confeccionista ANO IX - Nº 45 -JAN/FEV 2018
WWW.OCONFECCIONISTA.COM.BR
impressão
editora
WORLD FASHION CONVENTION
Compliance e tecnologia são os pilares da confecção do futuro
SENAI/CETIQT
CRIA PROTÓTIPO DE CONFECÇÃO 4.0
Minas Trend
comemora 10 anos em prol da moda mineira
DESFILE CHOCKER
MERCADO
Produção e vendas de vestuário têm resultados positivos em 2017
INSPIRAMAIS TRAZ NOVIDADES PARA O VERÃO 19
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
1
2
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
3
CARTA AO LEITOR
O que vale mesmo é uma boa impressão! Depois de muito tempo, vejo as confecções celebrando a volta das vendas e dos bons negócios e, o melhor, com grandes perspectivas para 2018. Infelizmente a crise causou estragos muito grandes na mídia impressa, com veículos tradicionais optando pelo sistema online e muitos outros simplesmente fechando as portas. Além disso, muitas feiras tradicionais deixaram de existir, o que é muito ruim para o setor. Hoje as empresas estão buscando alternativas para se comunicar com o mercado e a mídia on-line ganha espaço, uma vez que é muito barata e rápida. Os resultados, porém, são questionáveis. Os livros e revistas impressos tiveram um aumento de 7% em relação ao ano passado, enquanto um grande jornal de São Paulo fechou sua página no Facebook; os e-books que eram vendidos, agora são oferecidos de graça, uma vez que o Kindle e similares estão começando a encalhar. O grande problema na mídia online é a credibilidade. Segundo Martin Sorrell, fundador e presidente da WPP, a maior agência de publicidade do mundo, as empresas devem repensar a estratégia de deslocar aportes da mídia impressa para os canais on-line. “Os veículos tradicionais de mídia impressa são mais poderosos do que as pessoas vêm pensando”, afirmou Sorrell. E completou: “Pesquisas recentes mostram que a mídia tradicional pode ser mais engajadora, e que leitores tendem a registrar melhor a informação veiculada em revistas e jornais impressos do que a partir de conteúdo on-line e móvel”. Tenho certeza de que as revistas impressas vão voltar a ser um dos principais meios de comunicação, principalmente no trade marketing, pois a informação que elas divulgam tem credibilidade e dura muito tempo, sendo importante para pesquisas e orientação dos negócios dos leitores. A revista O Confeccionista continuará a ser impressa, embora tenha seus produtos on-line, e este ano volta a ser gratuita. Por isso, leitor, entre em nosso site (www.oconfeccionista.com.br) e faça sua assinatura grátis. Acredito que 2018 será um bom ano para o setor de confecções e queremos sempre ter você como leitor. Tenha uma boa leitura e faça grandes negócios. Um abraço
Júlio César Mello
Diretor-executivo Revista O Confeccionista juliocesar@oconfeccionista.com.br
4
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
Confira a nova coleção
verão 2018-2019
@ @
047.3376.0000
@ vendas@nanete.com.br
047.99125-9212
Rua Horácio Rubini, 2727 - Bairro Rio Cerro I - CEP 89261-001 - Jaraguá do Sul, SC, Brasil
www.nanete.com.br
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
5
confeccionista
SUMÁRIO
ANO IX - Nº 45 -JAN/F EV 2018
WWW.OCONFECCION ISTA.COM.BR
WORLD FASHION CONVENTION
editora
SENAI/CETIQT
CRIA PROTÓTIPO DE CONFECÇÃO 4.0
Minas Trend
-2018
comemora 10 anos em prol da moda mineira
DESFILE CHOCKER
CAPA - FOTO: AGÊNCIA FOTOSITE
- ANO IX - Nº 45 - JAN/FEV
Ano IX- Número 45- jan/fev 2018
O CONFECCIONISTA
confeccionista
impressão
Compliance e tecnolog ia são os pilares da confecção do futuro
MERCADO
Produção e vendas de vestuário têm resultado s positivos em 2017
VERÃO 19 INSPIRAMAIS
INSPIRAMAIS
TRAZ NOVIDADES PARA O VERÃO 19
10 Moda atemporal, conectada e
capa 45.indd 1
sustentável
2/22/18 11:40 AM
EMPRESA EM DESTAQUE
ESPECIAL
14 Confecção 4.0 pelo Senai Cetiqt
MUNDO TÊXTIL/DENIM
MERCADO
20 Sinais de Recuperação em 2017 24 Confecções infantis em alta 30 World Fashion Convention PERFIL
28 Oito décadas na mesma empresa PASSARELA
46 Minas Trend - Outono/Inverno 18
confeccionista Diretor-Geral - Júlio César Mello juliocesar@oconfeccionista.com.br Diretora de Relações com o Mercado Bernadete Pelosini bernadete@oconfeccionista.com.br Editora de Arte - Marisa Ana Corazza marisacorazza@gmail.com Colaboraram nesta edição: Vera Campos (edição, reportagem e texto) – editora@oconfeccionista.com.br; Laura Enge de Wolf (artigo)
6
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
44 ETAX, etiquetas termotransfer 56 Verão 2018/19 FEIRAS
60
Maquintex, Signs Nordeste e Femicc
SEÇÕES 8 EM DIA 40 ARTIGO 42 ESTANTE
Internet - Mulisha rafael@mulisha.com.br Financeiro - Vanessa Mello financeiro@oconfeccionista.com.br Publicidade comercial@oconfeccionista.com.br Impressão - Gráfica Rotativa Distribuição Nacional O Confeccionista é uma publicação bimestral da Impressão Editora e Publicidade Ltda., distribuída aos empresários da indústria de confecção.
É vedada a reprodução total ou em parte das matérias desta revista sem a autorização prévia da editora. Todas opiniões e comentários dos articulistas e anunciantes são de responsabilidade dos mesmos. Impressão Editora e Publicidade Ltda Rua Alcides de Almeida, 184, Centro, S.Bernardo do Campo,SP. CEP: 09715-265 - Fone: 11 4127 3435
www.oconfeccionista.com.br
IMPRESSÃO EM CORES NEON
Surpreenda
seus clientes com impressão em
NEON e BRANCO Crie produtos individualmente personalizados! Imprima nas cores neon e branco em papel transfer* e aplique nos mais variados tipos de tecidos e superfícies, como algodão, couro, poliéster e muito mais!
IMPRESSÃO COM TONER BRANCO
C711WT – A4 PIONEIRA NA TECNOLOGIA LED COM TONER BRANCO
PRÉ-LANÇAMENTO! RESERVE JÁ A SUA IMPRESSORA E FAÇA A DIFERENÇA PARA OS SEUS CLIENTES
Pro6410 NeonColor
Pro8432WT
IMPRESSORA A4 COM TONERS BRANCO E NEON
IMPRESSORA A3 4 CORES COM TONER BRANCO
EXCLUSIVA IMPRESSÃO EM NEON
IDEAL PARA TECIDOS ESCUROS!
* Requer a escolha do papel transfer adequado conforme a superfície a ser utilizada.
www.okicolor.com.br (11) 3444.3524/3592 | EMAIL: marketing@okidata.com.br
@OKIDATABrasil O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
7
EM DIA
EXPOPRINT LATIN AMERICA
A 45ª edição do SPFW será realizada de 22 a 26 de abril no Pavilhão das Culturas Brasileiras (Pavilhão Engenheiro Armando de Arruda Pereira), no Parque do Ibirapuera. Em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e o circuito de museus da cidade, outros 13 equipamentos serão disponibilizados para realização de desfiles externos, ampliando o movimento de ocupação da cidade promovido nos últimos anos pela semana de moda. Pavilhão das Culturas Brasileiras - Av. Pedro Álvares Cabral, s/n, Ibirapuera, São Paulo – SP
#ModaInfo 2018 ed.1
Acontece em 5 de abril, em São Paulo, o #ModaInfo 2018 ed.1, que discutirá tendências, comportamento e negócios. Promovido pelo Senac, o evento tem extensa programação a partir das 9H, com palestrantes discorrendo sobre tendências aplicadas (feminino, masculino, infantil e moda praia), e-commerce, construção de pesquisa para o desenvolvimento de produto de moda e diversidade, entre outros temas. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas pelo telefone (11) 2185-9800 ou no dia, no local: Centro Cultural B_arco – Rua Dr.Virgílio de Carvalho Pinto, 426, Pinheiro, São Paulo – SP Inscrições pelo link https://www.sp.senac.br/login/ Login?destino= https://www. sp.senac.br/ecommerceFrontEnd/? vcw_unidade=40&vcw_ evento=9900098023&testeira= 453&idproduto=0&titulo=Senac 8
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Explosão Criativa
Entre os dias 20 e 24 de março, São Paulo sediará o maior evento de impressão das Américas: a ExpoPrint Latin America. O evento reunirá grandes marcas da indústria impressão que atendem os segmentos de impressão comercial, editorial, têxtil e de embalagens. Um dos destaques é o Digital Textile Conference, um dia dedicado a debater o novo mundo da estamparia digital e todas as suas implicações. Ainda nesta área, a Ilha da Sublimação, parceria com a ComunidadeWeb e FESPA Brasil, apresentará palestras, workshop e showroom para mostrar que a sublimação pode ser uma oportunidade para quem deseja empreender. Inscrições no site www. expoprint.com.br/visite. Expo Center Norte, Pavilhões Azul e Branco. Rua José Bernardo Pinto, 333 - Vila Guilherme, São Paulo - SP
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
9
VERÃO 2019
INSPIRAMAIS Moda atemporal, conectada e sustentável
Inspiramais destaca o lançamento de novos materiais e soluções para fabricantes de calçados, tecidos e vestuário, e prenuncia fim da classificação das coleções como Verão e Inverno
S
inal dos tempos: os lançamentos e tendências de moda deixam de seguir calendários (primavera/verão e outono/inverno), as confecções ganham ferramentas para ingressar na era da indústria 4.0 (veja matéria adiante) e a bus10
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
ca pela sustentabilidade acelera o desenvolvimento de produtos biodegradáveis. Esses foram os principais destaques da última edição do Inspiramais, realizada nos dias 16 e 17 de janeiro, em São Paulo, com a presença dos principais players de moda, varejo e indústria, grifes e estilistas,
Projeto +Estampa: desenhos e cores desenvolvidos para a temporada
e o lançamento de 900 novos materiais e soluções para o mercado de calçados e de vestuário. O evento, bianual, é promovido pela Assintecal, ByBrasil – Components and Chemicals, ABIT, TexBrasil, CICB, BrazilianLeather e Apex-Brasil. Coordenador do Núcleo de Design da Assintecal, Walter Rodrigues justificou a atemporalidade dos lançamentos e tendências: “O Inspiramais projeta a moda do futuro e, diante disso, acreditamos que não precisamos mais colocar carimbo de Inverno e Verão nos lançamentos, sobretudo porque vivemos em um país que tem todas as estações o ano inteiro”. Ele defende que, nas próximas estações, a moda esteja mais conectada à percepção de que o produto permanecerá por mais tempo nas coleções das marcas que produzem insumos de moda. Dessa forma, os próximos salões do Inspiramais passarão a ter o ano de referência seguido por I e II, e não mais Verão e Inverno (este, que seria o Verão 2019, ficou sendo Inspiramais 2019 I. O próximo, que acontecerá em 17 e 18 de julho, será o Inspiramais 2019 II - antigo Inverno 2019). Responsável pelas pesquisas do Projeto Conexão Inspiramais, Rodrigues explicou em sua palestra que o Verão 2019 terá “Re-
Look com zero resíduos criado pela estilista Renata Buzzo para a Lunelli
sistência” como palavra chave. “Resistência é uma resposta a todos os movimentos de intolerância com raça, cor, gênero ou qualquer outra diferença”, explicou. Segundo ele, vários episódios pelo mundo desencadearam a resistência nas artes e expressões como moda, design e arquitetura no comportamento para o Verão 2019. A “Resistência” veio acompanhada da “Permanência”, ou seja, valores que exaltam o que é amado, cultivado culturalmente por gerações, raças e gêneros.
Tecnologia e Sustentabilidade
Uma planta-modelo de Confecção 4.0 foi posta em funcionamento pelo SENAI Cetiqt, do Rio de Janeiro, que desenvolveu o protótipo durante o ano de 2017, com apoio da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção). O projeto integra os espaços virtuais e físicos, interligando consumidor, produtos, máquinas, softwares, sistemas produtivos e a cadeia de suprimentos e distribuição (veja matéria adiante).
➤
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
11
VERÃO 2019 Outro destaque foi o Espaço Sustentabilidade, onde os visitantes puderam conhecer os fios Amni Soul Eco - o primeiro de poliamida biodegradável do mundo, produzido pela Rhodia, e o Stahl Evo Piñatex®, desenvolvido com a fibra do abacaxi pela indústria química Stahl. A Cofrag trouxe tecidos biodegradáveis, destinados ao mercado de confecção e calçados e a ITM expôs o Ecofio produzido com aparas de algodão. “Esse foi um espaço de empresas protagonistas que entenderam que a sustentabilidade é o próximo nível na busca de competitividade e qualidade no mercado, e um processo natural para agregar valor aos produtos, avaliou Flávia Vanelli, designer do núcleo de pesquisa da Assintecal e curadora da mostra do Espaço Sustentabilidade. O Espaço Sustentabilidade ofereceu também palestras gratuítas, onde a pauta foram soluções inovadoras em iniciativas e materiais sustentáveis no mercado de moda brasileiro, promovidas pela ABVTEX – Associação Brasileira do Varejo Têxtil. Entre os palestrantes estiveram Rozalia Del Gaudio, Gerente Sênior de Comunicação e Sustentabilidade da C&A; Daniel PhilipiKnop, responsável pela comunicação da FHH - Fundação Hermann Hering (Cia.Hering); Eduardo MöllerFerlauto, Gerente de Ecoeficiência da Lojas Renner e porta-vozes da ABVTEX, Abit, OIT, Instituto C&A e Instituto Reos.
Moda
No Salão, os expositores apresentaram em seus estandes mais de 900 lançamentos conectados às inspirações da temporada, entre elas as etiquetas com realidade aumentada da TecnoBlu, a coleção Flor&Cultura da Lunelli, a Cartela Especial Beachwear da Britânnia Têxtil, a coleção de laminados inspirada no Sul da França pela Cipatex para o Verão 2019, que trouxe cores quentes e destaque para franjas elásticas e rígidas, apliques com pingentes, pompons e tranças para a estação mais quente do próximo ano.
12
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
PREVIEW DO COURO Durante o evento, foi apresentados ainda o projeto “Preview do Couro, Referências Brasileiras” que antecipa a edição 2019 II do Inspiramais. Realizado pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), o Preview do Couro é resultado de uma detalhada pesquisa de inspirações e cartela de cores, desenvolvida sob a orientação dos designers Walter Rodrigues e Marnei Carminatti, do Núcleo de Design da Assintecal Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos. Sob o conceito “Alquimia”, os curtumes desenvolveram couros com aspecto molhado, plastificado, com brilhos. Em termos de cores, as apostas são em dez tonalidades, entre elas vermelho, verde e roxo. O curtume RhomaPelles apresentou o couro verniz. Outro destaque foi a coleção desenvolvida pelo Curtume Natur, inspirada em referências de Walt Disney. Tons pastéis, terrosos e efeito metalizado (com dourado dando lugar ao prata e rosados) estiveram presentes .
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
13
ESPECIAL/CONFECÇÃO 4.0
Revolução na indústria
FOTOS: TIAGO AUGUSTO/SENAI CETIQT
O consumidor se posiciona em frente a um espelho virtual, seleciona e customiza a peça que deseja comprar
SENAI Cetiqt desenvolve projeto piloto da confecção que produz peças customizadas pelo cliente com base em realidade virtual, automação de processos e conectividade entre toda a toda a cadeia de produção por Vera Campos
R
epresentantes de empresas e de entidades do setor têxtil e de confecção que participaram da 33ª IAF World Fashion Convention em outubro, no Rio de Janeiro, e visitantes do Inspiramais em São Paulo, em janeiro deste ano, puderam ver de perto o funcionamento do projeto piloto que integra consumidor, varejo, confecção e seus fornecedores, e 14
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
que, como resultado, produz e entrega peças de vestuário sob medida e customizadas pelo cliente em questão de minutos. E tudo isso praticamente sem a necessidade de mão de obra. Desenvolvida pelo Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil do SENAI CETIQT, a planta da “confecção do futuro” foi lançada oficialmente em 19 de outubro e está disponível para demonstração na unidade Riachuelo. ➤
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
15
ESPECIAL/CONFECÇÃO 4.0
“Ainda não há nada parecido no mundo todo. Somos os pioneiros”, orgulha-se Robson Marcus Wanka, gerente de Educação e responsável pela materialização do projeto. O modelo concebido pelo SENAI CETIQT reúne todos os elementos que conceituam a indústria 4.0 e vão promover a 4ª Revolução Industrial: a conectividade entre consumidor, varejo, confecção e demais elos da cadeia de produção e a customização do produto para cada cliente. Isso será possível por meio da integração entre os espaços virtual e físico, envolvendo pessoas, produtos, máquinas, softwares, sistemas produtivos e a cadeia de fornecimento. Ainda que, na prática, a fábrica do futuro demande investimentos em modernos equipamentos, Wanka assegura que os ganhos com redução de mão de obra, do retrabalho e dos estoques, acrescidos do aumento da produtividade e da produção podem trazer um rápido retorno do valor investido, sem a necessidade de jogar o preço do produto final para o alto. “O objetivo é trazer maior agilidade às empresas brasileiras e capacitá-las para enfrentar melhor, num futuro próximo a concorrência no mercado internacional”, resume.
Como funciona, na prática
No modelo demonstrativo do SENAI/CETIQT, são oferecidas ao cliente calças nas versões legging, corsário, capri e short, confeccionadas a partir de tecidos com 80% de poliéster e 20% de elestano e antibacterianos. “São peças com indicação para uso tanto na academia como no trabalho”, esclarece o gerente.
16
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
A peça é impressa por sublimação e colorida no tecido, que segue para a máquina de corte automática
O consumidor se posiciona em frente a um “espelho virtual” e seleciona a peça e a cor de seu interesse, apenas apontando em direção ao visor. Pode ainda selecionar estampas e locais para a sua colocação. Ali mesmo tem suas medidas corporais captadas por meio de uma câmera. “Se o cliente autorizar, um robô tocará nas coxas dele e sensores medirão o tônus muscular, a fim de fazer o ajuste perfeito no tamanho da peça”, completa Wanka. Feito isso, o cliente dá o Ok da compra tocando no espelho. “O consumidor é seu próprio designer”, destaca o gerente.” A decisão se viabiliza por meio de inteligência artificial, num sistema de realidade virtual”, explica. Escolhidos o modelo, as cores e estampas, os dados sobre a peça são enviados remotamente para uma impressora de papel sublimático, que imprime tudo isso. O papel segue numa esteira para uma ca- ➤
PRENSAS DE GRANDE
PORTE PRENSA PNEUMÁTICA
DE BASE DUPLA
80 x 100
Além de qualidade premium para sublimação de tecidos de grande porte, esta prensa pneumática também oferece uma base de trabalho dupla, que se revesa em turnos poupando tempo e aumentando sua eficiência.
VISITE NOSSO SITE
NOS ACOMPANHE
NAS REDES SOCIAIS
FACEBOOK.COM/MECOLOURBR
ACESSE NOSSO
40 x 60
PRENSA PLANA
CATÁLOGO VIRTUAL
PRENSA PLANA DUPLA PNEUMÁTICA
WWW.MECOLOUR.COM.BR
PREMIUM 40 x 60
Prensa plana para sublimação de produtos como camisetas, pedras, porta retratos, chaveiros e etc. Sua qualidade Premium proporciona durabilidade e resistência.
PRENSA PLANA
GIRATÓRIA Mais uma prensa de nossa linha premium, sua função giratória oferece ao usuário um fácil manejo e maior segurança na hora da sublimação.
CONTATO
CONTATO@OCUSPRINT.COM.BR (11) 4585-4222 O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
17
ESPECIAL/CONFECÇÃO 4.0
Robô entrega a peça embalada ao cliente, no balcão
landra, a fim de que seja transferida a tinta do papel para o tecido (o modelo do Cetiqt utiliza apenas de tecido branco pronto para tingir, o que reduz o uso de insumos). De lá, o tecido vai em outra esteira para o corte, também automatizado. Até aqui, todo o processo ocorre sem intervenção humana. A costura é feita pelo modo convencional, mas a peça cortada chega com um QRCode, um código de barras bimensional para ser escaneado pela costureira, que exibe a sequência de montagem por meio de realidade aumentada. Uma vez costurada, a peça segue para uma máquina que a dobra e ensaca. Um robô pega o pacote e o guarda no estoque intermediário. Por e-mail, o consumidor recebe uma foto do produto com o respectivo QR Code. O produto é entregue ao cliente no balcão pelo robô. “O processo não leva mais que 25 minutos”, comemora o gerente do SENAI CETIQT. Os fornecedores também estão conectados. Quando, por exemplo, o tecido estiver prestes a acabar, a cadeia de fornecimento é acionada automaticamente para providenciar o abastecimento. “O futuro é a Indústria 4.0, em que o consumidor tem participação ativa no processo de produção e a conectividade é o grande diferencial. Será uma nova etapa para a indústria têxtil e de confecção, e também para o consumidor, de customização e democratização da moda, dentro de um modelo de confecção e consumo bem diferente do que existe hoje”, finaliza. 18
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
MBI em Confecção 4.0 Além da planta piloto, o SENAI CETIQT, por meio de sua Faculdade, está lançando, para início em março de 2018, o Master In Business Innovation (MBI) em Confecção 4.0. Trata-se de um curso de pós-graduação à distância destinado a diretores, gerentes, supervisores industriais e/ou interessados, que tem como objetivo formar profissionais capazes de elaborar projetos de implantação nas empresas e indústrias do setor confecção, vestuário e têxtil. A carga horária total é de 360 horas, das quais 72 horas presenciais. “No decorrer do Curso teremos seis encontros presenciais no Rio de Janeiro, um por mês, a partir de março de 2018”, esclarece Robson Marcus Wanka, gerente de Educação do SENAI CETIQT. Os encontros vão ocorrer às sextas (das 18h às 22h) e aos sábados (das 9h às 18h). Os alunos serão hospedados em um Hotel (com todas as refeições inclusas). O curso todo terá custo de R$ 33 mil, que podem ser divididos em 24 parcelas de R$ 1.375,00. As inscrições online vão até 18/02/2018. Ao término, caso haja ao menos 10 alunos interessados, será programada uma viagem para a Alemanha, onde a Indústria 4.0 já está avançada.
FOTOS: TIAGO AUGUSTO/SENAI CETIQT
Costureira recebe a peça cortada e as indicações, via QR Code, de como montá-la
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
19
MERCADO
Sinais de recuperação Produção de vestuário cresce em 2017, mas importações voltam a ganhar fôlego
D
ados preliminares apresentados em dezembro pela Abit – Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção revelam que a produção e vendas de vestuário no varejo brasileiro começam a dar sinais de recuperação e crescem após pelo menos dois anos seguidos de queda. As estimativas indicam que foram confeccionadas no Brasil 5,9 bilhões de peças em 2017, volume esse 3,5% superior ao do ano anterior. No varejo de vestuário, o volume de vendas deve ser 6,5% superior ao de 2016, chegando a 6,71 bilhões de peças vendidas, praticamente os mesmos níveis de 2015.
20
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
O aumento nos níveis de emprego também sugere uma recuperação: em 2017 foram gerados 3,5 mil postos de trabalho nos setores têxtil e de confecção, após seis anos sucessivos de queda. Para se ter uma ideia, em 2015 foram fechados 100 mil postos de trabalho e em 2016 outros 30 mil. Os investimentos também foram reforçados, passando de R$ 1,6 bilhão em 2016 para R$ 1,9 bilhão. O presidente da Abit, Fernando Pimentel, ressalta que os indícios de melhora no desempenho do setor foram observados já no segundo semestre de 2016, impulsionados pela leve recuperação do consumo e ➤
PAPEL SUBLIMÁTICO Papel para impressão digital com alta qualidade de transferência da imagem e ótimo desempenho. Para área têxtil e sublimática.
VOCÊ PODERÁ FAZER DIVERSAS APLICAÇÕES! Agregando boa printabilidade, proporcionando fidelidade de cor, definição de imagem e economia de tinta.
PAPEL KRAFT Papel de alta resistência à temperatura, desenvolvido para proteger o feltro da calandra assim mantendo o seu equipamento em perfeito funcionamento.
ENTRE EM CONTATO E SAIBA MAIS SOBRE NOSSOS PRODUTOS!
3493-2629
31 contato@papexdobrasil.com.br
Rua Mombaça, 70 | São Gabriel Belo Horizonte | MG | 31980-660 O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
21
MERCADO forte substituição de importações, devido ao câmbio depreciado. No entanto, com a desvalorização do Real no ano passado, a importação de vestuário, que havia retrocedido quase 38% em volume em 2016, teve um acréscimo de 62% no ano que passou. Só em 2017 foram trazidas de fora 920 milhões de peças e pagos US$ 1,72 bilhão a confecções de outros países, sobretudo para a China, que faturou US$ 835 milhões (dados de jan-nov 2017). “Um dado que nos preocupa, sem dúvida nenhuma, é o forte crescimento das importações em 2017, ao contrário de 2016. Sobretudo, as importações no vestuário. Justamente por ser o último elo da cadeia de produção, portanto, quando você importa roupa, está matando todos os elos antecedentes. É um efeito muito negativo”, afirma Pimentel.
Perspectivas para 2018
Neste ano, o fantasma das importações deve continuar assombrando as confecções brasileiras. A expectativa da Abit é a de quem em 2018, as compras no mercado externo sejam 10% maiores em volume e 15% em valores."Vamos observar a volta das importações absorvendo parte do consumo interno", lamenta Pimentel. A expectativa é que o setor continue na trajetória de crescimento, com aumento de 2,5% na produção de vestuário e de 5% no varejo. Ou seja, a um ritmo menor em relação a 2017. As exportações devem crescer 5% tanto em quantidade quanto em valores. Com isso, o faturamento de têxteis e confecções pode atingir os R$ 152 bilhões, ante R$ 144 bilhões em 2017. Os investimentos devem girar em torno de R$ 2,25 milhões. Cerca de 20 mil postos de trabalho devem ser criados. Isso tudo levando-se
um cenário em que o dólar será cotado a R$ 3,29, em media, durante o ano. “Essa previsão merecerá análises frequentes, porque ninguém sabe como será a corrida eleitoral. As eleições terão um impacto muito grande depois de toda essa recessão”, finaliza o executivo.
MERCADO ILÍCITO GANHA FÔLEGO Em 2016, o mercado ilícito de vestuário no Estado de São Paulo faturou R$ 504,04 milhões, valor esse que corresponde a 2,7% das vendas do setor, de acordo com a Abit. Com isso, R$ 160,28 milhões deixaram de ser gerados em renda para os trabalhadores e 9,8 mil empregos formais poderiam ter sido criados. Cerca de R$ 202,60 milhões em impostos deixaram de ser recolhidos, que poderiam custear a construção de 82 hospitais, por exemplo, ou a contratação de mais de 10 mil agentes da Receita Federal. Os dados são do Anuário 2017, lançado em dezembro, pela FIESP, em São Paulo. Entre os produtos considerados pelo estudo estão peças de roupa íntima, camisas, camisetas, bermudas, calças, meias, jalecos, vestidos, saias, etc. Em geral, são imitações de marcas consagradas.
DADOS DO SETOR Produção Vestuário 2015
2016
2017
2018
-5,7% (5,8 bi peças) -1,72% (5,7 bi peças) +3,5% (5,9 bi peças) +2,5% (6,05 bi peças)
Varejo de Vestuário 2015
2016
2017
-5,6% (6,7 bi peças) -6% (6,3 bi peças) +6,5% (6,71 bi peças) Fonte: Abit
22
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
2018 +5% (7,05 bi peças)
Simplesmente poderosa impressão digital sublimááca!
Alta produtividade, excelente qualidade de impressão e o melhor custo benefício na tinta sublimática original SBL-BR. Principais Características
4 Cores CMYK
• • • • • •
Impressora sublimática com 160cm de largura Alta resolução de até 1.440 dpi Disponível em 4 (CMYK) Sistema automático e Inteligente de limpeza Software RIP Ergosoft Roland Edition com perfil de cor dedicado Cartucho de Tinta sublimatica Roland de 1 litro até 30% mais barata Assista o vídeo
Excelente qualidade de impressão, cores vibrantes e tintas especiais VIOLETA, LARANJA E FLUORESCENTES. Adicione mais vida com as tintas fluorescentes Desenvolvida especificamente para a tecnologia de sublimação nas impressoras da linha Texart, as novas tintas fluorescente rosa e amarelo podem ser combinadas com outras cores da Roland DG produzindo diversos tons vivos fluorescentes.
8 Cores
CMYKLcLm+Or(Laranja)+Vi(Violeta)
8 Cores
CMYKFpFy+Or(Laranja)+Vi(Violeta)
Software RIP incluso
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
23
MERCADO
Consumo em alta
24
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
Após temporada de queda, produção e vendas de roupas para bebês, crianças e jovens cresce em 2017
S
e as projeções se confirmarem, as confecções que atuam no segmento de moda infantil e bebê (para a idade de até 12 anos) finalizaram 2017 com resultados positivos: crescimento de 6,2% em
relação ao ano anterior, atingindo R$ R$ 23,3 bilhões, e aumento de 3% no volume de vendas, que deve chegar a 1,5 bilhão de peças, segundo dados do IEMI – Inteligência de Mercado . O varejo de vestuário infantil e bebê também segue em ascensão, com projeção de aumento de 3% em volume de vendas (1,4 bilhão de peças), de acordo com o IEMI. A receita nas vendas do varejo, em valores nominais, deve crescer 7,3%, atingindo R$ 38,4 bilhões. “O mercado para crianças e bebês se mostrou estável nos últimos anos e a demanda não esteve tão reprimida como a do vestuário adulto”, analisa o diretor do IEMI Marcelo Prado. E destaca: num período de crise, quando a produção cai, os artigos mais elaborados, com maior valor agregado, tendem a ganhar participação no mercado e a elevar o preço por peça na indústria.
FIT 016
“Não temos dúvidas de que o mercado está se recuperando e ficamos satisfeitos em servir como palco de negócios para o segmento”, declarou Cassiano Facchinetti, diretor geral da Koelnmesse Brasil, organizadora da FIT 0/16 – Feira Internacional do Setor Infantojuvenil, Teen e Bebê, que completou 50 edições em novembro e atraiu mais de 3.500 visitantes nos três dias de evento. Focada no Inverno 2018 e realizada no inicio daquele mês, a feira reuniu um número de visitantes 9% maior que a edição de verão, que aconteceu em maio e
Artigos mais elaborados ganham participação no mercado
que, por sua vez, já havia atraído um público 43% superior à do outono-inverno de 2017 (realizada há um ano). “Não poderíamos esperar resultado melhor agora que a FIT 0/16 completa 25 anos. Atingimos o nosso objetivo de reforçar a posição da feira como o evento referência da moda infantil”, ressaltou. Sediada na Alemanha, a Koelnmesse é uma das promotoras líderes no mundo na organização de feiras para as áreas de mobiliário, design, bem-estar e estilo e, no Brasil, promove seis feiras anualmente. “A cada edição da FIT 0/16 temos renovado os clientes e este ano devemos manter o crescimento de 60% nas vendas", revelou Livia Marassi Martins Moraes, diretora criativa da marca Mini Lady. A expansão dos negócios também foi atingida no evento pela Marthiê, que confecciona roupas infantis e as reproduz em bonecas. Segundo Renata Zundt, diretora criativa, essa estrategia tem dado bons resultados, atraindo clientes da marca para o estande. O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
25
MERCADO Expectativa de aumento de 6,2% no faturamento das confecções do ramo em 2017
Sustentabilidade e Inovação
Mesmo as confecções que atendem o público infantojuvenil já perceberam que a tecnologia pode ajudá-las a se diferenciar no mercado e a atrair mais consumidores. É o caso da Jardim Mágico, que levou à FIT 0/16 a coleção Constelação, de calças, coletes e casacos para a linha infantil e bebê com peças feitas com tecido de matéria prima reutilizada, o Reciclato® Eco3, da Pettenati. De acordo com a marca, todas as etapas de cada processo de produção do tecido minimizam os impactos ambientais. O consumo de energia e de água são rigorosamente gerenciados, bem como a energia térmica dos efluentes e dos equipamentos de alto rendimento é reaproveitada. Mesmo não participando de feiras, a Marisol está atenta a inovações. Para este verão, uma das novidades são as camisetas básicas e bodies com tratamento à base de citronela, repelente natural que protege contra picadas de insetos. O produto é aplicado no processo de acabamento da malha e o efeito anti repelente dura até dez lavagens. Outro destaque da marca para a temporada é o lançamento da blusa unissex de proteção com tratamento anti UV 50+, nas cores pink, marinho, amarelo e laranja, nos tamanhos 1 ao 16.
26
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
Verão Marisol: camisetas básicas e bodies com tratamento à base do repelente natural citronela
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
27
PERFIL
80 anos
de sucesso
Walter Orthmann, gerente de vendas da RenauxView, completa oito décadas de trabalho na mesma empresa
E
m 17 de janeiro de 1938, aos 16 anos de idade, Walter Orthmann assinava, em Brusque (SC) aquela que seria sua primeira e única ficha de admissão profissional. Dava início assim a uma trajetória que já dura 80 anos na tecelagem RenauxView (antiga Indústrias Renaux S.A.) e que pode garantir a ele o reconhecimento do Guinness World Records como o homem de maior tempo em uma mesma empresa no mundo. Mas não é só. Há dez anos, ele conquistou o recorde brasileiro ao completar 70 anos de trabalho na mesma empresa. Esse título foi renovado em 2013, aos 75, ambos reconhecidos pelo instituto RankBrasil (equivalente nacional do Guinness). No início de sua trajetória profissional como office boy e utilizando a bicicleta como meio de transporte, Orthmann ficou encarregado de buscar correspondências e também por receber os salários dos funcionários da fábrica uma vez por mês, exercendo essa função por dez anos. Nos anos 1950 passou a ser o representante de vendas da tecelagem e, durante muitos anos, foi o único responsável na empresa a exercer essa função. Sua habilidade em vender permitiu a ele viajar aos grandes centros compradores
28
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
da época: Rio de Janeiro e São Paulo. Com os bons resultados, as viagens ficaram mais frequentes, os destinos mais longínquos e o lento percurso de ônibus trocado por rotas aéreas. Sua longa carreira na área comercial o tornou testemunha viva dos avanços da aviação comercial brasileira e possibilitou a ele acumular mais de 7,5 mil horas de voo. Atuando hoje como gerente de vendas, Orthmann cuida da alimentação e mantém uma rotina de exercícios. Preocupar-se com o futuro não faz parte de sua rotina. “Temos que cuidar e melhorar o presente, pois é aqui que estamos”, filosofa. Quando questionado sobre de que maneira o título afeta sua vida, ele responde: "Completar 80 anos de empresa me deixa tão entusiasmado quanto no meu primeiro dia de trabalho. Mas minha rotina não muda. Vou continuar a viver como sempre fiz. Amanhã é mais um dia. Irei acordar, levantar, trabalhar e viver a vida. Simples assim. E tem dado certo". O que não encontra lugar nesse rico e longo histórico profissional é a quebra da palavra ou de seu amor pelo trabalho, patente na frase que já virou seu bordão e que ele profere sempre que percebe que a situação está encaminhada ou o assunto resolvido: "Então, vamos trabalhar!”
Pós graduação
Em Moda e Têxtil. Para Fazer a Diferença.
No SENAI CETIQT você se prepara de verdade para impulsionar sua
carreira. Com professores do mercado e laboratórios com tecnologia de ponta, a indústria da moda e o mercado têxtil estarão aos seus pés.
• Design de Estampas • Modelagem do Vestuário: Atelier • Materiais e Produtos Têxteis Avançados • Design de Produtos de Moda EAD • MBI em Confecção 4.0 EAD
OM C . T IQ T E C AI N E S á j e s av e r c 29 ins O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
MERCADO WORLD FASHION CONVENTION
Conformidade e Tecnologia (*)
IMAGENS: FREEPIK E DIVULGAÇÃO
Realizada pela primeira vez no Brasil, World Fashion Convention discutiu os rumos da indústria e varejo de vestuário para os próximos anos
30
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
‘C
ompliance’ e tecnologia são os pilares de mudanças já em curso na economia mundial, tanto nas formas de fazer negócios como na produção. A integração, a conectividade entre consumidor, varejo, indústria e seus fornecedores para a produção de peças sob medida e customizadas tendem a se fortalecer nos próximos anos, assim como a tendência de fabricá-las de forma sustentável e ética. Esses temas foram a tônica da World Fashion Convention, convenção da moda mundial que, em sua 33ª edição, reuniu em outubro, no Rio de Janeiro, empresários e executivos das principais empresas da indústria e do varejo têxtil nacional e internacional, entidades, autoridades, criadores, academia, estudantes e pesquisadores. Promovido anualmente pela International Apparel Federation (IAF) – Federação Internacional do Vestuário, o evento aconteceu pela primeira vez no Brasil, sob o tema: “Conformidade e Tecnologia: Fatores-chave para a Indústria e Varejo”. A Abit – Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção foi a responsável pela realização evento que contou vários patrocinadores: ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social), Senai Cetiqt, MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) e apoio institucional do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa), TexBrasil e Apex Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).
Desafios e competitividade
Os temas abordados nos painéis do Congresso retrataram o quadro atual do setor e miraram a tendência que aponta para a 4ª. Revolução Industrial (veja BOX), onde a tecnologia digital, a internet das coisas e inteligência artificial se unem para criar um novo modelo de negócio, elevando a indústria a um novo patamar de produção. Outro assunto recorrente foi ‘compliance’. O termo, derivado do verbo inglês ‘to comply’, significa “agir de acordo com uma regra, uma instituição, um comando”. Ou seja, estar em conformidade com leis, ética e regulamentos. Práticas que o setor tem de adotar diante da necessidade de uma produção menos poluidora e sem exploração da mão-de-obra. Na abertura do evento, o presidente da IAF Han Bekke ressaltou os desafios da indústria de vestuário no Brasil e no mundo, mencionando a desaceleração desde 2009 e as incertezas, mudanças e desafios que o setor ainda enfrentou em 2017. “A transparência vai aumentar em nossa cadeia de produção. Estamos unidos ➤ O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
31
MERCADO WORLD FASHION CONVENTION
e trabalhando em uma indústria boa, enfrentando os desafios, oferecendo empregos e novos produtos. Vamos levar isso conosco e aos nossos clientes. Sabemos da importância desse evento, pois o compliance e a tecnologia são fundamentais para o Brasil”, ressaltou.
Megatendências
Empresa francesa com atuação mundial em soluções de tecnologia integrada (software, equipamentos de corte automatizado e serviços associados), a Lectra mapeou quatro grandes tendências no mercado de moda que já estão impactando nas decisões de negócios das empresas e dos clientes: a geração Millennials (dos nascidos entre 1980 e 1995), a digitalização dos processos, a indústria 4.0 e a China.
Han Bekke, presidente da IAF
e a inteligência artificial a unir todos os esses pontos, permitindo a economia de recursos e a autonomia dos sistemas. A terceira tendência focaliza a 4ª Revolução Industrial e a indústria 4.0 (veja BOX). Já o quarto aspecto a ser levado em conta pelos empreendedores, segundo Adriana Oliveira, é o fator China, que está saindo de um modelo de volume para uma produção de qualidade.
Manufatura 4.0
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Adriana Oliveira, gerente de Contas da Lectra
32
“Os Millennials são um grupo de consumidores conectados e impacientes, interessados mais no compartilhamento que na aquisição de bens, que se sentem únicos e valorizam a customização”, diz Adriana Oliveira, gerente de Contas da Lectra. Segundo ela, esse grupo reúne mais de 2 bilhões de consumidores e representa a maior geração trabalhadora da história. A tendência digitalização reporta às mudanças na comunicação, trazidas pelo fator nuvem, pelos smartphones, a internet das coisas conectando pessoas com máquinas, O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
O CEO da TC2, Mike Fralix, trouxe à mesa de debates o desafio de efetivar a transição da manufatura para a indústria automatizada, integrando o ser humano durante o processo, mudança esta que já está em curso. Como exemplo dessa nova indústria, Fralix citou as mesas de costura que permitem o movimento das peças de roupas entre elas, sem a interferência humana. Essa tecnologia já pode ser vista no setor têxtil e de confecção dos Estados Unidos e da Ásia. “Nós precisamos ser disruptivos para fazer mudanças. Além disso, temos que pensar na melhor qualidade dos produtos e na expansão dos negócios, fazendo com que as pessoas estejam incluídas nesse processo”, ressaltou. As previsões dos especialistas presentes nas conferências apontaram para a utilização de robôs e programas computadorizados para auxiliar a fabricação das peças. Pode parecer um tanto utópico mas, segundo eles, com a evolução para a tecnologia 4.0 (veja Box), não só novos investimentos por parte da indústria serão necessários, como também a requalificação dos profissionais que atuam no setor. Isso, no entanto, não se configura como uma ameaça aos empregos, num futuro próximo, avaliam. ➤
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
33
MERCADO WORLD FASHION CONVENTION
Valorização dos colaboradores
Para John Cheh, vice-presidente do Grupo Esquel, um dos maiores fabricantes de vestuário do mundo (só em camisetas de algodão produz 100 milhões de peças ao ano), a valorização dos colaboradores é um ponto essencial para o sucesso das confecções. “A automação pode trazer consistência e desempenho, pois nossos robôs economizam trabalho maçante. Mas a mão de obra humana é muito importante. Por isso, estamos reduzindo as horas de trabalho dos nossos funcionários, enquanto o pagamento aumenta e melhoramos a competitividade de custos por meio da eficiência”, relatou. Cheh enfatizou a importância de qualificar os profissionais para que estes tragam melhores resultados e seja construída uma imagem sólida da empresa. “Precisamos de suporte digital. Entretanto, temos que conceber que isso tem a ver com a inteligência humana e essa é a mudança. Não pense em pagar pouco a essas pessoas. Temos de mudar essa mentalidade.”, afirmou.
FOTO: DIVULGAÇÃO
Qualificação de pessoal
34
Joachim Hensch, diretor geral da marca de moda alemã Hugo Boss, avaliou que as mudanças que o setor de vestuário vem passando são um caminho sem volta. “Todo mundo está indo para todos os lugares. Isso muda os princípios de como as empresas estão sendo operadas. Temos que ser mais ágeis, ter nova abordagem de operação de fábrica, estar mais digitalizados. Informação é importante, reduzir relatórios, entender o cliente”. Sobre a participação humana, Hensch acredita que este é um momento de transição e não de disrupção. “Quais empregos serão extintos? Quando computadores passaram a ser usados, imaginava-se que secretárias perderiam o emprego, mas isso não aconteceu exatamente assim. Precisamos de engenheiro para progressos e profissionais qualificados nessa indústria. Isso
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
Joachim Hensch, diretor geral da marca Hugo Boss
é apenas uma transição, talvez alguns não tenham um emprego padrão, mas terão outros tipos de trabalho, acho que isso é algo lento”.
Digitalizar ou morrer?
Na visão de Anton Schumann, consultor sênior da Gherzi, empresa global de Consultoria e Engenharia de Gestão sediada na Suíça, responsável pelo desenvolvimento estratégico e expansão de empresas na indústria têxtil, o lema deveria ser ‘digitalizar ou morrer”. “A digitalização já está acontecendo. Não temos como parar as mudanças. Não é uma disruptura, é uma mudança de um modelo que já existe há 200 anos. Na verdade, o que mudou nos últimos anos foram os clientes. Então você não digitaliza, vai perder o negócio. A digitalização é uma questão de consciência. implica mudar a mentalidade da empresa inteira. Faz parte do empreendedorismo e da filosofia da empresa”, alertou. O consultor destacou que, no entanto, é preciso saber como trabalhar os dados, mudar processos. “Isso tudo pode levar a modelos de negócios totalmente novos”, alertou. “A digitalização dos processos é algo muito importante. Entretanto, trata-se de um facilitador; isso não significa que a situação de uma fábrica será melhorada com essa mudança”, alertou Saskia Hedrich, sênior expert da consultoria McKinsey.
Têxteis técnicos
Durante o evento, o coordenador de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do SENAI CETIQT, Ricardo Cecci, destacou que 70% do mercado têxtil se dá com base na utilização de fibras químicas, e reforçou a tendência de mudança dos têxteis tradicionais para os técnicos. Segundo ele, a expectativa é de que o negócio desse segmento atinja U$ 315 bilhões em 2020. ➤
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
35
MERCADO WORLD FASHION CONVENTION Nos Estados Unidos, o laboratório de desenvolvimento de tecnologias têxteis na Cornell University trabalha firme nesse sentido, sobretudo com os nanolayers (camadas de microelementos químicos em dimensão nano, adicionados à fibra, especialmente algodão). O resultado são roupas que mudam de cor em função do tamanho e proximidade de partículas (tanto na forma de moléculas, quanto em átomos inseridos na trama do algodão). Uma camiseta poderá, por exemplo, enviar informações para o médico, avisando, inclusive, que você está prestes a sofrer um ataque cardíaco! Tenistas da França estão testando bolas que mudam de cor conforme a trajetória e força empregada, alertando o atleta onde ele deve melhorar; as bandanas têm sua cor alterada quando o suor aponta desidratação ou nível baixo de sódio. E mais: transistores nas roupas, camadas químicas cronológicas que liberam inseticida conforme a programação, tramas que filtram ou capturam gases poluentes, tudo utilizando elementos químicos e processos à base de água. Todas essas pesquisas foram comentadas pelo cientista e professor Juan Hinestroza, coordenador do laboratório na Cornell University.
Algodão
A importância do algodão para a indústria têxtil brasileira também mereceu destaque entre os temas discutidos na 33ª World Fashion Convention Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Arlindo Moura, “hoje, 81% dos produtores são certificados ABR, e 71% BSCI”, sendo que o BSCI é uma certificação internacional e o ABR é de âmbito nacional, e 30% de todo o algodão BSCI do mundo sai do Brasil. (O BSCI é o sistema Europeu de monitoramento social para origens éticas, iniciado pela Associação de Comércio Exterior, com sede em Bruxelas). Baseia-se nas normas trabalhistas da OIT (Organização Internacional do Trabalho) e apoia a melhoria contínua do desempenho social dos fornecedores.
(*) com informações da Abit
36
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
As Revoluções Industriais 1ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (SÉCULO XVII E XIX) A utilização de máquinas a vapor para a produção e de linhas férreas para a distribuição de bens de consumo trouxe uma mudança drástica na produção mundial e deu início a uma nova era, a da mecanização do trabalho, em detrimento da produção manual. 2ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (SÉCULO XIX E INÍCIO DO XX): A eletricidade e a linha de montagem conhecida como fordismo elevaram as fábricas a um novo paradigma de produção. Foi o grande momento da difusão da produção em massa e da padronização dos bens de consumo. 3ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (2ª METADE SÉC. XX EM DIANTE) O processo industrial pautado no conhecimento e na pesquisa. Todos os conhecimentos gerados em pesquisas foram repassados rapidamente para o desenvolvimento industrial e focavam produtos de alto valor agregado. As atividades estão vinculadas à produção de computadores, softwares, microeletrônica, chips, transistores, circuitos eletrônicos, além da robótica com grande aceitação nas indústrias, telecomunicações, informática em geral. Destaca-se ainda a expansão de transmissores de rádio e televisão, telefonia fixa, móvel e internet, indústria aeroespacial, biotecnologia e muitas outras inovações. 4ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Será a era das “fábricas inteligentes”. Mais que automatização pura e simples, a quarta revolução, já em andamento, tem como tendência a automatização total das fábricas. Isso acontecerá por meio de sistemas ciberfísicos, apoiados na internet das coisas e na computação na nuvem.
IMPRESSORAS PESADAS PARA USO PESADO
TECNOLOGIA AO SEU ALCANCE ECONOMIA E VELOCIDADE DE ATÉ 200m2/h SUBLIMÁTICA INDUSTRIAL
• Processador Samsung • Secador infravermelho • Enrolador • Software Rip 64Bits Photoprint • Rapport inteligente • Bulk ink de fábrica
EP1801g TX 50 m2/h
EP1802g TX 100 m2/h
EP1804g TX 200 m2/h
ECOSOLVENTE INDUSTRIAL
EP1801i ES 30 m2/h
EP1601s ES 30 m2/h
CONSULTE OUTROS MODELOS NO NOSSO SITE
www.microjetprinter.com.br MICROJET INDUSTRIAL PRINTER - Hsinchu City, Taiwan Rua Maria Rodrigues, 41- Olaria - Rio de Janeiro - RJ - CEP 21.031-480
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
TEL: (021) 3649-4200 - comercial@microjetprinter.com.br
37
MERCADO WORLD FASHION CONVENTION
Brasil tem desafios a superar Presidente da Abit afirma que o País está alinhado com o que há de melhor em termos de inovação no setor têxtil e de confecção, mas há desafios a serem superados
A
pós a realização da 33ª. World Fashion Conference no Rio de Janeiro, o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) Fernando Pimentel conversou com O CONFECCIONISTA sobre o evento e as perspectivas da indústria. Aqui um resumo da entrevista à editora Vera Campos: A compliance e a tecnologia digital estão mudando a economia mundial, a maneira de as empresas fazerem negócios. “Não se trata de automação, apenas”, ressalta Pimentel. “Os modelos de negócio, até então baseados no modo analógico, estão se tornando digitais, o que favorece os processos de compra e negociação online e muda as relações de produção e da cadeia de fornecimento”, diz. O presidente da Abit aponta que, em âmbito mundial, a indústria têxtil está crescendo, com destaque para a expansão dos têxteis técnicos. E a compliance hoje é uma necessidade. “O mercado (leia-se a geração millenials) pede maior transparência e quer valorizar as confecções responsáveis pela confecção dos produtos”. Pimentel reconhece que os países no mundo estão em diferentes níveis de desenvolvimento, mas ressalta que as pressões dos movimentos pela ética e responsabilidade na produção estão cada vez maiores. “É uma bandeira da Abit que os modos de produção sejam cada vez mais globais, sem a criação de barreiras artificiais. Existem níveis de evolução, mas as nações terão de se ajustar a padrões cada vez mais globais”.
38
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
Sobre a Indústria 4.0, Fernando Pimentel, afirma que não se pode permitir a extinção de empregos. “Ainda vamos empregar muito mais gente por muito tempo, mas precisamos estar com nossas atenções voltadas para aquilo que pode nos tornar mais competitivos e mais capazes”. Ele destaca que nem todas as empresas precisarão chegar ao marco 4.0. “O importante é caminhar rumo a ele. E, para isso, existem etapas que podem auxiliar os empresários. Afinal, antes de se chegar ao 4.0, há muita coisa para se fazer”, reconhece. Lembrando que o Brasil é o quarto maior produtor de confeccionados do mundo, o quinto maior fabricante têxtil e o detentor da maior cadeia produtiva integrada do ocidente. O mundo está evoluindo para ser mais competitivo e, de acordo com Pimentel, o Brasil está alinhado com o que há de melhor no mundo. “Se seremos capazes de avançar, esse será nosso desafio. Os estrangeiros que participaram do evento ficaram impressionados com o ambiente de inovação brasileiro. O Brasil é a 10ª economia do mundo, mas o 125º em termos de melhor ambiente para a produção. Não estamos atrasados, podemos até nos considerar avançados. Mas se a China consegue planejar bem e executar bem, no Brasil planejamos mal e executamos pior ainda. Nossa capacidade de investimentos depende também do ambiente macroeconômico do País. Falta ainda um sistema tributário eficiente para que a economia possa voltar a crescer”, finaliza.
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
39
DICA DO ESPECIALISTA GESTÃO
Compliance estratégico: prevenindo ativos para não remediar passivos LAURA ENGE DE WOLF é advogada do escritório Novoa Prado Consultoria Jurídica.
'Compliance' significa atuar em conformidade com regras e procedimentos, a fim de disseminar boas práticas na empresa Atualmente, o Brasil passa por uma significativa crise de credibilidade, a qual impactou, impacta e ainda impactará diversas empresas que depositaram em nosso País a confiança para aqui instalarem os seus negócios. Os episódios recentemente vivenciados pelos brasileiros trouxeram à discussão um assunto antigo, mas, até então, pouco falado e aplicado no Brasil: o famigerado compliance . A palavra compliance é derivada do verbo inglês “to comply”, que significa atuar em conformidade com as regras e procedimentos. Sua função está ligada ao fortalecimento dos controles internos definidos por uma instituição, com o objetivo de pulverizar as boas práticas da empresa e mitigar os riscos. Mas afinal, qual é a importância da estruturação de um programa de compliance para as empresas? Em sua essência, o compliance empresarial pode ser considerado o reflexo dos princípios e valores de uma empresa. A sua estruturação deverá possuir um papel educacional com o objetivo de fomentar as boas práticas da companhia, que deverão ser conhecidas, cultivadas e prezadas por todos os seus funcionários e colaboradores, incluindo diretoria e presidência. As atribuições do programa de compliance buscam, portanto: implementar princípios éticos e normas de condutas na empresa; certificar e monitorar o seu
40
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
conhecimento, cumprimento e aderência pelos respectivos colaboradores; promover a conscientização sobre a importância do cumprimento das políticas e controles internos da empresa; atualizar normas, procedimentos e regulamentos internos para prevenir futuros dissabores legais e/ou administrativos; evitar impactos no fluxo de caixa da empresa que sejam oriundos de atos fraudulentos e/ou ilegais. Tais medidas trazem maior segurança nas tomadas de decisão, reduzem os riscos de danos à imagem e à reputação da empresa e mitigam a ocorrência fraudes, tudo com a intenção de preservar a receita e a atratividade da empresa perante seu mercado atuante. É relevante pontuarmos, por fim, que ao lidar com a estruturação de um programa de compliance não há um padrão pré-definido nem um número mínimo de colaboradores para sua instituição, pois cada empresa possui suas próprias peculiaridades, que devem ser tratadas especificamente pelos agentes do compliance. Metas, planos de ação, estratégias e resultados são constantemente delegados aos funcionários das organizações, os quais devem envidar os maiores esforços para atingi-los. Mas, o que significa envidar seus maiores esforços quando lidamos com ativos e passivos de empresas? Sob o contexto particular de cada colaborador há um limite, seja jurídico ou pessoal, de até onde se pode ir. Isso é delicado, pois a saúde financeira da empresa depende do cumprimento de metas e da apresentação de resultados; logo, há uma cinzenta zona entre a prática do correto e do “quase correto” quando os trâmites operacionais refletem lucros ou prejuízos à empresa.
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
41
ESTANTE
MODA SOB MEDIDA: Guia Prático de Moda para a vida real
TÉCNICAS DE MODELAGEM FEMININA Construção de Bases e Volumes Autor: Ana Laura Marchi Berg Editora: Senac Preço: $ 64,00 Uma roupa bem modelada é a que alia estética e conforto que, juntos, formam a elegância. Este livro apresenta a metodologia de modelagem adotada no Senac São Paulo em sua versão mais atualizada e aprimorada. O leitor encontra o passo a passo – com centenas de fotos e desenhos – de moldes que permitem a criação de diversas peças de roupas, desde as básicas até as elaboradas. Os moldes foram todos testados em manequins, e um capítulo especial ensina como adaptá-los aos tipos de corpo mais comuns entre as brasileiras. 42
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
Autor: Danielle Ferraz e Penha Moraes Editora: Senac Preço: $ 69,00 Saber reconhecer o próprio estilo nem sempre é tarefa fácil. Neste livro, a jornalista e consultora de moda Danielle Ferraz e a jornalista Penha Moraes discutem detalhes importantes e muito práticos do que é estar na moda a partir do reconhecimento e da aceitação do próprio corpo e estilo. Afinal, é preciso considerar que a roupa que nos veste não só nos cobre, mas nos revela. A intenção é que o livro possa colaborar para revelar quem você é pelas roupas que usa.
+ SUSTENTABILIDADE ÀS MARCAS DE MODA Livro on line gratuito Destinado a pessoas e organizações com foco em moda, que desejam pensar e tornar sua marca cada vez mais sustentável, o livro tem 238 páginas e aborda Gestão de Negócios Sustentáveis, Empreendedorismo, Vendas / E- Commerce, Meio Ambiente e Têxteis, Têxteis e seu Mercado, Fornecedores Têxteis, Moda Circular, Marcas e o Valor do Intangível, Tingimento Natural, Reaproveitamento de Tecidos, Upcycling/Acessórios, Coletivos/ Eventos, Consumo, Veganismo e Menos Lixo nas Empresas. O conteúdo foi elaborado por 17 pessoas que acreditam na sustentabilidade como processo e possibilidade, e agregaram suas expertises com algumas reflexões e indicadores. Traz ainda outros 300 links para assuntos pertinentes. Link: https://drive.google.com/ file/d/1tuA2E6mDTmGxT 09wQvnJeluSGSbSQaMY/ view?usp=sharing
ENTRETELAS
A A�va Trading é uma empresa capixaba, voltada para o mercado têx�l.Trabalha com diversos produtos que atendem as grandes fabricas e industrias de vestuário no Brasil. Temos uma equipe de profissionais qualificados, preparados para garan�r seu melhor atendimento Fornecemos produtos importados diretamente da China o que garante um melhor preço dos nossos produtos. Hoje atendemos mais de 200 empresas em todo o país. Seja nosso cliente e descubra todas as vantagens que podemos lhe oferecer!
N
TREG
E
A
GARANTIDA A
R
Entretelas de: • Malha • Algodão • Tecidas • Não Tecido • Bordada
+55 (27) 3102-6888 / 3051-1020 Ativa Trading www .ativaentretelas.com.br vendas@ativaentretelas.com.br Av. Terceira Avenida, 129 - São Diogo 1 Serra, EspíritoOSanto - CEPJAN/FEV 29.163-266 CONFECCIONISTA 2018 43
ÁPID
EMPRESA EM DESTAQUE
ETAX
Processo produtivo
44
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Fabricante catarinense de etiquetas termotransfer se consolida no mercado com ética, agilidade e produtos inovadores
Aplicação da etiqueta com prensa automática
Controle de qualidade segue normas e padrões internacionais
Q
uando Wigando Schmidt, em 1945, fundou uma pequena gráfica no município de Joinville, em SC, a 180 km da capital, não imaginaria que o negócio teria continuidade por décadas pelas mãos de seus familiares. Após três gerações seguindo no ramo gráfico, identificou-se uma forte tendência de mercado e o know how adquirido foi empregado para o desenvolvimento de etiquetas termotransferíveis. Assim surgiu a ETAX ETIQUETAS. Sob o comando de Wivian von der Weyhe Schmidt, a ETAX busca desenvolver produtos alinhados à evolução tecnológica e à demanda do mercado. As etiquetas termotransfer produzidas em rolos proporcionam ganhos de produtividade quase duas vezes superiores em relação ao antigo sistema de aplicação em peças cortadas. Esse tipo de aplicação pode ser feito em qualquer material tecido por meio uma pequena prensa térmica, inclusive em Jeans e neoprene. Pelo método, o material impresso recebe pressão e calor com uso da prensa e se funde ao tecido, resultando em uma aplicação de alta durabilidade, beleza e conforto. A gestão ética e a produção de qualidade nesses 17 anos de existência levaram a ETAX a conquistar o selo de Qualidade ABVTEX – Associação Brasileira de Varejo
Etiqueta em rolo e suas aplicações
Têxtil, a homologação da FAMA Licensing e de marcas esportivas como Adidas, Puma e Under Amour, entre outras. A ETAX oferece soluções de termotransfers para identificação de tamanho e composição, técnica também conhecida como etiqueta ‘’toque zero’’, ou então para fins decorativos. A utilização de efeitos 3D, texturizados ou então refletivos são alternativas de acabamento muito utilizadas para agregar valor nas aplicações em logos das grandes marcas. Por meio de representantes, a empresa atende os principais polos de confecção do Brasil, mas a conquista de mercados internacionais também faz parte de sua estratégia de crescimento. A agilidade na entrega e dólar favorável permitiram a competitividade no mercado externo. As exportações começaram há cerca de três anos, mas tendem a se ampliar. Como a tecnologia termotransfer já é largamente utilizada no mundo todo, a expectativa é que novos clientes passem a utilizá-la, o que tem ajudado a impulsionar os negócios da ETAX, mesmo diante do cenário de retração na venda de confeccionados nos últimos anos. O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
45
PASSARELA MINAS TREND OUTONO-INVERNO 2018
Tradição e modernidade
“Uma homenagem a Minas e a todas as mulheres mineiras”. Foi dessa forma que o stylist Paulo Martinez, diretor do desfile comemorativo da 21ª. edição do Minas Trend, resumiu a apresentação de abertura que reuniu 100 marcas mineiras. Ele apostou fortemente na religiosidade, nas tradições e nas 46
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
referências culturais mineiras, refletidas na cor vermelha, dominante na composição dos looks, e em elementos que remetiam ao barroco, aos personagens históricos como Chica da Silva, a literatura (Hilda Furacão) e, principalmente, à força da mulher através das trabalhadoras rurais.
FOTOS: AGÊNCIA FOTOSITE
Desfile comemorativo do 21º Minas Trend aborda as tradições mineiras para mostrar a modernidade e tecnologia de sua indústria de moda
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
47
PASSARELA MINAS TREND OUTONO-INVERNO 2018 As tradições e a modernidade se refletiram nos looks, que partiram de aparências artesanais e passaram, na parte final do desfile, para um visual tecnológico e contemporâneo. “Uma grande homenagem a todas essas ‘Marias’ ressaltadas no final do desfile pela música ´Maria, Maria´ de Fernando Brant”, finaliza Paulo Martinez. No fundo da passarela, um imenso Ipê amarelo, feito com flores de tecido, completava o cenário.
Completando 10 anos em 2017, o Minas Trend, realizado pelo Sistema FIEMG - Federação das Indústrias de Minas Gerais, se consolida como um dos maiores salões de negócios da moda da América Latina e como plataforma de lançamento de novos talentos para o setor. Ao fazer o balanço de uma década do salão de negócios, o presidente do Sistema FIEMG, Olavo Machado Junior, avaliou que o Minas Trend projetou nacionalmente a indústria mineira de confecções, calçados e bijuterias e estimulou a realização de bons negócios. O 21º MW reuniu 220 expositores e atraiu cerca de 7 mil visitantes, aí incluídos 3,75 mil compradores, 563 jornalistas e 286 influenciadores digitais.
48
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
FOTOS: AGÊNCIA FOTOSITE
Dez anos de bons negócios
ARMARINHOS 25. AQUI TEM TUDO O
QUE VOCÊ PRECISA PARA
SUA CONFECÇÃO.
MONTAMOS ZÍPERES EM TAMANHOS E MODELOS ESPECIAIS.
TROCAMOS CURSORES, APLICAMOS PINGENTES. CONSULTE!
COMPRE ONLINE • armarinhos25.com.br • DESPACHAMOS PARA TODO O BRASIL CONFORTO
compre em casa
BRÁS
Rua João Boemer, 805 03018-000 - São Paulo - SP
11
2790.2525
SEGURANÇA
compre sem receio
ECONOMIA
promoções exclusivas
RAPIDEZ
entrega imediata
BOM RETIRO
Rua Júlio Conceição, 411 01126-001 - São Paulo - SP
11
3224.2525
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
49
PASSARELA MINAS TREND OUTONO-INVERNO 2018
mix
Nos desfiles, destaque para peças com modelagem ampla e uma mistura de brilhos e texturas. Fios metalizados, couro, recortes de tecidos e plumas dividem espaço com paetês, aplicações 3 D. Isso sem falar nos bordados manuais, marca das confecções de Minas Gerais, do tricô, crochê e das rendas. Além dos tecidos lisos e sóbrios, de cores cinzentas e do preto, há estampas de desenhos e grafismos, além de florais e aquarelas. O moletom também marcou presença na edição. 50
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
FOTOS: AGÊNCIA FOTOSITE
de tendências
Annie Est Folie
LED
Bob Store
➤
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
51
PASSARELA MINAS TREND OUTONO-INVERNO 2018
Lucas Magalhães
Mollet
Manzan
FOTOS: AGÊNCIA FOTOSITE
Mollet
➤
52
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
Equipo y Tecnología Para el Desarollo, la Contratación y la Producción De Productos Cosidos
CRUCE DE LA TECNOLOGÍA 22 − 24 de mayo de 2018 Georgia World Congress Center Atlanta, Georgia USA TexprocessAmericas.com
Co-localizado con:
Co-producio con:
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
53
PASSARELA MINAS TREND OUTONO-INVERNO 2018
Natalia Pessoa
54
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
Chocke
FOTOS: AGÊNCIA FOTOSITE
Plural
Inscreva-se agora mesmo na
e concorra a um iPhone*
WWW.EXPOPRINT.COM.BR
18/10/2017
SE É IMPRESSÃO É EXPOPRINT 2018
*imagem meramente ilustrativa
EXPOPRINT LATIN AMERICA 2018
20 A 24 DE MARÇO, 2018 - SÃO PAULO - SP
EXPO CENTER NORTE - PAVILHÕES AZUL E BRANCO PARCEIRO DE SOLUÇÕES
APOIO ENTIDADES | ENTITIES SUPPORT | APOYO ENTIDADS
APOIO INTERNACIONAL | INTERNATIONAL SUPPORT | APOYO INTERNATIONAL
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
55
MUNDO TÊXTIL DENIM VERÃO 18/19
Conforto & praticidade
FOTOS: DIVULGAÇÃO
As principais tecelagens de denim apresentam o preview para a temporada mais quente de 2019. Confira algumas das novidades
56
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
Os lançamentos da Santista são direcionados pelos temas Retrô Resort, True Blue e Street Bling
Santista Jeanswear A coleção Summer 19 da Santista Jeanswear está conectada à nova cultura de consumo, que preza inovação, sustentabilidade e conforto. Para isso, alia criatividade a tecnologias como LYCRA® BEAUTY e TRI-BLEND®, que ampliam os limites do stretch, valorizam as curvas e suavizam a silhueta. Os lançamentos são direcionados por três temas inspiradores: Retrô Resort, True Blue e Street Bling. Confira os principais lançamentos de cada família da marca:
ICON
• Com tecnologia Upcycle (na confecção do fio são reaproveitadas sobras de tecidos e de algodão geradas em seu próprio processo industrial de fabricação do denim): um tecido100% algodão (Upcycle Ind) e com stretch (Upcycle Now), com o visual do original denim e confortáveis. Destaque para o tecido Jennie.
FREE
• Iris: com tecnologia TRI-BLEND®, de azul intenso e bastante stretch. • Jennie: denim em tons de azul mais claro, típicos do verão, com alto stretch para aliar conforto e movimento. • Browie: tecido com stretch, na cor black blue intenso.
DENIM CULTURE
• Nowa: se vale da versatilidade e de tecnologia que proporciona azul mais intenso no tecido. O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
➤
57
MUNDO TÊXTIL Cores variam do baby blue ao black
Santana Textiles A coleção Verão 18/19 da Santana Textiles é composta de 47 artigos entre denim rígidos e elastizados. Os elastizados vêm com 25% a 55% de stretch, com a proposta de agregar conforto e elasticidade. Os grupos de cores escolhidos para a estação são Baby Blue, Blue, Black Blue, Black e Especial. • Santorini - Tecido elastizado de 8oz com cor diferenciada proporcionada pelo tingimento baby blue. Indicado para beneficiamentos em tons mais claros. • Azzurro: denim do grupo de cor especial, com 8oz de gramatura e 2% de elastano. O fundo escuro possibilita mais contrastes nos beneficiamentos de lavanderia.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
• Grace Dark: com 9,5oz e construção sarja 3x1, é mais um artigo elastizado no grupo de cor Especial, destinado a facilitar os beneficiamentos de lavanderia, garantindo modernos contrastes, além de diminuir o consumo de água, produtos químicos e tempo de máquina.
58
• Pollux Black : trata-se da versão black do Pollux, com largura de 1,48m, que proporciona melhor aproveitamento no encaixe. Gramatura de 8oz e composição O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
com elastano. O tingimento black intenso do lançamento é indicado para lavagens mais escuras. • Nero: tecido elastizado preto superintenso que agrega os valores do brim e do denim em um só artigo. Tem características de brim quando amaciado e variações de cores do denim nas lavagens mais agressivas podendo chegar até o cinza. Nos desfiles de apresentação da coleção também marcaram presença os denim campeões de vendas da Santana Textiles: Motive, Dommy, Grace, Texas Power e Texas Dark.
2018
www.febratex.com.br
Agência de viagens oficial:
Empresa Associada:
prodv
FEIRA BRASILEIRA PARA A INDÚSTRIA TÊXTIL
21 a 24
de agosto de 2018 das 14h às 21h
Parque Vila Germânica Blumenau-SC
Promoção:
www.feiratur.com.br
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
59
FEIRAS
Rebatendo a crise com tecnologia Maquintex, Signs Nordeste e Femicc atraem público qualificado e comprovam que inovação tecnológica e informação de qualidade são fundamentais para fortalecer empresas e negócios por Vera Campos
B
ons negócios e visitação qualificada marcaram as três feiras que ocorreram simultaneamente em Fortaleza, no início de outubro: Maquintex, Signs Nordeste e Femicc. O evento reuniu 487 marcas e registrou a emissão de 12.848 credenciais. Durante quatro dias, empresas de todo o Brasil e da região apresentaram seus principais lançamentos em produtos, má-
60
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
quinas, equipamentos, serviço e as mais recentes tecnologias. A visitação foi intensa, sobretudo aos estandes de empresas de impressão gráfica, segmento explodiu nos últimos anos. Mas é consenso entre os expositores, em geral, que o mercado de confecção tende a reverter a tendência de queda registrada nos últimos anos. “Está havendo melhora considerável no desempenho da
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
61
FEIRAS indústria brasileira. Estabilizamos, não estamos caindo mais”, ressaltou Hélvio Roberto Pompeo Madeira, diretor-presidente do FCEM|Febratex Group, organizador e promotor dos eventos. “Ficamos satisfeitos com os resultados das feiras em Fortaleza e animados com o otimismo dos empresários em relação ao último trimestre de 2017e a 2018”. A programação paralela contou com eventos como Febratex Week Tour, Denim Meeting Fortaleza, Semana de Tecnologia Gráfica, IV FÓRUM ACRILICO - INDAC e a seletiva regional do CAMBEA, entre outros. Ao final do eventro, o diretor-presidente do FCEM|Febratex Group informou que cerca de 50% do espaço para a Maquintex e a Signs Nordeste 2019, a serem realizadas de 10 a 13 de setembro de 2019, já foram reservados. Já a FEMICC - Feira de Equipamentos e Máquinas para a Indústria Coureiro-Calçadista será transferida para a cidade de Juazeiro do Norte, no Ceará, e ocorrerá simultaneamente à Fetecc Fashion - Feira de Calçados e Acessórios da Região Nordeste, entre 1 e 3 de agosto de 2018, no Pavilhão de Feiras do SEBRAE.
Natium eostiscid qui rerum ut et porerum sum ratur,Vendit,
Novidades e Destaques Várias foram as novidades apresentadas pelos expositores das três feiras, mas pinçamos algumas para o leitor de O CONFECCIONISTA. Confira.
J-TECK
A empresa italiana tem como principal foco a tecnologia da sublimação digital e de tintas sublimáticas digitais da marca. Na Maquintex, um dos destaques em seu estande foi a impressora E-Jet v05, de 1,60m de área de impressão e cabeça 51.13 precision core, mais rápida que outras do mercado e de custo benefício compensador, afirmou o diretor Fabricio Christoff. Em tintas, a J-TECK trouxe um lançamento dedicado a impressoras sublimáticas com cabeças Epson, que deverá chegar ao mercado em dezembro. “Essa tinta gasta menos onde há necessidade de maior intensidade de cor, o que reduz custos”, completou o diretor.
SILMAQ
Distribuidora no Brasil de um extenso leque de marcas de máquinas e equipamentos para costura, bordado, estamparia e corte a laser, entre outros, a Silmaq apresentou na feira o Wizard e o Detoner, destinados à lavanderia, segmento em que começou a atuar 62
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
Fale conosco e faรงa seu pedido (11) 97470 9227 www.aviamentodireto.com.br
Grupo O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
63
FEIRAS
recentemente. Outra novidade, também para jeans, é uma máquina de costura para cós anatômico. Empenhada em atender todas as áreas de uma confecção, a Silmaq assumiu recentemente a distribuição de produtos da Optitex, de modelagem tridimensional, e do Polytropon, sistema automático de encaixe de moldes de vestuário. “Queremos oferecer o que há de melhor no mundo da costura”, resume o coordenador de Marketing Anderson Lourenço, otimista em relação ao reaquecimento do mercado nos próximos dois anos.
MICROJET
Participando pela primeira vez da feira, a empresa apresentou a impressora EP 1601s. Com velocidade de impressão de até 30 m2/h, o equipamento utiliza tecnologia de ponto variável, que, segundo a Microjet, possibilita ao usuário maior controle e melhor resultado de acordo com a necessidade da imagem a ser impressa. 64
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
“Essa é uma impressora de pequeno porte, de entrada, mas temos mais de 10 modelos em linha, chegando até 3,20 de largura de papel, para aplicações utilizando sublimação de padrão industrial ou outras”, conta o diretor comercial Emerson Pereira.
SUN SPECIAL
Com uma linha vasta de equipamentos nas áreas de costura, bordado e impressão, a Sun Special ocupou uma grande área de exposição. No segmento Costura, demonstrou o funcionamento do motor direct drive, que proporciona, de acordo com a empresa, economia de 60% a 80% em gasto de energia e, entre outros benefícios, aumenta a produtividade em 30% a 50% e “pode ser acoplado nas máquinas já em uso pelas confecções (reta, galoneira, overloque e zig zag), transformando-as em semi eletrônicas”, destacou Marta Chaves, responsável pela área de vendas de máquinas de costura da filial Fortaleza.
TRADIçÃO em
ImpRImIR
ResulTADOs AS MELHORES OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS DO SETOR ESTÃO AQUI EXPOSITORES Impressão digital têxtil • Impressão em grandes formatos • Materiais promocionais, brindes e personalização • Serigrafia • Sinalização • Sinalização Digital • Softwares • Sublimação • Substratos
VISITANTES Agências de publicidade • Birôs de impressão / gráficas • Comunicação visual • Designers gráficos • Estamparia / indústria têxtil • Materiais promocionais • Revendedores
Serigrafia SIGN Future TEXTIL maior e mais completa feira de tecnologias de impressão para os mercados de serigrafia, comunicação visual e têxtil
/seRIgRAfIAsIgn Apoio
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
65
FEIRAS
FERROS CONTINENTAL Pela primeira vez na Maquintex, a empresa paulistana apresentou sua linha de produtos para potenciais clientes no mercado nordestino. Expôs ferros a vapor industriais e mesa de passar, de produção própria, e vaporizadores Steamer, importados dos EUA. A Ferros Continental está sediada na capital paulista, atende todo o Brasil e está ampliando a participação nos estados do Norte-Nordeste , informou um dos sócios, Lincoln Y. Onoe.
BOTÔES GUAÍRA
A região Nordeste e o estado do Ceará são mercados fortes para a Indústria de Botões Guaíra, localizada no interior de São Paulo. Tradicional expositora na Maquintex, trouxe a público os destaques da marca: botões de poliéster e plaquinhas com formatos, tamanhos e cores diferentes para vários tipos de aplicação. “Em nosso mostruário temos mais de 5 mil modelos”, informou o diretor gerente Fernando Albuquerque Landim.
TORENT
A empresa de Blumenau (SC) trouxe para a feira a linha de fios para etiquetas bordadas, fitas para a produção de etiquetas e ribbons, todos importados. No mercado de fios desde 2004, a Torent começou a atuar no ramo de etiquetas em 2012. Vende material pronto para o cliente imprimir ou bordar. A partir de 2015 a distribuição dos produtos, antes restrita aos estados do Sudeste, começou a chegar ao centro-Oeste e em seguida ao Norte-Nordeste, informou Dario Tomaselli Neto, um dos sócios.
HEADSIGN
Empresa do Maranhão, a Headsign oferece equipamentos e suprimentos sign voltados para a comunicação visual 66
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
e sublimação. É distribuidor autorizado da marca Glitter (digital) nos estados do Maranhão, Piauí e Ceará. Um dos destaques na feira foi a impressora New Glitter Start de 1,90m, com uso de solvente ou para sublimação. “Trata-se de uma máquina robusta, para alta produção e com preço razoável”, diz o diretor Antonio Waldecy, que comemorou novos contatos e negócios na feira.
HYOSUNG
Os elastanos da marca Creora, pertencente ao grupo coreano Hyosung, são vendidos no Brasil há mais de 20 anos, mas a produção local do fio H350, um de seus carros-chefes, se deu só a partir de 2012. Desde então, a participação da marca no mercado brasileiro só faz crescer: saltou de 35% para 60%-65% nos últimos cinco anos. Um dos lançamentos recentes é o fio tingível H350A, direcionado a artigos de poliamida (fitness, sobretudo), que reduz o brilho do elastano nos tecidos. Outra novidade é o Fresh, que retém os odores se suor produzidos pelas bactérias. “A aplicação desse fio pode ser feita em meias e roupas esportivas de algodão”, explica o gerente técnico Franklin Weise.
SHOPPING VIDA
Participando pela primeira vez da feira, o Shopping Vida é um importador de tecidos e fabricante de malhas focado em venda por atacado e pronta entrega. Em sua mega loja de 8 mil m2 sediada em São João do Meriti, à beira da rodovia Presidente Dutra, além de oferecer tecidos profissionais, jeans, malhas e aviamentos, mantém uma equipe especializada em desenvolvimento de produto e tendências de moda, com a tarefa de desenvolver coleções exclusivas.
A nova maneira de estampar sua etiqueta!
Imprima sua etiqueta de maneira Simples e Rápida!
ICN - B100 iMáquinas com 01 ou 02 cores iImpressão em qualquer tecido iMáquina de alta produtividade iNão cria registro de fricção ou calor iSecagem ultra rápida iCores vibrantes iAlta definição iEtiquetas sem toque
ICN - 2200PS Solicite mais informações: contato@galileu.ind.br
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018
67
68
O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2018