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confeccionista ANO VII - Nº 39 - JAN/FEV 2016
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Como driblar a crise e voltar a crescer?
O CONFECCIONISTA - ANO VII - Nº 39 - JAN/FEV -2016
Consultor do Sebrae explica como superar as dificuldades atuais
inverno 2017
Inspiramais apresenta Preview do Couro
EXPORTAÇÃO Uma maneira de vender sem depender do mercado interno
Saiba como adquirir crédito empresarial e o que fazer para se tornar um fornecedor do
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Tecnologia avança em direção à indústria têxtil 3/1/16 3:25 PM
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O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2016
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CARTA AO LEITOR
O Marketing e a Vida Você sabe por que comemos ovos de galinha e não de pata? É porque quando a galinha bota um ovo ela sai cacarejando para todo mundo ouvir. Isso é que é Marketing! A crise se instalou no país e tudo o que pensamos é em diminuir nossos custos para poder sobreviver, mas o Marketing não é custo, é investimento necessário para quem tem uma empresa e, principalmente, vive de vendas. O Marketing é tão necessário como a luz, a água, a matéria-prima e os funcionários. Muitas empresas cortam completamente esses investimentos quando chega uma crise, porém, estão apagando o letreiro que elas têm no mercado e pode ser que ninguém mais as vejam. Uma frase comum que eu escuto é tive que cortar os investimentos em Marketing porque estou vendendo menos. Acho que o processo deveria ser exatamente o inverso, investir mais para achar quem está comprando, afinal, quem não é visto não é lembrado. Claro que as empresas investem um percentual de seus faturamentos em marketing e se o faturamento é menor, a verba também é menor, porém, é nessa hora que os parceiros comerciais (Revistas, Agências, Sites e outros) devem entrar em cena e buscar juntamente com seus clientes soluções diferenciadas para que os resultados apareçam. Agora finalmente o ano começou, qual vai ser sua atitude, vai esperar a crise passar ou buscar novas soluções? Lembre-se, o Marketing pode ser a galinha dos ovos de ouro para sua empresa! Tenha uma ótima leitura e faça grandes negócios. Um abraço.
Júlio César Mello
Diretor-executivo Revista O Confeccionista juliocesar@oconfeccionista.com.br
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EDITORIAL
2015 se foi! E finalmente o ano que não queria passar acabou. Adeus 2015. Que 2016 comece logo, vamos virar a página, deixar tudo que ficou no passado e pôr em prática o futuro. É hora de aceitar que a inflação aumentou, a crise chegou, os custos cresceram e a vendas diminuíram. Afinal, só podemos fazer planos e traçar estratégias com aquilo que temos nas mãos. Citar Albert Einstein em uma hora dessas parece de bom grado "A crise é a melhor bênção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar “superado”. ” Tudo tem dois lados, se por um lado ficou caro comprar de fora, por outro ficou barato para quem é de fora comprar aqui. “Vamos nos adaptar”, sugere Tiago Dantas na Dica do Especialista desta edição ao citar a fórmula do Fast Fashion “As grandes redes precisaram buscar métodos sólidos para sobreviver com resultados. E é aí que entra a fórmula Fast Fashion: menos estoque, mais rotatividade”. A matéria Exportação: o melhor momento é agora oferece um guia prático para sair da crise indo para o outro lado das fronteiras, expandindo territórios. E por falar em territórios, o online, com toda sua impessoalidade e marginalidade oferece uma vitrine com alcance para fora de qualquer limite geográfico e é um tema de indispensável leitura nas próximas páginas.
Linha Direta REDAÇÃO O CONFECCIONISTA editora@oconfeccionista.com.br (11) 2769.0399
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confeccionista Diretor-Geral - Júlio César Mello juliocesar@oconfeccionista.com.br Diretora de Relações com o Mercado Bernadete Pelosini bernadete@oconfeccionista.com.br Editora - Evelise Jagmin (Mtb: 66.701) editora@oconfeccionista.com.br Repórter - Andressa Volpini Editora de Arte - Marisa Ana Corazza marisacorazza@gmail.com Colaboraram nesta edição: Tiago Dantas e Sonia Duarte
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Feliz 2016!
Evelise Jagmin
Editora editora@oconfeccionista.com.br
Internet - Mulisha rafael@mulisha.com.br Financeiro - Vanessa Mello financeiro@oconfeccionista.com.br Publicidade comercial@oconfeccionista.com.br Impressão - Grafilar Tiragem - 12.000 exemplares. Distribuição Nacional O Confeccionista é uma publicação bimestral da Impressão Editora e Publicidade Ltda., distribuída aos empresários da indústria de confecção.
É vedada a reprodução total ou em parte das matérias desta revista sem a autorização prévia da editora. Todas opiniões e comentários dos articulistas e anunciantes são de responsabilidade dos mesmos. Impressão Editora e Publicidade Ltda Rua Alcides de Almeida, 184, Centro, S.Bernardo do Campo,SP. CEP: 09715-265 - Fone: (11) 2769-0399
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SUMÁRIO
confeccionista
confeccionista o
Ano VII - Número 39 - jan/fev 2016
GESTÃO NEGÓCIOS 16 E-commerce em alta
ANO VII - Nº 39
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EMPRESAS EM DESTAQUE
Como driblar a e voltar a cre crise scer?
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O CONFECCIONI
PERSONALIDADES EM DESTAQUE
FEV -2016
44 De olho no Bloco K
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Consultor do Sebrae explica como supera r as dificuldad es atuais
inverno 2017
Inspiramais apresenta Preview do Co uro
- Nº 39 - JAN/
MERCADO
STA - ANO VII
38 Eduardo Fuentes Molinero
- JAN/FEV 2016
EXPORTAÇÃO
Uma maneira de vender sem depender do mercado intern o
Saiba com adquirir crédit o empresarial e o o que fazer para se tornar um fornecedor do
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Tecnologia ança em direção av à indústria têxt il
CAPA MUNDO TÊXTIL 52 São Paulo Prêt-à-Porter e Couromoda
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INVERNO 2017
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EXPORTAÇÃO
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58 Lingerie feminina 60 Senac Moda Informação 62 Caruaru – Agrest Tex
Seções 10 EM DIA
DICA DO ESPECIALISTA 32 Modelagem 50 Mercado 8
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Impressão 3D Preview do couro - Inspiramais Uma maneira de vender mais Crédito empresarial BNDES
Dicas do Sebrae para superar a crise
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Economia de
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EM DIA GRAMADO RECEBE SALÃO LINGERIE BRASIL SUL
Primeiro curso do Método MIB acontece em Jundiaí
O Método MIB (Modelagem Industrial Brasileira) é uma referência de qualidade em modelagem, corte e costura. A professora Sonia Duarte, docente nas principais escolas de Moda do Rio de Janeiro, contempla a cidade de Jundiaí, em São Paulo, com o primeiro curso do método, que tem como prioridade formar modelistas aptos para o mercado de forma ágil e precisa à curto prazo. O curso será oferecido na Escola Jundiaí. As informações oficiais sobre a data de início e inscrições serão divulgadas em breve. Em caso de dúvidas, entre em contato por meio do telefone: (21) 98818-6626.
O Salão Lingerie Brasil Sul acontece na cidade de Gramado, Rio Grande do Sul, em janeiro de 2016, e irá reunir as principais marcas do país a fim de exibir os grandes lançamentos da coleção de Outono/Inverno 2016. As empresas apresentam seus lançamentos para os lojistas mais importantes da região do Sul do país, propiciando ótimas oportunidades de bons negócios para fabricantes e compradores, abrindo o ano em grande estilo para o mercado. O evento acontece no Serra Park, Rua Viação Férrea, 100 - Três Pinheiros, Gramado –RS. Mais informações: www.salaomodabrasil.com.br
Evento de final de ano da Abit premia destaques de 2015 A Abit realizou o tradicional coquetel anual do setor de encerramento das atividades e a cerimônia de entrega da Medalha do Mérito a personalidades que se destacaram no ano de 2015 no dia 3 de dezembro. A solenidade aconteceu na sede da entidade reunindo empresários e profissionais do setor têxtil e de confecção, além de parlamentares, autoridades e demais convidados. O presidente da Associação, Rafael Cervone, conduziu as homenagens. Nesta sexta edição, uma das Medalhas foi entregue a Nevaldo Rocha, fundador do Grupo Guararapes e homenageado como empresário de destaque. Na ocasião, ele foi representado pelo filho Flávio Rocha, presidente da Riachuelo. A Santaconstancia foi homenageada como empresa inovadora, com avançada tecnologia na área de estamparia digital representada pelo diretor Alessandro Pascolato que atua há 70 anos no mercado brasileiro. Pelo destaque 10
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nas exportações, a Savyon também recebeu a Medalha do Mérito entregue para Itzhak Bitter, presidente da Savyon, que há mais de 40 anos iniciou sua trajetória na indústria da moda com a proposta de fabricar jacquard de malha diferenciado. Ainda na cerimônia, a Abit entregou uma placa de honra ao mérito a Kaio Júnior Martins Silva, que representando o setor têxtil e de confecção foi um dos medalhistas brasileiros da WorldSkillslk Competition de 2015, considerado o maior torneio de educação profissional do mundo e que foi realizado em São Paulo. O presidente do Sinditêxtil-SP, Alfredo Emílio, e o deputado federal Guilherme Campos (PSD-SP), membro honorário da Frente Parlamentar Mista para o Desenvolvimento da Indústria Têxtil e de Confecção “José Alencar”, participaram do evento e saudaram os homenageados.
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EM DIA Nove empresas brasileiras expõem na Première Vision Paris
Negócios da moda ganham espaço em evento para pequenos empreendedores A Feira do Empreendedor aconteceu de 20 a 23 de fevereiro, em São Paulo, e contou com um espaço voltado exclusivamente para os negócios da moda com mais de 20 oficinas gratuitas, oito desfiles com troca de experiência com empresários do ramo e bate papo com especialistas do mercado de plus size. O espaço, denominada “Desafio da Moda”, foi montado com a participação de vários parceiros atuantes do setor. “Este espaço pretende reunir as informações necessárias para quem já tem ou deseja abrir um negócio no segmento da moda. Vamos atualizar os empreendedores sobre as tendências deste mercado e os principais aspectos de gestão para deixar este negócio competitivo”, destaca Aline Michele Cardoso, consultora do Sebrae-SP e organizadora deste espaço. Após os desfiles de peças da coleção Outono/Inverno 2016 plus size, especialistas e empresários da moda falaram sobre as oportunidades de negócios, destacando as principais características e problemas enfrentados para quem decide investir nesse nicho de mercado.
Ceará mostra sua moda
A primeira edição do “Salão Ceará Moda Contemporânea” será realizada entre os dias 27 e 29 de abril de 2016, em Fortaleza (CE). O evento tem o objetivo de consolidar o Ceará como um dos grandes polos confeccionistas do Brasil, apresentando a moda cearense para o Brasil e para o mundo. É uma realização da Câmara Setorial do Vestuário, liderada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, através da Adece - Agência do Desenvolvimento do Estado do Ceará com os sindicatos Sindconfecções, o Sindroupas e o Sinditêxtil. 12
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A edição primavera/verão 2017 da Première Vision Paris está chegando e um grupo de nove empresas brasileiras desembarcam na cidade para apresentar os mais variados produtos na feira, considerada uma das mais importantes do calendário da moda internacional. Cataguases, Elaia, Natural Cotton Color, La Estampa, Berlan, Savyon, Moltec, Britannia e Oficina Lamparina são as representantes do Brasil no evento, que acontece entre os dias 16 e 18 de fevereiro. Todas elas fazem parte do Texbrasil, Programa de Internacionalização da Indústria da Moda Brasileira, desenvolvido pela Abit em parceria com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). A Première Vision Paris é um dos maiores salões de moda do mundo no segmento têxtil, e apresenta as principais tendências em tecidos para confecções de roupas e novidades tecnológicas. Com o foco em realização de negócios e propagação de informações do mundo fashion, o evento recebe marcas do mundo inteiro para expor seus produtos. Nessa edição, a feira deve receber milhares de profissionais da moda vindos de cerca de 120 países para realização de negócios, parcerias internacionais, além de workshops e debates.
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GESTÃO NEGÓCIOS
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Expandir as vendas para o mercado online é uma opção para atacadistas e varejistas como uma alternativa para driblar a crise econômica do país Por Evelise Jagmin e Andressa Volpini 16
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FOTO: BENCH.CO
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Com a crise batendo na porta em 2015, um mercado sem limites de concorrência apresentou um crescimento considerável de 15,3% no primeiro semestre do ano, de acordo com o estudo Webshoppers, das empresas E-bit e Buscapé que faz um levantamento sobre o setor. A pesquisa mostra um faturamento de 18,6 bilhões no primeiro semestre de 2015 em comparação a R$ 16,1 bilhões no mesmo período em 2014. A expectativa para 2016 são ainda melhores. Rodrigo Borer, CEO do Buscapé Company, explica que apesar de uma pequena desaceleração no 1º semestre de 2015 se comparado com os últimos anos, “o e-commerce ainda continua crescendo a taxas muito mais elevadas que o PIB
brasileiro e duas vezes mais que o varejo tradicional”. Mesmo com o cenário socioeconômico do país ser alarmante, os números mostram que foi um ano muito positivo para o setor, com um total de 106,5 milhões de pedidos. “O comércio eletrônico ainda é um setor muito atrativo na economia brasileira e acreditamos que ainda existe muito espaço para crescimento. O mercado ainda continuará apresentando crescimento em 2016, principalmente pelo aumento das vendas via dispositivos móveis”, comenta André Ricardo Dias, diretor executivo da E-bit. Para Samuel Gonsales, Head de Produtos na Millennium Network, empresa de desenvolvimento de tecnologias para a indústria e o varejo do segmento de vestuário, o mercado online cresceu muito 2015 e que ainda tem muito a crescer em 2016, “Quando afirmamos que o comércio eletrônico pode ser uma alternativa para vencer a crise, não estamos sendo presunçosos. A projeção para 2016 é que o e-Commerce continue crescendo 2 dígitos, portanto é uma excelente opção”, completa. Moda e acessórios mantém a liderança em vendas por categoria, com 15% do volume de pedidos e oferece oportunidades tanto para o atacadista quanto para o varejista. Isso por se tratar um meio que possibilita atingir territórios inexplorados, sem limites de distância ou acesso. É uma opção para oferecer um catálogo mais completo de produtos para um público infinito, já q o espaço também é relativo. De acordo com o Sebrae, há muitas vantagens para o empreendedor em montar um comércio online. O investimento inicial de um negócio virtual é pequeno em comparação ao mundo físico. A plataforma eletrônica é mais democrática e possibilita investimentos de diversos os portes. Além disso, o público consumidor não é restrito à cidade ou ao bairro e os custos mensais das operações são muito menores. As vantagens não param por aí, Josemias Morada, Gerente de relacionamento da Alpha Sistemas, “é possível criar vitriO CONFECCIONISTA JAN/FEV 2016
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FOTO: STOCK.TOOKAPIC.COM/MARCINCZAJA
FOTO: DIVULGAÇÃO
Para facilitar a vida da indústria, Josemias explica que também é possível fazer uma integração total entre o sistema ERP interno e a loja virtual “através de um aplicativo que faça a Integração total entre a loja virtual com o próprio Sistema ERP, para que tudo aconteça muito rapidamente, em tempo real”.
Samuel Gonsales, Head de produtos na Millenium Network
nes virtuais diferenciadas e mutáveis com um pequeno esforço de codificação, outra ainda, é possível inserir componentes de novas tendências que estão em destaque além da utilização da mídia em geral como o Facebook, Twitter, Instagram e demais que ainda surgirão. A complexidade deste mercado em ascensão pode assustar à primeira vista, mas com um bom sistema de gestão, o controle interno pode ser ainda maior e mais completo do que no mercado físico. “Desenvolvemos plataformas que facilitam o dia-a-dia das empresas, que vão desde Planejamento de Compras contando com Reposição Contínua, OTB - Open to Buy e Sortimento; total integração das operações físicas e e-commerce, facilitando a disponibilização de estoques, agilizando os processos de entregas, permitindo que os consumidores comprem online e retirem as mercadorias em lojas físicas, façam trocas independentemente de canal de negócio, tenha acesso a Indicadores de Desempenho para a empresa como um todo e também para apenas um canal de negócio, dentre diversas outras opções”, explica Gonsales. 18
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Alteração no ICMS A partir de janeiro de 2016, começa a valer a nova tributação para o comércio eletrônico, aprovada em setembro de 2015 por unanimidade na Câmara dos Deputados. Com essa mudança, o ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) passará a ser repartido entre os estados. Por exemplo, uma empresa de São Paulo, que vender seu produto para um cliente na Bahia, terá que dividir a arrecadação do imposto com este estado que receberá a mercadoria. O objetivo dessa nova partilha é tornar a arrecadação igualitária para todos os estados, seja o que mais vende ou aquele que mais consome. Inicialmente, a mudança afetará as empresas de pequeno porte, que podem sofrer dificuldades em pagar os impostos. Porém, as alíquotas variam conforme o produto e o estado, podendo fazer com que o imposto pago pelo consumidor suba ou caia.
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INOVAÇÃO
3D Um novo conceito sobre tempo e tecnologia Por Evelise Jagmin e Andressa Volpini
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FOTOS: DIVULGAÇÃO
Impressão
Sapatos impressos em 3D desfilam nas passarelas de Paris
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Inovação e tempo otimizado. É isso que as impressoras 3D têm como objetivo principal. Nos últimos anos, a tecnologia de impressão 3D se tornou centro das atenções para muitas empresas que buscam otimizar o tempo de produção sem deixar de inovar. Apesar de existir há mais de 25 anos no mercado, essas impressoras estão vindo à tona agora. Com a evolução tecnológica, os custos reduziram e, consequentemente, o valor das máquinas também caiu. Em meados de 1990, por exemplo, investir em uma impressora 3D não sairia por menos de 60 mil dólares e o comprador ainda teria que importar. Hoje, é possível adquirir um modelo similar ao dessa época por uma média de 12 mil reais, com direito a suporte técnico e garantia certificada do produto. Os principais setores que utilizam essa tecnologia são a indústria automotiva, com a produção de peças robustas e protótipos; a arquitetura, possibilitando a construção de modelos arquitetônicos ricos em detalhes e feitos com diversos tipos de materiais e cores, e também na medicina e odontologia, criando peças do corpo humano com enorme precisão. Com essa evolução, esses equipamentos puderam atingir os mais variados setores, como o de produtos para consumo. Um exemplo é a Alpargatas, uma das principais empresas de confecção de calçados e dona da marca de sandálias mais conhecida do país, a Havaianas. No centro de desenvolvimento de produtos da empresa, uma equipe de designers especializados em calçados atualiza sem cessar as próprias sandálias Havaianas, além de produtos das marcas Topper, Rainha e Osklen.
Inovação 3D atinge indústria calçadista
Para auxiliar os criadores nesta missão, a Alpargatas implantou as impressoras 3D Stratasys Objet Eden360V e Objet Eden260V, que possuem sistemas multimateriais, permitindo aos designers da Alpargatas desenvolver solados de calçados com múltiplas propriedades, funcionalidades e aparência. Segundo o gestor de Inovação de Artigos Esportivos da Alpargatas, Luiz Glauco de Miranda Júnior, essa mudança proporcionou uma otimização de tempo muito vantajosa. “Antes da tecnologia de impressão 3D, levávamos uma semana para ter um protótipo em mãos. Hoje, o novo protótipo nasce em um dia”, afirma. Outra vantagem, segundo a Alpargatas, é que a impressora 3D garante um protótipo totalmente fiel à imaginação do designer. No processo anterior, havia um distanciamento entre a equipe de designers e os profissionais das fábricas. “Havia alguma perda de informação entre quem criava o produto, ainda em 2D, e a execução da maquete ou protótipo no chão de fábrica”, detalha Edmar Luciano Carvalho, Coordenador de Desenho 3D da Alpargatas. Glauco completa dizendo que, agora, o designer tem a liberdade para criar mais opções para cada calçado, “se ele imprimiu um protótipo com algumas características pela manhã e à tarde teve novas ideias ou inputs para o produto, basta fazer alguns ajustes e na manhã seguinte ele já terá acesso ao novo protótipo”. O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2016
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(FOTO: MÁRCIO MADEIRA
INOVAÇÃO
Acessórios impressos em 3D marcam presença em desfiles em São Paulo (à esquerda) e na Colômbia (à direita)
Impressão 3D na Confecção
Para quem busca por produtos inovadores, de design arrojado e marca única, a solução pode estar dentro do mundo ágil e diferenciado das impressoras 3D. Os fabricantes de aviamentos, principalmente botões e pingentes, têm a chance de criar novos modelos e adicionar marcas próprias para seus clientes. Essa tecnologia já foi utilizada por diversos estilistas em todo o mundo. Em 2014, Pedro Lourenço levou impressões 3D à passarela da São Paulo Fashion Week em forma de colares produzidos com material plástico. Após a impressão e validação da geometria, as peças foram finalizadas e pintadas nas cores escolhidas para compor a coleção. Alguns dos acessórios receberam um banho de ouro, ganhando o efeito luxuoso de uma joia. Para desenvolver e confeccionar essas peças, Lourenço e sua equipe contaram com o apoio da Stratasys e de seu parceiro de negócios, a LWT, responsável pela comercialização e suporte de sistemas de manufatura aditiva para uso profissional em impressoras 3D. Camilo Álvarez, um dos principais estilistas de moda da Colômbia, produziu “Botanicracia”, sua coleção primavera-verão 2014, tam-
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Impressora 3D ultizada no desfile no Brasil, em São Paulo
bém com a tecnologia de impressão 3D. O estilista tinha como objetivo criar uma coleção única de acessórios 3D para homens e mulheres. O resultado final apresentou chapéus, pulseiras, óculos e biqueiras, assim como vestidos que incorporam uma estrutura central de plástico e tricô. Outros países onde as impressões 3D marcaram presença são França e Japão. Iris van Herpen, estilista holandesa que desfila na Paris Fashion Week, apresentou sapatos, acessórios e até mesmo vestidos impressos em 3D pela Stratasys e explica: “Para mim, moda é isso: estabelecer os nossos próprios limites e deixar uma marca”, afirma a estilista. “Queríamos criar algo que ecoasse a beleza selvagem da natureza. Decidimos então usar os recursos tecnológicos de impressão 3D para materializar este conceito através de um par de sapatos”.
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EMPRESAS EM DESTAQUE
LECTRA
Multinacional francesa aposta no Brasil
Fundada na França, em 1973, a Lectra é uma das maiores empresas no desenvolvimento de tecnologia e consultoria para empresas nos segmentos de moda, automotivo e moveleiro. É uma empresa transnacional, que atua em mais de 100 países e está cotada na bolsa Euronext. Hoje a empresa atende 23 mil clientes, tem 1.500 funcionários e um faturamento que chega quase aos US$ 300 milhões ao ano. Softwares avançados e sistemas de corte automático são os produtos oferecidos pela mul-
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tinacional, além de prestação de serviços associados a uma grande variedade de mercados, incluindo o da moda (confecção, acessórios e calçados), automotivo (airbags, bancos e interiores de automóveis) e de mobiliário, assim como uma ampla variedade de outros setores, tais como aeronáutica, náutica, energia eólica e equipamentos de proteção individual A empresa investe continuamente em pesquisa e desenvolvimento graças ao seu Centro de Conferência e Tecnologia Avançada Inter-
FOTOS: DIVULGAÇÃO
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Especialista em desenvolvimento de tecnologia e consultoria para empresas no segmento de moda, automotivo e moveleiro destaca investimentos no país como prioridade estratégica
nacional, instalado em Bordeaux, na França, sede da empresa, focado em inovação para oferecer soluções que integram softwares e maquinários para as áreas de design, modelagem, corte e PLM (Product lifecycle Management), além de prestar consultoria às empresas em gestão de mudança e Lean Manufacturing.
Brasil em foco
A Lectra vem investindo há mais de 20 anos no país e já passou por outras crises econômicas. Por isso sabe que vale a pena acreditar e continuar investindo neste mercado. O Brasil tem destaque nas prioridades estratégicas da empresa e representa um dos mais fortes potenciais de crescimento para a empresa. Do ponto de vista da Lectra, o mercado brasileiro vem amadurecendo rapidamente e trilhando um virtuoso caminho de profissionalização dos processos produtivos e da capacitação de profissionais e equipes. As estratégias da Lectra estão ancoradas na busca por alguns pilares, que traduzem os objetivos futuros da empresa, como criar valor para seus clientes, oferecer ao mercado uma sinergia entre equipamentos, softwares e serviços, ter sempre a inovação como foça motriz para a excelência, um modelo de negócios sólido e uma estratégia de longo prazo consistente, manter a atuação transnacional da empresa e manter claros e ambiciosos os objetivos financeiros.
Empresa realizou evento inédito sobre modelagem
No dia 19 de setembro de 2015, a Lectra realizou o 1º Encontro de Modelagem Lectra, um evento que reuniu em Blumenau diversas empresas e profissionais para um dia de discussões sobre a importância da modela-
Máquina especial para corte de couro na sede da Lectra em Bordeaux, na França
gem no desenvolvimento de produtos e as evoluções e mudanças pelas quais esta área vem passando. A programação foi composta por cinco palestras, uma mesa redonda, workshop e a apresentação de um case de sucesso. A iniciativa teve a parceria do Senai Blumenau e o apoio institucional da ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) e surgiu a partir da identificação deste tema como algo recorrente nas conversas da Lectra com seus parceiros. "Percebemos que nossos clientes têm interesse em saber mais sobre as melhores práticas que o mercado mundial está adotando, com especial ênfase para a área de modelagem, assim como trocar ideias e experiências a partir da realidade brasileira", explica Adriana Papavero, diretora Lectra América do Sul. "Considerando a relevância da modelagem no sucesso de uma coleção, achamos que uma boa ideia seria promover um encontro como este, em que as pessoas terão a oportunidade de conhecer a visão de especialistas, empresários e talentos da moda sobre o assunto. Será também uma excelente oportunidade de network entre profissionais que têm as mesmas preocupações e interesses", completa. O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2016
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VERÃO 2015/16 INVERNO 2017
Inspiramais adianta tendências do Couro para o inverno 2017
Preview do
Curtumes apostam nas características do povo brasileiro para as novas tendências de cores, texturas e acabamentos para o couro inverno 2017 Por Evelise Jagmin
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couro b
Brasilidade é a palavra-chave para as tendências apresentadas no Preview do Couro Inverno 2017 por Walter Rodrigues, Marnei Carminatti e Ramon Soares durante a 19ª edição do Inspiramais, evento realizado pela Assintecal (Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos) no Centro de Convenções do Shopping Frei Caneca, em São Paulo, nos dias 11 e 12 de janeiro. O ponto de partida para o conceito das novas tendências é o tom de pele do brasileiro, que aparece evidente nas 10 cores propostas para a temporada. Há duas cartelas de cores distintas e complementares para a estação. A primeira esbanja cinco variações de beges esboçados nos diferentes tons de pele dos seres humanos.
Sabendo que o investimento em qualidade já não é mais uma
opção, a IBG mantem a mais de uma década de trabalho, total integração com as tendências europeias relacionadas à tecnologia e fabricação de botões poliéster, importando maquinário de fabricação italiana e oferecendo o que ha de melhor e mais moderno no mercado.
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VERÃO 2015/16 INVERNO 2017 A segunda cartela é composta por cores vivas, como o laranja, rosa, azul, amarelo e verde que traduzem alegria e vibração e emergem o ritmo colorido da miscigenação brasileira para a harmonia cromática da coleção. As texturas estão em alta e contam com aspectos rústicos e de visual mais pesado, porém com toque leve e macio que lembram a pele humana. Há também a presença de estruturas acetinadas que proporcionam brilho e volume às peças. Provocante, ancestral, cadência, rotação, labiríntico e flexível foram as palavras de ordem para definir cor, forma, textura e acabamento que inspiraram o estilista Walter Rodrigues, líder do projeto e sua equipe do Núcleo de Design da Assintecal. As peles de peixes, em especial a de tilápia, surgem proporcionando efeito de volume e dobraduras originais. A exótica cobra Python aparece valorizada em combinações e efeitos ritmados de cor. Peles de Jacarés Caimam recebem efeitos tamponados com cera que valorizam seu desenho natural.
Nesta edição, o Preview do Couro conta com a participação de 17 curtumes. Orientado pelo estilista Walter Rodrigues e pelos designers Marnei Carminatti e Ramon Oliveira Soares, o grupo criou peças que ficarão expostas durante o evento A 13ª edição do INSPIRAMAIS ocorreu nos dias 11 e 12 de janeiro e contou com a presença de visitantes de todo o Brasil e de diversas partes do mundo, que puderam conferir em primeira mão todos os lançamentos em materiais para os segmentos calçadista, têxtil, vestuário e moveleiro para o Verão 2017 e também o Inverno 2017 a partir dos projetos Preview do Couro, Referências Brasileiras e + Estampa. O objetivo do evento é auxiliar as empresas de uma forma global, desde a pesquisa conceitual até a comercialização de produtos, oferecendo capacitação, design, tecnologia e sustentabilidade. “A aceitação por parte do público ligado ao mercado de moda, mostra que estamos no caminho certo ao propor a criação de coleções genuinamente brasileiras e com apelo de design e inovação”, avalia o presidente da Assintecal, William Marcelo Nicolau. Cores neutras e cores vivas se misturam na cartela de cores apresentada no evento
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DICA DO ESPECIALISTA MODELAGEM
Alfaiataria. Uma história que não se perde no tempo SONIA DUARTE é pesquisadora, professora e autora do livro MIB Modelagem Industrial Brasileira www. modelagemmib. com
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Modelagem, corte, costura, técnica… ...E um pouquinho de história nessa nova jornada da revista. Uma área que impulsiona e alimenta a alma, mesmo se estivermos no menor lugar do mundo. Sim, a modelagem é globalizada. Outro dia estive pensando no quão é diversificado o mundo animal e imaginei se todos os animais tivessem que se vestir, daí descobri que eles não se vestem por seus corpos já serem protegidos contra as intempéries do tempo. Pensando mais, achei que eles não se vestem porque não pensam, daí são puros e não sentem vergonha De qualquer maneira, quem acredita que, historicamente, a mulher “nasceu” primeiro, segurando uma agulha e um tecido, e posteriormente, após a primeira revolução industrial, com uma “máquina de costura” entre as pernas, sempre fica surpreso ao ver que as primeiras histórias populares, como as coletadas pelos irmãos Grimm e imortalizadas nos contos que eles escreveram, sempre relatam proezas de imprescindíveis e anônimos alfaiates. Ou seja, os homens precederam as mulheres na arte da modelagem. Vale destacar aqui o conto “O Alfaiatezinho Valente” dos irmãos Grimm, também autores de “Rapunzel”, “O príncipe sapo” e de “Branca de Neve”. No conto “O alfaiate valente”, que corria de boca em boca, até que foi imortalizado nas pági-
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nas escritas pelos irmãos Grimm o alfaiate, personagem principal, é um homem pequeno, franzino, mas sábio, muito sábio. Ou seja, a profissão que surgiu oficialmente em torno do século XII/XIII não gerou, nos seus primórdios, nenhuma celebridade, já que nenhum nome ficou para a história. Mas era um ofício que exigia inteligência, mãos ágeis e precisas. De acordo com a história da moda ocidental, o “tailleur de ville”, numa tradução literal vem a ser o alfaiate da cidade, surgiu na França (cujos antepassados são os gauleses imortalizados na obra Asterix). Ele foi o primeiro, de acordo com a história oficial da moda ocidental, a exercer, como ofício, a modelagem, o corte e a costura de uma peça de roupa. Era um artesão reconhecido (daí a imortalidade do conto “O alfaiate valente” dos irmãos Grimm) mas nenhum nome ficou para a história. Vale reafirmar que era uma profissão, no início, exclusivamente masculina. As mulheres podiam trabalhar como empregadas de um alfaiate, mas não podiam ser proprietárias ou chefiar o negócio. O alfaiate-chefe, o dono, tinha que ser um homem. Agradecimento ao alfaiate “Cassiano Cargnelutti” pela imagem do paletó.
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EXPORTAÇÃO
Uma maneira de
vender mais
A
A atual situação econômica do Brasil exige que as grandes indústrias trabalhem em prol da superação, buscando formas de driblar a crise e se manterem vivas no mercado. Uma das alternativas para continuar crescendo em meio à um cenário desestimulante é expandir a área de atuação e encontrar compradores no mercado externo, aproveitando a constante alta do dólar. As indústrias têxtil e de vestuário brasileiras, que investem na adição de valor aos seus produtos, trabalhando com os atributos que ressaltam as características únicas do país, têm vantagens no mercado internacional, pois o setor têxtil e de confecção brasileiro já conquistou um reconhe-
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cimento no mercado internacional, principalmente no segmento de moda praia. Além disso, com a moeda norte-americana oscilando na casa dos R$ 4, esse mercado ganha maior competitividade no exterior, por conta do custo benefício das empresas ao comprar com de um país cuja moeda está desvalorizada. Em 2000, a Abit - Associação Brasileira da Industria Têxtil de Confecção -, em parceria com a Apex-Brasil - Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, criou o Texbrasil, um programa de internacionalização da Indústria da Moda Brasileira, que tem como objetivo apoiar e preparar as empresas das indústrias têxtil e de confecção interessadas
IMAGENS: FREEPIK E DIVULGAÇÃO
Aproveitar a alta do dólar e atingir o mercado exterior se mostram como um caminho alternativo para contornar os impasses que assolam o país Por Andressa Volpini
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EXPORTAÇÃO em comercializar seus produtos em outros países. Desde seu lançamento, mais de 1.200 empresas utilizaram os serviços deste programa, gerando mais de US$ 3 bilhões em volume de negócios em exportações.
Contatando futuros clientes no exterior
Uma ótima maneira de dar início às exportações é fazendo parte do Programa Texbrasil. O programa oferece ferramentas que ajudam as empresas a criarem Entrando no mercado conexões com compradores de exportação internacionais. Uma delas Antes de uma empresa iniciar é o portal de Inteligência suas vendas no exterior, é necesCompetitiva, que reúne uma sário realizar todo planejamensérie de informações estratéto para que essa iniciativa não se gicas de mais de 200 países. torne uma dor de cabeça. O geEntre elas, estão notícias rente de Exportações da Apexrelevantes do setor, novos -Brasil, Christiano Braga, afirma conteúdos de varejo, consuque confecções e quaisquer oumo e tendências, estudos de tras empresas que querem atuar fontes parcerias, contatos de Christiano Braga, gerente de Exportações da Apex-Brasil no mercado internacional decompradores e agentes entre vem encarar a exportação como outros. “Além da ferramenta, um elemento estratégico do seu negócio, que exige o programa conta com uma equipe de consultores investimentos com retornos a longo prazo. “Existem pronta para atender as empresas em solicitações e quatro importantes pilares que ajudam no proces- demandas por pesquisas e análises de mercado perso de preparação para atuar nesse mercado: bom sonalizadas e identificação de contatos e oportuniplanejamento, análise do mercado onde irá atuar, dades de negócios”, completa o gerente da Apex. adequação dos produtos para o mercado de destino Outra vantagem de participar do Texbrasil é o proe estratégia de comunicação e posicionamento da jeto comprador. “Nesta ação, promovemos encontros marca”, destaca Braga. nos quais compradores internacionais e empresas Também é importante ressaltar que o empresário vendedoras brasileiras são colocados frente a frenencontrará novos desafios trabalhando no mercado te. Depois de selecionados de acordo com o perfil da internacional. “As empresas se deparam com regras oferta brasileira, os compradores são convidados a vir mais complexas no mercado internacional do que no ao Brasil para participar de reuniões de negócios com mercado interno, já que a concorrência é mais fe- os empresários e marcas nacionais”, conta Braga. roz, principalmente com produtos asiáticos, que esPara aqueles que desejam expandir seus negócios tão em praticamente todos os mercados. Elementos se relacionando com o mercado exterior, a Apex-Bracomo a adequação dos produtos, a análise da quali- sil auxilia em todas as etapas do processo de exportadade e diferenciação dos mesmos também merecem ção, desde a preparação de uma companhia iniciandestaque”, informa o gerente. te até a ação de uma marca já internacionalizada. O É necessário que as empresas selecionem com Texbrasil oferece diversas ações que contribuem para muito critério os seus potenciais mercados, fazen- o processo exportador das empresas, desde eventos do uma análise de inteligência para descobrir onde com foco na capacitação e preparação para a entrada há demanda para o seu produto. Braga reforça, ain- no mercado internacional até o apoio na participada, que a adequação desse produto no mercado de ção em feiras internacionais, projetos compradores, destino também é outro elemento fundamental. projetos de imagem e ações customizadas de posicioAlém de se adaptar ao público, a empresa precisa namento em redes de varejo no exterior. O programa conhecer todos os regulamentos e normas que o possui importante atuação na área de articulação e produto deve ter para poder ser vendido em deter- negociações comerciais para o produto têxtil brasileiminado mercado. ro em mercados internacionais estratégicos. 36
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PERSONALIDADES em destaque
Eduardo Fuentes Molinero,
diretor comercial da Tajima do Brasil
Os desafios são sempre os mesmos O momento atual pode parecer incerto, mas é necessário não estagnar, permanecer alerta às demandas do mercado. Ficar em destaque e prestar atenção nos concorrentes 38
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Eduardo Fuentes Molinero, 53 anos, tem quase 20 anos de experiência no setor de confecção e têxtil. Formado em Propaganda e Marketing e um especialista e apaixonado por bordado industrial. Em sua experiência, contam a comercialização de equipamentos de costura, digital print e máquinas especiais sempre à frente da marca Tajima do Brasil. “Consolidei minha experiência e conhecimentos no campo, ou seja, nunca fui um burocrata, busquei estar do lado do cliente, mais do que vender, apresentar soluções. Assim com certo orgulho vejo que consegui atravessar muitas crises no Brasil graças aos que acreditaram em mim e especialmente na solidez, reputação e qualidade presentes na marca Tajima.”
Como Diretor Comercial de uma grande empresa como Tajima do Brasil, qual é seu grande desafio hoje?
Os desafios são sempre os mesmos; não estagnar como empresário ou fundamentalmente nunca ser uma empresa acomodada, permanecer sempre alerta ao que o mercado precisa e demanda. Os sinais são muito claros! Se quiser se manter vivo tem que ser 100% eficiente, porque os meus concorrentes também sabem fazer a parte deles para o cliente. Meu desafio é estar em destaque.
Como o Sr. vê a concorrência dos produtos importados e a alta do dólar para o mercado de confecção?
Faz parte do jogo! Sempre, nas oscilações e em todos os mercados, ora se produz ora se importa. Na confecção não é diferente, aliás é um dos setores mais suscetíveis a este tipo de situação. A alta do dólar ou a queda do dólar não é o maior problema a ser resolvido, a política governamental e as que envolvem a ciranda do mercado financeiro é que não deveriam ser tão influentes e importantes ao ponto de afetar tão drasticamente o mercado.
Se quiser se manter vivo tem que ser 100% eficiente, porque os meus concorrentes também sabem fazer a parte deles para o cliente. Meu desafio é estar em destaque.” Após um ano difícil como foi 2015, o que fazer para crescer?
Um pouco de sorte, muita estratégia e trabalho. Se lamentar nunca foi à solução. O mercado não para. Ele retraiu, tem que se buscar novos canais e diversificar. Se não é possível crescer, pelo menos que não diminua. A estabilidade é também uma alternativa e muitas vezes uma boa estratégia para segurar-se até que as coisas voltem ao normal.
O Sr. acredita que o dólar em torno de R$ 4.00 mais ajuda ou atrapalha o setor de confecções em geral?
Atrapalha. O dólar eu comparo na brincadeira como a temperatura do corpo humano. Muito baixa é ruim e muito alta idem, tem que controlar para ficar na média. O dólar na casa de R$2,80 e R$3,20, oscilando entre este mínimo e máximo, seria perfeito.
O Sr. acredita que os grandes magazines irão voltar a comprar do mercado interno no curto prazo?
Sem dúvida vão procurar quem produza aqui no Brasil. Acho que ágeis como são os O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2016
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PERSONALIDADES em destaque Magazines, já vinham se preparando para este período de alta do dólar. Mas o consumo interno de acabados é ainda muito baixo em virtude do momento atual, e desta forma engrenar na produção não é coisa do dia para noite. Vai levar algum tempo para “dentro do cenário atual” voltar à normalidade. Com a crise atual, existe espaço para o empreendedorismo?
Claro que sim. O empreendedor nasce em qualquer tempo, o empreendedor vê na crise caminhos abertos e livres. É claro que tem que se ter cuidado, mas com responsabilidade o empreendedorismo sobrevive em qualquer ambiente.
Como o governo pode contribuir com a indústria de confecção?
Se o governo conseguir “ver” a confecção como um business já seria excelente. Ou será que só existe a indústria automobilística para se preocupar e dar isenção de impostos?
Como o Sr. analisa a atuação das entidades de classe como ABIT, FIESP, ABRAMACO e outras nesse momento?
As entidades seriam mais fortes se o segmento estivesse fortalecido, mas vejo que eles vêm tentando ajudar no que lhes é possível.
O Sr. é mais a favor da liberação do crédito ou do controle mais rígido da inflação?
Quem passou da casa dos 40 anos sabe o que é inflação. O governo tem como controlar o crédito e a inflação, mas então teriam de fazer a lição de casa e não estão fazendo. Prefere ficar falando de CPMF. Infelizmente é política e o brasileiro é um péssimo analista político. Se soubéssemos nos impor isto jamais seria um problema.
O Sr. acredita mais na mídia impressa ou digital?
Cada uma tem a sua função e importância. Vejo que andam muito em paralelo e a depender do que se busca, e do que se estuda, a
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A “marola” marca uma das piores análises de mercado da história recente. Não precisamos mudar de governo, precisamos que o governo seja mais menos partido e mais governo. mídia tem a solução. Uma boa revista jamais será extinta e substituída, é consultiva e informativa. Assim como um bom buscador e/ou Catálogo Virtual podem dar, paralelamente, refinamento à pesquisa. Como consumidor, o Sr. está otimista? Vê uma luz no fim do túnel?
Sim! Vamos passar por esta crise. Vamos com certeza, como em todas as outras crises, sofrer e nos lamentar muito. Mas vamos achar o caminho certo e aprender que as ditas “frases medianas” e “ditados populares” são sim bons exemplos em casa. A “marola” marca uma das piores análises de mercado da história recente. Não precisamos mudar de governo, precisamos que o governo seja mais menos partido e mais governo. Independente de tudo isto, somos uma nação forte de povo simples, mas lutador, a luz depende de cada um de nós. Se soubermos o papel que nos cabe e seguirmos em frente poderemos atravessar este período como menor dano possível.
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MERCADO
Receita do setor têxtil e de confecção deverá em 2016 subir
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e
Em 2015, o faturamento do setor têxtil e de confecção brasileiro foi de R$ 121 bi, valor 3,9% menor que o de 2014, em que o número foi de R$ 126 bi. Para 2016, a perspectiva é de que o faturamento do setor têxtil e de confecção brasileiro seja de R$ 127 bi (US$ 30,9 bi), o que significa um aumento de 4,9% em relação a 2015, de acordo com dados divulgados em fevereiro de 2016 pela Abit – Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção. Para Rafael Cervone, presidente da Abit, o setor voltará a crescer com o aumento das exportações e com a substituição de importados na indústria
ewing Things
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nacional. “Acreditamos que, em 2016, teremos uma substituição de importações de produtos têxteis, de aproximadamente 200 mil toneladas; e de 200 milhões de peças, no que diz respeito ao setor de vestuário”, explica Cervone. O presidente também falou sobre as ações de fortalecimento da produtividade e competitividade nacional, que visam o futuro e a inovação do setor. “Neste ano, daremos ainda mais ênfase a iniciativas que fazem parte do Têxtil 2030, como a Indústria mais Competitiva, a Cadeia Global de Valor e a Confecção do Futuro”, finaliza.
IMAGENS: FREEPIK
Perspectiva divulgada pela Abit projeta que o faturamento será RS 127 bilhões
Varejo
Comércio Exterior
Em 2015, as importações de têxteis e confeccionados tiveram queda de 17,4% (US$ 5,85 bi) e as exportações diminuíram 8,2% (US$ 1,08 bi). Já o déficit na balança comercial foi de US$ 4,8 bi, número 18,6% menor que o registrado em 2014 (US$ 5,9 bi), em que as importações tiveram um aumento de 4,8% (US$ 7,08 bi) e as exportações apresentaram queda de 6,7% (US$ 1,18 bi). Para 2016, a perspectiva é de o déficit da balança comercial seja de US$ 3,4 bi, com uma queda de 22,4% (US$ 4,5 bi) nas importações e um aumento de 1,5% (US$ 1,1 bi) nas exportações do setor.
Sewing Things
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Produção
Sewing Things Em 2015, a produção física do segmento têxtil teve queda de 14,5% (1,9 mi de toneladas) e a do vestuário, de 10% (5,5 bi de peças). Em 2014, esta queda foi de 3,2% (2,2 mi de toneladas) e de 6,6% (6,15 bi de peças). Para 2016, a perspectiva é de haja um aumento de 9% (2,08 mi de toneladas) e uma queda de 1,8% (5,4 mi de toneladas) no segmento de vestuário.
VINTAGE
Sewi Sewing T
Em 2015, o varejo de vestuário apresentou queda de 8% (6,45 bi de peças) e em 2014, a queda foi de 1,1% (7 bi de peças). Para 2016, a perspectiva é de haja uma queda de 4,8% (6,15 bi de peças) no varejo de vestuário.
V
VINTAG
Faturamento
O faturamento do setor têxtil e de confecção brasileiro em 2015 foi de R$ 121 bi (US$ 36,2 bi), valor 3,9% menor que o de 2014, em que o número foi de R$ 126 bi (US$ 53,6 bi). Para 2016, a perspectiva é de que o faturamento do setor têxtil e de confecção brasileiro seja de R$ 127 bi (US$ 30,9 bi), o que significa um aumento de 4,9% em relação a 2015. 1 2 3 4 5 6 7
Projeções da perspectiva divulgada pela Abit:
Empregos
Quanto aos empregos, em 2015, o setor têxtil e de confecção apresentou uma perda de 100 mil postos de trabalho, número 376% maior que o de 2014, em que o setor perdeu 21 mil postos. Para 2016, a perspectiva é de haja uma estabilidade.
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MERCADO
De olho no
Bloco K
Bloco K é uma ferramenta de fiscalização que faz parte do programa SPED Fiscal – Sistema Público de Escrituração Digital e passará a ser obrigatório a partir de janeiro de 2016 para empresas com faturamento anual igual ou maior que R$ 300 milhões. Para faturamento acima de R$ 78 milhões a data estipulada é janeiro de 2018 e para as demais empresas, só será exigido a partir de janeiro de 2019. O Registro de Controle da Produção e do Estoque terá em seu banco de dados todas as entradas e saídas de produtos, a produção e as quantidades relativas aos estoques de mercadorias. As indústrias deverão cadastrar eletronicamente no Bloco K que itens tiveram de ser utilizados na fabricação dos produtos, além de perdas normais do processo produtivo e substituição de insumos para todos os produtos fabricados pelo próprio estabelecimento ou por terceiros. Assim a Receita Federal terá registrado no Bloco K as quantidades produzidas e os insumos consumidos em cada material intermediário ou produto aca-
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bado, podendo através desta informação, projetar o estoque de matéria-prima e de produto acabado do contribuinte. Além disso, contará também com as informações de industrialização efetuada por terceiros e dados dos comércios. O objetivo da ferramenta é cruzar informações para impedir a sonegação de impostos durante o processo produtivo. Dessa maneira, o Fisco passará a ter dados completos em relação a todos os processos produtivos e movimentações das empresas facilitando o cruzamento com os dados apurados pelo Sped Fiscal. O registro é bastante complexo, já que devem ser registradas todas as operações, com uma folha para cada espécie, marca, tipo e modelo de mercadoria, o que pode exigir sistemas específicos para controle interno. Bloco K está inserido no contexto de alterações que estão sendo promovidas pelo CONFAZ para o ICMS e as operações que envolvem a circulação de mercadorias e ou produtos.
IMAGEM: FREEPIK
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Medida contra sonegação de impostos começa a funcionar em janeiro de 2016 Por Evelise Jagmin
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MERCADO
Crédito empresarial Cartão BNDS: Uma das melhores maneiras de obter crédito para empresas com tarifas reduzidas
FOTO: DIVULGAÇÃO
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Por Evelise Jagmin
O cartão do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - é uma maneira de micro, pequenas e médias empresas obterem crédito rotativo pré-aprovado, financiamento automático em até 48 meses, prestações fixas e iguais com uma taxa de juros bastante atrativa, 1,32% ao mês. A tarifa é definida mensalmente na página inicial do sistema. O crédito pré-aprovado é de até R$ 1 milhão por banco emissor e pode ser utilizado para realizar investimentos na aquisição de mais de 265 mil itens de setores variados, como máquinas; computadores e softwares; embalagens; equipamentos de informática e automação industrial; serviços de design, ergonomia e modelagem de produtos; cursos de qualificação profissional para o turismo, inglês e espanhol; móveis e utensílios; motos e caminhões; materiais para a construção civil; insumos para diversos setores da economia (incluindo o têxtil e o calçadista); fabricação de CD áudio e DVD gravados, de produção nacional, bem como impressão de livros; diagnóstico de eficiência energética; serviços de metrologia, de acreditação hospitalar, de pesquisa, desenvolvimento e inovação e propriedade intelectual, entre outros.
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Como funciona
O sistema é operacionalizado exclusivamente pela internet, por meio do Portal de Operações do Cartão BNDES e está disponível no site www.cartaobndes. gov.br. O portador do cartão realizará sua compra pelo site procurando no catálogo existente os bens e/ou serviços que lhe interessa.
Quem pode adquirir o cartão
Micro, pequenas e médias empresas com faturamento bruto anual de até R$ 90 milhões, com sede no País, que exerçam atividade econômica compatível com as políticas operacionais e de crédito do BNDES e que estejam em dia com o FGTS, RAIS e demais tributos federais. Não é exigido tempo mínimo de atividade da empresa para a solicitação do cartão, porém os bancos emissores, que são os responsáveis pela concessão do crédito com os recursos do BNDES, podem definir esse tipo de exigência para emissão do Cartão. O cartão pode ser emitido pelos seguintes bancos: Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Banrisul, Bradesco, BRDE, Caixa Econômica Federal, Itaú, Santander, Sicoob e Sicredi. A emissão se dá por meio de ban➤ deiras de cartão de crédito parceiras.
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MERCADO
Os limites de crédito são independentes e é possível também solicitar o cartão em mais de um banco emissor e somar o total dos limites para realizar compras. A empresa terá seu crédito analisado pelo banco emissor, sendo necessário que tenha uma conta corrente neste banco. Caso um banco emissor trabalhe com mais de uma bandeira de cartão de crédito, o cliente poderá ter, nesse banco, um Cartão BNDES de cada bandeira, desde que a soma dos limites não ultrapasse R$ 1 milhão no mesmo banco.
Crédito já liberado
Só em 2015, de janeiro a outubro, foram R$ 9,6 bilhões desembolsados em 630 mil operações com um ticket médio foi de R$ 15,2 mil. Um crescimento de 3,8% no valor desembolsado em relação ao mesmo período no ano anterior. Foram R$ 9,2 bilhões desembolsados e 640 mil operações em 2014 com o ticket médio em R$ 14,4 mil.
Empresas fabricantes, revendedores e distribuidores podem se credenciar como fornecedores credenciados do BNDES
Veja o quanto o BNDES desembolsou nos últimos 10 anos:
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2005
R$ 71,7 milhões
2006
R$ 225,5 milhões
2007
R$ 509,2 milhões
2008
R$ 845,7 milhões
2009
R$ 2,5 bilhões
2010
R$ 4,3 bilhões
2011
R$ 7,6 bilhões
2012
R$ 9,6 bilhões
2013
R$ 10,1 bilhões
2014
R$ 11,5 bilhões
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Quem pode ser fornecedor do Cartão BNDES
Produtores do país de bens e insumos autorizados pelo BNDES e que são necessários às micro, pequenas e médias empresas, como por exemplo empresas fabricantes de gôndolas ou prateleiras, máquinas de costura, equipamentos de armazenagem, prestadores de serviços de design, prototipagem e serviços tecnológicos. Empresas fabricantes, seus distribuidores e revendedores de qualquer porte podem fornecer seus produtos, porém distribuidores e revendedores devem ser indicados pelos fabricantes antes de ser credenciar.
O cartão não pode ser utilizado para produtos importados. Se destina somente à aquisição de bens nacionais e que atendam ao índice de nacionalização mínimo de 60%, EXCETO as máquinas de costura utilizadas pela indústria de confecção, que podem ser livremente comercializadas. Para aprovação do credenciamento de máquinas importadas para o setor da confecção e vestuário, os importadores diretos serão equiparados a fabricantes desde que apresentem a correta documentação ( cópias do Contrato ou Estatuto Social e alterações; comprovação de autorização de importação junto ao Siscomex (tela do RADAR, da Secretaria da Receita Federal); notas fiscais de importação recentes para cada um dos produtos em análise; catálogo descritivo dos produtos a credenciar; atestado, emitido pelo órgão de classe responsável pela defesa do pleito de ex-tarifário junto ao MDIC (no caso, a Abramaco - Associação Brasileira da Indústria e Comércio
de Máquinas para Costura Industrial, Componentes, Acessórios e Sistemas), confirmando o atendimento às condições de credenciamento referentes à ausência de produção nacional, com base no ex-tarifário.
Como funciona
A solicitação de credenciamento é realizada pelo portal de operações do cartão BNDES ao clicar na opção seja um fornecedor credenciado. Preencha os dados solicitados e escolha entre fabricante ou revendedor. Após ser aprovado, a empresa deve iniciar o cadastramento de produtos no site. A companhia ainda pode utilizar o material de divulgação disponível no site para apresentar as principais vantagens do cartão para seus clientes, ou pode produzir seu próprio material livremente. Porém, é importante conferir antes as orientações do padrão BNDES para divulgação de material, também disponível no site.
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DICA DO ESPECIALISTA MERCADO
A fórmula Fast Fashion Grandes empresas precisam adotar métodos sólidos para sobreviver com resultados e a fórmula está em diminuir os estoques e aumentar a rotatividade dos produtos
TIAGO DANTAS tem quase 30 anos dedicados ao varejo de moda, presta consultoria e é sócio na empresa Contravento Resultados para o varejo de moda
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Foi surpresa para você quando as pesquisas apontaram que, no último natal, as intenções de compras se voltaram para as peças de vestuário? Muitos vão responder que sim. Sim porque, como em outros setores, estamos mergulhados em um cenário econômico desfavorável. E veja bem: desfavorável não quer dizer necessariamente inviável. Se está inviável, as práticas do Fast Fashion podem trazer soluções que o mercado brasileiro ainda não encontrou por conta própria. Infelizmente, não faz parte da nossa tradição uma mão de obra qualificada. E quando falamos desse item, não estamos falando das pontas: só de costureiras ou vendedores. Estamos falando de toda a cadeia produtiva. E o que isso significa? Significa que, sem conhecimento técnico avançado, falta visão de alternativa. As grandes redes precisaram buscar métodos sólidos para sobreviver com resultados. E é aí que entra a fórmula Fast Fashion: menos estoque, mais rotatividade – uma combinação que vai de encontro à ansiedade do consumidor atual que quer ter acesso ao que está nas passarelas do mundo. Quer entrar no momento, da foto do desfile no Instagram para a arara da loja. E, claro, com preços justos, aqueles que o consumidor percebe a qualidade oferecida. Só que essa escala não é só para os grandes players, essa forma de produzir e distribuir precisa ser flexibilizada também em toda a cadeia. É um exercício diário. E não é um exercício simples. Não temos mais, como há quatro anos, consumidores inebriados pela fartura econômica, comprando roupa mesmo que descartável.. O consumidor brasileiro é exigente: quer qualidade com preço baixo. Quando tememos a concorrência chinesa, devemos pensar que essa é a equação que precisa ser solucionada, adicionando ainda, claro, os impostos e direitos trabalhistas. Vivemos em um mundo em que agilidade e pro-atividade são palavras de ordem. Como fornecedores, é preciso conquistar espaço para levar soluções aos lojistas.
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2016
Por enquanto, ainda vemos o esforço de algumas marcas para qualificar seus fornecedores. Um esforço que demanda o que não temos: tempo. Não basta estar junto, precisa jogar junto. E sucumbir a fatores limitantes como a alta do dólar versus importação de tecidos, nos faz mergulhar na crise e não sair dela. Sempre é bom lembrar que a eficiência conseguida por fornecedores chineses na sua cadeia produtiva foi fruto investimentos, não só do governo, contemplando melhores processos, infraestrutura, com uma mentalidade exportadora. Nos últimos dez anos, os preços chineses dolarizados foram alguns dos que mais subiram. Temos outros concorrentes: Vietnã, Indonésia, Índia e até nossos irmãos Mexicanos, quem diria, né! Lá fora ou aqui, a mensagem é clara: vende e exporta quem for competente e esses são os que estão investindo em capacitação para entregar o que os brasileiros querem comprar pelo preço que podem pagar. Sempre haverá espaço para quem trabalha direito porque com mentalidade vencedora surgem soluções corretas. Mas existem os que se escondem por trás das mesmas desculpas (impostos, encargos, etc), de que lado você está? A cooperação competitiva é uma possibilidade que merece reflexão. Ter produtores de localidades próximas otimizando compra de insumos e distribuição, até mesmo força de vendas, é uma tática de mercado de comprovado sucesso em outros países. Requer mudança de hábitos e organização. E se você está com tempo ocioso, com um intervalo entre pedidos, aproveite para reformular e destrinchar as etapas necessárias. Olhar para os lados e ver a viabilidade de alianças locais ou não. Dentro das estratégias de fornecimento das grandes cadeias mundiais existe sempre uma fatia de fornecedores que estão mais perto e podem entregar em prazos mais curtos. Pronto para respostas rápidas? É ela quem garante mais vendas, menores níveis de estoque e, como consequência, melhores margens, sem mencionar um fluxo de caixa mais sano.
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MUNDO TÊXTIL
São Paulo Prêt-à-Porter
Confecção no
mercado internacional
Mais de 500 marcas lançaram coleções na feira Internacional de Negócios para Indústria da Moda, Confecções e Acessórios Por Evelise Jagmin e Andressa Volpini 52
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2016
FOTOS: DIVULGAÇÃO
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A São Paulo Prêt-à-Porter, que chegou a sua sexta edição, abriu o calendário 2016 do setor de confecção de roupas e acessórios apresentando lançamentos modernos e com padrão internacional. A feira ocorreu simultânea e integrada à Couromoda durante os dias 10 e 13 de janeiro de 2016 no pavilhão azul da Expo Center Norte em São Paulo e contou com novidades de mais de 500 marcas expositoras para o outono/ inverno e meia-estação 2016. Destinada às indústrias de vestuário e acessórios de moda de pequeno e médio porte, a São Paulo Prêt-à-Porter tem como principal propósito gerar negócios, atraindo a presença de lojistas de todo o Brasil e compradores internacionais. O mix de participantes contou com lojistas do varejo de confecções, como por exemplo a Zafferano e a Polo Club que fazem sua estreia na feira ao lado de outros 10 novos expositores já confirmados; boutiques como a paulistana Saad (com cinco lojas pelo país de moda feminina), lojas de departamentos, distribuidores como a BlueBay que também possui marca própria; compradores internacionais, industrias de confecções e representantes comerciais. A novidade este ano é um espaço dentro da feira especialmente projetado para reunir um Grupo de Marcas Internacionais, principalmente vindos da Índia, Turquia e China. O local foi criado com o objetivo de favorecer a exportação para as marcas nacionais. Os convidados tiveram uma agenda organizada e direcionada a seus próprios interesses para ➤ O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2016
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MUNDO TÊXTIL
definir os stands a serem visitados. O espaço novo contou com mais de 150 compradores que foram recepcionados pela organização com um coquetel e champagne. Jeferson Santos, diretor da feira, destaca que a São Paulo Prêt-à-Porter tem foco na promoção de negócios entre a indústria e o varejo, é um evento moderno com muito glamour e com o melhor da moda, e acontece na data certa para o varejo fazer suas compras logo após as vendas de final de ano. “Com caráter profissional e nível internacional, a São Paulo Prêt-à-Porter é uma feira de qualidade e eficiência, referência para lançamento de produtos e para fechamento de pedidos”.
Negócios
Nessa edição, o evento organizou um Matchmaking; uma agenda de encontros entre expositores e lojistas, firmada de acordo com os interesses geográficos e de mix de produtos, com o objetivo de promover rodadas de negócios. O programa foi gratuito e as marcas puderam fazer os seus “matchs” durante os quatro dias da feira. A São Paulo Prêt-à-Porter também ofereceu ações complementares nas áreas de informação especializada (fóruns de moda) e relacionamento (para aproximar as empresas líderes da indústria e do varejo). O objetivo é transformar os quatro dias de evento em uma vitrine que apresentará o que o setor de confecção tem de melhor: qualidade, criatividade, profissionalismo e alta capacidade de gerar empregos.
Couromoda 2016
43ª edição do evento tem foco na geração de negócios e anuncia novidades para estimular as exportações de calçados e artigos de couro A Couromoda, maior feira de calçados e artigos de couro da América Latina, teve sua 43ª edição integrada a Prêt-a-Porter nos dias 10 e 13 de janeiro de 2016 na Expo Center Norte. O clima foi de otimismo e
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Expositores recebem clientes em seus stands na São Paulo Prêt-à-Porter
confiança para superação da crise econômica, ainda em 2016. O evento teve como foco a geração de negócios para alavancar as vendas dos produtos para o mercado interno e ampliar as exportações, principalmente abrindo exportação para novos mercados esteve presente em todos os visitantes. Neste ano, a feira impulsionou o número de exportações para o setor em um período de instabilidades no Brasil. A expectativa é que o setor continue a crescer para atender às demandas interna e externa “Nesta edição tivemos aumento de 10% no número de importadores. Ao todo foram mais de 2.000 compradores vindos dos Emirados Árabes, Estados Unidos, Europa, Ásia e Américas, tudo para ampliar as prospecções e negócios externos, beneficiados com o aumento do dólar. Nossa expectativa para 2016 é voltar a crescer, pois
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Os desfiles foram destaque nos quatro dias de feira
o nosso parque industrial calçadista está preparado para produzir um bilhão de pares de calçados ao ano e está pronto para atender a demanda interna e externa, com produtos de qualidade, preço e competividade”, declara Francisco dos Santos. O Brasil é o terceiro maior produtor de calçado do mundo e exporta para mais de 150 países. São produzidos por ano mais de 900 milhões de pares de sapato. Na Couromoda, as mais de 2 mil marcas participantes respondem por 90% da produção nacional de calçados. Estiveram presentes na edição 2016 importadores do mercado Europeu, Americano e Asiático. Após a feira, são gerados negócios por cerca de três meses, o que significa que 35% da produção anual das marcas participantes da Couromoda, tem origem no que foi comercializado e negociado durante e pós-evento. Grandes players do segmento calçadista marcaram presença na 43ª edição da Couromoda, entre eles nomes como Arezzo, Dumond, Dakota, Beira Rio, Picadilly, West Coast e Jorge Bischoff. 56
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2016
A moda da feira nos desfiles da Couromoda
Os desfiles que aconteceram durante os quatro dias da Couromoda foram um dos pontos altos da feira. Esse ano, além do desfile diário, a Couromoda trouxe o “Fashion Play”, uma série de desfiles itinerantes que aconteceram em vários locais diferentes da feira. O figurino desses desfiles foi inspirado nos personagens e no figurino do filme “Blade Runner”, que tem a assinatura do estilista Jean Paul Gautier. Além do Fashion Play, a Couromoda também apresentou diariamente os desfiles conceito, que tiveram a direção da consultora de moda, Madeleine Muller, Felipe D Santoz, styling de Eden Matarazzo e beleza assinada pela equipe de Charles Veyga. Segundo Madeleine, a ideia do styling foi mostrar as trends para a próxima estação, que misturam grafismo, alfaiataria, tons terrosos, militarismo entre outras apostas, que levaram para a passarela da feira o melhor da moda em calçados e assessórios.
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Lingerie
feminina
Estudo do IEMI mostra que emoção é o que determina escolha de moda íntima e apresenta as preferências do consumidor na escolha da loja
MOTIVO DA COMPRA Motivo
Total
Substituir uma peça antiga
26,6%
Queria me dar um presente
18,8%
Me sentir bonita/bem vestida
15,2%
Faltava um produto como esse em meu armário
11,7%
Me sentir sexy/sensual
11,4%
Comprei por impulso
4,2%
Queria modelar o corpo
3,6%
Uma festa/evento especial
3,3%
Troca de estação
1,0%
Outros
4,2%
Total O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2016 58 Fonte: IEMI
100,0%
IMAGENS: FREEPIK
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O conforto, que antes era o mais importante na hora de decidir qual lingerie levar, abriu espaço para a emoção e o desejo feminino de se sentir bela e atraente. É o que diz a pesquisa do IEMI – Inteligência de Mercado com mulheres a fim de descobrir o que as fazem escolher, de fato, suas roupas íntimas. Os resultados apresentaram uma mudança importante nesse mercado. Ainda que o principal motivo, segundo a pesquisa do IEMI, pelo qual as mulheres comprem lingerie seja para substituir uma peça antiga (26,6%), os outros itens que somam 70,1 % das respostas, envolvem opções ligadas à emoção, como se presentear, sentir-se bem vestida e até mesmo sensual. O diretor do IEMI Marcelo Villin Prado afirma que graças às inovações da moda e ao glamour das marcas, o conforto e a beleza se unem para melhor atender o público feminino em uma única peça de lingerie. Ainda que o conforto tenha sido apontado como item isoladamente preponderante no quesito imagem do produto (57,5%), as entrevistadas puderam escolher nesta edição da pesquisa outros atributos. O resultado é que os de caráter emocional, somados, superam o item conforto: sexy/provocante (28,3%), romântico (16,1%), sofisticado (10%), clássico (8,1%) e diferente (6,8%).
A pesquisa sobre Comportamento de Compra da Consumidora de Moda Íntima foi feita com base nos questionários respondidos por mulheres de todas as classes sociais, com mais de 15 anos e residentes de todos os estados brasileiros. Ao todo, 1.250 consumidoras colaboraram com o estudo, que revelou aspectos interessantes em sua conclusão como os motivos que impulsionam a aquisição de lingerie e os mais apontados foram aqueles que estavam relacionados à “emoção da compra”.
Escolha da loja: Atendimento x Variedade X Preço
Outro item destacado nessa última pesquisa é a preferência do local de compra. Quando questionadas sobre o tipo e formato de loja física que realizaram as compras, boa parte (46,7%) afirma optar pelas lojas multimarcas e 33,7% pelas localizadas em shopping centers.
Também é importante ressaltar o que, na opinião dessas mulheres, leva uma loja de lingerie ao sucesso. As opiniões se dividem, mas o quesito ‘bom atendimento’ ainda é o que lidera a lista de motivos para o cliente voltar a comprar na mesma loja. O fator variedade de produto também ganha destaque; 33,7% delas o apontam como atributo fundamental. Já o preço baixo é apontado como essencial para 31% das consumidoras. Segundo Prado, além destas informações, a pesquisa faz uma radiografia completa do comportamento do consumidor, incluindo canais de compra, aspectos regionais, ocorrências dos perfis nos diferentes grupos da população, formas de pagamento, diferenças de comportamento e lembrança de marcas, entre outros. “Este material é essencial para quem atua no segmento de moda íntima. É uma ferramenta indispensável para a tomada de decisões de confecções e varejistas”, finaliza o diretor.
RAZÕES PARA REJEITAR UMA LOJA¹ Motivos
Total
O atendimento não ser bom
48,9%
Os preços acima da concorrência
34,4%
Vendedora andando atrás de mim
34,4%
Não ter qualidade/design nos produtos
19,9%
Não ter todos os tamanhos
19,7%
Não fazer promoções/descontos
18,2%
Não ter variedade de produtos/cores
17,4%
Não ter um serviço rápido/ter filas
16,2%
Não facilitar o pagamento
14,6%
Ser mal arrumada/mal decorada
13,4%
Não fazer trocas
12,8%
Não oferecer novidades
11,4%
A localização ser inconveniente
8,5%
Não ter vitrine/vitrine ser bagunçada
7,0%
Não oferecer marcas conhecidas
6,1%
Não ter cartão da loja
4,1%
Não ter estacionamento
2,9%
Outros
0,2%
Total Fonte: IEMI Nota: (1) Resposta múltipla
100,0% O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2016
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MUNDO TÊXTIL
Senac Moda Informação
Verão 2017
Evento traz as novidades da estação mais quente e confirma tendências para o setor confeccionista
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O Teatro Cetip, em São Paulo, sediou a 47ª edição do Senac Moda Informação no dia 24 de fevereiro de 2016. O evento é voltado para varejistas, estilistas, designers, compradores e profissionais de marketing do setor confeccionista, analisará as melhores soluções das coleções para o desenvolvimento da produção nacional. Durante a palestra de abertura, a jornalista
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O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2016
Maria Prata falou sobre o cenário no Brasil e no exterior, além de abordar como a aceleração e a democratização do desejo de consumo por roupas mudou o calendário da indústria fashion e os processos de produção. De acordo com Danielle Monteiro Martins, gerente do Senac Lapa Faustolo, Unidade organizadora do Senac Moda Informação, cerca de 50% do público parti-
As tendências apresentadas foram divididas em três conceitos-chave: Street Connection, Manhattan e Golden Sunset
cipante vem de outros Estados. “Eles buscam informações para validar as coleções em desenvolvimento e planejar com maior assertividade as próximas peças”, afirma. O dia seguiu com a confirmação das tendências de moda dos principais polos internacionais para o Verão 2017, apresentadas pelo time de consultores do Senac Moda Informação que avalia os mercados internacionais, confirmando as propostas da estação adaptadas à realidade do varejo brasileiro. As informações apresentadas no evento foram organizadas nos temas da estação, conceitos-chave em que as tendências são agrupadas: Street Connection, Manhattan e Golden Sunset, este inspirado em Cuba e nas praias do Caribe, além da fauna e a flora marítima. Segundo Luciana Parisi, palestrante do evento, as cores predominantes da estação serão o azul mar e celeste, vermelhos, laranjas, beges, terrosos, além do branco e do cru, que sempre são bem-vindos. “A inspiração em destinos exóticos dos países latinos servem de plataforma para o lançamento de coleções descontraídas, alegres e vibrantes”, afirma. Em complemento à esta edição, o público poderá participar do Preview Inverno 2017, no dia 16 de março, novidade na programação do Senac Moda Informação para esse ano. O evento ocorrerá no MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo no Parque do Ibirapuera.
O público assistiu a palestras e discussões sobre o mercado de moda atual
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2016
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MUNDO TÊXTIL
Feira de Máquinas, Serviços e Tecnologia para a Indústria Têxtil reúne expositores em Caruaru
Caruaru
Segundo maior polo de confecções do país realiza feira de máquinas, serviços e tecnologia em março de 2016
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O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2016
Expectativa para o evento
Para Hélvio Roberto Pompeo Madeira, diretor-presidente da FCEM – Feiras, Congressos e Empreendimentos – FebratexGroup, as expectativas para a Agreste Tex são muito positivas “Esperamos receber cerca de 14 mil visitantes que, além de conhecer os lançamentos de expositores como Audaces, Automatisa, Barudan, Canatiba, Imatec, J-Teck, Qualygraf, Mab, Mimaki Brasil, Silmaq, Sociotec, Systêxtil, Tajima e Virtual Age, entre outras, poderão acompanhar as informações do mercado na programação paralela da feira, que conta com o 3º Fórum Digital by Use-
FOTOS: DIVULGAÇÃO
a
A terceira edição da Agreste Tex – Feira de Máquinas, Serviços e Tecnologia para a Indústria Têxtil será realizada entre os dias 08 e 11 de março de 2016, no Polo Caruaru, em Caruaru (PE). O evento tem como objetivo levar o que há de mais moderno no segmento têxtil em tecnologia, serviços e informação ao polo de confecção do Agreste de Pernambuco, formado por 13 cidades: Agrestina, Belo Jardim, Bom Jardim, Brejo da Madre de Deus, Caruaru, Cupira, Riacho das Almas, Santa Cruz do Capibaribe, Santa Maria do Cambucá, Surubim, Taquaritinga do Norte, Toritama e Vertentes.
fashion e o III Ciclo Pernambucano de Moda, Arte & Sustentabilidade”, declara. O presidente da ACIC, Osíris Lins Caldas, afirma que a Agreste Tex é um evento que fecha o círculo virtuoso do Polo de Confecções do Agreste. “Este evento traz para nossa cidade o que há de melhor e mais moderno no que diz respeito ao maquinário próprio para a indústria de confecções. Tudo isso faz parte de uma estratégia para o desenvolvimento do Arranjo Produtivo Local”, completa.
Sobre o Polo de Caruaru
O Polo de Confecções do Agreste é o segundo maior do país e, de acordo com o SINDVEST PE Sindicato das Indústrias do Vestuário do Estado de Pernambuco, representa 9% da produção nacional de confecção, fabricando anualmente cerca de 480 milhões de peças. O Polo dispõe de 12 mil empresas, que geram 120 mil empregos diretos e 80 mil
indiretos. Dados da SINDVEST-PE apontam que o desempenho de vendas do Polo será 6% maior que o índice nacional do setor neste ano. Todos estes dados geram expectativas otimistas para os realizadores da feira.
Edição passada
A edição anterior da “Agreste TEX”, realizada de 18 a 21 de março de 2014, recebeu 11.100 visitantes, que conferiram os principais lançamentos e tecnologias de 250 marcas, incluindo os principais fabricantes de máquinas de corte a laser, denim, acessórios, softwares, enfestadeiras, máquinas de costura, equipamentos para lavanderias e tintas, entre outros. O evento gerou negócios da ordem de R$ 218 milhões. O evento é promovido e organizado pela FCEM – Feiras, Congressos e Empreendimentos, em parceria com a ACIC – Associação Comercial e Empresarial de Caruaru.
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NEGÓCIOS
Como driblar a crise e voltar a crescer? IMAGENS: FREEPIK E DIVULGAÇÃO
Consultor do Sebrae dá dicas para superar as dificuldades atuais e obter resultados positivos diante do cenário econômico e político do país Por Andressa Volpini
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O começo do ano vem com a necessidade de inovar e repensar investimentos e planejamentos para que 2016 seja um ano melhor. Alta da inflação, aumento da taxa de juros do Banco Central e a queda do PIB brasileiro formam um cenário desanimador. Por mais assustador que 2015 possa ter sido, é preciso continuar e superar as dificuldades para obter resultados positivos
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2016
e crescer mesmo dentro da atual situação econômica e política do país. Segundo Cássio Ferraro, consultor de marketing do Sebrae, é possível sim driblar a crise e ainda crescer. “O primeiro passo para empresas que buscam um ano com melhores resultados atingirem seus objetivos é conhecer profundamente o mercado, identificar o que mudou, saber qual o desejo do cliente,
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O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2016
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NEGÓCIOS etc. Depois dessa pesquisa, é hora de definir metas, mas o mais importante é fixar objetivos que sejam possíveis de serem alcançados”, explica. Outro ponto importante no momento de estipular metas é defini-las de acordo com a porcentagem que o mercado está crescendo. “Se fábrica de tecidos definiu um crescimento de 25% e acabou crescendo 30%, porém o mercado da confecção cresceu 35%, ela, tecnicamente, não cresceu e sim perdeu 5% do mercado”, afirma Ferraro. Para voltar a crescer, é imprescindível que a empresa trace um objetivo e defina qual estratégia será utilizada para alcançá-lo. “Uma das maiores dificuldades que grandes companhias encontram no caminho é conseguir manter o foco e estipular prazos para concluir metas. Para que isso não aconteça, a dica é criar objetivos funcionais para cada departamento, definir o que cada colaborador irá fazer e incluir metas intermediárias para conquistar um degrau de cada vez”, conclui o consultor Cássio Ferraro.
Planejamento Financeiro
No que diz respeito às finanças de uma empresa, o controle de estoque é crucial nesse segmento por diversos motivos, dentre eles: correta apuração de resultados, ou seja, lucro ou prejuízo operacional. “Na medida em que conhecer o custo da mercadoria vendida necessita de uma eficiente gestão de estoques, gestão de custos das mercadorias vendidas, e nesse sentido é necessário que se conheça exatamente o que é custo e o que é despesa dentro desse segmento, os fixos e os variáveis, e como utilizar essas informações para formar preços”, informa Juliana de Souza, consultora financeira do Sebrae. Segundo Juliana, as orientações sobre formação de preços para esse segmento devem levar em consideração a gestão da capacidade produtiva da mão de obra diretamente envolvida no processo de confecção, bem como os demais custos diretos relacionados, escolhendo a correta forma de custeio para chegar ao preço de venda da
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O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2016
Cássio Ap Ferraro, consultor do Sebrae especialista em Marketing
peça ou lote, levando em consideração também as despesas variáveis, fixas e a margem de lucro desejada, sem deixar de considerar o preço de mercado, balizador dessa decisão. Ainda sobre estoques, seu correto dimensionamento e a avaliação do prazo médio de estocagem são necessários a uma eficiente gestão do caixa da empresa (fluxo de caixa) e do Capital de Giro. “Os prazos médios de recebimentos e pagamentos, aliados ao de estocagem determinarão a necessidade de Capital de Giro desse negócio”, completa a consultora.
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TAMPOGRAFIA É um processo de impressão por transferência indireta de tinta, a partir de um clichê gravado em baixo relevo com o motivo a ser impresso por um tampão (almofada) de silicone. Este novo sistema oferece a maior definição e precisão, principalmente em traços de linhas finas, o que faz com que seja um processo muito versátil e utilizado para imprimir em superfícies planas, cilíndricas ou curvas, regulares ou irregulares. Hoje os processos de carimbo estão sendo muito utilizados na indústria de confecções, substituindo as etiquetas tecidas de custos mais elevados e necessidade de mão de obra especializada para aplicação. O processo de impressão tampográfica é rápido, preciso e flexível, pois adere em todos os tipos de substratos utilizados na industria têxtil e de personalização. Com sua secagem ultra rápida, o aumento de produção é incrivelmente superior.
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Acessórios e Insumos:
Máquinas:
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ICN - 2200PS O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2016
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