes como: instalação do equipamento, no break, rebobinador, entre outros. Muitas empresas costumam apresentar orçamentos básicos para chamar a atenção dos clientes e depois eles descobrem que precisam adicionar uma série de produtos para adquirir uma impressora completa. 4) Suporte Técnico Verifique se existe suporte técnico qualificado no Brasil para o equipamento que você está avaliando. É importante pesquisar quantos centros técnicos a empresa possui e se há algum perto da sua empresa. Compre produtos com garantia on site, pois assim

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você garante o fornecimento de peças e serviços que são obrigatórios por lei. Muitas empresas já tiveram más experiências com equipamentos chineses, pois no momento da compra, analisaram apenas o custo de aquisição e esqueceram de analisar o posterior fornecimento de peças. Uma dica importante: procure uma empresa usuária do equipamento em análise e faça uma pesquisa sobre o pós vendas do fabricante. 5) Escolha o melhor papel de transferência Existem papéis tratados e papéis sem tratamento, os chamados offset. A segunda categoria de papéis costuma custar em torno da metade do preço dos papéis tratados. Porém, tome cuidado com o consumo de tinta que os papéis offset possuem. Por absorverem uma quantidade muito grande de tinta, em imagens carregadas, eles costumam consumir mais de 5 ml a mais de tinta do que os papéis tratados, pois grande parte da tinta impressa não é transferida para o tecido e sim, absorvida pelo papel. Se você utiliza uma tinta que custa R$ 300,00 por litro, quer dizer que a cada ml perdido você desperdiça R$ 0,30. “Além disso, os papéis sem tratamento nem sempre conseguem atingir a qualidade desejada pelo cliente final, principalmente em casos de cores chapadas (pretos e outros tons escuros)”, diz Evelin. Outra atenção que se deve ter é em relação à largura do papel. Compre papéis de acordo com a largura da imagem a ser impressa para evitar desperdícios com as sobras laterais de papel.Por exemplos, se você vai imprimir camisetas tamanhos G e GG, deve utilizar papéis de 1,10m de largura. Caso imprima camisetas tamanhos PP, P e M, você pode utilizar o papel de 0,90m e, dessa forma, economizará 20% no preço do metro linear. 6) Escolha da tinta Na escolha das tintas, o preço do litro não deve ser o fator mais importante e, sim, o custo por metro quadrado (que inclui o consumo de tinta que cada marca oferece). E muitas vezes o barato pode sair caro. As dicas da Epson são: a) Meça o consumo de tinta por metro quadrado b) Verifique a durabilidade das cabeças de impressão com cada tipo de tinta. A troca das cabeças de impressão é necessária de tempos em tempos; a durabilidade delas depende de sua tecnologia e do tipo de tinta usada. Este item deve ser considerado um consumível e o seu custo deve ser incluso no metro quadrado impresso. c) Considere o desperdício de tinta com limpezas de cabeça de impressão. Muitas tintas causam entupimento nas cabeças, as quais devem sofrer limpezas muitas vezes ao dia, desperdiçando uma grande quantidade de tinta.


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De 14 a 17 de outubro de 2014 Das 15 às 21 horas | Centro de Eventos do Ceará | Fortaleza - CE Mais informações:

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MUNDO TÊXTIL

Tradição com inovação Santista volta a ser uma empresa independente e sinônimo de marca de tecidos para uniformes profissionais

U

Uma reestruturação da Tavex no Brasil vai culminar com a volta da Santista como empresa independente. Desde que a companhia espanhola adquiriu parte do negócio controlado pelo grupo Camargo Corrêa, a produção de workwear prosseguia como uma unidade de negócios, porém atrelada às mesmas diretorias da unidade de denim. Agora, após reestruturação iniciada em 2013, Santista ressurge como empresa independente, com diretoria e equipe dedicadas ao desenvolvimento, produção e venda de tecidos para uniformes, enquanto a marca Tavex se limitará aos produtos denim. Mais que fabricante de tecidos, a Santista quer ser reconhecida no mercado como fornecedora de soluções para o ambiente de trabalho. A empresa, que faturou R$ 480 milhões em 2013, quer ainda consolidar a liderança no segmento de tecidos profissionais na América do Sul (vende para a Argentina, Chile e Colômbia) e disputar a primeira posição no mercado brasileiro. Para isso, se apoiará em três pilares: inovação, soluções customizadas e diversificação de produtos.”Temos mais de 50 projetos em inovação prontos para sair do forno e ao menos dez novos produtos serão apresentados aos clientes em julho”, anuncia o diretor geral de Workwear da Santista, Mauro Preti. Pioneira na fabricação de tecidos profissionais no Brasil, a Santista mantém em seu portfólio cerca de 50 bases de tecidos, boa parte deles atendendo à demanda do mercado por produtos de valor agregado, tecnologia e acabamentos diferenciados. Exemplos disso são o acabamento Alsoft® Amazontex, obtido a

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Mauro Preti, diretor geral de Workwear da Santista

partir da utilização do cupuaçu, fruto típico da Amazônia que, além de ecológico, promove maior conforto ao usuário da vestimenta, e os tecidos nanoconfortáveis, obtidos a partir da utilização do Tencel®, fibra natural que ajuda a combater a transpiração, odores, graças a sua estrutura nanofibrilar. Investimentos serão feitos para renovar, além do portfolio, o parque industrial da empresa, composto por quatro unidades industriais. A estrutura de atendimento ao cliente também está sendo ampliada. “Nossa equipe de executivos de contas cresceu 50% de 2013 para 2014”, revela o diretor geral. Esses profissionais não só realizam as vendas, mas acompanham todo o andamento da cadeia de produção, oferecem soluções e até avaliam se a utilização do uniforme está sendo feita de forma adequada. Consultores especializados orientam as confecções quanto à produção, desde o layout da fábrica, se necessário. Para dar maior segurança aos clientes finais e garantir a qualidade dos uniformes encomendados, a Santista continuará oferecendo aos clientes um rol de confecções homologadas pela empresa – hoje são cerca de 100 espalhadas por todo o Brasil.


prodv

Textilfest

Venha para Blumenau celebrar a maior Feira das Américas para a indústria Têxtil.

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MUNDO TÊXTIL

Tecidos Madison e Runny

Inovação em denim

para o

inverno 2015 Novos acabamentos e cores marcam os lançamentos da Tavex para a temporada mais fria do próximo ano

A

A coleção Inverno 2015 da Tavex traz um mix de tecidos premium que transitam entre todos os estilos e se destacam pela tecnologia, conforto, flexibilidade e versatilidade. Os dezesseis lançamentos exclusivos foram apresentados para clientes, parceiros e profissionais da cadeia têxtil. Continuam em alta os denims com pesos leves e que privilegiam o conforto e a elasticidade. “Estamos na busca contínua de inovação em todos os blocos de atuação para surpreender nossos clientes. A Coleção de Inverno 2015 traz esses componentes”, assegura a geren-

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Tecidos Bessie e Duske

te de marketing jeanswear da Tavex, Lilian Kurosaki. Os tecidos Cramber e Skye da linha TWINIC® by Tavex se caracterizam por novas colorações e variadas possibilidades de misturas, e pela pluralidade da lavanderia, com destaque para a economia de água. A linha Tri-blend Tecnology® by Tavex chega repaginada com a versão Black para o inverno. A tecnologia na mistura dos seus três fios – algodão, T400® e elastano transforma o jeans em um denim de performance, graças à capacidade de recuperação proporcionada pela Lycra T400® e à versatilidade do algodão.


Confira as novidades ICON: A essência do denim. É a linha 100% algodão, de cores intensas e acabamentos diferenciados, concebidos para proporcionar uma grande variedade de aspectos e efeitos de lavanderia, incluindo versões mais agressivas. O tecido Dundalk recupera o azul intenso e profundo. Já o Dusk transita pelo black over black.

FREE: Com destaque para o stretch, conforto e toque essa família de denims é formada por três linhas: FITNESS DENIM: comodidade e flexibilidade na oferta comfort denins para o mercado masculino. SECOND SKIN: oferece stretch superiores a 30%, especialmente desenvolvido para o mercado feminino em diferentes pesos, cores e novos acabamentos. Fazem parte dessa linha os lançamentos de tecidos Lumine, Kayla, Megan, Amy e Wis TRI-BLEND TECNOLOGY® BY TAVEX: Apresenta propriedade de alta elasticidade do fio Lycra®, além da versatilidade do algodão. A novidade é o tecido Sirius, o novo Tri-blend em black da Tavex. DENIM COUTURE by Tavex: Seleção de denims de alta qualidade com aspectos mais sofisticados, toques especiais, estruturas refinadas com atenção especial aos pequenos detalhes e acabamentos. Essa família de denims é formada por quatro linhas: ABSOLUTE FIT by Tavex: Um denim de extremo conforto com mais de 50% de elasticidade. Tecidos com mesclas especiais, extrema sensação de toque, maciez e excelente recuperação. Lançamentos: Lilly, Bessie e Anitta RUNWAY by Tavex: Uma nova face para o tradicional denim, com a combinação de sofisticação e conforto extras. Estruturas novas e não convencionais. Tecidos confortáveis e de grande versatilidade com aspectos ultra comfort chic. Lançamento: Runny JEATHER DENIM® by Tavex: Evolução do jeans com aspecto de couro. A união da mais alta tecnologia com o conforto

Tecidos Astom e Runny

de um UltraStretch Denim®. Tecidos com toque surpreendente, matizes ”matebrilho” e mais de 30% de elasticidade definem a coleção de tecidos Jeather Denim®. Lançamentos: Olivie e Loopy TWINIC® by Tavex: Denims desenvolvidos para melhorar e aumentar as possibilidades em processos de lavanderia. Tons que aparecem do fundo do tecido oferecendo infinitas possibilidades em cada peça. Lançamentos: Cramber e Skye O CONFECCIONISTA MAI/JUN 2014

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MUNDO TEXTIL

Cores e tons Capricórnio Têxtil apresenta novos tingimentos e tecidos em denim para o inverno de 2015

Intense Black Turquoise Dye

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A tecelagem amplia seu portfólio de artigos com tingimentos especiais e lança 11 novos tecidos com estruturas densas e refinadas em stretch. São quatro cores exclusivas, alinhadas às tendências internacionais de moda, que possibilitam maior variação de lavagens e diferenciação do produto final. A cor Intense Grey é de um cinza profundo, que proporciona desde o efeito amaciado até o délavé, sem perder o tom acinzen-

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tado. São duas novidades nesse segmento: o NewCastle, e o Brighton. Já a cor Shine Blue apresenta o jeans em nova cor azul brilhante, que tende ao púrpura e é aplicado no artigo Tahiti e confere versatilidade à lavanderia. Outra inovação em tingimento chega com a cor Turquoise Dye, com nuances que oscilam entre o verde e o azul brilhante. Nesse novo tingimento estão os artigos Mykonos e o Santorini.


Conheça os novos tecidos Regent: 9 oz em 65% algodão e 35% poliéster, com largura 1,68m e ligamento 3x1 Bond: 10 oz com 65%algodão, 32,5%poliéster, 2,5%elastano, construção 3x1 e largura de 1,53m Carnaby: 7,5oz em 70%algodão, 28%poliéster, 2%elastano, largura de 1,35m e construção de cetim Picadilly: 9 oz em 3x1, 97,5%algodão, 2,5%elastano e 1,34m de largura NewCastle: 9,5 oz em 67%algodão, 33%poliéster, largura de 1,65m e construção 3x1 Brighton: 11 oz em 67%algodão, 31%poliéster e 2%elastano, com largura de 1,48m e construção 3x1 Tahiti: 9oz é composto por 78,5%algodão, 20%poliéster e 1,5%elastano, com 1,52m de largura e ligamento 3x1 Mykonos: 7,5 oz tem largura de 1,41m, ligamento 3x1 e composição 71,5%algodão, 26,5%poliéster e 1,5% elastano Santorini: 8 oz tem composição 98,5%algodão, 1,5% elastano, construção 3x1 e largura de 1,55m Orfeu: 11,5oz composto por 74% algodão, 24,5%poliéster e 1,5%elastano, largura de 1,55m e construção broken twill Cozumel: 9,5 oz, 100% algodão, 1,76m de largura e construção 3x1.

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GO TEXTILE SOURCING SHOW

NÃO DÊ LIMITES AO NEGÓCIO DA SUA EMPRESA

prodv

Chegam também o artigo Orfeu, na cor Intense Blue, um tecido mais leve e em puro índigo, que permite variações de tons que vão dos mais escuros aos délavés. Já o Cozumel,na cor Inside Green, vem uma tonalidade diferenciada de azul que aflora tons esverdeados em lavanderia. De acordo com Maria José Orione, diretora de Planejamento Estratégico da Capricórnio Têxtil, os novos tecidos são resultado de pesquisas sobre as tendências no segmento jeanswear e as evoluções no comportamento de consumo. “Acreditamos na inovação contínua como diferencial de mercado”, acrescenta.As novidades já estão disponíveis no mercado, para todo o Brasil. Fundada, em 1946, a Capricórnio Têxtil é hoje uma das cinco maiores produtoras de denim do Brasil. Atuante em toda a cadeia produtiva, desde a compra do algodão, fabricação de fios, até a construção do tecido. A empresa mantém um parque fabril composto pelas unidades de São Carlos (SP), Bragança Paulista (SP) e Natal (RN), que produzem 70 milhões de metros de tecido por ano.

OUT 2014 LOCAL:

INFORMAÇÕES:

PAVILHÃO AMARELO - SÃO PAULO - SP

APOIO:

www.gotexshow.com.br COMITÊ ORGANIZADOR:

SINROUPAS-GO

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MUNDO TÊXTIL

Capacidade de produção da fábrica é de 2 milhões de metros/ano

Miroglio em SC

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Indústria italiana de tecidos estampados digitalmente inaugura fábrica no interior catarinense

Com investimentos de R$ 2 milhões, a italiana Miroglio Textile inaugurou em maio sua primeira fábrica no Brasil. Localizada em Guabiruba (SC), a planta industrial terá capacidade de produzir dois milhões de metros de tecidos por ano e abastecerá todo o país. A unidade produzirá tecidos estampados apenas em máquinas digitais de última geração, em bases de viscose, poliéster, seda, linho e algodão. Fundado em 1947 na cidade de Alba, norte da Itália, o Grupo Miroglio é um dos maiores conglomerados têxteis do mundo e líder em tecidos estampados na Europa. Com operação em mais de 50 países, conta hoje com escritórios de estilo em Nova York, Londres, Paris, Barcelona, Milão, Shanghai e Moscou, além da unidade de São Paulo. Registrou faturamento equivalente a 800 milhões de euros em 2013, encerrando o ano com 2 mil lojas, produção anual de 20 milhões de produtos de vestuário, 20 milhões de metros de tecido e 8 mil funcionários. “O Brasil é o foco de investimento da Miroglio no mercado la-

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tino-americano. Esta primeira fábrica vai abastecer o país todo com a mesma excelência e qualidade de produção já conhecidos mundialmente, de uma maneira muito mais rápida e eficaz”, diz o diretor-geral da empresa no Brasil Giuseppe Lano. Desde 2010 a empresa vende seus tecidos no país, faturando, com isso, cerca de R$ 20 milhões por ano. Em sua certeira de clientes constam importantes grifes brasileiras, direcionadas ao público A e B. Além da fábrica recém-inaugurada, a Miroglio Brasil dispõe de um showroom em São Paulo com um serviço exclusivo para que estilistas e designers conheçam todo o potencial da marca. Batizado de print lab, o espaço reúne todas as coleções produzidas, estampas e um acervo com mais de 50 mil desenhos. Frente a essas possibilidades, os clientes podem optar pelas coleções desenvolvidas pela equipe de estilo da marca ou desenvolver as estampas de acordo com a sua necessidade. A Miroglio desenvolve cerca de três mil novas estampas anualmente e avalia ter o maior acervo de estamparia do mundo.


MUNDO TÊXTIL

Conexão via etiqueta Novo posicionamento e arquitetura da marca LYCRA® prevê o lançamento de uma plataforma digital de comunicação entre seus clientes da cadeia têxtil e atrativos para o consumidor final

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Graças à revolução digital, a etiqueta deixou de ser apenas a fonte de identificação de um produto ou marca para se tornar uma plataforma de comunicação entre as cadeias de produção e entre os produtores e varejistas e o consumidor final. Por esse motivo, ela será o ponto de apoio da grande campanha de Marketing que a marca LYCRA® desencadeará no segundo semestre de 2014 e que envolverá TV aberta, fechada, mídias sociais, telefonia móvel, ferramentas de busca etc. A campanha terá âmbito global, mas começará no Brasil, com um novo posicionamento e arquitetura da marca e da etiqueta LYCRA®. Além de reforçar a comunicação da marca com o público mais jovem, antenado, as etiquetas “mágicas” vão atrair clientes para os pontos de venda em vista das diversas possibilidades que elas poderão criar, como manequins vivos e provadores da vida real. Para a cadeia de produção, a etiqueta será o ponto de acesso a serviços, via um portal especialmente criado para confeccionistas, tecelagens, malharias e varejo, por onde circularão informações sobre o mercado e sobre o que a INVISTA, dona da marca, pretende fazer. “Será um ponto de encontro de parceiros”, diz Newton Coelho, diretor comercial da INVISTA para o Brasil e Argentina. O Brasil é um dos principais mercados da América do Sul para a marca LYCRA® e um dos quatro maiores do mundo. “Ainda dá para crescer por aqui”, assegura o diretor comercial. “A utilização do fio LYCRA® em jeans feminino e masculino é crescente, assim como em camisas e outras peças, visando ao conforto”, coloca. Apostando na crescente demanda, está prestes a ser inaugurada a terceira fábrica da marca no Brasil, em Paulínia, região de Cam-

pinas (SP), que trará inovações em produtos, novos fios e tecnologias para o mercado brasileiro e sulamericano. E o que exceder a demanda será exportado, principalmente para a Europa . “De importadores passaremos a ser exportadores de fio Lycra”, comemora Newton Coelho.

Matéria-prima renovável

Outra novidade é o lançamento do fio com 70% de sua composição proveniente de uma matéria-prima renovável, oriunda de uma dextrose derivada do milho. Devido ao uso desta fonte renovável, a produção do fio LYCRA® bio-derivado emite menos carbono do que a fabricação de elastanos que usam materiais tradicionais. Com o novo fio LYCRA®, a INVISTA, detentora da marca, vai oferecer ao varejo e aos fabricantes de tecidos uma opção de fio de elastano que pode impactar a avaliação de todo o ciclo de vida do tecido e da roupa. As propriedades do fio seguem os altos padrões e especificações da INVISTA e não é esperado que seja necessário fazer qualquer adaptação nos tecidos, no processo de finalização ou estamparia. A intenção é produzir quantidades comerciais do novo fio para atender às coleções do Outono/Inverno 2015 e Primavera/Verão 2016. “Nós estamos muito atentos às questões ligadas à sustentabilidade, que são cada vez mais importantes na cadeia de valor têxtil e de vestuário, devido ao aumento da consciência dos consumidores, marcas, varejo e fabricantes”, ressalta Arnaud Tandonnet, diretor global de sustentabilidade da INVISTA Apparel. O CONFECCIONISTA MAI/JUN 2014

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MUNDO TÊXTIL TECNOLOGIA

Garantia contra falsificações Corte de tecidos e de papel A Brother International Corporation do Brasil, que atua no mercado de costura e bordado, lança a ScanNCut CM550, máquina de uso doméstico para corte de tecidos e papel que tem como diferencial o scanner embutido. Com mais de 840 desenhos na memória e resolução de 300 dpi, esse scanner possibilita a digitalização de desenhos feitos à mão, revistas, fotos e outras imagens sem o uso de computador. O equipamento é indicado para artesãos que trabalham com scrapbook, crafts e quilt. O visor LCD touch screen permite editar, mover, redimensionar e organizar o projeto; a área de digitalização e corte para projetos de grande porte é ampla; ao equipamento corta tecidos facilmente, informa o fabricante

Consultoria para produzir melhor

A Audaces lançou o Idea Consult, serviço de consultoria para o setor de estilo das confecções usuárias do sistema Audaces Idea. A partir da implantação do sistema, a consultoria faz o mapeamento dos métodos, rotinas de trabalho, fluxos de produção e, com base nessas informações, aponta pontos críticos e sugere alternativas para melhorar e padronizar os processos, reduzir os custos, otimizar o tempo e organizar as informações, promovendo a aprovação das peças e de custos de forma fácil e rápida.

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A história da Groz-Beckert® se confunde com a história da evolução tecnológica da costura. Originária da Alemanha, a marca existe desde 1852 produzindo, entre outros produtos, agulhas de qualidade e tecnologias que são referência no mundo todo. No campo da costura, todas as tecnologias que a Groz-Beckert® lança no mundo também estão disponíveis no Brasil. Destaque para as agulhas SAN® 10 e SAN® XS, indicadas para a costura de malhas e tecidos finos, artigos em evidência nos últimos anos. “Estamos trazendo também toda a linha de agulhas domésticas, bem como as novas embalagens das agulhas Groz-Beckert® com o código DataMatrix que, ao ser escaneado pelo aplicativo “myGrozBeckert” (para Tablets e Smartphones), possibilita ao usuário garantir a autenticidade do produto adquirido e ter acesso a todas informações técnicas relativas à agulha em questão”, explica Diana Artêmis Alves, analista de Marketing do grupo NS, que representa a marca no Brasil.

Metalnox: Para impressão direta em tecidos

Metalnox: Para impressão por sublimação

Impressoras Made in Brazil

A Metalnox Digital, nova marca do grupo Metalnox, apresenta duas impressoras digitais para o segmento têxtil: a ePRINT Mtx STRONG, para sublimação, e a EVOX Mtx8, para impressão direta em tecidos, ambas de fabricação nacional. A primeira chega a imprimir 90m²/h com alto rendimento de cor e qualidade de impressão, assegura o fabricante. A máquina conta ainda com tecnologia diferenciada das demais impressoras do tipo, como o sistema Intelligent para compensação de temperatura, que proporciona estabilidade na impressão. Vem também com as funções Grayscalle e Binário e Intelligent Head Protection que proporcionam melhor definição de imagem e maior vida útil das cabeças de impressão. Já a EVOX Mtx8 imprime estampas de até 600x800mm diretamente no tecido. Conta com tecnologia Metalnox diferenciada para proteção de cabeças - o sistema Intelligent Head Protection- que evita o contato dos nozzles com o oxigênio e proporciona maior vida útil, além da Função Grayscalle e Binário que oferecem melhor definição de imagem, e do Sistema Work Flow que confere maior produtividade.


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